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PROJUDI - Processo: 0026556-98.2018.8.16.0030 - Ref. mov. 30.

1 - Assinado digitalmente por Wendel Fernando Brunieri:12729


04/02/2019: PEDIDO NÃO CONCEDIDO . Arq: Decisão

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ
COMARCA DE FOZ DO IGUAÇU
2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DE FOZ DO IGUAÇU - PROJUDI
Av. Pedro Basso, 1.001 - Fórum - Pólo Centro - Foz do Iguaçu/PR - CEP: 85.863-756 - Fone: (45)
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Autos nº. 0026556-98.2018.8.16.0030

Processo: 0026556-98.2018.8.16.0030
Classe Processual: Procedimento Comum
Assunto Principal: Indenização por Dano Material
Valor da Causa: R$317.700,00
Autor(s): GELSI GELMINI
TRANSPORTADORA TEXAS LTDA
Réu(s): Município de Foz do Iguaçu/PR

DECISÃO

1)Trata-se de ação de indenização por desapropriação indireta ajuizada por


Transportadora Texas – LTDA e Gelsi Gelmini contra o Município de Foz do Iguaçu,
qualificados nos autos.

Sustentou o autor, em síntese, ser empresa proprietária do imóvel Lote n. 620,


com matrícula n. 33.180, porém, o réu através do decreto 24.362 declarou de utilidade
pública o bem, para fins de desapropriação de parte do terreno.

Relatou que em 23/12/2015 foi expedido o decreto, ocupando as áreas, sem


que, contudo, tenha realizado o pagamento da indenização devida.

Requereu a condenação do réu ao pagamento da justa indenização pela área


desapropriada, com os demais consectários legais.

O réu apresentou contestação (evento 16), na qual arguiu preliminar de


incompetência. Argumentou a ocorrência da prescrição. Impugnou o valor dado a causa.
No mérito, asseverou que os autores não possuem direito a ser indenizados, pois se trata de
faixa de domínio. Aduziu que o valor postulado não corresponde ao valor de mercado.

O autor apresentou impugnação a contestação (evento 21), reiterando os


pedidos iniciais.

As partes requereram a produção de prova oral, documental e pericial.


PROJUDI - Processo: 0026556-98.2018.8.16.0030 - Ref. mov. 30.1 - Assinado digitalmente por Wendel Fernando Brunieri:12729
04/02/2019: PEDIDO NÃO CONCEDIDO . Arq: Decisão

É o relato necessário.

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2) Das preliminares

O réu arguiu preliminares de incompetência absoluta, prescrição e impugnou


o valor da causa.

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Todavia, da análise da inicial, verifica-se que não assiste razão a qualquer de
seus argumentos.

De início, em relação a incompetência absoluta, tendo em vista que a área


expropriada é considerada faixa de domínio, o que atrairia a competência da Justiça
Federal, importa esclarecer que, caso assim fosse, o Município réu sequer teria
competência para editar o Decreto 26.362/2015, tal como o fez, visto que caberia a própria
União desapropriar a área em questão.

Portanto, presume-se que a área em discussão não se encontra em faixa de


domínio da União, tanto que o próprio réu editou Decreto declarando-a de utilidade
pública e consequentemente promoveu a sua ocupação.

Isso não impede que, no decorrer da instrução, vislumbre-se a presença de


interesse da União, o que pode acarretar a remessa dos autos a Justiça competente. No
entanto, tratam-se apenas de ilações nesse átimo processual.

Afasto a preliminar.

No que tange a aventada prescrição, necessário se faz poucas palavras a


respeito. O Decreto que declara a área de propriedade da autora de utilidade pública para
fins de desapropriação foi editado no ano de 2015, de modo que a ocupação e perda da
propriedade possivelmente ocorreram posteriormente.

Diz-se possivelmente porque em instrução podem ser verificadas questões


fáticas diversas. Contudo, tal conclusão não serve para afirmar, isento de dúvidas, a
ocorrência da prescrição, pois, como dito, o decreto é de 2015, não tendo decorrido o prazo
prescricional de 05 anos.

Resta afastada a prejudicial de mérito.

Por fim, a impugnação ao valor da causa também não merece guarida, seja
porque totalmente sem fundamento, seja porque desacompanhada de qualquer cálculo que
demonstre o valor de mercado do bem. Outrossim, tem-se que o réu desconsiderou fatores
como: correção monetária, juros moratórios, juros compensatórios, dentre outros fatores
que influenciam no valor do imóvel e também da causa.

De tal forma, indefiro a arguição relativa a impugnação ao valor da causa.

3)Compulsando as peças constantes dos autos, verifica-se que estão presentes


as condições da ação, bem como os pressupostos processuais, não havendo que se falar,
outrossim, em inépcia da inicial, razão pela qual dou o feito por saneado.
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3) Dos pontos controvertidos

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Na forma do art. 357, II e III do CPC/2015, as questões de fato sobre as quais
recairá a atividade probatória são:

a. Legalidade do decreto que declarou a área de utilidade pública;

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b. Se a área desapropriada constitui propriedade da União;

c. Direito a indenização e quantum.

4) Das provas:

Para a prova da localização exata da área desapropriada (item b dos pontos


controvertidos) e quantidade de área desapropriada e quantum, defiro a produção da prova
pericial que, requerida por ambas as partes, deve por elas ser custeada de forma
antecipada, nos termos do art. 95, caput do CPC.

Nomeio perito judicial Cássio Roberto Pereira Modotte, Perito Engenheiro


Civil CREA 060.128.881.2 - cassio@calc.com.br.

Intimem-se as partes para que no prazo de 15 (quinze) dias indiquem os


respectivos assistentes técnicos, especifiquem os quesitos e, caso queiram, apresentem
exceção de impedimento ou suspeição do perito, na forma do art. 465, §1º do CPC/2015.

Após, intime-se o perito para que no prazo de 15 dias apresente a proposta de


honorários e demais documentos mencionados no art. 465, §2º do CPC/2015.

Com a apresentação da proposta de honorários, manifestem-se as partes no


prazo de 15 dias.

O Sr. Perito deverá informar ao Juízo da data, horário e local de realização da


perícia, para que sejam intimadas as partes, em conformidade com o artigo 466, §2º do
Código de Processo Civil/2015.

Sr. Perito deverá apresentar o laudo no prazo de 30 (trinta) dias da realização


da perícia, que deverá ser marcada dentro do prazo de 30 (trinta) dias da concordância das
partes com o valor dos honorários.

Esclareço que as partes deverão depositar antecipadamente o valor dos


honorários, no percentual de 50% a cada uma.

Defiro, igualmente, a produção de prova documental, tal como requerida pelas


partes.

Postergo a analise acerca da pertinência da prova oral, para depois de


realizada a perícia, a fim de evitar a realização de atos processuais desnecessários, os quais
comprometem a celeridade e efetividade dos serviços Judiciários.
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Foz do Iguaçu, 04 de fevereiro de 2019.

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Wendel Fernando Brunieri

Juiz de Direito

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