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Direito Penal I -

O direito penal e o direito de mera ordenação social:

Entre o D.P e o D.M.O.S intercede uma diferença qualitativa e não quantitativa.

O direito penal estrutura-se e realiza-se através de dois elementos essenciais, o crime e a pena.

O direito de mera ordenação social constrói-se por meio de contraordenação e da coima.

- Constitui-se contraordenação todo o facto ilícito e censurável que preencha um tipo legal no
qual se comine uma coima.; Isto quanto à estrutura do direito de mera ordenação social.

Quanto à sanção, ou seja, ao nível punitivo, o direito penal sanciona os comportamentos


proibidos com penas, enquanto que o direito de mera ordenação social fá-lo com coimas.

A pena é aplicada por um tribunal e a coima é decretada, pelo menos em um primeiro momento,
por autoridades administrativas.

Quer a pena de multa, quer a coima podem ser qualificadas como sanções pecuniárias.

A aplicação da lei penal no espaço é, no domínio das contraordenações a definição do principio


da territorialidade. O direito de mera ordenação social visa ordenar ou promover determinando os
comportamentos socialmente necessários ao desenvolvimento pacífico e harmonioso da vida em
sociedade. Ao passo que, o direito penal tem a finalidade de proteção específica, direta e
imediata, de bens-jurídicos-penais, pessoais ou mesmo supraindividuais de radical pessoal.

Princípio da Igualdade:

A regra geral no D.P português é a sua aplicação a todos os cidadãos, em pleno respeito e
cumprimento com o Princípio da igualdade, consagrado no art. 13.º da Lei Fundamental.

A lei penal não faz distinção entre pessoas, aplica-se a todos, independentemente da sua
ascendência, sexo, raça, lingua, território de origem, religião, convicções politicas ou ideológicas,
instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.

Existem certas excepções e precisamente bem delimitadas. Estas exceções existem para
salvaguardar outros valores, e que acima de tudo, se refletem em certas diferenças de aplicação
relativamente a titulares de determinados cargos. A legitimação para tais diferenças de aplicação
estão presentes na Constituição e a sua justificação prende-se com a necessidade de
salvaguardar a estabilidade desses mesmos órgãos de soberania.

Relativamente à imunidade diplomática, estas impedem a perseguição criminal no Estado onde


os diplomatas exercem as suas funções.

Excepções:

- Diplomatas: o exercício de funções de representação de um Estado ou Organização


Internacional no estrangeiro confere, ao pessoal diplomático, um regime de proteção e de
isenção especiais, designado estatuto diplomático; O que importa reter aqui é, estas
imunidades não significam um desvio ao principio da igualdade dos cidadãos. No Estado
acreditante os agentes respondem criminalmente, tal como todos os restantes cidadãos desse
Estado. O que quer significar que, em Portugal, os agentes portugueses respondem em
relação de igualdade com os restantes cidadãos portugueses. As relações diplomáticas
devem ser atendidas e enquadradas em um princípio de extra-territorialidade.

- Titulares de cargos políticos (art. n. 157.º CRP): Encontram-se certas diferenças quanto à regra
geral, relativamente ao PR, aos Deputados e, por fim aos membros do governo. O PR
encontra-se sujeito a um regime dual, goza de imunidade temporária e responde
imediatamente por crimes praticados no exercício das suas funções. Quanto aos deputados, o
que se tem de analisar é o significado das imunidades, ou seja, a validade da sua própria
existência. Deve-se atender ao uso exclusivo das suas funções e ainda nos legítimos limites
das suas funções. Tudo isto quanto às funções parlamentares.

Alcance e fundamento da proibição do recurso à analogia em Direito Penal:

Enquanto que no domínio do DC é o próprio legislador que potencia o tipo de interpretação da


lei, no campo do DP incriminador se erige como regra de proibição de analogia.

A lex scripta et stricta marcaria as barreiras e daria os critérios da própria interpretação analógica.
A interpretação em DP está coberta por um conjunto de limitações, desde logo a proibição à
analogia.

Se o DP tem uma natureza fragmentária é absolutamente consequente proibir que os espaços de


não incriminação, queridos assim pelo legislador, possam ser preenchidos por um qualquer outro
juízo de natureza analógica (parecido). Se tal se pudesse fazer estar-se-ia a violar o princípio da
legalidade. A norma incriminadora deve ser sempre interpretada restritivamente.

A proibição de analogia decorre do princípio da legalidade, previsto no art. n.º1 do CP, n.3. - “Não
é permitido o recurso à analogia para qualificar um facto como crime, definir um estado de
perigosidade ou determinar a pena ou medida de segurança que lhes corresponde;”

Para bem interpretarmos o sentido da proibição de analogia em DP, temos de saber executá-lo
com recurso à intertextualidade e à contextualidade. O que a norma de proibição pretende é
impedir que a interpretação da norma incriminadora possa ser feita com um tal sentido que se
manifeste contra o agente.

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