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1- PARACETAMOL

O paracetamol é um fármaco com propriedades analgésicas e


antitérmicas, sendo amplamente utilizado em diversas patologias. É
um medicamento de venda livre, não precisando de prescrição
médica para sua comercialização. Embora considerado seguro, o uso
de forma errada pode causar malefícios, como qualquer outro
medicamento.

Histórico

Foi no final do século XIX que a


acetanilida foi descoberta, de forma acidental, decorrente de um erro
farmacêutico. Na Universidade de Estrasburgo (França), dois
pesquisadores (Cahn e Hepp) tratavam de doentes com cargas
parasitárias, administrando naftaleno a eles. Contudo, após um
intervalo de tempo verificaram que, embora o fármaco não tivesse
apresentado o efeito desejado, um dos pacientes veio a apresentar
acentuada redução da temperatura corporal, e acabaram por
constatar que na verdade fizeram a troca do naftaleno por
acetanilida, que rapidamente foi introduzida na terapêutica, com o
nome de “antifebrina”.

Com os relatos de efeitos adversos provocados pela acetanilida, como


a cianose decorrente da geração de metemoglobina (forma oxidada
da hemoglobina) sanguínea, estudos buscavam novos fármacos,
derivados da anilina e menos tóxicos. Assim foram descobertos a
fenacetina e o paracetamol, onde a fenacetina ganhou maior
repercussão, por se acreditar que causava menos reações adversas.
Porém, o uso indiscriminado da fenacetina trouxe como resultado
sérios quadros de intoxicação crônica, descritos por anemia,
metemoglobinemia, além de dano renal, que passou a ser conhecido
como nefropatia analgésica.

Foi então que


em meados do século XX descobriram que tanto a acetanilida, como
a fenacetina geravam como metabólito ativo o paracetamol,
atribuindo a este o efeito analgésico e antipirético e, que o efeito
adverso caracterizado pela geração de metemoglobina seria
decorrente de outro metabólito, conhecido como fenilhidroxilamina.
Com esta descoberta o paracetamol foi lançado no mercado, porém,
dúvidas em relação à segurança fez com que sua comercialização
realmente se efetivasse a partir da década de 1970. Atualmente, é
um dos analgésicos mais usados no Brasil na maioria dos países.

Mecanismo de ação
 Analgesia: não é bem conhecida a forma como atua, sendo que
as propriedades analgésicas podem ser explicadas pela sua
ação no Sistema Nervoso Central (SNC), ao inibir a síntese de
prostaglandinas e bloqueio em menor grau do Sistema Nervoso
Periférico, inibindo a geração do impulso nervoso doloroso.
Pode atuar também inibindo a produção ou a ação de outros
compostos que atuam sensibilizando receptores da dor frente a
estímulos. Todavia, exerce pouco efeito anti-inflamatório,
podendo este ser atribuído ao fato de ser um fraco inibidor da
cicloxigenase, quando presente em altas concentrações de
peróxidos, como é observado em processos inflamatórios.
 Antipirese: Como no SNC há menor concentração de compostos
peróxidos, o paracetamol consegue então inibir a cicloxigenase,
produzindo a antipirese. Assim, ao atuar no centro hipotalâmico
que é regulador da temperatura corpórea, produz uma
vasodilatação periférica, resultando em aumento do fluxo
sanguíneo periférico e consequente sudorese e perda de calor.

Farmacocinética
O paracetamol sofre absorção no trato gastrointestinal, devendo ser
evitada sua administração junto a alimentos, pois pode retardar sua
absorção. A ação se inicia após 30 minutos da ingestão, podendo se
prolongar por 4 a 6 horas. Atravessa as barreiras hematoencefálica e
placentária. É encontrado em doses pequenas no leito materno,
devendo ser administrados com cautela em lactantes. A excreção se
dá por via renal.

Reações adversas
O efeito mais temido é a hepatotoxicidade, decorrente de danos
gerados no fígado. Embora raro, há relatos de indivíduos que foram
ao óbito por tal efeito. Também podem ocorrer reações de
hipersensibilidade, tais como: erupções cutâneas, broncoespasmo,
angioedema e choque anafilático. Efeitos mais raros incluem:
discrasias sanguíneas, hepatite, hipoglicemia e acometimento renal.

Embora seja permitido seu uso na gestação, deve ser administrado


com cautela e sempre com orientação médica.

Em alguns países da Europa é proibida a comercialização do


paracetamol e, nos EUA tem seu uso restrito.

2-DIPIRONA

A [(2,3-diidro-1,5-dimetil-3-oxo-2-fenil-1H-pirazol-4-il)metilamino]
popularmente chamada de dipirona também conhecida como
metamizol foi produzida pela primeira vez em durante o ano de 1920
pela empresa alemã Hoechst AG, sua produção em massa se iniciou
em 1922 porém em 1970 alguns países como os EUA proibiram sua
venda por ser capaz de causar agranulocitose (alteração
caracterizada pela diminuição das células sanguíneas ou ausência
de leucócitos), porém em muitos países, como no Brasil, essa droga é
de venda livre e isenta de prescrição médica.

Fórmula estrutural da dipirona sódica.

A dipirona é uma das drogas mais utilizadas no Brasil para o alívio de


febre e dores, como as dores de dente, neuralgias, dores de cabeça e
miosites. Dentre os fármacos que contém a dipirona como parte da
composição temos o Lisador®, Dorflex®, Neosaldina®, Novalgina® e
Buscopan composto® e em todos estes, estão presentes bulas
indicando os riscos associados ao uso. No Brasil este fármaco está
disponível nas formas farmacêuticas solução oral e injetável, gotas e
comprimidos.

Farmacocinética: por administração intravenosa (IV) são obtidos


altos níveis plasmáticos e seus efeitos podem se iniciar dentro de 30
minutos a 1 hora e podem durar até 6 horas. Sua metabolização é
hepática e dentre os metabólitos da dipirona temos 4-metil-amino-
antipirina (4-MAA), 4-amino-antipirina (4-AA), 4-acetil-amino-
antipirina (AAA) e 4-formil-amino-antipirina (FAA), seus efeitos
analgésicos estão correlacionados com as concentrações dos
metabólitos ativos MAA e AA, e são excretados via renal.

Farmacodinâmica: Os metabólitos ativos 4-MAA e 4-AA são


responsáveis pela inibição da síntese de prostaglandinas por sua ação
nas enzimas Ciclooxigenases (COXs), porém seus mecanismos de
ação analgésicos ainda não estão bem elucidados pois podem ocorrer
de a nível do sistema nervoso central e periférico. Para o efeito
antiinflamatórico e analgésico a dipirona depende principalmente da
inibição da síntese de Prostaglandinas pelo bloqueio da COX 2
interferindo também com a produção de citocinas pró-inflamatórias
como a IL e a FNT e em decorrência da inibição da COX 3 periférica
há o efeito antipirético e analgesia semelhante ao paracetamol pela
inibição da COX 3 central (figura 2). Além disso, interferência a nível
de substância P, neurocinina 1 e na via da PKC podem também
contribuir para a obtenção de um efeito antinociceptivo.

Possíveis mecanismos relacionados ao efeito analgésico da dipirona. Traduzido e adaptado de:


JASIECKA, A.; MAŚLANKA, T.; JAROSZEWSKI, J. J. Pharmacological characteristics of
metamizole. Polish journal of veterinary sciences, v. 17, n. 1, p. 209, 2014.

Efeitos colaterais: de acordo com a literatura, comparada a outras


drogas da classe de analgésicos não opioides a dipirona é
relativamente segura. Os efeitos mais comuns são desordens
gastrointestinais como náuseas, vômitos, dores abdominais e
diarréia, porém ainda mais segura quando comparada aos demais
anti-inflamatórios não-esteroidais. A dipirona também mostra um
potencial efeito hepatotóxico porém durante o tratamento são baixos
os riscos de desordens hepáticas. O efeito mais controverso é o da
agranulocitose, alguns estudos mostraram que o risco de desenvolver
leucocitopenia , agranulocitose ou até mesmo anemia aplástica
(doença onde há baixa produção dos três elementos figurados do
sangue pela medula óssea) eram grandes quando administrada de
forma prolongada porém por anos estudos mostraram resultados
divergentes quanto a estes riscos.

Alguns estudos mostraram que a dipirona não causa anormalidades


congênitas, o que indica que seu uso é seguro para gestantes, porém
nos três primeiros trimestres de gestação sua classificação de
segurança é C (benefício do produto pode justificar o risco potencial)
e no terceiro é D (Evidências de risco em fetos, só utilizar quando
benefício justificar risco).

Referências:
Burke A, Smyth E, Fitgerald GA - Analgesic-Antipyretic and
Antiinflmatory Agents; Pharmacotherapy of Gout, em: Brunton
LL, Lazo JS, Parker KL – Goodman & Gilman´s The Pharmacological
Basis of Therapeutics, McGraw-Hill 11th ed N York ,2005, p 671.

JASIECKA, A.; MAŚLANKA, T.; JAROSZEWSKI, J. J. Pharmacological


characteristics of metamizole. Polish journal of veterinary
sciences, v. 17, n. 1, p. 207-214, 2014.

Vale N., Desmistificando o uso da Dipirona. Medicina


Perioperatória Cap126, p 1111-1113.

3-ACECLOFENACO

O diclofenaco ou diclofenac é um anti-inflamatório não-esteroide(AINE) com ação


sobretudo analgésica e anti-inflamatória com pouca ação antipirética. Apresenta-se nas
formas químicas de sal sódico, sal potássico, e de complexo com colestiramina (uma
resina de troca iônica).
Nomes comerciais: Cambia®, Cataflam®, Diclac®, Diclo P®, Voltaren®, Zorvolex®,
Zipsor® entre outros.[1]

Índice

 1Breve Histórico
 2Mecanismo de ação
 3Indicações
 4Resultado de eficácia
 5Contra-indicações
 6Efeitos colaterais
 7Conservação incorreta do medicamento
 8Diversidade química na indústria
 9Descarte inadequado e contaminação
 10Veterinária
 11Referências

Breve Histórico[editar | editar código-fonte]


Na década de 60, o Diclofenaco Sódico foi fabricado, objetivando a obtenção de um anti-
inflamatório não esteroide que proporcionasse uma eficiente atividade e alta tolerância. Foi
primeiro introduzido no mercado Japonês, em 1974, pela Geigy Pharmaceuticals, sob o
nome comercial Voltaren®. A partir disso, seu uso foi difundido para mais de 120 paises e,
no ano de 1986, aproximadamente 150 milhões de pacientes em todo o mundo já
utilizavam esta terapia. Este, apesar de sua larga utilização, só foi aprovado em julho de
1988, pelo órgão regulador americano Food and Drug Administration – FDA.[2]

Mecanismo de ação[editar | editar código-fonte]


As drogas no modelo AINE/AINH (Anti-inflamatório não-esteroide) são largamente
utilizadas em clínicas. Apesar de seu vago aproveitamento, estes compostos não são
completamente conhecidos. Sua ação principal consiste em inibir a síntese
de Prostaglandinas, fato importante no fenômeno da inflamação.
O Diclofenaco Sódico é um medicamento derivado do ácido fenil-acético, que similarmente
aos outros fármacos AINE, agem principalmente inibindo a via ciclo oxigenase, produtora
das prostaglandinas, a qual participa de ações fisiológicas, como a produção de muco
gástrico e inibição da secreção ácida no estômago, além de outros derivados.
Consequentemente, a Prostaglandina, quando inibida, pode causar um quadro de úlcera
gástrica.
Há, no mínimo, dois tipos de cicloxigenases que divergem em suas funcionalidades
fisiológicas: a Cicloxigenase-1 (COX-1) conhecida também por fisiológica ou constituinte e
a cicloxigenase-2 (COX-2), conhecida também como COX patológica. Há, então, a quebra
do ácido araquidônico pela COX-1, levando à formação de prostaglandinas (PGs), que se
associam com respostas fisiológicas renais, gastrintestinais e vasculares, enquanto a
ruptura realizada pela COX-2 leva a produção de PGs que estão presentes no
desenvolvimento de processos inflamatórios.
A maioria dos AINE’s/AINHs não possui seletividade em relação a COX-1 e COX-2, e a
maior parte dos efeitos colaterais decorrem da inibição da COX 1, sendo essa inibição a
responsável por prejudicar as funções fisiológicas das PGs sobre o estômago, intestinos,
rins e plaquetas.[3]
Observado a diversidade de formas farmacêuticas disponíveis, os itens comercializados
podem diferenciar-se quanto à durabilidade da ação e, consequentemente, variando,
também, a dose e a estrutura posológica para cada item.[4]
A posologia deve ser individualizada, não só para o diclofenaco, como para todos os anti-
inflamatórios não esteroidais, para minimizar risco de eventos adversos.
A Tolerabilidade deste é considerada boa, sendo raros os casos de efeitos colaterais
graves.[5]

Indicações[editar | editar código-fonte]


Este medicamento está indicado para o tratamento de:
 Formas degenerativas e inflamatórias de reumatismo: artrite reumatoide;
 Espondilite anquilosante (doença crônica inflamatória que afeta as juntas entre as
vértebras da espinha e as juntas entre a espinha e o pélvis);
 Osteoartrose (doença da articulação, degenerativa, que causa desgaste das
articulações) e espondilartrite (inflamação das articulações intervertebrais);
 Síndromes dolorosas da coluna vertebral;
 Reumatismo não-articular;
 Dores pós-traumáticas e pós-operatórias, inflamação e edema, como por exemplo,
após cirurgias dentárias ou ortopédicas;
 Condições inflamatórias e/ou dolorosas em ginecologia, como por
exemplo dismenorreia primária (dor pélvica que se origina de cólicas uterinas durante
o período menstrual) ou anexite (inflamação de ovários e trompas).
Dessa forma, as diferentes indicações das formas sódica e potássica do diclofenaco, se
devem somente à tecnologia farmacêutica (forma de liberação do fármaco) empregada:

 Forma de liberação imediata:É basicamente utilizado como analgésico, pois o


comprimido sofre desintegração e dissolução do fármaco no estômago, produzindo
início de ação mais rápido e maior pico de concentração plasmática;

 Forma de liberação retardada ou prolongada: é empregada, principalmente, em


processos inflamatórios e uso prolongado, pois, o comprimido libera o fármaco de
forma mais lenta, produzindo ação prolongada e menor pico de concentração
plasmática.

Resultado de eficácia[editar | editar código-fonte]


Foram feitos diversos estudos para medir a eficácia deste fármaco. Síndromes dolorosas
da coluna, por exemplo, quando tratadas com diclofenaco, têm sua intensidade reduzida,
demonstrado em estudo multicêntrico entre 227 pacientes.
Foi observado eficácia em condições ginecológicas dolorosas,
principalmente dismenorreia, sendo percebidos alívio dos sintomas após administração
deste entre 75 e 150 mg diários.
Foram avaliadas mais 414 pacientes com distúrbios reumáticos em atividade de
comprimidos de 100 mg de diclofenaco de liberação lenta. Nestes, observou-se resposta
positiva em 89,4% destes pacientes no 10ª dia de tratamento e de 94,7% no 20ª dia.
Em outro estudo, 91% dos pacientes com cólica renal aguda, testados com a
administração de 75 mg do medicamento, sentiram melhoras após o uso do medicamento.
Esse alívio foi observado até 3 horas após a administração.[6]

Contra-indicações[editar | editar código-fonte]


É contraindicado nos casos de: úlcera de estômago e de intestino ou de alergia ao
diclofenaco ou outros anti-inflamatórios similares ou a outros componentes da fórmula
(como ao aspartamo em caso de pacientes com fenilcetonuria).[1]
Não é indicado para pacientes que têm gastrite, crise de asma, urticária e rinite aguda.
Não tomar junto com ácido acetilsalicílico (aspirina) ou com outros medicamentos com
atividade inibidora da prostaglandina sintetase (AINEs típicos).
Algumas precauções devem ser tomadas antes de iniciar o tratamento caso tenha
problemas de estômago e intestino, suspeita de úlcera gástrica ou duodenal, colite
ulcerativa (doença crônica causada pela ulceração do cólon e do reto), doença de
Crohn (inflamação crônica subaguda que envolve o íleo terminal), doença grave do fígado,
doença dos rins ou do coração ou se for paciente idoso.
Altas doses de diclofenaco, ou baixas doses por períodos prolongados aumenta o risco
de ataque cardíaco, especialmente em pessoas com colesterol LDL alto ou fumantes.[1]

Efeitos colaterais[editar | editar código-fonte]


Os efeitos colaterais mais comuns são[1]:

 Cansaço
 Coceira
 Diarreia ou constipação
 Dor de cabeça
 Flatulência
 Tontura
 Zumbido no ouvido
Pode causar sonolência e fadiga em altas doses.[1]

Conservação incorreta do medicamento[editar | editar


código-fonte]
Grande parte da população não possui esclarecimentos sobre a forma correta de
acondicionamento, que normalmente são realizados em locais inadequados, o que,
consequentemente, aumenta ainda mais os riscos de contaminação, pois este fator pode
alterar as propriedades físico-químicas das substâncias, podendo, dessa forma, diminuir
sua ação e reduzir os efeitos, além de, possivelmente, originar metabólicos tóxicos. [7]

Diversidade química na indústria[editar | editar código-fonte]


Diclofenaco Sódico e Diclofenaco Potássico não divergem significativamente na
forma farmacodinâmica e farmacocinética.[8]
No Brasil, existem cerca de cinquenta e três especialidades farmacêuticas que contém
diclofenaco sódico na forma farmacêutica sólida gastro-resistente.[2]

Descarte inadequado e contaminação[editar | editar código-


fonte]
Este fármaco, que faz parte do grupo de compostos que apresentam
atividade farmacológica, está dentro do contexto de poluentes emergentes. Graças à sua
utilização em grande escala e da quase ineficiência dos sistemas comuns de tratamento
de esgoto, estes podem contaminar águas superficiais e subterrâneas, provocando, assim,
diversos efeitos prejudiciais de caráter ambiental e também na saúde pública. Em geral,
esses resultados são decorrentes da descarga de resíduos industriais e lixiviados
de aterros sanitários; também através do uso veterinário e excreções metabólicas de
pacientes em tratamento médico. De qualquer forma, a presença deste e de outros
fármacos vêm sendo relatadas comumente em resíduos de esgoto e em águas naturais. [9]

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