Sunteți pe pagina 1din 10

Transcrição de Oficina de Choro – Uma breve

experiência com a música popular


Oficina de Choro:
Uma breve experiência com a música popular

Objetivos
Apresentar o Choro, assim como suas origens e
peculiaridades;
Desenvolver práticas em conjunto;
Apreciar rodas de Choro e gravações;
Desenvolver as habilidades musicais;
Incentivar a expressividade e criatividade

Resumo
Este trabalho vem se desenvolvendo a partir das
experiências do coordenador como musicista de Choro,
mostrando algumas formas de executar o repertório
tradicional ,contemporâneo ,e procurando incluir e
estimular a prática composicional ,explorando com a
“linguagem” e as características deste estilo considerado a
matriz da música brasileira ,além do desenvolvimento de
práticas de arranjo.
Serão apresentadas as músicas, os músicos, o contexto e
algumas das diversas possibilidades de se trabalhar dentro
do universo das oficinas de prática musical .

Como autodidata, iniciei meus estudos no teclado, com


apenas 10 anos de idade. Ouvia muito Choro, antes
mesmo de ganhar meu primeiro instrumento, através de
alguns discos do meu pai, que sempre colocava para tocar
nas festas e nos finais de semana. Achava muito chato,
visto que só gostava de músicas “infantis”.
Minhas Experiências
Minhas Experiências
Quando recebi meu teclado já havia tido uma exploração
em outro “instrumento”: o pianinho de brinquedo. Nele fiz
várias garatujas e passei a tirar pequenas melodias de
ouvido e a decorá-las, afinal não sabia fazer registros
musicais. Com isso, a chegada de um instrumento
verdadeiro pode acrescentar ainda mais e se tornou um
grande incentivo para que novas e mais difíceis músicas
fossem aprendidas.
Minhas Experiências
Um desafio fora lançado por meu pai: quero ver você tocar
um chorinho! Desafio aceito! Comecei a tirar a melodia do
brasileirinho. Com a dificuldade técnica veio a vontade de
aprender cada vez mais novos Choros, o que se tornou
praticamente um vício. Passei a ouvir cada vez mais esse
estilo e tentava tirar de ouvido até o momento que não dei
mais conta e percebi a necessidade de aprender a notação
musical.
Contextualizando o Choro
Para iniciar uma Oficina voltada para a prática do Choro é
necessário uma contextualização, que envolve o
conhecimento de sua origem, principais músicos e
audição, para que se possa entender um pouco dessa
“linguagem”.
Uma breve história deve ser contada, mostrando que a
misturas dos mais variados estilos europeus e africanos se
fundiram na música genuinamente brasileira, que deu
origem à outros ritmos como o Samba e a Bossa Nova.

Origem
Schottisch
Valsa
Polca
Tango
Música Africana

Época
Meados do século XIX, tomando forma no início do
século XX
Principais Músicos
Joaquim Antônio da Silva Calado
Chiquinha Gonzaga
Ernesto Nazaréth
Pixiguinha
Zequinha de Abreu
Jacob do Bandolim
Altamiro Carrilho
Waldir Azevedo
Paulinho da Viola
Luís Americano
Sugestão de Repertório
Carinhoso
Naquele Tempo
Atraente
Apanhei-te cavaquinho
Tico-tico no fubá
Odeon
Bem Brasil
Noites Cariocas
Chorinho pra ele
Choro Negro
Falta-me você
Assim mesmo
Choro e Educação Musical
Os estudos realizados para a prática do ensino de música
nos levaram a conhecer vários educadores musicais que
defenderam o aprendizado musical como uma
consequência de vivências e experimentações que
antecedem ao ensino de signos e notações musicais
tradicionais. São eles:
Dalcroze
Orff
O desenvolvimento da musicalidade e expressão criativa
através do corpo é o que propôs Emile Jacques Dalcroze
no início do século XX, um músico comprometido com o
ensino de música e um dos pioneiros na área de educação
musical.
Segundo Dalcroze, a idéia era propor um trabalho de
educação musical baseado no movimento corporal e na
habilidade da escuta, sendo também pensado como agente
de educação coletiva.
O sistema Dalcroze busca desenvolver a música através da
vivência e não apenas com experiência puramente
intelectual, trabalhando a escuta ativa, a sensibilidade
motora, o sentido rítmico e a expressão.

Utilizar a música como ferramenta educacional e estimular


a criatividade era a proposta de Carl Orff, músico,
educador e compositor alemão do século XX.
Segundo Orff, a música não acontece sozinha, pois está
ligada com o movimento, dança, canção e fala. Sua
proposta é fazer com que as crianças vivenciem e
explorem a música para depois entenderem e
intelectualizarem os conteúdos. Em outras palavras, a
abordagem Orff constrói o entendimento de conceitos e
habilidades por meio de conexão dos alunos com a
música, incentivando as crianças a experiência de música
em seu próprio nível de compreensão.
Música através da vivência, da exploração, sendo uma
maneira prazerosa de aprendizagem.
Kodály
Desenvolver a musicalidade individual de todo o povo e
manter a cultura musical é o que propôs Zoltán Kodály no
início do século XX, tornando-se mais tarde no conhecido
“Método Kodály” de implantação da música nas escolas,
resgatando a identidade cultural a partir das bases da
música folclórica.
O compositor, músico e educador húngaro Zoltán Kodály
foi um dos nomes importantes para a educação musical,
que contribuiu para transformar o ensino de música em um
trabalho ativo. Filho de músicos amadores, sua idéia era
formar público para concerto e fazer um resgate de
identidade, a partir da música folclórica e nacionalista.
A Percepção visual do movimento sonoro, o resgate da
cultura como meio para o ensino dessa arte e as
possibilidades de ensino que facilitam a criação e leitura
de músicas, trabalhando as questões rítmicas juntamente
com as melódicas, sendo assim mais um método voltado
para o lado prático, facilitando a interiorização para o real
desenvolvimento da linguagem musical.

Swanwick
A base do modelo CLASP é uma educação musical que
prioriza a criação, a performance e a audição. Ele coloca o
domínio técnico instrumental a serviço de outras ações
musicais, que ocorrem de maneira prática. É levado em
consideração o que o aluno já conhece e transforma a
música em algo significativo e expressivo em suas vidas.
Escutar ativamente, fazer uma aula onde ocorra um
discurso musical em que a prática resulte em expressões e
fluência musical é um dos objetivos desse modelo e de
todos os educadores musicais conscientes.

Pedro Paulo Salles


O autor é graduado em música e atualmente é professor
doutor do Departamento de Música da Escola de
Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, e
trabalha principalmente com educação musical, processos
de criação musical com crianças, desenvolvimento de
notações musicais com crianças, estudos sobre paisagem
sonora, etnomusicologia da música indígena brasileira,
estudos em arqueomusicologia de culturas
mesoamericanas.
Segundo ele, nenhuma partitura, por mais minuciosa ou
subjetiva que seja, pode dar conta de transmitir todas as
nuances e expressões que se espera de uma música. Não
podemos substituir e nem traduz a música e os sons, mas
podemos descrevê-la, fazendo uma versão gráfica com
funções práticas, que possam auxiliar na memória, na
composição, na compreensão de músicas de outras
culturas, na perpetuação e no ensino musical.
A educação musical pode ter também como recurso o uso
da notação, desenvolvendo a linguagem da música de uma
maneira visual e plástica. É muito importante perceber que
para que haja resultados satisfatórios para a musicalização,
é preciso desenvolver a notação como criação e não como
treinamento estático, mas que esse deve ser mais um
recurso e não o único dentro de todo um processo de
aprendizagem.
Lucy Green
Levar a música popular à escola básica, abordar aspectos
da aprendizagem informal individual e em grupo,
desenvolver habilidades e conhecimentos de maneira
casual, são parte da proposta de Lucy Green para a
Educação Musical.
O estudo metodológico da educadora nos faz pensar na
abordagem dos professores. Diferente do sistema
tradicional desenvolvido na escola básica, o ensino
informal de música pode ser uma chave importante para a
aprendizagem, pois mostra que o envolvimento do
estudante pode ser maior e muitas vezes mais intenso,
acarretando em uma forma mais significativa e efetiva de
ensino. Levar o ensino da música popular ao âmbito
escolar, de maneira casual, é um desafio a ser explorado
pelos educadores, pois foge ao convencional e requer uma
avaliação diagnóstica no decorrer do processo, dando um
papel distinto na relação professor/aluno.
Tocando
Após um processo de escuta e contextualização do gênero
aqui abordado, podemos trabalhar com qualquer música de
conhecimento dos estudantes. Isso facilita o processo, pois
o envolvimento e experiência com o que já é de
conhecimento do aluno facilita o processo de
aprendizagem, como vimos com os educadores musicais
estudados.
Serão tocadas as músicas do repertório instrumental já
conhecido só que com as peculiaridades e trejeitos do
Choro, ou seja, com síncopes, robattos e tudo o que for
capitado corporalmente durante as audições.
Uma roda de Choro deve ser formada, assim como no
samba e em manifestações de música popular em geral,
que nos envolvem e nos fazer aprender de maneira casual.
Improvisos poderão ser colocados de forma livre e o uso
da partitura pode ser feito como uma breve forma de
notação de alguns arranjos, para que possam memorizar e
demonstrar seus aprendizados. O ideal é que se deixem
levar pela sonoridade e que tentem tocar sem estarem
presos a uma partitura.
Um estudo mais aprofundado do improviso pode ser feito,
contudo também de maneira casual, que pode ser
levemente fragmentada para que o domínio técnico do
instrumento seja alcançado.
ARROYO, Margarete. Música popular em um
conservatório de música. Revista da ABEM,
Porto Alegre, v. 6, 2001, p. 59-67.
FONTERRADA, Maria T.O. De tramas e fios: um ensaio
sobre música e educação. São Paulo: UNESP, 2005.
GRAETZER, G.;YEPES, A. Introduction a la practica del
Orff-Schulwerk. 3.ed. Buenos Aires: Barry, 1961.
GREEN, Lucy. Ensino da música popular em si, para si e
para ‘outra” música: uma pesquisa atual em sala de aula.
Revista da ABEM, V.20, N. 28, P. 61-80, 2012.
GREEN, Lucy. Pesquisa em sociologia da educação
musical. Trad. Oscar Dourado. In: Revista da ABEM,
Salvador, n.4, p. 25-35, 1997. Disponível em: <
http://www.abemeducacaomusical.org.br/Masters/revista4
/artigoII.pdf> Acesso em: 20 maio 2013.
HALL, Doreen. Carl Orff e Gunid Keetam. Music for
Children. Teacher´s manual. Mainz: Schott, 1960.
SALLES, Pedro Paulo. Ensaio sobre a Gênese da Notação
Musical na Criança. Revista Plural (Rio de Janeiro), Rio
de Janeiro, v. 1, n. 1, p. 21-46, 1998.

Referências
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita
Filho” - UNESP
Educação Musical VI – Professora Margarete Arroyo
Vanessa dos Santos Ribeiro – LEM IV
Conteúdos
Procedimentais:
Apreciação do Choro
Exploração de sons do instrumento
Improvisação
Memorização
Gravação em mídias para análise e auto avaliação dos
próprios alunos

Conceituais:
Conhecimento de alguns parâmetros como forma, altura,
ritmo, dinâmica
Criação de melodias
Execução das composições
Atitudinais:
Fazer arranjos com revezamentos dos solistas e segundas
vozes
Socialização entre os estudantes
Respeito ao desenvolvimento de cada aluno e trabalho em
equipe
Procedimentos
Iniciar uma turma de alunos de instrumentos diversos no
gênero Choro, partindo da contextualização, apreciação e
avaliação diagnóstica. Mesmo que o aluno esteja em nível
iniciante, a ideia é também trabalhar dificuldades técnicas,
bem como os conceitos e conteúdos musicais em geral,
por meio de músicas mais simples que serão executadas
com a linguagem do estilo em questão, partindo do
princípio de interiozação corporal, ou seja, de
entendimento mediante a vivência musical.
As aulas terão como base os estudos teóricos dos
educadores musicais apresentados a seguir, pois irão
trabalhar a experiência precedendo o estudo do
instrumento e da notação musical.
O estilo será apresentado de maneira casual, onde serão
abertas possibilidades de escuta ativa, criação de melodias,
arranjos e composições próprias.
Serão feitas rodas de choro que aproximarão um pouco
mais da realidade e origem da formação de músicos
profissionais do Choro, respeitando o que os estudantes já
sabem e queiram compartilhar.
Mídias, áudios, vídeos e a presença de alguns músicos do
meio servirão igualmente como estratégias em prol da
aprendizagem musical.
Materiais e Mídias
Aparelho de som;
Áudios e vídeos de músicas tradicionais ou
contemporâneas de Choro
O instrumento particular do aluno
Gravador ou câmera de vídeo.
Avaliação
Além do envolvimento dos estudantes em todo o processo,
será avaliada a fluência musical, a compreensão dos
parâmetros musicais, bem como toda a prática envolvida.
Será observado o quanto eles apreenderam e como ocorreu
o processo de criação e a expressão musical.

S-ar putea să vă placă și