Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
Atenção!
• Todo ingresso de recursos no caixa do tesouro é receita, mas nem todo ingresso de
recursos no caixa do tesouro é receita pública, pois a receita pública é chamada de receita
orçamentária, a qual é aquela que se pode utilizar para financiar os programas de
governo.
• Ocorre o mesmo com as despesas. Toda saída de recurso do caixa do tesouro é
despesa, mas nem toda saída de recurso do caixa do tesouro é despesa pública, pois
esta é apenas aquela que está autorizada em lei.
• O orçamento é o instrumento de planejamento de qualquer entidade, pública ou privada,
e representa o fluxo de ingressos e aplicação de recursos em determinado período. É por
meio do orçamento que se faz uma estimativa de receitas e uma fixação das despesas.
Obs.: O início da elaboração do orçamento ocorre com a definição das metas de
resultado, com a previsão de receitas e com a fixação das despesas, sendo fixadas
primeiro as despesas obrigatórias (transferências constitucionais, pagamento de pessoal
etc.) e depois as discricionárias.
Atenção!
A receita orçamentária não precisa estar autorizada, já as despesas orçamentárias
precisam.
• Para o setor público, é de vital importância, pois é a lei orçamentária que fixa a despesa
pública autorizada para um exercício financeiro. A despesa pública é o conjunto de
dispêndios realizados pelos entes públicos para o funcionamento e manutenção dos
serviços públicos prestados à sociedade.
• Os dispêndios, assim como os ingressos, são tipificados em orçamentários e
extraorçamentários.
• Segundo o art. 35 da Lei n. 4.320/1964:
- Fixação
Planejamento - Descentralização
- Programação financeira
- Licitação
• A fixação ocorre quando se tem a aprovação da LOA.
1.2.1. PLANEJAMENTO
- Empenho
Execução - Empenhos a liquidar
- Liquidação
- Pagamento
O pulo do gato
A banca pode utilizar os termos “etapas” e “estágios” com o mesmo significado.
• A fixação da despesa refere-se aos limites de gastos (limite autorizado para o órgão),
incluídos nas leis orçamentárias com base nas receitas previstas, a serem efetuados
pelas entidades públicas. A fixação da despesa orçamentária insere-se no processo de
planejamento e compreende a adoção de medidas em direção a uma situação idealizada,
tendo em vista os recursos disponíveis e observando as diretrizes e prioridades traçadas
pelo governo.
• Conforme art. 165 da Constituição Federal de 1988, os instrumentos de planejamento
compreendem o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária
Anual.
• O processo da fixação da despesa orçamentária é concluído com a autorização dada
pelo Poder Legislativo por meio da Lei Orçamentária Anual, ressalvadas as eventuais
aberturas de créditos adicionais no decorrer da vigência do orçamento.
1.2.2. Execução
1.2.2.1. Empenho
A nota de empenho é muito comum nas transações comerciais porque representa uma
garantia para o fornecedor. A regra é que os empenhos que não forem liquidados, que o
fornecedor não entregar até 31 de dezembro, sejam cancelados.
Cancelado o empenho dentro do exercício, aquela dotação vinculada ao empenho retorna
para o disponível.
O empenho é sempre obrigatório.
A nota de empenho não é obrigatória, pode ser substituída e, em situações de urgência, o
empenho e a despesa podem ser contemporâneos.
Atenção!
A lei determina que é vedada a despesa sem prévio empenho, mas é possível efetuar
uma despesa sem prévio empenho nos casos de urgência, empenho e despesa podem
ser contemporâneos.
Será anulado totalmente quando o objeto do contrato não tiver sido cumprido, ou ainda,
no caso de ter sido emitido incorretamente.
Os empenhos podem ser classificados em:
a. Ordinário: é o tipo de empenho utilizado para as despesas de valor fixo e previamente
determinado, cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez;
O pagamento é de uma só vez porque o fornecedor vai entregar a mercadoria igualmente
de uma só vez.
b. Estimativo: é o tipo de empenho utilizado para as despesas cujo montante não se
pode determinar previamente, tais como serviços de fornecimento de água e energia
elétrica, aquisição de combustíveis e lubrificantes e outros; e
c. Global: é o tipo de empenho utilizado para despesas contratuais ou outras de valor
determinado, sujeitas a parcelamento, como, por exemplo, os compromissos decorrentes
de aluguéis.
Há quem faça referência a uma suposta quarta classificação: o pré-empenho, mas que
hoje não faz muito sentido e nem pode ser considerado como um tipo de empenho. Nos
anos 90, utilizava-se muito a figura do pré-empenho, que era uma forma de garantir o
crédito recebido. Por exemplo, o crédito era recebido na data de hoje e era elaborado um
processo licitatório que demoraria 90 dias. Nesses 90 dias, havia o risco de perder o
crédito e, para não perdê-lo, era feito um pré-empenho, que era uma forma de sinalizar
que o crédito seria utilizado. O pré-empenho seria uma forma de camuflar o crédito
disponível.
Hoje nem é recomendável a utilização do pré-empenho, porque, na realidade, é um
documento feito no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal
(SIAFI), como o empenho, e tem a função de garantir que aquele crédito não será
utilizado por outro. Não tem validade jurídica, não tem valor para fins contábeis, é apenas
uma ferramenta do sistema utilizada para sinalizar.
É recomendável constar no instrumento contratual o número da nota de empenho, visto
que representa a garantia ao credor de que existe crédito orçamentário disponível e
suficiente para atender a despesa objeto do contrato. Nos casos em que o instrumento de
contrato é facultativo, a Lei n. 8.666/1993 admite a possibilidade de substituí-lo pela nota
de empenho de despesa, hipótese em que o empenho representa o próprio contrato.
1.2.2.2. Liquidação
Pertencem ao exercício as despesas legalmente empenhadas. O empenho é a base para
o registro contábil e gera uma obrigação de pagamento.
Qual é a diferença entre empenho a liquidar e liquidação?
No empenho a liquidar, a administração recebeu o produto, mas ainda não foi possível a
sua verificação, por exemplo, a compra de um aparelho de RX que necessita de
verificação técnica.
A liquidação é a verificação do direito do credor, conferindo-se a documentação
comprobatória. CAI!
Conforme dispõe o art. 63 da Lei n. 4.320/1964, a liquidação consiste na verificação do
direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do
respectivo crédito e tem por objetivo apurar:
Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor
tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.
§ 1º Essa verificação tem por fim apurar:
I – a origem e o objeto do que se deve pagar;
II – a importância exata a pagar;
III – a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação. CAI!
§ 2º A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados terá por
base:
I – o contrato, ajuste ou acordo respectivo;
II – a nota de empenho;
III – os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço.
1.2.2.3. Pagamento
Atenção!
Há três tipos de empenho: ordinário, estimativo e global. Lembrar que o pré-empenho não
é forma de empenho. É possível fazer uma despesa sem nota de empenho, mas não é
possível fazer despesa sem empenho. Entretanto, é possível fazer uma despesa sem
prévio empenho, desde que despesa e empenho sejam contemporâneos.
Atenção!
A dívida flutuante é materializada não apenas pelo prazo, que é de 12 meses, mas
também pela não necessidade de autorização legislativa.
Em 2017 havia uma despesa fixada de R$1.000,00, uma despesa empenhada de R$
900,00, uma despesa liquidada de R$ 600,00 e uma despesa paga de R$ 600,00, sendo
R$ 100,00 relativos a Restos a Pagar ( RP) de 2016 .
Qual o montante de RP processados e não processados em 2017?
RP→ Empenhadas (900) – Pagas (500) = 400
RP→ Processados → Liquidados (-) pagas = 600 – 500 = 100
RP→ Não Processados → Empenhados (-) Liquidados= 900 – 600= 300
Os RP são formados por RP processados e não processados.
• Serão inscritas em restos a pagar processados as despesas liquidadas e não pagas no
exercício financeiro, ou seja, aquelas em que o serviço, obra ou material contratado tenha
sido prestado ou entregue e aceito pelo contratante.
Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois
quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser
cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício
seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.
Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os
encargos e despesas compromissadas a pagar até o final do exercício.
A LRF, no artigo 42, estabeleceu um pormenor importantíssimo sobre os RP. No último
ano de mandato, nos dois últimos quadrimestres, não pode o titular de poder ou órgão
referido no artigo 20 (Executivo, Legislativo e Judiciário) assumir despesas que não
possam ser pagas dentro do exercício ou que tenham parcelas a vencer no exercício
seguinte para não gerar dívidas para o sucessor.
Atenção!
Atenção!
O que vale hoje é que RP não processados serão cancelados em 30/06 do 2º ano
subsequente à inscrição.
O reconhecimento da despesa orçamentária ao longo do exercício deve ser realizado no
momento do empenho com a assunção de um passivo financeiro orçamentário.
Assim, para maior transparência, as despesas executadas devem ser segregadas em:
• Despesas liquidadas, consideradas aquelas em que houve a entrega do material ou
serviço, nos termos do art. 63 da Lei nº 4.320/1964; e
• Despesas não liquidadas, inscritas ao encerramento do exercício como restos a pagar
não processados.
1.3.2. Despesas de Exercícios Anteriores
SUPRIMENTO DE FUNDOS
Adiantamento a servidor
Pequeno vulto
Despesas: Pronto pagamento
Caráter sigiloso
Em viagens
Na concessão do SF não há afetação patrimonial D: adiantamento
C: caixa
Na prestação de contas ocorre a afetação patrimonial D: despesa
C: adiantamento
LISTA DE EXERCÍCIOS!
CLASSIFICAÇÕES
2.1. ESTRUTURA DA PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA
A compreensão do orçamento exige o conhecimento de sua estrutura e sua Organização,
implementadas por meio de um sistema de classificação estruturado. Esse sistema tem o
propósito de atender às exigências de informação demandadas por todos os interessados
nas questões de finanças públicas, como os poderes públicos, as organizações públicas e
privadas e a sociedade em geral.
Na estrutura atual do orçamento público, as programações orçamentárias estão
organizadas em programas de trabalho, que contêm informações qualitativas e
quantitativas, sejam físicas ou financeiras.
EIFP
2.1.2. PROGRAMAÇÃO QUANTITATIVA
A programação orçamentária quantitativa tem duas dimensões: a física e a financeira.
A dimensão física define a quantidade de bens e serviços a serem entregues.
1º 2º 3º 4º 5º
___ ___ ___ ___ ___
Órgão Unidade Orçamentária
Orçamentário
1º 2º 3º 4º 5º
___ ___ ___ ___ ___
2.4.1. FUNÇÃO
A função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas de
atuação do setor público. Reflete a competência institucional do órgão, como, por
exemplo, cultura, educação, saúde, defesa, que guarda relação com os respectivos
Ministérios. Há situações em que o órgão pode ter mais de uma função típica,
considerando-se que suas competências institucionais podem envolver mais de uma área
de despesa. Nesses casos, deve ser selecionada, entre as competências institucionais,
aquela que está mais relacionada com a ação.
(28)
A função Encargos Especiais engloba as despesas que não podem ser associadas a um
bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como dívidas,
ressarcimentos, indenizações e outras afins, representando, portanto, uma agregação
neutra. A utilização dessa função irá requerer o uso das suas subfunções típicas.
Matricialidade: É a possibilidade de uma função ser combinada com qualquer
subfunção. Exceção: função encargos especiais (28)
2.4.2. SUBFUNÇÃO
No caso dos Programas Temáticos, admite-se que ações padronizadas (que possuem o
mesmo código) possam vincular-se a objetivos diferentes. Dessa forma, o Objetivo será o
elo entre o Plano e o Orçamento quando se tratar de Programas Temáticos. CAI !
OBSERVAÇÃO:
Considerando que as metas regionalizadas para a Administração Pública estão retratadas
no PPA 2016-2019 na categoria Objetivos, essa categoria deverá servir de referencial
para a avaliação das ações. Caso seja necessária a criação de novas ações que não
possam ser vinculadas aos Objetivos existentes, o órgão setorial deverá solicitar à SPI a
criação dessa nova categoria.
2.5.3. SUBTÍTULO
As atividades, os projetos e as operações especiais serão detalhados em subtítulos,
utilizados especialmente para identificar a localização física da ação orçamentária, não
podendo haver, por conseguinte, alteração de sua finalidade, do produto e das metas
estabelecidas.
A adequada localização do gasto permite maior controle governamental e social sobre a
implantação das políticas públicas adotadas, além de evidenciar a focalização, os custos e
os impactos da ação governamental.
A localização do gasto poderá ser de abrangência nacional, no exterior, por Região
(Norte, Nordeste, Centro Oeste, Sudeste, Sul), por Estado ou Município ou,
excepcionalmente, por um critério específico, quando necessário. A LDO veda, na
especificação do subtítulo, a referência a mais de uma localidade, área geográfica ou
beneficiário, se determinados.
Categoria Econômica
Grupo de Natureza de Despesa
Modalidade de Aplicação
Elemento de Despesa
Desdobramento Facultativo do Elemento (Subelemento)
3 1 90 11 00
Custeio Consumo
Correntes Serviços
Pessoal Inativo
Modalidade