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ACIDENTE OFIDICO
Fisiopatologia
Rio Branco
2017
INTRODUÇÃO
Veneno: "é qualquer substância que, em função de suas propriedades químicas, aplicadas ou
introduzidas no corpo a baixas doses, é capaz de causar morte ou prejudicar a saúde ".
De acordo com seus efeitos fisiopatológicos, os venenos das cobras americanas são divididos
em 3 grandes grupos:
Essencialmente neurotóxico
Como os da Cobra coral (Elapidae - Micrurus).
Ao morder um coral, ele deixa a marca dos dentes separados por 3 a 8 milímetros, sem edema
local, apenas leve sensação de queimação localizada em pequenos lugares, como nas polpas
dos dedos, dobras interdigitais, tendão de Aquiles e borda externa dos pés.
Quando inoculado, o veneno se espalha rapidamente através dos tecidos do sistema linfático e
especialmente pela rede vascular perineural, com apenas a fração neurotóxico, que atinge o
Sistema Nervoso Central, medula e cérebro, numa forma precoce.
Se a mordida de cobra de Micrurus não for tratada de forma específica, entre 5 e 30 minutos
começam os distúrbios reflexos com diplopia, ptose palpebral e dificuldade na pronunciação das
palavras pela desregulamentação dos centros do cérebro.
Às vezes o quadro é acompanhado por sensações parestesicas que seguem a rota do veneno.
A primeira paralisia é leve, com fácies inexpressivas, e aos 60 minutos já está praticamente
instalado o veneno, chegando a um problema maior do sistema nervoso periférico com
movimentos das abas nasais e dificuldade em respirar, taquicardia, sialorréia, disfagia marcada.
São adicionadas crises vegetativas com transpiração abundante e palidez.
O quadro continua com a tendência do coma, hipotermia e ausência total da função dos nervos
cranianos e nervos periféricos seguido de morte entre 3 e 10 horas por paralisia completa, ao
qual é adicionada a falta de função dos centros cerebrais cardiorrespiratórios.
O veneno elapídico se liga aos tecidos em 3 até 4 horas, após o qual o soro específico perde a
eficácia.
Neurotoxicos e hemolítico
Tiipificado pela cascavel de América do Sul (Crótalus terrificus).
Ao morder deixa a impressão de seus dentes separados entre si até 2 centímetros com leve
edema cor-de-rosa local, que não progride. O veneno é rapidamente difundido através do sistema
linfático e pela rede perineural vascular, chegando rapidamente aos centros nervosos cerebelares
com a fração neurotóxica atuando numa fase inicial, e subsequentemente a fração hemolítica no
sangue circulante.
Aos 15 minutos, há fortes dor com sensações de parestesias com tendência à generalização,
formigamento nos lábios, ponta do nariz e queixo, tonturas e visão turva acompanhado de vômitos
e dor de cabeça, deixando então uma sensação de sono.
Existe ataxia devido a tonturas, com pressão arterial normal, manifestação de distúrbios
neurovegetativos com transpiração profusa, palidez, sede intensa iniciando paresia por bloqueio
mioneural, desde o local da mordida para o resto do corpo e diminuindo ao mesmo tempo a
parestesia e dor.
Aparece mioclonia com trismo, depressão sensorial com tendência a sono alternando com
episódios de excitação, chegando logo ao coma e à morte às 6 a 8 horas de evolução por falha
cardíaca, ainda antes do aparecimento de distúrbios renais.
Se o quadro continuar, atua a fração hemolítica. A hemoglobina livre produzida por uma hemólise
intensa desencadeia um processo alteração do nefro distal, com hemoglobinúria, depois oligúria
e anúria. A insuficiência está completamente instalada nas 8 a 10 horas. Não há sangramento
observado em qualquer tecido ou órgão.
O veneno é fixado completamente entre 2 e 6 horas da mordida.
Mionecrotica, shock, hemorrágica e anticoagulantes
Incluindo o gênero Bothrops.
O veneno de jararaca tem três ações fundamentais:
.
CONCLUSÃO