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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL

Processo n. 2016.01.1.015170-6 - 12ª Vara Cível de Brasília


Agravante: GERALDO FERREIRA SOARES
Agravado: BANCO BFB LEASING S/A ARRENDAMENTOMERCANTIL

GERALDO FERREIRA SOARES, vem perante Vossa


Excelência, por seus advogados signatários, com fulcro no art. 1.015, inciso V,
do Código de Processo Civil, interpor:

AGRAVO DE INSTRUMENTO

Para a E. corte, na forma de minuta que a esta acompanha,


requerendo desde já seu conhecimento e regular processamento, mediante a
juntada de peças anexas, para a formação do instrumento.

Requer, ainda, os benefícios da justiça gratuita nos moldes da lei


1.060/50 eis que o fundamento do pedido constante do recurso.

Nestes termos, pede deferimento.

Brasília – DF, 31 de março de 2016.

MARCUS DA COSTA GUIMARÃES


OAB/DF 39.895

ÍTALO ANTUNES DA NÓBREGA


OAB/DF 24.925
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL

RAZÕES DO RECURSO

Nobre Desembargador Relator,

BREVE RELATO DOS FATOS

O requerente ingressou com ação anulatória, tendo requerido a


gratuidade de justiça, juntando ainda sua declaração de hipossuficiência, haja
vista que não dispõe de recursos suficientes para arcar com as custas
processuais sem comprometer sua subsistência e de sua família, assim em
razão do valor mensal que percebe, bem como as suas despesas mensais a
deixam na condição de hipossuficiente.

Porém, ao despachar a inicial o douto juízo a quo o fez da


seguinte forma:

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

O artigo 5º, LXXIV, da Constituição Federal, dispõe “o Estado prestará assistência jurídica
integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos”.

O artigo 98 do CPC, ao tratar da gratuidade de justiça, também exige que a parte demonstre
a insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários
advocatícios, para que o benefício possa lhe ser concedido.

O parágrafo 1º do artigo 4º da Lei nº 1060/50 não foi recepcionado pela Constituição Federal
de 1988, não sendo suficiente a simples declaração para deferimento de justiça gratuita,
portanto, venha aos autos documento comprobatório da hipossuficiência de rendimentos do

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autor, à luz do disposto no artigo 5º, inciso LXXIV da Constituição Federal ou recolham-se as
custas processuais no prazo de 05 (cinco) dias, sob pena de extinção.

Os contracheques de fls. 33/36 não são suficientes para tanto, pois não são atualizados.

No mesmo prazo, esclareça o autor se o valor de R$ 1.615,73 (mil seiscentos e quinze reais
e setenta e três centavos) é descontado diretamente em seu salário, ou se é pago por meio
de boleto bancário, conforme documento de fl. 29, fazendo juntar aos autos o respectivo
contrato.

Contudo, vale ressaltar que a lei deixa claro que não é preciso
que o REQUERENTE VENHA a trazer aos autos o seu comprovante de renda, de
tal forma, que o mesmo só precisa informar se é hipossuficiente.

No entanto, mesmo havendo legislação competente, que


esclareça toda e qualquer duvida em relação ao assunto, o Douto julgador,
entende que o correto é o REQUERENTE trazer a baila os comprovantes de
renda do mesmo, porém em relação a tal assunto manda a lei:

“O art. 4º da Lei nº 1.060/50, assim dispõe:

“Art. 4º - A parte gozará dos benefícios da assistência


judiciária, mediante simples afirmação, na petição inicial, de
que não está em condições de pagar as custas do processo e
os honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua
família.

§ 1º - Presume-se pobre, até prova em contrário, quem afirmar


essa condição nos termos desta lei, sob pena de pagamento
até o décuplo das custas judiciais.”

Como argumentado acima, só é necessária a simples afirmação


na petição inicial, sendo assim, quem deve recorrer de tal decisão é a parte
contrária e não o judiciário, sendo assim, em processo verossímil, diz o Exc°.
Sr. Desembargador Natanael Caetano em seu voto, no processo
2009.00.2.001623-2 AGI:

“DEFIRO o pedido de gratuidade de justiça


formulado pela ora agravante no presente recurso.
Com efeito, entendo que a simples afirmação de que

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a parte não está em condições de pagar as custas do
processos e os honorários advocatícios, sem
prejuízo próprio ou de sua família, já basta para a
concessão do benefício.” (grifos nossos).

Em seu voto o mesmo deixa claro ainda que, a jurisprudência é


pacifica no sentido de que simples afirmação na própria petição, é o suficiente
para a concessão da justiça gratuita, vejamos na integra o que é dito pelo já
citado Desembargador:

“A jurisprudência vigente tem entendido que a simples


afirmação, na própria petição, é o suficiente para que seja
concedida a Assistência Judiciária gratuita, sendo que, no
caso dos autos, o agravante colacionou a declaração de
hipossuficiência, a qual tem presunção legal de
veracidade.” (grifos nossos).

Além disso, trago ainda firme posicionamento do colendo Superior


Tribunal de Justiça:

"AGRAVO REGIMENTAL. SERVIDOR PÚBLICO. BENEFÍCIO


DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. AGRAVO
REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. Esta Superior Corte de
Justiça possui entendimento jurisprudencial de que a
simples declaração de miserabilidade feita pela parte ré é
suficiente para deferimento do benefício da justiça
gratuita. Precedentes. 2. Agravo regimental desprovido.”
(AgRg no Ag. 1005888/PR, 6º Turma – Relator Ministro OG
FERNANDES, DJ de 9/12/2008)

Outrossim, os seguintes precedentes:

“CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. ASSISTÊNCIA


JUDICIÁRIA GRATUITA. IMPUGNAÇÃO. NECESSIDADE DE
PROVA CABAL DA CAPACIDADE ECONÔMICO-
FINANCEIRA DO REQUERENTE. PRESUNÇÃO NÃO
AFASTADA. BENEFÍCIO DEFERIDO.

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1. Ao deferimento dos benefícios da assistência judiciária
gratuita, previstos na Lei nº 1.060/50, basta simples alegação
da parte requerente no sentido de não possuir condições
financeiras de arcar com as despesas processuais (lato
sensu).

2. Eventuais impugnações ao pleito de gratuidade devem vir


embasadas em prova concreta da suficiência financeira
daquele que pretende litigar sob o amparo da assistência
judiciária gratuita, não bastando simples alegações contrárias
à concessão do benefício.

3. Recurso conhecido e provido.” (AGI 2008002011273-7, 1ª


Turma Cível, Relator Desembargador JOÃO BATISTA
TEIXEIRA, Julgado em 15/10/2008, DJ de 12/1/2009)

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. JUSTIÇA GRATUITA.


AFIRMAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA. PRESUNÇÃO DE
VERACIDADE. COMPROVAÇÃO DO CONTRÁRIO. NÃO
OCORRÊNCIA. RECURSO PROVIDO.

Disciplina a Lei n° 1.060/50 que a simples afirmação de


hipossuficiência, desde que não comprovado o contrário, é o
quanto basta para a obtenção da assistência judiciária
gratuita.” (AGI 2008002014242-6, 2ª Turma Cível, Relatora
Desembargadora CARMELITA BRASIL, Julgado em
19/11/2008, DJ de 17/12/2008).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. PARTE ASSISTIDA PELA


DEFENSORIA PÚBLICA. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA
GRATUÍTA. POSSIBILIDADE.

1. Para a concessão da assistência judiciária gratuita


assegurada pela carta magna (art. 50, inc. LXXIV) e pela lei nº
1.060/50 (art. 4º), basta a simples declaração formal da parte
no sentido de que não tem como arcar com as despesas
processuais e honorários advocatícios, sem o

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comprometimento de sua própria subsistência e de sua família,
sendo dever do estado prestar assistência judiciária integral e
gratuita aos que dele se socorrem.

2. Não há a ocorrência de preclusão pro judicato quando o


pedido de assistência gratuita é reiterado pela parte
interessada é apreciado ao depois pelo juiz da causa, sanando
a omissão antes existente.

3. Recurso desprovido.” (AGI 2008002008411/6, 3ª Turma


Cível, Relator Desembargador MÁRIO-ZAM BELMIRO, Julgado
em 3/12/2008, DJ de 11/12/2008)

“PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO


DECLARATÓRIA C/C CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO.
INDEFERIMENTO DE PEDIDO DE GRATUIDADE DA
JUSTIÇA. AUSÊNCIA DE FUNDADAS RAZÕES. REFORMA
DA DECISÃO.

1. Em nosso ordenamento jurídico para que o Juiz de indefira


de plano o pedido de justiça gratuita formulado pela parte, nos
termos do art. 5º da Lei nº 1.060/50, mister que exista fundadas
razões para tal.

2. O entendimento jurisprudencial dominante, que espelha o


estatuído no art. 4º da citada lei, é no sentido de que para a
obtenção do benefício da gratuidade da justiça, basta a parte
firmar declaração de que não está em condições de pagar as
custas e honorários advocatícios, sem prejuízo de seu próprio
sustento e de sua família.

3. O simples fato de, segundo o juiz, da autora ter firmado um


contrato de mútuo de valor vultoso e por ter constituído
advogado particular, além do fato das custas cobradas neste
Tribunal serem de pequeno valor, não infirma sua alegação de
que não tem condições de arcar com as custas processuais e
honorários advocatícios, pois pode muito bem,
momentaneamente, passar a parte passar por dificuldades
financeiras, devendo nesse caso prevalecer a presunção de

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veracidade da declaração firmada pela autora, até prova em
contrário.

4. O indeferimento da gratuidade da justiça sem fundadas


razões para fazê-lo pode implicar em negativa de acesso à
justiça ao hipossuficiente, o que contraria o disposto no art. 5º,
XXXV, da Constituição Federal, bem como deve ser
considerado que a parte contrária, com fulcro no art. 7º da Lei
nº 1.060/50, poderá requerer a revogação dos benefícios da
assistência judiciária gratuita, desde que prove a inexistência
ou desaparecimento dos requisitos essenciais à sua
concessão.

5. Agravo de instrumento conhecido e provido.” (AGI


2008002008704-5, 4ª Turma Cível, Relatora Desembargadora
MARIA BEATRIZ PARRILHA, Julgado em 23/7/2008, DJ de
22/9/2008)

“PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.


JURISDICIONADO QUE SE QUEIXA DE NEGATIVA DO
JUÍZO DE ORIGEM QUANTO AO SEU PEDIDO DE
CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DE ASSISTÊNCIA
JUDICIÁRIA. DIREITO À GRATUIDADE DE JUSTIÇA
PREVISTO NAS LEIS NºS 1.060/60 E 7.115/83, AMBAS
PRECONIZANDO QUE O DIREITO SE DARÁ MEDIANTE
SIMPLES AFIRMAÇÃO DO INTERESSADO NA SUA
OBTENÇÃO, SOB AS PENAS DA LEI. AGRAVO DE
INSTRUMENTO A QUE SE DÁ PROVIMENTO.

1. A lei nº 1.060/50 preceitua, em seu artigo 4º, que "a parte


gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante
simples afirmação" (não sublinhado no original).

2. Por outro lado, a lei nº 7.115/83, em seu artigo 1º, dispõe que
"a declaração destinada a fazer prova de pobreza presume-se
verdadeira, sob as penas da lei". Na jurisprudência deste
Tribunal, tem-se entendido que a simples afirmação de não
poder arcar com as despesas do processo dá ao declarante o
direito de gozar do benefício preconizado em lei.

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3. Agravo provido. Unânime.” (AGI 2006002007007-7, 5ª Turma
Cível, Relator Desembargador JOSÉ GUILHERME DE SOUZA,
Julgado em 13/9/2006, DJ de 9/2/2009)

“ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. HIPOSSUFICIENTE.


INSCRIÇÃO EM CADASTROS DE INADIMPLENTES.

1. Para que a parte goze dos benefícios da assistência


judiciária, basta a declaração de insuficiência de recursos (L.
1.060/50, art. 4º e § 1º).

2. A antecipação dos efeitos da tutela pressupõe prova


inequívoca e verossimilhança das alegações, requisitos que, se
inexistentes, impedem a concessão.

3. O simples ajuizamento de ação de indenização não autoriza


seja retirado ou impedida a inscrição do nome do devedor em
cadastros de inadimplentes.

4. Agravo provido parcialmente.” (AGI 2008002003165-8, 6ª


Turma Cível, Relator Desembargador JAIR SOARES, Julgado
em 30/4/2008, DJ de 14/5/2008)

Para consagrar o já assentado, veio a Corte Suprema do país e, assim,


posicionou-se sobre o tema:

"AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO.


ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. INCOMPATIBILIDADE
ENTRE O TEXTO LEGAL E O PRECEITO CONSTITUCIONAL.
SIMPLES DECLARAÇÃO NA PETIÇÃO INICIAL. A declaração
de insuficiência de recursos é documento hábil para o
deferimento do benefício da assistência judiciária gratuita,
mormente quando não impugnada pela parte contrária, a quem
cumpre o ônus da prova capaz de desconstituir o direito
postulado. Incompatibilidade entre o texto legal e o preceito
constitucional. Inexistência. Agravo regimental improvido."
(AGR/AGI 136910-9, RS, 2º Turma, Relator Ministro
MAURÍCIO CORRÊA, DJ de 22/9/95).

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Ora Excelências, diante das razoes acima expendidas, é que
vem o requerente agravar da decisão do douto juízo a quo, para que se
reforme a decisão consubstanciando a já firmada declaração de
hipossuficiência no expresso sentido da lei n. 1.060/50.

II – QUANTO AO DESCONTO

No que tange ao esclarecimento se o valor de R$ 1.615,73 (mil


seiscentos e quinze reais e setenta e três centavos) é descontado diretamente
no salário do agravante, ou se é pago por meio de boleto bancário, cumpre
mencionar que o valor tem sido descontado diretamente do salário do autor,
tanto no contracheque, quanto na conta corrente, conforme documentos
anexados aos autos (fls. 30-37).

DOS PEDIDOS

a) Que o presente recurso seja recebido e processado na forma de


instrumento, como preconiza o artigo 1.015, V, do CPC, haja vista a real
impossibilidade de prosseguimento do processo haja vista a já firmada
declaração de hipossuficiência do agravante;
b) Que seja reformada a r. decisão interlocutória, para modificar a decisão,
concedendo integralmente os benefícios do art. 4ª da lei 1.060/50;
c) Que o recurso seja recebido sob efeito suspensivo;
d) Seja conhecido e provido o presente recurso para reformar a decisão
agravada;
e) Requer, ainda, os benefícios da justiça gratuita constantes da lei 1.060/50
para a admissibilidade do presente recurso eis que este o fundamento do
pedido da decisão ora atacada;
f) Certifico que as cópias integrais que instruem o presente recurso foram
retiradas do processo que transcorre sob o n. 2015.01.1.142923-0 na 8ª Vara
Cível de Brasília, declarando desde já sua autenticidade.
g) Por fim, requer-se que todas as publicações oficiais, bem como andamentos
informatizados sejam efetuados em nome do Dr. MARCUS DA COSTA
GUIMARÃES OAB/DF 39.895 e Dr. ÍTALO ANTUNES DA NÓBREGA–
OAB/DF 24.925 sob pena de nulidade dos atos processuais.

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Nestes termos, pede deferimento.
Brasília – DF 23 de março de 2015.

MARCUS DA COSTA GUIMARÃES ÍTALO ANTUNES DA NÓBREGA


OAB/DF 39.895 OAB/DF 24.925

EXCELENTÍSSIMO(a) SENHOR(a) JUIZ(a) DE DIREITO DA 8ª VARA CÍVEL


DA CIRCUNSCRIÇÃO ESPECIAL JUDICIÁRIA DE BRASÍLIA - DF

Autos n. 2015.01.1.142923-0

IVANLDO REGIS DA SILVA, já devidamente qualificado


nos autos em epígrafe, vem nos termos do art. 1.017, I, do CPC, requerer
juntada aos autos das cópias que instruíram o Agravo de Instrumento
interposto no Egrégio Tribunal.

Ademais, caso Vossa Excelência diante das razões e


documentos juntados aos autos venha a constituir novo entendimento sobre a
matéria, requer, desta forma, o pertinente juízo de retratação.

Por fim, requer-se que todas as publicações oficiais, bem


como andamentos informatizados sejam efetuados em nome do Dr.
MARCUS DA COSTA GUIMARÃES OAB/DF 39.895 E Dr. ÍTALO ANTUNES
DA NÓBREGA– OAB/DF 24.925, sob pena de nulidade dos atos
processuais.

Nestes termos, pede deferimento.

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Brasília – DF, 24 de março de 2016.

MARCUS DA COSTA GUIMARÃES


OAB/DF 39.895

ÍTALO ANTUNES DA NÓBREGA


OAB/DF 24.925

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