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As discussões acerca da representação e como elas acontecem no decorrer da

escrita histórica são relativamente recentes, desta forma com o avanço de uma História
cultural, buscamos entender como se dão os processos que nos permitem insinuar como
eram as sociedades do passado e como se relacionavam com seu tempo e o espaço onde
estavam situados. A narrativa historiográfica se apropriou do conceito de representação
para dizer analisar como eram outros aspectos que não somente da perspectiva daquele
que tinha um posicionamento privilegiado naquele momento em questão, mas para dar
voz a outros aspectos e personagens que também estavam envolvidos no processo de
formação e desenvolvimento destas sociedades e de suas narrativas.
Entretanto a representação pode ser um conceito que transformam o outro, sobre
tudo de forma a criar uma exotização deste, silenciando a cultura e por vezes podendo
criar apagamentos destas sociedades e destes seres. A representação quando inserida sob
o olhar do outro tende a criar uma representação que somente tem a demonstrar o que
aquele que se debruçou sobre este outro pensa e acredita acerca da cultura analisada.
A seguir destes aspectos supracitados vamos começar uma análise, que peço
desculpas pela superficialidade deste texto analítico, acerca do filme Apocalyptho,
dirigido por Mel Gibson em 2006, no qual o diretor se propôs a narrar a cultura dos povos
Maias, segundo o diretor, foi estudado o idioma deste período, os aspectos históricos e
sociais destes povos. Porém, o que vemos durante todo o tempo do filme são
representações sobre estes povos, serem inseridos dentro de conceitos e percepções que
cabem somente à cultura ocidental, dentro de uma figuração, seria como se a sociedade
ocidental fosse um enorme motor que gira em função de suas engrenagens, que seriam
estas: a família, a religião (religiosidade), cultura, política e outros aspectos. E quando
inserimos outras sociedades dentro deste motor acontece dele parar por que as
engrenagens que as regem são diferentes, foram produzidas de maneiras diferentes e
assim por vezes comentemos erros como o anacronismo tão presente na obra de Mel
Gibson.
O primeiro aspecto que pretendo levantar em relação ao filme Apocalypto é a
introdução de do conceito de família, surgido no século XIX que categoriza como se dão
estas relações dentro de uma sociedade na qual o processo industrializador estava
determinando como seriam estabelecidas a relação com o outro. Outro panorama que está
incluso dentro da trama se relaciona com representações preconceituosas e até mesmo
fantasiosas de como estabelecem relações como a de sogra e genro. Num determinado
momento a personagem que representa a sogra de um dos personagens assume a
representação contemporânea e machista da megera que se intromete no casamento da
filha, constrangendo o genro e colocando nele a responsabilidade de gerar um filho, que
neste prisma funcionaria como o herdeiro, o sucessor, claro que isso aconteceria se fosse
homem. Quando Engles traz em sua obra uma conceituação de família ele refere
exatamente ao processo de hierarquização e ampliação do status família, que agora é
também uma esfera da sociedade que como tal sofre toda a pressão externa e delimita sua
função na formação do individuo e como ele será, por sua vez, inserido na sociedade e
suas interações.
Quando Gibson insere, com sua obra, o conceito de família ocidentalizado na
cultura Maia demonstra também a fragilidade de sua equipe em lidar com o diferente,
com as especificidade, e mais ainda denota um pensamento que não permeia a alteridade,
pois impõe ao outro a sua percepção, mesmo que estejamos analisando um filme, estamos
sobre tudo analisando as representações acerca dos povos mesoamericanos.
Outro aspecto trazido pelo diretor da trama, seria a aproximação da religiosidade
deste povo com a pratica religiosa cristã. Não quis dizer neste momento sobre a religião
em si, mas sim das praticas menores, nuances que podem nos dizer muito sobre uma
determinada cultura, e o que aconteceu na película foi exatamente a supressão de aspectos
da religiosidade Maia. Quando o diretor insere uma cena de indígenas capturados
atravessando um rio, e uma mulher ao deixar seus filhos para traz, clama a uma entidade
que os proteja, ele representa a relação destes indivíduos com suas divindades de maneira
muito cristianizada, o que esta personagem pratica estaria muito próximo da oração
religiosa ocidentalizada. Mel Gibson quando trata deste aspecto e insere aspectos
cristianizados para dentro da religiosidade do povo Maia, está no mínimo impondo um
posicionamento a estes povos uma certa mecânica que silencia e reprime a cultura do
outro e coloca um parâmetro comparativo, que por sua vez estabelece um crivo onde o
outro deve ser submetido aos conceitos atuais acerca da religião e de suas práticas.

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