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SERVIÇOS PÚBLICOS
-Serviço “uti singuli”(é possível mensurar quem usa, custeado por taxas ou tarifas)
-Serviço “uti universo”(gerais,não mensurável, usufruído por todos, custeado por impostos)
CONCESSÃO: A Administração contrata uma empresa para prestar um serviço, e o usuário irá
PERMISSÃO: ato unilateral, discricionário e precário (Art. 40, L8987). Tem natureza
contratual(adesão).
Para
CONCESSÃO, a lei exige Autorização legislativa. A Permissão não necessita de uma lei especifica
autorizadora.
Enquanto a AUTORIZAÇÃO é feita no interesse do particular (ex: José e Ana querem casar na
praia); a PERMISSÃO é feita no interesse publico (Ex: José quer vender artesanato na praia).
Ex: A União, Estados da Bahia e Ceará se associam para prestarem o serviço de Auxilio e Defesa
às Vitimas do Semi-Arido: Formam o ADEVISA ---> Consórcio, constituído como associação
pública, com personalidade jurídica de direito público e natureza autárquica, OU como pessoa
jurídica de direito privado sem fins econômicos. Nesse caso, o ADEVISA é uma nova pessoa
jurídica, que não se confunde com nenhum dos entes consorciados.
--- NÃO, pois no momento que os entes se juntam, os Chefes do Executivo celebram o
chamado PROTOCOLO DE INTENÇÕES, que nada mais é do que a intenção para celebrar
CONSÓRCIO PUBLICO. Posteriormente, cada Chefe do Executivo encaminhará o Protocolo para
o Poder Legislativo como Projeto de Lei. E, só depois que o Protocolo for ratificado por lei,
formar-se-á o consorcio.
>>Percebe-se que, em todos os casos, o Legislativo deve participar para a criação do consórcio.
Contrato de Rateio: determinara quanto cada ente vai contribuir (orçamento) para formação e
manutenção desse consorcio.
Principais privilégios que o consórcio publico possui para o
cumprimento de seus objetivos (Dec.6.017/2007, Art. 2º, §1º):
a) poderá promover desapropriações e de instituir servidões ( 2º, § 1º, II);
Conceito: Art. 98, CC – são bens publicos os bens da Pessoa jurídica de direito públicos
ATENÇÃO: Os bens privados atrelados a prestação de públicos, ainda assim serão bens
privados, entretanto gozarão de todas as garantias inerentes aos bens públicos.
#CLASSIFICAÇÃO
- quanto à destinação:
a) bens de uso comum do povo: Bens afetados. Não depende de consentimento do Estado. Ex:
praia, praças
b) bens de uso especial:Bens afetados. O Estado conserva com finalidade publica especifica. Ex:
carro oficial
c) bens dominicais ou dominiais: Bens desafetados. Não tem destinação publica, sem
finalidade. Ex: terras devolutas
AFETAÇÃO: dar destinação publica à bens que não tinham. Não depende de
formalidades: simples uso, lei, ato administrativo
DESAFETAÇÃO: não pode se dar pelo simples desuso! Só pode ser feita por lei, ato
administrativo.
Se for um bem de USO ESPECIAL, poderá ser DESAFETADO por fatos da natureza. Ex:
incêndio, enchente
#GARANTIAS DOS BENS PUBLICOS: Impenhorabilidade (não admite constrição, penhora); Não
orenabilidade(não incidem direitos reais de garantia); Imprescritibilidade (não podem ser
usucapidos, não há posse); inalienabilidade relativa ou alienabilidade condicionada (é possível
alienar, desde que respeitadas as condições definidas em lei, mediante os requisitos:
DESAFETAÇÃO, DECLARAÇÃO DE INTERESSE PUBLICO, AVALIAÇÃO PREVIA, LICITAÇÃO +
AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA SE O BEM FOR IMÓVEL).
7. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Proposta pelo MP(também pode atuar como fiscal) ou pela entidade publica lesada pelo ato
É indispensável o MP
Réu da Ação de Improbidade: pode ser o agente publico e/ou o particular que se beneficie ou
induza a pratica do ato.
Notificação do acusado para apresentar defesa previa (convencer o juiz a não receber a Petição
inicial) dentro de um prazo de 15 dias.
Com ou sem defesa prévia, se o juiz indeferir a Petição inicial, caberá apelação.
ATENÇÃO: ainda que não haja dano patrimonial ao erário, é possível a configuração do ato de
improbidade pela simples violação a um principio. Também independe da aprovação ou
rejeição das contas pelo Tribunal de Contas.
STJ: Não se admite que a modalidade culposa seja presumida. Assim, os atos que não causam
danos ao erário só podem ser punidos à titulo de dolo.
8. DESAPROPRIAÇÃO
Classificação:
A) RESTRITIVAS: o Estado limita/restringe o uso da propriedade, mas não tira o bem dos
particulares. Ex: tombamento, servidão, limitação administrativa
B) SUPRESSIVA: Desapropriação – forma originaria de aquisição de propriedade (o bem
chega nas mãos do Estado livre e desembaraçado) – art. 5, XXIV, CF/88
- Utilidade publica ou interesse social
- Indenização previa, justa e em dinheiro – DESAPROPRIAÇÃO COMUM
PROCEDIMENTO EXPROPRIATÓRIO:
1 fase: Declaratório - O Estado declara a utilidade publica e o interesse social
-Quem pode declarar? Os entes da federação: U,E,M, DF
-Mediante Decreto expropriatório ou por lei
-A declaração não enseja a aquisição de propriedade pelo Poder Publico, mas o bem
fica sujeito à força expropriatória do Estado
-Força da Declaração: o Estado pode ingressar no bem (penetrar); Fixação do Estado do
bem (o Poder publico só vai pagar estado em que se encontra, não indenizará por melhorias
após a Declaração, exceto se forem necessárias ou úteis-autorizadas)
- A Declaração possui Caducidade: deve ser executada dentro de um prazo
determinado: utilid/nec.pública (5 anos) e interesse social (2 anos)
9. LICITAÇÃO
É um procedimento administrativo prévio às contratações do Poder Público.
Finalidades da Licitação: melhor proposta/mais vantajosa, garantia de isonomia, garantia do
desenvolvimento nacional sustentável. (art. 3 L8666)
A licitação é Publica e a Publicidade não deve ser afastada no procedimento licitatório. No
entanto, o Principio do sigilo das Propostas (que não se contradiz com o Princ. Da Publicidade)
assegura que as propostas dos licitantes sejam sigilosas até a data de abertura delas em
conjunto.
Principio da vinculação ao instrumento convocatório: em regra, é o edital. Exceção: Convite. O
edital vincula os licitantes e a administração.
Principio do julgamento objetivo: os critérios de julgamento da licitação já estão definidos em
edital. Tipos de licitação: menor preço, melhor técnica, técnica e preço, maior lance.
Modalidades gerais de licitação: concorrência (qualquer pessoa), tomada de preço (somente
cadastrados), convite (cadastrado + convidado interessado), concurso (aquisição de trabalho
tecnico, artistico e cientifico), leilão (alienar bens) e pregão (aquisição de bens e seviços
comuns).
O edital de licitação pode prever a utilização de RECEITAS ALTERNATIVAS, provenientes da
exploração de placas publicitárias, com vistas a favorecer a MODICIDADE DAS TARIFAS.
PROCEDIMENTO LICITATÓRIO DA CONCORRENCIA:
1 fase: Interna – atos preparatórios para o inicio do certame. Se forma uma comissão,
apresenta-se uma justificativa para a necessidade de contratação (exposição de motivos),
elaboração de minuta do edital e do contrato, faz-se uma declaração de adequação
orçamentária, etc. A fase interna encerra com um parecer que autoriza a publicação do edital
no Diário oficial e em jornal de grande circulação.
2 fase: Externa – publicação e habilitação: Qualquer cidadão pode impugnar o edital, desde
que o faça até o 5° dia útil da data anterior a data marcada para abertura dos envelopes. Se for
um licitante, a impugnação poderá ser feita até o 2° dia útil da data anterior a data marcada
para abertura dos envelopes.
Se ninguém impugnar, a própria Administração poderá impugnar o edital “ex officio” –
autotutela – poder dever de rever seus próprios atos.
Feita a alteração, em regra deve-se publicar novamente: Errata (publicação da parte alterada).
Em principio, também deve ser reaberto o prazo: intervalo mínimo; salvo se a alteração não
modificar o conteúdo das propostas.
A Administração só pode exigir requisitos de habilitação se estes forem indispensáveis à
execução do contrato e tiverem previsão legal.
Art. 27, L8666: define os requisitos da habilitação – habilitação jurídica, técnica, econômico-
financeira, não explorar trabalho infantil, regularidade fiscal e trabalhista. A ausência de
qualquer deles pode inabilitar a empresa.
ATENÇÃO: ME e EPP – LC 123/06 – podem participar da licitação mesmo que não tenham
regularidade fiscal e trabalhista. Terão o prazo de 5 dias(+5)para regularização.
RECURSO À DECISÃO QUE HABILITOU/INABILITOU: 5 dias úteis, com efeito SUSPENSIVO.
3 fase: Classificação e julgamento – serão abertos os envelopes de propostas dos habilitados.
Cabe recurso com prazo de 5 dias úteis, com efeito SUSPENSIVO
4 fase: Homologação ou Anulação do procedimento de licitação(vicio originário) ou Revogação
(desinteresse publico)
5 fase: Adjudicação: declarar o vencedor da licitação. A administração não está obrigada a
contratar, mas se for contratar estará vinculada à contratar com o adjudicatário (vencedor). Se
o vencedor for convocado para celebrar o contrato, estará obrigado a contratar, se a
Administração Pública convocá-lo para celebrar o contrato dentro de um prazo de 60 dias
contados da abertura da proposta.
PREGÃO: sempre do tipo menor preço! Principio da oralidade: na fase de classificação ocorrerá
os LANCES VERBAIS. Não há recurso entre as fases; o prazo pra recurso é imediato: abre-se
prazo de 3 dias para a apresentação das razões.
HIPOTESES DE DISPENSA E INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO:
INEXIGIBILIDADE – Decorre da inviabilidade de competição - Art. 25 – rol exemplificativo
DISPENSA – é plenamente viável competir, mas a lei dispensa - art. 17 e art. 24 - rol taxativo
Art. 26 – Justificativa da contratação direta