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êNDICE

Pref‡cio do Presidente da UNITA | 03 24. Defesa do ambiente | 30


1. Um Presidente para Todos os Angolanos | 06 25. Melhoria dos transportes pœblicos e
2. Uma Governa‹o de todos e para todos | 07 da mobilidade | 30
3. Defesa do Estado de Direito Democr‡tico | 08 26. Fornecimento generalizado de çgua e
4. Reforma do Estado | 09 Electricidade | 31
5. Direitos, liberdades e garantias dos cidad‹os | 10 27. Apoio ˆ Juventude | 32
6. Descentraliza‹o e desconcentra‹o do poder | 11
28. Promo‹o do Desporto | 33
7. Organiza›es da Sociedade Civil | 11
8. Revis‹o Constitucional | 12 29. Igualdade de oportunidades para todos | 33
9. Consagra‹o constitucional do direito ao voto no 30. Valoriza‹o da Mulher | 34
exterior | 12
31. Protec‹o da Criana | 35
10. Independncia dos Tribunais | 13
11. Presta‹o de contas | 14 32. Pluralismo de Express‹o | 36
12. Combate ˆ Corrup‹o | 15 33. Restrutura‹o da Comunica‹o Social
13. Combate ˆ fome e ˆ pobreza | 16 do Estado | 36
14. Acesso ˆ Saœde para todos os cidad‹os | 18 34. Paz e Segurana para todos os cidad‹os | 37
15. Segurana Social | 20
35. Defesa Nacional e Ordem Pœblica | 38
16. Promo‹o da Habita‹o | 21
36. Uma solu‹o duradoira para Cabinda | 39
17. Garantia de Sal‡rio M’nimo | 22
18. Cria‹o de empregos | 22 37. Dinamiza‹o da cultura angolana | 39
19. Diversifica‹o da Economia | 24 38. Liberdade de culto e de religi‹o | 40
20. Promo‹o de pequenas e mŽdias empresas | 26
39. Autoridades tradicionais | 41
21. Reinser‹o profissional dos combatentes e ex
militares | 26 40. A Terra, herana dos nossos av—s | 41
22. Educa‹o para o desenvolvimento, com ensino
41. Di‡spora angolana | 42
gratuito, obrigat—rio e de qualidade | 27
23. Cincia e Tecnologia | 28 42. Pol’tica Externa | 42
Pref‡cio do Presidente da UNITA
Isa’as Samakuva
Angola aguarda pela chegada da Democracia h‡ mais de trs dŽcadas. E durante essa longa e
resistente espera, o Governo n‹o fez mais do que conduzir um pa’s naturalmente rico a um Estado
habitado por um povo cada vez mais pobre e humilhado. Angola Ž dos Angolanos. Angola Ž de
todos os que h‡ sŽculos mantm uma incr’vel resistncia e esperana na crena de que a manh‹
da sua liberdade e autodetermina‹o chegar‡ um dia pela verdadeira via democr‡tica.

Um grupo de dirigentes pol’ticos, com liga›es ao partido no Governo, apoderou-se dos recursos
que s‹o de todos os Angolanos. Despojou esta bonita terra do sol dourado das suas magn’ficas
riquezas e reparte-as entre eles, entre os seus familiares e entre os seus amigos. Enquanto isso,
a grande maioria da popula‹o angolana Ž deixada ˆ merc da fome e da misŽria, subsistindo
apenas graas ˆ sua imponente alma e perseverana. O t‹o merecido dia, em que cada angolano
ser‡ chamado a comandar o seu pr—prio destino, chegar‡ e com ele ser‡ alcanada a total liberdade
e a verdadeira independncia.

O Governo, que est‡ no poder h‡ 37 anos, continua a mostrar pouco respeito pelos angolanos,
subvertendo as institui›es do pa’s, promovendo a corrup‹o e asfixiando uma bela flor com que
sonhamos h‡ tanto tempo: a Democracia. Nas œltimas dŽcadas assistimos a fraudes nas elei›es
e a viola›es flagrantes e sem qualquer pudor ou embarao das leis que o pr—prio Governo redigiu
em nome do Povo. Vivemos num Pa’s no qual os estrangeiros s‹o mais protegidos que os angolanos.
Num Pa’s que atirou a juventude - o seu mais valioso bem - para o precip’cio do desespero,
deixando-os sem Futuro.

As nossas mais novas e promissoras gera›es s‹o consequentemente abandonadas ˆ merc do


desemprego sem qualquer possibilidade de acesso a uma forma‹o tŽcnico-profissional adequada.

UNITA - Manifesto Eleitoral 2012 | 03


E quando, desiludidos e com vontade de mudar o Pa’s onde nasceram, estes jovens criticam e
protestam em diversas manifesta›es que promovem, s‹o corridos ˆ bastonada. S‹o violentamente
reprimidos com ferros, c‹es e armas de fogo das foras da autoridade.

N—s sonhamos com um Pa’s onde os jovens que querem abraar a liberdade e o futuro n‹o
sejam tratados como malfeitores. N—s queremos o pa’s com que sonhamos h‡ mais de 30 anos.
Uma terra que os jovens sintam que Ž a sua.

O direito ˆ manifesta‹o e ˆ cr’tica Ž uma das condi›es base para a existncia de uma Democracia.
N‹o mais aceitaremos que os jovens manifestantes sejam feitos presos pol’ticos e julgados como
se fossem criminosos perigosos quando tudo o que desejam Ž expressar livremente a sua opini‹o.
Alguns s‹o raptados sem que as foras da autoridade se justifiquem perante os seus familiares,
o Pa’s e o seu Povo, fazendo lembrar o que os angolanos j‡ sofreram no tempo do partido œnico.

N—s sonhamos com um Pa’s cujo futuro n‹o foi roubado por fraudes eleitorais e vergonhosas
altera›es da Constitui‹o da Repœblica que inventaram a at’pica figura do cabea de lista
subvertendo e acabando assim com as elei›es presidenciais directas em Angola. N—s queremos
uma Terra que n‹o fique ˆ merc de um grupo de dirigentes pol’ticos que enriquece enquanto o
povo morre na misŽria.

Angola Ž dos Angolanos, dos seus filhos e dos seus netos. Angola Ž de todos e n‹o apenas de
alguns.

Angolanas e Angolanos,

No estado em que se encontra o Pa’s, conseguem imaginar um futuro melhor para v—s, para os
vossos filhos e para os vossos netos? N—s sonhamos com esse Pa’s moderno, livre e solid‡rio. ƒ
para isso que a UNITA quer trabalhar e Ž nesse caminho que iremos colocar Angola.

Com a experincia acumulada desde 1966, a UNITA sintetiza neste Manifesto Eleitoral as linhas
estruturantes do seu programa para mudar Angola e melhorar a vida de todos os angolanos.

A Angola com que sonho h‡ mais de 30 anos n‹o Ž aquela que no futuro ser‡ sempre governada
pelo mesmo partido, como hoje acontece. Sonho com uma Angola que Ž governada por diferentes

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partidos em altern‰ncia no poder e escolhidos livremente em elei›es democr‡ticas pelo Povo. A
Angola da vontade popular est‡ a chegar.

Num governo da UNITA haver‡ espao para todos. N—s sabemos que existem homens de bem e
de ineg‡vel qualidade pol’tica em todos os partidos. E existem tambŽm homens bons e necess‡rios
nas foras de defesa e segurana e noutros sectores, fora dos quadros partid‡rios. No nosso governo
haver‡ espao para todos eles.

Que fique aqui bem assinalado que no nosso governo n‹o haver‡ revanchismo, vinganas
pol’ticas nem persegui›es individuais. Ser‹o respeitados e defendidos os bens pessoais, a
integridade moral e a posi‹o social de todos.

ƒ essa atitude de grandeza, de civilidade Republicana, de comprometimento com a paz, voltada


para o futuro e n‹o para o passado, que permitir‡ que ocorra uma mudana segura nas pr—ximas
elei›es. ƒ com esta esperana no futuro que acreditamos que, com o passar das dŽcadas, a
mudana de governo se ir‡ tornar uma pr‡tica natural e desejada em Angola, um facto democr‡tico
e positivo, como o Ž nas na›es democr‡ticas desenvolvidas de todo o Mundo.

N‹o perguntem o que Angola pode fazer por vocs, mas o que vocs podem fazer por Angola
agora. Caminhem ao nosso lado. Juntos vamos mudar Angola e colocar os angolanos no centro da
mudana.

Unidos pela Mudana, vamos todos construir uma Angola para todos, um Pa’s onde a Democracia
n‹o seja apenas um sonho.

Vote no PRIMEIRO. Vote na UNITA. Angola em Primeiro Lugar!

Isa’as Samakuva

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1. Um Presidente para Todos os Angolanos
Em primeiro lugar, o Governo da UNITA assume um importante compromisso: o do exemplo.
Agiremos com valores Žticos, com transparncia e com responsabilidade. Colocaremos o interesse
nacional acima de interesses partid‡rios, sectoriais ou pessoais. Estamos na pol’tica para servir.
E a primeira responsabilidade da UNITA Ž servir Angola.

Logo ap—s a sua elei‹o como Presidente da Repœblica de Angola, o Dr. Isa’as Samakuva suspender‡
as suas fun›es como Presidente da UNITA suspendendo o seu v’nculo partid‡rio. Deixar‡ pois de
responder por este partido, respondendo apenas por Angola aos Angolanos. Ser‡ um Presidente
que n‹o se deixar‡ influenciar por quest›es partid‡rias nem tomar‡ parte nas decis›es do seu
actual partido. O seu partido ser‡ Angola. Com esta atitude adopta uma postura que Ž amplamente
adoptada pelos Presidentes dos Pa’ses mais desenvolvidos do Mundo.

Isa’as Samakuva ser‡ o Presidente de todos os Angolanos respeitando de igual forma a pluralidade
cultural, religiosa e partid‡ria. Ser‡ o principal promotor e defensor da paz e da reconcilia‹o nacional.
Estar‡ sempre efectivamente submetido ao juramento de defesa da Constitui‹o da Repœblica e
das leis livremente aprovadas pelo Poder Legislativo. Respeitar‡ e far‡ respeitar os direitos e
garantias individuais dos cidad‹os e zelar‡ tambŽm pela absoluta independncia dos poderes
Legislativo e Judicial.

Em segundo lugar, buscaremos o envolvimento das pessoas, atravŽs do di‡logo permanente.


Queremos fazer pol’tica com os angolanos e para os angolanos. A participa‹o e o envolvimento
dos cidad‹os determinam o xito das propostas pol’ticas. S— um projecto mobilizador do melhor
que h‡ em cada um dos angolanos pode gerar um horizonte de esperana para o nosso belo Pa’s.
Afirmar Angola enquanto pa’s moderno, democr‡tico e socialmente justo Ž uma ambi‹o que
queremos concretizar. Contamos com a energia e a determina‹o dos angolanos. Queremos
reconciliar definitivamente o Povo Angolano.

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2. Uma Governa‹o de todos e para todos
O Governo da UNITA ser‡ um Governo para todos os angolanos. N‹o governaremos apenas para
os militantes da UNITA. Todos os angolanos merecem usufruir dos dividendos da paz, da Democracia
e do desenvolvimento econ—mico e social. A causa da UNITA Ž a causa de todo o Povo Angolano.
Chamaremos para o nosso Governo todos os angolanos competentes, independentemente da
sua milit‰ncia partid‡ria.

A hist—ria da UNITA provou que o œnico compromisso que temos Ž com os Angolanos. Para o
Governo da UNITA, a m‡xima a seguir em todos os seus actos e decis›es ser‡ sempre a de colocar
em primeiro lugar o bem-estar e os interesses supremos do Povo Angolano.

Vamos identificar os angolanos mais competentes e qualificados nas mais diversas ‡reas do saber
cient’fico e cultural e convid‡-los para formar o novo Governo de Angola. Convidaremos os melhores
engenheiros, pol’ticos, empres‡rios, advogados, mŽdicos e outros, dentro e fora do Pa’s, para
integrar um novo tipo de Governo. Um Governo que governa para o povo, que seja respons‡vel
perante o povo e sens’vel ˆs necessidades e aspira›es de todos os Angolanos. Angola n‹o pode
dar-se ao luxo de afastar os seus melhores talentos por critŽrios de natureza pol’tico-partid‡ria,
idiossincrasias pessoais ou preconceitos de qualquer ordem.

Vamos reunir os funcion‡rios pœblicos e agentes do governo para comunicar a determina‹o do


nosso governo de trabalhar com todos. NinguŽm ser‡ despedido s— por ser membro de um partido
do Governo ou da oposi‹o. A era da exclus‹o acabou. A partir do momento da tomada de posse
do novo Executivo, nenhum cidad‹o angolano ser‡ mais avaliado na base do seu nome de fam’lia,
do seu partido pol’tico, do seu passado, do seu local de nascimento ou da cor da sua pele. O que
conta Ž a competncia e o mŽrito intelectual.

Todos ter‹o oportunidades iguais para mostrar a sua competncia. Os funcion‡rios pœblicos,
incluindo os agentes dos servios de segurana, s‹o funcion‡rios do Estado e n‹o dos Partidos.
Serviram o pa’s atŽ agora e continuar‹o a servir o pa’s quando a UNITA ganhar as elei›es e formar
governo. Os actuais cerca de 280 mil funcion‡rios n‹o chegam para o trabalho gigantesco associado
aos cinco programas de emergncia nacional nem para o programa especial de combate ˆ pobreza.
Vamos precisar de muitos mais. Por isso, vamos trabalhar com todos para servir a todos.

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3. Defesa do Estado de Direito Democr‡tico
Estado Democr‡tico de Direito Ž um conceito de Estado que garante n‹o apenas os direitos de
propriedade, mas, mais do que isso, estabelece, atravŽs de uma completa e diversificada legisla‹o,
um conjunto de garantias fundamentais aliceradas no chamado ÒPrinc’pio da Dignidade HumanaÓ.
O termo conjuga dois conceitos distintos, que juntos, definem a forma de funcionamento tipicamente
assumida por Estados modernos, solid‡rios e livres: o conceito do governo do povo e para o povo,
e o conceito do governo limitado pela lei e pelos direitos humanos. Na verdadeira Democracia, o
Estado tem um governo escolhido pelo Povo. Um Governo que dirige os destinos do seu Pa’s atravŽs
dos seus melhores representantes.

Destacamos tambŽm a import‰ncia do ÒDireitoÓ. Um Estado de Direito Ž aquele em que vigora o


ÒimpŽrio da leiÓ, atravŽs da redac‹o de legisla‹o pr—pria, adequada e aplic‡vel.

No Estado de Direito, o pr—prio Estado fica obrigado ao cumprimento das leis, e o seu poder Ž
limitado pela lei e pelos direitos humanos, n‹o se tornando nunca, poder absoluto.

Neste contexto, destaca-se o papel fundamental exercido pela Constitui‹o da Repœblica. ƒ nela
que se inscrevem os limites ao exerc’cio do poder estatal assim como as garantias dos direitos
fundamentais. O Estado de Direito Democr‡tico n‹o existe sem Constitui‹o da Repœblica e fica
ferido de morte se esta, apesar de existente, for desrespeitada ou alterada consoante os intentos
do poder institu’do.

O Estado de Direito Ž um sistema jur’dico e institucional em que todos, desde o cidad‹o ao Governo,
s‹o submetidos ao respeito da lei. ƒ um sistema ligado ao respeito da hierarquia das normas, da
separa‹o dos poderes e dos direitos fundamentais. O poder divide-se em trs grandes fun›es:
a fun‹o legislativa, a fun‹o judicial e a fun‹o executiva.

O Governo da UNITA vai promover, desenvolver e defender o Estado de Direito Democr‡tico.


Um Estado no qual estejam sempre presentes os seguintes elementos fundamentais:

a) O primado da Constitui‹o da Repœblica de Angola e da Lei, o que significa a subordina‹o


de todos os cidad‹os e dos —rg‹os do Estado ˆ Constitui‹o da Repœblica e ˆ Lei;

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b) Uma efectiva separa‹o e independncia de poderes, ou seja a separa‹o entre o Poder
Executivo (o do Governo), o Poder Legislativo (o do Parlamento) e o Poder Judicial,
representado pelos Tribunais, pois s— da verdadeira independncia entre estes resulta
num equil’brio saud‡vel de poderes que assegura a continuidade da democracia.

c) Uma efectiva independncia dos Tribunais garantida por uma autonomia administrativa
e financeira real;

d) A subordina‹o dos —rg‹os de investiga‹o criminal ao Poder Judicial.

4. Reforma do Estado
A transparncia Ž o necess‡rio corol‡rio da mudana em Angola. S— atravŽs da efectiva transparncia
da vida pœblica poder‡ haver responsabiliza‹o dos agentes pol’ticos. S— dessa forma ser‡ poss’vel
individualizar aqueles que contribuem para a suspei‹o na vida pol’tica colocando os respectivos
interesses individuais ˆ frente da causa pœblica. A abertura do Estado ˆ sociedade e demais
entidades pœblicas a um amplo escrut’nio pœblico deve tambŽm estender-se aos partidos. Estes
continuam a ser os pilares essenciais do funcionamento do Estado de Direito Democr‡tico.

O Governo da UNITA ir‡ dar prioridade m‡xima ˆs quest›es relativas ˆ reforma do Estado. Queremos
que o Estado seja uma pessoa de bem, uma entidade para servir os angolanos. Um Estado para
todos. Queremos mudar e apagar a imagem do Estado Angolano que frequentemente surge como
um Estado Corrompido. Queremos o fim dos crimes e das afrontas das autoridades policiais contra
os cidad‹os que deveriam defender e n‹o atacar. Queremos tambŽm acabar com o clima de
suspei‹o que paira na Justia, fruto da sua aparente dependncia do Poder executivo e da corrup‹o.

Angola deve ser um Estado unit‡rio regional com uma economia social de mercado. Angola
situa-se no Continente Africano, e por isso, a UNITA vai trabalhar para que se reforce a identidade
africana do nosso pa’s. Nos termos da Constitui‹o da Repœblica de Angola, o Governo da UNITA
vai p™r em pr‡tica uma administra‹o eleitoral independente. O partido no poder n‹o se confundir‡
mais com o Estado e as fraudes eleitorais n‹o mais voltar‹o a acontecer.

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5. Direitos, liberdades e garantias dos cidad‹os
No Governo da UNITA, a defesa dos direitos, liberdades e garantias de todos os cidad‹os Angolanos
ser‡ uma prioridade. O Estado ter‡ o dever de transpor os direitos, liberdades e garantias da
Constitui‹o da Repœblica para a realidade do Pa’s, ou seja, os direitos passar‹o a vigorar em
concreto e ser‹o defendidos pelos poderes institucionais pœblicos. Com o Governo da UNITA,
acabar‹o as pris›es arbitr‡rias e os raptos. Ser‡ assegurado tambŽm na pr‡tica o direito ˆ
manifesta‹o.

A UNITA pretende colocar a Žtica e a transparncia como matriz do comportamento do Governo


e possibilitar a todos os cidad‹os a liberdade de pensar sem constrangimentos. A liberdade de
decidir apenas e s— em fun‹o do bem comum. A UNITA assume a vontade de um projecto
envolvente, de todos e para todos, desejando as virtudes da diferena e do debate de ideias. ƒ
necess‡rio incentivar a cr’tica construtiva e a disponibilidade permanente para ouvir, dentro e fora
do partido e dos meios do poder.

Estaremos pr—ximo dos Angolanos e numa rela‹o franca com as v‡rias institui›es e organiza›es
da sociedade. A participa‹o na vida pœblica Ž um instrumento essencial na vivncia democr‡tica.
ƒ necess‡rio assumir uma nova cultura de responsabilidade em Angola. Uma cultura na qual a
rela‹o entre o Estado e os cidad‹os seja norteada pela confiana e n‹o, como atŽ aqui, baseada
na desconfiana. Uma atitude positiva e activa para melhorar Angola e uma postura dialogante e
cooperante para procurar as melhores solu›es para Angola.

Neste contexto, destacamos o di‡logo estruturado para encontrar e colocar em marcha as melhores
ideias e propostas para dar esperana aos milhares de jovens angolanos. Teremos empenho e
determina‹o fortes para a urgncia do crescimento econ—mico e do emprego, sempre na procura
de uma Angola mais Justa, Desenvolvida e Democr‡tica.

A pol’tica n‹o serve para ganhar dinheiro. A pol’tica Ž o motor da transforma‹o social e da ambi‹o
de um futuro melhor. Os dirigentes de um pa’s devem exercer os respectivos mandatos para os
quais foram eleitos pelo Povo com total transparncia. ƒ por isso que adoptaremos um C—digo de
ƒtica para o exerc’cio de cargos partid‡rios e para os cargos pœblicos.

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6. Descentraliza‹o e desconcentra‹o do poder
Vivemos num Pa’s em que o poder se encontra excessivamente centralizado em Luanda e totalmente
concentrado numa œnica pessoa: o Presidente da Repœblica.

A reorganiza‹o administrativa do Estado ser‡ a consequncia desejada de um debate sobre as


fun›es do Estado moderno, estratega, regulador e solid‡rio. Angola tem sido um Estado centralizado
que tem norteado a sua ac‹o por uma forte cultura centralista. A vis‹o moderna que temos do
Estado inspira-se nos valores da Repœblica, proporcionando n’veis intermŽdios de poder para
responder melhor aos problemas das pessoas e criar mais espaos de participa‹o na vida pœblica
do Pa’s.

Com o Governo da UNITA, o poder central delegar‡ uma boa parte das suas competncias aos
governos provinciais. Ao descentralizar a administra‹o, atravŽs das autarquias locais, os
governantes ficar‹o mais perto do Povo para poderem governar para o Povo de forma mais
democr‡tica e participativa, prestando-lhe assim contas.

Todos os Administradores Municipais e Administradores Comunais ser‹o eleitos democraticamente


pelo Povo cumprindo mandatos bem determinados.

7.Organiza›es da Sociedade Civil


A Sociedade Civil tem vindo a fortalecer-se e a ganhar cada vez mais autonomia. Uma nova
gera‹o de angolanos, sa’da das Universidades do Pa’s e do estrangeiro, vai-se afirmando com
conscincia cr’tica nos espaos pol’ticos e cient’ficos.

Com o Governo da UNITA teremos um Estado que reforar‡ o princ’pio da integra‹o real e activa
da Sociedade Civil na tomada de decis›es de interesse nacional. S— conseguiremos implementar
uma verdadeira democracia participativa se houver uma Sociedade Civil forte, interventiva e que
possa realizar o seu trabalho sem constrangimentos impostos pelos detentores do poder.

UNITA - Manifesto Eleitoral 2012 | 11


O Governo da UNITA vai ter nas organiza›es da Sociedade Civil parceiros privilegiados. Acreditamos
que a Sociedade Civil Ž a conscincia c’vica e social de um pa’s!

8. Revis‹o Constitucional
O Governo da UNITA trabalhar‡ com a sociedade e o Parlamento para que seja realizada uma revis‹o
constitucional que esteja de acordo com aquilo que o Povo quer. A actual Constitui‹o da Repœblica
ofende o Republicanismo e n‹o reflecte o sentimento geral da colectividade. Os Angolanos querem
um Estado Republicano e n‹o uma monarquia em que todo o poder fique concentrado apenas
numa pessoa. Num Estado de tipo Republicano, ninguŽm tem o direito de ficar dŽcadas e dŽcadas
no poder sem prestar contas a ninguŽm. Essa possibilidade deve ser impedida pela legisla‹o.

Para a realiza‹o da revis‹o constitucional, a UNITA vai ouvir os v‡rios extractos da sociedade
angolana e vai respeitar os aspectos de ordem hist—rica, cultural e jur’dica que apresentarem. A
Constitui‹o da Repœblica deve reflectir a vontade do Povo e n‹o a vontade de um indiv’duo.

A UNITA quer um pa’s em que o poder n‹o fique todo nas m‹os de uma s— pessoa, que Ž o
Presidente Repœblica. Queremos um pa’s em que se responsabilize cada Ministro, cada Governador
Provincial e cada Administrador Municipal ou Comunal.

A UNITA bater-se-‡ tambŽm pela consagra‹o de elei›es directas e independentes para o cargo
de Presidente da Repœblica.

9. Consagra‹o constitucional do direito ao voto no exterior


O Governo da UNITA lutar‡ para que os cidad‹os que se encontram no exterior - qualquer que
seja a raz‹o da sua estadia - tenham o direito ao voto garantido pela Constitui‹o da Repœblica
de Angola. Dentro ou fora de Angola, Ž preciso acabar com a ideia de que h‡ angolanos de primeira

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e angolanos de segunda classe. NinguŽm Ž menos angolano s— por emigrar. O voto dos angolanos
no exterior ser‡ um direito de todos.

A emigra‹o j‡ encerra, amiœde, v‡rias dificuldades e preju’zos pessoais, familiares e profissionais.


O Estado de Angola n‹o pode acrescentar a essas dificuldades, o n‹o reconhecimento da cidadania
plena aos emigrantes angolanos, apenas vigente com o pleno direito ao voto, ainda que fora do
pa’s.

Esta l—gica democr‡tica Ž ainda mais necess‡ria se observamos o mundo como uma aldeia cada
vez mais global. A maioria dos pa’ses desenvolvidos Ž defensora da vota‹o dos seus emigrantes.
Os angolanos que saem do seu pa’s em busca de melhores condi›es de vida continuam a ser
angolanos. Exigimos apenas que seja criado um sistema seguro de recenseamento e voto por
correspondncia dos emigrantes angolanos espalhados pelo mundo. Reforamos a necessidade
de segurana dos dados para que se evitem erros ou fraudes nas elei›es potenciadas por este
voto ˆ dist‰ncia.

10. Independncia dos Tribunais


No Governo da UNITA, vai ser respeitada a independncia da Justia, de modo a poder ser dignificada.
Vai ser aumentada a remunera‹o dos Magistrados para que eles possam cumprir o seu papel sem
o recurso a quaisquer outras actividades paralelas. Os îrg‹os de Investiga‹o Criminal deixar‹o
de se subordinar ao MinistŽrio do Interior. O cidad‹o comum passar‡ a ver os Tribunais como —rg‹os
de bem e deixar‡ de sentir a necessidade de fazer justia pelas pr—prias m‹os. N‹o mais haver‡
julgamentos pol’ticos.

A UNITA ir‡ dar uma contribui‹o coerente e qualificada para que o programa de reformas visando
a melhoria da eficincia operacional da Justia seja executado com xito e nos prazos adequados.
A UNITA vai implementar medidas que contribuam para uma Justia mais simples e desburocratizada,
mais cŽlere, mais acess’vel, mais transparente e previs’vel, que assegure o cumprimento eficaz das
obriga›es, permita o funcionamento eficaz da economia e a protec‹o dos direitos fundamentais.

UNITA - Manifesto Eleitoral 2012 | 13


O Governo da UNITA bater-se-‡ para que a reforma processual e a reorganiza‹o judici‡ria assegurem
que os cidad‹os e as empresas possam prever os prazos de decis‹o dos diferentes Tribunais e as
audincias e diligncias se realizem de forma organizada e com tempos de espera prŽ-conhecidos.

11. Presta‹o de contas


Os angolanos n‹o querem continuar a ter um Estado que n‹o presta contas ao cidad‹o sobre o
exacto valor das receitas que provm dos principais recursos do pa’s, como o petr—leo e os diamantes.
Queremos a consolida‹o de instrumentos de controlo natural da actividade do Governo, que deve
sentir-se obrigado a prestar contas sempre que necess‡rio. Mais de 30 anos depois, o actual
Governo n‹o presta contas do que faz com o dinheiro do Povo. E quando os jovens o exigem em
manifesta›es, s‹o violentamente reprimidos. O Povo Angolano n‹o aceita que, mesmo ap—s trinta
anos de poder, este regime n‹o seja capaz de produzir contas nacionais cred’veis.

Angola, por incr’vel que parea, ainda n‹o tem um sistema confi‡vel de contabilidade nacional.
A receita nacional n‹o Ž totalmente contabilizada. A infla‹o Ž calculada apenas para Luanda.

N‹o h‡ garantias de que as contas banc‡rias e outros activos que constituem as reservas do Estado
estejam integralmente protegidas e tituladas somente pelo Estado. N‹o existe um sistema que
garanta a integridade do registo de todas as transac›es comerciais pœblicas.

O Executivo contrai d’vidas em nome do povo, para o povo pagar, sem a autoriza‹o do povo,
representado na Assembleia Nacional. Por causa da incompetncia deste Governo, ninguŽm sabe
exactamente qual Ž a situa‹o financeira real deste pa’s.

O povo j‡ n‹o aceita esta situa‹o. O povo quer a mudana. E a mudana Ž o que iremos conseguir
atravŽs da vit—ria democr‡tica. Uma vit—ria limpa, imparcial e autntica.

Defendemos a obrigatoriedade da presta‹o de contas pelos poderes pœblicos e a subordina‹o


da pol’tica ˆ Žtica.

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Tendo em conta que o Presidente da Repœblica Ž o mais personalizado e pessoal —rg‹o de soberania,
ele n‹o pode usar os seus poderes de forma jur’dico-constitucionalmente insindic‡vel. Tem de
prestar contas. A n‹o presta‹o de contas por ele pr—prio viola o princ’pio da responsabilidade
pol’tica inerente ˆ representa‹o democr‡tica. Viola tanto o princ’pio republicano como o princ’pio
democr‡tico.

Com a UNITA no Governo, haver‡ transparncia, contabilidade pœblica e privada e n‹o existir‹o
pol’ticas que visam esconder despesas ou rendimentos. O Governo aparecer‡ regularmente no
Parlamento e apresentar‡ contas das suas decis›es e do Estado da Na‹o. AlŽm disso, na p‡gina
electr—nica do Governo, os cidad‹os ter‹o acesso permanente a toda a informa‹o relativa ˆ
actividade do Governo.

AtŽ hoje, as empresas petrol’feras est‹o proibidas de divulgar o que est‹o a pagar ao Governo
angolano. Unidos pela Mudana, Ž preciso acabar com esta pol’tica de mentira e omiss‹o ao Povo
Angolano e Votar UNITA no dia 31 de Agosto.

12. Combate ˆ Corrup‹o


Um dos nossos eixos priorit‡rios da ac‹o pol’tica ser‡ o combate ˆ corrup‹o. A corrup‹o Ž inimiga
do Estado de Direito e est‡ a enfraquecer o nosso regime democr‡tico, apresentando-se como
um fen—meno que ultrapassa em muito a esfera da actua‹o pœblica, sendo transversal a toda a
sociedade angolana e, por isso, constituindo-se como uma sŽria ameaa para o desenvolvimento
econ—mico sustent‡vel.

O Governo da UNITA ter‡ um papel determinante neste dom’nio, comprometendo-se a ampliar a


sua capacidade de interven‹o e a apresentar medidas e solu›es que permitam gerar resultados
efectivos na dissuas‹o da corrup‹o. O esforo de combate ˆ corrup‹o e de credibiliza‹o da
actividade pol’tica n‹o podem ser bem-sucedidos se n‹o empreendermos uma mudana na forma
como convivemos com a informa‹o pœblica, com a gest‹o do interesse pœblico, com os contratos
outorgados por entidades pœblicas ou com quaisquer outros actos pœblicos.

UNITA - Manifesto Eleitoral 2012 | 15


Hoje, os angolanos n‹o sabem o que o seu Governo faz com o dinheiro que vem do petr—leo e
de outras fontes. Os organismos internacionais, como o FMI e a Transparncia Internacional, tm
procurado levar o Governo a ser mais transparente, mas os resultados tm sido muito poucos. ƒ
f‡cil concluir que aqueles que todos os dias praticam a corrup‹o n‹o tm fora moral nem
pol’tica para combater a corrup‹o. Todos os anos surgem not’cias revelando o desvio de somas
imensas do er‡rio pœblico.

O Governo da UNITA vai pautar-se pela boa governa‹o, pela transparncia e pelo combate ˆ
corrup‹o com vista a uma distribui‹o justa da riqueza nacional. As receitas do petr—leo ser‹o
tornadas pœblicas e n‹o haver‡ mais nenhum segredo nos neg—cios do Estado. O Povo saber‡
quanto dinheiro se recebe do petr—leo, dos diamantes e de outras riquezas do pa’s. Com a UNITA,
o combate ˆ corrup‹o vai permitir arrecadar mais receitas que ser‹o distribu’das de forma mais
justa para o Pa’s. Para se garantir o grande objectivo deste combate, logo depois da sua tomada
de posse, o Governo da UNITA vai instituir a Alta Autoridade Contra a Corrup‹o e dot‡-la dos
recursos e dos mais amplos poderes para o exerc’cio das suas competncias.

ƒ tempo de dizer BASTA ˆ corrup‹o. S— a UNITA pode combater a corrup‹o.

Vota no 1.¼. A Angola em 1.¼ Lugar!

13. Combate ˆ fome e ˆ pobreza


O Governo da UNITA vai lutar contra a pobreza. Criar‡ um programa aut—nomo, integrado e
descentralizado que ir‡ atacar as causas da pobreza em todas as suas dimens›es, quer ao n’vel
das aldeias como das cidades. A luta contra a pobreza ser‡ considerada um problema de Segurana
Nacional.

N‹o podemos aceitar que num pa’s com tantas riquezas potenciais e que produz milh›es e milh›es
de barris de petr—leo todos os meses, boa parte dos seus cidad‹os passem fome e morram de fome.
Especialmente quando as ra’zes da fome e da m‡ nutri‹o s‹o mais pol’ticas do que econ—micas
ou demogr‡ficas.

16 | UNITA - Manifesto Eleitoral 2012


Implementaremos pol’ticas de apoio aos mais desfavorecidos como os ex-militares, as viœvas,
os cidad‹os portadores de deficincia, as crianas e os idosos. O Governo da UNITA vai diligenciar
esforos no sentido de atingir em tempo œtil as metas dos Objectivos de Desenvolvimento do
MilŽnio das Na›es Unidas. O desenvolvimento econ—mico e social ser‡ um objectivo a atingir
com forte determina‹o.

As riquezas do nosso subsolo - que poderiam financiar uma Na‹o socialmente justa - sustentam
um aparato produtivo modern’ssimo e condi›es de trabalho privilegiadas nas plataformas. ƒ a
imagem da Angola dos ricos e dos privilegiados.

O outro lado da realidade Angolana aparece no continente, nas nossas cidades e aldeias, onde as
indescrit’veis carncias provocadas pela pobreza, pela misŽria, pela doena, pelo analfabetismo
mantm toda uma popula‹o prisioneira da injustia social e das mais prec‡rias condi›es de vida.
O povo Angolano continua a sofrer v‡rias dŽcadas ap—s a independncia do Pa’s. Os ’ndices de
pobreza extrema aumentam vertiginosamente da mesma forma que aumentam os n’veis de
opulncia e corrup‹o no seio do que mais parece ser uma oligarquia e n‹o uma verdadeira
Democracia.

Acabar com a dist‰ncia entre a Angola que existe somente nas plataformas de petr—leo constru’das
no oceano, da qual poucos beneficiam, e a Angola que existe em terra firme, na qual vivem milhares
de Angolanos, significa na verdade acabar com a distancia que existe entre a imensa riqueza natural
do Pa’s e a pobreza do seu Povo. Essa separa‹o Ž absurda, imoral e inaceit‡vel. A riqueza de
Angola s— tem sentido se for tambŽm a riqueza de seu Povo.

Como afirmamos recentemente, Òn‹o aceitamos que a pobreza, a misŽria e a doena sejam o
nosso destinoÓ. Acreditem, a vida em Angola pode ser diferente. Um pa’s com a riqueza que existe
em Angola e um povo com as qualidades do povo Angolano tm potencial para construir uma das
economias mais fortes do Mundo e para conquistar um dos melhores ’ndices de qualidade de vida
de çfrica.

Por isso, vamos colocar em marcha a cria‹o do Programa Nacional de Combate ˆ Pobreza (PNCP).
As solu›es sustent‡veis para este problema exigem programas de longo prazo. Trata-se de um
programa aut—nomo, integrado e descentralizado que ir‡ atacar as causas da pobreza em toda a

UNITA - Manifesto Eleitoral 2012 | 17


sua dimens‹o. Ao n’vel de cada aldeia e bairro do Pa’s. Ser‡ o programa mais importante do nosso
governo. O governo da UNITA ir‡ afectar a este programa pelo menos a mesma propor‹o de verbas
financeiras que o oramento afecta actualmente para as actividades militares de Defesa e Segurana.

Queremos deixar bem claro que, para n—s, os verdadeiros inimigos de Angola e de seu povo s‹o a
falta de ‡gua pot‡vel, a doena, a falta de emprego, a falta de rede de saneamento, a educa‹o
de baixa qualidade, a fome, o paludismo, a misŽria, o crime e a violncia. ƒ contra esses inimigos
que vamos mobilizar todas as foras vivas da Na‹o, toda a inteligncia nacional, toda a nossa
criatividade e solidariedade.

As solu›es ser‹o implementadas a partir de um Plano de Ac‹o para cada Munic’pio, contendo
quatro elementos fundamentais:

¥ Um Diagn—stico diferenciado por regi‹o que identifica as pol’ticas e os investimentos


necess‡rios, em cada Munic’pio.

¥ Um Plano de Ac‹o para cada regi‹o que descreva, quantifique e calendarize as ac›es
e investimentos a efectuar e seus respons‡veis.

¥ Um Plano Financeiro para sustentar o investimento, identificando os riscos e sugerindo


fontes e mŽtodos de financiamento.

¥ Um Plano de Gest‹o que defina os mecanismos de gest‹o e controlo de cada projecto e


os de governa‹o e administra‹o pœblica, os quais ajudar‹o a garantir o xito da sua
implementa‹o.

14. Acesso ˆ Saœde para todos os cidad‹os


O principal objectivo da Pol’tica de Saœde Ž valorizar a pessoa humana e aumentar a longevidade
dos Angolanos. O Governo da UNITA criar‡ as infra-estruturas de apoio para satisfazer as necessidades
fundamentais n‹o s— da medicina curativa e recuperadora, mas principalmente da medicina preventiva.

18 | UNITA - Manifesto Eleitoral 2012


O Governo da UNITA atacar‡ a crise sanit‡ria do Pa’s em v‡rias frentes: no quadro dos programas
de combate ˆ pobreza, no quadro dos sistemas nacionais de previdncia ou de segurana social,
no quadro da nova pol’tica de massifica‹o da oferta e de dissemina‹o de postos e centros de
saœde pelo Pa’s e no quadro de programas de parcerias internacionais para o combate ˆs endemias.

O Governo da UNITA ir‡ constituir unidades m—veis de saœde para servir as popula›es nas prov’ncias
onde vivem. A oferta de servios pœblicos de saœde incluir‡ um mŽdico e dois enfermeiros para
servir cada agregado populacional de cinco mil pessoas.

Os angolanos n‹o tm a Saœde que gostariam de ter. Dados combinados da Organiza‹o Mundial
de Saœde (OMS) e da Comunidade para o Desenvolvimento da çfrica Austral (SADC -Southern
Africa Development Community) referentes ao ano de 2010, revelam uma taxa de mortalidade
infantil de cerca 160 —bitos de crianas com menos de um ano de idade por cada 1.000 nascimentos-
vivos (SADC: 80 —bitos/1000 nados vivos) e uma taxa de mortalidade materna de 600 mortes
maternas por cada 100.000 nados vivos (SADC: 486 mortes maternas/100.000 nados vivos). A
luta contra a mal‡ria, a doena do sono, a SIDA e outras endemias precisa de ser reforada. A rede
hospitalar Ž pouco funcional.

O Governo da UNITA vai trabalhar para que todos os cidad‹os angolanos tenham direito a uma
Saœde de qualidade. A Saœde Materno-Infantil precisa de melhorar. O Governo assumir‡ a
responsabilidade de pagar as consultas e os medicamentos das fam’lias mais carenciadas, tanto
nos centros urbanos como nas ‡reas rurais. Com o Governo da UNITA, as melhores Cl’nicas ser‹o
os Hospitais Estatais.

Para alcanar esse objectivo, o Governo vai ter de melhorar a forma‹o dos quadros de Pessoal da
Saœde e disponibilizar‡ mais dinheiro ao Sector de modo a que se atinja a cifra de 15 por cento do
Oramento Geral do Estado, tal como foi preconizado pelos Chefes de Estados Africanos na Cimeira
de Abuja, em 2001.

Os pr—prios actuais dirigentes mandam dizer na televis‹o que a Saœde dos angolanos agora
est‡ boa, mas eles preferem ir aos hospitais de pa’ses estrangeiros.

No dia 31 de Agosto, vote na UNITA! Vote por uma Saœde melhor!

UNITA - Manifesto Eleitoral 2012 | 19


15. Segurana Social
Nas aldeias ou nas cidades, encontramos todos os dias angolanos abandonados ˆ sua sorte e
incapazes de satisfazer as suas necessidades b‡sicas. ƒ o caso dos cidad‹os portadores de deficincia,
das crianas abandonadas e dos idosos.

A pol’tica de Segurana Social do Governo da UNITA radica no reconhecimento da necessidade de


uma interven‹o activa do Estado na restaura‹o social e espiritual das fam’lias que assenta em
trs realidades intimamente ligadas: o perfil demogr‡fico do Pa’s, o passivo social da actual gera‹o
e a necessidade da conquista da paz social na actual gera‹o.

A UNITA advoga um sistema integrado de Segurana Social que inclui tanto as fun›es de protec‹o
social como as fun›es de previdncia social. A protec‹o social das pessoas ser‡ garantida por
programas diversos de assistncia social, subs’dios e pol’ticas de discrimina‹o positiva para
inclus‹o e dignifica‹o dos cidad‹os mais vulner‡veis. A previdncia social ser‡ garantida atravŽs
de produtos comerciais como os seguros e fundos de pens›es.

O sistema ter‡ cinco produtos principais: seguro social geral para todos, subs’dio de desemprego,
pens›es de reforma, programas de assistncia social e outros seguros.

O seu financiamento ser‡ distinto. A redistribui‹o Ž uma decis‹o pol’tica dependente das prioridades,
mas garantida para todos, trabalhadores ou n‹o. Ser‡ financiada pelas receitas gerais dos impostos.
Em contrapartida, o seguro social dever‡ fundamentalmente ser financiado atravŽs de regimes
contributivos pœblicos equilibrados.

A implementa‹o concertada da pol’tica de Segurana Social do Governo da UNITA permitir‡ que


a actual gera‹o n‹o receie dificuldades na reforma e no final das suas vidas, ao mesmo tempo
que mobilizar‡ a juventude para o trabalho e para as grandes causas do Futuro, que permitir‹o
fazer voltar a sorrir a terra angolana. Permitir‡ ainda mobilizar a juventude para o trabalho e para
as poupanas que assegurar‹o o Futuro.

Para a UNITA, a justia social implica apoiar os mais desfavorecidos e garantir, atravŽs do Estado
social, um rendimento m’nimo para todos.
O Governo n‹o pode demitir-se das suas responsabilidades.

20 | UNITA - Manifesto Eleitoral 2012


16. Promo‹o da Habita‹o
Um pa’s desenvolvido n‹o pode ter aglomerados populacionais a viverem em condi›es habitacionais
deplor‡veis. O Governo executa demoli›es sistem‡ticas das casas dos angolanos deixando-os ao
relento e aumentando a sua desgraa e misŽria. O Governo da UNITA acabar‡ com as demoli›es
selvagens. Onde for estritamente necess‡rio demolir - por raz›es de interesse do Estado - o
Governo da UNITA vai primeiro assegurar o realojamento condigno dos cidad‹os e s— depois
demolir. O Governo da UNITA promover‡ a constru‹o de habita›es sociais onde ser‹o acomodadas
as fam’lias que hoje vivem em habita›es prec‡rias.

A pol’tica habitacional do Governo da UNITA encerra as seguintes medidas:

¥ Prioridade aos que est‹o em situa‹o mais cr’tica e aos que nunca tiveram uma casa,
arrendada ou pr—pria.

¥ Aquisi‹o de terrenos com capacidade construtiva a preos n‹o especulativos e obten‹o


de crŽditos banc‡rios de longo prazo com garantias do Estado.

¥ Promo‹o da constru‹o de habita›es para arrendamento.

¥ Execu‹o descentralizada e concorrencial de Planos de Urbaniza‹o e constru‹o das


respectivas infra-estruturas b‡sicas de acordo com os objectivos do desenvolvimento
descentralizado.

¥ Acelera‹o do programa actual de constru›es do equipamento social m’nimo, incluindo


redes pœblicas de ‡gua, energia e comunica›es, balne‡rios, zonas verdes, parques infantis
e juvenis, e outras estruturas, nas ‡reas urbanas e rurais.

¥ Constru‹o de habita›es para assegurar a mobilidade dos funcion‡rios pœblicos, em


todas as prov’ncias, no quadro de uma pol’tica global integrada da habita‹o que incluir‡
as correspondentes medidas de car‡cter institucional, financeiro e tŽcnico.

UNITA - Manifesto Eleitoral 2012 | 21


17. Garantia de Sal‡rio M’nimo
Queremos uma Angola diferente da que temos. Uma Angola na qual o homem do campo tem
incentivo para produzir na sua terra. Em que os empres‡rios nacionais tm incentivos do Governo.
Em que os funcion‡rios pœblicos recebem sal‡rios que est‹o ˆ altura de sua fun‹o e em que
a ocupa‹o das fun›es do Estado n‹o Ž partidarizada e obedece aos critŽrios republicanos de
observar o interesse pœblico em primeiro lugar.

Tendo como objectivo maior o combate ˆ fome e ˆ pobreza, o Governo da UNITA vai institucionalizar
a pr‡tica de um sal‡rio m’nimo mensal de 50.000,00 Kwanzas (cerca de 500,00 d—lares americanos,
ao c‰mbio actual).

O sal‡rio m’nimo Ž o mais baixo valor de sal‡rio que os empregadores podem legalmente pagar
aos seus funcion‡rios pelo tempo e esforo gastos na produ‹o de bens e servios. Representam
tambŽm o valor menor pelo qual uma pessoa pode vender sua fora de trabalho.

A defini‹o de um sal‡rio m’nimo nacional a pagar aumenta o n’vel de vida dos trabalhadores
e reduz a pobreza.

Com vista a proteger os ramos estratŽgicos da economia nacional, o Governo da UNITA vai tambŽm
recorrer ˆ fixa‹o de preos m‡ximos e m’nimos. ƒ o que vai acontecer nos produtos agr’colas
de primeira necessidade (leite, milho, batata, arroz, mandioca, etc.), no pescado, nos produtos
pecu‡rios (carne, leite, ovos, etc.) e ainda nalguns produtos de origem industrial (aœcar, medicamentos
b‡sicos, livros, etc.).

18. Cria‹o de empregos


O pleno emprego Ž um dos pilares da pol’tica econ—mica do Governo da UNITA. Adoptar a pol’tica
de pleno emprego significa criar pol’ticas que absorvam a grande maioria da popula‹o activa
nacional em actividades produtivas, tanto na realiza‹o das tarefas do Estado social, como no
sector formal da economia de mercado, como no sector tradicional e no sector informal.

22 | UNITA - Manifesto Eleitoral 2012


Ser‹o criados mecanismos inovadores para absorver toda a gente na concretiza‹o dos programas
sociais para aliviar o sofrimento, massificar a agricultura, garantir a segurana alimentar e social,
prestigiar a educa‹o e promover o desenvolvimento humano. Os agentes da economia informal
ser‹o tambŽm absorvidos na economia formal, enquanto se implementam medidas eficazes de
combate ao desemprego e seus efeitos.

O Governo da UNITA ir‡ dar prioridade absoluta ˆ cria‹o de programas capazes de gerar empregos.
A agricultura ser‡ estimulada e ser‡ incentivado o neg—cio baseado nos artigos produzidos no
campo, incluindo a sua comercializa‹o (agroneg—cio). A m‹o-de-obra pouco qualificada ser‡
importante no apoio ˆ expans‹o da agricultura.

A cria‹o de empregos passa tambŽm pela cria‹o de incentivos ˆ indœstria. O comŽrcio ser‡
igualmente mais liberalizado. O Governo da UNITA vai diversificar a economia para que n‹o fique
refŽm dos recursos petrol’feros.

Para o emprego, a ac‹o pol’tica do Governo da UNITA Ž e ser‡ definida por trs palavras:

¥ Responsabilidade, contribuindo de forma activa para resolver os problemas que


enfrentamos, na forma‹o dos consensos que verdadeiramente defendam o interesse
nacional e criem bases sustent‡veis para a melhoria das condi›es de vida dos angolanos;

¥ Solidariedade, na partilha de sacrif’cios entre todos os angolanos e na defesa, tambŽm,


da equidade entre gera›es, como forma de n‹o colocar em causa a coes‹o social nem
comprometer o futuro;

¥ Modernidade, como meio de importante reforo da nossa capacidade competitiva,


elevando a produtividade do trabalho e criando condi›es para o aumento sustent‡vel
dos sal‡rios e do n’vel de vida das pessoas.

Esta Ž a Angola com que sonhamos. A Angola do desenvolvimento com Justia Social na qual o
nosso enorme potencial econ—mico estar‡ a servio de todos - empres‡rios e trabalhadores
angolanos - gerando riqueza e empregos. Uma nova Angola que ser‡ exemplo de sensibilidade
social entre as na›es africanas e uma s— Angola onde reduziremos essa dist‰ncia entre a realidade
das plataformas e a realidade da terra firme.

UNITA - Manifesto Eleitoral 2012 | 23


19. Diversifica‹o da Economia
Somos uma na‹o rica como poucas. A natureza presenteou-nos com reservas de riquezas em
metais preciosos e minerais estratŽgicos indispens‡veis ˆ economia do sŽculo XXI.

Contudo, sobre esta crosta de riquezas vive um povo em estado de misŽria, doena e ignor‰ncia.
Esta situa‹o mata voca›es art’sticas e cient’ficas de valor universal antes mesmo de estas sequer
se manifestarem. Relega talentos que poderiam ser desenvolvidos ˆs actividades banais e corriqueiras
e sequestra o futuro dos nossos filhos.

O fomento e moderniza‹o da actividade do sector prim‡rio da economia, com destaque para a


agricultura, pecu‡ria e pescas, ser‹o prioridade, na medida em que s‹o produtores de bens
essenciais ˆ alimenta‹o, produtores de matŽrias-primas para a agro-indœstria nacional. S‹o
tambŽm a base do fomento e diversifica‹o das exporta›es, para alŽm de serem sectores geradores
de milhares de empregos.

O Governo da UNITA vai incrementar a produ‹o interna substituindo paulatinamente as importa›es


pelas exporta›es e vai lutar contra os altos preos praticados actualmente no nosso Pa’s. O trabalho
ser‡ valorizado e, para isso, os sal‡rios ser‹o de acordo com o trabalho efectuado e de acordo com
o custo de vida.

O sal‡rio m’nimo vai ser protegido e assegurado. O Governo praticar‡ uma economia social de
mercado impulsionada pela Democracia pol’tica e econ—mica. Os rendimentos dos recursos
estratŽgicos, como o petr—leo, estar‹o ao servio do bem-estar das popula›es.

Procederemos a uma distribui‹o regional do Oramento Geral do Estado de forma mais equilibrada
e equitativa, visando reduzir as actuais assimetrias regionais e sociais. O mecanismo actual de
prepara‹o, discuss‹o e aprova‹o do Oramento Geral do Estado ser‡ reformulado e passar‡ a
contar com a participa‹o directa e aberta da Sociedade Civil, para alŽm dos habituais parceiros
sociais.

Neste sentido, vamos convocar uma reuni‹o imediata com as lideranas empresariais, para delas
ouvir o que o governo pode fazer para corresponder ˆs prioridades econ—micas do Pa’s e ˆs

24 | UNITA - Manifesto Eleitoral 2012


expectativas das empresas, grandes e pequenas. Isto permitir‡ desenvolver e implementar o
modelo certo de desenvolvimento da infra-estrutura f’sica e humana, atravŽs de pol’ticas din‰micas
de investimentos massivos na educa‹o, saœde e na cria‹o de empregos, em todo o territ—rio
nacional.

Defendemos uma economia aberta, moderna e din‰mica que corresponda ˆ era da globaliza‹o,
mas sem p™r em risco os interesses nacionais. ƒ preciso, Ž necess‡rio, Ž urgente, que modernizemos
a economia, que a tornemos diversificada, competitiva e transparente, e que faamos uma melhor
gest‹o dos recursos nacionais. Defendemos o primado das pessoas sobre os mercados.

Apostamos na economia social como pilar forte dum modelo econ—mico sustent‡vel. Uma economia
sustent‡vel ao servio do Homem tem que ser cada vez mais uma economia regulada, transparente
e com pol’ticas pœblicas que assumam os referenciais de ac‹o e reflictam os mandatos de
representa‹o que s‹o outorgados aos respons‡veis pol’ticos. N‹o nos substituiremos ˆ economia
e aos mercados, mas tambŽm n‹o nos omitiremos perante eles. A UNITA como grande partido
defensor da sensibilidade social n‹o abdicar‡ dos seus princ’pios e dos seus valores na defini‹o
duma alternativa sustent‡vel e socialmente justa para o desenvolvimento do Pa’s.

Temos caracter’sticas que nos permitem ambicionar vencer na nova economia global sustent‡vel,
na qual acreditamos ter mais condi›es competitivas que na moribunda economia actual, baseada
no desrespeito pelo ambiente e na competi‹o sem regras.

ƒ necess‡rio refazer quase tudo. Diz-lo Ž reconhecermos a situa‹o complicada de onde partimos
no plano pol’tico, econ—mico, social e cultural. A tarefa Ž muito dif’cil, ‡rdua e exige clareza e
muit’ssima energia. Mas Unidos pela Mudana h‡ um caminho. H‡ um rumo que deve ser
traado, respeitando o patrim—nio da sociedade angolana.

Para que isso acontea Ž necess‡rio mobilizar os angolanos.

Vote no 1.¼. A Angola em 1.¼ Lugar.

UNITA - Manifesto Eleitoral 2012 | 25


20. Promo‹o de pequenas e mŽdias empresas
A rede de pequenas e mŽdias empresas constitui um segmento muito importante do tecido
empresarial angolano. A promo‹o e desenvolvimento da actividade destas empresas ser‹o feitos
a partir dos talentos existentes na economia informal. Nesse sentido, o Governo da UNITA vai
trabalhar para inventariar esses talentos e facilitar o crŽdito para a cria‹o e apoio ˆs pequenas
e mŽdias empresas. ƒ necess‡rio estimular o esp’rito empreendedor dos angolanos, especialmente
dos jovens angolanos. Todos somos poucos para a constru‹o do nosso Pa’s.

Para aumentarmos rapidamente a produ‹o precisamos de mais investimento. Durante os œltimos


anos, foi infelizmente enorme a redu‹o das verbas canalizadas para o incentivo ˆ produ‹o. Por
isso, um dos vectores essenciais da estratŽgia de desenvolvimento ser‡ o aumento do investimento
e a sua orienta‹o para os sectores mais priorit‡rios do ponto de vista do equil’brio econ—mico e
comercial. E aproveit‡-lo-emos com rigor e capacidade de escolha, apostando nas empresas que
tm vindo a contribuir para um crescimento sustentado das exporta›es e naquelas que substituem
importa›es, reforando ao mesmo tempo a aposta nas redes de eficincia colectiva, nos p—los de
competitividade e desenvolvendo pol’ticas de industrializa‹o de nova gera‹o baseada na
competi‹o interna e na competi‹o externa em plataformas com massa cr’tica e capacidade
negocial.

A UNITA vai estabelecer contacto directo com os empres‡rios nacionais para ouvir as suas sugest›es
e impulsionar o tecido econ—mico angolano que se deseja forte, din‰mico e competitivo.

21. Reinser‹o profissional dos combatentes e ex-militares


O Governo da UNITA vai considerar o apoio aos antigos combatentes e ex-militares como um
problema de Segurana Nacional e de estabilidade do Pa’s. No ‰mbito das suas pol’ticas econ—micas,
o Governo vai incentivar a cria‹o de microempresas em ‡reas orientadas para os antigos
combatentes de forma a poder aumentar os seus rendimentos e defender os subs’dios de reforma
a que tm direito.

26 | UNITA - Manifesto Eleitoral 2012


O Governo apoiar‡ todos os ex-militares com pens›es adequadas e proporcionar‡ uma forma‹o
tŽcnico-profissional que facilite a sua reinser‹o social e profissional. N‹o consideramos justo que
aqueles que deram o melhor de si lutando por este pa’s de armas na m‹o se sintam hoje abandonados
ˆ sua sorte!

22. Educa‹o para o desenvolvimento, com ensino


gratuito, obrigat—rio e de qualidade
O Governo da UNITA vai trabalhar para devolver aos Angolanos um ensino de qualidade.

A educa‹o ser‡ um dos pilares fundamentais da pol’tica econ—mica e do desenvolvimento. Constitui


um dos cinco programas de emergncia nacional a ser tratado como quest‹o de segurana nacional.

Actualmente, os dirigentes do pa’s n‹o confiam no nosso sistema de ensino e mandam os seus
filhos estudar no estrangeiro.

Faremos uma reforma do ensino que coloque os estudantes no centro das decis›es dando mais
relev‰ncia ˆ qualidade do ensino e dos alunos que formamos do que ˆ estat’stica dos nœmeros
registados. Os estudantes n‹o s‹o numa mera estat’stica.

O Governo da UNITA vai lutar para reduzir o analfabetismo no pa’s; vai implementar um ensino
obrigat—rio e gratuito para todos os jovens atŽ ao ensino mŽdio e vai promover um ensino
profissionalizante adequado ˆs necessidades do Pa’s. O Governo trabalhar‡ com entidades
banc‡rias competentes para que ao estudante do Ensino Superior seja poss’vel disponibilizar
um crŽdito banc‡rio que dever‡ ser pago por amortiza‹o, a partir do fim do seu curso, quando
for inserido no mercado de trabalho.

De modo a conseguir cumprir todos estes objectivos, o Governo da UNITA vai atribuir verbas crescentes
ˆ Educa‹o, no montante total de pelo menos 19 por cento do Oramento Geral do Estado.

UNITA - Manifesto Eleitoral 2012 | 27


O nosso sistema de ensino pode ser de muito boa qualidade e reconhecido internacionalmente
se nele investirmos.

Angola far‡ nas pr—ximas dŽcadas um investimento massivo na educa‹o, para transformar a
escola no factor catalisador da mudana e preparar convenientemente os jovens para serem
competitivos nos mercados de trabalho de Angola e da regi‹o. As principais medidas de pol’tica
a instituir incluem:

¥ 13 anos de escolaridade m’nima, obrigat—ria e gratuita.

¥ Valoriza‹o da carreira docente, tornando mais rigorosa a sua prepara‹o e qualifica‹o.


Criar tambŽm novos sistemas de remunera‹o e est’mulo e assegurar a permanente
actualiza‹o dos professores e o seu aperfeioamento acadŽmico;

¥ Adapta‹o dos curr’culos escolares e acadŽmicos ˆs necessidades do desenvolvimento


humano e do mercado de trabalho para atender especificamente aos programas e valores
que impulsionar‹o a sustentabilidade do Pa’s;

¥ Maximiza‹o do uso das tecnologias de informa‹o e da Comunica‹o Social para a


massifica‹o do conhecimento, da moral social e da cultura nacional e universal.

¥ Alargamento da rede escolar nacional e restrutura‹o da mesma no conjunto dos v‡rios


graus e ramos de ensino, tanto pœblico como privado, acompanhando e orientando
permanentemente a sua evolu‹o. Aumentar a qualidade da rede de ensino e expandir
geograficamente os seus v‡rios n’veis.

23. Cincia e Tecnologia


O Governo da UNITA vai afirmar a Cincia como instrumento da moderniza‹o do Estado e da
sociedade, fonte de conhecimento para a cria‹o de novas tecnologias, para o desenvolvimento
humano e para o crescimento econ—mico. Ser‹o multiplicados os investimentos na investiga‹o

28 | UNITA - Manifesto Eleitoral 2012


para o desenvolvimento, atravŽs de parcerias pœblico-privadas, em programas de qualifica‹o dos
recursos humanos.

O Governo da UNITA vai maximizar o uso das novas tecnologias de informa‹o e de comunica‹o
social para a massifica‹o do conhecimento, da moral social e da cultura nacional e universal.

O Governo da UNITA vai apoiar o surgimento de indœstrias energŽticas limpas e renov‡veis (energia
solar e energia e—lica) e biocombust’vel, principalmente no sector rural e nos pequenos aglomerados
populacionais, dando maior prioridade ˆs regi›es onde n‹o seja poss’vel implantar com
sustentabilidade centrais mini-h’dricas.

Todo o apoio ser‡ dado ˆs Universidades e ˆs iniciativas privadas para que possam desempenhar
bem o seu papel social em programas de investiga‹o e promo‹o da cincia e da tecnologia.

Temos que trazer para Angola a melhor educa‹o que o mundo moderno pode proporcionar.
A melhor medicina, a melhor tecnologia, a melhor saœde preventiva e a melhor pr‡tica de preserva‹o
do meio ambiente.

Em resumo, bem administradas, as nossas riquezas tm que ser capazes de ÒcomprarÓ a prosperidade
para o nosso povo. Nada nos impede de buscar a excelncia em todos os campos.

Angola Ž hoje um Pa’s mais preparado para transformar o conhecimento, a tecnologia e a capacidade
inovadora em valor. Isso implica assumir uma centralidade pol’tica e econ—mica na nova economia
global. Implica vontade de liderar em sectores que v‹o fazer a diferena, como as novas energias,
a eficincia energŽtica, as novas solu›es tecnol—gicas e a log’stica. Ousar aplicar as novas solu›es
desenvolvidas para construir respostas de proximidade e com elevada qualidade na saœde, na
qualifica‹o ou na mobilidade. Fazer do Pa’s um laborat—rio global de novas solu›es para a
economia global, valorizando os sectores ditos tradicionais e os recursos end—genos.

UNITA - Manifesto Eleitoral 2012 | 29


24.Defesa do ambiente
Esta Ž uma Žpoca de vertiginosa e acelerada transi‹o. Uma transi‹o que certamente nos trar‡
progresso e desenvolvimento, mas que acarreta tambŽm alguns perigos. O rosto mais vis’vel do
perigo consiste precisamente na sistem‡tica destrui‹o do ambiente levada a cabo pelo modelo
de crescimento exponencial consolidado ao longo dos œltimos dois sŽculos. Modelo fundado numa
explora‹o irracional dos recursos renov‡veis e n‹o renov‡veis, assim como no consumo intensivo
de energia derivada de combust’veis f—sseis altamente poluentes, ou de novas fontes ainda
insuficientemente controladas.

O Governo da UNITA vai prestar total aten‹o ˆs quest›es ambientais e ao desenvolvimento


sustent‡vel. Teremos em aten‹o a utiliza‹o racional dos recursos energŽticos e tomaremos as
medidas necess‡rias para preservar o patrim—nio natural que abunda em Angola.

Ao n’vel da gest‹o ambiental urbana, defendemos a necessidade de arborizar as cidades e criar


espaos verdes. Outro problema com que nos confrontamos prende-se com a gest‹o dos res’duos.
O Governo da UNITA vai dar a m‡xima aten‹o ˆ limpeza das cidades e de outros aglomerados
populacionais.

25. Melhoria dos transportes pœblicos e da mobilidade


O desenvolvimento das sociedades modernas assenta, entre outros, no princ’pio da mobilidade.
A necessidade constante de nos deslocarmos n‹o deveria encontrar obst‡culos de natureza pr‡tica.

O Governo da UNITA assume a mobilidade sustent‡vel e a rede de transportes pœblicos como uma
das prioridades para o desenvolvimento sustentado do nosso pa’s. Este ser‡ conseguido atravŽs
da cria‹o urgente de uma rede digna, eficiente e econ—mica de transportes pœblicos, da redu‹o
significativa dos gases poluentes em meio urbano e da redu‹o do ru’do nas cidades e da ocupa‹o
racional das vias de transportes rodovi‡rio.

30 | UNITA - Manifesto Eleitoral 2012


Os angolanos n‹o podem continuar a viver desprotegidos como se n‹o tivessem dirigentes. O
Governo da UNITA vai-se ocupar de disponibilizar ˆ popula‹o transportes pœblicos dignos,
eficientes e econ—micos.

O problema da melhor regula‹o do tr‰nsito em Luanda e noutras cidades ser‡ tambŽm abordado
de uma forma mais realista e eficaz, no quadro das pol’ticas inovadoras para a gest‹o sustent‡vel
de Luanda.

26. Fornecimento generalizado de çgua e Electricidade


O acesso ˆ ‡gua pot‡vel e ao saneamento Ž um direito humano universal necess‡rio ao gozo de
uma vida plena e saud‡vel e essencial ao usufruto de todos os outros direitos humanos.

Preocupado com as dificuldades que os angolanos enfrentam para ter acesso a um recurso natural
t‹o essencial, o Governo da UNITA vai dar prioridade absoluta ˆ distribui‹o da ‡gua em todos os
aglomerados populacionais. A melhoria da rede de distribui‹o e acesso ˆ ‡gua pot‡vel ser‡ uma
preocupa‹o do nosso Governo. Todos os meios ser‹o utilizados para que o sofrimento da
popula‹o na busca de ‡gua seja reduzido e mesmo eliminado.

A par da distribui‹o generalizada da ‡gua, o Governo da UNITA vai resolver definitivamente o


problema da rede elŽctrica. Os cidad‹os angolanos n‹o necessitar‹o mais de comprar geradores
para as suas casas. O fornecimento de electricidade passar‡ a ser da responsabilidade do Governo.

N‹o podemos mais apoiar a pol’tica de instala‹o de chafarizes que serviu para a Europa do SŽculo
XIX. No mundo de hoje, todas as casas devem ter direito a ‡gua canalizada. N‹o podemos mais
tolerar as ÒpuxadasÓ de luz e a necessidade de recorrer a geradores para cada casa. Queremos luz
elŽctrica em todas as casas, todos os dias e a todas as horas!

UNITA - Manifesto Eleitoral 2012 | 31


27. Apoio ˆ Juventude
A juventude angolana enfrenta hoje dificuldades que se agigantam no acesso ˆ educa‹o de
qualidade, ao mercado de trabalho e ao emprego com remunera‹o digna. Estes desafios ameaam
a capacidade de autonomia dos nossos jovens, o cumprimento das suas aspira›es e o seu direito
a uma vida diga enquanto membros da nossa sociedade.

Para o Governo da UNITA, a juventude ser‡ um factor dinamizador da mudana qualitativa que se
preconiza em Angola - pela sua reconhecida capacidade empreendedora, coragem, determina‹o,
cincia e arte de realizar obras que s‹o o orgulho nacional e mundial. Esta parceria com os jovens
ser‡ efectivada atravŽs da participa‹o da Juventude em todos os —rg‹os de decis‹o do Governo,
num quadro pol’tico-jur’dico legal e devidamente regulamentado, de forma a garantir os seus
direitos pol’ticos, sociais, econ—micos, art’sticos e culturais, assentes nos princ’pios de igualdade,
solidariedade, justia social e progresso.

O Governo da UNITA vai ainda adoptar medidas que visem a melhoria das condi›es de vida da
juventude e que lhes garanta acesso ˆ educa‹o e forma‹o tŽcnico-profissional (com est‡gios
profissionalizantes em institui›es pœblicas e privadas reconhecidas), acesso facilitado ao primeiro
emprego, disponibiliza‹o de bolsas de estudo internas e externas, promo‹o do Cart‹o-Jovem,
melhor acesso ao livro, ensino universit‡rio de qualidade, crŽdito de habita‹o bonificado e
ainda outras regalias.

Assegurar que as evolu›es demogr‡ficas n‹o s‹o vistas apenas como um conflito e uma batalha
pelos recursos entre jovens e mais velhos e transformar esta realidade social num cen‡rio pr—spero
de incont‡veis oportunidades ser‡ uma prioridade para Angola e para o Governo da UNITA.

Defender uma sociedade coesa e que assume a solidariedade e a cumplicidade entre as gera›es
faz parte das nossas preocupa›es e constitui um imperativo Žtico. Alcanar uma distribui‹o
equitativa da prosperidade entre as gera›es e assegurar a dignidade das angolanas e angolanos
de todas as idades exige um di‡logo activo. Ser‡ tambŽm necess‡ria a cria‹o de instrumentos
capazes de solidariedade entre as gera›es que promovam o contacto e a inclus‹o e reduzam
inibi›es e preconceitos.

32 | UNITA - Manifesto Eleitoral 2012


28. Promo‹o do Desporto
O desporto converteu-se numa das actividades humanas mais praticadas. Quer seja a n’vel
profissional ou amador, de maneira regular ou ocasional, milh›es de pessoas participam nas diversas
formas de actividades desportivas existentes. O desporto pode melhorar o bem-estar f’sico das
pessoas. Contribui para o desenvolvimento de um conjunto de aptid›es œteis na vida quotidiana,
tais como a resistncia e o esp’rito de equipa.

Ciente da import‰ncia da actividade desportiva, o Governo da UNITA vai promover o desporto nas
Escolas, desde o Ensino B‡sico atŽ ao Ensino Superior. A actividade desportiva reœne muitas
pessoas em organiza›es e associa›es, as quais se vem activamente envolvidas em redes
culturais onde praticam a responsabilidade democr‡tica.

O desporto possui ainda um significado econ—mico importante. Trata-se de um sector onde poder‹o
ser criados novos postos de trabalho e onde Angola poder‡ tirar partido do apoio aos investimentos
em infra-estruturas, em novas tecnologias e programas de educa‹o e de interc‰mbio. Como forma
de se seleccionarem os melhores, ser‡ estimulada a competitividade desportiva em cada Prov’ncia.

Para alŽm do futebol, do andebol e do basquetebol, o Governo da UNITA procurar‡ estimular outras
modalidades desportivas como o ciclismo e a nata‹o. O Governo estimular‡ ainda uma parceria
com as Associa›es e as Federa›es Desportivas para a implementa‹o de matŽrias espec’ficas
como a profissionaliza‹o de certas ‡reas do desporto.

29. Igualdade de oportunidades para todos


A defesa da Constitui‹o implicar‡ que o Governo da UNITA defenda uma sociedade em que haver‡
igualdade de oportunidades para todos. Todos dever‹o ter oportunidades iguais para demonstrar
a sua competncia e a sua dedica‹o ˆ P‡tria. Nenhum cidad‹o angolano dever‡ mais ser avaliado
na base do seu nome de fam’lia, do seu Partido, do seu passado, do seu local de nascimento, da

UNITA - Manifesto Eleitoral 2012 | 33


sua etnia ou da cor da sua pele. Com o Governo da UNITA deixar‡ de haver angolanos de primeira
e angolanos de segunda classe.

Queremos uma Angola participada por todos, onde cada pessoa possa ser protagonista do Futuro.
Uma Angola para todos os que tm esperana. Uma Angola para todos os que querem e lutam
por um trabalho digno. Uma Angola com oportunidades para os jovens, onde estes se possam
qualificar e trabalhar. Uma Angola de gente que trabalha e d‡ todos os dias o melhor do seu esforo.
Uma Angola de gente ambiciosa que n‹o se contenta com o seu Passado e almeja um auspicioso
Futuro. Uma Angola de cidad‹os activos, empenhados, autores do futuro da sua terra e do seu
pa’s. Uma Angola onde possamos voltar a sonhar e, sobretudo, onde tenhamos o direito de lutar
para concretizar o nosso sonho. E o nosso sonho Ž dar um Futuro a Angola!

Angola precisa de si. Angola chama por si!

Vote no 1.¼. Angola em 1.¼ Lugar.

30. Valoriza‹o da Mulher


A igualdade entre homens e mulheres constitui um dos desafios mais importantes na prossecu‹o
de uma sociedade mais justa e inclusiva. A participa‹o equilibrada de homens e mulheres nos
mecanismos de tomada de decis‹o Ž, para o Governo da UNITA, fundamental para uma nova
conceptualiza‹o da vida pœblica, para uma nova abordagem da constru‹o democr‡tica e acima
de tudo para a gera‹o de uma nova din‰mica social capaz de promover um crescimento mais
inclusivo e uma sociedade mais eficiente.

O Governo da UNITA garantir‡ o seu apoio ˆs mulheres angolanas no que respeita ˆ igualdade do
gŽnero e na solu‹o de todos os problemas sociais que enfrentam. O Governo da UNITA garantir‡
ˆs mulheres o acesso ˆ herana e ˆ propriedade da terra. Todos os organismos do Estado e da
sociedade ser‹o estimulados a seleccionar uma mulher, sempre que para o provimento de uma
vaga houver dois candidatos, sendo um deles homem e outro mulher.

34 | UNITA - Manifesto Eleitoral 2012


Acreditamos ser poss’vel ter melhor qualidade de vida, mais concilia‹o entre a vida pessoal, laboral
e familiar. A forma mais eficaz de a promover Ž atravŽs de uma maior participa‹o dos homens
na vida privada e das mulheres na vida pœblica. O reforo da reflex‹o sobre a participa‹o efectiva
das mulheres na vida pœblica ter‡ de reflectir obrigatoriamente o projecto de sociedade que
preconizamos.

31. Protec‹o da Criana


O Governo da UNITA enfatiza o compromisso de criar um mundo melhor para as crianas. Um
mundo onde o desenvolvimento humano sustent‡vel - levando em conta o melhor interesse das
crianas - Ž constru’do nos princ’pios da Democracia, da igualdade, da n‹o-discrimina‹o, da paz
e da justia social. Um Mundo norteado pela universalidade, indivisibilidade, interdependncia e
inter-rela‹o de todos os direitos humanos, incluindo o direito ao desenvolvimento.

Um mundo melhor para as crianas Ž aquele onde todas as crianas adquirem a melhor base
poss’vel para sua vida futura, tm acesso ao ensino b‡sico de qualidade, incluindo a educa‹o
prim‡ria obrigat—ria e gratuita para todos. ƒ aquele onde todas as crianas e adolescentes desfrutam
de v‡rias oportunidade para desenvolver a suas capacidades individuais num meio seguro e prop’cio.
Promoveremos, como parte das prioridades nacionais, o desenvolvimento f’sico, psicol—gico,
espiritual, social, emocional, cognitivo e cultural das crianas.

Compreendendo a necessidade de salvaguardar o desenvolvimento sustentado das crianas, o


subs’dio para as crianas de menos de 10 anos de idade ser‡ um direito das fam’lias mais
carenciadas. O Governo da UNITA proteger‡ os direitos da criana. Incentivaremos a cria‹o de
creches e de jardins infantis. Ser‡ combatido o trabalho infantil, o tr‡fico de menores, a pedofilia,
os tratamentos cruŽis ou degradantes impostos ˆ criana, como linchamentos e acusa›es de
feitiaria.

UNITA - Manifesto Eleitoral 2012 | 35


32. Pluralismo de Express‹o
O Governo da UNITA defender‡ um Estado Democr‡tico fundado no respeito pelo pluralismo de
ideias, pelo associativismo pol’tico, cultural, social e tŽcnico-profissional, e pela plena e respons‡vel
liberdade de express‹o e de informa‹o. O Governo da UNITA n‹o ser‡ inimigo de ninguŽm s—
porque se pensa de maneira diferente dos membros do executivo. N‹o h‡ liberdade num Pa’s em
que n‹o exista pluralismo de express‹o.

Temos tudo para construir no nosso Pa’s o mais moderno e autntico sistema democr‡tico,
adaptando-o ˆs nossas condi›es. Temos ˆ nossa disposi‹o um formid‡vel consenso internacional
sobre a essncia da Democracia, os requisitos b‡sicos que garantem a imparcialidade dos seus
procedimentos e as garantias essenciais que protegem a livre manifesta‹o dos cidad‹os atravŽs
do voto.

Ao nosso dispor, temos um consider‡vel acervo de experincias de Democracias bem ou mal


sucedidas que servir‹o para apontar caminhos a seguir e ao mesmo tempo alertar para os rumos
a evitar. A Democracia Ž e ser‡ sempre a causa do Povo. A express‹o da liberdade e da igualdade
de cada cidad‹o, o mais elevado est‡gio de convivncia pol’tica que os homens, ao longo da hist—ria,
conceberam.

N‹o nos podemos contentar com nada de menos!

33. Restrutura‹o da Comunica‹o Social do Estado


O Governo da UNITA vai reorientar a actividade actual de propaganda monopartid‡ria da Comunica‹o
Social do Estado para privilegiar a forma‹o c’vica, Žtica e moral da sociedade e para uma informa‹o
plural, verdadeira e respons‡vel ao servio do Estado angolano.

Com a UNITA a governar Angola, a liberdade de imprensa ser‡ consagrada na pr‡tica. Os îrg‹os
de Comunica‹o Social (OCS) do Estado passar‹o, ˆ semelhana das melhores pr‡ticas dos OCS

36 | UNITA - Manifesto Eleitoral 2012


europeus e mundiais, a emitir debates entre dirigentes dos diversos partidos pol’ticos. Os debates,
onde se confrontar‹o ideias e ideais pol’ticos bem divergentes, chegar‹o assim a todos os cidad‹os
angolanos. N‹o existe um Estado Livre e Democr‡tico sem uma Comunica‹o Social moderna,
eficaz e verdadeiramente livre. Apenas atravŽs da Imprensa, podem os cidad‹os tomar conscincia
do que se passa no Pa’s e tomar escolhas conscientes todos os dias e, principalmente, nas elei›es
para a escolha do Presidente e do Governo da Repœblica.

ƒ necess‡rio explicar a todos a realidade do nosso Pa’s. S— assim cada um poder‡ melhor contribuir
para o seu desenvolvimento. Se quer ter o direito ˆ verdade sobre o que se passa em Angola, no
dia 31 de Agosto, vote na UNITA.

A Angola dos nossos sonhos, que queremos comemorar nos pr—ximos trinta anos, Ž a Angola
da Democracia. A Angola em que vigora o respeito pelas leis e os direitos humanos. Em que existe
altern‰ncia pol’tica e pac’fica no poder. Em que os cidad‹os n‹o tm medo de expressar as suas
opini›es e onde a imprensa Ž livre para fiscalizar o Governo.

34. Paz e Segurana para todos os cidad‹os


Alcanada a paz militar, Angola precisa agora de assegurar a paz social para todos os seus filhos.
Este Ž o objectivo maior do governo da UNITA.

Esta paz social resultar‡ tanto da paz pol’tica, como da justia econ—mica e social. A paz pol’tica
ser‡ alcanada atravŽs do aprofundamento da democracia e do fim das fraudes eleitorais. A justia
econ—mica e social ser‡ alcanada por via da implementa‹o das medidas de pol’tica econ—mica
e social, delineadas neste Manifesto. Porque estas medidas Ž que v‹o reduzir o desemprego, travar
o aumento dos preos, garantir a segurana social e acabar com o sofrimento.

O Governo da UNITA vai garantir a todos os cidad‹os paz e segurana. O Governo trabalhar‡ para
que os angolanos se sintam seguros dentro e fora de casa. As autoridades competentes assumir‹o
a puni‹o daqueles que atentarem contra a paz e a segurana.

UNITA - Manifesto Eleitoral 2012 | 37


Com o Governo da UNITA, ninguŽm ser‡ perseguido devido ˆs suas convic›es pol’ticas, porque
a paz Ž uma condi‹o social, que n‹o se resume ao calar das armas, nem ao aperto de m‹o ou
abraos entre advers‡rios. A paz Ž obra da justia, do respeito mœtuo, da toler‰ncia e da solidariedade.
Os cidad‹os ser‹o livres de se manifestar contra ou a favor daquilo que bem entenderem.

A traject—ria em busca da paz, que vimos percorrendo nos œltimos 30 anos, evidenciou que a
democracia, a mais autntica que pudermos construir, Ž o regime pol’tico da paz.

Ao aprofundar a democracia, o Governo da UNITA aprofundar‡ os alicerces da paz, fundada na


legitimidade incontest‡vel dos governos; porque Ž a democracia real, e n‹o a democracia tutelada,
que confere legitimidade pol’tica aos governos. Ao reformar e praticar a justia econ—mica e social
o Governo da Mudana far‡ florescer a paz, porque Ž a justia que promove a paz.

O novo Estado, vai promover a paz social, atravŽs da utiliza‹o do dinheiro de todos para realizar
os direitos econ—micos e sociais da criana, da juventude e de todos os cidad‹os. Estes direitos
incluem o direito a ter uma casa com ‡gua pot‡vel, luz e saneamento; o direito ˆ saœde e
medicamentos, o direito ˆ educa‹o b‡sica gratuita; o direito ao emprego duradouro; o direito a
uma vida digna.

Esta Ž a paz da UNITA. Ser‡ promovida e sustentada por uma economia social de mercado vibrante.
E ser‡ garantida, n‹o como uma d‡diva, mas como um Òdireito humanoÓ de todos os angolanos.

35. Defesa Nacional e Ordem Pœblica


Um dos requisitos fundamentais dos Estados modernos Ž ser capaz de defender e assegurar a sua
soberania pelas estratŽgias de defesa e segurana. Ser capaz de, no quadro nacional e internacional,
assegurar as fun›es m’nimas de defesa e segurana Ž algo que o Governo da UNITA considera
fundamental.

O Governo da UNITA considera as Foras Armadas um instrumento de garantia do normal


funcionamento do Pa’s. As Foras Armadas (FA) s‹o simultaneamente um orgulho nacional.

38 | UNITA - Manifesto Eleitoral 2012


Como tal, e para que os nossos cidad‹os possam gozar efectivamente dos seus direitos de protec‹o,
o Governo da UNITA vai proporcionar ˆs FAA melhores condi›es para desempenhar as suas fun›es.
Tal passar‡ pela sua moderniza‹o, adequa‹o da legisla‹o militar, cria‹o e reabilita‹o das infra-
estruturas militares, reequipamento, forma‹o adequada e principalmente, a dignifica‹o social
dos militares e suas fam’lias.

O Governo trabalhar‡ ainda no sentido de estabelecer um Servio Militar Obrigat—rio de cerca de


18 meses e um quadro permanente de oficiais profissionais de carreira cujos familiares dever‹o
beneficiar de uma assistncia social adequada.

O Governo trabalhar‡ para que a Pol’cia Nacional sirva o seu papel de manuten‹o da Lei e Ordem
sem que tenha de desempenhar actos de violncia gratuita contra os cidad‹os. Ser‡ proporcionada
uma forma‹o adequada que privilegie a preven‹o em detrimento da repress‹o.

36. Uma solu‹o duradoira para Cabinda


O Governo da UNITA procurar‡ alcanar, logo ap—s as elei›es e por via do di‡logo abrangente e
inclusivo com todos os representantes legitimados pelo povo cabindense, uma solu‹o pol’tico-
administrativa que d respostas plaus’veis ˆs aspira›es do Povo do enclave. Essa solu‹o ser‡
encontrada no quadro da reforma do Estado Angolano.

A UNITA assume o desejo de pacifica‹o no enclave assim como a manuten‹o de uma paz e
desenvolvimento duradouros que beneficiem a popula‹o de cabinda.

37. Dinamiza‹o da cultura angolana


Os valores culturais tradicionais angolanos fazem parte da nossa identidade nacional e individual.
Um Pa’s com um patrim—nio cultural t‹o valioso tem o dever de preservar e respeitar a diversidade

UNITA - Manifesto Eleitoral 2012 | 39


cultural. N—s angolanos, de origens distintas, partidos antag—nicos, culturas e etnias diversas e
religi›es diferentes, temos muito mais em comum entre n—s do que pensamos.

Temos, todos n—s, que nos esforar para converter a diversidade cultural e Žtnica do nosso Pa’s
numa fonte de energias sinŽrgicas e positivas para o desenvolvimento de Angola. Essa diversidade
faz-nos mais ricos, mais complexos, amplia as nossas potencialidades e permite a aprendizagem
mœtua.

Assim, o Governo da UNITA vai promover actividades que valorizem a cultura angolana. Faremos
os poss’veis para, por um lado, preservar os valores culturais tradicionais, como as l’nguas,
tradi›es, h‡bitos e costumes que correm risco de desaparecimento. Enquanto, por outro lado,
iremos incentivar a express‹o de novas formas culturais. Para tal, o Governo da UNITA criar‡
pol’ticas de est’mulo a todos os que se dedicam ˆs actividades art’sticas como a mœsica, pintura,
cinema e teatro. Ser‡ ainda dada a m‡xima aten‹o ˆ promo‹o de obras liter‡rias angolanas.

A Democracia e o pleno Estado de Direito permitir‹o o nascimento de uma Angola na qual cada
uma das suas culturas ser‡ valorizada e protegida com as garantias necess‡rias para preservar as
suas tradi›es. E, ao mesmo tempo, que cada cidad‹o, independente da Na‹o em que vive, se
sinta e se reconhea plena e orgulhosamente como um Angolano.

38. Liberdade de culto e de religi‹o


O Governo da UNITA vai reafirmar a laicidade do Estado em rela‹o ao poder religioso. Vai tambŽm
respeitar o direito ˆ liberdade de religi‹o e de culto de todos os cidad‹os. NinguŽm ser‡ obrigado
a professar uma religi‹o contra a sua vontade e autorizaremos a radiodifus‹o de emissoras
pertencentes ˆs Igrejas, como Ž o caso da R‡dio EclŽsia.

O Governo n‹o permitir‡ de forma alguma que a religi‹o seja um elemento de discrimina‹o
entre os angolanos. A religi‹o Ž um factor de enriquecimento cultural norteado pelo respeito pela
diversidade.

40 | UNITA - Manifesto Eleitoral 2012


39. Autoridades tradicionais
A independncia de Angola tem muitas datas e milhares de her—is. Her—is an—nimos, mas
verdadeiros her—is. Esses her—is s‹o os homens do Povo que lutaram pela independncia e as
autoridades tradicionais que mobilizaram suas comunidades na resistncia ao colonizador.

Com a actual governa‹o, o poder tradicional foi infelizmente invadido, subvertido e partidarizado.
Muitos sobas e reis foram arbitrariamente destitu’dos e substitu’dos por pessoas instrumentalizadas
por dirigentes partid‡rios. Isto representa um verdadeiro atentado aos nossos valores culturais e
hist—ricos.

O Governo da UNITA vai defender um Estado que reconhea nas autoridades tradicionais
interlocutores v‡lidos e respons‡veis na vida pol’tica e social, dignificando o papel por elas
desenvolvido no seio das comunidades ao longo da nossa hist—ria.

O Governo da UNITA respeitar‡ as tradi›es de cada regi‹o e, por isso, n‹o ir‡ interferir na escolha
de quem deve ou n‹o ser Autoridade Tradicional. O governo da UNITA respeitar‡ a linhagem do
Poder Tradicional.

40. A Terra, herana dos nossos av—s


A terra deve ser vista como a herana dos nossos antepassados. O papel do Estado deve ser
apenas o de formalizar a posse da terra junto dos seus respectivos propriet‡rios. O Governo da
UNITA n‹o vai aceitar deserdar os angolanos, para nas suas terras instalar outras pessoas.

O Governo da UNITA vai reformular a actual Lei da Terra e vai acabar com as injustias na distribui‹o
da posse da terra

UNITA - Manifesto Eleitoral 2012 | 41


41. Di‡spora angolana
O termo Òdi‡sporaÓ Ž derivado do grego Òdiaspeir™Ó (Òdispers‹oÓ) e pode ser definido como uma
comunidade de indiv’duos ligados por uma mesma cultura e por uma mesma origem, espalhada
pelo mundo e com conscincia dos valores espec’ficos que partilham. A condi‹o diasp—rica implica
a dissemina‹o dos grupos e acompanha-se de uma desterritorializa‹o do plano pol’tico, da cultura
e das redes de comŽrcio. A sua caracter’stica fundamental Ž a manuten‹o de uma identidade
fundeada na cultura de origem, onde o mito do regresso est‡ muitas vezes manifesto.

O Governo da UNITA vai considerar todos os angolanos espalhados pelo mundo, sem qualquer
discrimina‹o, como sendo um dos grandes activos do Pa’s. O Estado progredir‡ no sentido de
capacitar os servios consulares para a emiss‹o de Bilhetes de Identidade, Passaportes e Cart›es
de Eleitor.

Os membros das comunidades angolanas no exterior v‹o reaver a sua plena cidadania e v‹o poder,
finalmente, afirmar a sua identidade angolana. No exterior, os cidad‹os nacionais passar‹o a sentir
orgulho de serem angolanos.

Os angolanos na di‡spora que se preparem para o momento em que ser‹o chamados para ajudar
a constru’rem e desenvolver Angola!

42. Pol’tica Externa


A segunda metade do sŽculo XX ficou marcada pela transfigura‹o do sistema internacional. Com
o fim da Segunda Guerra Mundial, o paradigma das rela›es internacionais caminhou para uma
concep‹o mais liberal e assente em valores como a autodetermina‹o, liberdade, coopera‹o e
institucionaliza‹o.

A evolu‹o das economias de mercado gerou um quadro de interdependncia entre os v‡rios


Estados que progrediu no sentido de alargar as ‡reas de coopera‹o internacional.

42 | UNITA - Manifesto Eleitoral 2012


O Governo da UNITA vai honrar os compromissos do Estado angolano assumidos no plano
internacional. Trabalharemos para a consolida‹o das rela›es de amizade entre povos e na›es
e da coopera‹o entre Estados e governos.

O quadro geopol’tico e geoestratŽgico das rela›es internacionais tem vindo a atribuir ao continente
africano cada vez mais relev‰ncia. O Governo da UNITA vai consolidar a identidade africana de
Angola e incentivar a sua integra‹o regional como factor de paz, de estabilidade e de
desenvolvimento sustentado.

No plano internacional, o Governo da UNITA vai empenhar-se activamente nos esforos diplom‡ticos
com vista ˆ preven‹o e resolu‹o dos conflitos. A prolifera‹o de Organiza›es Internacionais
e a sua crescente import‰ncia motiva a necessidade de olhar para as Organiza›es Internacionais
como actores a ter em considera‹o na defini‹o da nossa pol’tica externa.

O Governo da UNITA procurar‡, atravŽs das organiza›es internacionais que Angola integra, levar
a cabo processos de coopera‹o que facilitem e estimulem o desenvolvimento da sociedade
Angolana e que permitam a sua afirma‹o e promo‹o para alŽm das nossas fronteiras. O know-
how de algumas Organiza›es Internacionais especializadas, como por exemplo a Organiza‹o
Mundial de Saœde, a Organiza‹o para a Educa‹o, a Cincia e a Cultura e a Organiza‹o das Na›es
Unidas para a Alimenta‹o e a Agricultura, contribuir‹o para uma Angola voltada para o progresso,
para o desenvolvimento sustent‡vel e para a prosperidade!

No dia 31 de Agosto de 2012,


Vote no Primeiro.

Angola em Primeiro Lugar!

UNITA - Manifesto Eleitoral 2012 | 43


Vote no PRIMEIRO.
Vote na UNITA.

Angola em Primeiro Lugar!

1 UNITA Isaias Henrique Gola Samakuva UNITA

www.samakuva.com ¥ www.unitaangola.org

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