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POR
RESUMO
GEOLOGIA
ROCHAS HIPERALCALINAS
(1) . Este recentemente assinalado, pela primeira vez na região de Fortios por
A. PEINM)OR FERNANDES.
(2) Cavalgamento assinalado na carta tectónica de Portugal, na escala de
1/1000000, ainda inédita, coordenada por ANTÓNIO RIBEIRO.
Em Figueira de Cima o ortognaisse hiperakalino é bastante
espesso, apresentando aspectos diferentes; por exemplo, no limite
nordeste, a rocha é melanocrática. Junto do monte há pequena
lentícula de xistos no ortognaisse. Para noroeste, no leito de uma
linha de água, junto do monte das Algueireiras, observa-se rocha
hiperalcalina com aspectos semelhantes aos que se vêem ~m Figueira
de Cima. A rocha é, em geral, melanocrática. Na trincheira da
estrada de Portalegre, o grau de alteração é tão acentuado que
não é possível r,econhecêJla como tal; no entanto, como se situa
no -enfiamento do· afloramento anterior, bastante largo, é provável
que represente a continuação.
Perto do monte Martim Tavares a rocha hiperakalina foi
desligada pelas falhas de Mosteiros (N-S).
A estrada que conduz a Cevadais cruza, 1875 m a SW do
monte, pequena intercalação de rocha hiperalcalina, repetição
provável por dobramento da faixa principal.
2- ALINHAMENTO DE ASSUMAR
Maciço de Outeirão-Varche-Falcato
5- ALINHAMENTO DE ESTREMOZ
D 1
D:::::::
.......... ...
2
F-=--=J
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4
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13 14 15 16
C2J C2:J
21 22
L-__________ 6
O ~ __________
12 km
~I ~
2) Composição minet'alógica
a) Generalidades
b) Feldspatos
c) Quartzo
Nem todos os gnaisses estudados contêm quartzo como cons-
tituinte essencial. Deste modo, é possível distinguir gnaisses gra-
níticos e gnaisses sieníticos. O quartzo pode também existir como
mineral simpl,esmente acessório, mais ou menos abundante, havendo,
desta maneira, tNlmição entre os dois tipos de gnaisses.
É na matriz que o quartzo existe, em quase todos os casos,
associado aos feldspatos. Raramente forma também porfiroblastos
ocelados, deformados e estirados. Merece referência especial o
facto de, em alguns locais (v. g. monte da Granja; Degolados;
Moinho da Estrada) os gnaisses apresentarem veios pamlelos à
foliação, distintos dos da .matriz, pois são constituídos apenas de
quartzo, finamente granulado; tais leitos dev,em representar um
dos mais importantes fenómenos de recristalização que afectou as
rochas estudadas.
d) AnfíbolaJ
As anfíbolas presenves nos gnaisses de Arronches, conside-
rados neste parágrafo, integra'm-se na série das hastingsites (de
acordo com a sistemática de TROGGER). Os dois tópicos que desde
logo individualizam as anfíbolas agora estudadas são a fórmula
do policroísmo e o valor do ângulo óptico. O policroísmo, embora
algo variável, pode ser definido na generalidade pela expressão
seguinte: ng"- máxima absorção = verde-azulado muito escuro;
n m - absorção média = verde; np - absorção mínima = verde-
-acastanhado.
O ângulo óptico, particularmente característico, é assaz baixo,
mesmo vizinho de 0°; varia, no entanto dentro de certos limites,
em volta de 15°. O ângulo de extinção c Ang é relativamente
pequeno, não excedendo habitualmente 15° a 20°. A birrefran-
gência é média e o sinal óptico negativo. Este conjunto de carac-
teres ajusta-se suficientemente à hastingsite, anfíbola cálcica e
sódica da série antes referida. Com efeito, de acordo com os dados
de TROGGER (1959), competem-lhe os valores: 2V = 24° a 40°;
cAng = 15° a 44° e uma fórmula de poEcroísmo análoga à que
foi deverminada. Por seu lado, a ferro-hastingsite, considerada por
212
1 2
_3_1_4_ 5 6 7 8 1 2 3 4 5 6 7 8
._---- - - - - - - - -- -- - - -
Si0 2 • 69,58 62,02 61,30 64,90 80,53 65,60 64,42 Q 65,23
· 15,71 4,94 4,13 - 46,78 8,17 5,45 5,22
AI20a • 15,01 17,64 18,64- 17,28 10,13 16,30 14,16 Or • · 3),47 46,33 31,71 31,12
14,74- 24,47 36,72 42,70 35,58
Fe~Oa • 1,23 4,88 1,30 1,68 0,50 1,94 1,28 Ab • · 43,04- 34,85 50,56 52,06
1,87 21,48 41,54 32,49 41,92
FeO 1,72 1,55 3,19 2,37 0,43 1,90 3,23 An • 2,92
2,21 2,57 7,44 2,90 2,51 3,90 - -
MgO 1,11 1,14- 1,72 1,35 1,05 1,16 0,32 Ne . -
0,29 - 0,54- - - - - -
CaO
· 0,62 0,56 1,68 0,64 0,56 1,49 3,40 SiO aNa 2 • -
1,69 - - - - - 0,85 1,89
Na 2 0 5,11 4,14 6,12 6,18 2,55 4,93 4,77
En.
6,63
0,09
í 0,02 - - - 0,90 0,80 0,48
K,O 5,35 7,8~ 5,39 5,29 4,16 6,24 7,22 6,03
Di Fs. 0,07 - 0,02 - - 0,45 5,48 3,27
H 2 0+ . 0,35 0,33 0,44- 0,27 0,4-0 0,37 ~
0,39
Wo 0,17 - 0,03 - - 1,44 6,90 3.42
H 20- • 0,06 0,03 0,01 0,08 0,05 0,09 0,59
Hi ~ En.
2,66 2,82 - 3,35 2,60 1,97 - 0,24
Ti0 2 , 0,19 0,26 0,40 0,23 0,05
~341
0,41
0,38 Fs , 1,88 - 2,81 - 0,29 0,99 - 1,58
P~.o5 0,07 0,03 0,12 0,04 0,04- 0,04 OJ ~ Fo • -
0,05 - 2,98 - - - - -
MnO 0,07 0,05 0,13 0,13 vest.
- - - - - - - - - - - - - - - - ac
0,07 0,130,07 Fa . - 3,34 - - - - - -
Total · 100,47 100,51 100,44- 100,44- 100,45 LOO,43 99,98 100,28
- - - - - - 3,69 5,40
Mt ] ,77 4,38 1,88 2,43 0,72 2,80 - -
Parâmetros C.I.P.W. - Lacroix Hm. - 1,83 - - - - - -
II 0,36 0,49 0,76 0,4-3 0,09 0,64 0,77 0,71
1
II .4'.1. 3'
2 I 3
4
I (1I).5 .1.3 1'.5.(1)2.(3) 4 1'.5.i' (3)4 Ap • 0,17 0,07 0,28 0,09 - 0,12 0,10 0,09
5 6 7 8
- - - - - - - - - - - - - -- -
Total • 9!-1,60 98,28 99,56 99,32 99,03 99,52 99,25 99,81
1.3.112\.3 I l' '5.1'.3 I 'IlJ5.1.3 I I 111).'5.1. 3
1 - 1 km a NE do monte das Furadas (Degolados, Arronches), amostra n.o AM95; 2 - 200 m a N do monte de Vidigão de Cima
(Degolados, Arronches), amostra n.o AM99; 3 - A NE do monte da Tinoca, São Miguel (Arronches), amostra n.o AX3;
4 - 260 m a N do monte de Vidigão de Baixo (Arronches), amostra n:O AM97; 5 - 200 ma N do monte de Vidigão de Baixo
(Arronches), amostra n.O AM98; 6 - 100 m a W do monte da Granja (Degolados, Arronches), amostra n.o AM96;
7 - Monte de Revelhos (Arronches), amostra n.o AL 74; 8 - Monte de Revelhos (Arronches), amostra n. o AM94,
Aná!. (1 a 6) - M. F. Seita (L. T. F. Q A. M. P. - J. I. U.). - Anál. (7 a 9) - L. Guimarães (Mus. e Lab. Min. e Geol.).
21 7
SiO~ . 6~,35
Al 20 a 14,29
Fe 2 0 a 1,16
FeO. 1,70
MgO. 0,53
CaO. 0,91
Na 2 0 1,45
Kp. ·1 10,19
H 2 O+
H 2 O- j 1,11
Ti0 2 • 0,62
P2 0 5' :1 0,08
MnO. 0,08
Total 100,47
CONCLUSÕES
AGRADECIMENTOS
R~SUMÊ
BIBLIOGRAFIA
Rochas hiperalcalinas
Prolongamento de Cevadais:
Assuma!'
AR-12 - Mapa 372, Assumar, no corte entre o topo norte da
folha 385 ea estação do C. F. de Assumar.
AR-14 - Mapa 385 (266, 925-238, 875), Arronches, junto do monte
do Outeiro.
226
Prolongamento de Vaiamonte
AL-100 - Mapa 358, Alter do Chão, a NE do v. g. de S. Miguel,
Tapadão.
. . _. BN58 - Mapa 370, Alter do Chão, Alter Pedroso, 1400 m a SW
do v.gr;;de Silveira (246, 200-246, 800).
IBD-16, 17, 18 - Mapa 358, Alter do Chão, 500 m a SE do monte
do Tapadão (241, 000-250, 900).
BD-21 - Mapa 370, Alter do Chão, 200 m a N do monte da Fome
(244, 700-247, 850).
BD-34 - Mapa 358, Alter do Chão, 225 maNE do monte Perin-
gote (241, 650-250, 575).
BD-45 ~ Mapa 384, Monforte, 500 maNE do monte do Reguengo
(254, 625-237, 950).
Cabeço de Vide
BD-13 - Mapa 370 (242, 650-244, 000), Alt,er do Chão, 1125 m
a N da Fonte dos Ricos (pequenta faixa isolada).
BD-20 - Mapa 370 (243, 550-243, 475), Alter dei Chão, 750 m
a W do monte do Papa Leite (pequen.a faixa isolada).
BD-23 -Mapa 370 (241, 800-245, 700), Alter do Chão, 950 m
a SSW do v. g. Ferreiros.
BD-30 - Mapa 370 (241, 925-245, 550), Alter do Chão, 1025 m
a SSW do v. g. Ferreiros. .
BD-32, 33 - Mapa 370 (242, 975-244, 225), 1250 m a W da
quinta do Pião.
BD-35 - Mapa 370 (244, 125-243, 175), 250 m a SSW do monte
do Papa Leite.
Arronches (Revelhos)
AM-94-Mapa 385, Arronches, monte de Revelhos (Anál. Quím. N.o 8).
227
Gnaisses hastingsíticos
Arronches (Revelhos)
AL-74 - Mapa 385, Arronches, monte de Revelhci's (Anál. Quí-
mica n.O 7).
AL-89 - Mapa 385, Arronches, monte da Tinoca.
AM-95 -Mapa 386, 1 km a NE do monte das Furadas (Degolados)
(Anál Quím. n.o 1).
A!M-96 - Mapa 386, Arronches, 100 m a W do monte da Granja
(Degolados) (Anál. Quím. n.O 6).
A!M-97 -' Mapa 386, Arronches, 260 m a N do monte de Vidigão
de Baixo (Anál. Quím. n.O 4).
AíM-98 - Mapa 386, Arronches, 200 m a N do monte de Vidigão
de Baixo (Anil. Quím. n.O 5).
hM-99 - Mapa 386, Arronches, 200 m a N do monte de Vidigão de
Cima (Degolados) (Anál. Quím. n.O 2).
AV-85 -Mapa 372 (265,100-243,100), Assumar, Monforte, 1100 m
a NE do v. g. de Mosqueiros.
AV-86 - Mapa 372 (269, 800-241, 350), Monforte, Assumar, 500 m
a SW do monte da Charneca.
AV-87 - Mapa 372 (267, 025-241, 600), Monforte, Assumar, 125 m
a NE do monte de Asseisseirinha.
AV-90-Mapa 372 (269, 800-241, 330), Monforte, Assumar, 500 m
a SW do monte da Charneca.
AX-31- Mapa 400 (60, 750-19, 200), Campo Mai'or, 300 ma W do
paredão da barragem do Caia (Anál. Quím. n.O 9).
AX-37 - Mapa 400, 1 km a N do v. g. de Mouro (Campo Maior).
·BD-59 - Mapa 372 (264, 075-244, 200), Assumar, 700 m a NNW
do monte dos Mosqueiros.
AV-96 -. Mapa 372 (273, 975 -240, 300) , ASSlImar, 150 m a SSE da
horta da Cancela.
AX-15 - Mapa 386 (280 , 875 -235, 325) , Arronches, 1350 m a SW
do v. g. Barambão.
AX-17 - Mapa 386 (282 , 500-233 , 950) , Arronches, Degolados,
550 maNE do monte da Gr.anja.
BD-56, 57 - Mapa 372, Assumar, 500 m a W do monte de Carras-
cais (270, 600-241, 400).
V. J.. n ::;::; UN<,"AU - 1wcnas mperatcatznas e gnazsses
tJ r. v u m ':ALVhC::; J:<.,ST. I
hastingsíticos do Alto A lentejo
Fig. I - Ce va daisito, m ostrando ocelos de riebeq uite . Leito da ribeira si tuada a SW,
pe rto do monte de Ce vadais.
Fig. 2 - Alanite zona da, no seio de granada com orla de hastingsite . Gnaisse
hastingsítico de monte de Revelhos, AL- 74. 120 X; sem analisador.
\J. 1 . A SS UNÇA O e; l'. v ONÇALVES - J<oclzas hzperalcalinas e gnaisses E ST. X
Izastingsíticos do Alto Alentejo