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Câmara Municipal de Araraquara do Estado de São Paulo

ARARAQUARA-SP
Comum aos Cargos de Nível Superior:
• Analista de Controle Interno • Cerimonialista
• Consultor Legislativo • Analista Legislativo
• Analista em Comunicação Social • Tradutor e Intérprete de Libras
• Analista em Gestão de Pessoas • Analista em Informação
• Contador • Jornalista

Edital Nº 01/2018
OT064-2018
DADOS DA OBRA

Título da obra: Câmara Municipal de Araraquara do Estado de São Paulo

Cargo: Comum aos Cargos de Nível Superior

(Baseado no Edital Nº 01/2018)

• Língua Portuguesa
• Raciocínio Lógico
• Informática
•Legislação Municipal

Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza

Diagramação/ Editoração Eletrônica


Elaine Cristina
Ana Luiza Cesário
Thais Regis

Produção Editoral
Suelen Domenica Pereira
Leandro Filho

Capa
Joel Ferreira dos Santos
APRESENTAÇÃO

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SUMÁRIO

Língua Portuguesa

Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. ............................................................................................................ 01


Linguagem verbal e não -verbal ........................................................................................................................................................................ 59
Reconhecimento de tipos e gêneros textuais. ............................................................................................................................................. 01
Domínio da ortografia oficial. ............................................................................................................................................................................. 04
Domínio dos mecanismos de coesão textual. .............................................................................................................................................. 04
Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de conectores e de outros elementos de sequenciação
textual. ......................................................................................................................................................................................................................... 14
Conhecimento linguístico: Emprego de tempos e modos verbais. .................................................................................................... 14
Domínio da estrutura morfossintática do período. ................................................................................................................................... 29
Emprego das classes de palavras. ..................................................................................................................................................................... 66
Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração. .................................................................................................. 29
Relações de subordinação entre orações e entre termos da oração. ................................................................................................. 29
Emprego dos sinais de pontuação. .................................................................................................................................................................. 39
Concordância verbal e nominal. ........................................................................................................................................................................ 42
Regência verbal e nominal. .................................................................................................................................................................................. 52
Emprego do sinal indicativo de crase. ............................................................................................................................................................ 49
Colocação dos pronomes átonos. .................................................................................................................................................................... 52
Estilística/Semântica ............................................................................................................................................................................................... 59
Reescrita de frases e parágrafos do texto. .................................................................................................................................................... 59
Significação das palavras. ..................................................................................................................................................................................... 59
Substituição de palavras ou de trechos de texto. ....................................................................................................................................... 59
Reorganização da estrutura de orações e de períodos do texto. ........................................................................................................ 59
Reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de formalidade .................................................................................................... 99
Figuras de linguagem. .........................................................................................................................................................................................113

Raciocínio Lógico

Proposições: Lógica de Argumentação; ......................................................................................................................................................... 09


Premissa e Conclusão; ........................................................................................................................................................................................... 09
Silogismo, Proposições simples e compostas; ............................................................................................................................................. 13
Tabelas Verdade; ...................................................................................................................................................................................................... 01
Equivalência entre proposições; ........................................................................................................................................................................ 19
Negação de proposições; ..................................................................................................................................................................................... 13
Conjuntos; .................................................................................................................................................................................................................. 37
Operações com conjuntos; .................................................................................................................................................................................. 37
pertinência e inclusão; ........................................................................................................................................................................................... 37
Sequências lógicas; ................................................................................................................................................................................................. 26
sequências numéricas, progressão aritmética, progressão geométrica. ........................................................................................... 26

Informática

Internet e Aplicativos. ............................................................................................................................................................................................ 55


Ferramentas de busca. .......................................................................................................................................................................................... 55
Navegadores (Browser). ........................................................................................................................................................................................ 55
Redes de Computadores. ..................................................................................................................................................................................... 70
Criptografia. ............................................................................................................................................................................................................... 64
Sistema Operacional e Software. ....................................................................................................................................................................... 01
Hardware. ................................................................................................................................................................................................................... 01
Correios Eletrônicos. ............................................................................................................................................................................................... 55
Programa Antivírus e Firewall. ............................................................................................................................................................................ 64
Editores de Apresentação. ................................................................................................................................................................................... 21
SUMÁRIO

Editores de Planilhas. ............................................................................................................................................................................................. 21


Editores de Texto. .................................................................................................................................................................................................... 21
Segurança da Informação. ................................................................................................................................................................................... 64
Extensão de Arquivo. ............................................................................................................................................................................................. 71
Teclas de Atalho. ..................................................................................................................................................................................................... 73

Legislação Municipal

Lei Municipal n° 6.646, de 31 De outubro de 2007 e suas alterações posteriores. ....................................................................... 01


Lei Municipal nº 8.686, de 31 de março de 2016. ...................................................................................................................................... 22
Lei Municipal n° 8.732, de 13 de junho de 2016. ........................................................................................................................................ 25
Lei Municipal nº 9.152, de 6 de dezembro de 2017. ................................................................................................................................. 28
Lei Municipal nº 9.153, de 6 de dezembro de 2017. ................................................................................................................................. 33
Resolução Municipal nº 438, de 2018. ............................................................................................................................................................ 40
Lei Orgânica do Município de Araraquara, consolidada até a Emenda Organizacional nº 43/2016. .................................... 45
Resolução 339/2012 (Regimento Interno da Câmara Municipal); ........................................................................................................ 71
Lei Municipal 1939/1972 (Estatuto dos Funcionários Públicos do Município de Araraquara); ................................................ 71
Resolução 437/2018................................................................................................................................................................................................ 97
LÍNGUA PORTUGUESA

Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. ............................................................................................................ 01


Reconhecimento de tipos e gêneros textuais. ............................................................................................................................................. 01
Domínio da ortografia oficial. ............................................................................................................................................................................. 04
Emprego das letras. ................................................................................................................................................................................................ 04
Emprego da acentuação gráfica......................................................................................................................................................................... 04
Domínio dos mecanismos de coesão textual. .............................................................................................................................................. 04
Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de conectores e de outros elementos de sequenciação
textual. ......................................................................................................................................................................................................................... 14
Emprego de tempos e modos verbais. ........................................................................................................................................................... 14
Domínio da estrutura morfossintática do período. ................................................................................................................................... 29
Emprego das classes de palavras. ..................................................................................................................................................................... 66
Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração. .................................................................................................. 29
Relações de subordinação entre orações e entre termos da oração. ................................................................................................. 29
Emprego dos sinais de pontuação. .................................................................................................................................................................. 39
Concordância verbal e nominal.......................................................................................................................................................................... 42
Regência verbal e nominal. .................................................................................................................................................................................. 52
Emprego do sinal indicativo de crase. ............................................................................................................................................................ 49
Colocação dos pronomes átonos. .................................................................................................................................................................... 52
Reescrita de frases e parágrafos do texto. .................................................................................................................................................... 59
Significação das palavras. ..................................................................................................................................................................................... 59
Substituição de palavras ou de trechos de texto. ....................................................................................................................................... 59
Reorganização da estrutura de orações e de períodos do texto. ........................................................................................................ 59
Reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de formalidade. ................................................................................................... 99
Correspondência oficial (conforme Manual de Redação da Presidência da República). ............................................................ 99
Aspectos gerais da redação oficial.................................................................................................................................................................... 99
Finalidade dos expedientes oficiais. ................................................................................................................................................................. 99
Adequação da linguagem ao tipo de documento. .................................................................................................................................... 99
Adequação do formato do texto ao gênero.................................................................................................................................................. 99
Figura de Linguagem............................................................................................................................................................................................113
LÍNGUA PORTUGUESA

Compreender significa
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE Entendimento, atenção ao que realmente está escrito.
TEXTOS DE GÊNEROS VARIADOS. O texto diz que...
RECONHECIMENTO DE TIPOS E  É sugerido pelo autor que...
GÊNEROS TEXTUAIS.  De acordo com o texto, é correta ou errada a afirmação...
O narrador afirma...

Erros de interpretação
1. Interpretação Textual
 Extrapolação (“viagem”) = ocorre quando se sai
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacio- do contexto, acrescentando ideias que não estão no texto,
nadas entre si, formando um todo significativo capaz de quer por conhecimento prévio do tema quer pela imagi-
produzir interação comunicativa (capacidade de codificar nação.
e decodificar).  Redução = é o oposto da extrapolação. Dá-se
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. atenção apenas a um aspecto (esquecendo que um texto é
Em cada uma delas, há uma informação que se liga com um conjunto de ideias), o que pode ser insuficiente para o
a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a entendimento do tema desenvolvido.
estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interli-  Contradição = às vezes o texto apresenta ideias
gação dá-se o nome de contexto. O relacionamento entre contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões
as frases é tão grande que, se uma frase for retirada de seu equivocadas e, consequentemente, errar a questão.
contexto original e analisada separadamente, poderá ter
um significado diferente daquele inicial. Observação:
Intertexto - comumente, os textos apresentam refe- Muitos pensam que existem a ótica do escritor e a óti-
rências diretas ou indiretas a outros autores através de cita- ca do leitor. Pode ser que existam, mas em uma prova de
ções. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. concurso, o que deve ser levado em consideração é o que
Interpretação de texto - o objetivo da interpretação o autor diz e nada mais.
de um texto é a identificação de sua ideia principal. A par-
tir daí, localizam-se as ideias secundárias (ou fundamen- Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que
tações), as argumentações (ou explicações), que levam ao relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si.
esclarecimento das questões apresentadas na prova. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um
pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um prono-
Normalmente, em uma prova, o candidato deve: me oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se
 Identificar os elementos fundamentais de uma vai dizer e o que já foi dito.
argumentação, de um processo, de uma época (neste caso,
procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o São muitos os erros de coesão no dia a dia e, entre eles,
tempo). está o mau uso do pronome relativo e do pronome oblí-
 Comparar as relações de semelhança ou de dife- quo átono. Este depende da regência do verbo; aquele, do
renças entre as situações do texto.
seu antecedente. Não se pode esquecer também de que os
 Comentar/relacionar o conteúdo apresentado
pronomes relativos têm, cada um, valor semântico, por isso
com uma realidade.
a necessidade de adequação ao antecedente.
 Resumir as ideias centrais e/ou secundárias.
 Parafrasear = reescrever o texto com outras pa- Os pronomes relativos são muito importantes na in-
lavras. terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de
coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que
Condições básicas para interpretar existe um pronome relativo adequado a cada circunstância,
a saber:
Fazem-se necessários: conhecimento histórico-literário que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente,
(escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura e mas depende das condições da frase.
prática; conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do qual (neutro) idem ao anterior.
texto) e semântico; capacidade de observação e de síntese; quem (pessoa)
capacidade de raciocínio. cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois
o objeto possuído.
Interpretar/Compreender como (modo)
onde (lugar)
Interpretar significa: quando (tempo)
Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir. quanto (montante)
Através do texto, infere-se que... Exemplo:
É possível deduzir que... Falou tudo QUANTO queria (correto)
O autor permite concluir que... Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria
Qual é a intenção do autor ao afirmar que... aparecer o demonstrativo O).

1
LÍNGUA PORTUGUESA

Dicas para melhorar a interpretação de textos

 Leia todo o texto, procurando ter uma visão geral EXERCÍCIO COMENTADO
do assunto. Se ele for longo, não desista! Há muitos can-
didatos na disputa, portanto, quanto mais informação você 1. (PCJ-MT - Delegado Substituto – Superior- Ces-
absorver com a leitura, mais chances terá de resolver as pe-2017)
questões.
 Se encontrar palavras desconhecidas, não inter- Texto CG1A1AAA
rompa a leitura.
 Leia o texto, pelo menos, duas vezes – ou quantas A valorização do direito à vida digna preserva as duas
forem necessárias. faces do homem: a do indivíduo e a do ser político; a do
 Procure fazer inferências, deduções (chegar a uma ser em si e a do ser com o outro. O homem é inteiro em
conclusão).
sua dimensão plural e faz-se único em sua condição social.
 Volte ao texto quantas vezes precisar.
Igual em sua humanidade, o homem desiguala-se, singu-
 Não permita que prevaleçam suas ideias sobre
lariza-se em sua individualidade. O direito é o instrumento
as do autor.
da fraternização racional e rigorosa.
 Fragmente o texto (parágrafos, partes) para me-
O direito à vida é a substância em torno da qual todos
lhor compreensão.
os direitos se conjugam, se desdobram, se somam para que
 Verifique, com atenção e cuidado, o enunciado
o sistema fique mais e mais próximo da ideia concretizável
de cada questão.
de justiça social.
 O autor defende ideias e você deve percebê-las.
 Observe as relações interparágrafos. Um parágra- Mais valeria que a vida atravessasse as páginas da Lei
fo geralmente mantém com outro uma relação de conti- Maior a se traduzir em palavras que fossem apenas a reve-
nuação, conclusão ou falsa oposição. Identifique muito lação da justiça. Quando os descaminhos não conduzirem
bem essas relações. a isso, competirá ao homem transformar a lei na vida mais
 Sublinhe, em cada parágrafo, o tópico frasal, ou digna para que a convivência política seja mais fecunda e
seja, a ideia mais importante. humana.
 Nos enunciados, grife palavras como “correto” Cármen Lúcia Antunes Rocha. Comentário ao artigo
ou “incorreto”, evitando, assim, uma confusão na hora 3.º. In: 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Hu-
da resposta – o que vale não somente para Interpretação de manos 1948-1998: conquistas e desafios. Brasília: OAB, Co-
Texto, mas para todas as demais questões! missão Nacional de Direitos Humanos, 1998, p. 50-1 (com
 Se o foco do enunciado for o tema ou a ideia prin- adaptações).
cipal, leia com atenção a introdução e/ou a conclusão.
 Olhe com especial atenção os pronomes relati- Compreende-se do texto CG1A1AAA que o ser huma-
vos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc., no tem direito
chamados vocábulos relatores, porque remetem a outros A. de agir de forma autônoma, em nome da lei da so-
vocábulos do texto. brevivência das espécies.
B. de ignorar o direito do outro se isso lhe for necessá-
SITES rio para defender seus interesses.
http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portu- C. de demandar ao sistema judicial a concretização de
gues/como-interpretar-textos seus direitos.
http://portuguesemfoco.com/pf/09-dicas-para-me- D. à institucionalização do seu direito em detrimento
lhorar-a-interpretacao-de-textos-em-provas dos direitos de outros.
http://www.portuguesnarede.com/2014/03/dicas-pa- E. a uma vida plena e adequada, direito esse que está
ra-voce-interpretar-melhor-um.html na essência de todos os direitos.
http://vestibular.uol.com.br/cursinho/questoes/ques-
tao-117-portugues.htm O ser humano tem direito a uma vida digna, adequada,
para que consiga gozar de seus direitos – saúde, educa-
ção, segurança – e exercer seus deveres plenamente, como
prescrevem todos os direitos: (...) O direito à vida é a subs-
tância em torno da qual todos os direitos se conjugam (...).
GABARITO OFICIAL: E

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LÍNGUA PORTUGUESA

2. (PCJ-MT - Delegado Substituto – Superior- Ces- 1. Tipologia e Gênero Textual


pe-2017)
A todo o momento nos deparamos com vários textos,
Texto CG1A1BBB sejam eles verbais ou não verbais. Em todos há a presença
do discurso, isto é, a ideia intrínseca, a essência daquilo
Segundo o parágrafo único do art. 1.º da Constituição que está sendo transmitido entre os interlocutores. Estes
da República Federativa do Brasil, “Todo o poder emana interlocutores são as peças principais em um diálogo ou
do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos em um texto escrito.
ou diretamente, nos termos desta Constituição.” Em virtude É de fundamental importância sabermos classificar os
desse comando, afirma-se que o poder dos juízes emana textos com os quais travamos convivência no nosso dia a
do povo e em seu nome é exercido. A forma de sua inves- dia. Para isso, precisamos saber que existem tipos textuais
tidura é legitimada pela compatibilidade com as regras do e gêneros textuais.
Estado de direito e eles são, assim, autênticos agentes do Comumente relatamos sobre um acontecimento, um
poder popular, que o Estado polariza e exerce. Na Itália, fato presenciado ou ocorrido conosco, expomos nossa opi-
isso é constantemente lembrado, porque toda sentença é nião sobre determinado assunto, descrevemos algum lugar
dedicada (intestata) ao povo italiano, em nome do qual é que visitamos, fazemos um retrato verbal sobre alguém
pronunciada. que acabamos de conhecer ou ver. É exatamente nessas
Cândido Rangel Dinamarco. A instrumentalidade do situações corriqueiras que classificamos os nossos textos
processo. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1987, p. 195 naquela tradicional tipologia: Narração, Descrição e Dis-
(com adaptações). sertação.

Conforme as ideias do texto CG1A1BBB, As tipologias textuais se caracterizam pelos aspec-


A. o Poder Judiciário brasileiro desempenha seu papel tos de ordem linguística
com fundamento no princípio da soberania popular.
B. os magistrados do Brasil deveriam ser escolhidos Os tipos textuais designam uma sequência definida
pelo voto popular, como ocorre com os representantes dos pela natureza linguística de sua composição. São observa-
demais poderes. dos aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações
C. os magistrados italianos, ao contrário dos brasilei- logicas. Os tipos textuais são o narrativo, descritivo, argu-
ros, exercem o poder que lhes é conferido em nome de mentativo/dissertativo, injuntivo e expositivo.
seus nacionais. A) Textos narrativos – constituem-se de verbos de
D. há incompatibilidade entre o autogoverno da ma- ação demarcados no tempo do universo narrado, como
gistratura e o sistema democrático. também de advérbios, como é o caso de antes, agora, de-
E. os magistrados brasileiros exercem o poder consti- pois, entre outros: Ela entrava em seu carro quando ele apa-
tucional que lhes é atribuído em nome do governo federal. receu. Depois de muita conversa, resolveram...
B) Textos descritivos – como o próprio nome indica,
A questão deve ser respondida segundo o texto: (...) descrevem características tanto físicas quanto psicológicas
“Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de acerca de um determinado indivíduo ou objeto. Os tempos
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta verbais aparecem demarcados no presente ou no pretérito
Constituição.” Em virtude desse comando, afirma-se que imperfeito: “Tinha os cabelos mais negros como a asa da
o poder dos juízes emana do povo e em seu nome é exer- graúna...”
cido (...). C) Textos expositivos – Têm por finalidade explicar
GABARITO OFICIAL: A um assunto ou uma determinada situação que se almeje
desenvolvê-la, enfatizando acerca das razões de ela acon-
3. (PCJ-MT - Delegado Substituto – Superior- Ces- tecer, como em: O cadastramento irá se prorrogar até o dia
pe-2017 - adaptada) No texto CG1A1BBB, o vocábulo 02 de dezembro, portanto, não se esqueça de fazê-lo, sob
‘emana’ foi empregado com o sentido de pena de perder o benefício.
A. trata. D) Textos injuntivos (instrucional) – Trata-se de uma
B. provém. modalidade na qual as ações são prescritas de forma se-
C. manifesta. quencial, utilizando-se de verbos expressos no imperativo,
D. pertence. infinitivo ou futuro do presente: Misture todos os ingredien-
E. cabe. te e bata no liquidificador até criar uma massa homogênea.
E) Textos argumentativos (dissertativo) – Demar-
Dentro do contexto, “emana” tem o sentido de “pro- cam-se pelo predomínio de operadores argumentativos,
vém”. revelados por uma carga ideológica constituída de argu-
GABARITO OFICIAL: B mentos e contra-argumentos que justificam a posição as-
sumida acerca de um determinado assunto: A mulher do
mundo contemporâneo luta cada vez mais para conquistar
seu espaço no mercado de trabalho, o que significa que os
gêneros estão em complementação, não em disputa.

3
LÍNGUA PORTUGUESA

Gêneros Textuais são / aspergir - aspersão / submergir - submersão / divertir


- diversão / impelir - impulsivo / compelir - compulsório /
São os textos materializados que encontramos em nos- repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso /
so cotidiano; tais textos apresentam características sócio-co- sentir - sensível / consentir – consensual.
municativas definidas por seu estilo, função, composição,
conteúdo e canal. Como exemplos, temos: receita culinária, São escritos com SS e não C e Ç
e-mail, reportagem, monografia, poema, editorial, piada, de-  Nomes derivados dos verbos cujos radicais termi-
bate, agenda, inquérito policial, fórum, blog, etc. nem em gred, ced, prim ou com verbos terminados por tir
A escolha de um determinado gênero discursivo depen- ou -meter: agredir - agressivo / imprimir - impressão / admitir
de, em grande parte, da situação de produção, ou seja, a - admissão / ceder - cessão / exceder - excesso / percutir - per-
finalidade do texto a ser produzido, quem são os locutores e cussão / regredir - regressão / oprimir - opressão / comprome-
os interlocutores, o meio disponível para veicular o texto, etc. ter - compromisso / submeter – submissão.
Os gêneros discursivos geralmente estão ligados a esfe-
ras de circulação. Assim, na esfera jornalística, por exemplo,  Quando o prefixo termina com vogal que se junta
são comuns gêneros como notícias, reportagens, editoriais, com a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a + simétrico - assi-
entrevistas e outros; na esfera de divulgação científica são métrico / re + surgir – ressurgir.
comuns gêneros como verbete de dicionário ou de enciclo-
pédia, artigo ou ensaio científico, seminário, conferência.  No pretérito imperfeito simples do subjuntivo.
Exemplos: ficasse, falasse.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, São escritos com C ou Ç e não S e SS
Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São Paulo:  Vocábulos de origem árabe: cetim, açucena, açúcar.
Saraiva, 2010.  Vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó,
Português – Literatura, Produção de Textos & Gramática Juçara, caçula, cachaça, cacique.
– volume único / Samira Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa  Sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu,
Souza. – 3.ª ed. – São Paulo: Saraiva, 2002. uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço, es-
perança, carapuça, dentuço.
SITE  Nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção /
http://www.brasilescola.com/redacao/tipologia-tex- deter - detenção / ater - atenção / reter – retenção.
tual.htm  Após ditongos: foice, coice, traição.
 Palavras derivadas de outras terminadas em -te, to(r):
marte - marciano / infrator - infração / absorto – absorção.

DOMÍNIO DA ORTOGRAFIA OFICIAL.  B) O fonema z


EMPREGO DAS LETRAS. 
EMPREGO DA ACENTUAÇÃO GRÁFICA.  São escritos com S e não Z
 Sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é subs-
tantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos: freguês, fre-
guesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa.
1. Ortografia  Sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, me-
tamorfose.
A ortografia é a parte da Fonologia que trata da correta  Formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis,
grafia das palavras. É ela quem ordena qual som devem ter quiseste.
as letras do alfabeto. Os vocábulos de uma língua são grafa-  Nomes derivados de verbos com radicais termina-
dos segundo acordos ortográficos. dos em “d”: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender
A maneira mais simples, prática e objetiva de aprender - empresa / difundir – difusão.
ortografia é realizar muitos exercícios, ver as palavras, fami-  Diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís -
liarizando-se com elas. O conhecimento das regras é neces- Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis – lapisinho.
sário, mas não basta, pois há inúmeras exceções e, em al-  Após ditongos: coisa, pausa, pouso, causa.
guns casos, há necessidade de conhecimento de etimologia  Verbos derivados de nomes cujo radical termina
(origem da palavra). com “s”: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar – pesquisar.

1.1 Regras ortográficas São escritos com Z e não S


 Sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de adje-
A) O fonema S tivo: macio - maciez / rico – riqueza / belo – beleza.
Sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de origem
São escritas com S e não C/Ç não termine com s): final - finalizar / concreto – concretizar.
 Palavras substantivadas derivadas de verbos com  Consoante de ligação se o radical não terminar
radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent: pretender - pretensão com “s”: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal
/ expandir - expansão / ascender - ascensão / inverter - inver- Exceção: lápis + inho – lapisinho.

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LÍNGUA PORTUGUESA

C) O fonema j
#FicaDica
São escritas com G e não J
 Palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa, Se o dicionário ainda deixar dúvida quanto à
gesso. ortografia de uma palavra, há a possibilidade de
 Estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, gim. consultar o Vocabulário Ortográfico da Língua
 Terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com Portuguesa (VOLP), elaborado pela Academia
poucas exceções): imagem, vertigem, penugem, bege, foge. Brasileira de Letras. É uma obra de referência
até mesmo para a criação de dicionários, pois
Exceção: pajem. traz a grafia atualizada das palavras (sem o
 Terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio, significado). Na Internet, o endereço é www.
litígio, relógio, refúgio. academia.org.br.
 Verbos terminados em ger/gir: emergir, eleger,
fugir, mugir.
 Depois da letra “r” com poucas exceções: emergir,
surgir. Informações importantes
 Depois da letra “a”, desde que não seja radical
terminado com j: ágil, agente. Formas variantes são as que admitem grafias ou pro-
núncias diferentes para palavras com a mesma significação:
São escritas com J e não G aluguel/aluguer, assobiar/assoviar, catorze/quatorze, de-
 Palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje. pendurar/pendurar, flecha/frecha, germe/gérmen, infarto/
 Palavras de origem árabe, africana ou exótica: ji- enfarte, louro/loiro, percentagem/porcentagem, relampe-
boia, manjerona. jar/relampear/relampar/relampadar.
 Palavras terminadas com aje: ultraje. Os símbolos das unidades de medida são escritos sem
ponto, com letra minúscula e sem “s” para indicar plural,
D) O fonema ch sem espaço entre o algarismo e o símbolo: 2kg, 20km,
120km/h.
São escritas com X e não CH Exceção para litro (L): 2 L, 150 L.
 Palavras de origem tupi, africana ou exótica: aba-
caxi, xucro. Na indicação de horas, minutos e segundos, não deve
 Palavras de origem inglesa e espanhola: xampu, haver espaço entre o algarismo e o símbolo: 14h, 22h30min,
lagartixa. 14h23’34’’(= quatorze horas, vinte e três minutos e trinta e
 Depois de ditongo: frouxo, feixe. quatro segundos).
 Depois de “en”: enxurrada, enxada, enxoval. O símbolo do real antecede o número sem espaço:
Exceção: quando a palavra de origem não derive de R$1.000,00. No cifrão deve ser utilizada apenas uma barra
outra iniciada com ch - Cheio - (enchente) vertical ($).

São escritas com CH e não X Alguns Usos Ortográficos Especiais


 Palavras de origem estrangeira: chave, chumbo,
chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha. Por que / por quê / porquê / porque

E) As letras “e” e “i” POR QUE (separado e sem acento)

 Ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem. É usado em:
Com “i”, só o ditongo interno cãibra. 1. interrogações diretas (longe do ponto de interroga-
 Verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar ção) = Por que você não veio ontem?
são escritos com “e”: caçoe, perdoe, tumultue. Escrevemos 2. interrogações indiretas, nas quais o “que” equivale
com “i”, os verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, a “qual razão” ou “qual motivo” = Perguntei-lhe por que
dói, possui, contribui. faltara à aula ontem.
 3. equivalências a “pelo(a) qual” / “pelos(as) quais” =
Ignoro o motivo por que ele se demitiu.
FIQUE ATENTO!
Há palavras que mudam de sentido quando POR QUÊ (separado e com acento)
substituímos a grafia “e” pela grafia “i”: área
(superfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), Usos:
dilatar (expandir) / emergir (vir à tona), imergir 1. como pronome interrogativo, quando colocado no
(mergulhar) / peão (de estância, que anda a fim da frase (perto do ponto de interrogação) = Você faltou.
pé), pião (brinquedo). Por quê?
2. quando isolado, em uma frase interrogativa = Por
quê?

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LÍNGUA PORTUGUESA

PORQUE (uma só palavra, sem acento gráfico) 1.2 Hífen

Usos: O hífen é um sinal diacrítico (que distingue) usado


1. como conjunção coordenativa explicativa (equivale para ligar os elementos de palavras compostas (como ex-
a “pois”, “porquanto”), precedida de pausa na escrita (pode -presidente, por exemplo) e para unir pronomes átonos a
ser vírgula, ponto-e-vírgula e até ponto final) = Compre verbos (ofereceram-me; vê-lo-ei). Serve igualmente para
agora, porque há poucas peças. fazer a translineação de palavras, isto é, no fim de uma li-
2. como conjunção subordinativa causal, substituível nha, separar uma palavra em duas partes (ca-/sa; compa-/
por “pela causa”, “razão de que” = Você perdeu porque se nheiro).
antecipou.
A) Uso do hífen que continua depois da Reforma
PORQUÊ (uma só palavra, com acento gráfico) Ortográfica:
1. Em palavras compostas por justaposição que for-
Usos: mam uma unidade semântica, ou seja, nos termos que se
1. como substantivo, com o sentido de “causa”, “razão” unem para formam um novo significado: tio-avô, porto-
ou “motivo”, admitindo pluralização (porquês). Geralmente -alegrense, luso-brasileiro, tenente-coronel, segunda-feira,
é precedido por artigo = Não sei o porquê da discussão. É conta-gotas, guarda-chuva, arco-íris, primeiro-ministro,
uma pessoa cheia de porquês. azul-escuro.
2. Em palavras compostas por espécies botânicas e
ONDE / AONDE zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, abóbora-
-menina, erva-doce, feijão-verde.
Onde = empregado com verbos que não expressam a 3. Nos compostos com elementos além, aquém, re-
ideia de movimento = Onde você está? cém e sem: além-mar, recém-nascido, sem-número, re-
cém-casado.
Aonde = equivale a “para onde”. É usado com verbos 4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algu-
que expressam movimento = Aonde você vai? mas exceções continuam por já estarem consagradas pelo
uso: cor-de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-de-
MAU / MAL -meia, água-de-colônia, queima-roupa, deus-dará.
5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte
Mau = é um adjetivo, antônimo de “bom”. Usa-se Rio-Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas combi-
como qualificação = O mau tempo passou. / Ele é um mau nações históricas ou ocasionais: Áustria-Hungria, Angola-
elemento. -Brasil, etc.
6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e su-
Mal = pode ser usado como per- quando associados com outro termo que é iniciado
1. conjunção temporal, equivalente a “assim que”, “logo por “r”: hiper-resistente, inter-racial, super-racional, etc.
que”, “quando” = Mal se levantou, já saiu. 7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-dire-
2. advérbio de modo (antônimo de “bem”) = Você foi tor, ex-presidente, vice-governador, vice-prefeito.
mal na prova? 8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-:
3. substantivo, podendo estar precedido de artigo ou pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação, etc.
pronome = Há males que vêm pra bem! / O mal não com- 9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se,
pensa. abraça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc.
10. Nas formações em que o prefixo tem como se-
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS gundo termo uma palavra iniciada por “h”: sub-hepático,
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa geo- história, neo-helênico, extra-humano, semi-hospitalar,
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. super-homem.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce- 11. Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São termina com a mesma vogal do segundo elemento: mi-
Paulo: Saraiva, 2010. cro-ondas, eletro-ótica, semi-interno, auto-observação, etc.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. O hífen é suprimido quando para formar outros ter-
CAMPEDELLI, Samira Yousseff. Português – Literatura, mos: reaver, inábil, desumano, lobisomem, reabilitar.
Produção de Textos & Gramática. Volume único / Samira
Yousseff, Jésus Barbosa Souza. – 3.ª edição – São Paulo:
Saraiva, 2002.

SITE
http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/or-
tografia

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LÍNGUA PORTUGUESA

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
#FicaDica SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Lembrete da Zê!
Ao separar palavras na translineação (mudança
SITE
de linha), caso a última palavra a ser escrita
http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/or-
seja formada por hífen, repita-o na próxima
linha. Exemplo: escreverei anti-inflamatório e, tografia
ao final, coube apenas “anti-”. Na próxima linha
escreverei: “-inflamatório” (hífen em ambas as
linhas). Devido à diagramação, pode ser que a
repetição do hífen na translineação não ocorra EXERCÍCIO COMENTADO
em meus conteúdos, mas saiba que a regra é
esta!
1. (TRE/MS - Estágio – Jornalismo - TRE/MS – 2014)
De acordo com a nova ortografia, assinale o item em que
todas as palavras estão corretas:
B) Não se emprega o hífen: A. autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial.
1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo B. supracitado – semi-novo – telesserviço.
termina em vogal e o segundo termo inicia-se em “r” ou C. ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som.
“s”. Nesse caso, passa-se a duplicar estas consoantes: antir- D. contrarregra – autopista – semi-aberto.
religioso, contrarregra, infrassom, microssistema, minissaia, E. contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor.
microrradiografia, etc.
2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudopre- Correção:
fixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se com Em “a”: autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial =
vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coeducação, autoes- correta
trada, autoaprendizagem, hidroelétrico, plurianual, autoes- Em “b”: supracitado – semi-novo – telesserviço = se-
cola, infraestrutura, etc. minovo
3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos Em “c”: ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som =
“dês” e “in” e o segundo elemento perdeu o “h” inicial: de- hidroelétrica, ultrassom
sumano, inábil, desabilitar, etc. Em “d”: contrarregra – autopista – semi-aberto = se-
4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando o miaberto
segundo elemento começar com “o”: cooperação, coobriga- Em “e”: contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor =
ção, coordenar, coocupante, coautor, coedição, coexistir, etc. infraestrutura
5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram no- GABARITO OFICIAL: A
ção de composição: pontapé, girassol, paraquedas, para-
quedista, etc. 2. (TRE/MS - Estágio – Jornalismo - TRE/MS – 2014)
6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: ben- O uso correto do porquê está na opção:
feito, benquerer, benquerido, etc. A. Por quê o homem destrói a natureza?
B. Ela chorou por que a humilharam.
C. Você continua implicando comigo porque sou po-
FIQUE ATENTO! bre?
D. Ninguém sabe o por quê daquele gesto.
Os prefixos pós, pré e pró, em suas formas
E. Ela me fez isso, porquê?
correspondentes átonas, aglutinam-se com o
elemento seguinte, não havendo hífen: pospor,
predeterminar, predeterminado, pressuposto, Em “a”: Por quê o homem destrói a natureza? = Por que
propor. (é uma pergunta, portanto: separado; está longe do ponto
Escreveremos com hífen: anti-horário, anti- de interrogação: sem acento)
infeccioso, auto-observação, contra-ataque, Em “b”: Ela chorou por que a humilharam = porque
semi-interno, sobre-humano, super-realista, (conjunção causal)
alto-mar. Em “c”: Você continua implicando comigo porque sou
Escreveremos sem hífen: pôr do sol, pobre? = correta
antirreforma, antisséptico, antissocial, Em “d”: Ninguém sabe o por quê daquele gesto = por-
contrarreforma, minirrestaurante, ultrassom, quê (precedido de artigo)
antiaderente, anteprojeto, anticaspa, antivírus, Em “e”: Ela me fez isso, porquê? = por quê (perto do
autoajuda, autoelogio, autoestima, radiotáxi. ponto de interrogação)
GABARITO OFICIAL: C

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LÍNGUA PORTUGUESA

3. (LIQUIGÁS – Profissional Júnior – Ciências Con- A. erva-doce, mal-entendido, sobrenatural


tábeis – CESGRANRIO/2014) O grupo em que todas as B. girassol, bem-humorado, batepapo
palavras estão grafadas de acordo com a norma-padrão da C. hiper-glicemia, vice-presidente, pontapé
Língua Portuguesa é D. pan-americano, inter-estadual, vagalume
A. gorjeta, ogeriza, lojista, ferrujem E. subchefe, pós-graduação, inter-municipal
B. pedágio, ultrage, pagem, angina
C. refújio, agiota, rigidez, rabujento Em “a”: erva-doce, mal-entendido, sobrenatural = cor-
D. vigência, jenipapo, fuligem, cafajeste retas
E. sargeta, jengiva, jiló, lambujem Em “b”: girassol, bem-humorado, batepapo (bate-papo)
Em “c”: hiper-glicemia – (hiperglicemia), vice-presiden-
Correções à frente: te, pontapé
Em “a”: gorjeta, ogeriza / ojeriza, lojista, ferrujem / fer- Em “d”: pan-americano, inter-estadual (interestadual) ,
rugem vagalume
Em “b”: pedágio, ultrage / ultraje, pagem / pajem, an- Em “e”: subchefe, pós-graduação, inter-municipal (in-
gina termunicipal)
Em “c”: refújio / refúgio, agiota, rigidez, rabugento / ra- GABARITO OFICIAL: A
bujento
Em “d”: vigência, jenipapo, fuligem, cafajeste = corretas 1. Letra e Fonema
Em “e”: sargeta / sarjeta, jengiva / gengiva, jiló, lambu-
jem A palavra fonologia é formada pelos elementos gregos
GABARITO OFICIAL: D fono (“som, voz”) e log, logia (“estudo”, “conhecimento”).
Significa literalmente “estudo dos sons” ou “estudo dos
4. (Receita Federal - Auditor Fiscal – ESAF/2014) As- sons da voz”. Fonologia é a parte da gramática que es-
sinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de tuda os sons da língua quanto à sua função no sistema
grafia de palavra inserido na transcrição do texto. de comunicação linguística, quanto à sua organização e
classificação. Cuida, também, de aspectos relacionados à
No desenho constitucional, os tributos são fonte im- divisão silábica, à ortografia, à acentuação, bem como da
portantíssima dos recursos financeiros de cada ente polí- forma correta de pronunciar certas palavras. Lembrando
tico, recursos esses indispensáveis para que façam frente que, cada indivíduo tem uma maneira própria de realizar
ao (1) seu dever social. Consequentemente, o princípio fe-
estes sons no ato da fala. Particularidades na pronúncia de
derativo é indissociável das competências tributárias cons-
cada falante são estudadas pela Fonética.
titucionalmente estabelecidas. Isso porque tal princípio
Na língua falada, as palavras se constituem de fone-
prevê (2) a autonomia dos diversos entes integrantes da
mas; na língua escrita, as palavras são reproduzidas por
federação (União, Estados, DF e Municípios). A exigência
meio de símbolos gráficos, chamados de letras ou grafe-
da autonomia econômico financeira determina que seja
mas. Dá-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro
outorgado (3) a cada ente político vários tributos de sua
capaz de estabelecer uma distinção de significado entre as
específica competência, para, por si próprios, instituírem (4)
o tributo e, assim, terem (5) sua própria receita tributária. palavras. Observe, nos exemplos a seguir, os fonemas que
(Adaptado de: <http://www.ambito-juridico.com.br/ marcam a distinção entre os pares de palavras:
site>. Acesso em: 17mar. 2014.) amor – ator / morro – corro / vento - cento
A. (1)
B. (2) Cada segmento sonoro se refere a um dado da língua
C. (3) portuguesa que está em sua memória: a imagem acústica
D. (4) que você - como falante de português - guarda de cada um
E. (5) deles. É essa imagem acústica que constitui o fonema. Este
forma os significantes dos signos linguísticos. Geralmente,
No item 3, a forma correta do trecho é: “A exigência aparece representado entre barras: /m/, /b/, /a/, /v/, etc.
da autonomia econômico financeira determina que sejam O fonema não deve ser confundido com a letra. Esta é
outorgados a cada ente político vários tributos de sua espe- a representação gráfica do fonema. Na palavra sapo, por
cífica competência”. exemplo, a letra “s” representa o fonema /s/ (lê-se sê); já na
GABARITO OFICIAL: C palavra brasa, a letra “s” representa o fonema /z/ (lê-se zê).
Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais
5. (PETROBRAS – Conhecimentos Básicos para to- de uma letra do alfabeto. É o caso do fonema /z/, que pode ser
dos os Cargos – Nível Superior – CESGRANRIO/2014 representado pelas letras z, s, x: zebra, casamento, exílio.
- adaptada) No trecho “Um mundo habitado por seres Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais
com habilidades sobre-humanas parece ficção científica”, a de um fonema. A letra “x”, por exemplo, pode representar:
palavra destacada apresenta hífen porque a natureza das A) o fonema /sê/: texto
partes que a compõem assim o exige. O grupo em que to- B) o fonema /zê/: exibir
das as palavras estão grafadas de acordo com a ortografia C) o fonema /che/: enxame
oficial é D) o grupo de sons /ks/: táxi

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LÍNGUA PORTUGUESA

O número de letras nem sempre coincide com o número de fonemas.


Tóxico = fonemas: /t/ó/k/s/i/c/o/ letras: t ó x i c o
1 2 3 4 5 6 7 12 3 45 6

Galho = fonemas: /g/a/lh/o/ letras: ga lho


1 2 3 4 12345

As letras “m” e “n”, em determinadas palavras, não representam fonemas. Observe os exemplos: compra, conta. Nestas
palavras, “m” e “n” indicam a nasalização das vogais que as antecedem: /õ/. Veja ainda: nave: o /n/ é um fonema; dança: o
“n” não é um fonema; o fonema é /ã/, representado na escrita pelas letras “a” e “n”.

A letra h, ao iniciar uma palavra, não representa fonema.


Hoje = fonemas: ho / j / e / letras: h o j e
1 2 3 1234

1.2 Classificação dos Fonemas

Os fonemas da língua portuguesa são classificados em:

1.2.1 Vogais

As vogais são os fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que passa livremente pela boca. Em nossa língua,
desempenham o papel de núcleo das sílabas. Isso significa que em toda sílaba há, necessariamente, uma única vogal.
Na produção de vogais, a boca fica aberta ou entreaberta. As vogais podem ser:
Orais: quando o ar sai apenas pela boca: /a/, /e/, /i/, /o/, /u/.
Nasais: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais.
/ã/: fã, canto, tampa
/ ẽ /: dente, tempero
/ ĩ/: lindo, mim
/õ/: bonde, tombo
/ ũ /: nunca, algum
Átonas: pronunciadas com menor intensidade: até, bola.
Tônicas: pronunciadas com maior intensidade: até, bola.

Quanto ao timbre, as vogais podem ser:


Abertas: pé, lata, pó
Fechadas: mês, luta, amor
Reduzidas - Aparecem quase sempre no final das palavras: dedo (“dedu”), ave (“avi”), gente (“genti”).

1.2.2 Semivogais

Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais. Aparecem apoiados em uma vogal, formando com ela uma só
emissão de voz (uma sílaba). Neste caso, estes fonemas são chamados de semivogais. A diferença fundamental entre vogais
e semivogais está no fato de que estas não desempenham o papel de núcleo silábico.
Observe a palavra papai. Ela é formada de duas sílabas: pa - pai. Na última sílaba, o fonema vocálico que se destaca
é o “a”. Ele é a vogal. O outro fonema vocálico “i” não é tão forte quanto ele. É a semivogal. Outros exemplos: saudade,
história, série.

1.2.3 Consoantes

Para a produção das consoantes, a corrente de ar expirada pelos pulmões encontra obstáculos ao passar pela cavidade
bucal, fazendo com que as consoantes sejam verdadeiros “ruídos”, incapazes de atuar como núcleos silábicos. Seu nome
provém justamente desse fato, pois, em português, sempre consoam (“soam com”) as vogais. Exemplos: /b/, /t/, /d/, /v/, /l/,
/m/, etc.

1.3 Encontros Vocálicos

Os encontros vocálicos são agrupamentos de vogais e semivogais, sem consoantes intermediárias. É importante reco-
nhecê-los para dividir corretamente os vocábulos em sílabas. Existem três tipos de encontros: o ditongo, o tritongo e o hiato.

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A) Ditongo

É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba. Pode ser:
Crescente: quando a semivogal vem antes da vogal: sé-rie (i = semivogal, e = vogal)
Decrescente: quando a vogal vem antes da semivogal: pai (a = vogal, i = semivogal)
Oral: quando o ar sai apenas pela boca: pai
Nasal: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais: mãe

B) Tritongo

É a sequência formada por uma semivogal, uma vogal e uma semivogal, sempre nesta ordem, numa só sílaba. Pode ser
oral ou nasal: Paraguai - Tritongo oral, quão - Tritongo nasal.

C) Hiato

É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca há mais de
uma vogal numa mesma sílaba: saída (sa-í-da), poesia (po-e-si-a).

1.4 Encontros Consonantais

O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vogal intermediária, recebe o nome de encontro consonantal. Existem
basicamente dois tipos:
A) os que resultam do contato consoante + “l” ou “r” e ocorrem numa mesma sílaba, como em: pe-dra, pla-no, a-tle-ta,
cri-se.
B) os que resultam do contato de duas consoantes pertencentes a sílabas diferentes: por-ta, rit-mo, lis-ta.
Há ainda grupos consonantais que surgem no início dos vocábulos; são, por isso, inseparáveis: pneu, gno-mo, psi-có-
-lo-go.

1.5 Dígrafos

De maneira geral, cada fonema é representado, na escrita, por apenas uma letra: lixo - Possui quatro fonemas e quatro
letras.
Há, no entanto, fonemas que são representados, na escrita, por duas letras: bicho - Possui quatro fonemas e cinco letras.
Na palavra acima, para representar o fonema /xe/ foram utilizadas duas letras: o “c” e o “h”.
Assim, o dígrafo ocorre quando duas letras são usadas para representar um único fonema (di = dois + grafo = letra). Em
nossa língua, há um número razoável de dígrafos que convém conhecer. Podemos agrupá-los em dois tipos: consonantais
e vocálicos.

A) Dígrafos Consonantais

Letras Fonemas Exemplos


lh /lhe/ telhado
nh /nhe/ marinheiro
ch /xe/ chave
rr /re/ (no interior da palavra) carro
ss /se/ (no interior da palavra) passo
qu /k/ (qu seguido de e e i) queijo, quiabo
gu /g/ ( gu seguido de e e i) guerra, guia
sc /se/ crescer
sç /se/ desço
xc /se/ exceção

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LÍNGUA PORTUGUESA

B) Dígrafos Vocálicos Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-


reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
Registram-se na representação das vogais nasais: Paulo: Saraiva, 2010.

Fonemas Letras Exemplos SITE


http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono1.php
/ã/ am tampa
an canto 1. Acentuação
/ẽ/ em templo
Quanto à acentuação, observamos que algumas pala-
en lenda vras têm acento gráfico e outras não; na pronúncia, ora se
/ĩ/ im limpo dá maior intensidade sonora a uma sílaba, ora a outra. Por
isso, vamos às regras!
in lindo
õ/ om tombo Regras básicas
on tonto
A acentuação tônica está relacionada à intensidade
/ũ/ um chumbo
com que são pronunciadas as sílabas das palavras. Aquela
un corcunda que se dá de forma mais acentuada, conceitua-se como sí-
laba tônica. As demais, como são pronunciadas com menos
intensidade, são denominadas de átonas.
OBSERVAÇÃO: De acordo com a tonicidade, as palavras são classifica-
“gu” e “qu” são dígrafos somente quando seguidos das como:
de “e” ou “i”, representam os fonemas /g/ e /k/: guitarra, Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a
aquilo. Nestes casos, a letra “u” não corresponde a ne- última sílaba: café – coração – Belém – atum – caju – papel
nhum fonema. Em algumas palavras, no entanto, o “u” Paroxítonas – a sílaba tônica recai na penúltima sílaba:
representa um fonema - semivogal ou vogal - (aguentar, útil – tórax – táxi – leque – sapato – passível
linguiça, aquífero...). Aqui, “gu” e “qu” não são dígrafos. Proparoxítonas - a sílaba tônica está na antepenúltima
Também não há dígrafos quando são seguidos de “a” ou sílaba: lâmpada – câmara – tímpano – médico – ônibus
“o” (quase, averiguo).
Há vocábulos que possuem uma sílaba somente: são
os chamados monossílabos. Estes são acentuados quando
#FicaDica tônicos e terminados em “a”, “e” ou “o”: vá – fé – pó - ré.
Conseguimos ouvir o som da letra “u” também, 1.2 Os acentos
por isso não há dígrafo! Veja outros exemplos:
Água = /agua/ pronunciamos a letra “u”, ou
A) acento agudo (´) – Colocado sobre as letras “a” e
então teríamos /aga/. Temos, em “água”, 4 letras
“i”, “u” e “e” do grupo “em” - indica que estas letras repre-
e 4 fonemas. Já em guitarra = /gitara/ - não
sentam as vogais tônicas de palavras como pá, caí, público.
pronunciamos o “u”, então temos dígrafo (aliás,
Sobre as letras “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre
dois dígrafos: “gu” e “rr”). Portanto: 8 letras e 6
aberto: herói – céu (ditongos abertos).
fonemas.
B) acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras
“a”, “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre fechado:
tâmara – Atlântico – pêsames – supôs .
1.6 Dífonos C) acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a”
com artigos e pronomes: à – às – àquelas – àqueles
Assim como existem duas letras que representam um D) trema ( ¨ ) – De acordo com a nova regra, foi to-
só fonema (os dígrafos!), exite letra que representa dois talmente abolido das palavras. Há uma exceção: é utiliza-
fonemas. Sim! É o caso de “fixo”, por exemplo, em que o do em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros:
“x” representa o fonema /ks/; táxi e crucifixo também são mülleriano (de Müller)
exemplos de dífonos. Quando uma letra representa dois E) til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam
fonemas temos um caso de dífono. vogais nasais: oração – melão – órgão – ímã

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1.2.1 Regras fundamentais


SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. A) Palavras oxítonas:acentuam-se todas as oxítonas
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- terminadas em: “a”, “e”, “o”, “em”, seguidas ou não do plu-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. ral(s): Pará – café(s) – cipó(s) – Belém.

11
LÍNGUA PORTUGUESA

Esta regra também é aplicada aos seguintes casos: 1.2.3 Acento Diferencial
Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, se-
guidos ou não de “s”: pá – pé – dó – há Representam os acentos gráficos que, pelas regras de
Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, se- acentuação, não se justificariam, mas são utilizados para
guidas de lo, la, los, las: respeitá-lo, recebê-lo, compô-lo diferenciar classes gramaticais entre determinadas palavras
e/ou tempos verbais. Por exemplo:
B) Paroxítonas: acentuam-se as palavras paroxítonas Pôr (verbo) X por (preposição) / pôde (pretérito perfeito
terminadas em: do Indicativo do verbo “poder”) X pode (presente do Indica-
i, is: táxi – lápis – júri tivo do mesmo verbo).
us, um, uns: vírus – álbuns – fórum Se analisarmos o “pôr” - pela regra das monossílabas:
l, n, r, x, ps: automóvel – elétron - cadáver – tórax – terminada em “o” seguida de “r” não deve ser acentuada,
fórceps mas nesse caso, devido ao acento diferencial, acentua-se,
ã, ãs, ão, ãos: ímã – ímãs – órfão – órgãos para que saibamos se se trata de um verbo ou preposição.
ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não Os demais casos de acento diferencial não são mais
de “s”: água – pônei – mágoa – memória utilizados: para (verbo), para (preposição), pelo (substanti-
vo), pelo (preposição). Seus significados e classes gramati-
cais são definidos pelo contexto.
#FicaDica Polícia para o trânsito para que se realize a operação
planejada. = o primeiro “para” é verbo; o segundo, conjun-
Memorize a palavra LINURXÃO. Repare que ção (com relação de finalidade).
esta palavra apresenta as terminações das
paroxítonas que são acentuadas: L, I N, U (aqui
inclua UM = fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim ficará
mais fácil a memorização! #FicaDica
Quando, na frase, der para substituir o “por”
por “colocar”, estaremos trabalhando com um
verbo, portanto: “pôr”; nos demais casos, “por”
C) Proparoxítona: a palavra é proparoxítona quando
é preposição: Faço isso por você. / Posso pôr
a sua antepenúltima sílaba é tônica (mais forte). Quanto à
(colocar) meus livros aqui?
regra de acentuação: todas as proparoxítonas são acentua-
das, independentemente de sua terminação: árvore, para-
lelepípedo, cárcere.
1.2.4 Regra do Hiato
1.2.2 Regras especiais
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, segunda
Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos vogal do hiato, acompanhado ou não de “s”, haverá acento:
abertos), que antes eram acentuados, perderam o acento saída – faísca – baú – país – Luís
de acordo com a nova regra, mas desde que estejam em Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quan-
palavras paroxítonas. do seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z:
Ra-ul, Lu-iz, sa-ir, ju-iz
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se estive-
rem seguidas do dígrafo nh: ra-i-nha, ven-to-i-nha.
FIQUE ATENTO! Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem
Alerta da Zê! Cuidado: Se os ditongos abertos precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba
estiverem em uma palavra oxítona (herói) ou Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando
monossílaba (céu) ainda são acentuados: dói, hiato quando vierem depois de ditongo (nas paroxítonas):
escarcéu.
Antes Agora
bocaiúva bocaiuva
Antes Agora feiúra feiura
assembléia assembleia Sauípe Sauipe
idéia ideia
geléia geleia
jibóia jiboia
apóia (verbo apoiar) apoia
paranóico paranoico

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LÍNGUA PORTUGUESA

O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi


abolido:
EXERCÍCIO COMENTADO
Antes Agora
crêem creem
1. (ANATEL – Técnico Administrativo – CESPE/2012)
lêem leem Nas palavras “análise” e “mínimos”, o emprego do acento
vôo voo gráfico tem justificativas gramaticais diferentes.
enjôo enjoo ( ) Certo ( ) Errado

Análise = proparoxítona / mínimos = proparoxítona.


Ambas são acentuadas pela mesma regra (antepenúltima
#FicaDica sílaba é tônica, “mais forte”).
GABARITO OFICIAL: ERRADO
Memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos
que, no plural, dobram o “e”, mas que não 2. (ANCINE – Técnico Administrativo – CESPE/2012)
recebem mais acento como antes: CRER, DAR,
Os vocábulos “indivíduo”, “diária” e “paciência” recebem
LER e VER.
acento gráfico com base na mesma regra de acentuação
Repare:
gráfica.
O menino crê em você. / Os meninos creem em
( ) Certo ( ) Errado
você.
Elza lê bem! / Todas leem bem!
Espero que ele dê o recado à sala. / Esperamos Indivíduo = paroxítona terminada em ditongo; diária =
que os garotos deem o recado! paroxítona terminada em ditongo; paciência = paroxítona
Rubens vê tudo! / Eles veem tudo! terminada em ditongo. Os três vocábulos são acentuados
Cuidado! Há o verbo vir: Ele vem à tarde! / Eles devido à mesma regra.
vêm à tarde! GABARITO OFICIAL: CERTO

3. (IBAMA – Técnico Administrativo – CESPE/2012)


As formas verbais que possuíam o acento tônico na
As palavras “pó”, “só” e “céu” são acentuadas de acordo
raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de
com a mesma regra de acentuação gráfica.
“e” ou “i” não serão mais acentuadas:
( ) Certo ( ) Errado

Antes Depois Pó = monossílaba terminada em “o”; só = monossílaba


apazigúe (apaziguar) apazigue terminada em “o”; céu = monossílaba terminada em diton-
averigúe (averiguar) averigue go aberto “éu”.
GABARITO OFICIAL: ERRADO
argúi (arguir) argui
4. (SEFAZ/RS – Auditor Fiscal da Receita Federal –
Acentuam-se os verbos pertencentes a terceira pessoa FUNDATEC/2014 - adaptada)
do plural de: ele tem – eles têm / ele vem – eles vêm (verbo Analise as afirmações que são feitas sobre acentuação
vir). A regra prevalece também para os verbos conter, obter, gráfica.
reter, deter, abster: ele contém – eles contêm, ele obtém – eles
I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘específicos’
obtêm, ele retém – eles retêm, ele convém – eles convêm.
seja retirado, essas continuam sendo palavras da língua
portuguesa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vá-
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. rios’ e ‘país’ não é a mesma.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce- III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente.
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São IV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em si-
Paulo: Saraiva, 2010. tuação de uso, quanto à flexão de número.
Quais estão corretas?
SITE A. Apenas I e III.
http://www.brasilescola.com/gramatica/acentuacao. B. Apenas II e IV.
htm C. Apenas I, II e IV.
D. Apenas II, III e IV.
E. I, II, III e IV.

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LÍNGUA PORTUGUESA

I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘específicos’ Nas palavras do mestre Evanildo Bechara, “o enunciado
seja retirado, essas continuam sendo palavras da língua não se constrói com um amontoado de palavras e orações.
portuguesa = teremos “transito” e “especifico” – serão ver- Elas se organizam segundo princípios gerais de dependência
bos (correta) e independência sintática e semântica, recobertos por unida-
II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vá- des melódicas e rítmicas que sedimentam estes princípios”.
rios’ e ‘país’ não é a mesma = vários é paroxítona terminada Não se deve escrever frases ou textos desconexos – é
em ditongo; país é a regra do hiato (correta) imprescindível que haja uma unidade, ou seja, que as frases
III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente = há um estejam coesas e coerentes formando o texto. Relembre-se
hiato, por isso a acentuação (da - í) = incorreta. de que, por coesão, entende-se ligação, relação, nexo entre
IV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em os elementos que compõem a estrutura textual.
situação de uso, quanto à flexão de número = “vêm” é uti-
lizado para a terceira pessoa do plural (correta) Formas de se garantir a coesão entre os elementos
de uma frase ou de um texto:
GABARITO OFICIAL: C
 Substituição de palavras com o emprego de si-
nônimos - palavras ou expressões do mesmo campo as-
sociativo.
DOMÍNIO DOS MECANISMOS DE  Nominalização – emprego alternativo entre um
COESÃO TEXTUAL. verbo, o substantivo ou o adjetivo correspondente (desgas-
EMPREGO DE ELEMENTOS DE tar / desgaste / desgastante).
REFERENCIAÇÃO, SUBSTITUIÇÃO E  Emprego adequado de tempos e modos verbais:
Embora não gostassem de estudar, participaram da aula.
REPETIÇÃO DE CONECTORES E OUTROS
 Emprego adequado de pronomes, conjunções,
ELEMENTOS DE SEQUENCIAÇÃO TEXTUAL. preposições, artigos:
EMPREGO/CORRELAÇÃO DE TEMPOS O papa Francisco visitou o Brasil. Na capital brasileira,
E MODOS VERBAIS. Sua Santidade participou de uma reunião com a Presiden-
te Dilma. Ao passar pelas ruas, o papa cumprimentava as
pessoas. Estas tiveram a certeza de que ele guarda respeito
por elas.
1. Coesão e Coerência  Uso de hipônimos – relação que se estabelece
com base na maior especificidade do significado de um
Na construção de um texto, assim como na fala, usamos deles. Por exemplo, mesa (mais específico) e móvel (mais
genérico).
mecanismos para garantir ao interlocutor a compreensão
 Emprego de hiperônimos - relações de um termo
do que é dito, ou lido. Estes mecanismos linguísticos que
de sentido mais amplo com outros de sentido mais especí-
estabelecem a coesão e retomada do que foi escrito - ou fico. Por exemplo, felino está numa relação de hiperonímia
falado - são os referentes textuais, que buscam garantir com gato.
a coesão textual para que haja coerência, não só entre os  Substitutos universais, como os verbos vicários.
elementos que compõem a oração, como também entre a
sequência de orações dentro do texto. Essa coesão tam-
bém pode muitas vezes se dar de modo implícito, baseado
em conhecimentos anteriores que os participantes do pro- FIQUE ATENTO!
cesso têm com o tema. Ajuda da Zê:
Numa linguagem figurada, a coesão é uma linha ima- Verbo vicário é aquele que substitui outro já
ginária - composta de termos e expressões - que une os utilizado no período, evitando repetições.
diversos elementos do texto e busca estabelecer relações Geralmente é o verbo fazer e ser. Exemplo: Não
de sentido entre eles. Dessa forma, com o emprego de di- gosto de estudar. Faço porque preciso. O “faço”
ferentes procedimentos, sejam lexicais (repetição, substi- foi empregado no lugar de “estudo”, evitando
tuição, associação), sejam gramaticais (emprego de prono- repetição desnecessária.
mes, conjunções, numerais, elipses), constroem-se frases,
orações, períodos, que irão apresentar o contexto – decor-
re daí a coerência textual. A coesão apoiada na gramática se dá no uso de conec-
Um texto incoerente é o que carece de sentido ou o tivos, como pronomes, advérbios e expressões adverbiais,
apresenta de forma contraditória. Muitas vezes essa incoe- conjunções, elipses, entre outros. A elipse justifica-se quan-
rência é resultado do mau uso dos elementos de coesão do, ao remeter a um enunciado anterior, a palavra elidida
textual. Na organização de períodos e de parágrafos, um é facilmente identificável (Exemplo.: O jovem recolheu-se
erro no emprego dos mecanismos gramaticais e lexicais cedo. Sabia que ia necessitar de todas as suas forças. O ter-
prejudica o entendimento do texto. Construído com os ele- mo o jovem deixa de ser repetido e, assim, estabelece a
mentos corretos, confere-se a ele uma unidade formal. relação entre as duas orações).

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LÍNGUA PORTUGUESA

Dêiticos são elementos linguísticos que têm a pro- Vamos ao texto: O riso é tão universal como a serie-
priedade de fazer referência ao contexto situacional ou ao dade; ele abarca a totalidade do universo (...). Os termos
próprio discurso. Exercem, por excelência, essa função de destacados se relacionam. O pronome “ele” retoma o su-
progressão textual, dada sua característica: são elementos jeito “riso”.
que não significam, apenas indicam, remetem aos compo- GABARITO OFICIAL: CERTO
nentes da situação comunicativa.
Já os componentes concentram em si a significação. Verbo
Elisa Guimarães ensina-nos a esse respeito:
“Os pronomes pessoais e as desinências verbais indi- Verbo é a palavra que se flexiona em pessoa, núme-
cam os participantes do ato do discurso. Os pronomes de- ro, tempo e modo. A estes tipos de flexão verbal dá-se o
monstrativos, certas locuções prepositivas e adverbiais, bem nome de conjugação (por isso também se diz que verbo
como os advérbios de tempo, referenciam o momento da é a palavra que pode ser conjugada). Pode indicar, entre
enunciação, podendo indicar simultaneidade, anterioridade outros processos: ação (amarrar), estado (sou), fenômeno
ou posterioridade. Assim: este, agora, hoje, neste momento (choverá); ocorrência (nascer); desejo (querer).
(presente); ultimamente, recentemente, ontem, há alguns
dias, antes de (pretérito); de agora em diante, no próximo 1.10.1 Estrutura das Formas Verbais
ano, depois de (futuro).”
Do ponto de vista estrutural, o verbo pode apresentar
A coerência de um texto está ligada: os seguintes elementos:
1. à sua organização como um todo, em que devem A) Radical: é a parte invariável, que expressa o signi-
estar assegurados o início, o meio e o fim; ficado essencial do verbo. Por exemplo: fal-ei; fal-ava; fal-
2. à adequação da linguagem ao tipo de texto. Um tex- -am. (radical fal-)
to técnico, por exemplo, tem a sua coerência fundamenta- B) Tema: é o radical seguido da vogal temática que
da em comprovações, apresentação de estatísticas, relato indica a conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo:
de experiências; um texto informativo apresenta coerência fala-r. São três as conjugações:
se trabalhar com linguagem objetiva, denotativa; textos 1.ª - Vogal Temática - A - (falar), 2.ª - Vogal Temática -
poéticos, por outro lado, trabalham com a linguagem figu- E - (vender), 3.ª - Vogal Temática - I - (partir).
rada, livre associação de ideias, palavras conotativas. C) Desinência modo-temporal: é o elemento que de-
signa o tempo e o modo do verbo. Por exemplo:
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo)
Português – Literatura, Produção de Textos & Gramática / falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo)
– volume único / Samira Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa D) Desinência número-pessoal: é o elemento que
Souza. – 3.ª ed. – São Paulo: Saraiva, 2002. designa a pessoa do discurso (1.ª, 2.ª ou 3.ª) e o número
(singular ou plural):
SITE falamos (indica a 1.ª pessoa do plural.) / falavam (in-
http://www.mundovestibular.com.br/articles/2586/1/ dica a 3.ª pessoa do plural.)
COESAO-E-COERENCIA-TEXTUAL/Paacutegina1.html

FIQUE ATENTO!
O verbo pôr, assim como seus derivados
EXERCÍCIO COMENTADO (compor, repor, depor), pertencem à 2.ª
conjugação, pois a forma arcaica do verbo
pôr era poer. A vogal “e”, apesar de haver
desaparecido do infinitivo, revela-se em
1. (ANCINE – Técnico Administrativo – CESPE/2012)
algumas formas do verbo: põe, pões, põem, etc.
O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca a
totalidade do universo, toda a sociedade, a história, a con-
cepção de mundo. É uma verdade que se diz sobre o mun-
do, que se estende a todas as coisas e à qual nada escapa. 1.10.2 Formas Rizotônicas e Arrizotônicas
É, de alguma maneira, o aspecto festivo do mundo inteiro,
em todos os seus níveis, uma espécie de segunda revelação Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura
do mundo. dos verbos com o conceito de acentuação tônica, perce-
Mikhail Bakhtin. A cultura popular na Idade Média e o bemos com facilidade que nas formas rizotônicas o acento
Renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo: tônico cai no radical do verbo: opino, aprendam, amo, por
Hucitec, 1987, p. 73 (com adaptações). exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico não cai
Na linha 1, o elemento “ele” tem como referente textual no radical, mas sim na terminação verbal (fora do radical):
“O riso”. opinei, aprenderão, amaríamos.
( ) Certo ( ) Errado

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LÍNGUA PORTUGUESA

1.10.3 Classificação dos Verbos 3. Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza
são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhe-
Classificam-se em: cer, escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, “Amanheci
A) Regulares: são aqueles que apresentam o radical cansado”, usa-se o verbo “amanhecer” em sentido figura-
inalterado durante a conjugação e desinências idênticas às do. Qualquer verbo impessoal, empregado em sentido fi-
de todos os verbos regulares da mesma conjugação. Por gurado, deixa de ser impessoal para ser pessoal, ou seja,
exemplo: comparemos os verbos “cantar” e “falar”, conju- terá conjugação completa.
gados no presente do Modo Indicativo: Amanheci cansado. (Sujeito desinencial: eu)
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
canto falo Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)

cantas falas 4. O verbo passar (seguido de preposição), indicando


canta falas tempo: Já passa das seis.
cantamos falamos
5. Os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição
cantais falais “de”, indicando suficiência:
cantam falam Basta de tolices.
Chega de promessas.

6. Os verbos estar e ficar em orações como “Está bem,


#FicaDica Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal”, sem refe-
Observe que, retirando os radicais, as desinên- rência a sujeito expresso anteriormente (por exemplo: “ele
cias modo-temporal e número-pessoal manti- está mal”). Podemos, nesse caso, classificar o sujeito como
veram-se idênticas. Tente fazer com outro ver- hipotético, tornando-se, tais verbos, pessoais.
bo e perceberá que se repetirá o fato (desde
7. O verbo dar + para da língua popular, equivalente de
que o verbo seja da primeira conjugação e re-
“ser possível”. Por exemplo:
gular!). Faça com o verbo “andar”, por exemplo.
Não deu para chegar mais cedo.
Substitua o radical “cant” e coloque o “and” (ra-
Dá para me arrumar uma apostila?
dical do verbo andar). Viu? Fácil!
E) Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, con-
B) Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alte- jugam-se apenas nas terceiras pessoas, do singular e do
rações no radical ou nas desinências: faço, fiz, farei, fizesse. plural. São unipessoais os verbos constar, convir, ser (= pre-
ciso, necessário) e todos os que indicam vozes de animais
Observação: (cacarejar, cricrilar, miar, latir, piar).
Alguns verbos sofrem alteração no radical apenas para
que seja mantida a sonoridade. É o caso de: corrigir/corrijo,
fingir/finjo, tocar/toquei, por exemplo. Tais alterações não #FicaDica
caracterizam irregularidade, porque o fonema permanece
Os verbos unipessoais podem ser usados como
inalterado.
verbos pessoais na linguagem figurada:
Teu irmão amadureceu bastante.
C) Defectivos: são aqueles que não apresentam conju-
O que é que aquela garota está cacarejando?
gação completa. Os principais são adequar, precaver, com-
putar, reaver, abolir, falir.
D) Impessoais: são os verbos que não têm sujeito e,
normalmente, são usados na terceira pessoa do singular. Principais verbos unipessoais:
Os principais verbos impessoais são:
1. Haver, quando sinônimo de existir, acontecer, reali-  Cumprir, importar, convir, doer, aprazer, pare-
zar-se ou fazer (em orações temporais). cer, ser (preciso, necessário):
Havia muitos candidatos no dia da prova. (Havia = Exis- Cumpre estudarmos bastante. (Sujeito: estudarmos
tiam) bastante)
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram) Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover)
Haverá debates hoje. (Haverá = Realizar-se-ão) É preciso que chova. (Sujeito: que chova)
Viajei a Madri há muitos anos. (há = faz)
 Fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo,
2. Fazer, ser e estar (quando indicam tempo) seguidos da conjunção que.
Faz invernos rigorosos na Europa. Faz dez anos que viajei à Europa. (Sujeito: que viajei à
Era primavera quando o conheci. Europa)
Estava frio naquele dia. Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não a vejo.
(Sujeito: que não a vejo)

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LÍNGUA PORTUGUESA

F) Abundantes: são aqueles que possuem duas ou mais formas equivalentes, geralmente no particípio, em que, além
das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas (particípio irregular).
O particípio regular (terminado em “–do”) é utilizado na voz ativa, ou seja, com os verbos ter e haver; o irregular é em-
pregado na voz passiva, ou seja, com os verbos ser, ficar e estar. Observe:

Infinitivo Particípio Regular Particípio Irregular


Aceitar Aceitado Aceito
Acender Acendido Aceso
Anexar Anexado Anexo
Benzer Benzido Bento
Corrigir Corrigido Correto
Dispersar Dispersado Disperso
Eleger Elegido Eleito
Envolver Envolvido Envolto
Imprimir Imprimido Impresso
Inserir Inserido Inserto
Limpar Limpado Limpo
Matar Matado Morto
Misturar Misturado Misto
Morrer Morrido Morto
Murchar Murchado Murcho
Pegar Pegado Pego
Romper Rompido Roto
Soltar Soltado Solto
Suspender Suspendido Suspenso
Tingir Tingido Tinto
Vagar Vagado Vago

FIQUE ATENTO!
Estes verbos e seus derivados possuem,
apenas, o particípio irregular: abrir/aberto,
cobrir/coberto, dizer/dito, escrever/escrito, pôr/
posto, ver/visto, vir/vindo.

G) Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Existem apenas dois: ser (sou, sois, fui)
e ir (fui, ia, vades).

H) Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal
(aquele que exprime a ideia fundamental, mais importante), quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das
formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
Vou espantar todos!
(verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo)

Está chegando a hora!


(verbo auxiliar) (verbo principal no gerúndio)

Observação:
Os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Conjugação dos Verbos Auxiliares

SER - Modo Indicativo

Presente Pret.Perfeito Pret. Imp. Pret.mais-que-perf. Fut.do Pres. Fut. Do Pretérito


sou fui era fora serei seria
és foste eras foras serás serias
é foi era fora será seria
somos fomos éramos fôramos seremos seríamos
sois fostes éreis fôreis sereis seríeis
são foram eram foram serão seriam

SER - Modo Subjuntivo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro


que eu seja se eu fosse quando eu for
que tu sejas se tu fosses quando tu fores
que ele seja se ele fosse quando ele for
que nós sejamos se nós fôssemos quando nós formos
que vós sejais se vós fôsseis quando vós fordes
que eles sejam se eles fossem quando eles forem

SER - Modo Imperativo

Afirmativo Negativo
sê tu não sejas tu
seja você não seja você
sejamos nós não sejamos nós
sede vós não sejais vós
sejam vocês não sejam vocês

SER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


ser ser eu sendo sido
seres tu
ser ele
sermos nós
serdes vós
serem eles

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LÍNGUA PORTUGUESA

ESTAR - Modo Indicativo



Presente Pret. perf. Pret. Imp. Pret.mais-q-perf. Fut.doPres. Fut.do Preté.
estou estive estava estivera estarei estaria
estás estiveste
estavas estiveras estarás estarias
está esteve estava estivera estará estaria
estamos estivemos estávamos estivéramos estaremos estaríamos
estais estivestes estáveis
estivéreis estareis estaríeis
estão estiveram estavam
estiveram estarão estariam

ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


esteja estivesse estiver
estejas estivesses estiveres
está estejas
esteja estivesse estiver esteja esteja
estejamos estivéssemos estivermos estejamos estejamos
estejais estivésseis estiverdes estai estejais
estejam estivessem estiverem estejam
estejam

ESTAR - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


estar estar estando estado
estares
estar
estarmos
estardes
estarem

HAVER - Modo Indicativo

Presente Pret. Perf. Pret. Imp. Pret.Mais-Q-Perf. Fut.do Pres. Fut.doPreté.


hei houve havia houvera haverei haveria
hás houveste havias houveras haverás
haverias
há houve havia houvera haverá haveria
havemos houvemos havíamos houvéramos haveremos haveríamos
haveis houvestes havíeis
houvéreis havereis haveríeis
hão houveram haviam
houveram haverão haveriam

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LÍNGUA PORTUGUESA

HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


ja houvesse houver

hajas houvesses houveres há hajas
haja houvesse houver haja haja
hajamos houvéssemos houvermos hajamos
hajamos
hajais houvésseis houverdes havei hajais
hajam houvessem houverem hajam hajam

HAVER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


haver haver havendo havido
haveres

haver

havermos
haverdes
haverem

TER - Modo Indicativo

Presente Pret. Perf. Pret. Imp. Preté.mais-q-perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
tenho tive tinha tivera terei teria
tens tiveste tinhas tiveras terás terias
tem teve tinha tivera terá teria
temos tivemos tínhamos tivéramos teremos teríamos
tendes tivestes tínheis tivéreis tereis teríeis
têm tiveram
tinham tiveram terão teriam

TER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


tenha tivesse tiver
tenhas tivesses tiveres tem tenhas
tenha tivesse tiver tenha tenha
tenhamos tivéssemos tivermos
tenhamos tenhamos
tenhais tivésseis tiverdes tende tenhais
tenham tivessem tiverem tenham tenham

I) Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na
mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita
no próprio sentido do verbo (pronominais essenciais). Veja:
 Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos:
abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a reflexibilidade
já está implícita no radical do verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá.

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LÍNGUA PORTUGUESA

A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito A) Infinitivo


(eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre A.1 Impessoal: exprime a significação do verbo de
ela mesma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de
do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partí- substantivo. Por exemplo:
cula integrante do verbo, já que, pelo uso, sempre é conju- Viver é lutar. (= vida é luta)
gada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de É indispensável combater a corrupção. (= combate à)
reforço da ideia reflexiva expressa pelo radical do próprio
verbo. Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presen-
respectivos pronomes): te (forma simples) ou no passado (forma composta). Por
Eu me arrependo, Tu te arrependes, Ele se arrepende, exemplo:
Nós nos arrependemos, Vós vos arrependeis, Eles se arre- É preciso ler este livro.
pendem Era preciso ter lido este livro.

 Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos A.2 Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três
em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o obje- pessoas do discurso. Na 1.ª e 3.ª pessoas do singular, não
to representado por pronome oblíquo da mesma pessoa apresenta desinências, assumindo a mesma forma do im-
do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre pessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira:
ele mesmo. Em geral, os verbos transitivos diretos ou tran- 2.ª pessoa do singular: Radical + ES = teres (tu)
sitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os 1.ª pessoa do plural: Radical + MOS = termos (nós)
pronomes mencionados, formando o que se chama voz 2.ª pessoa do plural: Radical + DES = terdes (vós)
reflexiva. Por exemplo: A garota se penteava. 3.ª pessoa do plural: Radical + EM = terem (eles)
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode ser Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação.
exercida também sobre outra pessoa: A garota penteou-me.
B) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjeti-
vo ou advérbio. Por exemplo:
FIQUE ATENTO! Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de
Por fazerem parte integrante do verbo, advérbio)
os pronomes oblíquos átonos dos verbos Água fervendo, pele ardendo. (função de adjetivo)
pronominais não possuem função sintática.
Há verbos que também são acompanhados de Na forma simples (1), o gerúndio expressa uma ação
pronomes oblíquos átonos, mas que não são em curso; na forma composta (2), uma ação concluída:
essencialmente pronominais - são os verbos Trabalhando (1), aprenderás o valor do dinheiro.
reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes, Tendo trabalhado (2), aprendeu o valor do dinheiro.
apesar de se encontrarem na pessoa idêntica
à do sujeito, exercem funções sintáticas. Por Quando o gerúndio é vício de linguagem (gerundis-
exemplo: mo), ou seja, uso exagerado e inadequado do gerúndio:
Eu me feri. = Eu (sujeito) – 1.ª pessoa do 1. Enquanto você vai ao mercado, vou estar jogando fu-
singular; me (objeto direto) – 1.ª pessoa do tebol.
singular 2. – Sim, senhora! Vou estar verificando!

Em 1, a locução “vou estar” + gerúndio é adequada,


1.10.4 Modos Verbais pois transmite a ideia de uma ação que ocorre no momen-
to da outra; em 2, essa ideia não ocorre, já que a locução
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas verbal “vou estar verificando” refere-se a um futuro em an-
pelo verbo na expressão de um fato certo, real, verdadeiro. damento, exigindo, no caso, a construção “verificarei” ou
Existem três modos: “vou verificar”.
A) Indicativo - indica uma certeza, uma realidade: Eu
estudo para o concurso. C) Particípio: quando não é empregado na formação
B) Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade: dos tempos compostos, o particípio indica, geralmente, o
Talvez eu estude amanhã. resultado de uma ação terminada, flexionando-se em gê-
C) Imperativo - indica uma ordem, um pedido: Estude, nero, número e grau. Por exemplo: Terminados os exames,
colega! os candidatos saíram.
Quando o particípio exprime somente estado, sem ne-
1.10.5 Formas Nominais nhuma relação temporal, assume verdadeiramente a fun-
ção de adjetivo. Por exemplo: Ela é a aluna escolhida pela
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda for- turma.
mas que podem exercer funções de nomes (substantivo,
adjetivo, advérbio), sendo por isso denominadas formas
nominais. Observe:

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LÍNGUA PORTUGUESA

(Ziraldo)

1.10.6 Tempos Verbais

Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos.

A) Tempos do Modo Indicativo


Presente - Expressa um fato atual: Eu estudo neste colégio.
Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que não foi completamente
terminado: Ele estudava as lições quando foi interrompido.
Pretérito Perfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado: Ele
estudou as lições ontem à noite.
Pretérito-mais-que-perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado: Ele já estudara as lições
quando os amigos chegaram. (forma simples).
Futuro do Presente - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual: Ele
estudará as lições amanhã.
Futuro do Pretérito - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato passado: Se ele pu-
desse, estudaria um pouco mais.

B) Tempos do Modo Subjuntivo


Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual: É conveniente que estudes para o exame.
Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido: Eu esperava que ele vencesse o jogo.
Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual: Quando ele vier à
loja, levará as encomendas.

FIQUE ATENTO!

Há casos em que formas verbais de um


determinado tempo podem ser utilizadas para
indicar outro.
Em 1500, Pedro Álvares Cabral descobre o
Brasil.
descobre = forma do presente indicando
passado ( = descobrira/descobriu)

No próximo final de semana, faço a prova!


faço = forma do presente indicando futuro (
= farei)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Tabelas das Conjugações Verbais

Modo Indicativo

Presente do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Desinência pessoal


CANTAR VENDER PARTIR
cantO vendO partO O
cantaS vendeS parteS S
canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M

Pretérito Perfeito do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Desinência pessoal


CANTAR VENDER PARTIR
canteI vendI partI I
cantaSTE vendeSTE partISTE STE
cantoU vendeU partiU U
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaSTES vendeSTES partISTES STES
cantaRAM vendeRAM partiRAM RAM

Pretérito mais-que-perfeito

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal
1.ª/2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M

Pretérito Imperfeito do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3ª. conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantAVA vendIA partIA
cantAVAS vendIAS partAS
CantAVA vendIA partIA
cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS
cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS
cantAVAM vendIAM partIAM

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LÍNGUA PORTUGUESA

Futuro do Presente do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantar ei vender ei partir ei
cantar ás vender ás partir ás
cantar á vender á partir á
cantar emos vender emos partir emos
cantar eis vender eis partir eis
cantar ão vender ão partir ão

Futuro do Pretérito do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantarIA venderIA partirIA
cantarIAS venderIAS partirIAS
cantarIA venderIA partirIA
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS
cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS
cantarIAM venderIAM partirIAM

Presente do Subjuntivo

Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1.ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2.ª e 3.ª conjugação).

1.ª conjug. 2.ª conjug. 3.ª conju. Desinên. pessoal Des. temporal Des.temporal
1.ª conj. 2.ª/3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantE vendA partA E A Ø
cantES vendAS partAS E A S
cantE vendA partA E A Ø
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M

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LÍNGUA PORTUGUESA

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito,
obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de nú-
mero e pessoa correspondente.

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M

Futuro do Subjuntivo

Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número e
pessoa correspondente.

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.

CANTAR VENDER PARTIR


cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR R Ø
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantaREM vendeREM partiREM R EM

C) Modo Imperativo

Imperativo Afirmativo

Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2.ª pessoa do singular (tu) e a segunda
pessoa do plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:

Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo


Eu canto --- Que eu cante
Tu cantas CantA tu Que tu cantes
Ele canta Cante você Que ele cante
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos
Vós cantais CantAI vós Que vós canteis
Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem

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LÍNGUA PORTUGUESA

Imperativo Negativo

Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.

Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo


Que eu cante ---
Que tu cantes Não cantes tu
Que ele cante Não cante você
Que nós cantemos Não cantemos nós
Que vós canteis Não canteis vós
Que eles cantem Não cantem eles

#FicaDica
 No modo imperativo não faz sentido
usar na 3.ª pessoa (singular e plural) as formas
ele/eles, pois uma ordem, pedido ou conselho
só se aplicam diretamente à pessoa com quem
se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
 O verbo SER, no imperativo, faz
excepcionalmente: sê (tu), sede (vós).

Infinitivo Pessoal

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantar vender partir
cantarES venderES partirES
cantar vender partir
cantarMOS venderMOS partirMOS
cantarDES venderDES partirDES
cantarEM venderEM partirEM

FIQUE ATENTO!

 O verbo parecer admite duas


construções:
Elas parecem gostar de você. (forma uma
locução verbal)
Elas parece gostarem de você. (verbo
com sujeito oracional, correspondendo à
construção: parece gostarem de você).

 O verbo pegar possui dois particípios


(regular e irregular):
Elvis tinha pegado minhas apostilas.
Minhas apostilas foram pegas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.

SITE
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf54.php

1. Vozes do Verbo

Dá-se o nome de voz à maneira como se apresenta a ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito, indicando se este
é paciente ou agente da ação. Importante lembrar que voz verbal não é flexão, mas aspecto verbal. São três as vozes verbais:

A) Ativa = quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo:
Ele fez o trabalho.
sujeito agente ação objeto (paciente)

B) Passiva = quando o sujeito é paciente, recebendo a ação expressa pelo verbo:


O trabalho foi feito por ele.
sujeito paciente ação agente da passiva

C) Reflexiva = quando o sujeito é, ao mesmo tempo, agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação:
O menino feriu-se.

#FicaDica
Não confundir o emprego reflexivo do verbo
com a noção de reciprocidade:
Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
Nós nos amamos. (um ama o outro)

1.1 Formação da Voz Passiva

A voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico e sintético.

A) Voz Passiva Analítica = Constrói-se da seguinte maneira:


Verbo SER + particípio do verbo principal. Por exemplo:
A escola será pintada pelos alunos. (na ativa teríamos: os alunos pintarão a escola)
O trabalho é feito por ele. (na ativa: ele faz o trabalho)

Observações:
 O agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer a construção com a prepo-
sição de. Por exemplo: A casa ficou cercada de soldados.
 Pode acontecer de o agente da passiva não estar explícito na frase: A exposição será aberta amanhã.
 A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER), pois o particípio é invariável. Observe a transformação
das frases seguintes:

Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do Indicativo)


O trabalho foi feito por ele. (verbo ser no pretérito perfeito do Indicativo, assim como o verbo principal da voz ativa)

Ele faz o trabalho. (presente do indicativo)


O trabalho é feito por ele. (ser no presente do indicativo)

Ele fará o trabalho. (futuro do presente)


O trabalho será feito por ele. (futuro do presente)

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LÍNGUA PORTUGUESA

 Nas frases com locuções verbais, o verbo SER as- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
sume o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
ativa. Observe a transformação da frase seguinte: Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
O vento ia levando as folhas. (gerúndio) Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce-
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio) reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
Paulo: Saraiva, 2010.
B) Voz Passiva Sintética = A voz passiva sintética - ou Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
pronominal - constrói-se com o verbo na 3.ª pessoa, segui- ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
do do pronome apassivador “se”. Por exemplo:
Abriram-se as inscrições para o concurso. SITE
Destruiu-se o velho prédio da escola. http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf54.php

Observação:
O agente não costuma vir expresso na voz passiva sin-
tética. EXERCÍCIO COMENTADO
1.2 Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva

Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar subs- 1. (PETROBRAS – Conhecimentos Básicos para to-
tancialmente o sentido da frase. dos os Cargos – Nível Superior – CESGRANRIO/2014)
O verbo auxiliar destacado está utilizado de acordo com a
O concurseiro comprou a apostila. (Voz Ativa) norma-padrão da Língua Portuguesa em:
Sujeito da Ativa objeto Direto A. A comissão encarregada de analisar a reciclagem de
materiais concluiu que têm havido boas soluções para os
A apostila foi comprada pelo concurseiro. resíduos hospitalares.
(Voz Passiva) B. As conclusões dos peritos comprovaram que já de-
Sujeito da Passiva Agente da Passiva viam fazer cinco horas que o acidente acontecera e o so-
corro ainda não chegara.
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva; o C. As experiências recentes tentam descobrir se pode
sujeito da ativa passará a agente da passiva, e o verbo ativo existir outras formas de vida além dessa que conhecemos
assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo. no nosso planeta.
Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos. D. Os oceanógrafos afirmam que deve haver espécies
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos raras de esponjas no litoral do Nordeste que nunca chega-
mestres. remos a conhecer.
E. Os representantes das grandes potências acreditam
Eu o acompanharei. que podem haver pactos para impedir a explosão da ter-
Ele será acompanhado por mim. ceira guerra mundial.

Em “a”: A comissão encarregada de analisar a recicla-


FIQUE ATENTO! gem de materiais concluiu que têm havido boas soluções
Quando o sujeito da voz ativa for para os resíduos hospitalares = tem havido (haver – no sen-
indeterminado, não haverá complemento tido de existir - é impessoal, então seu auxiliar também).
agente na passiva. Por exemplo: Prejudicaram- Em “b”: As conclusões dos peritos comprovaram que
me. / Fui prejudicado. já deviam fazer cinco horas que o acidente acontecera e o
socorro ainda não chegara = devia fazer (fazer – no sentido
Com os verbos neutros (nascer, viver, morrer, de tempo passado – não sofre flexão, então seu auxiliar
dormir, acordar, sonhar, etc.) não há voz ativa, também).
passiva ou reflexiva, porque o sujeito não pode Em “c”: As experiências recentes tentam descobrir se
ser visto como agente, paciente ou agente pode existir outras formas de vida além dessa que conhe-
paciente. cemos no nosso planeta = se podem existir (existir sofre
flexão, então seu auxiliar também).
Em “d”: Os oceanógrafos afirmam que deve haver es-
pécies raras de esponjas no litoral do Nordeste que nunca
chegaremos a conhecer = correta
Em “e”: Os representantes das grandes potências acre-
ditam que podem haver pactos para impedir a explosão
da terceira guerra mundial = pode haver (auxiliar não varia,
assim como o haver)
GABARITO OFICIAL: D

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LÍNGUA PORTUGUESA

2. (Tribunal de Justiça/GO – Analista Judiciário – Quando o núcleo da declaração está no verbo (que in-
FGV/2014 - adaptada) A frase “que foi trazida pelo institu- dique ação ou fenômeno da natureza, seja um verbo signi-
to Endeavor” equivale, na voz ativa, a: ficativo), temos o predicado verbal. Mas, se o núcleo estiver
A. que o instituto Endeavor traz; em um nome (geralmente um adjetivo), teremos um predi-
B. que o instituto Endeavor trouxe; cado nominal (os verbos deste tipo de predicado são os
C. trazida pelo instituto Endeavor; que indicam estado, conhecidos como verbos de ligação):
D. que é trazida pelo instituto Endeavor; O menino limpou a sala. = “limpou” é verbo de ação
E. que traz o instituto Endeavor. (predicado verbal)
A prova foi fácil. – “foi” é verbo de ligação (ser); o nú-
Se na voz passiva temos dois verbos, na ativa teremos cleo é “fácil” (predicado nominal)
um: “que o instituto Endeavor trouxe” (manter o tempo
verbal no pretérito – assim como na passiva). Quanto ao período, ele denomina a frase constituída
GABARITO OFICIAL: B por uma ou mais orações, formando um todo, com sentido
completo. O período pode ser simples ou composto.

DOMÍNIO DA ESTRUTURA Período simples é aquele constituído por apenas uma


MORFOSSINTÁTICA DO PERÍODO.  oração, que recebe o nome de oração absoluta.
RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO  Chove.
ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS  A existência é frágil.
Amanhã, à tarde, faremos a prova do concurso.
DA ORAÇÃO. 
RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO Período composto é aquele constituído por duas ou
ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS mais orações:
DA ORAÇÃO. Cantei, dancei e depois dormi.
Quero que você estude mais.
1. Frase, oração e período 1.1.2 Termos da Oração
1.1 Sintaxe da Oração e do Período
1.1.2.1 Termos essenciais
1.1.2 Termos da Oração
1.2 Coordenação e Subordinação
O sujeito e o predicado são considerados termos es-
senciais da oração, ou seja, são termos indispensáveis para
Frase é todo enunciado suficiente por si mesmo para
a formação das orações. No entanto, existem orações for-
estabelecer comunicação. Normalmente é composta por
madas exclusivamente pelo predicado. O que define a ora-
dois termos – o sujeito e o predicado – mas não obrigato-
ção é a presença do verbo. O sujeito é o termo que estabe-
riamente, pois há orações ou frases sem sujeito: Trovejou
muito ontem à noite. lece concordância com o verbo.
O candidato está preparado.
Quanto aos tipos de frases, além da classificação em Os candidatos estão preparados.
verbais (possuem verbos, ou seja, são orações) e nominais
(sem a presença de verbos), feita a partir de seus elementos Na primeira frase, o sujeito é “o candidato”. “Candida-
constituintes, elas podem ser classificadas a partir de seu to” é a principal palavra do sujeito, sendo, por isso, deno-
sentido global: minada núcleo do sujeito. Este se relaciona com o verbo,
A) frases interrogativas = o emissor da mensagem for- estabelecendo a concordância (núcleo no singular, verbo
mula uma pergunta: Que dia é hoje? no singular: candidato = está).
B) frases imperativas = o emissor dá uma ordem ou faz A função do sujeito é basicamente desempenhada por
um pedido: Dê-me uma luz! substantivos, o que a torna uma função substantiva da ora-
C) frases exclamativas = o emissor exterioriza um esta- ção. Pronomes, substantivos, numerais e quaisquer outras
do afetivo: Que dia abençoado! palavras substantivadas (derivação imprópria) também po-
D) frases declarativas = o emissor constata um fato: A dem exercer a função de sujeito.
prova será amanhã. Os dois sumiram. (dois é numeral; no exemplo, subs-
tantivo)
Quanto à estrutura da frase, as que possuem verbo Um sim é suave e sugestivo. (sim é advérbio; no exem-
(oração) são estruturadas por dois elementos essenciais: plo: substantivo)
sujeito e predicado.
O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo Os sujeitos são classificados a partir de dois elementos:
em número e pessoa. É o “ser de quem se declara algo”, “o o de determinação ou indeterminação e o de núcleo do
tema do que se vai comunicar”; o predicado é a parte da sujeito.
frase que contém “a informação nova para o ouvinte”, é o Um sujeito é determinado quando é facilmente iden-
que “se fala do sujeito”. Ele se refere ao tema, constituindo tificado pela concordância verbal. O sujeito determinado
a declaração do que se atribui ao sujeito. pode ser simples ou composto.

29
LÍNGUA PORTUGUESA

A indeterminação do sujeito ocorre quando não é B) com o verbo na terceira pessoa do singular, acres-
possível identificar claramente a que se refere a concor- cido do pronome “se”. Esta é uma construção típica dos
dância verbal. Isso ocorre quando não se pode ou não inte- verbos que não apresentam complemento direto:
ressa indicar precisamente o sujeito de uma oração. Precisa-se de mentes criativas.
Estão gritando seu nome lá fora. Vivia-se bem naqueles tempos.
Trabalha-se demais neste lugar. Trata-se de casos delicados.
Sempre se está sujeito a erros.
O sujeito simples é o sujeito determinado que apre-
senta um único núcleo, que pode estar no singular ou no O pronome “se”, nestes casos, funciona como índice de
plural; pode também ser um pronome indefinido. Abaixo, indeterminação do sujeito.
sublinhei os núcleos dos sujeitos:
Nós estudaremso juntos. As orações sem sujeito, formadas apenas pelo predi-
A humanidade é frágil. cado, articulam-se a partir de um verbo impessoal. A men-
Ninguém se move. sagem está centrada no processo verbal. Os principais ca-
O amar faz bem. (“amar” é verbo, mas aqui houve uma sos de orações sem sujeito com:
derivação imprópria, tranformando-o em substantivo)  os verbos que indicam fenômenos da natureza:
As crianças precisam de alimentos saudáveis. Amanheceu.
Está trovejando.
O sujeito composto é o sujeito determinado que apre-
senta mais de um núcleo.  os verbos estar, fazer, haver e ser, quando indicam
Alimentos e roupas custam caro. fenômenos meteorológicos ou se relacionam ao tempo em
Ela e eu sabemos o conteúdo. geral:
O amar e o odiar são duas faces da mesma moeda. Está tarde.
Já são dez horas.
Além desses dois sujeitos determinados, é comum a Faz frio nesta época do ano.
referência ao sujeito implícito na desinência verbal (o
Há muitos concursos com inscrições abertas.
“antigo” sujeito oculto [ou elíptico]), isto é, ao núcleo do
sujeito que está implícito e que pode ser reconhecido pela
Predicado é o conjunto de enunciados que contém a
desinência verbal ou pelo contexto.
informação sobre o sujeito – ou nova para o ouvinte. Nas
Abolimos todas as regras. = (nós)
orações sem sujeito, o predicado simplesmente enuncia
Falaste o recado à sala? = (tu)
um fato qualquer. Nas orações com sujeito, o predicado é
aquilo que se declara a respeito deste sujeito. Com exceção
Os verbos deste tipo de sujeito estão sempre na pri-
meira pessoa do singular (eu) ou plural (nós) ou na segun- do vocativo - que é um termo à parte - tudo o que difere
da do singular (tu) ou do plural (vós), desde que os prono- do sujeito numa oração é o seu predicado.
mes não estejam explícitos. Chove muito nesta época do ano.
Iremos à feira juntos? (= nós iremos) – sujeito implícito Houve problemas na reunião.
na desinência verbal “-mos”
Cantais bem! (= vós cantais) - sujeito implícito na desi- Em ambas as orações não há sujeito, apenas predi-
nência verbal “-ais” cado. Na segunda oração, “problemas” funciona como
objeto direto.
Mas:
Nós iremos à festa juntos? = sujeito simples: nós As questões estavam fáceis!
Vós cantais bem! = sujeito simples: vós Sujeito simples = as questões
Predicado = estavam fáceis
O sujeito indeterminado surge quando não se quer -
ou não se pode - identificar a que o predicado da oração Passou-me uma ideia estranha pelo pensamento.
refere-se. Existe uma referência imprecisa ao sujeito, caso Sujeito = uma ideia estranha
contrário, teríamos uma oração sem sujeito. Predicado = passou-me pelo pensamento
Na língua portuguesa, o sujeito pode ser indetermina-
do de duas maneiras: Para o estudo do predicado, é necessário verificar se
A) com verbo na terceira pessoa do plural, desde que o seu núcleo é um nome (então teremos um predicado no-
sujeito não tenha sido identificado anteriormente: minal) ou um verbo (predicado verbal). Deve-se considerar
Bateram à porta; também se as palavras que formam o predicado referem-
Andam espalhando boatos a respeito da queda do ministro. -se apenas ao verbo ou também ao sujeito da oração.

Se o sujeito estiver identificado, poderá ser simples ou Os homens sensíveis pedem amor sincero às mulheres
composto: de opinião.
Os meninos bateram à porta. (simples) Predicado
Os meninos e as meninas bateram à porta. (composto)

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LÍNGUA PORTUGUESA

O predicado acima apresenta apenas uma palavra que 1.1.2.2 Termos integrantes da oração
se refere ao sujeito: pedem. As demais palavras se ligam
direta ou indiretamente ao verbo. Os complementos verbais (objeto direto e indireto) e o
A cidade está deserta. complemento nominal são chamados termos integrantes da
oração.
O nome “deserta”, por intermédio do verbo, refere-se Os complementos verbais integram o sentido dos ver-
ao sujeito da oração (cidade). O verbo atua como elemento bos transitivos, com eles formando unidades significativas.
de ligação (por isso verbo de ligação) entre o sujeito e a Estes verbos podem se relacionar com seus complementos
palavra a ele relacionada (no caso: deserta = predicativo diretamente, sem a presença de preposição, ou indireta-
do sujeito). mente, por intermédio de preposição.

O predicado verbal é aquele que tem como núcleo O objeto direto é o complemento que se liga direta-
significativo um verbo: mente ao verbo.
Chove muito nesta época do ano. Houve muita confusão na partida final.
Estudei muito hoje! Queremos sua ajuda.
Compraste a apostila?
O objeto direto preposicionado ocorre principalmente:
Os verbos acima são significativos, isto é, não servem A) com nomes próprios de pessoas ou nomes comuns
apenas para indicar o estado do sujeito, mas indicam pro- referentes a pessoas:
cessos. Amar a Deus; Adorar a Xangô; Estimar aos pais.
(o objeto é direto, mas como há preposição, denomi-
O predicado nominal é aquele que tem como núcleo na-se: objeto direto preposicionado)
significativo um nome; este atribui uma qualidade ou esta-
do ao sujeito, por isso é chamado de predicativo do sujei- B) com pronomes indefinidos de pessoa e pronomes
to. O predicativo é um nome que se liga a outro nome da de tratamento: Não excluo a ninguém; Não quero cansar a
oração por meio de um verbo (o verbo de ligação). Vossa Senhoria.
Nos predicados nominais, o verbo não é significativo,
isto é, não indica um processo, mas une o sujeito ao pre- C) para evitar ambiguidade: Ao povo prejudica a crise.
dicativo, indicando circunstâncias referentes ao estado do (sem preposição, o sentido seria outro: O povo prejudica a
sujeito: Os dados parecem corretos. crise)
O verbo parecer poderia ser substituído por estar, an-
dar, ficar, ser, permanecer ou continuar, atuando como ele- O objeto indireto é o complemento que se liga indi-
mento de ligação entre o sujeito e as palavras a ele rela- retamente ao verbo, ou seja, através de uma preposição.
cionadas. Gosto de música popular brasileira.
Necessito de ajuda.
A função de predicativo é exercida, normalmente, por
um adjetivo ou substantivo. Objeto Pleonástico

O predicado verbo-nominal é aquele que apresen- É a repetição de objetos, tanto diretos como indiretos.
ta dois núcleos significativos: um verbo e um nome. No Normalmente, as frases em que ocorrem objetos pleo-
predicado verbo-nominal, o predicativo pode se referir ao násticos obedecem à estrutura: primeiro aparece o objeto,
sujeito ou ao complemento verbal (objeto). antecipado para o início da oração; em seguida, ele é repe-
O verbo do predicado verbo-nominal é sempre sig- tido através de um pronome oblíquo. É à repetição que se
nificativo, indicando processos. É também sempre por in- dá o nome de objeto pleonástico.
termédio do verbo que o predicativo se relaciona com o “Aos fracos, não os posso proteger, jamais.” (Gonçalves
termo a que se refere. Dias)
O dia amanheceu ensolarado;
As mulheres julgam os homens inconstantes. objeto pleonástico

No primeiro exemplo, o verbo amanheceu apresenta Ao traidor, nada lhe devemos.


duas funções: a de verbo significativo e a de verbo de liga-
ção. Este predicado poderia ser desdobrado em dois: um O termo que integra o sentido de um nome chama-se
verbal e outro nominal. complemento nominal, que se liga ao nome que comple-
O dia amanheceu. / O dia estava ensolarado. ta por intermédio de preposição:
A arte é necessária à vida. = relaciona-se com a palavra
No segundo exemplo, é o verbo julgar que relaciona “necessária”
o complemento homens com o predicativo “inconstantes”. Temos medo de barata. = ligada à palavra “medo”

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LÍNGUA PORTUGUESA

1.1.2.3 Termos acessórios da oração e vocativo O vocativo é um termo que serve para chamar, invocar
ou interpelar um ouvinte real ou hipotético, não mantendo
Os termos acessórios recebem este nome por serem relação sintática com outro termo da oração. A função de
explicativos, circunstanciais. São termos acessórios o ad- vocativo é substantiva, cabendo a substantivos, pronomes
junto adverbial, o adjunto adnominal, o aposto e o vocativo substantivos, numerais e palavras substantivadas esse papel
– este, sem relação sintática com outros temos da oração. na linguagem.
João, venha comigo!
O adjunto adverbial é o termo da oração que indi- Traga-me doces, minha menina!
ca uma circunstância do processo verbal ou intensifica o
sentido de um adjetivo, verbo ou advérbio. É uma função 1.2 Períodos Compostos
adverbial, pois cabe ao advérbio e às locuções adverbiais 1.2.1 Período Composto por Coordenação
exercerem o papel de adjunto adverbial: Amanhã voltarei a
pé àquela velha praça. O período composto se caracteriza por possuir mais de
uma oração em sua composição. Sendo assim:
O adjunto adnominal é o termo acessório que deter- Eu irei à praia. (Período Simples = um verbo, uma ora-
mina, especifica ou explica um substantivo. É uma função ção)
adjetiva, pois são os adjetivos e as locuções adjetivas que Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia.
exercem o papel de adjunto adnominal na oração. Também (Período Composto =locução verbal + verbo, duas orações)
atuam como adjuntos adnominais os artigos, os numerais Já me decidi: só irei à praia, se antes eu comprar um
e os pronomes adjetivos. protetor solar. (Período Composto = três verbos, três ora-
O poeta inovador enviou dois longos trabalhos ao seu ções).
amigo de infância.
Há dois tipos de relações que podem se estabelecer
O adjunto adnominal se liga diretamente ao substan- entre as orações de um período composto: uma relação de
tivo a que se refere, sem participação do verbo. Já o predi- coordenação ou uma relação de subordinação.
cativo do objeto se liga ao objeto por meio de um verbo. Duas orações são coordenadas quando estão juntas em
O poeta português deixou uma obra originalíssima. um mesmo período, (ou seja, em um mesmo bloco de in-
O poeta deixou-a. formações, marcado pela pontuação final), mas têm, ambas,
(originalíssima não precisou ser repetida, portanto: ad- estruturas individuais, como é o exemplo de:
junto adnominal) Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia.
(Período Composto)
O poeta português deixou uma obra inacabada. Podemos dizer:
O poeta deixou-a inacabada. 1. Estou comprando um protetor solar.
(inacabada precisou ser repetida, então: predicativo do 2. Irei à praia.
objeto) Separando as duas, vemos que elas são independen-
tes. Tal período é classificado como Período Composto por
Enquanto o complemento nominal se relaciona a um Coordenação.
substantivo, adjetivo ou advérbio, o adjunto nominal se re- Quanto à classificação das orações coordenadas, te-
laciona apenas ao substantivo. mos dois tipos: Coordenadas Assindéticas e Coordenadas
Sindéticas.
O aposto é um termo acessório que permite ampliar,
explicar, desenvolver ou resumir a ideia contida em um ter- A) Coordenadas Assindéticas
mo que exerça qualquer função sintática: Ontem, segunda- São orações coordenadas entre si e que não são ligadas
-feira, passei o dia mal-humorado. através de nenhum conectivo. Estão apenas justapostas.
Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo Entrei na sala, deitei-me no sofá, adormeci.
“ontem”. O aposto é sintaticamente equivalente ao termo
que se relaciona porque poderia substituí-lo: Segunda-feira B) Coordenadas Sindéticas
passei o dia mal-humorado. Ao contrário da anterior, são orações coordenadas en-
O aposto pode ser classificado, de acordo com seu va- tre si, mas que são ligadas através de uma conjunção coor-
lor na oração, em: denativa, que dará à oração uma classificação. As orações
A) explicativo: A linguística, ciência das línguas huma- coordenadas sindéticas são classificadas em cinco tipos:
nas, permite-nos interpretar melhor nossa relação com o aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.
mundo.
B) enumerativo: A vida humana compõe-se de muitas Dica: Memorize SINdética = SIM, tem conjunção!
coisas: amor, arte, ação.  Orações Coordenadas Sindéticas Aditivas: suas
C) resumidor ou recapitulativo: Fantasias, suor e sonho, principais conjunções são: e, nem, não só... mas também,
tudo forma o carnaval. não só... como, assim... como.
D) comparativo: Seus olhos, indagadores holofotes, fixa- Nem comprei o protetor solar nem fui à praia.
ram-se por muito tempo na baía anoitecida. Comprei o protetor solar e fui à praia.

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LÍNGUA PORTUGUESA

 Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas: Não sei se sairemos hoje.


suas principais conjunções são: mas, contudo, todavia, en- Oração Subordinada Substantiva
tretanto, porém, no entanto, ainda, assim, senão.
Fiquei muito cansada, contudo me diverti bastante. Temos medo de que não sejamos aprovados.
Li tudo, porém não entendi! Oração Subordinada Substantiva

 Orações Coordenadas Sindéticas Alternativas: Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também
suas principais conjunções são: ou... ou; ora...ora; quer... introduzem as orações subordinadas substantivas, bem
quer; seja...seja. como os advérbios interrogativos (por que, quando, onde,
Ou uso o protetor solar, ou uso o óleo bronzeador. como).

 Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas: O garoto perguntou qual seu nome.


suas principais conjunções são: logo, portanto, por fim, por Oração Subordinada Subs-
conseguinte, consequentemente, pois (posposto ao verbo). tantiva
Passei no concurso, portanto comemorarei!
A situação é delicada; devemos, pois, agir. Não sabemos quando ele virá.
Oração Subordinada Substan-
 Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas: tiva
suas principais conjunções são: isto é, ou seja, a saber, na
verdade, pois (anteposto ao verbo). Classificação das Orações Subordinadas Substanti-
Não fui à praia, pois queria descansar durante o Do- vas
mingo.
Maria chorou porque seus olhos estão vermelhos. Conforme a função que exerce no período, a oração
subordinada substantiva pode ser:
1.2.2 Período Composto Por Subordinação 1. Subjetiva - exerce a função sintática de sujeito do
verbo da oração principal:
Quero que você seja aprovado! É fundamental o seu comparecimento à reu-
Oração principal oração subordinada nião.
Sujeito
Observe que na oração subordinada temos o verbo
“seja”, que está conjugado na terceira pessoa do singular É fundamental que você compareça à
do presente do subjuntivo, além de ser introduzida por reunião.
conjunção. As orações subordinadas que apresentam ver- Oração Principal Oração Subordinada Substan-
bo em qualquer dos tempos finitos (tempos do modo do tiva Subjetiva
indicativo, subjuntivo e imperativo) e são iniciadas por con-
junção, chamam-se orações desenvolvidas ou explícitas.
Podemos modificar o período acima. Veja: FIQUE ATENTO!
Quero ser aprovado. Observe que a oração subordinada substantiva
Oração Principal Oração Subordinada pode ser substituída pelo pronome “isso”.
Assim, temos um período simples:
A análise das orações continua sendo a mesma: “Que- É fundamental isso ou Isso é
ro” é a oração principal, cujo objeto direto é a oração su- fundamental.
bordinada “ser aprovado”. Observe que a oração subordi- Desta forma, a oração correspondente a “isso”
nada apresenta agora verbo no infinitivo (ser). Além disso, exercerá a função de sujeito.
a conjunção “que”, conectivo que unia as duas orações,
desapareceu. As orações subordinadas cujo verbo surge
numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou parti-
cípio) são chamadas de orações reduzidas ou implícitas Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração
(como no exemplo acima). principal:
 Verbos de ligação + predicativo, em constru-
Observação: ções do tipo: É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece
As orações reduzidas não são introduzidas por conjun- certo - É claro - Está evidente - Está comprovado
ções nem pronomes relativos. Podem ser, eventualmente, É bom que você compareça à minha festa.
introduzidas por preposição.
 Expressões na voz passiva, como: Sabe-se, Sou-
A) Orações Subordinadas Substantivas be-se, Conta-se, Diz-se, Comenta-se, É sabido, Foi anuncia-
A oração subordinada substantiva tem valor de subs- do, Ficou provado.
tantivo e vem introduzida, geralmente, por conjunção inte- Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.
grante (que, se).

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LÍNGUA PORTUGUESA

 Verbos como: convir - cumprir - constar - admirar


- importar - ocorrer - acontecer #FicaDica
Convém que não se atrase na entrevista.
As orações subordinadas substantivas
Observação: objetivas indiretas integram o sentido de um
Quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, verbo, enquanto que orações subordinadas
o verbo da oração principal está sempre na 3.ª pessoa do substantivas completivas nominais integram
singular. o sentido de um nome. Para distinguir uma
da outra, é necessário levar em conta o termo
2. Objetiva Direta = exerce função de objeto direto do complementado. Esta é a diferença entre o
verbo da oração principal: objeto indireto e o complemento nominal: o
Todos querem sua aprovação no concurso. primeiro complementa um verbo; o segundo,
Objeto Direto um nome.

Todos querem que você seja aprovado. (Todos


querem isso)
Oração Principal Oração Subordinada Substantiva 5. Predicativa = exerce papel de predicativo do su-
Objetiva Direta jeito do verbo da oração principal e vem sempre depois
do verbo ser.
As orações subordinadas substantivas objetivas diretas Nosso desejo era sua desistência.
(desenvolvidas) são iniciadas por: Predicativo do Sujeito
 Conjunções integrantes “que” (às vezes elíptica) e
“se”: A professora verificou se os alunos estavam presentes. Nosso desejo era que ele desistisse. (= Nosso desejo
 Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às era isso)
vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas: Oração Subordinada Substantiva
O pessoal queria saber quem era o dono do carro importado. Predicativa
 Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às
vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas: 6. Apositiva = exerce função de aposto de algum ter-
Eu não sei por que ela fez isso. mo da oração principal.
Fernanda tinha um grande sonho: a felicidade!
3. Objetiva Indireta = atua como objeto indireto do Aposto
verbo da oração principal. Vem precedida de preposição.
Fernanda tinha um grande sonho: ser feliz!
Meu pai insiste em meu estudo. Oração subordinada
Objeto Indireto substantiva apositiva reduzida de infinitivo
Meu pai insiste em que eu estude. (= Meu pai insiste (Fernanda tinha um grande sonho: isso)
nisso)
Oração Subordinada Substantiva Dica: geralmente há a presença dos dois pontos! ( : )
Objetiva Indireta
B) Orações Subordinadas Adjetivas
Observação: Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui
Em alguns casos, a preposição pode estar elíptica na valor e função de adjetivo, ou seja, que a ele equivale. As
oração.
orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem
Marta não gosta (de) que a chamem de senhora.
a função de adjunto adnominal do antecedente.
Oração Subordinada Substantiva
Esta foi uma redação bem-sucedida.
Objetiva Indireta
Substantivo Adjetivo (Adjunto Adno-
minal)
4. Completiva Nominal = completa um nome que
pertence à oração principal e também vem marcada por
O substantivo “redação” foi caracterizado pelo adjeti-
preposição.
Sentimos orgulho de seu comportamento. vo “bem-sucedida”. Neste caso, é possível formarmos ou-
Complemento Nominal tra construção, a qual exerce exatamente o mesmo papel:
Esta foi uma redação que fez sucesso.
Sentimos orgulho de que você se comportou. (= Oração Principal Oração Subordinada
Sentimos orgulho disso.) Adjetiva
Oração Subordinada Substantiva
Completiva Nominal

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LÍNGUA PORTUGUESA

Perceba que a conexão entre a oração subordinada No período acima, observe que a oração em destaque
adjetiva e o termo da oração principal que ela modifica é restringe e particulariza o sentido da palavra “homem”: tra-
feita pelo pronome relativo “que”. Além de conectar (ou re- ta-se de um homem específico, único. A oração limita o
lacionar) duas orações, o pronome relativo desempenha uma universo de homens, isto é, não se refere a todos os ho-
função sintática na oração subordinada: ocupa o papel que mens, mas sim àquele que estava passando naquele mo-
seria exercido pelo termo que o antecede (no caso, “redação” mento.
é sujeito, então o “que” também funciona como sujeito).
Exemplo 2:
O homem, que se considera racional, muitas vezes
FIQUE ATENTO! age animalescamente.
Vale lembrar um recurso didático para Oração Subordinada Adjetiva Explicativa
reconhecer o pronome relativo “que”: ele
sempre pode ser substituído por: o qual - a Agora, a oração em destaque não tem sentido restriti-
qual - os quais - as quais vo em relação à palavra “homem”; na verdade, apenas ex-
Refiro-me ao aluno que é estudioso. = Esta plicita uma ideia que já sabemos estar contida no conceito
oração é equivalente a: Refiro-me ao aluno o de “homem”.
qual estuda.
Saiba que:
A oração subordinada adjetiva explicativa é separada
da oração principal por uma pausa que, na escrita, é repre-
Forma das Orações Subordinadas Adjetivas sentada pela vírgula. É comum, por isso, que a pontuação
seja indicada como forma de diferenciar as orações expli-
Quando são introduzidas por um pronome relativo e cativas das restritivas; de fato, as explicativas vêm sempre
apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as isoladas por vírgulas; as restritivas, não.
orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvi-
das. Além delas, existem as orações subordinadas adjetivas C) Orações Subordinadas Adverbiais
reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo Uma oração subordinada adverbial é aquela que exer-
(podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o ce a função de adjunto adverbial do verbo da oração prin-
verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou cipal. Assim, pode exprimir circunstância de tempo, modo,
particípio). fim, causa, condição, hipótese, etc. Quando desenvolvida,
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou. vem introduzida por uma das conjunções subordinativas
Ele foi o primeiro aluno a se apresentar. (com exclusão das integrantes, que introduzem orações
subordinadas substantivas). Classifica-se de acordo com
No primeiro período, há uma oração subordinada ad- a conjunção ou locução conjuntiva que a introduz (assim
jetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome re- como acontece com as coordenadas sindéticas).
lativo “que” e apresenta verbo conjugado no pretérito per- Durante a madrugada, eu olhei você dormindo.
feito do indicativo. No segundo, há uma oração subordina- Oração Subordinada Adverbial
da adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome relativo
e seu verbo está no infinitivo. A oração em destaque agrega uma circunstância de
tempo. É, portanto, chamada de oração subordinada adver-
Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas bial temporal. Os adjuntos adverbiais são termos acessórios
que indicam uma circunstância referente, via de regra, a
um verbo. A classificação do adjunto adverbial depende da
Na relação que estabelecem com o termo que caracte-
exata compreensão da circunstância que exprime.
rizam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de
Naquele momento, senti uma das maiores emoções de
duas maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou
minha vida.
especificam o sentido do termo a que se referem, indivi-
Quando vi o mar, senti uma das maiores emoções de
dualizando-o. Nestas orações não há marcação de pausa,
minha vida.
sendo chamadas subordinadas adjetivas restritivas. Existem
também orações que realçam um detalhe ou amplificam
No primeiro período, “naquele momento” é um adjun-
dados sobre o antecedente, que já se encontra suficiente- to adverbial de tempo, que modifica a forma verbal “sen-
mente definido. Estas orações denominam-se subordina- ti”. No segundo período, este papel é exercido pela oração
das adjetivas explicativas. “Quando vi o mar”, que é, portanto, uma oração subordi-
nada adverbial temporal. Esta oração é desenvolvida, pois
Exemplo 1: é introduzida por uma conjunção subordinativa (quando)
Jamais teria chegado aqui, não fosse um homem que e apresenta uma forma verbal do modo indicativo (“vi”, do
passava naquele momento. pretérito perfeito do indicativo). Seria possível reduzi-la,
Oração obtendo-se:
Subordinada Adjetiva Restritiva Ao ver o mar, senti uma das maiores emoções de minha
vida.

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LÍNGUA PORTUGUESA

A oração em destaque é reduzida, apresentando uma D) Concessiva = indica concessão às ações do verbo
das formas nominais do verbo (“ver” no infinitivo) e não é da oração principal, isto é, admitem uma contradição ou
introduzida por conjunção subordinativa, mas sim por uma um fato inesperado. A ideia de concessão está diretamente
preposição (“a”, combinada com o artigo “o”). ligada ao contraste, à quebra de expectativa. Principal con-
junção subordinativa concessiva: embora. Utiliza-se tam-
Observação: bém a conjunção: conquanto e as locuções ainda que, ainda
A classificação das orações subordinadas adverbiais é quando, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que.
feita do mesmo modo que a classificação dos adjuntos ad- Só irei se ele for.
verbiais. Baseia-se na circunstância expressa pela oração. A oração acima expressa uma condição: o fato de “eu”
ir só se realizará caso essa condição seja satisfeita.
Classificação das Orações Subordinadas Adverbiais Compare agora com:
Irei mesmo que ele não vá.
A) Causal = A ideia de causa está diretamente ligada
àquilo que provoca um determinado fato, ao motivo do que A distinção fica nítida; temos agora uma concessão:
se declara na oração principal. Principal conjunção subordi- irei de qualquer maneira, independentemente de sua ida. A
nativa causal: porque. Outras conjunções e locuções cau- oração destacada é, portanto, subordinada adverbial con-
sais: como (sempre introduzido na oração anteposta à ora- cessiva.
ção principal), pois, pois que, já que, uma vez que, visto que. Observe outros exemplos:
As ruas ficaram alagadas porque a chuva foi muito forte. Embora fizesse calor, levei agasalho.
Já que você não vai, eu também não vou. Foi aprovado sem estudar (= sem que estudasse / em-
bora não estudasse). (reduzida de infinitivo)
A diferença entre a subordinada adverbial causal e a
sindética explicativa é que esta “explica” o fato que aconte- E) Comparativa= As orações subordinadas adverbiais
ceu na oração com a qual ela se relaciona; aquela apresenta comparativas estabelecem uma comparação com a ação
a “causa” do acontecimento expresso na oração à qual ela indicada pelo verbo da oração principal. Principal conjun-
se subordina. Repare: ção subordinativa comparativa: como.
1. Faltei à aula porque estava doente. Ele dorme como um urso. (como um urso dorme)
2. Melissa chorou, porque seus olhos estão vermelhos. Você age como criança. (age como uma criança age)
Em 1, a oração destacada aconteceu primeiro (causa)
que o fato expresso na oração anterior, ou seja, o fato de  geralmente há omissão do verbo.
estar doente impediu-me de ir à aula. No exemplo 2, a ora-
ção sublinhada relata um fato que aconteceu depois, já que F) Conformativa = indica ideia de conformidade, ou
primeiro ela chorou, depois seus olhos ficaram vermelhos. seja, apresenta uma regra, um modelo adotado para a
execução do que se declara na oração principal. Principal
B) Consecutiva = exprime um fato que é consequên- conjunção subordinativa conformativa: conforme. Outras
cia, é efeito do que se declara na oração principal. São in- conjunções conformativas: como, consoante e segundo (to-
troduzidas pelas conjunções e locuções: que, de forma que, das com o mesmo valor de conforme).
de sorte que, tanto que, etc., e pelas estruturas tão...que, tan- Fiz o bolo conforme ensina a receita.
to...que, tamanho...que. Consoante reza a Constituição, todos os cidadãos têm
Principal conjunção subordinativa consecutiva: que direitos iguais.
(precedido de tal, tanto, tão, tamanho)
Nunca abandonou seus ideais, de sorte que acabou con- G) Final = indica a intenção, a finalidade daquilo que
cretizando-os. se declara na oração principal. Principal conjunção subordi-
Não consigo ver televisão sem bocejar. (Oração Reduzi- nativa final: a fim de. Outras conjunções finais: que, porque
da de Infinitivo) (= para que) e a locução conjuntiva para que.
Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigas.
C) Condicional = Condição é aquilo que se impõe Estudarei muito para que eu me saia bem na prova.
como necessário para a realização ou não de um fato. As
orações subordinadas adverbiais condicionais exprimem o H) Proporcional = exprime ideia de proporção, ou
que deve ou não ocorrer para que se realize - ou deixe de seja, um fato simultâneo ao expresso na oração principal.
se realizar - o fato expresso na oração principal. Principal locução conjuntiva subordinativa proporcional: à
Principal conjunção subordinativa condicional: se. Ou- proporção que. Outras locuções conjuntivas proporcionais:
tras conjunções condicionais: caso, contanto que, desde que, à medida que, ao passo que. Há ainda as estruturas: quan-
salvo se, exceto se, a não ser que, a menos que, sem que, to maior...(maior), quanto maior...(menor), quanto menor...
uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo). (maior), quanto menor...(menor), quanto mais...(mais), quan-
Se o regulamento do campeonato for bem elaborado, to mais...(menos), quanto menos...(mais), quanto menos...
certamente o melhor time será campeão. (menos).
Caso você saia, convide-me. À proporção que estudávamos mais questões acertávamos.
À medida que lia mais culto ficava.

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LÍNGUA PORTUGUESA

I) Temporal = acrescenta uma ideia de tempo ao fato A oração subordinada “que não possuem o nome do pai
expresso na oração principal, podendo exprimir noções de em sua certidão de nascimento” não é antecedida por vírgula
simultaneidade, anterioridade ou posterioridade. Principal porque tem natureza restritiva.
conjunção subordinativa temporal: quando. Outras con- ( ) Certo ( ) Errado
junções subordinativas temporais: enquanto, mal e locu-
ções conjuntivas: assim que, logo que, todas as vezes que, A oração restringe o grupo que participará da campanha
antes que, depois que, sempre que, desde que, etc. (apenas os que não têm o nome do pai na certidão de nasci-
Assim que Paulo chegou, a reunião acabou. mento). Se colocarmos uma vírgula, a oração se tornará “ex-
Terminada a festa, todos se retiraram. (= Quando termi- plicativa”, generalizando a informação, o que dará a entender
nou a festa) (Oração Reduzida de Particípio) que TODAS as pessoas não têm o nome do pai na certidão.
GABARITO OFICIAL: CERTO
Orações Reduzidas
2. (TJ-PA - Médico Psiquiatra - VUNESP - 2014) Assi-
As orações subordinadas podem vir expressas como nale a alternativa em que a seguinte passagem – Mas o vento
reduzidas, ou seja, com o verbo em uma de suas formas foi mais ágil e o papel se perdeu. – está reescrita com o acrés-
nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio) e sem conecti- cimo de um termo que estabelece uma relação de conclusão,
vo subordinativo que as introduza. consequência, entre as orações.
É preciso estudar! = reduzida de infinitivo A. mas o vento foi mais ágil e, contudo, o papel se per-
É preciso que se estude = oração desenvolvida (pre- deu.
sença do conectivo) B. mas o vento foi mais ágil e, assim, o papel se perdeu.
C. mas o vento foi mais ágil e, todavia, o papel se perdeu
Para classificá-las, precisamos imaginar como seriam D. mas o vento foi mais ágil e, entretanto, o papel se per-
“desenvolvidas” – como no exemplo acima. deu.
É preciso estudar = oração subordinada substantiva E. mas o vento foi mais ágil e, porém, o papel se perdeu.
subjetiva reduzida de infinitivo
É preciso que se estude = oração subordinada subs- Nas alternativas “a”, “c”, “d” e “e” são apresentadas con-
tantiva subjetiva junções adversativas – que nos dão ideia contrária à apresen-
tada anteriormente; já na “b”, temos uma conjunção conclu-
siva (assim).
Orações Intercaladas
GABARITO OFICIAL: B
São orações independentes encaixadas na sequência
3. (Prefeitura de Osasco – Farmacêutico – FGV/2014)
do período, utilizadas para um esclarecimento, um aparte,
“o que tem feito os fabricantes optarem em apresentar os pro-
uma citação. Elas vêm separadas por vírgulas ou travessões.
dutos em porções individuais e quase prontos para consumo”.
Nós – continuava o relator – já abordamos este as-
A expressão sublinhada pode ser adequadamente substituí-
sunto.
da por
A. para a sua consumação.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA B. para que sejam consumidos.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa C. a fim de que se consumem.
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. D. para serem consumados.
CAMPEDELLI, Samira Yousseff. Português – Literatura, E. para que fossem consumidos.
Produção de Texto & Gramática – Volume único / Samira
Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa Souza. – 3.ª edição – Podemos eliminar as alternativas incoerentes: A (con-
São Paulo: Saraiva, 2002. sumação), C (de que se consumem) e D (consumados). Fi-
camos com B e E. Pela leitura do texto, o coerente é a que
SITE utiliza “para que sejam consumidos”, indicando a finalidade
http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/fra- da apresentação dos produtos em porções individuais. Além
se-periodo-e-oracao disso, a expressão verbal “tem feito” indica tempo presente, e
“fossem” está no pretérito (passado).
GABARITO OFICIAL: B
EXERCÍCIO COMENTADO 4. (SEDUC/AM – Assistente Social – FGV/2014) Assi-
nale a opção que indica o segmento em que a conjunção e
1. (CNJ – Técnico Judiciário – CESPE/2013 - adap- tem valor adversativo e não aditivo.
tada) Jogadores de futebol de diversos times entraram em A. “Em termos de escala, assiduidade e participação da
campo em prol do programa “Pai Presente”, nos jogos do população na escolha dos governantes,...”.
Campeonato Nacional em apoio à campanha que visa redu- B. “... o Brasil de 1985 a 2014 parece outro país, moder-
zir o número de pessoas que não possuem o nome do pai em no e dinâmico, no cotejo com a restrita experiência eleitoral
sua certidão de nascimento. (...) anterior”.

37
LÍNGUA PORTUGUESA

C. “A hipótese de ruptura com o passado se fortalece 7. (SUSAM/AM - Assistente Administrativo –


quando avaliamos a extensão dos mecanismos de distri- FGV/2014) Assinale a opção em que o conectivo “e” tem
buição de oportunidades e de mitigação de desigualdades valor adversativo (oposição) e não aditivo (adição).
de hoje”. A. “...longa estiagem que afetou o Sudeste e o Centro‐
D. “A democracia brasileira contemporânea, e apenas ela Oeste...”
na história nacional, inventou o que mais perto se pode che- B. “...recebeu considerável reforço de usinas termoelé-
gar de um Estado de Bem-Estar num país de renda média”. tricas e há uma crescente contribuição da energia eólica,...”
E. “A baixa qualidade dos serviços governamentais está C. “...asseguram o suprimento de eletricidade do país
ligada sobretudo à limitação do PIB, e não à falta de políti- por vários anos, e sim por meses”
cas públicas social-democratas”. D. “No passado, a população e os setores produti-
vos deram provas...”
Em “a”: “Em termos de escala, assiduidade e participa- E. “...o governo não deveria jogar com a sorte e
ção = adição expor a população a um risco...”
Em “b”: “... o Brasil de 1985 a 2014 parece outro país,
moderno e dinâmico = adição Em “a”: “...longa estiagem que afetou o Sudeste e o
Em “c”: “A hipótese de ruptura com o passado se for- Centro‐Oeste...” = adição
talece quando avaliamos a extensão dos mecanismos de Em “b”: “...recebeu considerável reforço de usinas ter-
distribuição de oportunidades e de mitigação de desigual- moelétricas e há uma crescente contribuição da energia
dades de hoje”. = adição eólica,...” = adição
Em “d”: “A democracia brasileira contemporânea, e Em “c”: “...asseguram o suprimento de eletricidade do
apenas ela na história nacional = adição país por vários anos, e sim por meses” = podemos subs-
Em “e”: “A baixa qualidade dos serviços governamen- tituir o “e sim por meses” por “mas por meses” – ideia de
tais está ligada sobretudo à limitação do PIB, e não à falta adversidade, contrária
= adversativa (dá para substituirmos por “mas”) Em “d”: “No passado, a população e os setores pro-
GABARITO OFICIAL: E dutivos deram provas...” = adição
Em “e”: “...o governo não deveria jogar com a sorte
5. (EBSERH/HUSM-UFSM/RS - Analista Adminis- e expor a população a um risco...” = adição
trativo – Jornalismo – AOCP/2014) “Sinta-se ungido pela GABARITO OFICIAL: C
sorte de recomeçar. Quando seu filho crescer, ele irá entender
- mais cedo ou mais tarde ...” 8. (DETRAN/RO – Analista em Trânsito - Adminis-
No período acima, a oração destacada: trador – IADES/2014) Relacione adequadamente a classi-
A. estabelece uma relação temporal com a oração que ficação das orações subordinadas substantivas às respecti-
lhe é subsequente. vas orações.
B. estabelece uma relação temporal com a oração que 1. Subjetiva.
a antecede. 2. Objetiva direta.
C. estabelece uma relação condicional com a oração 3. Objetiva indireta.
que lhe é subsequente. 4. Completiva nominal.
D. estabelece uma relação condicional com a oração 5. Predicativa.
que a antecede. 6. Apositiva.
E. estabelece uma relação de finalidade com a oração
que lhe é subsequente. ( ) Cada situação permite que se aprenda algo novo.
( ) Só quero uma coisa: que tires a tua carteira.
A conjunção “quando” é temporal, pois atribui ao pe- ( ) Tenho esperança de que o trânsito melhore.
ríodo uma ideia de tempo. ( ) É importante que todos colaborem.
GABARITO OFICIAL: A ( ) Meu desejo é que sejas classificado.
( ) Lembrei-me de que já estava errado.
6. (EBSERH/HUSM-UFSM/RS - Analista Administra-
tivo – Jornalismo – AOCP/2014) Em “... já deve ter assisti- A sequência está correta em
do ao filme...”, o termo destacado exerce função de: A. 1, 6, 3, 5, 2, 4.
A. objeto direto. B. 2, 6, 4, 1, 5, 3.
B. objeto indireto. C. 1, 2, 3, 4, 5, 6.
C. complemento nominal. D. 6, 5, 4, 3, 2, 1.
D. predicativo do sujeito. E. 2, 6, 4, 1, 3, 5.
E. adjunto adnominal.
1. Subjetiva.
“Assistido” é verbo, e o que o complementa é o objeto. 2. Objetiva direta.
No caso, “assistir” está empregado com o sentido de “pre- 3. Objetiva indireta.
senciar”, então sua transitividade é indireta (há preposição 4. Completiva nominal.
= objeto indireto). 5. Predicativa.
GABARITO OFICIAL: B 6. Apositiva.

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LÍNGUA PORTUGUESA

( ) Cada situação permite que se aprenda algo novo. de perto, mas para a literatura. Por meio dos assuntos, da
( ) Só quero uma coisa: que tires a tua carteira. composição solta, do ar de coisa sem necessidade que
( ) Tenho esperança de que o trânsito melhore. costuma assumir, ela se ajusta à sensibilidade de todo dia.
( ) É importante que todos colaborem. Principalmente porque elabora uma linguagem que fala de
( ) Meu desejo é que sejas classificado. perto ao nosso modo de ser mais natural. Na sua despre-
( ) Lembrei-me de que já estava errado. tensão, humaniza; e esta humanização lhe permite, como
compensação sorrateira, recuperar com a outra mão certa
Podemos começar a classificação pela mais fácil! Lem- profundidade de significado e certo acabamento de forma,
bra-se da dica quanto à apositiva? Há a presença de dois- que de repente podem fazer dela uma inesperada, embora
-pontos! Então, na segunda oração teremos o número 6. discreta, candidata à perfeição.
Descartamos, assim, os itens C e D. Vamos às demais dicas: Antonio Candido. A vida ao rés do chão. In: Recortes.
quando houver um verbo de ligação entre a oração princi- São Paulo: Companhia das Letras, 1993, p. 23 (com adap-
pal e a subordinada, provavelmente (99% das vezes!) esta tações).
será predicativa. Repare na antepenúltima frase: Meu dese-
jo é que sejas classificado = temos um exemplo de subor- As formas verbais “imagina” (R.1), “atribuir” (R.4) e “ser-
dinada substantiva predicativa. Voltando às alternativas: o vir” (R.8) foram utilizadas como verbos transitivos indiretos.
antepenúltimo número deve ser 5. Ficamos agora somente ( ) CERTO (
com o item B! Mas farei a classificação das demais: ) ERRADO
- Cada situação permite que se aprenda algo novo.
Permite o quê? A resposta exercerá a função de objeto imagina uma literatura = transitivo direto
direto – objetiva direta (2) atribuir o Prêmio Nobel a um cronista = bitransitivo
(transitivo direto e indireto)
- Só quero uma coisa: que tires a tua carteira. = apo- pode servir de caminho = intransitivo
sitiva GABARITO OFICIAL: ERRADO

- Tenho esperança de que o trânsito melhore. 10. (Banco do Nordeste – Analista Bancário –
Tenho o quê? esperança (objeto direto); esperança em FGV/2014) “Sim, teremos uma Copa do Mundo para exor-
quê? de que o trânsito melhore (função de complemento cizar o gol de Alcides Gighia”. A forma desenvolvida ade-
nominal, já que se liga ao termo “esperança” – completiva quada da oração reduzida sublinhada é:
nominal (4) A. para exorcizarmos o gol de Alcides Gighia;
B. para que exorcizemos o gol de Alcides Gighia;
- É importante que todos colaborem. C. para que exorcizássemos o gol de Alcides Gighia;
Dica: geralmente(também 99% das vezes!) quando D. para o exorcismo do gol de Alcides Gighia;
a principal começa com verbo de ligação, a subordinada E. para a exorcização do gol de Alcides Gighia.
exercerá a função de sujeito (subjetiva) – (1)
“Sim, teremos uma Copa do Mundo para exorcizar o
- Meu desejo é que sejas classificado. = predicativa (5) gol de Alcides Gighia” = para que tenhamos uma oração
desenvolvida, devemos incluir uma conjunção. O período
- Lembrei-me de que já estava errado. ficará: “para que exorcizemos o gol”.
Lembrei-me do quê? de que já estava errado = pre- GABARITO OFICIAL: B
sença de preposição, o termo completa um verbo, então:
objeto indireto – objetiva indireta (3)

A ordem ficou: 2 – 6 – 4 – 1 – 5 – 3. EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO. 


GABARITO OFICIAL: B

9. (Instituto Rio Branco – Admissão à Carreira de 1. Pontuação


Diplomata – CESPE/2014 - adaptada)
Os sinais de pontuação são marcações gráficas que
A crônica não é um “gênero maior”. Não se imagina servem para compor a coesão e a coerência textual, além
uma literatura feita de grandes cronistas, que lhe dessem de ressaltar especificidades semânticas e pragmáticas.
o brilho universal dos grandes romancistas, dramaturgos e Um texto escrito adquire diferentes significados quando
poetas. Nem se pensaria em atribuir o Prêmio Nobel a um pontuado de formas diversificadas. O uso da pontuação
cronista, por melhor que fosse. Portanto, parece mesmo depende, em certos momentos, da intenção do autor do
que a crônica é um gênero menor. discurso. Assim, os sinais de pontuação estão diretamente
“Graças a Deus”, seria o caso de dizer, porque, sen- relacionados ao contexto e ao interlocutor.
do assim, ela fica mais perto de nós. E para muitos pode
servir de caminho não apenas para a vida, que ela serve

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LÍNGUA PORTUGUESA

1.1 Principais funções dos sinais de pontuação E) Ponto de Interrogação (?)

A) Ponto (.)  Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.


“- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Aze-
 Indica o término do discurso ou de parte dele, vedo)
encerrando o período.
 Usa-se nas abreviaturas: pág. (página), Cia. (Com- F) Reticências (...)
panhia). Se a palavra abreviada aparecer em final de pe-
ríodo, este não receberá outro ponto; neste caso, o ponto  Indica que palavras foram suprimidas: Comprei lá-
de abreviatura marca, também, o fim de período. Exemplo: pis, canetas, cadernos...
Estudei português, matemárica, constitucional, etc. (e não  Indica interrupção violenta da frase: “- Não... que-
“etc..”) ro dizer... é verdad... Ah!”
 Nos títulos e cabeçalhos é opcional o emprego do  Indica interrupções de hesitação ou dúvida: Este
ponto, assim como após o nome do autor de uma citação: mal... pega doutor?
Haverá eleições em outubro  Indica que o sentido vai além do que foi dito: Dei-
O culto do vernáculo faz parte do brio cívico. (Napoleão xa, depois, o coração falar...
Mendes de Almeida) (ou: Almeida.)
 Os números que identificam o ano não utilizam G) Vírgula (,)
ponto nem devem ter espaço a separá-los, bem como os
números de CEP: 1975, 2014, 2006, 17600-250. Não se usa vírgula
Separando termos que, do ponto de vista sintático, li-
B) Ponto e Vírgula (;) gam-se diretamente entre si:
1. Entre sujeito e predicado:
 Separa várias partes do discurso, que têm a mes- Todos os alunos da sala foram advertidos.
ma importância: “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos Sujeito predicado
dão pelo pão a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo
pão a vida; os de nenhum espírito dão pelo pão a alma...” 2. Entre o verbo e seus objetos:
(VIEIRA) O trabalho custou sacrifício aos
 Separa partes de frases que já estão separadas realizadores.
por vírgulas: Alguns quiseram verão, praia e calor; outros, V.T.D.I. O.D. O.I.
montanhas, frio e cobertor.
 Separa itens de uma enumeração, exposição de Usa-se a vírgula:
motivos, decreto de lei, etc.
Ir ao supermercado; 1. Para marcar intercalação:
Pegar as crianças na escola; A) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abun-
Caminhada na praia; dância, vem caindo de preço.
Reunião com amigos. B) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão
produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos.
C) Dois pontos (:) C) das expressões explicativas ou corretivas: As indús-
trias não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não
 Antes de uma citação = Vejamos como Afrânio querem abrir mão dos lucros altos.
Coutinho trata este assunto:
 Antes de um aposto = Três coisas não me agra- 2. Para marcar inversão:
dam: chuva pela manhã, frio à tarde e calor à noite. A) do adjunto adverbial (colocado no início da oração):
 Antes de uma explicação ou esclarecimento: Lá Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fe-
estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo a ro- chadas.
tina de sempre. B) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos
 Em frases de estilo direto pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.
Maria perguntou: C) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de
- Por que você não toma uma decisão? maio de 1982.

D) Ponto de Exclamação (!) 3. Para separar entre si elementos coordenados (dis-


postos em enumeração):
 Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
susto, súplica, etc.: Sim! Claro que eu quero me casar com A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais.
você!
 Depois de interjeições ou vocativos 4. Para marcar elipse (omissão) do verbo: Nós quere-
Ai! Que susto! mos comer pizza; e vocês, churrasco.
João! Há quanto tempo!

40
LÍNGUA PORTUGUESA

5. Para isolar: No Brasil, o crime aumentou significantemente a partir


A) o aposto: São Paulo, considerada a metrópole brasi- de 1980, impacto do processo de modernização pelo qual
leira, possui um trânsito caótico. o país passou. Isso sugere que o boom do consumo colo-
B) o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem. cou em circulação bens de alto valor e, consequentemente,
aumentou as oportunidades para o crime, inclusive porque
Observações: a maior mobilidade de pessoas torna o espaço social mais
Considerando-se que “etc.” é abreviatura da expressão anônimo, menos supervisionado.
latina et coetera, que significa “e outras coisas”, seria dis- Nesse contexto, justiça criminal passa a ser cada vez
pensável o emprego da vírgula antes dele. Porém, o acordo mais dissociada de justiça social e reconstrução da socie-
ortográfico em vigor no Brasil exige que empreguemos etc. dade. O objetivo em relação à criminalidade torna-se bem
predecido de vírgula: Falamos de política, futebol, lazer, etc. menos ambicioso: o controle. A prisão ganha mais impor-
tância na modernidade tardia, porque satisfaz uma dupla
As perguntas que denotam surpresa podem ter com- necessidade dessa nova cultura: castigo e controle do ris-
binados o ponto de interrogação e o de exclamação: Você co. Essa postura às vezes proporciona controle, porém não
falou isso para ela?! segurança, pois o Estado tem o poder limitado de manter
a ordem por meio da polícia, sendo necessário dividir as
Temos, ainda, sinais distintivos: tarefas de controle com organizações locais e com a co-
 a barra ( / ) = usada em datas (25/12/2014), se- munidade.
paração de siglas (IOF/UPC); Jacqueline Carvalho da Silva. Manutenção da ordem
 os colchetes ([ ]) = usados em transcrições feitas pública e garantia dos direitos individuais: os desafios da
pelo narrador ([vide pág. 5]), usado como primeira opção polícia em sociedades democráticas. In: Revista Brasilei-
aos parênteses, principalmente na matemática; ra de Segurança Pública. São Paulo, ano 5, 8.ª ed., fev. –
 o asterisco (*) = usado para remeter o leitor a mar./2011, p. 84-5 (com adaptações).
uma nota de rodapé ou no fim do livro, para substituir um
nome que não se quer mencionar. No primeiro parágrafo do texto 1A1AAA, os dois-pon-
tos introduzem
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS A. uma enumeração das “categorias de direitos”.
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Ce- B. resultados da “consolidação da cidadania”.
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São C. um contra-argumento para a ideia de cidadania
Paulo: Saraiva, 2010. como algo “amplo”.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa D. uma generalização do termo “direitos”.
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. E. objetivos do “processo de redemocratização”.

SITE Recorramos ao texto (faça isso SEMPRE durante seu


http://www.infoescola.com/portugues/pontuacao/ concurso. O texto é a base para encontrar as respostas para
http://www.brasilescola.com/gramatica/uso-da-virgu- as questões!): (...) abrangendo as três categorias de direitos:
la.htm civis, políticos e sociais. Os dois-pontos introduzem a enu-
meração dos direitos; apresenta-os.
GABARITO OFICIAL: A

EXERCÍCIO COMENTADO 2. (ANEEL – Técnico Administrativo – CESPE/2010)


Vão surgindo novos sinais do crescente otimismo da
indústria com relação ao futuro próximo. Um deles refere-
-se às exportações. “O comércio mundial já está voltando
1. (SERES-PE - Agente de Segurança Penitenciária – a se abrir para as empresas”, diz o gerente executivo de
Cespe-2017) pesquisas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Re-
nato da Fonseca, para explicar a melhora das expectativas
Texto 1A1AAA dos industriais com relação ao mercado externo.
Quanto ao mercado interno, as expectativas da indús-
Após o processo de redemocratização, com o fim da tria não se modificaram. Mas isso não é um mau sinal, pois
ditadura militar, em meados da década de 80 do século elas já eram francamente otimistas. Há algum tempo, a
passado, era de se esperar que a democratização das ins- pesquisa da CNI, realizada mensalmente a partir de 2010,
tituições tivesse como resultado direto a consolidação da registra grande otimismo da indústria com relação à de-
cidadania — compreendida de modo amplo, abrangendo manda interna. Trata-se de um sentimento generalizado.
as três categorias de direitos: civis, políticos e sociais. So- Em todos os setores industriais, a expressiva maioria dos
bressaem, porém, problemas que configuram mais desa- entrevistados acredita no aumento das vendas internas.
fios para a cidadania brasileira, como a violência urbana O Estado de S.Paulo, Editorial, 30/3/2010 (com adap-
— que ameaça os direitos individuais — e o desemprego tações).
— que ameaça os direitos sociais.

41
LÍNGUA PORTUGUESA

O nome próprio “Renato da Fonseca” está entre vírgu- Em “b”: Em maio deste ano, a Comissão da Verdade
las por tratar-se de um vocativo. acatou o pedido da família do ex-presidente João Goulart
( ) Certo ( ) Errado e reabriu a investigação da morte deste, visto que, para a
viúva e para os filhos, Jango pode ter sido assassinado. =
Recorramos ao texto (lembre-se de fazer a mesma correta
coisa no dia do seu concurso!): (...) diz o gerente executivo Em “c”: A investigação da morte de João Goulart, (X) foi
de pesquisas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), reaberta, em maio deste ano (X) pela Comissão da Verdade,
Renato da Fonseca, para explicar a melhora das expectati- para apuração da causa da morte do ex-presidente (X) uma
vas. O termo em destaque não está exercendo a função vez que, para a família, Jango pode ter sido assassinado.
de vocativo, já que não é utilizado para evocar, chamar o Em “d”: A Comissão da Verdade, a pedido da família de
interlocutor do diálogo. Sua função é de aposto – explicar João Goulart, reabriu (X) em maio deste ano (X) a investi-
quem é o gerente executivo da CNI. gação de sua morte, porque, (X) a hipótese de assassinato
GABARITO OFICIAL: ERRADO. não é descartada, (X) pela viúva e filhos.
Em “e”: Como a viúva e os filhos do ex-presidente João
3. (Caixa Econômica Federal – Médico do Trabalho – Goulart, suspeitando que ele possa ter sido assassinado (X)
CESPE/2014 - adaptada) A correção gramatical do trecho pediram a reabertura da investigação de sua morte, (X) à
“Entre as bebidas alcoólicas, cervejas e vinhos são as mais Comissão da Verdade, esta ,(X) atendeu o pedido (X) em
comuns em todo o mundo” seria prejudicada, caso se inse- maio deste ano.
risse uma vírgula logo após a palavra “vinhos”. GABARITO OFICIAL: B
( ) Certo ( ) Errado

Não se deve colocar vírgula entre sujeito e predicado,


a não ser que se trate de um aposto (1), predicativo do su- CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL. 
jeito (2), ou algum termo que requeira estar separado entre
pontuações. Exemplo: O Rio de Janeiro, cidade maravilhosa
(1), está em festa! Os meninos, ansiosos (2), chegaram! 1. Concordância Verbal e Nominal
GABARITO OFICIAL: CERTO
Os concurseiros estão apreensivos.
4. (EMPLASA/SP – Analista Jurídico – Direito – VU- Concurseiros apreensivos.
NESP/2014) Segundo a norma-padrão da língua portu-
guesa, a pontuação está correta em: No primeiro exemplo, o verbo estar se encontra na
A. Como há suspeita, por parte da família de que João terceira pessoa do plural, concordando com o seu sujeito,
Goulart tenha sido assassinado; a Comissão da Verdade os concurseiros. No segundo exemplo, o adjetivo “apreen-
decidiu reabrir a investigação de sua morte, em maio deste sivos” está concordando em gênero (masculino) e número
ano, a pedido da viúva e dos filhos. (plural) com o substantivo a que se refere: concurseiros.
B. Em maio deste ano, a Comissão da Verdade acatou o Nesses dois exemplos, as flexões de pessoa, número e gê-
pedido da família do ex-presidente João Goulart e reabriu a nero se correspondem. A correspondência de flexão en-
investigação da morte deste, visto que, para a viúva e para tre dois termos é a concordância, que pode ser verbal ou
os filhos, Jango pode ter sido assassinado. nominal.
C. A investigação da morte de João Goulart, foi rea-
berta, em maio deste ano pela Comissão da Verdade, para 1.1 Concordância Verbal
apuração da causa da morte do ex-presidente uma vez
que, para a família, Jango pode ter sido assassinado. É a flexão que se faz para que o verbo concorde com
D. A Comissão da Verdade, a pedido da família de João seu sujeito.
Goulart, reabriu em maio deste ano a investigação de sua
morte, porque, a hipótese de assassinato não é descartada, 1.1.1 Sujeito Simples - Regra Geral
pela viúva e filhos. O sujeito, sendo simples, com ele concordará o verbo
E. Como a viúva e os filhos do ex-presidente João Gou- em número e pessoa. Veja os exemplos:
lart, suspeitando que ele possa ter sido assassinado pedi- A prova para ambos os cargos será aplicada
ram a reabertura da investigação de sua morte, à Comissão às 13h.
da Verdade, esta, atendeu o pedido em maio deste ano. 3.ª p. Singular 3.ª p. Singular

Assinalei com (X) as pontuações inadequadas e/ou fal- Os candidatos à vaga chegarão às 12h.
tantes: 3.ª p. Plural 3.ª p. Plural
Em “a”: Como há suspeita, por parte da família (X) de
que João Goulart tenha sido assassinado; (X) a Comissão
da Verdade decidiu reabrir a investigação de sua morte, em
maio deste ano, a pedido da viúva e dos filhos.

42
LÍNGUA PORTUGUESA

Casos Particulares ele está se incluindo no grupo dos omissos. Isso não ocorre
ao dizer ou escrever “Alguns de nós sabiam de tudo e nada
A) Quando o sujeito é formado por uma expressão par- fizeram”, frase que soa como uma denúncia.
titiva (parte de, uma porção de, o grosso de, metade de, a Nos casos em que o interrogativo ou indefinido estiver
maioria de, a maior parte de, grande parte de...) seguida de no singular, o verbo ficará no singular.
um substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ficar Qual de nós é capaz?
no singular ou no plural. Algum de vós fez isso.
A maioria dos jornalistas aprovou / aprovaram a ideia.
Metade dos candidatos não apresentou / apresentaram E) Quando o sujeito é formado por uma expressão que
proposta. indica porcentagem seguida de substantivo, o verbo deve
concordar com o substantivo.
Esse mesmo procedimento pode se aplicar aos casos 25% do orçamento do país será destinado à Educação.
dos coletivos, quando especificados: Um bando de vândalos 85% dos entrevistados não aprovam a administração do
destruiu / destruíram o monumento. prefeito.
1% do eleitorado aceita a mudança.
Observação: 1% dos alunos faltaram à prova.
Nesses casos, o uso do verbo no singular enfatiza a uni-
dade do conjunto; já a forma plural confere destaque aos  Quando a expressão que indica porcentagem não
elementos que formam esse conjunto. é seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o
número.
B) Quando o sujeito é formado por expressão que in- 25% querem a mudança.
dica quantidade aproximada (cerca de, mais de, menos de, 1% conhece o assunto.
perto de...) seguida de numeral e substantivo, o verbo con-
corda com o substantivo.  Se o número percentual estiver determinado por
Cerca de mil pessoas participaram do concurso. artigo ou pronome adjetivo, a concordância far-se-á com
Perto de quinhentos alunos compareceram à solenidade. eles:
Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas últimas Os 30% da produção de soja serão exportados.
Olimpíadas. Esses 2% da prova serão questionados.

Observação: F) O pronome “que” não interfere na concordância; já o


Quando a expressão “mais de um” se associar a verbos “quem” exige que o verbo fique na 3.ª pessoa do singular.
que exprimem reciprocidade, o plural é obrigatório: Mais Fui eu que paguei a conta.
de um colega se ofenderam na discussão. (ofenderam um Fomos nós que pintamos o muro.
ao outro) És tu que me fazes ver o sentido da vida.
Sou eu quem faz a prova.
C) Quando se trata de nomes que só existem no plu- Não serão eles quem será aprovado.
ral, a concordância deve ser feita levando-se em conta a
ausência ou presença de artigo. Sem artigo, o verbo deve G) Com a expressão “um dos que”, o verbo deve assu-
ficar no singular; com artigo no plural, o verbo deve ficar o mir a forma plural.
plural. Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais encanta-
Os Estados Unidos possuem grandes universidades. ram os poetas.
Estados Unidos possui grandes universidades. Este candidato é um dos que mais estudaram!
Alagoas impressiona pela beleza das praias.
As Minas Gerais são inesquecíveis.  Se a expressão for de sentido contrário – nenhum
Minas Gerais produz queijo e poesia de primeira. dos que, nem um dos que -, não aceita o verbo no singular:
Nenhum dos que foram aprovados assumirá a vaga.
D) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou Nem uma das que me escreveram mora aqui.
indefinido plural (quais, quantos, alguns, poucos, muitos,
quaisquer, vários) seguido por “de nós” ou “de vós”, o verbo  Quando “um dos que” vem entremeada de subs-
pode concordar com o primeiro pronome (na terceira pes- tantivo, o verbo pode:
soa do plural) ou com o pronome pessoal. 1. ficar no singular – O Tietê é um dos rios que atravessa
Quais de nós são / somos capazes? o Estado de São Paulo. (já que não há outro rio que faça o
Alguns de vós sabiam / sabíeis do caso? mesmo).
Vários de nós propuseram / propusemos sugestões ino- 2. ir para o plural – O Tietê é um dos rios que estão poluí-
vadoras. dos (noção de que existem outros rios na mesma condição).

Observação: H) Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o


Veja que a opção por uma ou outra forma indica a in- verbo fica na 3ª pessoa do singular ou plural.
clusão ou a exclusão do emissor. Quando alguém diz ou Vossa Excelência está cansado?
escreve “Alguns de nós sabíamos de tudo e nada fizemos”, Vossas Excelências renunciarão?

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LÍNGUA PORTUGUESA

I) A concordância dos verbos bater, dar e soar faz-se de D) Quando ocorre ideia de reciprocidade, a concor-
acordo com o numeral. dância é feita no plural. Observe:
Deu uma hora no relógio da sala. Abraçaram-se vencedor e vencido.
Deram cinco horas no relógio da sala. Ofenderam-se o jogador e o árbitro.
Soam dezenove horas no relógio da praça.
Baterão doze horas daqui a pouco. 1.1.3 Casos Particulares

Observação:  Quando o sujeito composto é formado por nú-


Caso o sujeito da oração seja a palavra relógio, sino, cleos sinônimos ou quase sinônimos, o verbo fica no sin-
torre, etc., o verbo concordará com esse sujeito. gular.
O tradicional relógio da praça matriz dá nove horas. Descaso e desprezo marca seu comportamento.
Soa quinze horas o relógio da matriz. A coragem e o destemor fez dele um herói.

J) Verbos Impessoais: por não se referirem a nenhum su-  Quando o sujeito composto é formado por nú-
jeito, são usados sempre na 3.ª pessoa do singular. São verbos cleos dispostos em gradação, verbo no singular:
impessoais: Haver no sentido de existir; Fazer indicando tem- Com você, meu amor, uma hora, um minuto, um segun-
po; Aqueles que indicam fenômenos da natureza. Exemplos: do me satisfaz.
Havia muitas garotas na festa.
Faz dois meses que não vejo meu pai.  Quando os núcleos do sujeito composto são uni-
Chovia ontem à tarde. dos por “ou” ou “nem”, o verbo deverá ficar no plural, de
acordo com o valor semântico das conjunções:
1.1.2 Sujeito Composto Drummond ou Bandeira representam a essência da poe-
sia brasileira.
A) Quando o sujeito é composto e anteposto ao verbo, Nem o professor nem o aluno acertaram a resposta.
a concordância se faz no plural:
Pai e filho conversavam longamente. Em ambas as orações, as conjunções dão ideia de “adi-
Sujeito ção”. Já em:
Juca ou Pedro será contratado.
Pais e filhos devem conversar com frequência. Roma ou Buenos Aires será a sede da próxima Olim-
Sujeito píada.
B) Nos sujeitos compostos formados por pessoas gra- Temos ideia de exclusão, por isso os verbos ficam
maticais diferentes, a concordância ocorre da seguinte ma- no singular.
neira: a primeira pessoa do plural (nós) prevalece sobre a
segunda pessoa (vós) que, por sua vez, prevalece sobre a
 Com as expressões “um ou outro” e “nem um nem
terceira (eles). Veja:
outro”, a concordância costuma ser feita no singular.
Teus irmãos, tu e eu tomaremos a decisão.
Um ou outro compareceu à festa.
Primeira Pessoa do Plural (Nós)
Nem um nem outro saiu do colégio.
Tu e teus irmãos tomareis a decisão.
 Com “um e outro”, o verbo pode ficar no plural ou
Segunda Pessoa do Plural (Vós)
no singular: Um e outro farão/fará a prova.
Pais e filhos precisam respeitar-se.
Terceira Pessoa do Plural (Eles)  Quando os núcleos do sujeito são unidos por
“com”, o verbo fica no plural. Nesse caso, os núcleos rece-
Observação: bem um mesmo grau de importância e a palavra “com” tem
Quando o sujeito é composto, formado por um elemen- sentido muito próximo ao de “e”.
to da segunda pessoa (tu) e um da terceira (ele), é possível O pai com o filho montaram o brinquedo.
empregar o verbo na terceira pessoa do plural (eles): “Tu e O governador com o secretariado traçaram os planos
teus irmãos tomarão a decisão.” – no lugar de “tomaríeis”. para o próximo semestre.
O professor com o aluno questionaram as regras.
C) No caso do sujeito composto posposto ao verbo,
passa a existir uma nova possibilidade de concordância: em Nesse mesmo caso, o verbo pode ficar no singular, se a
vez de concordar no plural com a totalidade do sujeito, o ideia é enfatizar o primeiro elemento.
verbo pode estabelecer concordância com o núcleo do su- O pai com o filho montou o brinquedo.
jeito mais próximo. O governador com o secretariado traçou os planos para
Faltaram coragem e competência. o próximo semestre.
Faltou coragem e competência. O professor com o aluno questionou as regras.
Compareceram todos os candidatos e o banca.
Compareceu o banca e todos os candidatos.

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LÍNGUA PORTUGUESA

FIQUE ATENTO! #FicaDica


Com o verbo no singular, não se pode falar Para saber se o “se” é partícula apassivadora
em sujeito composto. O sujeito é simples, uma ou índice de indeterminação do sujeito, tente
vez que as expressões “com o filho” e “com transformar a frase para a voz passiva. Se a
o secretariado” são adjuntos adverbiais de frase construída for “compreensível”, estaremos
companhia. Na verdade, é como se houvesse diante de uma partícula apassivadora; se não, o
uma inversão da ordem. Veja: “se” será índice de indeterminação. Veja:
“O pai montou o brinquedo com o filho.” Precisa-se de funcionários qualificados.
“O governador traçou os planos para o próximo Tentemos a voz passiva:
semestre com o secretariado.” Funcionários qualificados são precisados (ou
“O professor questionou as regras com o aluno.” precisos)? Não há lógica. Portanto, o “se”
destacado é índice de indeterminação do
sujeito.
Casos em que se usa o verbo no singular: Agora:
Café com leite é uma delícia! Vendem-se casas.
O frango com quiabo foi receita da vovó. Voz passiva: Casas são vendidas. Construção
correta! Então, aqui, o “se” é partícula
Quando os núcleos do sujeito são unidos por expres- apassivadora. (Dá para eu passar para a voz
sões correlativas como: “não só... mas ainda”, “não somen- passiva. Repare em meu destaque. Percebeu
te”..., “não apenas... mas também”, “tanto...quanto”, o verbo semelhança? Agora é só memorizar!).
ficará no plural.
Não só a seca, mas também o pouco caso castigam o
Nordeste. O Verbo “Ser”
Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a no-
tícia. A concordância verbal dá-se sempre entre o verbo e o
sujeito da oração. No caso do verbo ser, essa concordân-
Quando os elementos de um sujeito composto são cia pode ocorrer também entre o verbo e o predicativo do
resumidos por um aposto recapitulativo, a concordância é sujeito.
feita com esse termo resumidor.
Filmes, novelas, boas conversas, nada o tirava da apatia. Quando o sujeito ou o predicativo for:
Trabalho, diversão, descanso, tudo é muito importante
na vida das pessoas. A) Nome de pessoa ou pronome pessoal – o verbo SER
concorda com a pessoa gramatical:
1.1.4 Outros Casos Ele é forte, mas não é dois.
Fernando Pessoa era vários poetas.
O Verbo e a Palavra “SE” A esperança dos pais são eles, os filhos.
Dentre as diversas funções exercidas pelo “se”, há duas
de particular interesse para a concordância verbal: B) nome de coisa e um estiver no singular e o outro no
A) quando é índice de indeterminação do sujeito; plural, o verbo SER concordará, preferencialmente, com o
B) quando é partícula apassivadora. que estiver no plural:
Quando índice de indeterminação do sujeito, o “se” Os livros são minha paixão!
acompanha os verbos intransitivos, transitivos indiretos e Minha paixão são os livros!
de ligação, que obrigatoriamente são conjugados na ter-
ceira pessoa do singular: Quando o verbo SER indicar
Precisa-se de funcionários.
Confia-se em teses absurdas.  horas e distâncias, concordará com a expressão
numérica:
Quando pronome apassivador, o “se” acompanha ver- É uma hora.
bos transitivos diretos (VTD) e transitivos diretos e indiretos São quatro horas.
(VTDI) na formação da voz passiva sintética. Nesse caso, o Daqui até a escola é um quilômetro / são dois quilôme-
verbo deve concordar com o sujeito da oração. Exemplos: tros.
Construiu-se um posto de saúde.
Construíram-se novos postos de saúde.  datas, concordará com a palavra dia(s), que pode
Aqui não se cometem equívocos estar expressa ou subentendida:
Alugam-se casas. Hoje é dia 26 de agosto.
Hoje são 26 de agosto.

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LÍNGUA PORTUGUESA

 Quando o sujeito indicar peso, medida, quanti- A) O adjetivo concorda em gênero e número quando
dade e for seguido de palavras ou expressões como pouco, se refere a um único substantivo: As mãos trêmulas denun-
muito, menos de, mais de, etc., o verbo SER fica no singular: ciavam o que sentia.
Cinco quilos de açúcar é mais do que preciso.
Três metros de tecido é pouco para fazer seu vestido. B) Quando o adjetivo refere-se a vários substantivos, a
Duas semanas de férias é muito para mim. concordância pode variar. Podemos sistematizar essa flexão
nos seguintes casos:
 Quando um dos elementos (sujeito ou predicati-  Adjetivo anteposto aos substantivos:
vo) for pronome pessoal do caso reto, com este concordará O adjetivo concorda em gênero e número com o subs-
o verbo. tantivo mais próximo.
No meu setor, eu sou a única mulher. Encontramos caídas as roupas e os prendedores.
Aqui os adultos somos nós. Encontramos caída a roupa e os prendedores.
Encontramos caído o prendedor e a roupa.
Observação:
Sendo ambos os termos (sujeito e predicativo) repre- Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de pa-
rentesco, o adjetivo deve sempre concordar no plural.
sentados por pronomes pessoais, o verbo concorda com o
As adoráveis Fernanda e Cláudia vieram me visitar.
pronome sujeito.
Encontrei os divertidos primos e primas na festa.
Eu não sou ela.
Ela não é eu.
 Adjetivo posposto aos substantivos:
O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo
 Quando o sujeito for uma expressão de sentido ou com todos eles (assumindo a forma masculina plural se
partitivo ou coletivo e o predicativo estiver no plural, o ver- houver substantivo feminino e masculino).
bo SER concordará com o predicativo. A indústria oferece localização e atendimento perfeito.
A grande maioria no protesto eram jovens. A indústria oferece atendimento e localização perfeita.
O resto foram atitudes imaturas. A indústria oferece localização e atendimento perfeitos.
A indústria oferece atendimento e localização perfeitos.
O Verbo “Parecer”
O verbo parecer, quando é auxiliar em uma locução Observação:
verbal (é seguido de infinitivo), admite duas concordâncias: Os dois últimos exemplos apresentam maior clareza,
 Ocorre variação do verbo PARECER e não se fle- pois indicam que o adjetivo efetivamente se refere aos dois
xiona o infinitivo: As crianças parecem gostar do desenho. substantivos. Nesses casos, o adjetivo foi flexionado no
plural masculino, que é o gênero predominante quando há
 A variação do verbo parecer não ocorre e o infini- substantivos de gêneros diferentes.
tivo sofre flexão: Se os substantivos possuírem o mesmo gênero, o adje-
As crianças parece gostarem do desenho. tivo fica no singular ou plural.
(essa frase equivale a: Parece gostarem do desenho aas A beleza e a inteligência feminina(s).
crianças) O carro e o iate novo(s).

C) Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo:


FIQUE ATENTO! O adjetivo fica no masculino singular, se o substanti-
vo não for acompanhado de nenhum modificador: Água é
Com orações desenvolvidas, o verbo PARECER bom para saúde.
fica no singular. Por exemplo: As paredes O adjetivo concorda com o substantivo, se este for mo-
parece que têm ouvidos. (Parece que as paredes dificado por um artigo ou qualquer outro determinativo:
têm ouvidos = oração subordinada substantiva Esta água é boa para saúde.
subjetiva).
D) O adjetivo concorda em gênero e número com os prono-
mes pessoais a que se refere: Juliana encontrou-as muito felizes.
1.2 Concordância Nominal
E) Nas expressões formadas por pronome indefinido
A concordância nominal se baseia na relação entre neutro (nada, algo, muito, tanto, etc.) + preposição DE +
nomes (substantivo, pronome) e as palavras que a eles se adjetivo, este último geralmente é usado no masculino sin-
ligam para caracterizá-los (artigos, adjetivos, pronomes gular: Os jovens tinham algo de misterioso.
adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Lembre-se:
normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um F) A palavra “só”, quando equivale a “sozinho”, tem fun-
ção adjetiva e concorda normalmente com o nome a que
termo da oração, e o adjetivo, como adjunto adnominal.
se refere:
A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as
Cristina saiu só.
seguintes regras gerais:
Cristina e Débora saíram sós.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Observação: Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso -


Quando a palavra “só” equivale a “somente” ou “ape- Quite
nas”, tem função adverbial, ficando, portanto, invariável:
Eles só desejam ganhar presentes. Estas palavras adjetivas concordam em gênero e nú-
mero com o substantivo ou pronome a que se referem.
Seguem anexas as documentações requeridas.
#FicaDica A menina agradeceu: - Muito obrigada.
Muito obrigadas, disseram as senhoras.
Substitua o “só” por “apenas” ou “sozinho”. Se
Seguem inclusos os papéis solicitados.
a frase ficar coerente com o primeiro, trata-se
de advérbio, portanto, invariável; se houver Estamos quites com nossos credores.
coerência com o segundo, função de adjetivo,
então varia: Bastante - Caro - Barato - Longe
Ela está só. (ela está sozinha) – adjetivo
Ele está só descansando. (apenas descansando) Estas palavras são invariáveis quando funcionam como
- advérbio advérbios. Concordam com o nome a que se referem quan-
do funcionam como adjetivos, pronomes adjetivos, ou nu-
Mas cuidado! Se colocarmos uma vírgula merais.
depois de “só”, haverá, novamente, um adjetivo: As jogadoras estavam bastante cansadas. (advérbio)
Ele está só, descansando. (ele está sozinho e Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho. (pro-
descansando) nome adjetivo)
Nunca pensei que o estudo fosse tão caro. (advérbio)
As casas estão caras. (adjetivo)
G) Quando um único substantivo é modificado por
Achei barato este casaco. (advérbio)
dois ou mais adjetivos no singular, podem ser usadas as
Hoje as frutas estão baratas. (adjetivo)
construções:
 O substantivo permanece no singular e coloca-se
o artigo antes do último adjetivo: Admiro a cultura espa- Meio - Meia
nhola e a portuguesa.
 O substantivo vai para o plural e omite-se o artigo A palavra “meio”, quando empregada como adjetivo,
antes do adjetivo: Admiro as culturas espanhola e portu- concorda normalmente com o nome a que se refere: Pedi
guesa. meia porção de polentas.
Quando empregada como advérbio permanece inva-
1.2.1 Casos Particulares riável: A candidata está meio nervosa.

É proibido - É necessário - É bom - É preciso - É per-


mitido #FicaDica
 Estas expressões, formadas por um verbo mais um Dá para eu substituir por “um pouco”, assim
adjetivo, ficam invariáveis se o substantivo a que se referem saberei que se trata de um advérbio, não de
possuir sentido genérico (não vier precedido de artigo). adjetivo: “A candidata está um pouco nervosa”.
É proibido entrada de crianças.
Em certos momentos, é necessário atenção.
No verão, melancia é bom.
É preciso cidadania. Alerta - Menos
Não é permitido saída pelas portas laterais.
Essas palavras são advérbios, portanto, permanecem
 Quando o sujeito destas expressões estiver deter- sempre invariáveis.
minado por artigos, pronomes ou adjetivos, tanto o verbo Os concurseiros estão sempre alerta.
como o adjetivo concordam com ele. Não queira menos matéria!
É proibida a entrada de crianças.
Esta salada é ótima. Tome nota!
A educação é necessária. Não variam os substantivos que funcionam como ad-
São precisas várias medidas na educação. jetivos:
Bomba – notícias bomba
Chave – elementos chave
Monstro – construções monstro
Padrão – escola padrão

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LÍNGUA PORTUGUESA

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Busquemos o contexto:


Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Ce- - sem direitos humanos reconhecidos e protegidos, não
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São há democracia = poderíamos substituir por “não existe”,
Paulo: Saraiva, 2010. inexiste (verbo “haver” empregado com o sentido de
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa “existir”)
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. - sem democracia, não existem as condições mínimas
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- para a solução pacífica dos conflitos = sentido de “existir”.
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. Poderíamos substituir por inexiste, mas no plural, já que
devemos concordar com “as condições mínimas”. A única
SITE “troca” adequada seria o verbo “haver” – que pode ser
http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint49. utilizado com o sentido de “existir”. Teríamos: sem direitos
php humanos reconhecidos e protegidos, inexiste democracia;
sem democracia, não há as condições mínimas para a so-
lução pacífica dos conflitos.
GABARITO OFICIAL: C
EXERCÍCIO COMENTADO
2. (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior – Analista Técnico Administrativo
1. (Prefeitura de São Luís - MA - Conhecimentos – CESPE/2014) Em “Vossa Excelência deve estar satisfeita
Básicos Cargos de Técnico Municipal - Nível Médio – com os resultados das negociações”, o adjetivo estará cor-
Cespe-2017) retamente empregado se dirigido a ministro de Estado do
sexo masculino, pois o termo “satisfeita” deve concordar
Texto CB3A2BBB com a locução pronominal de tratamento “Vossa Excelên-
cia”.
O reconhecimento e a proteção dos direitos humanos ( ) Certo ( ) Errado
estão na base das Constituições democráticas modernas.
A paz, por sua vez, é o pressuposto necessário para o reco- Se a pessoa, no caso o ministro, for do sexo femini-
nhecimento e a efetiva proteção dos direitos humanos em no (ministra), o adjetivo está correto; mas, se for do sexo
cada Estado e no sistema internacional. Ao mesmo tempo, masculino, o adjetivo sofrerá flexão de gênero: satisfeito.
o processo de democratização do sistema internacional, O pronome de tratamento é apenas a maneira como tra-
que é o caminho obrigatório para a busca do ideal da paz tar a autoridade, não regendo as demais concordâncias.
perpétua, não pode avançar sem uma gradativa ampliação GABARITO OFICIAL: ERRADO
do reconhecimento e da proteção dos direitos humanos,
acima de cada Estado. Direitos humanos, democracia e paz 3. (ABIN - Agente Técnico de Inteligência – CES-
são três elementos fundamentais do mesmo movimento PE/2010 - adaptada) (...) Da combinação entre velocida-
histórico: sem direitos humanos reconhecidos e protegi- de, persistência, relevância, precisão e flexibilidade surge a
dos, não há democracia; sem democracia, não existem as noção contemporânea de agilidade, transformada em prin-
condições mínimas para a solução pacífica dos conflitos. cipal característica de nosso tempo.
Em outras palavras, a democracia é a sociedade dos ci- A forma verbal “surge” poderia, sem prejuízo grama-
dadãos, e os súditos se tornam cidadãos quando lhes são tical para o texto, ser flexionada no plural, para concordar
reconhecidos alguns direitos fundamentais; haverá paz es- com “velocidade, persistência, relevância, precisão e fle-
tável, uma paz que não tenha a guerra como alternativa, xibilidade”
somente quando existirem cidadãos não mais apenas des- ( ) Certo ( ) Errado
te ou daquele Estado, mas do mundo.
Norberto Bobbio. A era dos direitos. Trad. Carlos Nel- O verbo está concordando com o termo “combina-
son Coutinho. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004, p. 1 (com ção”, por isso deve ficar no singular.
adaptações). GABARITO OFICIAL: ERRADO

Preservando-se a correção gramatical do texto CB3A- 4. (TRE/MS - Estágio – Jornalismo - TRE/MS – 2014)
2BBB, os termos “não há” e “não existem” poderiam ser A assertiva correta quanto à conjugação verbal é:
substituídos, respectivamente, por A. Houveram eleições em outros países este ano.
A. não existe e não têm. B. Se eu vir você por aí, acabou.
C. Tinha chego atrasado vinte minutos.
B. não existe e inexiste.
D. Fazem três anos que não tiro férias.
C. inexiste e não há.
E. Esse homem possue muitos bens.
D. inexiste e não acontece.
E. não tem e não têm.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Correções à frente:
Em “a”: Houveram eleições em outros países este ano EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE.
= houve
Em “c”: Tinha chego atrasado vinte minutos = tinha
chegado 1. Crase
Em “d”: Fazem três anos que não tiro férias = faz três
anos A crase se caracteriza como a fusão de duas vogais idên-
Em “e”: Esse homem possue muitos bens = possui ticas, relacionadas ao emprego da preposição “a” com o ar-
GABARITO OFICIAL: B tigo feminino a(s), com o “a” inicial referente aos pronomes
demonstrativos – aquela(s), aquele(s), aquilo e com o “a” per-
5. (TRF/3.ª Região - Analista Judiciário - FCC/2014) tencente ao pronome relativo a qual (as quais). Casos estes
O verbo flexionado no plural que também estaria corre- em que tal fusão encontra-se demarcada pelo acento grave
tamente flexionado no singular, sem que nenhuma outra ( ` ): à(s), àquela, àquele, àquilo, à qual, às quais.
alteração fosse feita, encontra-se em: O uso do acento indicativo de crase está condicionado
A. Não é à toa que partiram daqui várias manifestações aos nossos conhecimentos acerca da regência verbal e no-
culturais... minal, mais precisamente ao termo regente e termo regido.
B. Sempre me pareceram sem sentido as guerras... Ou seja, o termo regente é o verbo - ou nome - que exige
C. São Paulo são muitas cidades em uma. complemento regido pela preposição “a”, e o termo regido é
D. São Paulo não tem símbolos que deem conta de... aquele que completa o sentido do termo regente, admitindo
a anteposição do artigo a(s).
E. ... onde as informações diversas se misturam...
Refiro-me a (a) funcionária antiga, e não a (a)quela con-
tratada recentemente.
Vamos item a item:
Após a junção da preposição com o artigo (destacados
Em “a”: o verbo “partiram” não poderia ser utilizado entre parênteses), temos:
no singular, já que está concordando com “várias manifes- Refiro-me à funcionária antiga, e não àquela contratada
tações”; recentemente.
Em “b”: “pareceram” concorda com “as guerras”, per-
manecendo no plural; O verbo referir, de acordo com sua transitividade, classi-
Em “c”: o verbo “ser” pode concordar tanto com o su- fica-se como transitivo indireto, pois sempre nos referimos a
jeito (São Paulo) quanto com o predicativo “cidades” alguém ou a algo. Houve a fusão da preposição a + o artigo
Em “d”: “deem” deve permanecer no plural, já que con- feminino (à) e com o artigo feminino a + o pronome de-
corda com “símbolos” (lembrando: o verbo “deem” não é monstrativo aquela (àquela).
mais acentuado!)
Em “e”: “misturam” fica no plural, pois concorda com Observações importantes:
“informações”. Alguns recursos servem de ajuda para que possamos
GABARITO OFICIAL: C confirmar a ocorrência ou não da crase. Eis alguns:
 Substitui-se a palavra feminina por uma masculina
6. (Tribunal de Contas do Distrito Federal/DF – Co- equivalente. Caso ocorra a combinação a + o(s), a crase está
nhecimentos Básico para os cargos 1, 2, 3, 5, 6 e 7 – confirmada.
CESPE/2014 - adaptada) (...) Há décadas, países como Chi- Os dados foram solicitados à diretora.
na e Índia têm enviado estudantes para países centrais, com Os dados foram solicitados ao diretor.
resultados muito positivos.(...)
A forma verbal “Há” poderia ser corretamente substi-  No caso de nomes próprios geográficos, substi-
tuída por Fazem. tui-se o verbo da frase pelo verbo voltar. Caso resulte na
( ) CERTO ( ) ERRADO expressão “voltar da”, há a confirmação da crase.
Faremos uma visita à Bahia.
O verbo “fazer”, quando empregado no sentido de Faz dois dias que voltamos da Bahia. (crase confirmada)
tempo passado, não sofre flexão. Portanto, sua forma cor-
Não me esqueço da viagem a Roma.
reta seria: “faz décadas”.
Ao voltar de Roma, relembrarei os belos momentos ja-
GABARITO OFICIAL: ERRADO
mais vividos.

FIQUE ATENTO!
Nas situações em que o nome geográfico
se apresentar modificado por um adjunto
adnominal, a crase está confirmada.
Atendo-me à bela Fortaleza, senti saudades de
suas praias.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Casos passíveis de nota:


#FicaDica
 A crase é facultativa diante de nomes próprios
Use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou femininos: Entreguei o caderno a (à) Eliza.
A volto DE, crase PRA QUÊ?” Exemplo: Vou a  Também é facultativa diante de pronomes pos-
Campinas. = Volto de Campinas. (crase pra sessivos femininos: O diretor fez referência a (à) sua em-
quê?) presa.
Vou à praia. = Volto da praia. (crase há!)  Facultativa em locução prepositiva “até a”: A loja
ficará aberta até as (às) dezoito horas.
 Constata-se o uso da crase se as locuções prepo-
sitivas à moda de, à maneira de apresentarem-se implíci-
FIQUE ATENTO! tas, mesmo diante de nomes masculinos: Tenho compulsão
Quando o nome de lugar estiver especificado, por comprar sapatos à Luis XV. (à moda de Luís XV)
ocorrerá crase. Veja:  Não se efetiva o uso da crase diante da locução
Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = adverbial “a distância”: Na praia de Copacabana, observa-
mesmo que, pela regrinha acima, seja a do mos a queima de fogos a distância.
“VOLTO DE” Entretanto, se o termo vier determinado, teremos
Irei à Salvador de Jorge Amado. uma locução prepositiva, aí sim, ocorrerá crase: O pedestre
foi arremessado à distância de cem metros.
A letra “a” dos pronomes demonstrativos
aquele(s), aquela(s) e aquilo receberão o acento  De modo a evitar o duplo sentido – a ambiguida-
grave se o termo regente exigir complemento de -, faz-se necessário o emprego da crase.
regido da preposição “a”. Ensino à distância.
Entregamos a encomenda àquela menina. Ensino a distância.
(preposição + pronome demonstrativo)  Em locuções adverbiais formadas por palavras re-
petidas, não há ocorrência da crase.
Iremos àquela reunião. Ela ficou frente a frente com o agressor.
(preposição + pronome demonstrativo) Eu o seguirei passo a passo.

Sua história é semelhante às que eu ouvia Casos em que não se admite o emprego da crase:
quando criança. (àquelas que eu ouvia quando
criança) Antes de vocábulos masculinos.
(preposição + pronome demonstrativo) As produções escritas a lápis não serão corrigidas.
Esta caneta pertence a Pedro.
A letra “a” que acompanha locuções femininas
(adverbiais, prepositivas e conjuntivas) Antes de verbos no infinitivo.
recebem o acento grave: Ele estava a cantar.
 locuções adverbiais: às vezes, à tarde, Começou a chover.
à noite, às pressas, à vontade...
 locuções prepositivas: à frente, à Antes de numeral.
espera de, à procura de... O número de aprovados chegou a cem.
 locuções conjuntivas: à proporção Faremos uma visita a dez países.
que, à medida que.
Observações:
Cuidado: quando as expressões acima não  Nos casos em que o numeral indicar horas – fun-
exercerem a função de locuções não ocorrerá cionando como uma locução adverbial feminina – ocorrerá
crase. Repare:
crase: Os passageiros partirão às dezenove horas.
Eu adoro a noite!
 Diante de numerais ordinais femininos a crase
Adoro o quê? Adoro quem? O verbo “adoro”
está confirmada, visto que estes não podem ser emprega-
requer objeto direto, no caso, a noite. Aqui, o
dos sem o artigo: As saudações foram direcionadas à pri-
“a” é artigo, não preposição.
meira aluna da classe.
 Não ocorrerá crase antes da palavra casa, quan-
do essa não se apresentar determinada: Chegamos todos
exaustos a casa.
Entretanto, se vier acompanhada de um adjunto
adnominal, a crase estará confirmada: Chegamos todos
exaustos à casa de Marcela.

50
LÍNGUA PORTUGUESA

 Não há crase antes da palavra “terra”, quando estão sujeitos a regras precisas para a gestão do dinheiro
essa indicar chão firme: Quando os navegantes regressa- público, para a criação de despesas e, em particular, para os
ram a terra, já era noite. gastos com pessoal. Por que, tendo descumprido algumas
Contudo, se o termo estiver precedido por um deter- dessas regras, estariam interessados em torná-las ainda
minante ou referir-se ao planeta Terra, ocorrerá crase. mais rigorosas?
Paulo viajou rumo à sua terra natal. Não foi a lei que não funcionou, mas os responsáveis
O astronauta voltou à Terra. pelo dinheiro público que, por alguma razão, não a cum-
priram. De que adiantaria, então, tornar a lei mais rigoro-
 Não ocorre crase antes de pronomes que reque- sa, se nem nas condições atuais esses responsáveis estão
rem o uso do artigo. sendo capazes de cumpri-la? O problema não está na lei.
Os livros foram entregues a mim. Mudá-la pode ser o pretexto não para torná-la mais ri-
Dei a ela a merecida recompensa. gorosa, mas para atribuir-lhe alguma flexibilidade que a
desfigure. O verdadeiro problema é a dificuldade do setor
 Pelo fato de os pronomes de tratamento relativos público de adaptar suas despesas às receitas em queda
à senhora, senhorita e madame admitirem artigo, o uso da por causa da crise.
crase está confirmado no “a” que os antecede, no caso de Internet: <http://opiniao.estadao.com.br> (com adap-
o termo regente exigir a preposição. tações).
Todos os méritos foram conferidos à senhorita Patrícia.
 Não ocorre crase antes de nome feminino utiliza- O emprego do acento grave em “às receitas” decorre
do em sentido genérico ou indeterminado: da regência do verbo “adaptar” e da presença do artigo
Estamos sujeitos a críticas. definido feminino determinando o substantivo “receitas”.
Refiro-me a conversas paralelas. ( ) CERTO ( ) ERRADO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Texto: O verdadeiro problema é a dificuldade do se-
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa tor público de adaptar suas despesas às receitas em queda
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
por causa da crise = quem adapta, adapta algo/alguém A
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Ce-
algo/alguém.
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
GABARITO OFICIAL: CERTO
Paulo: Saraiva, 2010.
2. (FNDE – Técnico em Financiamento e Execução
SITE
de Programas e Projetos Educacionais – CESPE/2012)
http://www.portugues.com.br/gramatica/o-uso-crase-.html
O emprego do sinal indicativo de crase em “adequando
os objetivos às necessidades” justifica-se pela regência do
verbo adequar, que exige complemento regido pela pre-
posição “a”, e pela presença de artigo definido feminino
EXERCÍCIO COMENTADO
antes de “necessidades”.
( ) Certo ( ) Errado

1. (TCE-PA - Conhecimentos Básicos - Cargos 1, 18, Adequar o quê? – os objetivos (objeto direto) – ade-
19, 37 e 38 – Cespe-2016) quar o quê a quê? – a + as (=às) necessidades – objeto
indireto. A explicação do enunciado está correta.
Texto CB1A1BBB GABARITO OFICIAL: CERTO

Estranhamente, governos estaduais cujas despesas 3. (EMPLASA/SP – Analista Jurídico – Direito – VU-
com o funcionalismo já alcançaram nível preocupante ou NESP/2014)
que estouraram o limite de gastos com pessoal fixado pela A ministra de Direitos Humanos instituiu grupo de tra-
Lei Complementar n.º 101/2000, denominada Lei de Res- balho para proceder _____ medidas necessárias _____ exu-
ponsabilidade Fiscal (LRF), estão elaborando sua própria mação dos restos mortais do ex-presidente João Goulart,
legislação destinada a assegurar, como alegam, maior rigor sepultado em São Borja (RS), em 1976. Com a exumação
na gestão de suas finanças. Querem uma nova lei de res- de Jango, o governo visa esclarecer se o ex-presidente
ponsabilidade fiscal para, segundo argumentam, fortalecer morreu de causas naturais, ou seja, devido ____ uma pa-
a estrutura legal que protege o dinheiro público do mau rada cardíaca – que tem sido a versão considerada oficial
uso por gestores irresponsáveis. até hoje –, ou se sua morte se deve ______ envenenamento.
Examinando-se a situação financeira dos estados que (http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,-
preparam sua versão da lei de responsabilidade fiscal, fica governo-cria-grupo-exumar--restos-mortais-de- jan-
difícil aceitar a argumentação. Desde maio de 2000, quan- go,1094178,0.htm 07. 11.2013. Adaptado)
do entrou em vigor a LRF, esses estados, como os demais,

51
LÍNGUA PORTUGUESA

Segundo a norma-padrão da língua portuguesa, as la- 1.1 Próclise = É a colocação pronominal antes do ver-
cunas da frase devem ser completadas, correta e respecti- bo. A próclise é usada:
vamente, por
A. a ... à ... a ... a  Quando o verbo estiver precedido de palavras
B. as ... à ... a ... à que atraem o pronome para antes do verbo. São elas:
C. às ... a ... à ... a A) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém,
D. à ... à ... à ... a jamais, etc.: Não se desespere!
E. a ... a ... a ... à B) Advérbios: Agora se negam a depor.
C) Conjunções subordinativas: Espero que me expli-
A ministra de Direitos Humanos instituiu grupo de tra- quem tudo!
balho para proceder a medidas (palavra no plural, genera- D) Pronomes relativos: Venceu o concurseiro que se es-
lizando) necessárias à (regência nominal pede preposição) forçou.
exumação dos restos mortais do ex-presidente João Gou- E) Pronomes indefinidos: Poucos te deram a oportuni-
lart, sepultado em São Borja (RS), em 1976. Com a exuma- dade.
ção de Jango, o governo visa esclarecer se o ex-presidente F) Pronomes demonstrativos: Isso me magoa muito.
morreu de causas naturais, ou seja, devido a uma (artigo
indefinido) parada cardíaca – que tem sido a versão consi-  Orações iniciadas por palavras interrogativas:
derada oficial até hoje –, ou se sua morte se deve a (regên- Quem lhe disse isso?
cia verbal) envenenamento. A / à / a / a  Orações iniciadas por palavras exclamativas:
GABARITO OFICIAL: A Quanto se ofendem!
 Orações que exprimem desejo (orações optati-
4. (Tribunal de Justiça/SE – Técnico Judiciário – vas): Que Deus o ajude.
CESPE/2014 - adaptada) No trecho “deu início à sua ca-  A próclise é obrigatória quando se utiliza o pro-
minhada cósmica”, o emprego do acento grave indicativo nome reto ou sujeito expresso: Eu lhe entregarei o material
de crase é obrigatório. amanhã. / Tu sabes cantar?
( ) CERTO (
) ERRADO 1.2 Mesóclise = É a colocação pronominal no meio do
verbo. A mesóclise é usada:
“deu início à sua caminhada cósmica” – o uso do acen-
to indicativo de crase, neste caso, é facultativo (antes de Quando o verbo estiver no futuro do presente ou fu-
pronome possessivo). turo do pretérito, contanto que esses verbos não estejam
GABARITO OFICIAL: ERRADO precedidos de palavras que exijam a próclise. Exemplos:
Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em
prol da paz no mundo.
Repare que o pronome está “no meio” do verbo “reali-
COLOCAÇÃO DOS PRONOMES ÁTONOS. zará”: realizar – SE – á. Se houvesse na oração alguma pa-
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL. lavra que justificasse o uso da próclise, esta prevaleceria.
Veja: Não se realizará...
Não fossem os meus compromissos, acompanhar-te-ia
nessa viagem.
1. Colocação Pronominal (com presença de palavra que justifique o uso de pró-
clise: Não fossem os meus compromissos, EU te acompa-
Colocação Pronominal trata da correta colocação dos nharia nessa viagem).
pronomes oblíquos átonos na frase.
1.3 Ênclise = É a colocação pronominal depois do ver-
bo. A ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não
#FicaDica forem possíveis:
 Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo:
Pronome Oblíquo é aquele que exerce a Quando eu avisar, silenciem-se todos.
função de complemento verbal (objeto). Por  Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal:
isso, memorize: Não era minha intenção machucá-la.
OBlíquo = OBjeto!  Quando o verbo iniciar a oração. (até porque não
se inicia período com pronome oblíquo).
Embora na linguagem falada a colocação dos Vou-me embora agora mesmo.
pronomes não seja rigorosamente seguida, Levanto-me às 6h.
algumas normas devem ser observadas na  Quando houver pausa antes do verbo: Se eu passo
linguagem escrita. no concurso, mudo-me hoje mesmo!
 Quando o verbo estiver no gerúndio: Recusou a
proposta fazendo-se de desentendida.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Colocação pronominal nas locuções verbais REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
 Após verbo no particípio = pronome depois do Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
verbo auxiliar (e não depois do particípio): Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Ce-
Tenho me deliciado com a leitura! reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
Eu tenho me deliciado com a leitura! Paulo: Saraiva, 2010.
Eu me tenho deliciado com a leitura!
 Não convém usar hífen nos tempos compostos e SITE
nas locuções verbais: http://www.portugues.com.br/gramatica/colocacao-
Vamos nos unir! -pronominal-.html
Iremos nos manifestar.
 Quando há um fator para próclise nos tempos
compostos ou locuções verbais: opção pelo uso do prono-
me oblíquo “solto” entre os verbos = Não vamos nos preo- EXERCÍCIO COMENTADO
cupar (e não: “não nos vamos preocupar”).

Emprego de o, a, os, as 1. (TRT/AL - Analista Judiciário - FCC/2014)


cruzando os desertos do oeste da China − que contor-
 Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral, nam a Índia − adotam complexas providências
os pronomes: o, a, os, as não se alteram. Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos
Chame-o agora. grifados acima foram corretamente substituídos por um
Deixei-a mais tranquila. pronome, respectivamente, em:
 Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoan- A. os cruzando - que contornam-lhe - adotam-as
tes finais alteram-se para lo, la, los, las. Exemplos: B. cruzando-lhes - que contornam-na - as adotam
(Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho. C. cruzando-os - que lhe contornam - adotam-lhes
(Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa. D. cruzando-os - que a contornam - adotam-nas
 Em verbos terminados em ditongos nasais (am, E. lhes cruzando - que contornam-a - as adotam
em, ão, õe), os pronomes o, a, os, as alteram-se para no,
na, nos, nas. Não podemos utilizar “lhes”, que corresponde ao ob-
Chamem-no agora. jeto indireto (verbo “cruzar” pede objeto direto: cruzar o
Põe-na sobre a mesa. quê?), portanto já desconsideramos as alternativas “B” e
“D”. Ao iniciarmos um parágrafo (já que no enunciado te-
mos uma oração assim) devemos usar ênclise: (cruzando-
#FicaDica -os); na segunda oração temos um pronome relativo (dá
para substituirmos por “o qual”), o que nos obriga a usar
Dica da Zê!
a próclise (que a contorna); “adotam” exige objeto direto
Próclise – pró lembra pré; pré é prefixo que
(adotam quem ou o quê?), chegando à resposta: adotam-
significa “antes”! Pronome antes do verbo!
-nas (quando o verbo terminar em “m” e usarmos um pro-
Ênclise – “en” lembra, pelo “som”, /Ənd/ (end,
nome oblíquo direto, lembre-se do alfabeto: JKLM – N!).
em Inglês – que significa “fim, final!). Pronome
GABARITO OFICIAL: D
depois do verbo!
Mesóclise – pronome oblíquo no Meio do
2. (SABESP – Tecnólogo – FCC/2014) A substituição
verbo
do elemento grifado pelo pronome correspondente foi
realizada de modo INCORRETO em:
A. que permitiu à civilização = que lhe permitiu
FIQUE ATENTO! B. envolveu diferentes fatores = envolveu-os
Próclise – pró lembra pré; pré é prefixo que C. para fazer a dragagem = para fazê-la
significa “antes”! Pronome antes do verbo! D. que desviava a água = que lhe desviava
Ênclise – “en” lembra, pelo “som”, /Ənd/ (end, E. supriam a necessidade = supriam-na
em Inglês – que significa “fim, final!). Pronome
depois do verbo! Em “a”: que permitiu à civilização = que lhe permitiu
Mesóclise – pronome oblíquo no Meio do = correta
verbo Em “b”: envolveu diferentes fatores = envolveu-os =
correta
Em “c”: para fazer a dragagem = para fazê-la = correta
Em “d”: que desviava a água = que lhe desviava = que
a desviava
Em “e”: supriam a necessidade = supriam-na = correta
GABARITO OFICIAL: D

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LÍNGUA PORTUGUESA

3. (Banco do Nordeste – Analista Bancário – A) Verbos Intransitivos


FGV/2014) Se colocarmos o pronome oblíquo “o” após a
forma do verbo “empobrecem”, a forma correta da frase Os verbos intransitivos não possuem complemento. É
seria: importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos
A. empobrecem-o; aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los.
B. empobrecem-no;
C. empobrecem-lo; Chegar, Ir
D. empobrece-no; Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adver-
E. empobrece-lo. biais de lugar. Na língua culta, as preposições usadas para
indicar destino ou direção são: a, para.
Os verbos terminados em “m” seguem a regrinha do Fui ao teatro.
“M-N”: empobreceM-No. Adjunto Adverbial de Lugar
GABARITO OFICIAL: B
Ricardo foi para a Espanha.
1. REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL Adjunto Adverbial de Lugar

Dá-se o nome de regência à relação de subordinação Comparecer


que ocorre entre um verbo (regência verbal) ou um nome O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por
(regência nominal) e seus complementos. em ou a.
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o
1.1 Regência Verbal = Termo Regente: VERBO último jogo.

A regência verbal estuda a relação que se estabelece B) Verbos Transitivos Diretos


entre os verbos e os termos que os complementam (obje-
tos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos Os verbos transitivos diretos são complementados
adverbiais). Há verbos que admitem mais de uma regência, por objetos diretos. Isso significa que não exigem prepo-
o que corresponde à diversidade de significados que estes sição para o estabelecimento da relação de regência. Ao
verbos podem adquirir dependendo do contexto em que empregar esses verbos, lembre-se de que os pronomes
forem empregados. oblíquos o, a, os, as atuam como objetos diretos. Esses
A mãe agrada o filho = agradar significa acariciar, con- pronomes podem assumir as formas lo, los, la, las (após
tentar. formas verbais terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos,
A mãe agrada ao filho = agradar significa “causar agra- nas (após formas verbais terminadas em sons nasais), en-
do ou prazer”, satisfazer. quanto lhe e lhes são, quando complementos verbais, ob-
Conclui-se que “agradar alguém” é diferente de “agra- jetos indiretos.
dar a alguém”. São verbos transitivos diretos, dentre outros: aban-
donar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar,
O conhecimento do uso adequado das preposições é admirar, adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxi-
um dos aspectos fundamentais do estudo da regência ver- liar, castigar, condenar, conhecer, conservar, convidar, de-
bal (e também nominal). As preposições são capazes de fender, eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar,
modificar completamente o sentido daquilo que está sen- prezar, proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar.
do dito. Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente
Cheguei ao metrô. como o verbo amar:
Cheguei no metrô. Amo aquele rapaz. / Amo-o.
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no se- Amo aquela moça. / Amo-a.
gundo caso, é o meio de transporte por mim utilizado. Amam aquele rapaz. / Amam-no.
Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la.
A voluntária distribuía leite às crianças.
A voluntária distribuía leite com as crianças. Observação:
Na primeira frase, o verbo “distribuir” foi empregado Os pronomes lhe, lhes só acompanham esses verbos
como transitivo direto (objeto direto: leite) e indireto (obje- para indicar posse (caso em que atuam como adjuntos
to indireto: às crianças); na segunda, como transitivo direto adnominais):
(objeto direto: crianças; com as crianças: adjunto adverbial). Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto)
Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua car-
Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos reira)
de acordo com sua transitividade. Esta, porém, não é um Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau hu-
fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes mor)
formas em frases distintas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

C) Verbos Transitivos Indiretos O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito
com particular cuidado:
Os verbos transitivos indiretos são complementados Agradeci o presente. / Agradeci-o.
por objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exi- Agradeço a você. / Agradeço-lhe.
gem uma preposição para o estabelecimento da relação de Perdoei a ofensa. / Perdoei-a.
regência. Os pronomes pessoais do caso oblíquo de ter- Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe.
ceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são Paguei minhas contas. / Paguei-as.
o “lhe”, o “lhes”, para substituir pessoas. Não se utilizam Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes.
os pronomes o, os, a, as como complementos de verbos
transitivos indiretos. Com os objetos indiretos que não re- Informar
presentam pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto
de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa.
lhe, lhes. Informe os novos preços aos clientes.
Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos
Os verbos transitivos indiretos são os seguintes: preços)
Consistir - Tem complemento introduzido pela prepo-
Na utilização de pronomes como complementos, veja
sição “em”: A modernidade verdadeira consiste em direitos
as construções:
iguais para todos.
Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços.
Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou so-
Obedecer e Desobedecer - Possuem seus comple- bre eles)
mentos introduzidos pela preposição “a”:
Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais. Observação:
Eles desobedeceram às leis do trânsito. A mesma regência do verbo informar é usada para os
seguintes: avisar, certificar, notificar, cientificar, prevenir.
Responder - Tem complemento introduzido pela pre-
posição “a”. Esse verbo pede objeto indireto para indicar “a Comparar
quem” ou “ao que” se responde. Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as
Respondi ao meu patrão. preposições “a” ou “com” para introduzir o complemento
Respondemos às perguntas. indireto: Comparei seu comportamento ao (ou com o) de
Respondeu-lhe à altura. uma criança.

Observação: Pedir
O verbo responder, apesar de transitivo indireto quan- Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na
do exprime aquilo a que se responde, admite voz passiva forma de oração subordinada substantiva) e indireto de
analítica: pessoa.
O questionário foi respondido corretamente.
Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente. Pedi-lhe favores.
Objeto Indireto Objeto Direto
Simpatizar e Antipatizar - Possuem seus complemen-
tos introduzidos pela preposição “com”. Pedi-lhe que se mantivesse em silêncio.
Antipatizo com aquela apresentadora. Objeto Indireto Oração Subordinada Subs-
Simpatizo com os que condenam os políticos que gover- tantiva Objetiva Direta
nam para uma minoria privilegiada.

D) Verbos Transitivos Diretos e Indiretos #FicaDica


A construção “pedir para”, muito comum
Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompa- na linguagem cotidiana, deve ter emprego
nhados de um objeto direto e um indireto. Merecem desta- muito limitado na língua culta. No entanto, é
que, nesse grupo: agradecer, perdoar e pagar. São verbos considerada correta quando a palavra licença
que apresentam objeto direto relacionado a coisas e objeto estiver subentendida.
indireto relacionado a pessoas. Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos
em casa.
Agradeço aos ouvintes a audiência.
Objeto Indireto Objeto Direto Observe que, nesse caso, a preposição “para”
introduz uma oração subordinada adverbial
Paguei o débito ao cobrador. final reduzida de infinitivo (para ir entregar-lhe
Objeto Direto Objeto Indireto os catálogos em casa).

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LÍNGUA PORTUGUESA

Preferir Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presen-


Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto in- ciar, estar presente, caber, pertencer.
direto introduzido pela preposição “a”: Assistimos ao documentário.
Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais. Não assisti às últimas sessões.
Prefiro trem a ônibus. Essa lei assiste ao inquilino.

Observação: No sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é intran-


Na língua culta, o verbo “preferir” deve ser usado sem sitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de lugar
termos intensificadores, tais como: muito, antes, mil vezes, introduzido pela preposição “em”: Assistimos numa contur-
um milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo prefixo bada cidade.
existente no próprio verbo (pre).
Chamar
Mudança de Transitividade - Mudança de Signifi- Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, soli-
cado citar a atenção ou a presença de.
Por gentileza, vá chamar a polícia. / Por favor, vá cha-
Há verbos que, de acordo com a mudança de transitivi- má-la.
dade, apresentam mudança de significado. O conhecimen- Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes.
to das diferentes regências desses verbos é um recurso lin-
guístico muito importante, pois além de permitir a correta Chamar no sentido de denominar, apelidar pode apre-
interpretação de passagens escritas, oferece possibilidades sentar objeto direto e indireto, ao qual se refere predicativo
expressivas a quem fala ou escreve. Dentre os principais, preposicionado ou não.
estão: A torcida chamou o jogador mercenário.
A torcida chamou ao jogador mercenário.
Agradar A torcida chamou o jogador de mercenário.
Agradar é transitivo direto no sentido de fazer carinhos, A torcida chamou ao jogador de mercenário.
acariciar, fazer as vontades de.
Sempre agrada o filho quando. Chamar com o sentido de ter por nome é pronominal:
Aquele comerciante agrada os clientes. Como você se chama? Eu me chamo Zenaide.

Agradar é transitivo indireto no sentido de causar agra- Custar


do a, satisfazer, ser agradável a. Rege complemento intro- Custar é intransitivo no sentido de ter determinado
duzido pela preposição “a”. valor ou preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial:
O cantor não agradou aos presentes. Frutas e verduras não deveriam custar muito.
O cantor não lhes agradou.
No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransitivo
O antônimo “desagradar” é sempre transitivo indireto: ou transitivo indireto, tendo como sujeito uma oração re-
O cantor desagradou à plateia. duzida de infinitivo.

Aspirar Muito custa viver tão longe da família.


Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar Verbo Intransitivo Oração Subordinada
(o ar), inalar: Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o) Substantiva Subjetiva Reduzida de Infinitivo

Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter Custou-me (a mim) crer nisso.
como ambição: Aspirávamos a um emprego melhor. (Aspi- Objeto Indireto Oração Subordinada Subs-
rávamos a ele) tantiva Subjetiva Reduzida de Infinitivo

Como o objeto direto do verbo “aspirar” não é pessoa, A Gramática Normativa condena as construções que
as formas pronominais átonas “lhe” e “lhes” não são utiliza- atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado por
das, mas, sim, as formas tônicas “a ele(s)”, “a ela(s)”. Veja o pessoa: Custei para entender o problema. = Forma
exemplo: Aspiravam a uma existência melhor. (= Aspiravam correta: Custou-me entender o problema.
a ela)
Implicar
Assistir Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, prestar A) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes
assistência a, auxiliar. implicavam um firme propósito.
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos. B) ter como consequência, trazer como consequência,
As empresas de saúde negam-se a assisti-los. acarretar, provocar: Uma ação implica reação.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Como transitivo direto e indireto, significa comprome- No 1.º caso, os verbos são transitivos diretos, ou seja,
ter, envolver: Implicaram aquele jornalista em questões eco- exigem complemento sem preposição: Ele esqueceu o livro.
nômicas. No 2.º caso, os verbos são pronominais (-se, -me, etc) e
exigem complemento com a preposição “de”. São, portan-
No sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo to, transitivos indiretos:
indireto e rege com preposição “com”: Implicava com quem Ele se esqueceu do caderno.
não trabalhasse arduamente. Eu me esqueci da chave.
Eles se esqueceram da prova.
Namorar Nós nos lembramos de tudo o que aconteceu.
Sempre tansitivo direto: Luísa namora Carlos há dois
anos. Há uma construção em que a coisa esquecida ou lem-
brada passa a funcionar como sujeito e o verbo sofre leve
Obedecer - Desobedecer alteração de sentido. É uma construção muito rara na lín-
Sempre transitivo indireto: gua contemporânea, porém, é fácil encontrá-la em textos
Todos obedeceram às regras. clássicos tanto brasileiros como portugueses. Machado de
Ninguém desobedece às leis. Assis, por exemplo, fez uso dessa construção várias vezes.
Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento)
Quando o objeto é “coisa”, não se utiliza “lhe” nem Lembrou-me a festa. (vir à lembrança)
“lhes”: As leis são essas, mas todos desobedecem a elas. Não lhe lembram os bons momentos da infância? (=
momentos é sujeito)
Proceder
Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter Simpatizar - Antipatizar
cabimento, ter fundamento ou comportar-se, agir. Nessa São transitivos indiretos e exigem a preposição “com”:
segunda acepção, vem sempre acompanhado de adjunto Não simpatizei com os jurados.
adverbial de modo. Simpatizei com os alunos.
As afirmações da testemunha procediam, não havia
como refutá-las. Importante:
Você procede muito mal. A norma culta exige que os verbos e expressões que
dão ideia de movimento sejam usados com a preposição
Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a preposi-
“a”:
ção “de”) e fazer, executar (rege complemento introduzido
Chegamos a São Paulo e fomos direto ao hotel.
pela preposição “a”) é transitivo indireto.
Cláudia desceu ao segundo andar.
O avião procede de Maceió.
Hoje, com esta chuva, ninguém sairá à rua.
Procedeu-se aos exames.
O delegado procederá ao inquérito.
1.2 Regência Nominal
Querer
Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter É o nome da relação existente entre um nome (subs-
vontade de, cobiçar. tantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse
Querem melhor atendimento. nome. Essa relação é sempre intermediada por uma prepo-
Queremos um país melhor. sição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em
conta que vários nomes apresentam exatamente o mesmo
Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição, regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de
estimar, amar: Quero muito aos meus amigos. um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos
nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo obedecer e os
Visar nomes correspondentes: todos regem complementos in-
Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mirar, troduzidos pela preposição a. Veja:
fazer pontaria e de pôr visto, rubricar. Obedecer a algo/ a alguém.
O homem visou o alvo. Obediente a algo/ a alguém.
O gerente não quis visar o cheque.
Se uma oração completar o sentido de um nome, ou
No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como seja, exercer a função de complemento nominal, ela será
objetivo é transitivo indireto e rege a preposição “a”. completiva nominal (subordinada substantiva).
O ensino deve sempre visar ao progresso social.
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar
público.

Esquecer – Lembrar
Lembrar algo – esquecer algo
Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (pronominal)

57
LÍNGUA PORTUGUESA

Regência de Alguns Nomes

Substantivos
Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por

Adjetivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agradável a Escasso de Parco em, de
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Curioso de, por Insensível a Sito em
Descontente com Liberal com Suspeito de
Desejoso de Natural de Vazio de

Advérbios
Longe de Perto de

Observação:
Os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a; parale-
lamente a; relativa a; relativamente a.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.

SITE
http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php

58
LÍNGUA PORTUGUESA

Os pacientes me dizem que preferem morrer ________


tentar os tratamentos.
EXERCÍCIO COMENTADO A. à que
B. à
01. Câmara Municipal de Porto Ferreira-SP - As- C. ao que
sessor de Imprensa – Médio - Vunesp-2017 – Assinale D. em
a alternativa correta quanto à regência, de acordo com a E. a
norma-padrão.
A. Joel foi até na janela e constatou de que tudo estava A regência verbal de “preferir” pede a preposição “a”:
inundado por ali. prefiro isso a aquilo (= àquilo). Portanto, “preferem morrer
B. Joel vigiava sempre, e seus pensamentos aludiam a tentar”.
nos esplêndidos aventureiros. GABARITO OFICIAL: E
C. A alimentação de Joel compunha-se em peixes exó-
ticos, que lhe satisfaziam.
D. Certa vez, houve uma tempestade à qual durou sete
REESCRITURA DE FRASES E PARÁGRA-
horas, mas sem triunfar em Joel.
E. Não se assistiu a nenhum ataque dos monstros, mas FOS DO TEXTO.
Joel estava certo da sua existência. SUBSTITUIÇÃO DE PALAVRAS OU DE TRE-
CHOS DE TEXTO.
Em “a”: Joel foi até na (foi até à janela /até a janela) SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
janela e constatou de (constatou que) RETEXTUALIZAÇÃO DE DIFERENTES GÊNE-
Em “b”: Joel vigiava sempre, e seus pensamentos alu- ROS E NÍVEIS DE FORMALIDADE.
diam nos (aludiam aos) esplêndidos aventureiros. REORGANIZAÇÃO DA ESTRUTURA DE ORA-
Em “c”: A alimentação de Joel compunha-se em (com- ÇÕES E DE PERÍODOS DO TEXTO.
punha-se de) peixes exóticos, que lhe (que o) satisfaziam.
Em “d”: Certa vez, houve uma tempestade à qual (a
qual) durou sete horas, mas sem triunfar em (X) Joel.
Em “e”: Não se assistiu a nenhum ataque dos monstros,
mas Joel estava certo da sua existência = correta 1. Reescrita de Textos/Equivalência de Estruturas
GABARITO OFICIAL: E
“Ideias confusas geram redações confusas”. Esta frase
02. TRT 21.ª REGIÃO-RN - Técnico Judiciário – Mé- leva-nos a refletir sobre a organização das ideias em um
dio - FCC-2017 texto. Significa dizer que, antes da redação, naturalmen-
É difícil planejar uma cidade e resistir à tentação de for- te devemos dominar o assunto sobre o qual iremos tratar
mular um projeto de sociedade. e, posteriormente, planejar o modo como iremos expô-lo,
O sinal indicativo de crase deverá ser mantido caso o do contrário haverá dificuldade em transmitir ideias bem
verbo sublinhado acima seja substituído por: acabadas. Portanto, a leitura, a interpretação de textos e a
A. não acatar. experiência de vida antecedem o ato de escrever.
B. driblar.
Obtido um razoável conhecimento sobre o que iremos
C. controlar.
escrever, feito o esquema de exposição da matéria, é ne-
D. superar.
E. não sucumbir. cessário saber ordenar as ideias em frases bem estrutura-
das. Logo, não basta conhecer bem um determinado as-
É difícil planejar uma cidade e não acatar a tentação sunto, temos que o transmitir de maneira clara aos leitores.
(objeto direto) O estudo da pontuação pode se tornar um valioso alia-
É difícil planejar uma cidade e driblar a tentação (ob- do para organizarmos as ideias de maneira clara em frases.
jeto direto) Para tanto, é necessário ter alguma noção de sintaxe. “Sin-
É difícil planejar uma cidade e controlar a tentação taxe”, conforme o dicionário Aurélio, é a “parte da gramá-
(objeto direto) tica que estuda a disposição das palavras na frase e a das
É difícil planejar uma cidade e superar a tentação (ob- frases no discurso, bem como a relação lógica das frases
jeto direto) entre si”; ou em outras palavras, sintaxe quer dizer “mistu-
É difícil planejar uma cidade e não sucumbir à tentação ra”, isto é, saber misturar as palavras de maneira a produ-
(objeto indireto) zirem um sentido evidente para os receptores das nossas
GABARITO OFICIAL: E mensagens. Observe:
1. A desemprego globalização no Brasil e no na está La-
03. PC-SP - Atendente de Necrotério Policial – Fun- tina América causando.
damental - 2014 Considerando a regência verbal, assinale 2. A globalização está causando desemprego no Brasil e
a alternativa que completa, de acordo com a norma-pa-
na América Latina.
drão da língua portuguesa, a lacuna do texto.

59
LÍNGUA PORTUGUESA

Ora, no item 1 não temos uma ideia, pois não há uma Observações:
frase, as palavras estão amontoadas sem a realização de Tais construções não estão erradas, mas rompem com
“uma sintaxe”, não há um contexto linguístico nem relação a ordem direta;
inteligível com a realidade; no caso 2, a sintaxe ocorreu de É preciso notar que em Língua Portuguesa, há muitas
maneira perfeita e o sentido está claro para receptores de frases que não têm sujeito, somente predicado. Por exem-
língua portuguesa inteirados da situação econômica e cul- plo: Está chovendo em Porto Alegre. Faz frio em Friburgo.
tural do mundo atual. São quatro horas agora;
Outras frases são construídas com verbos intransitivos,
A Ordem dos Termos na Frase que não têm complemento:
O menino morreu na Alemanha. (sujeito +verbo+ ad-
Leia novamente a frase contida no item 2. Note que ela junto adverbial)
é organizada de maneira clara para produzir sentido. Toda- A globalização nasceu no século XX. (idem)
via, há diferentes maneiras de se organizar gramaticalmente Há ainda frases nominais que não possuem verbos:
tal frase, tudo depende da necessidade ou da vontade do cada macaco no seu galho. Nestes tipos de frase, a ordem
redator em manter o sentido, ou mantê-lo, porém, acres- direta faz-se naturalmente. Usam-se apenas os termos
centado ênfase a algum dos seus termos. Significa dizer existentes nelas.
que, ao escrever, podemos fazer uma série de inversões e
intercalações em nossas frases, conforme a nossa vontade e Levando em consideração a ordem direta, podemos
estabelecer três regras básicas para o uso da vírgula:
estilo. Tudo depende da maneira como queremos transmitir
Se os termos estão colocados na ordem direta não ha-
uma ideia, do nosso estilo. Por exemplo, podemos expressar
verá a necessidade de vírgulas. A frase 2 é um exemplo
a mensagem da frase 2 da seguinte maneira: disto:
No Brasil e na América Latina, a globalização está cau- A globalização está causando desemprego no Brasil e na
sando desemprego. América Latina.

Neste caso, a mensagem é praticamente a mesma, ape- Todavia, ao repetir qualquer um dos termos da oração
nas mudamos a ordem das palavras para dar ênfase a al- por três vezes ou mais, então é necessário usar a vírgula,
guns termos (neste caso: No Brasil e na A. L.). Repare que, mesmo que estejamos usando a ordem direta. Esta é a re-
para obter a clareza tivemos que fazer o uso de vírgulas. gra básica n.º1 para a colocação da vírgula. Veja:
Entre os sinais de pontuação, a vírgula é o mais usado e A globalização, a tecnologia e a “ciranda financeira”
o que mais nos auxilia na organização de um período, pois causam desemprego…
facilita as boas “sintaxes”, boas misturas, ou seja, a vírgula (três núcleos do sujeito)
ajuda-nos a não “embolar” o sentido quando produzimos
frases complexas. Com isto, “entregamos” frases bem orga- A globalização causa desemprego no Brasil, na América
nizadas aos nossos leitores. Latina e na África.
O básico para a organização sintática das frases é a or- (três adjuntos adverbiais)
dem direta dos termos da oração. Os gramáticos estrutu-
A globalização está causando desemprego, insatisfação
ram tal ordem da seguinte maneira:
e sucateamento industrial no Brasil e na América Latina.
(três complementos verbais)
SUJEITO + VERBO+ COMPLEMENTO VERBAL+ CIR-
CUNSTÂNCIAS B) Em princípio, não devemos, na ordem direta, sepa-
rar com vírgula o sujeito e o verbo, nem o verbo e o seu
A globalização + está causando+ desemprego + no complemento, nem o complemento e as circunstâncias, ou
Brasil nos dias de hoje. seja, não devemos separar com vírgula os termos da ora-
ção. Veja exemplos de tal incorreção:
Nem todas as orações mantêm esta ordem e nem todas O Brasil, será feliz.
contêm todos estes elementos, portanto cabem algumas A globalização causa, o desemprego.
observações:
A) As circunstâncias (de tempo, espaço, modo, etc.) Ao intercalarmos alguma palavra ou expressão entre
normalmente são representadas por adjuntos adverbiais os termos da oração, cabe isolar tal termo entre vírgulas,
de tempo, lugar, etc. Note que, no mais das vezes, quando assim o sentido da ideia principal não se perderá. Esta é
queremos recordar algo ou narrar uma história, existe a ten- a regra básica n.º 2 para a colocação da vírgula. Dito em
dência a colocar os adjuntos nos começos das frases: outras palavras: quando intercalamos expressões e frases
“No Brasil e na América…” “Nos dias de hoje…” “Nas mi- entre os termos da oração, devemos isolar os mesmos com
nhas férias…”, “No Brasil…”. e logo depois os verbos e outros vírgulas. Vejamos:
A globalização, fenômeno econômico deste fim de sécu-
elementos: “Nas minhas férias fui…”; “No Brasil existe…”
lo XX, causa desemprego no Brasil.
Aqui um aposto à globalização foi intercalado entre o
sujeito e o verbo.

60
LÍNGUA PORTUGUESA

Outros exemplos: 1. SIGNIFICADO DAS PALAVRAS


A globalização, que é um fenômeno econômico e cultural,
está causando desemprego no Brasil e na América Latina. Semântica é o estudo da significação das palavras e das
Neste caso, há uma oração adjetiva intercalada. suas mudanças de significação através do tempo ou em de-
As orações adjetivas explicativas desempenham fre- terminada época. A maior importância está em distinguir si-
quentemente um papel semelhante ao do aposto explicati- nônimos e antônimos (sinonímia / antonímia) e homônimos
vo, por isto são também isoladas por vírgula. e parônimos (homonímia / paronímia).
A globalização causa, caro leitor, desemprego no Brasil…
Neste outro caso, há um vocativo entre o verbo e o seu 1.1 Sinônimos
complemento.
São palavras de sentido igual ou aproximado: alfabeto
- abecedário; brado, grito - clamor; extinguir, apagar - abolir.
A globalização causa desemprego, e isto é lamentável,
Duas palavras são totalmente sinônimas quando são
no Brasil…
substituíveis, uma pela outra, em qualquer contexto (cara
Aqui, há uma oração intercalada (note que ela não per- e rosto, por exemplo); são parcialmente sinônimas quando,
tence ao assunto: globalização, da frase principal, tal ora- ocasionalmente, podem ser substituídas, uma pela outra,
ção é apenas um comentário à parte entre o complemento em deteminado enunciado (aguadar e esperar).
verbal e os adjuntos).
Observação:
Observação: A contribuição greco-latina é responsável pela existên-
A simples negação em uma frase não exige vírgula: A cia de numerosos pares de sinônimos: adversário e antago-
globalização não causou desemprego no Brasil e na América nista; translúcido e diáfano; semicírculo e hemiciclo; contra-
Latina. veneno e antídoto; moral e ética; colóquio e diálogo; transfor-
mação e metamorfose; oposição e antítese.
C) Quando “quebramos” a ordem direta, invertendo-a,
tal quebra torna a vírgula necessária. Esta é a regra n.º 3 da 1.2 Antônimos
colocação da vírgula.
No Brasil e na América Latina, a globalização está cau- São palavras que se opõem através de seu significado:
sando desemprego… ordem - anarquia; soberba - humildade; louvar - censurar;
mal - bem.
No fim do século XX, a globalização causou desemprego
no Brasil…
Observação:
A antonímia pode se originar de um prefixo de sen-
Nota-se que a quebra da ordem direta frequentemente tido oposto ou negativo: bendizer e maldizer; simpático e
se dá com a colocação das circunstâncias antes do sujeito. antipático; progredir e regredir; concórdia e discórdia; ativo
Trata-se da ordem inversa. Estas circunstâncias, em gramá- e inativo; esperar e desesperar; comunista e anticomunista;
tica, são representadas pelos adjuntos adverbiais. Muitas simétrico e assimétrico.
vezes, elas são colocadas em orações chamadas adverbiais
que têm uma função semelhante a dos adjuntos adverbiais, 1.3 Homônimos e Parônimos
isto é, denotam tempo, lugar, etc. Exemplos:
Quando o século XX estava terminando, a globalização  Homônimos = palavras que possuem a mesma
começou a causar desemprego. grafia ou a mesma pronúncia, mas significados diferentes.
Enquanto os países portadores de alta tecnologia de- Podem ser
senvolvem-se, a globalização causa desemprego nos países
pobres. A) Homógrafas: são palavras iguais na escrita e dife-
Durante o século XX, a Globalização causou desempre- rentes na pronúncia:
go no Brasil. rego (subst.) e rego (verbo); colher (verbo) e colher (subst.);
jogo (subst.) e jogo (verbo); denúncia (subst.) e denuncia (ver-
Observação: bo); providência (subst.) e providencia (verbo).
Quanto à equivalência e transformação de estruturas,
um exemplo muito comum cobrado em provas é o enun- B) Homófonas: são palavras iguais na pronúncia e di-
ciado trazer uma frase no singular e pedir a passagem para ferentes na escrita:
o plural, mantendo o sentido. Outro exemplo é a mudança acender (atear) e ascender (subir); concertar (harmonizar) e
consertar (reparar); cela (compartimento) e sela (arreio); censo
de tempos verbais.
(recenseamento) e senso (juízo); paço (palácio) e passo (andar).
SITE
C) Homógrafas e homófonas simultaneamente (ou
http://ricardovigna.wordpress.com/2009/02/02/estu-
perfeitas): São palavras iguais na escrita e na pronúncia:
dos-de-linguagem-1-estrutura-frasal-e-pontuacao/
caminho (subst.) e caminho (verbo); cedo (verbo) e cedo
(adv.); livre (adj.) e livre (verbo).

61
LÍNGUA PORTUGUESA

 Parônimos = palavras com sentidos diferentes, A) Denotação


porém de formas relativamente próximas. São palavras Uma palavra é usada no sentido denotativo quando
parecidas na escrita e na pronúncia: cesta (receptáculo de apresenta seu significado original, independentemente
vime; cesta de basquete/esporte) e sesta (descanso após o do contexto em que aparece. Refere-se ao seu significado
almoço), eminente (ilustre) e iminente (que está para ocor- mais objetivo e comum, aquele imediatamente reconheci-
rer), osso (substantivo) e ouço (verbo), sede (substantivo e/ do e muitas vezes associado ao primeiro significado que
ou verbo “ser” no imperativo) e cede (verbo), comprimento aparece nos dicionários, sendo o significado mais literal da
(medida) e cumprimento (saudação), autuar (processar) e palavra.
atuar (agir), infligir (aplicar pena) e infringir (violar), deferir A denotação tem como finalidade informar o receptor
(atender a) e diferir (divergir), suar (transpirar) e soar (emi- da mensagem de forma clara e objetiva, assumindo um ca-
tir som), aprender (conhecer) e apreender (assimilar; apro- ráter prático. É utilizada em textos informativos, como jor-
priar-se de), tráfico (comércio ilegal) e tráfego (relativo a nais, regulamentos, manuais de instrução, bulas de medi-
movimento, trânsito), mandato (procuração) e mandado camentos, textos científicos, entre outros. A palavra “pau”,
(ordem), emergir (subir à superfície) e imergir (mergulhar, por exemplo, em seu sentido denotativo é apenas um pe-
afundar). daço de madeira. Outros exemplos:
O elefante é um mamífero.
1.4 Hiperonímia e Hiponímia As estrelas deixam o céu mais bonito!

Hipônimos e hiperônimos são palavras que pertencem B) Conotação


a um mesmo campo semântico (de sentido), sendo o hipô- Uma palavra é usada no sentido conotativo quando
nimo uma palavra de sentido mais específico; o hiperôni- apresenta diferentes significados, sujeitos a diferentes in-
mo, mais abrangente. terpretações, dependendo do contexto em que esteja inse-
O hiperônimo impõe as suas propriedades ao hipôni- rida, referindo-se a sentidos, associações e ideias que vão
mo, criando, assim, uma relação de dependência semânti- além do sentido original da palavra, ampliando sua signifi-
ca. Por exemplo: Veículos está numa relação de hiperoní- cação mediante a circunstância em que a mesma é utiliza-
mia com carros, já que veículos é uma palavra de significa- da, assumindo um sentido figurado e simbólico. Como no
do genérico, incluindo motos, ônibus, caminhões. Veículos é exemplo da palavra “pau”: em seu sentido conotativo ela
um hiperônimo de carros. pode significar castigo (dar-lhe um pau), reprovação (tomei
Um hiperônimo pode substituir seus hipônimos em pau no concurso).
quaisquer contextos, mas o oposto não é possível. A utili- A conotação tem como finalidade provocar sentimen-
zação correta dos hiperônimos, ao redigir um texto, evita a tos no receptor da mensagem, através da expressividade e
repetição desnecessária de termos. afetividade que transmite. É utilizada principalmente numa
linguagem poética e na literatura, mas também ocorre em
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS conversas cotidianas, em letras de música, em anúncios pu-
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa blicitários, entre outros. Exemplos:
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Você é o meu sol!
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce- Minha vida é um mar de tristezas.
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São Você tem um coração de pedra!
Paulo: Saraiva, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. #FicaDica
XIMENES, Sérgio. Minidicionário Ediouro da Lìngua Por- Procure associar Denotação com Dicionário:
tuguesa – 2.ª ed. reform. – São Paulo: Ediouro, 2000. trata-se de definição literal, quando o termo
é utilizado com o sentido que consta no
SITE dicionário.
http://www.coladaweb.com/portugues/sinonimos,-an-
tonimos,-homonimos-e-paronimos

1. DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Exemplos de variação no significado das palavras: Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Os domadores conseguiram enjaular a fera. (sentido li- Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-
teral) reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
Ele ficou uma fera quando soube da notícia. (sentido Paulo: Saraiva, 2010.
figurado)
Aquela aluna é fera na matemática. (sentido figurado) SITE
As variações nos significados das palavras ocasionam http://www.normaculta.com.br/conotacao-e-denota-
o sentido denotativo (denotação) e o sentido conotativo cao/
(conotação) das palavras.

62
LÍNGUA PORTUGUESA

1. POLISSEMIA De igual forma, quando uma palavra é polissêmica, ela


pode induzir uma pessoa a fazer mais do que uma interpre-
Polissemia é a propriedade de uma palavra adquirir tação. Para fazer a interpretação correta é muito importan-
multiplicidade de sentidos, que só se explicam dentro de te saber qual o contexto em que a frase é proferida.
um contexto. Trata-se, realmente, de uma única palavra, Muitas vezes, a disposição das palavras na construção
mas que abarca um grande número de significados dentro do enunciado pode gerar ambiguidade ou, até mesmo, co-
de seu próprio campo semântico. micidade. Repare na figura abaixo:
Reportando-nos ao conceito de Polissemia, logo per-
cebemos que o prefixo “poli” significa multiplicidade de
algo. Possibilidades de várias interpretações levando-se em
consideração as situações de aplicabilidade. Há uma infini-
dade de exemplos em que podemos verificar a ocorrência
da polissemia:
O rapaz é um tremendo gato.
O gato do vizinho é peralta.
Precisei fazer um gato para que a energia voltasse.
Pedro costuma fazer alguns “bicos” para garantir sua
sobrevivência
O passarinho foi atingido no bico.

Nas expressões polissêmicas rede de deitar, rede de (http://www.humorbabaca.com/fotos/diversas/corto-


computadores e rede elétrica, por exemplo, temos em -cabelo-e-pinto. Acesso em 15/9/2014).
comum a palavra “rede”, que dá às expressões o sentido
de “entrelaçamento”. Outro exemplo é a palavra “xadrez”, Poderíamos corrigir o cartaz de inúmeras maneiras,
que pode ser utilizada representando “tecido”, “prisão” ou mas duas seriam:
“jogo” – o sentido comum entre todas as expressões é o
Corte e coloração capilar
formato quadriculado que têm.
ou
Faço corte e pintura capilar
Polissemia e homonímia
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A confusão entre polissemia e homonímia é bastante
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-
comum. Quando a mesma palavra apresenta vários signifi-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
cados, estamos na presença da polissemia. Por outro lado,
quando duas ou mais palavras com origens e significados Paulo: Saraiva, 2010.
distintos têm a mesma grafia e fonologia, temos uma ho- SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
monímia. Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
A palavra “manga” é um caso de homonímia. Ela pode
significar uma fruta ou uma parte de uma camisa. Não é SITE
polissemia porque os diferentes significados para a pala- http://www.brasilescola.com/gramatica/polissemia.htm
vra “manga” têm origens diferentes. “Letra” é uma palavra
polissêmica: pode significar o elemento básico do alfabeto,
o texto de uma canção ou a caligrafia de um determinado
indivíduo. Neste caso, os diferentes significados estão in- EXERCÍCIO COMENTADO
terligados porque remetem para o mesmo conceito, o da
escrita.
1. (SUSAM/AM - Assistente Administrativo –
Polissemia e ambiguidade
FGV/2014) “o país teve de recorrer a um programa de ra-
cionamento”. Assinale a opção que apresenta a forma de
Polissemia e ambiguidade têm um grande impacto na
reescrever esse segmento, que altera o seu sentido original.
interpretação. Na língua portuguesa, um enunciado pode
A. O Brasil foi obrigado a recorrer a um programa de
ser ambíguo, ou seja, apresentar mais de uma interpreta-
racionamento.
ção. Esta ambiguidade pode ocorrer devido à colocação
B. O país teve como recurso recorrer a um programa
específica de uma palavra (por exemplo, um advérbio) em
uma frase. Vejamos a seguinte frase: de racionamento.
Pessoas que têm uma alimentação equilibrada frequen- C. O Brasil foi levado a recorrer a um programa de ra-
temente são felizes. cionamento.
Neste caso podem existir duas interpretações diferen- D. O país obrigou-se a recorrer a um programa de ra-
tes: cionamento.
As pessoas têm alimentação equilibrada porque são feli- E. O Brasil optou por um programa de racionamento.
zes ou são felizes porque têm uma alimentação equilibrada.

63
LÍNGUA PORTUGUESA

“o país teve de recorrer a um programa de racionamen- analisar as artes produzidas em diferentes épocas da his-
to”. Assinale a opção que apresenta a forma de reescrever tória em todo o mundo e perceber as diferentes formas de
esse segmento, QUE ALTERA O SEU SENTIDO ORIGINAL. interpelação e contextualidade presentes nas mesmas. O
Em “a”: O Brasil foi obrigado a recorrer a um programa discurso estético tem a mesma capacidade ideológica que
de racionamento = mesmo sentido. o discurso verbal, com a vantagem de atingir o indivíduo
Em “b”: O país teve como recurso recorrer a um pro- esteticamente, o que pode render muito mais rapidamen-
grama de racionamento = mesmo sentido. te o sucesso do discurso aplicado.
Em “c”: O Brasil foi levado a recorrer a um programa de A partir na análise de todos os aspectos do discur-
racionamento = mesmo sentido. so chega-se ao mais importante: o sentido. O sentido do
Em “d”: O país obrigou‐se a recorrer a um programa de discurso não é fixo, por vários motivos: pelo contexto,
racionamento = mesmo sentido. pela estética, pela ordem do discurso, pela sua forma de
Em “e”: O Brasil optou por um programa de raciona- construção. O sentido do discurso encontra-se sempre em
mento = mudança de sentido (segundo o enunciado, o aberto para a possibilidade de interpretação do seu re-
país não teve outra opção a não ser recorrer. Na alternati- ceptor. O efeito do discurso é, claramente, transmitir uma
va, provavelmente havia outras opções, e o país escolheu mensagem e alcançar um objetivo premeditado através da
a de “recorrer”). interpretação e interpelação do indivíduo alvo.
GABARITO OFICIAL: E
1.1 Tipos de Discurso: direto, indireto e indireto li-
1. Análise e Tipo de Discurso vre
Vozes do Discurso
A Análise do Discurso é uma prática da linguística no
campo da Comunicação, e consiste em analisar a estrutura Ao lermos um texto, observamos que há um narrador
de um texto e, a partir disto, compreender as construções - que é quem conta o fato. Esse locutor ou narrador pode
ideológicas presentes no mesmo. introduzir outras vozes no texto para auxiliar a narrativa.
O discurso em si é uma construção linguística atrelada Para fazer a introdução dessas outras vozes no texto, a voz
ao contexto social no qual o texto é desenvolvido. Ou seja, principal ou privilegiada - o narrador - usa o que chama-
as ideologias presentes em um discurso são diretamente mos de discurso. O que vem a ser discurso dentro do tex-
determinadas pelo contexto político-social em que vive o to? É a forma como as falas são inseridas na narrativa. Ele
seu autor. Mais que uma análise textual, a análise do Dis- pode ser classificado em: direto, indireto e indireto livre.
curso é uma análise contextual da estrutura discursiva em
questão. A) Discurso direto: reproduz fiel e literalmente algo
Michel Foucault descreveu a Ordem do Discurso como dito por alguém. Um bom exemplo de discurso direto
uma construção de características sociais. A sociedade são as citações ou transcrições exatas da declaração de
que promove o contexto do discurso analisado é a base alguém.
de toda a estrutura do texto, atrelando, deste modo, todo  Primeira pessoa (eu, nós) – é o narrador quem
e qualquer elemento que possa fazer parte do sentido fala, usando aspas ou travessões para demarcar que está
do discurso. O texto só pode assim ser chamado se o seu reproduzindo a fala de outra pessoa: “Não gosto disso” –
receptor for capaz de compreender o seu sentido, e isto disse a menina em tom zangado.
cabe ao autor do texto e à atenção que o mesmo der ao
contexto da construção de seu discurso. É a relação básica B) Discurso indireto: o narrador, usando suas próprias
para a existência da comunicação verbal: emissão – recep- palavras, conta o que foi dito por outra pessoa. Temos en-
ção – compreensão. tão uma mistura de vozes, pois as falas dos personagens
As práticas discursivas geram também outros âmbitos passam pela elaboração da fala do narrador.
de análise do discurso, como o Universo de Concorrências,  Terceira pessoa - ele(s), ela(s) – O narrador só usa
que consiste na competição entre vários emissores para sua própria voz, o que foi dito pela personagem passa pela
atingir um mesmo público-alvo. A partir disto, os emis- elaboração do narrador. Não há uma pontuação específica
sores precisam inteirar-se do contexto da vida do seu re- que marque o discurso indireto: A menina disse em tom
ceptor, para que deste modo possam interpelá-lo segundo zangado, que não gostava daquilo.
sua própria ideologia, fazendo com que sua mensagem
seja recebida e assimilada pelo receptor sem que o mesmo C) Discurso indireto livre: É um discurso no qual há
perceba que está sendo alvo de uma tentativa de conven- uma maior liberdade, o narrador insere a fala do persona-
cimento, por assim dizer. gem de forma sutil, sem fazer uso das marcas do discurso
Dentro da análise do Discurso há também o discurso direto. É necessário que se tenha atenção para não confun-
estético, feito por meio de imagens, e que interpelam o dir a fala do narrador com a fala do personagem, pois esta
indivíduo através de sua sensibilidade, que está ligada ao surge de repente em meio à fala do narrador: A menina pe-
seu contexto também. A sensibilidade de um indivíduo se rambulava pela sala irritada e zangada. Eu não gosto disso!
define a partir do que, ao longo de sua vida, torna-se im- E parecia que ninguém a ouvia.
portante e desperta-lhe sentimentos. Com isto, podemos

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LÍNGUA PORTUGUESA

1. Níveis de Linguagem Nesse momento, a informalidade prevalece sobre a


norma culta, deixando mais livres os interlocutores.
A língua é um código de que se serve o homem para O momento neutro é o do uso da língua-padrão, que
elaborar mensagens, para se comunicar. Existem basicamente é a língua da Nação. Como forma de respeito, tomam-se
duas modalidades de língua, ou seja, duas línguas funcionais: por base aqui as normas estabelecidas na gramática, ou
A) a língua funcional de modalidade culta, língua seja, a norma culta. Assim, aquelas mesmas construções
culta ou língua-padrão, que compreende a língua literária, se alteram:
tem por base a norma culta, forma linguística utilizada pelo Eu não a vi hoje.
segmento mais culto e influente de uma sociedade. Constitui, Ninguém o deixou falar.
em suma, a língua utilizada pelos veículos de comunicação de
Deixe-me ver isso!
massa (emissoras de rádio e televisão, jornais, revistas, painéis,
Eu te amo, sim, mas não abuses!
anúncios, etc.), cuja função é a de serem aliados da escola,
Não assisti ao filme nem vou assistir a ele.
prestando serviço à sociedade, colaborando na educação;
B) a língua funcional de modalidade popular; língua Sou seu pai, por isso vou perdoar-lhe.
popular ou língua cotidiana, que apresenta gradações as
mais diversas, tem o seu limite na gíria e no calão. Considera-se momento neutro o utilizado nos veí-
culos de comunicação de massa (rádio, televisão, jornal,
1.1 Norma culta revista, etc.). Daí o fato de não se admitirem deslizes ou
transgressões da norma culta na pena ou na boca de jor-
A norma culta, forma linguística que todo povo civilizado nalistas, quando no exercício do trabalho, que deve refle-
possui, é a que assegura a unidade da língua nacional. E justa- tir serviço à causa do ensino.
mente em nome dessa unidade, tão importante do ponto de O momento solene, acessível a poucos, é o da arte
vista político--cultural, que é ensinada nas escolas e difundida poética, caracterizado por construções de rara beleza.
nas gramáticas. Sendo mais espontânea e criativa, a língua Vale lembrar, finalmente, que a língua é um costume.
popular afigura-se mais expressiva e dinâmica. Temos, assim, Como tal, qualquer transgressão, ou chamado erro, dei-
à guisa de exemplificação: xa de sê-lo no exato instante em que a maioria absoluta
Estou preocupado. (norma culta) o comete, passando, assim, a constituir fato linguístico
Tô preocupado. (língua popular) registro de linguagem definitivamente consagrado pelo
Tô grilado. (gíria, limite da língua popular) uso, ainda que não tenha amparo gramatical. Exemplos:
Olha eu aqui! (Substituiu: Olha-me aqui!)
Não basta conhecer apenas uma modalidade de língua;
Vamos nos reunir. (Substituiu: Vamo-nos reunir)
urge conhecer a língua popular, captando-lhe a espontanei-
dade, expressividade e enorme criatividade, para viver; urge Não vamos nos dispersar. (Substituiu: Não nos vamos
conhecer a língua culta para conviver. dispersar e Não vamos dispersar-nos)
Podemos, agora, definir gramática: é o estudo das nor- Tenho que sair daqui depressinha. (Substituiu: Tenho
mas da língua culta. de sair daqui bem depressa)
O soldado está a postos. (Substituiu: O soldado está no
1.2 O conceito de erro em língua seu posto)

Em rigor, ninguém comete erro em língua, exceto nos ca- As formas impeço, despeço e desimpeço, dos ver-
sos de ortografia. O que normalmente se comete são trans- bos impedir, despedir e desimpedir, respectivamente, são
gressões da norma culta. De fato, aquele que, num momento exemplos também de transgressões ou “erros” que se tor-
íntimo do discurso, diz: “Ninguém deixou ele falar”, não come- naram fatos linguísticos, já que só correm hoje porque a
te propriamente erro; na verdade, transgride a norma culta. maioria viu tais verbos como derivados de pedir, que tem
Um repórter, ao cometer uma transgressão em sua fala, início, na sua conjugação, com peço. Tanto bastou para se
transgride tanto quanto um indivíduo que comparece a um arcaizarem as formas então legítimas impido, despido e
banquete trajando xortes ou quanto um banhista, numa praia, desimpido, que hoje nenhuma pessoa bem-escolarizada
vestido de fraque e cartola. tem coragem de usar.
Releva considerar, assim, o momento do discurso, que
Em vista do exposto, será útil eliminar do vocabulário
pode ser íntimo, neutro ou solene. O momento íntimo é o
escolar palavras como corrigir e correto, quando nos refe-
das liberdades da fala. No recesso do lar, na fala entre amigos,
rimos a frases. “Corrija estas frases” é uma expressão que
parentes, namorados, etc., portanto, são consideradas perfei-
tamente normais construções do tipo: deve dar lugar a esta, por exemplo: “Converta estas frases
Eu não vi ela hoje. da língua popular para a língua culta”.
Ninguém deixou ele falar. Uma frase correta não é aquela que se contrapõe a
Deixe eu ver isso! uma frase “errada”; é, na verdade, uma frase elaborada
Eu te amo, sim, mas não abuse! conforme as normas gramaticais; em suma, conforme a
Não assisti o filme nem vou assisti-lo. norma culta.
Sou teu pai, por isso vou perdoá-lo.

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LÍNGUA PORTUGUESA

1.3 Língua escrita e língua falada - Nível de lin-


guagem EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS.

A língua escrita, estática, mais elaborada e menos eco-


nômica, não dispõe dos recursos próprios da língua falada.
A acentuação (relevo de sílaba ou sílabas), a entoação 1.1 Adjetivo
(melodia da frase), as pausas (intervalos significativos no
decorrer do discurso), além da possibilidade de gestos, É a palavra que expressa uma qualidade ou caracterís-
olhares, piscadas, etc., fazem da língua falada a modalidade tica do ser e se relaciona com o substantivo, concordando
mais expressiva, mais criativa, mais espontânea e natural, com este em gênero e número.
estando, por isso mesmo, mais sujeita a transformações e As praias brasileiras estão poluídas.
a evoluções. Praias = substantivo; brasileiras/poluídas = adjetivos
Nenhuma, porém, sobrepõe-se a outra em importân- (plural e feminino, pois concordam com “praias”).
cia. Nas escolas, principalmente, costuma se ensinar a lín-
gua falada com base na língua escrita, considerada supe- 1.1.2 Locução adjetiva
rior. Decorrem daí as correções, as retificações, as emendas,
a que os professores sempre estão atentos. Locução = reunião de palavras. Sempre que são neces-
Ao professor cabe ensinar as duas modalidades, mos- sárias duas ou mais palavras para falar sobre a mesma coi-
trando as características e as vantagens de uma e outra, sa, tem-se locução. Às vezes, uma preposição + substantivo
sem deixar transparecer nenhum caráter de superioridade tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Locução Adjetiva
ou inferioridade, que em verdade inexiste. (expressão que equivale a um adjetivo). Por exemplo: aves
Isso não implica dizer que se deve admitir tudo na lín- da noite (aves noturnas), paixão sem freio (paixão desen-
gua falada. A nenhum povo interessa a multiplicação de freada).
línguas. A nenhuma nação convém o surgimento de diale- Observe outros exemplos:
tos, consequência natural do enorme distanciamento entre
uma modalidade e outra. de águia aquilino
A língua escrita é, foi e sempre será mais bem-ela-
borada que a língua falada, porque é a modalidade que de aluno discente
mantém a unidade linguística de um povo, além de ser a de anjo angelical
que faz o pensamento atravessar o espaço e o tempo. Ne- de ano anual
nhuma reflexão, nenhuma análise mais detida será possível
sem a língua escrita, cujas transformações, por isso mesmo, de aranha aracnídeo
processam-se lentamente e em número consideravelmente de boi bovino
menor, quando cotejada com a modalidade falada. de cabelo capilar
Importante é fazer o educando perceber que o nível da
linguagem, a norma linguística, deve variar de acordo com de cabra caprino
a situação em que se desenvolve o discurso. de campo campestre ou rural
O ambiente sociocultural determina o nível da lingua-
de chuva pluvial
gem a ser empregado. O vocabulário, a sintaxe, a pronúncia
e até a entoação variam segundo esse nível. Um padre não de criança pueril
fala com uma criança como se estivesse em uma missa, as- de dedo digital
sim como uma criança não fala como um adulto. Um enge-
de estômago estomacal ou gástrico
nheiro não usará um mesmo discurso, ou um mesmo nível
de fala, para colegas e para pedreiros, assim como nenhum de falcão falconídeo
professor utiliza o mesmo nível de fala no recesso do lar e de farinha farináceo
na sala de aula.
Existem, portanto, vários níveis de linguagem e, entre de fera ferino
esses níveis, destacam-se em importância o culto e o coti- de ferro férreo
diano, a que já fizemos referência. de fogo ígneo
de garganta gutural
de gelo glacial
de guerra bélico
de homem viril ou humano
de ilha insular
de inverno hibernal ou invernal

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LÍNGUA PORTUGUESA

de lago lacustre
de leão leonino
de lebre leporino
de lua lunar ou selênico
de madeira lígneo
de mestre magistral
de ouro áureo
de paixão passional
de pâncreas pancreático
de porco suíno ou porcino
dos quadris ciático
de rio fluvial
de sonho onírico
de velho senil
de vento eólico
de vidro vítreo ou hialino
de virilha inguinal
de visão óptico ou ótico

Observação:
Nem toda locução adjetiva possui um adjetivo correspondente, com o mesmo significado: Vi as alunas da 5ª série. /
O muro de tijolos caiu.

1.1.3 Morfossintaxe do Adjetivo (Função Sintática):

O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função dentro de uma oração) relativas aos substantivos, atuando como
adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).

1.1.4 Adjetivo Pátrio (ou gentílico)

Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe alguns deles:

Estados e cidades brasileiras:

Alagoas alagoano
Amapá amapaense
Aracaju aracajuano ou aracajuense
Amazonas amazonense ou baré
Belo Horizonte belo-horizontino
Brasília brasiliense
Cabo Frio cabo-friense
Campinas campineiro ou campinense

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LÍNGUA PORTUGUESA

1.1.4.1 Adjetivo Pátrio Composto

Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita.
Observe alguns exemplos:

África afro- / Cultura afro-americana


Alemanha germano- ou teuto-/Competições teuto-inglesas
América américo- / Companhia américo-africana
Bélgica belgo- / Acampamentos belgo-franceses
China sino- / Acordos sino-japoneses
Espanha hispano- / Mercado hispano-português
Europa euro- / Negociações euro-americanas
França franco- ou galo- / Reuniões franco-italianas
Grécia greco- / Filmes greco-romanos
Inglaterra anglo- / Letras anglo-portuguesas
Itália ítalo- / Sociedade ítalo-portuguesa
Japão nipo- / Associações nipo-brasileiras
Portugal luso- / Acordos luso-brasileiros

1.1.5 Flexão dos adjetivos

O adjetivo varia em gênero, número e grau.

1.1.5.1 Gênero dos Adjetivos

Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos subs-
tantivos, classificam-se em:

A) Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino: ativo e ativa, mau e má.
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o último elemento: o moço norte-americano, a
moça norte-americana.
Exceção: surdo-mudo e surda-muda.

B) Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino: homem feliz e mulher feliz.
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no feminino: conflito político-social e desavença político-social.

1.1.5.2 Número dos Adjetivos

A) Plural dos adjetivos simples


Os adjetivos simples se flexionam no plural de acordo com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos substan-
tivos simples: mau e maus, feliz e felizes, ruim e ruins, boa e boas.
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que
estiver qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a palavra
cinza é, originalmente, um substantivo; porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, en-
tão, invariável. Logo: camisas cinza, ternos cinza.
Motos vinho (mas: motos verdes)
Paredes musgo (mas: paredes brancas).
Comícios monstro (mas: comícios grandiosos).

B) Adjetivo Composto
É aquele formado por dois ou mais elementos. Normalmente, esses elementos são ligados por hífen. Apenas o último
elemento concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam na forma masculina, singular. Caso um dos ele-
mentos que formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto ficará invariável. Por
exemplo: a palavra “rosa” é, originalmente, um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como
adjetivo. Caso se ligue a outra palavra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um substantivo adjetivado, o ad-
jetivo composto inteiro ficará invariável. Veja:

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LÍNGUA PORTUGUESA

Camisas rosa-claro. B) Superlativo


Ternos rosa-claro. O superlativo expressa qualidades num grau muito ele-
Olhos verde-claros. vado ou em grau máximo. Pode ser absoluto ou relativo e
Calças azul-escuras e camisas verde-mar. apresenta as seguintes modalidades:
Telhados marrom-café e paredes verde-claras.
B.1 Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade
Observação: de um ser é intensificada, sem relação com outros seres.
Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer ad- Apresenta-se nas formas:
jetivo composto iniciado por “cor-de-...” são sempre inva-  Analítica: a intensificação é feita com o auxílio
riáveis: roupas azul-marinho, tecidos azul-celeste, vestidos de palavras que dão ideia de intensidade (advérbios). Por
cor-de-rosa. exemplo: O concurseiro é muito esforçado.
O adjetivo composto surdo-mudo tem os dois elemen-  Sintética: nessa, há o acréscimo de sufixos. Por
tos flexionados: crianças surdas-mudas. exemplo: O concurseiro é esforçadíssimo.
Observe alguns superlativos sintéticos:
1.1.5.3 Grau do Adjetivo
benéfico - beneficentíssimo
Os adjetivos se flexionam em grau para indicar a inten-
bom - boníssimo ou ótimo
sidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo:
o comparativo e o superlativo. comum - comuníssimo
cruel - crudelíssimo
A) Comparativo
difícil - dificílimo
Nesse grau, comparam-se a mesma característica atri-
buída a dois ou mais seres ou duas ou mais características doce - dulcíssimo
atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igual- fácil - facílimo
dade, de superioridade ou de inferioridade.
fiel - fidelíssimo
Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade
No comparativo de igualdade, o segundo termo da
B.2 Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade
comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou
de um ser é intensificada em relação a um conjunto de se-
quão. res. Essa relação pode ser:
 De Superioridade: Essa matéria é a mais fácil de
Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de Supe- todas.
rioridade  De Inferioridade: Essa matéria é a menos fácil de
todas.
Sílvia é menos alta que Tiago. = Comparativo de Infe-
rioridade
FIQUE ATENTO!
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de
superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São O superlativo absoluto analítico é expresso
eles: bom /melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/superior, por meio dos advérbios muito, extremamente,
grande/maior, baixo/inferior. excepcionalmente, antepostos ao adjetivo.
O superlativo absoluto sintético se apresenta
Observe que: sob duas formas: uma erudita - de origem
latina – e outra popular - de origem vernácula.
 As formas menor e pior são comparativos de
A forma erudita é constituída pelo radical do
superioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau,
adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, -imo
respectivamente.
ou érrimo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo; a
 Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas
popular é constituída do radical do adjetivo
(melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações fei-
português + o sufixo -íssimo: pobríssimo,
tas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se
agilíssimo.
usar as formas analíticas mais bom, mais mau,mais grande
Os adjetivos terminados em –io fazem o
e mais pequeno. Por exemplo: superlativo com dois “ii”: frio – friíssimo, sério –
Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois ele- seriíssimo; os terminados em –eio, com apenas
mentos. um “i”: feio - feíssimo, cheio – cheíssimo.
Pedro é mais grande que pequeno - comparação de
duas qualidades de um mesmo elemento.
Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de Infe-
rioridade
Sou menos passivo (do) que tolerante.

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LÍNGUA PORTUGUESA

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Observação:


Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere- As formas diminutivas (cedinho, pertinho, etc.) são co-
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São Paulo: muns na língua popular.
Saraiva, 2010. Maria mora pertinho daqui. (muito perto)
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- A criança levantou cedinho. (muito cedo)
coni. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação 1.2.2 Classificação dos Advérbios
/ Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
De acordo com a circunstância que exprime, o advérbio
SITE pode ser de:
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf32.php A) Lugar: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá,
atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abai-
1.2 Advérbio xo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro,
afora, alhures, nenhures, aquém, embaixo, externamente, a
Compare estes exemplos: distância, à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita,
O ônibus chegou. à esquerda, ao lado, em volta.
O ônibus chegou ontem. B) Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora,
amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes, do-
Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido ravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, enfim,
do verbo (acrescentando-lhe circunstâncias de tempo, de modo, afinal, amiúde, breve, constantemente, entrementes, imedia-
de lugar, de intensidade), do adjetivo e do próprio advérbio. tamente, primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às
Estudei bastante. = modificando o verbo estudei vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quan-
Ele canta muito bem! = intensificando outro advérbio do, de quando em quando, a qualquer momento, de tempos
(bem) em tempos, em breve, hoje em dia.
Ela tem os olhos muito claros. = relação com um adje- C) Modo: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa,
tivo (claros) acinte, debalde, devagar, às pressas, às claras, às cegas, à toa,
à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, desse modo,
Quando modifica um verbo, o advérbio pode acrescen- dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de
tar ideia de: cor, em vão e a maior parte dos que terminam em “-mente”:
Tempo: Ela chegou tarde. calmamente, tristemente, propositadamente, pacientemente,
Lugar: Ele mora aqui. amorosamente, docemente, escandalosamente, bondosamen-
Modo: Eles agiram mal. te, generosamente.
Negação: Ela não saiu de casa. D) Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto, efeti-
Dúvida: Talvez ele volte. vamente, certo, decididamente, deveras, indubitavelmente.
E) Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de
1.2.1 Flexão do Advérbio forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum.
F) Dúvida: acaso, porventura, possivelmente, provavel-
Os advérbios são palavras invariáveis, isto é, não apre- mente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe.
sentam variação em gênero e número. Alguns advérbios, G) Intensidade: muito, demais, pouco, tão, em excesso,
porém, admitem a variação em grau. Observe: bastante, mais, menos, demasiado, quanto, quão, tanto, as-
A) Grau Comparativo saz, que (equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de todo,
Forma-se o comparativo do advérbio do mesmo modo de muito, por completo, extremamente, intensamente, gran-
que o comparativo do adjetivo: demente, bem (quando aplicado a propriedades graduáveis).
 de igualdade: tão + advérbio + quanto (como): H) Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão, so-
Renato fala tão alto quanto João. mente, simplesmente, só, unicamente. Por exemplo: Brando, o
 de inferioridade: menos + advérbio + que (do vento apenas move a copa das árvores.
que): Renato fala menos alto do que João. I) Inclusão: ainda, até, mesmo, inclusivamente, também.
 de superioridade: Por exemplo: O indivíduo também amadurece durante a ado-
A.1 Analítico: mais + advérbio + que (do que): Renato lescência.
fala mais alto do que João. J) Ordem: depois, primeiramente, ultimamente. Por
A.2 Sintético: melhor ou pior que (do que): Renato fala exemplo: Primeiramente, eu gostaria de agradecer aos meus
melhor que João. amigos por comparecerem à festa.

B) Grau Superlativo Saiba que:


O superlativo pode ser analítico ou sintético: Para se exprimir o limite de possibilidade, antepõe-se ao
B.1 Analítico: acompanhado de outro advérbio: Renato advérbio “o mais” ou “o menos”. Por exemplo: Ficarei o mais
fala muito alto. longe que puder daquele garoto. Voltarei o menos tarde possível.
muito = advérbio de intensidade / alto = advérbio de modo Quando ocorrem dois ou mais advérbios em -mente,
B.2 Sintético: formado com sufixos: Renato fala altís- em geral sufixamos apenas o último: O aluno respondeu
simo. calma e respeitosamente.

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LÍNGUA PORTUGUESA

1.2.3 Distinção entre Advérbio e Pronome Indefi-


nido FIQUE ATENTO!
A locução adverbial e o advérbio modificam o
Há palavras como muito, bastante, que podem apare- verbo, o adjetivo e outro advérbio:
cer como advérbio e como pronome indefinido. Chegou muito cedo. (advérbio)
Advérbio: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro Joana é muito bela. (adjetivo)
advérbio e não sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muito. De repente correram para a rua. (verbo)
Pronome Indefinido: relaciona-se a um substantivo e
sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muitos quilômetros. Usam-se, de preferência, as formas mais bem
e mais mal antes de adjetivos ou de verbos no
particípio:
#FicaDica Essa matéria é mais bem interessante que
aquela.
Como saber se a palavra bastante é advérbio Nosso aluno foi o mais bem colocado no
(não varia, não se flexiona) ou pronome concurso!
indefinido (varia, sofre flexão)? Se der, na O numeral “primeiro”, ao modificar o verbo, é
frase, para substituir o “bastante” por “muito”, advérbio: Cheguei primeiro.
estamos diante de um advérbio; se der para
substituir por “muitos” (ou muitas), é um Quanto a sua função sintática: o advérbio e
pronome. Veja: a locução adverbial desempenham na oração
1. Estudei bastante para o concurso. (estudei a função de adjunto adverbial, classificando-
muito, pois “muitos” não dá!) = advérbio se de acordo com as circunstâncias que
2. Estudei bastantes capítulos para o concurso. acrescentam ao verbo, ao adjetivo ou ao
(estudei muitos capítulos) = pronome indefinido advérbio. Exemplo:
Meio cansada, a candidata saiu da sala. =
adjunto adverbial de intensidade (ligado ao
adjetivo “cansada”)
1.2.4 Advérbios Interrogativos Trovejou muito ontem. = adjunto adverbial de
intensidade e de tempo, respectivamente.
São as palavras: onde? aonde? donde? quando? como?
por quê? nas interrogações diretas ou indiretas, referentes
às circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa. Veja:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Interrogação Direta Interrogação Indireta Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
Como aprendeu? Perguntei como aprendeu. Paulo: Saraiva, 2010.
Onde mora? Indaguei onde morava. Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Por que choras? Não sei por que choras.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Aonde vai? Perguntei aonde ia. Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Donde vens? Pergunto donde vens.
SITE
Quando voltas? Pergunto quando voltas.
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf75.php
1.2.5 Locução Adverbial
1.3 Artigo
Quando há duas ou mais palavras que exercem função
O artigo integra as dez classes gramaticais, definindo-
de advérbio, temos a locução adverbial, que pode expres-
-se como o termo variável que serve para individualizar ou
sar as mesmas noções dos advérbios. Iniciam ordinaria-
generalizar o substantivo, indicando, também, o gênero
mente por uma preposição. Veja:
(masculino/feminino) e o número (singular/plural).
A) lugar: à esquerda, à direita, de longe, de perto, para
Os artigos se subdividem em definidos (“o” e as va-
dentro, por aqui, etc.
riações “a”[as] e [os]) e indefinidos (“um” e as variações
B) afirmação: por certo, sem dúvida, etc.
“uma”[s] e “uns]).
C) modo: às pressas, passo a passo, de cor, em vão, em
A) Artigos definidos – São usados para indicar seres
geral, frente a frente, etc.
determinados, expressos de forma individual: O concurseiro
D) tempo: de noite, de dia, de vez em quando, à tarde,
estuda muito. Os concurseiros estudam muito.
hoje em dia, nunca mais, etc.
B) Artigos indefinidos – usados para indicar seres de
modo vago, impreciso: Uma candidata foi aprovada! Umas
candidatas foram aprovadas!

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LÍNGUA PORTUGUESA

1.3.1 Circunstâncias em que os artigos se Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-
manifestam: reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
Paulo: Saraiva, 2010.
Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do nu-
meral “ambos”: Ambos os concursos cobrarão tal conteúdo. SITE
Nomes próprios indicativos de lugar (ou topônimos) http://www.brasilescola.com/gramatica/artigo.htm
admitem o uso do artigo, outros não: São Paulo, O Rio de
Janeiro, Veneza, A Bahia... 1.4 Conjunção
Quando indicado no singular, o artigo definido pode
indicar toda uma espécie: O trabalho dignifica o homem. Além da preposição, há outra palavra também invariá-
No caso de nomes próprios personativos, denotando a vel que, na frase, é usada como elemento de ligação: a con-
ideia de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso do junção. Ela serve para ligar duas orações ou duas palavras
artigo: Marcela é a mais extrovertida das irmãs. / O Pedro é de mesma função em uma oração:
o xodó da família. O concurso será realizado nas cidades de Campinas e
No caso de os nomes próprios personativos estarem São Paulo.
no plural, são determinados pelo uso do artigo: Os Maias, A prova não será fácil, por isso estou estudando muito.
os Incas, Os Astecas...
1.4.1 Morfossintaxe da Conjunção
Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todo(a)
para conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele (do As conjunções, a exemplo das preposições, não exer-
artigo), o pronome assume a noção de “qualquer”. cem propriamente uma função sintática: são conectivos.
Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda)
Toda classe possui alunos interessados e desinteressa- 1.4.2 Classificação da Conjunção
dos. (qualquer classe)
De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as
Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é fa- conjunções podem ser classificadas em coordenativas e
cultativo: Preparei o meu curso. Preparei meu curso. subordinativas. No primeiro caso, os elementos ligados
A utilização do artigo indefinido pode indicar uma pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse iso-
ideia de aproximação numérica: O máximo que ele deve ter lamento, no entanto, não acarreta perda da unidade de
é uns vinte anos. sentido que cada um dos elementos possui. Já no segundo
O artigo também é usado para substantivar palavras caso, cada um dos elementos ligados pela conjunção de-
pertencentes a outras classes gramaticais: Não sei o porquê pende da existência do outro. Veja:
de tudo isso. / O bem vence o mal. Estudei muito, mas ainda não compreendi o conteúdo.
Podemos separá-las por ponto:
1.3.2 Há casos em que o artigo definido não pode Estudei muito. Ainda não compreendi o conteúdo.
ser usado:
Antes de nomes de cidade (topônimo) e de pessoas Temos acima um exemplo de conjunção (e, conse-
conhecidas: O professor visitará Roma. quentemente, orações coordenadas) coordenativa – “mas”.
Já em:
Mas, se o nome apresentar um caracterizador, a pre- Espero que eu seja aprovada no concurso!
sença do artigo será obrigatória: O professor visitará a bela Não conseguimos separar uma oração da outra, pois
Roma. a segunda “completa” o sentido da primeira (da oração
principal): Espero o quê? Ser aprovada. Nesse período te-
Antes de pronomes de tratamento: Vossa Senhoria sai- mos uma oração subordinada substantiva objetiva direta
rá agora? (ela exerce a função de objeto direto do verbo da oração
Exceção: O senhor vai à festa? principal).

Após o pronome relativo “cujo” e suas variações: Esse é 1.4.2.1 Conjunções Coordenativas
o concurso cujas provas foram anuladas?/ Este é o candidato
cuja nota foi a mais alta. São aquelas que ligam orações de sentido completo
e independente ou termos da oração que têm a mesma
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS função gramatical. Subdividem-se em:
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São A) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando
Paulo: Saraiva, 2010. ideia de acréscimo ou adição. São elas: e, nem (= e não),
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- não só... mas também, não só... como também, bem como,
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.SAC- não só... mas ainda.
CONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. A sua pesquisa é clara e objetiva.
30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Não só dança, mas também canta.

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LÍNGUA PORTUGUESA

B) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, ex- B) Concessivas: introduzem uma oração que expressa
pressando ideia de contraste ou compensação. São elas: ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua
mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não realização. São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem
obstante. que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto, etc.
Tentei chegar mais cedo, porém não consegui. Embora fosse tarde, fomos visitá-lo.

C) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressan- C) Condicionais: introduzem uma oração que indica
do ideia de alternância ou escolha, indicando fatos que se a hipótese ou a condição para ocorrência da principal. São
realizam separadamente. São elas: ou, ou... ou, ora... ora, elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde
já... já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez. que, a menos que, sem que, etc.
Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário. Se precisar de minha ajuda, telefone-me.

D) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma ora- #FicaDica


ção que expressa ideia de conclusão ou consequência. São
elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, Você deve ter percebido que a conjunção
por isso, assim. condicional “se” também é conjunção
Marta estava bem preparada para o teste, portanto integrante. A diferença é clara ao ler as orações
não ficou nervosa. que são introduzidas por ela. Acima, ela nos dá
Você nos ajudou muito; terá, pois, nossa gratidão. a ideia da condição para que recebamos um
telefonema (se for preciso ajuda). Já na oração:
E) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração Não sei se farei o concurso. Não há ideia
de condição alguma, há? Outra coisa: o verbo
que a explica, que justifica a ideia nela contida. São elas:
da oração principal (sei) pede complemento
que, porque, pois (antes do verbo), porquanto.
(objeto direto, já que “quem não sabe, não sabe
Não demore, que o filme já vai começar.
algo”). Portanto, a oração em destaque exerce
Falei muito, pois não gosto do silêncio!
a função de objeto direto da oração principal,
sendo classificada como oração subordinada
1.4.2.2 Conjunções Subordinativas
substantiva objetiva direta.
São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas
dependente da outra. A oração dependente, introduzida
pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de oração D) Conformativas: introduzem uma oração que expri-
subordinada. Veja o exemplo: O baile já tinha começado me a conformidade de um fato com outro. São elas: confor-
quando ela chegou. me, como (= conforme), segundo, consoante, etc.
O baile já tinha começado: oração principal O passeio ocorreu como havíamos planejado.
quando: conjunção subordinativa (adverbial temporal)
ela chegou: oração subordinada E) Finais: introduzem uma oração que expressa a fina-
lidade ou o objetivo com que se realiza a oração principal.
As conjunções subordinativas subdividem-se em inte- São elas: para que, a fim de que, que, porque (= para que),
grantes e adverbiais: que, etc.
Toque o sinal para que todos entrem no salão.
1.4.2.2.1 Integrantes - Indicam que a oração subor-
F) Proporcionais: introduzem uma oração que expres-
dinada por elas introduzida completa ou integra o sentido
sa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência do
da principal. Introduzem orações que equivalem a subs-
expresso na principal. São elas: à medida que, à proporção
tantivos, ou seja, as orações subordinadas substantivas.
que, ao passo que e as combinações quanto mais... (mais),
São elas: que, se.
quanto menos... (menos), quanto menos... (mais), quanto
Quero que você volte. (Quero sua volta) menos... (menos), etc.
O preço fica mais caro à medida que os produtos escas-
1.4.2.2.2 Adverbiais - Indicam que a oração subor- seiam.
dinada exerce a função de adjunto adverbial da principal. Observação:
De acordo com a circunstância que expressam, classifi- São incorretas as locuções proporcionais à medida em
cam-se em: que, na medida que e na medida em que.

A) Causais: introduzem uma oração que é causa da G) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta
ocorrência da oração principal. São elas: porque, que, como uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração
(= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez principal. São elas: quando, enquanto, antes que, depois que,
que, porquanto, já que, desde que, etc. logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim
Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios. que, agora que, mal (= assim que), etc.
A briga começou assim que saímos da festa.

73
LÍNGUA PORTUGUESA

H) Comparativas: introduzem uma oração que expres- Psiu!


sa ideia de comparação com referência à oração principal. contexto: alguém pronunciando em um hospital; sig-
São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, nificado da interjeição (sugestão): “Por favor, faça silêncio!”
tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual,
que nem, que (combinado com menos ou mais), etc. Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio!
O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem. puxa: interjeição; tom da fala: euforia

I) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte!
a consequência da principal. São elas: de sorte que, de modo puxa: interjeição; tom da fala: decepção
que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que
(tendo como antecedente na oração principal uma palavra As interjeições cumprem, normalmente, duas funções:
como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc. A) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo ale-
Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do gria, tristeza, dor, etc.: Ah, deve ser muito interessante!
exame. B) Sintetizar uma frase apelativa: Cuidado! Saia da mi-
nha frente.

FIQUE ATENTO! As interjeições podem ser formadas por:


 simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô
Muitas conjunções não têm classificação única,
 palavras: Oba! Olá! Claro!
imutável, devendo, portanto, ser classificadas
 grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu
de acordo com o sentido que apresentam no
Deus! Ora bolas!
contexto (destaque da Zê!).
1.5.1 Classificação das Interjeições

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Comumente, as interjeições expressam sentido de:


SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- A) Advertência: Cuidado! Devagar! Calma! Sentido!
coni. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Atenção! Olha! Alerta!
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere- B) Afugentamento: Fora! Passa! Rua!
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São Paulo: C) Alegria ou Satisfação: Oh! Ah! Eh! Oba! Viva!
Saraiva, 2010. D) Alívio: Arre! Uf! Ufa! Ah!
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação E) Animação ou Estímulo: Vamos! Força! Coragem!
/ Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. Ânimo! Adiante!
F) Aplauso ou Aprovação: Bravo! Bis! Apoiado! Viva!
SITE G) Concordância: Claro! Sim! Pois não! Tá!
H) Repulsa ou Desaprovação: Credo! Ih! Francamen-
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf84.php
te! Essa não! Chega! Basta!
I) Desejo ou Intenção: Pudera! Tomara! Oxalá! Queira
1.5 Interjeição
Deus!
J) Desculpa: Perdão!
Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções,
K) Dor ou Tristeza: Ai! Ui! Ai de mim! Que pena!
sensações, estados de espírito. É um recurso da linguagem
L) Dúvida ou Incredulidade: Que nada! Qual o quê!
afetiva, em que não há uma ideia organizada de maneira
M) Espanto ou Admiração: Oh! Ah! Uai! Puxa! Céus!
lógica, como são as sentenças da língua, mas sim a ma- Quê! Caramba! Opa! Nossa! Hein? Cruz! Putz!
nifestação de um suspiro, um estado da alma decorrente N) Impaciência ou Contrariedade: Hum! Raios! Puxa!
de uma situação particular, um momento ou um contexto Pô! Ora!
específico. Exemplos: O) Pedido de Auxílio: Socorro! Aqui! Piedade!
Ah, como eu queria voltar a ser criança! P) Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!
ah: expressão de um estado emotivo = interjeição Viva! Olá! Alô! Tchau! Psiu! Socorro! Valha-me, Deus!
Hum! Esse pudim estava maravilhoso! Q) Silêncio: Psiu! Silêncio!
hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição R) Terror ou Medo: Credo! Cruzes! Minha nossa!
O significado das interjeições está vinculado à maneira Saiba que:
como elas são proferidas. O tom da fala é que dita o sentido As interjeições são palavras invariáveis, isto é, não
que a expressão vai adquirir em cada contexto em que for sofrem variação em gênero, número e grau como os no-
utilizada. Exemplos: mes, nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto e voz
como os verbos. No entanto, em uso específico, algumas
Psiu! interjeições sofrem variação em grau. Não se trata de um
contexto: alguém pronunciando esta expressão na rua processo natural desta classe de palavra, mas tão só uma
; significado da interjeição (sugestão): “Estou te chamando! variação que a linguagem afetiva permite. Exemplos: oizi-
Ei, espere!” nho, bravíssimo, até loguinho.

74
LÍNGUA PORTUGUESA

1.5.2 Locução Interjetiva


FIQUE ATENTO!
Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma
Os numerais traduzem, em palavras, o que os
expressão com sentido de interjeição: Ora bolas!, Virgem
números indicam em relação aos seres. Assim,
Maria!, Meu Deus!, Ó de casa!, Ai de mim!, Graças a Deus!
quando a expressão é colocada em números (1,
Toda frase mais ou menos breve dita em tom exclama-
1.º, 1/3, etc.) não se trata de numerais, mas sim
tivo torna-se uma locução interjetiva, dispensando análise
de algarismos.
dos termos que a compõem: Macacos me mordam!, Valha-
Além dos numerais mais conhecidos, já que
-me Deus!, Quem me dera!
refletem a ideia expressa pelos números,
existem mais algumas palavras consideradas
numerais porque denotam quantidade,
#FicaDica proporção ou ordenação. São alguns exemplos:
1. As interjeições são como frases resumidas, década, dúzia, par, ambos(as), novena.
sintéticas. Por exemplo: Ué! (= Eu não esperava
por essa!) / Perdão! (= Peço-lhe que me
desculpe) 1.6.1 Classificação dos Numerais
2. Além do contexto, o que caracteriza a
interjeição é o seu tom exclamativo; por isso, A) Cardinais: indicam quantidade exata ou determi-
palavras de outras classes gramaticais podem nada de seres: um, dois, cem mil, etc. Alguns cardinais têm
aparecer como interjeições. Por exemplo: sentido coletivo, como por exemplo: século, par, dúzia, dé-
Viva! Basta! (Verbos) / Fora! Francamente! cada, bimestre.
(Advérbios) B) Ordinais: indicam a ordem, a posição que alguém
3. A interjeição pode ser considerada uma ou alguma coisa ocupa numa determinada sequência: pri-
“palavra-frase” porque sozinha pode constituir meiro, segundo, centésimo, etc.
uma mensagem. Por exemplo: Socorro!
Ajudem-me! Silêncio! Fique quieto!
4. Há, também, as interjeições onomatopaicas
ou imitativas, que exprimem ruídos e vozes. #FicaDica
Por exemplo: Miau! Bumba! Zás! Plaft! Pof! As palavras anterior, posterior, último,
Catapimba! Tique-taque! Quá-quá-quá!, etc. antepenúltimo, final e penúltimo também
5. Não se deve confundir a interjeição de apelo indicam posição dos seres, mas são classificadas
“ó” com a sua homônima “oh!”, que exprime como adjetivos, não ordinais.
admiração, alegria, tristeza, etc. Faz-se uma
pausa depois do “oh!” exclamativo e não a
fazemos depois do “ó” vocativo. Por exemplo: C) Fracionários: indicam parte de uma quantidade, ou
“Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!” (Olavo
seja, uma divisão dos seres: meio, terço, dois quintos, etc.
Bilac)
D) Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação
dos seres, indicando quantas vezes a quantidade foi au-
mentada: dobro, triplo, quíntuplo, etc.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa 1.6.2 Flexão dos numerais
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português – Literatura, Produção de Textos & Gramática Os numerais cardinais que variam em gênero são um/
– volume único / Samira Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/du-
Souza. – 3. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2002. zentas em diante: trezentos/trezentas, quatrocentos/quatro-
centas, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, variam
SITE em número: milhões, bilhões, trilhões. Os demais cardinais
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf89. são invariáveis.
php Os numerais ordinais variam em gênero e número:

1.6 Numeral primeiro segundo milésimo


Numeral é a palavra variável que indica quantidade primeira segunda milésima
numérica ou ordem; expressa a quantidade exata de primeiros segundos milésimos
pessoas ou coisas ou o lugar que elas ocupam numa primeiras segundas milésimas
determinada sequência.

75
LÍNGUA PORTUGUESA

Os numerais multiplicativos são invariáveis quando atuam em funções substantivas: Fizeram o dobro do esforço e con-
seguiram o triplo de produção.
Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais flexionam-se em gênero e número: Teve de tomar doses triplas do
medicamento.
Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e número. Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/duas terças partes.
Os numerais coletivos flexionam-se em número: uma dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros.
É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização de sen-
tido. É o que ocorre em frases como:
“Me empresta duzentinho...”
É artigo de primeiríssima qualidade!
O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segunda divisão de futebol)

1.6.3 Emprego e Leitura dos Numerais

Os numerais são escritos em conjunto de três algarismos, contados da direita para a esquerda, em forma de cente-
nas, dezenas e unidades, tendo cada conjunto uma separação através de ponto ou espaço correspondente a um ponto:
8.234.456 ou 8 234 456.
Em sentido figurado, usa-se o numeral para indicar exagero intencional, constituindo a figura de linguagem conhecida
como hipérbole: Já li esse texto mil vezes.
No português contemporâneo, não se usa a conjunção “e” após “mil”, seguido de centena: Nasci em mil novecentos e
noventa e dois.
Seu salário será de mil quinhentos e cinquenta reais.

Mas, se a centena começa por “zero” ou termina por dois zeros, usa-se o “e”: Seu salário será de mil e quinhentos reais.
(R$1.500,00)
Gastamos mil e quarenta reais. (R$1.040,00)

Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo
e, a partir daí, os cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo;

Ordinais Cardinais
João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)

Se o numeral aparece antes do substantivo, será lido como ordinal: XXX Feira do Bordado. (trigésima)

#FicaDica
Ordinal lembra ordem. Memorize assim, por associação. Ficará mais fácil!

Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o cardinal
de dez em diante:
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)

Ambos/ambas = numeral dual, porque sempre se refere a dois seres. Significam


“um e outro”, “os dois” (ou “uma e outra”, “as duas”) e são largamente empregados
para retomar pares de seres aos quais já se fez referência. Sua utilização exige
a presença do artigo posposto: Ambos os concursos realizarão suas provas no
mesmo dia. O artigo só é dispensado caso haja um pronome demonstrativo:
Ambos esses ministros falarão à imprensa.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Quadro de alguns numerais

Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários


um primeiro - -
dois segundo dobro, duplo meio
três terceiro triplo, tríplice terço
quatro quarto quádruplo quarto
cinco quinto quíntuplo quinto
seis sexto sêxtuplo sexto
sete sétimo sétuplo sétimo
oito oitavo óctuplo oitavo
nove nono nônuplo nono
dez décimo décuplo décimo
onze décimo primeiro - onze avos
doze décimo segundo - doze avos
treze décimo terceiro - treze avos
catorze décimo quarto - catorze avos
quinze décimo quinto - quinze avos
dezesseis décimo sexto - dezesseis avos
dezessete décimo sétimo - dezessete avos
dezoito décimo oitavo - dezoito avos
dezenove décimo nono - dezenove avos
vinte vigésimo - vinte avos
trinta trigésimo - trinta avos
quarenta quadragésimo - quarenta avos
cinqüenta quinquagésimo - cinquenta avos
sessenta sexagésimo - sessenta avos
setenta septuagésimo - setenta avos
oitenta octogésimo - oitenta avos
noventa nonagésimo - noventa avos
cem centésimo cêntuplo centésimo
duzentos ducentésimo - ducentésimo
trezentos trecentésimo - trecentésimo
quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo
quinhentos quingentésimo - quingentésimo
seiscentos sexcentésimo - sexcentésimo
setecentos septingentésimo - septingentésimo
oitocentos octingentésimo - octingentésimo
novecentos nongentésimo ou noningentésimo - nongentésimo
mil milésimo - milésimo
milhão milionésimo - milionésimo
bilhão bilionésimo - bilionésimo

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LÍNGUA PORTUGUESA

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa #FicaDica
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce- O “a” pode funcionar como preposição,
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São pronome pessoal oblíquo e artigo. Como
Paulo: Saraiva, 2010. distingui-los? Caso o “a” seja um artigo, virá
precedendo um substantivo, servindo para
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
determiná-lo como um substantivo singular e
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
feminino: A matéria que estudei é fácil!
SITE
Quando é preposição, além de ser invariável,
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/
liga dois termos e estabelece relação de
morf40.php
subordinação entre eles.
Irei à festa sozinha.
1.7 Preposição
Entregamos a flor à professora! = o primeiro “a”
é artigo; o segundo, preposição.
Preposição é uma palavra invariável que serve para
ligar termos ou orações. Quando esta ligação acontece, Se for pronome pessoal oblíquo estará
normalmente há uma subordinação do segundo termo em ocupando o lugar e/ou a função de um
relação ao primeiro. As preposições são muito importantes substantivo: Nós trouxemos a apostila. = Nós
na estrutura da língua, pois estabelecem a coesão textual a trouxemos.
e possuem valores semânticos indispensáveis para a
compreensão do texto.

1.7.1 Tipos de Preposição 1.7.2 Relações semânticas (= de sentido) estabeleci-


das por meio das preposições:
A) Preposições essenciais: palavras que atuam exclu-
Destino = Irei a Salvador.
sivamente como preposições: a, ante, perante, após, até,
Modo = Saiu aos prantos.
com, contra, de, desde, em, entre, para, por, sem, sob, sobre,
Lugar = Sempre a seu lado.
trás, atrás de, dentro de, para com.
Assunto = Falemos sobre futebol.
B) Preposições acidentais: palavras de outras classes
Tempo = Chegarei em instantes.
gramaticais que podem atuar como preposições, ou seja,
Causa = Chorei de saudade.
formadas por uma derivação imprópria: como, durante, ex-
Fim ou finalidade = Vim para ficar.
ceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão, visto.
Instrumento = Escreveu a lápis.
C) Locuções prepositivas: duas ou mais palavras va-
Posse = Vi as roupas da mamãe.
lendo como uma preposição, sendo que a última palavra é Autoria = livro de Machado de Assis
uma (preposição): abaixo de, acerca de, acima de, ao lado Companhia = Estarei com ele amanhã.
de, a respeito de, de acordo com, em cima de, embaixo de, Matéria = copo de cristal.
em frente a, ao redor de, graças a, junto a, com, perto de, por Meio = passeio de barco.
causa de, por cima de, por trás de. Origem = Nós somos do Nordeste.
Conteúdo = frascos de perfume.
A preposição é invariável, no entanto pode unir-se a Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso.
outras palavras e, assim, estabelecer concordância em gê- Preço = Essa roupa sai por cinquenta reais.
nero ou em número. Exemplo: por + o = pelo / por + a =
pela. Quanto à preposição “trás”: não se usa senão nas locu-
Essa concordância não é característica da preposição, ções adverbiais (para trás ou por trás) e na locução prepo-
mas das palavras às quais ela se une. sitiva por trás de.
Esse processo de junção de uma preposição com outra
palavra pode se dar a partir dos processos de: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 Combinação: união da preposição “a” com o ar- SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
tigo “o”(s), ou com o advérbio “onde”: ao, aonde, aos. Os Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
vocábulos não sofrem alteração. Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce-
 Contração: união de uma preposição com outra reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
palavra, ocorrendo perda ou transformação de fonema: de Paulo: Saraiva, 2010.
+ o = do, em + a = na, per + os = pelos, de + aquele = Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
daquele, em + isso = nisso. ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
 Crase: é a fusão de vogais idênticas: à (“a” pre-
posição + “a” artigo), àquilo (“a” preposição + 1.ª vogal do SITE
pronome “aquilo”). http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/

78
LÍNGUA PORTUGUESA

1.8 Pronome A) Pronome Reto


Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na senten-
Pronome é a palavra variável que substitui ou ça, exerce a função de sujeito: Nós lhe ofertamos flores.
acompanha um substantivo (nome), qualificando-o de Os pronomes retos apresentam flexão de número, gê-
alguma forma. nero (apenas na 3.ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a
O homem julga que é superior à natureza, por isso o principal flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso.
homem destrói a natureza... Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim
Utilizando pronomes, teremos: O homem julga que é configurado:
superior à natureza, por isso ele a destrói... 1.ª pessoa do singular: eu
Ficou melhor, sem a repetição desnecessária de termos 2.ª pessoa do singular: tu
(homem e natureza). 3.ª pessoa do singular: ele, ela
1.ª pessoa do plural: nós
Grande parte dos pronomes não possuem significados 2.ª pessoa do plural: vós
fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação dentro 3.ª pessoa do plural: eles, elas
de um contexto, o qual nos permite recuperar a referên-
cia exata daquilo que está sendo colocado por meio dos
pronomes no ato da comunicação. Com exceção dos pro-
nomes interrogativos e indefinidos, os demais pronomes FIQUE ATENTO!
têm por função principal apontar para as pessoas do dis- Esses pronomes não costumam ser usados
curso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situação como complementos verbais na língua-
no tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica, padrão. Frases como “Vi ele na rua”, “Encontrei
os pronomes apresentam uma forma específica para cada ela na praça”, “Trouxeram eu até aqui”- comuns
pessoa do discurso. na língua oral cotidiana - devem ser evitadas
Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada. na língua formal escrita ou falada. Na língua
[minha/eu: pronomes de 1.ª pessoa = aquele que fala] formal, devem ser usados os pronomes oblíquos
Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada? correspondentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a
[tua/tu: pronomes de 2.ª pessoa = aquele a quem se fala] na praça”, “Trouxeram-me até aqui”.
A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.
[dela/ela: pronomes de 3.ª pessoa = aquele de quem
se fala]
#FicaDica
Em termos morfológicos, os pronomes são palavras
variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em núme- Frequentemente observamos a omissão do
ro (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência pronome reto em Língua Portuguesa. Isso se
através do pronome seja coerente em termos de gênero dá porque as próprias formas verbais marcam,
e número (fenômeno da concordância) com o seu objeto, através de suas desinências, as pessoas do
mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado. verbo indicadas pelo pronome reto: Fizemos
Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da nos- boa viagem. (Nós)
sa escola neste ano.
[nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância
adequada]
[neste: pronome que determina “ano” = concordância B) Pronome Oblíquo
adequada] Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sen-
[ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concor- tença, exerce a função de complemento verbal (objeto
dância inadequada]
direto ou indireto): Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos,
Observação:
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
O pronome oblíquo é uma forma variante do pronome
1.8.1 Pronomes Pessoais pessoal do caso reto. Essa variação indica a função diversa
que eles desempenham na oração: pronome reto marca o
São aqueles que substituem os substantivos, indicando sujeito da oração; pronome oblíquo marca o complemento
diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve da oração. Os pronomes oblíquos sofrem variação de acor-
assume os pronomes “eu” ou “nós”; usa-se os pronomes do com a acentuação tônica que possuem, podendo ser
“tu”, “vós”, “você” ou “vocês” para designar a quem se di- átonos ou tônicos.
rige, e “ele”, “ela”, “eles” ou “elas” para fazer referência à
pessoa ou às pessoas de quem se fala. B.1 Pronome Oblíquo Átono
Os pronomes pessoais variam de acordo com as fun- São chamados átonos os pronomes oblíquos que não
ções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto são precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica
ou do caso oblíquo. fraca: Ele me deu um presente.

79
LÍNGUA PORTUGUESA

Lista dos pronomes oblíquos átonos


1.ª pessoa do singular (eu): me FIQUE ATENTO!
2.ª pessoa do singular (tu): te Há construções em que a preposição, apesar
3.ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe de surgir anteposta a um pronome, serve
1.ª pessoa do plural (nós): nos para introduzir uma oração cujo verbo está no
2.ª pessoa do plural (vós): vos infinitivo. Nesses casos, o verbo pode ter sujeito
3.ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes expresso; se esse sujeito for um pronome,
deverá ser do caso reto.
Trouxeram vários vestidos para eu experimentar.
FIQUE ATENTO!
Não vá sem eu mandar.
Os pronomes o, os, a, as assumem formas
especiais depois de certas terminações verbais:
1. Quando o verbo termina em -z, -s ou -r, o
pronome assume a forma lo, los, la ou las, A frase: “Foi fácil para mim resolver aquela questão!” está
ao mesmo tempo que a terminação verbal é correta, já que “para mim” é complemento de “fácil”. A or-
suprimida. Por exemplo: dem direta seria: Resolver aquela questão foi fácil para mim!
fiz + o = fi-lo A combinação da preposição “com” e alguns pronomes
fazeis + o = fazei-lo originou as formas especiais comigo, contigo, consigo, co-
dizer + a = dizê-la nosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos frequen-
temente exercem a função de adjunto adverbial de compa-
2. Quando o verbo termina em som nasal, o nhia: Ele carregava o documento consigo.
pronome assume as formas no, nos, na, nas. Por
exemplo: A preposição “até” exige as formas oblíquas tônicas:
viram + o: viram-no Ela veio até mim, mas nada falou.
repõe + os = repõe-nos Mas, se “até” for palavra denotativa (com o sentido de
retém + a: retém-na inclusão), usaremos as formas retas: Todos foram bem na
tem + as = tem-nas prova, até eu! (= inclusive eu)

As formas “conosco” e “convosco” são substituídas por


B.2 Pronome Oblíquo Tônico “com nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais são
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos reforçados por palavras como outros, mesmos, próprios, to-
por preposições, em geral as preposições a, para, de e com. dos, ambos ou algum numeral.
Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função Você terá de viajar com nós todos.
Estávamos com vós outros quando chegaram as más
de objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica
notícias.
forte.
Ele disse que iria com nós três.
Lista dos pronomes oblíquos tônicos:
1.ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
B.3 Pronome Reflexivo
2.ª pessoa do singular (tu): ti, contigo
São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcio-
3.ª pessoa do singular (ele, ela): si, consigo, ele, ela
nem como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito
1.ª pessoa do plural (nós): nós, conosco
da oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação
2.ª pessoa do plural (vós): vós, convosco
expressa pelo verbo.
3.ª pessoa do plural (eles, elas): si, consigo, eles, elas Lista dos pronomes reflexivos:
1.ª pessoa do singular (eu): me, mim = Eu não me lem-
Observe que as únicas formas próprias do pronome tô- bro disso.
nico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As 2.ª pessoa do singular (tu): te, ti = Conhece a ti mesmo.
demais repetem a forma do pronome pessoal do caso reto. 3.ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo = Gui-
lherme já se preparou.
As preposições essenciais introduzem sempre prono- Ela deu a si um presente.
mes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso Antônio conversou consigo mesmo.
reto. Nos contextos interlocutivos que exigem o uso da
língua formal, os pronomes costumam ser usados desta 1.ª pessoa do plural (nós): nos = Lavamo-nos no rio.
forma: 2.ª pessoa do plural (vós): vos = Vós vos beneficiastes
Não há mais nada entre mim e ti. com esta conquista.
Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela. 3.ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo = Eles se
Não há nenhuma acusação contra mim. conheceram. / Elas deram a si um dia de folga.
Não vá sem mim.

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LÍNGUA PORTUGUESA

3. Os pronomes de tratamento representam uma for-


#FicaDica ma indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores.
Ao tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por
O pronome é reflexivo quando se refere à
exemplo, estamos nos endereçando à excelência que esse
mesma pessoa do pronome subjetivo (sujeito):
deputado supostamente tem para poder ocupar o cargo
Eu me arrumei e saí.
que ocupa.
É pronome recíproco quando indica
reciprocidade de ação: Nós nos amamos. /
Olhamo-nos calados. 4. Embora os pronomes de tratamento dirijam-se à 2.ª
O “se” pode ser usado como palavra expletiva pessoa, toda a concordância deve ser feita com a 3.ª
ou partícula de realce, sem ser rigorosamente pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os
necessária e sem função sintática: Os pronomes oblíquos empregados em relação a eles devem
exploradores riam-se de suas tentativas. / Será ficar na 3.ª pessoa.
que eles se foram? Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas pro-
messas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos.

5. Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos


C) Pronomes de Tratamento ou nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao lon-
São pronomes utilizados no tratamento formal, cerimo- go do texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmen-
nioso. Apesar de indicarem nosso interlocutor (portanto, a te. Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém
segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pessoa. Al- de “você”, não poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto
guns exemplos:
exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa.
Vossa Alteza (V. A.) = príncipes, duques
Vossa Eminência (V. E.ma) = cardeais
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
Vossa Reverendíssima (V. Ver.ma) = sacerdotes e religio-
teus cabelos. (errado)
sos em geral
Vossa Excelência (V. Ex.ª) = oficiais de patente superior
à de coronel, senadores, deputados, embaixadores, profes- Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos
sores de curso superior, ministros de Estado e de Tribunais, seus cabelos. (correto) = terceira pessoa do singular
governadores, secretários de Estado, presidente da Repúbli-
ca (sempre por extenso) ou
Vossa Magnificência (V. Mag.ª) = reitores de universida-
des Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
Vossa Majestade (V. M.) = reis, rainhas e imperadores teus cabelos. (correto) = segunda pessoa do singular
Vossa Senhoria (V. S.a) = comerciantes em geral, oficiais
até a patente de coronel, chefes de seção e funcionários de 1.8.2 Pronomes Possessivos
igual categoria
Vossa Meretíssima (sempre por extenso) = para juízes de São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical
direito (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo
Vossa Santidade (sempre por extenso) = tratamento ce- (coisa possuída).
rimonioso Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1.ª pessoa do
Vossa Onipotência (sempre por extenso) = Deus singular)

Também são pronomes de tratamento o senhor, a senho-


ra e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empregados NÚMERO PESSOA PRONOME
no tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no tratamento singular primeira meu(s), minha(s)
familiar. Você e vocês são largamente empregados no por- singular segunda teu(s), tua(s)
tuguês do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é de uso
frequente; em outras, pouco empregada. Já a forma vós tem singular terceira seu(s), sua(s)
uso restrito à linguagem litúrgica, ultraformal ou literária. plural primeira nosso(s), nossa(s)
Observações: plural segunda vosso(s), vossa(s)
1. Vossa Excelência X Sua Excelência: os pronomes de plural terceira seu(s), sua(s)
tratamento que possuem “Vossa(s)” são empregados em re-
lação à pessoa com quem falamos: Espero que V. Ex.ª, Senhor Note que:
Ministro, compareça a este encontro. A forma do possessivo depende da pessoa gramati-
cal a que se refere; o gênero e o número concordam com
2. Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito o objeto possuído: Ele trouxe seu apoio e sua contribuição
da pessoa: Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua naquele momento difícil.
Excelência, o Senhor Presidente da República, agiu com pro-
priedade.

81
LÍNGUA PORTUGUESA

Observações: Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam um afastamento


1. A forma “seu” não é um possessivo quando resultar no tempo, referido de modo vago ou como tempo remoto:
da alteração fonética da palavra senhor: Muito obrigado, Naquele tempo, os professores eram valorizados.
seu José.
C) Em relação ao falado ou escrito (ou ao que se
2. Os pronomes possessivos nem sempre indicam pos- falará ou escreverá):
se. Podem ter outros empregos, como: Este(s), esta(s) e isto = empregados quando se quer fa-
A) indicar afetividade: Não faça isso, minha filha. zer referência a alguma coisa sobre a qual ainda se falará:
B) indicar cálculo aproximado: Ele já deve ter seus 40 Serão estes os conteúdos da prova: análise sintática, or-
anos. tografia, concordância.
C) atribuir valor indefinido ao substantivo: Marisa tem
lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela. Esse(s), essa(s) e isso = utilizados quando se pretende
fazer referência a alguma coisa sobre a qual já se falou:
3. Em frases onde se usam pronomes de tratamento, Sua aprovação no concurso, isso é o que mais deseja-
o pronome possessivo fica na 3.ª pessoa: Vossa Excelência mos!
trouxe sua mensagem?
4. Referindo-se a mais de um substantivo, o possessi- Este e aquele são empregados quando se quer fazer
vo concorda com o mais próximo: Trouxe-me seus livros e referência a termos já mencionados; aquele se refere ao
anotações. termo referido em primeiro lugar e este para o referido por
último:
5. Em algumas construções, os pronomes pessoais
oblíquos átonos assumem valor de possessivo: Vou seguir- Domingo, no Pacaembu, jogarão Palmeiras e São Paulo;
-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos) este está mais bem colocado que aquele. (= este [São Paulo],
aquele [Palmeiras])
6. O adjetivo “respectivo” equivale a “devido, seu, pró- ou
prio”, por isso não se deve usar “seus” ao utilizá-lo, para
que não ocorra redundância: Coloque tudo nos respectivos Domingo, no Pacaembu, jogarão Palmeiras e São Paulo;
lugares. aquele está mais bem colocado que este. (= este [São Paulo],
aquele [Palmeiras])
1.8.3 Pronomes Demonstrativos
Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou
São utilizados para explicitar a posição de certa palavra invariáveis, observe:
em relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode ser Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s),
de espaço, de tempo ou em relação ao discurso. aquela(s).
A) Em relação ao espaço: Invariáveis: isto, isso, aquilo.
Este(s), esta(s) e isto = indicam o que está perto da pes-
soa que fala: Também aparecem como pronomes demonstrativos:
Este material é meu.  o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que”
e puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.
Esse(s), essa(s) e isso = indicam o que está perto da pes- Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
soa com quem se fala: Essa rua não é a que te indiquei. (não é aquela que te
Esse material em sua carteira é seu? indiquei.)

Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam o que está dis-  mesmo(s), mesma(s), próprio(s), própria(s): va-
tante tanto da pessoa que fala como da pessoa com quem riam em gênero quando têm caráter reforçativo:
se fala: Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem.
Aquele material não é nosso. Eu mesma refiz os exercícios.
Vejam aquele prédio! Elas mesmas fizeram isso.
Eles próprios cozinharam.
B) Em relação ao tempo: Os próprios alunos resolveram o problema.
Este(s), esta(s) e isto = indicam o tempo presente em
relação à pessoa que fala:  semelhante(s): Não tenha semelhante atitude.
Esta manhã farei a prova do concurso!
 tal, tais: Tal absurdo eu não cometeria.
Esse(s), essa(s) e isso = indicam o tempo passado, po-
rém relativamente próximo à época em que se situa a pes-
soa que fala:
Essa noite dormi mal; só pensava no concurso!

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LÍNGUA PORTUGUESA

guns, nenhuns, todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros,


#FicaDica quantos, algumas, nenhumas, todas, muitas, poucas, várias,
tantas, outras, quantas.
1. Em frases como: O referido deputado e o Dr.  Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo,
Alcides eram amigos íntimos; aquele casado, nada, algo, cada.
solteiro este. (ou então: este solteiro, aquele
casado) - este se refere à pessoa mencionada *Qualquer é composto de qual + quer (do verbo que-
em último lugar; aquele, à mencionada em rer), por isso seu plural é quaisquer (única palavra cujo plural
primeiro lugar. é feito em seu interior).
2. O pronome demonstrativo tal pode ter
conotação irônica: A menina foi a tal que Todo e toda no singular e junto de artigo significa intei-
ameaçou o professor? ro; sem artigo, equivale a qualquer ou a todas as:
3. Pode ocorrer a contração das preposições a, Toda a cidade está enfeitada. (= a cidade inteira)
de, em com pronome demonstrativo: àquele, Toda cidade está enfeitada. (= todas as cidades)
àquela, deste, desta, disso, nisso, no, etc: Não Trabalho todo o dia. (= o dia inteiro)
acreditei no que estava vendo. (no = naquilo) Trabalho todo dia. (= todos os dias)

São locuções pronominais indefinidas: cada qual, cada


1.8.4 Pronomes Indefinidos um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que), seja
quem for, seja qual for, todo aquele (que), tal qual (= certo),
São palavras que se referem à 3.ª pessoa do discurso, tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma ou outra, etc.
dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando Cada um escolheu o vinho desejado.
quantidade indeterminada.
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém- 1.8.5 Pronomes Relativos
-plantadas.
São aqueles que representam nomes já mencionados
Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem as
de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma orações subordinadas adjetivas.
imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser hu- O racismo é um sistema que afirma a superioridade de
mano que seguramente existe, mas cuja identidade é des- um grupo racial sobre outros.
conhecida ou não se quer revelar. Classificam-se em: (afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros
A) Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o = oração subordinada adjetiva).
lugar do ser ou da quantidade aproximada de seres na fra-
se. São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, O pronome relativo “que” refere-se à palavra “sistema”
ninguém, outrem, quem, tudo. e introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra
Algo o incomoda? “sistema” é antecedente do pronome relativo que.
Quem avisa amigo é. O antecedente do pronome relativo pode ser o prono-
me demonstrativo o, a, os, as.
B) Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um Não sei o que você está querendo dizer.
ser expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantida- Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem
de aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s). expresso.
Cada povo tem seus costumes. Quem casa, quer casa.
Certas pessoas exercem várias profissões.
Observe:
Note que: Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, os
Ora são pronomes indefinidos substantivos, ora prono- quais, cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas,
mes indefinidos adjetivos: quantas.
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), Pronomes relativos invariáveis = quem, que, onde.
demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns,
nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer, Note que:
quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s), O pronome “que” é o relativo de mais largo emprego,
tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias. sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser subs-
Menos palavras e mais ações. tituído por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu
Alguns se contentam pouco. antecedente for um substantivo.
O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)
Os pronomes indefinidos podem ser divididos em va- A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual)
riáveis e invariáveis. Observe: Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os
 Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, quais)
vário, tanto, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as
pouca, vária, tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer*, al- quais)

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LÍNGUA PORTUGUESA

O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente  quando (= em que) – desde que tenha como an-
pronomes relativos, por isso são utilizados didaticamente tecedente um nome que dê ideia de tempo:
para verificar se palavras como “que”, “quem”, “onde” (que Bons eram os tempos quando podíamos jogar videogame.
podem ter várias classificações) são pronomes relativos.
Todos eles são usados com referência à pessoa ou coisa por Os pronomes relativos permitem reunir duas orações
motivo de clareza ou depois de determinadas preposições: numa só frase.
Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual O futebol é um esporte. / O povo gosta muito deste es-
me deixou encantado. O uso de “que”, neste caso, geraria porte.
ambiguidade. Veja: Regressando de São Paulo, visitei o sítio = O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.
de minha tia, que me deixou encantado (quem me deixou
encantado: o sítio ou minha tia?). Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode
Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas ocorrer a elipse do relativo “que”: A sala estava cheia de
dúvidas? (com preposições de duas ou mais sílabas utiliza- gente que conversava, (que) ria, observava.
-se o qual / a qual)
O relativo “que” às vezes equivale a o que, coisa que, e 1.8.6 Pronomes Interrogativos
se refere a uma oração: Não chegou a ser padre, mas deixou
de ser poeta, que era a sua vocação natural. São usados na formulação de perguntas, sejam elas di-
retas ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos,
O pronome “cujo”: exprime posse; não concorda com o referem-se à 3.ª pessoa do discurso de modo impreciso.
seu antecedente (o ser possuidor), mas com o consequente São pronomes interrogativos: que, quem, qual (e variações),
(o ser possuído, com o qual concorda em gênero e núme- quanto (e variações).
ro); não se usa artigo depois deste pronome; “cujo” equiva- Com quem andas?
le a do qual, da qual, dos quais, das quais. Qual seu nome?
Existem pessoas cujas ações são nobres. Diz-me com quem andas, que te direi quem és.
(antecedente) (consequente)
#FicaDica
Se o verbo exigir preposição, esta virá antes do pronome:
O autor, a cujo livro você se referiu, está aqui! (referiu-se a) O pronome pessoal é do caso reto quando tem
função de sujeito na frase. O pronome pessoal
“Quanto” é pronome relativo quando tem por antece- é do caso oblíquo quando desempenha função
dente um pronome indefinido: tanto (ou variações) e tudo: de complemento.
Emprestei tantos quantos foram necessá- 1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar.
rios. 2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se
(antecedente) devia lhe ajudar.
Ele fez tudo quanto havia
falado.
(antecedente) Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele”
exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso
O pronome “quem” se refere a pessoas e vem sempre reto. Já na segunda oração, o pronome “lhe” exerce função
precedido de preposição. de complemento (objeto), ou seja, caso oblíquo.
É um professor a quem muito Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso.
devemos. O pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta para
(preposição) a segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não sabia se
devia ajudar... Ajudar quem? Você (lhe).
“Onde”, como pronome relativo, sempre possui ante- Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou
cedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar: A tônicos: os primeiros não são precedidos de preposição,
casa onde morava foi assaltada. diferentemente dos segundos, que são sempre precedidos
de preposição.
Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou A) Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que
em que: Sinto saudades da época em que (quando) moráva- eu estava fazendo.
mos no exterior. B) Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para
mim o que eu estava fazendo.
Podem ser utilizadas como pronomes relativos as pa-
lavras: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 como (= pelo qual) – desde que precedida das SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
palavras modo, maneira ou forma: Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Não me parece correto o modo como você agiu semana Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce-
passada. reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
Paulo: Saraiva, 2010.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- B) Substantivos Concretos e Abstratos


ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. B.1 Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser
CAMPEDELLI, Samira Yousseff. Português – Literatura, que existe, independentemente de outros seres.
Produção de Texto & Gramática – Volume único / Samira Observação:
Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa Souza. – 3.ª edição – Os substantivos concretos designam seres do mundo
São Paulo: Saraiva, 2002. real e do mundo imaginário.
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra,
SITE Brasília.
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf42.php Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fantasma.

1.9 Substantivo B.2 Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres


que dependem de outros para se manifestarem ou existi-
Substantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, rem. Por exemplo: a beleza não existe por si só, não pode
as quais denominam todos os seres que existem, sejam reais ser observada. Só podemos observar a beleza numa pes-
ou imaginários. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os soa ou coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser
substantivos também nomeiam: para se manifestar. Portanto, a palavra beleza é um subs-
 lugares: Alemanha, Portugal tantivo abstrato.
 sentimentos: amor, saudade Os substantivos abstratos designam estados, qualida-
 estados: alegria, tristeza des, ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser
 qualidades: honestidade, sinceridade abstraídos, e sem os quais não podem existir: vida (estado),
 ações: corrida, pescaria rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade (sentimento).

1.9.1 Morfossintaxe do substantivo  Substantivos Coletivos

Nas orações, geralmente o substantivo exerce funções Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, ou-
diretamente relacionadas com o verbo: atua como núcleo tra abelha, mais outra abelha.
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas.
do sujeito, dos complementos verbais (objeto direto ou
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
indireto) e do agente da passiva, podendo, ainda, funcio-
nar como núcleo do complemento nominal ou do aposto,
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi ne-
como núcleo do predicativo do sujeito, do objeto ou como
cessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha,
núcleo do vocativo. Também encontramos substantivos
mais outra abelha. No segundo caso, utilizaram-se duas
como núcleos de adjuntos adnominais e de adjuntos ad-
palavras no plural. No terceiro, empregou-se um substan-
verbiais - quando essas funções são desempenhadas por
tivo no singular (enxame) para designar um conjunto de
grupos de palavras.
seres da mesma espécie (abelhas).
O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
1.9.2 Classificação dos Substantivos Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, mes-
A) Substantivos Comuns e Próprios mo estando no singular, designa um conjunto de seres da
Observe a definição: mesma espécie.
Cidade: s.f. 1. Povoação maior que vila, com muitas ca-
sas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas (no Brasil, toda a Substantivo
Conjunto de:
sede de município é cidade). 2. O centro de uma cidade (em coletivo
oposição aos bairros). assembleia pessoas reunidas
alcateia lobos
Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casas
e edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada acervo livros
cidade. Isso significa que a palavra cidade é um substantivo antologia trechos literários selecionados
comum. arquipélago ilhas
Substantivo Comum é aquele que designa os seres de
uma mesma espécie de forma genérica: cidade, menino, banda músicos
homem, mulher, país, cachorro. bando desordeiros ou malfeitores
Estamos voando para Barcelona. banca examinadores
O substantivo Barcelona designa apenas um ser da es- batalhão soldados
pécie cidade. Barcelona é um substantivo próprio – aquele cardume peixes
que designa os seres de uma mesma espécie de forma caravana viajantes peregrinos
particular: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.
cacho frutas

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LÍNGUA PORTUGUESA

cancioneiro canções, poesias líricas 1.9.3 Formação dos Substantivos

colmeia abelhas A) Substantivos Simples e Compostos


concílio bispos Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a terra.
O substantivo chuva é formado por um único elemento
congresso parlamentares, cientistas
ou radical. É um substantivo simples.
elenco atores de uma peça ou filme A.1 Substantivo Simples: é aquele formado por um
esquadra navios de guerra único elemento.
Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja
enxoval roupas
agora: O substantivo guarda-chuva é formado por dois ele-
falange soldados, anjos mentos (guarda + chuva). Esse substantivo é composto.
fauna animais de uma região A.2 Substantivo Composto: é aquele formado por
dois ou mais elementos. Outros exemplos: beija-flor, pas-
feixe lenha, capim satempo.
flora vegetais de uma região B) Substantivos Primitivos e Derivados
frota navios mercantes, ônibus B.1 Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva
de nenhuma outra palavra da própria língua portuguesa.
girândola fogos de artifício O substantivo limoeiro, por exemplo, é derivado, pois se
horda bandidos, invasores originou a partir da palavra limão.
B.2 Substantivo Derivado: é aquele que se origina de
médicos, bois, credores, outra palavra.
junta
examinadores
júri jurados 1.9.4 Flexão dos substantivos
legião soldados, anjos, demônios
O substantivo é uma classe variável. A palavra é variá-
leva presos, recrutas vel quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por
malta malfeitores ou desordeiros exemplo, pode sofrer variações para indicar:
Plural: meninos / Feminino: menina / Aumentativo:
manada búfalos, bois, elefantes,
meninão / Diminutivo: menininho
matilha cães de raça
molho chaves, verduras A) Flexão de Gênero
Gênero é um princípio puramente linguístico, não de-
multidão pessoas em geral vendo ser confundido com “sexo”. O gênero diz respeito
insetos (gafanhotos, mosquitos, a todos os substantivos de nossa língua, quer se refiram
nuvem
etc.) a seres animais providos de sexo, quer designem apenas
penca bananas, chaves “coisas”: o gato/a gata; o banco, a casa.
Na língua portuguesa, há dois gêneros: masculino e
pinacoteca pinturas, quadros feminino. Pertencem ao gênero masculino os substantivos
quadrilha ladrões, bandidos que podem vir precedidos dos artigos o, os, um, uns. Veja
estes títulos de filmes:
ramalhete flores O velho e o mar
rebanho ovelhas Um Natal inesquecível
repertório peças teatrais, obras musicais Os reis da praia
Pertencem ao gênero feminino os substantivos que
réstia alhos ou cebolas podem vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas:
romanceiro poesias narrativas A história sem fim
Uma cidade sem passado
revoada pássaros
As tartarugas ninjas
sínodo párocos
talha lenha Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes
1. Substantivos Biformes (= duas formas): apresen-
tropa muares, soldados tam uma forma para cada gênero: gato – gata, homem –
turma estudantes, trabalhadores mulher, poeta – poetisa, prefeito - prefeita
vara porcos 2. Substantivos Uniformes: apresentam uma única
forma, que serve tanto para o masculino quanto para o fe-
minino. Classificam-se em:
A) Epicenos: referentes a animais. A distinção de sexo
se faz mediante a utilização das palavras “macho” e “fê-
mea”: a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o
jacaré fêmea.

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LÍNGUA PORTUGUESA

B) Sobrecomuns: substantivos uniformes referentes a Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes


pessoas de ambos os sexos: a criança, a testemunha, a víti-
ma, o cônjuge, o gênio, o ídolo, o indivíduo. Epicenos:
C) Comuns de Dois ou Comum de Dois Gêneros: in- Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.
dicam o sexo das pessoas por meio do artigo: o colega e a
colega, o doente e a doente, o artista e a artista. Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso
ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma
para indicar o masculino e o feminino.
#FicaDica Alguns nomes de animais apresentam uma só forma
Substantivos de origem grega terminados para designar os dois sexos. Esses substantivos são cha-
em ema ou oma são masculinos: o fonema, o mados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver
poema, o sistema, o sintoma, o teorema. a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se palavras
 Existem certos substantivos que, macho e fêmea.
variando de gênero, variam em seu significado: A cobra macho picou o marinheiro.
o águia (vigarista) e a águia (ave; perspicaz); A cobra fêmea escondeu-se na bananeira.
o cabeça (líder) e a cabeça (parte do corpo); o
capital (dinheiro) e a capital (cidade); o coma Sobrecomuns:
(sono mórbido) e a coma (cabeleira, juba); o Entregue as crianças à natureza.
lente (professor) e a lente (vidro de aumento);
o moral (estado de espírito) e a moral (ética; A palavra crianças se refere tanto a seres do sexo mas-
conclusão); o praça (soldado raso) e a praça culino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem
(área pública); o rádio (aparelho receptor) e a o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar o
rádio (estação emissora). sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja:
A criança chorona chamava-se João.
A criança chorona chamava-se Maria.

Formação do Feminino dos Substantivos Biformes Outros substantivos sobrecomuns:


a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa
Regra geral: troca-se a terminação -o por –a: aluno - criatura.
aluna. o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de
 Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a Marcela faleceu
ao masculino: freguês - freguesa
 Substantivos terminados em -ão: fazem o femini- Comuns de Dois Gêneros:
no de três formas: Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois.
1. troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa
2. troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher?
3. troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma
Exceções: barão – baronesa, ladrão - ladra, sultão - sul- vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme.
tana A distinção de gênero pode ser feita através da análise
do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substanti-
 Substantivos terminados em -or: vo: o colega - a colega; o imigrante - a imigrante; um jovem
acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora - uma jovem; artista famoso - artista famosa; repórter fran-
troca-se -or por -triz: = imperador – imperatriz cês - repórter francesa

 Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: A palavra personagem é usada indistintamente nos dois
cônsul - consulesa / abade - abadessa / poeta - poetisa / gêneros. Entre os escritores modernos nota-se acentuada
duque - duquesa / conde - condessa / profeta - profetisa preferência pelo masculino: O menino descobriu nas nuvens
 Substantivos que formam o feminino trocando o os personagens dos contos de carochinha.
-e final por -a: elefante - elefanta Com referência à mulher, deve-se preferir o feminino:
 Substantivos que têm radicais diferentes no mas- O problema está nas mulheres de mais idade, que não acei-
culino e no feminino: bode – cabra / boi - vaca tam a personagem.
 Substantivos que formam o feminino de maneira
especial, isto é, não seguem nenhuma das regras anterio- Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo fo-
res: czar – czarina, réu - ré tográfico Ana Belmonte.

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LÍNGUA PORTUGUESA

B) Flexão de Número do Substantivo


#FicaDica
Em português, há dois números gramaticais: o singular,
Masculinos: o tapa, o eclipse, o lança- que indica um ser ou um grupo de seres, e o plural, que
perfume, o dó (pena), o sanduíche, o clarinete, o indica mais de um ser ou grupo de seres. A característica
champanha, o sósia, o maracajá, o clã, o herpes, do plural é o “s” final.
o pijama, o suéter, o soprano, o proclama, o
pernoite, o púbis. Plural dos Substantivos Simples
Femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a
omoplata, a cataplasma, a pane, a mascote, a Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e
gênese, a entorse, a libido, a cal, a faringe, a “n” fazem o plural pelo acréscimo de “s”: pai – pais; ímã –
cólera (doença), a ubá (canoa). ímãs; hífen - hifens (sem acento, no plural).
Exceção: cânon - cânones.

São geralmente masculinos os substantivos de ori- Os substantivos terminados em “m” fazem o plural em
gem grega terminados em -ma: o grama (peso), o quilo- “ns”: homem - homens.
grama, o plasma, o apostema, o diagrama, o epigrama, o Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plural
telefonema, o estratagema, o dilema, o teorema, o trema, pelo acréscimo de “es”: revólver – revólveres; raiz - raízes.
o eczema, o edema, o magma, o estigma, o axioma, o tra-
Atenção:
coma, o hematoma.
O plural de caráter é caracteres.
Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc.
Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-
Gênero dos Nomes de Cidades - Com raras exceções,
-se no plural, trocando o “l” por “is”: quintal - quintais; ca-
nomes de cidades são femininos: A histórica Ouro Preto. / racol – caracóis; hotel - hotéis. Exceções: mal e males, cônsul
A dinâmica São Paulo. / A acolhedora Porto Alegre. / Uma e cônsules.
Londres imensa e triste. Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de
Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre. duas maneiras:
1. Quando oxítonos, em “is”: canil - canis
Gênero e Significação 2. Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis.

Muitos substantivos têm uma significação no masculi- Observação:


no e outra no feminino. Observe: A palavra réptil pode formar seu plural de duas manei-
o baliza (soldado que, que à frente da tropa, indica os ras: répteis ou reptis (pouco usada).
movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai à
frente de um bloco carnavalesco, manejando um bastão), a Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de
baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou proibi- duas maneiras:
ção de trânsito), o cabeça (chefe), a cabeça (parte do cor- 1. Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o
po), o cisma (separação religiosa, dissidência), a cisma (ato acréscimo de “es”: ás – ases / retrós - retroses
de cismar, desconfiança), o cinza (a cor cinzenta), a cinza 2. Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam inva-
(resíduos de combustão), o capital (dinheiro), a capital (ci- riáveis: o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus.
dade), o coma (perda dos sentidos), a coma (cabeleira), o
coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro), a coral (cobra Os substantivos terminados em “ão” fazem o plural de
venenosa), o crisma (óleo sagrado, usado na administração três maneiras.
da crisma e de outros sacramentos), a crisma (sacramento 1. substituindo o -ão por -ões: ação - ações
da confirmação), o cura (pároco), a cura (ato de curar), o 2. substituindo o -ão por -ães: cão - cães
estepe (pneu sobressalente), a estepe (vasta planície de vege- 3. substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos
tação), o guia (pessoa que guia outras), a guia (documento,
Observação:
pena grande das asas das aves), o grama (unidade de peso),
Muitos substantivos terminados em “ão” apresentam
a grama (relva), o caixa (funcionário da caixa), a caixa (re-
dois – e até três – plurais:
cipiente, setor de pagamentos), o lente (professor), a lente
aldeão – aldeões/aldeães/aldeãos ancião – an-
(vidro de aumento), o moral (ânimo), a moral (honestidade, ciões/anciães/anciãos
bons costumes, ética), o nascente (lado onde nasce o Sol), a charlatão – charlatões/charlatães corrimão – cor-
nascente (a fonte), o maria-fumaça (trem como locomotiva rimãos/corrimões
a vapor), maria-fumaça (locomotiva movida a vapor), o pala guardião – guardiões/guardiães vilão – vilãos/
(poncho), a pala (parte anterior do boné ou quepe, antepa- vilões/vilães
ro), o rádio (aparelho receptor), a rádio (emissora), o voga
(remador), a voga (moda). Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis: o
látex - os látex.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Plural dos Substantivos Compostos Observação:


Numerais substantivados terminados em “s” ou “z” não
A formação do plural dos substantivos compostos de- variam no plural: Nas provas mensais consegui muitos seis
pende da forma como são grafados, do tipo de palavras que e alguns dez.
formam o composto e da relação que estabelecem entre si.
Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se como os Plural dos Diminutivos
substantivos simples: aguardente/aguardentes, girassol/giras-
sóis, pontapé/pontapés, malmequer/malmequeres. Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” final
O plural dos substantivos compostos cujos elementos e acrescenta-se o sufixo diminutivo.
são ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e
discussões. Algumas orientações são dadas a seguir: pãe(s) + zinhos = pãezinhos
A) Flexionam-se os dois elementos, quando forma- animai(s) + zinhos = animaizinhos
dos de: botõe(s) + zinhos = botõezinhos
substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores
chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens farói(s) + zinhos = faroizinhos
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras tren(s) + zinhos = trenzinhos

B) Flexiona-se somente o segundo elemento, quan- colhere(s) + zinhas = colherezinhas


do formados de: flore(s) + zinhas = florezinhas
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas mão(s) + zinhas = mãozinhas
palavra invariável + palavra variável = alto-falante e
alto-falantes papéi(s) + zinhos = papeizinhos
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas
funi(s) + zinhos = funizinhos
C) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quan-
do formados de: túnei(s) + zinhos = tuneizinhos
substantivo + preposição clara + substantivo = água- pai(s) + zinhos = paizinhos
de-colônia e águas-de-colônia
substantivo + preposição oculta + substantivo = cava- pé(s) + zinhos = pezinhos
lo-vapor e cavalos-vapor pé(s) + zitos = pezitos
substantivo + substantivo que funciona como determi-
nante do primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo Plural dos Nomes Próprios Personativos
do termo anterior: palavra-chave - palavras-chave, bomba-
-relógio - bombas-relógio, homem-rã - homens-rã, peixe- Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas
-espada - peixes-espada. sempre que a terminação preste-se à flexão.
Os Napoleões também são derrotados.
D) Permanecem invariáveis, quando formados de: As Raquéis e Esteres.
verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca- Plural dos Substantivos Estrangeiros
-rolhas
Substantivos ainda não aportuguesados devem ser es-
Casos Especiais critos como na língua original, acrescentando-se “s” (exceto
quando terminam em “s” ou “z”): os shows, os shorts, os jazz.
o louva-a-deus e os louva-a-deus Substantivos já aportuguesados flexionam-se de acor-
o bem-te-vi e os bem-te-vis do com as regras de nossa língua: os clubes, os chopes, os
jipes, os esportes, as toaletes, os bibelôs, os garçons, os ré-
o bem-me-quer e os bem-me-queres quiens.
o joão-ninguém e os joões-ninguém. Observe o exemplo:
Este jogador faz gols toda vez que joga.
Plural das Palavras Substantivadas O plural correto seria gois (ô), mas não se usa.

As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras


classes gramaticais usadas como substantivo, apresentam,
no plural, as flexões próprias dos substantivos.
Pese bem os prós e os contras.
O aluno errou na prova dos noves.
Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Plural com Mudança de Timbre Analítico = o substantivo é acompanhado de um adje-


tivo que indica grandeza. Por exemplo: casa grande.
Certos substantivos formam o plural com mudança de Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indi-
timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato cador de aumento. Por exemplo: casarão.
fonético chamado metafonia (plural metafônico).
3. Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho
Singular Plural do ser. Pode ser:
Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo
corpo (ô) corpos (ó) que indica pequenez. Por exemplo: casa pequena.
esforço esforços Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indi-
cador de diminuição. Por exemplo: casinha.
fogo fogos
forno fornos REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
fosso fossos SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
imposto impostos
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-
olho olhos reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
osso (ô) ossos (ó) Paulo: Saraiva, 2010.
CAMPEDELLI, Samira Yousseff. Português – Literatura,
ovo ovos Produção de Texto & Gramática – Volume único / Samira
poço poços Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa Souza. – 3.ª edição –
porto portos São Paulo: Saraiva, 2002.
posto postos SITE
tijolo tijolos http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf12.php

Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bol-


sos, esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc.
EXERCÍCIO COMENTADO
Observação:
Distinga-se molho (ô) = caldo (molho de carne), de
molho (ó) = feixe (molho de lenha). 01. (TST - Técnico Judiciário – Área Administrativa
– FCC/2012)
As vitórias no jogo interior talvez não acrescentem
FIQUE ATENTO! novos troféus, mas elas trazem recompensas valiosas,
Há substantivos que só se usam no singular: o [...] que contribuem de forma significativa para nosso suces-
sul, o norte, o leste, o oeste, a fé, etc. so posterior, tanto na quadra como fora dela.
Outros só no plural: as núpcias, os víveres,
os pêsames, as espadas/os paus (naipes de Mantêm-se adequados o emprego de tempos e mo-
baralho), as fezes. dos verbais e a correlação entre eles, ao se substituírem os
Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente elementos sublinhados na frase acima, na ordem dada, por:
do singular: bem (virtude) e bens (riquezas), A. tivessem acrescentado − trariam − contribuírem
honra (probidade, bom nome) e honras B. acrescentassem − têm trazido − contribuírem
(homenagem, títulos). C. tinham acrescentado − trarão − contribuiriam
Usamos, às vezes, os substantivos no singular, D. acrescentariam − trariam− contribuíram
mas com sentido de plural: E. tenham acrescentado − trouxeram − Contribuíram
Aqui morreu muito negro.
Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em Questão que envolve correlação verbal. Realizando as
capelas improvisadas. alterações solicitadas, segue como ficariam (em destaque):
Em “a”: tivessem acrescentado – trariam − contribui-
riam
C) Flexão de Grau do Substantivo Em “b”: acrescentassem – trariam − contribuiriam
Em “c”: tinham acrescentado – trouxeram − contribuí-
Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir ram
as variações de tamanho dos seres. Classifica-se em: Em “d”: acrescentassem – trariam − contribuíram
1. Grau Normal - Indica um ser de tamanho conside- Em “e”: tenham acrescentado – trouxeram − Contribuí-
rado normal. Por exemplo: casa ram = correta
2. Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho GABARITO OFICIAL: E
do ser. Classifica-se em:

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LÍNGUA PORTUGUESA

02. TST - Analista Judiciário - Área Apoio Especiali- Temos um verbo na voz ativa, então teremos dois na
zado - Especialidade Medicina do Trabalho – FCC/2012 passiva (auxiliar + o verbo da oração da ativa, no mesmo
- Está inadequado o emprego do elemento sublinhado na tempo verbal, forma particípio): A musa nunca era alcança-
seguinte frase: da por ela. O verbo “alcançava” está no pretérito imperfeito,
A. Sou ateu e peço que me deem tratamento similar ao por isso o auxiliar tem que estar também (é = presente, foi
que dispenso aos homens religiosos. = pretérito perfeito, era = imperfeito, fora = mais que per-
B. A intolerância religiosa baseia-se em preconceitos feito, será = futuro do presente, seria = futuro do pretérito).
de que deveriam desviar-se todos os homens verdadeira- GABARITO OFICIAL: E
mente virtuosos.
C. A tolerância é uma virtude na qual não podem pres- 05. TST - Analista Judiciário - Área Apoio Especiali-
cindir os que se dizem homens de fé. zado - Especialidade Medicina do Trabalho – FCC/2012.
D. O ateu desperta a ira dos fanáticos, a despeito Aos poucos, contudo, fui chegando à constatação
de nada fazer que possa injuriá-los ou desrespeitá-los. de que todo perfil de rede social é um retrato ideal de nós
E. Respeito os homens de fé, a menos que deixem de mesmos.
fazer o mesmo com aqueles que não a têm. Mantendo-se a correção e a lógica, sem que outra al-
teração seja feita na frase, o elemento grifado pode ser
Corrigindo o inadequado: substituído por:
Em “a”: Sou ateu e peço que me deem tratamento simi- A. ademais.
lar ao que dispenso aos homens religiosos. B. conquanto.
Em “b”: A intolerância religiosa baseia-se em precon- C. porquanto.
ceitos de que deveriam desviar-se todos os homens verda- D. entretanto.
deiramente virtuosos. E. apesar.
Em “c”: A tolerância é uma virtude na qual (de que)
não podem prescindir os que se dizem homens de fé. Contudo é uma conjunção adversativa (expressa opo-
Em “d”: O ateu desperta a ira dos fanáticos, a des- sição). A substituição deve utilizar outra de mesma classifi-
peito de nada fazer que possa injuriá-los ou desrespeitá- cação, para que se mantenha a ideia do período. A correta
-los. é entretanto.
Em “e”: Respeito os homens de fé, a menos que deixem GABARITO OFICIAL: D
de fazer o mesmo com aqueles que não a têm.
GABARITO OFICIAL: C 06. TST - Analista Judiciário - Área Administrativa –
FCC/2012 - O verbo indicado entre parênteses deverá
03. TST - Analista Judiciário - Área Apoio Especiali- flexionar-se no singular para preencher adequadamente
zado - Especialidade Medicina do Trabalho – FCC/2012 – a lacuna da frase:
Transpondo-se para a voz passiva a construção Os A. A nenhuma de nossas escolhas ...... (poder) deixar
ateus despertariam a ira de qualquer fanático, a forma de corresponder nossos valores éticos mais ri-
gorosos.
verbal obtida será:
B. Não se ...... (poupar) os que governam de refletir
A. seria despertada.
sobre o peso de suas mais graves decisões.
B. teria sido despertada.
C. Aos governantes mais responsáveis não
C. despertar-se-á.
...... (ocorrer) tomar decisões sem medir suas conse-
D. fora despertada.
quências.
E. teriam despertado.
D. A toda decisão tomada precipitadamente
...... (costumar) sobrevir consequências imprevistas
Os ateus despertariam a ira de qualquer fanático
e injustas.
Fazendo a transposição para a voz passiva, temos: A ira E. Diante de uma escolha, ...... (ganhar) prioridade,
de qualquer fanático seria despertada pelos ateus. recomenda Gramsci, os critérios que levam em
GABARITO OFICIAL: A conta a dor humana.
04. TST - Técnico Judiciário - Área Administrativa Flexões em destaque e sublinhei os termos que estabe-
- Especialidade Segurança Judiciária – FCC/2012 – lecem concordância:
...ela nunca alcançava a musa. Em “a”: A nenhuma de nossas escolhas podem deixar
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a for- de corresponder nossos valores éticos mais ri-
ma verbal resultante será: gorosos.
A. alcança-se. Em “b”: Não se poupam os que governam de refletir
B. foi alcançada. sobre o peso de suas mais graves decisões.
C. fora alcançada. Em “c”: Aos governantes mais responsáveis não ocorre
D. seria alcançada. tomar decisões sem medir suas consequências. = Isso
E. era alcançada. não ocorre aos governantes – uma oração exerce a função
de sujeito (subjetiva)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Em “d”: A toda decisão tomada precipitada- 09. TRT 14.ª REGIÃO-RO e AC - Técnico Judiciário
mente costumam sobrevir consequências imprevistas e – FCC-2016
injustas. “Isto pode despertar a atenção de outras pessoas que
Em “e”: Diante de uma escolha, ganham priorida- tenham documentos em casa e se disponham a trazer para a
de, recomenda Gramsci, os critérios que levam em Academia, que é a guardiã desse tipo de acervo, que é muito
conta a dor humana. difícil de ser guardado em casa, pois o tempo destrói e aqui
GABARITO OFICIAL: C temos a melhor técnica de conservação de documentos”,
disse Cavalcanti.
07. TRT 23.ª REGIÃO-MT - Analista Judiciário - Área O termo sublinhado faz referência a
Administrativa- FCC-2016 A. pessoas.
... para quem Manoel de Barros era comparável a São B. acervo.
Francisco de Assis... C. Academia.
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o D. tempo.
da frase acima está em: E. casa.
A. Dizia-se um “vedor de cinema”...
B. Porque não seria certo ficar pregando moscas no Ao trecho: a guardiã desse tipo de acervo, que (o qual)
espaço... é muito difícil de ser guardado...
C. Na juventude, apaixonou-se por Arthur Rimbaud e GABARITO OFICIAL: B
Charles Baudelaire.
D. Quase meio século separa a estreia de Manoel de 10. TRT 14.ª REGIÃO-RO e AC - Técnico Judiciário –
Barros na literatura... FCC-2016
E. ... para depois casá-las... O marechal organizou o acervo...
A forma verbal está corretamente transposta para a voz
“Era” = verbo “ser” no pretérito imperfeito do Indicati- passiva em:
vo. Procuremos nos itens: A. estava organizando
Em “a”: Dizia-se = pretérito imperfeito do Indicativo B. tinha organizado
Em “b”: Porque não seria = futuro do pretérito do In- C. organizando-se
D. foi organizado
dicativo
E. está organizado
Em “c”: Na juventude, apaixonou-se = pretérito perfei-
to do Indicativo
Temos: sujeito (o marechal), verbo na ativa (organizou) e
Em “d”: Quase meio século separa = presente do Indi-
objeto (o acervo). Como há um verbo na ativa, ao passarmos
cativo
para a passiva teremos dois (o auxiliar no mesmo tempo que
Em “e”: para depois casá-las = Infinitivo pessoal (casar
o verbo da ativa + o particípio do verbo da voz ativa = orga-
elas)
nizado). O objeto exercerá a função de sujeito paciente, e o
GABARITO OFICIAL: A sujeito da ativa será o agente da passiva (ufa!). A frase ficará:
O acervo foi organizado pelo marechal.
08. TRT 20.ª REGIÃO-SE - Analista Judiciário - Área GABARITO OFICIAL: D
Administrativa – FCC-2016
Aí conheci o escritor e historiador de sua gente, meu 11. TRT 20.ª REGIÃO-SE - Técnico Judiciário – FCC-2016
saudoso amigo Alcino Alves Costa. E foi dele que ouvi Precisamos de um treinador que nos ajude a comer...
oralmente a história de Zé de Julião. Considerando-se a O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o
norma-padrão da língua, ao reescrever-se o trecho acima sublinhado acima está também sublinhado em:
em um único período, o segmento destacado deverá ser A. ... assim que conseguissem se virar sem as mães ou
antecedido de vírgula e substituído por as amas...
A. perante ao qual B. Não é por acaso que proliferaram os coaches.
B. de cujo C. ... país que transformou a infância numa bilionária
C. o qual indústria de consumo...
D. frente à quem D. E, mesmo que se esforcem muito...
E. de quem E. Hoje há algo novo nesse cenário.

Voltemos ao trecho: ... meu saudoso amigo Alcino Alves que nos ajude = presente do Subjuntivo
Costa. E foi dele que ouvi oralmente... = a única alternativa Em “a”: que conseguissem = pretérito do Subjuntivo
que substitui corretamente o trecho destacado é “de quem Em “b”: que proliferaram = pretérito perfeito (e também
ouvi oralmente”. mais-que-perfeito) do Indicativo
GABARITO OFICIAL: E Em “c”: que transformou = pretérito perfeito do Indicativo
Em “d”: que se esforcem = presente do Subjuntivo
Em “e”: há algo novo nesse cenário = presente do In-
dicativo
GABARITO OFICIAL: D

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LÍNGUA PORTUGUESA

12. TRT 23.ª REGIÃO-MT - Técnico Judiciário – FCC- Freud uma vez recebeu carta de um conhecido que (= o
2016 qual) lhe pedia conselhos...
O modelo ainda dominante nas discussões ecológicas GABARITO OFICIAL: B
privilegia, em escala, o Estado e o mundo...
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a for- 15. TRT 11.ª REGIÃO-AM e RR - Técnico Judiciário
ma verbal resultante será: – FCC-2017
A. é privilegiado. Uma criança pode revelar grande interesse por uma
B. sendo privilegiadas. profissão ______________ os pais sonharam, mas nunca exer-
C. são privilegiados. ceram.
D. foi privilegiado. Preenche corretamente a lacuna da frase acima o que
E. são privilegiadas. está em:
A. por que
Há um verbo na ativa, então teremos dois na passiva B. de que
(auxiliar + o particípio de “privilegia”) = O Estado e o mundo C. à qual
são privilegiados pelo modelo ainda dominante. D. na qual
GABARITO OFICIAL: C E. com que

13. TRT 23.ª REGIÃO-MT - Técnico Judiciário – FCC- Quem sonha, sonha com algo ou com alguém.
2016 - Empregam-se todas as formas verbais de acordo Uma criança pode revelar grande interesse por uma
com a norma culta na seguinte frase: profissão com a qual (= que) os pais sonharam, mas nunca
A. Para que se mantesse sua autenticidade, o docu- exerceram.
mento não poderia receber qualquer tipo de retificação. GABARITO OFICIAL: E
B. Os documentos com assinatura digital disporam de
algoritmos de criptografia que os protegeram. 16. TRT 21.ª REGIÃO-RN - Técnico Judiciário – FCC-
C. Arquivados eletronicamente, os documentos pode-
2017
ram contar com a proteção de uma assinatura digital.
Sessenta anos de história marcam, assim, a trajetória da
D. Quem se propor a alterar um documento criptogra-
utopia no país.
fado deve saber que comprometerá sua integridade.
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a for-
E. Não é possível fazer as alterações que convierem
ma verbal resultante será:
sem comprometer a integridade dos documentos.
A. foram marcados.
B. foi marcado.
Em “a”: Para que se mantesse (mantivesse) sua auten-
C. são marcados.
ticidade, o documento não poderia receber qualquer tipo
de retificação. D. foi marcada.
Em “b”: Os documentos com assinatura digital dispo- E. é marcada.
ram (dispuseram) de algoritmos de criptografia que os pro-
tegeram. Temos um verbo (no tempo presente) na ativa, então
Em “c”: Arquivados eletronicamente, os documentos teremos dois na passiva (auxiliar [no tempo presente] +
poderam (puderam) contar com a proteção de uma assi- particípio de “marcam”) = Assim, a trajetória da utopia do
natura digital. país é marcada pelos sessenta anos de história.
Em “d”: Quem se propor (propuser) a alterar um do- GABARITO OFICIAL: E
cumento criptografado deve saber que comprometerá sua
integridade. 17. TRT 21.ª REGIÃO-RN - Técnico Judiciário – FCC-
Em “e”: Não é possível fazer as alterações que convie- 2017
rem sem comprometer a integridade dos documentos = ____(I)_______ , no cinema, alguns críticos e intelectuais
correta que, como o russo Sergei Eisenstein, ___(II)_______ conhe-
GABARITO OFICIAL: E cimento teórico sobre a linguagem cinematográfica e, em
determinado momento, __(III)______ colocar suas teorias em
14. TRT 11.ª REGIÃO-AM e RR - Técnico Judiciário prática.
– FCC-2017 (Adaptado de: BALLERINI, Franthiesco. Op. cit.)
Freud uma vez recebeu carta de um conhecido pedindo
conselhos... Preenchem corretamente as lacunas I, II e III da frase
Sem prejuízo da correção e do sentido, o elemento su- acima, na ordem dada:
blinhado acima pode ser substituído por: A. Surge − possuíram − decidirão
A. através de que se pedia B. Surgiram − possuíam − decidiram
B. que lhe pedia C. Surgirão − possuíam − decida
C. da qual pedia-lhe D. Havia surgido − possuíssem − decidirão
D. onde pedia-se E. Surgem − possuam − haveria de decidir
E. em que se pedia

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LÍNGUA PORTUGUESA

A primeira lacuna deve ser preenchida com um verbo Enunciado: “se o termo em destaque for flexionado no
no plural (independente do tempo verbal), pois concordará plural, o verbo da oração também deverá ir para o plural”.
com “alguns críticos”. Temos os itens “b”, “c”, e “e”. Agora é Passemos os termos para o plural:
observar a conjugação e concordância da segunda e tercei- Em “a”: e deu os atestados de óbito = posso manter o
ra lacunas, em conformidade com nossa primeira opção. As verbo no singular, pois o sujeito é indeterminado (singular,
formas corretas serão: no caso)
Em “b” = Surgiram / possuíam / decidiram Em “b”: Apanhou resfriados = posso manter o verbo
Em “c” = Surgirão / possuirão / decidirão no singular, pois o sujeito é indeterminado (singular, no
Em “e” = Surgem / possuem / decidem caso)
Apenas o item “b” apresenta os três verbos conjugados Em “c”: para não haver dúvidas = com o sentido de
de maneira correta (correlação verbal). “existir”, o verbo “haver” é invariável
GABARITO OFICIAL: B Em “d”: deu-se os eventos = deram-se os eventos (ver-
bo vai para o plural)
18. Polícia Militar do Estado de São Paulo - Soldado Em “e”: Tomou-se conhecimento de umas cartas = o
PM 2.ª Classe – Vunesp/2017 – Considere as seguintes verbo concorda com “conhecimento”, portanto, fica no sin-
frases: gular
Primeiro, associe suas memórias com objetos físicos. GABARITO OFICIAL: D
Segundo, não memorize apenas por repetição.
Terceiro, rabisque! 20. PC-SP - Atendente de Necrotério Policial – Vu-
nesp-2014 – Assinale a alternativa que preenche, correta
e respectivamente, as lacunas da frase, de acordo com a
Um verbo flexionado no mesmo modo que o dos ver-
norma-padrão da língua portuguesa.
bos empregados nessas frases está em destaque em:
_________ situações _________ a batalha contra as doenças
A. ... o acesso rápido e a quantidade de textos fazem
torna-se um fracasso.
com que o cérebro humano não considere útil gravar esses A. Existe ... em que
dados... B. Existem ... em que
B. Na internet, basta um clique para vasculhar um sem- C. Existem ... a qual
-número de informações. D. Existem ... em cuja
C. ... após discar e fazer a ligação, não precisamos mais E. Existe ... as quais
dele...
D. Pense rápido: qual o número de telefone da casa em Vamos por eliminação: o verbo “existir” sofre flexão,
que morou quando era criança? portanto, concorda em número com o termo ao qual está
E. É o que mostra também uma pesquisa recente con- ligado. Na frase dada temos “situações” – plural. Restam-
duzida pela empresa de segurança digital Kaspersky... -nos os itens B, C e D. Usa-se “cuja” com o sentido de posse
– o que não é o caso, além de que não deve haver arti-
Os verbos das frases citadas estão no Modo Imperativo go depois de “cuja/cujo”. Dentre os itens que sobraram, a
(expressam ordem). Vamos aos itens: forma correta para preencher a lacuna é “em que”, e não
Em “a”: ... o acesso rápido e a quantidade de textos “a qual” – pois esta retomaria o termo anterior (situações),
fazem = presente do Indicativo que está no plural - mas aí o restante da frase deveria se
Em “b”: Na internet, basta um clique = presente do referir a este termo (situações as quais são...).
Indicativo GABARITO OFICIAL: B
Em “c”: ... após discar e fazer a ligação, não precisamos
= presente do Indicativo 21. PC-SP - Atendente de Necrotério Policial – Vu-
Em “d”: Pense rápido: = Imperativo nesp-2014 – Em – Ela é proibida por lei no Brasil, mas é
Em “e”: É o que mostra também uma pesquisa = pre- prática regulamentada, em alguns outros países,... – a con-
sente do Indicativo junção em destaque pode ser substituída, sem alteração de
GABARITO OFICIAL: D sentido do texto, por:
A. isto é.
B. pois.
19. TCE-SP - Agente da Fiscalização – Administração
C. porque.
- Vunesp-2017 – Assinale a alternativa em que, se o termo
D. porém.
em destaque for flexionado no plural, o verbo da oração
E. portanto.
também deverá ir para o plural.
A. … e deu o atestado de óbito. “Mas” é conjunção adversativa – expressa ideia contrá-
B. Apanhou um resfriado… ria ao fato apresentado anteriormente. Na frase citada ela
C. … para não haver dúvida… exerce esta função. Portanto, procuremos outra conjunção
D. Alguns dias depois, deu-se o evento. adversativa presente nos itens: “porém”.
E. Tomou-se conhecimento de uma carta… GABARITO OFICIAL: D

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LÍNGUA PORTUGUESA

22. PC-SP - Atendente de Necrotério Policial – Vunesp-2014 – Assinale a alternativa em que a palavra em destaque
na frase pertence à classe dos adjetivos (palavra que qualifica um substantivo).
A. Existe grande confusão entre os diversos tipos de eutanásia...
B.... o médico ou alguém causa ativamente a morte...
C. prolonga o processo de morrer procurando distanciar a morte.
D. Ela é proibida por lei no Brasil,...
E. E como seria a verdadeira boa morte?

Em “a”: Existe grande confusão = substantivo


Em “b”: o médico ou alguém causa ativamente a morte = pronome
Em “c”: prolonga o processo de morrer procurando distanciar a morte = substantivo
Em “d”: Ela é proibida por lei no Brasil = substantivo
Em “e”: E como seria a verdadeira boa morte? = adjetivo
GABARITO OFICIAL: E

23. PC-SP - Atendente de Necrotério Policial – Vunesp-2014 – A frase com a forma verbal no tempo futuro, expres-
sando uma hipótese, está na alternativa:
A. E como seria a verdadeira boa morte?
B. ... os agradecimentos que não fizemos antes.
C. Morrer é como uma curva na estrada...
D. Faz 28 anos que busco mais vida com qualidade para os pacientes...
E. ... prefiro denominar de ortotanásia.

Em “a”: E como seria = futuro do pretérito do Indicativo


Em “b”: os agradecimentos que não fizemos = pretérito perfeito do Indicativo
Em “c”: Morrer é = presente do Indicativo
Em “d”: Faz 28 anos que busco = pretérito perfeito do Indicativo
Em “e”: prefiro = presente do Indicativo
GABARITO OFICIAL: A

Quando eu for...
Mario Quintana

Quando eu for, um dia desses,


Poeira ou folha levada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso
Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso,
Cidade de meu andar (Deste já tão longo andar!)
E talvez de meu repouso...

24. PC-SP - Atendente de Necrotério Policial – Vunesp-2014 – Na frase – Pareça mais um olhar (7.º verso) –, a pa-
lavra em destaque é um substantivo, como na frase:
A. Quero olhar bem em seus olhos e dizer tudo o que sinto.
B. O jovem nem se dignou olhar para trás.
C. Ela se pôs a olhar carinhosamente para o amado.
D. Esse teu olhar , quando encontra o meu, fala de tantas coisas...
E. Quando você olhar para mim serei a pessoa mais feliz do mundo.

Em “a”: Quero olhar = verbo


Em “b”: O jovem nem se dignou olhar = verbo
Em “c”: Ela se pôs a olhar = verbo
Em “d”: Esse teu olhar = substantivo
Em “e”: Quando você olhar = verbo
GABARITO OFICIAL: D

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LÍNGUA PORTUGUESA

(Folha de S.Paulo, 03.01.2014. Adaptado)

25. PC-SP - Investigador de Polícia – Vunesp-2014 – De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, a lacuna
na fala da mulher de Hagar, no último quadrinho, deve ser preenchida com:
A. Onde
B. Qual lugar
C. De que lugar
D. Que lugar
E. Aonde

“Onde você disse que o Dr Zook estudou Medicina?” = utilizado para fazer referência a lugar.
GABARITO OFICIAL: A

26. PC-SP - Escrivão de Polícia – Vunesp-2014 - As formas verbais conjugadas no modo imperativo, expressando
ordem, instrução ou comando, estão destacadas em
A. Mas há outros cujas marcas acabam ficando bem nítidas na memória: são aqueles donos de qualidades incomuns.
B. Voltei uns cinquenta minutos depois, cauteloso, e quase não acreditei no que ouvi.
C. – Ei rapaz, deixe ligado o microfone, largue isso aí, vá pro estúdio e ponha a rádio no ar.
D. Bem, o fato é que eu era o técnico de som do horário, precisava “passar” a transmissão lá para a câmara, e o locutor
não chegava para os textos de abertura, publicidade, chamadas.
E. ... estremecíamos quando ele nos chamava para qualquer coisa, fazendo-nos entrar na sua sala imensa, já suando
frio e atentos às suas finas e cortantes palavras.

Aos itens:
Em “a”: há = presente / acabam = presente / são = presente
Em “b”: Voltei = pretérito perfeito / acreditei = pretérito perfeito
Em “c”: deixe / largue / vá / ponha = verbos no modo imperativo afirmativo (ordens)
Em “d”: era = pretérito imperfeito / precisava = pretérito imperfeito / chegava = pretérito imperfeito
Em “e”: fazendo-nos = gerúndio / suando = gerúndio
GABARITO OFICIAL: C

27. PC-SP - Agente de Polícia – Vunesp-2013 - Considerando que o termo em destaque em – Esse valor é dobrado
caso o motorista seja reincidente em um ano. – estabelece relação de condição entre as orações, assinale a alternativa que
apresenta o trecho corretamente reescrito, e com seu sentido inalterado.
A. Como o motorista é reincidente em um ano, esse valor é dobrado.
B. Se o motorista for reincidente em um ano, esse valor é dobrado.
C. Porque o motorista é reincidente em um ano, esse valor é dobrado.
D. À medida que o motorista é reincidente em um ano, esse valor é dobrado.
E. Conforme o motorista for reincidente em um ano, esse valor é dobrado.

A conjunção “caso” dá a ideia de condição para que se dobre o valor da multa (caso o motorista seja reincidente). Outra
conjunção condicional presente nas alternativas e que apresenta o mesmo sentido é “se”.
GABARITO OFICIAL: B

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LÍNGUA PORTUGUESA

28. PC-SP - Agente de Polícia – Vunesp-2013 - Em – 31. PC-SP - Agente de Polícia – Vunesp-2013 - Con-
Jamais em minha vida achei na rua ou em qualquer parte sidere o trecho a seguir.
do globo um objeto qualquer. –, o termo em destaque in- É comum que objetos ____________ esquecidos em
troduz ideia de locais públicos. Mas muitos transtornos poderiam ser
A. posse. evitados se as pessoas __________ a atenção voltada para
B. modo. seus pertences, conservando-os junto ao corpo.
C. tempo. Assinale a alternativa que preenche, correta e respecti-
D. direção. vamente, as lacunas do texto.
E. lugar A. sejam ... mantesse
B. sejam ... mantém
O enunciado já nos dá a resposta: na rua ou em qual- C. sejam ... mantivessem
quer parte do globo = qualquer outro lugar do globo! D. seja ... mantivessem
GABARITO OFICIAL: E E. seja ... mantêm

Completemos as lacunas e depois busquemos o item


29. PC-SP - Agente de Polícia – Vunesp-2013 - Em
correspondente. A pegadinha aqui é a conjugação do ver-
– O destino me prestava esse pequeno favor: completava
bo “manter”, no presente do Subjuntivo (mantiver):
minha identificação com o resto da humanidade, que tem É comum que objetos sejam esquecidos em locais
sempre para contar uma história de objeto achado; – o pro- públicos. Mas muitos transtornos poderiam ser evitados se
nome em destaque retoma a seguinte palavra/expressão: as pessoas mantivessem a atenção voltada para seus
A. o resto da humanidade. pertences, conservando-os junto ao corpo.
B. esse pequeno favor. GABARITO OFICIAL: C
C. minha identificação.
D. O destino. 32. PC-SP - Atendente de Necrotério Policial – Vu-
E. completava. nesp-2013 – Na frase – Porém, essa ocupação impede o
bom desempenho nos estudos… – a palavra em destaque
Completava minha identificação com o resto da huma- tem o mesmo sentido que
nidade, que (a qual) tem sempre para contar uma história A. Portanto.
de objeto achado = pronome relativo que retoma o resto da B. Por isso.
humanidade. C. Mas também.
GABARITO OFICIAL: A D. Todavia.
E. Embora.
30. PC-SP - Agente de Polícia – Vunesp-2013 - Con-
sidere o trecho apresentado a seguir: A conjunção “porém” - adversativa – dá à frase o sentido
O destino me prestava esse pequeno favor: completa- de oposição à ideia apresentada anteriormente, o que seria
va minha identificação com o resto da humanidade... mantido se fosse substituída pela conjunção “todavia”.
Alterando apenas o tempo dos verbos destacados para GABARITO OFICIAL: D
o tempo presente, sem qualquer outro ajuste, tem-se, de
acordo com a norma-padrão da língua portuguesa: 33. PC-SP - Atendente de Necrotério Policial – Vu-
A. O destino me prestará esse pequeno favor: com- nesp-2013 – Nas frases – Não vou mais à escola!… – e – Hoje
pletará minha identificação com o resto da humanidade... estão na moda os métodos audiovisuais. – as palavras em des-
taque expressam, correta e respectivamente, circunstâncias de
B. O destino me prestou esse pequeno favor: comple-
A. dúvida e modo.
tou minha identificação com o resto da humanidade...
B. dúvida e tempo.
C. O destino me prestaria esse pequeno favor: com-
C. modo e afirmação.
pletaria minha identificação com o resto da humanidade... D. negação e lugar.
D. O destino me prestasse esse pequeno favor: com- E. negação e tempo.
pletasse minha identificação com o resto da humanidade...
E. O destino me presta esse pequeno favor: completa “não” – advérbio de negação / “hoje” – advérbio de
minha identificação com o resto da humanidade... tempo.
GABARITO OFICIAL: E
Passemos a frase para o presente, depois a procuremos
nos itens: 34. PC-SP - Auxiliar de Papiloscopista Policial – Vu-
O destino me presta esse pequeno favor: completa mi- nesp-2013 – No trecho – … suspeitaram de um rapaz e re-
nha identificação com o resto da humanidade... solveram abordá-lo… – passando-se os verbos destacados
GABARITO OFICIAL: E para o tempo presente, correta e respectivamente, tem-se:
A. suspeitavam e resolviam.
B. suspeitam e resolvem.
C. suspeitariam e resolveriam.
D. suspeitarão e resolverão.
E. suspeitassem e resolvessem.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Passemos os verbos para o tempo solicitado (presente) agora = advérbio de tempo / depois = advérbio de
e busquemos a resposta nos itens: suspeitam de um rapaz tempo.
e resolvem abordá-lo = suspeitam / resolvem. GABARITO OFICIAL: C
GABARITO OFICIAL: B
Polícia Civil/SP – Perito Criminal – Vunesp-2013 -
35. PC-SP - Escrivão de Polícia – Vunesp-2013 – As- Observe os enunciados:
sinale a alternativa que completa respectivamente as lacu- • A Guerra do Vietnã se faz presente até hoje.
nas, em conformidade com a norma-padrão de conjugação • A probabilidade de um veterano branco ser preso por
verbal. um crime violento é significativamente mais alta do que...
Os advérbios em destaque expressam, respectivamen-
Há quem acredite que alcançará o sucesso profissional te, circunstâncias de
quando __________ um diploma de mestrado, mas há aque- A. lugar e modo.
les que _________ de opinião e procuram investir em cursos B. tempo e intensidade.
profissionalizantes. C. modo e intensidade.
D. tempo e causa.
A. obtiver … divirgem E. tempo e modo.
B. obter … divergem
C. obtesse … devirgem “Hoje” = tempo; geralmente os advérbios terminados
D. obter … divirgem em “-mente” são de modo (= com significância).
E. obtiver … divergem GABARITO OFICIAL: E

Há quem acredite que alcançará o sucesso profissional


quando obtiver um diploma de mestrado, mas há aqueles
que divergem de opinião e procuram investir em cursos
profissionalizantes.
GABARITO OFICIAL: E

36. PC-SP - Auxiliar de Necropsia – Vunesp-2014 –


Considerando que o adjetivo é uma palavra que modifica
o substantivo, com ele concordando em gênero e número,
assinale a alternativa em que a palavra destacada é um ad-
jetivo.
A. ... um câncer de boca horroroso, ...
B. Ele tem dezesseis anos...
C. Eu queria que ele morresse logo, ...
D. ... com a crueldade adicional de dar esperança às
famílias.
E. E o inferno não atinge só os terminais.

Em “a”: um câncer de boca horroroso = adjetivo


Em “b”: Ele tem dezesseis anos = numeral
Em “c”: Eu queria que ele morresse logo = advérbio
Em “d”: com a crueldade adicional de dar esperança às
famílias = substantivo
Em “e”: E o inferno não atinge só os terminais =
substantivo
GABARITO OFICIAL: A

37. PC-SP - Oficial Administrativo – Vunesp-2014


– Em – Você podia me dar os 25 centavos agora e evitar
a humilhação depois! –, os termos destacados expressam,
respectivamente, circunstâncias de
A. afirmação e de afirmação.
B. intensidade e de afirmação.
C. tempo e de tempo.
D. modo e de causa.
E. tempo e de modo.

98
LÍNGUA PORTUGUESA

Outros procedimentos rotineiros na redação de comu-


CORRESPONDÊNCIA OFICIAL nicações oficiais foram incorporados ao longo do tempo,
(CONFORME MANUAL DA  como as formas de tratamento e de cortesia, certos clichês
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA E RESPECTIVAS de redação, a estrutura dos expedientes, etc. Mencione-se,
ATUALIZAÇÕES).  por exemplo, a fixação dos fechos para comunicações ofi-
ADEQUAÇÃO DA ciais, regulados pela Portaria n.º 1 do Ministro de Estado da
Justiça, de 8 de julho de 1937.
LINGUAGEM AO TIPO DE DOCUMENTO. 
Acrescente-se, por fim, que a identificação que se bus-
ADEQUAÇÃO DO FORMATO  cou fazer das características específicas da forma oficial de
DO TEXTO AO GÊNERO. redigir não deve ensejar o entendimento de que se propo-
nha a criação – ou se aceite a existência – de uma forma es-
pecífica de linguagem administrativa, o que coloquialmen-
te e pejorativamente se chama burocratês. Este é antes uma
1. O que é Redação Oficial distorção do que deve ser a redação oficial, e se caracteriza
pelo abuso de expressões e clichês do jargão burocrático e
Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a de formas arcaicas de construção de frases.
maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos A redação oficial não é, portanto, necessariamente
e comunicações. Interessa-nos tratá-la do ponto de vista árida e infensa à evolução da língua. É que sua finalidade
do Poder Executivo. básica – comunicar com impessoalidade e máxima clareza
A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoa- – impõe certos parâmetros ao uso que se faz da língua, de
lidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, conci- maneira diversa daquele da literatura, do texto jornalístico,
são, formalidade e uniformidade. Fundamentalmente esses da correspondência particular, etc.
atributos decorrem da Constituição, que dispõe, no artigo Apresentadas essas características fundamentais da re-
37: “A administração pública direta, indireta ou fundacional, dação oficial, passemos à análise pormenorizada de cada
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito uma delas.
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de lega-
lidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência 1.1. A Impessoalidade
(...)”. Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios
fundamentais de toda administração pública, claro está A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer
que devem igualmente nortear a elaboração dos atos e co- pela escrita. Para que haja comunicação, são necessários:
municações oficiais. a) alguém que comunique, b) algo a ser comunicado, e c)
Não se concebe que um ato normativo de qualquer alguém que receba essa comunicação. No caso da redação
natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou oficial, quem comunica é sempre o Serviço Público (este ou
impossibilite sua compreensão. A transparência do sentido aquele Ministério, Secretaria, Departamento, Divisão, Ser-
dos atos normativos, bem como sua inteligibilidade, são viço, Seção); o que se comunica é sempre algum assunto
requisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que relativo às atribuições do órgão que comunica; o destinatá-
um texto legal não seja entendido pelos cidadãos. A publi- rio dessa comunicação ou é o público, o conjunto dos cida-
cidade implica, pois, necessariamente, clareza e concisão. dãos, ou outro órgão público, do Executivo ou dos outros
Além de atender à disposição constitucional, a forma Poderes da União.
dos atos normativos obedece a certa tradição. Há normas Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que
para sua elaboração que remontam ao período de nossa deve ser dado aos assuntos que constam das comunica-
história imperial, como, por exemplo, a obrigatoriedade – ções oficiais decorre:
estabelecida por decreto imperial de 10 de dezembro de a) da ausência de impressões individuais de quem co-
1822 – de que se aponha, ao final desses atos, o número de munica: embora se trate, por exemplo, de um expediente
anos transcorridos desde a Independência. Essa prática foi assinado por Chefe de determinada Seção, é sempre em
mantida no período republicano. Esses mesmos princípios nome do Serviço Público que é feita a comunicação. Ob-
(impessoalidade, clareza, uniformidade, concisão e uso de tém-se, assim, uma desejável padronização, que permite
linguagem formal) aplicam-se às comunicações oficiais: que comunicações elaboradas em diferentes setores da
elas devem sempre permitir uma única interpretação e ser Administração guardem entre si certa uniformidade;
estritamente impessoais e uniformes, o que exige o uso de b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação,
com duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um cida-
certo nível de linguagem.
dão, sempre concebido como público, ou a outro órgão
Nesse quadro, fica claro também que as comunicações
público. Nos dois casos, temos um destinatário concebido
oficiais são necessariamente uniformes, pois há sempre um
de forma homogênea e impessoal;
único comunicador (o Serviço Público) e o receptor dessas
c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se
comunicações ou é o próprio Serviço Público (no caso de
o universo temático das comunicações oficiais se restringe
expedientes dirigidos por um órgão a outro) – ou o conjun-
a questões que dizem respeito ao interesse público, é natu-
to dos cidadãos ou instituições tratados de forma homogê-
ral que não cabe qualquer tom particular ou pessoal. Desta
nea (o público).
forma, não há lugar na redação oficial para impressões pes-

99
LÍNGUA PORTUGUESA

soais, como as que, por exemplo, constam de uma carta a cidade de expressão, desde que não seja confundida com
um amigo, ou de um artigo assinado de jornal, ou mesmo pobreza de expressão. De nenhuma forma o uso do padrão
de um texto literário. A redação oficial deve ser isenta da culto implica emprego de linguagem rebuscada, nem dos
interferência da individualidade que a elabora. contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem próprios
A concisão, a clareza, a objetividade e a formalidade da língua literária.
de que nos valemos para elaborar os expedientes oficiais Pode-se concluir, então, que não existe propriamente
contribuem, ainda, para que seja alcançada a necessária um “padrão oficial de linguagem”; o que há é o uso do
impessoalidade. padrão culto nos atos e comunicações oficiais. É claro que
haverá preferência pelo uso de determinadas expressões,
1.2. A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais ou será obedecida certa tradição no emprego das formas
sintáticas, mas isso não implica, necessariamente, que se
A necessidade de empregar determinado nível de lin- consagre a utilização de uma forma de linguagem buro-
guagem nos atos e expedientes oficiais decorre, de um crática. O jargão burocrático, como todo jargão, deve ser
lado, do próprio caráter público desses atos e comunica- evitado, pois terá sempre sua compreensão limitada.
ções; de outro, de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui en- A linguagem técnica deve ser empregada apenas em
tendidos como atos de caráter normativo, ou estabelecem situações que a exijam, sendo de evitar o seu uso indis-
regras para a conduta dos cidadãos, ou regulam o funcio- criminado. Certos rebuscamentos acadêmicos, e mesmo o
namento dos órgãos públicos, o que só é alcançado se em vocabulário próprio à determinada área, são de difícil en-
sua elaboração for empregada a linguagem adequada. O tendimento por quem não esteja com eles familiarizado.
mesmo se dá com os expedientes oficiais, cuja finalidade Deve-se ter o cuidado, portanto, de explicitá-los em comu-
precípua é a de informar com clareza e objetividade. As nicações encaminhadas a outros órgãos da administração
comunicações que partem dos órgãos públicos federais e em expedientes dirigidos aos cidadãos.
devem ser compreendidas por todo e qualquer cidadão
brasileiro. Para atingir esse objetivo, há que evitar o uso 1.3. Formalidade e Padronização
de uma linguagem restrita a determinados grupos. Não há
dúvida que um texto marcado por expressões de circulação
As comunicações oficiais devem ser sempre formais,
restrita, como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o
isto é, obedecem a certas regras de forma: além das já
jargão técnico, tem sua compreensão dificultada.
mencionadas exigências de impessoalidade e uso do pa-
Ressalte-se que há necessariamente uma distância en-
drão culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa forma-
tre a língua falada e a escrita. Aquela é extremamente dinâ-
lidade de tratamento. Não se trata somente da eterna dúvi-
mica, reflete de forma imediata qualquer alteração de cos-
da quanto ao correto emprego deste ou daquele pronome
tumes, e pode eventualmente contar com outros elementos
de tratamento para uma autoridade de certo; mais do que
que auxiliem a sua compreensão, como os gestos, a entoa-
ção, etc., para mencionar apenas alguns dos fatores respon- isso, a formalidade diz respeito à polidez, à civilidade no
sáveis por essa distância. Já a língua escrita incorpora mais próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comu-
lentamente as transformações, tem maior vocação para a nicação.
permanência, e vale-se apenas de si mesma para comunicar. A formalidade de tratamento vincula-se, também, à
A língua escrita, como a falada, compreende diferentes necessária uniformidade das comunicações. Ora, se a ad-
níveis, de acordo com o uso que dela se faça. Por exemplo, ministração federal é una, é natural que as comunicações
em uma carta a um amigo, podemos nos valer de deter- que expede sigam um mesmo padrão. O estabelecimento
minado padrão de linguagem que incorpore expressões desse padrão, uma das metas deste Manual, exige que se
extremamente pessoais ou coloquiais; em um parecer ju- atente para todas as características da redação oficial e que
rídico, não se há de estranhar a presença do vocabulário se cuide, ainda, da apresentação dos textos.
técnico correspondente. Nos dois casos, há um padrão de A clareza datilográfica, o uso de papéis uniformes para
linguagem que atende ao uso que se faz da língua, a finali- o texto definitivo e a correta diagramação do texto são in-
dade com que a empregamos. dispensáveis para a padronização.
O mesmo ocorre com os textos oficiais: por seu caráter
impessoal, por sua finalidade de informar com o máximo 1.4. Concisão e Clareza
de clareza e concisão, eles requerem o uso do padrão culto
da língua. Há consenso de que o padrão culto é aquele em A concisão é antes uma qualidade do que uma carac-
que a) se observam as regras da gramática formal, e b) se terística do texto oficial. Conciso é o texto que consegue
emprega um vocabulário comum ao conjunto dos usuários transmitir um máximo de informações com um mínimo de
do idioma. É importante ressaltar que a obrigatoriedade do palavras. Para que se redija com essa qualidade, é funda-
uso do padrão culto na redação oficial decorre do fato de mental que se tenha, além de conhecimento do assunto
que ele está acima das diferenças lexicais, morfológicas ou sobre o qual se escreve, o necessário tempo para revisar o
sintáticas regionais, dos modismos vocabulares, das idios- texto depois de pronto. É nessa releitura que muitas vezes
sincrasias linguísticas, permitindo, por essa razão, que se se percebem eventuais redundâncias ou repetições desne-
atinja a pretendida compreensão por todos os cidadãos. cessárias de ideias.
Lembre-se de que o padrão culto nada tem contra a simpli- O esforço de sermos concisos atende, basicamente,

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LÍNGUA PORTUGUESA

ao princípio de economia linguística, à mencionada fór- 2. As Comunicações Oficiais


mula de empregar o mínimo de palavras para informar o
máximo. Não se deve de forma alguma entendê-la como Introdução
economia de pensamento, isto é, não se devem eliminar
passagens substanciais do texto no afã de reduzi-lo em ta- A redação das comunicações oficiais deve, antes de
manho. Trata-se exclusivamente de cortar palavras inúteis, tudo, seguir os preceitos explicitados no Capítulo I, Aspec-
redundâncias, passagens que nada acrescentem ao que já tos Gerais da Redação Oficial. Além disso, há características
foi dito. específicas de cada tipo de expediente, que serão trata-
Procure perceber certa hierarquia de ideias que existe das em detalhe neste capítulo. Antes de passarmos à sua
em todo texto de alguma complexidade: ideias fundamen- análise, vejamos outros aspectos comuns a quase todas as
tais e ideias secundárias. Estas últimas podem esclarecer o modalidades de comunicação oficial: o emprego dos pro-
sentido daquelas, detalhá-las, exemplificá-las; mas existem nomes de tratamento, a forma dos fechos e a identificação
também ideias secundárias que não acrescentam informa- do signatário.
ção alguma ao texto, nem têm maior relação com as fun-
damentais, podendo, por isso, ser dispensadas. 2.1. Pronomes de Tratamento
A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto
oficial. Pode-se definir como claro aquele texto que pos- 2.1.1. Breve História dos Pronomes de Tratamento
sibilita imediata compreensão pelo leitor. No entanto, a
clareza não é algo que se atinja por si só: ela depende O uso de pronomes e locuções pronominais de trata-
estritamente das demais características da redação oficial. mento tem larga tradição na língua portuguesa. De acor-
Para ela concorrem: do com Said Ali, após serem incorporados ao português
a) a impessoalidade, que evita a duplicidade de inter- os pronomes latinos tu e vos, “como tratamento direto da
pretações que poderia decorrer de um tratamento perso- pessoa ou pessoas a quem se dirigia a palavra”, passou-
nalista dado ao texto; -se a empregar, como expediente linguístico de distinção
b) o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, e de respeito, a segunda pessoa do plural no tratamento
de entendimento geral e por definição avesso a vocábulos de pessoas de hierarquia superior. Prossegue o autor: “Ou-
de circulação restrita, como a gíria e o jargão; tro modo de tratamento indireto consistiu em fingir que
c) a formalidade e a padronização, que possibilitam a se dirigia a palavra a um atributo ou qualidade eminente
imprescindível uniformidade dos textos; da pessoa de categoria superior, e não a ela própria. Assim
aproximavam-se os vassalos de seu rei com o tratamento
d) a concisão, que faz desaparecer do texto os exces-
de vossa mercê, vossa senhoria (...); assim usou-se o trata-
sos linguísticos que nada lhe acrescentam.
mento ducal de vossa excelência e adotaram-se na hierar-
É pela correta observação dessas características que se
quia eclesiástica vossa reverência, vossa paternidade, vossa
redige com clareza. Contribuirá, ainda, a indispensável re-
eminência, vossa santidade.”
leitura de todo texto redigido. A ocorrência, em textos ofi-
A partir do final do século XVI, esse modo de trata-
ciais, de trechos obscuros e de erros gramaticais provém,
mento indireto já estava em voga também para os ocu-
principalmente, da falta da releitura que torna possível sua pantes de certos cargos públicos. Vossa mercê evoluiu para
correção. vosmecê, e depois para o coloquial você. E o pronome vós,
Na revisão de um expediente, deve-se avaliar, ainda, com o tempo, caiu em desuso. É dessa tradição que pro-
se ele será de fácil compreensão por seu destinatário. O vém o atual emprego de pronomes de tratamento indireto
que nos parece óbvio pode ser desconhecido por tercei- como forma de dirigirmo-nos às autoridades civis, militares
ros. O domínio que adquirimos sobre certos assuntos em e eclesiásticas.
decorrência de nossa experiência profissional muitas vezes
faz com que os tomemos como de conhecimento geral, o 2.1.2. Concordância com os Pronomes de Trata-
que nem sempre é verdade. Explicite, desenvolva, escla- mento
reça, precise os termos técnicos, o significado das siglas
e abreviações e os conceitos específicos que não possam Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa
ser dispensados. indireta) apresentam certas peculiaridades quanto à con-
A revisão atenta exige, necessariamente, tempo. A cordância verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram
pressa com que são elaboradas certas comunicações qua- a segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala,
se sempre compromete sua clareza. Não se deve proceder ou a quem se dirige a comunicação), levam a concordância
à redação de um texto que não seja seguida por sua re- para a terceira pessoa. É que o verbo concorda com o subs-
visão. “Não há assuntos urgentes, há assuntos atrasados”, tantivo que integra a locução como seu núcleo sintático:
diz a máxima. Evite-se, pois, o atraso, com sua indesejável “Vossa Senhoria nomeará o substituto”; “Vossa Excelência
repercussão no redigir. conhece o assunto”.
Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos
a pronomes de tratamento são sempre os da terceira pes-
soa: “Vossa Senhoria nomeará seu substituto” (e não “Vossa
... vosso...”). Já quanto aos adjetivos referidos a esses pro-
nomes, o gênero gramatical deve coincidir com o sexo da

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LÍNGUA PORTUGUESA

pessoa a que se refere, e não com o substantivo que com- A Sua Excelência o Senhor
põe a locução. Assim, se nosso interlocutor for homem, o Senador Fulano de Tal
correto é “Vossa Excelência está atarefado”, “Vossa Senhoria Senado Federal
deve estar satisfeito”; se for mulher, “Vossa Excelência está 70165-900 – Brasília. DF
atarefada”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeita”.
A Sua Excelência o Senhor
2.1.3. Emprego dos Pronomes de Tratamento Fulano de Tal
Juiz de Direito da 10.ª Vara Cível
Como visto, o emprego dos pronomes de tratamento Rua ABC, n.º 123
obedece a secular tradição. São de uso consagrado: 01010-000 – São Paulo. SP
Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
a) do Poder Executivo; Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tra-
Presidente da República; tamento Digníssimo (DD), às autoridades arroladas na lis-
Vice-Presidente da República; ta anterior. A dignidade é pressuposto para que se ocupe
Ministros de Estado; qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida
Governadores e Vice-Governadores de Estado e do evocação.
Distrito Federal;
Oficiais-Generais das Forças Armadas; Vossa Senhoria é empregado para as demais autori-
Embaixadores; dades e para particulares. O vocativo adequado é:
Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocu- Senhor Fulano de Tal,
pantes de cargos de natureza especial; (...)
Secretários de Estado dos Governos Estaduais; No envelope, deve constar do endereçamento:
Prefeitos Municipais. Ao Senhor
Fulano de Tal
b) do Poder Legislativo:
Rua ABC, n.º 123
Deputados Federais e Senadores;
12345-000 – Curitiba. PR
Ministros do Tribunal de Contas da União;
Deputados Estaduais e Distritais;
Como se depreende do exemplo acima, fica dispensa-
Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais;
do o emprego do superlativo ilustríssimo para as autori-
Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.
dades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para
particulares. É suficiente o uso do pronome de tratamento
c) do Poder Judiciário:
Ministros dos Tribunais Superiores; Senhor.
Membros de Tribunais; Acrescente-se que doutor não é forma de tratamento,
Juízes; e sim título acadêmico. Evite usá-lo indiscriminadamente.
Auditores da Justiça Militar. Como regra geral, empregue-o apenas em comunicações
dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem concluí-
O vocativo a ser empregado em comunicações dirigi- do curso universitário de doutorado. É costume designar
das aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido por doutor os bacharéis, especialmente os bacharéis em
do cargo respectivo: Direito e em Medicina. Nos demais casos, o tratamento Se-
Excelentíssimo Senhor Presidente da República, nhor confere a desejada formalidade às comunicações.
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacio- Mencionemos, ainda, a forma Vossa Magnificência,
nal, empregada, por força da tradição, em comunicações dirigi-
Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal das a reitores de universidade. Corresponde-lhe o vocativo:
Federal. Magnífico Reitor, (...)
Os pronomes de tratamento para religiosos, de acordo
As demais autoridades serão tratadas com o vocativo com a hierarquia eclesiástica, são:
Senhor, seguido do cargo respectivo: Vossa Santidade, em comunicações dirigidas ao Papa.
Senhor Senador, O vocativo correspondente é: Santíssimo Padre, (...)
Senhor Juiz, Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendís-
Senhor Ministro, sima, em comunicações aos Cardeais. Corresponde-lhe o
Senhor Governador, vocativo: Eminentíssimo Senhor Cardeal, ou Eminentís-
simo e Reverendíssimo Senhor Cardeal, (...)
No envelope, o endereçamento das comunicações di- Vossa Excelência Reverendíssima é usado em comu-
rigidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência, terá a nicações dirigidas a Arcebispos e Bispos;
seguinte forma: Vossa Reverendíssima ou Vossa Senhoria Reveren-
A Sua Excelência o Senhor díssima para Monsenhores, Cônegos e superiores religio-
Fulano de Tal sos.
Ministro de Estado da Justiça Vossa Reverência é empregado para sacerdotes, cléri-
70064-900 – Brasília. DF gos e demais religiosos.

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LÍNGUA PORTUGUESA

2.2. Fechos para Comunicações d) destinatário: o nome e o cargo da pessoa a quem é


dirigida a comunicação. No caso do ofício deve ser incluído
O fecho das comunicações oficiais possui, além da fi- também o endereço.
nalidade óbvia de arrematar o texto, a de saudar o destina- e) texto: nos casos em que não for de mero encami-
tário. Os modelos para fecho que vinham sendo utilizados nhamento de documentos, o expediente deve conter a se-
foram regulados pela Portaria n.º 1 do Ministério da Justiça, guinte estrutura:
de 1937, que estabelecia quinze padrões. Com o fito de – introdução, que se confunde com o parágrafo de
simplificá-los e uniformizá-los, este Manual estabelece o abertura, na qual é apresentado o assunto que motiva a
emprego de somente dois fechos diferentes para todas as comunicação. Evite o uso das formas: “Tenho a honra de”,
modalidades de comunicação oficial: “Tenho o prazer de”, “Cumpre-me informar que”, empregue
a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente a forma direta;
da República: Respeitosamente, – desenvolvimento, no qual o assunto é detalhado; se
b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierar- o texto contiver mais de uma ideia sobre o assunto, elas
quia inferior: Atenciosamente,
devem ser tratadas em parágrafos distintos, o que confere
Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigi-
maior clareza à exposição;
das a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tra-
– conclusão, em que é reafirmada ou simplesmente
dição próprios, devidamente disciplinados no Manual de
Redação do Ministério das Relações Exteriores. reapresentada a posição recomendada sobre o assunto.
Os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto
2.3. Identificação do Signatário nos casos em que estes estejam organizados em itens ou
títulos e subtítulos. Já quando se tratar de mero encami-
Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente nhamento de documentos a estrutura é a seguinte:
da República, todas as demais comunicações oficiais de- – introdução: deve iniciar com referência ao expedien-
vem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede, te que solicitou o encaminhamento. Se a remessa do do-
abaixo do local de sua assinatura. A forma da identificação cumento não tiver sido solicitada, deve iniciar com a in-
deve ser a seguinte: formação do motivo da comunicação, que é encaminhar,
(espaço para assinatura) indicando a seguir os dados completos do documento
NOME encaminhado (tipo, data, origem ou signatário, e assunto
Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República de que trata), e a razão pela qual está sendo encaminha-
(espaço para assinatura) do, segundo a seguinte fórmula: “Em resposta ao Aviso n.º
NOME 12, de 1.º de fevereiro de 1991, encaminho, anexa, cópia do
Ministro de Estado da Justiça Ofício n.º 34, de 3 de abril de 1990, do Departamento Geral
de Administração, que trata da requisição do servidor Fulano
Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a as- de Tal.” Ou “Encaminho, para exame e pronunciamento, a
sinatura em página isolada do expediente. Transfira para anexa cópia do telegrama no 12, de 1.º de fevereiro de 1991,
essa página ao menos a última frase anterior ao fecho. do Presidente da Confederação Nacional de Agricultura, a
respeito de projeto de modernização de técnicas agrícolas
3. O Padrão Ofício na região Nordeste.”
– desenvolvimento: se o autor da comunicação dese-
Há três tipos de expedientes que se diferenciam an- jar fazer algum comentário a respeito do documento que
tes pela finalidade do que pela forma: o ofício, o aviso e o encaminha, poderá acrescentar parágrafos de desenvolvi-
memorando. Com o fito de uniformizá-los, pode-se adotar
mento; em caso contrário, não há parágrafos de desenvol-
uma diagramação única, que siga o que chamamos de pa-
vimento em aviso ou ofício de mero encaminhamento.
drão ofício.
f) fecho (v. 2.2. Fechos para Comunicações);
3.1. Partes do documento no Padrão Ofício g) assinatura do autor da comunicação; e
h) identificação do signatário (v. 2.3. Identificação do
O aviso, o ofício e o memorando devem conter as se- Signatário).
guintes partes:
a) tipo e número do expediente, seguido da sigla do 3.2. Forma de diagramação
órgão que o expede: Exemplos: Mem. 123/2002-MF Aviso
123/2002-SG Of. 123/2002-MME Os documentos do Padrão Ofício devem obedecer à
b) local e data em que foi assinado, por extenso, com seguinte forma de apresentação:
alinhamento à direita: Exemplo: a) deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman
Brasília, 15 de março de 1991. de corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas
notas de rodapé;
c) assunto: resumo do teor do documento Exemplos: b) para símbolos não existentes na fonte Times New
Assunto: Produtividade do órgão em 2002. Roman poder-se-á utilizar as fontes Symbol e Wingdings;
Assunto: Necessidade de aquisição de novos computa- c) é obrigatório constar a partir da segunda página o
dores. número da página;

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LÍNGUA PORTUGUESA

d) os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as
impressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as mar- seguintes informações do remetente:
gens esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas – nome do órgão ou setor;
páginas pares (“margem espelho”); – endereço postal;
e) o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm – telefone e endereço de correio eletrônico.
de distância da margem esquerda;
f) o campo destinado à margem lateral esquerda terá, 3.4. Memorando
no mínimo, 3,0 cm de largura;
g) o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm; 3.4.1. Definição e Finalidade
O constante neste item aplica-se também à exposição
de motivos e à mensagem (v. 4. Exposição de Motivos e 5. O memorando é a modalidade de comunicação entre
Mensagem). unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem
h) deve ser utilizado espaçamento simples entre as li- estar hierarquicamente em mesmo nível ou em níveis dife-
nhas e de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor de rentes. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação
texto utilizado não comportar tal recurso, de uma linha em eminentemente interna. Pode ter caráter meramente admi-
branco; nistrativo, ou ser empregado para a exposição de projetos,
i) não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sub- ideias, diretrizes, etc. a serem adotados por determinado se-
linhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bor- tor do serviço público. Sua característica principal é a agili-
das ou qualquer outra forma de formatação que afete a dade. A tramitação do memorando em qualquer órgão deve
elegância e a sobriedade do documento; pautar-se pela rapidez e pela simplicidade de procedimentos
j) a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em burocráticos. Para evitar desnecessário aumento do número
papel branco. A impressão colorida deve ser usada apenas de comunicações, os despachos ao memorando devem ser
para gráficos e ilustrações; dados no próprio documento e, no caso de falta de espaço,
k) todos os tipos de documentos do Padrão Ofício de- em folha de continuação. Esse procedimento permite formar
vem ser impressos em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7 uma espécie de processo simplificado, assegurando maior
x 21,0 cm; transparência à tomada de decisões, e permitindo que se
historie o andamento da matéria tratada no memorando.
l) deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de
arquivo Rich Text nos documentos de texto;
3.4.2. Forma e Estrutura
m) dentro do possível, todos os documentos elabora-
dos devem ter o arquivo de texto preservado para consulta
Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo
posterior ou aproveitamento de trechos para casos análo-
do padrão ofício, com a diferença de que o seu destinatário
gos;
deve ser mencionado pelo cargo que ocupa. Exemplos:
n) para facilitar a localização, os nomes dos arquivos Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração
devem ser formados da seguinte maneira: tipo do docu- Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos
mento + número do documento + palavras-chaves do con-
teúdo. Ex.: “Of. 123 - relatório produtividade ano 2002” 4. Exposição de Motivos
3.3. Aviso e Ofício 4.1. Definição e Finalidade
3.3.1. Definição e Finalidade Exposição de motivos é o expediente dirigido ao Presi-
dente da República ou ao Vice-Presidente para:
Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial a) informá-lo de determinado assunto;
praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que b) propor alguma medida; ou
o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Esta- c) submeter a sua consideração projeto de ato normativo.
do, para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presidente
ofício é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos da República por um Ministro de Estado. Nos casos em que
têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pe- o assunto tratado envolva mais de um Ministério, a exposição
los órgãos da Administração Pública entre si e, no caso do de motivos deverá ser assinada por todos os Ministros en-
ofício, também com particulares. volvidos, sendo, por essa razão, chamada de interministerial.

3.3.2. Forma e Estrutura 4.2. Forma e Estrutura

Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo Formalmente, a exposição de motivos tem a apresenta-
do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca ção do padrão ofício (v. 3. O Padrão Ofício).
o destinatário (v. 2.1 Pronomes de Tratamento), seguido de A exposição de motivos, de acordo com sua finalida-
vírgula. Exemplos: de, apresenta duas formas básicas de estrutura: uma para
Excelentíssimo Senhor Presidente da República aquela que tenha caráter exclusivamente informativo e ou-
Senhora Ministra tra para a que proponha alguma medida ou submeta pro-
Senhor Chefe de Gabinete jeto de ato normativo.

104
LÍNGUA PORTUGUESA

No primeiro caso, o da exposição de motivos que sim- Em ambos os casos, a mensagem se dirige aos Mem-
plesmente leva algum assunto ao conhecimento do Presi- bros do Congresso Nacional, mas é encaminhada com avi-
dente da República, sua estrutura segue o modelo antes so do Chefe da Casa Civil da Presidência da República ao
referido para o padrão ofício. Já a exposição de motivos Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados, para que
que submeta à consideração do Presidente da República tenha início sua tramitação (Constituição, art. 64, caput).
a sugestão de alguma medida a ser adotada ou a que lhe Quanto aos projetos de lei financeira (que compreen-
apresente projeto de ato normativo – embora sigam tam- dem plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamentos
bém a estrutura do padrão ofício –, além de outros comen- anuais e créditos adicionais), as mensagens de encaminha-
tários julgados pertinentes por seu autor, devem, obrigato- mento dirigem-se aos Membros do Congresso Nacional,
riamente, apontar: e os respectivos avisos são endereçados ao Primeiro Se-
a) na introdução: o problema que está a reclamar a cretário do Senado Federal. A razão é que o art. 166 da
adoção da medida ou do ato normativo proposto; Constituição impõe a deliberação congressual sobre as leis
b) no desenvolvimento: o porquê de ser aquela me- financeiras em sessão conjunta, mais precisamente, “na for-
dida ou aquele ato normativo o ideal para se solucionar ma do regimento comum”. E à frente da Mesa do Congresso
o problema, e eventuais alternativas existentes para equa- Nacional está o Presidente do Senado Federal (Constitui-
cioná-lo; ção, art. 57, § 5.º), que comanda as sessões conjuntas.
c) na conclusão, novamente, qual medida deve ser to- As mensagens aqui tratadas coroam o processo desen-
mada, ou qual ato normativo deve ser editado para solu- volvido no âmbito do Poder Executivo, que abrange minu-
cionar o problema. cioso exame técnico, jurídico e econômico-financeiro das
Deve, ainda, trazer apenso o formulário de anexo à ex- matérias objeto das proposições por elas encaminhadas.
posição de motivos, devidamente preenchido, de acordo Tais exames materializam-se em pareceres dos diver-
Com o modelo previsto no Anexo II do Decreto n.º 4.176, sos órgãos interessados no assunto das proposições, entre
de 28 de março de 2002. eles o da Advocacia-Geral da União. Mas, na origem das
Ao elaborar uma exposição de motivos, tenha presente propostas, as análises necessárias constam da exposição
que a atenção aos requisitos básicos da redação oficial (cla- de motivos do órgão onde se geraram (v. 3.1. Exposição de
reza, concisão, impessoalidade, formalidade, padronização Motivos) – exposição que acompanhará, por cópia, a men-
e uso do padrão culto de linguagem) deve ser redobrada. sagem de encaminhamento ao Congresso.
A exposição de motivos é a principal modalidade de b) encaminhamento de medida provisória.
comunicação dirigida ao Presidente da República pelos Mi- Para dar cumprimento ao disposto no art. 62 da Cons-
nistros. tituição, o Presidente da República encaminha mensagem
Além disso, pode, em certos casos, ser encaminhada ao Congresso, dirigida a seus membros, com aviso para o
cópia ao Congresso Nacional ou ao Poder Judiciário ou, Primeiro Secretário do Senado Federal, juntando cópia da
ainda, ser publicada no Diário Oficial da União, no todo ou medida provisória, autenticada pela Coordenação de Do-
em parte. cumentação da Presidência da República.
c) indicação de autoridades.
5. Mensagem As mensagens que submetem ao Senado Federal a in-
dicação de pessoas para ocuparem determinados cargos
5.1. Definição e Finalidade (magistrados dos Tribunais Superiores, Ministros do TCU,
Presidentes e Diretores do Banco Central, Procurador-Ge-
É o instrumento de comunicação oficial entre os Che- ral da República, Chefes de Missão Diplomática, etc.) têm
fes dos Poderes Públicos, notadamente as mensagens en- em vista que a Constituição, no seu art. 52, incisos III e IV,
viadas pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo atribui àquela Casa do Congresso Nacional competência
para informar sobre fato da Administração Pública; expor o privativa para aprovar a indicação.
plano de governo por ocasião da abertura de sessão legis- O curriculum vitae do indicado, devidamente assinado,
lativa; submeter ao Congresso Nacional matérias que de- acompanha a mensagem.
pendem de deliberação de suas Casas; apresentar veto; en- d) pedido de autorização para o Presidente ou o Vice-
fim, fazer e agradecer comunicações de tudo quanto seja -Presidente da República se ausentar do País por mais de
de interesse dos poderes públicos e da Nação. 15 dias.
Minuta de mensagem pode ser encaminhada pelos Trata-se de exigência constitucional (Constituição, art.
Ministérios à Presidência da República, a cujas assessorias 49, III, e 83), e a autorização é da competência privativa do
caberá a redação final. Congresso Nacional.
As mensagens mais usuais do Poder Executivo ao Con- O Presidente da República, tradicionalmente, por cor-
gresso Nacional têm as seguintes finalidades: tesia, quando a ausência é por prazo inferior a 15 dias, faz
a) encaminhamento de projeto de lei ordinária, com- uma comunicação a cada Casa do Congresso, enviando-
plementar ou financeira. Os projetos de lei ordinária ou -lhes mensagens idênticas.
complementar são enviados em regime normal (Constitui- e) encaminhamento de atos de concessão e renovação
ção, art. 61) ou de urgência (Constituição, art. 64, §§ 1.º a de concessão de emissoras de rádio e TV.
4.º). Cabe lembrar que o projeto pode ser encaminhado A obrigação de submeter tais atos à apreciação do
sob o regime normal e mais tarde ser objeto de nova men- Congresso Nacional consta no inciso XII do artigo 49 da
sagem, com solicitação de urgência. Constituição. Somente produzirão efeitos legais a outorga

105
LÍNGUA PORTUGUESA

ou renovação da concessão após deliberação do Congres- – pedido de autorização ou referendo para celebrar a
so Nacional (Constituição, art. 223, § 3.º). Descabe pedir na paz (Constituição, art. 84, XX);
mensagem a urgência prevista no art. 64 da Constituição, – justificativa para decretação do estado de defesa ou
porquanto o § 1.º do art. 223 já define o prazo da tramitação. de sua prorrogação (Constituição, art. 136, § 4.º);
Além do ato de outorga ou renovação, acompanha a – pedido de autorização para decretar o estado de sítio
mensagem o correspondente processo administrativo. (Constituição, art. 137);
f) encaminhamento das contas referentes ao exercício – relato das medidas praticadas na vigência do esta-
anterior. do de sítio ou de defesa (Constituição, art. 141, parágrafo
O Presidente da República tem o prazo de sessenta único);
dias após a abertura da sessão legislativa para enviar ao – proposta de modificação de projetos de leis financei-
Congresso Nacional as contas referentes ao exercício an- ras (Constituição, art. 166, § 5.º);
terior (Constituição, art. 84, XXIV), para exame e parecer da – pedido de autorização para utilizar recursos que fi-
Comissão Mista permanente (Constituição, art. 166, § 1.º), carem sem despesas correspondentes, em decorrência de
sob pena de a Câmara dos Deputados realizar a tomada de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
contas (Constituição, art. 51, II), em procedimento discipli- anual (Constituição, art. 166, § 8.º);
nado no art. 215 do seu Regimento Interno. – pedido de autorização para alienar ou conceder ter-
g) mensagem de abertura da sessão legislativa. ras públicas com área superior a 2.500 ha (Constituição, art.
Ela deve conter o plano de governo, exposição sobre 188, § 1.º); etc.
a situação do País e solicitação de providências que julgar
necessárias (Constituição, art. 84, XI). 5.2. Forma e Estrutura
O portador da mensagem é o Chefe da Casa Civil da
Presidência da República. Esta mensagem difere das de- As mensagens contêm:
mais porque vai encadernada e é distribuída a todos os a) a indicação do tipo de expediente e de seu número,
Congressistas em forma de livro. horizontalmente, no início da margem esquerda:
h) comunicação de sanção (com restituição de autó- Mensagem n.º
grafos).
Esta mensagem é dirigida aos Membros do Congresso b) vocativo, de acordo com o pronome de tratamen-
Nacional, encaminhada por Aviso ao Primeiro Secretário da to e o cargo do destinatário, horizontalmente, no início da
Casa onde se originaram os autógrafos. Nela se informa margem esquerda;
o número que tomou a lei e se restituem dois exemplares Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal,
dos três autógrafos recebidos, nos quais o Presidente da
República terá aposto o despacho de sanção. c) o texto, iniciando a 2 cm do vocativo;
i) comunicação de veto. d) o local e a data, verticalmente a 2 cm do final do
Dirigida ao Presidente do Senado Federal (Constitui- texto, e horizontalmente fazendo coincidir seu final com a
ção, art. 66, § 1.º), a mensagem informa sobre a decisão de margem direita.
vetar, se o veto é parcial, quais as disposições vetadas, e as A mensagem, como os demais atos assinados pelo Pre-
razões do veto. Seu texto vai publicado na íntegra no Diário sidente da República, não traz identificação de seu signa-
Oficial da União (v. 4.2. Forma e Estrutura), ao contrário das tário.
demais mensagens, cuja publicação se restringe à notícia
do seu envio ao Poder Legislativo. 6. Telegrama
j) outras mensagens.
Também são remetidas ao Legislativo com regular fre- 6.1. Definição e Finalidade
quência mensagens com:
– encaminhamento de atos internacionais que acar- Com o fito de uniformizar a terminologia e simplificar
retam encargos ou compromissos gravosos (Constituição, os procedimentos burocráticos, passa a receber o título de
art. 49, I); telegrama toda comunicação oficial expedida por meio de
– pedido de estabelecimento de alíquotas aplicáveis telegrafia, telex, etc.
às operações e prestações interestaduais e de exportação Por tratar-se de forma de comunicação dispendiosa
(Constituição, art. 155, § 2.º, IV); aos cofres públicos e tecnologicamente superada, deve
– proposta de fixação de limites globais para o mon- restringir-se o uso do telegrama apenas àquelas situações
tante da dívida consolidada (Constituição, art. 52, VI); que não seja possível o uso de correio eletrônico ou fax e
– pedido de autorização para operações financeiras ex- que a urgência justifique sua utilização e, também em ra-
ternas (Constituição, art. 52, V); e outros. zão de seu custo elevado, esta forma de comunicação deve
Entre as mensagens menos comuns estão as de: pautar-se pela concisão (v. 1.4. Concisão e Clareza).
– convocação extraordinária do Congresso Nacional
(Constituição, art. 57, § 6.º); 6.2. Forma e Estrutura
– pedido de autorização para exonerar o Procurador-
-Geral da República (art. 52, XI, e 128, § 2.º); Não há padrão rígido, devendo-se seguir a forma e
– pedido de autorização para declarar guerra e decre- a estrutura dos formulários disponíveis nas agências dos
tar mobilização nacional (Constituição, art. 84, XIX); Correios e em seu sítio na Internet.

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LÍNGUA PORTUGUESA

7. Fax Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de con-


firmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar
7.1. Definição e Finalidade da mensagem pedido de confirmação de recebimento.

O fax (forma abreviada já consagrada de fac-símile) é 8.3 Valor documental


uma forma de comunicação que está sendo menos usada
devido ao desenvolvimento da Internet. É utilizado para a Nos termos da legislação em vigor, para que a mensa-
transmissão de mensagens urgentes e para o envio ante- gem de correio eletrônico tenha valor documental, e para
cipado de documentos, de cujo conhecimento há premên- que possa ser aceito como documento original, é neces-
cia, quando não há condições de envio do documento por sário existir certificação digital que ateste a identidade do
meio eletrônico. Quando necessário o original, ele segue remetente, na forma estabelecida em lei.
posteriormente pela via e na forma de praxe.
Se necessário o arquivamento, deve-se fazê-lo com có- Elementos de Ortografia e Gramática
pia xerox do fax e não com o próprio fax, cujo papel, em
certos modelos, deteriora-se rapidamente. Problemas de Construção de Frases

7.2. Forma e Estrutura A clareza e a concisão na forma escrita são alcançadas,


principalmente, pela construção adequada da frase, “a me-
Os documentos enviados por fax mantêm a forma e a nor unidade autônoma da comunicação”, na definição de
estrutura que lhes são inerentes. Celso Pedro Luft.
É conveniente o envio, juntamente com o documento A função essencial da frase é desempenhada pelo pre-
principal, de folha de rosto e de pequeno formulário com os dicado, que, para Adriano da Gama Kury, pode ser entendi-
dados de identificação da mensagem a ser enviada, confor- do como “a enunciação pura de um fato qualquer”. Sempre
me exemplo a seguir: que a frase possuir pelo menos um verbo, recebe o nome
de período, que terá tantas orações quantos forem os ver-
bos não auxiliares que o constituem.
[Órgão Expedidor]
Outra função relevante é a do sujeito – mas não indis-
[setor do órgão expedidor]
pensável, pois há orações sem sujeito, ditas impessoais –,
[endereço do órgão expedidor]
de quem se diz algo, cujo núcleo é sempre um substantivo.
Destinatário:____________________________________
Sempre que o verbo o exigir, teremos nas orações substan-
No do fax de destino:_______________ Data:___/___/___
tivos (nomes ou pronomes) que desempenham a função
Remetente: ____________________________________
de complementos (objetos direto e indireto, predicativo e
Tel. p/ contato:____________ Fax/correio eletrônico:____
complemento adverbial). Função acessória desempenham
No de páginas: ________No do documento:____________ os adjuntos adverbiais, que vêm geralmente ao final da
oração, mas que podem ser ou intercalados aos elementos
Observações:___________________________________ que desempenham as outras funções, ou deslocados para
o início da oração.
8. Correio Eletrônico Temos, assim, a seguinte ordem de colocação dos ele-
mentos que compõem uma oração (Observação: os parên-
8.1 Definição e finalidade teses indicam os elementos que podem não ocorrer):
(sujeito) - verbo - (complementos) - (adjunto adverbial).
O correio eletrônico (“e-mail”), por seu baixo custo e
celeridade, transformou-se na principal forma de comuni- Podem ser identificados seis padrões básicos para as
cação para transmissão de documentos. orações pessoais (isto é, com sujeito) na língua portuguesa
(a função que vem entre parênteses é facultativa e pode
8.2. Forma e Estrutura ocorrer em ordem diversa):

Um dos atrativos de comunicação por correio eletrô- 1. Sujeito - verbo intransitivo - (Adjunto Adverbial)
nico é sua flexibilidade. Assim, não interessa definir forma O Presidente - regressou - (ontem).
rígida para sua estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso
de linguagem incompatível com uma comunicação oficial 2. Sujeito - verbo transitivo direto - objeto direto - (ad-
(v. 1.2 A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais). junto adverbial)
O campo assunto do formulário de correio eletrônico O Chefe da Divisão - assinou - o termo de posse - (na
deve ser preenchido de modo a facilitar a organização do- manhã de terça-feira).
cumental tanto do destinatário quanto do remetente.
Para os arquivos anexados à mensagem deve ser utili- 3. Sujeito - verbo transitivo indireto - objeto indireto -
zado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem (adjunto adverbial).
que encaminha algum arquivo deve trazer informações mí- O Brasil - precisa - de gente honesta - (em todos os se-
nimas sobre seu conteúdo. tores).

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LÍNGUA PORTUGUESA

4. Sujeito - verbo transitivo direto e indireto - obj. dire- Frases Fragmentadas


to - obj. indireto - (adj. Adv.)
Os desempregados - entregaram - suas reivindicações - A fragmentação de frases “consiste em pontuar uma
ao Deputado - (no Congresso). oração subordinada ou uma simples locução como se fos-
se uma frase completa”. Decorre da pontuação errada de
5. Sujeito - verbo transitivo indireto - complemento ad- uma frase simples. Embora seja usada como recurso es-
verbial - (adjunto adverbial) tilístico na literatura, a fragmentação de frases deve ser
A reunião do Grupo de Trabalho - ocorrerá - em Buenos evitada nos textos oficiais, pois muitas vezes dificulta a
Aires - (na próxima semana). compreensão. Exemplo:
O Presidente - voltou - da Europa - (na sexta-feira)
Errado: O programa recebeu a aprovação do Congresso
6. Sujeito - verbo de ligação - predicativo - (adjunto ad- Nacional. Depois de ser longamente debatido.
verbial)
Certo: O programa recebeu a aprovação do Congresso
O problema - será - resolvido - prontamente.
Nacional, depois de ser longamente debatido.
Certo: Depois de ser longamente debatido, o programa
Estes seriam os padrões básicos para as orações, ou
recebeu a aprovação do Congresso Nacional.
seja, as frases que possuem apenas um verbo conjugado.
Na construção de períodos, as várias funções podem ocorrer
em ordem inversa à mencionada, misturando-se e confun- Errado: O projeto de Convenção foi oportunamente
dindo-se. Não interessa aqui análise exaustiva de todos os submetido ao Presidente da República, que o aprovou. Con-
padrões existentes na língua portuguesa. O que importa é sultadas as áreas envolvidas na elaboração do texto legal.
fixar a ordem normal dos elementos nesses seis padrões bá- Certo: O projeto de Convenção foi oportunamente sub-
sicos. Acrescente-se que períodos mais complexos, compos- metido ao Presidente da República, que o aprovou, consul-
tos por duas ou mais orações, em geral podem ser reduzidos tadas as áreas envolvidas na elaboração do texto legal.
aos padrões básicos (de que derivam).
Os problemas mais frequentemente encontrados na Erros de Paralelismo
construção de frases dizem respeito à má pontuação, à am-
biguidade da ideia expressa, à elaboração de falsos paralelis- Uma das convenções estabelecidas na linguagem es-
mos, erros de comparação, etc. Decorrem, em geral, do des- crita “consiste em apresentar ideias similares numa forma
conhecimento da ordem das palavras na frase. Indicam-se, gramatical idêntica”, o que se chama de paralelismo. As-
a seguir, alguns desses defeitos mais comuns e recorrentes sim, incorre-se em erro ao conferir forma não paralela a
na construção de frases, registrados em documentos oficiais. elementos paralelos. Vejamos alguns exemplos:

Sujeito Errado: Pelo aviso circular recomendou-se aos Ministé-


rios economizar energia e que elaborassem planos de redu-
Como dito, o sujeito é o ser de quem se fala ou que exe- ção de despesas.
cuta a ação enunciada na oração. Ele pode ter complemento,
mas não ser complemento. Devem ser evitadas, portanto, Na frase temos, nas duas orações subordinadas que
construções como: completam o sentido da principal, duas estruturas diferen-
tes para ideias equivalentes: a primeira oração (economizar
Errado: É tempo do Congresso votar a emenda. energia) é reduzida de infinitivo, enquanto a segunda (que
Certo: É tempo de o Congresso votar a emenda.
elaborassem planos de redução de despesas) é uma oração
desenvolvida introduzida pela conjunção integrante que.
Errado: Apesar das relações entre os países estarem cor-
Há mais de uma possibilidade de escrevê-la com clareza
tadas, (...).
e correção; uma seria a de apresentar as duas orações su-
Certo: Apesar de as relações entre os países estarem cor-
tadas, (...). bordinadas como desenvolvidas, introduzidas pela con-
junção integrante que:
Errado: Não vejo mal no Governo proceder assim.
Certo: Não vejo mal em o Governo proceder assim. Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se aos Ministé-
rios que economizassem energia e (que) elaborassem pla-
Errado: Antes destes requisitos serem cumpridos, (...). nos para redução de despesas.
Certo: Antes de estes requisitos serem cumpridos, (...).
Outra possibilidade: as duas orações são apresentadas
Errado: Apesar da Assessoria ter informado em tempo, (...). como reduzidas de infinitivo:
Certo: Apesar de a Assessoria ter informado em tempo, (...). Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se aos Ministé-
rios economizar energia e elaborar planos para redução de
despesas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Nas duas correções respeita-se a estrutura paralela na Errado: O salário de um professor é mais baixo do que
coordenação de orações subordinadas. um médico.
Mais um exemplo de frase inaceitável na língua escrita A omissão de termos provocou uma comparação in-
culta: devida: “o salário de um professor” com “um médico”.
Errado: No discurso de posse, mostrou determinação, Certo: O salário de um professor é mais baixo do que o
não ser inseguro, inteligência e ter ambição. salário de um médico.
Certo: O salário de um professor é mais baixo do que
O problema aqui decorre de coordenar palavras (subs- o de um médico.
tantivos) com orações (reduzidas de infinitivo).
Para tornar a frase clara e correta, pode-se optar ou Errado: O alcance do Decreto é diferente da Portaria.
por transformá-la em frase simples, substituindo as ora- Novamente, a não repetição dos termos comparados
ções reduzidas por substantivos: confunde. Alternativas para correção:
Certo: No discurso de posse, mostrou determinação, se- Certo: O alcance do Decreto é diferente do alcance da
gurança, inteligência e ambição. Portaria.
Certo: O alcance do Decreto é diferente do da Portaria.
Atentemos, ainda, para o problema inverso, o falso pa-
ralelismo, que ocorre ao se dar forma paralela (equivalen- Errado: O Ministério da Educação dispõe de mais ver-
te) a ideias de hierarquia diferente ou, ainda, ao se apre- bas do que os Ministérios do Governo.
sentar, de forma paralela, estruturas sintáticas distintas: No exemplo acima, a omissão da palavra “outros” (ou
Errado: O Presidente visitou Paris, Bonn, Roma e o “demais”) acarretou imprecisão:
Papa. Certo: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas
do que os outros Ministérios do Governo.
Nesta frase, colocou-se em um mesmo nível cidades Certo: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas
(Paris, Bonn, Roma) e uma pessoa (o Papa). Uma possibili- do que os demais Ministérios do Governo.
dade de correção é transformá-la em duas frases simples,
com o cuidado de não repetir o verbo da primeira (visitar):
Ambiguidade
Certo: O Presidente visitou Paris, Bonn e Roma. Nesta
última capital, encontrou-se com o Papa.
Ambígua é a frase ou oração que pode ser tomada
em mais de um sentido. Como a clareza é requisito básico
Mencionemos, por fim, o falso paralelismo provocado
de todo texto oficial, deve-se atentar para as construções
pelo uso inadequado da expressão “e que” num período
que possam gerar equívocos de compreensão.
que não contém nenhum “que” anterior.
A ambiguidade decorre, em geral, da dificuldade
Errado: O novo procurador é jurista renomado, e que
tem sólida formação acadêmica. de identificar a qual palavra se refere um pronome que
possui mais de um antecedente na terceira pessoa. Pode
Para corrigir a frase, suprimimos o pronome relativo: ocorrer com:
Certo: O novo procurador é jurista renomado e tem só-
lida formação acadêmica. A) pronomes pessoais:
Ambíguo: O Ministro comunicou a seu secretariado
Outro exemplo de falso paralelismo com “e que”: que ele seria exonerado.
Errado: Neste momento, não se devem adotar medidas Claro: O Ministro comunicou exoneração dele a seu
precipitadas, e que comprometam o andamento de todo o secretariado.
programa. Ou então, caso o entendimento seja outro:
Da mesma forma com que corrigimos o exemplo ante- Claro: O Ministro comunicou a seu secretariado a exo-
rior, aqui podemos suprimir a conjunção: neração deste.
Certo: Neste momento, não se devem adotar medidas
precipitadas, que comprometam o andamento de todo o B) pronomes possessivos e pronomes oblíquos:
programa. Ambíguo: O Deputado saudou o Presidente da Repú-
blica, em seu discurso, e solicitou sua intervenção no seu
Erros de Comparação Estado, mas isso não o surpreendeu.
Observe a multiplicidade de ambiguidade no exemplo
A omissão de certos termos ao fazermos uma compa- acima, a qual torna incompreensível o sentido da frase.
ração, omissão própria da língua falada, deve ser evitada Claro: Em seu discurso o Deputado saudou o Presidente
na língua escrita, pois compromete a clareza do texto: nem da República. No pronunciamento, solicitou a intervenção
sempre é possível identificar, pelo contexto, qual o termo federal em seu Estado, o que não surpreendeu o Presidente
omitido. A ausência indevida de um termo pode impossi- da República.
bilitar o entendimento do sentido que se quer dar a uma
frase:

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LÍNGUA PORTUGUESA

C) pronome relativo: Podemos começar pelo pronome demonstrativo. Mes-


Ambíguo: Roubaram a mesa do gabinete em que eu mo utilizando pronomes de tratamento “Vossa” (muitas
costumava trabalhar. vezes confundido com “vós” e seu respectivo “vosso”), os
Não fica claro se o pronome relativo da segunda oração pronomes que os acompanham deverão ficar sempre na
faz referência “à mesa” ou “a gabinete”. Esta ambiguidade se terceira pessoa (do plural ou do singular, de acordo com o
deve ao pronome relativo “que”, sem marca de gênero. A so- número do pronome de tratamento). Então, em quaisquer
lução é recorrer às formas o qual, a qual, os quais, as quais, que dos pronomes de tratamento apresentados nas alterna-
marcam gênero e número. tivas, o pronome demonstrativo será “sua”. Descartamos,
Claro: Roubaram a mesa do gabinete no qual eu costuma- então, os itens a, c e e. Agora recorramos ao pronome ade-
va trabalhar. quado a ser utilizado para deputados. Segundo o Manual
Se o entendimento é outro, então: de Redação Oficial, temos:
Claro: Roubaram a mesa do gabinete na qual eu costuma- Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
va trabalhar. b) do Poder Legislativo: Presidente, Vice–Presidente e
Membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal
Há, ainda, outro tipo de ambiguidade, que decorre da dú- (...).
vida sobre a que se refere a oração reduzida:
GABARITO OFICIAL: D
Ambíguo: Sendo indisciplinado, o Chefe admoestou o fun-
cionário.
2. (ANTAQ – Especialista em Regulação de Serviços
Para evitar o tipo de ambiguidade do exemplo acima, de-
de Transportes Aquaviários – Superior - CESPE/2014)
ve-se deixar claro qual o sujeito da oração reduzida.
Claro: O Chefe admoestou o funcionário por ser este indis- Considerando aspectos estruturais e linguísticos das cor-
ciplinado. respondências oficiais, julgue os itens que se seguem, de
acordo com o Manual de Redação da Presidência da Re-
Ambíguo: Depois de examinar o paciente, uma senhora pública.
chamou o médico. O tratamento Digníssimo deve ser empregado para to-
Claro: Depois que o médico examinou o paciente, foi cha- das as autoridades do poder público, uma vez que a dig-
mado por uma senhora. nidade é tida como qualidade inerente aos ocupantes de
cargos públicos.
SITE ( ) CERTO ( ) ERRADO
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manualre-
dpr2aed.pdf Vamos ao Manual: O Manual ainda preceitua que a for-
ma de tratamento “Digníssimo” fica abolida (...) afinal, a
dignidade é condição primordial para que tais cargos públi-
cos sejam ocupados.
EXERCÍCIO COMENTADO Fonte: http://www.redacaooficial.com.br/redacao_ofi-
cial_publicacoes_ver.php?id=2
GABARITO OFICIAL: ERRADO
1. (TJ-PA - Médico Psiquiatra – Superior - VUNESP -
2014) Leia o seguinte fragmento de um ofício, citado do Ma- 3. (Tribunal de Justiça/SE – Técnico Judiciário – Mé-
nual de Redação da Presidência da República, no qual expres- dio - CESPE/2014) Em toda comunicação oficial, exceto
sões foram substituídas por lacunas. nas direcionadas a autoridades estrangeiras, deve-se fazer
uso dos fechos Respeitosamente ou Atenciosamente, de
Senhor Deputado acordo com as hierarquias do destinatário e do remetente.
Em complemento às informações transmitidas pelo telegra- ( ) CERTO (
ma n.º 154, de 24 de abril último, informo ______de que as me- ) ERRADO
didas mencionadas em ______ carta n.º 6708, dirigida ao Senhor
Presidente da República, estão amparadas pelo procedimento Segundo o Manual de Redação Oficial: (...) Manual
administrativo de demarcação de terras indígenas instituído estabelece o emprego de somente dois fechos diferentes
pelo Decreto n.º 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cópia anexa). para todas as modalidades de comunicação oficial:
(http://www.planalto.gov.br. Adaptado)
A) para autoridades superiores, inclusive o Presidente
A alternativa que completa, correta e respectivamente, as da República: Respeitosamente,
lacunas do texto, de acordo com a norma-padrão da língua B) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierar-
portuguesa e atendendo às orientações oficiais a respeito do quia inferior: Atenciosamente,
uso de formas de tratamento em correspondências públicas, é: Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigi-
A. Vossa Senhoria … tua. das a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tra-
B. Vossa Magnificência … sua. dição próprios, devidamente disciplinados no Manual de
C. Vossa Eminência … vossa. Redação do Ministério das Relações Exteriores.
D. Vossa Excelência … sua. GABARITO OFICIAL: CERTO
E. Sua Senhoria … vossa.

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LÍNGUA PORTUGUESA

4. (ANP – Conhecimento Básico para todos os Cargos – CESPE/2013) Na redação de uma ata, devem-se relatar
exaustivamente, com o máximo de detalhamento possível, incluindo-se os aspectos subjetivos, as discussões, as propostas,
as resoluções e as deliberações ocorridas em reuniões e eventos que exigem registro.
( ) Certo ( ) Errado

Ata é um documento administrativo que tem a finalidade de registrar de modo sucinto a sequência de eventos de uma
reunião ou assembleia de pessoas com um fim específico. É característica da Ata apresentar um resumo, cronologicamente
disposto, de modo infalível, de todo o desenrolar da reunião.
(Fonte: https://www.10emtudo.com.br/aula/ensino/a_redacao_oficial_ata/)
GABARITO OFICIAL: ERRADO

5. (Tribunal de Justiça/SE – Técnico Judiciário – CESPE/2014) Em toda comunicação oficial, exceto nas direcionadas
a autoridades estrangeiras, deve-se fazer uso dos fechos Respeitosamente ou Atenciosamente, de acordo com as hierar-
quias do destinatário e do remetente.
( ) CERTO ( ) ERRADO

Segundo o Manual de Redação Oficial: (...) Manual estabelece o emprego de somente dois fechos diferentes para todas
as modalidades de comunicação oficial:
a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República: Respeitosamente,
b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior: Atenciosamente,
Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradição
próprios, devidamente disciplinados no Manual de Redação do Ministério das Relações Exteriores.
GABARITO OFICIAL: CERTO

6. (ANTAQ – Especialista em Regulação de Serviços de Transportes Aquaviários – CESPE/2014) Considerando


aspectos estruturais e linguísticos das correspondências oficiais, julgue os itens que se seguem, de acordo com o Manual
de Redação da Presidência da República.
O tratamento Digníssimo deve ser empregado para todas as autoridades do poder público, uma vez que a dignidade
é tida como qualidade inerente aos ocupantes de cargos públicos.
( ) CERTO ( ) ERRADO

Vamos ao Manual: O Manual ainda preceitua que a forma de tratamento “Digníssimo” fica abolida (...) afinal, a digni-
dade é condição primordial para que tais cargos públicos sejam ocupados.
Fonte: http://www.redacaooficial.com.br/redacao_oficial_publicacoes_ver.php?id=2
GABARITO OFICIAL: ERRADO

111
LÍNGUA PORTUGUESA

Havendo vazamento de fotos íntimas, há violação do


direito de imagem da pessoa prejudicada, que, por isso,
HORA DE PRATICAR! terá ainda pode ser considerada branda, sendo um pouco
mais severa quando se trata de um crime contra a infân-
cia. “Quando se trata de crianças e adolescentes, há um
1. (PC/GO – Delegado – CESPE – 2017) agravante, pois, no art. 241 do Estatuto da Criança e do
Adolescente, é qualificada como crime grave a divulgação
Texto CB1A1BBB de fotos, gravações ou imagens de crianças ou adolescen-
tes, sendo prevista a pena de três a seis 16 anos de prisão,
A principal finalidade da investigação criminal, mate- além de pagamento de multa, para os que cometem esse
rializada no inquérito policial (IP), é a de reunir elementos
crime”, diz a advogada presidente da Comissão de Direitos
mínimos de materialidade e autoria delitiva antes de se ins-
Humanos da OAB/AC.
taurar o processo criminal, de modo a evitarem-se, assim,
Para combater o compartilhamento de fotos íntimas
ações infundadas, as quais certamente implicam grande
transtorno para quem se vê acusado por um crime que não por terceiros, são necessárias ações preventivas, afirma a
cometeu. advogada. Jovens e adolescentes devem ser educados, de
Modernamente, o IP deixou de ser o procedimento ab- forma que tenham dimensão do problema que a divulga-
solutamente inquisitorial e discricionário de outrora. A par- ção desse tipo de imagem pode acarretar.
ticipação das partes, pessoalmente ou por seus advogados Internet: <https://jornaldosdez.wordpress.com> (com
ou defensores públicos, vem ganhando espaço a cada dia, adaptações)
com o objetivo de garantir que o IP seja um instrumento
imparcial de investigação em busca da verdade dos fatos. No texto CB1A2AAA, a oração “Para combater o com-
Acrescente-se que o estigma provocado por uma ação partilhamento de fotos íntimas por terceiros” (R. 19 e 20)
penal pode perdurar por toda a vida e, por isso, para ser expressa ideia de
promovida, a acusação deve conter fundamentos fáticos A. finalidade.
e jurídicos suficientes, o que, em regra, se consegue por B. explicação.
meio do IP. C. consequência.
Carlos Alberto Marchi de Queiroz (Coord.). Manual de D. conformidade.
polícia judiciária: doutrina, modelos, legislação. 6.ª ed. São E. causa.
Paulo:
Delegacia Geral de Polícia, 2010 (com adaptações). 4. (PC/GO – Delegado – CESPE – 2017) Manten-
do-se a correção gramatical e o sentido original do tex-
Nas orações em que ocorrem no texto CB1A1BBB, os to CB1A2AAA, a forma verbal “afirma” (R.20) poderia ser
elementos “assim” (R.4) e “por isso” (R.15) expressam, res- substituída por
pectivamente, as ideias de A. prescreve.
A. consequência e consequência. B. propõe.
B. finalidade e proporcionalidade. C. destaca.
C. causa e consequência. D. participa.
D. conclusão e conclusão.
E. assevera.
E. restrição e conformidade.
(ABIN - Oficial Técnico de Inteligência – CESPE-2018)
2. (PC/GO – Delegado – CESPE – 2017)
No texto CB1A1BBB, uma ação que se desenvolve gra-
dualmente é introduzida pela Texto CB1A1BBB
A. forma verbal “implicam” (R.5).
B. locução “vem ganhando” (R.11). No começo dos anos 40, os submarinos alemães es-
C. forma verbal “garantir” (R.12). tavam dizimando os cargueiros dos aliados no Atlântico
D. locução “pode perdurar” (R.15). Norte. O jogo virou apenas em 1943, quando Alan Turing
E. forma verbal “reunir” (R.2). desenvolveu a Bomba, um aparelho capaz de desvendar os
segredos da máquina de criptografia nazista chamada de
3. (PC/GO – Delegado – CESPE – 2017) Enigma. A complexidade da Enigma — uma máquina ele-
tromagnética que substituía letras por palavras aleatórias
Texto CB1A2AAA escolhidas de acordo com uma série de rotores — estava no
fato de que seus elementos internos eram configurados em
O termo nude é do inglês e vem sendo utilizado na bilhões de combinações diferentes, sendo impossível deco-
Internet por usuários de redes sociais para designar fotos dificar o texto sem saber as configurações originais. Após
íntimas que retratam a pessoa sem roupa. O envio e a troca espiões poloneses terem roubado uma cópia da máquina,
de nudes são facilitados em aplicativos de celular, o que Turing e o campeão de xadrez Gordon Welchman construí-
torna essa prática popular entre seus usuários, incluindo-se ram uma réplica da Enigma na base militar de Bletchey Park.
menores de idade, e facilita o compartilhamento das fotos. A máquina replicava os rotores do sistema alemão e tentava

112
LÍNGUA PORTUGUESA

reproduzir diferentes combinações de posições dos rotores GABARITO


para testar possíveis soluções. Após quatro anos de traba-
lho, Turing conseguiu quebrar a Enigma, ao perceber que 1-D
as mensagens alemãs criptografadas continham palavras 2-B
3-A
previsíveis, como nomes e títulos dos militares. Turing usa- 4-E
va esses termos como ponto de partida, procurando outras 5 - CERTO
mensagens em que a mesma letra aparecia no mesmo es- 6 - ERRADO
paço em seu equivalente criptografado. 7 - ERRADO
Gabriel Garcia. 5 descobertas de Alan Turing que mu-
daram o rumo da história. In: Exame, 2/fev./2015. Internet:
<https://exame.abril.com.br> (com adaptações).
FIGURA DE LINGUAGEM
Considerando os aspectos linguísticos do texto CB1A-
1BBB, julgue os itens subsequentes.
Figura de Linguagem, Pensamento e Construção
5. (ABIN - Oficial Técnico de Inteligência – CES-
PE-2018) No trecho “para testar possíveis soluções” (R. 16 Figura de Palavra
e 17), o emprego da preposição “para”, além de contribuir
para a coesão sequencial do texto, introduz, no período, A figura de palavra consiste na substituição de uma pa-
uma ideia de finalidade. lavra por outra, isto é, no emprego figurado, simbólico, seja
( ) Certo ( ) Errado por uma relação muito próxima (contiguidade), seja por uma
associação, uma comparação, uma similaridade. Estes dois
6. (ABIN - Oficial Técnico de Inteligência – CES- conceitos básicos - contiguidade e similaridade - permitem-
PE-2018) A vírgula logo após o termo “máquina” (R.12) -nos reconhecer dois tipos de figuras de palavras: a metáfo-
poderia ser eliminada sem prejuízo para a correção grama- ra e a metonímia.
tical do período no qual ela aparece. Metáfora
( ) Certo ( ) Errado
Consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão em
7. (ABIN - Oficial Técnico de Inteligência – CES- lugar de outra, sem que haja uma relação real, mas em virtu-
PE-2018) A correção gramatical e o sentido do texto se- de da circunstância de que o nosso espírito as associa e per-
riam preservados caso o período “Após quatro anos de tra- cebe entre elas certas semelhanças. É o emprego da palavra
balho, Turing conseguiu quebrar a Enigma, ao perceber que fora de seu sentido normal.
as mensagens alemãs criptografadas continham palavras Observação: toda metáfora é uma espécie de compara-
previsíveis, como nomes e títulos dos militares” (R. 17 a 20) ção implícita, em que o elemento comparativo não aparece.
fosse reescrito da seguinte forma: Turing conseguiu que- Seus olhos são como luzes brilhantes.
O exemplo acima mostra uma comparação evidente,
brar a Enigma, depois de quatro anos de trabalho, quando através do emprego da palavra como.
notou que haviam, nas mensagens alemãs criptografadas, Observe agora: Seus olhos são luzes brilhantes.
palavras previsíveis, tais como, nomes e títulos dos militares. Neste exemplo não há mais uma comparação (note a
( ) Certo ( ) Errado ausência da partícula comparativa), e sim símile, ou seja,
qualidade do que é semelhante.
(SEDUC/AL - Professor de Português – CESPE-2018) Por fim, no exemplo: As luzes brilhantes olhavam-me. Há
substituição da palavra olhos por luzes brilhantes. Esta é a
A maior riqueza do homem verdadeira metáfora.
é a sua incompletude.
Observe outros exemplos:
Nesse ponto sou abastado.
1) “Meu pensamento é um rio subterrâneo.” (Fernando
Palavras que me aceitam como sou — eu não aceito. Pessoa)
Não aguento ser apenas um sujeito que abre portas, Neste caso, a metáfora é possível na medida em que o
que puxa válvulas, que olha o relógio, poeta estabelece relações de semelhança entre um rio sub-
que compra pão às 6 horas da tarde, terrâneo e seu pensamento (pode estar relacionando a flui-
que vai lá fora, que aponta lápis, dez, a profundidade, a inatingibilidade, etc.).
que vê a uva etc. etc.
Perdoai 2) Minha alma é uma estrada de terra que leva a lugar
Mas eu preciso ser Outros. algum.
Eu penso renovar o homem usando borboletas. Uma estrada de terra que leva a lugar algum é, na frase
acima, uma metáfora. Por trás do uso dessa expressão que
Manoel de Barros. Retrato do artista quando coisa. 3.ª
indica uma alma rústica e abandonada (e angustiadamente
ed. Rio de Janeiro: Record, 2002, p. 79.
inútil), há uma comparação subentendida: Minha alma é tão
rústica, abandonada (e inútil) quanto uma estrada de terra
Julgue os itens seguintes, a respeito do texto prece- que leva a lugar algum.
dente.

113
LÍNGUA PORTUGUESA

A Amazônia é o pulmão do mundo. A Cidade-Luz (=Paris)


Em sua mente povoa só inveja. O rei das selvas (=o leão)

Metonímia Observação: quando a perífrase indica uma pessoa,


É a substituição de um nome por outro, em virtude de recebe o nome de antonomásia. Exemplos:
existir entre eles algum relacionamento. Tal substituição O Divino Mestre (= Jesus Cristo) passou a vida praticando
pode acontecer dos seguintes modos: o bem.
O Poeta dos Escravos (= Castro Alves) morreu muito jovem.
1 - Autor pela obra: Gosto de ler Machado de Assis. (= O Poeta da Vila (= Noel Rosa) compôs lindas canções.
Gosto de ler a obra literária de Machado de Assis).
2 - Inventor pelo invento: Édson ilumina o mundo. (= Sinestesia
As lâmpadas iluminam o mundo). Consiste em mesclar, numa mesma expressão, as sensa-
3 - Símbolo pelo objeto simbolizado: Não te afastes ções percebidas por diferentes órgãos do sentido. É o cruza-
da cruz. (= Não te afastes da religião). mento de sensações distintas.
4 - Lugar pelo produto do lugar: Fumei um saboroso Um grito áspero revelava tudo o que sentia. (grito = au-
Havana. (= Fumei um saboroso charuto). ditivo; áspero = tátil)
5 - Efeito pela causa: Sócrates bebeu a morte. (= Sócra- No silêncio escuro do seu quarto, aguardava os aconteci-
tes tomou veneno). mentos. (silêncio = auditivo; escuro = visual)
6 - Causa pelo efeito: Moro no campo e como do meu Tosse gorda. (sensação auditiva X sensação tátil)
trabalho. (= Moro no campo e como o alimento que produzo).
7 - Continente pelo conteúdo: Bebeu o cálice todo. (= Fontes de pesquisa:
Bebeu todo o líquido que estava no cálice). http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil2.php
8 - Instrumento pela pessoa que utiliza: Os microfones SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
foram atrás dos jogadores. (= Os repórteres foram atrás dos coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
jogadores). Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja,
9 - Parte pelo todo: Várias pernas passavam apressada- Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
mente. (= Várias pessoas passavam apressadamente). Saraiva, 2010.
10 - Gênero pela espécie: Os mortais pensam e sofrem
nesse mundo. (= Os homens pensam e sofrem nesse mundo). Antítese
11 - Singular pelo plural: A mulher foi chamada para ir Consiste no emprego de palavras que se opõem quanto
às ruas na luta por seus direitos. (= As mulheres foram cha- ao sentido. O contraste que se estabelece serve, essencial-
madas, não apenas uma mulher). mente, para dar uma ênfase aos conceitos envolvidos que
12 - Marca pelo produto: Minha filha adora danone. (= não se conseguiria com a exposição isolada dos mesmos.
Minha filha adora o iogurte que é da marca Danone). Observe os exemplos:
13 - Espécie pelo indivíduo: O homem foi à Lua. (= “O mito é o nada que é tudo.” (Fernando Pessoa)
Alguns astronautas foram à Lua). O corpo é grande e a alma é pequena.
14 - Símbolo pela coisa simbolizada: A balança pende- “Quando um muro separa, uma ponte une.”
rá para teu lado. (= A justiça ficará do teu lado). Não há gosto sem desgosto.

Saiba que: Sinédoque se relaciona com o conceito de Paradoxo ou oximoro


extensão (como nos exemplos 9, 10 e 11, acima), enquanto É a associação de ideias, além de contrastantes, contra-
que a metonímia abrange apenas os casos de analogia ou de ditórias. Seria a antítese ao extremo.
relação. Não há necessidade, atualmente, de se fazer distin- Era dor, sim, mas uma dor deliciosa.
ção entre ambas as figuras. Ouvimos as vozes do silêncio.

Catacrese Eufemismo
Trata-se de uma metáfora que, dado seu uso contínuo, É o emprego de uma expressão mais suave, mais nobre
cristalizou-se. A catacrese costuma ocorrer quando, por falta ou menos agressiva, para comunicar alguma coisa áspera,
de um termo específico para designar um conceito, toma-se desagradável ou chocante.
outro “emprestado”. Assim, passamos a empregar algumas Depois de muito sofrimento, entregou a alma ao Senhor.
palavras fora de seu sentido original. Exemplos: “asa da xíca- (= morreu)
ra”, “batata da perna”, “maçã do rosto”, “pé da mesa”, “braço O prefeito ficou rico por meios ilícitos. (= roubou)
da cadeira”, “coroa do abacaxi”. Fernando faltou com a verdade. (= mentiu)
Faltar à verdade. (= mentir)
Perífrase ou Antonomásia
Trata-se de uma expressão que designa um ser através Ironia
de alguma de suas características ou atributos, ou de um É sugerir, pela entoação e contexto, o contrário do que
fato que o celebrizou. É a substituição de um nome por ou- as palavras ou frases expressam, geralmente apresentando
tro ou por uma expressão que facilmente o identifique: intenção sarcástica. A ironia deve ser muito bem construída
A Cidade Maravilhosa (= Rio de Janeiro) continua atrain- para que cumpra a sua finalidade; mal construída, pode pas-
do visitantes do mundo todo. sar uma ideia exatamente oposta à desejada pelo emissor.

114
LÍNGUA PORTUGUESA

Como você foi bem na prova! Não tirou nem a nota mí- Elipse
nima. Consiste na omissão de um ou mais termos numa ora-
Parece um anjinho aquele menino, briga com todos que ção e que podem ser facilmente identificados, tanto por
estão por perto. elementos gramaticais presentes na própria oração, quanto
O governador foi sutil como um elefante. pelo contexto.
A catedral da Sé. (a igreja catedral)
Hipérbole Domingo irei ao estádio. (no domingo eu irei ao estádio)
É a expressão intencionalmente exagerada com o intuito
de realçar uma ideia.
Zeugma
Faria isso milhões de vezes se fosse preciso.
“Rios te correrão dos olhos, se chorares.” (Olavo Bilac) Zeugma é uma forma de elipse. Ocorre quando é feita a
O concurseiro quase morre de tanto estudar! omissão de um termo já mencionado anteriormente.
Prosopopeia ou Personificação Ele gosta de geografia; eu, de português. (eu gosto de
português)
É a atribuição de ações ou qualidades de seres anima- Na casa dela só havia móveis antigos; na minha, só mo-
dos a seres inanimados, ou características humanas a seres dernos. (só havia móveis)
não humanos. Observe os exemplos: Ela gosta de natação; eu, de vôlei. (gosto de)
As pedras andam vagarosamente.
O livro é um mudo que fala, um surdo que ouve, um cego Silepse
que guia. A silepse é a concordância que se faz com o termo que
A floresta gesticulava nervosamente diante da serra. não está expresso no texto, mas, sim, subentendido. É uma
Chora, violão.
concordância anormal, psicológica, porque se faz com um
Apóstrofe termo oculto, facilmente identificado. Há três tipos de si-
Consiste na “invocação” de alguém ou de alguma coi- lepse: de gênero, número e pessoa.
sa personificada, de acordo com o objetivo do discurso, que Silepse de Gênero - Os gêneros são masculino e femi-
pode ser poético, sagrado ou profano. Caracteriza-se pelo nino. Ocorre a silepse de gênero quando a concordância se
chamamento do receptor da mensagem, seja ele imaginá- faz com a ideia que o termo comporta. Exemplos:
rio ou não. A introdução da apóstrofe interrompe a linha de
pensamento do discurso, destacando-se assim a entidade a 1) A bonita Porto Velho sofreu mais uma vez com o calor
que se dirige e a ideia que se pretende pôr em evidência com intenso.
tal invocação. Realiza-se por meio do vocativo. Exemplos: Neste caso, o adjetivo bonita não está concordando
Moça, que fazes aí parada? com o termo Porto Velho, que gramaticalmente pertence ao
“Pai Nosso, que estais no céu” gênero masculino, mas com a ideia contida no termo (a ci-
Deus, ó Deus! Onde estás? dade de Porto Velho).
Gradação
Apresentação de ideias por meio de palavras, sinônimas 2) Vossa Excelência está preocupado.
ou não, em ordem ascendente (clímax) ou descendente (an- O adjetivo preocupado concorda com o sexo da pessoa,
ticlímax). Observe este exemplo: que nesse caso é masculino, e não com o termo Vossa Ex-
Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais Joana com celência.
seus olhos claros e brincalhões...
Silepse de Número - Os números são singular e plural.
O objetivo do narrador é mostrar a expressividade dos A silepse de número ocorre quando o verbo da oração não
olhos de Joana. Para chegar a este detalhe, ele se refere ao concorda gramaticalmente com o sujeito da oração, mas
céu, à terra, às pessoas e, finalmente, a Joana e seus olhos. com a ideia que nele está contida. Exemplos:
Nota-se que o pensamento foi expresso em ordem decres- A procissão saiu. Andaram por todas as ruas da cidade
cente de intensidade. Outros exemplos: de Salvador.
“Vive só para mim, só para a minha vida, só para meu
O povo corria por todos os lados e gritavam muito alto.
amor”. (Olavo Bilac)
“O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu, colheu-
-se.” (Padre Antônio Vieira) Note que nos exemplos acima, os verbos andaram e
gritavam não concordam gramaticalmente com os sujeitos
Fontes de pesquisa: das orações (que se encontram no singular, procissão e povo,
http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil5.php respectivamente), mas com a ideia que neles está contida.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- Procissão e povo dão a ideia de muita gente, por isso que os
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. verbos estão no plural.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja,
Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Silepse de Pessoa - Três são as pessoas gramaticais: eu,
Saraiva, 2010. tu e ele (as três pessoas do singular); nós, vós, eles (as três do
As figuras de construção (ou sintática, de sintaxe) ocor- plural). A silepse de pessoa ocorre quando há um desvio de
rem quando desejamos atribuir maior expressividade ao sig- concordância. O verbo, mais uma vez, não concorda com o
nificado. Assim, a lógica da frase é substituída pela maior sujeito da oração, mas sim com a pessoa que está inscrita no
expressividade que se dá ao sentido. sujeito. Exemplos:

115
LÍNGUA PORTUGUESA

O que não compreendo é como os brasileiros persistamos Encontrei um amigo ontem. Ele me disse que te conhecia.
em aceitar essa situação. “Tudo cura o tempo, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba.”
Os agricultores temos orgulho de nosso trabalho. (Padre Vieira)
“Dizem que os cariocas somos poucos dados aos jardins
públicos.” (Machado de Assis) Anacoluto
Consiste na mudança da construção sintática no meio
Observe que os verbos persistamos, temos e somos não da frase, ficando alguns termos desligados do resto do pe-
concordam gramaticalmente com os seus sujeitos (brasilei- ríodo. É a quebra da estrutura normal da frase para a intro-
ros, agricultores e cariocas, que estão na terceira pessoa), dução de uma palavra ou expressão sem nenhuma ligação
mas com a ideia que neles está contida (nós, os brasileiros, sintática com as demais.
os agricultores e os cariocas). Esses alunos da escola, não se pode duvidar deles.
Morrer, todo haveremos de morrer.
Aquele garoto, você não disse que ele chegaria logo?
Polissíndeto / Assíndeto
Para estudarmos as duas figuras de construção é ne-
A expressão “esses alunos da escola”, por exemplo, de-
cessário recordar um conceito estudado em sintaxe sobre veria exercer a função de sujeito. No entanto, há uma inter-
período composto. No período composto por coordenação, rupção da frase e esta expressão fica à parte, não exercendo
podemos ter orações sindéticas ou assindéticas. A oração nenhuma função sintática. O anacoluto também é chamado
coordenada ligada por uma conjunção (conectivo) é sindéti- de “frase quebrada”, pois corresponde a uma interrupção na
ca; a oração que não apresenta conectivo é assindética. Re- sequência lógica do pensamento.
cordado esse conceito, podemos definir as duas figuras de
construção: Observação: o anacoluto deve ser usado com finalidade
1) Polissíndeto - É uma figura caracterizada pela repe- expressiva em casos muito especiais. Em geral, evite-o.
tição enfática dos conectivos. Observe o exemplo: O menino
resmunga, e chora, e grita, e ninguém faz nada. Hipérbato / Inversão
É a inversão da estrutura frásica, isto é, a inversão da or-
2) Assíndeto - É uma figura caracterizada pela ausência, dem direta dos termos da oração, fazendo com que o sujeito
pela omissão das conjunções coordenativas, resultando no venha depois do predicado:
uso de orações coordenadas assindéticas. Exemplos: Ao ódio venceu o amor. (Na ordem direta seria: O amor
Tens casa, tens roupa, tens amor, tens família. venceu ao ódio)
“Vim, vi, venci.” (Júlio César) Dos meus problemas cuido eu! (Na ordem direta seria: Eu
cuido dos meus problemas)
Pleonasmo
Consiste na repetição de um termo ou ideia, com as * Observação da Zê!
mesmas palavras ou não. A finalidade do pleonasmo é real- O nosso Hino Nacional é um exemplo de hipérbato, já
çar a ideia, torná-la mais expressiva. que, na ordem direta, teríamos:
O problema da violência, é necessário resolvê-lo logo. “As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado re-
tumbante de um povo heroico”.
Nesta oração, os termos “o problema da violência” e “lo”
Figuras de Som
exercem a mesma função sintática: objeto direto. Assim, te-
Aliteração - Consiste na repetição de consoantes como
mos um pleonasmo do objeto direto, sendo o pronome “lo”
recurso para intensificação do ritmo ou como efeito sonoro
classificado como objeto direto pleonástico. Outro exemplo: significativo.
Aos funcionários, não lhes interessam tais medidas. Três pratos de trigo para três tigres tristes.
Aos funcionários, lhes = Objeto Indireto Vozes veladas, veludosas vozes... (Cruz e Sousa)
Quem com ferro fere com ferro será ferido.
Neste caso, há um pleonasmo do objeto indireto, e o pro-
nome “lhes” exerce a função de objeto indireto pleonástico. Assonância - Consiste na repetição ordenada de sons
vocálicos idênticos:
Observação: o pleonasmo só tem razão de ser quando “Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrático
confere mais vigor à frase; caso contrário, torna-se um pleo- do litoral.”
nasmo vicioso:
Vi aquela cena com meus próprios olhos. Onomatopéia - Ocorre quando se tentam reproduzir na
Vamos subir para cima. forma de palavras os sons da realidade:
Ele desceu pra baixo. Os sinos faziam blem, blem, blem, blem.

Anáfora Fontes de pesquisa:


É a repetição de uma ou mais palavras no início de várias http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil8.php
frases, criando, assim, um efeito de reforço e de coerência. SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
Pela repetição, a palavra ou expressão em causa é posta em coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
destaque, permitindo ao escritor valorizar determinado ele- Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja,
mento textual. Os termos anafóricos podem muitas vezes Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
ser substituídos por pronomes. Saraiva, 2010.

116
RACIOCÍNIO LÓGICO

1 Conceitos básicos de raciocínio lógico: proposições; valores lógicos das proposições; sentenças abertas; número de
linhas da tabela verdade; conectivos; proposições simples; proposições compostas. 2 Tautologia....................................... 01
Lógica de argumentação....................................................................................................................................................................................... 09
Diagramas lógicos e lógica de primeira ordem............................................................................................................................................ 13
Equivalências.............................................................................................................................................................................................................. 19
Leis de demorgan..................................................................................................................................................................................................... 23
Sequëncia lógica....................................................................................................................................................................................................... 26
Princípios de contagem e probabilidade........................................................................................................................................................ 30
Operações com conjunto...................................................................................................................................................................................... 37
Raciocínio lógico envolvendo problemas aritméticos, geométricos e matriciais............................................................................ 42
Porcentagem.............................................................................................................................................................................................................. 63
RACIOCÍNIO LÓGICO

PROF. EVELISE LEIKO UYEDA AKASHI Vamos ver alguns princípios da lógica:
Especialista em Lean Manufacturing pela Pontifícia
Universidade Católica- PUC Engenheira de Alimentos pela
I. Princípio da não Contradição: uma proposição não
Universidade Estadual de Maringá – UEM. Graduanda em
pode ser verdadeira “e” falsa ao mesmo tempo.
Matemática pelo Claretiano.
II. Princípio do Terceiro Excluído: toda proposição
“ou” é verdadeira “ou” é falsa, isto é, verifica-se
sempre um desses casos e nunca um terceiro caso.
1 CONCEITOS BÁSICOS DE RACIOCÍNIO
LÓGICO: PROPOSIÇÕES; VALORES LÓ- Valor Lógico das Proposições
GICOS DAS PROPOSIÇÕES; Definição: Chama-se valor lógico de uma proposição a
SENTENÇAS ABERTAS; NÚMERO DE verdade, se a proposição é verdadeira (V), e a falsidade, se
LINHAS DA TABELA VERDADE; CONECTIVOS; a proposição é falsa (F).
PROPOSIÇÕES SIMPLES; PROPOSIÇÕES
COMPOSTAS. 2 TAUTOLOGIA. Exemplo
p: Thiago é nutricionista.
V(p)= V essa é a simbologia para indicar que o valor
lógico de p é verdadeira, ou
Proposição V(p)= F
Definição: Todo o conjunto de palavras ou símbolos
que exprimem um pensamento de sentido completo. Basicamente, ao invés de falarmos, é verdadeiro ou fal-
so, devemos falar tem o valor lógico verdadeiro, tem valor
Nossa professora, bela definição! lógico falso.
Não entendi nada!
Classificação
Vamos pensar que para ser proposição a frase tem que
fazer sentido, mas não só sentido no nosso dia a dia, mas Proposição simples: não contém nenhuma outra pro-
também no sentido lógico. posição como parte integrante de si mesma. São geral-
Para uma melhor definição dentro da lógica, para ser mente designadas pelas letras latinas minúsculas p,q,r,s...
proposição, temos que conseguir julgar se a frase é verda- E depois da letra colocamos “:”
deira ou falsa.
Exemplo:
Exemplos: p: Marcelo é engenheiro
(A) A Terra é azul. q: Ricardo é estudante
Conseguimos falar se é verdadeiro ou falso? Então é
uma proposição. Proposição composta: combinação de duas ou mais
(B) >2 proposições. Geralmente designadas pelas letras maiúscu-
las P, Q, R, S,...
Como ≈1,41, então a proposição tem valor lógico
falso. Exemplo:
P: Marcelo é engenheiro e Ricardo é estudante.
Todas elas exprimem um fato. Q: Marcelo é engenheiro ou Ricardo é estudante.

Agora, vamos pensar em uma outra frase: Se quisermos indicar quais proposições simples fazem
O dobro de 1 é 2? parte da proposição composta:
Sim, correto?
Correto. Mas é uma proposição? P(p,q)
Não! Porque sentenças interrogativas, não podemos
declarar se é falso ou verdadeiro. Se pensarmos em gramática, teremos uma proposição
composta quando tiver mais de um verbo e proposição
Bruno, vá estudar. simples, quando tiver apenas 1. Mas, lembrando que para
É uma declaração imperativa, e da mesma forma, não ser proposição, temos que conseguir definir o valor lógico.
conseguimos definir se é verdadeiro ou falso, portanto, não
é proposição. Conectivos
Agora vamos entrar no assunto mais interessante: o
Passei! que liga as proposições.
Ahh isso é muito bom, mas infelizmente, não podemos Antes, estávamos vendo mais a teoria, a partir dos co-
de qualquer forma definir se é verdadeiro ou falso, porque nectivos vem a parte prática.
é uma sentença exclamativa.

1
RACIOCÍNIO LÓGICO

Definição - Disjunção Exclusiva


Palavras que se usam para formar novas proposições,
a partir de outras. Extensa: Ou...ou...
Símbolo: ∨
Vamos pensar assim: conectivos? Conectam alguma
coisa? p: Vitor gosta de estudar.
Sim, vão conectar as proposições, mas cada conetivo q: Vitor gosta de trabalhar
terá um nome, vamos ver?
p∨q Ou Vitor gosta de estudar ou Vitor gosta de tra-
-Negação
balhar.

-Condicional
Extenso: Se...,então..., É necessário que, Condição ne-
Exemplo cessária
p: Lívia é estudante. Símbolo: →
~p: Lívia não é estudante.
Exemplos
q: Pedro é loiro. p→q: Se chove, então faz frio.
¬q: É falso que Pedro é loiro. p→q: É suficiente que chova para que faça frio.
p→q: Chover é condição suficiente para fazer frio.
r: Érica lê muitos livros. p→q: É necessário que faça frio para que chova.
~r: Não é verdade que Érica lê muitos livros. p→q: Fazer frio é condição necessária para chover.

s: Cecilia é dentista. -Bicondicional


¬s: É mentira que Cecilia é dentista. Extenso: se, e somente se, ...
Símbolo:↔
-Conjunção
p: Lucas vai ao cinema
q: Danilo vai ao cinema.

p↔q: Lucas vai ao cinema se, e somente se, Danilo vai


ao cinema.
Nossa, são muitas formas de se escrever com a con-
junção. Referências
Não precisa decorar todos, alguns são mais usuais: “e”, ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica mate-
“mas”, “porém” mática – São Paulo: Nobel – 2002.

Exemplos
p: Vinícius é professor.
q: Camila é médica. Questões
p∧q: Vinícius é professor e Camila é médica.
p∧q: Vinícius é professor, mas Camila é médica. 01. (IFBAIANO – Assistente em Administração –
p∧q: Vinícius é professor, porém Camila é médica. FCM/2017) Considere que os valores lógicos de p e q são
V e F, respectivamente, e avalie as proposições abaixo.
- Disjunção I- p → ~(p ∨ ~q) é verdadeiro
II- ~p → ~p ∧ q é verdadeiro
III- p → q é falso
IV- ~(~p ∨ q) → p ∧ ~q é falso
p: Vitor gosta de estudar.
q: Vitor gosta de trabalhar Está correto apenas o que se afirma em:

p∨q: Vitor gosta de estudar ou Vitor gosta de traba- (A) I e III.


lhar. (B) I, II e III.
(C) I e IV.
(D) II e III.
(E) III e IV.

2
RACIOCÍNIO LÓGICO

02. (TERRACAP – Técnico Administrativo – QUA- 05. (EBSERH – Médico – IBFC/2017) Sabe-se que p,
DRIX/2017) Sabendo-se que uma proposição da forma q e r são proposições compostas e o valor lógico das pro-
“P→Q” — que se lê “Se P, então Q”, em que P e Q são pro- posições p e q são falsos. Nessas condições, o valor lógico
posições lógicas — é Falsa quando P é Verdadeira e Q é Fal- da proposição r na proposição composta {[q v (q ^ ~p)] v r}
sa, e é Verdadeira nos demais casos, assinale a alternativa cujo valor lógico é verdade, é:
que apresenta a única proposição Falsa.
(A) falso
(A) Se 4 é um número par, então 42 + 1 é um número (B) inconclusivo
primo. (C) verdade e falso
(B) Se 2 é ímpar, então 22 é par. (D) depende do valor lógico de p
(C) Se 7 × 7 é primo, então 7 é primo. (E) verdade
(D) Se 3 é um divisor de 8, então 8 é um divisor de 15.
(E) Se 25 é um quadrado perfeito, então 5 > 7. 06. (PREF. DE TANGUÁ/RJ – Fiscal de Tributos – MS-
CONCURSOS/2017) Qual das seguintes sentenças é clas-
03. (IFBAIANO – Assistente Social – FCM/2017) sificada como uma proposição simples?
Segundo reportagem divulgada pela Globo, no dia
17/05/2017, menos de 40% dos brasileiros dizem praticar (A) Será que vou ser aprovado no concurso?
esporte ou atividade física, segundo dados da Pesquisa Na- (B) Ele é goleiro do Bangu.
cional por Amostra de Domicílios (Pnad)/2015. Além disso, (C) João fez 18 anos e não tirou carta de motorista.
concluiu-se que o número de praticantes de esporte ou de (D) Bashar al-Assad é presidente dos Estados Unidos.
atividade física cresce quanto maior é a escolaridade.
(Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/menos-
07.(EBSERH – Assistente Administrativo –
de-40-dos-brasileiros-dizem-praticar-esporte-ou-ativida-
IBFC/2017) Assinale a alternativa incorreta com relação
de-fisica-futebol-e-caminhada-lideram-praticas.ghtml.
aos conectivos lógicos:
Acesso em: 23 abr. 2017).
Com base nessa informação, considere as proposições
p e q abaixo: (A) Se os valores lógicos de duas proposições forem
falsos, então a conjunção entre elas têm valor lógico falso.
p: Menos de 40% dos brasileiros dizem praticar esporte (B) Se os valores lógicos de duas proposições forem
ou atividade física falsos, então a disjunção entre elas têm valor lógico falso.
q: O número de praticantes de esporte ou de atividade (C) Se os valores lógicos de duas proposições forem
física cresce quanto maior é a escolaridade falsos, então o condicional entre elas têm valor lógico ver-
dadeiro.
Considerando as proposições p e q como verdadeiras, (D) Se os valores lógicos de duas proposições forem
avalie as afirmações feitas a partir delas. falsos, então o bicondicional entre elas têm valor lógico
falso.
I- p ∧ q é verdadeiro (E) Se os valores lógicos de duas proposições forem
II- ~p ∨ ~q é falso falsos, então o bicondicional entre elas têm valor lógico
III- p ∨ q é falso verdadeiro.
IV- ~p ∧ q é verdadeiro
08. (DPU – Analista – CESPE/2016) Um estudante de
Está correto apenas o que se afirma em: direito, com o objetivo de sistematizar o seu estudo, criou
sua própria legenda, na qual identificava, por letras, algu-
(A) I e II. mas afirmações relevantes quanto à disciplina estudada e
(B) II e III. as vinculava por meio de sentenças (proposições). No seu
(C) III e IV. vocabulário particular constava, por exemplo:
(D) I, II e III.
(E) II, III e IV. P: Cometeu o crime A.
Q: Cometeu o crime B.
04. (UFSBA - Administrador – UFMT /2017) Assinale R: Será punido, obrigatoriamente, com a pena de reclu-
a alternativa que NÃO apresenta uma proposição.
são no regime fechado.
S: Poderá optar pelo pagamento de fiança.
(A) Jorge Amado nasceu em Itabuna-BA.
(B) Antônio é produtor de cacau.
Ao revisar seus escritos, o estudante, apesar de não re-
(C) Jorge Amado não foi um grande escritor baiano.
(D) Queimem os seus livros. cordar qual era o crime B, lembrou que ele era inafiançável.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue
o item que se segue.

3
RACIOCÍNIO LÓGICO

A proposição “Caso tenha cometido os crimes A e B, 02. Resposta:.E.


não será necessariamente encarcerado nem poderá pagar Vamos fazer por alternativa:
fiança” pode ser corretamente simbolizada na forma (P∧- (A) V→V
Q)→((~R)∨(~S)). V
( )Certo ( )Errado
(B) F→V
09. (PREF. DE RIO DE JANEIRO/RJ – Administrador - V
PREF. DE RIO DE JANEIRO/2016) Considere-se a seguinte
proposição: “Se chove, então Mariana não vai ao deserto”. (C)V→V
Com base nela é logicamente correto afirmar que: V
(A) Chover é condição necessária e suficiente para Ma-
riana ir ao deserto. (D) F→F
V
(B) Mariana não ir ao deserto é condição suficiente
para chover.
(E) V→F
(C) Mariana ir ao deserto é condição suficiente para
F
chover.
(D) Não chover é condição necessária para Mariana ir
03. Resposta: A.
ao deserto.
p∧q é verdadeiro
~p∨~q
10. (PREF. DO RIO DE JANEIRO – Agente de Admi-
nistração – PREF. DE RIO DE JANEIRO/2016) Considere- F∨F
se a seguinte proposição: F
p∨q
P: João é alto ou José está doente. V∨V
V
O conectivo utilizado na proposição composta P cha-
ma-se: ~p∧q
(A) disjunção F∧V
(B) conjunção F
(C) condicional
(D) bicondicional 04. Resposta: D.
As frases que você não consegue colocar valor lógico
(V ou F) não são proposições.
RESPOSTAS Sentenças abertas, frases interrogativas, exclamativas,
imperativas
01. Resposta: D.
I- p → ~(p ∨ ~q) 05. Resposta: E.
(V) →~(V∨V) Sabemos que p e q são falsas.
V→F q∧~p =F
F q∨( q∧~p)
F∨F
II- ~p → ~p ∧ q F
F→F∧V Como a proposição é verdadeira, R deve ser verdadeira
F→F para a disjunção ser verdadeira.
V
06. Resposta: D.
III- p → q A única que conseguimos colocar um valor lógico.
V→F A C é uma proposição composta.
F
07. Resposta: D.
IV- ~(~p ∨ q) → p ∧ ~q Observe que as alternativas D e E são contraditórias,
~(F∨F) →V∧V portanto uma delas é falsa.
V→V Se as duas proposições têm o mesmo valor lógico, a
→V bicondicional é verdadeira.

4
RACIOCÍNIO LÓGICO

08. Resposta: Errado. -Negação


“...encarcerado nem poderá pagar fiança”. p ~p
“Nem” é uma conjunção(∧) V F
F V
09. Resposta: D.
Não pode chover para Mariana ir ao deserto. Se estamos negando uma coisa, ela terá valor lógico
oposto, faz sentido, não?
10. Resposta: A. - Conjunção
O conectivo ou chama-se disjunção e também é repre-
sentado simbolicamente por ∨ Eu comprei bala e chocolate, só vou me contentar se
eu tiver as duas coisas, certo?
Se eu tiver só bala não ficarei feliz, e nem se tiver só
Tabela-verdade
chocolate.
Com a tabela-verdade, conseguimos definir o valor
E muito menos se eu não tiver nenhum dos dois.
lógico de proposições compostas facilmente, analisando
cada coluna.
p q p ∧q
Se tivermos uma proposição p, ela pode ter V(p)=V ou V V V
V(p)=F V F F
F V F
p F F F
V
F -Disjunção

Quando temos duas proposições, não basta colocar só Vamos pensar na mesma frase anterior, mas com o co-
nectivo “ou”.
VF, será mais que duas linhas.
Eu comprei bala ou chocolate.
p q Eu comprei bala e também comprei o chocolate, está
V V certo pois poderia ser um dos dois ou os dois.
V F Se eu comprei só bala, ainda estou certa, da mesma
F V forma se eu comprei apenas chocolate.
F F Agora se eu não comprar nenhum dos dois, não dará
certo.
Observe, a primeira proposição ficou VVFF
E a segunda intercalou VFVF.
Vamos raciocinar, com uma proposição temos 2 possi- p q p ∨q
bilidades, com 2 proposições temos 4, tem que haver um V V V
padrão para se tornar mais fácil! V F V
As possibilidades serão 2n,
F V V
Onde:
n=número de proposições F F F
p q r -Disjunção Exclusiva
V V V
V F V Na disjunção exclusiva é diferente, pois OU comprei
chocolate OU comprei bala.
V V F
Ou seja, um ou outro, não posso ter os dois ao mesmo
V F F tempo.
F V V
F F V p q p∨q
V V F
F V F
V F V
F F F F V V
F F F
A primeira proposição, será metade verdadeira e me-
tade falsa.
A segunda, vamos sempre intercalar VFVFVF.
E a terceira VVFFVVFF.
Agora, vamos ver a tabela verdade de cada um dos
operadores lógicos?

5
RACIOCÍNIO LÓGICO

-Condicional

Se chove, então faz frio.

Se choveu, e fez frio


Estamos dentro da possibilidade.(V)

Choveu e não fez frio


Não está dentro do que disse. (F)

Não choveu e fez frio..


Ahh tudo bem, porque pode fazer frio se não chover, certo?(V)

Não choveu, e não fez frio


Ora, se não choveu, não precisa fazer frio. (V)
p q p →q
V V V
V F F
F V V
F F V

-Bicondicional

Ficarei em casa, se e somente se, chover.

Estou em casa e está chovendo.


A ideia era exatamente essa. (V)

Estou em casa, mas não está chovendo.


Você não fez certo, era só pra ficar em casa se chovesse. (F)

Eu sai e está chovendo.


Aiaiai não era pra sair se está chovendo. (F)
Não estou em casa e não está chovendo.
Sem chuva, você pode sair, ta? (V)

p q p ↔q
V V V
V F F
F V F
F F V

Tentei deixar de uma forma mais simples, para entender a tabela verdade de cada conectivo, pois sei que será difícil
para decorar, mas se você lembrar das frases, talvez fique mais fácil. Bons estudos! Vamos às questões!

6
RACIOCÍNIO LÓGICO

Tautologia

Definição: Chama-se tautologia, toda proposição composta que terá a coluna inteira de valor lógico V.
Podemos ter proposições SIMPLES que são falsas e se a coluna da proposição composta for verdadeira é tautologia.
Vamos ver alguns exemplos.

A proposição ~(p∧p) é tautologia, pelo Princípio da não contradição. Está lembrado?

Princípio da não Contradição: uma proposição não pode ser verdadeira “e” falsa ao mesmo tempo.

P ~p p∧~p ~(p∧~p)
V F F V
F V F V

A proposição p∨ ~p é tautológica, pelo princípio do Terceiro excluído.

Princípio do Terceiro Excluído: toda proposição “ou” é verdadeira “ou” é falsa, isto é, verifica-se sempre um desses casos
e nunca um terceiro caso.

P ~p p∨~p
V F V
F V V

Esses são os exemplos mais simples, mas normalmente conseguiremos resolver as questões com base na tabela ver-
dade, por isso insisto que a tabela verdade dos operadores, têm que estar na “ponta da língua”, quase como a tabuada da
matemática.

Veremos outros exemplos

Exemplo 1

Vamos pensar nas proposições


P: João é estudante
Q: Mateus é professor
Se João é estudante, então João é estudante ou Mateus é professor.
Em simbologia: p→p∨q

P Q p∨q p→p∨q
V V V V
V F V V
F V V V
F F F V

A coluna inteira da proposição composta deu verdadeiro, então é uma tautologia.

7
RACIOCÍNIO LÓGICO

Exemplo 2
Com as mesmas proposições anteriores:
João é estudante ou não é verdade que João é estudante e Mateus é professor.
p∨~(p∧q)

P Q p∧q ~(p∧q) p∨~(p∧q)


V V V F V
V F F V V
F V F V V
F F F V V

Novamente, coluna deu inteira com valor lógico verdadeiro, é tautologia.

Exemplo 3
Se João é estudante ou não é estudante, então Mateus é professor.

P Q ~p p∨~p p∨~p→q
V V F V V
V F F V F
F V V V V
F F V V F

Deu pelo menos uma falsa e agora?


Não é tautologia.

Referências

ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo: Nobel – 2002.

Questões

01. (UTFPR – Pedagogo – UTFPR/2017) Considere as seguintes proposições:


I) p ∧ ~p
II) p → ~p
III) p ∨ ~p
IV) p →~q

Assinale a alternativa correta.


(A) Somente I e II são tautologias.
(B) Somente II é tautologia.
(C) Somente III é tautologia.
(D) Somente III e a IV são tautologias.
(E) Somente a IV é tautologia.

8
RACIOCÍNIO LÓGICO

02 (FUNDAÇÃO HEMOCENTRO DE BRASILIA/DF – Administração – IADES/2017) Assinale a alternativa que apresenta


uma tautologia.
(A) p∨(q∨~p)
(B) (q→p) →(p→q)
(C) p→(p→q∧~q)
(D) p∨~q→(p→~q)
(E) p∨q→p∧q

Respostas

01. Resposta: C.

P ou a própria negação é tautologia.

02. Resposta: A.

Antes de entrar em desespero que tenha que fazer todas as tabela verdade, vamos analisar:
Provavelmente terá uma alternativa que tenha uma proposição com conectivo de disjunção e a negação: p∨~p
Logo na alternativa A, percebemos que temos algo parecido.
Para confirmar, podemos fazer a tabela verdade

LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO

Argumentos

Um argumento é um conjunto finito de premissas (proposições ), sendo uma delas a consequência das demais. Tal pre-
missa (proposição), que é o resultado dedutivo ou consequência lógica das demais, é chamada conclusão. Um argumento
é uma fórmula: P1 ∧ P2 ∧ ... ∧ Pn → Q

OBSERVAÇÃO: A fórmula argumentativa P1 ∧ P2 ∧ ... ∧ Pn → Q, também poderá ser representada pela seguinte
forma:

9
RACIOCÍNIO LÓGICO

Argumentos válidos Se Antônio é inocente então Carlos é inocente


Carlos é inocente, pois sendo a primeira verdadeira, a
Um argumento é válido quando a conclusão é verda- condicional só será verdadeira se a segunda proposição
deira (V), sempre que as premissas forem todas verdadeiras também for.
(V). Dizemos, também, que um argumento é válido quando
a conclusão é uma consequência obrigatória das verdades Então, temos:
de suas premissas. Pedro é inocente, João é culpado, Antônio é inocente
e Carlos é inocente.
Argumentos inválidos

Um argumento é dito inválido (ou falácia, ou ilegítimo Questões


ou mal construído), quando as verdades das premissas são
insuficientes para sustentar a verdade da conclusão. Caso a
01. (PREF. DE SALVADOR – Técnico de Nível Supe-
conclusão seja falsa, decorrente das insuficiências geradas
rior – FGV/2017) Carlos fez quatro afirmações verdadeiras
pelas verdades de suas premissas, tem-se como conclusão
sobre algumas de suas atividades diárias:
uma contradição (F).
▪ De manhã, ou visto calça, ou visto bermuda.
Métodos para testar a validade dos argumentos
(IFBA – Administrador – FUNRIO/2016) Ou João é cul- ▪ Almoço, ou vou à academia.
pado ou Antônio é culpado. Se Antônio é inocente então ▪ Vou ao restaurante, ou não almoço.
Carlos é inocente. João é culpado se e somente se Pedro é ▪ Visto bermuda, ou não vou à academia.
inocente. Ora, Pedro é inocente. Logo:
Certo dia, Carlos vestiu uma calça pela manhã.
(A) Pedro e Antônio são inocentes e Carlos e João são
culpados. É correto concluir que Carlos:
(B) Pedro e Carlos são inocentes e Antônio e João são
culpados. (A) almoçou e foi à academia.
(C) Pedro e João são inocentes e Antônio e Carlos são (B) foi ao restaurante e não foi à academia.
culpados. (C) não foi à academia e não almoçou.
(D) Antônio e Carlos são inocentes e Pedro e João são (D) almoçou e não foi ao restaurante.
culpados. (E) não foi à academia e não almoçou.
(E) Antônio, Carlos e Pedro são inocentes e João é cul-
pado. 02. (TRT 12ª REGIÃO – Analista Judiciário-
FGV/2017) Sabe-se que:
Resposta: E.
Vamos começar de baixo pra cima. • Se X é vermelho, então Y não é verde.
• Se X não é vermelho, então Z não é azul.
Ou João é culpado ou Antônio é culpado. • Se Y é verde, então Z é azul.
Se Antônio é inocente então Carlos é inocente
João é culpado se e somente se Pedro é inocente Logo, deduz-se que:
Ora, Pedro é inocente
(V) (A) X é vermelho;
(B) X não é vermelho;
Sabendo que Pedro é inocente,
(C) Y é verde;
João é culpado se e somente se Pedro é inocente
(D) Y não é verde;
João é culpado, pois a bicondicional só é verdadeira se
(E) Z não é azul.
ambas forem verdadeiras ou ambas falsas.

João é culpado se e somente se Pedro é inocente 03. (PC/AC – Agente de Polícia Civil – IBADE/2017)
(V) (V) Sabe-se que se Zeca comprou um apontador de lápis azul,
Ora, Pedro é inocente então João gosta de suco de laranja. Se João gosta de suco
de laranja, então Emílio vai ao cinema. Considerando que
(V)
Emílio não foi ao cinema, pode-se afirmar que:
Sabendo que João é culpado, vamos analisar a primeira
(A) Zeca não comprou um apontador de lápis azul.
premissa
(B) Emílio não comprou um apontador de lápis azul.
Ou João é culpado ou Antônio é culpado.
(C) Zeca não gosta de suco de laranja.
Então, Antônio é inocente, pois a disjunção exclusiva só
(D) João não comprou um apontador de lápis azul.
é verdadeira se apenas uma das proposições for.
(E) Zeca não foi ao cinema.

10
RACIOCÍNIO LÓGICO

04. (UFSBA – Administrador – UFMT/2017) São da- É correto concluir que, nesse dia, Carlos:
dos os seguintes argumentos:
ARGUMENTO 1 (A) correu e andou;
(B) não correu e não andou;
P1: Iracema não gosta de acarajé ou Iracema não é so- (C) andou e não teve companhia;
teropolitana. (D) teve companhia e andou;
P2: Iracema é soteropolitana. (E) não correu e não teve companhia.
C:
07. (PREF. DE SÃO PAULO – Assistente de Gestão de
Políticas Públicas – CESPE/2016) As proposições seguin-
ARGUMENTO 2
tes constituem as premissas de um argumento.
P1: Se Aurélia não é ilheense, então Aurélia não é pro-
dutora de cacau. • Bianca não é professora.
P2: Aurélia não é ilheense. • Se Paulo é técnico de contabilidade, então Bianca é
C: professora.
• Se Ana não trabalha na área de informática, então
ARGUMENTO 3 Paulo é técnico de contabilidade.
P1: Lucíola é bailarina ou Lucíola é turista. • Carlos é especialista em recursos humanos, ou Ana
P2: Lucíola não é bailarina. não trabalha na área de informática, ou Bianca é professora.
C:
Assinale a opção correspondente à conclusão que tor-
ARGUMENTO 4 na esse argumento um argumento válido.
P1: Se Cecília é baiana, então Cecília gosta de vatapá.
P2: Cecília não gosta de vatapá. (A) Carlos não é especialista em recursos humanos e
C: Paulo não é técnico de contabilidade.
(B) Ana não trabalha na área de informática e Paulo é
Pode-se inferir que técnico de contabilidade.
(C) Carlos é especialista em recursos humanos e Ana
(A) Lucíola é turista.
trabalha na área de informática.
(B) Cecília é baiana.
(D) Bianca não é professora e Paulo é técnico de con-
(C) Aurélia é produtora de cacau. tabilidade.
(D) Iracema gosta de acarajé. (E) Paulo não é técnico de contabilidade e Ana não tra-
balha na área de informática.
05. (COPERGAS/PE – Auxiliar Administrativo –
FCC/2016) Considere verdadeiras as afirmações a seguir: 08. (PREF. DE SÃO GONÇALO – Analista de Contabi-
lidade – BIORIO/2016) Se Ana gosta de Beto, então Beto
I. Laura é economista ou João é contador. ama Carla. Se Beto ama Carla, então Débora não ama Luiz.
II. Se Dinorá é programadora, então João não é con- Se Débora não ama Luiz, então Luiz briga com Débora. Mas
tador. Luiz não briga com Débora. Assim:
III. Beatriz é digitadora ou Roberto é engenheiro.
IV. Roberto é engenheiro e Laura não é economista. (A) Ana gosta de Beto e Beto ama Carla.
(B) Débora não ama Luiz e Ana não gosta de Beto.
A partir dessas informações é possível concluir, corre- (C) Débora ama Luiz e Ana gosta de Beto.
tamente, que : (D) Ana não gosta de Beto e Beto não ama Carla.
(E) Débora não ama Luiz e Ana gosta de Beto.
(A) Beatriz é digitadora.
09. (PREF. DE RIO DE JANEIRO – Administrador –
(B) João é contador.
PREF. DO RIO DE JANEIRO/2016) Considerem-se verda-
(C) Dinorá é programadora.
deiras as seguintes proposições:
(D) Beatriz não é digitadora.
(E) João não é contador. P1: André não gosta de chuchu ou Bruno gosta de be-
terraba.
06. (MPE/RJ – Analista do Ministério Público – P2: Se Bruno gosta de beterraba, então Carlos não gos-
FGV/2016) Sobre as atividades fora de casa no domingo, ta de jiló.
Carlos segue fielmente as seguintes regras: P3: Carlos gosta de jiló e Daniel não gosta de cenoura.
- Ando ou corro.
Assim, uma conclusão necessariamente verdadeira é a
- Tenho companhia ou não ando.
- Calço tênis ou não corro. seguinte:
Domingo passado Carlos saiu de casa de sandálias.

11
RACIOCÍNIO LÓGICO

(A) André não gosta de chuchu se, e somente se, Daniel 03. Resposta: A.
gosta de cenoura. Considerando que Emílio não foi ao cinema:
(B) Se André não gosta de chuchu, então Daniel gosta
de cenoura. Se João gosta de suco de laranja, então Emílio vai ao
(C) Ou André gosta de chuchu ou Daniel não gosta de cinema.
cenoura. F F
(D) André gosta de chuchu ou Daniel gosta de cenou- Zeca comprou um apontador de lápis azul, então João
ra. gosta de suco de laranja.
F F
10. (DPU – Agente Administrativo – CESPE/2016)
Considere que as seguintes proposições sejam verdadeiras. 04. Resposta: A.
Vamos analisar por alternativa, pois fica mais fácil que
• Quando chove, Maria não vai ao cinema. analisar cada argumento.
• Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema. OBS: Como a alternativa certa é a A, analisarei todas as
• Quando Cláudio sai de casa, não faz frio. alternativas, para mostrar o porquê de ser essa a correta.
• Quando Fernando está estudando, não chove.
• Durante a noite, faz frio. (A) Lucíola é turista.
Eu acho mais fácil fazer sempre com as premissas ver-
Tendo como referência as proposições apresentadas, dadeiras.
julgue o item subsecutivo. ARGUMENTO 3
Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estu- P1: Lucíola é bailarina ou Lucíola é turista.
dando. F V
certo errado P2: Lucíola não é bailarina.(V)

Respostas (B) Cecília é baiana


P1: Se Cecília é baiana, então Cecília gosta de vatapá.
V F
01. Resposta: B.
P2: Cecília não gosta de vatapá.
▪ De manhã, ou visto calça, ou visto bermuda.
▪ Almoço, ou vou à academia.
Mas se Cecília não gosta de vatapá a P2 seria incorreta,
V f
por isso não é essa alternativa.
▪ Vou ao restaurante, ou não almoço.
V F
(C) Aurélia é produtora de cacau
▪ Visto bermuda, ou não vou à academia. P1: Se Aurélia não é ilheense, então Aurélia não é pro-
F V dutora de cacau.
F F
02. Resposta: D. P2: Aurélia não é ilheense.
Vamos tentar fazendo que X é vermelho para ver se Aurélia seria ilheense.
todos vão ter valor lógico correto.
(D) Iracema gosta de acarajé.
• Se X é vermelho, então Y não é verde. P1: Iracema não gosta de acarajé ou Iracema não é so-
V V teropolitana.
• Se Y é verde, então Z é azul. F V
F F/V P2: Iracema é soteropolitana.(F)
• Se X não é vermelho, então Z não é azul. Também entrou em contradição.
F F/V
05. Resposta: B.
Se x não é vermelho: Começamos sempre pela conjunção.
• Se X é vermelho, então Y não é verde. IV. Roberto é engenheiro e Laura não é economista.
F V V V
• Se Y é verde, então Z é azul.
F F I. Laura é economista ou João é contador.
F V
• Se X não é vermelho, então Z não é azul.
V V II. Se Dinorá é programadora, então João não é con-
tador.
F F

III. Beatriz é digitadora ou Roberto é engenheiro.


V/F V

12
RACIOCÍNIO LÓGICO

06. Resposta: D. (A) na bicondicional, as duas deveriam ser verdadeiras,


- Calço tênis ou não corro. ou as duas falsas
F V (B) como a primeira proposição é verdadeira, a segun-
da também deveria ser.
- Ando ou corro. (D) Como a primeira é falsa, a segunda deveria ser ver-
V F dadeira.
- Tenho companhia ou não ando.
V F 10.Resposta: Errado
Resumindo: ele calçou sandálias, andou e teve com-
panhia. • Durante a noite, faz frio.
V
07. Resposta: C.
• Bianca não é professora.(V) • Quando Cláudio sai de casa, não faz frio.
• Se Paulo é técnico de contabilidade, então Bianca é F F
professora.
F F • Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema.
• Se Ana não trabalha na área de informática, então V V
Paulo é técnico de contabilidade.
F F • Quando chove, Maria não vai ao cinema.
• Carlos é especialista em recursos humanos, F F
V
ou Ana não trabalha na área de informática, ou Bianca • Quando Fernando está estudando, não chove.
é professora. V/F V
F F Portanto, Se Maria foi ao cinema, então Fernando es-
tava estudando.
08. Resposta: D. Não tem como ser julgado.
Sabendo que Luiz não briga com Débora
Se Débora não ama Luiz, então Luiz briga com Débora.
F F DIAGRAMAS LÓGICOS E LÓGICA DE
. Se Beto ama Carla, então Débora não ama Luiz PRIMEIRA ORDEM
F F
Se Ana gosta de Beto, então Beto ama Carla.
F V
As questões de Diagramas lógicos envolvem as pro-
09 Resposta: C. posições categóricas (todo, algum, nenhum), cuja solução
Vamos começar pela P3, pois é uma conjunção, assim requer que desenhemos figuras, os chamados diagramas.
é mais fácil definirmos o valor lógico de cada proposição.
Para a conjunção ser verdadeira, as duas proposições Definição das proposições
devem ser verdadeiras.
Portanto: Todo A é B.
Carlos gosta de jiló.
Daniel não gosta de cenoura. O conjunto A está contido no conjunto B, assim todo
P2: Se Bruno gosta de beterraba, então Carlos não gos- elemento de A também é elemento de B.
ta de jiló.
Carlos não gosta de jiló. (F) Podemos representar de duas maneiras:
e par a condicional ser verdadeira a primeira também deve
ser falsa.
Bruno gosta de beterraba. (F)

P1: André não gosta de chuchu ou Bruno gosta de be-


terraba.
A segunda é falsa, e para a disjunção ser verdadeira, a
primeira é verdadeira.
André não gosta de chuchu. (V).
Vamos enumerar as verdadeiras:
1- Carlos gosta de jiló.
2-Daniel não gosta de cenoura.
3-Bruno não gosta de beterraba Quando “todo A é B” é verdadeira, vamos ver como
4-André não gosta de chuchu ficam os valores lógicos das outras?

13
RACIOCÍNIO LÓGICO

Pensemos nessa frase: Toda criança é linda. a) os dois conjuntos possuem uma parte dos elemen-
tos em comum.
Nenhum A é B é necessariamente falsa.
Nenhuma criança é linda, mas eu não acabei de falar
que TODA criança é linda? Por isso é falsa.

Algum A é B é necessariamente verdadeira


Alguma Criança é linda, sim, se todas são 1, 2, 3...são
lindas.

Algum A não é B necessariamente falsa, pois A está


contido em B.
Alguma criança não é linda, bem como já vimos impos-
sível, pois todas são.
b) Todos os elementos de A estão em B.
Nenhum A é B.

A e B não terão elementos em comum.

c) Todos os elementos de B estão em A.

Quando “nenhum A é B” é verdadeira, vamos ver como


ficam os valores lógicos das outras?

Frase: Nenhum cachorro é gato. (sim, eu sei. Frase ex-


trema, mas assim é bom para entendermos..hehe)

Todo A é B é necessariamente falsa.


Todo cachorro é gato, faz sentido? Nenhum, não é?

Algum A é B é necessariamente falsa.


Algum cachorro é gato, ainda não faz sentido.

Algum A não é B necessariamente verdadeira.


Algum cachorro não é gato, ah sim espero que todos
d) O conjunto A é igual ao conjunto B.
não sejam mas, se já está dizendo algum vou concordar.

Algum A é B.

Quer dizer que há pelo menos 1 elemento de A em


comum com o conjunto B.

Temos 4 representações possíveis:

14
RACIOCÍNIO LÓGICO

Quando “algum A é B” é verdadeira, vamos ver como c) Não há elementos em comum entre os dois conjun-
ficam os valores lógicos das outras? tos
Frase: Algum copo é de vidro.

Nenhum A é B é necessariamente falsa


Nenhum copo é de vidro, com frase fica mais fácil né?
Porque assim, conseguimos ver que é falsa, pois acabei de
falar que algum copo é de vidro, ou seja, tenho pelo menos
1 copo de vidro.

Todo A é B , não conseguimos determinar, podendo ser


verdadeira ou falsa (podemos analisar também os diagra-
mas mostrados nas figuras a e c)
Todo copo é de vidro.
Pode ser que sim, ou não.
Quando “algum A não é B” é verdadeira, vamos ver
Algum A não é B não conseguimos determinar, poden- como ficam os valores lógicos das outras?
do ser verdadeira ou falsa(contradiz com as figuras b e d) Vamos fazer a frase contrária do exemplo anterior
Algum copo não é de vidro, como não sabemos se to- Frase: Algum copo não é de vidro.
dos os copos são de vidros, pode ser verdadeira.
Nenhum A é B é indeterminada (contradição com as
Algum A não é B. figuras a e b)
O conjunto A tem pelo menos um elemento que não Nenhum copo é de vidro, algum não é, mas não sei se
pertence ao conjunto B. todos não são de vidro.

Aqui teremos 3 modos de representar: Todo A é B , é necessariamente falsa


Todo copo é de vidro, mas eu disse que algum copo
a) Os dois conjuntos possuem uma parte dos elemen- não era.
tos em comum
Algum A é B é indeterminada
Algum copo é de vidro, não consigo determinar se tem
algum de vidro ou não.

Quantificadores são elementos que, quando associa-


dos às sentenças abertas, permitem que as mesmas sejam
avaliadas como verdadeiras ou falsas, ou seja, passam a ser
qualificadas como sentenças fechadas.

O quantificador universal

O quantificador universal, usado para transformar sen-


tenças (proposições) abertas em proposições fechadas, é
indicado pelo símbolo “∀”, que se lê: “qualquer que seja”,
“para todo”, “para cada”.
b) Todos os elementos de B estão em A.
Exemplo:
(∀x)(x + 2 = 6)
Lê-se: “Qualquer que seja x, temos que x + 2 = 6” (fal-
sa).
É falso, pois não podemos colocar qualquer x para a
afirmação ser verdadeira.

O quantificador existencial

O quantificador existencial é indicado pelo símbolo


“∃” que se lê: “existe”, “existe pelo menos um” e “existe
um”.

15
RACIOCÍNIO LÓGICO

Exemplos: 02. (TRT - 20ª REGIÃO /SE - Técnico Judiciário –


(∃x)(x + 5 = 9) FCC/2016) que todo técnico sabe digitar. Alguns desses
Lê-se: “Existe um número x, tal que x + 5 = 9” (verda- técnicos sabem atender ao público externo e outros desses
deira). técnicos não sabem atender ao público externo. A partir
Nesse caso, existe um número, ahh tudo bem...claro dessas afirmações é correto concluir que:
que existe algum número que essa afirmação será verda-
deira. (A) os técnicos que sabem atender ao público externo
não sabem digitar.
Ok?? Sem maiores problemas, certo? (B) os técnicos que não sabem atender ao público ex-
terno não sabem digitar.
Representação de uma proposição quantificada (C) qualquer pessoa que sabe digitar também sabe
atender ao público externo.
(∀x)(x ∈ N)(x + 3 > 15) (D) os técnicos que não sabem atender ao público ex-
Quantificador: ∀ terno sabem digitar.
Condição de existência da variável: x ∈ N . (E) os técnicos que sabem digitar não atendem ao pú-
Predicado: x + 3 > 15. blico externo.

(∃x)[(x + 1 = 4) ∧ (7 + x = 10)] 03. (COPERGAS – Auxiliar Administrativo –


Quantificador: ∃ FCC/2016) É verdade que existem programadores que não
Condição de existência da variável: não há. gostam de computadores. A partir dessa afirmação é cor-
Predicado: “(x + 1 = 4) ∧ (7 + x = 10)”. reto concluir que:

Negações de proposições quantificadas ou funcionais (A) qualquer pessoa que não gosta de computadores é
Seja uma sentença (∀x)(A(x)). um programador.
Negação: (∃x)(~A(x)) (B) todas as pessoas que gostam de computadores não
são programadores.
Exemplo (C) dentre aqueles que não gostam de computadores,
(∀x)(2x-1=3) alguns são programadores.
Negação: (∃x)(2x-1≠3) (D) para ser programador é necessário gostar de com-
putador.
(E) qualquer pessoa que gosta de computador será um
bom programador.
Seja uma sentença (∃x)(Q(x)).
Negação: (∀x)(~Q(x)).
04. (COPERGAS/PE - Analista Tecnologia da Infor-
(∃x)(2x-1=3)
mação
Negação: (∀x)(2x-1≠3)
- FCC/2016) É verdade que todo engenheiro sabe ma-
temática. É verdade que há pessoas que sabem matemática
Questões e não são engenheiros. É verdade que existem administra-
dores que sabem matemática. A partir dessas afirmações é
01. (UFES - Assistente em Administração – possível concluir corretamente que:
UFES/2017) Em um determinado grupo de pessoas:
(A) qualquer engenheiro é administrador.
• todas as pessoas que praticam futebol também pra- (B) todos os administradores sabem matemática.
ticam natação, (C) alguns engenheiros não sabem matemática.
• algumas pessoas que praticam tênis também prati- (D) o administrador que sabe matemática é engenhei-
cam futebol, ro.
• algumas pessoas que praticam tênis não praticam (E) o administrador que é engenheiro sabe matemática.
natação.
05. (CRECI 1ª REGIÃO/RJ – Advogado – MSCON-
É CORRETO afirmar que no grupo CURSOS/2016) Considere como verdadeiras as duas pre-
missas seguintes:
(A) todas as pessoas que praticam natação também
praticam tênis. I – Nenhum professor é veterinário;
(B) todas as pessoas que praticam futebol também pra- II – Alguns agrônomos são veterinários.
ticam tênis.
(C) algumas pessoas que praticam natação não prati- A partir dessas premissas, é correto afirmar que, neces-
cam futebol. sariamente:
(D) algumas pessoas que praticam natação não prati- (A) Nenhum professor é agrônomo.
cam tênis. (B) Alguns agrônomos não são professores.
(E) algumas pessoas que praticam tênis não praticam (C) Alguns professores são agrônomos.
futebol. (D) Alguns agrônomos são professores.

16
RACIOCÍNIO LÓGICO

06. (EMSERH - Auxiliar Administrativo – FUN- (C) Mirian é escrevente


CAB/2016) Considere que as seguintes afirmações são (D) Mirian não é escrevente.
verdadeiras: (E) se Arnaldo é escrevente, então Arnaldo é primo de
Mirian
“Algum maranhense é pescador.”
“Todo maranhense é trabalhador.”
10. (DPE/MT – Assistente Administrativo –
Assim pode-se afirmar, do ponto de vista lógico, que: FGV/2015) Considere verdadeiras as afirmações a seguir.
(A) Algum maranhense pescador não é trabalhador • Existem advogados que são poetas.
(B) Algum maranhense não pescar não é trabalhador • Todos os poetas escrevem bem.
(C) Todo maranhense trabalhadoré pescador
(D) Algum maranhense trabalhador é pescador
Com base nas afirmações, é correto concluir que
(E) Todo maranhense pescador não é trabalhador.
(A) se um advogado não escreve bem então não é poe-
07. (PREF. DE RIO DE JANEIRO/RJ – Assistente Ad- ta.
ministrativo – PREF. DO RIO DE JANEIRO/2015) Em certa (B) todos os advogados escrevem bem.
comunidade, é verdade que: (C) quem não é advogado não é poeta.
(D) quem escreve bem é poeta.
- todo professor de matemática possui grau de mestre; (E) quem não é poeta não escreve bem.
- algumas pessoas que possuem grau de mestre gos-
tam de empadão de camarão;
- algumas pessoas que gostam de empadão de cama- Respostas
rão não possuem grau de mestre.
01. Resposta: E.
Uma conclusão necessariamente verdadeira é:

(A) algum professor de matemática gosta de empadão


de camarão.
(B) nenhum professor de matemática gosta de empa-
dão de camarão.
(C) alguma pessoa que gosta de empadão de camarão
gosta de matemática.
(D) alguma pessoa que gosta de empadão de camarão
não é professor de matemática.

08. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU-


NESP/2015) Se todo estudante de uma disciplina A é tam-
bém estudante de uma disciplina B e todo estudante de
uma disciplina C não é estudante da disciplina B, e ntão é 02. Resposta: D.
verdade que: Podemos excluir as alternativas que falam que não sa-
bem digitar, pois todos os técnicos sabem digitar.
(A) algum estudante da disciplina A é estudante da dis-
ciplina C.
(B) algum estudante da disciplina B é estudante da dis-
ciplina C.
(C) nenhum estudante da disciplina A é estudante da
disciplina C.
(D) nenhum estudante da disciplina B é estudante da
disciplina A.
(E) nenhum estudante da disciplina A é estudante da
disciplina B.

09. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU-


NESP/2015) Considere verdadeira a seguinte afirmação:
“Todos os primos de Mirian são escreventes”.

Dessa afirmação, conclui­se corretamente que


(A) se Pâmela não é escrevente, então Pâmela não é
prima de Mirian.
(B) se Jair é primo de Mirian, então Jair não é escre-
vente.

17
RACIOCÍNIO LÓGICO

03. Resposta: C. 07. Resposta: D.

Podemos ter esses dois modelos de diagramas:

(A) não está claro se os mestres que gostam de empa-


dão são professores ou não.
(B) podemos ter o primeiro diagrama
04. Resposta: E. (C) pode ser o segundo diagrama.

08. Resposta: C.
O diagrama C deve ficar para fora, pois todo estudante
de C não é da disciplina B, ou seja, não tem ligação nenhuma.

05. Resposta: B.
Alguns agrônomos são veterinários e podem ser só
agrônomos.
Assim, os estudantes da disciplina A, também não fa-
zem disciplina C e vice-versa.

09. Resposta: A.

06. Resposta: D.

Como Pâmela não é escrevente, ela está em um diagra-


ma a parte, então não é prima de Mirian.
Analisando as alternativas erradas:

(B) Todos os primos de primo são escrevente.


(C) e (D) Não sabemos se Mirian é escrevente ou não.
(E) Não necessariamente, pois há pessoas que são es-
creventes, mas não primos de Mirian.

18
RACIOCÍNIO LÓGICO

10. Resposta: A. Regra de Absorção


Se o advogado não escreve bem, ele faz parte da área p→p∧q⇔p→q
hachurada, portanto ele não é poeta.
p q p∧q p→p∧q p→q
V V V V V
V F F F F
F V F V V
F F F V V

Condicional

Gostaria da sua atenção aqui, pois as condicionais são


as mais pedidas nos concursos
A condicional p→q e a disjunção ~p∨q, têm tabelas-
verdades idênticas

p ~p q p∧q p→q ~p∨q


V F V V V V
V F F F F F
Referências
F V V F V V
Carvalho, S. Raciocínio Lógico Simplificado. Série Pro-
F V F F V V
vas e Concursos, 2010.
Exemplo
p: Coelho gosta de cenoura
q: Coelho é herbívoro.
EQUIVALÊNCIAS
p→q: Se coelho gosta de cenoura, então coelho é her-
bívoro.
~p∨q: Coelha não gosta de cenoura ou coelho é her-
bívoro
EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS
A condicional ~p→~q é equivalente a disjunção p∨~q
Diz-se que uma proposição P(p,q,r..) é logicamente
equivalente ou equivalente a uma proposição Q(p,r,s..) se
as tabelas-verdade dessas duas proposições são IDÊNTI- p q ~p ~q ~p→~q p∨~q
CAS. V V F F V V
Para indicar que são equivalentes, usaremos a seguinte V F F V V V
notação: F V V F F F
P(p,q,r..) ⇔ Q(p,r,s..) F F V V V V

Essa parte de equivalência é um pouco mais chatinha, Equivalência fundamentais (Propriedades Funda-
mas conforme estudamos, vou falando algumas dicas. mentais): a equivalência lógica entre as proposições goza
das propriedades simétrica, reflexiva e transitiva.
Regra da Dupla negação
~~p⇔p 1 – Simetria (equivalência por simetria)
a) p ∧ q ⇔ q ∧ p
p q p∧q q∧p
p ~p ~~p
V F V V V V V
F V F V F F F
F V F F
São iguais, então ~~p⇔p F F F F

Regra de Clavius b) p ∨ q ⇔ q ∨ p
~p→p⇔p p q p∨q q∨ p
V V V V
p ~p ~p→p V F V V
V F V F V V V
F V F F F F F

19
RACIOCÍNIO LÓGICO

c) p ∨ q ⇔ q p b) p ∨ (q ∨ r) ⇔ (p ∨ q) ∨ (p ∨ r)
p q p∨q q∨p
V V F F q p ∨ (q p∨ p (p ∨ q) ∨ (p
p q r
V F V V ∨r ∨ r) q ∨r ∨ r)
F V V V V V V V V V V V
F F F F V V F V V V V V
V F V V V V V V
d) p ↔ q ⇔ q ↔ p V F F F V V V V
p q p↔q q↔p F V V V V V V V
V V V V F V F V V V F V
V F F F F F V V V F V V
F V F F F F F F F F F F
F F V V
3 – Idempotência
Equivalências notáveis: a) p ⇔ (p ∧ p)
Para ficar mais fácil o entendimento, vamos fazer duas
1 - Distribuição (equivalência pela distributiva) colunas com p:
a) p ∧ (q ∨ r) ⇔ (p ∧ q) ∨ (p ∧ r)
p p p∧ p
V V V
q p ∧ (q p∧ p (p ∧ q) ∨ (p
p q r F F F
∨r ∨ r) q ∧r ∧ r)
V V V V V V V V b) p ⇔ (p ∨ p)
V V F V V V F V
V F V V V F V V p p p∨ p
V F F F F F F F V V V
F V V V F F F F F F F
F V F V F F F F
F F V V F F F F 4 - Pela contraposição: de uma condicional gera-se
F F F F F F F F outra condicional equivalente à primeira, apenas inverten-
do-se e negando-se as proposições simples que as com-
b) p ∨ (q ∧ r) ⇔ (p ∨ q) ∧ (p ∨ r) põem.

p q r
q p ∨ (q p∨ p (p ∨ q) ∧ (p Da mesma forma que vimos na condicional mais acima,
∧r ∧ r) q ∨r ∨ r) temos outros modos de definir a equivalência da condicio-
V V V V V V V V nal que são de igual importância
V V F F V V V V
V F V F V V V V 1º caso – (p → q) ⇔ (~q → ~p)
V F F F V V V V p q ~p ~q p → q ~q → ~p
F V V V V V V V V V F F V V
F V F F F V F F V F F V F F
F F V F F F V F F V V F V V
F F F F F F F F F F V V V V
2 - Associação (equivalência pela associativa) 2º caso: (~p → q) ⇔ (~q → p)
a) p ∧ (q ∧ r) ⇔ (p ∧ q) ∧ (p ∧ r)
p q ~p ~p → q ~q ~q → p
V V F V F V
q p ∧ (q p (p ∧ q) ∧ (p
p q r p∧q V F F V V V
∧r ∧ r) ∧r ∧ r)
V V V V V V V V F V V V F V
V V F F F V F F F F V F V F
V F V F F F V F
3º caso: (p → ~q) ⇔ (q → ~p)
V F F F F F F F
F V V V F F F F p q ~q p → ~q ~p q → ~p
F V F F F F F F V V F F F F
F F V F F F F F V F V V F V
F F F F F F F F F V F V V V
F F V V V V

20
RACIOCÍNIO LÓGICO

5 - Pela bicondicional Questões


a) (p ↔ q) ⇔ (p → q) ∧ (q → p), por definição
p q p ↔ q p → q q → p (p → q) ∧ (q → p) 01. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - VU-
V V V V V V NESP/2017) Uma afirmação equivalente para “Se estou fe-
liz, então passei no concurso” é:
V F F F V F
F V F V F F (A) Se passei no concurso, então estou feliz.
F F V V V V (B) Se não passei no concurso, então não estou feliz.
(C) Não passei no concurso e não estou feliz.
b) (p ↔ q) ⇔ (~q → ~p) ∧ (~p → ~q) (D) Estou feliz e passei no concurso.
p (E) Passei no concurso e não estou feliz.
~q → ~p → (~q → ~p) ∧
p q ↔ ~q ~p
~p ~q (~p → ~q)
q 02. (UTFPR – Pedagogo – UTFPR/2017) Considere a
V V V F F V V V frase:
V F F V F F V F Se Marco treina, então ele vence a competição.
F V F F V V F F A frase equivalente a ela é:
F F V V V V V V
(A) Se Marco não treina, então vence a competição.
c) (p ↔ q) ⇔ (p ∧ q) ∨ (~p ∧ ~q) (B) Se Marco não treina, então não vence a competição.
p p (C) Marco treina ou não vence a competição.
~p ∧ (p ∧ q) ∨ (~p (D) Marco treina se e somente se vence a competição.
p q ↔ ∧ ~p ~q
~q ∧ ~q) (E) Marco não treina ou vence a competição.
q q
V V V V F F F V
V F F F F V F F 03. (TRF 1ª REGIÃO – Cargos de nível médio – CES-
F V F F V F F F PE/2017) A partir da proposição P: “Quem pode mais, cho-
ra menos.”, que corresponde a um ditado popular, julgue o
F F V F V V V V
próximo item.
Do ponto de vista da lógica sentencial, a proposição P é
6 - Pela exportação-importação
equivalente a “Se pode mais, o indivíduo chora menos”.
[(p ∧ q) → r] ⇔ [p → (q → r)]
( ) Certo
p q r p ∧ q (p ∧ q) → r q → r p → (q → r) ( ) Errado
V V V V V V V
V V F V F F F 04. (TRT 12ª REGIÃO – Analista Judiciário – FGV/2017)
V F V F V V V Considere a sentença: “Se Pedro é torcedor do Avaí e Marce-
V F F F V V V la não é torcedora do Figueirense, então Joana é torcedora
F V V F V V V da Chapecoense”.
F V F F V F V Uma sentença logicamente equivalente à sentença dada é:
F F V F V V V
(A) Se Pedro não é torcedor do Avaí ou Marcela é torce-
F F F F V V V
dora do Figueirense, então Joana não é torcedora da Cha-
pecoense.
Proposições Associadas a uma Condicional (se, então)
(B) Se Pedro não é torcedor do Avaí e Marcela é torce-
dora do Figueirense, então Joana não é torcedora da Cha-
Chama-se proposições associadas a p → q as três pro- pecoense.
posições condicionadas que contêm p e q: (C) Pedro não é torcedor do Avaí ou Marcela é torcedora
– Proposições recíprocas: p → q: q → p do Figueirense ou Joana é torcedora da Chapecoense.
– Proposição contrária: p → q: ~p → ~q (D) Se Joana não é torcedora da Chapecoense, então
– Proposição contrapositiva: p → q: ~q → ~p Pedro não é torcedor do Avaí e Marcela é torcedora do Fi-
gueirense.
Observe a tabela verdade dessas quatro proposições: (E) Pedro não é torcedor do Avaí ou Marcela é torcedora
q do Figueirense e Joana é torcedora da Chapecoense.
p→ ~p → ~q →
p q ~p ~q →
q ~q ~p 05. (IBGE – Analista Censitário – FGV/2017) Considere
p
V V F F V V V V como verdadeira a seguinte sentença: “Se todas as flores são
V F F V F V V F vermelhas, então o jardim é bonito”.
F V V F V F F V É correto concluir que:
F F V V V V V V
(A) se todas as flores não são vermelhas, então o jardim
Observamos ainda que a condicional p → q e a sua não é bonito;
recíproca q → p ou a sua contrária ~p → ~q NÃO SÃO (B) se uma flor é amarela, então o jardim não é bonito;
(C) se o jardim é bonito, então todas as flores são ver-
EQUIVALENTES.
melhas;

21
RACIOCÍNIO LÓGICO

(D) se o jardim não é bonito, então todas as flores não Respostas


são vermelhas;
(E) se o jardim não é bonito, então pelo menos uma flor 01. Resposta: B.
não é vermelha. p→q⇔~q→~p
p: Estou feliz
06. (POLITEC/MT – Papiloscopista – UFMT/2017) q: passei no concurso
Uma proposição equivalente a Se há fumaça, há fogo, é: A equivalência ficaria:
Se não passei no concurso, então não estou feliz.
(A) Se não há fumaça, não há fogo.
(B) Se há fumaça, não há fogo. 02. Resposta: E.
(C) Se não há fogo, não há fumaça. Temos p→q e a equivalência pode ser: “~q→~p” ou
(D) Se há fogo, há fumaça. “~p∨q”
P: Marcos treina
07. (DPE/RR – Técnico em Informática – INAZ DO Q: ele vence a competição
PARÁ/2017) Diz-se que duas preposições são equivalen- Marcos não treina ou ele vence a competição
tes entre si quando elas possuem o mesmo valor lógico. A
sentença logicamente equivalente a: “ Se Maria é médica, 03. Resposta: Certo.
então Victor é professor” é: Uma dica é que normalmente quando tem vírgula é
condicional, não é regra, mas acontece quando você não
(A) Se Victor não é professor então Maria não é médica acha o conectivo.
(B) Se Maria não é médica então Victor não é professor
(C) Se Victor é professor, Maria é médica 04. Resposta: C.
(D) Se Maria é médica ou Victor é professor Temos p→q e a equivalência pode ser: “~q→~p” ou
(E) Se Maria é médica ou Victor não é professor “~p∨q”
~p: Pedro não é torcedor do Avaí ou Marcela é torce-
08. (PREF. DE RIO DE JANEIRO – Administrador – dora do Figueirense
PREF. DO RIO DE JANEIRO/2016) Uma proposição lo- ~q→~p: Se Joana não é torcedora da Chapecoense,
então Pedro não é torcedor do Avaí ou Marcela é torcedora
gicamente equivalente a “se eu não posso pagar um táxi,
do Figueirense
então vou de ônibus” é a seguinte:
~p∨q: Pedro não é torcedor do Avaí ou Marcela é torce-
dora do Figueirense ou Joana é torcedora da Chapecoense.
(A) se eu não vou de ônibus, então posso pagar um táxi
(B) se eu posso pagar um táxi, então não vou de ônibus
05. Resposta: E.
(C) se eu vou de ônibus, então não posso pagar um táxi
Equivalência: p→q⇔~q→~p
(D) se eu não vou de ônibus, então não posso pagar
Para negar Todos:
um táxi Pelo menos faz o contrário, ou seja, no nosso caso,
pelo menos uma flor não é vermelha
09. (PREF. DO RIO DE JANEIRO – Agente de Admi- ~p: Pelo menos uma flor não é vermelha
nistração – PREF. DO RIO DE JANEIRO/2016) Uma pro- Se o jardim não é bonito, então pelo menos uma flor
posição logicamente equivalente a “todo ato desonesto é não é vermelha.
passível de punição” é a seguinte:
06. Resposta: C.
(A) todo ato passível de punição é desonesto. Nega as duas e troca de lado.
(B) todo ato não passível de punição é desonesto. Se não há fogo, então não há fumaça.
(C) se um ato não é passível de punição, então não é
desonesto. 07. Resposta: A.
(D) se um ato não é desonesto, então não é passível Nega as duas e troca de lado.
de punição. Se Victor não é professor, então Maria não é medica.

10. (TJ/PI – Analista Judiciário – FGV/2015) Conside- 08. Resposta: A.


re a sentença: “Se gosto de capivara, então gosto de javali”. Temos p→q e a equivalência pode ser ~q→~p
~p∨q
Uma sentença logicamente equivalente à sentença Nesse caso, como temos apenas condicional nas alter-
dada é: nativas.
Nega as duas e troca
(A) Se não gosto de capivara, então não gosto de javali. p: não posso pagar um táxi
(B) Gosto de capivara e gosto de javali. q: vou de ônibus
(C) Não gosto de capivara ou gosto de javali. ~p: Posso pagar um táxi
(D) Gosto de capivara ou não gosto de javali. ~q: Não vou de ônibus
(E) Gosto de capivara e não gosto de javali. Se não vou de ônibus, então posso pagar um táxi

22
RACIOCÍNIO LÓGICO

09. Resposta: C.
Vamos pensar da seguinte maneira:
Se todo ato é desonesto, então é passível de punição
Temos p→q e a equivalência pode ser: “~q→~p” ou “~p∨q”
Nesse caso, as alternativas nos mostram condicional.
Se um ato não é passível de punição, então não é desonesto.

10. Resposta: C.
Lembra da tabela da teoria??
p q p→q ~p ~p∨q
V V V F V
V F F F F
F V V V V
F F V V V

Então
p: Gosto de capivara
q: Gosto de javali

Temos p→q e a equivalência pode ser ~q→~p, mas não temos essa opção.
Portanto, deve ser ~p∨q
Não gosto de capivara ou gosto de javali.

Referências
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo: Nobel – 2002.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier,
2013.

LEIS DE DEMORGAN

Negação de uma proposição composta


Definição: Quando se nega uma proposição composta primitiva, gera-se outra proposição também composta e equi-
valente à negação de sua primitiva.
Ou seja, muitas vezes para os exercícios teremos que saber qual a equivalência da negação para compor uma frase, por
exemplo.

Negação de uma conjunção (Lei de Morgan)


Para negar uma conjunção, basta negar as partes e trocar o conectivo conjunção pelo conectivo disjunção.
~(p ∧ q) ⇔ (~p ∨ ~q)
p q ~p ~q p∧q ~(p ∧ q) ~p ∨ ~q
V V F F V F F
V F F V F V V
F V V F F V V
F F V V F V V

Negação de uma disjunção (Lei de Morgan)


Para negar uma disjunção, basta negar as partes e trocar o conectivo-disjunção pelo conectivo-conjunção.
~(p ∨ q) ⇔ (~p ∧ ~q)

p q ~p ~q p∨q ~(p ∨ q) ~p ∧ ~q
V V F F V F F
V F F V V F F
F V V F V F F
F F V V F V V

23
RACIOCÍNIO LÓGICO

Resumindo as negações, quando é conjunção nega as duas e troca por “ou”


Quando for disjunção, nega tudo e troca por “e”.
Negação de uma disjunção exclusiva
~(p ∨ q) ⇔ (p ↔ q)
p q p∨q ~( p∨q) p↔q
V V F V V
V F V F F
F V V F F
F F F V V

Negação de uma condicional


Famoso MANE
Mantém a primeira e nega a segunda.
~(p → q) ⇔ (p ∧ ~q)
p q p→q ~q ~(p → q) p ∧ ~q
V V V F F F
V F F V V V
F V V F F V
F F V V F F

Negação de uma bicondicional


~(p ↔ q) = ~[(p → q) ∧ (q → p)] ⇔ [(p ∧ ~q) ∨ (q ∧ ~p)]
~[(p → q) ∧ [(p ∧ ~q) ∨
P Q p ↔ q p → q q → p p → q) ∧ (q → p)] p ∧ ~q q ∧ ~p
(q → p)] (q ∧ ~p)]
V V V V V V F F F F
V F F F V F V V F V
F V F V F F V F V V
F F V V V V F F F F

Dupla negação (Teoria da Involução)


De uma proposição simples: p ⇔ ~ (~p)
P ~P ~ (~p)
V F V
F V F

b) De uma condicional: Definição: A dupla negação de uma condicional dá-se da seguinte forma: nega-se a 1ª parte da
condicional, troca-se o conectivo-condicional pela disjunção e mantém-se a 2a parte.
Demonstração: Seja a proposição primitiva: p → q nega-se pela 1a vez: ~(p → q) ⇔ p ∧ ~q nega-se pela 2a vez: ~(p
∧ ~q) ⇔ ~p ∨ q
Conclusão: Ao negarmos uma proposição primitiva duas vezes consecutivas, a proposição resultante será equivalente
à sua proposição primitiva. Logo, p → q ⇔ ~p ∨ q

Questões
01. (CORREIOS – Engenheiro de Segurança do Trabalho Júnior – IADES/2017) Qual é a negação da proposição
“Engenheiros gostam de biológicas e médicos gostam de exatas.”?
(A) Engenheiros não gostam de biológicas ou médicos não gostam de exatas.
(B) Engenheiros não gostam de biológicas e médicos gostam de exatas.
(C) Engenheiros não gostam de biológicas ou médicos gostam de exatas.
(D) Engenheiros gostam de biológicas ou médicos não gostam de exatas.
(E) Engenheiros não gostam de biológicas e médicos não gostam de exatas.

02. (ARTES - Agente de Fiscalização à Regulação de Transporte - Tecnologia de Informação - FCC/2017) A afirma-
ção que corresponde à negação lógica da frase ‘Vendedores falam muito e nenhum estudioso fala alto’ é:
(A) ‘Nenhum vendedor fala muito e todos os estudiosos falam alto’.
(B) ‘Vendedores não falam muito e todos os estudiosos falam alto’.
(C) ‘Se os vendedores não falam muito, então os estudiosos não falam alto’.
(D) ‘Pelo menos um vendedor não fala muito ou todo estudioso fala alto’.
(E) ‘Vendedores não falam muito ou pelo menos um estudioso fala alto’

24
RACIOCÍNIO LÓGICO

03. (IGP/RS – Perito Criminal 0 FUNDATEC/2017) A Proposição Q: A empresa alegou ter pago suas obriga-
negação da proposição “Todos os homens são afetuosos” ções previdenciárias, mas não apresentou os comprovantes
é: de pagamento.
(A) Toda criança é afetuosa. A proposição Q, anteriormente apresentada, está pre-
(B) Nenhum homem é afetuoso. sente na proposição P do texto CB1A5AAA.
(C) Todos os homens carecem de afeto. A negação da proposição Q pode ser expressa por:
(D) Pelo menos um homem não é afetuoso.
(E) Todas as mulheres não são afetuosas.
(A) A empresa não alegou ter pago suas obrigações
04. (TRT – Analista Judiciário – FCC/2017) Uma afir- previdenciárias ou apresentou os comprovantes de paga-
mação que corresponda à negação lógica da afirmação: mento.
todos os programas foram limpos e nenhum vírus perma- (B) A empresa alegou ter pago suas obrigações previ-
neceu, é: denciárias ou não apresentou os comprovantes de paga-
mento.
(A) Se pelo menos um programa não foi limpo, então (C)A empresa alegou ter pago suas obrigações previ-
algum vírus não permaneceu. denciárias e apresentou os comprovantes de pagamento.
(B) Existe um programa que não foi limpo ou pelo me-
(D) A empresa não alegou ter pago suas obrigações
nos um vírus permaneceu.
(C) Nenhum programa foi limpo e todos os vírus per- previdenciárias nem apresentou os comprovantes de pa-
maneceram. gamento.
(D) Alguns programas foram limpos ou algum vírus
não permaneceu.
(E) Se algum vírus permaneceu, então nenhum progra- 09. (DPE/RS – Analista – FCC/2017) Considere a afir-
ma foi limpos. mação:
Ontem trovejou e não choveu.
05. (TRF 1ª REGIÃO – cargos de nível superior – CES- Uma afirmação que corresponde à negação lógica des-
PE/2017) Em uma reunião de colegiado, após a aprovação
de uma matéria polêmica pelo placar de 6 votos a favor e 5 ta afirmação é
contra, um dos 11 presentes fez a seguinte afirmação: “Bas- (A) se ontem não trovejou, então não choveu.
ta um de nós mudar de ideia e a decisão será totalmente (B) ontem trovejou e choveu.
modificada.” (C) ontem não trovejou ou não choveu.
Considerando a situação apresentada e a proposição (D) ontem não trovejou ou choveu.
correspondente à afirmação feita, julgue o próximo item. (E) se ontem choveu, então trovejou.
A negação da proposição pode ser corretamente ex-
pressa por “Basta um de nós não mudar de ideia ou a deci-
são não será totalmente modificada”. 10. (DPE/RS – Analista – FCC/2017) Considere a afir-
Certo Errado mação:
Se sou descendente de italiano, então gosto de macar-
06. (TRF 1ª REGIÃO – Cargos de nível médio – CES- rão e gosto de parmesão.
PE/2017) A partir da proposição P: “Quem pode mais, cho-
Uma afirmação que corresponde à negação lógica des-
ra menos.”, que corresponde a um ditado popular, julgue o
ta afirmação é
próximo item.
A negação da proposição P pode ser expressa por (A) Sou descendente de italiano e, não gosto de macar-
“Quem não pode mais, não chora menos” rão ou não gosto de parmesão.
Certo Errado (B) Se não sou descendente de italiano, então não gos-
to de macarrão e não gosto de parmesão.
07. (CFF – Analista de Sistema – INAZ DO PARÁ/2017) (C) Se gosto de macarrão e gosto de parmesão, então
Dizer que não é verdade que “Todas as farmácias estão não sou descendente de italiano.
abertas” é logicamente equivalente a dizer que: (D) Não sou descendente de italiano e, gosto de ma-
carrão e não gosto de parmesão.
(A) “Toda farmácia está aberta”. (E) Se não gosto de macarrão e não gosto de parme-
(B) “Nenhuma farmácia está aberta”. são, então não sou descendente de italiano.
(C) “Todas as farmácias não estão abertas”.
(D) “Alguma farmácia não está aberta”.
(E) “Alguma farmácia está aberta”. Respostas
08. (TRT 7ª REGIÃO – Conhecimentos básicos cargos 01. Resposta: A.
1, 2, 7 e 8 – CESPE/2017) Texto CB1A5AAA – Proposição P Nega as duas e muda o conectivo para ou
A empresa alegou ter pago suas obrigações previden-
|Engenheiros não gostam de biológicas OU médicos
ciárias, mas não apresentou os comprovantes de paga-
não gostam de exatas.
mento; o juiz julgou, pois, procedente a ação movida pelo
ex-empregado.

25
RACIOCÍNIO LÓGICO

02. Resposta: E.
Nega as duas e coloca ou. SEQUËNCIA LÓGICA
Vendedores não falam muito
Para negar nenhum, devemos colocar pelo menos e a
afirmativa
Pelo menos um estudioso fala muito. As sequências lógicas aparecem com frequências nas
provas de concurso. São vários tipos: números, letras, figu-
OBS: Se fosse Todos a negação seria pelo menos 1 es- ras, baralhos, dominós e como é um assunto muito abran-
tudioso não fala muito. gente, e pode ser pedido de qualquer forma, o que ajudará
nos estudos serão as práticas de exercícios e algumas dicas
03. Resposta: D. que darei. Em cada exemplo, darei algumas dicas para toda
Para negar todos, colocamos pelo menos um... vez que você visualizar esse tipo de questão já ajude a ana-
E negamos a frase. lisar que tipo será. Vamos lá?
Pelo menos um homem não é afetuoso.
Sequência de Números
04. Resposta:B.
Pode ser feita por soma, subtração, divisão, multipli-
Negação de Todos: Pelo menos um (existe um, alguns)
e a negação: cação.
Pelo menos um programa não foi limpo. Mas lembre-se, se estamos falando de SEQUÊNCIA, ela
Negação de nenhum : pelo menos um e a afirmação. vai seguir um padrão, basta você achar esse padrão, alguns
Pelo menos um vírus permaneceu. serão mais difíceis, outro beeem fácil e não se assuste se
Ou achar rápido, não terá uma “PEGADINHA”, será isso e pon-
Alguns vírus permaneceram. to.
Vamos ver alguns tipos de sequências:
05. Resposta: Errado.
CUIDADO! -Progressão Aritmética
O basta traz sentido de condicional. 2 5 8 11
Se um de nós mudar de ideia, então a decisão será
totalmente modificada. Progressão aritmética sempre terá a mesma razão.
Portanto, mantém a primeira e nega a segunda (MANÈ) No nosso exemplo, a razão é 3, pois para cada número
Basta um de nós mudar de ideia e a decisão não será seguinte, temos que somar 3.
totalmente modificada.
-Progressão Geométrica
06. Resposta: Errado. 9 18 36 72
Negação de uma condicional: mantém a primeira e
nega a segunda. E agora para essa nova sequência?
Se somarmos 9, não teremos uma sequência, então
07. Resposta: D. não é soma.
Para negar todos: pelo menos uma, alguma, existe uma O próximo que tentamos é a multiplicação,9x2=18
Alguma farmácia não está aberta. 18x2=36
36x2=72
08. Resposta: A.
Opa, deu certo?
Nega as duas e troca por “e” por “ou”
Progressão geométrica de razão 2.
A empresa não alegou ter pago suas obrigações previ-
denciárias ou apresentou os comprovantes de pagamento.
-Incremento em Progressão
09. Resposta: D. 1 2 4 7
Negação de ontem trovejou: ontem não trovejou
Negação de não choveu: choveu Observe que estamos somando 1 a mais para cada nú-
Ontem não trovejou ou choveu. mero.
1=1=2
10. Resposta: A. 2+2=4
Negação de condicional: mantém a primeira e nega a 4+3=7
segunda.
Negação de conjunção: nega as duas e troca “e” por “ou” -Série de Fibonacci
Vamos fazer primeiro a negação da conjunção: gosto 1 1 2 3 5 8 13
de macarrão e gosto de parmesão. Cada termo é igual à soma dos dois anteriores.
Não gosto de macarrão ou não gosto de parmesão.
-Números Primos
Sou descendente de italiano e não gosto de macarrão 2 3 5 7 11 13 17
ou não gosto de parmesão. Naturais que possuem apenas dois divisores naturais.

26
RACIOCÍNIO LÓGICO

-Quadrados Perfeitos Resolução


1 4 9 16 25 36 49 Primeiro tentamos número de sílabas ou letras.
Números naturais cujas raízes são naturais. Letras já não deu certo.

Exemplo 1 Galo=4
Pato=4
(UFPB – Administrador – IDECAN/2016) Considere a Carneiro=8
sequência numérica a seguir: Cobra=4
3, 6, 3, 3, 2, 5/3, 11/9. . . Jacaré=6
Não tem um padrão
Sabendo-se que essa sequência obedece uma regra de
formação a partir do terceiro termo, então o denominador Número de sílabas
do próximo termo da sequência é: Está dividido em 2 e 3 e sem padrões
(A) 9.
(B) 11. Começadas com as letras dos meses?não...
(C) 26. Difícil...
(D) 27. São animais, então:

Resolução Galo e pato são aves


Quando há uma sequência que não parece progressão Cobra e jacaré são répteis
aritmética ou geométrica, devemos “apelar” para soma os O carneiro é mamífero, se estão aos pares, devemos
dois anteriores, soma 1, e assim por diante. procurar outro mamífero que no caso é o boi
No caso se somarmos os dois primeiros para dar o ter- Resposta: A.
ceiro: 3+6=9
Para dar 3, devemos dividir por 3: 9/3=3 Exemplo 2
Vamos ver se ficará certo com o restante (IBGE - Técnico em Informações Geográficas e Esta-
6+3=9 tísticas – FGV/2016) Considere a sequência infinita
9/3=3
3+2=5 IBGEGBIBGEGBIBGEG...
5/3
Opa...parece que deu certo A 2016ª e a 2017ª letras dessa sequência são, respec-
Então: tivamente:
(A) BG;
(B) GE;
(C) EG;
(D) GB;
(E) BI.

Resposta: E.
Resposta: D.
É uma sequência com 6
Sequência de Letras Cada letra equivale a sequência
Sobre a sequência de Letras, fica um pouco mais difícil I=1
de falar, pois podem ser de vários tipos. B=2
Às vezes temos que substituir por números, outras ana- G=3
lisar o padrão de como aparecem. Vamos ver uns exemplos? E=4
G=5
Exemplo 1 B=0
(AGERIO – Analista de Desenvolvimento – FDC/2015)
Considerando a sequência de vocábulos: 2016/6=336 resta 0
galo - pato - carneiro - X - cobra – jacaré 2017/6=336 resta 1
Portanto, 2016 será a letra B, pois resta 0, será equiva-
A alternativa lógica que substitui X é: lente a última letra

(A) boi E 2017 será a letra I, pois resta 1 e é igual a primeira


(B) siri letra.
(C) sapo
(D) besouro
(E) gaivota

27
RACIOCÍNIO LÓGICO

Sequência de Figuras 02. (DESENBAHIA – Técnico Escriturário - INSTITU-


Do mesmo modo que a sequência de letras, é um tema TO AOCP/2017) Uma máquina foi programada para dis-
abrangente, pois a banca pode pedir a figura que convém. tribuir senhas para atendimento em uma agência bancária
alternando algarismos e letras do alfabeto latino, no qual
(FACEPE – Assistente em Gestão de Ciência e Tecno- estão inclusas as letras K, W e Y, sendo a primeira senha
logia – UPENET/2015) Assinale a alternativa que contém o número 2, a segunda a letra A, e sucessivamente na se-
a próxima figura da sequência. guinte forma: (2; A; 5; B; 8; C; ...). Com base nas informações
mencionadas, é correto afirmar que a 51ª e a 52ª senhas,
respectivamente, são:
(A) 69 e Z.
(B) 90 e Y.
(C) T e 88.
(A) (D) 77 e Z.
(E) Y e 100.

03. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017)  Na


(B) figura abaixo, encontram-se representadas três etapas da
construção de uma sequência elaborada a partir de um
triângulo equilátero.

(C)

(D)

Na etapa 1, marcam-se os pontos médios dos lados


(E) do triângulo equilátero e retira-se o triângulo com vértices
nesses pontos médios, obtendo-se os triângulos pretos. Na
etapa 2, marcam-se os pontos médios dos lados dos triân-
gulos pretos obtidos na etapa 1 e retiram-se os triângulos
com vértices nesses pontos médios, obtendo-se um novo
Resposta: B. conjunto de triângulos pretos. A etapa 3 e as seguintes
Primeiro risco vai na parte de baixo, depois do lado mantêm esse padrão de construção.
E depois 2 riscos e assim por diante.
Então nossa figura terá que ter 3 riscos, mas a B ou D? Mantido o padrão de construção acima descrito, o nú-
É a B, pois o risco de cima, tem que ser o maior de mero de triângulos pretos existentes na etapa 7 é
todos.
(A) 729.
Questões (B) 1.024.
01. ( TRE/RJ - Técnico Judiciário - Operação de (C) 2.187.
Computadores – CONSULPLAN/2017) Os termos de uma (D) 4.096.
determinada sequência foram sucessivamente obtidos se- (E) 6.561.
guindo um determinado padrão:
04. (SESAU/RO – Enfermeiro – FUNRIO/2017) Ob-
(5, 9, 17, 33, 65, 129...) serve a sequência: 43, 46, 50, 55, 61, ...

O décimo segundo termo da sequência anterior é um O próximo termo é o:


número (A) 65.
(B) 66.
(A) menor que 8.000. (C) 67.
(B) maior que 10.000. (D) 68.
(C) compreendido entre 8.100 e 9.000. (E) 69.
(D) compreendido entre 9.000 e 10.000.

28
RACIOCÍNIO LÓGICO

05. (TRT 24ª REGIÃO – Analista Judiciário – (A) 5.


FCC/2017) Na sequência 1A3E; 5I7O; 9U11A; 13E15I; (B) 4.
17O19U; 21A23E; . . ., o 12° termo é formado por algaris- (C) 6.
mos e pelas letras (D) 7.
(A) EI. (E) 8.
(B) UA.
(C) OA. 10. (CODAR – Recepcionista – EXATUS/2016) A se-
(D) IO. quência numérica (99; 103; 96; 100; 93; 97; ...) possui deter-
(E) AE. minada lógica em sua formação. O número corresponden-
te ao décimo elemento dessa sequência é:
06. (EBSERH – Assistente Administrativo –
IBFC/2017) Considerando a sequência de figuras @, % , &, (A) 91
(B) 88.
# , @, %, &, #,..., podemos dizer que a figura que estará na
(C) 87
117ª posição será:
(D) 84
(A) @
(B) %
(C) & Respostas
(D) #
(E) $ 01. Resposta: C.
Os termos tem uma sequência começando por 2²+1
07. (IF/PE – Técnico em Eletrotécnica – IFPE/0217) Portanto, para sabermos o 12º termo, fazemos
Considere a seguinte sequência de figuras formadas por 213+1=8193
círculos:
02. Resposta: D.
A 51ª senha segue a sequência ímpar que são: (2, 5,
8,...)
51/2=25 e somamos 1, para saber qual posição ocupa-
rá na sequência. Portanto será a 26
A26=a1+25r
Continuando a sequência de maneira a manter o mes- A26=2+25⋅3
mo padrão geométrico, o número de círculos da Figura 18 é: A26=2+75=77
(A) 334.
(B) 314. A 52ª senha ocupará a posição 26 também, mas na se-
(C) 342. quência par, ou seja, a 26ª letra do alfabeto que é a letra Z.
(D) 324.
(E) 316. 03 Resposta:C
É uma PG de razão 3 e o a1 também é 3.
08. (CODEBA – Guarda Portuário – FGV/2016) Para
passar o tempo, um candidato do concurso escreveu a si-
gla CODEBA por sucessivas vezes, uma após a outra, for-
mando a sequência:
C O D E B A C O D E B A C O D E B A C O D ... 04. Resposta: D.
Observe que de 43 para 46 são 3
A 500ª letra que esse candidato escreveu foi: 50-46=4
55-50=5
(A) O 61-55=6
(B) D Portanto, o próximo será somando 7
(C) E 61+7=68
(D) B
(E) A 05. Resposta: D.
A partir do 5º termo começa a repetir as letras, por-
09. (MPE/SP – Oficial de Promotoria I – VU- tanto:
NESP/2016) A sequência ((3, 5); (3, 3, 3); (5; 5); (3, 3, 5); 12/5=2 e resta 2
...) tem como termos sequências contendo apenas os nú- Assim, será igual ao segundo termo, IO.
meros 3 ou 5. Dentro da lógica de formação da sequência,
cada termo, que também é uma sequência, deve ter o me- 06. Resposta: A.
nor número de elementos possível. Dessa forma, o número 117/4=29 e resta 1
de elementos contidos no décimo oitavo termo é igual a: Portanto, é igual a figura 1 @

29
RACIOCÍNIO LÓGICO

07. Resposta: D.
Figura 1:1 PRINCÍPIOS DE CONTAGEM E
Figura 2:4 PROBABILIDADE
Figura 3:9
Figura 4:16
O número de círculos é o quadrado da posição
Figura 18: 18²=324
Análise Combinatória
08. Resposta: A.
É uma sequência com 6 letras: A Análise Combinatória é a área da Matemática que
500/6=83 e resta 2 trata dos problemas de contagem.
C=1
O=2 Princípio Fundamental da Contagem
D=3
E=4 Estabelece o número de maneiras distintas de ocorrên-
B=5 cia de um evento composto de duas ou mais etapas.
A=0 Se uma decisão E1 pode ser tomada de n1 modos e, a
decisão E2 pode ser tomada de n2 modos, então o número
Como restaram 2, então será igual a O. de maneiras de se tomarem as decisões E1 e E2 é n1.n2.
09. Resposta: A. Exemplo
Vamos somar os números:
3+5=8
3+3+3=9
5+5=10
3+3+5=11
Observe que
os termos formam uma PA de razão 1.
a18=?
a18=a1+17r
a18=8+17
a18=25
O número de maneiras diferentes de se vestir é:2(cal-
Para dar 25, com o menor número de elementos possí-
veis, devemos ter (5,5,5,5,5) ças). 3(blusas)=6 maneiras

10. Resposta: A. Fatorial


A princípio, queremos ver a sequência com os termos
seguidos mesmo, o que seria: É comum nos problemas de contagem, calcularmos o
99+4=103 produto de uma multiplicação cujos fatores são números
103-7=96 naturais consecutivos. Para facilitar adotamos o fatorial.
96+4=100
100-7=93
Alternando essa sequência, mas se conseguirmos vi-
sualizar uma outra maneira, ficará mais fácil.
Arranjo Simples
Observe que os termos ímpares (a1,a3,a5...)formam
uma PA de razão r=-3 Denomina-se arranjo simples dos n elementos de E, p a
Os termos pares (a2,a4,a6..) formam uma PA de razão p, toda sequência de p elementos distintos de E.
também r=-3

Como a10 é par, devemos tomar como base a sequên-


cia par, mas para isso, vamos lembrar que se estamos tra-
tando apenas dela, a10=a5
Pois, devemos transformar o a2 em a1 e assim por
diante.
A5=a1+4r
A5=103-12
A5=31

30
RACIOCÍNIO LÓGICO

Exemplo Exemplo
Usando somente algarismos 5, 6 e 7. Quantos números Quantos anagramas tem a palavra PARALELEPÍPEDO?
de 2 algarismos distintos podemos formar? Solução
Se todos as letras fossem distintas, teríamos 14! Per-
mutações. Como temos uma letra repetida, esse número
será menor.
Temos 3P, 2A, 2L e 3 E

Combinação Simples
Dado o conjunto {a1, a2, ..., an} com n objetos distintos,
podemos formar subconjuntos com p elementos. Cada sub-
conjunto com i elementos é chamado combinação simples.

Exemplo
Calcule o número de comissões compostas de 3 alunos
que podemos formar a partir de um grupo de 5 alunos.
Solução
Observe que os números obtidos diferem entre si:
Pela ordem dos elementos: 56 e 65
Pelos elementos componentes: 56 e 67
Cada número assim obtido é denominado arranjo sim-
ples dos 3 elementos tomados 2 a 2. Números Binomiais
O número de combinações de n elementos, tomados
Indica-se p a p, também é representado pelo número binomial .

Binomiais Complementares
Permutação Simples Dois binomiais de mesmo numerador em que a soma
Chama-se permutação simples dos n elementos, qual- dos denominadores é igual ao numerador são iguais:
quer agrupamento(sequência) de n elementos distintos de
E.
O número de permutações simples de n elementos é
indicado por Pn.
Relação de Stifel

Exemplo
Quantos anagramas tem a palavra CHUVEIRO?
Solução Triângulo de Pascal
A palavra tem 8 letras, portanto:

Permutação com elementos repetidos


De modo geral, o número de permutações de n ob-
jetos, dos quais n1 são iguais a A, n2 são iguais a B, n3 são
iguais a C etc.

31
RACIOCÍNIO LÓGICO

03. (IF/ES – Administrador – IFES/2017) Seis livros


diferentes estão distribuídos em uma estante de vidro, con-
forme a figura abaixo:

Binômio de Newton
Denomina-se binômio de Newton todo binômio da Considerando-se essa mesma forma de distribuição,
forma , com n∈N. Vamos desenvolver alguns bi- de quantas maneiras distintas esses livros podem ser orga-
nômios: nizados na estante?
(A) 30 maneiras
(B) 60 maneiras
(C) 120 maneiras
(D) 360 maneiras
(E) 720 maneiras

04. (UTFPR - Técnico de Tecnologia da Informação


– UTFPR/2017) Em um carro que possui 5 assentos, irão
Observe que os coeficientes dos termos formam o viajar 4 passageiros e 1 motorista. Assinale a alternativa
triângulo de Pascal. que indica de quantas maneiras distintas os 4 passageiros
podem ocupar os assentos do carro.
(A) 13.
(B) 26.
(C) 17.
(D) 20.
(E) 24.

Questões 05. (UTFPR - Técnico de Tecnologia da Informação –


UTFPR/2017) A senha criada para acessar um site da inter-
01. (UFES - Assistente em Administração – net é formada por 5 dígitos. Trata-se de uma senha alfanu-
UFES/2017) Uma determinada família é composta por pai, mérica. André tem algumas informações sobre os números
por mãe e por seis filhos. Eles possuem um automóvel de e letras que a compõem conforme a figura.
oito lugares, sendo que dois lugares estão em dois ban-
cos dianteiros, um do motorista e o outro do carona, e os
demais lugares em dois bancos traseiros. Eles viajarão no
automóvel, e o pai e a mãe necessariamente ocuparão um
dos dois bancos dianteiros. O número de maneiras de dis-
por os membros da família nos lugares do automóvel é
igual a:
Sabendo que nesta senha as vogais não se repetem e
(A) 1440 também não se repetem os números ímpares, assinale a
(B) 1480 alternativa que indica o número máximo de possibilidades
(C) 1520 que existem para a composição da senha.
(D) 1560 (A) 3125.
(E) 1600 (B) 1200.
(C) 1600.
02. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) To- (D) 1500.
mando os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, quantos números (E) 625.
pares de 4 algarismos distintos podem ser formados?
06. (CELG/GT/GO – Analista de Gestão – CSUF-
(A) 120. GO/2017) Uma empresa de limpeza conta com dez faxi-
(B) 210. neiras em seu quadro. Para atender três eventos em dias
(C) 360. diferentes, a empresa deve formar três equipes distintas,
(D) 630. com seis faxineiras em cada uma delas. De quantas manei-
(E) 840. ras a empresa pode montar essas equipes?

32
RACIOCÍNIO LÓGICO

(A) 210 04. Resposta: E.


(B) 630 P4=4!= 4⋅3⋅2⋅1=24
(C) 15.120
(D) 9.129.120 05. Resposta: B.
Vogais: a, e, i, o, u
07. (UPE – Técnico em Administração – UPENET/ Números ímpares: 1,3,5,7,9
IAUPE – 2017) No carro de João, tem vaga apenas para
3 dos seus 8 colegas. De quantas formas diferentes, João
pode escolher os colegas aos quais dá carona?
(A) 56
(B) 84
(C) 126 5⋅5⋅4⋅4⋅3=1200
(D) 210
(E) 120 06. Resposta: D.

08. (UPE – Técnico em Administração – UPENET/


IAUPE – 2017) Num grupo de 15 homens e 9 mulheres,
quantos são os modos diferentes de formar uma comissão Como para os três dias têm que ser diferentes:
composta por 2 homens e 3 mulheres? __ __ __
(A) 4725 210⋅209⋅208=9129120
(B) 12600
(C) 3780 07. Resposta: A.
(D) 13600
(E) 8820

09. (SESAU/RO – Enfermeiro – FUNRIO/2017) Um


torneio de futebol de várzea reunirá 50 equipes e cada
equipe jogará apenas uma vez com cada uma das outras. 08. Resposta: E.
Esse torneio terá a seguinte quantidade de jogos:
(A) 320.
(B) 460.
(C) 620.
(D) 1.225.
(E) 2.450.

10. (IFAP – Engenheiro de Segurança do Trabalho 09. Resposta: D.


– FUNIVERSA/2016) Considerando-se que uma sala de
aula tenha trinta alunos, incluindo Roberto e Tatiana, e que
a comissão para organizar a festa de formatura deva ser
composta por cinco desses alunos, incluindo Roberto e Ta-
tiana, a quantidade de maneiras distintas de se formar essa 10. Resposta: D.
comissão será igual a:
(A) 3.272. Roberto Tatiana __ ___ ___
(B) 3.274.
(C) 3.276. São 30 alunos, mas vamos tirar Roberto e Tatiana que
(D) 3.278. terão que fazer parte da comissão.
(E) 3.280. 30-2=28

Respostas

01. Resposta: A.
P2⋅P6=2!⋅6!=2⋅720=1440
Experimento Aleatório
02. Resposta: C.
__ ___ __ __ Qualquer experiência ou ensaio cujo resultado é im-
6⋅ 5⋅ 4⋅ 3=360 previsível, por depender exclusivamente do acaso, por
exemplo, o lançamento de um dado.
03. Resposta: E.
P6=6!=6⋅5⋅4⋅3⋅2⋅1=720

33
RACIOCÍNIO LÓGICO

Espaço Amostral Note que


Num experimento aleatório, o conjunto de todos os
resultados possíveis é chamado espaço amostral, que se
indica por E.
No lançamento de um dado, observando a face volta- Exemplo
da para cima, tem-se: Uma bola é retirada de uma urna que contém bolas
E={1,2,3,4,5,6} coloridas. Sabe-se que a probabilidade de ter sido retira-
No lançamento de uma moeda, observando a face vol- da uma bola vermelha é Calcular a probabilidade de ter
tada para cima: sido retirada uma bola que não seja vermelha.
E={Ca,Co}
Solução
Evento
É qualquer subconjunto de um espaço amostral.
No lançamento de um dado, vimos que são complementares.
E={1,2,3,4,5,6}
Esperando ocorrer o número 5, tem-se o evento {5}:
Ocorrer um número par, tem-se {2,4,6}.

Exemplo Adição de probabilidades


Considere o seguinte experimento: registrar as faces Sejam A e B dois eventos de um espaço amostral E,
voltadas para cima em três lançamentos de uma moeda. finito e não vazio. Tem-se:

a) Quantos elementos tem o espaço amostral?


b) Descreva o espaço amostral. Exemplo
No lançamento de um dado, qual é a probabilidade de
Solução se obter um número par ou menor que 5, na face superior?
a) O espaço amostral tem 8 elementos, pois cada lan-
çamento, há duas possibilidades. Solução
E={1,2,3,4,5,6} n(E)=6
2x2x2=8 Sejam os eventos
b) E={(C,C,C), (C,C,R),(C,R,C),(R,C,C),(R,R,C),(R,C,R),(- A={2,4,6} n(A)=3
C,R,R),(R,R,R)} B={1,2,3,4} n(B)=4

Probabilidade
Considere um experimento aleatório de espaço amos-
tral E com n(E) amostras equiprováveis. Seja A um evento
com n(A) amostras.

Probabilidade Condicional
Eventos complementares É a probabilidade de ocorrer o evento A dado que
Seja E um espaço amostral finito e não vazio, e seja A ocorreu o evento B, definido por:
um evento de E. Chama-se complementar de A, e indica-se
por , o evento formado por todos os elementos de E que
não pertencem a A.
E={1,2,3,4,5,6}, n(E)=6
B={2,4,6} n(B)=3
A={2}

34
RACIOCÍNIO LÓGICO

Eventos Simultâneos 06. (PREF. DE PIRAUBA/MG – Assistente Social –


Considerando dois eventos, A e B, de um mesmo espa- MSCONCURSOS/2017) A probabilidade de qualquer uma
ço amostral, a probabilidade de ocorrer A e B é dada por: das 3 crianças de um grupo soletrar, individualmente, a pa-
lavra PIRAÚBA de forma correta é 70%. Qual a probabili-
dade das três crianças soletrarem essa palavra de maneira
errada?
Questões (A) 2,7%
(B) 9%
01. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Em (C) 30%
cada um de dois dados cúbicos idênticos, as faces são nu- (D) 35,7%
meradas de 1 a 6. Lançando os dois dados simultaneamen-
te, cuja ocorrência de cada face é igualmente provável, a 07. (UFTM – Tecnólogo – UFTM/2016) Lançam-se si-
probabilidade de que o produto dos números obtidos seja multaneamente dois dados não viciados, a probabilidade
um número ímpar é de:
de que a soma dos resultados obtidos seja nove é:
(A) 1/4.
(A) 1/36
(B) 1/3.
(B) 2/36
(C) 1/2.
(D) 2/3. (C) 3/36
(E) 3/4. (D) 4/36

02. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária 08. (CASAN – Técnico de Laboratório – INSTITUTO
- MSCONCURSOS/2017) A uma excursão, foram 48 pes- AOCP/2016) Um empresário, para evitar ser roubado, es-
soas, entre homens e mulheres. Numa escolha ao acaso, a condia seu dinheiro no interior de um dos 4 pneus de um
probabilidade de se sortear um homem é de 5/12 . Quan- carro velho fora de uso, que mantinha no fundo de sua
tas mulheres foram à excursão? casa. Certo dia, o empresário se gabava de sua inteligência
(A) 20 ao contar o fato para um de seus amigos, enquanto um
(B) 24 ladrão que passava pelo local ouvia tudo. O ladrão tinha
(C) 28 tempo suficiente para escolher aleatoriamente apenas um
(D) 32 dos pneus, retirar do veículo e levar consigo. Qual é a pro-
babilidade de ele ter roubado o pneu certo?
03. (UPE – Técnico em Administração – UPE- (A) 0,20.
NET/2017) Qual a probabilidade de, lançados simulta- (B) 0,23.
neamente dois dados honestos, a soma dos resultados ser (C) 0,25.
igual ou maior que 10? (D) 0,27.
(A) 1/18 (E) 0,30.
(B) 1/36
(C) 1/6 09. (MRE – Oficial de Chancelaria – FGV/2016) Em
(D) 1/12 uma urna há quinze bolas iguais numeradas de 1 a 15. Re-
(E) ¼ tiram-se aleatoriamente, em sequência e sem reposição,
duas bolas da urna.
04. (UPE – Técnico em Administração – UPE-
NET/2017) Uma pesquisa feita com 200 frequentadores
A probabilidade de que o número da segunda bola re-
de um parque, em que 50 não praticavam corrida nem ca-
tirada da urna seja par é:
minhada, 30 faziam caminhada e corrida, e 80 exercitavam
(A) 1/2;
corrida, qual a probabilidade de encontrar no parque um
entrevistado que pratique apenas caminhada? (B) 3/7;
(A) 7/20 (C) 4/7;
(B) 1/2 (D) 7/15;
(C)1/4 (E) 8/15.
(D) 3/20
(E) 1/5 10. (CASAN – Advogado – INSTITUTO AOCP/2016)
Lançando uma moeda não viciada por três vezes consecu-
05. (POLÍCIA CIENTÍFICA/PR – Perito Criminal – tivas e anotando seus resultados, a probabilidade de que a
IBFC/2017) A probabilidade de se sortear um número face voltada para cima tenha apresentado ao menos uma
múltiplo de 5 de uma urna que contém 40 bolas numera- cara e ao menos uma coroa é:
das de 1 a 40, é: (A) 0,66.
(A) 0,2 (B) 0,75.
(B) 0,4 (C) 0,80.
(C) 0,6 (D) 0,98.
(D) 0,7 (E) 0,50.
(E) 0,8

35
RACIOCÍNIO LÓGICO

Respostas 09. Resposta: D.


Temos duas possibilidades
01. Resposta: A. As bolas serem par/par ou ímpar/par
Para o produto ser ímpar, a única possibilidade, é que Ser par/par:
os dois dados tenham ímpar:
Os números pares são: 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14

02. Resposta: C.
Como para homens é de 5/12, a probabilidade de es- Ímpar/par:
colher uma mulher é de 7/12
Os números ímpares são: 1, 3, 5, 7, 9, 11 ,13, 15

12x=336
X=28
A probabilida de é par/par OU ímpar/par
03. Resposta: C.
P=6x6=36
Pra ser maior ou igual a 10:
4+6
5+5
5+6 10. Resposta: B.
6+4
São seis possibilidades:
6+5
Cara, coroa, cara
6+6

Cara, coroa, coroa


04. Resposta: A.
Praticam apenas corrida: 80-30=50
Apenas caminhada:x
X+50+30+50=200
70
P=70/200=7/20 Cara, cara, coroa

05. Resposta: A.
M5={5,10,15,20,25,30,35,40}
P=8/40=1/5=0.2
Coroa, cara, cara
06. Resposta:A.
A probabilidade de uma soletrar errado: 0,3
__ __ __
0,3⋅0,3⋅0,3=0,027=2,7%
Coroa, coroa, cara
07. Resposta: D. Coroa, cara, coroa
Para dar 9, temos 4 possibilidades
3+6
6+3
4+5
5+4

P=4/36

08. Resposta: C.
A probabilidade é de 1/4, pois o carro tem 4 pneus e o
dinheiro está em 1.
1/4=0,25

36
RACIOCÍNIO LÓGICO

A Relação de inclusão possui 3 propriedades:


OPERAÇÕES COM CONJUNTO Exemplo:
{1, 3,5}⊂{0, 1, 2, 3, 4, 5}
{0, 1, 2, 3, 4, 5}⊃{1, 3,5}
Representação
-Enumerando todos os elementos do conjunto: S={1, Aqui vale a famosa regrinha que o professor ensina,
2, 3, 4, 5} boca aberta para o maior conjunto.
-Simbolicamente: B={x∈ N|2<x<8}, enumerando es-
ses elementos temos: Subconjunto
B={3,4,5,6,7} O conjunto A é subconjunto de B se todo elemento de
- por meio de diagrama: A é também elemento de B.
Exemplo: {2,4} é subconjunto de {x∈N|x é par}

Operações

União
Dados dois conjuntos A e B, existe sempre um terceiro
formado pelos elementos que pertencem pelo menos um
dos conjuntos a que chamamos conjunto união e represen-
tamos por: A∪B.
Formalmente temos: A∪B={x|x∈A ou x B}
Exemplo:
A={1,2,3,4} e B={5,6}
A∪B={1,2,3,4,5,6}

Quando um conjunto não possuir elementos chama-se


de conjunto vazio: S=∅ ou S={ }.

Igualdade
Interseção
Dois conjuntos são iguais se, e somente se, possuem A interseção dos conjuntos A e B é o conjunto formado
exatamente os mesmos elementos. Em símbolo: pelos elementos que são ao mesmo tempo de A e de B, e é
representada por : A∩B.
Simbolicamente: A∩B={x|x∈A e x∈B}

Para saber se dois conjuntos A e B são iguais, precisa-


mos saber apenas quais são os elementos.
Não importa ordem:
A={1,2,3} e B={2,1,3}
Não importa se há repetição:
A={1,2,2,3} e B={1,2,3}

Relação de Pertinência

Relacionam um elemento com conjunto. E a indicação


que o elemento pertence (∈) ou não pertence (∉) Exemplo:
Exemplo: Dado o conjunto A={-3, 0, 1, 5} A={a,b,c,d,e} e B={d,e,f,g}
0∈A A∩B={d,e}
2∉A
Diferença
Relações de Inclusão Uma outra operação entre conjuntos é a diferença, que
Relacionam um conjunto com outro conjunto. a cada par A, B de conjuntos faz corresponder o conjunto
Simbologia: ⊂(está contido), ⊄(não está contido), definido por:
⊃(contém), (não contém) A – B ou A\B que se diz a diferença entre A e B ou o
complementar de B em relação a A.

37
RACIOCÍNIO LÓGICO

A este conjunto pertencem os elementos de A que não mens que são altos e não são barbados nem carecas. Sa-
pertencem a B. be-se que existem 5 homens que são barbados e não são
altos nem carecas. Sabe-se que existem 5 homens que são
A\B = {x : x∈A e x∉B}. carecas e não são altos e nem barbados. Dentre todos es-
ses homens, o número de barbados que não são altos, mas
são carecas é igual a
(A) 4.
(B) 7.
(C) 13.
(D) 5.
(E) 8.

B-A = {x : x∈B e x∉A}. Primeiro, quando temos 3 diagramas, sempre come-


çamos pela interseção dos 3, depois interseção a cada 2 e
por fim, cada um

Exemplo:
A = {0, 1, 2, 3, 4, 5} e B = {5, 6, 7}
Então os elementos de A – B serão os elementos do
conjunto A menos os elementos que pertencerem ao con-
junto B.
Portanto A – B = {0, 1, 2, 3, 4}.

Complementar
O complementar do conjunto A( ) é o conjunto for-
mado pelos elementos do conjunto universo que não per-
tencem a A.

Se todo homem careca é barbado, não teremos apenas


homens carecas e altos.
Homens altos e barbados são 6

Fórmulas da união
n(A ∪B)=n(A)+n(B)-n(A∩B)
n(A ∪B∪C)=n(A)+n(B)+n(C)+n(A∩B∩C)-n(A∩B)-
-n(A∩C)-n(B C)

Essas fórmulas muitas vezes nos ajudam, pois ao invés


de fazer todo o diagrama, se colocarmos nessa fórmula,
o resultado é mais rápido, o que na prova de concurso é
interessante devido ao tempo.
Mas, faremos exercícios dos dois modos para você en-
tender melhor e perceber que, dependendo do exercício é
melhor fazer de uma forma ou outra.

(MANAUSPREV – Analista Previdenciário –


FCC/2015) Em um grupo de 32 homens, 18 são altos, 22
são barbados e 16 são carecas. Homens altos e barbados
que não são carecas são seis. Todos homens altos que são Sabe-se que existem 5 homens que são barbados e
carecas, são também barbados. Sabe-se que existem 5 ho- não são altos nem carecas. Sabe-se que existem 5 homens
que são carecas e não são altos e nem barbados

38
RACIOCÍNIO LÓGICO

Então o número de barbados que não são altos, mas


são carecas são 4.
Nesse exercício ficará difícil se pensarmos na fórmula,
ficou grande devido as explicações, mas se você fizer tudo
no mesmo diagrama, mas seguindo os passos, o resultado
sairá fácil.

(SEGPLAN/GO – Perito Criminal – FUNIVERSA/2015)


Suponha que, dos 250 candidatos selecionados ao cargo
de perito criminal:

1) 80 sejam formados em Física;


2) 90 sejam formados em Biologia;
3) 55 sejam formados em Química;
4) 32 sejam formados em Biologia e Física;
5) 23 sejam formados em Química e Física;
6) 16 sejam formados em Biologia e Química;
Sabemos que 18 são altos 7) 8 sejam formados em Física, em Química e em Bio-
logia.

Considerando essa situação, assinale a alternativa cor-


reta.

(A) Mais de 80 dos candidatos selecionados não são


físicos nem biólogos nem químicos.
(B) Mais de 40 dos candidatos selecionados são forma-
dos apenas em Física.
(C) Menos de 20 dos candidatos selecionados são for-
mados apenas em Física e em Biologia.
(D) Mais de 30 dos candidatos selecionados são forma-
dos apenas em Química.
(E) Escolhendo-se ao acaso um dos candidatos selecio-
nados, a probabilidade de ele ter apenas as duas forma-
ções, Física e Química, é inferior a 0,05.
Quando somarmos 5+x+6=18
X=18-11=7 Resolução
Carecas são 16
A nossa primeira conta, deve ser achar o número de
candidatos que não são físicos, biólogos e nem químicos.
n(F ∪B∪Q)=n(F)+n(B)+n(Q)+n(F∩B∩Q)-n(F∩B)-n(F∩-
Q)-n(B∩Q)
n(F ∪B∪Q)=80+90+55+8-32-23-16=162
Temos um total de 250 candidatos
250-162=88

Resposta: A.

7+y+5=16
Y=16-12
Y=4

39
RACIOCÍNIO LÓGICO

Questões 05. (SAP/SP – Agente de Segurança Penitenciária –


MSCONCURSOS/2017) Numa sala de 45 alunos, foi feita
01. (CRF/MT - Agente Administrativo – QUA- uma votação para escolher a cor da camiseta de formatura.
DRIX/2017) Num grupo de 150 jovens, 32 gostam de mú- Dentre eles, 30 votaram na cor preta, 21 votaram na cor
sica, esporte e leitura; 48 gostam de música e esporte; 60 cinza e 8 não votaram em nenhuma delas, uma vez que não
gostam de música e leitura; 44 gostam de esporte e leitu- farão as camisetas. Quantos alunos votaram nas duas cores?
(A) 6
ra; 12 gostam somente de música; 18 gostam somente de
(B) 10
esporte; e 10 gostam somente de leitura. Ao escolher ao
(C) 14
acaso um desses jovens, qual é a probabilidade de ele não (D) 18
gostar de nenhuma dessas atividades?
06. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervi-
(A) 1/75 sor – FGV/2017) Na assembleia de um condomínio, duas
(B) 39/75 questões independentes foram colocadas em votação para
(C) 11/75 aprovação. Dos 200 condôminos presentes, 125 votaram a
(D) 40/75 favor da primeira questão, 110 votaram a favor da segunda
(E) 76/75 questão e 45 votaram contra as duas questões.

02. (CRMV/SC – Recepcionista – IESES/2017) Sabe- Não houve votos em branco ou anulados.
se que 17% dos moradores de um condomínio tem gatos,
22% tem cachorros e 8% tem ambos (gatos e cachorros). O número de condôminos que votaram a favor das
duas questões foi:
Qual é o percentual de condôminos que não tem nem ga-
(A) 80;
tos e nem cachorros? (B) 75;
(C) 70;
(A) 53 (D) 65;
(B) 69 (E) 60.
(C) 72
(D) 47 07. (IFBAIANO – Assistente em Administração –
FCM/2017) Em meio a uma crescente evolução da taxa de
03. (MPE/GO – Secretário Auxiliar – MPEGO/2017) obesidade infantil, um estudioso fez uma pesquisa com um
Em uma pesquisa sobre a preferência entre dois candida- grupo de 1000 crianças para entender o comportamento
tos, 48 pessoas votariam no candidato A, 63 votariam no das mesmas em relação à prática de atividades físicas e aos
candidato B, 24 pessoas votariam nos dois; e, 30 pessoas hábitos alimentares.
não votariam nesses dois candidatos. Se todas as pessoas Ao final desse estudo, concluiu-se que apenas 200
crianças praticavam alguma atividade física de forma regu-
responderam uma única vez, então o total de pessoas en-
lar, como natação, futebol, entre outras, e apenas 400 crian-
trevistadas foi: ças tinham uma alimentação adequada. Além disso, apenas
100 delas praticavam atividade física e tinham uma alimen-
(A) 141. tação adequada ao mesmo tempo.
(B) 117. Considerando essas informações, a probabilidade de
(C) 87. encontrar nesse grupo uma criança que não tenha alimen-
(D) 105. tação adequada nem pratique atividade física de forma re-
(E) 112. gular é de:
(A) 30%.
04. (DESENBAHIA – Técnico Escriturário – INSTITU- (B) 40%.
TO AOCP/2017) Para realização de uma pesquisa sobre a (C) 50%.
preferência de algumas pessoas entre dois canais de TV, (D) 60%.
canal A e Canal B, os entrevistadores colheram as seguintes (E) 70%.
informações: 17 pessoas preferem o canal A, 13 pessoas
08. (TRF 2ª REGIÃO – Analista Judiciário – CONSUL-
assistem o canal B e 10 pessoas gostam dos canais A e
PLAN/2017) Uma papelaria fez uma pesquisa de mercado
B. Assinale a alternativa que apresenta o total de pessoas entre 500 de seus clientes. Nessa pesquisa encontrou os se-
entrevistadas. guintes resultados:

(A) 20 • 160 clientes compraram materiais para seus filhos que


(B) 23 cursam o Ensino Médio;
(C) 27 • 180 clientes compraram materiais para seus filhos que
(D) 30 cursam o Ensino Fundamental II;
(E) 40 • 190 clientes compraram materiais para seus filhos
que cursam o Ensino Fundamental I;

40
RACIOCÍNIO LÓGICO

• 20 clientes compraram materiais para seus filhos que Respostas


cursam o Ensino Médio e Fundamental I;
• 40 clientes compraram materiais para seus filhos que 01. Resposta: C.
cursam o Ensino Médio e Fundamental II;
• 30 clientes compraram materiais para seus filhos que
cursam o Ensino Fundamental I e II; e,
• 10 clientes compraram materiais para seus filhos que
cursam o Ensino Médio, Fundamental I e II.
Quantos clientes da papelaria compraram materiais,
mas os filhos NÃO cursam nem o Ensino Médio e nem o
Ensino Fundamental I e II?

(A) 50.
(B) 55.
(C) 60.
(D) 65.

09. (ANS - Técnico em Regulação de Saúde Suple-


mentar – FUNCAB/2016) Foram visitadas algumas resi-
dências de uma rua e em todas foram encontrados pelo
menos um criadouro com larvas do mosquito Aedes ae- 32+10+12+18+16+28+12+x=150
gypti. Os criadouros encontrados foram listados na tabela X=22 que não gostam de nenhuma dessas atividades
a seguir: P=22/150=11/75

P. pratinhos com água embaixo de vasos de planta. 02. Resposta: B.


R. ralos entupidos com água acumulada.
K. caixas de água destampadas

Número de criadouros
P 103
R 124
K 98
PeR 47
PeK 43
ReK 60
P, R e K 25
9+8+14+x=100
De acordo com a tabela, o número de residências vi- X=100-31
sitadas foi: X=69%
(A) 200.
(B) 150. 03. Resposta: B.
(C) 325.
(D) 500.
(E) 455.

10. (DPU – Agente Administrativo – CESPE/2016) Na


zona rural de um município, 50% dos agricultores cultivam
soja; 30%, arroz; 40%, milho; e 10% não cultivam nenhum
desses grãos. Os agricultores que produzem milho não cul-
tivam arroz e 15% deles cultivam milho e soja.
Considerando essa situação, julgue o item que se se-
gue.
Em exatamente 30% das propriedades, cultiva-se ape-
nas milho.
( )Certo ( )Errado 24+24+39+30=117

41
RACIOCÍNIO LÓGICO

04. Resposta: A. 10. Resposta: errado


N(A ∪B)=n(A)+n(B)-n(A∩B)
N(A∪B)=17+13-10=20

05. Resposta: C.
Como 8 não votaram, tiramos do total: 45-8=37
N(A ∪B)=n(A)+n(B)-n(A∩B)
37=30+21- n(A∩B)
n(A∩B)=14

06. Resposta: A.
N(A ∪B)==200-45=155
N(A ∪B)=n(A)+n(B)-n(A∩B)
155=125+110- n(A∩B)
n(A∩B)=80

07. Resposta: C.
Sendo x o número de crianças que não praticam ativi-
dade física e tem uma alimentação adequada
N(A ∪B)=n(A)+n(B)-n(A∩B)
1000-x=200+400-100
X=500 O número de pacientes que apresentaram pelo menos
P=500/1000=0,5=50% dois desses sintomas é:
Pois pode ter 2 sintomas ou três.
08. Resposta:A. 6+14+26+32=78
Sendo A=ensino médio
B fundamental I
C=fundamental II
X=quem comprou material e os filhos não cursam en-
sino médio e nem ensino fundamental RACIOCÍNIO LÓGICO ENVOLVENDO
n(A∪B∪C) =n(A)+n(B)+n(C)+n(A∩B∩C)-n(A∩B)- PROBLEMAS ARITMÉTICOS,
-n(A∩C)-n(B∩C) GEOMÉTRICOS E MATRICIAIS.
500-x=160+190+180+10-20-40-30
X=50

09. Resposta: A. Números Naturais


Os números naturais são o modelo mate-
mático necessário para efetuar uma contagem.
Começando por zero e acrescentando sempre uma unida-
de, obtemos o conjunto infinito dos números naturais.

- Todo número natural dado tem um sucessor


a) O sucessor de 0 é 1.
b) O sucessor de 1000 é 1001.
c) O sucessor de 19 é 20.

Usamos o * para indicar o conjunto sem o zero.

- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um


antecessor (número que vem antes do número dado).
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente
de zero.
38+20+42+18+25+22+35=200 residências a) O antecessor do número m é m-1.
Ou fazer direto pela tabela: b) O antecessor de 2 é 1.
P+R+K+(P∩R∩K)-( P∩R)- (R∩K)-(P∩K) c) O antecessor de 56 é 55.
103+124+98+25-60-43-47=200 d) O antecessor de 10 é 9.

42
RACIOCÍNIO LÓGICO

Expressões Numéricas 1º) Decimais exatos: quando dividirmos a fração, o núme-


Nas expressões numéricas aparecem adições, subtra- ro decimal terá um número finito de algarismos após a vírgula.
ções, multiplicações e divisões. Todas as operações podem
acontecer em uma única expressão. Para resolver as ex-
pressões numéricas utilizamos alguns procedimentos:

Se em uma expressão numérica aparecer as quatro


operações, devemos resolver a multiplicação ou a divisão
primeiramente, na ordem em que elas aparecerem e so-
mente depois a adição e a subtração, também na ordem
em que aparecerem e os parênteses são resolvidos primei-
ro.
2º) Terá um número infinito de algarismos após a vír-
Exemplo 1 gula, mas lembrando que a dízima deve ser periódica para
10 + 12 – 6 + 7 ser número racional.
22 – 6 + 7 OBS: período da dízima são os números que se repe-
16 + 7 tem, se não repetir não é dízima periódica, e sim números
23 irracionais, que trataremos mais a frente.

Exemplo 2
40 – 9 x 4 + 23
40 – 36 + 23
4 + 23
27

Exemplo 3
25-(50-30)+4x5
25-20+20=25 Representação Fracionária dos Números Decimais
1ºcaso) Se for exato, conseguimos sempre transformar
Números Inteiros com o denominador seguido de zeros.
 Podemos dizer que este conjunto é composto pelos O número de zeros depende da casa decimal. Para uma casa,
números naturais, o conjunto dos opostos dos números um zero (10) para duas casas, dois zeros(100) e assim por diante.
naturais e o zero. Este conjunto pode ser representado por:

Z-{...,-3,-2,-1,0,1,2,3...}
Subconjuntos do conjunto  :
1)Z*={...-3,-2,-1, 1, 1, 2, 3...}
2) Z+={0,1,2,3,...}
3) Z-={...,-3,-2,-1}

Números Racionais
Chama-se de número racional a todo número que
pode ser expresso na forma , onde a e b são inteiros
quaisquer, com b≠0 2ºcaso) Se dízima periódica é um número racional, en-
São exemplos de números racionais: tão como podemos transformar em fração?
-12/51 Exemplo 1
-3 Transforme a dízima 0, 333... em fração.
-(-3) Sempre que precisar transformar, vamos chamar a dízi-
-2,333... ma dada de x, ou seja
X=0,333...
As dízimas periódicas podem ser representadas por Se o período da dízima é de um algarismo, multiplica-
fração, portanto são consideradas números racionais. mos por 10.
Como representar esses números? 10x=3,333...
E então subtraímos:
Representação Decimal das Frações 10x-x=3,333...-0,333...
9x=3
Temos 2 possíveis casos para transformar frações em X=3/9
decimais X=1/3

43
RACIOCÍNIO LÓGICO

Agora, vamos fazer um exemplo com 2 algarismos de Representação na reta


período.

Exemplo 2
Seja a dízima 1,1212...
Façamos x = 1,1212...
100x = 112,1212... .
Subtraindo:
100x-x=112,1212...-1,1212...
99x=111
X=111/99 INTERVALOS LIMITADOS
Intervalo fechado – Números reais maiores do que a ou
Números Irracionais iguais a e menores do que b ou iguais a b.
Identificação de números irracionais
- Todas as dízimas periódicas são números racionais.
- Todos os números inteiros são racionais.
- Todas as frações ordinárias são números racionais.
- Todas as dízimas não periódicas são números irra- Intervalo:[a,b]
cionais. Conjunto: {x∈R|a≤x≤b}
- Todas as raízes inexatas são números irracionais.
- A soma de um número racional com um número irra- Intervalo aberto – números reais maiores que a e me-
cional é sempre um número irracional. nores que b.
- A diferença de dois números irracionais, pode ser um
número racional.
-Os números irracionais não podem ser expressos na
forma , com a e b inteiros e b≠0.
Intervalo:]a,b[
Exemplo:  -  = 0 e 0 é um número racional. Conjunto:{x∈R|a<x<b}
- O quociente de dois números irracionais, pode ser
um número racional. Intervalo fechado à esquerda – números reais maiores
que a ou iguais a a e menores do que b.
Exemplo:  :  =  = 2  e 2 é um número racional.
- O produto de dois números irracionais, pode ser um
número racional.

Exemplo:  .  =  = 7 é um número racional. Intervalo:{a,b[


Conjunto {x∈R|a≤x<b}
Exemplo:radicais( a raiz quadrada de um nú- Intervalo fechado à direita – números reais maiores
mero natural, se não inteira, é irracional. que a e menores ou iguais a b.

Números Reais

Intervalo:]a,b]
Conjunto:{x∈R|a<x≤b}

INTERVALOS IIMITADOS

Semirreta esquerda, fechada de origem b- números


reais menores ou iguais a b.

Intervalo:]-∞,b]
Conjunto:{x∈R|x≤b}

Fonte: www.estudokids.com.br

44
RACIOCÍNIO LÓGICO

Semirreta esquerda, aberta de origem b – números 4) Todo número negativo, elevado ao expoente ím-
reais menores que b par, resulta em um número negativo.
.

Intervalo:]-∞,b[
Conjunto:{x∈R|x<b}
5) Se o sinal do expoente for negativo, devemos pas-
Semirreta direita, fechada de origem a – números reais sar o sinal para positivo e inverter o número que está na
maiores ou iguais a a. base. 

Intervalo:[a,+ ∞[
Conjunto:{x∈R|x≥a}

Semirreta direita, aberta, de origem a – números reais


maiores que a. 6) Toda vez que a base for igual a zero, não importa o
valor do expoente, o resultado será igual a zero. 

Intervalo:]a,+ ∞[
Conjunto:{x∈R|x>a}

Potenciação Propriedades
Multiplicação de fatores iguais 1) (am . an = am+n) Em uma multiplicação de potências de
2³=2.2.2=8 mesma base, repete-se a base e  soma os expoentes.

Casos Exemplos:
24 . 23 = 24+3= 27
1) Todo número elevado ao expoente 0 resulta em 1. (2.2.2.2) .( 2.2.2)= 2.2.2. 2.2.2.2= 27

2) (am: an = am-n). Em uma divisão de potência de mesma


base. Conserva-se a base e subtraem os expoentes.

2) Todo número elevado ao expoente 1 é o próprio Exemplos:


número. 96 : 92 = 96-2 = 94

3) (am)n Potência de potência. Repete-se a base e multi-


plica-se os expoentes.
Exemplos:
3) Todo número negativo, elevado ao expoente par, (52)3 = 52.3 = 56
resulta em um número positivo.

4) E uma multiplicação de dois ou mais fatores eleva-


dos a um expoente, podemos elevar cada um a esse mes-
mo expoente.

(4.3)²=4².3²

45
RACIOCÍNIO LÓGICO

5) Na divisão de dois fatores elevados a um expoente,


podemos elevar separados. De modo geral, se a ∈ R+ , b ∈ R *+ , n ∈ N * , então:

a na
n =
b nb
Radiciação
Radiciação é a operação inversa a potenciação O radical de índice inteiro e positivo de um quociente
indicado é igual ao quociente dos radicais de mesmo índi-
ce dos termos do radicando.

Raiz quadrada números decimais

Técnica de Cálculo Operações


A determinação da raiz quadrada de um número torna-
se mais fácil quando o algarismo se encontra fatorado em
números primos. Veja: 

Operações

Multiplicação

Exemplo

Divisão
64=2.2.2.2.2.2=26

Como é raiz quadrada a cada dois números iguais “tira-


se” um e multiplica.

Exemplo

1 1 1
Observe: 3.5 = (3.5) = 3 .5 = 3. 5
2 2 2

Adição e subtração
De modo geral, se a ∈ R+ , b ∈ R+ , n ∈ N * , então:

n
a.b = n a .n b Para fazer esse cálculo, devemos fatorar o 8 e o 20.

O radical de índice inteiro e positivo de um produto


indicado é igual ao produto dos radicais de mesmo índice
dos fatores do radicando.

Raiz quadrada de frações ordinárias


1 1
2  2 2 22 2
=  = 1 =
Observe: 3 3 3
32

46
RACIOCÍNIO LÓGICO

Caso tenha: (A) José


(B) Isabella
(C) Maria Eduarda
(D) Raoni
Não dá para somar, as raízes devem ficar desse modo.
03. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária -
Racionalização de Denominadores MSCONCURSOS/2017) O valor de √0,444... é:
Normalmente não se apresentam números irracionais (A) 0,2222...
com radicais no denominador. Ao processo que leva à eli- (B) 0,6666...
minação dos radicais do denominador chama-se racionali- (C) 0,1616...
zação do denominador. (D) 0,8888...
1º Caso:Denominador composto por uma só parcela
04. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU-
NESP/2017) Se, numa divisão, o divisor e o quociente são
iguais, e o resto é 10, sendo esse resto o maior possível,
então o dividendo é:
(A) 131.
(B) 121.
2º Caso: Denominador composto por duas parcelas. (C) 120.
(D) 110.
(E) 101.

05. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) As expres-


Devemos multiplicar de forma que obtenha uma dife- sões numéricas abaixo apresentam resultados que seguem
rença de quadrados no denominador: um padrão específico:

1ª expressão: 1 x 9 + 2

2ª expressão: 12 x 9 + 3
Questões
3ª expressão: 123 x 9 + 4
01. (Prefeitura de Salvador /BA - Técnico de Nível
Superior II - Direito – FGV/2017) Em um concurso, há ...
150 candidatos em apenas duas categorias: nível superior
e nível médio. 7ª expressão: █ x 9 + ▲

Sabe-se que: Seguindo esse padrão e colocando os números ade-


quados no lugar dos símbolos █ e ▲, o resultado da 7ª
• dentre os candidatos, 82 são homens; expressão será
• o número de candidatos homens de nível superior é (A) 1 111 111.
igual ao de mulheres de nível médio; (B) 11 111.
• dentre os candidatos de nível superior, 31 são mu-
(C) 1 111.
lheres.
(D) 111 111.
(E) 11 111 111.
O número de candidatos homens de nível médio é:
(A) 42.
(B) 45. 06. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) Durante um
(C) 48. treinamento, o chefe da brigada de incêndio de um prédio
(D) 50. comercial informou que, nos cinquenta anos de existência
(E) 52. do prédio, nunca houve um incêndio, mas existiram muitas
situações de risco, felizmente controladas a tempo. Segun-
02. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária do ele, 1/13 dessas situações deveu-se a ações criminosas,
- MSCONCURSOS/2017) Raoni, Ingrid, Maria Eduarda, enquanto as demais situações haviam sido geradas por di-
Isabella e José foram a uma prova de hipismo, na qual ga- ferentes tipos de displicência. Dentre as situações de risco
nharia o competidor que obtivesse o menor tempo final. geradas por displicência,
A cada 1 falta seriam incrementados 6 segundos em seu − 1/5 deveu-se a pontas de cigarro descartadas inade-
tempo final. Ingrid fez 1’10” com 1 falta, Maria Eduarda fez quadamente;
1’12” sem faltas, Isabella fez 1’07” com 2 faltas, Raoni fez − 1/4 deveu-se a instalações elétricas inadequadas;
1’10” sem faltas e José fez 1’05” com 1 falta. Verificando a − 1/3 deveu-se a vazamentos de gás; e
colocação, é correto afirmar que o vencedor foi: − as demais foram geradas por descuidos ao cozinhar.

47
RACIOCÍNIO LÓGICO

De acordo com esses dados, ao longo da existência 02. Resposta: D.


desse prédio comercial, a fração do total de situações de Como o tempo de Raoni foi 1´10” sem faltas, ele foi o
risco de incêndio geradas por descuidos ao cozinhar cor- vencedor.
responde à
(A) 3/20. 03. Resposta: B.
(B) 1/4. Primeiramente, vamos transformar a dízima em fração
(C) 13/60. X=0,4444....
(D) 1/5. 10x=4,444...
(E) 1/60. 9x=4

07. (ITAIPU BINACIONAL - Profissional Nível Técnico


I - Técnico em Eletrônica – NCUFPR/2017) Assinale a al-
ternativa que apresenta o valor da expressão

(A) 1.
(B) 2.
(C) 4.
(D) 8. 04. Resposta: A.
(E) 16. Como o maior resto possível é 10, o divisor é o número
11 que é igua o quociente.
08. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIRV- 11x11=121+10=131
GO/2017) Qual o resultado de ?
05. Resposta: E.
(A) 3 A 7ª expressão será: 1234567x9+8=11111111
(B) 3/2
(C) 5 06. Resposta: D.
(D) 5/2

09. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervi-


Gerado por descuidos ao cozinhar:
sor – FGV/2017) Suponha que a # b signifique a - 2b .

Se 2#(1#N)=12 , então N é igual a:


(A) 1;
(B) 2;
Mas, que foram gerados por displicência é 12/13(1-
(C) 3;
(D) 4; 1/13)
(E) 6.

10. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervi-


sor – FGV/2017) Uma equipe de trabalhadores de deter-
minada empresa tem o mesmo número de mulheres e de 07.Resposta: C.
homens. Certa manhã, 3/4 das mulheres e 2/3 dos homens
dessa equipe saíram para um atendimento externo.

Desses que foram para o atendimento externo, a fração


de mulheres é

(A) 3/4;
(B) 8/9;
(C) 5/7; 08. Resposta: D.
(D) 8/13;
(E) 9/17.
Respostas

01.Resposta: B.
150-82=68 mulheres 09. Resposta: C.
Como 31 mulheres são candidatas de nível superior, 37 2-2(1-2N)=12
são de nível médio. 2-2+4N=12
Portanto, há 37 homens de nível superior. 4N=12
82-37=45 homens de nível médio. N=3

48
RACIOCÍNIO LÓGICO

10. Resposta: E. Ângulo Raso:


Como tem o mesmo número de homens e mulheres:
- É o ângulo cuja medida é 180º;
- É aquele, cujos lados são semi-retas opostas.

Dos homens que saíram:

Saíram no total

Ângulo Reto:
- É o ângulo cuja medida é 90º;
- É aquele cujos lados se apoiam em retas perpendi-
culares.

Ângulos
Denominamos ângulo a região do plano limitada por duas
semirretas de mesma origem. As semirretas recebem o nome
de lados do ângulo e a origem delas, de vértice do ângulo.

Triângulo

Elementos

Mediana
Mediana de um triângulo é um segmento de reta que
liga um vértice ao ponto médio do lado oposto.
Na figura, é uma mediana do ABC.
Um triângulo tem três medianas.

Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do


que 90º.

A bissetriz de um ângulo interno de um triângulo in-


tercepta o lado oposto

Bissetriz interna de um triângulo é o segmento da


bissetriz de um ângulo do triângulo que liga um vértice a
um ponto do lado oposto.
Na figura, é uma bissetriz interna do .
Um triângulo tem três bissetrizes internas.
Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do
que 90º.

49
RACIOCÍNIO LÓGICO

Altura de um triângulo é o segmento que liga um vér- Triângulo isósceles: Pelo menos dois lados iguais.
tice a um ponto da reta suporte do lado oposto e é perpen-
dicular a esse lado.
Na figura, é uma altura do .

Um triângulo tem três alturas.

Triângulo equilátero: três lados iguais.

Mediatriz de um segmento de reta é a reta perpen-


dicular a esse segmento pelo seu ponto médio.
Na figura, a reta m é a mediatriz de .

Quanto aos ângulos

Triângulo acutângulo: tem os três ângulos agudos

Mediatriz de um triângulo é uma reta do plano do


triângulo que é mediatriz de um dos lados desse triângulo.
Na figura, a reta m é a mediatriz do lado do .
Um triângulo tem três mediatrizes.
Triângulo retângulo: tem um ângulo reto.

Classificação
Triângulo obtusângulo: tem um ângulo obtuso.
Quanto aos lados
Triângulo escaleno:três lados desiguais.

50
RACIOCÍNIO LÓGICO

Desigualdade entre Lados e ângulos dos triângulos Polígono


Chama-se polígono a união de segmentos que são
Num triângulo o comprimento de qualquer lado é me- chamados lados do polígono, enquanto os pontos são cha-
nor que a soma dos outros dois. Em qualquer triângulo, ao mados vértices do polígono.
maior ângulo opõe-se o maior lado, e vice-versa.

QUADRILÁTEROS

Quadrilátero é todo polígono com as seguintes pro-


priedades:

- Tem 4 lados.
- Tem 2 diagonais.
- A soma dos ângulos internos Si = 360º
- A soma dos ângulos externos Se = 360º

Trapézio: É todo quadrilátero que tem dois paralelos. Diagonal de um polígono é um segmento cujas extre-
midades são vértices não-consecutivos desse polígono.

- é paralelo a

- Losango: 4 lados congruentes


- Retângulo: 4 ângulos retos (90 graus)
- Quadrado: 4 lados congruentes e 4 ângulos retos.

Número de Diagonais

Ângulos Internos
A soma das medidas dos ângulos internos de um polí-
- Observações: gono convexo de n lados é (n-2).180
Unindo um dos vértices aos outros n-3, conveniente-
- No retângulo e no quadrado as diagonais são con- mente escolhidos, obteremos n-2 triângulos. A soma das
gruentes (iguais) medidas dos ângulos internos do polígono é igual a soma
- No losango e no quadrado as diagonais são per- das medidas dos ângulos internos dos n-2 triângulos.
pendiculares entre si (formam ângulo de 90°) e são bisse-
trizes dos ângulos internos (dividem os ângulos ao meio).

Áreas

1- Trapézio: , onde B é a medida da base


maior, b é a medida da base menor e h é medida da altura.
2- Paralelogramo: A = b.h, onde b é a medida da
base e h é a medida da altura.
3- Retângulo: A = b.h

4- Losango: , onde D é a medida da diagonal


maior e d é a medida da diagonal menor.
5- Quadrado: A = l2, onde l é a medida do lado.

51
RACIOCÍNIO LÓGICO

Ângulos Externos Casos de Semelhança


1º Caso:AA(ângulo-ângulo)
Se dois triângulos têm dois ângulos congruentes de
vértices correspondentes, então esses triângulos são con-
gruentes.

A soma dos ângulos externos=360°

Teorema de Tales
Se um feixe de retas paralelas tem duas transversais,
então a razão de dois segmentos quaisquer de uma trans-
versal é igual à razão dos segmentos correspondentes da
outra.
Dada a figura anterior, O Teorema de Tales afirma que
são válidas as seguintes proporções:
2º Caso: LAL(lado-ângulo-lado)
Se dois triângulos têm dois lados correspondentes
proporcionais e os ângulos compreendidos entre eles con-
gruentes, então esses dois triângulos são semelhantes.

Exemplo

3º Caso: LLL(lado-lado-lado)
Se dois triângulos têm os três lado correspondentes
proporcionais, então esses dois triângulos são semelhan-
tes.

Semelhança de Triângulos
Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, os
seus ângulos internos tiverem, respectivamente, as mesmas
medidas, e os lados correspondentes forem proporcionais.

52
RACIOCÍNIO LÓGICO

Razões Trigonométricas no Triângulo Retângulo

Considerando o triângulo retângulo ABC.

Neste triângulo, temos que: c²=a²+b²


Dividindo os membros por c²

Como

Todo triângulo que tem um ângulo reto é denominado


triangulo retângulo.
O triângulo ABC é retângulo em A e seus elementos
Temos: são:

a: hipotenusa
b e c: catetos
h:altura relativa à hipotenusa
m e n: projeções ortogonais dos catetos sobre a hipo-
tenusa

Relações Métricas no Triângulo Retângulo


Chamamos relações métricas as relações existentes en-
tre os diversos segmentos desse triângulo. Assim:
Fórmulas Trigonométricas
1. O quadrado de um cateto é igual ao produto da
Relação Fundamental hipotenusa pela projeção desse cateto sobre a hipotenusa.
Existe uma outra importante relação entre seno e cos-
seno de um ângulo. Considere o triângulo retângulo ABC.

53
RACIOCÍNIO LÓGICO

2. O produto dos catetos é igual ao produto da hipo-


tenusa pela altura relativa à hipotenusa.

3. O quadrado da altura é igual ao produto das pro-


jeções dos catetos sobre a hipotenusa.

4. O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos


quadrados dos catetos (Teorema de Pitágoras).

Posições Relativas de Duas Retas


Duas retas no espaço podem pertencer a um mesmo
plano. Nesse caso são chamadas retas coplanares. Podem
também não estar no mesmo plano. Nesse caso, são deno-
minadas retas reversas. Questões
Retas Coplanares 01. (IPRESB/SP - Analista de Processos Previden-
ciários- VUNESP/2017) Um terreno retangular ABCD,
a) Concorrentes: r e s têm um único ponto comum com 40 m de largura por 60 m de comprimento, foi dividi-
do em três lotes, conforme mostra a figura.

-Duas retas concorrentes podem ser:

1. Perpendiculares: r e s formam ângulo reto.

Sabendo-se que EF = 36 m e que a área do lote 1 é


864 m², o perímetro do lote 2 é
(A) 100 m.
(B) 108 m.
(C) 112 m.
(D) 116 m.
2. Oblíquas:r e s não são perpendiculares. (E) 120 m.

02. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017)


Considere um triângulo retângulo de catetos medindo
3m e 5m. Um segundo triângulo retângulo, semelhante
ao primeiro, cuja área é o dobro da área do primeiro, terá
como medidas dos catetos, em metros:
(A) 3 e 10.
(B) 3√2 e 5√2 .
(C) 3√2 e 10√2 .
b) Paralelas: r e s não têm ponto comum ou r e s são (D) 5 e 6.
coincidentes. (E) 6 e 10.

54
RACIOCÍNIO LÓGICO

03. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Na


figura abaixo, encontra-se representada uma cinta estica-
da passando em torno de três discos de mesmo diâmetro
e tangentes entre si.

A área do quadrilátero BCQP, da figura acima, é

(A) 25√5.
(B) 50√2.
(C) 50√5.
Considerando que o diâmetro de cada disco é 8, o (D) 100√2 .
comprimento da cinta acima representada é (E) 100√5.

(A) 8/3 π + 8 . 06. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária


(B) 8/3 π + 24. - MSCONCURSOS/2017) O triângulo retângulo em B, a
(C) 8π + 8 . seguir, de vértices A, B e C, representa uma praça de uma
(D) 8π + 24. cidade. Qual é a área dessa praça?
(E) 16π + 24.

04. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Na


figura abaixo, ABCD é um quadrado de lado 10; E, F, G e H
são pontos médios dos lados do quadrado ABCD e são os
centros de quatro círculos tangentes entre si.

(A) 120 m²
(B) 90 m²
(C) 60 m²
(D) 30 m²

07. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-


NESP/2017) A figura, com dimensões indicadas em cen-
tímetros, mostra um painel informativo ABCD, de formato
retangular, no qual se destaca a região retangular R, onde
x > y.

A área da região sombreada, da figura acima apresen-


tada, é

(A) 100 - 5π .
(B) 100 - 10π .
(C) 100 - 15π .
(D) 100 - 20π .
(E) 100 - 25π .

05. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017)  No


cubo de aresta 10, da figura abaixo, encontra-se represen-
tado um plano passando pelos vértices B e C e pelos pon-
tos P e Q, pontos médios, respectivamente, das arestas EF
e HG, gerando o quadrilátero BCQP. 

55
RACIOCÍNIO LÓGICO

Sabendo-se que a razão entre as medidas dos lados Se a área de R1 é 54 m², então o perímetro de R2 é,
correspondentes do retângulo ABCD e da região R é igual em metros, igual a
a 5/2 , é correto afirmar que as medidas, em centímetros, (A) 54.
dos lados da região R, indicadas por x e y na figura, são, (B) 48.
respectivamente, (C) 36.
(D) 40.
(A) 80 e 64. (E) 42.
(B) 80 e 62.
(C) 62 e 80. Respostas
(D) 60 e 80.
(E) 60 e 78. 01. Resposta: D.

08. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-


NESP/2017) O piso de um salão retangular, de 6 m de
comprimento, foi totalmente coberto por 108 placas qua-
dradas de porcelanato, todas inteiras. Sabe-se que quatro
placas desse porcelanato cobrem exatamente 1 m2 de
piso. Nessas condições, é correto afirmar que o perímetro
desse piso é, em metros, igual a
(A) 20.
(B) 21.
(C) 24.
(D) 27.
(E) 30.

09. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervi-


sor – FGV/2017) O proprietário de um terreno retangular
resolveu cercá-lo e, para isso, comprou 26 estacas de ma-
deira. Colocou uma estaca em cada um dos quatro cantos
do terreno e as demais igualmente espaçadas, de 3 em 3
metros, ao longo dos quatro lados do terreno.
O número de estacas em cada um dos lados maiores
do terreno, incluindo os dois dos cantos, é o dobro do nú-
mero de estacas em cada um dos lados menores, também
incluindo os dois dos cantos.
A área do terreno em metros quadrados é: 96h=1728
(A) 240; H=18
(B) 256;
(C) 324; Como I é um triângulo:
(D) 330; 60-36=24
(E) 372. X²=24²+18²
X²=576+324
10. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário- VU- X²=900
NESP/2017) A figura seguinte, cujas dimensões estão X=30
indicadas em metros, mostra as regiões R1 e R2 , ambas Como h=18 e AD é 40, EG=22
com formato de triângulos retângulos, situadas em uma Perímetro lote 2: 40+22+24+30=116
praça e destinadas a atividades de recreação infantil para
faixas etárias distintas. 02. Resposta: B.

56
RACIOCÍNIO LÓGICO

06. Resposta: C
Para saber a área, primeiro precisamos descobrir o x.

17²=x²+8²
Lado=3√2 289=x²+64
Outro lado =5√2 X²=225
X=15
03. Resposta: D.
Observe o triângulo do meio, cada lado é exatamente
a mesma medida da parte reta da cinta. 07. Resposta: A.
Que é igual a 2 raios, ou um diâmetro, portanto o lado
esticado tem 8x3=24 m
A parte do círculo é igual a 120°, pois é 1/3 do círculo,
como são três partes, é a mesma medida de um círculo. 5y=320
O comprimento do círculo é dado por: 2πr=8π
Y=64
Portanto, a cinta tem 8π+24

04. Resposta: E.
Como o quadrado tem lado 10,a área é 100.
5x=400
X=80

08. Resposta: B.
108/4=27m²
6x=27
X=27/6
O perímetro seria

O ladao AF e AE medem 5, cada um, pois F e E é o


ponto Médio
09. Resposta: C.
X²=5²+5² Número de estacas: x
X²=25+25 X+x+2x+2x-4=26 obs: -4 é porque estamos contan-
X²=50 do duas vezes o canto
X=5√2 6x=30
X é o diâmetro do círculo, como temos 4 semi círculos, X=5
temos 2 círculos inteiros.
Temos 5 estacas no lado menor, como são espaçadas
A área de um círculo é
a cada 3m
4 espaços de 3m=12m
Lado maior 10 estacas
9 espaços de 3 metros=27m
A=12⋅27=324 m²

A sombreada=100-25π 10. Resposta: B.

05. Resposta: C.
CQ é hipotenusa do triângulo GQC.
01. CQ²=10²+5²
CQ²=100+25
CQ²=125
CQ=5√5 9x=108
A área do quadrilátero seria CQ⋅BC X=12
A=5√5⋅10=50√5 Para encontrar o perímetro do triângulo R2:

57
RACIOCÍNIO LÓGICO

Volume

Cones
Na figura, temos um plano α, um círculo contido em α,
Y²=16²+12² um ponto V que não pertence ao plano.
Y²=256+144=400 A figura geométrica formada pela reunião de todos os
Y=20 segmentos de reta que tem uma extremidade no ponto V
Perímetro: 16+12+20=48 e a outra num ponto do círculo denomina-se cone circular.

Cilindros
Considere dois planos, α e β, paralelos, um círculo de
centro O contido num deles, e uma reta s concorrente com
os dois.
Chamamos cilindro o sólido determinado pela reunião
de todos os segmentos paralelos a s, com extremidades no
círculo e no outro plano.

Classificação

-Reto:eixo VO perpendicular à base;


Pode ser obtido pela rotação de um triângulo retângu-
lo em torno de um de seus catetos. Por isso o cone reto é
também chamado de cone de revolução.
Quando a geratriz de um cone reto é 2R, esse cone é
denominado cone equilátero.

Classificação
Reto: Um cilindro se diz reto ou de revolução quando
as geratrizes são perpendiculares às bases.
Quando a altura é igual a 2R(raio da base) o cilindro é
equilátero.
Oblíquo: faces laterais oblíquas ao plano da base.

-Oblíquo: eixo não é perpendicular

Área
Área da base: Sb=πr²

58
RACIOCÍNIO LÓGICO

Área Chamamos prisma o sólido determinado pela reunião


de todos os segmentos paralelos a r, com extremidades no
Área lateral: polígono R e no plano β.

Área da base:

Área total:

Volume

Pirâmides
As pirâmides são também classificadas quanto ao nú-
mero de lados da base.

Assim, um prisma é um poliedro com duas faces con-


gruentes e paralelas cujas outras faces são paralelogramos
obtidos ligando-se os vértices correspondentes das duas
Área e Volume faces paralelas.

Área lateral: Classificação


Reto: Quando as arestas laterais são perpendiculares
Onde n= quantidade de lados às bases
Oblíquo: quando as faces laterais são oblíquas à base.

Prismas
Considere dois planos α e β paralelos, um polígono R
contido em α e uma reta r concorrente aos dois.

Classificação pelo polígono da base

-Triangular

59
RACIOCÍNIO LÓGICO

-Quadrangular Volume
Paralelepípedo:V=a.b.c
Cubo:V=a³

Demais:

01. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017)  Um


cilindro reto de altura h tem volume V. Para que um cone
reto com base igual a desse cilindro tenha volume V, sua
altura deve ser igual a
(A) 1/3h.
(B) 1/2h.
(C) 2/3h.
(D) 2h.
E assim por diante... (E) 3h.

Paralelepípedos 02. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária –


Os prismas cujas bases são paralelogramos denomi- MSCONCURSOS/2017) Qual é o volume de uma lata de
nam-se paralelepípedos. óleo perfeitamente cilíndrica, cujo diâmetro é 8 cm e a al-
tura é 20 cm? (use π=3)
(A) 3,84 l
(B) 96 ml
(C) 384 ml
(D) 960 ml

03. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU-


NESP/2017) Inicialmente, um reservatório com formato
de paralelepípedo reto retângulo deveria ter as medidas
indicadas na figura.

Cubo é todo paralelepípedo retângulo com seis faces


quadradas.

Em uma revisão do projeto, foi necessário aumentar


em 1 m a medida da largura, indicada por x na figura, man-
Prisma Regular tendo-se inalteradas as demais medidas. Desse modo, o
Se o prisma for reto e as bases forem polígonos regu- volume inicialmente previsto para esse reservatório foi au-
lares, o prisma é dito regular. mentado em
As faces laterais são retângulos congruentes e as bases
são congruentes (triângulo equilátero, hexágono regular,...) (A) 1 m³ .
(B) 3 m³ .
Área (C) 4 m³ .
Área cubo: (D) 5 m³ .
Área paralelepípedo: (E) 6 m³ .
A área de um prisma:
Onde: St=área total 04. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU-
Sb=área da base NESP/2017) A figura mostra cubinhos de madeira, todos
Sl=área lateral, soma-se todas as áreas das faces late- de mesmo volume, posicionados em uma caixa com a for-
rais. ma de paralelepípedo reto retângulo.

60
RACIOCÍNIO LÓGICO

07. (MPE/GO – Secretário Auxiliar – MPEGO/2017)


Um recipiente na forma de um prisma reto de base quadra-
da, com dimensões internas de 10 cm de aresta da base e
25 cm de altura, está com 20% de seu volume total preen-
chido com água, conforme mostra a figura. (Figura fora de
escala)

Se cada cubinho tem aresta igual a 5 cm, então o volu-


me interno dessa caixa é, em cm³ , igual a
(A) 3000.
(B) 4500.
(C) 6000.
(D) 7500. Para completar o volume total desse recipiente, serão
(E) 9000. despejados dentro dele vários copos de água, com 200 mL
cada um. O número de copos totalmente cheios necessá-
05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE- rios para completar o volume total do prisma será:
GO/2017) Frederico comprou um aquário em formato de (A) 8 copos
paralelepípedo, contendo as seguintes dimensões: (B) 9 copos
(C) 10 copos
(D) 12 copos
(E) 15 copos

08. (CELG/GT/GO – Analista de Gestão – CSU-


FG/2017) figura a seguir representa um cubo de aresta a.

Estando o referido aquário completamente cheio, a sua


capacidade em litros é de:
(A) 0,06 litros.
(B) 0,6 litros.
(C) 6 litros.
(D) 0,08 litros.
(E) 0,8 litros.

06. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU- Considerando a pirâmide de base triangular cujos vér-
NESP/2017) As figuras seguintes mostram os blocos de tices são os pontos B, C, D e G do cubo, o seu volume é
madeira A, B e C, sendo A e B de formato cúbico e C com dado por
formato de paralelepípedo reto retângulo, cujos respecti- (A) a³/6
vos volumes, em cm³, são representados por VA, VB e VC. (B) a³/3
(C) a³/3√3
(D) a³/6√6

09. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VUNESP/2017)


De um reservatório com formato de paralelepípedo reto re-
tângulo, totalmente cheio, foram retirados 3 m³ de água.
Após a retirada, o nível da água restante no reservatório fi-
cou com altura igual a 1 m, conforme mostra a figura.

Se VA + VB = 1/2 VC , então a medida da altura do


bloco C, indicada por h na figura, é, em centímetros, igual a
(A) 15,5.
(B) 11.
(C) 12,5.
(D) 14.
(E) 16

61
RACIOCÍNIO LÓGICO

Desse modo, é correto afirmar que a medida da altura


total do reservatório, indicada por h na figura, é, em me-
tros, igual a
(A) 1,8. 180h=2250
(B) 1,75. H=12,5
(C) 1,7.
(D) 1,65.
(E) 1,6. 07. Resposta: C.

10. (PREF. DE ITAPEMA/SC – Técnico Contábil – MS- V=10⋅10⋅25=2500 cm³


CONCURSOS/2016) O volume de um cone circular reto, 2500⋅0,2=500cm³ preenchidos.
cuja altura é 39 cm, é 30% maior do que o volume de um Para terminar de completar o volume:
cilindro circular reto. Sabendo que o raio da base do cone 2500-500=2000 cm³
é o triplo do raio da base do cilindro, a altura do cilindro é: 2000/200=10 copos
(A) 9 cm
(B) 30 cm
(C) 60 cm 08. Resposta: A.
(D) 90 cm A base é um triângulo de base a e altura a

Respostas

01. Resposta:
Volume cilindro=πr²h

Para que seja igual a V, a altura tem que ser igual a 3h

09. Resposta: E.
V=2,5⋅2⋅1=5m³
02. Resposta: D Como foi retirado 3m³
V= πr²h 5+3=2,5⋅2⋅h
V=3⋅4²⋅20=960 cm³=960 ml 8=5h
H=1,6m
03. Resposta:E.
V=2⋅3⋅x=6x
Aumentando 1 na largura 10. Resposta: D.
V=2⋅3⋅(x+1)=6x+6 Cone
Portanto, o volume aumentou em 6.

04. Resposta:E.
São 6 cubos no comprimento: 6⋅5=30
São 4 cubos na largura: 4⋅5=20
3 cubos na altura: 3⋅5=15
V=30⋅20⋅15=9000
Cilindro
05. Resposta: C. V=Ab⋅h
V=20⋅15⋅20=6000cm³=6000ml==6 litros V=πr²h
Como o volume do cone é 30% maior:
06. Resposta:C. 117πr²=1,3 πr²h
VA=125cm³ H=117/1,3=90
VB=1000cm³

62
RACIOCÍNIO LÓGICO

(DPE/RR – Analista de Sistemas – FCC/2015) Em sala


PORCENTAGEM de aula com 25 alunos e 20 alunas, 60% desse total está
com gripe. Se x% das meninas dessa sala estão com gripe,
o menor valor possível para x é igual a
(A) 8.
Porcentagem é uma fração cujo denominador é 100, (B) 15.
seu símbolo é (%). Sua utilização está tão disseminada que (C) 10.
a encontramos nos meios de comunicação, nas estatísticas, (D) 6.
em máquinas de calcular, etc. (E) 12.
Os acréscimos e os descontos é importante saber por-
que ajuda muito na resolução do exercício. Resolução
45------100%
Acréscimo X-------60%
Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% a um deter- X=27
minado valor, podemos calcular o novo valor apenas multi- O menor número de meninas possíveis para ter gripe
plicando esse valor por 1,10, que é o fator de multiplicação. é se todos os meninos estiverem gripados, assim apenas 2
Se o acréscimo for de 20%, multiplicamos por 1,20, e assim meninas estão.
por diante. Veja a tabela abaixo:
Fator de
Acréscimo ou Lucro
Multiplicação
10% 1,10 Resposta: C.
15% 1,15
20% 1,20 Questões
47% 1,47
67% 1,67 01. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária
  - MSCONCURSOS/2017) Um aparelho de televisão que
    Exemplo: Aumentando 10% no valor de R$10,00 te- custa R$1600,00 estava sendo vendido, numa liquidação,
mos:  com um desconto de 40%. Marta queria comprar essa te-
levisão, porém não tinha condições de pagar à vista, e o
vendedor propôs que ela desse um cheque para 15 dias,
Desconto pagando 10% de juros sobre o valor da venda na liquida-
No caso de haver um decréscimo, o fator de multipli- ção. Ela aceitou e pagou pela televisão o valor de:
cação será: (A) R$1120,00
Fator de Multiplicação =  1 - taxa de desconto (na for- (B) R$1056,00
ma decimal) (C) R$960,00
Veja a tabela abaixo: (D) R$864,00
Fator de
Desconto 02. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) A equipe
Multiplicação
10% 0,90 de segurança de um Tribunal conseguia resolver mensal-
25% 0,75 mente cerca de 35% das ocorrências de dano ao patrimô-
34% 0,66 nio nas cercanias desse prédio, identificando os criminosos
60% 0,40 e os encaminhando às autoridades competentes. Após uma
90% 0,10 reestruturação dos procedimentos de segurança, a mesma
equipe conseguiu aumentar o percentual de resolução
Exemplo: Descontando 10% no valor de R$10,00 temos:  mensal de ocorrências desse tipo de crime para cerca de
63%. De acordo com esses dados, com tal reestruturação,
a equipe de segurança aumentou sua eficácia no combate
Chamamos de lucro em uma transação comercial de ao dano ao patrimônio em
compra e venda a diferença entre o preço de venda e o (A) 35%.
preço de custo. (B) 28%.
Lucro=preço de venda -preço de custo (C) 63%.
(D) 41%.
Podemos expressar o lucro na forma de porcentagem (E) 80%.
de duas formas:
03. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) Três ir-
mãos, André, Beatriz e Clarice, receberam de uma tia he-
rança constituída pelas seguintes joias: um bracelete de
ouro, um colar de pérolas e um par de brincos de diamante.
A tia especificou em testamento que as joias não deveriam

63
RACIOCÍNIO LÓGICO

ser vendidas antes da partilha e que cada um deveria ficar (A) R$ 4,20.
com uma delas, mas não especificou qual deveria ser dada (B) R$ 5,46.
a quem. O justo, pensaram os irmãos, seria que cada um (C) R$ 10,70.
recebesse cerca de 33,3% da herança, mas eles achavam (D) R$ 12,60.
que as joias tinham valores diferentes entre si e, além disso, (E) R$ 18,00.
tinham diferentes opiniões sobre seus valores. Então, deci-
diram fazer a partilha do seguinte modo: 06. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE-
GO/2017) Joana foi fazer compras. Encontrou um vestido
− Inicialmente, sem que os demais vissem, cada um de R$ 150,00 reais. Descobriu que se pagasse à vista teria
deveria escrever em um papel três porcentagens, indican- um desconto de 35%. Depois de muito pensar, Joana pa-
do sua avaliação sobre o valor de cada joia com relação ao gou à vista o tal vestido. Quanto ela pagou?
valor total da herança. (A) R$ 120,00 reais
(B) R$ 112,50 reais
− A seguir, todos deveriam mostrar aos demais suas (C) R$ 127,50 reais
(D) R$ 97,50 reais
avaliações.
(E) R$ 90 reais
− Uma partilha seria considerada boa se cada um deles
07. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU-
recebesse uma joia que avaliou como valendo 33,3% da
NESP/2017) A empresa Alfa Sigma elaborou uma previsão
herança toda ou mais. de receitas trimestrais para 2018. A receita prevista para o
primeiro trimestre é de 180 milhões de reais, valor que é
As avaliações de cada um dos irmãos a respeito das 10% inferior ao da receita prevista para o trimestre seguin-
joias foi a seguinte: te. A receita prevista para o primeiro semestre é 5% inferior
à prevista para o segundo semestre. Nessas condições, é
correto afirmar que a receita média trimestral prevista para
2018 é, em milhões de reais, igual a
(A) 200.
(B) 203.
(C) 195.
Assim, uma partilha boa seria se André, Beatriz e Clari- (D) 190.
ce recebessem, respectivamente, (E) 198.
(A) o bracelete, os brincos e o colar.
(B) os brincos, o colar e o bracelete. 08. (CRM/MG – Técnico em Informática- FUN-
(C) o colar, o bracelete e os brincos. DEP/2017) Veja, a seguir, a oferta da loja Magazine Bom
(D) o bracelete, o colar e os brincos. Preço:
(E) o colar, os brincos e o bracelete. Aproveite a Promoção!
Forno Micro-ondas
04. (UTFPR – Técnico de Tecnologia da Informação De R$ 720,00
– UTFPR/2017) Um retângulo de medidas desconhecidas Por apenas R$ 504,00
foi alterado. Seu comprimento foi reduzido e passou a ser
2/ 3 do comprimento original e sua largura foi reduzida e Nessa oferta, o desconto é de:
passou a ser 3/ 4 da largura original. (A) 70%.
Pode-se afirmar que, em relação à área do retângulo (B) 50%.
(C) 30%.
original, a área do novo retângulo:
(D) 10%.
(A) foi aumentada em 50%.
(B) foi reduzida em 50%.
09 (CODAR – Recepcionista – EXATUS/2016) Consi-
(C) aumentou em 25%.
dere que uma caixa de bombom custava, em novembro, R$
(D) diminuiu 25%. 8,60 e passou a custar, em dezembro, R$ 10,75. O aumento
(E) foi reduzida a 15%. no preço dessa caixa de bombom foi de:
(A) 30%.
05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE- (B) 25%.
GO/2017) Paulo, dono de uma livraria, adquiriu em uma (C) 20%.
editora um lote de apostilas para concursos, cujo valor uni- (D) 15%
tário original é de R$ 60,00. Por ter cadastro no referido
estabelecimento, ele recebeu 30% de desconto na compra. 10. (ANP – Técnico em Regulação de Petróleo e De-
Para revender os materiais, Paulo decidiu acrescentar 30% rivados – CESGRANRIO/2016) Um grande tanque estava
sobre o valor que pagou por cada apostila. Nestas condi- vazio e foi cheio de óleo após receber todo o conteúdo de
ções, qual será o lucro obtido por unidade? 12 tanques menores, idênticos e cheios.

64
RACIOCÍNIO LÓGICO

Se a capacidade de cada tanque menor fosse 50% 200+180=380 milhões para o primeiro semestre
maior do que a sua capacidade original, o grande tanque 380----95
seria cheio, sem excessos, após receber todo o conteúdo de x----100
(A) 4 tanques menores x=400 milhões
(B) 6 tanques menores
(C) 7 tanques menores Somando os dois semestres: 380+400=780 milhões
(D) 8 tanques menores 780/4trimestres=195 milhões
(E) 10 tanques menores

Respostas 08. Resposta: C.

01. Resposta:B.
Como teve um desconto de 40%, pagou 60% do pro-
duto. Ou seja, ele pagou 70% do produto, o desconto foi de
1600⋅0,6=960 30%.
Como vai pagar 10% a mais:
960⋅1,1=1056 OBS: muito cuidado nesse tipo de questão, para não
errar conforme a pergunta feita.

02. Resposta: E.
63/35=1,80 09. Resposta: B.
Portanto teve um aumento de 80%. 8,6(1+x)=10,75
8,6+8,6x=10,75
8,6x=10,75-8,6
03. Resposta: D. 8,6x=2,15
Clarice obviamente recebeu o brinco. X=0,25=25%
Beatriz recebeu o colar porque foi o único que ficou
acima de 30% e André recebeu o bracelete.
10. Resposta: D.
50% maior quer dizer que ficou 1,5
04. Resposta: B. Quantidade de tanque: x
A=b⋅h A quantidade que aumentaria deve ficar igual a 12 tan-
ques
1,5x=12
X=8
Portanto foi reduzida em 50%

05. Resposta: D.
Como ele obteve um desconto de 30%, pagou 70% do
valor:
60⋅0,7=42
Ele revendeu por:
42⋅1,3=54,60
Teve um lucro de: 54,60-42=12,60

06. Resposta: D.
Como teve um desconto de 35%. Pagou 65%do vestido
150⋅0,65=97,50

07. Resposta: C.
Como a previsão para o primeiro trimestre é de 180
milhões e é 10% inferior, no segundo trimestre temos uma
previsão de
180-----90%
x---------100
x=200

65
RACIOCÍNIO LÓGICO

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES A probabilidade de sair um múltiplo de 8 é a probabi-


SOBRE: RACIOCÍNIO LÓGICO lidade de ocorrer o evento B ={8; 16; 24; 32; 40; 48; 56; 64;
72; 80; 88; 96}.
01. (Banco do Brasil - Assistente Técnico-Adminis-
trativo - FCC/2014) Como: n(B) = 12 múltiplos de 8 entre 1 e 100 e n(S) =
Considere que há três formas de Ana ir para o tra- 100 números naturais, então, tem-se:
balho: de carro, de ônibus e de bicicleta. Em 20% das
vezes ela vai de carro, em 30% das vezes de ônibus e em
50% das vezes de bicicleta. Do total das idas de carro,
Ana chega atrasada em 15% delas, das idas de ônibus,
chega atrasada em 10% delas e, quando vai de bicicle-
ta, chega atrasada em 8% delas. Sabendo-se que um Sendo A = {3; 6; 9; 12; 15; 18; 21; 24; 27; 30; 33; 36; 39;
determinado dia Ana chegou atrasada ao trabalho, a 42; 45; 48; 51; 54; 57; 60; 63; 66; 69; 72; 75; 78; 81; 84; 87; 90;
probabilidade de ter ido de carro é igual a
93; 96; 99}, e B = {8; 16; 24; 32; 40; 48; 56; 64; 72; 80; 88; 96},
A) 20%.
então AB será dado por: A∩B = {24, 48, 72, 96}
B) 40%.
C) 60%.
Portanto, a probabilidade de P (A∩B) será de:
D) 50%.
E) 30%.

Imagine que Ana vá ao trabalho 100 vezes. Como são


20% de carro, 30% de ônibus e 50% de bicicleta então temos:
20 idas de carro.
30 idas de ônibus
50 idas de bicicleta Onde n(A∩B) representa os 3 múltiplos simultâneos de
Das 20 idas de carro Ana chega atrasada em 15% das 3 e 8, compreendidos entre 1 e 100.
vezes (3 idas).
Das 30 idas de ônibus Ana chega atrasada em 10% das Então, P(A∩B)=P(A)+P(B)-P(A∩B) =
vezes (3 idas).
33 12 4 41
Das 50 idas de bicicleta Ana chega atrasada em 8% das + − = = 41%!
vezes (4 idas). 100 100 100 100
Assim, Ana chega atrasa da em 3+3+4 = 10 vezes.
Sabendo que Ana chegou atrasada a probabilidade de RESPOSTA: “A”.
ela ter ido de carro é:
P = 3/10 = 30% que é a divisão das idades de carro (TCU – Analista de controle externo - UnB/Ces-
atrasada pelo total de atrasos. pe/2014) Em geral, empresas públicas ou privadas uti-
lizam códigos para protocolar a entrada e a saída de
RESPOSTA: “E”. documentos e processos. Considere que se deseja gerar
códigos cujos caracteres pertençam ao conjunto das
02. (Ministério da Fazenda - MI - Assistente Técni- 26 letras de um alfabeto, que possui apenas 5 vogais.
co administrativo - Cespe/UnB/2013) Sorteando-se um Com base nessas informações, julgue os itens que se
número de uma lista de 1 a 100, qual a probabilidade seguem.
de o número ser divisível por 3 ou por 8?
A) 41%
03. (TCU – Analista de controle externo - UNB/CES-
B) 44%
PE/2014) Se os protocolos de uma empresa devem con-
C) 42%
ter 4 letras, sendo permitida a repetição de caracteres,
D) 45%
E) 43% então podem ser gerados menos de 400.000 protocolos
A probabilidade de sair um número divisível por 3 (ou distintos.
múltiplo de 3) é a probabilidade de ocorrer o evento A = ( ) CERTA ( ) ERRADA
{3; 6; 9; 12; 15; 18; 21; 24; 27; 30; 33; 36; 39; 42; 45; 48; 51; Se os protocolos de uma empresa devem conter 4 le-
54; 57; 60; 63; 66; 69; 72; 75; 78; 81; 84; 87; 90; 93; 96; 99}. tras, sendo permitida a repetição de caracteres, então po-
Como: n(A) = 33 múltiplos de 3 entre 1 e 100 e n(S) = dem ser gerados menos de 400.000 protocolos distintos.
100 números naturais, então, tem-se: Para cada “casa” citada anteriormente, podemos locar
26 letras, pois e permitida a repetição das letras, formando,
assim:
26 x 26 x 26 x 26 = 456.976 códigos distintos

RESPOSTA: “ERRADA”.

66
RACIOCÍNIO LÓGICO

04. (TCU – Analista de controle externo - UnB/Ces- 07. (TRE/RJ – Técnico Judiciário - CESPE/UnB/2012)
pe/2014) Se uma empresa decide não usar as 5 vogais A quantidade de maneiras distintas para se formar a câ-
em seus códigos, que poderão ter 1, 2 ou 3 letras, sen- mara de vereadores dessa cidade é igual a 30!/(9!×21!).
do permitida a repetição de caracteres, então e possível ( ) CERTA ( ) ERRADA
obter mais de 1000 códigos distintos.
( ) CERTA ( ) ERRADA Para a escolha dos 9 vereadores dos 30 candidatos, fa-
remos uma combinação simples dos 30 candidatos escolhi-
Se uma empresa decide não usar as 5 vogais em seus dos 9 a 9, pois aqui, a ordem de escolha não altera o agru-
códigos, que poderão ter 1, 2 ou 3 letras, sendo permitida pamento formado, já que, ao ser escolhidos, por exemplo,
a repetição de caracteres, então e possível obter mais de um agrupamento de 9 pessoas, essas mesmas pessoas não
1000 códigos distintos. poderão ser escolhidas novamente, mesmo em outra or-
Como não serão permitidas as vogais, então teremos dem.
21 letras para obtenção dos códigos.
Observação: será permitida a REPETIÇÃO das letras, ex- ! !! 30! 30!
cluindo as vogais. !! = = = !
!! ! − ! ! 9! 30 − 9 ! 9! 21!
21 letras (código formado por uma letra)=21 códigos
21 x 21 (código formado por duas letras)=441 códigos
RESPOSTA: “CERTA”.
21 x 21 x 21 = 9.261 códigos
Assim sendo, serão obtidos:
21 + 441 + 9.261 = 08. (TRE/RJ – Técnico Judiciário - CESPE/UnB/2012)
Sabendo-se que um eleitor vota em apenas um candi-
RESPOSTA: “ERRADA”. dato a vereador, é correto afirmar que a quantidade de
maneiras distintas de um cidadão escolher um candida-
05. (TCU – Analista de controle externo - UnB/Ces- to é superior a 50.
pe/2014) O número total de códigos diferentes forma- ( ) CERTA ( ) ERRADA
dos por 3 letras distintas e superior a 15000.
( ) CERTA ( ) ERRADA Só existem 30 candidatos, logo não tem como haver 50
formas distintas de escolher um candidato.
O número total de códigos diferentes formados por 3
letras distintas e superior a 15000. RESPOSTA: “ERRADA”.
26x25x24=15600 códigos
09. (VALEC - Assistente Administrativo – FEM-
RESPOSTA: “CERTA”. PERJ/2012) Uma “capicua” é um número que escrito
de trás para a frente é igual ao número original. Por
(TRE/RJ – Técnico Judiciário - CESPE/UnB/2012) Nas exemplo: 232 e 1345431 são “capicuas”. A quantidade
eleições municipais de uma pequena cidade, 30 candi- de “capicuas” de sete algarismos que começam com o
datos disputam 9 vagas para a câmara de vereadores. algarismo 1 é igual a:
Na sessão de posse, os nove eleitos escolhem a mesa A) 400
diretora, que será composta por presidente, primeiro e B) 520
segundo secretários, sendo proibido a um mesmo par- C) 640
lamentar ocupar mais de um desses cargos. Acerca des- D) 1000
sa situação hipotética, julgue os itens seguintes. E) 1200
06. (TRE/RJ – Técnico Judiciário - CESPE/UnB/2012)
Considerando-se os algarismos de 0 a 9 (0; 1; 2; 3; 4; 5;
A quantidade de maneiras distintas de se formar a mesa
6; 7; 8; 9), podemos formar a seguinte quantidade de “capi-
diretora da câmara municipal é superior a 500.
cuas” de sete algarismos, que inicia-se com o algarismo 1.
( ) CERTA ( ) ERRADA
Após serem escolhidos os 9 candidatos, esses forma- 1 x 10 x 10 x 10 x 1 x 1 x 1=10x10x10=1000 capicuas
rão a mesa diretora, que será composta por um presiden-
te, primeiro e segundo secretários, ou seja, por 3 desses RESPOSTA: “D”.
integrantes. A escolha será feita pelo arranjo simples de
9 pessoas escolhidas 3 a 3, já que a ordem dos elementos 10. (VALEC – Assistente Administrativo - FEM-
escolhidos altera a formação da mesa diretora. PERJ/2012) Uma rodovia tem 320 km. A concessionária
da rodovia resolveu instalar painéis interativos a cada
!!! = 9.8.7 = 504!!"#$%&!!"#$"%$&#!!"!!"#$!!"!!"#$%&#'! 10 km, nos dois sentidos da rodovia. Em cada sentido,
o primeiro painel será instalado exatamente no início
da rodovia, e o último, exatamente ao final da rodo-
RESPOSTA: “CERTA”. via. Assim, a concessionária terá de instalar a seguinte
quantidade total de painéis:

67
RACIOCÍNIO LÓGICO

A) 32 3º ano: foram desmatados 10% da floresta remanes-


B) 64 cente (72%), logo, sobraram 72% – 10% de 72%.
C) 65 72% – 10% de 72%. = 72% – 7,2% = 64,8% de floresta
D) 66 não desmatada.
E) 72 Portanto, foram desmatados 100% – 64,8% = 35,2%
Tem-se a seguinte sequência numérica:
marco zero: 1º painel. RESPOSTA: “A”.
marco 10 km: 2º painel.
marco 20 km: 3º painel. 12. (BRDE – Analista de sistemas - AOCP/2012)
... Quantos subconjuntos podemos formar com 3 bolas
Marco 320 km : n-ésimo painel. azuis e 2 vermelhas, de um conjunto contendo 7 bolas
azuis e 5 vermelhas?
Obtendo-se a seguinte sequência numérica dada pela A) 250
progressão aritmética (PA): B) 5040
C) 210
!! = 0 D) 350
!"(0; !10; !20;!. . . ; !320) ! = 10 ! E) 270
!! = 320 Podemos interpretar esse enunciado da seguinte for-
ma: “de um conjunto de 7 bolas azuis e 5 bolas vermelhas,
Sendo a fórmula que define o termo geral de uma PA quantos agrupamentos de 3 bolas azuis e 2 bolas verme-
dada por an= a1+(n – 1).r, teremos: lhas podemos formar”?
Nesse caso tem-se uma combinação simples de 7 bo-
las azuis escolhidas 3 a 3 permutando-se com a combina-
320 ção simples de 5 bolas vermelhas escolhidas 2 a 2.
320=0+ !−1 .10→ =!−1→! =1+32=33! Lembramos que, formamos agrupamentos por com-
10 binação, quando a ordem dos elementos escolhidos não
altera o agrupamento formado. Por exemplo, um agru-
pamento formado pelas bolas vermelhas V1 V2 V3 será
n = 33 painéis, em apenas um dos sentidos da rodovia. idêntico a qualquer outro agrupamento formado por essas
Para o sentido inverso têm-se mais 33 painéis o que mesmas bolas, porém e outra ordem. Logo, a ordem desses
totaliza: elementos escolhidos não altera o próprio agrupamento.
33 + 33 = 66 painéis, ao todo.
76554
RESPOSTA: “D”. !!!.!!! = . . . . = 35.10 = 350!!"#$%!&'()*+!
32121
11. (VALEC – Assistente Administrativo - FEM-
PERJ/2012) Num certo ano, 10% de uma floresta foram RESPOSTA: “D”.
desmatados. No ano seguinte, 20% da floresta rema- (PM/CE - Soldado da Polícia Militar - Cespe/
nescente foi desmatada e, no ano seguinte, a floresta UnB/2013) Conta-se na mitologia grega que Hércules,
remanescente perdeu mais 10% de sua área. Assim, a em um acesso de loucura, matou sua família. Para ex-
floresta perdeu, nesse período, a seguinte porcenta- piar seu crime, foi enviado a presença do rei Euristeu,
gem de sua área original: que lhe apresentou uma serie de provas a serem cum-
A) 35,2% pridas por ele, conhecidas como Os doze trabalhos de
B) 36,4% Hércules. Entre esses trabalhos, encontram-se: matar o
C) 37,4% leão de Neméia, capturar a corça de Cerinéia e captu-
D) 38,6% rar o javali de Erimanto. Considere que a Hércules seja
E) 40,0% dada a escolha de preparar uma lista colocando em or-
dem os doze trabalhos a serem executados, e que a es-
Considerando-se o total inicial da floresta, antes do 1º colha dessa ordem seja totalmente aleatória. Além dis-
desmatamento, igual a 100% teremos, após os desmata- so, considere que somente um trabalho seja executado
mentos sucessivos, o seguinte percentual de floresta des- de cada vez. Com relação ao número de possíveis listas
matado: que Hércules poderia preparar, julgue os itens subse-
1º ano: foram desmatados 10% do total (100%), logo, quentes.
sobraram 90% de floresta não desmatada.
2º ano: foram desmatados 20% da floresta remanes- 13. (PM/CE - Soldado da Polícia Militar - Cespe/
cente (90%), logo, sobraram 90% – 20% de 90%. UnB/2013) O número máximo de possíveis listas que
90% – 20% de 90%. = 90% – 18% = 72% de floresta Hercules poderia preparar e superior a 12x10!
não desmatada. ( ) CERTA ( ) ERRADA

68
RACIOCÍNIO LÓGICO

O número máximo de possíveis listas que Hercules po- Sendo “X” as posições já ocupadas pelas tarefas “cap-
deria preparar e superior a 12x10!. turar a corça de Cerinéia” e “capturar o javali de Erimanto”,
“Considere que a Hercules seja dada a escolha de pre- ainda sobram 10 posições a serem permutadas.
parar uma lista colocando em ordem os doze trabalhos a Ou seja:
serem executados, e que a escolha dessa ordem seja total- 10 x 72 x 42 x 20 x 6
mente aleatória”. Portanto, teremos 10 x 72 x 42 x 20 x 6, um valor supe-
Seja a lista de tarefas dada a Hercules contendo as 12 rior e diferente de 72x42 x 20 x 6
tarefas representada a seguir. Lembrando que a ordem de
escolha ficara a critério de Hercules. RESPOSTA: “ERRADA”.
Então, permutando (trocando) as tarefas de posição,
vai gerar uma nova sequencia, ou seja, uma nova ordem da 16. (PM/CE - Soldado da Polícia Militar - Cespe/
realização de suas tarefas, assim, o numero de possibilida- UnB/2013) O número máximo de possíveis listas con-
des de Hercules começar e terminar suas tarefas será dada tendo os trabalhos “ capturar a corça de Cerineia” e “
pela permutação dessas tarefas. capturar o javali de Erimanto” nas ultimas duas posi-
12x11x10x9x8x7x6x5x4x3x2x1 ou simplesmente: ções, em qualquer ordem, e inferior a 6! x 8!.
12! = 12 x 11 x 10! ( ) CERTA ( ) ERRADA
Como 12x11x10! e diferente de 12x10!.
O número máximo de possíveis listas contendo os tra-
RESPOSTA: “ERRADA”. balhos “ capturar a corça de Cerinéia” e “ capturar o javali
de Erimanto” nas ultimas duas posições, em qualquer or-
14. (PM/CE - Soldado da Polícia Militar - Cespe/ dem, e inferior a 6! x 8!.
UnB/2013) O número máximo de possíveis listas con- Fixando as tarefas “capturar a corça de Cerinéia” e
tendo o trabalho “matar o leão de Neméia” na primeira “capturar o javali de Erimanto” nas duas ultimas posições, e
posição é inferior a 240 x 990 x 56 x 30. lembrando que essas tarefas podem ser permutadas entre
( ) CERTA ( ) ERRADA si, pois são colocadas em qualquer ordem, assim, restaram
10 posições a serem permutadas.
O número máximo de possíveis listas contendo o tra- 10.9.8.7.6.5.4.3.2.1.x.x
balho “matar o leão de Neméia” na primeira posição é infe- Sendo “X” as posições já ocupadas pelas tarefas “cap-
rior a 240 x 990 x 56 x 30. turar a corça de Cerinéia” e “capturar o javali de Erimanto”,
Fixando a tarefa “matar leão de Neméia” na primeira podendo ser permutadas entre si, ainda, sobram 10 posi-
posição, vão sobrar 11 tarefas para serem permutadas nas ções a serem permutadas.
demais casas: Ou seja:
x._._._._._._._._._._._=x.11! 90 x 8! x 2 que equivale a 180 x 8!
Sendo X a posição já ocupada pela tarefa “matar leão Sendo 180 um valor inferior a 6! (6! = 6 x 5 x 4 x 3 x 2 x
de Nemeia”. 1 = 720), logo o valor
Reagrupando os valores, temos: 180 x 8! será inferior a 6! x 8!, tornando este item CER-
24 x 990 x 56 x 30. TO.
Portanto, inferior a 240 x 990 x 56 x 30, tornando este
item ERRADO. RESPOSTA: “CERTA”.

RESPOSTA: “ERRADA”. (TRT 10ª Região – Técnico Judiciário - Cespe/


UnB/2013) Considere que em um escritório trabalham
15. (PM/CE - Soldado da Polícia Militar - Cespe/ 11 pessoas: 3 possuem nível superior, 6 tem o nível mé-
UnB/2013) O número máximo de possíveis listas con- dio e 2 são de nível fundamental. Será formada, com
tendo os trabalhos “capturar a corça de Cerinéia” na esses empregados, uma equipe de 4 elementos para
primeira posição e “ capturar o javali de Erimanto” na realizar um trabalho de pesquisa. Com base nessas in-
terceira posição e inferior a 72 x 42 x 20 x 6. formações, julgue os itens seguintes, acerca dessa equi-
( ) CERTA ( ) ERRADA pe.

O número máximo de possíveis listas contendo os tra- 17. (TRT 10ª Região – Técnico Judiciário - Cespe/
balhos “capturar a corça de Cerinéia” na primeira posição e UnB/2013) Se essa equipe for formada somente com
“ capturar o javali de Erimanto” na terceira posição e infe- empregados de nível médio e fundamental, então ela
rior a 72 x 42 x 20 x 6. poderá ser formada de mais de 60 maneiras distintas.
Fixando as tarefas “capturar a corça de Cerinéia” na pri- ( ) CERTA ( ) ERRADA
meira posição e “capturar o javali de Erimanto” na terceira
posição, restam 10 tarefas a serem permutadas nas demais Se essa equipe for formada somente com empregados
posições, assim, temos que: de nível médio e fundamental, então ela poderá ser forma-
X . 1 . x . 2 . 3 . 4 . 5 . 6 . 7 . 8 . 9 . 10 da de mais de 60 maneiras distintas.

69
RACIOCÍNIO LÓGICO

Das 11 pessoas, 3 são de nível superior(S), 3 nível mé- Como o afirmado neste item, diz que existirão mais de
dio(M), e 2 são de nível fundamental(F) 40 maneiras distintas para a formação das equipes.

Sendo a equipe formada apenas pelos funcionários de RESPOSTA: “ERRADA”.


escolaridade de nível Médio e Fundamental teremos ape-
nas 3 possibilidades de formação das equipes: 19. (TRT 10ª Região – Técnico Judiciário - Cespe/
UnB/2013) Formando-se a equipe com dois emprega-
1ª POSSIBILIDADE: Somente 1 funcionário de nível dos de nível médio, e dois de nível superior, então essa
Fundamental e os demais de nível médio. equipe poderá ser formada de, no máximo, 40 manei-
ras distintas.
!!! .!!! = 2!/1!(2-1)!.6!/3!(6-3)!=40 equipes distintas ( ) CERTA ( ) ERRADA
!
2ª POSSIBILIDADE: com 2 funcionários de nível Funda- Formando-se a equipe com dois empregados de nível
mental e os demais de nível médio. médio, e dois de nível superior, então essa equipe poderá
ser formada de, no máximo, 40 maneiras distintas.
!!! .!!! ! = 2!/2!(2-2)!.6!/2!(6-2)!=15 equipes distintas Formando-se as equipes com 2 empregados de nível
Médio e 2 de Nível Superior, então teremos apenas 1 pos-
3ª POSSIBILIDADE: Uma equipe formada por funcioná- sibilidade de formação de equipes, já que excluímos todos
rios apenas de Nível Médio. os funcionários de nível Fundamental.
!!! .!!! ! = 3!/2!(3-2)!.6!/2!(6-2)!=45 equipes distintas
!!! !. = 6!/4!(6-4)!=15 equipes distintas
De acordo com a afirmativa do item seriam de, no má-
Somando-se os resultados obtidos nas 3 possibilida- ximo, 40 equipes distintas.
des anteriores, encontramos:
40 + 15 + 15= 70 equipes distintas RESPOSTA: “ERRADA”.
Como o item afirma que a equipe poderá ser formada
20. (USP – VESTIBULAR - FUVEST/2012) Considere
por mais de 60 maneiras distintas.
todas as trinta e duas sequências, com cinco elementos
cada uma, que podem ser formadas com os algarismos
RESPOSTA: “CERTA”.
0 e 1. Quantas dessas sequências possuem pelo menos
três zeros em posições consecutivas?
18. (TRT 10ª Região – Técnico Judiciário - Cespe/
a) 3
UnB/2013) Se essa equipe incluir todos os empregados
b) 5
de nível fundamental, então ela poderá ser formada de
c) 8
mais de 40 maneiras distintas. d) 12
( ) CERTA ( ) ERRADA e) 16
Se essa equipe incluir todos os empregados de nível Utilizando os algarismos 0 e 1 e, considerando as se-
fundamental, então ela poderá ser formada de mais de 40 quências com 5 elementos, temos:
maneiras distintas. I) 5 sequências com exatamente 3 zeros em posições
consecutivas (00010, 00011, 01000 e 11000)
1ª POSSIBILIDADE: Equipes contendo 2 funcionários de II) 2 sequências com exatamente 4 zeros em posições
nível fundamental e os demais de nível Superior. consecutivas (00001 e 10000)
!!! .!!! ! = 2!/2!(2-2)!.3!/2!(3-2)!=3 equipes distintas III) 1 sequência com 5 zeros (00000)
Portanto, o número de sequências com pelo menos
três zeros em posições consecutivas é 5 + 2 + 1 = 8
2ª POSSIBILIDADE: Equipes contendo 2 funcionários RESPOSTA: “C”.
nível fundamental e os demais de nível médio.
!!! .!!! ! = 2!/2!(2-2)!.6!/2!(6-2)!=15 equipes distintas 21. (PC/SP - Escrivão de Polícia - VUNESP/2012) De
uma urna contendo 10 bolas coloridas, sendo 4 bran-
cas, 3 pretas, 2 vermelhas e 1 verde, retiram-se de uma
3ª POSSIBILIDADE: Equipes contendo 2 funcionários de vez 4 bolas .Quantos são os casos possíveis em que apa-
nível fundamental e os demais de nível médio ou superior. recem exatamente uma bola de cada cor?
Como a urna contém 4 bolas brancas, existem 4 maneiras
!!! .!!! .!!! !1
= 2!/2!(2-2)!.6!/1!(6-1)!.3!/1!(3-1)!=18 possíveis de retirar uma bola branca; analogamente, 3 pretas,
equipes distintas 2 vermelhas e 1 verde. Assim, pelo Princípio Fundamental da
Somando-se os resultados obtidos nas 3 possibilida- Contagem, o número de casos possíveis em que aparecem
des, teremos: exatamente uma bola de cada cor é 4 . 3 . 2 . 1 = 24
3 + 15 + 18 = 36 equipes distintas RESPOSTA: “C”.

70
INFORMÁTICA BÁSICA

Conceitos, utilização e configuração de hardware e software em ambiente de microinformática. Sistema Operacional


Windows (XP/7/8). Conceitos, utilização e configuração de hardware e software em ambiente de microinformática. Uso
dos recursos, ambiente de trabalho, arquivo, pastas, manipulação de arquivos, formatação, localização de arquivos,
lixeira, área de transferência e backup. .......................................................................................................................................................... 01
Microsoft Office 2003/2007/2010 (Word, Excel e Power Point): Conceitos, organização, utilização, configuração e uso
dos recursos: gerenciamento de arquivos, pastas, diretórios, planilhas, tabelas, gráficos, fórmulas, funções, suplementos,
programas e impressão. ....................................................................................................................................................................................... 21
Protocolos, serviços, tecnologias, ferramentas e aplicativos associados à Internet e ao correio eletrônico. Conceitos dos
principais navegadores da Internet. ................................................................................................................................................................ 55
Conceito de software livre. .................................................................................................................................................................................. 60
Conceitos de segurança da informação aplicados a TIC.Cópia de segurança (backup): Conceitos. ..................................... 64
Conceitos de ambiente de Redes de Computadores................................................................................................................................. 70
Extensão de Arquivo................................................................................................................................................................................................ 71
Teclas de Atalho........................................................................................................................................................................................................ 73
INFORMÁTICA BÁSICA

Prof. Ovidio Lopes da Cruz Netto

- Doutor em Engenharia Biomédica pela Universidade Mogi das Cruzes – UMC.


- Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade Mogi das Cruzes – UMC.
- Pós Graduado em Engenharia de Software pela Universidade São Judas Tadeu.
- Pós Graduado em Formação de Docentes para o Ensino Superior pela Universidade Nove de Julho.
- Graduado em Engenharia da Computação pela Universidade Mogi das Cruzes – UMC

CONCEITOS, UTILIZAÇÃO E CONFIGURAÇÃO DE HARDWARE E SOFTWARE EM


AMBIENTE DE MICROINFORMÁTICA.
SISTEMA OPERACIONAL WINDOWS (XP/7/8).
CONCEITOS, UTILIZAÇÃO E CONFIGURAÇÃO DE HARDWARE E SOFTWARE EM
AMBIENTE DE MICROINFORMÁTICA.
USO DOS RECURSOS, AMBIENTE DE TRABALHO, ARQUIVO, PASTAS,
MANIPULAÇÃO DE ARQUIVOS, FORMATAÇÃO, LOCALIZAÇÃO DE ARQUIVOS,
LIXEIRA, ÁREA DE TRANSFERÊNCIA E BACKUP.

1. Conceitos e fundamentos básicos de informática

A Informática é um meio para diversos fins, com isso acaba atuando em todas as áreas do conhecimento. A sua utiliza-
ção passou a ser um diferencial para pessoas e empresas, visto que, o controle da informação passou a ser algo fundamen-
tal para se obter maior flexibilidade no mercado de trabalho. Logo, o profissional, que melhor integrar sua área de atuação
com a informática, atingirá, com mais rapidez, os seus objetivos e, consequentemente, o seu sucesso, por isso em quase
todos editais de concursos públicos temos Informática.
1.1. O que é informática?
Informática pode ser considerada como significando “informação automática”, ou seja, a utilização de métodos e téc-
nicas no tratamento automático da informação. Para tal, é preciso uma ferramenta adequada: O computador.
A palavra informática originou-se da junção de duas outras palavras: informação e automática. Esse princípio básico
descreve o propósito essencial da informática: trabalhar informações para atender as necessidades dos usuários de maneira
rápida e eficiente, ou seja, de forma automática e muitas vezes instantânea.
Nesse contexto, a tecnologia de hardwares e softwares é constantemente atualizada e renovada, dando origem a equi-
pamentos eletrônicos que atendem desde usuários domésticos até grandes centros de tecnologia.

1.2. O que é um computador?


O computador é uma máquina que processa dados, orientado por um conjunto de instruções e destinado a produzir
resultados completos, com um mínimo de intervenção humana. Entre vários benefícios, podemos citar:
: grande velocidade no processamento e disponibilização de informações;
: precisão no fornecimento das informações;
: propicia a redução de custos em várias atividades
: próprio para execução de tarefas repetitivas;
Como ele funciona?
Em informática, e mais especialmente em computadores, a organização básica de um sistema será na forma de:

Figura 1: Etapas de um processamento de dados.

1
INFORMÁTICA BÁSICA

Vamos observar agora, alguns pontos fundamentais com arquivos dos mais diferentes formatos de compressão,
para o entendimento de informática em concursos públi- tais como: ACE, ARJ, BZ2, CAB, GZ, ISO, JAR, LZH, RAR, TAR,
cos. UUEncode, ZIP, 7Z e Z. Também suporta arquivos de até
Hardware, são os componentes físicos do computador, 8.589 bilhões de Gigabytes!
ou seja, tudo que for tangível, ele é composto pelos peri- Chat  é um termo da língua inglesa que se pode tra-
féricos, que podem ser de entrada, saída, entrada-saída ou duzir como “bate-papo” (conversa). Apesar de o conceito
apenas saída, além da CPU (Unidade Central de Processa- ser estrangeiro, é bastante utilizado no nosso idioma para
mento) fazer referência a uma ferramenta (ou fórum) que permite
Software, são os programas que permitem o funciona- comunicar (por escrito) em tempo real através da Internet.
mento e utilização da máquina (hardware), é a parte lógica Principais canais para chats são os portais, como Uol,
do computador, e pode ser dividido em Sistemas Operacio- Terra, G1, e até mesmo softwares de serviços mensageiros
nais, Aplicativos, Utilitários ou Linguagens de Programação. como o Skype, por exemplo.
O primeiro software necessário para o funcionamento Um e-mail hoje é um dos principais meios de comuni-
de um computador é o Sistema Operacional (Sistema Ope- cação, por exemplo:
racional). Os diferentes programas que você utiliza em um
computador (como o Word, Excel, PowerPoint etc) são os canaldoovidio@gmail.com
aplicativos. Já os utilitários são os programas que auxiliam
na manutenção do computador, o antivírus é o principal Onde, canaldoovidio é o usuário o arroba quer dizer
exemplo, e para finalizar temos as Linguagens de Progra- na, o gmail é o servidor e o .com é a tipagem.
mação que são programas que fazem outros programas, Para editarmos e lermos nossas mensagens eletrônicas
como o JAVA por exemplo. em um único computador, sem necessariamente estarmos
Importante mencionar que os softwares podem ser conectados à Internet no momento da criação ou leitura do
livres ou pagos, no caso do livre, ele possui as seguintes e-mail, podemos usar um programa de correio eletrônico.
características: Existem vários deles. Alguns gratuitos, como o Mozilla Thun-
• O usuário pode executar o software, para qualquer derbird, outros proprietários como o Outlook Express. Os dois
uso. programas, assim como vários outros que servem à mesma
• Existe a liberdade de estudar o funcionamento do finalidade, têm recursos similares. Apresentaremos os recur-
programa e de adaptá-lo às suas necessidades. sos dos programas de correio eletrônico através do Outlook
• É permitido redistribuir cópias. Express que também estão presentes no Mozilla Thunderbird.
• O usuário tem a liberdade de melhorar o progra- Um conhecimento básico que pode tornar o dia a dia
ma e de tornar as modificações públicas de modo que a com o Outlook muito mais simples é sobre os atalhos de
comunidade inteira beneficie da melhoria. teclado para a realização de diversas funções dentro do
Entre os principais sistemas operacionais pode-se des- Outlook. Para você começar os seus estudos, anote alguns
tacar o Windows (Microsoft), em suas diferentes versões, atalhos simples. Para criar um novo e-mail, basta apertar
o Macintosh (Apple) e o  Linux  (software livre criado pelo Ctrl + Shift + M e para excluir uma determinada mensagem
finlandês Linus Torvalds), que apresenta entre suas versões aposte no atalho Ctrl + D. Levando tudo isso em considera-
o Ubuntu, o Linux Educacional, entre outras. ção inclua os atalhos de teclado na sua rotina de estudos e
É o principal software do computador, pois possibilita vá preparado para o concurso com os principais na cabeça.
que todos os demais programas operem. Uma das funcionalidades mais úteis do Outlook para pro-
Android  é um Sistema Operacional desenvolvido pelo fissionais que compartilham uma mesma área é o compartilha-
Google para funcionar em dispositivos móveis, como Smar- mento de calendário entre membros de uma mesma equipe.
tphones e Tablets. Sua distribuição é livre, e qualquer pessoa Por isso mesmo é importante que você tenha o conhe-
pode ter acesso ao seu código-fonte e desenvolver aplicati- cimento da técnica na hora de fazer uma prova de con-
vos (apps) para funcionar neste Sistema Operacional. curso que exige os conhecimentos básicos de informática,
iOS, é o sistema operacional utilizado pelos aparelhos pois por ser uma função bastante utilizada tem maiores
fabricados pela Apple, como o iPhone e o iPad. chances de aparecer em uma ou mais questões.
O calendário é uma ferramenta bastante interessante
2. Conhecimento e utilização dos principais softwares do Outlook que permite que o usuário organize de forma
utilitários (compactadores de arquivos, chat, clientes de completa a sua rotina, conseguindo encaixar tarefas, com-
e-mails, reprodutores de vídeo, visualizadores de imagem) promissos e reuniões de maneira organizada por dia, de
forma a ter um maior controle das atividades que devem
Os compactadores de arquivos servem para transfor- ser realizadas durante o seu dia a dia.
mar um grupo de arquivos em um único arquivo e ocu- Dessa forma, uma funcionalidade do Outlook permi-
pando menos memória, ficou muito famoso como o termo te que você compartilhe em detalhes o seu calendário ou
zipar um arquivo. parte dele com quem você desejar, de forma a permitir
Hoje o principal programa é o WINRAR para Windows, que outra pessoa também tenha acesso a sua rotina, o que
inclusive com suporte para outros formatos. Compacta em pode ser uma ótima pedida para profissionais dentro de
média de 8% a 15% a mais que o seu principal concorrente, uma mesma equipe, principalmente quando um determi-
o WinZIP. WinRAR é um dos únicos softwares que trabalha nado membro entra de férias.

2
INFORMÁTICA BÁSICA

Para conseguir utilizar essa função basta que você entre em Calendário na aba indicada como Página Inicial. Feito isso,
basta que você clique em Enviar Calendário por E-mail, que vai fazer com que uma janela seja aberta no seu Outlook.
Nessa janela é que você vai poder escolher todas as informações que vão ser compartilhadas com quem você deseja,
de forma que o Outlook vai formular um calendário de forma simples e detalhada de fácil visualização para quem você
deseja enviar uma mensagem.
Nos dias de hoje, praticamente todo mundo que trabalha dentro de uma empresa tem uma assinatura própria para
deixar os comunicados enviados por e-mail com uma aparência mais profissional.
Dessa forma, é considerado um conhecimento básico saber como criar assinaturas no Outlook, de forma que este con-
teúdo pode ser cobrado em alguma questão dentro de um concurso público.
Por isso mesmo vale a pena inserir o tema dentro de seus estudos do conteúdo básico de informática para a sua pre-
paração para concurso. Ao contrário do que muita gente pensa, a verdade é que todo o processo de criar uma assinatura é
bastante simples, de forma que perder pontos por conta dessa questão em específico é perder pontos à toa.
Para conseguir criar uma assinatura no Outlook basta que você entre no menu Arquivo e busque pelo botão de Opções.
Lá você vai encontrar o botão para E-mail e logo em seguida o botão de Assinaturas, que é onde você deve clicar. Feito isso,
você vai conseguir adicionar as suas assinaturas de maneira rápida e prática sem maiores problemas.
No Outlook Express podemos preparar uma mensagem através do ícone Criar e-mail, demonstrado na figura acima, ao
clicar nessa imagem aparecerá a tela a seguir:

Figura 2: Tela de Envio de E-mail

Para: deve ser digitado o endereço eletrônico ou o contato registrado no Outlook do destinatário da mensagem. Cam-
po obrigatório.
Cc: deve ser digitado o endereço eletrônico ou o contato registrado no Outlook do destinatário que servirá para ter
ciência desse e-mail.
Cco: Igual ao Cc, porém os destinatários ficam ocultos.

Assunto: campo onde será inserida uma breve descrição, podendo reservar-se a uma palavra ou uma frase sobre o
conteúdo da mensagem. É um campo opcional, mas aconselhável, visto que a falta de seu preenchimento pode levar o
destinatário a não dar a devida importância à mensagem ou até mesmo desconsiderá-la.
Corpo da mensagem: logo abaixo da linha assunto, é equivalente à folha onde será digitada a mensagem.
A mensagem, após digitada, pode passar pelas formatações existentes na barra de formatação do Outlook:
Mozilla Thunderbird é um cliente de email e notícias open-source e gratuito criado pela Mozilla Foundation (mesma
criadora do Mozilla Firefox).
Webmail é o nome dado a um cliente de e-mail que não necessita de instalação no computador do usuário, já que
funciona como uma página de internet, bastando o usuário acessar a página do seu provedor de e-mail com seu login e
senha. Desta forma, o usuário ganha mobilidade já que não necessita estar na máquina em que um cliente de e-mail está
instalado para acessar seu e-mail.

3
INFORMÁTICA BÁSICA

A popularização da banda larga e dos serviços de e-mail com grande capacidade de armazenamento está aumentan-
do a circulação de vídeos na Internet. O problema é que a profusão de formatos de arquivos pode tornar a experiência
decepcionante.
A maioria deles depende de um único programa para rodar. Por exemplo, se a extensão é MOV, você vai necessitar do
QuickTime, da Apple. Outros, além de um player de vídeo, necessitam do “codec” apropriado. Acrônimo de “COder/DECo-
der”, codec é uma espécie de complemento que descomprime - e comprime - o arquivo. É o caso do MPEG, que roda no
Windows Media Player, desde que o codec esteja atualizado - em geral, a instalação é automática.
Com os três players de multimídia mais populares - Windows Media Player, Real Player e Quicktime -, você dificilmente
encontrará problemas para rodar vídeos, tanto offline como por streaming (neste caso, o download e a exibição do vídeo
são simultâneos, como na TV Terra).
Atualmente, devido à evolução da internet com os mais variados tipos de páginas pessoais e redes sociais, há uma
grande demanda por programas para trabalhar com imagens. E, como sempre é esperado, em resposta a isso, também há
no mercado uma ampla gama de ferramentas existentes que fazem algum tipo de tratamento ou conversão de imagens.
Porém, muitos destes programas não são o que se pode chamar de simples e intuitivos, causando confusão em seu
uso ou na manipulação dos recursos existentes. Caso o que você precise seja apenas um programa para visualizar imagens
e aplicar tratamentos e efeitos simples ou montar apresentações de slides, é sempre bom dar uma conferida em alguns
aplicativos mais leves e com recursos mais enxutos como os visualizadores de imagens.
Abaixo, segue uma seleção de visualizadores, muitos deles trazendo os recursos mais simples, comuns e fáceis de se
utilizar dos editores, para você que não precisa de tantos recursos, mas ainda assim gosta de dar um tratamento especial
para as suas mais variadas imagens.
O Picasa está com uma versão cheia de inovações que faz dele um aplicativo completo para visualização de fotos e
imagens. Além disso, ele possui diversas ferramentas úteis para editar, organizar e gerenciar arquivos de imagem do com-
putador.
As ferramentas de edição possuem os métodos mais avançados para automatizar o processo de correção de imagens.
No caso de olhos vermelhos, por exemplo, o programa consegue identificar e corrigir todos os olhos vermelhos da foto
automaticamente sem precisar selecionar um por um. Além disso, é possível cortar, endireitar, adicionar textos, inserir efei-
tos, e muito mais.
Um dos grandes destaques do Picasa é sua poderosa biblioteca de imagens. Ele possui um sistema inteligente de ar-
mazenamento capaz de filtrar imagens que contenham apenas rostos. Assim você consegue visualizar apenas as fotos que
contém pessoas.
Depois de tudo organizado em seu computador, você pode escolher diversas opções para salvar e/ou compartilhar
suas fotos e imagens com amigos e parentes. Isso pode ser feito gravando um CD/DVD ou enviando via Web. O programa
possui integração com o PicasaWeb, o qual possibilita enviar um álbum inteiro pela internet em poucos segundos.
O  IrfanView  é um visualizador de imagem muito leve e com uma interface gráfica simples porém otimizada e fácil
de utilizar, mesmo para quem não tem familiaridade com este tipo de programa. Ele também dispõe de alguns recursos
simples de editor. Com ele é possível fazer operações como copiar e deletar imagens até o efeito de remoção de olhos ver-
melhos em fotos. O programa oferece alternativas para aplicar efeitos como texturas e alteração de cores em sua imagem
por meio de apenas um clique.
Além disso sempre é possível a visualização de imagens pelo próprio gerenciador do Windows.

3.Identificação e manipulação de arquivos

Pastas – são estruturas digitais criadas para organizar arquivos, ícones ou outras pastas.
Arquivos – são registros digitais criados e salvos através de programas aplicativos. Por exemplo, quando abrimos a
Microsoft Word, digitamos uma carta e a salvamos no computador, estamos criando um arquivo.
Ícones – são imagens representativas associadas a programas, arquivos, pastas ou atalhos. As duas figuras mostradas
nos itens anteriores são ícones. O primeiro representa uma pasta e o segundo, um arquivo criado no programa Excel.
Atalhos – são ícones que indicam um caminho mais curto para abrir um programa ou até mesmo um arquivo.
Clicando com o botão direito do mouse sobre um espaço vazio da área de trabalho, temos as seguintes opções, de
organização:

4
INFORMÁTICA BÁSICA

Figura 3: Organizar ícones

-Nome: Organiza os ícones por ordem alfabética de nomes, permanecendo inalterados os ícones padrão da área de
trabalho.
-Tamanho: Organiza os ícones pelo seu tamanho em bytes, permanecendo inalterados os ícones padrão da área de
trabalho.
-Tipo: Organiza os ícones em grupos de tipos, por exemplo, todas as pastas ficarão ordenadas em sequência, depois
todos os arquivos, e assim por diante, permanecendo inalterados os ícones padrão da área de trabalho.
-Modificado em: Organiza os ícones pela data da última alteração, permanecendo inalterados os ícones padrão da área
de trabalho.
-Organizar automaticamente: Não permite que os ícones sejam colocados em qualquer lugar na área de trabalho.
Quando arrastados pelo usuário, ao soltar o botão esquerdo, o ícone voltará ao seu lugar padrão.
-Alinhar à grade: estabelece uma grade invisível para alinhamento dos ícones.
-Mostrar ícones da área de trabalho: Oculta ou mostra os ícones colocados na área de trabalho, inclusive os ícones
padrão, como Lixeira, Meu Computador e Meus Documentos.
-Bloquear itens da Web na área de trabalho: Bloquea recursos da Internet ou baixados em temas da web e usados na
área de trabalho.
-Executar assistente para limpeza da área de trabalho:
Inicia um assistente para eliminar da área de trabalho ícones que não estão sendo utilizados.
Para acessar o Windows Explorer, basta clicar no botão Windows, Todos os Programas, Acessórios, Windows Explorer,
ou usar a tecla do Windows+E. O Windows Explorer é um ambiente do Windows onde podemos realizar o gerenciamento
de arquivos e pastas. Nele, temos duas divisões principais: o lado esquerdo, que exibe as pastas e diretórios em esquema
de hierarquia e o lado direito que exibe o conteúdo das pastas e diretórios selecionados do lado esquerdo.
Quando clicamos, por exemplo, sobre uma pasta com o botão direito do mouse, é exibido um menu suspenso com
diversas opções de ações que podem ser realizadas. Em ambos os lados (esquerdo e direito) esse procedimento ocorre,
mas do lado esquerdo, não é possível visualizar a opção “Criar atalho”, como é possível observar nas figuras a seguir:

5
INFORMÁTICA BÁSICA

Figura 4: Windows Explorer – botão direito

A figura a cima mostra as opções exibidas no menu suspenso quando clicamos na pasta DOWNLOADS com o botão
direito do mouse, do lado esquerdo do Windows Explorer.
No Windows Explorer podemos realizar facilmente opções de gerenciamento como copiar, recortar, colar e mover,
pastas e arquivos.

-Copiar e Colar: consiste em criar uma cópia idêntica da pasta, arquivo ou atalho selecionado. Para essa tarefa, pode-
mos adotar os seguintes procedimentos:
1º) Selecione o item desejado;
2º) Clique com o botão direito do mouse e depois com o esquerdo em “copiar”. Se preferir, pode usar as teclas de
atalho CTRL+C. Esses passos criarão uma cópia do arquivo ou pasta na memória RAM do computador, mas a cópia ainda
não estará em nenhum lugar visível do sistema operacional.
3º) Clique com o botão direito do mouse no local onde deseja deixar a cópia e depois, com o esquerdo, clique em
“colar”. Também podem ser usadas as teclas CTRL + V, para efetivar o processo de colagem.
Dessa forma, teremos o mesmo arquivo ou pasta em mais de um lugar no computador.

-Recortar e Colar: Esse procedimento retira um arquivo ou pasta de um determinado lugar e o coloca em outro. É como
se recortássemos uma figura de uma revista e a colássemos em um caderno. O que recortarmos ficará apenas em um lugar
do computador.
Os passos necessários para recortar e colar, são:
1º) Selecione o item desejado;
2º) Clique com o botão direito do mouse e depois com o esquerdo em “recortar”. Se preferir, pode usar as teclas de
atalho CTRL+X. Esses passos criarão uma cópia do arquivo ou pasta na memória RAM do computador, mas a cópia ainda
não estará em nenhum lugar visível do sistema operacional.
3º) Clique com o botão direito do mouse no local onde deseja deixar a cópia e depois, com o esquerdo, clique em
“colar”. Também podem ser usadas as teclas CTRL + V, para efetivar o processo de colagem.

Lixeira: Contém os arquivos e pastas excluídos pelo usuário. Para excluirmos arquivos, atalhos e pastas, podemos clicar
com o botão direito do mouse sobre eles e depois usar a opção “Excluir”. Outra forma é clicar uma vez sobre o objeto
desejado e depois pressionar o botão delete, no teclado. Esses dois procedimentos enviarão para lixeira o que foi excluído,
sendo possível a restauração, caso haja necessidade. Para restaurar, por exemplo, um arquivo enviado para a lixeira, pode-
mos, após abri-la, restaurar o que desejarmos.

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INFORMÁTICA BÁSICA

Figura 5: Restauração de arquivos enviados para a lixeira

A restauração de objetos enviados para a lixeira pode ser feita com um clique com o botão direito do mouse sobre o item de-
sejado e depois, outro clique com o esquerdo em “Restaurar”. Isso devolverá, automaticamente o arquivo para seu local de origem.

Outra forma de restaurar é usar a opção “Restaurar este item”, após selecionar o objeto.

Alguns arquivos e pastas, por terem um tamanho muito grande, são excluídos sem irem antes para a Lixeira. Sempre
que algo for ser excluído, aparecerá uma mensagem, ou perguntando se realmente deseja enviar aquele item para a Lixeira,
ou avisando que o que foi selecionado será permanentemente excluído. Outra forma de excluir documentos ou pastas sem
que eles fiquem armazenados na Lixeira é usar as teclas de atalho Shift+Delete.
No Linux a forma mais tradicional para se manipular arquivos é com o comando chmod que altera as permissões de
arquivos ou diretórios. É um comando para manipulação de arquivos e diretórios que muda as permissões para acesso
àqueles, por exemplo, um diretório que poderia ser de escrita e leitura, pode passar a ser apenas leitura, impedindo que
seu conteúdo seja alterado.

4. Backup de arquivos

O Backup ajuda a proteger os dados de exclusão acidentais, ou até mesmo de falhas, por exemplo se os dados originais
do disco rígido forem apagados ou substituídos acidentalmente ou se ficarem inacessíveis devido a um defeito do disco
rígido, você poderá restaurar facilmente os dados usando a cópia arquivada.

4.1. Tipos de Backup


Fazer um backup é simples. Basta copiar os arquivos que você usa para outro lugar e pronto, está feito o backup. Mas e
se eu alterar um arquivo? E se eu excluir acidentalmente um arquivo? E se o arquivo atual corrompeu? Bem, é aí que a coisa
começa a ficar mais legal. É nessa hora que entram as estratégias de backup.
Se você perguntar a alguém que não é familiarizado com backups, a maioria pensará que um backup é somente uma
cópia idêntica de todos os dados do computador. Em outras palavras, se um backup foi criado na noite de terça-feira, e
nada mudou no computador durante o dia todo na quarta-feira, o backup criado na noite de quarta seria idêntico àquele
criado na terça. Apesar de ser possível configurar backups desta maneira, é mais provável que você não o faça. Para enten-
der mais sobre este assunto, devemos primeiro entender os tipos diferentes de backup que podem ser criados. Estes são:
• Backups completos;
• Backups incrementais;
• Backups diferenciais;
• Backups delta;
O backup completo é simplesmente fazer a cópia de todos os arquivos para o diretório de destino (ou para os dis-
positivos de backup correspondentes), independente de versões anteriores ou de alterações nos arquivos desde o último
backup. Este tipo de backup é o tradicional e a primeira ideia que vêm à mente das pessoas quando pensam em backup:
guardar TODAS as informações. Outra característica do backup completo é que ele é o ponto de início dos outros métodos
citados abaixo. Todos usam este backup para assinalar as alterações que deverão ser salvas em cada um dos métodos.
Este tipo consiste no backup de todos os arquivos para a mídia de backup. Conforme mencionado anteriormente, se os
dados sendo copiados nunca mudam, cada backup completo será igual aos outros. Esta similaridade ocorre devido ao fato
que um backup completo não verifica se o arquivo foi alterado desde o último backup; copia tudo indiscriminadamente

7
INFORMÁTICA BÁSICA

para a mídia de backup, tendo modificações ou não. Esta O armazenamento deve ser sempre levado em con-
é a razão pela qual os backups completos não são feitos o sideração, onde o administrador desses backups deve
tempo todo Todos os arquivos seriam gravados na mídia se preocupar em encontrar um equilíbrio que atenda
de backup. Isto significa que uma grande parte da mídia adequadamente às necessidades de todos, e também
de backup é usada mesmo que nada tenha sido alterado. assegurar que os backups estejam disponíveis para a
Fazer backup de 100 gigabytes de dados todas as noites pior das situações.
quando talvez 10 gigabytes de dados foram alterados não Após todas as técnicas de backups estarem efetiva-
é uma boa prática; por este motivo os backups incremen- das deve-se garantir os testes para que com o passar
tais foram criados. do tempo não fiquem ilegíveis.
Já os backups incrementais primeiro verificam se o
horário de alteração de um arquivo é mais recente que o 4.3. Recomendações para proteger seus backups
horário de seu último backup, por exemplo, já atuei em
uma Instituição, onde todos os backups eram programa- Fazer backups é uma excelente prática de seguran-
dos para a quarta-feira. ça básica. Agora lhe damos conselhos simples para que
A  vantagem  principal em usar backups incrementais você esteja a salvo no dia em que precisar deles:
é que rodam mais rápido que os backups completos. A 1. Tenha seus backups fora do PC, em outro escri-
principal desvantagem dos backups incrementais é que tório, e, se for possível, em algum recipiente à prova
para restaurar um determinado arquivo, pode ser neces- de incêndios, como os cofres onde você guarda seus
sário procurar em um ou mais backups incrementais até documentos e valores importantes.
encontrar o arquivo. Para restaurar um sistema de arquivo 2. Faça mais de uma cópia da sua informação e as
completo, é necessário restaurar o último backup completo mantenha em lugares separados.
e todos os backups incrementais subsequentes. Numa ten- 3. Estabeleça uma idade máxima para seus backups,
tativa de diminuir a necessidade de procurar em todos os é melhor comprimir os arquivos que já sejam muito
backups incrementais, foi implementada uma tática ligeira- antigos (quase todos os programas de backup contam
mente diferente. Esta é conhecida como backup diferencial. com essa opção), assim você não desperdiça espaço
Os backups diferenciais, também só copia arquivos al- útil.
terados desde o último backup, mas existe uma diferen- 4. Proteja seus backups com uma senha, de manei-
ça, ele mapeia as alterações em relação ao último backup ra que sua informação fique criptografada o suficiente
completo, importante mencionar que essa técnica ocasio- para que ninguém mais possa acessá-la. Se sua infor-
na o aumento progressivo do tamanho do arquivo. mação é importante para seus entes queridos, imple-
Os backups delta sempre armazena a diferença entre mente alguma forma para que eles possam saber a se-
as versões correntes e anteriores dos arquivos, começan- nha se você não estiver presente.
do a partir de um backup completo e, a partir daí, a cada
novo backup são copiados somente os arquivos que foram 5. Conceitos básicos de Hardware (Placa mãe, me-
alterados enquanto são criados hardlinks para os arquivos mórias, processadores (CPU) e disco de armazenamen-
que não foram alterados desde o último backup. Esta é a to HDs, CDs e DVDs)
técnica utilizada pela Time Machine da Apple e por ferra- Os gabinetes são dotados de fontes de alimenta-
mentas como o rsync. ção de energia elétrica, botão de ligar e desligar, botão
de reset, baias para encaixe de drives de DVD, CD, HD,
4.2. Mídias saídas de ventilação e painel traseiro com recortes para
A fita foi o primeiro meio de armazenamento de dados encaixe de placas como placa mãe, placa de som, vídeo,
removível amplamente utilizado. Tem os benefícios de custo rede, cada vez mais com saídas USBs e outras.
baixo e uma capacidade razoavelmente boa de armazena- No fundo do gabinete existe uma placa de metal
mento. Entretanto, a fita tem algumas desvantagens. Ela está onde será fixada a placa mãe. Pelos furos nessa placa é
sujeita ao desgaste e o acesso aos dados na fita é sequen- possível verificar se será possível ou não fixar determi-
cial por natureza. Estes fatores significam que é necessário nada placa mãe em um gabinete, pois eles têm que ser
manter o registro do uso das fitas (aposentá-las ao atingirem proporcionais aos furos encontrados na placa mãe para
o fim de suas vidas úteis) e também que a procura por um parafusá-la ou encaixá-la no gabinete.
arquivo específico nas fitas pode ser uma tarefa longa. Placa-mãe, é a placa principal, formada por um con-
Ultimamente, os drives de disco nunca seriam usados junto de circuitos integrados (“chip set“) que reconhece
como um meio de backup. No entanto, os preços de ar- e gerencia o funcionamento dos demais componentes
mazenamento caíram a um ponto que, em alguns casos, do computador.
usar drives de disco para armazenamento de backup faz Se o processador pode ser considerado o “cérebro”
sentido. A razão principal para usar drives de disco como do computador, a placa-mãe (do inglês  motherboard)
um meio de backup é a velocidade. Não há um meio de representa a espinha dorsal, interligando os demais pe-
armazenamento em massa mais rápido. A velocidade pode riféricos ao processador.
ser um fator crítico quando a janela de backup do seu cen- O disco rígido, do inglês hard disk, também conhe-
tro de dados é curta e a quantidade de dados a serem co- cido como HD, serve como unidade de armazenamento
piados é grande. permanente, guardando dados e programas.

8
INFORMÁTICA BÁSICA

Ele armazena os dados em discos magnéticos que mantêm a gravação por vários anos, se necessário.
Esses discos giram a uma alta velocidade e tem seus dados gravados ou acessados por um braço móvel composto por
um conjunto de cabeças de leitura capazes de gravar ou acessar os dados em qualquer posição nos discos.
Dessa forma, os computadores digitais (que trabalham com valores discretos) são totalmente binários. Toda informação
introduzida em um computador é convertida para a forma binária, através do emprego de um código qualquer de arma-
zenamento, como veremos mais adiante.
A menor unidade de informação armazenável em um computador é o algarismo binário ou dígito binário, conhecido
como bit (contração das palavras inglesas binarydigit). O bit pode ter, então, somente dois valores: 0 e 1.
Evidentemente, com possibilidades tão limitadas, o bit pouco pode representar isoladamente; por essa razão, as infor-
mações manipuladas por um computador são codificadas em grupos ordena- dos de bits, de modo a terem um significado
útil.
O menor grupo ordenado de bits representando uma informação útil e inteligível para o ser humano é o byte (leia-se
“baite”).
Como os principais códigos de representação de caracteres utilizam grupos de oito bits por caracter, os conceitos de
byte e caracter tornam-se semelhantes e as palavras, quase sinônimas.
É costume, no mercado, construírem memórias cujo acesso, armazenamento e recuperação de informações são efetua-
dos byte a byte. Por essa razão, em anúncios de computadores, menciona-se que ele possui “512 mega bytes de memória”;
por exemplo, na realidade, em face desse costume, quase sempre o termo byte é omitido por já subentender esse valor.
Para entender melhor essas unidades de memórias, veja a imagem abaixo:

Figura 6: Unidade de medida de memórias

Em resumo, a cada degrau que você desce na Figura 3 é só você dividir por 1024 e a cada degrau que você sobe basta
multiplicar por 1024. Vejamos dois exemplos abaixo:

Transformar 4 gigabytes em kilobytes: Transformar 16422282522 kilobytes em terabytes:


4 * 1024 = 4096 megabytes 16422282522 / 1024 = 16037385,28 megabytes
4096 * 1024 = 4194304 kilobytes. 16037385,28 / 1024 = 15661,51 gigabytes
15661,51 / 1024 = 15,29 terabytes.

USB é abreviação de “Universal Serial Bus”. É a porta de entrada mais usada atualmente.


Além de ser usado para a conexão de todo o tipo de dispositivos, ele fornece uma pequena quantidade de energia. Por
isso permite que os conectores USB sejam usados por carregadores, luzes, ventiladores e outros equipamentos.

A fonte de energia do computador ou, em inglês é responsável por converter a voltagem da energia elétrica, que chega
pelas tomadas, em voltagens menores, capazes de ser suportadas pelos componentes do computador.

Monitor de vídeo
Normalmente um dispositivo que apresenta informações na tela de LCD, como um televisor atual.
Outros monitores são sensíveis ao toque (chamados de touchscreen), onde podemos escolher opções tocando em
botões virtuais, apresentados na tela.

Impressora
Muito popular e conhecida por produzir informações impressas em papel.
Atualmente existem equipamentos chamados impressoras multifuncionais, que comportam impressora, scanner e fo-
tocopiadoras num só equipamento.

9
INFORMÁTICA BÁSICA

Pen drive é a mídia portátil mais utilizada pelos usuá- ... RISC são arquiteturas de carga-armazenamento, en-
rios de computadores atualmente. quanto que a maior parte das arquiteturas CISC permite
Ele não precisar recarregar energia para manter os da- que outras operações também façam referência à memória.
dos armazenados. Isso o torna seguro e estável, ao contrá- Possuem um clock interno de sincronização que define
rio dos antigos disquetes. É utilizado através de uma porta a velo- cidade com que o processamento ocorre. Essa velo-
USB (Universal Serial Bus). cidade é medida em Hertz. Segundo Amigo (2008):
Em um computador, a velocidade do clock se refere ao
Cartões de memória, são baseados na tecnologia flash, número de pulsos por segundo gerados por um oscilador
semelhante ao que ocorre com a memória RAM do com- (dispositivo eletrônico que gera sinais), que determina o
putador, existe uma grande variedade de formato desses tempo necessário para o processador executar uma instru-
cartões. ção. Assim para avaliar a performance de um processador,
São muito utilizados principalmente em câmeras foto- medimos a quantidade de pulsos gerados em 1 segundo e,
gráficas e telefones celulares. Podem ser utilizados também para tanto, utilizamos uma unidade de medida de frequên-
em microcomputadores. cia, o Hertz.

BIOS é o Basic Input/Output System, ou Sistema Básico


de Entrada e Saída, trata-se de um mecanismo responsável
por algumas atividades consideradas corriqueiras em um
computador, mas que são de suma importância para o cor-
reto funcionamento de uma máquina.
Se a BIOS para de funcionar, o PC também para! Ao
iniciar o PC, a BIOS faz uma varredura para detectar e iden-
tificar todos os componentes de hardware conectados à
máquina.
Só depois de todo esse processo de identificação é que
a BIOS passa o controle para o sistema operacional e o
boot acontece de verdade.

Diferentemente da memória RAM, as memórias ROM Figura 7: Esquema Processador


(Read Only Memory – Memória Somente de Leitura) não
são voláteis, mantendo os dados gravados após o desliga- Na placa mãe são conectados outros tipos de placas,
mento do computador. com seus circuitos que recebem e transmite dados para
As primeiras ROM não permitiam a regravação de seu desempenhar tarefas como emissão de áudio, conexão à
conteúdo. Atualmente, existem variações que possibilitam Internet e a outros computadores e, como não poderia fal-
a regravação dos dados por meio de equipamentos espe- tar, possibilitar a saída de imagens no monitor.
ciais. Essas memórias são utilizadas para o armazenamento Essas placas, muitas vezes, podem ter todo seu hard-
do BIOS. ware reduzido a chips, conectados diretamente na placa
mãe, utilizando todos os outros recursos necessários, que
O processador que é uma peça de computador que não estão implementa- dos nesses chips, da própria mo-
contém instruções para realizar tarefas lógicas e matemá- therboard. Geralmente esse fato implica na redução da ve-
ticas. O processador é encaixado na placa mãe através do locidade, mas hoje essa redução é pouco considerada, uma
socket, ele que processa todas as informações do compu- vez que é aceitável para a maioria dos usuários.
tador, sua velocidade é medida em Hertz e os fabricantes No entanto, quando se pretende ter maior potência de
mais famosos são Intel e AMD. som, melhor qualidade e até aceleração gráfica de imagens
O processador do computador (ou CPU – Unidade e uma rede mais veloz, a opção escolhida são as placas off
Central de Processamento) é uma das partes principais do board. Vamos conhecer mais sobre esse termo e sobre as
hardware do computador e é responsável pelos cálculos, placas de vídeo, som e rede:
execução de tarefas e processamento de dados. Placas de vídeo são hardwares específicos para traba-
Contém um conjunto de restritos de células de memó- lhar e projetar a imagem exibida no monitor. Essas placas
ria chamados registradores que podem ser lidos e escritos podem ser onboard, ou seja, com chipset embutido na
muito mais rapidamente que em outros dispositivos de placa mãe, ou off board, conectadas em slots presentes
memória. Os registra- dores são unidades de memória que na placa mãe. São considerados dispositivos de saída de
representam o meio mais caro e rápido de armazenamento dados, pois mostram ao usuário, na forma de imagens, o
de dados. Por isso são usados em pequenas quantidades resultado do processamento de vários outros dados.
nos processadores. Você já deve ter visto placas de vídeo com especifica-
Em relação a sua arquitetura, se destacam os modelos ções 1x, 2x, 8x e assim por diante. Quanto maior o número,
RISC (Reduced Instruction Set Computer) e CISC (Complex maior será a quantidade de dados que passarão por se-
Instruction Set Computer). Segundo Carter [s.d.]: gundo por essa placa, o que oferece imagens de vídeo, por
exemplo, com velocidade cada vez mais próxima da reali-

10
INFORMÁTICA BÁSICA

dade. Além dessa velocidade, existem outros itens importantes de serem observados em uma placa de vídeo: aceleração
gráfica 3D, resolução, quantidade de cores e, como não poderíamos esquecer, qual o padrão de encaixe na placa mãe que
ela deverá usar (atualmente seguem opções de PCI ou AGP). Vamos ver esses itens um a um:
Placas de som são hardwares específicos para trabalhar e projetar a sons, seja em caixas de som, fones de ouvido ou
microfone. Essas placas podem ser onboard, ou seja, com chipset embutido na placa mãe, ou offboard, conectadas em slots
presentes na placa mãe. São dispositivos de entrada e saída de dados, pois tanto permitem a inclusão de dados (com a entrada
da voz pelo microfone, por exemplo) como a saída de som (através das caixas de som, por exemplo).
Placas de rede são hardwares específicos para integrar um computador a uma rede, de forma que ele possa enviar e
receber informações. Essas placas podem ser onboard, ou seja, com chipset embutido na placa mãe, ou offboard, conecta-
das em slots presentes na placa mãe.
Alguns dados importantes a serem observados em uma placa de rede são: a arquitetura de rede que atende os tipos
de cabos de rede suportados e a taxa de transmissão.

6. Periféricos de computadores

Para entender o suficiente sobre periféricos para concurso público é importante entender que os periféricos são os
componentes (hardwares) que estão sempre ligados ao centro dos computadores.
Os periféricos são classificados como:
Dispositivo de Entrada: É responsável em transmitir a informação ao computador. Exemplos: mouse, scanner, microfo-
ne, teclado, Web Cam, Trackball, Identificador Biométrico, Touchpad e outros.
Dispositivos de Saída: É responsável em receber a informação do computador. Exemplos: Monitor, Impressoras, Caixa
de Som, Ploter, Projector de Vídeo e outros.
Dispositivo de Entrada e Saída: É responsável em transmitir e receber informação ao computador. Exemplos: Drive de Dis-
quete, HD, CD-R/RW, DVD, Blu-ray, modem, Pen-Drive, Placa de Rede, Monitor Táctil, Dispositivo de Som e outros.

SISTEMA OPERACIONAL WINDOWS

Windows assim como tudo que envolve a informática passa por uma atualização constante, os concursos públicos em
seus editais acabam variando em suas versões, por isso vamos abordar de uma maneira geral tanto as versões do Windows
quanto do Linux.
O Windows é um Sistema Operacional, ou seja, é um software, um programa de computador desenvolvido por pro-
gramadores através de códigos de programação. Os Sistemas Operacionais, assim como os demais softwares, são consi-
derados como a parte lógica do computador, uma parte não palpável, desenvolvida para ser utilizada apenas quando o
computador está em funcionamento. O Sistema Operacional (SO) é um programa especial, pois é o primeiro a ser instalado
na máquina.
Quando montamos um computador e o ligamos pela primeira vez, em sua tela serão mostradas apenas algumas rotinas
presentes nos chipsets da máquina. Para utilizarmos todos os recursos do computador, com toda a qualidade das placas
de som, vídeo, rede, acessarmos a Internet e usufruirmos de toda a potencialidade do hardware, temos que instalar o SO.
Após sua instalação é possível configurar as placas para que alcancem seu melhor desempenho e instalar os demais
programas, como os softwares aplicativos e utilitários.
O SO gerencia o uso do hardware pelo software e gerencia os demais programas.
A diferença entre os Sistemas Operacionais de 32 bits e 64 bits está na forma em que o processador do computador
trabalha as informações. O Sistema Operacional de 32 bits tem que ser instalado em um computador que tenha o proces-
sador de 32 bits, assim como o de 64 bits tem que ser instalado em um computador de 64 bits.
Os Sistemas Operacionais de 64 bits do Windows, segundo o site oficial da Microsoft, podem utilizar mais memória que
as versões de 32 bits do Windows. “Isso ajuda a reduzir o tempo despendi- do na permuta de processos para dentro e para
fora da memória, pelo armazenamento de um número maior desses processos na memória de acesso aleatório (RAM) em
vez de fazê-lo no disco rígido. Por outro lado, isso pode aumentar o desempenho geral do programa”.

Windows XP

O Windows XP foi lançado em 2001 e ele era um sistema operacional bastante completo e confiável, por isso pode-se
dizer que ele foi uma versão muito bem sucedida, importante mencionar que o encerramento do seu suporte foi em abril
de 2014.

11
INFORMÁTICA BÁSICA

Figura 8: Tela de login do Windows XP

Figura 9: Desktop do Windows XP

12
INFORMÁTICA BÁSICA

Ele foi sucessor de uma versão considerada fracassada Comparando o Windows XP com o Windows 7
que foi o Windows Me (Millennium Edition), lançado em
2000, e é considerado por muitos o principal responsável Estabilidade
em recuperar a confiança dos clientes Microsoft. Seu lança-
mento foi dia 25 de outubro de 2001 e chamou a atenção O Windows 7 é muito mais estável do que o Windo-
por trazer uma nova interface gráfica e eliminar os proble- ws XP, e isso acontece por diversos motivos. Inicialmente
mas de estabilidade encontrados no ME. ele foi desenvolvido para dar maior proteção à memória,
A interface gráfica do Windows XP ficou conhecida por isolando-a de problemas externos. Exemplo clássico: você
ser muito mais intuitiva e agradável, afinal as janelas cinzas, instala um novo driver de placa de vídeo, e ele trava pois
e barras quadradas foram substituídas por uma interface tem um bug. Enquanto o Windows XP trava por completo
colorida, com padrão azul, e botões mais arredondados e (ou o computador é reiniciado), o Windows 7 se recupera
visíveis. Outra grande novidade foi o botão iniciar, que fi- normalmente do travamento utilizando um driver padrão
cou maior, com mais atalhos e possibilidades de fixar pro- de vídeo, e isso não afeta os demais programas abertos.
gramas, mudança essa que permaneceu até o Windows 7. O Windows 7 vem com o Monitor de Confiabilidade.
Outros aspectos visuais trazidos pelo Windows XP, fo- Ele monitora constantemente o computador, salvando in-
ram as novas camadas e efeitos para o desktop, além de formações importantes quando há alguma falha de aplica-
apresentar um papel de parede padrão que viria a se tor- tivo ou do Windows, e com isso o usuário tem um pano-
nar icônico. Os usuários poderiam ainda travar a barra de rama geral que permite concluir que aplicativo ou driver
tarefas e evitar que houvesse mudanças das configurações está causando problemas. Isso é possível pois ele monitora
no espaço. a data de instalação de drivers e programas, execução de
O XP foi apresentado ainda em diferentes edições, aplicativos, updates do Windows, travamento de progra-
além de estar disponível em 32 e 64 bits. A versão Home mas, e tudo mais que possa afetar a estabilidade do sis-
Edition era voltada para o uso doméstico e trazia ferra- tema operacional - e com isso é fácil concluir quando um
mentas mais simples para o usuário comum. Já a edição novo programa ou driver está causando problemas no sis-
Professional tinha como público empresas e usuários com tema operacional. O Monitor de Confiabilidade também
conhecimentos avançados. Houve ainda uma versão Media tem a opção de verificar soluções para todos os problemas
Center Edition, mas esta nunca foi colocada à venda e era listados.
entregue somente sob encomenda. Além disso, o Windows 7 também vem com a opção
Em relação as funcionalidades, o grande destaque foi o de restauração de sistema e drivers, permitindo que você
suporte a dispositivos Plug and Play, famoso plugar e usar retorne a um status ou driver anterior ao atual caso este
que acabou com etapas burocráticas de instalação, não exi- apresente algum problema.
gindo que o computador fosse desligado ao remover um Por fim, o NTFS (tipo de partição) do Windows 7 é mais
dispositivo externo, como um pendrive. completo e avançado do que o do Windows XP, pois é o
Outra novidade na funcionalidade foi a tecnologia mesmo utilizado no Windows Server 2008. Quando ocorre
ClearType, que facilitava a visualização de textos em tela algum problema em disco ou na partição do Windows XP,
LCD, novidades na época. Além disso, ele melhorou o con- por exemplo, o sistema operacional tenta corrigi-lo (às ve-
sumo de energia para a utilização em dispositivos móveis zes durante horas) via chkdsk no próximo boot. O NTFS do
como notebook e tablets, e incluiu a possibilidade de ini- Windows 7, por outro lado, utiliza o self-healing (auto-cor-
cializar a máquina mais rapidamente e hibernar. reção) e o problema é reparado imediatamente sem que o
Além disso, passou a dar suporte às redes Wireless e usuário sequer saiba disso. Além disso, ele permite corrigir
DSL, melhorando a alternância entre contas de usuários, problemas em arquivos de sistema (como o Win32k.sys) -
permitindo que o indivíduo acesse outra conta sem fechar algo que o Windows XP não consegue. Neste item Windo-
seus programas abertos. Além disso, introduziu a funcio- ws 7 x Windows XP, o Windows 7 ganha.
nalidade de assistência remota, o que possibilitou que pes-
soas conectadas à Internet pudessem assumir o controle Usabilidade
da máquina para realizar suporte técnico ou auxiliar uma
tarefa. O Windows 7 facilita o dia-a-dia das pessoas com novi-
Quanto as atualizações e até mesmo o encerramen- dades que tornam as tarefas mais rápidas e eficientes. Entre
to do suporte, pode-se dizer que o XP teve três grandes elas estão:
atualizações, que ficaram conhecidas como Service Packs. - Central de Contas do Usuário (UAC) que protege o
O primeiro foi lançado no dia 9 de setembro de 2002, adi- usuário sem incomodá-lo
cionando o suporte ao formato USB 2.0 e a possibilidade - Pesquisa integrada ao sistema operacional
de definir padrões de programas. O SP2 chegou em 6 de - Bibliotecas, que organizam os arquivos e facilitam o
agosto de 2004 com foco na segurança do sistema. Já o seu uso em rede local
SP3 foi distribuído em 6 de maio de 2008 com correções de - Aero Snap, que ao arrastar uma janela para a lateral
segurança e melhoras no desempenho. da tela, esta é automaticamente expandida e ocupa meta-
No dia 8 de abril de 2014, a Microsoft encerrou o su- de da tela (ou tela cheia se for arrastada para cima)
porte ao Windows XP SP3, não oferecendo mais atualiza- - Aero Peek, que torna as janelas transparentes para
ções ou correções de segurança para o sistema. você visualizar ou acessar rapidamente o desktop

13
INFORMÁTICA BÁSICA

- Aero Shake, que ao chacoalhar uma janela faz com Custo Benefício
que todas as demais sejam automaticamente minimizadas
O Windows XP foi inaugurado em 2001, ou seja, para
Essas melhorias na usabilidade não devem ser descon- hardwares equivalentes da época, os requisitos mínimos
sideradas ou vistas como “frescura”, pois elas podem eco- do Windows XP são inferiores até mesmo aos smartpho-
nomizar dezenas de horas de trabalho por ano! Mais uma nes mais simples de hoje em dia: Pentium 233 MHz, 64MB
vantagem para o Windows 7 na comparação Windows 7 x RAM e 1,5GB de espaço em disco! É preciso dizer mais?
Windows XP. O Windows 7 funciona muito bem até mesmo em
hardware limitado, como netbooks com 1GB RAM e pro-
Segurança cessador de 1GHz, além de estar preparado para utilizar
todo potencial das tecnologias atuais:  processadores
Há um mundo de diferença entra a segurança do multi-core, muita memória RAM, discos SSD, drive de
Windows XP e a do Windows 7. Embora algumas pessoas Blu-Ray, USB 3.0, placas de vídeo caseiras que processam
achem que basta instalar um navegador atual para se man- 3 trilhões de cálculos por segundo (quatro placas dessas
ter seguro na web, nada mais ilusório: estes mesmos nave- trabalhando juntas superam o total de cálculos por se-
gadores não conseguem proteger o usuário se eles estão gundo do supercomputador mais rápido do planeta de
sendo executados em um sistema operacional com capaci- 2001 - e ele tinha 8.192 processadores!), e tecnologias
dade de proteção limitada. O navegador não impede ata- que utilizamos atualmente e que seriam consideradas
ques remotos nem ataques que utilizam vulnerabilidades coisas de ficção científica quando o Windows XP foi cria-
existentes no sistema operacional. do.
Além disso, vulnerabilidades no Windows 7 são muito Na prática não existem motivos razoáveis para um
menos perigosas do que a mesma vulnerabilidade no Win- computador utilizar o Windows XP ao invés do Windows
dows XP, pois o Windows 7 tem diversas proteções adicio- 7.
nais que diminuem o poder de ação dos malwares. Entre
elas estão ASLR, PatchGuard, UAC, PMIE e outras tecnolo-
gias que bloqueiam e impedem ataques externos por vias Windows 7
desconhecidas. Além disso, o antivírus gratuito da Micro-
soft (MSE – Microsoft Security Essentials) pode ser utilizado
por qualquer pessoa que tenha Windows Original, prote- Para saber se o Windows é de 32 ou 64 bits, basta:
gendo-a contra malwares. 1. Clicar no botão Iniciar , clicar com o botão direito
em computador e clique em Propriedades.
Hardware e performance 2. Em sistema, é possível exibir o tipo de sistema.
“Para instalar uma versão de 64 bits do Windows 7,
Atualmente muitos computadores e notebooks vêm você precisará de um processador capaz de executar uma
com 4GB de memória RAM ou mais - e o Windows XP não versão de 64 bits do Windows. Os benefícios de um siste-
aproveita isso. ma operacional de 64 bits ficam mais claros quando você
Tanto o Windows XP quanto o Windows 7 “enxergam” tem uma grande quantidade de RAM (memória de acesso
até 4GB RAM nas suas versões 32-bits - mas ao contrário aleatório) no computador, normalmente 4 GB ou mais.
do XP, o Windows 7 tem versões 64-bits perfeitamente uti- Nesses casos, como um sistema operacional de 64 bits
lizáveis, isto é, o mercado lançou programas e periféricos pode processar grandes quantidades de memória com
que funcionam perfeitamente no Windows 7, mas não para mais eficácia do que um de 32 bits, o sistema de 64 bits
o Windows XP. poderá responder melhor ao executar vários programas
Embora exista uma versão 64-bits do Windows XP, pra- ao mesmo tempo e alternar entre eles com frequência”.
ticamente ninguém a usa pois não há drivers para periféri- Uma maneira prática de usar o Windows 7 (Win 7) é
cos nem programas que aproveitam o seu potencial. reinstalá-lo sobre um SO já utilizado na máquina. Nesse
E um detalhe que poucos sabem é que o limite de 4GB caso, é possível instalar:
de memória se aplica à soma da memória RAM + memória - Sobre o Windows XP;
da placa de vídeo + memória dos periféricos PCI + ACPI + - Uma versão Win 7 32 bits, sobre Windows Vista
tudo mais que esteja instalado no computador que utilize (Win Vista), também 32 bits;
memória (exceto pendrive, disco rígido e cartões de me- - Win 7 de 64 bits, sobre Win Vista, 32 bits;
mória, obviamente). - Win 7 de 32 bits, sobre Win Vista, 64 bits;
Isso significa que se você utiliza  uma poderosa placa - Win 7 de 64 bits, sobre Win Vista, 64 bits;
de vídeo de 2GB de memória (algo relativamente comum) - Win 7 em um computador e formatar o HD durante
no Windows XP, este acessará menos de 2GB de memória a insta- lação;
RAM independentemente da quantidade de memória RAM - Win 7 em um computador sem SO;
instalada no computador. E quanto menos memória RAM, Antes de iniciar a instalação, devemos verificar qual
menos performance o computador terá. A solução é utili- tipo de instalação será feita, encontrar e ter em mãos a
zar um sistema operacional completo de 64-bits como o chave do produto, que é um código que será solicitado
Windows 7. durante a instalação.

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INFORMÁTICA BÁSICA

Vamos adotar a opção de instalação com formatação Criação de pastas (diretórios)


de disco rígido, segundo o site oficial da Microsoft Corpo-
ration:
- Ligue o seu computador, de forma que o Windows
seja inicia- lizado normalmente, insira do disco de instala-
ção do Windows 7 ou a unidade flash USB e desligue o seu
computador.
- Reinicie o computador.
- Pressione qualquer tecla, quando solicitado a fazer
isso, e siga as instruções exibidas.
- Na página de Instalação Windows, insira seu idioma
ou outras preferências e clique em avançar.
- Se a página de Instalação Windows não aparecer e o
programa não solicitar que você pressione alguma tecla,
talvez seja necessário alterar algumas configurações do sis-
tema. Para obter mais informações sobre como fazer isso,
consulte Inicie o seu computador usando um disco de ins-
talação do Windows 7 ou um pen drive USB.
- Na página Leia os termos de licença, se você aceitar
os termos de licença, clique em aceito os termos de licença
e em avançar.
- Na página que tipo de instalação você deseja? clique Figura 8: Criação de pastas
em Personalizada.
- Na página onde deseja instalar Windows? clique em Clicando com o botão direito do mouse em um espaço
op- ções da unidade (avançada). vazio da área de trabalho ou outro apropriado, podemos
- Clique na partição que você quiser alterar, clique na encontrar a opção pasta.
opção de formatação desejada e siga as instruções. Clicando nesta opção com o botão esquerdo do mou-
- Quando a formatação terminar, clique em avançar. se, temos então uma forma prática de criar uma pasta.
- Siga as instruções para concluir a instalação do Win-
dows 7, inclusive a nomenclatura do computador e a confi-
guração de uma conta do usuário inicial.

Conceitos de pastas, arquivos e atalhos, manipula-


ção de arquivos e pastas, uso dos menus

Pastas – são estruturas digitais criadas para organizar Figura 9: Criamos aqui uma pasta chamada “Trabalho”.
arquivos, ícones ou outras pastas.
Arquivos– são registros digitais criados e salvos atra-
vés de programas aplicativos. Por exemplo, quando abri-
mos o Microsoft Word, digitamos uma carta e a salvamos
no computador, estamos criando um arquivo.
Ícones– são imagens representativas associadas a pro-
gramas, arquivos, pastas ou atalhos.
Atalhos–são ícones que indicam um caminho mais
curto para abrir um programa ou até mesmo um arquivo.

Figura 10: Tela da pasta criada

Clicamos duas vezes na pasta “Trabalho” para abrí-la e


agora criaremos mais duas pastas dentro dela:

Para criarmos as outras duas pastas, basta repetir o


procedimento botão direito, Novo, Pasta.

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INFORMÁTICA BÁSICA

Área de trabalho:

Figura 11: Área de Trabalho

A figura acima mostra a primeira tela que vemos quando o Windows 7 é iniciado. A ela damos o nome de área de
trabalho, pois a ideia original é que ela sirva como uma prancheta, onde abriremos nossos livros e documentos para dar
início ou continuidade ao trabalho.
Em especial, na área de trabalho, encontramos a barra de tarefas, que traz uma série de particularidades, como:

Figura 12: Barra de tarefas

1) Botão Iniciar: é por ele que entramos em contato com todos os outros programas instalados, programas que fazem
parte do sistema operacional e ambientes de configuração e trabalho. Com um clique nesse botão, abrimos uma lista, cha-
mada Menu Iniciar, que contém opções que nos permitem ver os programas mais acessados, todos os outros programas
instalados e os recursos do próprio Windows. Ele funciona como uma via de acesso para todas as opções disponíveis no
computador.
Através do botão Iniciar, também podemos:
-desligar o computador, procedimento que encerra o Sistema Operacional corretamente, e desliga efetivamente a
máquina;
-colocar o computador em modo de espera, que reduz o consumo de energia enquanto a máquina estiver ociosa, ou
seja, sem uso. Muito usado nos casos em que vamos nos ausentar por um breve período de tempo da frente do compu-
tador;
-reiniciar o computador, que desliga e liga automaticamente o sistema. Usado após a instalação de alguns programas
que precisam da reinicialização do sistema para efetivarem sua insta- lação, durante congelamento de telas ou travamentos
da máquina.
-realizar o logoff, acessando o mesmo sistema com nome e senha de outro usuário, tendo assim um ambiente com
características diferentes para cada usuário do mesmo computador.

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INFORMÁTICA BÁSICA

Figura 13: Menu Iniciar – Windows 7

Na figura a cima temos o menu Iniciar, acessado com um clique no botão Iniciar.
2) Ícones de inicialização rápida: São ícones colocados como atalhos na barra de tarefas para serem acessados com
facilidade.
3) Barra de idiomas: Mostra qual a configuração de idioma que está sendo usada pelo teclado.
4) Ícones de inicialização/execução: Esses ícones são configurados para entrar em ação quando o computador é
iniciado. Muitos deles ficam em execução o tempo todo no sistema, como é o caso de ícones de programas antivírus que
monitoram constante- mente o sistema para verificar se não há invasões ou vírus tentando ser executados.
5) Propriedades de data e hora: Além de mostra o relógio constantemente na sua tela, clicando duas vezes, com o
botão esquerdo do mouse nesse ícone, acessamos as Propriedades de data e hora.

17
INFORMÁTICA BÁSICA

Alguns arquivos e pastas, por terem um tamanho mui-


to grande, são excluídos sem irem antes para a Lixeira.
Sempre que algo for ser excluído, aparecerá uma mensa-
gem, ou perguntando se realmente deseja enviar aquele
item para a Lixeira, ou avisando que o que foi selecionado
será permanentemente excluído. Outra forma de excluir
documentos ou pastas sem que eles fiquem armazenados
na Lixeira é usar as teclas de atalho Shift+Delete.

A barra de tarefas pode ser posicionada nos quatro


cantos da tela para proporcionar melhor visualização de
outras janelas abertas. Para isso, basta pressionar o botão
esquerdo do mouse em um espaço vazio dessa barra e com
ele pressionado, arrastar a barra até o local desejado (canto
direito, superior, esquerdo ou inferior da tela).

Para alterar o local da Barra de Tarefas na tela, temos


Figura 14: Propriedades de data e hora que verificar se a opção “Bloquear a barra de tarefas” não
Nessa janela, é possível configurarmos a data e a hora, está marcada.
deter- minarmos qual é o fuso horário da nossa região e
especificar se o relógio do computador está sincronizado
automaticamente com um servidor de horário na Internet.
Este relógio é atualizado pela bateria da placa mãe, que vi-
mos na figura 26. Quando ele começa a mostrar um horário
diferente do que realmente deveria mostrar, na maioria das
vezes, indica que a bateria da placa mãe deve precisar ser
trocada. Esse horário também é sincronizado com o mes-
mo horário do SETUP.
Lixeira: Contém os arquivos e pastas excluídos pelo
usuário. Para excluirmos arquivos, atalhos e pastas, pode-
mos clicar com o botão direito do mouse sobre eles e de-
pois usar a opção “Excluir”. Outra forma é clicar uma vez
sobre o objeto desejado e depois pressionar o botão dele-
te, no teclado. Esses dois procedimentos enviarão para li-
xeira o que foi excluído, sendo possível a restauração, caso
haja necessidade. Para restaurar, por exemplo, um arquivo
enviado para a lixeira, podemos, após abri-la, restaurar o
que desejarmos.
Figura 16: Bloqueio da Barra de Tarefas

Propriedades da barra de tarefas e do menu iniciar:


Através do clique com o botão direito do mouse na bar-
ra de tarefas e do esquerdo em “Propriedades”, podemos
acessar a janela “Propriedades da barra de tarefas e do
menu iniciar”.

Figura 15: Restauração de arquivos enviados para a lixeira

A restauração de objetos enviados para a lixeira pode


ser feita com um clique com o botão direito do mouse so-
bre o item desejado e depois, outro clique com o esquerdo
em “Restaurar”. Isso devolverá, automaticamente o arquivo
para seu local de origem.

Outra forma de restaurar é usar a opção “Restaurar


este item”, após selecionar o objeto.

18
INFORMÁTICA BÁSICA

Figura 19: Barra de Ferramentas

Painel de controle

O Painel de Controle é o local onde podemos alte-


rar configurações do Windows, como aparência, idioma,
configurações de mouse e teclado, entre outras. Com ele
é possível personalizar o computador às necessidades do
usuário.
Para acessar o Painel de Controle, basta clicar no Botão
Figura 17: Propriedades da barra de tarefas e do menu Iniciar e depois em Painel de Controle. Nele encontramos
iniciar as seguintes opções:
- Sistema e Segurança: “Exibe e altera o status do sis-
Na guia “Barra de Tarefas”, temos, entre outros: tema e da segurança”, permite a realização de backups e
restauração das configurações do sistema e de arquivos.
-Bloquear a barra de tarefas – que impede que ela seja Possui ferramentas que permitem a atualização do Sistema
posicionada em outros cantos da tela que não seja o infe- Operacional, que exibem a quantidade de memória RAM
rior, ou seja, impede que seja arrastada com o botão es- instalada no computador e a velocidade do processador.
querdo do mouse pressionado. Oferece ainda, possibilidades de configuração de Firewall
-Ocultar automaticamente a barra de tarefas – oculta para tornar o computador mais protegido.
(esconde) a barra de tarefas para proporcionar maior apro- - Rede e Internet: mostra o status da rede e possibi-
veitamento da área da tela pelos programas abertos, e a lita configurações de rede e Internet. É possível também
exibe quando o mouse é posicionado no canto inferior do definir preferências para compartilhamento de arquivos e
monitor. computadores.
- Hardware e Sons: é possível adicionar ou remover har-
dwares como impressoras, por exemplo. Também permite
alterar sons do sistema, reproduzir CDs automaticamente,
configurar modo de economia de energia e atualizar drives
de dispositivos instalados.
- Programas: através desta opção, podemos realizar a
desinstalação de programas ou recursos do Windows.
- Contas de Usuários e Segurança Familiar: aqui alte-
ramos senhas, criamos contas de usuários, determinamos
configurações de acesso.
- Aparência: permite a configuração da aparência da
área de trabalho, plano de fundo, proteção de tela, menu
iniciar e barra de tarefas.
- Relógio, Idioma e Região: usamos esta opção para
Figura 18: Guia Menu Iniciar e Personalizar Menu Iniciar alterar data, hora, fuso horário, idioma, formatação de nú-
meros e moedas.
Pela figura acima podemos notar que é possível a apa- - Facilidade de Acesso: permite adaptarmos o compu-
rência e comportamento de links e menus do menu Iniciar. tador às necessidades visuais, auditivas e motoras do usuá-
rio.

Computador

Através do “Computador” podemos consultar e aces-


sar unidades de disco e outros dispositivos conectados ao
nosso computador.

19
INFORMÁTICA BÁSICA

Para acessá-lo, basta clicar no Botão Iniciar e em Com- Charms Bar


putador. A janela a seguir será aberta: O objetivo do Windows 8 é ter uma tela mais limpa e
esse recurso possibilita “esconder” algumas configurações
e aplicações. É uma barra localizada na lateral que pode ser
acessada colocando o mouse no canto direito e inferior da
tela ou clicando no atalho Tecla do Windows + C. Essa fun-
ção substitui a barra de ferramentas presente no sistema
e configurada de acordo com a página em que você está.
Com a Charm Bar ativada, digite Personalizar na bus-
ca em configurações. Depois escolha a opção tela inicial e
em seguida escolha a cor da tela. O usuário também pode
selecionar desenhos durante a personalização do papel de
parede.

Redimensionar as tiles
Na tela esses mosaicos ficam uns maiores que os ou-
tros, mas isso pode ser alterado clicando com o botão di-
reito na divisão entre eles e optando pela opção menor.
Você pode deixar maior os aplicativos que você quiser des-
Figura 20: Computador tacar no computador.

Observe que é possível visualizarmos as unidades de dis- Grupos de Aplicativos


co, sua capacidade de armazenamento livre e usada. Vemos Pode-se criar divisões e grupos para unir programas
também informações como o nome do computador, a quanti- parecidos. Isso pode ser feito várias vezes e os grupos po-
dade de memória e o processador instalado na máquina. dem ser renomeados.

Windows 8 Visualizar as pastas


A interface do programas no computador podem ser
É o sistema operacional da Microsoft que substituiu o vistos de maneira horizontal com painéis dispostos lado a
Windows 7 em tablets, computadores, notebooks, celula- lado. Para passar de um painel para outro é necessário usar
res, etc. Ele trouxe diversas mudanças, principalmente no a barra de rolagem que fica no rodapé.
layout, que acabou surpreendendo milhares de usuários
acostumados com o antigo visual desse sistema. Compartilhar e Receber
A tela inicial completamente alterada foi a mudança Comando utilizado para compartilhar conteúdo, enviar
que mais impactou os usuários. Nela encontra-se todas as uma foto, etc. Tecle Windows + C, clique na opção Com-
aplicações do computador que ficavam no Menu Iniciar e partilhar e depois escolha qual meio vai usar. Há também a
também é possível visualizar previsão do tempo, cotação opção Dispositivo que é usada para receber e enviar con-
da bolsa, etc. O usuário tem que organizar as pequenas teúdos de aparelhos conectados ao computador.
miniaturas que aparecem em sua tela inicial para ter acesso
aos programas que mais utiliza. Alternar Tarefas
Caso você fique perdido no novo sistema ou dentro de Com o atalho Alt + Tab, é possível mudar entre os pro-
uma pasta, clique com o botão direito e irá aparecer um gramas abertos no desktop e os aplicativos novos do SO.
painel no rodapé da tela. Caso você esteja utilizando uma Com o atalho Windows + Tab é possível abrir uma lista na
das pastas e não encontre algum comando, clique com o lateral esquerda que mostra os aplicativos modernos.
botão direito do mouse para que esse painel apareça.
A organização de tela do Windows 8 funciona como o Telas Lado a Lado
antigo Menu Iniciar e consiste em um mosaico com imagens Esse sistema operacional não trabalha com o concei-
animadas. Cada mosaico representa um aplicativo que está to de janelas, mas o usuário pode usar dois programas ao
instalado no computador. Os atalhos dessa área de traba- mesmo tempo. É indicado para quem precisa acompanhar
lho, que representam aplicativos de versões anteriores, ficam o Facebook e o Twitter, pois ocupa ¼ da tela do computa-
com o nome na parte de cima e um pequeno ícone na parte dor.
inferior. Novos mosaicos possuem tamanhos diferentes, co-
res diferentes e são atualizados automaticamente. Visualizar Imagens
A tela pode ser customizada conforme a conveniência do O sistema operacional agora faz com que cada vez que
usuário. Alguns utilitários não aparecem nessa tela, mas po- você clica em uma figura, um programa específico abre e
dem ser encontrados clicando com o botão direito do mouse isso pode deixar seu sistema lento. Para alterar isso é preci-
em um espaço vazio da tela. Se deseja que um desses apli- so ir em Programas – Programas Default – Selecionar Win-
cativos apareça na sua tela inicial, clique com o botão direito dows Photo Viewer e marcar a caixa Set this Program as
sobre o ícone e vá para a opção Fixar na Tela Inicial. Default.

20
INFORMÁTICA BÁSICA

Imagem e Senha Windows 10 Education  – Baseada na versão Enterprise,


O usuário pode utilizar uma imagem como senha ao é destinada a atender as necessidades do meio educacional.
invés de escolher uma senha digitada. Para fazer isso, aces- Também tem seu método de distribuição baseado através da
se a Charm Bar, selecione a opção Settings e logo em se- versão acadêmica de licenciamento de volume.
guida clique em More PC settings. Acesse a opção Usuários Windows 10 Mobile – Embora o Windows 10 tente ven-
e depois clique na opção “Criar uma senha com imagem”. der seu nome fantasia como um sistema operacional único, os
Em seguida, o computador pedirá para você colocar sua smartphones com o Windows 10 possuem uma versão espe-
senha e redirecionará para uma tela com um pequeno tex- cífica do sistema operacional compatível com tais dispositivos.
to e dando a opção para escolher uma foto. Escolha uma Windows 10 Mobile Enterprise – Projetado para smart-
imagem no seu computador e verifique se a imagem está phones e tablets do setor corporativo. Também estará dis-
correta clicando em “Use this Picture”. Você terá que dese- ponível através do Licenciamento por Volume, oferecendo
nhar três formas em touch ou com o mouse: uma linha reta, as mesmas vantagens do Windows 10 Mobile com funcio-
um círculo e um ponto. Depois, finalize o processo e sua nalidades direcionadas para o mercado corporativo.
senha estará pronta. Na próxima vez, repita os movimentos Windows 10 IoT Core – IoT vem da expressão “Internet
para acessar seu computador. das Coisas” (Internet ofThings). A Microsoft anunciou que ha-
verá edições do Windows 10 baseadas no Enterprise e Mobile
Internet Explorer no Windows 8 Enterprise destinados a dispositivos como caixas eletrônicos,
Se você clicar no quadrinho Internet Explorer da página terminais de autoatendimento, máquinas de atendimento
inicial, você terá acesso ao software sem a barra de ferra- para o varejo e robôs industriais. Essa versão IoT Core será
mentas e menus. destinada para dispositivos pequenos e de baixo custo.
Para as versões mais populares (10 e 10 Pro), a Micro-
7.2. Windows 10 soft indica como requisitos básicos dos computadores:
• Processador de 1 Ghz ou superior;
O Windows 10 é uma atualização do Windows 8 que • 1 GB de RAM (para 32bits); 2GB de RAM (para 64bits);
• Até 20GB de espaço disponível em disco rígido;
veio para tentar manter o monopólio da Microsoft no mun-
• Placa de vídeo com resolução de tela de 800×600 ou maior.
do dos Sistemas Operacionais, uma das suas missões é fi-
car com um visual mais de smart e touch.
MICROSOFT OFFICE 2003/2007/2010
(WORD, EXCEL E POWER POINT):
CONCEITOS, ORGANIZAÇÃO, UTILIZAÇÃO,
CONFIGURAÇÃO E USO DOS RECURSOS:
GERENCIAMENTO DE ARQUIVOS, PASTAS,
DIRETÓRIOS, PLANILHAS, TABELAS,
GRÁFICOS, FÓRMULAS, FUNÇÕES,
SUPLEMENTOS, PROGRAMAS E IMPRESSÃO.

O Microsoft Word é um processador de texto que cria


textos de diversos tipos e estilos, como por exemplo, ofí-
Figura 21:Tela do Windows 10 cios, relatórios, cartas, enfim, todo conteúdo de texto que
atende às necessidades de um usuário doméstico ou de
O Windows 10 é disponibilizado nas seguintes versões uma empresa.
(com destaque para as duas primeiras): O Microsoft Word é o processador de texto integrante
Windows 10 – É a versão de “entrada” do Windows 10, dos programas Microsoft Office: um conjunto de softwares
que possui a maioria dos recursos do sistema. É voltada aplicativos destinados a uso de escritório e usuários do-
para Desktops e Laptops, incluindo o tablete Microsoft Sur- mésticos, desenvolvidos pela empresa Microsoft.
face 3. Os softwares da Microsoft Office são proprietários e
Windows 10 Pro – Além dos recursos da versão de en- compatíveis com o sistema operacional Windows.
trada, fornece proteção de dados avançada e criptografa-
da  com o BitLocker, permite a hospedagem de uma  Co- 10.1. Word 2003
nexão de Área de Trabalho Remota  em um computador, As versões do Microsoft Word era quase sempre a
trabalhar com máquinas virtuais, e permite o ingresso em mesma, e todas elas oriundas do WordPad, a versão 2003
um domínio para realizar conexões a uma rede corporativa. foi a última versão a moda antiga, vamos dizer assim, ela
Windows 10 Enterprise – Baseada na versão 10 Pro, é era formada por menus e uma barra de ferramentas fixa
disponibilizada por meio do Licenciamento por Volume, mais voltada para a parte de formatação de texto, e as de-
voltado a empresas. mais funções ficavam dívidas em menus, conforme mostra
a figura 28.

21
INFORMÁTICA BÁSICA

Figura 28: Tela do Microsoft Word 2003

Também é possível personalizar a sua barra de ferramentas clicando com o botão direito e selecionando novos painéis,
que vão desde Contagem de Palavras e Desenho até Visual Basic e Formulários. O problema é que, conforme você adiciona
novas funções, a interface começa a ficar cada vez mais carregada e desorganizada.
Uma das características foi a mudança do logotipo do Office duas ferramentas que estrearam no Office 2003, foram: In-
foPath e o OneNote. O OneNote é uma caderneta eletrônica de anotações e organizador que toma notas como aplicação
do texto, notas manuscritas ou diagramas, gráficos e de áudio gravado, o Office 2003 foi a primeira versão a usar cores e
ícones do Windows XP.

10.2. Word 2007

O Word 2007 certamente é um marco nas atualizações, pois ele trouxe a grande novidade das abas, e consequente-
mente o fim dos menus, e ao clicar em cada aba, abre uma barra de ferramenta pertinente a aquela aba, a figura 29 mostra
a guia início e suas respectivas ferramentas, diferente de antes que tínhamos uma barra de ferramentas fixa. Devido ao cos-
tume das outras versões no início a versão 2007 foi muito criticada, outra mudança significativa foi a mudança da extensão
do arquivo que passou de DOC para DOCX.

Figura 29: Guia Início do Microsoft Word 2007

Na guia início é onde se encontra a maioria das funções da antiga interface do Microsoft Word. Ou seja, aqui você pode
mudar a fonte, o tamanho dela, modificar o texto selecionado (com negrito, itálico, sublinhado, riscado, sobreposto etc.),
deixar com outra cor, criar tópicos, alterar o espaçamento, mudar o alinhamento e dar estilo. Tudo isso agora é dividido
em grandes painéis.
Definitivamente, a versão do Microsoft Word 2007 trouxe muito mais organização e padrões em relação as ver-
sões anteriores. Todas as ficaram categorizadas e mais fáceis de encontrar, bastando se acostumar com a interface. 
A melhor parte é que não fica tudo bagunçado, e que as ferramentas mudam conforme as escolhas das abas.

22
INFORMÁTICA BÁSICA

10.3. Word 2010, 2013 e detalhes gerais

Figura 30: Tela do Microsoft Word 2010

As guias foram criadas para serem orientadas por tarefas, já os grupos dentro de cada guia criam subtarefas para as
tarefas, e os botões de comando em cada grupo possui um comando.
As extensões são fundamentais, desde a versão 2007 passou a ser DOCX, mas vamos analisar outras extensões que
podem ser abordadas em questões de concursos na Figura 27.

Figura 31: Extensões de Arquivos ligados ao Word

As guias envolvem grupos e botões de comando, e são organizadas por tarefa. Os Grupos dentro de cada guia que-
bram uma tarefa em subtarefas. Os Botões de comando em cada grupo possuem um comando ou exibem um menu de
comandos.
Existem guias que vão aparecer apenas quando um determinado objeto aparecer para ser formatado. No exemplo da
imagem, foi selecionada uma figura que pode ser editada com as opções que estiverem nessa guia.

23
INFORMÁTICA BÁSICA

Figura 32: Indicadores de caixa de diálogo

Indicadores de caixa de diálogo – aparecem em alguns grupos para oferecer a abertura rápida da caixa de diálogo do
grupo, contendo mais opções de formatação.

As réguas orientam na criação de tabulações e no ajuste de parágrafos, por exemplo.


Determinam o recuo da primeira linha, o recuo de deslocamento, recuo à esquerda e permitem tabulações esquerda,
direita, centralizada, decimal e barra.
Para ajustar o recuo da primeira linha, após posicionar o cursor do mouse no parágrafo desejado, basta pressionar o
botão esquerdo do mouse sobre o “Recuo da primeira linha” e arrastá-lo pela régua .
Para ajustar o recuo à direita do documento, basta selecionar o parágrafo ou posicionar o cursor após a linha desejada,
pressionar o botão esquerdo do mouse no “Recuo à direita” e arrastá-lo na régua .
Para ajustar o recuo, deslocando o parágrafo da esquerda para a direita, basta selecioná-lo e mover, na régua, como
explicado anteriormente, o “Recuo deslocado” .
Podemos também usar o recurso “Recuo à esquerda”, que move para a esquerda, tanto a primeira linha quanto o res-
tante do parágrafo selecionado .
Com a régua, podemos criar tabulações, ou seja, determinar onde o cursor do mouse vai parar quando pressionarmos
a tecla Tab.

Figura 33: Réguas


Grupo edição:

Permite localizar palavras em um documento, substituir palavras localizadas por outras ou aplicar formatações e sele-
cionar textos e objetos no documento.
Para localizar uma palavra no texto, basta clicar no ícone Localizar , digitar a palavra na linha do localizar e clicar no
botão Localizar Próxima.
A cada clique será localizada a próxima palavra digitada no texto. Temos também como realçar a palavra que deseja-
mos localizar para facilitar a visualizar da palavra localizada.
Na janela também temos o botão “Mais”. Neste botão, temos, entre outras, as opções:
- Diferenciar maiúscula e minúscula: procura a palavra digitada na forma que foi digitada, ou seja, se foi digitada em
minúscula, será localizada apenas a palavra minúscula e, se foi digitada em maiúscula, será localizada apenas e palavra
maiúscula.

- Localizar palavras inteiras: localiza apenas a palavra exatamente como foi digitada. Por exemplo, se tentarmos localizar
a palavra casa e no texto tiver a palavra casaco, a parte “casa” da palavra casaco será localizada, se essa opção não estiver
marcada. Marcando essa opção, apenas a palavra casa, completa, será localizada.

- Usar caracteres curinga: com esta opção marcada, usamos caracteres especiais. Por exemplo, é possível usar o carac-
tere curinga asterisco (*) para procurar uma sequência de caracteres (por exemplo, “t*o” localiza “tristonho” e “término”).

Veja a lista de caracteres que são considerados curinga, retirada do site do Microsoft Office:

24
INFORMÁTICA BÁSICA

Para localizar digite exemplo

Qualquer caractere ? s?o localiza salvo e


único sonho.

Qualquer * t*o localiza tristonho e


sequência de término.
caracteres
<(org) localiza
organizar e
O início de uma palavra < organização,
mas não localiza
desorganizado.
(do)> localiza medo e
O final de uma palavra > cedo, mas não localiza
domínio.

Um dos caracteres [] v[ie]r localiza vir e ver


especificados
[r-t]ã localiza rã e sã.
Qualquer caractere [-] Os intervalos devem
único neste intervalo estar em ordem
crescente.
Qualquer caractere F[!a-m]rro localiza
único, exceto [!x-z] forro, mas não
os caracteres no localiza ferro.
intervalo entre
colchetes
Exatamente n ca{2}tinga localiza
ocorrências do {n} caatinga, mas não
caractere ou catinga.
expressão anterior
Pelo menos n
ocorrências do {n,} ca{1,}tinga localiza
caractere ou catinga e caatinga.
expressão anterior
De n a m ocorrências do 10{1,3} localiza 10,
caractere ou {n,m} 100 e 1000.
expressão anterior
Uma ou mais
ocorrências do @ ca@tinga localiza
caractere ou catinga e caatinga.
expressão anterior

O grupo tabela é muito utilizado em editores de texto, como por exemplo a definição de estilos da tabela.

Figura 34: Estilos de Tabela

25
INFORMÁTICA BÁSICA

Fornece estilos predefinidos de tabela, com formata- Grupo Ilustrações:


ções de cores de células, linhas, colunas, bordas, fontes e
demais itens presentes na mesma. Além de escolher um
estilo predefinido, podemos alterar a formatação do som-
breamento e das bordas da tabela.
Com essa opção, podemos alterar o estilo da borda, a sua
espessura, desenhar uma tabela ou apagar partes de uma ta-
bela criada e alterar a cor da caneta e ainda, clicando no “Esco-
lher entre várias opções de borda”, para exibir a seguinte tela:

Figura 36: Grupo Ilustrações

1 – Inserir imagem do arquivo: permite inserir no teto


uma imagem que esteja salva no computador ou em outra
mídia, como pendrive ou CD.
2 – Clip-art: insere no arquivo imagens e figuras
que se encontram na galeria de imagens do Word.
3 – Formas: insere formas básicas como setas, cubos,
elipses e outras.
4 – SmartArt: insere elementos gráficos para comu-
nicar informações visualmente.
5 – Gráfico: insere gráficos para ilustrar e comparar da-
dos.
Figura 35: Bordas e sombreamento
Grupo Links:
Na janela Bordas e sombreamento, no campo “Defini-
ção”, escolhemos como será a borda da nossa tabela: Inserir hyperlink: cria um link para uma página da Web,
- Nenhuma: retira a borda; uma imagem, um e – mail. Indicador: cria um indicador
- Caixa: contorna a tabela com uma borda tipo caixa; para atribuir um nome a um ponto do texto. Esse indicador
- Todas: aplica bordas externas e internas na tabela pode se tornar um link dentro do próprio documento.
iguais, conforme a seleção que fizermos nos demais cam- Referência cruzada: referência tabelas.
pos de opção;
- Grade: aplica a borda escolhida nas demais opções da Grupo cabeçalho e rodapé:
janela (como estilo, por exemplo) ao redor da tabela e as
bordas internas permanecem iguais. Insere cabeçalhos, rodapés e números de páginas.
- Estilo: permite escolher um estilo para as bordas
da tabela, uma cor e uma largura. Grupo texto:
- Visualização: através desse recurso, podemos definir
bordas diferentes para uma mesma tabela. Por exemplo, po-
demos escolher um estilo e, em visualização, clicar na borda
superior; escolher outro estilo e clicar na borda inferior; e as-
sim colocar em cada borda um tipo diferente de estilo, com
cores e espessuras diferentes, se assim desejarmos.
A guia “Borda da Página”, desta janela, nos traz recur-
sos semelhantes aos que vimos na Guia Bordas. A diferença
é que se trata de criar bordas na página de um documento
e não em uma tabela. Figura 37: Grupo Texto
Outra opção diferente nesta guia, é o item Arte. Com
ele, podemos decorar nossa página com uma borda que 1 – Caixa de texto: insere caixas de texto pré-formata-
envolve vários tipos de desenhos. das. As caixas de texto são espaços próprios para inserção
Alguns desses desenhos podem ser formatados de textos que podem ser direcionados exatamente onde
com cores de linhas diferentes, outros, porém não permi- precisamos. Por exemplo, na figura “Grupo Texto”, os nú-
tem outras formatações a não ser o ajuste da largura. meros ao redor da figura, do 1 até o 7, foram adicionados
Podemos aplicar as formatações de bordas da página através de caixas de texto.
no documento todo ou apenas nas sessões que desejar- 2 – Partes rápidas: insere trechos de conteúdos reu-
mos, tendo assim um mesmo documento com bordas em tilizáveis, incluindo campos, propriedades de documentos
uma página, sem bordas em outras ou até mesmo bordas como autor ou quaisquer fragmentos de texto pré-forma-
de página diferentes em um mesmo documento. do.

26
INFORMÁTICA BÁSICA

3 – Linha de assinatura: insere uma linha que serve


como base para a assinatura de um documento.
4 – Data e hora: insere a data e a hora atuais no docu-
mento.
5 – Insere objeto: insere um objeto incorporado.
6 – Capitular: insere uma letra maiúscula grande no iní-
cio de cada parágrafo. É uma opção de formatação decora-
tiva, muito usada principalmente, em livros e revistas. Para
inserir a letra capitular, basta clicar no parágrafo desejado e
depois na opção “Letra Capitular”. Veja o exemplo:

Neste parágrafo foi inserida a letra capitular

Guia revisão:
Grupo revisão de texto:
Figura 39: Verificar ortografia e gramática
Figura 38: Grupo revisão de texto
A verificação ortográfica e gramatical do Word, já bus-
1 – Pesquisar: abre o painel de tarefas viabilizando pes- ca trechos do texto ou palavras que não se enquadrem
quisas em materiais de referência como jornais, enciclopé- no perfil de seus dicionários ou regras gramaticais e or-
dias e serviços de tradução. tográficas. Na parte de cima da janela “Verificar ortografia
2 – Dica de tela de tradução: pausando o cursor sobre e gramática”, aparecerá o trecho do texto ou palavra con-
algumas palavras é possível realizar sua tradução para ou- siderada inadequada. Em baixo, aparecerão as sugestões.
tro idioma. Caso esteja correto e a sugestão do Word não se aplique,
3 – Definir idioma: define o idioma usado para realizar podemos clicar em “Ignorar uma vez”; caso a regra apre-
a correção de ortografia e gramática. sentada esteja incorreta ou não se aplique ao trecho do
4 – Contar palavras: possibilita contar as palavras, os texto selecionado, podemos clicar em “Ignorar regra”; caso
caracteres, parágrafos e linhas de um documento. a sugestão do Word seja adequada, clicamos em “Alterar” e
5 – Dicionário de sinônimos: oferece a opção de alte- podemos continuar a verificação de ortografia e gramática
rar a palavra selecionada por outra de significado igual ou clicando no botão “Próxima sentença”.
semelhante.
6 – Traduzir: faz a tradução do texto selecionado para Se tivermos uma palavra sublinhada em vermelho, indi-
outro idioma. cando que o Word a considera incorreta, podemos apenas
7 – Ortografia e gramática: faz a correção ortográfica clicar com o botão direito do mouse sobre ela e verificar se
e gramatical do documento. Assim que clicamos na opção uma das sugestões propostas se enquadra.
“Ortografia e gramática”, a seguinte tela será aberta: Por exemplo, a palavra informática. Se clicarmos com
o botão direito do mouse sobre ela, um menu suspenso
nos será mostrado, nos dando a opção de escolher a pala-
vra informática. Clicando sobre ela, a palavra do texto será
substituída e o texto ficará correto.

Grupo comentário:

Novo comentário: adiciona um pequeno texto que ser-


ve como comentário do texto selecionado, onde é possível
realizar exclusão e navegação entre os comentários.

27
INFORMÁTICA BÁSICA

Grupo controle:

Figura 40: Grupo controle

1 – Controlar alterações: controla todas as alterações feitas no


documento como formatações, inclusões, exclusões e alterações.
2 – Balões: permite escolher a forma de visualizar as
alterações feitas no documento com balões no próprio do-
cumento ou na margem.
3 – Exibir para revisão: permite escolher a forma de exi-
bir as alterações aplicadas no documento.
4 – Mostrar marcações: permite escolher o tipo de mar-
cação a ser exibido ou ocultado no documento.
5 – Painel de revisão: mostra as revisões em uma tela
separada.

Grupo alterações:

Figura 42: Imprimir

As opções que temos antes de imprimir um arquivo


estão exibidas na imagem acima. Podemos escolher a im-
pressora, caso haja mais de uma instalada no computa-
dor ou na rede, configurar as propriedades da impressora,
podendo estipular se a impressão será em alta qualidade,
Figura 41: Grupo alterações econômica, tom de cinza, preto e branca, entre outras op-
ções.
1 – Rejeitar: rejeita a alteração atual e passa para a pró-
xima alteração proposta. Escolhemos também o intervalo de páginas, ou seja,
2 – Anterior: navega até a revisão anterior para que seja se desejamos imprimir todo o documento, apenas a pá-
aceita ou rejeitada. gina atual (página em que está o ponto de inserção), ou
3 – Próximo: navega até a próxima revisão para que um intervalo de páginas. Podemos determinar o número
possa ser rejeitada ou aceita. de cópias e a forma como as páginas sairão na impressão.
4 – Aceitar: aceita a alteração atual e continua a nave- Por exemplo, se forem duas cópias, determinamos se sai-
gação para aceitação ou rejeição. rão primeiro todas as páginas de número 1, depois as de
número 2, assim por diante, ou se desejamos que a segun-
Para imprimir nosso documento, basta clicar no botão da cópia só saia depois que todas as páginas da primeira
do Office e posicionar o mouse sobre o ícone “Imprimir”. forem impressas.
Este procedimento nos dará as seguintes opções:
- Imprimir – onde podemos selecionar uma impresso- Word 2013
ra, o número de cópias e outras opções de configuração
antes de imprimir. Vejamos abaixo alguns novos itens implementados na
- Impressão Rápida – envia o documento diretamente plataforma Word 2013:
para a impressora configurada como padrão e não abre Modo de leitura: o usuário que utiliza o software para a
opções de configuração. leitura de documentos perceberá rapidamente a diferença,
- Visualização da Impressão – promove a exibição do pois seu novo Modo de Leitura conta com um método que
documento na forma como ficará impresso, para que pos- abre o arquivo automaticamente no formato de tela cheia,
samos realizar alterações, caso necessário. ocultando as barras de ferramentas, edição e formatação.

28
INFORMÁTICA BÁSICA

Além de utilizar a setas do teclado (ou o toque do dedo nas telas sensíveis ao toque) para a troca e rolagem da página
durante a leitura, basta o usuário dar um duplo clique sobre uma imagem, tabela ou gráfico e o mesmo será ampliado,
facilitando sua visualização. Como se não bastasse, clicando com o botão direito do mouse sobre uma palavra desco-
nhecida, é possível ver sua definição através do dicionário integrado do Word.
Documentos em PDF: agora é possível editar um documento PDF no Word, sem necessitar recorrer ao Adobe Acro-
bat. Em seu novo formato, o Word é capaz de converter o arquivo em uma extensão padrão e, depois de editado, sal-
vá-lo novamente no formato original. Esta façanha, contudo, passou a ser de extensa utilização, pois o uso de arquivos
PDF está sendo cada vez mais corriqueiro no ambiente virtual.
Interação de maneira simplificada: o Word trata normalmente a colaboração de outras pessoas na criação de um
documento, ou seja, os comentários realizados neste, como se cada um fosse um novo tópico. Com o Word 2013 é
possível responder diretamente o comentário de outra pessoa clicando no ícone de uma folha, presente no campo de
leitura do mesmo. Esta interação de usuários, realizada através dos comentários, aparece em forma de pequenos balões
à margem documento.
Compartilhamento Online: compartilhar seus documentos com diversos usuários e até mesmo enviá-lo por e-mail
tornou-se um grande diferencial da nova plataforma Office 2013. O responsável por esta apresentação online é o Office
Presentation Service, porém, para isso, você precisa estar logado em uma Conta Microsoft para acessá-lo. Ao terminar
o arquivo, basta clicar em Arquivo / Compartilhar / Apresentar Online / Apresentar Online e o mesmo será enviado para
a nuvem e, com isso, você irá receber um link onde poderá compartilhá-lo também por e-mail, permitindo aos demais
usuários baixá-lo em formato PDF.
Ocultar títulos em um documento: apontado como uma dificuldade por grande parte dos usuários, a rolagem e
edição de determinadas partes de um arquivo muito extenso, com vários títulos, acabou de se tornar uma tarefa mais
fácil e menos desconfortável. O Word 2013 permite ocultar as seções e/ou títulos do documento, bastando os mesmos
estarem formatados no estilo Títulos (pré-definidos pelo Office). Ao posicionar o mouse sobre o título, é exibida uma
espécie de triângulo a sua esquerda, onde, ao ser clicado, o conteúdo referente a ele será ocultado, bastando repetir a
ação para o mesmo reaparecer.
Enfim, além destas novidades apresentadas existem outras tantas, como um layout totalmente modificado, focado
para a utilização do software em tablets e aparelhos com telas sensíveis ao toque. Esta nova plataforma, também, abre
um amplo leque para a adição de vídeos online e imagens ao documento. Contudo, como forma de assegurar toda esta
relação online de compartilhamento e boas novidades, a Microsoft adotou novos mecanismos de segurança para seus
aplicativos, retornando mais tranquilidade para seus usuários.
O grande trunfo do Office 2013 é sua integração com a nuvem. Do armazenamento de arquivos a redes sociais, os
softwares dessa versão são todos conectados. O ponto de encontro deles é o SkyDrive, o HD na internet da Microsoft. 
A tela de apresentação dos principais programas é ligada ao serviço, oferecendo opções de login, upload e download
de arquivos. Isso permite que um arquivo do Word, por exemplo, seja acessado em vários dispositivos com seu conteúdo
sincronizado. Até a página em que o documento foi fechado pode ser registrada. 
Da mesma maneira, é possível realizar trabalhos em conjunto entre vários usuários. Quem não tem o Office instalado
pode fazer edições na versão online do sistema. Esses e outros contatos podem ser reunidos no Outlook.
As redes sociais também estão disponíveis nos outros programas. É possível fazer buscas de imagens no Bing ou baixar
fotografias do Flickr, por exemplo. Outro serviço de conectividade é o SharePoint, que indica arquivos a serem acessados e
contatos a seguir baseado na atividade do usuário no Office.
O Office 365 é um novo jeito de usar os tão conhecidos softwares do pacote Office da Microsoft. Em vez de comprar
programas como Word, Excel ou PowerPoint, você agora pode fazer uma assinatura e desfrutar desses aplicativos e de
muitos outros no seu computador ou smartphone.
A assinatura ainda traz diversas outras vantagens, como 1 TB de armazenamento na nuvem com o OneDrive, minutos
Skype para fazer ligações para telefones fixos e acesso ao suporte técnico especialista da Microsoft. Tudo isso pagando
uma taxa mensal, o que você já faz para serviços essenciais para o seu dia a dia, como Netflix e Spotify. Porém, aqui estamos
falando da suíte de escritório indispensável para qualquer computador.

Veja abaixo as versões do Office 365

Figura 43: Versões Office 365

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INFORMÁTICA BÁSICA

10.4. LibreOffice Writer


O LibreOffice (que se chamava BrOffice) é um software livre e de código aberto que foi desenvolvido tendo como base
o OpenOffice. Pode ser instalado em vários sistemas operacionais (Windows, Linux, Solaris, Unix e Mac OS X), ou seja, é
multiplataforma. Os aplicativos dessa suíte são:
• Writer - editor de texto;
• Calc - planilha eletrônica;
• Impress - editor de apresentações;
• Draw - ferramenta de desenho vetorial;
• Base - gerenciador de banco de dados;
• Math - editor de equações matemáticas.

- O LibreOffice trabalha com um formato de padrão aberto chamado Open Document Format for Office Applications
(ODF), que é um formato de arquivo baseado na linguagem XML. Os formatos para Writer, Calc e Impress utilizam o mesmo
“prefixo”, que é “od” de “Open Document”. Dessa forma, o que os diferencia é a última letra. Writer → .odt (Open Docu-
ment Text); Calc → .ods (Open Document Spreadsheet); e Impress → .odp (Open Document Presentations).
 
Em relação a interface com o usuário, o LibreOffice utiliza o conceito de menus para agrupar as funcionalidades do
aplicativo. Além disso, todos os aplicativos utilizam uma interface semelhante. Veja no exemplo abaixo o aplicativo Writer.
 

Figura 44: Tela do Libreoffice Writer

 
O LibreOffice permite que o usuário crie tarefas automatizadas que são conhecidas como macros (utilizando a lingua-
gem LibreOffice Basic). 
 
O Writer é o editor de texto do LibreOffice e o seu formato de arquivo padrão é o .odt (Open Document Text). As prin-
cipais teclas de atalho do Writer são:
 

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INFORMÁTICA BÁSICA

 Figura 45: Atalhos Word x Writer

11. Utilização dos editores de planilhas (Microsoft Excel e LibreOffice Calc)

O Excel é uma poderosa planilha eletrônica para gerir e avaliar dados, realizar cálculos simples ou complexos e rastrear
informações. Ao abri-lo, é possível escolher entre iniciar a partir de documento em branco ou permitir que um modelo faça
a maior parte do trabalho por você.
Na tela inicial do Excel, são listados os últimos documentos editados (à esquerda), opção para criar novo documento
em branco e ainda, são sugeridos modelos para criação de novos documentos (ao centro).
Ao selecionar a opção de Pasta de Trabalho em Branco você será direcionado para a tela principal, composta pelos
elementos básicos apontados na figura 106, e descritos nos tópicos a seguir.

11.1. Excel 2003

No começo da sua vida, o Excel tornou-se alvo de um processo judicial de marca registrada por outra empresa que já
vendia um pacote de software chamado “Excel” na indústria financeira. Como resultado da disputa, a Microsoft foi solicitada
a se referir ao programa como “Microsoft Excel” em todas as press releases formais e documentos legais. Contudo, com o
passar do tempo, essa prática foi sendo ignorada, e a Microsoft resolveu a questão quando ela comprou a marca registrada
reservada ao outro programa. Ela também encorajou o uso das letras XL como abreviação para o programa; apesar dessa
prática não ser mais comum, o ícone do programa no Windows ainda é formado por uma combinação estilizada das duas
letras, e a extensão de arquivo do formato padrão do Excel até a versão 11 (Excel 2003) é .xls, sendo .xlsx a partir da versão
12, acompanhando a mudança nos formatos de arquivo dos aplicativos do Microsoft Office.
Foi a última versão ao modo antigo com menus e uma caixa de ferramenta fixa como podemos ver na Figura 46

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INFORMÁTICA BÁSICA

 Figura 46: Tela Excel 2003

Uma inovação marcante do Excel 2003 são as células em forma de lista: com elas fica mais fácil analisar e gerenciar
dados relacionados, ordenando-os como preferir com um simples clique do mouse. Para transformar qualquer intervalo de
células em uma lista.

11.2. Excel 2007

Poder utilizar um formato XML padrão para o Office Excel 2007 foi uma das principais mudanças do Excel 2007, além
das mudanças visuais em relações as abas e os grupos de trabalho já citados na versão 2003 do Word
Esse novo formato é o novo formato de arquivo padrão do Office Excel 2007. O Office Excel 2007 usa as seguintes
extensões de nome de arquivo: *.xlsx, *.xlsm *.xlsb, *.xltx, *.xltm e *.xlam. A extensão de nome de arquivo padrão do Office
Excel 2007 é *.xlsx.
Essa alteração permite consideráveis melhoras em: interoperabilidade de dados, montagem de documentos, consulta
de documentos, acesso a dados em documentos, robustez, tamanho do arquivo, transparência e recursos de segurança.
O Excel 2007 permite que os usuários abram pastas de trabalho criadas em versões anteriores do Excel e trabalhem
com elas. Para converter essas pastas de trabalho para o novo formato XML, basta clicar no Botão do Microsoft Office e
clique em Converter Você pode também converter a pasta de trabalho clicando no Botão do Microsoft Office e em Salvar
Como – Pasta de Trabalho do Excel. Observe que o recurso Converter remove a versão anterior do arquivo, enquanto o
recurso Salvar Como deixa a versão anterior do arquivo e cria um arquivo separado para a nova versão.
As melhoras de interface que podem ser destacadas são:

• Economia de tempo, selecionando células, tabelas, gráficos e tabelas dinâmicas em galerias de estilos predefinidos.
• Visualização e alterações de formatação no documento antes de confirmar uma alteração ao usar as galerias de
formatação.
• Uso da formatação condicional para anotar visualmente os dados para fins analíticos e de apresentação.
• Alteração da aparência de tabelas e gráficos em toda a pasta de trabalho para coincidir com o esquema de estilo
ou a cor preferencial usando novos Estilos Rápidos e Temas de Documento.
• Criação de um tema próprio para aplicar de forma consistente as fontes e cores que refletem a marca da empresa
que atua.
• Novos recursos de gráfico que incluem formas tridimensionais, transparência, sombras projetadas e outros efeitos.

Em relação a usabilidade as fórmulas passaram a ser redimensionáveis, sendo possível escrever mais fórmulas com mais
níveis de aninhamento do que nas versões anteriores.

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INFORMÁTICA BÁSICA

Passou a existir o preenchimento automático de fórmula, auxiliando muito com as sintaxes, as referências
estruturadas: além de referências de célula, como A1 e L1C1, o Office Excel 2007 fornece referências estrutu-
radas que fazem referência a intervalos nomeados e tabelas em uma fórmula.
Acesso fácil aos intervalos nomeados: usando o gerenciador de nomes do Office Excel 2007, podendo or-
ganizar, atualizar e gerenciar vários intervalos nomeados em um local central, as tabelas dinâmicas são muito
mais fáceis de usar do que nas versões anteriores.
Além do modo de exibição normal e do modo de visualização de quebra de página, o Office Excel 2007
oferece uma exibição de layout de página para uma melhor experiência de impressão.
A classificação e a filtragem aprimoradas que permitem filtrar dados por cores ou datas, exibir mais de 1.000
itens na lista suspensa Filtro Automático, selecionar vários itens a filtrar e filtrar dados em tabelas dinâmicas.
O Excel 2007 tem um tamanho maior que permite mais de 16.000 colunas e 1 milhão de linhas por planilha,
o número de referências de célula aumentou de 8.000 para o que a memória suportar, isso ocorre porque o
gerenciamento de memória foi aumentado de 1 GB de memória no Microsoft Excel 2003 para 2 GB no Excel
2007, permitindo cálculos em planilhas grandes e com muitas fórmulas, oferecendo inclusive o suporte a vá-
rios processadores e chipsets multithread.

1 1 . 3 . E xc e l 2 0 1 0 , 2 0 1 3 e d e t a l h e s g e r a i s

  F i g u r a 4 7 : Te l a P r i n c i p a l d o E x c e l 2 0 1 3

Barra de Títulos:

A linha superior da tela é a barra de títulos, que mostra o nome da pasta de trabalho na janela. Ao iniciar
o programa aparece Pasta 1 porque você ainda não atribuiu um nome ao seu arquivo.

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INFORMÁTICA BÁSICA

Faixa de Opções:

Desde a versão 2007 do Office, os menus e barras de ferramentas foram substituídos pela Faixa de Opções. Os coman-
dos são organizados em uma única caixa, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo de atividade e, para
melhorar a organização, algumas são exibidas somente quando necessário.

 Figura 48: Faixa de Opções

Barra de Ferramentas de Acesso Rápido:

A Barra de Ferramentas de Acesso Rápido fica posicionada no topo da tela e pode ser configurada com os botões de
sua preferência, tornando o trabalho mais ágil.

 Figura 49: Barra de Ferramentas de Acesso Rápido

Adicionando e Removendo Componentes:

Para ocultar ou exibir um botão de comando na barra de ferramentas de acesso rápido podemos clicar com o botão
direito no componente que desejamos adicionar, em qualquer guia. Será exibida uma janela com a opção de Adicionar à
Barra de Ferramentas de Acesso Rápido.

Temos ainda outra opção de adicionar ou remover componentes nesta barra, clicando na seta lateral. Na janela apre-
sentada temos várias opções para personalizar a barra, além da opção Mais Comandos..., onde temos acesso a todos os
comandos do Excel.

 Figura 50: Adicionando componentes à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido

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INFORMÁTICA BÁSICA

Para remoção do componente, selecione-o, clique com o botão direito do mouse e escolha Remover da Barra de Fer-
ramentas de Acesso Rápido.

Barra de Status:

Localizada na parte inferior da tela, a barra de status exibe mensagens, fornece estatísticas e o status de algumas teclas.
Nela encontramos o recurso de Zoom e os botões de “Modos de Exibição”.

 Figura 51: Barra de Status

Clicando com o botão direito sobre a barra de status, será exibida a caixa Personalizar barra de status. Nela podemos
ativar ou desativar vários componentes de visualização.

 Figura 52: Personalizar Barra de Status

Barras de Rolagem: Nos lados direito e inferior da região de texto estão as barras de rolagem. Clique nas setas para
cima ou para baixo para mover a tela verticalmente, ou para a direita e para a esquerda para mover a tela horizontalmente,
e assim poder visualizar toda a sua planilha.

Planilha de Cálculo: A área quadriculada representa uma planilha de cálculos, onde você fará a inserção de dados e
fórmulas para colher os resultados desejados.
Uma planilha é formada por linhas, colunas e células. As linhas são numeradas (1, 2, 3, etc.) e as colunas nomeadas com
letras (A, B, C, etc.).

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INFORMÁTICA BÁSICA

 Figura 53: Planilha de Cálculo

Cabeçalho de Coluna: Cada coluna tem um cabeçalho, que contém a letra que a identifica. Ao clicar na letra, toda a
coluna é selecionada.

 Figura 54: Seleção de Coluna

Ao dar um clique com o botão direito do mouse sobre o cabeçalho de uma coluna, aparecerá o menu pop-up, onde as
opções deste menu são as seguintes:

-Formatação rápida: a caixa de formatação rápida permite escolher a formatação de fonte e formato de dados, bem
como mesclagem das células (será abordado mais detalhadamente adiante).
-Recortar: copia toda a coluna para a área de transferência, para que possa ser colada em outro local determinado e,
após colada, essa coluna é excluída do local de origem.
-Copiar: copia toda a coluna para a área de transferência, para que possa ser colada em outro local determinado.
-Opções de Colagem: mostra as diversas opções de itens que estão na área de transferência e que tenham sido recor-
tadas ou copiadas.
-Colar especial: permite definir formatos específicos na colagem de dados, sobretudo copiados de outros aplicativos.
-Inserir: insere uma coluna em branco, exatamente antes da coluna selecionada.
-Excluir: exclui toda a coluna selecionada, inclusive os dados nela contidos e sua formatação.
-Limpar conteúdo: apenas limpa os dados de toda a coluna, mantendo a formatação das células.
-Formatar células: permite escolher entre diversas opções para fazer a formatar as células (será visto detalhadamente
adiante).
-Largura da coluna: permite definir o tamanho da coluna selecionada.
-Ocultar: oculta a coluna selecionada. Muitas vezes uma coluna é utilizada para fazer determinados cálculos, necessá-
rios para a totalização geral, mas desnecessários na visualização. Neste caso, utiliza-se esse recurso.
-Re-exibir: reexibe colunas ocultas.

Cabeçalho de Linha: Cada linha tem também um cabeçalho, que contém o número que a identifica. Clicando no ca-
beçalho de uma linha, esta ficará selecionada.

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INFORMÁTICA BÁSICA

 Figura 55: Cabeçalho de linha

Célula: As células, são as combinações entre linha e colunas. Por exemplo, na coluna A, linha 1, temos a célula A1. Na
Caixa de Nome, aparecerá a célula onde se encontra o cursor.

Sendo assim, as células são representadas como mostra a tabela:

 Figura 56: Representação das Células

Caixa de Nome: Você pode visualizar a célula na qual o cursor está posicionado através da Caixa de Nome, ou, ao
contrário, pode clicar com o mouse nesta caixa e digitar o endereço da célula em que deseja posicionar o cursor. Após dar
um “Enter”, o cursor será automaticamente posicionado na célula desejada.

Guias de Planilhas: Em versões anteriores do Excel, ao abrir uma nova pasta de trabalho no Excel, três planilhas já
eram criadas: Plan1, Plan2 e Plan3. Nesta versão, somente uma planilha é criada, e você poderá criar outras, se necessitar.

Para criar nova planilha dentro da pasta de trabalho, clique no sinal + ( ). Para alternar entre as
planilhas, basta clicar sobre a guia, na planilha que deseja trabalhar.

Você verá, no decorrer desta lição, como podemos cruzar dados entre planilhas e até mesmo entre pastas de trabalho
diferentes, utilizando as guias de planilhas.

Ao posicionar o mouse sobre qualquer uma das planilhas existentes e clicar com o botão direito aparecerá um menu
pop up.

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INFORMÁTICA BÁSICA

 Figura 57: Menu Planilhas

As funções deste menu são as seguintes:


-Inserir: insere uma nova planilha exatamente antes da planilha selecionada.
-Excluir: exclui a planilha selecionada e os dados que ela contém.
-Renomear: renomeia a planilha selecionada.
-Mover ou copiar: você pode mover a planilha para outra posição, ou mesmo criar uma cópia da planilha com todos
os dados nela contidos.
-Proteger Planilha: para impedir que, por acidente ou deliberadamente, um usuário altere, mova ou exclua dados im-
portantes de planilhas ou pastas de trabalho, você pode proteger determinados elementos da planilha (planilha: o principal
documento usado no Excel para armazenar e trabalhar com dados, também chamado planilha eletrônica. Uma planilha
consiste em células organizadas em colunas e linhas; ela é sempre armazenada em uma pasta de trabalho.)ou da pasta de
trabalho, com ou sem senha (senha: uma forma de restringir o acesso a uma pasta de trabalho, planilha ou parte de uma
planilha. As senhas do Excel podem ter até 255 letras, números, espaços e símbolos. É necessário digitar as letras maiúscu-
las e minúsculas corretamente ao definir e digitar senhas.). É possível remover a proteção da planilha, quando necessário.
-Exibir código: pode-se criar códigos de programação em VBA (Visual Basic for Aplications) e vincular às guias de pla-
nilhas (trata-se de tópico de programação avançada, que não é o objetivo desta lição, portanto, não será abordado).
-Cor da guia: muda a cor das guias de planilhas.
-Ocultar/Re-exibir: oculta/reexibe uma planilha.
-Selecionar todas as planilhas: cria uma seleção em todas as planilhas para que possam ser configuradas e impressas
juntamente.

Selecionar Tudo: Clicando-se na caixa Selecionar tudo, todas as células da planilha ativa serão selecionadas.

 Figura 58: Caixa Selecionar Tudo

Barra de Fórmulas: Na barra de fórmulas são digitadas as fórmulas que efetuarão os cálculos.
A principal função do Excel é facilitar os cálculos com o uso de suas fórmulas. A partir de agora, estudaremos várias de
suas fórmulas. Para iniciar, vamos ter em mente que, para qualquer fórmula que será inserida em uma célula, temos que ter

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INFORMÁTICA BÁSICA

sinal de “=” no seu início. Esse sinal, oferece uma entrada Dividir: Para realizarmos a divisão, procedemos de for-
no Excel que o faz diferenciar textos ou números comuns ma semelhante à subtração e multiplicação. Clicamos no
de uma fórmula. primeiro número, digitamos o sinal de divisão que, para o
Excel é a “/” barra, e depois, clicamos no último valor. No
Somar: Se tivermos uma sequência de dados numé- próximo exemplo, usaremos a fórmula =B3/B2.
ricos e quisermos realizar a sua soma, temos as seguin-
tes formas de fazê-lo: Máximo: Mostra o maior valor em um intervalo de
células selecionadas. Na figura a seguir, iremos calcular a
maior idade digitada no intervalo de células de A2 até A5.
A função digitada será = máximo(A2:A5).
Onde: “= máximo” – é o início da função; (A2:A5) – re-
fere-se ao endereço dos valores onde você deseja ver qual
é o maior valor. No caso a resposta seria 10.

 Figura 59: Soma simples Mínimo: Mostra o menor valor existente em um inter-
valo de células selecionadas.
Usamos, nesse exemplo, a fórmula =B2+B3+B4. Na figura a seguir, calcularemos o menor salário digi-
Após o sinal de “=” (igual), clicar em uma das células, tado no intervalo de A2 até A5. A função digitada será =
digitar o sinal de “+” (mais) e continuar essa sequência mínimo (A2:A5).
até o último valor. Onde: “= mínimo” – é o início da função; (A2:A5) – refe-
Após a sequência de células a serem somadas, clicar re-se ao endereço dos valores onde você deseja ver qual é
no ícone soma, ou usar as teclas de atalho Alt+=. o maior valor. No caso a resposta seria R$ 622,00.
A última forma que veremos é a função soma digi-
tada. Vale ressaltar que, para toda função, um início é Média: A função da média soma os valores de uma
fundamental: sequência selecionada e divide pela quantidade de valores
dessa sequência.
= nome da função ( Na figura a seguir, foi calculada a média das alturas de
quatro pessoas, usando a função = média (A2:A4)
Foi digitado “= média (”, depois, foram selecionados os
1 - Sinal de igual. valores das células de A2 até A5. Quando a tecla Enter for
2 – Nome da função. pressionada, o resultado será automaticamente colocado
3 – Abrir parênteses. na célula A6.
Todas as funções, quando um de seus itens for
Após essa sequência, o Excel mostrará um pequeno alterado, recalculam o valor final.
lembrete sobre a função que iremos usar, onde é possí-
vel clicar e obter ajuda, também. Usaremos, no exemplo Data: Esta fórmula insere a data automática em uma
a seguir, a função = soma(B2:B4). planilha.
Lembre-se, basta colocar o a célula que contém o
primeiro valor, em seguida o dois pontos (:) e por último
a célula que contém o último valor.

Subtrair: A subtração será feita sempre entre dois


valores, por isso não precisamos de uma função espe-
cífica.
Tendo dois valores em células diferentes, podemos Figura 60: Exemplo função hoje
apenas clicar na primeira, digitar o sinal de “-” (menos)
e depois clicar na segunda célula. Usamos na figura a Na célula C1 está sendo mostrado o resultado da fun-
seguir a fórmula = B2-B3. ção =hoje(), que aparece na barra de fórmulas.
Multiplicar: Para realizarmos a multiplicação, pro-
cedemos de forma semelhante à subtração. Clicamos Inteiro: Com essa função podemos obter o valor intei-
no primeiro número, digitamos o sinal de multiplicação ro de uma fração. A função a ser digitada é =int(A2). Lem-
que, para o Excel é o “*” asterisco, e depois, clicamos no bramos que A2 é a célula escolhida e varia de acordo com
último valor. No próximo exemplo, usaremos a fórmula a célula a ser selecionada na planilha trabalhada.
=B2*B3.
Outra forma de realizar a multiplicação é através da Arredondar para cima: Com essa função, é possível
seguinte função: arredondar um número com casas decimais para o número
=mult(B2;c2) multiplica o valor da célula B2 pelo mais distante de zero.
valor da célula C2. Sua sintaxe é: = ARREDONDAR.PARA.CIMA(núm;núm_
dígitos)

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INFORMÁTICA BÁSICA

Onde:
Núm: é qualquer número real que se deseja arredondar.
Núm_dígitos: é o número de dígitos para o qual se deseja arredondar núm.

Figura 61: Início da função arredondar para cima

Veja na figura, que quando digitamos a parte inicial da função, o Excel nos mostra que temos que selecionar o num,
ou seja, a célula que desejamos arredondar e, depois do “;” (ponto e vírgula), digitar a quantidade de dígitos para a qual
queremos arredondar.
Na próxima figura, para efeito de entendimento, deixaremos as funções aparentes, e os resultados dispostos na coluna
C:
A função Arredondar.para.Baixo segue exatamente o mesmo conceito.

Resto: Com essa função podemos obter o resto de uma divisão. Sua sintaxe é a seguinte:
= mod (núm;divisor)
Onde:
Núm: é o número para o qual desejamos encontrar o resto.
divisor: é o número pelo qual desejamos dividir o número.

Figura 62: Exemplo de digitação da função MOD

Os valores do exemplo a cima serão, respectivamente: 1,5 e 1.

Valor Absoluto: Com essa função podemos obter o valor absoluto de um número. O valor absoluto, é o número sem
o sinal. A sintaxe da função é a seguinte:
=abs(núm)
Onde: aBs(núm)
Núm: é o número real cujo valor absoluto você deseja obter.

Figura 63: Exemplo função abs

Dias 360: Retorna o número de dias entre duas datas com base em um ano de 360 dias (doze meses de 30 dias). Sua
sintaxe é:
= DIAS360(data_inicial;data_final)
Onde:
data_inicial = a data de início de contagem.
Data_final = a data a qual quer se chegar.
No exemplo a seguir, vamos ver quantos dias faltam para chegar até a data de 14/06/2018, tendo como data inicial o
dia 05/03/2018. A função utilizada será =dias360(A2;B2)

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INFORMÁTICA BÁSICA

Figura 64: Exemplo função dias360

Vamos usar a Figura abaixo para explicar as próximas funções (Se, SomaSe, Cont.Se)

Figura 65: Exemplo (Se, SomaSe, Cont.se)

Função SE: O SE é uma função condicional, ou seja, verifica SE uma condição é verdadeira ou falsa.

A sintaxe desra função é a seguinte:


=SE(teste_lógico;“valor_se_verdadeiro”;“valor_se_falso”)
=: Significa a chamada para uma fórmula/função
SE: função SE
teste_lógico: a pergunta a qual se deseja ter resposta
“valor_se_verdadeiro”: se a resposta da pergunta for verdadeira, define o resultado “valor_se_falso” se a resposta da
pergunta for falsa, define o resultado
Usando a planilha acima como exemplo, na coluna ‘E’ queremos colocar uma mensagem se o funcionário recebe um
salário igual ou acima do valor mínimo R$ 724,00 ou abaixo do valor mínimo determinado em R$724,00.

Assim, temos a condição:

SE VALOR DE C3 FOR MAIOR OU IGUAL a 724, então ESCREVA “ACIMA”, senão ESCREVA “ABAIXO” MOSTRA O RE-
SULTADO NA CÉLULA E3

Traduzindo a condição em variáveis teremos:

Resultado: será mostrado na célula C3, portanto é onde devemos digitar a fórmula
Teste lógico: C3>=724
Valor_se_verdadeiro: “Acima”

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INFORMÁTICA BÁSICA

Valor_se_falso: “Abaixo” Traduzindo a condição em variáveis teremos:

Assim, com o cursor na célula E3, digitamos: Resultado: será mostrado na célula D17, portanto é
=SE(C3>=724;”Acima”;”Abaixo”) onde devemos digitar a fórmula
Para cada uma das linhas, podemos copiar e colar as Intervalo para análise: C3:C10
fórmulas, e o Excel, inteligentemente, acertará as linhas e Critério: “FEMININO”
colunas nas células. Nossas fórmulas ficarão assim: Intervalo para soma: D3:D10
E4 =SE(C4>=724;”Acima”;”Abaixo”)
E5 =SE(C5>=724;”Acima”;”Abaixo”) Assim, com o cursor na célula D17, digitamos:
E6 =SE(C6>=724;”Acima”;”Abaixo”)
E7 =SE(C7>=724;”Acima”;”Abaixo”) =SomaSE(D3:D10;”feminino”;C3:C10)
E8 =SE(C8>=724;”Acima”;”Abaixo”)
E9 =SE(C9>=724;”Acima”;”Abaixo”) Função CONT.SE: O CONT.SE é uma função de con-
E10 =SE(C10>=724;”Acima”;”Abaixo”) tagem condicionada, ou seja, CONTA a quantidade de re-
gistros, SE determinada condição for verdadeira. A sintaxe
Função SomaSE: A SomaSE é uma função de soma desta função é a seguinte:
condicionada, ou seja, SOMA os valores, SE determinada
condição for verdadeira. A sintaxe desta função é a seguin- =CONT.SE(intervalo;“critérios”)
te:
= : significa a chamada para uma fórmula/função
=SomaSe(intervalo;“critérios”;intervalo_soma) CONT.SE: chamada para a função CONT.SE
intervalo: intervalo de células onde será feita a análise
=Significa a chamada para uma fórmula/função dos dados
SomaSe: função SOMASE “critérios”: critérios a serem avaliados nas células do
intervalo: Intervalo de células onde será feita a análise “intervalo”
dos dados
“critérios”: critérios (sempre entre aspas) a serem ava- Usando a planilha acima como exemplo, queremos
liados a fim de chegar à condição verdadeira saber quantas pessoas ganham R$ 1200,00 ou mais, e
intervalo_soma: Intervalo de células onde será verifi- mostrar o resultado na célula D14, e quantas ganham
cada a condição para soma dos valores abaixo de R$1.200,00 e mostrar o resultado na célula D15.
Para isso precisamos criar a seguinte condição:
Exemplo: usando a planilha acima, queremos somar
os salários de todos os funcionários HOMENS e mostrar R$ 1200,00 ou MAIS:
o resultado na célula D16. E também queremos somar os SE SALÁRIO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR MAIOR
salários das funcionárias mulheres e mostrar o resultado na OU IGUAL A 1200, ENTÃO
célula D17. Para isso precisamos criar a seguinte condição: CONTA REGISTROS NO INTERVALO C3 ATÉ C10
MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D14
HOMENS:
SE SEXO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR MASCULI- Traduzindo a condição em variáveis teremos:
NO, ENTÃO
SOMA O VALOR DO SALÁRIO MOSTRADO NO Resultado: será mostrado na célula D14, portanto é
INTERVALO D3 ATÉ D10 onde devemos digitar a fórmula
MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D16 Intervalo para análise: C3:C10
Critério: >=1200
Traduzindo a condição em variáveis teremos:
Assim, com o cursor na célula D14, digitamos:
Resultado: será mostrado na célula D16, portanto é
onde devemos digitar a fórmula =CONT.SE(C3:C10;”>=1200”)
Intervalo para análise: C3:C10
Critério: “MASCULINO” MENOS DE R$ 1200,00:
Intervalo para soma: D3:D10 SE SALÁRIO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR ME-
Assim, com o cursor na célula D16, digitamos: NOR QUE 1200, ENTÃO
=SOMASE(D3:D10;”masculino”;C3:C10) CONTA REGISTROS NO INTERVALO C3 ATÉ C10
MULHERES: MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D15
SE SEXO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR FEMINI-
NO, ENTÃO Traduzindo a condição em variáveis teremos:
SOMA O VALOR DO SALÁRIO MOSTRADO NO IN-
TERVALO D3 ATÉ D10 Resultado: será mostrado na célula D15, portanto é
MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D17 onde devemos digitar a fórmula

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INFORMÁTICA BÁSICA

Intervalo para análise: C3:C10


Critério: <1200

Assim, com o cursor na célula D15, digitamos:

=CONT.SE(C3:C10;”<1200”)

Observações: fique atento com o > (maior) e < (menor), >= (maior ou igual) e <=(menor ou igual). Se tivéssemos
determinado a contagem de valores >1200 (maior que 1200) e <1200 (menor que 1200), o valor =1200 (igual a 1200) não
entraria na contagem.

Formatação de Células: Ao observar a planilha abaixo, fica claro que não é uma planilha bem formatada, vamos
deixar ela de uma maneira mais agradável.

Figura 66: Planilha sem Formatação

Vamos utilizar os 3(três) passos apontados na Figura abaixo:

Figura 67: Formatando a planilha

O primeiro passo é mesclar e centralizar o título, para isso utilizamos o botão Mesclar e Centralizar , entre outras opções
de alinhamento, como centralizar, direção do texto, entre outras.

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INFORMÁTICA BÁSICA

Figura 68: Formatando a planilha (Passo 1)

Em seguida, vamos colocar uma borda no texto digitado, vamos escolher a opção “Todas as bordas”, podemos mudar
o título para negrito, mudar a cor do fundo e/ou de uma fonte, basta selecionar a(s) célula(s) e escolher as formatações.

Figura 69: Formatando a planilha (Passo 2)

Para finalizar essa etapa vamos formatar a coluna C para moeda, que é o caso desse exemplo, porém pode ser realizado
vários outros tipos de formatação, como, porcentagem, data, hora, científico, basta clicar no dropbox onde está escrito geral
e escolher.

Figura 70: Formatando a planilha (Passo 3)

O resultado final nos traz uma planilha muito mais agradável e de fácil entendimento:

Figura 71: Planilha Formatada

Ordenando os dados: Você pode digitar os dados em qualquer ordem, pois o Excel possui uma ferramenta muito
útil para ordenar os dados.
Ao clicar neste botão, você tem as opções para classificar de A a Z (ordem crescente), de Z a A (ordem decrescente) ou
classificação personalizada.
Para ordenar seus dados, basta clicar em uma célula da coluna que deseja ordenar, e selecionar a classificação crescente
ou decrescente. Mas cuidado! Se você selecionar uma coluna inteira, nas versões mais antigas do Excel, você irá classificar
os dados dessa coluna, mas vai manter os dados das outras colunas onde estão. Ou seja, seus dados ficarão alterados. Nas
versões mais novas, ele fará a pergunta, se deseja expandir a seleção e dessa forma, fazer a classificação dos dados junto
com a coluna de origem, ou se deseja manter a seleção e classificar somente a coluna selecionada.

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INFORMÁTICA BÁSICA

Filtrando os dados: Ainda no botão temos a opção FILTRO. Ao selecionar esse botão, cada uma das colunas da nos-
sa planilha irá abrir uma seta para fazer a seleção dos dados que desejamos visualizar. Assim, podemos filtrar e visualizar
somente os dados do mês de Janeiro ou então somente os gastos com contas de consumo, por exemplo.

Grupo ferramentas de dados:


- Texto para colunas: separa o conteúdo de uma célula do Excel em colunas separadas.
- Remover duplicatas: exclui linhas duplicadas de uma planilha - Validação de dados: permite especificar valores invá-
lidos para uma planilha. Por exemplo, podemos especificar que a planilha não aceitará receber valores menores que 10.
- Consolidar: combina valores de vários intervalos em um novo intervalo.
- Teste de hipóteses: testa diversos valores para a fórmula na planilha.

Gráficos: Outra forma interessante de analisar os dados é utilizando gráficos. O Excel monta os gráficos rapidamente
e é muito fácil. Na Guia Inserir da Faixa de Opções, temos diversas opções de gráficos que podem ser utilizados.

Figura 72: Gráficos

Utilizando a planilha da Concessionária Grupo Nova, teremos o seguinte gráfico escolhido:

Figura 73: Gráfico de Colunas – 3D

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Redimensione o gráfico clicando com o mouse nas bordas para aumentar de tamanho. Reposicione o gráfico na pá-
gina, clicando nas linhas e arrastando até o local desejado.
Importante mencionar que o conceito do Excel 365 é o mesmo apontado no Word, ou seja, fazem parte do Office
365, que podem ser comprados conforme figura 39.

11.4. LibreOffice Calc

O Calc é o software de planilha eletrônica do LibreOffice e o seu formato de arquivo padrão é o .ods (Open Docu-
ment Spreadsheet). 
O Calc trabalha de modo semelhante ao Excel no que se refere ao uso de fórmulas. Ou seja, uma fórmula é iniciada
pelo sinal de igual (=) e seguido por uma sequência de valores, referências a células, operadores e funções.
Algumas diferenças entre o Calc e o Excel:
Para fazer referência a uma interseção no Calc, utiliza-se o sinal de exclamação (!). Por exemplo, “B2:C4!C3:C6” retor-
nará a C3 e C4 (interseção entre os dois intervalos). No Excel, isso é feito usando um espaço em branco (B2:C4 C3:C6).

Figura 74: Exemplo de Operação no Calc

 Para fazer referência a uma célula que esteja em outra planilha, na mesma pasta de trabalho, digite “nome_da_plani-
lha + . + célula. Por exemplo, “Plan2.A1” faz referência a célula A1 da planilha chamada Plan2. No Excel, isso é feito usan-
do o sinal de exclamação ! (Plan2!A1).

 Menus do Calc
Arquivo - contém comandos que se aplicam ao documento inteiro como Abrir, Salvar e Exportar como PDF.
Editar - contém comandos para editar o conteúdo documento como, por exemplo, Desfazer, Localizar e Substituir,
Cortar, Copiar e Colar.
Exibir - contém comandos para controlar a exibição de um documento tais como Zoom, Tela Inteira e Navegador.
Inserir - contém comandos para inserção de novos elementos no documento como células, linhas, colunas, planilhas,
gráficos.
Formatar - contém comandos para formatar células selecionadas, objetos e o conteúdo das células no documento.
Ferramentas - contém ferramentas como Ortografia, Atingir meta, Rastrear erro, etc.
Dados - contém comandos para editar os dados de uma planilha. É possível classificar, utilizar filtros, validar, etc.
Janela - contém comandos para manipular e exibir janelas no documento.
Ajuda - permite acessar o sistema de ajuda do LibreOffice.

12. Utilização do Microsoft PowerPoint.

12.1. PowerPoint 2003

Na tela do PowerPoint 2003 o usuário tem a sua disposição: - barra de título, barra de menu, barra de ferramenta, pai-
nel de anotações, painel do slide, barra de status, painel de estrutura de tópicos. Confira a tela do PowerPoint na figura 75:

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INFORMÁTICA BÁSICA

Figura 75: Tela do PowerPoint 2003

1- Aqui aparecerá o título do PowerPoint e o nome da apresentação que está sendo editada. Caso o arquivo não
tenha nome, aparecerá o nome e o número das apresentações, como no exemplo da figura acima apresentação 1.
2- Esta é a principal ferramenta do PowerPoint, nela você encontrará vários menus. Para acessá-los é só clicar sobre a
mesma, ou através do teclado pressionando a tecla ALT junto coma letra do nome do comando no referido menu. Exemplo:
para acessar o menu arquivo, pressione ALT e a letra A que se encontra sublinhada
3- A barra de ferramentas possui vários botões que servem para acelerar a execução de alguns recursos do Power-
Point
4- Este é o local de trabalho no qual o texto é digitado.
5- Este painel permite adicionar anotações ou informações e até mesmo, elementos gráficos que você deseja com-
partilhar com o público.
6- Com este painel você poderá organizar e desenvolver o conteúdo da apresentação, assim, inserir fotos, desenhos,
clip-arts e muito mais, para que sua apresentação seja mostrada da melhor maneira. Você só tem a ganhar com os recursos
que o PowerPoint dispõe, principalmente para apresentação de trabalhos escolares e trabalhos pessoais.
7- Esta fornece o número de slides, o tipo de visualização e o idioma.
Como existiu a mudança de formato, a versão 2003 foi a última a ser PPT, para poder abrir apresentações feitas na
versão 2007 ou superior, você pode baixar o pacote de compatibilidade do Microsoft gratuitos para Word, Excel e Power-
Point. Seus conversores ajudam que seja possível abrir, editar e salvar uma apresentação que você criou em versões mais
recentes do Office.
Depois que você instalar as atualizações e conversores, todas as apresentações de versões do PowerPoint mais recentes
que 2003 são convertidos automaticamente quando você abri-los, para que você possa editar e salvá-los.

12.2. PowerPoint 2007

A versão 2007 passa a ter o formato PPTX, diferente das anteriores que eram PPT, essa nova versão lida muito melhor
com vídeos e imagens. Um documento em branco do PowerPoint 2003 (formato PPT) apenas com uma imagem de 1 MB
chega a ocupar 5 MB, já no formato PPTX, este mesmo arquivo ocupa cerca de 1,1 MB.

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INFORMÁTICA BÁSICA

O PowerPoint 2007 trouxe uma importante opção que se encarrega de compactar imagens automaticamente a fim de
reduzir o tamanho total do documento. Para tal, abra a aba Formatar do programa e clique na opção Compactar Imagens.
Neste momento o usuário escolhe se deseja compactar uma única imagem da apresentação ou se pretende aplicar o
efeito a todas as figuras. Clique em Opções para acessar escolher o nível de qualidade e compactação das imagens de seu
arquivo, além disso foi possível começar a tratar imagens.
O PowerPoint 2007 passou a oferecer mais gráficos tridimensionais, permitindo apresentações com melhor visual, diferentemente do seu
antecessor 2003, PowerPoint 2007 utiliza o Microsoft Office Fluent interface de usuário (UI). Esta UI categoriza grupos e guias relacionados, tor-
nando mais fácil para os usuários a encontrar os comandos e recursos do PowerPoint . Além disso, a Fluent UI inclui uma função de visualização
ao vivo , para rever alterações de formatação antes de finalizá-los , bem como galerias de efeitos pré- definidos, layouts , temas e “Estilos Rápidos”. 
Os temas do PowerPoint 2007 possuem características de “Estilos Rápidos”, estilos esses que não existem no Power-
Point 2003, com o PowerPoint 2003, a formatação de um documento exige a escolha de estilo e opções de cores para
gráficos, textos, fundos e até mesmo tabelas.
A versão 2007 do PowerPoint 2007 possuem opções de compartilhamentos mais flexíveis do que as de seu antecessor
de 2003. Um exemplo claro disso é que na versão 2007 os usuários podem acessar o Microsoft Office SharePoint Server
2007 para integrar as apresentações com o Outlook 2007, bem como o compartilhamento de apresentações utilizando o
que chamamos de “Bibliotecas de Slides”.
Em relação as tabelas e gráficos, ao contrário do PowerPoint 2003, a versão 2007 armazena as informações dos gráficos
no Excel 2007, ao invés de armazenar esses dados em folhas de dados do gráfico.

12.3. PowerPoint 2010, 2013 e detalhes gerais

Na tela inicial do PowerPoint, são listadas as últimas apresentações editadas (à esquerda), opção para criar nova apre-
sentação em branco e ainda, são sugeridos modelos para criação de novas apresentações (ao centro).
Ao selecionar a opção de Apresentação em Branco você será direcionado para a tela principal, composta pelos elemen-
tos básicos apontados na figura abaixo, e descritos nos tópicos a seguir.

Figura 76: Tela Principal do PowerPoint 2013

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INFORMÁTICA BÁSICA

Barra de Títulos: A linha superior da tela é a barra de títulos, que mostra o nome da apresentação na janela. Ao iniciar
o programa aparece Apresentação 1 porque você ainda não atribuiu um nome ao seu arquivo.

Faixa de Opções:Desde a versão 2007 do Office, os menus e barras de ferramentas foram substituídos pela Faixa de
Opções. Os comandos são organizados em uma única caixa, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo de
atividade e, para melhorar a organização, algumas são exibidas somente quando necessário.

Figura 77: Faixa de Opções

Barra de Ferramentas de Acesso Rápido: A Barra de Ferramentas de Acesso Rápido fica posicionada no topo da tela
e pode ser configurada com os botões de sua preferência, tornando o trabalho mais ágil.

Adicionando e Removendo Componentes: Para ocultar ou exibir um botão de comando na barra de ferramentas de
acesso rápido podemos clicar com o botão direito no componente que desejamos adicionar, em qualquer guia. Será exibi-
da uma janela com a opção de Adicionar à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido.

Figura 78: Adicionando itens à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido

Temos ainda outra opção de adicionar ou remover componentes nesta barra, clicando na seta lateral. É aberto o menu
Personalizar Barra de Ferramentas de Acesso Rápido, que apresenta várias opções para personalizar a barra, além da opção
Mais Comandos..., onde temos acesso a todos os comandos do PowerPoint.
Para remoção do componente, no mesmo menu selecione-o. Se preferir, clique com o botão direito do mouse sobre o
ícone que deseja remover e escolha Remover da Barra de Ferramentas de Acesso Rápido.

Barra de Status: Localizada na parte inferior da tela, a barra de status permite incluir anotações e comentários na sua
apresentação, mensagens, fornece estatísticas e o status de algumas teclas. Nela encontramos o recurso de Zoom e os
botões de ‘Modos de Exibição’.

Figura 79: Barra de Status

Clicando com o botão direito sobre a barra de status, será exibida a caixa Personalizar barra de status. Nela podemos
ativar ou desativar vários componentes de visualização.
Durante uma apresentação, os slides do PowerPoint vão sendo projetados no monitor do computador, lembrando os
antigos slides fotográficos.
O apresentador pode inserir anotações, observações importantes, que deverão ser abordadas durante a apresentação.
Estas anotações serão visualizadas somente pelo apresentador quando, durante a apresentação, for selecionado o Modo
de Exibição do Apresentador (basta clicar com o botão direito do mouse e selecionar esta opção durante a apresentação).

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INFORMÁTICA BÁSICA

Modelos e Temas Online: Algumas vezes parece impossível iniciar uma apresentação. Você nem mesmo sabe como
começar. Nestas situações pode-se usar os modelos prontos, que fornecem sugestões para que você possa iniciar a criação
de sua apresentação. A versão PowerPoint 2013 traz vários modelos disponíveis online divididos por temas (é necessário
estar conectado à internet).

Figura 80: Modelos e temas online

Para utilizar um modelo pronto, selecione um tema. Em nosso exemplo, vamos selecionar ‘Negócios’. Aparecerão vários
modelos prontos que podem ser utilizados para a criação de sua apresentação, conforme mostra a figura abaixo.

Figura 81: Apresentações Modelo ‘Negócios’

Procure conhecer os modelos, clicando sobre eles. Utilize as barras de rolagem para rolar a tela, visualizar as possi-
bilidades, e possivelmente escolher um modelo, dentre as inúmeras possibilidades fornecidas, para criar apresentações
profissionais com muita agilidade.
Ao escolher um modelo, clique no botão ‘Criar’ e aguarde o download do arquivo. Será criado um novo arquivo em
seu computador, que você poderá salvar onde quiser. A partir daí, basta customizar os dados e utilizá-lo como SUA APRE-
SENTAÇÃO.
Tanto o layout como o padrão de formatação de fontes, poderão ser alterados em qualquer momento, para atender
às suas necessidades.

Apresentação de Slides:

Antes de começarmos a trabalhar em um novo slide, ou nova apresentação, vamos entender um pouco melhor como
funciona uma apresentação. Escolha um modelo pronto qualquer, faça o download, e inicie a apresentação, assim:

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INFORMÁTICA BÁSICA

Na barra ‘Modos de exibição de slides’, localizada na barra de status, clique no botão ‘Modo de Apresentação de Slides’.
Dê cliques com o mouse para seguir ao próximo slide. Ao clicar na apresentação, são exibidos botões de navegação,
que permitem que você siga para o próximo slide ou volte ao anterior, conforme mostrado abaixo. Além dos botões de
navegação você também conta com outras ferramentas durante sua apresentação.

Figura 82: Botões de Navegação e Outras Ferramentas

Exibição de Slides:Vamos agora começar a personalizar nossa apresentação, tendo como base o modelo criado. Se
ainda estiver com uma apresentação aberta, termine a apresentação, retornando à estrutura. Clique, na faixa de opções, no
menu ‘EXIBIÇÃO’.

Alternando entre os Modos de Exibição

Modo Normal: No modo de exibição ‘Normal’, você trabalha em um slide de cada vez e pode organizar a estrutura
de todos os slides da apresentação.

Figura 83: Modo de Exibição ‘Normal’.

Para mover de um slide para outro clique sobre o slide (do lado esquerdo) que deseja visualizar na tela, ou utilize as
teclas ‘PageUp’ e ‘PageDown’.

Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos: Este modo de visualização é interessante principalmente durante a cons-
trução do texto da apresentação. Você pode ir digitando o texto do lado esquerdo e o PowerPoint monta os slides pra você.

Classificação de Slides: Este modo permite ver seus slides em miniatura, para auxiliar na organização e estruturação
de sua apresentação. No modo de classificação de slides, você pode reordenar slides, adicionar transições e efeitos de ani-
mação e definir intervalos de tempo para apresentações eletrônicas de slides.

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INFORMÁTICA BÁSICA

Figura 84: Classificação de Slides

Para alterar a sequência de exibição de slides, clique no slide e arraste até a posição desejada. Você também pode ocul-
tar um slide dando um clique com o botão direito do mouse sobre ele e selecionando ‘Ocultar Slide’.

Alterando o Design:

O design de um slide é a apresentação visual do mesmo, ou seja, as cores nele utilizadas, tipos de fontes, etc. O Power-
Point disponibiliza vários temas prontos para aplicar ao design de sua apresentação.
Para inserir um Tema de design pronto nos slides acesse a guia ‘Design’ na Faixa de Opções. Clique na seta lateral para
visualizar todos os temas existentes.
Clique no tema desejado, para aplicar ao slide selecionado. O tema será aplicado em todos os slides.
Variantes->Cores e Variantes->Fontes: ainda na guia ‘Design’ podemos aplicar variações dos temas, alterando cores e
fontes, criando novos temas de cores. Clique na seta da caixa ‘Variantes’ para abrir as opções. Passe o mouse sobre cada
tema para visualizar o efeito na apresentação. Após encontrar a variação desejada, dê um clique com o mouse para aplicá-la
à apresentação.

Figura 85: Variantes de Temas de Design

Variantes->Efeitos: os efeitos de tema especificam como os efeitos são aplicados a gráficos SmartArt, formas e ima-
gens. Clique na seta do botão ‘Efeitos’ para acessar a galeria de Efeitos. Aplicando o efeito alteramos rapidamente a apa-
rência dos objetos.

Layout de Texto:

O primeiro slide criado em nossa apresentação é um ‘Slide de título’. Nele não deve ser inserido o conteúdo da palestra
ou reunião, mas apenas o título e um subtítulo pois trata-se do slide inicial.
Clique no quadro onde está indicado ‘Clique aqui para adicionar um título’, e escreva o título de sua apresentação. A
apresentação que criaremos será sobre ‘Grupo Nova”.
No quadro onde está indicado ‘Clique aqui para adicionar um subtítulo’ coloque seu nome ou o nome da empresa em
que trabalha, ou mesmo um subtítulo ligado ao tema da apresentação.
Formate o texto da forma como desejar, selecionando o tipo da fonte, tamanho, alinhamento, etc., clicando sobre a
‘Caixa de Texto’ para fazer as formatações.

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INFORMÁTICA BÁSICA

Clique no botão novo slide da guia ‘PÁGINA INICIAL’. Será criado um novo slide com layout diferente do anterior. Isso
acontece porque o programa entende que o próximo slide não é mais de título, e sim de conteúdo, e assim sucessivamente
pra a criação da sua apresentação.

Layouts de Conteúdo:

Utilizando os layouts de conteúdo é possível inserir figura ou cliparts, tabelas, gráficos, diagramas ou clipe de mídia
(que podem ser animações, imagens, sons, etc.).
A utilização destes recursos é muito simples, bastando clicar, no próprio slide, sobre o recurso que deseja utilizar.
Salve a apresentação atual como ‘Ensino a Distância’ e, sem fechá-la, abra uma nova apresentação. Vamos ver a utili-
zação dos recursos de Conteúdo.
Na guia ‘Início’ da Faixa de Opções, clique na seta lateral da caixa Layout. Será exibida uma janela com várias opções.
Selecione o layout ‘Título e conteúdo’.
Aparecerá a caixa de conteúdo no slide como mostrado na figura a seguir. A caixa de conteúdos ao centro do slide
possui diversas opções de tipo de conteúdo que se pode utilizar.
As demais ferramentas da ‘Caixa de Conteúdo’ são:

• Escolher Elemento Gráfico SmartArt


• Inserir Imagem
• Inserir Imagens Online
• Inserir Vídeo

Explore as opções, utilize os recursos oferecidos para enriquecer seus conhecimentos e, em consequência, criar apre-
sentações muito mais interessantes. O funcionamento de cada item é semelhante aos já abordados.

Agora é com você!


Exercite: crie diversos slides de conteúdo, procurando utilizar todas as opções oferecidas para cada tipo de conteúdo.
Desta forma, você estará aprendendo ainda mais utilizar os recursos do PowerPoint e do Office.

Animação dos Slides: A animação dos slides é um dos últimos passos da criação de uma apresentação. Essa é uma
etapa importante, pois, apesar dos inúmeros recursos oferecidos pelo programa, não é aconselhável exagerar na utilização
dos mesmos, pois além de tornar a apresentação cansativa, tira a atenção das pessoas que estão assistindo, ao invés de dar
foco ao conteúdo da apresentação, passam a dar fico para as animações.

Transições: A transição dos slides nada mais é que a mudança entre um slide e outro. Você pode escolher entre diver-
sas transições prontas, através da faixa de opções ‘TRANSIÇÕES’. Selecione o primeiro slide da nossa apresentação e clique
nesta opção.

Escolha uma das transições prontas e veja o que acontece. Explore os diversos tipos de transições, apenas clicando
sobre elas e assistindo os efeitos que elas produzem. Isso pode ser bastante divertido, mas dependendo do intuito da
apresentação, o exagero pode tornar sua apresentação pouco profissional.

Ainda em ‘TRANSIÇÕES’ escolha como será feito o avanço do slide, se após um tempo pré-definido ou ‘Ao Clicar com
o Mouse’, dentro da faixa ‘INTERVALO’. Você também pode aplicar som durante a transição.

Animações: As animações podem ser definidas para cada caixa de texto dos slides. Ou seja, durante sua apresentação
você pode optar em ir abrindo o texto conforme trabalha os assuntos.

Neste exemplo, selecionaremos o Slide 3 de nossa apresentação para enriquecer as explicações. Clique um uma das
caixas de texto do slide, e na opção ‘ANIMAÇÕES’ abra o ‘PAINEL DE ANIMAÇÃO’.

Figura 86: Animações

Escolheremos a opção ‘Flutuar para Dentro’, mas você pode explorar as diversas opções e escolher a que mais te agra-
dar. Clique na opção escolhida. No Painel de Animação, abra todas as animações clicando na seta para baixo.

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INFORMÁTICA BÁSICA

Figura 87: Abrindo a lista do Painel de Animações

Cada parágrafo de texto pode ser configurado, bastando que você clique no parágrafo desejado e faça a opção de
animação desejada. O parágrafo pode aparecer somente quando você clicar com o mouse, ou juntamente com o anterior.
Pode mantê-lo aberto na tela enquanto outros estão fechados, etc.

Em nosso exemplo, vamos animar da seguinte forma: os textos da caixa de texto do lado esquerdo vão aparecer juntos
após clicar. Os textos da caixa do lado direito permanecem fechados. Ao clicar novamente, os dois parágrafos aparecerão
ao mesmo tempo na tela.

Passo a passo:
Com a caixa de texto do lado esquerdo selecionada, clique em ‘Iniciar ao clicar’ no 1º parágrafo, mostrado no Painel
de Animações;
selecione o 2º parágrafo e selecione ‘Iniciar com anterior’;
selecione a caixa de texto do lado direito e aplique uma animação;
no Painel de Animações clique em ‘Iniciar ao clicar’ no 1º parágrafo da caixa de texto
selecione o 2º parágrafo da caixa de texto e selecione ‘Iniciar com anterior’.

12.4. Impress
É o editor de apresentações do LibreOffice e o seu formato de arquivo padrão é o .odp (Open Document Presentations).
 
- O usuário pode iniciar uma apresentação no Impress de duas formas:
• do primeiro slide (F5) - Menu Apresentação de Slides -> Iniciar do primeiro slide
• do slide atual (Shift + F5) - Menu Apresentação de Slides -> Iniciar do slide atual.
 
- Menu do Impress:
• Arquivo - contém comandos que se aplicam ao documento inteiro como Abrir, Salvar e Exportar como PDF;
• Editar - contém comandos para editar o conteúdo documento como, por exemplo, Desfazer, Localizar e Substituir,
Cortar, Copiar e Colar;
• Exibir - contém comandos para controlar a exibição de um documento tais como Zoom, Apresentação de Slides,
Estrutura de tópicos e Navegador;
• Inserir  - contém comandos para inserção de novos slides e elementos no documento como figuras, tabelas e
hiperlinks;
• Formatar - contém comandos para formatar o layout e o conteúdo dos slides, tais como Modelos de slides, Layout
de slide, Estilos e Formatação, Parágrafo e Caractere;
• Ferramentas - contém ferramentas como Ortografia, Compactar apresentação e Player de mídia;
• Apresentação de Slides - contém comandos para controlar a apresentação de slides e adicionar efeitos em obje-
tos e na transição de slides.

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INFORMÁTICA BÁSICA

PROTOCOLOS, SERVIÇOS, TECNOLOGIAS,


FERRAMENTAS E APLICATIVOS ASSOCIADOS
À INTERNET E AO CORREIO ELETRÔNICO.
CONCEITOS DOS PRINCIPAIS NAVEGADORES
DA INTERNET.

O objetivo inicial da Internet era atender necessidades militares, facilitando a comunicação. A agência norte-americana
ARPA – ADVANCED RESEARCH AND PROJECTS AGENCY e o Departamento de Defesa americano, na década de 60, criaram
um projeto que pudesse conectar os computadores de departamentos de pesquisas e bases militares, para que, caso um
desses pontos sofresse algum tipo de ataque, as informações e comunicação não seriam totalmente perdidas, pois estariam
salvas em outros pontos estratégicos.
O projeto inicial, chamado ARPANET, usava uma conexão a longa distância e possibilitava que as mensagens fossem
fragmentadas e endereçadas ao seu computador de destino. O percurso entre o emissor e o receptor da informação pode-
ria ser realizado por várias rotas, assim, caso algum ponto no trajeto fosse destruído, os dados poderiam seguir por outro
caminho garantindo a entrega da informação, é importante mencionar que a maior distância entre um ponto e outro, era
de 450 quilômetros.
No começo dos anos 80, essa tecnologia rompeu as barreiras de distância, passando a interligar e favorecer a troca de
informações de computadores de universidades dos EUA e de outros países, criando assim uma rede (NET) internacional
(INTER), consequentemente seu nome passa a ser, INTERNET.
A evolução não parava, além de atingir fronteiras continentais, os computadores pessoais evoluíam em forte escala
alcançando forte potencial comercial, a Internet deixou de conectar apenas computadores de universidades, passou a co-
nectar empresas e, enfim, usuários domésticos.
Na década de 90, o Ministério das Comunicações e o Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil trouxeram a Internet para
os centros acadêmicos e comerciais. Essa tecnologia rapidamente foi tomando conta de todos os setores sociais até atingir a
amplitude de sua difusão nos tempos atuais.
Um marco que é importante frisar é o surgimento do WWW que foi a possibilidade da criação da interface gráfica dei-
xando a internet ainda mais interessante e vantajosa, pois até então, só era possível a existência de textos.
Para garantir a comunicação entre o remetente e o destinatário o americano Vinton Gray Cerf, conhecido como o pai
da internet criou os protocolos TCP/IP, que são protocolos de comunicação. O TCP – TRANSMISSION CONTROL PROTOCOL
(Protocolo de Controle de Transmissão) e o IP – INTERNET PROTOCOL (Protocolo de Internet) são conjuntos de regras que
tornam possível tanto a conexão entre os computadores, quanto ao entendimento da informação trocada entre eles.
A internet funciona o tempo todo enviando e recebendo informações por isso o periférico que permite a conexão com
a internet chama MODEM, porque que ele MOdula e DEModula sinais, e essas informações só podem ser trocadas graças
aos protocolos TCP/IP.

Protocolos Web

Já que estamos falando em protocolos, citaremos outros que são largamente usados na Internet:

-HTTP (Hypertext Transfer Protocol): Protocolo de transferência de Hipertexto, desde 1999 é utilizado para trocar
informações na Internet. Quando digitamos um site, automaticamente é colocado à frente dele o http://
Exemplo: http://www.novaconcursos.com.br
Onde:
http:// → Faz a solicitação de um arquivo de hipermídia para a Internet, ou seja, um arquivo que pode conter texto,
som, imagem, filmes e links.
-URL (Uniform Resource Locator): Localizador Padrão de recursos, serve para endereçar um recurso na web, é como
se fosse um apelido, uma maneira mais fácil de acessar um determinado site
Exemplo: http://www.novaconcursos.com.br, onde:

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INFORMÁTICA BÁSICA

Faz a solicitação de um arquivo de


http:// hipermídiaparaaInternet.
Estipulaqueesse recursoestánarede mundialdecomputa
www dores(veremosmais sobre www emumpróximotópico).
Éo endereçodedomínio.Um endereçode
novaconcursos domíniorepresentarásua empresaou seu
espaçonaInternet.
Indicaqueo servidorondeesse siteestá
.com hospedado é de finalidadescomerciais.

.br Indicaqueo servidorestáno Brasil.

Encontramos, ainda, variações na URL de um site, que demonstram a finalidade a organização que o criou, como:
.gov - Organização governamental
.edu - Organização educacional
.org - Organização
.ind - Organização Industrial
.net - Organização telecomunicações
.mil - Organização militar
.pro - Organização de profissões
.eng – Organização de engenheiros

E também, do país de origem:


.it – Itália
.pt – Portugal
.ar – Argentina
.cl – Chile
.gr – Grécia

Quando vemos apenas a terminação .com, sabemos que se trata de um site hospedado em um servidor dos Estados
Unidos.
-HTTPS (Hypertext transfer protocol secure): Semelhante ao HTTP, porém permite que os dados sejam transmitidos
através de uma conexão criptografada e que se verifique a autenticidade do servidor e do cliente através de certificados
digitais.

-FTP (File Transfer Protocol): Protocolo de transferência de arquivo, é o protocolo utilizado para poder subir os ar-
quivos para um servidor de internet, seus programas mais conhecidos são, o Cute FTP, FileZilla e LeechFTP, ao criar um site,
o profissional utiliza um desses programas FTP ou similares e executa a transferência dos arquivos criados, o manuseio é
semelhante à utilização de gerenciadores de arquivo, como o Windows Explorer, por exemplo.

-POP (Post Office Protocol): Protocolo de Posto dos Correios permite, como o seu nome o indica, recuperar o seu
correio num servidor distante (o servidor POP). É necessário para as pessoas não ligadas permanentemente à Internet,
para poderem consultar os mails recebidos offline. Existem duas versões principais deste protocolo, o POP2 e o POP3, aos
quais são atribuídas respectivamente as portas 109 e 110, funcionando com o auxílio de comandos textuais radicalmente
diferentes, na troca de e-mails ele é o protocolo de entrada.

IMAP (Internet Message Access Protocol): É um protocolo alternativo ao protocolo POP3, que oferece muitas
mais possibilidades, como, gerir vários acessos simultâneos e várias caixas de correio, além de poder criar mais
critérios de triagem.

-SMTP (Simple Mail Transfer Protocol): É o protocolo padrão para envio de e-mails através da Internet. Faz a
validação de destinatários de mensagens. Ele que verifica se o endereço de e-mail do destinatário está corretamente
digitado, se é um endereço existente, se a caixa de mensagens do destinatário está cheia ou se recebeu sua mensa-
gem, na troca de e-mails ele é o protocolo de saída.

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INFORMÁTICA BÁSICA

-UDP (User Datagram Protocol): Protocolo que atua Atualmente existem vários tipos de plug-ins. Abaixo
na camada de transporte dos protocolos (TCP/IP). Permi- temos uma relação de alguns deles:
te que a apli- cação escreva um datagrama encapsulado - 3D e Animação (Arquivos VRML, MPEG, QuickTime,
num pacote IP e trans- portado ao destino. É muito comum etc.).
lermos que se trata de um protocolo não confiável, isso - Áudio/Vídeo (Arquivos WAV, MID, AVI, etc.).
porque ele não é implementado com regras que garantam - Visualizadores de Imagens (Arquivos JPG, GIF, BMP,
tratamento de erros ou entrega. PCX, etc.).
- Negócios e Utilitários
Provedor - Apresentações

O provedor é uma empresa prestadora de serviços que INTRANET: A Intranet ou Internet Corporativa é a im-
oferece acesso à Internet. Para acessar a Internet, é neces- plantação de uma Internet restrita apenas a utilização interna
sário conectar-se com um computador que já esteja na In- de uma empresa. As intranets ou Webs corporativas, são re-
ternet (no caso, o provedor) e esse computador deve per- des de comunicação internas baseadas na tecnologia usada
mitir que seus usuários também tenham acesso a Internet. na Internet. Como um jornal editado internamente, e que
No Brasil, a maioria dos provedores está conectada pode ser acessado apenas pelos funcionários da empresa.
à Embratel, que por sua vez, está conectada com outros A intranet cumpre o papel de conectar entre si filiais e de-
computadores fora do Brasil. Esta conexão chama-se link, partamentos, mesclando (com segurança) as suas informações
que é a conexão física que interliga o provedor de acesso particulares dentro da estrutura de comunicações da empresa.
com a Embratel. Neste caso, a Embratel é conhecida como O grande sucesso da Internet, é particularmente da
backbone, ou seja, é a “espinha dorsal” da Internet no Bra- World Wide Web (WWW) que influenciou muita coisa na
sil. Pode-se imaginar o backbone como se fosse uma ave- evolução da informática nos últimos anos.
nida de três pistas e os links como se fossem as ruas que Em primeiro lugar, o uso do hipertexto (documentos
estão interligadas nesta avenida. interliga- dos através de vínculos, ou links) e a enorme fa-
Tanto o link como o backbone possui uma velocidade cilidade de se criar, interligar e disponibilizar documentos
de transmissão, ou seja, com qual velocidade ele transmite multimídia (texto, gráficos, animações, etc.), democratiza-
os dados. ram o acesso à informação através de redes de computa-
Esta velocidade é dada em bps (bits por segundo). dores. Em segundo lugar, criou-se uma gigantesca base de
Deve ser feito um contrato com o provedor de acesso, que usuários, já familiarizados com conhecimentos básicos de
fornecerá um nome de usuário, uma senha de acesso e um informática e de navegação na Internet. Finalmente, surgi-
endereço eletrônico na Internet. ram muitas ferramentas de software de custo zero ou pe-
queno, que permitem a qualquer organização ou empresa,
Home Page sem muito esforço, “entrar na rede” e começar a acessar e
colocar informação. O resultado inevitável foi a impressio-
Pela definição técnica temos que uma Home Page é nante explosão na informação disponível na Internet, que
um arquivo ASCII (no formato HTML) acessado de compu- segundo consta, está dobrando de tamanho a cada mês.
tadores rodando um Navegador (Browser), que permite o Assim, não demorou muito a surgir um novo conceito,
acesso às informações em um ambiente gráfico e multimí- que tem interessado um número cada vez maior de em-
dia. Todo em hipertexto, facilitando a busca de informações presas, hospitais, faculdades e outras organizações interes-
dentro das Home Pages. sadas em integrar informações e usuários: a intranet. Seu
O endereço de Home Pages tem o seguinte formato: advento e disseminação promete operar uma revolução
http://www.endereço.com/página.html tão profunda para a vida organizacional quanto o apare-
Por exemplo, a página principal do meu projeto de cimento das primeiras redes locais de computadores, no
mestrado: final da década de 80.
http://www.ovidio.eng.br/mestrado
O que é Intranet?
PLUG-INS
O termo “intranet” começou a ser usado em meados de
Os plug-ins são programas que expandem a capacida- 1995 por fornecedores de produtos de rede para se refe-
de do Browser em recursos específicos - permitindo, por rirem ao uso dentro das empresas privadas de tecnologias
exemplo, que você toque arquivos de som ou veja filmes projetadas para a comunicação por computador entre em-
em vídeo dentro de uma Home Page. As empresas de soft- presas. Em outras palavras, uma intranet consiste em uma
ware vêm desenvolvendo plug-ins a uma velocidade im- rede privativa de computadores que se baseia nos padrões
pressionante. Maiores informações e endereços sobre plu- de comunicação de dados da Internet pública, baseadas na
g-ins são encontradas na página: tecnologia usada na Internet (páginas HTML, e-mail, FTP,
etc.) que vêm, atualmente fazendo muito sucesso. Entre
http://www.yahoo.com/Computers_and_Internet/Soft- as razões para este sucesso, estão o custo de implantação
ware/ Internet/World_Wide_Web/Browsers/Plug_Ins/Indi- relativamente baixo e a facilidade de uso propiciada pelos
ces/ programas de navegação na Web, os browsers.

57
INFORMÁTICA BÁSICA

Objetivo de construir uma Intranet Mecanismos de Buscas

Organizações constroem uma intranet porque ela é Pesquisar por algo no Google e não ter como retorno
uma ferramenta ágil e competitiva. Poderosa o suficiente exatamente o que você queria pode trazer algumas horas
para economizar tempo, diminuir as desvantagens da dis- de trabalho a mais, não é mesmo? Por mais que os algorit-
tância e alavancar sobre o seu maior patrimônio de capital mos de busca sejam sempre revisados e busquem de certa
com conhecimentos das operações e produtos da empresa. forma “adivinhar” o que se passa em sua cabeça, lançar
mão de alguns artifícios para que sua busca seja otimizada
Aplicações da Intranet poupará seu tempo e fará com que você tenha acesso a
resultados mais relevantes.
Já é ponto pacífico que apoiarmos a estrutura de comu- Os mecanismos de buscas contam com operadores
nicações corporativas em uma intranet dá para simplificar o para filtro de conteúdo. A maior parte desse filtros, no en-
trabalho, pois estamos virtualmente todos na mesma sala. tanto, pode não interessar e você, caso não seja um prati-
De qualquer modo, é cedo para se afirmar onde a intranet cante de SEO. Contudo alguns são realmente úteis e estão
vai ser mais efetiva para unir (no sentido operacional) os listados abaixo. Realize uma busca simples e depois apli-
diversos profissionais de uma empresa. Mas em algumas que os filtros para poder ver o quanto os resultados podem
áreas já se vislumbram benefícios, por exemplo: sem mais especializados em relação ao que você procura.
- Marketing e Vendas - Informações sobre produtos,
listas de preços, promoções, planejamento de eventos; -palavra_chave
- Desenvolvimento de Produtos - OT (Orientação de Retorna um busca excluindo aquelas em que a pa-
Trabalho), planejamentos, listas de responsabilidades de lavra chave aparece. Por exemplo, se eu fizer uma busca
membros das equipes, situações de projetos; por  computação,  provavelmente encontrarei na relação
- Apoio ao Funcionário - Perguntas e respostas, siste- dos resultados informaçõe sobre “Ciência da computação“.
mas de melhoria contínua (Sistema de Sugestões), manuais Contudo, se eu fizer uma busca por computação -ciência ,
de qualidade; os resultados que tem a palavra chave ciência serão omi-
- Recursos Humanos - Treinamentos, cursos, apostilas, tidos.
políticas da companhia, organograma, oportunidades de tra-
balho, programas de desenvolvimento pessoal, benefícios. +palavra_chave
Para acessar as informações disponíveis na Web corpo- Retorna uma busca fazendo uma inclusão forçada de
rativa, o funcionário praticamente não precisa ser treinado. uma palavra chave nos resultados. De maneira análoga
Afinal, o esforço de operação desses programas se resume ao exemplo anterior, se eu fizer uma busca do tipo com-
quase somente em clicar nos links que remetem às novas putação, terei como retorna uma gama mista de resulta-
páginas. No entanto, a simplicidade de uma intranet termi- dos. Caso eu queira filtrar somente os casos em que ciên-
na aí. Projetar e implantar uma rede desse tipo é uma tarefa cias aparece, e também no estado de SP, realizo uma busca
complexa e exige a presença de profissionais especializa- do tipo computação + ciência SP.
dos. Essa dificuldade aumenta com o tamanho da intranet,
sua diversidade de funções e a quantidade de informações “frase_chave”
nela armazenadas. Retorna uma busca em que existam as ocorrências dos
A intranet é baseada em quatro conceitos: termos que estão entre aspas, na ordem e grafia exatas
- Conectividade - A base de conexão dos computa- ao que foi inserido. Assim, se você realizar uma busca do
dores ligados através de uma rede, e que podem transferir tipo “como faser” – sim, com a escrita incorreta da palavra
qualquer tipo de informação digital entre si; FAZER, verá resultados em que a frase idêntica foi empre-
- Heterogeneidade - Diferentes tipos de computado- gada.
res e sistemas operacionais podem ser conectados de for-
ma transparente; palavras_chave_01 OR palavra_chave_02
- Navegação - É possível passar de um documento a Mostra resultado para pelo menos uma das palavras
outro através de referências ou vínculos de hipertexto, que chave citadas. Faça uma busca por facebook OR msn, por
facilitam o acesso não linear aos documentos; exemplo, e terá como resultado de sua busca, páginas re-
- Execução Distribuída - Determinadas tarefas de aces- levantes sobre pelo menos um dos dois temas- nesse caso,
so ou manipulação na intranet só podem ocorrer graças à como as duas palavras chaves são populares, os dois resul-
execução de programas aplicativos, que podem estar no tados são apresentados em posição de destaque.
servidor, ou nos microcomputadores que acessam a rede
(também chamados de clientes, daí surgiu à expressão que filetype:tipo
caracteriza a arquitetura da intranet: cliente-servidor). Retorna as buscas em que o resultado tem o tipo de
- A vantagem da intranet é que esses programas são extensão especificada. Por exemplo, em uma busca  fi-
ativa- dos através da WWW, permitindo grande flexibilida- letype:pdf jquery  serão exibidos os conteúdos da palavra
de. Determinadas linguagens, como Java, assumiram gran- chave jquery que tiverem como extensão .pdf. Os tipos de
de importância no desenvolvimento de softwares aplicati- extensão podem ser: PDF, HTML ou HTM, XLS, PPT, DOC
vos que obedeçam aos três conceitos anteriores.

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INFORMÁTICA BÁSICA

palavra_chave_01 * palavra_chave_02 Safari: O Safari é o navegador da Apple, é um ótimo


Retorna uma “busca combinada”, ou seja, sendo o * um navegador considerado pelos especialistas e possui uma
indicador de “qualquer conteúdo”, retorna resultados em interface bem bonita, apesar de ser um navegador da
que os termos inicial e final aparecem, independente do Apple existem versões para Windows.
que “esteja entre eles”. Realize uma busca do tipo facebook
* msn e veja o resultado na prática.

15. Navegadores de internet: Internet Explorer, Mozilla


Firefox, Google Chrome.

Navegadores: Navegadores de internet ou browsers


são programas de computador especializados em visuali- Figura 91: Símbolo do Safari
zar e dar acesso às informações disponibilizadas na web,
até pouco tempo atrás tínhamos apenas o Internet Explorer Internet Explorer: O Internet Explorer ou IE é o na-
e o Netscape, hoje temos uma série de navegadores no vegador padrão do Windows. Como o próprio nome diz,
mercado, iremos fazer uma breve descrição de cada um é um programa preparado para explorar a Internet dando
deles, e depois faremos toda a exemplificação utilizando o acesso a suas informações. Representado pelo símbolo do
Internet Explorer por ser o mais utilizado em todo o mun- “e” azul, é possível acessá-lo apenas com um duplo clique
do, porém o conceito e usabilidade dos outros navegado- em seu símbolo.
res seguem os mesmos princípios lógicos.

Chrome: O Chrome é o navegador do Google e con-


sequentemente um dos melhores navegadores existentes.
Outra vantagem devido ser o navegador da Google é o
mais utilizado no meio, tem uma interface simples muito
fácil de utilizar. Figura 92: Símbolo do Internet Explorer

16. Transferência de arquivos pela internet

FTP (File Transfer Protocol – Protocolo de Transferência


de Arquivos) é uma das mais antigas formas de interação
na Internet. Com ele, você pode enviar e receber arquivos
Figura 88: Símbolo do Google Chrome para, ou de computadores que se caracterizam como ser-
vidores remotos. Voltaremos aqui ao conceito de arquivo
Mozila Firefox: O Mozila Firefox é outro excelente na- texto (ASCII – código 7 bits) e arquivos não texto (Binários
vegador ele é gratuito e fácil de utilizar apesar de não ter – código 8 bits). Há uma diferença interessante entre en-
uma interface tão amigável, porém é um dos navegadores viar uma mensagem de correio eletrônico e realizar trans-
mais rápidas e com maior segurança contra hackers. ferência de um arquivo. A mensagem é sempre transferida
como uma informação textual, enquanto a transferência de
um arquivo pode ser caracterizada como textual (ASCII) ou
não-textual (binário).
Um servidor FTP é um computador que roda um pro-
grama que chamamos de servidor de FTP e, portanto, é ca-
paz de se comunicar com outro computador na Rede que
Figura 89: Símbolo do Mozilla Firefox o esteja acessando através de um cliente FTP.
  FTP anônimo versus FTP com autenticação existem
Opera: Usabilidade muito agradável, possui grande dois tipos de conexão FTP, a primeira, e mais utilizada, é a
desempenho, porém especialistas em segurança o consi- conexão anônima, na qual não é preciso possuir um user-
dera o navegador com menos segurança. name ou password (senha) no servidor de FTP, bastando
apenas identificar-se como anonymous (anônimo). Neste
caso, o que acontece é que, em geral, a árvore de diretório
que se enxerga é uma sub-árvore da árvore do sistema. Isto
é muito importante, porque garante um nível de segurança
adequado, evitando que estranhos tenham acesso a todas
as informações da empresa. Quando se estabelece uma co-
Figura 90: Símbolo do Opera nexão de “FTP anônimo”, o que acontece em geral é que a
conexão é posicionada no diretório raiz da árvore de dire-
tórios. Dentre os mais comuns estão: pub, etc, outgoing e
incoming. O segundo tipo de conexão envolve uma auten-

59
INFORMÁTICA BÁSICA

ticação, e portanto, é indispensável que o usuário possua Uma forma de atender a necessidade de comunicação
um username e uma password que sejam reconhecidas entre ker- nel e aplicativo é a chamada do sistema (System
pelo sistema, quer dizer, ter uma conta nesse servidor. Nes- Call), que é uma interface entre um aplicativo de espaço de
te caso, ao estabelecer uma conexão, o posicionamento usuário e um serviço que o kernel fornece.
é no diretório criado para a conta do usuário – diretório Como o serviço é fornecido no kernel, uma chamada
home, e dali ele poderá percorrer toda a árvore do sistema, direta não pode ser executada; em vez disso, você deve
mas só escrever e ler arquivos nos quais ele possua. utilizar um processo de cruzamento do limite de espaço do
Assim como muitas aplicações largamente utilizadas usuário/kernel.
hoje em dia, o FTP também teve a sua origem no sistema No Linux também existem diferentes run levels de ope-
operacional UNIX, que foi o grande percursor e responsá- ração. O run level de uma inicialização padrão é o de nú-
vel pelo sucesso e desenvolvimento da Internet.  mero 2.
Como o Linux também é conhecido por ser um sis-
Algumas dicas tema operacional que ainda usa muitos comandos digi-
1. Muitos sites que aceitam FTP anônimo limitam o nú- tados, não poderíamos deixar de falar sobre o Shell, que
mero de conexões simultâneas para evitar uma sobrecarga é justamente o programa que permite ao usuário digitar
na máquina. Uma outra limitação possível é a faixa de ho- comandos que sejam inteligíveis pelo sistema operacional
rário de acesso, que muitas vezes é considerada nobre em e executem funções.
horário comercial, e portanto, o FTP anônimo é tempora- No MS DOS, por exemplo, o Shell era o command.com,
riamente desativado. através do qual podíamos usar comandos como o dir, cd
2. Uma saída para a situação acima é procurar “sites e outros. No Linux, o Shell mais usado é o Bash, que, para
espelhos” que tenham o mesmo conteúdo do site sendo usuários comuns, aparece com o símbolo $, e para o root,
acessado. aparece como símbolo #.
3. Antes de realizar a transferência de qualquer arquivo Temos também os termos usuário e superusuário. En-
verifique se você está usando o modo correto, isto é, no quanto ao usuário é dada a permissão de utilização de
caso de arquivos-texto, o modo é ASCII, e no caso de arqui- comandos simples, ao superusuário é permitido configurar
vos binários (.exe, .com, .zip, .wav, etc.), o modo é binário. quais comandos os usuários po- dem usar, se eles podem
Esta prevenção pode evitar perda de tempo. apenas ver ou também alterar e gravar dire- tórios, ou seja,
4. Uma coisa interessante pode ser o uso de um servi- ele atua como o administrador do sistema. O diretório pa-
dor de FTP em seu computador. Isto pode permitir que um drão que contém os programas utilizados pelo superusuário
amigo seu consiga acessar o seu computador como um para o gerenciamento e a manutenção do sistema é o /sbin.
servidor remoto de FTP, bastando que ele tenha acesso ao /bin - Comandos utilizados durante o boot e por usuá-
número IP, que lhe é atribuído dinamicamente. rios comuns.
/sbin - Como os comandos do /bin, só que não são
utilizados pelos usuários comuns.
Por esse motivo, o diretório sbin é chamado de superu-
CONCEITO DE SOFTWARE LIVRE. suário, pois existem comandos que só podem ser utilizados
nesse diretório. É como se quem estivesse no diretório sbin
fosse o administrador do sistema, com permissões espe-
ciais de inclusões, exclusões e alterações.
O Linux é um sistema operacional inicialmente basea-
do em comandos, mas que vem desenvolvendo ambientes Comandos básicos
gráficos de estruturas e uso similares ao do Windows. Ape- Iniciaremos agora o estudo sobre vários comandos que
sar desses ambientes gráficos serem cada vez mais adota- podemos usar no Shell do Linux:
dos, os comandos do Linux ainda são largamente empre- -addgroup - adiciona grupos
gados, sendo importante seu conhecimento e estudo. -adduser - adiciona usuários
Outro termo muito usado quando tratamos do Linux é -apropos - realiza pesquisa por palavra ou string
o kernel, que é uma parte do sistema operacional que faz a -cat - mostra o conteúdo de um arquivo binário ou tex-
ligação entre software e máquina, é a camada de software to
mais próxima do hardware, considerado o núcleo do sis- -cd - entra num diretório (exemplo: cd docs) ou retor-
tema. O Linux teve início com o desenvolvimento de um na para home
pequeno kernel, desenvolvido por Linus Torvalds, em 1991, cd <pasta> – vai para a pasta especificada. exem-
quando era apenas um estudante finlandês. Ao kernel que plo: cd /usr/bin/
Linus desenvolveu, deu o nome de Linux. Como o kernel -chfn - altera informação relativa a um utilizador
é capaz de fazer gerenciamentos primários básicos e es- -chmod - altera as permissões de arquivos ou diretó-
senciais para o funcionamento da máquina, foi necessário rios. É um comando para manipulação de arquivos e dire-
desenvolver módulos específicos para atender várias neces- tórios que muda as permissões para acesso àqueles. por
sidades, como por exemplo um módulo capaz de utilizar exemplo, um diretório que poderia ser de escrita e leitura,
uma placa de rede ou de vídeo lançada no mercado ou até pode passar a ser apenas leitura, impedindo que seu con-
uma interface gráfica como a que usamos no Windows. teúdo seja alterado.

60
INFORMÁTICA BÁSICA

-chown - altera a propriedade de arquivos e pastas


(dono)
-clear – limpa a tela do terminal
-cmd>>txt - adiciona o resultado do comando (cmd)
ao fim do arquivo (txt)
-cp - copia diretórios ‘cp -r’ copia recursivamente
-df - reporta o uso do espaço em disco do sistema de
arquivos
-dig - testa a configuração do servidor DNs
-dmesg - exibe as mensagens da inicialização (log)
-du - exibe estado de ocupação dos discos/partições
-du -msh - mostra o tamanho do diretório em mega-
bytes Figura 24: Prompt “ftp”
-env - mostra variáveis do sistema
-exit – sair do terminal ou de uma sessão de root. -mount – montar partições em algum lugar do sistema.
-/etc – É o diretório onde ficam os arquivos de confi- -mtr - mostra rota até determinado IP
guração do sistema -mv - move ou renomeia arquivos e diretórios
-/etc/skel – É o diretório onde fica o padrão de arqui- -nano – editor de textos básico.
vos para o diretório Home de novos usuários. -nfs - sistema de arquivos nativo do sistema operacio-
-fdisk -l – mostra a lista de partições. nal Linux, para o compartilhamento de recursos pela rede
-find - comando de busca ex: find ~/ -cmin -3 -netstat - exibe as portas e protocolos abertos no sis-
-find – busca arquivos no disco rígido. tema.
-halt -p – desligar o computador. -nmap - lista as portas de sistemas remotos/locais
-head - mostra as primeiras 10 linhas de um arquivo atrás de portas abertas.
-history – mostra o histórico de comandos dados no -nslookup - consultas a serviços DNs
terminal. -ntsysv - exibe e configura os processos de inicialização
-ifconfig - mostra as interfaces de redes ativas e as in- -passwd - modifica senha (password) de usuários
for- mações relacionadas a cada uma delas -ps - mostra os processos correntes
-iptraf - analisador de tráfego da rede com interface -ps –aux - mostra todos os processos correntes no sis-
gráfica baseada em diálogos tema
-kill - manda um sinal para um processo. Os sinais sIG- -ps -e – lista os processos abertos no sistema.
TErm e sIGKILL encerram o processo. -pwd - exibe o local do diretório atual. o prompt pa-
-kill -9 xxx – mata o processo de número xxx. drão do Linux exibe apenas o último nome do caminho do
-killall - manda um sinal para todos os processos. diretório atual. para exibir o caminho completo do diretório
-less - mostra o conteúdo de um arquivo de texto com atual digite o comando pwd. Linux@fedora11 – é a versão
controle do Linux que está sendo usada. help pwd – é o coman-
-ls - listar o conteúdo do diretório do que nos mostrará o conteúdo da ajuda sobre o pwd. A
-ls -alh - mostra o conteúdo detalhado do diretório informação do help nos mostra-nos que pwd imprime o
-ls –ltr - mostra os arquivos no formado longo (l) em nome do diretório atual.
ordem inversa (r) de data (t) -reboot – reiniciar o computador.
-man - mostra informações sobre um comando -recode - recodifica um arquivo ex: recode iso-8859-
-mkdir - cria um diretório. É um comando utilizado na 15.. utf8 file_to_change.txt
raiz do Linux para a criação de novos diretórios. -rm - remoção de arquivos (também remove diretórios)
-rm -rf - exclui um diretório e todo o seu conteúdo
Na imagem a seguir, no prompt ftp, foi criado o diretó- -rmdir - exclui um diretório (se estiver vazio)
rio chamado “myfolder”. -route - mostra as informações referentes às rotas
-shutdown -r now – reiniciar o computador
-split - divide um arquivo
-smbpasswd - No sistema operacional Linux, na versão
samba, smbpasswd permite ao usuário alterar sua senha
criptografada smb que é armazenada no arquivo smbpass-
wd (normalmente no diretório privado sob a hierarquia de
diretórios do samba). os usuários comuns só podem exe-
cutar o comando sem opções. Ele os levará para que sua
senha velha smb seja digitada e, em seguida, pedir-lhes sua
nova senha duas vezes, para garantir que a senha foi digi-
tada corretamente. Nenhuma senha será mostrada na tela
enquanto está sendo digitada.

61
INFORMÁTICA BÁSICA

-su - troca para o superusuário root (é exigida a senha) Distribuição Linux é um sistema operacional que uti-
-su user - troca para o usuário especificado em ‘user’ liza o núcleo (kernel) do Linux e outros softwares. Exis-
(é exigida a senha) tem várias versões do Linux (comerciais ou não): Ubuntu,
-tac - semelhante ao cat, mas inverte a ordem Debian, Fedora, etc. Cada uma com suas vantagens e
-tail - o comando tail mostra as últimas linhas de um desvantagens. O que torna a escolha de uma distribui-
arquivo texto, tendo como padrão as 10 últimas linhas. Sua ção bem pessoal.
sintaxe é: tail nome_do_arquivo. Ele pode ser acrescentado Distribuições são criadas, normalmente, para aten-
de alguns parâmetros como o -n que mostra o [numero] der razões específicas. Por exemplo, existem distribui-
de linhas do final do arquivo; o – c [numero] que mostra ções para rodar em servidores, redes - onde a segurança
o [numero] de bytes do final do arquivo e o – f que exibe é prioridade - e, também, computadores pessoais.
continuamente os dados do final do arquivo à medida que Assim, não é possível dizer qual é a melhor distri-
são acrescentados. buição. Pois, depende da finalidade do seu computador.
-tcpdump sniffer - sniffer é uma ferramenta que
“ouve” os pacotes Sistema de arquivos: organização e gerenciamen-
-top – mostra os processos do sistema e dados do pro- to de arquivos, diretórios e permissões no Linux
cessador.
-touch touch foo.txt - cria um arquivo foo.txt vazio; Dependendo da versão do Linux é possível encon-
também altera data e hora de modificação para agora trar gerencia- dores de arquivos diferentes. Por exemplo,
-traceroute - traça uma rota do host local até o destino no Linux Ubuntu, encontramos o Nautilus, que permite
mostrando os roteadores intermediários a cópia, recorte, colagem, movimentação e organização
-umount – desmontar partições. dos arquivos e pastas. No Linux, vale lembrar que os
-uname -a – informações sobre o sistema operacional dispositivos de armazenamento não são nomeados por
-userdel - remove usuários letras.
-vi - editor de ficheiros de texto Por exemplo, no Windows, se você possui um HD na
-vim - versão melhorada do editor supracitado máquina, ele recebe o nome de C. Se possui dois HDs,
-which - mostra qual arquivo binário está sendo cha- um será o C e o outro o E. Já no Linux, tudo fará parte de
mado pelo shell quando chamado via linha de comando um mesmo sistema da mesma estrutura de pastas.
-who - informa quem está logado no sistema

Não são só comandos digitados via teclado que pode-


mos executar no Linux. Várias versões foram desenvolvidas
e o kernel evoluiu muito. Sobre ele rodam as mais diversas
interfaces gráficas, baseadas principalmente no servidor de
janelas XFree. Entre as mais de vinte interfaces gráficas cria-
das para o Linux, vamos citar o KDE.

Figura 26: Linux – Fonte: O Livro Oficial do Ubuntu

As principais pastas do Linux são:


/etc - possui os arquivos gerais de configuração do
sistema e dos
programas instalados.
/home – cada conta de usuário possui um diretório
salvo na pasta home.
/boot – arquivos de carregamento do sistema, in-
cluindo configuração do gerenciador de boot e o kernel.
Figura 25: Menu K, na versão Suse – imagem obtida de /dev – onde ficam as entradas das placas de disposi-
http://pt.wikibooks. org/wiki/Linux_para_iniciantes/A_in- tivos como rede, som, impressoras.
terface_gr%C3%A1fica_KDE /lib – bibliotecas do sistema.
/media – possui a instalação de dispositivos como
Um dos motivos que ainda desestimula várias pes- drive de CD, pen drives e outros.
soas a adotarem o Linux como seu sistema operacional é a /opt – usado por desenvolvedores de programas.
quantidade de programas compatíveis com ele, o que vem /proc – armazena informações sobre o estado atual
sendo solucionado com o passar do tempo. Sua interface do sistema.
familiar, semelhante ao do Windows, tem ajudado a au- /root – diretório do superusuário.
mentar os adeptos ao Linux.

62
INFORMÁTICA BÁSICA

O gerenciamento de arquivos e diretórios, ou seja, Administração de usuários e grupos no Linux


copiar, mover, recortar e colar pode ser feito, julgando que
estamos usando o Nautilus, da seguinte forma: Antes de iniciarmos, entendamos dois termos:
- Copiar: clique com o botão direito do mouse sobre o - superusuário: é o administrador do sistema. Ele
arquivo ou diretório. O conteúdo será movido para a área tem acesso e permissão para executar todos os coman-
de transferência, mas o original permanecerá no local. dos.
- Recortar: clique com o botão direito do mouse sobre - usuário comum: tem as permissões configuradas
o arquivo ou diretório. O conteúdo será movido para a área pelo superusuário para o grupo em que se encontra.
de transferência, sendo removido do seu local de origem. Um usuário pode fazer parte de vários grupos e um
- Colar: clique com o botão direito do mouse no local grupo pode ter vários usuários. Dessa forma, podemos
desejado e depois em colar. O conteúdo da área de trans- atribuir permissões aos grupos e colocar o usuário que
ferência será colado. desejamos que tenha determinada permissão no grupo
Outra forma é deixar a janela do local de origem do ar- correspondente.
quivo aberta e abrir outra com o local de destino. Pressio-
nar o botão esquerdo do mouse sobre o arquivo desejado Comandos básicos para grupos
e movê-lo para o destino.
- Para criar grupos: sudo groupadd nomegrupo
Instalar, remover e atualizar programas - Para criar um usuário no grupo: sudo useradd –g
nomegrupo nomeusuario
Para instalar ou remover um programa, considerando o - Definir senha para o usuário: sudo password no-
Linux Ubuntu, podemos utilizar a ferramenta Adicionar/Re- meusuario
mover Aplicações, que possibilita a busca de drives pela In- - Remover usuário do sistema: sudo userdel no-
ternet. Esta ferramenta é encontrada no menu Aplicações, meusuario
Adicionar/Remover.
Na parte superior da janela encontramos uma linha de Permissões no Linux
busca, na qual podemos digitar o termo do aplicativo dese-
jado. Ao lado da linha de pesquisa temos a configuração de Vale lembrar que apenas o superusuário (root) tem
mostrar apenas os itens suportados pelo Ubuntu. acesso irrestrito aos conteúdos do sistema. Os outros
O lado esquerdo lista todas as categorias de progra- dependem de sua permissão para executar comandos.
mas. Quando uma categoria é selecionada sua descrição é As permissões podem ser sobre tipo do arquivo, per-
mostrada na parte de baixo da janela. Como exemplos de missões do proprietário, permissões do grupo e per-
categorias podemos citar: Acessórios, Educacionais, Jogos, missões para os outros usuários.
Gráficos, Internet, entre outros. Diretórios são designados com a letra ‘d’ e arquivos
comuns com o ‘-‘.
Manipulação de hardware e dispositivos Alguns dos comandos utilizados em permissões
são:
A manipulação de hardware e dispositivos pode ser ls – l Lista diretórios e suas permissões rw- permis-
feita no menu Locais, Computador, através do qual aces- sões do proprietário do grupo
samos a lista de dispositivos em execução. A maioria dos r- permissões do grupo ao qual o usuário pertence
dispositivos de hardware instalados no Linux Ubuntu são r- -permissão para os outros usuários
simplesmente instalados. Quando se trata de um pen drive, As permissões do Linux são: leitura, escrita e exe-
após sua conexão física, aparecerá uma janela do geren- cução.
ciador de arquivos exibindo o conteúdo do dispositivo. É - Leitura: (r, de Read) permite que o usuário apenas
importante, porém, lembrar-se de desmontar corretamente veja, ou seja, leia o arquivo.
os dispositivos de armazenamento e outros antes de en- - Gravação, ou escrita: (w, de Write) o usuário pode
cerrar seu uso. No caso do pen drive, podemos clicar com criar e alterar arquivos.
o botão direito do mouse sobre o ícone localizado na área - Execução: (x, de eXecution) o usuário pode execu-
de trabalho e depois em Desmontar. tar arquivos.
Quando a permissão é acompanhada com o ‘-‘, sig-
Agendamento de tarefas nifica que ela não é atribuída ao usuário.

O agendamento de tarefas no Linux Ubuntu é realiza- Compactação e descompactação de arquivos


do pelo agendador de tarefas chamado cron, que permite Comandos básicos para compactação e descom-
estipular horários e intervalos para que tarefas sejam exe- pactação de arquivos:
cutadas. Ele permite detalhar comandos, data e hora que gunzip [opções] [arquivos] descompacta arquivos
ficam em um arquivo chamado crontab, arquivo de texto compacta- dos com gzip.
que armazena a lista de comandos a serem aciona- dos no gzexe [opções] [arquivos] compacta executáveis.
horário e data estipulados. gunzip [opções] [arquivos] descompacta arquivos.
zcat [opções] [arquivos] descompacta arquivos.

63
INFORMÁTICA BÁSICA

Backup A Segurança da Informação se refere à proteção exis-


tente sobre as informações de uma determinada empresa
Comandos básicos para backups ou pessoa, isto é, aplica-se tanto às informações corporati-
tar agrupa vários arquivos em somente um. vas quanto aos pessoais. Entende-se por informação todo
compress faz a compressão de arquivos padrão do conteúdo ou dado que tenha valor para alguma organiza-
Unix. ção ou pessoa. Ela pode estar guardada para uso restrito
uncompress descomprime arquivos compactados ou exibida ao público para consulta ou aquisição.
pelo com- press. Podem ser estabelecidas métricas (com o uso ou não
zcat permite visualizar arquivos compactados pelo de ferramentas) para definir o nível de segurança que há e,
compress. com isto, estabelecer as bases para análise de melhorias ou
pioras de situações reais de segurança. A segurança de cer-
ta informação pode ser influenciada por fatores comporta-
mentais e de uso de quem se utiliza dela, pelo ambiente ou
infraestrutura que a cerca ou por pessoas mal-intenciona-
das que têm o objetivo de furtar, destruir ou modificar tal
informação.
A tríade CIA (Confidentiality, Integrity and Availabi-
lity) — Confidencialidade, Integridade e Disponibilidade
— representa as principais características que, atualmen-
te, orientam a análise, o planejamento e a implementação
da segurança para um certo grupo de informações que se
almeja proteger. Outros fatores importantes são a irrevo-
gabilidade e a autenticidade. Com a evolução do comércio
eletrônico e da sociedade da informação, a privacidade é
também uma grande preocupação.
Portanto as características básicas, de acordo com os
Figura 27: Centro de controle do KDE imagem obtida padrões internacionais (ISO/IEC 17799:2005) são as seguin-
de http:// tes:
pt.wikibooks.org/wiki/Linux_para_iniciantes/A_interfa- - Confidencialidade – especificidade que limita o aces-
ce_ so a informação somente às entidades autênticas, ou seja,
gr%C3%A1fica_KDE àquelas autorizadas pelo proprietário da informação.
- Integridade – especificidade que assegura que a in-
formação manipulada mantenha todas as características
autênticas estabelecidas pelo proprietário da informação,
CONCEITOS DE SEGURANÇA DA incluindo controle de mudanças e garantia do seu ciclo de
INFORMAÇÃO APLICADOS A TIC. vida (nascimento, manutenção e destruição).
CÓPIA DE SEGURANÇA (BACKUP): - Disponibilidade – especificidade que assegura que a
CONCEITOS. informação esteja sempre disponível para o uso legítimo,
ou seja, por aqueles usuários que têm autorização pelo
proprietário da informação.
- Autenticidade – especificidade que assegura que a
Segurança da informação: procedimentos de segu- informação é proveniente da fonte anunciada e que não foi
rança alvo de mutações ao longo de um processo.
- Irretratabilidade ou não repúdio – especificidade que
A Segurança da Informação refere-se às proteções assegura a incapacidade de negar a autoria em relação a
existentes em relação às informações de uma determi- uma transação feita anteriormente.
nada empresa, instituição governamental ou pessoa. Ou
seja, aplica-se tanto às informações corporativas quanto Mecanismos de segurança
as pessoais.
Entende-se por informação todo e qualquer conteú- O suporte para as orientações de segurança pode ser
do ou dado que tenha valor para alguma corporação ou encontrado em:
pessoa. Ela pode estar guardada para uso restrito ou Controles físicos: são barreiras que limitam o contato
exposta ao público para consulta ou aquisição. ou acesso direto a informação ou a infraestrutura (que as-
Antes de proteger, devemos saber: segura a existência da informação) que a suporta.
- O que proteger; Controles lógicos: são bloqueios que impedem ou limi-
- De quem proteger; tam o acesso à informação, que está em ambiente contro-
- Pontos frágeis; lado, geralmente eletrônico, e que, de outro modo, ficaria
- Normas a serem seguidas. exibida a alteração não autorizada por elemento mal-in-
tencionado.

64
INFORMÁTICA BÁSICA

Existem mecanismos de segurança que sustentam os   Hoje, a criptografia pode ser considerada um méto-
controles lógicos: do 100% seguro, pois, quem a utiliza para enviar e-mails e
proteger seus arquivos, estará protegido contra fraudes e
- Mecanismos de cifração ou encriptação: Permitem a tentativas de invasão.
modificação da informação de forma a torná-la ininteligível Os termos ‘chave de 64 bits’ e ‘chave de 128 bits’ são
a terceiros. Utiliza-se para isso, algoritmos determinados e usados para expressar o tamanho da chave, ou seja, quanto
uma chave secreta para, a partir de um conjunto de dados mais bits forem utilizados, mais segura será essa criptogra-
não criptografados, produzir uma sequência de dados crip- fia.
tografados. A operação contrária é a decifração. Um exemplo disso é se um algoritmo usa um chave de
- Assinatura digital: Um conjunto de dados criptogra- 8 bits, apenas 256 chaves poderão ser usadas para decodi-
fados, agregados a um documento do qual são função, ficar essa informação, pois 2 elevado a 8 é igual a 256. As-
garantindo a integridade e autenticidade do documento sim, um terceiro pode tentar gerar 256 tentativas de combi-
associado, mas não ao resguardo das informações. nações e decodificar a mensagem, que mesmo sendo uma
- Mecanismos de garantia da integridade da informa- tarefa difícil, não é impossível. Portanto, quanto maior o
ção: Usando funções de “Hashing” ou de checagem, é ga- número de bits, maior segurança terá a criptografia.
rantida a integridade através de comparação do resultado
do teste local com o divulgado pelo autor. Existem dois tipos de chaves criptográficas, as chaves
- Mecanismos de controle de acesso: Palavras-chave, simétricas e as chaves assimétricas
sistemas biométricos, firewalls, cartões inteligentes. Chave Simétrica é um tipo de chave simples, que é usa-
- Mecanismos de certificação: Atesta a validade de um da para a codificação e decodificação. Entre os algoritmos
documento. que usam essa chave, estão:
- Integridade: Medida em que um serviço/informação é - DES (Data Encryption Standard): Faz uso de chaves de
autêntico, ou seja, está protegido contra a entrada por intrusos. 56 bits, que corresponde à aproximadamente 72 quatrilhões
- Honeypot: É uma ferramenta que tem a função de de combinações. Mesmo sendo um número extremamente
proposital de simular falhas de segurança de um sistema e elevado, em 1997, quebraram esse algoritmo através do mé-
obter informações sobre o invasor enganando-o, e fazen- todo de ‘tentativa e erro’, em um desafio na internet.
do-o pensar que esteja de fato explorando uma fraqueza - RC (Ron’sCode ou RivestCipher): É um algoritmo muito
daquele sistema. É uma espécie de armadilha para invaso- utilizado em e-mails e usa chaves de 8 a 1024 bits. Além
res. O HoneyPot não oferece forma alguma de proteção. disso, ele tem várias versões que diferenciam uma das ou-
- Protocolos seguros: Uso de protocolos que garantem tras pelo tamanho das chaves.
um grau de segurança e usam alguns dos mecanismos citados. - EAS (AdvancedEncryption Standard): Atualmente é um
dos melhores e mais populares algoritmos de criptogra-
Mecanismos de encriptação fia. É possível definir o tamanho da chave como sendo de
128bits, 192bits ou 256bits.
A criptografia vem, originalmente, da fusão entre duas - IDEA (International Data EncryptionAlgorithm): É um
palavras gregas: algoritmo que usa chaves de 128 bits, parecido com o DES.
• CRIPTO = ocultar, esconder. Seu ponto forte é a fácil execução de software.
• GRAFIA= escrever  As chaves simétricas não são absolutamente seguras
Criptografia é a ciência de escrever em cifra ou em có- quando referem-se às informações extremamente valiosas,
digos. Ou seja, é um conjunto de técnicas que tornam uma principalmente pelo emissor e o receptor precisarem ter
mensagem ininteligível, e permite apenas que o destinatá- o conhecimento da mesma chave. Dessa forma, a trans-
rio que saiba a chave de encriptação possa decriptar e ler a missão pode não ser segura e o conteúdo pode chegar a
mensagem com clareza. terceiros.
Permitema transformação reversível dainformação de
forma a torná-la ininteligível a terceiros. Utiliza-se para isso, Chave Assimétrica utiliza duas chaves: a privada e a pú-
algoritmos determinados e uma chave secreta para,a partir blica. Elas se sintetizam da seguinte forma: a chave pública
de um conjunto de dados não encriptados,produzir uma para codificar e a chave privada para decodificar, conside-
continuação de dados encriptados. A operação inversa é a rando-se que a chave privada é secreta. Entre os algoritmos
desencriptação. utilizados, estão:
- RSA (Rivest, ShmirandAdleman): É um dos algoritmos
Existem dois tipos de chave: a chave pública e a chave de chave assimétrica mais usados, em que dois números
privada. primos (aqueles que só podem ser divididos por 1 e por
  eles mesmos) são multiplicados para a obter um terceiro
A chave pública é usada para codificar as informações, valor. Assim, é preciso fazer fatoração, que significa desco-
e a chave privada é usada para decodificar.   brir os dois primeiros números a partir do terceiro, sendo
Dessa forma, na pública, todos têm acesso, mas para um cálculo difícil. Assim, se números grandes forem utili-
‘abrir’ os dados da informação, que aparentemente não zados, será praticamente impossível descobrir o código. A
tem sentido, é preciso da chave privada, que apenas o chave privada do RSA são os números que são multiplica-
emissor e receptor original possui. dos e a chave pública é o valor que será obtido.

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INFORMÁTICA BÁSICA

- ElGamal: Utiliza-se do ‘logaritmo discreto’, que é um problema matemático que o torna mais seguro. É muito usado
em assinaturas digitais.

Segurança na internet; vírus de computadores; Spyware; Malware; Phishing; Worms e pragas virtuais e Apli-
cativos para segurança (antivírus, firewall e antispyware)

Firewall é uma solução de segurança fundamentada em hardware ou software (mais comum) que, a partir de um con-
junto de regras ou instruções, analisa o tráfego de rede para determinar quais operações de transmissão ou recepção de
dados podem ser realizadas. “Parede de fogo”, a tradução literal do nome, já deixa claro que o firewall se enquadra em
uma espécie de barreira de defesa. A sua missão, consiste basicamente em bloquear tráfego de dados indesejados e liberar
acessos desejados.
Para melhor compreensão, imagine um firewall como sendo a portaria de um condomínio: para entrar, é necessário
obedecer a determinadas regras, como se identificar, ser esperado por um morador e não portar qualquer objeto que possa
trazer riscos à segurança; para sair, não se pode levar nada que pertença aos condôminos sem a devida autorização.
Neste sentido, um firewall pode impedir uma série de ações maliciosas: um malware que utiliza determinada porta para
se instalar em um computador sem o usuário saber, um programa que envia dados sigilosos para a internet, uma tentativa
de acesso à rede a partir de computadores externos não autorizados, entre outros.
Você já sabe que um firewall atua como uma espécie de barreira que verifica quais dados podem passar ou não. Esta
tarefa só pode ser feita mediante o estabelecimento de políticas, isto é, de regras estabelecidas pelo usuário.
Em um modo mais restritivo, um firewall pode ser configurado para bloquear todo e qualquer tráfego no computador
ou na rede. O problema é que esta condição isola este computador ou esta rede, então pode-se criar uma regra para que,
por exemplo, todo aplicativo aguarde autorização do usuário ou administrador para ter seu acesso liberado. Esta autoriza-
ção poderá inclusive ser permanente: uma vez dada, os acessos seguintes serão automaticamente permitidos.
Em um modo mais versátil, um firewall pode ser configurado para permitir automaticamente o tráfego de determina-
dos tipos de dados, como requisições HTTP (veja mais sobre esse protocolo no ítem 7), e bloquear outras, como conexões
a serviços de e-mail.
Perceba, como estes exemplos, que as políticas de um firewall são baseadas, inicialmente, em dois princípios: todo trá-
fego é bloqueado, exceto o que está explicitamente autorizado; todo tráfego é permitido, exceto o que está explicitamente
bloqueado.
Firewalls mais avançados podem ir além, direcionando determinado tipo de tráfego para sistemas de segurança inter-
nos mais específicos ou oferecendo um reforço extraem procedimentos de autenticação de usuários, por exemplo.
O trabalho de um firewall pode ser realizado de várias formas. O que define uma metodologia ou outra são fatores
como critérios do desenvolvedor, necessidades específicas do que será protegido, características do sistema operacional
que o mantém, estrutura da rede e assim por diante. É por isso que podemos encontrar mais de um tipo de firewall. A
seguir, os mais conhecidos.

Filtragem de pacotes (packetfiltering): As primeiras soluções de firewall surgiram na década de 1980 baseando-se em
filtragem de pacotes de dados (packetfiltering), uma metodologia mais simples e, por isso, mais limitada, embora ofereça
um nível de segurança significativo.
Para compreender, é importante saber que cada pacote possui um cabeçalho com diversas informações a seu respeito,
como endereço IP de origem, endereço IP do destino, tipo de serviço, tamanho, entre outros. O Firewall então analisa estas
informações de acordo com as regras estabelecidas para liberar ou não o pacote (seja para sair ou para entrar na máquina/
rede), podendo também executar alguma tarefa relacionada, como registrar o acesso (ou tentativa de) em um arquivo de
log.
O firewall de aplicação, também conhecido como proxy de serviços (proxy services) ou apenas proxy é uma solução
de segurança que atua como intermediário entre um computador ou uma rede interna e outra rede, externa normalmente,
a internet. Geralmente instalados em servidores potentes por precisarem lidar com um grande número de solicitações, fire-
walls deste tipo são opções interessantes de segurança porque não permitem a comunicação direta entre origem e destino.
A imagem a seguir ajuda na compreensão do conceito. Perceba que em vez de a rede interna se comunicar direta-
mente com a internet, há um equipamento entre ambos que cria duas conexões: entre a rede e o proxy; e entre o proxy e
a internet. Observe:

66
INFORMÁTICA BÁSICA

Figura 93: Proxy

Perceba que todo o fluxo de dados necessita passar pelo proxy. Desta forma, é possível, por exemplo, estabelecer
regras que impeçam o acesso de determinados endereços externos, assim como que proíbam a comunicação entre com-
putadores internos e determinados serviços remotos.
Este controle amplo também possibilita o uso do proxy para tarefas complementares: o equipamento pode registrar
o tráfego de dados em um arquivo de log; conteúdo muito utilizado pode ser guardado em uma espécie de cache (uma
página Web muito acessada fica guardada temporariamente no proxy, fazendo com que não seja necessário requisitá-la
no endereço original a todo instante, por exemplo); determinados recursos podem ser liberados apenas mediante auten-
ticação do usuário; entre outros.
A implementação de um proxy não é tarefa fácil, haja visto a enorme quantidade de serviços e protocolos existentes
na internet, fazendo com que, dependendo das circunstâncias, este tipo de firewall não consiga ou exija muito trabalho de
configuração para bloquear ou autorizar determinados acessos.
Proxy transparente: No que diz respeito a limitações, é conveniente mencionar uma solução chamada de proxy trans-
parente. O proxy “tradicional”, não raramente, exige que determinadas configurações sejam feitas nas ferramentas que
utilizam a rede (por exemplo, um navegador de internet) para que a comunicação aconteça sem erros. O problema é, de-
pendendo da aplicação, este trabalho de ajuste pode ser inviável ou custoso.
O proxy transparente surge como uma alternativa para estes casos porque as máquinas que fazem parte da rede não
precisam saber de sua existência, dispensando qualquer configuração específica. Todo acesso é feito normalmente do clien-
te para a rede externa e vice-versa, mas o proxy transparente consegue interceptá-lo e responder adequadamente, como
se a comunicação, de fato, fosse direta.
É válido ressaltar que o proxy transparente também tem lá suas desvantagens, por exemplo: um proxy «normal» é ca-
paz de barrar uma atividade maliciosa, como um malware enviando dados de uma máquina para a internet; o proxy trans-
parente, por sua vez, pode não bloquear este tráfego. Não é difícil entender: para conseguir se comunicar externamente, o
malware teria que ser configurado para usar o proxy “normal” e isso geralmente não acontece; no proxy transparente não
há esta limitação, portanto, o acesso aconteceria normalmente.

Limitações dos firewalls


Firewalls têm lá suas limitações, sendo que estas variam conforme o tipo de solução e a arquitetura utilizada. De fato,
firewalls são recursos de segurança bastante importantes, mas não são perfeitos em todos os sentidos, seguem abaixo
algumas dessas limitações:

- Um firewall pode oferecer a segurança desejada, mas comprometer o desempenho da rede (ou mesmo de um com-
putador). Esta situação pode gerar mais gastos para uma ampliação de infraestrutura capaz de superar o problema;
- A verificação de políticas tem que ser revista periodicamente para não prejudicar o funcionamento de novos serviços;
- Novos serviços ou protocolos podem não ser devidamente tratados por proxies já implementados;
- Um firewall pode não ser capaz de impedir uma atividade maliciosa que se origina e se destina à rede interna;
- Um firewall pode não ser capaz de identificar uma atividade maliciosa que acontece por descuido do usuário - quando
este acessa um site falso de um banco ao clicar em um link de uma mensagem de e-mail, por exemplo;
- Firewalls precisam ser “vigiados”. Malwares ou atacantes experientes podem tentar descobrir ou explorar brechas de
segurança em soluções do tipo;
- Um firewall não pode interceptar uma conexão que não passa por ele. Se, por exemplo, um usuário acessar a internet
em seu computador a partir de uma conexão 3G (justamente para burlar as restrições da rede, talvez), o firewall não con-
seguirá interferir.

67
INFORMÁTICA BÁSICA

SISTEMA ANTIVÍRUS.

Qualquer usuário já foi, ou ainda é vítima dos vírus, spywares, trojans, entre muitos outros. Quem que nunca precisou
formatar seu computador?
Os vírus representam um dos maiores problemas para usuários de computador. Para poder resolver esses problemas,
as principais desenvolvedoras de softwares criaram o principal utilitário para o computador, os antivírus, que são progra-
mas com o propósito de detectar e eliminar vírus e outros programas prejudiciais antes ou depois de ingressar no sistema.
Os vírus, worms, Trojans, spyware são tipos de programas de software que são implementados sem o consentimento
(e inclusive conhecimento) do usuário ou proprietário de um computador e que cumprem diversas funções nocivas para
o sistema. Entre elas, o roubo e perda de dados, alteração de funcionamento, interrupção do sistema e propagação para
outros computadores.
Os antivírus são aplicações de software projetadas como medida de proteção e segurança para resguardar os dados e o
funcionamento de sistemas informáticos caseiros e empresariais de outras aplicações conhecidas comunmente como vírus
ou malware que tem a função de alterar, perturbar ou destruir o correto desempenho dos computadores.
Um programa de proteção de vírus tem um funcionamento comum que com frequência compara o código de cada
arquivo que revisa com uma base de dados de códigos de vírus já conhecidos e, desta maneira, pode determinar se trata
de um elemento prejudicial para o sistema. Também pode reconhecer um comportamento ou padrão de conduta típica
de um vírus. Os antivírus podem registrar tanto os arquivos encontrados dentro do sistema como aqueles que procuram
ingressar ou interagir com o mesmo.
Como novos vírus são criados de maneira quase constante, sempre é preciso manter atualizado o programa antivírus
de maneira de que possa reconhecer as novas versões maliciosas. Assim, o antivírus pode permanecer em execução duran-
te todo tempo que o sistema informático permaneça ligado, ou registrar um arquivo ou série de arquivos cada vez que o
usuário exija. Normalmente, o antivírus também pode verificar e-mails e sites de entrada e saída visitados.
Um antivírus pode ser complementado por outros aplicativos de segurança, como firewalls ou anti-spywares que cum-
prem funções auxiliares para evitar a entrada de vírus.
Então, antivírus são os programas criados para manter seu computador seguro, protegendo-o de programas malicio-
sos, com o intuito de estragar, deletar ou roubar dados de seu computador.
Ao pesquisar sobre antivírus para baixar, sempre escolha os mais famosos, ou conhecidos, pois hackers estão usando
este mercado para enganar pessoas com falsos softwares, assim, você instala um “antivírus” e deixa seu computador vul-
nerável aos ataques.
E esses falsos softwares estão por toda parte, cuidado ao baixar programas de segurança em sites desconhecidos, e
divulgue, para que ninguém seja vítima por falta de informação.
Os vírus que se anexam a arquivos infectam também todos os arquivos que estão sendo ou e serão executados. Alguns
às vezes recontaminam o mesmo arquivo tantas vezes e ele fica tão grande que passa a ocupar um espaço considerável
(que é sempre muito precioso) em seu disco. Outros, mais inteligentes, se escondem entre os espaços do programa origi-
nal, para não dar a menor pista de sua existência.
Cada vírus possui um critério para começar o ataque propriamente dito, onde os arquivos começam a ser apagados,
o micro começa a travar, documentos que não são salvos e várias outras tragédias. Alguns apenas mostram mensagens
chatas, outros mais elaborados fazem estragos muitos grandes.

Existe uma variedade enorme de softwares antivírus no mercado. Independente de qual você usa, mantenha-o sempre
atualizado. Isso porque surgem vírus novos todos os dias e seu antivírus precisa saber da existência deles para proteger
seu sistema operacional.
A maioria dos softwares antivírus possuem serviços de atualização automática. Abaixo há uma lista com os antivírus
mais conhecidos:
Norton AntiVirus - Symantec - www.symantec.com.br - Possui versão de teste.
McAfee - McAfee - http://www.mcafee.com.br - Possui versão de teste.
AVG - Grisoft - www.grisoft.com - Possui versão paga e outra gratuita para uso não comercial (com menos funcionali-
dades).
Panda Antivírus - Panda Software - www.pandasoftware.com.br - Possui versão de teste.
É importante frisar que a maioria destes desenvolvedores possuem ferramentas gratuitas destinadas a remover vírus
específicos. Geralmente, tais softwares são criados para combater vírus perigosos ou com alto grau de propagação.

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INFORMÁTICA BÁSICA

Figura 94: Principais antivírus do mercado atual

Tipos de Vírus

Cavalo-de-Tróia: A denominação “Cavalo de Tróia” (Trojan Horse) foi atribuída aos programas que permitem a inva-
são de um computador alheio com espantosa facilidade. Nesse caso, o termo é análogo ao famoso artefato militar fabri-
cado pelos gregos espartanos. Um “amigo” virtual presenteia o outro com um “presente de grego”, que seria um aplicati-
vo qualquer. Quando o leigo o executa, o pro- grama atua de forma diferente do que era esperado.
Ao contrário do que é erroneamente informado na mídia, que classifica o Cavalo de Tróia como um vírus, ele não se re-
produz e não tem nenhuma comparação com vírus de computador, sendo que seu objetivo é totalmente diverso. Deve-se
levar em consideração, também, que a maioria dos antivírus faz a sua detecção e os classificam como tal. A expressão “Tro-
jan” deve ser usada, exclusivamente, como definição para programas que capturam dados sem o conhecimento do usuário.
O Cavalo de Tróia é um programa que se aloca como um ar- quivo no computador da vítima. Ele tem o intuito de
roubar informações como passwords, logins e quaisquer dados, sigilosos ou não, mantidos no micro da vítima. Quando a
máquina contaminada por um Trojan conectar-se à Internet, poderá ter todas as informações contidas no HD visualizadas
e capturadas por um intruso qualquer. Estas visitas são feitas imperceptivelmente. Só quem já esteve dentro de um com-
putador alheio sabe as possibilidades oferecidas.

Worms (vermes) podem ser interpretados como um tipo de vírus mais inteligente que os demais. A principal diferença entre
eles está na forma de propagação: os worms podem se propagar rapidamente para outros computadores, seja pela Internet, seja
por meio de uma rede local. Geralmente, a contaminação ocorre de maneira discreta e o usuário só nota o problema quando o
computador apresenta alguma anormalidade. O que faz destes vírus inteligentes é a gama de possibilidades de propagação. O
worm pode capturar endereços de e-mail em arquivos do usuário, usar serviços de SMTP (sistema de envio de e-mails) próprios
ou qualquer outro meio que permita a contaminação de computadores (normalmente milhares) em pouco tempo.

Spywares, keyloggers e hijackers: Apesar de não serem necessariamente vírus, estes três nomes também represen-
tam perigo. Spywares são programas que ficam«espionando» as atividades dos internautas ou capturam informações sobre
eles. Para contaminar um computador, os spywares podem vir embutidos em softwares desconhecidos ou serem baixa- dos
automaticamente quando o internauta visita sites de conteúdo duvidoso.
Os keyloggers são pequenos aplicativos que podem vir embutidos em vírus, spywares ou softwares suspeitos, destina-
dos a capturar tudo o que é digitado no teclado. O objetivo principal, nestes casos, é capturar senhas.
Hijackers são programas ou scripts que «sequestram» navegadores de Internet, principalmente o Internet Explorer.
Quando isso ocorre, o hijacker altera a página inicial do browser e impede o usuário de mudá-la, exibe propagandas em
pop-ups ou janelas novas, instala barras de ferramentas no navegador e podem impedir acesso a determinados sites (como
sites de software antivírus, por exemplo).
Os spywares e os keyloggers podem ser identificados por programas anti-spywares. Porém, algumas destas pragas são
tão peri- gosas que alguns antivírus podem ser preparados para identificá-las, como se fossem vírus. No caso de hijackers,
muitas vezes é necessário usar uma ferramenta desenvolvida especialmente para combater aquela praga. Isso porque os hi-
jackers podem se infiltrar no sistema operacional de uma forma que nem antivírus nem anti-spywares conseguem “pegar”.

Hoaxes, São boatos espalhados por mensagens de correio eletrônico, que servem para assustar o usuário de computa-
dor. Uma mensagem no e-mail alerta para um novo vírus totalmente destrutivo que está circulando na rede e que infectará
o micro do destinatário enquanto a mensagem estiver sendo lida ou quando o usuário clicar em determinada tecla ou link.

69
INFORMÁTICA BÁSICA

Quem cria a mensagem hoax normalmente costuma dizer Redes Metropolitanas (Metropolitan Area Network –
que a informação partiu de uma empresa confiável, como MAN) – quando a distância dos equipamentos conec-
IBM e Microsoft, e que tal vírus poderá danificar a máquina tados à uma rede atinge áreas metropolitanas, cerca de
do usuário. Desconsidere a mensagem. 10km. Ex.: TV à cabo;
Redes a Longas Distâncias (Wide Area Network – WAN)
– rede que faz a cobertura de uma grande área geográ-
fica, geralmente, um país, cerca de 100 km;
CONCEITOS DE AMBIENTE DE REDES DE Redes Interligadas (Interconexão de WANs) – são re-
COMPUTADORES. des espalhadas pelo mundo podendo ser interconectadas
a outras redes, capazes de atingirem distâncias bem maio-
res, como um continente ou o planeta. Ex.: Internet;
Rede sem Fio ou Internet sem Fio (Wireless Local Area
Redes de Computadores refere-se à interligação por Network – WLAN) – rede capaz de conectar dispositivos
meio de um sistema de comunicação baseado em trans- eletrônicos próximos, sem a utilização de cabeamento.
missões e protocolos de vários computadores com o ob- Além dessa, existe também a WMAN, uma rede sem fio
jetivo de trocar informações, entre outros recursos. Essa para área metropolitana e WWAN, rede sem fio para
ligação é chamada de estações de trabalho (nós, pontos grandes distâncias.
ou dispositivos de rede).
Atualmente, existe uma interligação entre computado- Topologia de Redes
res espalhados pelo mundo que permite a comunicação Astopologias das redes de computadores são as estru-
entre os indivíduos, quer seja quando eles navegam pela turas físicas dos cabos, computadores e componentes.
internet ou assiste televisão. Diariamente, é necessário utili- Existem as topologias físicas, que são mapas que mos-
zar recursos como impressoras para imprimir documentos, tram a localização de cada componente da rede que
reuniões através de videoconferência, trocar e-mails, aces- serão tratadas a seguir. e as lógicas, representada pelo
sar às redes sociais ou se entreter por meio de jogos, etc. modo que os dados trafegam na rede:
Hoje, não é preciso estar em casa para enviar e-mails, Topologia Ponto-a-ponto – quando as máquinas es-
basta ter um tablet ou smartphone com acesso à internet tão interconectadas por pares através de um roteamen-
nos dispositivos móveis. Apesar de tantas vantagens, o to de dados;
crescimento das redes de computadores também tem seu Topologia de Estrela – modelo em que existe um
lado negativo. A cada dia surgem problemas que preju- ponto central (concentrador) para a conexão, geral-
dicam as relações entre os indivíduos, como pirataria, es- mente um hub ou switch;
pionagem, phishing - roubos de identidade, assuntos polê- Topologia de Anel – modelo atualmente utilizado em
micos como racismo, sexo, pornografia, sendo destacados automação industrial e na década de 1980 pelas redes
com mais exaltação, entre outros problemas. Token Ring da IBM. Nesse caso, todos os computadores são
Há muito tempo, o ser homem sentiu a necessidade entreligados formando um anel e os dados são propagados
de compartilhar conhecimento e estabelecer relações com de computador a computador até a máquina de origem;
pessoas a distância. Na década de 1960, durante a Guerra Topologia de Barramento – modelo utilizado nas pri-
Fria, as redes de computadores surgiram com objetivos mi- meiras conexões feitas pelas redes Ethernet.Refere- se a
litares: interconectar os centros de comando dos EUA para computadores conectados em formato linear, cujo cabea-
com objetivo de proteger e enviar de dados. mento é feito em sequencialmente;
Redes de Difusão (Broadcast) – quando as máquinas
Alguns tipos de Redes de Computadores estão interligadas por um mesmo canal através de pacotes
Antigamente, os computadores eram conectados em endereçados (unicast, broadcast e multicast).
distâncias curtas, sendo conhecidas como  redes locais.
Mas, com a evolução das redes de computadores, foi ne- Cabos
cessário aumentar a distância da troca de informações en- Os cabos ou cabeamentos fazem parte da estrutura fí-
tre as pessoas. As redes podem ser classificadas de acor- sica utilizada para conectar computadores em rede, estan-
do com sua arquitetura (Arcnet, Ethernet, DSL, Token ring, do relacionados a largura de banda, a taxa de transmissão,
etc.), a  extensão geográfica (LAN, PAN, MAN, WLAN, padrões internacionais, etc. Há vantagens e desvantagens
etc.), a topologia (anel, barramento, estrela, ponto-a- para a conexão feita por meio de cabeamento. Os mais uti-
-ponto, etc.) e o meio de transmissão (redes por cabo de lizados são:
fibra óptica, trançado, via rádio, etc.). Cabos de Par Trançado – cabos caracterizados por
Veja alguns tipos de redes: sua velocidade, pode ser feito sob medida, comprados
Redes Pessoais (Personal Area Networks – PAN) – se em lojas de informática ou produzidos pelo usuário;
comunicam a 1 metro de distância. Ex.: Redes Blue- Cabos Coaxiais – cabos que permitem uma distância
tooth; maior na transmissão de dados, apesar de serem flexí-
Redes Locais (Local Area Networks – LAN) – redes em veis, são caros e frágeis. Eles necessitam de barramento
que a distância varia de 10m a 1km. Pode ser uma sala, ISA, suporte não encontrado em computadores mais
um prédio ou um campus de universidade; novos;

70
INFORMÁTICA BÁSICA

Cabos de Fibra Óptica – cabos complexos, caros e Roteadores: Dispositivo utilizado para conectar redes
de difícil instalação. São velozes e imunes a interfe- e arquiteturas diferentes e de grande porte. Ele funciona
rências eletromagnéticas. como um tipo de ponte na camada de  rede do modelo
Após montar o cabeamento de rede é necessário OSI (Open Systens Interconnection - protocolo de inter-
realizar um teste através dos  testadores de cabos, ad- conexão de sistemas abertos para conectar máquinas de
quirido em lojas especializadas. Apesar de testar o fun- diferentes fabricantes), identificando e determinando um IP
cionamento, ele não detecta se existem ligações incor- para cada computador que se conecta com a rede.
retas. É preciso que um técnico veja se os fios dos cabos Sua principal atribuição é ordenar o tráfego de dados
estão na posição certa. na rede e selecionar o melhor caminho. Existem os ro-
teadores estáticos, capaz de encontrar o menor caminho
Sistema de Cabeamento Estruturado para tráfego de dados, mesmo se a rede estiver conges-
Para que essa conexão não prejudique o ambiente tionada; e os  roteadores dinâmicos que encontram ca-
de trabalho, em uma grande empresa, são necessárias minhos mais rápidos e menos congestionados para o
várias conexões e muitos cabos, sendo necessário o ca- tráfego.
beamento estruturado.
Através dele, um técnico irá poupar trabalho e tem- Modem: Dispositivo responsável por transformar a
po, tanto para fazer a instalação, quanto para a remoção onda analógica que será transmitida por meio da linha te-
da rede. Ele é feito através das tomadas RJ-45 que pos- lefônica, transformando-a em sinal digital original.
sibilitam que vários conectores possam ser inseridos
em um único local, sem a necessidade de serem conec- Servidor: Sistema que oferece serviço para as redes de
tados diretamente no hub. computadores, como por exemplo, envio de arquivos ou
Além disso, o sistema de cabeamento estruturado e-mail. Os computadores que acessam determinado servi-
possui um painel de conexões, o Patch Panel, onde os dor são conhecidos como clientes.
cabos das tomadas RJ-45 são conectados, sendo um
concentrador de tomadas, favorecendo a manutenção Placa de Rede: Dispositivo que garante a comunicação
das redes. Eles são adaptados e construídos para serem entre os computadores da rede. Cada arquitetura de rede
inseridos em um rack. depende de um tipo de placa específica. As mais utilizadas
Todo esse planejamento deve fazer parte do projeto são as do tipo Ethernet e Token Ring (rede em anel).
do cabeamento de rede, em que a conexão da rede é
pensada de forma a realizar a sua expansão.

Repetidores: Dispositivo capaz de expandir o ca- EXTENSÃO DE ARQUIVO.


beamento de rede. Ele poderá transformar os sinais re-
cebidos e enviá-los para outros pontos da rede. Ape-
sar de serem transmissores de informações para outros
pontos, eles também diminuem o desempenho da rede, As principais extensões de arquivos
podendo haver colisões entre os dados à medida que As extensões de arquivos são sufixos que designam
são anexas outras máquinas. Esse equipamento, nor- seu formato e principalmente a função que desempenham
malmente, encontra-se dentro do hub. no computador. Na plataforma Windows, todo tipo de ar-
quivo tem sua extensão, que o difere dos demais dentre
Hubs: Dispositivos capazes de receber e concentrar milhões existentes em cada máquina.
todos os dados da rede e compartilhá-los entre as ou- Cada extensão de arquivo tem funcionamento e carac-
tras estações (máquinas). Nesse momento nenhuma ou- terísticas próprias, portanto demanda um software especí-
tra máquina consegue enviar um determinado sinal até fico para trabalhar com ela. Há extensões para os mais va-
que os dados sejam distribuídos completamente. Eles riados propósitos, então vamos separá-las por categorias,
são utilizados em redes domésticas e podem ter 8, 16, organizando melhor as coisas.
24 e 32 portas, variando de acordo com o fabricante.
Existem os  Hubs Passivos, Ativos, Inteligentes  e  Empi- A principal
lháveis. Sem dúvida alguma, a principal extensão para você
que usa o Baixaki e faz o download de todos os progra-
Bridges: É um repetidor inteligente que funciona mas e seus formatos é o EXE. Sem ele, não haveria player
como uma ponte. Ele lê e analisa os dados da rede, de áudio instalado no computador, nem compactadores,
além de relacionar diferentes arquiteturas. visualizadores de arquivo, entre outros.
A extensão significa basicamente que o arquivo é um
Switches: Tipo de aparelho semelhante a um hub, executável. Isso dá a ele inúmeras possibilidades, desde
mas que funciona como uma ponte: ele envia os dados realizar a instalação de um programa no seu computador
apenas para a máquina que o solicitou. Ele possui mui- até mesmo executar um vírus dentro dele. Ou seja, tenha
tas portas de entrada e melhor performance, podendo muita atenção antes de clicar em qualquer arquivo com
ser utilizado para redes maiores. este formato.

71
INFORMÁTICA BÁSICA

Áudio RMVB - RealMedia Variable Bitrate, define o formato


MP3 – Esta é atualmente a extensão para arquivos de de arquivos de vídeo desenvolvido para o Real Player, que
áudio mais conhecida entre os usuários, devido à ampla já foi um dos aplicativos mais famosos entre os players de
utilização dela para codificar músicas e álbuns de artistas. mídia para computador. Embora não seja tão utilizado, ele
O grande sucesso do formato deve-se ao fato dele reduzir apresenta boa qualidade se comparado ao tamanho de
o tamanho natural de uma música em até 90%, ao elimi- seus arquivos.
nar freqüências que o ouvido humano não percebe em sua MKV – Esta sigla denomina o padrão de vídeo criado
grande maioria. pela Matroska, empresa de software livre que busca am-
WMA – Esta extensão, muito semelhante ao MP3, foi pliar o uso do formato. Ele apresenta ótima qualidade de
criada pela Microsoft e ganhou espaço dentro do mundo áudio e vídeo e já está sendo adotado por diversos softwa-
da informática por ser o formato especial para o Windows res, em especial os de licença livre.
Media Player. Ao passar músicas de um CD de áudio para
o seu computador usando o programa, todos os arquivos Imagem
formados são criados em WMA. Hoje, praticamente todos BMP – O Bitmap é um dos formatos de imagem mais
os players de música reproduzem o formato sem compli- conhecidos pelo usuário. Pode-se dizer que este formato é
cações. o que apresenta a ilustração em sua forma mais crua, sem
AAC – Sigla que significa codificação avançada de perdas e compressões. No entanto, o tamanho das ima-
áudio, o AAC foi criado pela Apple a fim de concorrer di- gens geralmente é maior que em outros formatos. Nele,
retamente com o MP3 e o WMA, visando superá-los em cada pixel da imagem é detalhado especificamente, o que
qualidade sem aumentar demasiadamente o tamanho dos a torna ainda mais fiel.
arquivos. Menos conhecido, o formato pode ser reprodu- GIF – Sigla que significa Graphics Interchange Format,
zido em iPods e similares, além de players de mídia para é um formato de imagem semelhante ao BMP, mas ampla-
computador. mente utilizado pela Internet, em imagens de sites, progra-
OGG – Um dos formatos menos conhecidos entre os mas de conversação e muitos outros. O maior diferencial
usuários, é orientado para o uso em streaming, que é a do GIF é ele permitir a criação de pequenas animações com
transmissão de dados diretamente da Internet para o com- imagens seguidas, o que é muito utilizado em emoticons,
putador, com execução em tempo real. Isso se deve ao fato blogs, fóruns e outros locais semelhantes.
do OGG não precisar ser previamente carregado pelo com- JPEG - Joint Photographic Experts Group é a origem
putador para executar as faixas. da sigla, que é um formato de compressão de imagens,
AC3 – Extensão que designa o formato Dolby Digi- sacrificando dados para realizar a tarefa. Enganando o olho
tal, amplamente utilizado em cinemas e filmes em DVD. humano, a compactação agrega blocos de 8X8 bits, tor-
A grande diferença deste formato é que as trilhas criadas nando o arquivo final muito mais leve que em um Bitmap.
nele envolvem diversas saídas de áudio com freqüências PNG – Este formato surgiu em sua época pelo fato dos
bem divididas, criando a sensação de imersão que perce- algoritmos utilizados pelo GIF serem patenteados, encare-
bemos ao fazer uso de home theaters ou quando vamos cendo a utilização dele. O PNG suporta canais alga e apre-
ao cinema. senta maior gama de cores.
WAV – Abreviação de WAVE, ou ainda WAVEForm au- Além destes formatos, há outros menos conhecidos
dio format, é o formato de armazenamento mais comum  referentes à gráficos e ilustrações vetoriais, que são basea-
adotado pelo Windows. Ele serve somente para esta fun- das em formas geométricas aplicadas de forma repetida na
ção, não podendo ser tocado em players de áudio ou apa- tela, evitando o desenho pixelado feito no padrão Bitmap.
relhos de som, por exemplo. Algumas delas são o CRD, do Corel, e o AI, do Adobe Ilus-
trator.
Vídeo
AVI – Abreviação de audio vídeo interleave, mencio- Compactadores
na o formato criado pela Microsoft que combina trilhas de ZIP – A extensão do compactador Winzip se tornou tão
áudio e vídeo, podendo ser reproduzido na maioria dos famosa que já foi criado até o verbo “zipar” para mencionar
players de mídia e aparelhos de DVD, desde que sejam a compactação de arquivos. O programa é um dos pionei-
compatíveis com o codec DivX. ros em sua área, sendo amplamente usado para a tarefa
MPEG – Um dos padrões de compressão de áudio e desde sua criação.
vídeo de hoje, criado pelo Moving Picture Experts Group, RAR – Este é o segundo formato mais utilizado de
origem do nome da extensão. Atualmente, é possível en- compactação, tido por muitos como superior ao ZIP. O
contrar diversas taxas de qualidade neste formato, que va- Winrar, programa que faz uso dele, é um dos aplicativos
ria de filmes para HDTV à transmissões simples. mais completos para o formato, além de oferecer suporte
MOV – Formato de mídia especialmente desenhado ao ZIP e a muitos outros.
para ser reproduzido no player QuickTime. Por esse mo- 7z – Criado pelos desenvolvedores do 7-Zip, esta ex-
tivo, ficou conhecido através dos computadores da Apple, tensão faz menção aos arquivos compactados criados por
que utilizam o QuickTime da mesma forma que o Windows ele, que são de alta qualidade e taxa de diminuição de ta-
faz uso do seu Media Player. manho se comparado às pastas e arquivos originais inseri-
dos no compactado.

72
INFORMÁTICA BÁSICA

Documentos Pressione......ESHIFT+F10
TXT – Como o próprio nome deixa indicado, a exten- •Exibir o menu Iniciar
são de nome TXT refere-se aos arquivos simples de texto Pressione......CTRL+ESC
criados com o bloco de notas do Windows. Eles são extre- •Alternar para a janela anterior. Ou alternar para a pró-
mamente leves e podem ser executados em praticamente xima janela mantendo pressionada a
qualquer versão do sistema operacional. tecla ALT enquanto pressiona TAB repetidamente
DOC – Denomina a extensão utilizada pelo Microsoft Pressione......ALT+TAB
Word, o editor de textos mais conhecido pelos usuários. A •Recortar.
partir da versão 2007 do Office, formato passou a se cha- Pressione......CTRL+X
mar DOCX, e apresenta incompatibilidades com as versões •Copiar
anteriores do aplicativo, o que pode ser resolvido com uma Pressione......CTRL+C
atualização. •Colar
XLS – A descrição deste tipo de arquivo é muito seme- Pressione......CTRL+V
lhante à do Word, mas refere-se ao Excel, editor de plani- •Excluir
lhas da Microsoft. Pressione......DEL
PPT – Esta extensão é exclusiva para o Microsoft Po- •Desfazer
werpoint, aplicativo que permite criar apresentações de sli- Pressione......CTRL+Z
des para palestrantes e situações semelhantes. •Ignorar a auto - execução ao inserir um CD
PDF – Formato criado pela Adobe, atualmente é um Pressione......SHIFT enquanto insere o CD-ROM
dos padrões utilizados na informática para documentos
importantes, impressões de qualidade e outros aspectos. Para a área de trabalho, Meu Computador e Win-
Pode ser visualizado no Adobe Reader, aplicativo mais co- dows Explorer
nhecido entre os usuários do formato.
Quando um item está selecionado, você pode usar as
Extensões seguintes teclas de atalho.
Desde o surgimento da informática e em especial dos
softwares para sistemas operacionais, a importância e utili- Para
zação das extensões de arquivo vem crescendo a cada dia. •Renomear um item.
O fato é que sem uma identificação e criação apropriada, Pressione......F2
seria caótico ter que informar ou em muitos casos adivi- •Localizar uma pasta ou arquivo
nhar o tipo de arquivo com o qual estaríamos lidando. Pressione......F3
Por este motivo, cada extensão ou formato de arquivo •Excluir imediatamente sem colocar o item na Lixeira
tem o seu aplicativo específico, capaz de reproduzir, editar, Pressione......SHIFT+DEL
salvar e modificar seu conteúdo de várias maneiras. Com o •Exibir as propriedades do item
uso intensivo do computador, em pouco tempo até mes- Pressione......ALT+ENTER OU ALT+clique duplo
mo quem nunca mexeu em um deles ficará habituado aos •Copiar um arquivo
padrões atuais de formato de arquivos. Pressione......CTRL enquanto arrasta o arquivo
•Criar atalho
Fonte: https://www.tecmundo.com.br/internet/ Pressione......CTRL+SHIFT enquanto arrasta um arquivo
1444-as-principais-extensoes-de-arquivos-.htm Meu Computador
Para
•Selecionar tudo
Pressione......CTRL+A
TECLAS DE ATALHO. •Atualizar uma janela.
Pressione......F5
•Exibir a pasta um nível
Pressione......BACKSPACE
OS SEGUINTES ATALHOS PODEM SER USADOS •Fechar a pasta selecionada e todas as pastas pai
COM O WINDOWS Pressione......SHIFT enquanto clica no botão “Fechar”
Somente para o Windows Explorer
Teclas Gerais do Windows •Ir Para
Pressione......CTRL+G
Para •Alternar entre os painéis esquerdo e direito
•Consultar a Ajuda sobre o item selecionado na caixa Pressione......F6
de diálogo •Expandir todas as subpastas sob a pasta selecionada
Pressione......F1 Pressione......NUMLOCK+ ASTERISCO (* no teclado nu-
•Fechar um programa. mérico)
Pressione......ALT+F4 •Expandir a pasta selecionada
•Exibir o menu de atalhos para o item selecionado

73
INFORMÁTICA BÁSICA

Pressione......NUMLOCK+SINAL DE ADIÇÃO (+ no te- EXERCÍCIOS


clado numérico)
•Ocultar a pasta selecionada. 1) (LIQUIGÁS 2012 - CESGRANRIO - ASSISTENTE
Pressione......NUMLOCK+SINAL DE SUBTRAÇÃO no te- ADMINISTRATIVO) Um computador é um equipamento
clado numérico) capaz de processar com rapidez e segurança grande quan-
•Expandir a seleção atual se estiver oculta; caso contrá- tidade de informações.
rio, selecionar a primeira subpasta Assim, além dos componentes de hardware, os com-
Pressione......SETA À DIREITA putadores necessitam de um conjunto de softwares deno-
•Expandir a seleção atual se estiver expandida; caso minado:
contrário, selecionar a pasta pai a. arquivo de dados.
Pressione......SETA À ESQUERDA b. blocos de disco.
c. navegador de internet.
Para caixas de diálogo de propriedades d. processador de dados.
e. sistemaoperacional.
Para
•Mover-se entre as opções, para frente 2) (TRT 10ª 2013 - CESPE - ANALISTA JUDICIÁRIO – AD-
Pressione......TAB MINISTRATIVA) As características básicas da segurança da
•Mover-se entre as opções, para traz informação — confidencialidade, integridade e disponibi-
Pressione......SHIFT+TAB lidade — não são atributos exclusivos dos sistemas com-
•Mover-se entre as guias, para frente putacionais.
Pressione......CTRL+TAB a. Certo
•Mover-se entre as guias, para traz b. Errado
Pressione......CTRL+SHIFT+TAB
Para caixas de diálogo Abrir e Salvar Como 3) (TRE/CE 2012 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO – JU-
Para RÍDICA) São ações para manter o computador protegido,
•Abrir a lista “Salvar em” ou “Procurar em” EXCETO:
Pressione......F4 a. Evitar o uso de versões de sistemas operacionais
•Atualizar ultrapassadas, como Windows 95 ou 98.
Pressione......F5 b. Excluir spams recebidos e não comprar nada
•Abrir a pasta um nível acima, se houver uma pasta se- anunciado através desses spams.
lecionada c. Não utilizar firewall.
Pressione......BACKSPACE d. Evitar utilizar perfil de administrador, preferindo
sempre utilizar um perfil mais restrito.
Teclas de Atalho para Opções de Acessibilidade e. Não clicar em links não solicitados, pois links es-
tranhos muitas vezes são vírus.
Para usar teclas de atalho para Opções Acessibilidade,
as teclas de atalho devem estar ativadas. Para maiores in- 4) (Copergás 2016 - FCC – Técnico Operacional Segu-
formações consulte “Acessibilidade, teclas de atalho” no rança do Trabalho) A ferramenta Outlook :
Índice da Ajuda. a) é um serviço de e-mail gratuito para gerenciar todos
os e-mails, calendários e contatos de um usuário.
Para b) 2016 é a versão mais recente, sendo compatível com
•Ativar e desativar as Teclas de Aderência o Windows 10, o Windows 8.1 e o Windows 7.
Pressione......SHIFT 5 vezes c) permite que todas as pessoas possam ver o calen-
•Ativar e desativar as Teclas de Filtragem dário de um usuário, mas somente aquelas com e-mail
Pressione......SHIFT DIREITA Durante 8 segundos Outlook.com podem agendar reuniões e responder a con-
•Ativar e desativar as Teclas de Alternação vites.
Pressione......NUMLOCK Durante 5 segundos d) funciona apenas em dispositivos com Windows, não
•Ativar e desativar as Teclas do Mouse funcionando no iPad, no iPhone, em tablets e em telefones
Pressione......ALT ESQUERDA+ SHIFT ESQUERDA com Android.
+NUMLOCK e) versão 2015 oferece acesso gratuito às ferramentas
•Ativar e desativar o Alto Contraste do pacote de webmail Office 356 da Microsoft.]
Pressione......ALT ESQUERDA+ SHIFT ESQUERDA +
PRINTSCREEN

74
INFORMÁTICA BÁSICA

5) (CRM-PI 2016 - Quadrix – Médico Fiscal) Em um com- 9) (Prefeitura de Cristiano Otoni 2016 - INAZ do Pará
putador com o sistema operacional Windows instalado, um - Psicólogo) Realizar cópia de segurança é uma forma de
funcionário deseja enviar 50 arquivos, que juntos totalizam prevenir perda de informações. Qual é o Backup que só
2 MB de tamanho, anexos em um  e-mail. Para facilitar o efetua a cópia dos últimos arquivos que foram criados pelo
envio, resolveu compactar esse conjunto de arquivos em usuário ou sistema?
um único arquivo utilizando um software compactador. Só a) Backup incremental
não poderá ser utilizado nessa tarefa o software:  b) Backup diferencial
a) 7-Zip. c) Backup completo
b) WinZip. d) Backup Normal
c) CuteFTP. e) Backup diário
d) jZip.
e) WinRAR. 10) (CRO-PR 2016 - Quadrix - Auxiliar de Departamen-
to) Como é chamado o backup em que o sistema não é
6) (MPE-CE 2013 - FCC - Analista Ministerial - Direito) interrompido para sua realização?
Sobre manipulação de arquivos no Windows 7 em portu- a) Backup Incremental.
guês, é correto afirmar que, b) Cold backup.
a) para mostrar tipos diferentes de informações sobre c) Hot backup.
cada arquivo de uma janela, basta clicar no botão Classifi- d) Backup diferencial.
car na barra de ferramentas da janela e escolher o modo de e) Backup normal
exibição desejado.
b) quando você exclui um arquivo do disco rígido, ele é 11) (DEMAE/GO 2016 - UFG - Agente Administrativo)
apagado permanentemente e não pode ser posteriormen- Um funcionário precisa conectar um projetor multimídia a
te recuperado caso tenha sido excluído por engano. um computador. Qual é o padrão de conexão que ele deve
c) para excluir um arquivo de um pen drive, basta clicar usar?
com o botão direito do mouse sobre ele e selecionar a op- a) RJ11
ção Enviar para a lixeira. b) RGB
d) se um arquivo for arrastado entre duas pastas que c) HDMI
estão no mesmo disco rígido, ele será compartilhado entre d) PS2
todos os usuários que possuem acesso a essas pastas. e) RJ45
e) se um arquivo for arrastado de uma pasta do disco
rígido para uma mídia removível, como um pen drive, ele 12) (SABESP 2014 - FCC - Analista de Gestão - Admi-
será copiado. nistração) Correspondem, respectivamente, aos elementos
placa de som, editor de texto, modem, editor de planilha e
7) (SUDECO 2013 - FUNCAB - Contador) No sistema navegador de internet:
operacional Linux,o comando que NÃO está relacionado a a) software, software, hardware, software e hardware.
manipulação de arquivos é: b) hardware, software, software, software e hardware.
a) kill c) hardware, software, hardware, hardware e software.
b) cat d) software, hardware, hardware, software e software.
c) rm e) hardware, software, hardware, software e software.
d) cp
e) ftp 13) (DEMAE/GO 2016 - UFG - Agente Administrativo)
Um computador à venda em um sítio de comércio eletrô-
8) (IBGE 2016 - FGV - Analista - Análise de Sistemas nico possui 3.2 GHz, 8 GB, 2 TB e 6 portas USB. Essa confi-
- Desenvolvimento de Aplicações - Web Mobile) Um de- guração indica que:
senvolvedor Android deseja inserir a funcionalidade de a) a velocidade do processador é 3.2 GHz.
backup em uma aplicação móvel para, de tempos em tem- b) a capacidade do disco rígido é 8 GB.
pos, armazenar dados automaticamente. A classe da API de c) a capacidade da memória RAM é 2 TB.
Backup (versão 6.0 ou superior) a ser utilizada é a: d) a resolução do monitor de vídeo é composta de 6
a) BkpAgent; portas USB.
b) BkpHelper;
c) BackupManager; 14) (IF-PA 2016 - FUNRIO - Técnico de Tecnologia da
d) BackupOutputData; Informação) São dispositivos ou periféricos de entrada de
e) BackupDataStream. um computador:
a) Câmera, Microfone, Projetor e Scanner.
b) Câmera, Mesa Digitalizadora, Microfone e Scanner.
c) Microfone, Modem, Projetor e Scanner.
d) Mesa Digitalizadora, Monitor, Microfone e Projetor.
e) Câmera, Microfone, Modem e Scanner.

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INFORMÁTICA BÁSICA

15) (CNJ 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - PRO- 19) (TRT 10ª 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - AD-
GRAMAÇÃO DE SISTEMAS) Acerca dos ambientes Linux e MINISTRATIVA) Acerca dos conceitos de sistema operacio-
Windows, julgue os itens seguintes.2No sistema operacio- nal (ambientes Linux e Windows) e de redes de compu-
nal Windows 8, há a possibilidade de integrar-se à denomi- tadores, julgue os itens.3Por ser um sistema operacional
nada nuvem de computadores que fazem parte da Internet. aberto, o Linux, comparativamente aos demais sistemas
a)Certo operacionais, proporciona maior facilidade de armazena-
b)Errado mento de dados em nuvem.
a) certo
16) (FHEMIG 2013 - FCC - TÉCNICO EM INFORMÁTICA) b) errado
Alguns programas do computador de Ana estão muito len-
tos e ela receia que haja um problema com o hardware ou 20) (TJ/RR 2012 - CESPE - AGENTE DE PROTEÇÃO)
com a memória principal. Muitos de seus programas falham Acerca de organização e gerenciamento de informações,
subitamente e o carregamento de arquivos grandes de ima- arquivos, pastas e programas, de segurança da informação
gens e vídeos está muito demorado. Além disso, aparece, com e de armazenamento de dados na nuvem, julgue os itens
frequência, mensagens indicando conflitos em drivers de dis- subsequentes.1Um arquivo é organizado logicamente em
positivos. Como ela utiliza o Windows 7, resolveu executar al- uma sequência de registros, que são mapeados em blocos
gumas funções de diagnóstico, que poderão auxiliar a detectar de discos. Embora esses blocos tenham um tamanho fixo
as causas para os problemas e sugerir as soluções adequadas. determinado pelas propriedades físicas do disco e pelo sis-
Para realizar a verificação da memória e, em seguida do tema operacional, o tamanho do registro pode variar.
hardware, Ana utilizou, respectivamente, as ferramentas: a) certo
a)Diagnóstico de memória do Windows e Monitor de b) errado
desempenho.
b)Monitor de recursos de memória e Diagnóstico de 21) (SERGIPE GÁS S/A 2013 - FCC - ASSISTENTE TÉCNI-
conflitos do Windows. CO ADMINISTRATIVO - RH) Paulo utiliza em seu trabalho o
c)Monitor de memória do Windows e Diagnóstico de
editor de texto Microsoft Word 2010 (em português) para
desempenho de hardware.
produzir os documentos da empresa. Certo dia Paulo digi-
d)Mapeamento de Memória do Windows e Mapea-
tou um documento contendo 7 páginas de texto, porém,
mento de hardware do Windows.
precisou imprimir apenas as páginas 1, 3, 5, 6 e 7. Para im-
e)Diagnóstico de memória e desempenho e Diagnósti-
primir apenas essas páginas, Paulo clicou no Menu Arquivo,
co de hardware do Windows.
na opção Imprimir e, na divisão Configurações, selecionou
a opção Imprimir Intervalo Personalizado. Em seguida, no
17) (TRT 1ª 2013 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - EXE-
campo Páginas, digitou
CUÇÃO DE MANDADOS) Beatriz trabalha em um escritório
de advocacia e utiliza um computador com o Windows 7 a) 1,3,5-7 e clicou no botão Imprimir.
Professional em português. Certo dia notou que o com- b) 1;3-5;7 e clicou na opção enviar para a Impressora.
putador em que trabalha parou de se comunicar com a c) 1−3,5-7 e clicou no botão Imprimir.
internet e com outros computadores ligados na rede local. d) 1+3,5;7 e clicou na opção enviar para a Impressora.
Após consultar um técnico, por telefone, foi informada que e) 1,3,5;7 e clicou no botão Imprimir.
sua placa de rede poderia estar com problemas e foi orien-
tada a checar o funcionamento do adaptador de rede. Para 22) (TRT 1ª 2013 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - EXE-
isso, Beatriz entrou no Painel de Controle, clicou na opção CUÇÃO DE MANDADOS) João trabalha no departamento
Hardware e Sons e, no grupo Dispositivos e Impressoras, financeiro de uma grande empresa de vendas no varejo
selecionou a opção: e, em certa ocasião, teve a necessidade de enviar a 768
a) Central de redes e compartilhamento. clientes inadimplentes uma carta com um texto padrão, na
b) Verificar status do computador. qual deveria mudar apenas o nome do destinatário e a data
c) Redes e conectividade. em que deveria comparecer à empresa para negociar suas
d) Gerenciador de dispositivos. dívidas. Por se tratar de um número expressivo de clientes,
e) Exibir o status e as tarefas de rede. João pesquisou recursos no Microsoft Office 2010, em por-
tuguês, para que pudesse cadastrar apenas os dados dos
18) (FHEMIG 2013 - FCC - TÉCNICO EM INFORMÁTICA) No clientes e as datas em que deveriam comparecer à empresa
console do sistema operacional Linux, alguns comandos per- e automatizar o processo de impressão, sem ter que mudar
mitem executar operações com arquivos e diretórios do disco. os dados manualmente. Após imprimir todas as correspon-
Os comandos utilizados para criar, acessar e remover dências, João desejava ainda imprimir, também de forma
um diretório vazio são, respectivamente, automática, um conjunto de etiquetas para colar nos en-
a) pwd, mv e rm. velopes em que as correspondências seriam colocadas. Os
b) md, ls e rm. recursos do Microsoft Office 2010 que permitem atender
c) mkdir, cd e rmdir. às necessidades de João são os recursos
d) cdir, lsdir e erase. a) para criação de mala direta e etiquetas disponíveis
e) md, cd e rd. na guia Correspondências do Microsoft Word 2010.

76
INFORMÁTICA BÁSICA

b) de automatização de impressão de correspondências disponíveis na guia Mala Direta do Microsoft PowerPoint 2010.
c) de banco de dados disponíveis na guia Correspondências do Microsoft Word 2010.
d) de mala direta e etiquetas disponíveis na guia Inserir do Microsoft Word 2010.
e) de banco de dados e etiquetas disponíveis na guia Correspondências do Microsoft Excel 2010.

23) (TCE/SP 2012 - FCC - AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA II) No editor de textos Writer do pacote BR Office, é
possível modificar e criar estilos para utilização no texto. Dentre as opções de Recuo e Espaçamento para um determinado
estilo, é INCORRETO afirmar que é possível alterar um valor para
a) recuo da primeira linha.
b) recuo antes do texto.
c) recuo antes do parágrafo.
d) espaçamento acima do parágrafo.
e) espaçamento abaixo do parágrafo.

24) (CNJ 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS) A respeito do Excel, para ordenar, por
data, os registros inseridos na planilha, é suficiente selecionar a coluna data de entrada, clicar no menu Dados e, na lista
disponibilizada, clicar ordenar data.
a) certo
b) errado

25) (TRT 1ª 2013 - FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) A planilha abaixo foi criada utilizando-se o
Microsoft Excel 2010 (em português).

A linha 2 mostra uma dívida de R$ 1.000,00 (célula B2) com um Credor A (célula A2) que deve ser paga em 2 meses
(célula D2) com uma taxa de juros de 8% ao mês (célula C2) pelo regime de juros simples. A fórmula correta que deve ser
digitada na célula E2 para calcular o montante que será pago é
a) =(B2+B2)*C2*D2.
b) =B2+B2*C2/D2.
c) =B2*C2*D2.
d) =B2*(1+(C2*D2)).
e) =D2*(1+(B2*C2)).

26)(MINISTÉRIO DA FAZENDA 2012 - ESAF - ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) O BrOffice é uma suíte para
escritório gratuita e de código aberto. Um dos aplicativos da suíte é o Calc, que é um programa de planilha eletrônica e
assemelha-se ao Excel da Microsoft. O Calc é destinado à criação de planilhas e tabelas, permitindo ao usuário a inserção
de equações matemáticas e auxiliando na elaboração de gráficos de acordo com os dados presentes na planilha. O Calc
utiliza como padrão o formato:
a) XLS.
b) ODF.
c) XLSX.
d) PDF.
e) DOC.

77
INFORMÁTICA BÁSICA

27) (TRT 1ª 2013 - FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA 29) (TRT 11ª 2012 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - JUDI-
ADMINISTRATIVA) Após ministrar uma palestra sobre Se- CIÁRIA) Em um slide mestre do BrOffice.org Apresentação
gurança no Trabalho, Iracema comunicou aos funcionários (Impress), NÃO se trata de um espaço reservado que se
presentes que disponibilizaria os slides referentes à pales- possa configurar a partir da janela Elementos mestres:
tra na intranet da empresa para que todos pudessem ter a) Número da página.
acesso. Quando acessou a intranet e tentou fazer o upload b) Texto do título.
do arquivo de slides criado no Microsoft PowerPoint 2010 c) Data/hora.
(em português), recebeu a mensagem do sistema dizendo d) Rodapé.
que o formato do arquivo era inválido e que deveria con- e) Cabeçalho.
verter/salvar o arquivo para o formato PDF e tentar realizar
o procedimento novamente. Para realizar a tarefa sugerida 30) (SERGIPE GÁS S/A 2013 - FCC - ASSISTENTE TÉCNI-
pelo sistema, Iracema CO ADMINISTRATIVO - RH) No Microsoft Internet Explorer
a) clicou no botão Iniciar do Windows, selecionou a 9 é possível acessar a lista de sites visitados nos últimos
opção Todos os programas, selecionou a opção Microsoft dias e até semanas, exceto aqueles visitados em modo
Office 2010 e abriu o software Microsoft Office Converter de navegação privada. Para abrir a opção que permite ter
Professional 2010. Em seguida, clicou na guia Arquivo e na acesso a essa lista, com o navegador aberto, clica-se na
opção Converter. Na caixa de diálogo que se abriu, selecio- ferramenta cujo desenho é
nou o arquivo de slides e clicou no botão Converter. a) uma roda dentada, posicionada no canto superior
b)abriu o arquivo utilizando o Microsoft PowerPoint direito da janela.
2010, clicou na guia Ferramentas e, em seguida, clicou na b) uma casa, posicionada no canto superior direito da
opção Converter. Na caixa de diálogo que se abriu, clicou janela.
na caixa de combinação que permite definir o tipo do ar- c) uma estrela, posicionada no canto superior direito
quivo e selecionou a opção PDF. Em seguida, clicou no bo- da janela.
tão Converter. d) um cadeado, posicionado no canto inferior direito
c)abriu a pasta onde o arquivo estava salvo, utilizando da janela.
os recursos do Microsoft Windows 7, clicou com o botão e) um globo, posicionado à esquerda da barra de en-
direito do mouse sobre o nome do arquivo e selecionou a dereços.
opção Salvar como PDF.
31) (CNJ 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - PRO-
d)abriu o arquivo utilizando o Microsoft PowerPoint GRAMAÇÃO DE SISTEMAS) A respeito de redes de compu-
2010, clicou na guia Arquivo e, em seguida, clicou na opção tadores, julgue os itens subsequentes. Lista de discussão é
Salvar Como. Na caixa de diálogo que se abriu, clicou na uma ferramenta de comunicação limitada a uma intranet,
caixa de combinação que permite definir o tipo do arqui- ao passo que grupo de discussão é uma ferramenta geren-
vo e selecionou a opção PDF. Em seguida, clicou no botão ciável pela Internet que permite a um grupo de pessoas a
Salvar. troca de mensagens via email entre todos os membros do
e)baixou da internet um software especializado em fa- grupo.
zer a conversão de arquivos do tipo PPTX para PDF, pois a) Certo
verificou que o PowerPoint 2010 não possui opção para b) Errado
fazer tal conversão.
32) (CEITEC 2012 - FUNRIO - ADMINISTRAÇÃO/CIÊN-
28) (SERGIPE GÁS S/A 2013 - FCC - ADMINISTRADOR) CIAS CONTÁBEIS/DIREITO/PREGOEIRO PÚBLICO) Na inter-
Em um slide em branco de uma apresentação criada uti- net o protocolo_________ permite a transferência de men-
lizando-se o Microsoft PowerPoint 2010 (em português), sagens eletrônicas dos servidores de _________para caixa
uma das maneiras de acessar alguns dos comandos mais postais nos computadores dos usuários. As lacunas se
importantes é clicando-se com o botão direito do mou- completam adequadamente com as seguintes expressões:
se sobre a área vazia do slide. Dentre as opções presentes a) Ftp/ Ftp.
nesse menu, estão as que permitem b) Pop3 / Correio Eletrônico.
a) copiar o slide e salvar o slide. c) Ping / Web.
b) salvar a apresentação e inserir um novo slide. d) navegador / Proxy.
c) salvar a apresentação e abrir uma apresentação já e) Gif / de arquivos
existente.
d) apresentar o slide em tela cheia e animar objetos
presentes no slide.
e) mudar o layout do slide e a formatação do plano de
fundo do slide.

78
INFORMÁTICA BÁSICA

33) (CASA DA MOEDA 2012 - CESGRANRIO - ASSIS- 37) (TRT 10ª 2013 - CESPE - ANALISTA JUDICIÁRIO -
TENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO - APOIO ADMINISTRA- ADMINISTRATIVA) Acerca de segurança da informação,
TIVO) Em uma rede local, cujas estações de trabalho usam julgue os itens a seguir. O vírus de computador é assim
o sistema operacional Windows XP e endereços IP fixos em denominado em virtude de diversas analogias poderem ser
suas configurações de conexão, um novo host foi instalado feitas entre esse tipo de vírus e os vírus orgânicos.
e, embora esteja normalmente conectado à rede, não con- a) Certo
segue acesso à internet distribuída nessa rede. b) Errado
Considerando que todas as outras estações da rede es-
tão acessando a internet sem dificuldades, um dos motivos 38) (MPE/PE 2012 - FCC - TÉCNICO MINISTERIAL - AD-
que pode estar ocasionando esse problema no novo host é MINISTRATIVO) Existem vários tipos de vírus de computa-
dores, dentre eles um dos mais comuns são vírus de ma-
a) a codificação incorreta do endereço de FTP para o cros, que:
domínio registrado na internet. a) são programas binários executáveis que são baixa-
b) a falta de registro da assinatura digital do host nas dos de sites infectados na Internet.
opções da internet. b) podem infectar qualquer programa executável do
c) um erro no Gateway padrão, informado nas proprie- computador, permitindo que eles possam apagar arquivos
dades do Protocolo TCP/IP desse host. e outras ações nocivas.
d) um erro no cadastramento da conta ou da senha do c) são programas interpretados embutidos em docu-
próprio host. mentos do MS Office que podem infectar outros docu-
e) um defeito na porta do switch onde a placa de rede mentos, apagar arquivos e outras ações nocivas.
desse host está conectada. d) são propagados apenas pela Internet, normalmente
em sites com software pirata.
34) (CASA DA MOEDA 2012 - CESGRANRIO - ASSIS- e) podem ser evitados pelo uso exclusivo de software
TENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO - APOIO ADMINISTRA- legal, em um computador com acesso apenas a sites da
TIVO) Para conectar sua estação de trabalho a uma rede Internet com boa reputação.
local de computadores controlada por um servidor de do-
39) (SABESP 2012 - FCC - ANALISTA DE GESTÃO I - SIS-
mínios, o usuário dessa rede deve informar uma senha e
TEMAS)Sobre vírus, considere:
um[a]
I. Para que um computador seja infectado por um ví-
a) endereço de FTP válido para esse domínio.
rus é preciso que um programa previamente infectado seja
b) endereço MAC de rede registrado na máquina clien-
executado.
te.
II. Existem vírus que procuram permanecer ocultos,
c) porta válida para a intranet desse domínio. infectando arquivos do disco e executando uma série de
d) conta cadastrada e autorizada nesse domínio. atividades sem o conhecimento do usuário.
e) certificação de navegação segura registrada na in- III. Um vírus propagado por e-mail (e-mail borne vírus)
tranet. sempre é capaz de se propagar automaticamente, sem a
ação do usuário.
IV. Os vírus não embutem cópias de si mesmo em ou-
35) (CÂMARA DOS DEPUTADOS 2012 - CESPE - ANA- tros programas ou arquivos e não necessitam serem expli-
LISTA LEGISLATIVO - TÉCNICA LEGISLATIVA) Com relação citamente executados para se propagarem.
a redes de computadores, julgue os próximos itens.5Uma Está correto o que se afirma em
rede local (LAN — local area network) é caracterizada por
abranger uma área geográfica, em teoria, ilimitada. O al- a) II, apenas.
cance físico dessa rede permite que os dados trafeguem b) I e II, apenas.
com taxas acima de 100 Mbps. c) II e III, apenas.
a) certo d) I, II e III, apenas.
b) errado e) I, II, III e IV.

36) (TRT 10ª 2013 - CESPE - ANALISTA JUDICIÁRIO - 40) (MPE/PE 2012 - FCC - ANALISTA MINISTERIAL - IN-
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO) Com relação à certifica- FORMÁTICA) Sobre Cavalo de Tróia, é correto afirmar:
ção digital, julgue os itens que se seguem.O certificado a) Consiste em um conjunto de arquivos .bat que não
digital revogado deve constar da lista de certificados re- necessitam ser explicitamente executados.
vogados, publicada na página de Internet da autoridade b) Contém um vírus, por isso, não é possível distinguir
certificadora que o emitiu. as ações realizadas como consequência da execução do
a) Certo Cavalo de Tróia propriamente dito, daquelas relacionadas
b) Errado ao comportamento de um vírus.
c) Não é necessário que o Cavalo de Tróia seja execu-
tado para que ele se instale em um computador. Cavalos
de Tróia vem anexados a arquivos executáveis enviados por
e-mail.

79
INFORMÁTICA BÁSICA

d) Não instala programas no computador, pois seu úni-


co objetivo não é obter o controle sobre o computador, ANOTAÇÕES
mas sim replicar arquivos de propaganda por e-mail.
e) Distingue-se de um vírus ou de um worm por não
infectar outros arquivos, nem propagar cópias de si mesmo ___________________________________________________
automaticamente.
___________________________________________________

GABARITO ___________________________________________________

___________________________________________________
1-E/ 2-A/ 3- C/ 4- B/ 5-C/ 6-E / 7-A / 8-C / 9-A /
10-C/ ___________________________________________________
11-C / 12-E / 13-A / 14-C / 15-A / 16-A / 17-D /
18-C / ___________________________________________________
19-B / 20-A / 21-A / 22-A / 23-C / 24-B / 25-D/
___________________________________________________
26-B/
27-D / 28-E / 29-B / 30-C / 31-B / 32-B / 33-C / ___________________________________________________
34-D/
35-B / 36-A / 37- A / 38-C / 39-B / 40-E ___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

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___________________________________________________

80
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Lei Municipal n° 6.646, de 31 De outubro de 2007 e suas alterações posteriores. ....................................................................... 01


Lei Municipal nº 8.686, de 31 de março de 2016. ...................................................................................................................................... 22
Lei Municipal n° 8.732, de 13 de junho de 2016. ........................................................................................................................................ 25
Lei Municipal nº 9.152, de 6 de dezembro de 2017. ................................................................................................................................. 28
Lei Municipal nº 9.153, de 6 de dezembro de 2017. ................................................................................................................................. 33
Resolução Municipal nº 438, de 2018. ............................................................................................................................................................ 40
Lei Orgânica do Município de Araraquara, consolidada até a Emenda Organizacional nº 43/2016. .................................... 45
Resolução 339/2012 (Regimento Interno da Câmara Municipal); ........................................................................................................ 71
Lei Municipal 1939/1972 (Estatuto dos Funcionários Públicos do Município de Araraquara); ................................................ 71
Resolução 437/2018................................................................................................................................................................................................ 97
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

II - cargo público do Legislativo é a posição constituída


LEI MUNICIPAL N° 6.646, DE 31 DE OUTUBRO na organização do serviço da Câmara Municipal, criado por
DE 2007 E SUAS ALTERAÇÕES POSTERIORES. Lei, em número certo, com denominação própria, atribui-
ções específicas e estipêndio correspondente, para ser pro-
vido e exercido por um titular, sujeito às normas laborais
estabelecidas pelo Quadro Especial do Legislativo;
LEI MUNICIPAL Nº 6.646, DE 31 DE OUTUBRO DE
III - emprego público do Legislativo é a posição consti-
2.007
tuída na organização do serviço da Câmara Municipal, cria-
do por Lei, em número certo, com denominação própria,
Projeto de Lei nº 139/07
atribuições específicas e estipêndio correspondente, para
Autoria: Mesa da Câmara Municipal de Araraquara
ser provido e exercido por um titular, sujeito às normas
laborais estabelecidas pela Consolidação das Leis do Tra-
Dispõe sobre a Organização, altera o Quadro Especial balho (CLT);
dos Servidores e institui o Plano de Cargos e Salários do
Legislativo do Município de Araraquara-SP e dá outras pro- IV - função pública do Legislativo é a atribuição ou o
vidências. conjunto de atribuições que a administração do legislati-
vo confere a cada categoria profissional ou comete, indi-
O Prefeito do Município de Araraquara, Estado de vidualmente, a determinado servidor do legislativo para
São Paulo, no exercício de suas atribuições legais, e de execução em caráter transitório;
acordo com o que aprova:
V - agente honorífico do Legislativo é o agente público
A Câmara Municipal, em sessão ordinária de 23 de ou- investido em função honorífica, não remunerada, exerci-
tubro de 2.007, promulga a seguinte lei: da a título voluntário, através dos canais abertos junto à
estrutura do Legislativo Municipal, especialmente fóruns,
TÍTULO I conselhos, audiências e arenas de negociação;
Disposições Gerais e Preliminares
VI - servidor do Legislativo é a pessoa legalmente in-
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a Organização, alteração vestida em cargo, emprego ou função pública nos quadros
do Quadro Especial dos Servidores e institui o Plano de dos órgãos que integram a estrutura da Câmara Municipal;
Cargos e Salários do Legislativo do Município de Araraqua-
ra-SP. VII - quadro do Legislativo é o conjunto de cargos, em-
pregos e funções de um mesmo órgão do legislativo;
Art. 2º A estrutura organizacional da Câmara Munici-
pal de Araraquara, tem por finalidade prestar assistência VIII - Poder Hierárquico é o poder de que está inves-
técnica e administrativa aos órgãos políticos do Legislativo, tido um órgão do legislativo ou uma Chefia competente,
em especial à Presidência, Mesa Diretora, Comissões Técni- para exercer as atividades de comando, supervisão, contro-
cas e Vereadores. le, coordenação e correção de seus subordinados;

§ 1º O modelo de gestão adotado pela Câmara Mu- IX - controle é a atividade exercida por um órgão do
nicipal de Araraquara está baseado no planejamento inte- legislativo ou pela Chefia competente em relação aos seus
grado de ações, transparência e controle social sobre as subordinados, decorrente de seu poder hierárquico, que
atividades do legislativo, especialmente na formulação e visa à fiscalização do cumprimento da lei e das instruções
implementação de políticas públicas. normativas, bem como dos atos e do rendimento de cada
servidor;
§ 2º Sempre que possível, as atribuições decisórias se-
rão situadas na proximidade dos fatos, pessoas ou proble- X - planejamento é o estudo e a fixação das diretrizes e
mas a atender, visando a assegurar maior rapidez e objeti- das metas que deverão orientar a ação de governo, tendo
vidade às decisões. como instrumentos básicos:

Art. 3º Para efeitos desta lei: a) programas de duração plurianual;

I - órgão do Legislativo é a repartição funcional da Câ- b) orçamento-programa anual;


mara Municipal que, aplicando os meios apropriados, atra-
vés dos titulares de cargos, empregos ou funções públicas c) programação Financeira de Desembolso.
que o integram, cumpre, na efetivação das funções esta-
tais, conotadoras de seu fim, as respectivas competências, XI - coordenação é a ação que visa a harmonizar todas
desmembrando-se em Diretorias, Assessoria e Setores. as atividades da Administração do legislativo, submetendo-as
ao que foi planejado, na busca de soluções integrais, de modo
a evitar dispersão de recursos e divergências de soluções;

1
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

XII - atividades de Direção são as atividades relacio- § 3º Os Pré-requisitos para investidura em cargo, em-
nadas ao planejamento, à supervisão, à coordenação e ao prego ou função pública do legislativo obedecem às con-
controle, bem como ao estabelecimento de normas, crité- dições exigidas para o exercício da profissão e ao constante
rios e princípios a serem observados pelos diversos níveis do ato de sua criação.
de execução;
§ 4º Para os fins desta lei:
XIII - atividades de Execução são as tarefas de mera
rotina, inclusive formalização de atos administrativos e de- I - Cargo em comissão é o cargo público do legislativo
cisões de casos individuais; de livre nomeação e exoneração, respeitados os pré-requi-
sitos para investidura, destinando-se apenas às atribuições
XIV - desconcentração administrativa é a repartição de de direção, chefia e assessoramento;
funções entre os vários órgãos do legislativo, sem quebra
da hierarquia, prevista em lei; II - cargo efetivo é o cargo público do legislativo cuja
investidura depende de prévia aprovação em concurso pú-
XV - descongestionamento administrativo é a delega- blico de provas ou de provas e títulos, nos termos do art.
ção da execução de serviço ou de competência, efetivada 37, II da CF;
por ato administrativo da autoridade competente;
III - função de confiança é a função pública do legis-
XVI - delegação de competência é o ato emanado do lativo de direção, chefia e assessoramento a ser exercida,
Presidente da Câmara Municipal ou dos superiores hie- exclusivamente, por servidores ocupantes de cargo efetivo
rárquicos, através dos quais são transferidas atribuições do legislativo;
decisórias de sua competência específica aos seus subor-
dinados, indicando com clareza e precisão o objeto da de- IV - função gratificada é o conjunto de atribuições or-
legação à autoridade delegada, visando a assegurar maior dinárias de um cargo público do legislativo, executadas em
rapidez e objetividade às decisões, situando-as na proximi-
condições anormais de perigo ou de encargos para o servi-
dade dos fatos, pessoas ou problemas a atender;
dor ou prestadas fora do expediente ou da sede de lotação.
XVII - bem-estar social é o bem comum da coletividade,
§ 5º Os cargos efetivos, providos por concurso público
expresso na satisfação de suas necessidades fundamentais.
de provas ou de provas e títulos, nomeados pela ordem de
classificação, sujeitarão seus titulares ao cumprimento de
Art. 4º Os órgãos do legislativo são independentes uns
dos outros, interligando-se por um princípio diretor inter- estágio probatório de 03 (três) anos para fins de estabilida-
no que os unifica e os hierarquiza entre si. de no serviço público municipal, observado o disposto no
art. 65 e 66 desta lei.
Parágrafo único. Os órgãos do legislativo, criados por
Lei, com competências específicas, compõem-se de cargos, § 6º As atribuições de cargos, empregos e funções pú-
empregos e funções públicas do legislativo. blicos do legislativo, constantes dos Quadros da Câmara
são aquelas estabelecidas pelo Código Brasileiro de Ocu-
Art. 5º As formas de provimento, o regime de contra- pações (CBO), exceto nos casos específicos mencionados
tação, os vínculos (permanentes ou temporários), as jor- no ato de sua criação.
nadas de trabalho e os pré-requisitos para investidura dos
cargos, empregos e funções dos órgãos que integram a Art. 6º A ocupação de cargo e empregos públicos do
estrutura da Câmara Municipal são os constantes do ANE- legislativo, obedecido o princípio do concurso público de
XO I e II, que faz parte integrante desta Lei. provas ou de provas e títulos, far-se-á com reserva do per-
centual de cinco por cento (5%) do total geral de cargos e
§ 1º As quantidades de vagas abertas para provimento empregos dos quadros do legislativo, para pessoas porta-
são as constantes dos quadros de cada órgão hierarquiza- doras de deficiência, na forma dos artigos subseqüentes.
do à Câmara Municipal de Araraquara, na forma desta Lei.
§ 1º As frações decorrentes do cálculo do percentual
§ 2º Quanto ao vínculo, os cargos e empregos públicos de que trata este artigo só serão arredondadas para o nú-
do legislativo podem ser: mero inteiro subseqüente quando maiores ou iguais a 5
(cinco).
I - permanentes: relações de trabalho sem limitação
quanto à duração; § 2º A reserva de vagas para deficientes será feita até
que completado o percentual de cinco por cento (5%) do
II - temporários: relações de trabalho contratual, limi- total de cargos e empregos públicos do legislativo legal-
tado quanto ao tempo de duração ou por um evento final mente ocupados.
suscetível de previsibilidade, observado o que dispõem o
art. 37, IX, da Constituição Federal (CF) e normas aplicáveis Art. 7º Do Edital de Concurso constarão, para cada
da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). categoria, o número de vagas reservadas para deficientes.

2
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

§ 1º Para gozar dos benefícios de que trata este artigo Art. 12. Integram a estrutura do Poder Legislativo do
os portadores de deficiência deverão declarar, no ato da Município de Araraquara os seguintes órgãos do Legislativo:
inscrição ao concurso público, o grau de incapacidade que
apresentam. I - órgãos políticos, criados pela LOMA, observado o
disposto no Regimento Interno da Câmara Municipal de
§ 2º O órgão responsável pela realização do concurso Araraquara:
garantirá aos portadores de deficiência as condições espe-
cíficas necessárias à sua participação nas provas. a) Plenário, órgão colegiado, soberano e deliberativo
da Câmara, na forma do Regimento Interno da Câmara
Art. 8º Os portadores de deficiência participarão dos Municipal de Araraquara;
concursos públicos em igualdade de condições com os de-
mais candidatos, no que respeita ao conteúdo e à avaliação. b) Vereador, na forma do disposto da LOMA;

§ 1º Após o julgamento das provas, serão elaboradas c) Mesa Diretora da Câmara Municipal, na forma do
duas listas, uma geral contendo todos os candidatos apro- disposto na LOMA, com composição e competência defi-
vados e uma especial, com a relação dos portadores de nida no Regimento Interno da Câmara Municipal de Ara-
deficiência aprovados. raquara;

§ 2º Não havendo inscrição para as vagas reservadas aos d) Presidência da Câmara Municipal, na forma do dis-
deficientes, será elaborada somente uma lista de classificação posto na LOMA e no Regimento Interno da Câmara Muni-
geral, prosseguindo o concurso nos seus ulteriores termos. cipal de Araraquara;

Art. 9º No prazo de cinco (5) dias contados da publi- e) Comissões Permanentes e Especiais, na forma do
cação das listas de classificação, o portador de deficiên- disposto na LOMA e no Regimento Interno da Câmara Mu-
cia deverá submeter-se à perícia médica, para avaliação nicipal de Araraquara.
da compatibilidade de sua deficiência com o exercício das
atribuições do cargo ou emprego. II - órgãos administrativos, criados por esta Lei:

§ 1º A perícia será realizada por médico da saúde pú- a) Gabinete da Presidência;


blica, devendo o laudo ser proferido no prazo de 05 (cinco)
dias contados do respectivo exame. b) Gabinete do Vereador;

§ 2º Quando a perícia concluir pela inaptidão do can- c) Administração geral;


didato, este poderá requerer, no prazo de 05 (cinco) dias,
a constituição de uma junta médica, para nova avaliação, d) Diretoria Legislativa;
obedecidos os prazos de 05 (cinco) dias para a realização
do exame e 05 (cinco) dias para a emissão do laudo. e) Diretoria de Finanças;

§ 3º Não caberá qualquer recurso da decisão proferida f) Assessoria Jurídica;


pela junta médica.
g) Assessoria de Comunicação;
Art. 10. O concurso só poderá ser homologado depois
da realização dos exames mencionados nos artigos ante- h) Procuradoria Jurídica;
riores, publicando-se as listas geral e especial, das quais
serão excluídos os portadores de deficiência considerados i) Setor de Almoxarifado;
inaptos na inspeção médica.
j) Setor de Compras;
TÍTULO II
Organização do Poder Legislativo Municipal k) Setor de Contabilidade;

CAPÍTULO I l) Setor de Expediente;


Disposições Gerais
m) Setor de Informática;
Art. 11. A Câmara Municipal de Araraquara é o órgão
independente e supremo do Poder Legislativo Municipal, n) Setor de Patrimônio;
na forma do disposto na Lei Orgânica do Município de
Araraquara-SP (LOMA) e no Regimento Interno da Câmara o) Setor de Protocolo e Arquivo; (Redação dada pela
Municipal de Araraquara. Lei Municipal nº 7.411, de 2.011)

3
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

p) Setor de Recursos Humanos;

q) Setor de Som e Imagem;

r) Setor de Tesouraria;

s) Setor de Transportes.

Parágrafo único. A representação gráfica esquemática da estrutura do Poder Legislativo do Município de Araraquara
é a constante no organograma abaixo:

Art. 13. Ao Gabinete da Presidência, hierarquizado diretamente à Presidência da Câmara, sob a direção de um Chefe
do Gabinete da Presidência, incumbe a assistência direta ao Presidente em sua representação política e social, as relações
públicas e o preparo do despacho pessoal do expediente do Presidente.

§ 1º O Gabinete da Presidência se responsabilizará pelo suporte operacional, inclusive logística, às atividades da Mesa
da Câmara, das Comissões e dos representantes da Câmara nos Conselhos e demais fóruns de participação popular, através
da coordenação das ações dos demais órgãos integrados à estrutura da Câmara na execução dessas atividades.

§ 2º O serviço de Assessoria de Comunicação, responsável pela divulgação das matérias de interesse da Câmara Mu-
nicipal, são de competência exclusiva do Gabinete da Presidência sob a supervisão da Administração Geral, sem prejuízo
das veiculações de matérias de comunicação social relativas aos trabalhos dos Vereadores, a cargo da Diretoria Legislativa.
(Redação dada pela Lei Municipal n° 7.068, de 2.009)

4
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

§ 3º Compete ao Gabinete da Presidência o controle do uso dos veículos e o custeio das despesas com alimentação,
estadia e deslocamento utilizados na representação política e social da Câmara pelo Presidente ou seus representantes.

§ 4º Os cargos e funções que integram o Gabinete da Presidência são os constantes do quadro abaixo:

Pré - requisitos para investidura,


Nome do Posto Qtd.
descrição e padrão de vencimento
Chefe do Gabinete da Presidência 1 Anexo I, Item 15
Chefe do Gabinete da Presidência Substituto 1 Anexo I, Item 15
Assessor Jurídico 1 Anexo I, Item 07
Assessor de Imprensa (Redação dada pela Lei 5 Anexo I, item 05
Municipal nº 7.762, de 2012)
Assessor de Imprensa Substituto (Redação dada 5 Anexo I, item 05
pela Lei Municipal nº 7.762, de 2012)
Assessor Legislativo 2 Anexo I, Item 08
Assessor Legislativo Substituto 2 Anexo I, Item 08
Assessor de Gabinete 1 Anexo I, Item 04
Assessor de Gabinete Substituto 1 Anexo I, Item 04
Assessor de Segurança 1 Anexo I, Item 06
Assessor de Segurança Substituto 1 Anexo I, Item 06
Chefe de Comunicação (Incluído pela Lei Municipal 1 Anexo I, item 11
nº 7.762, de 2012)
Chefe de Comunicação Substituto (Incluído pela Lei 1 Anexo I, item 11
Municipal nº 7.762, de 2012)
Editor de Áudio e Vídeo 2 Anexo I, Item 18

(Redação dada pela Lei Municipal nº 7.654, de 2.012)

§ 5º A representação gráfico-esquemática da estrutura do Gabinete da Presidência é a constante do funcionograma


abaixo:

5
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

§ 6º O Vereador quando do exercício do cargo de Pre- § 2º Ficam criados os Gabinetes de Vereador, no quan-
sidente também terá à sua disposição além dos cargos de titativo que determinar a legislação pertinente.
assessoria previstos no artigo 17, os cargos previstos no ar-
tigo 13. Deixando o cargo de Presidente voltará à condição § 3º Compete ao Gabinete do Vereador:
anterior, ou seja, a quantidade de assessores definidas para
o Gabinete de Vereador. I – a guarda dos bens patrimoniais da Câmara Munici-
pal colocados à disposição do Vereador, inclusive móveis,
Art. 14. As propostas de acordo para composição ami- equipamentos e instalações físicas do Gabinete;
gável de lides administrativas ou judiciais, inclusive as de
natureza trabalhistas, somente serão submetidas à apre- II - emitir as requisições de materiais de consumo e
ciação da Presidência após parecer jurídico exarado pelo outras para despesas de custeio do Gabinete do Vereador;
Conselho de Advogados da Câmara Municipal, na forma
deste artigo. III - a assessoria ao Vereador em suas relações públicas
e no atendimento ao público em geral, nas instalações da
§ 1º O Conselho de Advogados da Câmara Municipal é Câmara Municipal ou fora dela, observadas as normas ad-
um órgão de decisão colegiada, hierarquizado ao Gabinete ministrativas ao controle de freqüência editadas pela Mesa
da Presidência, formado pelos seguintes cargos e funções: Diretora da Câmara Municipal;
I - Assessor Jurídico, lotado junto ao Gabinete da Pre- IV - preparar o despacho pessoal do expediente do Ve-
sidência; reador;
II - Procurador Jurídico, lotado junto à Administração V - acompanhar a tramitação dos processos legislati-
Geral; vos e cuidar da comunicação social do Vereador, com o
apoio da Diretoria Legislativa.
III - Representante indicado pela da Ordem dos Advo-
gados do Brasil (OAB).
Art. 17. Os cargos que integram o Gabinete de Verea-
dor são os constantes do quadro abaixo:
§ 2º O Conselho de Advogados da Câmara será con-
vocado pelo Chefe do Gabinete para, sob a Presidência do
Assessor Jurídico, examinar as propostas de acordo enca- Pré-requisitos para inves-
minhadas pela Procuradoria Jurídica para composição ami- Nome do Posto Qtd tidura, descrição e pa-
gável de lides onde seja parte a Câmara Municipal. drão de vencimento
§ 3º O parecer do Conselho de Advogados, de nature- Assessor Legis- 1 Anexo I, item 08
za consultiva, é peça obrigatória dos processos administra- lativo
tivos ou judiciais onde haja proposta de composição ami- Assessor Legis- 1 Anexo I, item 08
gável e subsidiará as decisões da Presidência e do Plenário lativo Substituto
sob a matéria.
Assessor de Ga- 2 Anexo I, item 04
Art. 15. Os cargos de Assessor de Gabinete e de Asses- binete
sor Legislativo do quadro do Gabinete da Presidência serão Assessor de Ga- 2 Anexo I, item 04
providos, através de investidura derivada, pelos ocupantes binete Substituto
dos cargos de mesma designação lotados no Gabinete do
Vereador eleito Presidente. § 1º A representação gráfico-esquemática da estrutura
de cada Gabinete de Vereador é a constante do funciono-
Parágrafo único. Ao término do mandato do Presi- grama abaixo:
dente os ocupantes dos cargos de que trata este artigo
retornarão aos seus cargos de origem, não fazendo jus à
incorporação de direitos de qualquer natureza decorrentes
da lotação no Gabinete da Presidência.

Gabinete do Vereador

Art. 16. O Gabinete do Vereador, hierarquizado dire-


tamente ao Vereador é o órgão de assistência direta ao
Vereador em sua representação política e social.

§ 1º Os cargos que integram a estrutura do Gabinete


do Vereador são de provimento em comissão e a nomeação
recairá sobre pessoa indicada pelo respectivo Vereador.

6
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

§ 2º Em cada Gabinete de Vereador poderá ser lotado VIII - o suporte operacional às comissões internas da
apenas um Assessor Legislativo e dois Assessores de Gabi- Câmara nomeadas para serviços de auditoria e controle,
nete, prevista a hipótese de nomeação de Assessor Subs- especialmente comissão constituídas nas áreas de licita-
tituto, na forma disposta no artigo 41 e seus parágrafos, ções e compras e de recursos humanos;
desta lei.
IX - a instauração e o julgamento em primeira instân-
§ 3º Os cargos do Gabinete do Vereador eleito Presi- cia dos processos e inquéritos administrativos para apu-
dente da Câmara ficarão vagos desde a expedição da por- rar irregularidades envolvendo os servidores públicos do
taria que nomeia seus titulares, por investidura derivada, legislativo, inclusive os lotados no gabinete do vereador,
para os cargos de mesma denominação do quadro do Ga- submetendo, para julgamento em segunda instância, à
binete da Presidência, na forma do art. 15 e seu parágrafo Presidência da Câmara, os recursos impetrados contra suas
único desta lei. decisões;

Administração Geral X - superintender a elaboração da Programação Anual,


dos Relatórios de Gestão da Câmara Municipal e dos rela-
Art. 18. À Administração Geral, hierarquizada direta- tórios de gestão fiscal;
mente à Presidência da Câmara, sob a direção de um Ad-
ministrador Geral, incumbe às atividades de direção, con- XI - o desenvolvimento e o controle da execução de
substanciadas no planejamento, coordenação e controle programas e projetos em curso no legislativo;
das atividades dos órgãos hierarquizados à sua estrutura
orgânico-funcional, bem como a execução direta das se- XII - a promoção de capacitação, reciclagem e orien-
guintes atividades: tação técnica para os recursos humanos, visando à imple-
mentação e o desenvolvimento das políticas de pessoal da
I - a numeração, o registro e a publicação de atos ad- Câmara Municipal;
ministrativos emanados dos órgãos que integram a estru-
XIII - a padronização e supervisão das rotinas operacio-
tura da Câmara e o acompanhamento da tramitação dos
nais da Câmara.
processos, bem como os serviços de expediente, protocolo
e arquivo da Câmara Municipal;
XIV – O “Memorial de Araraquara” criado por Resolu-
ção da Câmara Municipal será gerido por servidor lotado
II - a organização da Central de Atendimento ao Ci-
diretamente na Administração Geral a ser designado por
dadão, envolvendo atividades de atendimento ao público
Ato da Mesa Diretora. (Incluído pela Lei Municipal nº 7.411,
dos diversos órgãos e unidades gerenciais do Legislativo,
de 2.011)
inclusive para fins de disciplinar as formas de participação
do usuário na administração, na forma do disposto no art. Art. 19. A instauração e o julgamento em primeira
37, § 3º da CF com alterações introduzidas pela EC 19/98; instância dos processos e inquéritos administrativos para
apurar irregularidades envolvendo os servidores da Admi-
III - a publicização, para exame, das contas municipais, nistração Geral correrão junto ao Gabinete da Presidência,
na forma da LOMA; cabendo recurso para julgamento em segunda instância à
Presidência da Câmara.
IV - a manutenção dos serviços jurídicos da Câmara
para a defesa judicial das prerrogativas ou direitos próprios Art. 20. Os cargos e funções que integram a Adminis-
da Câmara ou de seus órgãos e para emissão de pareceres tração Geral são os constantes do quadro abaixo:
em matérias administrativas e financeiras constantes dos
procedimentos de administração geral;
Pré - requisitos para
Nome do Posto Qtd. investidura, descrição e
V - a implementação, em nome de qualquer Vereador
padrão de vencimento
que o requerer, de ações que visam a impedir qualquer
desrespeito ao regimento interno da Câmara; Administrador 1 Anexo I, Item 01
Geral
VI - a manutenção dos serviços de informática da Câ- Procurador 1 Anexo I, Item 24
mara, tais como rede de conectividade, servidores e dispo- Jurídico
sitivos de “internet”;
Técnico em 3 Anexo I, Item 26
Informática
VII - a organização do sistema de gestão do conheci-
mento e de tecnologia de informação do legislativo, espe- Agente 8 Anexo I, Item 02
cialmente organização das bases de dados e elaboração de Administrativo
fluxos de documentos e informações;

7
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Coordenador 1 Anexo I, Item 20


de Recursos
Humanos
Chefe de 1 Anexo I, Item 14
Patrimônio e
Serviços
Chefe do Setor 1 Anexo I, Item 21
Transportes
Chefe do Setor de 1 Anexo I, Item 22
Informática
Motorista 10 Anexo I, Item 23
Coordenador de 1 Anexo I, Item 19
Materiais
Almoxarife 1 Anexo I, Item 03
(Redação dada pela Lei Municipal nº 7.654, de 2.012)

Parágrafo único. A representação gráfica esquemática da estrutura da Administração Geral é a constante no organo-
grama abaixo:

(Redação dada pela Lei Municipal nº 7.226, de 2.010)

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Diretoria Legislativa

Art. 21. A Diretoria Legislativa, hierarquizada diretamente à Administração Geral, sob a direção de um Diretor Legisla-
tivo, é o órgão de assessoramento da Câmara Municipal, dotado de uma estrutura técnica de suporte, capaz de subsidiar
a Mesa da Câmara, os Vereadores e as Comissões em suas práticas de elaboração legislativa, bem como de fiscalização,
assessoria ao Executivo e controle da Administração Municipal.

§ 1º Em relação aos órgãos que integram a estrutura da Administração Geral da Câmara, a Diretoria Legislativa com-
pete funções opinativas, expressas em pareceres ou deliberações que, quando aceitos pelo Presidente, passam a vincular
os órgãos hierarquizados ao seu enunciado.

§ 2º Na área de Planejamento incumbe à Diretoria Legislativa os estudos e o estabelecimento das diretrizes e metas
que deverão orientar a ação legislativa a fim de que o Município possa dispor de um conjunto de normas legislativas capa-
zes de regular as relações jurídicas de interesse local, garantido ao cidadão o direito ao bom governo e ao desenvolvimento
sustentável.

§ 3º Na área de suporte ao processo legislativo, incumbe à Diretoria Legislativa, em especial:

I - prover a digitação e o processamento dos dados relativos à elaboração legislativa;

II - elaborar periodicamente os indicadores mais freqüentes para avaliação da ação legislativa;

III - emitir parecer sobre os projetos em trâmite no legislativo em relação à sua adequação técnica e jurídica, sempre
que solicitado pelas Comissões da Câmara.

§ 4º A Diretoria Legislativa manterá a Biblioteca da Câmara Municipal com o arquivo atualizado de atos normativos
emanados do Legislativo, devidamente consolidados pelas alterações subseqüentes, competindo-lhe, em especial:

I - manter o material de apoio à elaboração legislativa, consubstanciado em livros e tratados, sobre matérias de inte-
resse da Câmara, modelos de atos normativos e outros documentos que possam ser úteis na elaboração legislativa e no
controle e fiscalização do Executivo;

II - concentrar o acesso à “internet” para pesquisas, participação em fóruns de debates e outras atividades de interesse
do Legislativo;

III - o atendimento ao público em geral para consultas ao acervo da Biblioteca.

§ 5º Incumbe à Diretoria Legislativa superintender a elaboração das peças das leis de orçamento setorial da Câmara
Municipal e a análise técnica dos relatórios de gestão fiscal que serão submetidos à apreciação do Presidente e do Plenário
da Câmara.

Art. 22. Os cargos, empregos e funções da Diretoria Legislativa são os constantes do quadro abaixo:

Pré-requisitos para investidura,


Nome do Posto Qtd
descrição e padrão de vencimento
Diretor Legislativo (Redação dada pela Lei Municipal 1 Anexo I, item 17
nº 7.411, de 2.011)
Assessor Técnico (Redação dada pela Lei Municipal nº 1 Anexo I, item 09
7.762, de 2012)
Chefe de Expediente do Poder Legislativo (Redação 1 Anexo I, item 12
dada pela Lei Municipal nº 7.226, de 2010)
Assistente de Plenário (Redação dada pela Lei 3 Anexo I, item 10
Municipal nº 7.762, de 2012)
Assistente Técnico Legislativo (Incluída pela Lei 3 Anexo I, item 28
Municipal nº 7.762, de 2012)
Agente Administrativo (Redação dada pela Lei 09 Anexo I, item 02
Municipal nº 7.762, de 2012)
Parágrafo único. A representação gráfico-esquemática da estrutura da Diretoria Legislativa é a constante do funcio-
nograma abaixo:

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Diretoria de Finanças

Art. 23. A Diretoria de Finanças, subordinada diretamente à Administração Geral, sob a direção de um Diretor Finan-
ceiro, é o órgão de execução da despesa e da receita da Câmara, competindo-lhe, a execução contábil patrimonial, orça-
mentária, financeira e de custos da Câmara, o cumprimento das metas fiscais e o atendimento à legislação federal e normas
complementares que tratam das finanças públicas.

§ 1º Na área de processamento da Receita e da Despesa compete à Diretoria de Finanças, em especial:

I - os serviços de processamento da despesa e da receita da Câmara Municipal de Araraquara, especialmente a escritu-


ração contábil, elaboração de balanços, balancetes e razões contábeis;

II - as tarefas relativas à tesouraria, inclusive programações financeiras e conciliações bancárias.

§ 2º Na área de planejamento financeiro e orçamentário, compete à Diretoria de Finanças executar, com a colaboração
da Diretoria Legislativa, os estudos que subsidiarão a elaboração das peças dos orçamentos setoriais da Câmara, bem como
a elaboração dos relatórios de gestão fiscal.

§ 3º O quadro de cargos e funções da Diretoria de Finanças é o constante do quadro abaixo:

Pré-requisitos para investidura, descrição e padrão de


Nome do Posto Qtd
vencimento
Diretor Financeiro 1 Anexo I, item 16
Tesoureiro 1 Anexo I, item 27
Técnico em Contabilidade 2 Anexo I, item 25

(Redação dada pela Lei Municipal nº 7.762, de 2012)

§ 4º A representação gráfico-esquemática da estrutura da Diretoria de Finanças é a constante do funcionograma abaixo:

10
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

exclusivamente, pela Consolidação das Leis do Trabalho


(CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1º de maio
de 1943, e legislação trabalhista correlata não se aplicando
a eles as normas constantes deste Título.

§ 1º É vedado submeter ao regime da CLT cargos pú-


blicos de provimento em comissão.

§ 2º A contratação de pessoal para emprego público


deverá ser precedida de concurso público de provas ou de
provas e títulos, conforme a natureza e a complexidade do
emprego.

§ 5º O motorista a que for atribuída à função de con- Art. 27. Os servidores lotados no QEL atuarão nos di-
fiança de motociclista, fará jus a gratificação. ferentes níveis e áreas de atuação da Câmara Municipal,
respeitada a habilitação profissional respectiva.
TÍTULO III
Condições Específicas dos Cargos e Funções do Da Investidura
Quadro Especial do Legislativo da Aplicação e da
Abrangência Art. 28. O provimento dos cargos, empregos e fun-
ções do QEL é de competência privativa do Presidente da
Art. 24. O “Quadro Especial do Legislativo - QEL” com- Câmara.
preende um conjunto de normas estatutárias aplicáveis às
relações de trabalho dos Servidores do Legislativo, decor- Art. 29. Só poderá ser investido em cargo, emprego
rentes da investidura em cargo ou função dos quadros de ou função do QEL quem satisfazer os seguintes requisitos:
pessoal da Câmara Municipal, estabelecendo a política re-
muneratória, bem como os direitos, deveres e obrigações I - ser brasileiro;
e outras normas relativas à organização dos serviços da
Câmara Municipal. II - ter completado 18 anos de idade;

§ 1º A fixação da remuneração do pessoal do QEL, assim III - estar no gozo dos direitos políticos;
compreendido o vencimento, as gratificações, os adicionais
e outros benefícios de qualquer espécie, serão fixados, ex- IV - estar quite com as obrigações militares;
clusivamente, por proposição de competência da Mesa da
Câmara, na forma da LOMA e do Regimento Interno. V - ter bons antecedentes;

§ 2º É vedada a vinculação ou equiparação de quais- VI - gozar de boa saúde, comprovada em exame mé-
quer espécies remuneratórias para efeito de remuneração dico;
de pessoal do QEL, inclusive extensão de benefícios de
quaisquer espécies concedidos pelo Executivo aos órgãos VII - possuir aptidão para o exercício da função;
e entidades que integram sua estrutura organizacional, na
forma do disposto no art. 37, XIII da Constituição Federal VIII - ter-se habilitado previamente em concurso, res-
(CF) com as alterações introduzidas pela Emenda Constitu- salvadas as exceções previstas em lei;
cional (EC) n°. 19/98.
IX - ter atendido às condições especiais prescritas em
Art. 25. Ficam recepcionadas por este Estatuto as nor- lei ou regulamento para acesso aos cargos e funções de
mas da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada careiras.
pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e legis-
lação trabalhista correlata para reger os direitos constitu- Art. 30. Os concursos serão regidos por EDITAL a ser
cionais do trabalhador aplicáveis aos servidores ocupantes expedido pela Mesa Diretora, do qual constarão:
de cargo público de que trata o art. 39 § 3o. cc art. 7º, IV,
VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX da I - se o concurso será de provas, ou de provas e títulos;
Constituição Federal (CF), em tudo aquilo que não conflitar
com as normas estatuídas por esta lei. II - as condições específicas para provimento do cargo
ou emprego referente a:
Art. 26. O pessoal admitido para emprego público do
legislativo, inclusive contratações temporárias de excepcio- a) diplomas ou experiência de trabalho;
nal interesse público, terá sua relação de trabalho regida,
b) aptidão física;

11
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

c) limites de idade. III - o prazo de validade da seleção.

III - O tipo e o conteúdo das provas; Art. 33. A contratação de pessoal, em caráter tempo-
rário e/ou eventual, de que trata o inciso IX do artigo 37 da
IV - A forma de julgamento das provas e dos títulos; Constituição Federal, ocorrerá:

V - Os critérios de habilitação e da classificação; I - para desempenho de atividades técnico-profissio-


nais em áreas relacionadas à elaboração legislativa, fiscali-
VI - O prazo de validade do concurso. zação de contas do executivo e suporte às comissões espe-
ciais, cuja especificidade ou transitoriedade não justifique
Parágrafo único. Para as contratações temporárias, po- o provimento de cargo efetivo;
derá ser realizada seleção simplificada, inclusive através da
análise de “curriculum”, títulos e entrevista. II - para desempenho de atividades técnico-profissio-
nais excedentes para as quais não se justifique a criação de
Art. 31. Os concursos serão julgados por Comissão em cargos ou empregos ou enquanto os empregos ou cargos
que pelo menos um dos membros seja estranho ao serviço ainda não tenham sido criados por lei;
público municipal.
III - para substituições eventuais, observado o disposto
Art. 32. A investidura nos cargos e funções do Quadro no § 3º do artigo anterior.
Especial do Legislativo far-se-á através de:
Art. 34. O contrato de trabalho para emprego público
I - investidura original efetiva para os cargos efetivos, somente será rescindido por ato unilateral da Administra-
para a qual é exigido concurso público de provas ou de ção Pública nas seguintes hipóteses:
provas e títulos;
I - prática de falta grave, dentre as enumeradas no art.
II - investidura original em comissão, para os cargos em
482 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT;
comissão providos por pessoal não pertencente aos Qua-
dros Efetivos da Câmara Municipal;
II - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções
públicas;
III - investidura derivada, através de portaria da Presi-
dência da Câmara, para funções gratificadas, funções de
confiança e cargos em comissão providos por pessoal per- III - necessidade de redução de quadro de pessoal, por
tencente aos QEL; excesso de despesa, nos termos da lei complementar a que
se refere o art. 169, “caput”, da Constituição Federal;
IV - contratação temporária, para empregos com vín-
culo Temporário, nos termos do disposto no art. 37, inciso IV - Insuficiência de desempenho, apurada em procedi-
IX, da CF. mento no qual se assegurem pelo menos um recurso hie-
rárquico dotado de efeito suspensivo, que será apreciado
§ 1º A nomeação para os cargos em comissão recairá, em trinta dias, e o prévio conhecimento dos padrões mí-
preferencialmente, em ocupantes de cargos da área técni- nimos exigidos para continuidade da relação de emprego,
ca, obedecidos os pré-requisitos legais para a investidura. obrigatoriamente estabelecidos de acordo com as peculia-
ridades das atividades exercidas.
§ 2º Na hipótese da inexistência de pessoal efetivo habili-
tado para a nomeação de que trata o parágrafo anterior, será Da Política Remuneratória
nomeado outro profissional do Quadro ou fora dele, que se-
jam detentores dos pré-requisitos legais para o seu exercício. Art. 35. A política remuneratória para o QEL instituída
por esta Lei obedecerá o que dispõe o Art. 39 e §§ da CF,
§ 3º A contratação temporária, de que trata o inciso IV com alterações introduzidas pela EC 19/98, e está baseada
do “caput” deste artigo, recairá preferencialmente sobre os na progressão em planos de carreira, fundamentada nos
aprovados em concurso público que não lograram ainda a princípios de qualificação profissional continuada e desem-
escolha de vagas ou, à falta destes, através de seleção sim- penho funcional, com a finalidade de assegurar a continui-
plificada, conforme regulamento a ser expedido pela Mesa dade da ação administrativa e a eficiência da prestação do
Diretora da Câmara. serviço público, mediante critérios objetivos de avaliação
a serem fixados por Ato da Mesa Diretora da Câmara, do
§ 4º Do regulamento de que trata o parágrafo anterior, qual constarão os quesitos próprios para as diversas áreas
deverão constar, dentre outros: de atuação de cada classe, especialmente:

I - as condições da contratação; I - Escolaridade e qualificação para o serviço – realiza-


ção, pelo servidor, de cursos e treinamentos que melhorem
II - a natureza e pontuação dos títulos a serem avaliados; seu desempenho funcional;

12
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

II - Produtividade – atingimento de metas de produ- computadas para efeito de outros acréscimos, na forma do
ção, traçadas individualmente para cada servidor, órgão, disposto no art. 37, XIV da CF com alterações introduzidas
ou Unidade de Gerenciamento, observadas as condições pela EC 19/98, não se incorporando, em nenhuma hipóte-
específicas para o desempenho das atividades; se, à remuneração do servidor.

III - Cumprimento de normas administrativas - em es- § 4º Não poderão, em hipótese alguma, serem atribuí-
pecial assiduidade, pontualidade, cumprimento das ordens das funções gratificadas e/ou funções de confiança cumu-
lícitas emanadas pelo superior hierárquico e regularidade lativamente, nem serem investidos nos mesmos servidores
na prestação dos serviços ao seu encargo, inclusive cum- vinculados à Câmara mediante contrato de trabalho por
primento de prazos, civilidade no atendimento ao público tempo determinado.
e nas relações interpessoais;
§ 5º Os servidores indicados através de ATO da Presi-
IV - Cumprimento das normas técnicas e éticas no de- dência para responder pelo Controle Interno do Legislati-
sempenho profissional – cumprimento das normas fixadas vo, farão jus a função gratificada de que trata este artigo
pelas diversas instituições reguladoras para desempenho no valor fixo, calculado em 20% (vinte por cento) sobre a
de atividades e/ou exercício da profissão. referência básica do cargo de origem do servidor, fixado
em Lei, proporcional aos dias trabalhados na função gratifi-
Art. 36. A remuneração dos servidores do QEL deve ser cada, aplicando-se aos mesmos o disposto nos parágrafos
compatível com as atribuições e responsabilidades de cada 2º ao 4º deste artigo. (Incluído pela Lei Municipal nº 7.411,
classe, respeitado o suporte financeiro da Câmara Muni- de 2.011)
cipal, procurando acompanhar a política salarial vigente
no mercado regional, a fim de que a Administração possa § 6º A regulamentação referente ao Controle Interno
manter um quadro de pessoal eficiente e motivado. será feita através de Resolução da Mesa Diretora da Câma-
ra Municipal de Araraquara. (Incluído pela Lei Municipal nº
Art. 37. A designação de servidores da Câmara Munici- 7.411, de 2.011)
pal para compor o Conselho de Política de Administração e
Remuneração de que trata o art. 39 “caput” da Constituição
§ 7º Os servidores indicados através de ATO da Pre-
Federal recairá exclusivamente sobre ocupantes de cargos
sidência para responder pela Comissão de Licitação, Pre-
efetivos do QEL, na forma do que dispuser a legislação es-
goeiro e Equipe de Apoio do Legislativo, farão jus a uma
pecífica.
gratificação por licitação concluída, cujo valor será fixado
através de ATO da Mesa Diretora. (Incluído pela Lei Munici-
Art. 38. Fica estabelecida a data de 1º de março de
pal nº 7.762, de 2012)
cada ano para a revisão geral anual da remuneração do
pessoal da Câmara Municipal, observada a competência
do Poder Legislativo de legislar sobre a matéria, na forma § 8º A regulamentação referente a Comissão de Licita-
do disposto no artigo 37, inciso X, da Constituição Federal. ção, Pregoeiro e Equipe de Apoio do Legislativo será feita
(Vide Lei Municipal n° 6.710, de 2.008) (Vide Lei Municipal através de ATO da Mesa Diretora da Câmara Municipal de
nº 7.609, de 2.011) Araraquara. (Incluído pela Lei Municipal nº 7.762, de 2012)

Da Função Gratificada e da Substituição de Pessoal do QEL Art. 40. O servidor do QEL que vier a substituir cumu-
lativamente as funções de um outro cargo em virtude da
Art. 39. No interesse do serviço e a critério da Pre- ausência, a qualquer título, de seu titular, fará jus a per-
sidência da Câmara, poderá ser atribuída a um servidor ceber uma complementação remuneratória equivalente à
do QEL função de confiança ou função gratificada, para diferença entre o vencimento base de seu cargo e do cargo
o exercício de atividades de encarregatura, coordenação, que vier a ocupar em virtude da substituição, proporcional
avaliação, e resolução de problemas técnicos e operacio- aos dias trabalhados como substituto.
nais e outros inerentes à sua área de atuação.
§ 1º Caso não haja diferença salarial a maior entre o
§ 1º A remuneração das funções gratificadas de que vencimento do substituto e do substituído, o substituto
trata o “caput” deste artigo corresponderá a um valor fixo, fará jus ao recebimento de 30% (trinta por cento) sobre o
calculado 30% (trinta por cento) sobre a referência básica valor de seu vencimento base, proporcional aos dias traba-
do cargo de origem do servidor, fixado em Lei, proporcio- lhados como substituto. (Redação dada pela Lei Municipal
nal aos dias trabalhados na função gratificada. nº 6.915, de 2.008)

§ 2º As gratificações de funções de que trata este arti- § 1A. A no caso de substituição entre Procurador Ju-
go, serão concedidas pela Presidência através de Portarias. rídico e Assessor Jurídico, o substituto sempre fará jus ao
recebimento de 30% sobre o valor de seu vencimento base,
§ 3º As gratificações de funções de que trata este ar- proporcional aos dias trabalhados em substituição. (Incluí-
tigo, concedidas pela Presidência através de Portarias, se- do pela Lei Municipal nº 7.040, de 2.009)
rão pagas apenas durante o efetivo exercício e não serão

13
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

§ 2º Para efeitos do disposto no caput são cargos que Art. 43. O Presidente da Câmara Municipal fica autori-
comportam substituição: Direção, Assessoria, Chefia, En- zado a criar o banco de horas através da expedição de ato.
carregatura e outros em que o titular seja responsável por
área ou setor. Art. 44. O tempo excedente à jornada diária que os
servidores efetivos pertencentes ao QEL permanecerem em
§ 3º Em situações não previstas no parágrafo anterior, cursos e treinamentos para aperfeiçoamento profissional,
devidamente comprovada necessidade de serviço, pela comprovado por certificado ou qualquer outro documento
chefia imediata em conjunto com a respectiva diretoria, fi- hábil, poderá ser compensado até o último dia do mês sub-
cará a critério da presidência a designação de substituto, seqüente, mediante autorização da chefia imediata. (Reda-
com direito a remuneração nos moldes do caput. ção dada pela Lei Municipal nº 6.915, de 2.008)
§ 4º O servidor deverá preencher os pré-requisitos exi- Art. 45. A hora noturna será remunerada com acrés-
gidos para a investidura do cargo que vier a acumular ou
cimo de 20% (vinte por cento), não se incorporando este
substituir, excluindo-se o requisito da temporalidade.
adicional à remuneração, em nenhuma hipótese.
§ 5º Um servidor que acumule atribuições de um cargo
a ele subordinado não fará jus a diferença remuneratória. Parágrafo único. Considera-se noturno o trabalho
exercido após as 22 (vinte e duas) horas, nos termos do
§ 6º A substituição será paga durante o período em artigo 73 da CLT.
que perdurar a acumulação, juntamente com o vencimento.
Art. 46. É vedado o pagamento de horas extras a servi-
§ 7º Para cômputo do valor da acumulação, o valor do dor do quadro sem prévia e expressa autorização do Presi-
vencimento base do cargo acumulado será divido por 30 dente da Câmara, com parecer favorável da Administração
(trinta), multiplicando-se o valor resultante pelo número de Geral, sob pena da aplicação das penalidades previstas no
dias em que se der a acumulação. regime jurídico dos servidores públicos municipais.

§ 8º Quando um servidor substituir o titular de um Parágrafo único. A Mesa da Câmara disciplinará, por
outro cargo, o mesmo ficará dispensado durante a substi- ato próprio, a forma de controle de ponto e os casos de
tuição das atribuições inerentes a seu cargo, exceto o As- dispensa.
sessor Jurídico e Procurador Jurídico.
Art. 47. Além daqueles previstos em outras normas
§ 9º As substituições far-se-ão a critério do superior desta Lei, o integrante do QEL tem direito a:
imediato.
I - receber assistência técnica que o auxilie a melhorar
Art. 41 Fica autorizada a admissão de substitutos para o desempenho funcional;
cargos em comissão do Gabinete do Vereador e do Presi-
dente; do Chefe de Gabinete da Presidência, do Assessor de II - dispor de material adequado ao exercício de suas
Segurança do Gabinete da Presidência e dos Assessores de funções;
Imprensa, cujos titulares tenham sido legalmente afastados
por motivo de concessão dos benefícios de “auxílio doença”, III - escolher com liberdade os processos e métodos
“auxílio-acidente” ou “licença-maternidade”, pelo INSS, des-
para desempenho das atividades profissionais, dentro dos
de que o afastamento seja igual ou superior a trinta (30) dias.
princípios e objetivos fixados pela Câmara Municipal;
(Redação dada pela Lei Municipal nº 7.120, de 2.009)

§ 1º No caso de conversão em aposentadoria de quais- IV - receber remuneração por serviço extraordinário,


quer dos benefícios descritos neste artigo cessará o contra- desde que convocado, na forma da legislação vigente;
to do servidor substituto, restando facultada a contratação
de novo titular para o cargo em vacância. V - receber igualdade de tratamento no plano técnico;

§ 2º A admissão do substituto de que trata este artigo VI - participar do processo de planejamento de sua re-
se fará em comissão, devendo o substituto ser imediata- partição, dos órgãos de assessoramento e dos fóruns de
mente exonerado do cargo quando do retorno do titular. participação popular (conselhos), sempre que indicado le-
galmente para exercício da função;
Da Jornada de Trabalho
VII - gozar férias anuais de, no mínimo, 30 (trinta) dias,
Art. 42. Os profissionais do QEL exercerão suas ativi- de acordo com o calendário fixado pela Administração Ge-
dades em jornada básica de 30 (trinta) horas semanais. ral e legislação vigente.

Parágrafo único. Os servidores que ocupam os cargos Art. 48. O integrante do QEL tem o dever constante de
em comissão do QEL exercerão suas atividades em jorna- considerar a relevância social de suas atribuições, manten-
da de trabalho livre. do conduta moral e funcional adequada à dignidade pro-

14
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

fissional, em razão da qual, além das obrigações previstas I – eficiência; (Redação dada pela Lei Municipal nº
em outras normas, deverá: 6.915, de 2.008)

I - conhecer e respeitar as leis; II - idoneidade moral; (Redação dada pela Lei Munici-
pal nº 6.915, de 2.008)
II - preservar os princípios, os ideais e os fins da Câmara
Municipal, através de seu desempenho profissional; III - aptidão; (Redação dada pela Lei Municipal nº 6.915,
de 2.008)
III - empenhar-se em prol do desenvolvimento do ser-
viço público, utilizando processos que acompanhem o pro- IV - disciplina; (Redação dada pela Lei Municipal nº
gresso científico; 6.915, de 2.008)

IV - participar das atividades de planejamento que lhe V - assiduidade; (Redação dada pela Lei Municipal nº
forem atribuídas por força de suas funções; 6.915, de 2.008)

V - comparecer ao local de trabalho com assiduidade e VI - dedicação ao serviço. (Redação dada pela Lei Mu-
pontualidade, executando suas tarefas com eficiência, zelo nicipal nº 6.915, de 2.008)
e presteza;
§ 1º As chefias imediatas dos servidores sujeitos a es-
VI - manter espírito de colaboração e solidariedade tágio probatório, quatro meses antes do término deste, en-
com os demais profissionais do quadro e com a comuni- caminharão à Comissão de Estágio Probatório relatório da
dade em geral; avaliação do desempenho do servidor, contendo o resulta-
do da avaliação continuada a que o mesmo foi submetido
VII - incentivar a participação, o diálogo e a cooperação e o seu parecer, por escrito, pela demissão ou concessão
da comunidade em geral na construção de uma sociedade
da estabilidade. (Redação dada pela Lei Municipal nº 6.915,
democrática, baseada na participação cidadã e no controle
de 2.008)
da sociedade sobre a Administração Pública;
§ 1º A - A avaliação continuada de que trata o pará-
VIII - respeitar os cidadãos como sujeitos do processo,
grafo primeiro será feita mediante preenchimento semes-
observando em sua conduta profissional os aspectos cul-
tral de tabelas de avaliação de desempenho, perfazendo o
turais, hábitos e condições socioeconômicas para acesso a
total de cinco. (Redação dada pela Lei Municipal nº 6.915,
bens e serviços públicos;
de 2.008)
IX - comunicar à autoridade imediata as irregularida-
des de que tiver conhecimento, na sua área de atuação, ou § 2º Em seguida a Comissão de Estágio Probatório for-
às autoridades superiores, no caso de omissão por parte mulará parecer escrito, opinando sobre o merecimento do
da primeira; estagiário, em relação a cada um dos requisitos, concluindo
a favor da demissão ou da concessão de estabilidade ao ser-
X - zelar pela defesa dos direitos profissionais e pela vidor. (Redação dada pela Lei Municipal nº 6.915, de 2.008)
reputação da categoria profissional;
§ 3º Desse parecer, se contrário à estabilidade, será
XI - fornecer elementos para a permanente atualização dada vista ao estagiário pelo prazo de 10 (dez) dias. (Reda-
de seus assentamentos junto aos órgãos da Administração. ção dada pela Lei Municipal nº 6.915, de 2.008)

Art. 49. É vedada a investidura de parentes consan- § 4º Julgando o parecer e a defesa, o Presidente da
güíneos ou afins, até o terceiro grau, ou por adoção, e de Câmara expedirá Portaria concedendo estabilidade ao ser-
cônjuges dos Vereadores para cargo ou emprego do QEL, vidor, para apostilamento em seu assentamento pessoal,
salvo os concursados. (Redação dada pela Lei Municipal nº ou de demissão, se contrário a sua permanência. (Redação
7.040, de 2.009) dada pela Lei Municipal nº 6.915, de 2.008)

Estágio Probatório Art. 51. A apuração dos requisitos, de que trata o arti-
go anterior, deverá processar-se de modo que a demissão
Art. 50. O servidor do legislativo nomeado em caráter do servidor possa ser feita antes de findo o período de es-
efetivo para cargo ou emprego público, fica sujeito ao es- tágio. (Redação dada pela Lei Municipal nº 6.915, de 2.008)
tágio probatório de três anos de exercício ininterrupto, em
que serão apurados por Comissão de Estágio Probatório, Parágrafo único. O pronunciamento da Administração
constituída por Ato da Mesa Diretora para fins do disposto sobre a avaliação do estágio probatório do servidor é con-
no art. 41 § 4o. da CF com alterações introduzidas pela EC dição para aquisição da estabilidade, incorrendo em abuso
N° 19/98 os seguintes requisitos de desempenho: (Reda- de poder por omissão o agente que deixar de pronunciar-
ção dada pela Lei Municipal nº 6.915, de 2.008) -se sobre a matéria nos prazos previstos nesta lei.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Art. 51A. Após a expedição da Portaria concessora Art. 54. A avaliação de desempenho obedecerá os
de estabilidade, o Setor de Recursos Humanos remeterá princípios da legalidade, moralidade, publicidade, eficiên-
os documentos relacionados nos parágrafos 1º, 1º-A, 2º e cia, contraditório e ampla defesa.
3º do artigo 50 à Comissão de Avaliação de Desempenho
prevista no artigo 55, que decidirá sobre a progressão fun- § 1º O órgão ou a entidade dará conhecimento prévio
cional com base nos critérios de avaliação utilizados para a seus servidores dos critérios, das normas e dos padrões
fins de estabilidade. (Incluído pela Lei Municipal nº 6.915, a serem utilizados para a avaliação de desempenho de que
de 2.008) trata esta Lei.

§ 1º A Comissão de Avaliação de Desempenho avaliará § 2º A avaliação de desempenho de que trata esta Lei
os documentos relacionados no caput e decidirá, no prazo será realizada mediante a observância dos seguintes crité-
improrrogável de 10 dias úteis, sobre a concessão, ou não, rios de julgamento:
da progressão funcional do servidor avaliado. (Incluído
pela Lei Municipal nº 6.915, de 2.008) I - qualidade de trabalho;

§ 2º A decisão pela não concessão da progressão funcio- II - produtividade no trabalho;


nal será fundamentada, explicitando os motivos que levaram
à decisão. (Incluído pela Lei Municipal nº 6.915, de 2.008) III - iniciativa;

Do Plano de Cargos e Salários IV - presteza;

Art. 52. Os cargos e empregos integrantes do Qua- V - aproveitamento em programas de capacitação;


dro de Cargos de Provimento Efetivo da Câmara Municipal
de Araraquara estão divididos em grupos ocupacionais, de VI - assiduidade;
acordo com o grau de responsabilidade e complexidade de
VII - pontualidade;
suas atribuições, observados os critérios estabelecidos nes-
ta lei. (Redação dada pela Lei Municipal nº 6.915, de 2.008)
VIII - administração do tempo;
Art. 53. As progressões do QEL ocorrerão na forma
IX - uso adequado dos equipamentos de serviço.
horizontal, dependendo do resultado da avaliação de de-
sempenho prevista nesta lei, consistindo na passagem do X - disciplina. (Incluído pela Lei Municipal nº 6.915, de
servidor do padrão de vencimento em que este se encon- 2.008)
trar para o seguinte.
§ 3º Os critérios de julgamento a que se refere o pa-
§ 1º A progressão mencionada no caput deste artigo rágrafo anterior poderão ser adaptados, em conformidade
só poderá ocorrer após a conclusão de três avaliações, ou, com as peculiaridades das funções do cargo exercido pelo
no caso de servidores recém-aprovados em estágio proba- servidor.
tório, na forma do artigo 51-A, após a concessão da estabi-
lidade. (Redação dada pela Lei Municipal nº 6.915, de 2.008) § 4º O regulamento de avaliação será fixado por Ato
da Mesa Diretora da Câmara Municipal.
§ 2º A progressão de que trata o caput deste artigo será
aplicada somente para os cargos de provimento efetivo. § 5º Na avaliação será considerada a escala de pon-
tuação e classificação a ser fixada em tabela própria pelo
Art. 53A. A progressão de que trata o caput do artigo regulamento previsto no parágrafo 4º.
53 será aplicada somente para os empregos e cargos de
provimento efetivo. (Incluído pela Lei Municipal nº 6.915, Do Processo de Avaliação
de 2.008)
Art. 55. A avaliação de desempenho será realizada por
§ 1º Os servidores com direito a progressão funcional comissão de avaliação composta por três servidores efetivos
que estiverem ocupando função de confiança ou gratifi- e estáveis, sendo um o superior imediato do avaliado e dois
cada, ou que estiverem substituindo cumulativamente as nomeados por Ato da Mesa Diretora da Câmara Municipal.
funções de outro cargo, serão avaliados na função que
estiverem exercendo, mas a progressão se dará no venci- § 1º A avaliação de desempenho, de que trata o caput
mento do cargo de origem. (Incluído pela Lei Municipal nº deste artigo, será aplicada anualmente aos servidores está-
6.915, de 2.008) veis. (Redação dada pela Lei Municipal nº 6.915, de 2.008)

§ 2º Os acréscimos pecuniários da progressão funcio- § 1A. A avaliação para efeitos de progressão funcional
nal somente serão percebidos pelo servidor quando ele dos servidores recém-aprovados em estágio probatório
voltar a exercer as atribuições do cargo de origem. (Incluí- será feita na forma prevista no artigo 51-A. (Incluído pela
do pela Lei Municipal nº 6.915, de 2.008) Lei Municipal nº 6.915, de 2.008)

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

§ 1B. Os servidores estáveis que estiverem ocupando Art. 57A. O servidor, com mais de cinco anos de efeti-
função de confiança serão avaliados nessa função e, sendo vo exercício, que tenha exercido ou venha a exercer cargo
aprovados, a progressão ocorrerá no cargo de origem. (In- ou função que lhe proporcione remuneração superior à do
cluído pela Lei Municipal nº 7.040, de 2.009) cargo de que seja titular, ou função para a qual foi admitido,
incorporará um décimo dessa diferença, por ano, até o limi-
§ 1C. No caso do parágrafo anterior, o servidor fará te de dez. (Incluído pela Lei Municipal nº 7.226, de 2.010)
jus à percepção da remuneração do cargo ou emprego ou
da função de confiança, o que for maior. (Incluído pela Lei Do Treinamento Técnico do Servidor com Desempe-
Municipal nº 7.040, de 2.009) nho Insatisfatório ou Regular

§ 2º A avaliação de desempenho de que trata o “caput” Art. 58. O termo de avaliação anual, quando concluir
deste artigo incluirá uma auto-avaliação, cujo formato e pelo desempenho insatisfatório do servidor, indicará as
critérios serão definidos no regulamento de que trata o pa- medidas de correção, em especial às destinadas a promo-
rágrafo 4º, do artigo 54. ver a respectiva capacitação ou treinamento, se necessá-
rias.
§ 3º (Revogado pela Lei Municipal nº 7.040, de 13 de
julho de 2.009) Art. 59. O termo de avaliação obrigatoriamente relata-
rá as deficiências identificadas no desempenho do servidor,
§ 4º Os conceitos de avaliação a serem considerados considerados os critérios de julgamento previstos nesta Lei.
no julgamento serão: satisfatório para quem atinja no mí-
nimo 60% (sessenta por cento) de aproveitamento ou in- Art. 60. As necessidades de capacitação ou treinamen-
satisfatório para quem não atinja este percentual mínimo, to do servidor, cujo desempenho tenha sido considerado
conforme critérios objetivos de pontuação estabelecidos insatisfatório, serão consideradas e priorizadas no plane-
no regulamento, sendo obrigatória a indicação dos fatos, jamento do setor onde estiver lotado o servidor avaliado.
das circunstâncias e dos demais elementos de convicção
no termo final de avaliação. Da Perda do Cargo Público por Insuficiência de
Desempenho
§ 5º É assegurado ao servidor o direito de acompanhar
todos os atos de instrução do processo que tenha por ob- Do Processo de Desligamento
jeto a avaliação de seu desempenho.
Art. 61. O servidor avaliado somente será demitido,
§ 6º (Revogado pela Lei Municipal nº 7.040, de 13 de por insuficiência de desempenho, após a conclusão de
julho de 2.009) processo administrativo disciplinar especificamente vol-
tado para essa finalidade, em que lhe serão assegurados
§ 7º Para efeitos da progressão horizontal, ao final o contraditório e a ampla defesa. (Redação dada pela Lei
de três avaliações de desempenho, os servidores estáveis Municipal nº 6.915, de 2.008)
deverão atingir, no mínimo, 60% (sessenta por cento) em
cada avaliação. Parágrafo único. Para efetivação do disposto no caput
deste artigo, o servidor avaliado deverá, obrigatoriamente,
Art. 56. O servidor será notificado do conceito anual possuir:
que lhe for atribuído, para que, no prazo de 10 (dez) dias,
apresente recurso voluntário ao Administrador Geral. (Re- I - dois conceitos sucessivos de desempenho insatis-
dação dada pela Lei Municipal nº 7.040, de 2.009) fatório, conforme escala de pontuação a ser definida em
regulamento previsto nesta lei; ou
Parágrafo único. Ao interessado será dada ciência da
decisão do recurso. (Incluído pela Lei Municipal nº 7.040, II - três conceitos interpolados de desempenho insatis-
de 2.009) fatório nas últimas cinco avaliações.

Art. 56A. A avaliação será homologada pela Presidên- Da Contagem dos Prazos
cia da Câmara, dela dando-se ciência ao interessado. (In-
cluído pela Lei Municipal nº 7.040, de 2.009) Art. 62. Os prazos previstos nesta Lei começam a cor-
rer a partir da data da cientificação ou publicação na im-
Art. 57. Os conceitos anuais atribuídos ao servidor, os prensa local, excluindo-se da contagem o dia do início e
instrumentos de avaliação e os respectivos resultados, a incluindo-se o do vencimento.
indicação dos elementos de convicção e prova dos fatos
narrados na avaliação, os recursos interpostos, bem como § 1º Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro
as metodologias e os critérios utilizados na avaliação, serão dia útil seguinte se o vencimento recair em dia em que não
arquivados em processos individuais, permitida a consulta houver expediente ou se este for encerrado antes do ho-
do servidor avaliado, mediante requerimento formal. rário normal.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

§ 2º Os prazos previstos nesta Lei contam-se em dias § 2º O Presidente da Comissão designará um servi-
corridos. dor do legislativo para secretariá-la, podendo ser investido
dessa incumbência um dos membros da Comissão.
Art. 63. Salvo motivos de força maior devidamente
comprovado, os prazos processuais previstos nesta Lei Art. 71. A autoridade processante, sempre que neces-
não serão prorrogados. sário, dedicará todo o tempo aos trabalhos do processo,
ficando seus membros, em tal caso dispensados dos servi-
Das Sindicâncias ços na repartição, durante o curso das diligências e a ela-
boração do relatório.
Art. 64. A autoridade que tiver ciência ou notícia de
irregularidades no serviço público praticada por servidor Art. 72. O prazo para a realização do processo admi-
do legislativo é obrigada a comunicá-la à Administração nistrativo será de 30 (trinta) dias, prorrogável por mais 30
Geral para sua apuração imediata por meio de sindicância (trinta) dias, mediante autorização de autoridade que de-
administrativa, observado o disposto no art. 19 desta lei. terminou sua instauração e nos casos de força maior, fican-
do automaticamente extinta a Comissão que não concluir
Parágrafo único. A autoridade que determinar a ins- seus trabalhos nos prazos previstos neste artigo.
tauração de sindicância fixará o prazo nunca inferior a 30
(trinta) dias para a sua conclusão, prorrogáveis até o máxi- § 1º A autoridade processante, imediatamente após
mo de 15 (quinze) dias a vista de representação motivada receber o expediente de sua designação, dará inicio ao
do sindicante, ficando automaticamente extinta a Comis- processo, determinando a citação pessoal do indiciado, a
são que não concluir seus trabalhos nos prazos previstos fim de que possa acompanhar todas as fases do processo,
neste artigo. marcando dia para a tomada de seu depoimento.
Art. 65. As sindicâncias serão abertas por Portaria ex- § 2º Achando-se o indiciado em lugar incerto será ci-
pedida pelo Presidente da Câmara, em que se indiquem tado por Edital com prazo de 15 (quinze) dias.
seu objeto e comissão de 3 (três) servidores do legislativo
para realizá-la.
§ 3º Se o fundamento do processo for o abandono
do cargo ou função, a autoridade processante fará divulgar
Art. 66. O processo das sindicâncias será sumário, fei-
Edital de chamamento pelo prazo de 15(quinze) dias.
tas as diligências necessárias à apuração das irregularida-
des e ouvido o indiciado e todas as pessoas envolvidas nos
Art. 73. A autoridade processante procederá a todas
fatos bem como peritos e técnicos necessários ao esclare-
cimento de questões especializadas. as diligencias necessárias ao esclarecimento do fato, recor-
rendo quando preciso for a técnicos e peritos.
Art. 67. Terminada a instrução da sindicância, a auto-
ridade sindicante apresentará em relatório circunstanciado Art. 74. Não poderá ser encarregado de proceder a
o que foi apurado, sugerindo o que julgar cabível ao sa- sindicância nem fazer parte da Comissão Processante, mes-
neamento das irregularidades e punição dos culpados ou mo como secretario desta, parente, consangüíneo ou afim,
a abertura de processo administrativo se forem apuradas em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, do
infrações puníveis com as penas de demissão, cassação de denunciante ou indiciado como o subordinado deste.
aposentadoria ou de disponibilidade.
Parágrafo único. Ao servidor designado incumbirá
Do Processo Administrativo comunicar, desde logo, autoridade competente, o impedi-
mento que houver, de acordo com este artigo.
Art. 68. As penas de demissão de servidor do legislati-
vo, de cassação de aposentadoria ou de disponibilidade só Art. 75. Os atos, diligências, depoimentos e as infor-
poderão ser aplicadas em processo administrativo, em que mações técnicas e periciais serão reduzidas a termos nos
se assegure plena defesa do processado. autos do processo.

Art. 69. O Processo Administrativo será instaurado § 1º Dispensar-se-á o termo, no caso de informações
pelo Presidente da Câmara mediante Portaria, em que es- técnicas ou perícia, se constar de laudo junto aos autos.
pecifique o seu objeto e designe a autoridade processante.
§ 2º Os depoimentos testemunhais serão tomados em
Art. 70. O processo administrativo será realizado por audiência sempre que possível na presença do indiciado e
uma Comissão composta de 3 (três) servidores do legislati- de seu defensor, para tanto devidamente cientificados.
vo nomeados na forma do artigo anterior.
§ 3º É facultado ao indiciado ou seu defensor pergun-
§ 1º O Presidente da Câmara, no ato da designação da tar às testemunhas por intermédio do presidente, que po-
Comissão Processante, indicará um de seus membros para derá indeferir as perguntas que não tiverem conexão com
presidi-la e dirigir-lhe os trabalhos. a falta, consignando-se no termo as perguntas indeferidas.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

§ 4º Quando a diligencia requerer sigilo e defesa do I - se discordar das conclusões do relatório, designará
interesse público, dela só dará ciência ao indiciado depois outra comissão ou autoridade para reexaminar o processo,
de realizada. e, no prazo máximo de 5 (cinco) dias, propor o que enten-
der cabível, ratificando ou não o relatório.
Art. 76. Se as irregularidades objeto do processo ad-
ministrativo constituírem crime, a autoridade processante II - se acolher as conclusões do relatório da autoridade
encaminhará cópia das peças necessárias ao órgão compe- processante, no prazo máximo de 5 (cinco) dias:
tente para a instauração do inquérito policial.
a) aplicará a pena proposta se for competente;
Da Defesa do Indiciado
b) remeterá o processo ao Presidente da Câmara,
Art. 77. A autoridade processante assegurará ao indi- com sua manifestação, para aplicação da pena sugerida.
ciado todos os meios indispensáveis à sua plena defesa.
Art. 83. O Presidente deverá proferir a decisão no pra-
§ 1º O indiciado poderá constituir procurador para tra- zo de 10 (dez) dias, prorrogáveis por mais 5 (cinco).
tar de sua defesa.
§ 1º Se o processo não for decidido no prazo deste
§ 2º No caso de revelia, a autoridade processante, de- Art., o indiciado reassumirá automaticamente o exercício
signará, de oficio, um funcionário ou advogado que se in- do cargo aguardando aí o julgamento.
cumba da defesa do indiciado revel.
§ 2º No caso de alcance ou malversação de dinheiro
Art. 78. Tomado o depoimento do indiciado, terá ele público apurado nos autos, o afastamento se prolongará
vista do processo na repartição pelo prazo de 5 (cinco) dias, até a decisão final do processo administrativo.
para preparar sua defesa prévia e requerer provas que de-
seje produzir. Havendo dois ou mais indiciados o prazo será Art. 84. Da decisão final do processo, são admitidos os
comum de 10(dez) dias, após o depoimento do último deles. recursos e pedidos de recomposição previstos dirigidos ao
Presidente da Câmara.
Art. 79. Encerrada a instrução do processo, a autori-
dade processante abrirá vista dos autos ao indiciado ou Art. 85. O servidor só poderá ser demitido a pedido,
seu defensor para, no prazo máximo de 15 (quinze) dias, após a conclusão definitiva do processo administrativo a que
apresentar suas razões de defesa final. estiver respondendo e desde que reconhecida sua inocência.

Parágrafo único. A vista dos autos será dada na repar- Art. 86. A decisão definitiva proferida em processo
tição onde estiver funcionando a autoridade processante administrativo, só poderá ser alterada através do processo
e sempre na presença de um funcionário devidamente au- de revisão.
torizado.
Da Revisão do Processo Disciplinar
Da Decisão do Processo Administrativo
Art. 87. A qualquer tempo poderá ser requerida a re-
Art. 80. Apresentada a defesa final do indiciado, a visão da sindicância ou do processo administrativo de que
autoridade processante apreciará todos os elementos do resultou a pena disciplinar, quando se aduzirem fatos ou
processo, apresentando o seu relatório, no qual proporá circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do re-
justificadamente, a absolvição ou a pena cabível e seu fun- querente.
damento legal.
§ 1º A revisão só poderá ser requerida pelo servidor
Parágrafo único. O relatório e todos os elementos punido, salvo o disposto no parágrafo seguinte.
dos autos serão remetidos à autoridade que determinou a
abertura do processo no prazo de 10(dez) dias, a contar da § 2º Tratando se de funcionário falecido ou desapare-
apresentação da defesa final. cido, a revisão poderá ser requerida por qualquer pessoa
constante do seu assentamento individual.
Art. 81. A autoridade processante ficará à disposição
da autoridade competente, até a decisão final do processo Art. 88. Correrá a revisão em apenso aos autos do pro-
para prestar qualquer esclarecimento julgado necessário. cesso ordinário.

Art. 82. Recebida a defesa final do indiciado, a auto- Parágrafo único. Não constitui fundamento para a revi-
ridade que determinou a abertura do processo, apreciará são a simples alegação de injustiça da penalidade.
as conclusões da autoridade processante, tomando as se-
guintes providências, no prazo máximo de 5 (cinco) dias: Art. 89. Na inicial, o requerente pedirá dia e hora para
inquirição das testemunhas que arrolar.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Art. 90. Concluído o encargo da Comissão Revisora, TÍTULO IV


em prazo que não excederá 30 (trinta) dias será o processo, Disposições Finais
com o respectivo relatório, encaminhado ao Presidente da
Câmara, que julgará no prazo de 30 (trinta) dias. Art. 94. Fica o Presidente da Câmara, em nome do le-
gislativo, autorizado a firmar convênios ou contratos, com
Art. 91. Julgada procedente a revisão, tornar-se-á sem instituições públicas ou privadas, destinados a conceder
efeito a penalidade imposta, restabelecendo-se todos os aos servidores do QEL os benefício de convênio de saú-
direitos por ela atingidos. de médica, hospitalar, odontológica e serviços correlatos,
bem como auxílio alimentação e vale transporte, correndo
Das Normas do Regime Jurídico dos Servidores as respectivas despesas a conta das dotações próprias do
Municipais orçamento do Poder Legislativo.

Art. 92. Aplicam-se aos servidores do QEL as normas Art. 95. Será apostilada no processo funcional de cada
do Regime Jurídico dos Servidores Municipais em tudo servidor que tiver sua situação funcional alterada por esta
aquilo que não conflitar com o disposto nesta Lei, observa- lei a nova nomenclatura de seu cargo, emprego ou função,
da a competência privativa da Câmara de legislar sobre a bem como referência remuneratória decorrente do enqua-
organização dos serviços e a remuneração de seu pessoal. dramento.
§ 1º Os servidores do QEL farão jus aos adicionais por § 1º O enquadramento do servidor nos cargos, empre-
tempo de serviço (qüinqüênio e sexta parte e licença prê- gos e funções criados por esta lei será feito observados os
mio), na forma do estabelecido no Estatuto dos Servidores pré-requisitos para investidura, as atribuições atualmente
Públicos Municipais. exercidas pelo servidor e a aptidão para o desempenho das
funções.
§ 2º Nenhum benefício de natureza remuneratória será
pago aos servidores do legislativo, senão em virtude desta
§ 2º Fica garantida a todos os servidores lotados no
lei e de suas alterações subseqüentes, não aplicando-se aos
quadro atual a remuneração a que fazem jus na data da
servidores do QEL, em nenhuma hipótese, qualquer outra
promulgação desta lei, assegurada a irredutibilidade dos
gratificação ou adicionais previstos na legislação em vigor
salários previstos na Constituição Federal.
que não tenha sido expressamente recepcionada por esta lei.

§ 3º Para efeito de adicional por tempo de serviço será § 3º Os servidores estáveis permanecerão na atual si-
computado, para fins de remuneração, o período de traba- tuação em que se encontram em virtude da estabilidade no
lho anteriormente prestado ao Município. serviço público.

Art. 93. Os servidores do QEL, para fins da previdência § 4º Os cargos e empregos vagos no quadro geral da
e da assistência social de que trata o art. 149, Parágrafo Câmara em função do remanejamento serão automatica-
Único da CF, se sujeitarão às normas gerais aplicáveis aos mente extintos.
servidores públicos municipais, inclusive quanto ao regime
de contribuição e benefício. § 5º Os servidores atualmente lotados na Câmara que
não forem aproveitados no Quadro Especial do Legislativo
Art. 93A. Fica assegurado a todos os servidores do le- -QEL serão colocados em disponibilidade com remunera-
gislativo municipal, admitidos até a data de promulgação ção proporcional ao tempo de serviço, observado o que
desta Lei, o direito à complementação de aposentadoria e dispõe o art. 41 § 3º da CF, modificado pela EC 19/98.
pensão previsto na Lei Municipal nº 3.303, de 7 de agosto
de 1.986, na Lei Municipal nº 3.726, de 22 de junho de 1.990 Art. 96. Para fins da fixação dos vencimentos básicos
e na Lei Municipal nº 3.772, de 1º de outubro de 1.990, ex- dos cargos, empregos e funções criados por esta Lei, foram
tinguindo-se o direito aos admitidos após a promulgação analisados os aspectos relativos ao grau de complexidade
desta Lei. (Incluído pela Lei Municipal nº 6.915, de 2.008) das atribuições e pré-requisitos para investidura, além das
atuais faixas remuneratórias dos atuais ocupantes.
§ 1º Fará jus ao benefício o servidor que, na data de
aposentadoria, contar com, no mínimo, 10(dez) anos inin- § 1º Em virtude dos direitos à incorporação terem sido
terruptos de efetivo exercício, tendo por base de calculo o considerados na fixação do vencimento básico do cargo,
salário-base de vencimentos e demais vantagens, nas mes- emprego ou função, nenhum dos servidores lotados nos
mas proporções do coeficiente de aposentadoria concedi- cargos, empregos e funções do QEL poderá requerer ou
da pelo órgão previdenciário. (Incluído pela Lei Municipal receber da Câmara o direito à repetição, assim considerada
nº 6.915, de 2.008) a aplicação de tais benefícios sobre o vencimento fixado
por esta lei.
§ 2º O benefício disposto neste artigo e seus parágra-
fos estende-se aos dependentes em caso de falecimento § 2º Fica garantido aos servidores que tenham direito
do servidor, desde que reconhecidos pelo órgão previden- adquirido, a remuneração superior, asseguradas por legis-
ciário. (Incluído pela Lei Municipal nº 6.915, de 2.008) lação anterior.

20
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Art. 97. A Mesa da Câmara editará, se for o caso, as IV – anexo XIII - Tabela de Proventos Dos Cargos e Em-
normas relativas ao enquadramento de pessoal do quadro pregos de Servidores Inativos do Poder Legislativo.
de inativos e pensionistas para fins do disposto no art. 40,
§ 8o da CF. Art. 103. Os servidores que ocupam cargo ou emprego
efetivo serão enquadrados por apostila, na remuneração
Art. 98. Em virtude da ampliação das atribuições dos correspondente ao padrão de seu salário atual, conforme
cargos de “Auxiliar Legislativo e Oficial Administrativo”, anexo XI, visando integrar a tabela de progressão salarial.
criados pela Lei Municipal nº 5.750, de 2.001, conforme
consta do “Anexo I” da mencionada lei, visando maior fle-
xibilização dos serviços administrativos, ficam os referidos Art. 104. As despesas decorrentes com a execução
cargos, fundidos, passando a denominar-se “Agente Admi- desta lei onerarão dotações próprias do orçamento vigen-
nistrativo”. te, do Poder Legislativo.

Art. 99. O quadro de pessoal da Câmara Municipal de Art. 105. São formalmente revogadas as seguintes leis:
Araraquara, que faz parte integrante desta lei, fica assim
constituído: 1. 5.750, de 21 de dezembro de 2.001;

I – “anexo III” – Quadro de Pessoal – Parte Permanente 2. 5.759, de 24 de janeiro de 2.002;


– Cargos de Provimento “em comissão”;
3. 5.761, de 21 de fevereiro de 2.002;
II - “anexo IV” – Quadro de Pessoal – Parte Permanente
– Empregos Públicos Temporários (contratação por tempo
4. 5.780, de 15 de março de 2.002;
determinado);

III - “anexo V” – Quadro de Pessoal – Parte Permanente 5. 5.863, de 5 de agosto de 2.002;


– “funções de confiança”;
6. 6.002, de 6 de maio de 2.003;
IV - “anexo VI” – Quadro de Pessoal – Parte Permanente
– cargos de provimento “efetivo”; 7. 6.022, de 4 de julho de 2.003;

V - “anexo VII” – Quadro de Pessoal – Parte Permanente 8. 6.187, de 9 de setembro de 2.004;


– “empregos de provimento efetivo”;
9. 6.267, de 6 de junho de 2.005;
VI - “anexo VIII” – Quadro de Pessoal – Parte Suple-
mentar – “cargos e empregos em extinção na vacância”; 10. 6.275, de 18 de julho de 2.005;
VII - “anexo IX” – Quadro de Pessoal – total de cargos,
11. 6.416, de 23 de maio de 2.006;
empregos e funções de confiança.

Art. 100. Os cargos que tiveram sua remuneração ou 12. 6.459, de 1º de setembro de 2006;
denominação alteradas em decorrência desta lei serão clas-
sificados de acordo com os quadros dos Anexos, desta lei. 13. 6.493, de 28 de novembro de 2006.

Art. 101. Através de apostilamento no processo fun- Art. 106. Fica ressalvada a integridade das garantias,
cional de cada servidor, será incorporada a nova remune- constantes e com base nas leis de que trata o artigo ante-
ração nos termos da legislação vigente, bem como, as no- rior, bem como os benefícios e demais direitos decorrentes
vas nomenclaturas de cargos, empregos ou nova situação da aplicação das leis ora revogadas, exceto novo enqua-
funcional. dramento salarial e novas nomenclaturas.
Art. 102. Integram esta lei os seguintes anexos: Art. 107. Esta Lei entra em vigor na data de sua publi-
cação.
I – anexo X – Organograma Geral;
(http://www.camara-arq.sp.gov.br/Siave/Documentos/
II - anexo XI – Tabela de Remuneração e Progressão Documento/132451)
dos Cargos e Empregos Efetivos do Poder Legislativo - Pes-
soal Ativo;

III – anexo XII - Tabela de Remuneração dos Cargos e


Empregos de Provimento “em Comissão”, Funções de Con-
fiança e Empregos por Tempo Determinado do Poder Le-
gislativo - Pessoal Ativo;

21
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

LEI MUNICIPAL Nº 8.686, DE 31 DE MARÇO


DE 2016.

LEI MUNICIPAL Nº 8.686, DE 31 DE MARÇO DE 2016


  
Autógrafo nº 085/16 - Projeto de Lei nº 082/16
 
Autoria: Mesa da Câmara Municipal de Araraquara
 
Dá nova redação a dispositivos, da Lei Municipal nº 6.646, de 31 de outubro de 2007, alterada por leis posteriores, que
dispõe sobre a organização, altera o quadro especial dos servidores e institui o plano de cargos e salários do legislativo do
Município de Araraquara-SP e dá outras providências.
 
O Prefeito do Município de Araraquara, Estado de São Paulo, no exercício de suas atribuições legais, e de acordo com
o que aprovou a Câmara Municipal em sessão ordinária de 29 de março de 2016, promulga a seguinte Lei:

Art. 1º  Na Lei Municipal nº 6.646, de 31 de outubro de 2007, que dispõe sobre a organização, altera o quadro especial
dos servidores e institui o plano de cargos e salários do legislativo do Município de Araraquara-SP e dá outras providências,
são introduzidas as seguintes alterações:
I - no art. 12, inciso II, as letras O, U, V e X passam a vigorar com a redação abaixo, mantidas as demais:
“Art. 12. [...]
I - [...]
II - [...]
A a N [...]
O - Setor de Arquivo e Protocolo.
P a T [...]
U- Escola Legislativa - Coordenadoria Executiva;
V- Escola Legislativa - Coordenadoria Acadêmica;
X- Coordenadoria do Memorial da Câmara”.
II - no art. 12, o seu parágrafo único passa a vigorar como segue:
“Art. 12. [...]
I - [...]
II - [...]
Parágrafo único.  A representação gráfica esquemática da estrutura do Poder Legislativo do Município de Araraquara é
a constante no organograma abaixo:
 

22
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

III - no art. 13, os seus §§ 4º e 5º passam a vigorar com a redação a seguir, mantido os demais, revogado o § 7º.
 
“Art.  13. [...]
 
§ § 1º a 3º - [...]
 
§ 4º  Os cargos e funções que integram o Gabinete da Presidência são os constantes do quadro abaixo:
 
Nome do Posto Qtd Pré-requisitos para investidura, descrição
e padrão de vencimento
Diretor Jurídico 1 Anexo 1, item 07
Procurador Jurídico 2 Anexo 1, item 24
Chefe do Gabinete da Presidência 1 Anexo 1, item 15
Assistente de Comunicação 10 Anexo 1, item 05
Assistente de Cerimonial 1 Anexo 1, item 38
Assessor Legislativo 2 Anexo 1, item 08
Assessor de Gabinete 1 Anexo 1, item 04
Assessor de Segurança 1 Anexo 1, item 06
Chefe de Comunicação 1 Anexo 1, item 11
Produtor Audiovisual 2 Anexo 1, item 18
Diretor Presidente 1 Anexo 1, item 29
Coordenador Executivo da EL 1 Anexo 1, item 30
Coordenador Acadêmico da EL 1 Anexo 1, item 31
Técnico Audiovisual 3 Anexo 1, item 33
Assistente de Tradução e Interpretação - LIBRAS 2 Anexo 1, item 34
 
§ 5º  A representação gráfico- esquemática da estrutura do Gabinete da Presidência é a constante do funcionograma abaixo:
 

§ 6º  [...]
 
§ 7º  (Revogado)».
 
IV- o art. 20 e seu parágrafo único passam a vigorar com a seguinte redação:
 
“Art. 20.  Os cargos e funções que integram a Administração Geral são os constantes do quadro abaixo:

23
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Nome do Posto Qtd Pré-requisitos para investidura, descrição


e padrão de vencimento
Administrador Geral 1 Anexo 1, item 01
Diretor Legislativo 1 Anexo 1, item 17
Diretor Financeiro 1 Anexo 1, item 16
Técnico em Informática 3 Anexo 1, item 26
Agente Administrativo 9 Anexo 1, item 02
Coordenador de Recursos Humanos 1 Anexo 1, item 20
Chefe de Patrimônio e Serviços 1 Anexo 1, item 14
Chefe do Setor Transportes 1 Anexo 1, item 21
Chefe do Setor de Informática 1 Anexo 1, item 22
Motorista 10 Anexo 1, item 23
Coordenador de Materiais 1 Anexo 1, item 19
Almoxarife 1 Anexo 1, item 03
Coordenador do Memorial da Câmara 1 Anexo 1, item 32
Chefe do Setor de Arquivo e Protocolo 1 Anexo 1, item 36
Assistente de Arquivo 2 Anexo 1, item 37
Agente de Controle Interno 1 Anexo 1, item 35
Assistente de Departamento Pessoal 2 Anexo 1, item 39
 
Parágrafo único.  A representação gráfica esquemática da estrutura da Administração Geral é a constante no organo-
grama abaixo:
 

24
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

V - o § 4º do art. 21, mantidos os incisos I, II e V passa  § 2º  As remunerações inerentes ao exercício de fun-
a vigorar com a redação a seguir, revogado o seu inciso III: ções de confiança constam do Anexo XIV desta Lei.
   
“Art. 21. [...] §§ 3º e 4º (...)
   
§§ 1º ao 3º [...] § 5º (Revogado)”.
   
§ 4º  A Diretoria Legislativa manterá arquivo atualizado VIII - fica acrescentado o art. 39-A e seu parágrafo úni-
de atos normativos emanados do Legislativo, devidamente co com a redação a seguir:
consolidados pelas alterações subseqüentes, competindo-  
-lhe, em especial: Art. 39 - A. Fica criada a gratificação para o exercício na
Comissão Permanente de Licitação, composta por 05 (cin-
 
co) membros, servidores do QEL, a serem designados por
I e II- [...] ATO da Presidência, com remuneração prevista no anexo
  XV desta Lei.
III- (Revogado).  
  Parágrafo único. Aplica-se a Lei Federal nº 8.666, de 21
V- [...]” de junho de 1993, quanto à composição e mandato dos ser-
  vidores designados para a Comissão mencionada no caput.
VI - o parágrafo único do art. 22 passa a vigorar com a  
seguinte redação: IX- no art. 40-A seu parágrafo único passa a ser § 1º,
  acrescido de um § 2º como segue:
“Art. 22. [...]  
  “Art. 40-A. (...)
Parágrafo único.  A representação gráfico-esquemática  
da estrutura da Diretoria Legislativa é a constante do fun- § 1º  Para efeitos do disposto no caput são funções
cionograma abaixo: que comportam substituição: Administração Geral, Dire-
  ção, Coordenadoria, Chefia e outros em que o titular seja
responsável por área ou setor.
 
§ 2º  Para os casos de substituição de responsável por
área ou setor, o substituto fará jus ao recebimento de 30%
(trinta por cento) sobre o valor do vencimento base do
substituído, proporcional aos dias trabalhados».

Prezado candidato, para acesso aos anexos referente


à lei confira http://www.camara-arq.sp.gov.br/Siave/docu-
mento?sigla=lo&numero=8686

LEI MUNICIPAL N° 8.732, DE 13 DE JUNHO


DE 2016.
VII - o art. 39 e seus § § 1º e 2º passam a vigorar com
a redação a seguir, mantidos e seus § § 3º e 4º e revogado
o § 5º:
  LEI MUNICIPAL N° 8.732, DE 13 DE JUNHO DE 2016
“Art. 39.  Poderá ser atribuída a um servidor do QEL  
função de confiança, para o exercício de atividades nas Autógrafo n° 116/16 – Projeto de Lei n° 118/16
áreas de Administração Geral, Direção, Coordenadoria ou  
Chefia, ou gratificação por função específica e temporária, Autoria: Mesa da Câmara Municipal de Araraquara
na forma da Lei.  
  Dá nova redação a dispositivos, da Lei Municipal n°
§ 1º  Cabe à lei que criar a gratificação por função es- 6.646, de 31 de outubro de 2007, alterada por leis poste-
pecífica e temporária determinar as atividades a serem riores, que dispõe sobre a Organização, altera o Quadro Es-
desenvolvidas, bem como o prazo pelo qual as atividades pecial dos Servidores e institui o Plano de Cargos e Salários
serão executadas, não podendo ultrapassar o prazo de 6 do Legislativo do Município de Araraquara-SP e dá outras
(seis) meses, prorrogável uma única vez por igual período, providências.
vedada a sua incorporação à remuneração percebida.  

25
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

O Prefeito do Município de Araraquara, Estado de São Paulo, no exercício de suas atribuições legais, e de acordo com
o que aprovou a Câmara Municipal em sessão extraordinária de 7 de junho de 2016, promulga a seguinte Lei:
 
Art. 1°  Na Lei Municipal n° 6.646, de 31 de outubro de 2007, que dispõe sobre a Organização, altera o Quadro Especial
dos Servidores e institui o Plano de Cargos e Salários do Legislativo do Município de Araraquara-SP e dá outras providên-
cias, são introduzidas as seguintes alterações:
 
I – no art. 12, inciso II, são acrescentadas as letras W, Y e Z mantidas as demais:
 
“Art. 12.  [...]
I – [...]
II – [...]
A à X – [...]
w) setor da TV Câmara;
y) setor da Assessoria de imprensa e fotografia;
z) setor de cerimonial, eventos, internet e mídias sociais.”
II – no art. 12, o seu parágrafo único passa a vigorar como segue:
“Art. 12.  [...]
I – [...]
II – [...]
Parágrafo único.  A representação gráfica esquemática da estrutura do Poder Legislativo do Município de Araraquara é
a constante no organograma abaixo:

III – no art. 13, os seus §§ 4° e 5° passam a vigorar com a redação a seguir, mantido os demais, revogado o § 7°:
“Art. 13.  [...]
§§ 1° a 3° [...]
 § 4°  Os cargos e funções que integram o Gabinete da Presidência são os constantes do quadro abaixo:
 
Nome do posto Qtd. Pré-requisitos par investidura,
descrição e padrão de vencimento
Assessor Especial da Presidência 1 Anexo I, item 07
Chefe do Gabinete da Presidência 1 Anexo I, item 15
Assistente de Comunicação 10 Anexo I, item 05
Assistente de Cerimonial 1 Anexo I, item 38
Assessor Parlamentar II 1 Anexo I, item 08
Assessor Parlamentar I 2 Anexo I, item 04
Assessor Especial de Segurança 1 Anexo I, item 06
Chefe da TV Câmara 1 Anexo I, item 11
Chefe da Assessoria de Imprensa e Fotografia 1 Anexo I, item 40
Chefe de Cerimonial, eventos, internet e mídias sociais 1 Anexo I, item 41
Produtor audiovisual 2 Anexo I, item 18
Diretor Presidente 1 Anexo I, item 29
Coordenador executivo da EL 1 Anexo I, item 30
Coordenador Acadêmico da EL 1 Anexo I, item 31
Técnico audiovisual 3 Anexo I, item 33
Assistente de tradução e interpretação - LIBRAS 2 Anexo I, item 34
 
§ 5°  A representação gráfico-esquemática da estrutura do Gabinete da Presidência é a constante do funcionograma
abaixo:
§ 6° [...]
§ 7° (Revogado)”.
IV – o inciso I, do § 1° mantidos os demais e o § 2°, mantido os demais do art. 14, passam a vigorar com a seguinte
redação:

26
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

“Art. 14.  [...]


§ 1° [...]
I – Assessor Especial da Presidência, lotado junto ao Gabinete da Presidência;
II – [...]
III – [...]
§ 2°  O conselho de Advogados da Câmara será convocado pelo Chefe do Gabinete para, examinar as propostas de
acordo encaminhadas pela Procuradoria Jurídica para composição amigável de lides onde seja parte a Câmara Municipal.
§ 3° [...]”
V – o art. 15 mantido o seu parágrafo único passa a vigorar com a seguinte redação:
 
“Art. 15.  Os cargos de Assessor Parlamentar I e de Assessor Parlamentar II do quadro do Gabinete da Presidência se-
rão providos, através de investidura derivada, pelos ocupantes dos cargos de mesma designação lotados no Gabinete do
Vereador eleito Presidente.
Parágrafo único. [...]”
VI – o art. 17, seus §§ 1°, 2° e 4°, mantidos os demais, passam a vigorar com a seguinte redação:
Art. 17. [...]
 
Nome do posto Qtd. Pré-requisitos para investidura,
descrição e padrão
Assessor Parlamentar I 1 Anexo I, item 08
Assessor Parlamentar II 2 Anexo I, item 04
 
§ 1° [...]
§ 2°  Em cada Gabinete de Vereador poderá ser lotado apenas um Assessor Parlamentar I e dois Assessores Parlamentar II.
§ 3° [...]
§ 4°  Ficam criados 3 (três) cargos de Assessor Parlamentar I substituto e 3 (três) cargos de Assessor Parlamentar II
substituto, visando cobrir possíveis ausências aos 18 (dezoito) Gabinetes em virtude de afastamento médico do titular em
período superior a 15 (quinze) dias.”
VII – o art. 20 e seu parágrafo único, passa a vigorar com a seguinte redação:
Art. 20.  Os cargos e funções que integram a Administração Geral são os constantes do quadro abaixo:
 
Nome do posto Qtd Pré-requisitos para investidura,
descrição e padrão de vencimento
Administrador Geral 1 Anexo I, item 01
Diretor Legislativo 1 Anexo I, item 17
Diretor Financeiro 1 Anexo I, item 16
Procurador Jurídico 2 Anexo I, item 24
Técnico em Informática 3 Anexo I, item 26
Agente Administrativo 9 Anexo I, item 02
Coordenador de Recursos Humanos 1 Anexo I, item 20
Chefe de Patrimônio e Serviço 1 Anexo I, item 14
Chefe do Setor Transportes 1 Anexo I, item 21
Chefe do Setor de Informática 1 Anexo I, item 22
Motorista 10 Anexo I, item 23
Coordenador de Materiais 1 Anexo I, item 19
Almoxarife 1 Anexo I, item 03
Coordenador do Memorial da Câmara 1 Anexo I, item 32
Chefe do Setor de Arquivo e Protocolo 1 Anexo I, item 36
Assistente de Arquivo 2 Anexo I, item 37
Agente de Controle Interno 1 Anexo I, item 35
Assistente de Departamento Pessoal 2 Anexo I, item 39

27
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Parágrafo único.  A representação gráfica esquemática I - Estrutura administrativo-institucional da Câmara


da estrutura da Administração Geral é a constante no or- Municipal;
ganograma abaixo:  
  II - Estrutura Político-Parlamentar.
VIII – acrescenta § 5° ao art. 39 e revoga os seus  
§§ 6° a 8°, mantidos os demais, com a seguinte redação: § 1º  A estrutura administrativa das unidades vocaciona-
  das aos serviços administrativos é supervisionada pela Secre-
“Art. 39.  [...] taria-Geral, unidade organizacional responsável por promo-
ver o gerenciamento de Diretorias afetas às atividades-meio
 
da Câmara e de suporte técnico ao processo legislativo.
§§ 1° ao 4° [...]
 
  § 2°  As atividades finalísticas da Câmara são desem-
§ 5°  Após a incorporação de dez décimos, se o servidor penhadas na Estrutura Político-Parlamentar, por meio do
vier a perceber gratificação de maior valor, poderá incor- Vereador e seu Gabinete Parlamentar.
porar a diferença dessa vantagem em relação à vantagem  
já incorporada; o procedimento para tal incorporação obe- Art. 2º  A Câmara Municipal de Araraquara é represen-
decerá o rito previsto no § 3° deste artigo, servindo como tada pela sua Presidência, à qual se sujeitam as seguintes
base de cálculo para a incorporação a diferença entre a unidades:
gratificação de maior valor e a gratificação a que se referir  
a vantagem já incorporada. I – Assessoria da Presidência; (Vide Lei Municipal nº
  9.165, de 2018)
§ 6°  (revogado).  
§ 7°  (revogado). II – Controladoria;
§ 8°  (revogado).”  
III – Gabinete da Presidência; (Vide Lei Municipal nº
9.236, de 2018)
Prezado candidato, para acesso aos anexos referente  
IV – Ouvidoria.
à lei confira http://www.camara-arq.sp.gov.br/Siave/docu-
 
mento?sigla=lo&numero=8732 § 1º  Compete à Assessoria da Presidência:
 
I - auxiliar na supervisão quanto ao cumprimento das
metas institucionais pela Câmara Municipal de Araraquara,
LEI MUNICIPAL Nº 9.152, DE 6 DE DEZEMBRO promovendo estudos e produzindo relatórios de atuação,
DE 2017. inclusive quanto aos requisitos do Sistema de Gestão de
Qualidade;
 
II - organizar a agenda e o cotidiano da Presidência, es-
LEI MUNICIPAL Nº 9.152, DE 6 DE DEZEMBRO DE 2017 pecialmente quanto a suas atividades como representante
  institucional do Poder Legislativo Municipal;
Autógrafo 295/17 - Projeto de Lei nº 330/17  
Iniciativa: Mesa da Câmara Municipal de Araraquara III - promover a comunicação institucional da Casa, ou
  seja, processos correlacionados à interlocução e represen-
  tação da Câmara junto a outros órgãos, Poderes ou entes
Dispõe sobre a Estrutura Administrativa da Câmara federativos;
 
Municipal de Araraquara.
IV - promover assessoramento de nível superior à Pre-
 
sidência da Câmara, auxiliando-o na coordenação das ativi-
O  Prefeito do Município de Araraquara, Estado de dades da Câmara Municipal e na implementação da agen-
São Paulo, no exercício de suas atribuições legais, e de da institucional do órgão legislativo;
acordo com o que aprovou a Câmara Municipal, em sessão  
ordinária de 5 (cinco) de dezembro de 2017, promulga a § 2º  Compete à Controladoria:
seguinte Lei:  
  I - apoiar o Controle Externo no exercício de sua missão
CAPÍTULO I constitucional;
DA ORGANIZAÇÃO GERAL DA CÂMARA MUNICI-  
PAL DE ARARAQUARA II - avaliar o cumprimento da execução dos programas
  de investimentos e do orçamento da Câmara Municipal;
Art. 1°  A Câmara Municipal de Araraquara organiza  
sua estrutura administrativa em conformidade com as se- III - controlar a legalidade e avaliar os resultados quan-
guintes dimensões de funcionamento: to à eficácia da gestão orçamentária, financeira e patrimo-
  nial da Câmara;

28
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

 IV - elaborar e submeter ao Presidente estudos, pro-  IV - verificar a legalidade de atos ou abuso de poder,
postas de diretrizes, programas e ações que objetivam a ra- dando andamento às providências a serem adotadas.
cionalização da execução da despesa e o aperfeiçoamento  
da gestão orçamentária, financeira e patrimonial; Art. 3º  A estrutura administrativa e funcional básica da
  Câmara Municipal de Araraquara é composta pelas seguin-
V - exercer o controle das operações de crédito, dos tes unidades funcionais:
avais e garantias, bem como dos direitos e dos deveres da  
Câmara; I - Assessoria da Presidência: unidade de assessora-
  mento da Presidência da Câmara com funções de asses-
VI - fomentar a organização, atualização e disponibili-
soramento, coordenação e supervisão de nível superior
zação, aos interessados, de todos os atos administrativos
mediante ações representativas específicas em processos
da Câmara;
  políticos e administrativos de extrema responsabilidade
VIl - supervisionar e executar a programação trimestral institucional, a cargo do Representante máximo do Poder
de auditoria contábil, financeira, orçamentária e patrimo- Legislativo;
nial nas unidades administrativas da Câmara;  
  II - Assistência Técnica: unidade de assessoramento de
VIII – zelar e acompanhar o cumprimento de prazos nível superior ou técnico, com atribuições de coordenação
administrativos; e gerenciamento da implementação de políticas, voltada
  ao assessoramento técnico de unidades responsáveis por
IX - zelar e acompanhar os processos e procedimentos atividades de complexidade técnica;
junto ao Tribunal de Contas.  
  III - Chefia de Gabinete: unidade de assessoramento,
§ 3º  Compete ao Gabinete da Presidência: com atribuições de coordenação e execução de atividades
  de suporte e gestão do gabinete da Presidência; (Vide Lei
I - agendar e organizar reuniões, audiências e outros Municipal nº 9.236, de 2018)
compromissos do titular, providenciando a pauta e os con-  
vites aos participantes; IV - Diretoria: unidade organizacional com funções
 
próprias de gestão, coordenação e supervisão dos pro-
II - atender e prestar esclarecimentos aos que os pro-
curam; cessos de trabalho, que requerem nível técnico superior,
  mediante responsabilidade no planejamento e implemen-
III - auxiliar o parlamentar nas matérias legislativas de tação de projetos específicos sobre cada unidade vincula-
seu interesse; da, competindo-lhe resolver conflitos de atribuições entre
  unidades ou servidores que lhe são subordinados;
IV - efetuar o controle das pautas das sessões e de pro-  
posições legislativas de interesse deste; V - Escola do Legislativo: unidade organizacional com
  funções de contribuição, projeção e incentivo da qualificação
V - elaborar e expedir correspondências próprias; de entes políticos e comunitários, com metodologias espe-
  cíficas de fomento à divulgação institucional e participação
VI - manter arquivo das correspondências recebidas e social nos processos de trabalho de interesse da Câmara;
expedidas e de outros documentos de interesse deste;  
  VI - Gerência: unidade organizacional com atribuições
VII - executar outras tarefas determinadas pelo titular e de supervisão de ações de execução e acompanhamento
inerentes às atribuições deste. da implementação e operacionalização de processos de
  trabalho de natureza técnica ou administrativa inerentes à
§ 4º  Compete à Ouvidoria:
sua área de atuação, efetivando entregas de competência
 
da unidade superior a que esteja vinculada, competindo-
I - encaminhar à Mesa Diretora denúncias que entenda
carecedora de investigação mais complexa ou de compe- -lhe, ademais, resolver conflitos de atribuições entre unida-
tência da Câmara; des ou servidores que lhe são subordinados;
   
II - receber e recolher, em cada unidade administrati- VIl - Procuradoria: unidade organizacional que congre-
va da Câmara, as sugestões, reclamações ou representa- ga profissionais responsáveis pelo exercício de funções de
ções recebidas que digam respeitos ao funcionamento ou representação judicial e extrajudicial da Câmara, bem como
eficiência dos serviços da Câmara, tanto aqueles afetos à de consultoria jurídica afeta às atividades-meio da Câmara;
competência dos seus servidores quanto à dos vereadores;  
  VIII - Secretaria-Geral: unidade organizacional com
III - receber e se manifestar ou encaminhar para mani- funções próprias de gestão, coordenação e supervisão dos
festação pelo setor competente da Câmara quaisquer ou- processos de trabalho, que requerem nível técnico supe-
tros assuntos julgados de interesse do cidadão inerentes às rior, mediante responsabilidade no planejamento e im-
atribuições da Câmara Municipal; plementação de projetos específicos sobre cada unidade

29
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

vinculada, reportando à Presidência informações e relató-  I - Seleção dentre rol de selecionados por unidade
rios de andamento quanto ao desempenho e cumprimento conveniada responsável pela política de estágio da Câmara
de metas pelas unidades administrativas a ela vinculadas, Municipal ou pela Escola do Legislativo, desde que o es-
competindo-lhe, ademais, resolver conflitos de atribuições tagiário seja oriundo de instituição de ensino conveniada;
entre unidades ou servidores que lhe são subordinados.  
  II - o estágio será desenvolvido de forma a compatibi-
CAPÍTULO II lizar os conhecimentos inerentes ao curso de ensino supe-
DO GABINETE PARLAMENTAR rior em que o estagiário está matriculado com as atividades
  legislativas desenvolvidas no Gabinete Parlamentar;
Art. 4º  O Gabinete Parlamentar é a unidade organiza-  
cional atrelada ao Vereador, por meio da qual este organiza III - cumprimento da regulação federal sobre a temá-
a execução de sua atividade político-parlamentar e a con- tica, especificamente quanto à designação de supervisor,
secução de sua agenda programática. que deverá ser um Assessor Legislativo com aderência a
  área temática do estágio, alocado no respectivo Gabinete
Parágrafo único.  Compete ao Gabinete Parlamentar: Parlamentar, conforme designação do Vereador.
   
I - organizar a agenda de atendimento e esclarecimen- CAPÍTULO III
to aos munícipes, no que diz respeito à proposta e política DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
programática adotada pelo parlamentar;  
  Art. 6°  A estrutura administrativa da Câmara Muni-
II - organizar e expedir as comunicações próprias do cipal de Araraquara, voltada ao desempenho de serviços
parlamentar, mantendo registro e arquivo; administrativos e suporte técnico do processo legislativo, é
  constituída pelos seguintes órgãos, subordinados à Presi-
III - promover o agendamento e a organização de reu- dência da Câmara:
niões, audiências e outros compromissos do titular, provi-  
I - Diretoria de Comunicação Social;
denciando a pauta e os convites aos participantes;
 
 
II - Escola do Legislativo;
IV - subsidiar o parlamentar nas matérias legislativas
 
de seu interesse.
III - Procuradoria;
 
 
Art. 5º  O Gabinete Parlamentar é integrado por servido-
IV - Secretaria-Geral.
res nomeados em cargo em comissão, denominado como  
Assessor Legislativo, caracterizado pela estrita confiança e § 1º  Integram a Diretoria de Comunicação as seguintes
aderência à agenda político programática do Vereador. unidades organizacionais:
   
§ 1º  O quantitativo, os requisitos de nomeação e as I - Gerência de Eventos e Cerimonial;
atribuições correspondentes aos cargos em comissão de  
Assessor Legislativo encontram-se disciplinados no Anexo II - Gerência de Imprensa e TV Câmara.
V desta Lei.  
  § 2º  A Escola do Legislativo é assessorada por unidade
§ 2º  Cada Gabinete Parlamentar será composto por no de Assistência Técnica.
máximo 02 (dois) Assessores Legislativos.  
  § 3º  A Secretaria-Geral é integrada por:
§ 3º  Os agentes políticos detentores de mandato, à  
data da publicação desta Lei, poderão optar por manter os I - Assistência Técnica;
ocupantes do cargo em comissão de Assessor Parlamentar  
I, Assessor Parlamentar l - Substituto, Assessor Parlamentar II - Diretoria de Finanças;
II e Assessor Parlamentar II -c465Substituto, em regime de  
extinção na vacância, nos termos do Anexo VI-C. III - Diretoria de Suporte Administrativo, composta por:
   
§ 4º  Na hipótese do parágrafo anterior, o agente polí- a) a Gerência de Gestão de Compras e Materiais;
tico não poderá nomear servidores para ocupar o cargo em  
comissão de Assessor Legislativo disciplinado no Anexo V. b) Gerência de Gestão da Informação;
   
§ 5º  O Vereador poderá contar, em seu Gabinete Par- c) Gerência de Patrimônio e Serviços;
lamentar, com um estagiário, em face das diretrizes insti-  
tucionais de aproximar o órgão legislativo da sociedade e d) Gerência de Gestão de Pessoal.
capacitar politicamente os munícipes, atendidas as seguin-  
tes condições: IV - a Diretoria Legislativa é integrada por:

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

 a) Gerência de Consultoria Legislativa; III - manter contatos permanentes com associações de
  classe, sindicatos e organizações populares, por meio da
b) Gerência de Expediente Legislativo. realização de pesquisas, verificando suas reivindicações e
  sugestões para subsidiar a atuação da Câmara Municipal
V - Gerência de Tecnologia da Informação; de Araraquara;
   
VI - Gerência de Transportes. IV - organizar eventos, seminários e encontros peda-
  gógicos e educacionais;
Art. 7º  As atribuições temáticas pormenorizadas das  
unidades temáticas mencionadas no artigo anterior serão V - projetar programas pedagógicos, cursos e pales-
definidas em resolução específica. tras, fomentando a formação e qualificação de entes polí-
  ticos e comunitários;
Art. 8º  A Estrutura Administrativa da Câmara Municipal  
de Araraquara passa a obedecer às disposições fixadas nesta VI - propor convênios e parcerias com programas esta-
Lei, no que concerne à organização e às atribuições gerais duais e federais de divulgação das atividades legislativas e
das unidades que compõem o seu órgão administrativo. de capacitação comunitária e social.
   
§ 1º  Compete à Diretoria de Comunicação Social: § 3º  Compete à Procuradoria:
   
I - coordenar a produção de material gráfico de apoio I - desempenhar serviço de apoio jurídico às unidades,
a eventos e campanhas institucionais; que compreende:
   
II - coordenar e executar as atividades da TV Câmara; a) análise das minutas dos editais e contratos admi-
  nistrativos, bem como emissão de parecer sobre a possi-
III - definir a operacionalização dos sistemas de infor- bilidade de dispensa ou de inexigibilidade de licitação e
aditamento de contratos, com base nas justificativas apre-
mações digitais para os públicos interno e externo;
sentadas pelas áreas requisitantes;
 
 
IV - desempenhar serviço de cerimonial;
b) assessoramento à Comissão Permanente de Licita-
 
ções, bem como exame prévio de toda instrução relativa
V - fornecer à imprensa informações sobre as ativida-
à formalização dos contratos, concessões, acordos, ajustes
des e matérias que tramitam na Câmara;
ou convênios nos quais a Câmara seja parte, cuidando dos
  aspectos jurídicos e da redação dos mesmos;
VI - organizar o calendário de eventos da Câmara e a  
reserva de dependências da Câmara Municipal; c) apoiar e auxiliar na realização de sindicâncias e pro-
  cessos administrativos instaurados pela autoridade com-
VIl - planejar e coordenar a produção e a edição de petente, nos termos da legislação vigente;
publicações e programas na mídia;  
  d) orientação, quanto aos aspectos da constitucionali-
VIII - programar e organizar visitas oficiais, bem como dade e legalidade, nas ações administrativas.
recepcionar autoridades e visitantes;  
  II - desempenhar serviço de assistência judicial e extra-
IX – promover a cobertura das atividades da Câmara judicial, que compreende:
para divulgação;  
  a) coordenar a propositura de ações judiciais e outras
X – promover a política de comunicação institucional medidas de caráter jurídico que tenham por objetivo o in-
da Câmara; teresse institucional da Câmara;
   
XI - promover as atividades de comunicação necessá- b) dar adequada redação às informações que devam ser
rias a integrar a Câmara à comunidade do Município; prestadas pela Câmara em quaisquer processos judiciais;
   
§ 2º  Compete à Escola do Legislativo: c) elaborar defesas e recursos em processos adminis-
  trativos e judiciais;
I - contribuir para a divulgação da finalidade institucio-  
nal do Poder Legislativo Municipal e contribuir na identifi- d) praticar quaisquer atos junto aos Órgãos do Judi-
cação de demandas a serem atendidas pelos edis; ciário e do Ministério Público, na defesa dos interesses da
  Câmara;
II - incentivar a pesquisa técnico-acadêmica voltada à Câ-  
mara Municipal em parceria com outras instituições de ensino; e) representar a Câmara, em juízo ou fora dele, na de-
  fesa de seus direitos e interesses.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

 III - prestar serviço de consultoria jurídica afeta às ati-  II - perceber, a título de gratificação pelo exercício de
vidade-meio da Câmara. função, o valor correspondente a 30% (trinta por cento) do
  vencimento-base da respectiva função de confiança.
§ 4º  Compete à Secretaria-Geral:  
  § 3º  As atribuições e requisitos de designação para
I - auxiliar a Mesa Diretora na gestão administrativa da o exercício da função de confiança constam do Anexo IV
Câmara Municipal, supervisionando o funcionamento das desta Lei.
unidades que lhe são direta e imediatamente subordinadas;  
 
Art. 11.  O ocupante de cargo em comissão, bem como
II - coordenar estudos, com o auxílio das demais Dire-
o servidor designado para função de confiança, não faz jus
torias, que visem a aumentar a eficiência administrativa da
Câmara; à percepção de remuneração por jornada extraordinária de
  trabalho, devendo cumprir a jornada mínima de 40 horas
III - elaborar relatórios públicos sobre a atuação admi- semanais.
nistrativa da Câmara;  
  CAPÍTULO V
IV - fazer cumprir, pelas unidades administrativas da DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Câmara, os atos e as normas atinentes à Câmara Municipal;  
  Art. 12.  A manutenção do servidor que, à data da pu-
V - participar na elaboração de propostas e minutas blicação da presente Lei, ocupar o cargo em comissão de
concernentes à organização e ao funcionamento adminis- Assessor Parlamentar I, Assessor Parlamentar I – Substituto,
trativo da Câmara. e Assessor Parlamentar II e Assessor Parlamentar II – Subs-
  tituto, estará condicionada ao cumprimento dos seguintes
CAPÍTULO IV requisitos:
DOS CARGOS EM COMISSÃO E DA FUNÇÃO DE  
CONFIANÇA I - manifestação do agente político pela manutenção à
  unidade de gestão de pessoal da Câmara Municipal de Ara-
Art. 9º  Fica criado o Quadro de Cargos em Comissão
raquara, em até 5 dias úteis da data da publicação desta Lei;
da Câmara, com as denominações, quantidades, exigências
e vencimentos definidos no Anexo I desta Lei.  
  II - formação mínima de nível médio pelo servidor que,
§ 1º  As atribuições dos cargos em comissão são defi- à data da publicação da presente Lei, ocupar os cargos em
nidas no Anexo III desta Lei, conforme competências defi- comissão referidos no caput;
nidas nesta Lei.  
  III - matrícula em curso de nível superior, a ser reali-
§ 2º  O servidor efetivo nomeado para cargo em comis- zada ou comprovada em até 90 (noventa) dias da data da
são poderá optar por: publicação da presente Lei, perante a unidade de gestão de
  pessoal da Câmara Municipal de Araraquara.
I - perceber o valor nominal do vencimento-base cor-  
respondente ao cargo em comissão, sendo vedada a acu- § 1º  Os quantitativos constantes do Anexo VI – C não
mulação deste com o vencimento correspondente ao seu poderão ser ampliados, sendo a vaga automaticamente ex-
cargo de origem; tinta, na hipótese de exoneração do ocupante do cargo em
  comissão referido no caput.
II - perceber, a título de gratificação pelo exercício do  
cargo, o valor correspondente a 30% (trinta por cento) do § 2º  Veda-se a utilização das vagas referidas no Ane-
vencimento-base do respectivo cargo.
xo VI-C para nomeação de servidor diverso daquele que
 
Art. 10.  Fica criado o Quadro de Funções de Confiança, ocupe o cargo em comissão referido no caput, à data da
com as denominações, quantidades, exigências e venci- publicação desta Lei.
mentos definidos no Anexo II desta Lei, para as quais serão  
designados servidores efetivos da Câmara. § 3º  Na hipótese de descumprimento dos requisitos
  constantes dos incisos I, II ou III do caput, a vaga será con-
§ 1º  Constam do Anexo II as denominações, quantida- siderada automaticamente extinta.
des e vencimentos correspondentes à Função de Confiança.  
  § 4º  O servidor regido pelo disposto no caput deste
§ 2º   O servidor designado para função de confiança Artigo deverá comprovar, semestralmente, a regularidade
poderá optar por: de frequência no curso de nível superior.
   
I - perceber o valor nominal do vencimento-base cor- § 5º  Em optando o agente político pela faculdade pre-
respondente à função de confiança, sendo vedada a acu- vista neste Artigo, fica vedada a admissão de estagiário
mulação deste com o vencimento correspondente ao seu junto ao Gabinete Parlamentar, tal como prevista no § 5º
cargo de origem; do artigo 5º desta Lei.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

 § 6º  Os cargos em comissão referidos no «caput” e


dispostos no Anexo VI-C serão automaticamente extintos LEI MUNICIPAL Nº 9.153, DE 6 DE DEZEMBRO
em 31 de dezembro de 2020. DE 2017.
 
Art. 13.  A função de confiança de gerência poderá ser
ocupada por servidores efetivos com formação de nível
médio que estejam efetivamente matriculados em e fre- LEI MUNICIPAL Nº 9.153, DE 6 DE DEZEMBRO DE 2017
qüentando curso de nível superior.  
  Autógrafo 296/17 - Projeto de Lei nº 331/17
§ 1º  O servidor regido pelo disposto no «caput” deste Iniciativa: Mesa da Câmara Municipal de Araraquara
Artigo deverá comprovar, semestralmente, a regularidade  
 
de frequência no curso de nível superior.
Dispõe sobre a implantação do Plano de Cargos, Car-
 
reiras e Vencimentos da Câmara Municipal de Araraquara.
§ 2º  A hipótese regida por este Artigo cessará, em seus  
efeitos, a partir de 31 de dezembro de 2020. O  Prefeito do Município de Araraquara, Estado de
  São Paulo, no exercício de suas atribuições legais, e de
Art. 14.  A designação para a função de confiança de acordo com o que aprovou a Câmara Municipal, em sessão
Procurador-Chefe e para as vagas de gerente atreladas à ordinária de 5 (cinco) de dezembro de 2017, promulga a
Gerência de Consultoria Legislativa e de Cerimonial e Even- seguinte Lei:
tos está condicionada ao provimento de cargos atrelados  
aos processos sob responsabilidade das respectivas unida- CAPÍTULO I
des administrativas, sendo vedada qualquer designação na DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
hipótese de a unidade possuir quantitativo total de servi-  
dores inferior a 3 servidores efetivos atuantes na atividade- Art. 1º  Fica instituído o Plano de Cargos, Carreiras e
Vencimentos - PCCV dos Servidores da Câmara Municipal
-fim da unidade organizacional.
de Araraquara, fundamentado nos seguintes princípios:
   
Art. 15.  Os cargos e funções de confiança constantes I - racionalização da estrutura de cargos, empregos e
do Anexo VI serão extintos nos seguintes termos: carreiras;
   
I - Anexo VI-A: extinção imediata de cargos em comis- II - legalidade e segurança jurídica;
são, à data de publicação da presente Lei;  
  III - reconhecimento e valorização do servidor público
II - Anexo VI-B: extinção das funções de confiança na pelos serviços prestados, pelo conhecimento adquirido e
data de 31 de dezembro de 2017; pelo desempenho profissional;
   
III - Anexo V-C: extinção mediata de cargos em comis- IV - estímulo ao desenvolvimento profissional e à qua-
são atrelados ao gabinete parlamentar. lificação funcional.
 
 
Parágrafo único.  O PCCV não se aplica aos seguintes
Art. 16. Revogam-se, expressamente, os artigos 2º, 4º,
casos: (Vide Resolução Municipal nº 438, de 2018)
11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 39, 40, 40-A,  
99, III, 102, I, bem como os anexos III, V, X, XII e XIV, da Lei I - contratação temporária; (Vide Resolução Municipal
Municipal nº 6.646, de 30 de novembro de 2007. nº 438, de 2018)
   
Art. 17.  Revoga-se a Resolução Municipal nº 429, de 8 II - ocupantes de cargo em comissão externos ao Qua-
de novembro de 2016. dro de servidores efetivos da Câmara Municipal; (Vide Re-
  solução Municipal nº 438, de 2018)
Art. 18.  Esta Lei entra em vigor na data da sua pu-  
blicação. III - servidores integrantes do Anexo VI-A da presente
Lei. (Vide Resolução Municipal nº 438, de 2018)
 
Art.  2º  Para os fins desta Lei considera-se:
 
I - cargo: unidade laborativa com denominação pró-
pria e número certo, que implica o desempenho, pelo seu
titular, de um conjunto de atribuições e responsabilidades,
disciplinada pelo regime estatutário;

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

 II - cargo amplo: unidade laborativa com denomina-  XIII - servidor público: a pessoa legalmente investida
ção própria e número certo, que implica o desempenho, em cargo ou emprego público, provido mediante concurso
pelo seu titular, de conjunto de atribuições e responsabi- público, nos termos da Lei Municipal nº 6.646, de 30 de
lidades genéricas, mas passível de operacionalização em novembro de 2007;
atribuições especializadas, definidas segundo perfil;  
  XIV - sobra: montante residual decorrente da não utili-
III - cargo em comissão: unidade laborativa com deno- zação plena da massa salarial, em um dado ano funcional,
minação própria e número certo, que implica o desempe- ocasionada pela não evolução plena do grupo ocupacional;
nho, pelo seu titular, de conjunto de atribuições e respon-  
sabilidades de direção, chefia ou assessoramento, provido XV - vencimento-base: retribuição pecuniária devida ao
por livre nomeação; servidor pelo exercício de cargo, de acordo com o Nível e Grau.
   
IV - carreira: estrutura de desenvolvimento funcional e CAPÍTULO II
profissional, operacionalizada através de progressão ver- DISPOSIÇÕES GERAIS
tical e horizontal nos Níveis e Graus superiores, no cargo; Seção I
  Da Composição dos Quadros de Cargos
V - função de confiança: unidade laborativa com deno-  
minação própria e número certo, que implica o desempe- Art. 3º  O Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos
nho, pelo seu titular, de conjunto de atribuições e respon- abrange os cargos públicos que integram a estrutura orga-
sabilidades de direção, chefia ou assessoramento, provido nizacional da Câmara Municipal de Araraquara.
por meio de designação de servidor titular de cargo efetivo;  
  § 1º  Os quadros de cargos, com as respectivas de-
VI - grupo ocupacional: conjunto de cargos públicos nominações, quantitativos, jornadas de trabalho, grupos
com atribuições ocupacionais de complexidade semelhan- vencimentais e requisitos de ingresso constam do Anexo I.
te, para fins de evolução funcional, definidos no ato nor-  
mativo que regulamenta a Avaliação de Desempenho;
§ 2º  A formação em nível técnico e a exigência de re-
 
gistro profissional serão, respeitado o disposto nos Anexos
VII - massa salarial: soma do vencimento-base men-
I e II, específicas em edital de concurso, conforme as atri-
sal dos servidores que titularizam cargos do mesmo grupo
buições do cargo, a regulamentação profissional e a oferta
ocupacional;
de cursos regulamentados e reconhecidos pelo Ministério
 
VIII - padrão: conjunto de algarismos que designa o da Educação.
salário dos servidores, formado por:  
  § 3º  Os concursos públicos para provimento de cargos
a) grupo salarial: o conjunto de cargos públicos vin- abrangidos por esta Lei são voltados a suprir as necessida-
culado a uma mesma tabela de vencimento, representado des da Câmara Municipal de Araraquara, podendo exigir
por algarismos arábicos; conhecimentos, competências ou habilitações específicas,
  além dos requisitos mínimos definidos no Anexo I.
b) nível: indicativo, representado por números roma-  
nos, de posição vertical na Carreira em que o servidor po-  
derá estar enquadrado, segundo critérios de desempenho § 4º  Para os fins dos parágrafos anteriores, edital po-
e capacitação; derá destinar vagas por conhecimentos, competências, ha-
  bilitações ou títulos específicos, segundo exigência defini-
c) grau: indicativo, representado por letras, de cada po- da por perfil específico de cargo amplo.
sição horizontal na Carreira em que o servidor poderá estar  
enquadrado, segundo critérios de desempenho. § 5º  A aprovação em vaga na forma dos parágrafos
  anteriores não gera direito do servidor de permanecer no
IX - perfil: unidade laborativa especializada, atrelada a órgão, lotação ou perfil específico.
cargo amplo, que implica o desempenho, pelo seu titular,  
de conjunto de atribuições e responsabilidades específicas Art. 4º  Os servidores regidos por esta Lei estão atre-
derivadas das atribuições genéricas do cargo amplo; lados à estrutura administrativa da Câmara Municipal de
  Araraquara, sendo vedado o desempenho de funções no
X - progressão horizontal: passagem do servidor de um âmbito dos gabinetes parlamentares.
Grau para outro, imediatamente superior, na Tabela de Salário;  
  § 1º  A proibição constante do caput  não se aplica
XI - progressão vertical: passagem do servidor de um Ní- àqueles servidores efetivos que venham a ser nomeados em
vel para outro, imediatamente superior, na Tabela de Salário; cargos em comissão afetos aos gabinetes parlamentares.
   
XII - remuneração: retribuição pecuniária devida ao § 2º  Os servidores efetivos que desempenharem fun-
servidor pelo exercício de cargo ou função de confiança, ções nos gabinetes parlamentares estarão impossibilitados
composto pelo vencimento-base, acrescida das demais de progredir na carreira, enquanto estiverem desempe-
vantagens pessoais; nhando suas funções no âmbito de gabinete parlamentar.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Seção II  Art. 8º  A maior remuneração, a qualquer título, atribuída


Do Ingresso e das Atribuições aos servidores, obedecerá estritamente, ao disposto na Lei
  Orgânica Municipal, sendo imediatamente reduzidos àquele
Art. 5º  Os cargos previstos nesta Lei são providos ex- limite quaisquer valores percebidos em desacordo com esta
clusivamente por concurso público de provas ou de provas norma, não se admitindo, neste caso, a invocação de direito
e títulos e seu ingresso se dá sempre no Nível e Grau ini- adquirido ou percepção de excesso a qualquer título.
ciais do cargo.  
  Seção IV
Parágrafo único.  Edital de concurso público poderá Da Jornada
atribuir especificações à prova de ingresso, de acordo com  
a natureza e as atribuições do cargo. Art. 9º  A jornada padrão de trabalho dos servidores é
  de 30 (trinta) horas semanais, conforme anexo I. (Vide Re-
Art. 6º  As atribuições dos cargos são as constantes do solução Municipal nº 439, de 2018)
Anexo II desta Lei, que correspondem à descrição sumária  
do conjunto de tarefas e responsabilidades cometidas ao § 1º  A jornada de trabalho é de 40 (quarenta) horas
servidor público em razão do cargo em que esteja investido. semanais para os servidores: (Redação dada pela Lei Muni-
  cipal nº 9.165, de 2018)
Seção III  
Da Remuneração I – nomeados para cargo em comissão; (Redação dada
  pela Lei Municipal nº 9.165, de 2018)
Art. 7º  O servidor será remunerado de acordo com  
Tabela de Vencimentos constantes do Anexo III, conforme II – designados para função de confiança.  (Redação
o seu Padrão e jornada de trabalho. dada pela Lei Municipal nº 9.165, de 2018) (Vide Resolução
  Municipal nº 439, de 2018)
§ 1º  Figuram como vantagens remuneratórias devidas  
aos servidores, desde que atendidas as condições estabe-
§ 2º  Os servidores designados para função de confian-
lecidas pela legislação vigente, as seguintes:
ça deverão seguir o mesmo controle de jornada dos servi-
 
dores efetivos, inclusive para fins de composição de banco
I - décimo-terceiro salário;
de horas, na forma do art. 43 da Lei Municipal nº 6.646,
 
de 31 de outubro de 2007; em qualquer caso, é vedada
II - adicional de férias;
percepção de remuneração por jornada extraordinária de
 
trabalho. (Incluído pela Lei Municipal nº 9.165, de 2018)
III - adicional de risco, conforme a Resolução Municipal
nº 412/2013;  
  CAPÍTULO III
IV - adicional noturno; DA EVOLUÇÃO FUNCIONAL
   
V - adicional por tempo de serviço; Seção I
  Disposições Gerais
VI - licença maternidade;  
  Art. 10.  A Evolução Funcional nos cargos ocorrerá me-
Vil - gratificação ou vencimento decorrente do exercí- diante as seguintes formas:
cio de cargo estrutural;  
  I - progressão vertical;
VIII - gratificação decorrente de participação em Co-  
missão Permanente de Licitação, nos termos da legislação II - progressão horizontal.
vigente;  
  Art. 11.  A Evolução Funcional somente se dará de acor-
IX - sexta-parte. do com a previsão orçamentária de cada ano, que deverá
  assegurar, anualmente, recursos suficientes para viabilizar:
§ 2º  Fica respeitado o direito adquirido do servidor  
em face de vantagens remuneratórias não previstas acima, I - progressão vertical de, no mínimo, 9% (nove por
mas previamente concedidas e adquiridas pelo servidor da cento) dos servidores do quadro, a cada processo;
Câmara Municipal, em consonância com a legislação de re-  
gência correspondente. II - progressão horizontal de, no mínimo, 16% (dezes-
  seis por cento) dos servidores do quadro, a cada processo.
§ 3º  Veda-se, após a data da publicação desta Lei e rea-  
lização do enquadramento previsto no art. 29 desta Lei, a § 1º  Os percentuais previstos nos incisos I e II poderão
concessão de qualquer hipótese de incorporação decorrente variar conforme disponibilidade orçamentária, respeitados
do exercício de cargo em comissão ou função de confiança. os limites ali previstos.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

 § 2º  A distribuição dos recursos previstos em orça-  Seção II


mento para a Evolução Funcional dos servidores será rea- Da Progressão Vertical
lizada de acordo com a massa salarial de cada grupo ocu-  
pacional. Art. 14.  A Progressão Vertical é a passagem de um Ní-
  vel para outro, imediatamente superior, mantido o Grau,
§ 3º  Eventuais sobras da Progressão Vertical serão uti- mediante Avaliação de Desempenho e Qualificação.
lizadas na Progressão Horizontal do Grupo Ocupacional  
correspondente. Art. 15.  Está habilitado à Progressão Vertical o servidor
  que, cumulativamente:
§ 4º  Sobras apuradas após a aplicação do parágra-  
fo anterior poderão ser utilizadas, proporcionalmente, na I - tiver adquirido estabilidade no cargo;
Evolução Funcional dos demais grupos ocupacionais.  
  II - houver exercido as atribuições do cargo pelo inters-
§ 5º  O servidor habilitado para a evolução funcional tício de 3 (três) anos no Grau e Nível em que se encontra;
poderá optar por não evoluir em sua carreira funcional, de-  
vendo formalizar por escrito a sua negativa à Gerência de III - não tiver contra si, no período de interstício, deci-
Gestão de Pessoas. são administrativa transitada em julgado com aplicação de
  qualquer pena disciplinar prevista no Estatuto do Servidor
Art. 12.  Os processos de Evolução Funcional ocorre- Público;
rão em intervalos regulares de 12 (doze) meses, tendo seus  
efeitos financeiros em março de cada exercício, benefician- IV - houver obtido 2 (dois) desempenhos superiores à
do os servidores habilitados. média, consideradas as 3 (três) últimas Avaliações de De-
  sempenho;
Art. 13.  O interstício mínimo exigido na Evolução Fun-  
cional: V - não possuir, durante o interstício, 15 (quinze) ou
mais ausências;
 
 
I - será contado em anos, compreendendo o período
VI - houver obtido qualificação profissional, seguindo
entre Janeiro e Dezembro;
as exigências dispostas no Anexo V e observado o disposto
 
no art. 16.
II - começará a ser contado a partir do mês de Janeiro
 
do ano em que o servidor perceber os efeitos financeiros
§ 1º  Para fins do inciso V deste artigo, são considera-
da primeira evolução funcional; das ausências:
   
III - considerará apenas os anos em que o servidor te- I - abonadas: ausências passíveis de abono pelo superior;
nha trabalhado por, no mínimo, 9 (nove) meses, ininterrup-  
tos ou não; II - falta justificada: ausência em caso de necessidade
  ou força maior, mediante requerimento fundamentado do
IV - considerará apenas os dias efetivamente trabalha- servidor e validação do seu chefe imediato;
dos e o período de gozo:  
  III - falta injustificada: ausência sem apresentação de
a) das férias; requerimento ou caso o requerimento apresentado pelo
  servidor não tenha sido aceito pelo chefe imediato, em ra-
b) da licença prêmio, gala, nojo, gestante, adotante e zão da impertinência das justificativas apresentadas.
paternidade;  
  § 2º  A média a que se refere o inciso IV do caput deste
c) de afastamento por doença ocupacional ou acidente artigo é obtida a partir da soma das pontuações obtidas na
de trabalho; Avaliação Periódica de Desempenho, em cada Grupo Ocu-
  pacional, não podendo ser inferior a 70 (setenta) pontos.
d) de período decorrente de convocações pelo Tribunal  
Regional Eleitoral e julgamentos em Tribunal do Júri. § 3º  Excluem-se, de ausência, para fins do inciso V do
  “caput” deste artigo, o período:
§ 1º  Nos casos de licenças e afastamentos descritos  
acima, a Avaliação de Desempenho recairá somente sobre I - das férias;
o período trabalhado.  
  II - da licença prêmio, gala, nojo, gestante, adotante e
§ 2º  Não prejudica a contagem de tempo para os in- paternidade;
terstícios necessários para a Evolução Funcional a nomea-  
ção para cargo em comissão ou a designação para a função III - de afastamento por doença ocupacional ou aci-
de confiança. dente de trabalho;

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

 IV - de período decorrente de convocações pelo Tri-  § 4º  O servidor deve apresentar os respectivos certi-
bunal Regional Eleitoral e julgamentos em Tribunal do Júri. ficados de conclusão, com a indicação das horas de curso
  concluídas e histórico ou programação do curso.
Art. 16.  A Qualificação exigida para a Progressão Verti-  
cal, conforme Anexo V, pode ser obtida mediante: § 5º  O servidor que se habilitar à Progressão Vertical e
  não se beneficiar da mesma por inexistência de disponibili-
I - graduação; dade orçamentária e financeira poderá optar em concorrer
  na Progressão Horizontal desde que cumpra com todos os
II - titulação; requisitos estabelecidos no art. 18 desta Lei.
   
III - capacitação. § 6º  A proibição prevista no § 3º, IV, deste artigo, não
  se aplica para os cursos ou treinamentos custeados pela
§ 1º  A Qualificação deve ser prioritariamente pertinen- Câmara Municipal de Araraquara que tenham adotado
te às atribuições do cargo, exceto nos casos de Graduação processo seletivo aberto a todos os servidores integrantes
de Nível Fundamental e Nível Médio. do Quadro do Legislativo.
   
§ 2º  A Graduação e a Titulação: Art. 17.  A progressão vertical para os cargos com re-
  quisito de ingresso de nível técnico e superior se subme-
I - devem ser reconhecidas pelo Ministério da Educação; tem, ademais da estrutura de qualificação constante do
  Anexo V, às seguintes regras:
II - devem ter validade indeterminada para os fins des-  
ta Lei; I - servidores ocupantes de cargos de nível técnico po-
  derão utilizar qualificação de nível técnico diversa à exigida
III - não podem ser utilizadas mais de uma vez para fins pelo seu cargo de origem ou empregada no concurso de in-
da Evolução Funcional a que se refere esta Lei; (Redação gresso, para fins de habilitação vertical, desde que tenham
pertinência com as atividades por aqueles desenvolvidas;
dada pela Lei Municipal nº 9.165, de 2018)
 
 
II - servidores ocupantes de cargos de nível superior po-
IV - não podem ter sido utilizadas como requisito de
derão utilizar qualificação de nível técnico ou de nível supe-
ingresso no cargo. (Redação dada pela Lei Municipal nº
rior diversa à exigida pelo seu cargo de origem ou emprega-
9.165, de 2018)
da no concurso de ingresso, para fins de habilitação vertical.
 
 
§ 3º  A Capacitação: Parágrafo único.  A qualificação obtida em conformidade
  com este artigo deve ser pertinente às atribuições do cargo.
I - deve ser chancelada pela unidade organizacional  
responsável pela gestão de carreiras da Câmara antes do Seção III
início do curso inerente ao cargo, ou pela Comissão de Da Progressão Horizontal
Gestão de Carreiras após o término do curso que tenha  
sido iniciado antes, ou até 6 (seis) meses após a publicação Art. 18.  A Progressão Horizontal é a passagem de um
desta Lei; Grau para outro, imediatamente superior, dentro do mes-
  mo Nível, mediante Avaliação de Desempenho.
II - deve ser utilizada em no máximo 5 (cinco) anos,  
contados da data do certificado de conclusão até a data de Art. 19.  Está habilitado à Progressão Horizontal o ser-
31 de dezembro do ano anterior àquele em que for feita a vidor que cumulativamente:
avaliação;  
  I - tiver adquirido estabilidade no cargo;
III - pode ser obtida mediante a somatória de cargas  
horárias de cursos de capacitação, respeitadas a carga ho- II - houver exercido as atribuições do cargo pelo inters-
rária mínima de 4 (quatro) horas, por curso, independente- tício de 3 (três) anos no Grau e Nível em que se encontra;
mente do requisito de ingresso para o cargo;  
  III - não tiver contra si, no período de interstício, deci-
IV - não pode ser obtida por meio de cursos ou treina- são administrativa transitada em julgado com aplicação de
mentos custeados pela Câmara Municipal; pena disciplinar, qualquer que seja;
   
V - não pode ser utilizada mais de uma vez para fins de IV - houver obtido 2 (dois) desempenhos superiores à
Evolução Funcional; média do Grupo Ocupacional a que pertence, consideradas
  as 3 (três) últimas Avaliações de Desempenho;
VI - não pode ter sido utilizada, anteriormente à pu-  
blicação desta Lei, para fins de concessão de vantagem re- V - não possuir, durante o interstício 15 (quinze) ou
muneratória. mais ausências.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

 § 1º  A média a que se refere o inciso IV do caput deste  I - assiduidade e pontualidade;


artigo é obtida a partir da soma das pontuações obtidas na  
Avaliação Periódica de Desempenho, em cada Grupo Ocu- II - avaliação funcional.
pacional, não podendo ser inferior a 70 (setenta) pontos.  
  § 1º  A Avaliação Funcional ocorrerá anualmente, a par-
§ 2º  Para fins do inciso V deste artigo, são considera- tir da identificação e mensuração de conhecimentos, habi-
das ausências: lidades e atitudes, exigidos para o bom desempenho do
  cargo e cumprimento da missão institucional da Câmara e
I - abonadas: ausências passíveis de abono pelo superior; da unidade em que estiver em exercício, tendo como pon-
  tuação máxima 100 (cem) pontos.
II - falta justificada: ausência em caso de necessidade  
ou força maior, mediante requerimento fundamentado do § 2º  Os servidores serão classificados, por grupo ocu-
servidor e validação do seu chefe imediato; pacional, em lista para seleção daqueles que irão progredir,
  considerando a média das pontuações obtidas nas Avalia-
III -  falta injustificada: ausência sem apresentação de ções de Desempenho no decorrer do interstício.
requerimento ou caso o requerimento apresentado pelo  
servidor não tenha sido aceito pelo chefe imediato, em ra- § 3º  Em caso de empate será contemplado o servidor
zão da impertinência das justificativas apresentadas. que, sucessivamente:
   
§ 3º  Excluem-se, exclusivamente, do conceito de au- I - nos casos de Progressão Vertical, obtiver titulação
sência, para fins do inciso V: que possua maior pertinência temática ao cargo ocupado;
   
I - das férias; II - estiver há mais tempo sem ter obtido uma Progres-
  são Horizontal ou Vertical;
II - da licença prêmio, gala, nojo, gestante, adotante e
 
paternidade;
III - tiver obtido a maior pontuação na Avaliação de
 
Desempenho mais recente;
III - de afastamento por doença ocupacional ou aci-
 
dente de trabalho;
IV - contabilizar maior tempo de efetivo exercício no
 
IV - de período decorrente de convocações pelo Tri- cargo.
bunal Regional Eleitoral e julgamentos em Tribunal do Júri.  
  Art. 23.  O Sistema de Avaliação de Desempenho será
CAPÍTULO IV regulamentado por Resolução no prazo máximo de 90 (no-
DO SISTEMA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO venta) dias, contados da data de publicação desta Lei.
   
Art. 20.  Fica instituído o Sistema de Avaliação de De- Art. 24.  O servidor nomeado para ocupar cargo em
sempenho, com a finalidade de aprimorar os métodos de comissão ou designado para função de confiança será ava-
gestão, valorizar o servidor, melhorar a qualidade e eficiência liado de acordo com as atribuições do cargo ou função que
do serviço público e gerir o processo de Evolução Funcional. estiver exercendo ou que tiver exercido por mais tempo
  durante o período avaliado.
Parágrafo único.  Compete à Gerência de Gestão de  
Pessoal o gerenciamento do Sistema de Avaliação de De- CAPÍTULO V
sempenho. DA COMISSÃO DE GESTÃO DE CARREIRAS
   
Art. 21.  O Sistema de Avaliação de Desempenho é Art. 25.  Fica criada a Comissão de Gestão de Carreiras,
composto por: composta por 5 (cinco) servidores efetivos, a serem no-
  meados pelo Presidente da Câmara, sendo:
I - avaliação Especial de Desempenho, utilizada para  
fins de aquisição da estabilidade no serviço público, con- I - o Diretor de Suporte Administrativo, atuando como
forme o art. 41, § 4º da Constituição Federal, e para fins da Presidente;
primeira Evolução Funcional;  
  II - 4 (quatro) servidores efetivos, indicados pelo Secre-
II - avaliação Periódica de Desempenho, utilizada tário Geral e nomeados pelo Presidente da Câmara.
anualmente para fins de Evolução Funcional.  
  § 1º  A Comissão deliberará por maioria simples e seu
Art. 22.  A Avaliação Periódica de Desempenho é um presidente só vota em caso de empate.
processo anual e sistemático de aferição do desempenho  
do servidor, utilizada para fins de programação de ações § 2º  A Comissão de Gestão de Carreiras pode deliberar
de capacitação e qualificação e como critério para a Evolu- sobre os assuntos de sua competência sempre que estive-
ção Funcional, compreendendo: rem presentes ao menos 3 (três) de seus membros.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

 § 3º  Compete à Comissão de Gestão de Carreiras:  Art. 27.  Os trabalhos da Comissão de Gestão de Car-
  reiras serão regulamentados por Resolução.
I - julgar os recursos dos servidores relativos à Avalia-  
ção de Desempenho; CAPÍTULO VI
  DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
II - avaliar a pertinência dos cursos de qualificação que  
se pretendem utilizar para fins de Evolução Funcional, inicia- Seção I
dos antes, ou até 6 (seis) meses após a publicação desta Lei; Do Enquadramento
   
III - acompanhar os processos de Evolução Funcional e Art. 28.  Ficam os cargos alterados e renomeados na
de Avaliação de Desempenho; conformidade do Anexo IV desta Lei, observada as seguin-
  tes regras:
IV - receber e avaliar petições dos servidores, cujo con-  
teúdo diga respeito ao processo de avaliação. I - os cargos constantes da coluna “Situação Atual” fi-
  cam com a denominação mantida ou alterada para a cons-
§ 4º  A nomeação do servidor não gera direito a qual- tante da coluna “Situação Nova”; e
quer gratificação, sendo considerada a sua participação  
como ato de relevante serviço público. II - ficam criados os cargos constantes na coluna “Situa-
  ção Nova” sem correspondência na coluna “Situação Atual”.
§ 5º  Os membros da Comissão de Gestão de Carreiras  
nomeados com base no inciso II do «caput” deste artigo Art. 29.  Os atuais ocupantes dos cargos públicos são
terão mandato por 2 (dois) anos, vedada recondução. enquadrados:
   
Art. 26.  O processamento e o julgamento dos recursos I - nos cargos definidos pelos Anexos I e IV, conside-
atenderão o seguinte: rando o cargo ocupado na data da promulgação desta Lei;
   
I - o recurso somente contemplará o resultado da Ava- II - preferencialmente no Nível l, observado o disposto
liação de Desempenho referente à última avaliação; no inciso seguinte e a expressa manifestação do servidor;
   
II - o recurso deve ser protocolizado em até 10 (dez) III - no Grau que corresponder ao vencimento idêntico
dias, contados da ciência da Avaliação de Desempenho ou, se não for possível, no imediatamente superior, à soma
pelo servidor; do valor nominal correspondente às seguintes parcelas re-
  muneratórias apuradas no mês da publicação desta Lei:
III - somente o servidor pode recorrer da sua Avaliação  
de Desempenho; a) vencimento-base, correspondente ao cargo de ori-
  gem; ou
IV - o recurso só será provido quando a Avaliação de  
Desempenho: b) incorporação da diferença entre o vencimento-base
  correspondente ao cargo em comissão ou função de con-
a) não tiver sido executada na forma prevista no regu- fiança e o vencimento-base afeto ao cargo efetivo, acresci-
lamento; do este último de eventuais incorporações realizadas com
  base na Lei Municipal nº 6.646, de 31 de outubro de 2007.
b) tiver se baseado em fatos comprovadamente inve-  
rídicos. § 1º  O cálculo do valor da incorporação utilizará como
  métrica o número total de dias em que o servidor estiver
Parágrafo único.  A Comissão de Gestão de Carreiras ocupando o cargo em comissão ou função de confiança
poderá, a qualquer tempo: utilizando como base de cálculo da incorporação parcial.
   
I - utilizar-se de todas as informações existentes sobre § 2º  Veda-se, após a realização do processo de enqua-
o servidor avaliado; dramento previsto neste artigo, a incorporação de qualquer
  percentual de gratificação ou vantagem remuneratório ao
II - realizar diligências junto às unidades organizacio- vencimento ou salário base do servidor público da Câmara.
nais à qual esteja vinculado o avaliado, solicitando, se ne-  
cessário, a revisão das informações, a fim de corrigir erros Art. 30.  A manifestação do servidor prevista no inciso
ou omissões; II do “caput” do art. 29 desta Lei é obrigatória, devendo ser
  protocolizada até a data de 10 de janeiro de 2018, estando
III - convocar servidor para prestar, como testemunha vedada a sua retratação. Em qualquer hipótese, o enqua-
ou não, informações ou participação opinativa, sem direito dramento irá produzir efeitos a partir da competência de
a voto. janeiro de 2018.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

 Parágrafo único.  Aplicam-se as regras de enquadra-  II - será considerada apenas uma Avaliação de Desem-
mento aos concursos em andamento na data da promul- penho.
gação desta Lei, nos seguintes termos:  
  Art. 34.  O segundo processo de Evolução Funcional man-
I - na hipótese de alteração do parâmetro remunera- terá as exigências de habilitação definidas nesta Lei, exceto a
tório correspondente ao cargo, o ingressante será enqua- necessidade de 2 (dois) desempenhos superiores à média,
drado considerando o valor vencimental que for superior; consideradas as 3 (três) últimas Avaliações de Desempenho.
   
II - assegura-se a nomeação do concursado exclusiva- Parágrafo único.  O segundo processo de Evolução
mente para a vaga eventualmente prevista para o cargo Funcional manterá as exigências de habilitação definidas
constante do edital de concurso vigente e válido, indepen- nesta Lei, exceto as exigências de interstício mínimo no
dentemente da eventual configuração do cargo em regime Grau ou Nível, que será de apenas 1 (um) ano e de média
da avaliação de desempenho, que contará apenas 2 (duas)
de extinção na vacância pela presente Lei.
avaliações.
 
 
Seção II Art. 35.  É vedada a Evolução Funcional aos servidores
Do Quadro Suplementar da Câmara cedidos a outros entes federativos.
   
Art. 31. O Quadro Suplementar encontra-se identifica- Art. 36.  É vedada a Evolução Funcional aos servidores
do no Anexo VI desta Lei, ao qual se aplicam as normas da Câmara investidos em mandato eletivo.
deste Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos, inclusive  
quanto à Evolução Funcional, exceto aos integrantes do CAPÍTULO VII
Anexo VI- A. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
   
§ 1º  Os cargos do Quadro Suplementar extinguem-se Art. 37.  As despesas decorrentes da presente Lei cor-
na sua vacância. rerão à conta das dotações orçamentárias próprias, consig-
  nadas no orçamento vigente.
§ 2º  Os titulares de cargos e empregos do Anexos VI-B  
e VI-C do Quadro Suplementar são remunerados pelas Ta- Art. 38.  Fazem parte da presente Lei os Anexos I, II, III,
belas de Vencimentos desta Lei, conforme correspondência IV, V e VI.
estabelecida no Anexo VI.  
  Art. 39. Revogam-se, expressamente, os arts. 1º, 5º, 25,
§ 3º  Ficam automaticamente extintos os cargos do 27, 32, 35, 36, 37, 38, 52, 53, 53-A, 54, 55, 56, 56-A, 57, 57-A,
Quadro Suplementar que estiverem vagos na data da pu- 95, 96, 97, 98, 99, 100, 101, 102, 103 e 104, bem como os
blicação desta Lei. anexos I, II, IV, VI, VII, VIII, IX e XI, da Lei Municipal nº 6.646,
  de 30 de novembro de 2007.
§ 4º  O parâmetro remuneratório dos servidores inte-  
grantes dos cargos constantes do Anexo VI-A será definido Art. 40. Esta Lei entra em vigor na data de sua publica-
ção, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 2018.
com base na soma das seguintes vantagens remunerató-
rias, respeitado o direito adquirido a valores nominais an-
teriormente concedidos pela legislação regente:
 
I - vencimento-base do emprego exercido, calculado RESOLUÇÃO MUNICIPAL Nº 438, DE 2018.
segundo o valor vigente à data da publicação desta Lei;
 
II - valores devidos a título de incorporação pelo exer-
cício de função de confiança ou cargo em comissão. RESOLUÇÃO MUNICIPAL Nº 438, DE 16 DE JANEIRO
  DE 2018
Seção III  
Das Disposições Gerais Iniciativa: Mesa da Câmara Municipal de Araraquara
   
Art. 32.  Constará do demonstrativo de salários o Nível Regulamenta o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimen-
e o Grau em que estiver enquadrado o servidor. tos e o Sistema de Avaliação de Desempenho da Câmara
  Municipal de Araraquara.
Art. 33.  O primeiro processo de Evolução Funcional  
dar-se-á no ano seguinte ao do enquadramento dos ser- O  Presidente deste Legislativo, usando da atribuição
vidores, mantidas as exigências de habilitação definidas que lhe é conferida pela alínea g do inciso II do artigo 32
nesta Lei. do Regimento Interno da Câmara Municipal de Araraquara,
  anexo à Resolução Municipal nº 399, de 14 de novembro
Parágrafo único.  No primeiro processo de Evolução de 2012, e de acordo com o que aprovou o plenário em
Funcional: sessão ordinária de 16 de janeiro de 2018, promulga a se-
 I - não será exigido interstício mínimo no Grau ou Nível; guinte Resolução:

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

CAPÍTULO I  I - ao término de cada período de 6 (seis) meses de


DISPOSIÇÕES GERAIS efetivo exercício, quando se tratar das 5 (cinco) primeiras
  avaliações;
Art. 1º  Esta Resolução estabelece os critérios e pro-  
cedimentos que serão observados na gestão do Plano de II - 60 (sessenta) dias antes do término do cumprimen-
Cargos, Carreiras e Vencimentos da Câmara Municipal de to do período de estágio probatório, quando se tratar da
Araraquara e nos procedimentos de Avaliação de Desem- última avaliação.
penho, em consonância com a Lei Municipal nº 9.153, de 6  
de dezembro de 2017. § 2º  O formulário de avaliação devidamente preenchi-
  do deverá ser encaminhado à Gerência de Gestão de Pes-
CAPÍTULO II soas no prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis, contados do
DO SISTEMA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO seu recebimento, para aferição da pontuação.
   
Art. 2º  O Sistema de Avaliação de Desempenho é § 3º  A Comissão de Estágio Probatório será composta
composto por: por 3 (três) servidores efetivos, nos seguintes termos:
   
I - Avaliação Especial de Desempenho, utilizada para I - 2 (dois) membros natos, servidores efetivos indi-
fins de aquisição da estabilidade no serviço público, con- cados pelo Secretário Geral e nomeados pelo Presidente
forme o art. 41, § 4º da Constituição Federal; da Câmara, com mandato de 2 (dois) anos, renováveis por
 
mais 2 (dois) anos.
II - Avaliação Periódica de Desempenho, utilizada
 
anualmente para fins de Evolução Funcional.
II - 1 (um) servidor que desempenhe a função de chefia
 
ou supervisão do servidor em processo de avaliação espe-
Art. 3º  São finalidades da Avaliação de Desempenho:
  cial de desempenho;
I - o aprimoramento dos métodos de gestão;  
  § 4º  Na forma do inciso I do § 3º deste Artigo, a in-
II - a melhoria da qualidade e eficiência do serviço público; dicação do Secretário Geral também deverá contemplar 2
  (dois) membros suplentes, a serem nomeados, pelo Presi-
III - avaliar aptidão e capacidade do servidor para o dente da Câmara, no contexto da nomeação dos titulares.
exercício de cargo e função públicos;   
  § 5º  Compete à Comissão de Estágio Probatório:
IV - promover a valorização do servidor, através da  
Evolução Funcional; I - validar a avaliação promovida pelo servidor que de-
  sempenhe a função de chefia ou supervisão do servidor em
V - a gestão do processo de Evolução Funcional. processo de avaliação especial de desempenho;
   
Art. 4º  A gestão do Sistema de Avaliação de Desempe- II - avaliar o pedido de reconsideração do servidor em
nho cabe à Gerência de Gestão de Pessoas. discordância com o resultado de sua avaliação;
   
CAPÍTULO III III - acompanhar o processo de avaliação especial de
DA AVALIAÇÃO ESPECIAL DE DESEMPENHO desempenho.
   
Art. 5º  A Avaliação Especial de Desempenho será rea- § 6º  São regras para o processo e julgamento do pedido
lizada mediante o preenchimento de formulário a cada 6 de reconsideração referido no inciso II do § 5º deste Artigo:
(seis) meses, durante o estágio probatório, para todos os  
servidores ingressantes na Câmara Municipal de Araraquara. I - o pedido de reconsideração somente contemplará o
  resultado da Avaliação Especial de Desempenho referente
Parágrafo único.  Estágio Probatório é o período com- à última avaliação;
preendido entre os três primeiros anos de efetivo exercício  
do servidor ingressante no serviço público em virtude de II - o pedido de reconsideração deve ser protocolizado
concurso público, e tem por finalidade a apuração da apti- em até 10 (dez) dias, contados da ciência da Avaliação de
dão ou inaptidão para o desempenho do cargo para fins de Desempenho pelo servidor;
aquisição de estabilidade.  
  III - somente o servidor pode solicitar a reconsideração
Art. 6º  A Avaliação Especial de Desempenho utilizará de sua Avaliação Especial de Desempenho;
como ferramenta o formulário constante do Anexo I desta  
Resolução. IV - o pedido de reconsideração só será provido na
  hipótese de a Avaliação Especial de Desempenho:
§ 1º  O formulário de Avaliação Especial de Desempenho  
deverá ser preenchido por Comissão de Estágio Probatório, a) não tiver sido executada na forma prevista no regu-
e será disponibilizado pela Gerência de Gestão de Pessoas: lamento;

41
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

b) tiver se baseado em fatos comprovadamente inve-  Art. 9º  A Avaliação Periódica de Desempenho utilizará
rídicos. como ferramenta formulários, classificados em Grupos Ocu-
  pacionais, constantes dos seguintes Anexos desta Resolução:
§ 7º  O resultado da Avaliação Especial de Desempe-  
nho, após validação pela Comissão de Estágio Probatório, I - Anexo III: Formulário de Avaliação Periódica de Desem-
poderá ser impugnado pelo servidor, cabendo ao Presi- penho dos Servidores do Grupo Ocupacional “Fundamental”;
dente ou, na hipótese de delegação, ao Secretário-Geral  
deliberar pela aptidão ou inaptidão do servidor. II - Anexo IV: Formulário de Avaliação Periódica de De-
  sempenho dos Servidores do Grupo Ocupacional “Nível
Art. 7º  Após a aplicação da última Avaliação Especial Médio e Médio Técnico”;
de Desempenho, a Gerência de Gestão de Pessoal promo-  
verá, com base no resultado das avaliações realizadas no III - Anexo V: Formulário de Avaliação Periódica de De-
período, a avaliação final do servidor, declarando-o apto sempenho dos Servidores do Grupo Ocupacional “Nível
ou inapto ao cargo público. Superior”;
   
§ 1º  Será declarado apto ao cargo público, e obterá IV - Anexo VI: Formulário de Avaliação Periódica de De-
a estabilidade funcional, o servidor em estágio probatório sempenho dos Servidores do Grupo Ocupacional “Geren-
que obtiver pontuação final igual ou superior a 70 (setenta) cial e Assessoramento”;
pontos, calculada a partir da média das seis avaliações es-  
peciais de desempenho realizadas durante o período pro- V - Anexo VI -a: Formulário de Avaliação Periódica de
batório. Desempenho dos Servidores do Grupo Ocupacional “As-
  sessoramento”.
§ 2º  Haverá presunção relativa de inaptidão do servi-  
dor que antes do término do estágio probatório tenha de- Art. 10.  Os formulários da Avaliação de Desempenho
sempenho abaixo de 50 (cinquenta) pontos em quaisquer deverão ser preenchidos pela chefia imediata do servidor,
conforme o seu Grupo Ocupacional.
das Avaliações Especiais de Desempenho.
 
 
§ 1º  Serão avaliados os servidores que tenham, no mí-
§ 3º  Na hipótese do parágrafo segundo deste Artigo,
nimo, 9 (nove) meses de trabalho ininterruptos na Câmara
imediatamente após a conclusão da última avaliação do
Municipal de Araraquara, no decorrer do período avaliado.
estágio probatório, deverá o procedimento ser encaminha-
 
do ao Secretário-Geral a quem caberá, após a ampla defesa
§ 2º  A Avaliação de Desempenho será realizada pelo che-
do servidor, emitir parecer substanciado sobre a inaptidão fe imediato do avaliado, considerado assim aquele que por
ou não do servidor, sendo tal parecer submetido à Presi- direito executa a coordenação e liderança sobre o avaliado.
dência da Câmara, que decidirá sobre a declaração de sua  
inaptidão e exoneração. § 3º  O servidor será avaliado pela chefia cujo vínculo
  seja de maior tempo, no decorrer do período avaliado.
CAPÍTULO IV
DA AVALIAÇÃO PERIÓDICA DE DESEMPENHO  
  § 4º  Na impossibilidade de realização da Avaliação de
Art. 8º  A Avaliação Periódica de Desempenho será Desempenho pelo chefe imediato, esta será realizada pelo
realizada anualmente para todos aqueles que não se en- superior hierárquico da chefia, competindo a este promo-
ver o preenchimento, no prazo máximo de 5 (cinco) dias
quadrarem no parágrafo único do artigo primeiro da Lei
úteis, e o posterior encaminhamento à Gerência de Gestão
Municipal nº 9.153, de 6 de dezembro de 2017, a partir da
de Pessoas.
identificação e mensuração de conhecimentos, habilidades
 
e atitudes exigidas para o bom desempenho do cargo e
§ 5º  A ausência do servidor não impedirá a realização
cumprimento da missão institucional da Câmara e da uni-
de sua avaliação;
dade em que estiver em exercício, tendo pontuação máxi-
 
ma de 100 (cem) pontos. § 6º  O servidor deverá ser notificado sobre o resultado
  de sua Avaliação de Desempenho, assim como da data de
§ 1º  O período avaliado compreenderá um ano calen- sua realização.
dário, entre os meses de Janeiro e Dezembro.  
  § 7º  Os formulários de avaliação serão disponibiliza-
§ 2º  Para fins da Avaliação Periódica de Desempenho, dos pela Gerência de Gestão de Pessoas na primeira sema-
bem como para o cálculo de distribuição dos recursos dis- na do mês de dezembro.
poníveis para a evolução funcional e a definição da média  
necessária para a evolução funcional, os cargos efetivos do § 8º  Os formulários de avaliação, devidamente preen-
quadro funcional da Câmara serão classificados em Grupos chidos, deverão ser encaminhados à Gerência de Gestão
Ocupacionais definidos nos termos do Anexo lI desta Re- de Pessoas em até 5 (cinco) dias úteis, a contar da data do
solução. recebimento.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

 § 9º  Quando não for realizada no prazo legal pelo  Art. 13.  Ao término do processo de avaliação perió-
superior hierárquico imediato, a avaliação será disponi- dica de desempenho, os servidores serão classificados em
bilizada ao Diretor da área para preenchimento no prazo lista para a seleção daqueles que vão progredir, conside-
máximo de 5 (cinco) dias ou ao Secretário-Geral, se for o rando a média das notas obtidas na Avaliação de Desem-
caso, e posterior encaminhamento à Gerência de Gestão penho, por Grupo Ocupacional.
de Pessoas.  
  Parágrafo único.  Em caso de empate será contempla-
Art. 11.  Os itens da Avaliação de Desempenho devem do o servidor que, sucessivamente:
ser pontuados conforme segue:  
  I - nos casos de Progressão Vertical, obtiver titulação
I - Sempre: 04 (quatro) pontos; que possua maior pertinência temática ao cargo ocupado;
   
lI - Quase sempre: 03 (três) pontos; II - estiver há mais tempo sem ter obtido uma Progres-
  são Horizontal ou Vertical;
III - Às vezes: 02 (dois) pontos;  
  III - tiver obtido a maior pontuação na Avaliação de
IV - Raramente: 01 (um) ponto; e Desempenho mais recente;
   
V - Nunca: 00 (zero) ponto. IV - contabilizar maior tempo de efetivo exercício no
  cargo.
§ 1º  Em até 30 (trinta) dias após o término de cada  
período de avaliação, deverá a Diretoria de Suporte Admi- Art. 14.  Constituem atribuições do avaliador:
nistrativo confeccionar relatório substanciado apontando  
as principais competências, habilidades, potencialidades I - realizar a avaliação por meio do preenchimento do
desejadas, bem como demandas e deficiências existentes formulário adequado;
junto aos servidores efetivos, submetendo-o à Secretaria-  
-Geral, unidade responsável por definir, de maneira funda- II - dar ciência do resultado da avaliação aos servidores
mentada, o peso de cada item dos formulários da Avalia- avaliados, mantendo sigilo deste face a demais servidores;
ção de Desempenho a serem utilizados no período de ava-  
liação seguinte, divulgando-os apenas após a conclusão do III - encaminhar o formulário devidamente preenchido
respectivo processo. à área responsável pela avaliação de desempenho no prazo
  indicado; e
§ 2º  A descrição das competências definidas para cada  
um dos formulários da Avaliação de Desempenho pode- IV - solicitar informações sobre a assiduidade e a pon-
rá ser revista ou modificada a cada processo de evolução tualidade dos servidores avaliados à Gerência de Gestão
funcional, conforme sugestão e orientação da Gerência de de Pessoas.
Gestão de Pessoal, tendo em vista o aperfeiçoamento do  
processo de avaliação dos servidores da Câmara. CAPÍTULO V
  DA PROGRESSÃO VERTICAL
Art. 12.  A assiduidade e a pontualidade são elementos  
integrais da avaliação de desempenho e serão mensuradas Art. 15.  O servidor que quiser concorrer à progressão
e pontuadas negativamente na seguinte proporção: vertical deverá preencher os requisitos constantes da legis-
  lação referente à progressão vertical.
I - até 3 (três) ausências: perda de 3 (três) pontos;  
  § 1º  A qualificação deve ser aprovada pela Gerência de
II - de 4 (quatro) a 5 (cinco) ausências: perda de 5 (cin- Gestão de Pessoas antes do início do curso, ou pela Comis-
co) pontos; são de Gestão de Carreiras após o término do curso, caso
  ele tenha sido iniciado antes, ou em até 6 (seis) meses após
III - de 06 (seis) a 10 (dez) ausências: perda de 10 (dez) a publicação desta Resolução, exceto nos casos de Gradua-
pontos; ção de Nível Fundamental e Nível Médio.
   
IV - mais de 10 (dez) ausências: perda de 15 (quinze) § 2º  Para validar o curso de qualificação que pretende
pontos. realizar, o servidor deve encaminhar requerimento espe-
  cífico à Gerência de Gestão de Pessoas, em tempo hábil,
Parágrafo único.   Para fins do “caput” deste Artigo, antes do início do curso.
considera-se ausência toda falta injustificada, compreen-  
dendo ausência sem apresentação de requerimento ou § 3º  A Gerência de Gestão de Pessoas deverá emitir
caso o requerimento apresentado pelo servidor não tenha o seu parecer acerca da validade do curso de qualificação
sido aceito pelo chefe imediato, em razão da impertinência para a evolução funcional em até 15 (quinze) dias, conta-
das justificativas apresentadas. dos a partir da data do requerimento do servidor.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

 § 4º  O servidor poderá recorrer, por meio de pedido III - avaliar os pedidos de reconsideração, referentes
de reconsideração, da decisão da Gerência de Gestão de aos cursos de qualificação a serem utilizados pelo servidor
Pessoas quanto à não validação do curso de qualificação, na progressão vertical;
para efeitos de habilitação à progressão vertical, que será  
avaliado pela Comissão de Gestão de Carreiras. IV - validar os formulários de avaliação em conjunto
  com a Gerência de Gestão de Pessoas;
Art. 16.  Para concorrer à progressão vertical, o servidor  
deverá encaminhar à Gerência de Gestão de Pessoas o cer- V - acompanhar os processos de Evolução Funcional e
tificado de conclusão da qualificação até o último dia útil de Avaliação Periódica de Desempenho;
do período de avaliação de desempenho.  
VI - receber e avaliar petições dos servidores, cujo con-
 
CAPÍTULO VI teúdo diga respeito ao processo de avaliação.
DA COMISSÃO DE GESTÃO DE CARREIRAS  
§ 1º  São regras para o processo e julgamento dos re-
 
cursos referidos no inciso I do «caput” deste Artigo:
Art. 17.  Fica criada a Comissão de Gestão de Carreiras,  
composta por 5 (cinco) servidores efetivos, a serem no- I - o recurso somente contemplará o resultado da Avalia-
meados pelo Presidente da Câmara, sendo: ção Periódica de Desempenho referente à última avaliação;
   
I - o Diretor de Suporte Administrativo, atuando como lI - o recurso deve ser protocolizado em até 10 (dez)
Presidente; dias, contados da ciência da Avaliação Periódica de Desem-
  penho pelo servidor;
II - 4 (quatro) servidores efetivos, indicados pelo Secre-  
tário-Geral e nomeados pelo Presidente da Câmara. III - somente o servidor pode recorrer da sua Avaliação
  Periódica de Desempenho; e
§ 1º  A Comissão deliberará por maioria simples e seu  
presidente só vota em caso de empate. IV - o recurso só será provido quando a Avaliação Pe-
  riódica de Desempenho:
§ 2º  Na forma do inciso II do «caput” deste Artigo, a  
indicação do Secretário-Geral também deverá conter, no a) não tiver sido executada na forma prevista no regu-
mínimo, 2 (dois) membros suplentes, cuja ratificação ocor- lamento;
 
rerá no contexto da nomeação dos titulares, a cargo do
b) tiver se baseado em fatos comprovadamente inve-
Presidente da Câmara. rídicos.
   
§ 3º  A Comissão de Gestão de Carreiras pode deli- § 2º  A Comissão de Gestão de Carreiras poderá, a
berar sobre os assuntos de sua competência sempre que qualquer tempo:
estiverem presentes ao menos 3 (três) de seus membros,  
cabendo ao Presidente da Comissão de Gestão de Carrei- I - utilizar-se de todas as informações existentes do
ras convocar tantos suplentes quanto se fizerem necessário servidor avaliado;
para atingir o quórum mínimo de deliberação.  
  II - realizar diligências junto às chefias, solicitando, se
§ 4º  A nomeação do servidor não gera direito a qual- necessário, a revisão das informações, a fim de corrigir er-
quer gratificação, sendo considerada a sua participação ros ou omissões;
como ato de relevante serviço público.  
  III - convocar servidor para prestar informações ou par-
§ 5º  Os membros da Comissão de Gestão de Carreiras ticipação opinativa, sem direito a voto;
nomeados com base no inciso II do «caput” deste Artigo,  
bem como base no § 2º, terão mandato por 2 (dois) anos, IV - convocar, excepcionalmente, servidor para auxiliar,
administrativamente, a comissão na gestão de recursos e
vedada recondução.
pedidos de reconsideração.
 
 
Art. 18.  Compete à Comissão de Gestão de Carreiras: Art. 19.  A Comissão de Gestão de Carreiras reúne-se:
   
I - julgar os recursos dos servidores relativos à Avalia- I - antes do início do processo de Avaliação Periódica
ção Periódica de Desempenho; de Desempenho, para validar os formulários em conjun-
  to com a Gerência de Gestão de Pessoas, responsável pela
II - avaliar a pertinência dos cursos de qualificação ini- operacionalização do processo;
ciados antes, ou até 6 (seis) meses após a publicação des-  
te ato normativo, e que se pretendem utilizar para fins de II - durante o período de avaliação de desempenho,
Evolução Funcional; para avaliação da pertinência dos cursos que se pretendem
  utilizar para fins de Evolução Funcional;

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

 III - após o término do processo de avaliação de de- CAPÍTULO ÚNICO


sempenho, para julgar os recursos dos servidores relativos Da Divisão Administrativa do Município
à avaliação; e
  Art. 8º O Município poderá dividir-se, para fins admi-
IV - extraordinariamente, sempre que convocada pelo nistrativos, em Distritos a serem criados, alterados, orga-
seu presidente, Secretário-Geral ou Presidente da Câmara. nizados e suprimidos por lei após consulta plebiscitária,
  observadas a legislação federal e a estadual e o atendi-
§ 1º  As convocações para as reuniões podem ser rea- mento aos requisitos estabelecidos no artigo 10 desta Lei
lizadas por meio eletrônico, constando a pauta, data e ho- Orgânica.
rário da reunião, com antecedência mínima de 01 (um) dia; § 1º A criação do Distrito poderá efetuar-se mediante
  fusão de dois ou mais Distritos, que serão suprimidos, sen-
§ 2º  Havendo necessidade, a Comissão de Gestão de do dispensada, nesta hipótese, a verificação dos requisitos
do artigo 10 desta Lei Orgânica.
Carreiras poderá requisitar membros auxiliares de outras
§ 2º A lei que aprovar a supressão de Distrito redefi-
unidades organizacionais, para participação opinativa.
nirá o perímetro do Distrito do qual se originou o Distrito
 
CAPÍTIULO VII suprimido.
DISIPOSIÇÕES GERAIS § 3º O Distrito terá o nome da respectiva sede.
§ 4º A Sede do Município não será objeto de fusão,
 
extinção ou desmembramento.
Art. 20.  Ficam revogados os Atos número 60 e 61, de
Art. 9º A lei de criação de Distritos somente será apro-
30 de dezembro de 2008, de autoria da Mesa da Câmara
vada se obtiver o voto favorável de 2/3 (dois terços) dos
Municipal de Araraquara. membros da Câmara Municipal.
  Parágrafo Único. A votação obrigatoriamente será em
Art. 21.  Esta Resolução entra em vigor na data da sua 2 (dois) turnos, com interstício de 10 (dez) dias.
publicação. Art. 10. São requisitos para a criação de Distritos:
I - população, eleitorado e arrecadação não inferiores à
quinta parte exigida para a criação do Município;
II - existência de, pelo menos, cinquenta moradias, es-
cola pública, posto de saúde e posto policial;
LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE III - a comprovação do atendimento às exigências enu-
ARARAQUARA, CONSOLIDADA ATÉ A meradas neste artigo far-se-á mediante:
EMENDA ORGANIZACIONAL Nº 43/2016. a) declaração emitida pela Fundação Instituto Brasilei-
ro de Geografia e Estatística – IBGE, de estimativa de po-
pulação;
b) certidão, emitida pelo Tribunal Regional Eleitoral,
TÍTULO I certificando o número de eleitores;
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES c) certidão, emitida pelo agente municipal de estatís-
Art. 1º O Município de Araraquara, pessoa jurídica de tica ou pela repartição fiscal do Município, certificando o
direito público interno, é unidade territorial que integra a número de moradias;
organização político-administrativa da República Federati- d) certidão do órgão fazendário estadual e do munici-
va do Brasil, e é dotada de autonomia política, administra- pal, certificando a arrecadação na respectiva área territorial;
tiva, financeira e legislativa, nos termos assegurados pela e) certidão emitida pela Prefeitura ou pelas Secretarias
Constituição Federal, pela Constituição do Estado, por esta de Educação, de Saúde e de Segurança Pública do Estado,
Lei Orgânica e pela legislação ordinária pertinente. certificando a existência de escola pública e de postos de
Art. 2º O Poder emana do povo local, que o exerce por saúde e policial na povoação-sede.
Art. 11. Na fixação das divisas distritais serão obser-
meio de seus representantes eleitos ou diretamente, nos
vadas as seguintes normas, além daquelas previstas em lei
termos da Constituição Federal e desta Lei Orgânica.
estadual:
Art. 3º O território do Município é composto pelas
I - evitar-se-ão, tanto quanto possível, formas assimé-
Áreas Urbana, Rural e Distritos. tricas, estrangulamentos e alongamentos exagerados;
Art. 4º A Cidade de Araraquara é a sede do Município II - dar-se-á preferência, para a delimitação, às linhas
e abriga os Poderes Executivo e Legislativo locais. naturais, facilmente identificáveis;
Art. 5º Constituem bens do Município todas as coisas III - na inexistência de linhas naturais, utilizar-se-á linha
móveis, imóveis e semoventes, direitos e ações que, a qual- reta, cujos extremos, pontos naturais ou não, sejam facil-
quer título, lhe pertençam, ou venham a lhe pertencer. mente identificáveis e tenham condições de fixidez;
Art. 6º São símbolos do Município o Brasão, a Bandei- IV - é vedada a interrupção de continuidade territorial
ra e o Hino, representativos de sua cultura e história. do Município ou Distrito de origem.
Art. 7º O Município comemora a data de sua fundação Parágrafo único. As divisas distritais serão descritas
no dia 22 de agosto. trecho a trecho, salvo para evitar duplicidade, nos trechos
que coincidirem com os limites municipais.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Art. 12. A alteração da divisão administrativa do Mu- XVIII – executar ou autorizar obras de:
nicípio far-se-á através de lei municipal, garantida a parti- a) abertura, pavimentação e conservação de vias e dre-
cipação popular. nagem pluvial, ressalvada a responsabilidade do loteador,
Art. 13. A instalação do Distrito se fará perante o Juiz nos termos da legislação Federal e Municipal;
de Direito da Comarca, na sede do Distrito. b) construção e conservação de estradas, parques, jar-
dins e hortos florestais;
TÍTULO II c) construção e conservação de estradas vicinais;
DA COMPETÊNCIA MUNICIPAL d) edificação e conservação de prédios públicos muni-
cipais e, quando autorizado em lei, a conservação ou res-
Art. 14. Compete ao Município: tauração de imóveis de interesse social ou do patrimônio
I - legislar sobre assuntos de interesse local; histórico do Município.
II - suplementar a legislação federal e a estadual, no XIX - fixar:
que couber; a) tarifas dos serviços públicos, inclusive dos serviços
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competên-
de táxi e assemelhados;
cia, bem como aplicar as suas rendas, sem prejuízo da obri-
b) horário de funcionamento dos estabelecimentos in-
gatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos
dustriais, comerciais e de serviços, exceto serviços bancários.
prazos fixados por lei;
XX - sinalizar as vias públicas urbanas e rurais;
IV - criar, organizar e suprimir Distritos, observado o
disposto nesta Lei Orgânica e na legislação federal e esta- XXI - regulamentar a utilização de vias e logradouros
dual pertinente; públicos;
V - instituir a Guarda Municipal, destinada à proteção XXII - conceder licença, observada a legislação perti-
de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei; nente, para:
VI - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de a) localização, instalação e funcionamento de estabele-
concessão ou permissão, entre outros, os seguintes serviços: cimentos industriais, comerciais e de serviços;
a) transporte coletivo, que terá caráter essencial; b) fixação de cartazes, letreiros, anúncios, faixas, em-
b) abastecimento de água e esgotos sanitários; blemas e utilização de alto-falantes para fins de publicida-
c) mercados, feiras e matadouros locais; de e propaganda;
d) cemitérios e serviços funerários; c) exercício de comércio eventual ou ambulante;
e) iluminação pública; d) realização de jogos, espetáculos e divertimentos pú-
f) limpeza pública, coleta domiciliar e destinação final blicos, observadas as prescrições legais;
do lixo. e) prestação de serviços de táxi e assemelhados.
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da XXIII- promover, juntamente com a União e o Estado,
União e do Estado, serviços de atendimento à saúde pú- a orientação e defesa do consumidor;
blica; XXIV – Dispor de um sistema municipal de Arquivos
VIII - manter, com a cooperação técnica e financeira da que compreenda os arquivos correntes (de cada órgão mu-
União e do Estado, programas de educação; nicipal), intermediário (para guarda periódica e triagem) e
IX - realizar serviços de assistência social, diretamente permanente (manutenção histórica).
ou por meio de instituições privadas, conforme critérios e Art. 15. Além das competências previstas no artigo an-
condições fixadas em lei; terior, o Município exercitará as competências enumeradas
X - realizar programas de apoio às práticas desportivas; no artigo 23 da Constituição Federal, resguardado o inte-
XI - promover a cultura e o lazer; resse da população local.
XII - promover a proteção e preservação do patrimô- Art. 16. O Município não concederá alvarás, licenças e
nio histórico, arquitetônico, paleontológico, etnográfico,
autorizações, devendo proceder à cassação das concedidas
arquivístico, bibliográfico, artístico, paisagístico, cultural,
a estabelecimentos e entidades que praticarem, compro-
ambiental e científico do Município de Araraquara, obser-
vadamente, qualquer tipo de discriminação que afronte o
vada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual;
ordenamento jurídico.
XIII - preservar a vegetação natural, a fauna, a flora, os
mananciais e os recursos hídricos e combater a poluição
em qualquer de suas formas; TÍTULO III
XIV - fomentar as atividades econômicas e sociais, em DOS PODERES MUNICIPAIS
todas as suas formas, inclusive a artesanal;
XV - realizar atividades de defesa civil, inclusive de Art. 17. O Governo Municipal é constituído pelos Po-
combate a incêndios e de prevenção de acidentes naturais, deres Legislativo e Executivo, independentes e harmônicos
em cooperação com a União e o Estado; entre si.
XVI - promover, no que couber, adequado ordena- Parágrafo único. É vedado aos Poderes Municipais a
mento territorial, mediante planejamento e controle do delegação recíproca de atribuições, salvo nos casos previs-
uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano, na tos nesta Lei Orgânica.
forma da legislação pertinente;
XVII - elaborar e executar o Plano Diretor; CAPÍTULO I

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Do Poder Legislativo § 7º O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia


SEÇÃO I da declaração anual de bens apresentada à Delegacia da
Da Composição da Câmara Municipal Receita Federal, na conformidade da legislação do Imposto
sobre a Renda e proventos de qualquer natureza, com as
Art. 18. O Poder Legislativo é exercido pela Câmara necessárias atualizações, para suprir a exigência contida no
Municipal, composta de Vereadores eleitos para cada legis- “caput” e nos §§ 4º e 6º deste artigo.
latura, entre cidadãos maiores de dezoito anos, no exercí- § 8º O Vereador que deixar de cumprir o previsto nos
cio dos direitos políticos, pelo voto direto e secreto. §§ 3º e 4º ficará impedido de tomar posse.
Art. 19. Fica fixado em 18 (dezoito) o número de ve-
readores à Câmara Municipal de Araraquara, observados SEÇÃO III
os limites estabelecidos na Constituição Federal e as se- Das Atribuições da Câmara Municipal
guintes normas:
I - o número de habitantes a ser utilizado como base Art. 21. Cabe à Câmara, com a sanção do Prefeito, le-
de cálculo do número de Vereadores será aquele fornecido gislar sobre matérias de competência do Município, espe-
mediante Certidão, pela Fundação Instituto Brasileiro de cialmente sobre:
Geografia e Estatística – IBGE; I - assuntos de interesse local, inclusive suplementando
II - sempre que for alterado o número de Vereadores a legislação federal e a estadual no que diz respeito:
o Presidente da Câmara o comunicará ao Tribunal Regional a) à saúde, ao bem-estar social e à proteção e garantia
Eleitoral. dos cidadãos;
III - Revogado. b) à proteção de documentos, obras e outros bens de
IV - Revogado. valor histórico, artístico e cultural, como os monumentos, as
(Artigo 19 e incisos - *redação Emenda nº 39/11) paisagens naturais e os sítios arqueológicos do Município;
c) à evasão, destruição e descaracterização de obras
SEÇÃO II de arte e outros bens de valor histórico, artístico e cultural
Da Posse do Município;
d) aos meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
Art. 20. A Câmara reunir-se-á em sessão solene, no dia e) à proteção do meio ambiente e ao combate à poluição;
1º de janeiro do primeiro ano da legislatura, para a posse f) ao incentivo à indústria e ao comércio;
de seus membros. g) à criação de distritos industriais;
§ 1º Sob a presidência do Vereador mais votado entre h) ao fomento da produção agropecuária e à organiza-
os presentes, os demais Vereadores prestarão compromis- ção do abastecimento alimentar;
so e tomarão posse, cabendo ao Presidente prestar o se- i) à promoção de programas de construção de mora-
guinte compromisso: dias, melhorando as condições habitacionais e de sanea-
“PROMETO CUMPRIR A CONSTITUIÇÃO FEDERAL, A mento básico;
CONSTITUIÇÃO ESTADUAL E A LEI ORGÂNICA MUNICIPAL, j) ao combate às causas da pobreza e aos fatores de
OBSERVAR AS LEIS, DESEMPENHAR O MANDATO QUE ME marginalização, promovendo a integração social dos seto-
FOI CONFIADO E TRABALHAR PELO PROGRESSO DO MU- res desfavorecidos;
NICÍPIO E O BEM-ESTAR DE SEU POVO”. l) ao registro, acompanhamento e fiscalização das con-
§ 2º Prestado o compromisso pelo Presidente, o Se- cessões de pesquisas e exploração dos recursos hídricos e
cretário que for designado para esse fim fará a chamada minerais em seu território;
nominal de cada Vereador, que declarará: m) ao estabelecimento e implantação da política de
“ASSIM O PROMETO”. educação para o trânsito;
§ 3º O Vereador que não tomar posse na sessão pre- n) à cooperação com a União e o Estado, tendo em
vista neste artigo deverá fazê-lo no prazo de quinze dias, vista o desenvolvimento sustentável do Município;
salvo motivo justo aceito pela Câmara. o) ao uso e ao armazenamento de agrotóxicos, seus
§ 4º No ato da posse, os Vereadores deverão compro- componentes e afins;
var a sua desincompatibilização e apresentar declaração de p) às políticas públicas do Município;
bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, q) à proteção e garantia dos direitos das pessoas por-
sendo ambas transcritas em livro próprio, resumidas em tadoras de necessidades especiais.
ata e divulgadas para o conhecimento público. II - tributos municipais, bem como autorizar isenções e
§ 5º A declaração compreenderá imóveis, semoventes, anistias fiscais e a remissão de dívidas;
dinheiro, títulos, ações e qualquer outra espécie de bens e III - orçamento anual, plano plurianual e diretrizes or-
valores patrimoniais, localizados no País ou no exterior, e, çamentárias, bem como autorização para abertura de cré-
quando for o caso, abrangerá os bens e valores patrimoniais ditos suplementares e especiais;
do cônjuge ou companheiro, dos filhos e de outras pessoas IV - obtenção de empréstimos e operações de crédito,
que vivam sob a dependência econômica do declarante, ex- bem como a forma e os meios de pagamento;
cluídos apenas os objetos e utensílios de uso doméstico. V - concessão de auxílios e subvenções;
§ 6º A declaração de bens será atualizada na data em VI - concessão e permissão de serviços públicos;
que o agente político deixar o exercício do mandato. VII - concessão de direito real de uso de bens imóveis;

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

VIII - alienação, permissão e concessão de uso de bens XIII - processar e julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os
imóveis bem como sua afetação e desafetação; Vereadores, na forma desta Lei Orgânica;
IX - aquisição de bens imóveis, quando se tratar de XIV - representar ao Procurador-Geral da Justiça, me-
doação com encargos, não se considerando como tal a diante a aprovação de dois terços de seus membros, contra
simples destinação específica do bem; o Prefeito, o Vice-Prefeito e Secretários Municipais ou ocu-
X - criação, organização e supressão de distritos, ob- pantes de cargos de mesma natureza, pela prática de crime
servada a legislação estadual e esta Lei Orgânica; contra a Administração Pública de que tiver conhecimento;
XI - criação, alteração e extinção de cargos, empregos XV - dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, conhecer
e funções públicas e fixação de respectiva remuneração; de sua renúncia e afastá-los definitivamente do cargo, nos
XII - Plano Diretor; termos previstos em lei;
XIII - denominação de próprios, vias e logradouros pú- XVI - conceder licença ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e
blicos e alteração da denominação dos mesmos; aos Vereadores para afastamento do cargo, nos termos
XIV - criação da Guarda Municipal, destinada a prote- desta Lei Orgânica;
ger bens, serviços e instalações do Município; XVII - criar comissões especiais de inquérito sobre fato
XV - ordenamento, parcelamento, uso e ocupação do determinado que se inclua na competência municipal, sem-
solo urbano; pre que o requerer pelo menos um terço de seus membros;
XVI - organização e prestação de serviços públicos. XVIII - convocar os Secretários Municipais ou ocupan-
Art. 22. Compete à Câmara, privativamente, entre ou- tes de cargos da mesma natureza para prestar informações
tras, as seguintes atribuições: sobre matéria de sua competência;
I - eleger sua Mesa Diretora, bem como, destituí-la, na XIX - solicitar informações ao Prefeito sobre assuntos
forma desta Lei Orgânica e do Regimento Interno; referentes à Administração;
II - elaborar o seu Regimento Interno; XX - autorizar referendo e convocar plebiscito;
III - fixar o subsídio do Prefeito, do Vice-Prefeito, e dos XXI - decidir sobre a perda de mandato de Vereadores
Secretários Municipais, em parcela única e em moeda cor- por voto a descoberto e maioria absoluta, nas hipóteses
rente, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adi- previstas nesta Lei Orgânica;
cional, abono ou prêmio, verba de representação ou outra XXII - conceder título honorífico a pessoas que tenham
espécie remuneratória; (*redação Emenda nº 38/11) reconhecidamente prestado serviços ao Município, me-
IV - exercer, com o auxílio do Tribunal de Contas do diante Decreto Legislativo aprovado pela maioria de dois
Estado de São Paulo, a fiscalização contábil, financeira, or- terços de seus membros;
çamentária, operacional e patrimonial do Município; XXIII - instituir a Ouvidoria Municipal de Araraquara,
V - tomar e julgar as contas do Prefeito, deliberando que será regulamentada por resolução aprovada por maio-
ria absoluta dos membros da Câmara Municipal;
sobre o Parecer do Tribunal de Contas do Estado, no prazo
XXIV - deliberar sobre assuntos de sua economia in-
máximo de sessenta dias de seu recebimento, observados
terna, mediante Resolução e, nos demais casos de sua
os seguintes preceitos:
competência privativa, por meio de Decreto Legislativo;
a) o Parecer do Tribunal somente deixará de prevalecer
XXV - apreciar os vetos;
por decisão de dois terços dos membros da Câmara; XXVI - requerer a intervenção de Estado no Município,
nos casos previstos na Constituição Federal;
b) decorrido o prazo de sessenta dias sem deliberação XXVII - decretar a perda do mandato do Prefeito e dos
pela Câmara, o Parecer será incluído na Ordem do Dia, sobres- Vereadores, nos casos indicados na Constituição Federal,
tando-se as demais deliberações, até que se ultime a votação; nesta Lei Orgânica e nas demais legislações pertinentes;
XXVIII - autorizar a realização de empréstimos, aplica-
c) decorrido o prazo de sessenta dias sem deliberação ções ou acordos externos de qualquer natureza, de interes-
pela Câmara, o Parecer será incluído na Ordem do Dia, sobres- se do Município.
tando-se as demais deliberações, até que se ultime a votação. § 1º É fixado em trinta dias, prorrogáveis por igual pe-
ríodo, desde que a prorrogação seja solicitada e devida-
VI - sustar os atos normativos do Poder Executivo que mente justificada, o prazo para que os responsáveis pelos
exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de dele- órgãos da administração direta e indireta do Município
gação legislativa; prestem as informações solicitadas pela Câmara.
VII - dispor sobre sua organização, funcionamento e § 2º Não sendo prestadas as informações solicitadas
polícia; no prazo estipulado no parágrafo anterior, o Presidente da
VIII - criar e extinguir cargos, empregos e funções de Câmara, sob pena de responsabilidade, oficiará ao Minis-
seus serviços e fixar os respectivos vencimentos através de tério Público para as providências judiciais cabíveis, sem
lei de sua iniciativa; prejuízo das demais sanções previstas em lei.
IX - autorizar o Prefeito a se ausentar do Município por
mais de quinze dias e, do País, por qualquer tempo; SEÇÃO IV
X - mudar temporariamente a sua sede; Da Fiscalização Contábil, Financeira,
XI - fiscalizar e controlar a Administração direta e in- Orçamentária, Operacional e Patrimonial
direta;
XII - proceder à tomada de contas do Prefeito, quando Art. 23. A fiscalização contábil, financeira, orçamentá-
não apresentadas à Câmara dentro do prazo de sessenta ria, operacional e patrimonial do Município e das entidades
dias após a abertura da sessão legislativa; da Administração direta e indireta, quanto à legalidade,

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

legitimidade, economicidade, aplicação de subvenções e Art. 30. O ex-prefeito não poderá receber, a título de
renúncia de receitas próprias ou repassadas será exercida aposentadoria, pensão ou qualquer outra vantagem pe-
pela Câmara Municipal, mediante controle externo e pelos cuniária subordinada à investidura em questão, que sejam
sistemas de controle interno do Poder Executivo, conforme provenientes dos cofres municipais.
previsto em lei. Art. 31. O Vice-Prefeito investido em cargo em comis-
§ 1º O controle externo será exercido com o auxílio do são, na administração direta, indireta ou fundacional do
Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Município, deverá optar entre o subsídio do mandato e os
§ 2º O parecer prévio anual, emitido pelo Tribunal de vencimentos do cargo.
Contas do Estado de São Paulo, só será rejeitado pelo voto
SEÇÃO VI
de dois terços dos membros da Câmara Municipal.
Da Eleição da Mesa Diretora
§ 3º As contas do Município deverão ficar anualmente,
durante sessenta dias, à disposição de qualquer contribuin- Art. 32. Imediatamente após a posse, os Vereadores
te, em local de fácil acesso, para exame e apreciação, o qual reunir-se-ão sob a presidência do Vereador mais votado
poderá questionar-lhes a legitimidade nos termos da lei. entre os presentes e, havendo maioria absoluta dos mem-
Art. 24. Os responsáveis pelo controle interno, ao to- bros da Câmara, elegerão os componentes da Mesa Dire-
marem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilega- tora, que ficarão automaticamente empossados.
lidade, dela devem dar ciência ao Tribunal de Contas, sob § 1º O mandato da Mesa será de dois anos, vedada a
pena de responsabilidade solidária. recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente
Art. 25. Prestará contas, conforme estabelecido pela subsequente da mesma legislatura.
legislação pertinente, toda pessoa física, entidade pública § 2º Na hipótese de não haver número suficiente para
ou privada que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou admi- eleição da Mesa, o Vereador mais votado entre os presen-
nistre dinheiros, bens e valores públicos do Município ou tes permanecerá na Presidência e convocará sessões diá-
que por eles responda, ou que, em nome deste, assuma rias, até que seja eleita a Mesa.
obrigação de natureza pecuniária. § 3º A eleição da Mesa sucessora realizar-se-á na últi-
ma sessão ordinária da sessão legislativa, considerando-se
SEÇÃO V os eleitos automaticamente empossados no dia 1º de ja-
neiro do ano subsequente.
Do subsídio dos Agentes Políticos
§ 4º A Mesa da Câmara será composta por Presidente,
Vice-Presidente, 1º Secretário e 2º Secretário, cabendo ao
Art. 26. O subsídio do Prefeito, do Vice- Prefeito e dos Regimento Interno disciplinar a forma de sua eleição e as
Secretários Municipais será fixado pela Câmara Municipal, hipóteses de sucessão ou substituição, nos impedimentos
por Lei de sua iniciativa, assegurada a revisão geral anual, ou ausências, de qualquer de seus membros.
sempre na mesma data e sem distinção dos índices que § 5º Qualquer componente da Mesa poderá ser desti-
forem concedidos aos servidores locais. (*redação Emenda tuído pelo voto da maioria absoluta dos membros da Câ-
nº 38/11) mara, quando faltoso, omisso ou ineficiente no desempe-
§ 1º O subsídio do Vice-Prefeito Municipal não poderá nho de suas atribuições, cabendo ao Regimento Interno da
ser superior a 50% (cinquenta por cento) do atribuído, a Câmara dispor sobre o processo de destituição e sobre a
igual título, ao Prefeito do Município. substituição do membro destituído.
§ 2º O subsídio do Vice-Prefeito deverá observar cor-
relação com as atribuições que lhe forem conferidas pela SEÇÃO VII
legislação municipal. Das Atribuições da Mesa Diretora
Art. 27. O subsídio dos Vereadores será fixado pela
Câmara Municipal, por Decreto Legislativo, no último ano Art. 33. Compete à Mesa da Câmara, além de outras
da legislatura, até trinta dias antes das eleições, vigoran- atribuições estipuladas no Regimento Interno:
I - enviar ao Prefeito, até o dia 15 de março, as contas
do para a legislatura subsequente, vedada a revisão geral
do exercício anterior;
anual.
II - propor ao Plenário projetos de lei que criam e ex-
Parágrafo único. O subsídio dos Vereadores terá tinguem cargos, empregos e funções de seus serviços e a
como limite máximo o valor percebido como subsídio pelo fixação da respectiva remuneração;
Prefeito, atendidos os limites previstos nos artigos 29 e 29- III - declarar a perda de mandato de Vereador, de ofício
A, da Constituição Federal. ou por provocação de qualquer dos membros da Câmara,
Art. 28. No caso da não fixação dos subsídios do Pre- nos casos previstos no artigo 56 desta Lei Orgânica, asse-
feito, do Vice-Prefeito, dos Vereadores e dos Secretários gurada ampla defesa, nos termos do Regimento Interno;
Municipais, prevalecerá o subsídio correspondente ao IV - encaminhar ao Poder Executivo, até 15 de agosto,
mês de dezembro do último ano da legislatura. (*redação a proposta orçamentária parcial da Câmara Municipal.
Emenda nº 38/11) Parágrafo Único. A Mesa decidirá sempre por maioria
Art. 29. A lei fixará critérios de reembolso de despesas de seus membros.
de viagem do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, Art. 34. Ao Presidente da Mesa compete representar
quando em missão de interesse do Município. a Câmara, em juízo ou fora dele, e dirigir os trabalhos da
Parágrafo Único. O reembolso das despesas de que edilidade e dos demais membros da Mesa, entre outras
trata este artigo não será considerado como remuneração. atribuições que lhe são conferidas pelo Regimento Interno.

49
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

SEÇÃO VIII § 2º Às comissões, em razão da matéria de sua com-


Das Sessões petência, cabe:
I - realizar audiências públicas com entidades da so-
Art. 35. A sessão legislativa anual desenvolve-se de ciedade civil;
dezesseis de janeiro a trinta de junho e de onze de julho II - convocar Secretários Municipais ou ocupantes de
a dez de dezembro, independentemente de convocação. cargos da mesma natureza para prestar informações sobre
§ 1º As reuniões marcadas para as datas estabelecidas assuntos inerentes às suas atribuições;
no caput serão transferidas para o primeiro dia útil subse- III - receber petições, reclamações, representações ou
quente quando recaírem em sábados, domingos, feriados queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das
ou quando suspenso o expediente. autoridades ou entidades públicas;
§ 2º A Câmara reunir-se-á em sessões ordinárias, ex- IV - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou
traordinárias, solenes e secretas, conforme dispuser o seu cidadão;
Regimento Interno e as remunerará de acordo com o esta-
V - apreciar programas de obras e planos e sobre eles
belecido nesta Lei Orgânica e na legislação especifica.
emitir parecer;
§ 3º As sessões extraordinárias não poderão ser remu-
VI - acompanhar, junto à Prefeitura, a elaboração da
neradas ou indenizadas, conforme o disposto no § 7º do
artigo 57 da Constituição Federal. proposta orçamentária, bem como a sua posterior execução.
Art. 36. As sessões da Câmara deverão ser realizadas Art. 41. As comissões especiais de inquérito, que terão
no recinto destinado ao seu funcionamento, considerando- poderes de investigação próprios das autoridades judiciais,
-se nulas as que se realizarem fora dele. além de outros previstos no Regimento Interno, serão cria-
§ 1º Comprovada a impossibilidade de acesso àquele das pela Câmara mediante requerimento de um terço de
recinto ou outra causa que impeça a sua utilização, pode- seus membros, para apuração de fato determinado que se
rão ser realizadas sessões em outro local, por decisão do inclua na competência municipal e por prazo certo, sendo
Presidente da Câmara, mediante comunicação pessoal e suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério
por escrito aos Vereadores e comunicação ao Juiz da Co- Público, para que este promova a responsabilidade civil ou
marca sobre tal ocorrência. criminal dos infratores.
§ 2º As sessões solenes poderão ser realizadas fora do Art. 42. Poderão assessorar os trabalhos das comis-
recinto da Câmara, por iniciativa de sua Presidência ou me- sões, desde que devidamente credenciados pelo respec-
diante solicitação escrita de qualquer Vereador. tivo Presidente, técnicos de reconhecida competência na
Art. 37. As sessões da Câmara serão públicas, salvo matéria em exame.
deliberação em contrário, tomada pela maioria absoluta de
seus membros, quando ocorrer motivo relevante de pre- SEÇÃO X
servação do decoro parlamentar. Dos Vereadores
Art. 38. As sessões somente poderão ser abertas pelo SUBSEÇÃO I
Presidente da Câmara ou por quem o esteja substituindo, com Disposições Gerais
a presença de, no mínimo, a maioria absoluta de seus mem-
bros, sendo as deliberações tomadas pela maioria de votos. Art. 43. Os Vereadores têm direitos e deveres, prer-
Parágrafo Único. Considerar-se-á presente à sessão o rogativas, proibições e incompatibilidades e sujeitam-se à
Vereador que assinar o livro ou as folhas de presença até o perda de seu mandato nas hipóteses previstas nesta Lei
início da Ordem do Dia e participar de todas as votações. Orgânica.
Art. 39. A convocação extraordinária da Câmara nos
Art. 44. Os Vereadores não serão obrigados a teste-
períodos de recesso dar-se-á:
munhar, perante a Câmara, sobre informações recebidas
I - pelo Prefeito;
II - pelo Presidente da Câmara; ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem so-
III - a requerimento da maioria absoluta dos membros bre as pessoas que lhe confiaram informações ou das quais
da Câmara. receberam informações.
Parágrafo Único. Na sessão legislativa extraordinária Art. 45. É incompatível com o decoro parlamentar,
realizada durante o período de recesso a Câmara delibera- além dos casos definidos no Regimento Interno, o abuso
rá somente sobre a matéria objeto de convocação, obser- das prerrogativas asseguradas aos Vereadores ou a per-
vado o disposto no § 3º, do artigo 35, desta Lei Orgânica. cepção de vantagens indevidas.

SEÇÃO IX SUBSEÇÃO II
Das Comissões Dos Direitos e Deveres do Vereador

Art. 40. A Câmara terá comissões permanentes e tem- Art. 46. São direitos dos Vereadores, entre outros;
porárias, constituídas na forma e com as atribuições pre- I - inviolabilidade;
vistas no Regimento Interno ou no Ato de que resultar a II - subsídio mensal;
sua criação. III - licença.
§ 1º Em cada comissão será assegurada, tanto quanto Art. 47. Os Vereadores são invioláveis, no exercício do
possível, a representação proporcional dos partidos ou dos mandato e na circunscrição do Município, por suas opi-
blocos parlamentares que participam da Câmara; niões, palavras e votos.

50
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Art. 48. O subsídio dos Vereadores será fixado pela § 3º Somente se convocará o suplente na hipótese de
Câmara Municipal no último ano da legislatura, até trinta a licença do titular ser superior a quinze dias.
dias antes das eleições municipais, vigorando para a legis- § 4º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á
latura subsequente, observado o disposto nos artigos 29, eleição para preenchê-la se faltarem mais de quinze meses
VI, e 37, X, da Constituição Federal. para o término do mandato.
§ 1º A fixação será veiculada por lei de iniciativa da Art. 52. São deveres do Vereador:
Mesa da Câmara, proposta até quarenta e cinco dias antes I - respeitar, defender e cumprir as Constituições Fede-
das eleições e aprovada pelo Plenário. ral e Estadual, a Lei Orgânica Municipal e as leis;
§ 2º Na hipótese de a proposta não ser apresentada II - agir com respeito ao Executivo e ao Legislativo, co-
pela Mesa no prazo previsto no parágrafo anterior, qual- laborando para o bom desempenho de cada um desses
quer Comissão ou Vereador poderá fazê-lo. Poderes;
§ 3º O Vereador que, até noventa dias antes do tér- III - representar a comunidade comparecendo às reu-
mino de seu mandato, deixar de apresentar ao Presidente niões trajado adequadamente e participar dos trabalhos do
da Câmara declaração de bens atualizada, não fará jus ao Plenário, das votações e dos trabalhos da Mesa Diretora e
subsídio até a entrega da mesma. das Comissões, quando eleito para integrar esses órgãos;
Art. 49. O subsídio dos Vereadores será fixado deter- IV - usar suas prerrogativas exclusivamente para aten-
minando-se o valor em moeda corrente no País, vedada der ao interesse público.
qualquer vinculação, estabelecido em parcela única e aten- Art. 53. O Vereador, observado o que estabelece esta
didos os limites constitucionais. Lei Orgânica e a legislação pertinente, pela prática de ato
Parágrafo Único. Ao Presidente da Câmara, enquanto re- ilícito, contravenções penais, crimes comuns e infrações
presentante legal do Poder Legislativo, poderá ser fixado sub- político-administrativas, será processado, julgado e apena-
sídio diferenciado daquele estabelecido para os demais Verea- do, em processos independentes.
dores, passando a constituir o teto para o subsídio daqueles. Art. 54. Pela prática de ato ilícito, contravenções e de
Art. 50. O Vereador poderá licenciar-se: crimes os Vereadores serão processados e julgados pela
I - por motivo de doença devidamente comprovada Justiça comum, e pelas infrações político-administrativas,
por atestado médico; pela Câmara Municipal.
II - por motivo de licença gestante;
III - para tratar, sem remuneração, de interesse parti- SUBSEÇÃO III
cular, por prazo determinado, nunca inferior a quinze dias Das Incompatibilidades
desde que o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias
por Sessão Legislativa, vedado o retorno antes do término Art. 55. Os Vereadores não poderão:
da licença; I - desde a expedição do diploma:
IV - para desempenhar missões temporárias, de caráter a) firmar ou manter contrato com o Município, suas
cultural ou de interesse do Município; autarquias e fundações, empresas públicas e permissioná-
V - para exercer o cargo de Secretário Municipal, de- rias, sociedades de economia mista ou com empresas con-
vendo optar entre o subsídio do mandato e o do cargo. cessionárias de serviços públicos municipais, salvo quando
§ 1º Não perderá o mandato, considerando-se auto- o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
maticamente licenciado, o Vereador investido no cargo de b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remu-
Secretário Municipal. nerado, inclusive os que sejam demissíveis ad nutum, nas
§ 2º Ao Vereador licenciado nos termos do inciso I, será entidades constantes da alínea anterior.
devido subsídio como se em exercício estivesse durante os II - desde a posse:
primeiros 15 dias do afastamento, após o que o pagamen- a) ser proprietários, controladores ou diretores de em-
to será feito pelo INSS e, na hipótese do inciso II, nos ter- presas que são partes em contrato celebrado com o Muni-
mos dispostos na legislação federal. cípio ou nelas exercer função remunerada;
§ 3º Considerar-se-á automaticamente licenciado o b) ocupar, nas entidades referidas na alínea “a” do in-
Vereador afastado nos termos do artigo 61 desta Lei, ga- ciso I, cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum,
rantido o pagamento do subsídio correspondente ao pe- salvo o cargo de Secretário;
ríodo de afastamento. c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer
§ 4º Ao Vereador licenciado nos termos do inciso IV das entidades a que se refere a alínea “a” do inciso I;
será devido subsídio como se em exercício estivesse, desde d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato pú-
que devidamente comprovada a presença no evento que blico eletivo.
motivou a concessão da licença. Parágrafo Único. Não se considera contrato de cláu-
Art. 51. Nos casos de vaga ou licença do Vereador, o sulas uniformes aquele decorrente de procedimento lici-
Presidente da Câmara Municipal convocará o suplente. tatório.
§ 1º O suplente convocado deverá tomar posse dentro Art. 56. Perderá o mandato o Vereador:
do prazo de quinze dias, salvo motivo justo e aceito pela I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas
Câmara, na forma do que dispuser o Regimento Interno. no artigo anterior, e, nos casos supervenientes, não se de-
§ 2º Enquanto a vaga a que se refere o parágrafo ante- sencompatibilizar no prazo de quinze dias, contados do
rior não for preenchida, calcular-se-á o quórum em função recebimento de notificação para isso, promovida pelo Pre-
dos Vereadores remanescentes. sidente da Câmara Municipal; (*redação Emenda nº 40/11)

51
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

II - cujo procedimento for declarado incompatível com IV - Revogado.


o decoro parlamentar; V - Revogado.
III - que sofrer condenação criminal em sentença tran- § 1º Revogado.
sitada em julgado; § 2º Revogado.
IV - que deixar de residir no Município; Art. 61. Revogado.
V - que praticar de infração político-administrativa; I - Revogado.
VI -Revogado. (*redação Emenda nº 40/11) II - Revogado.
VII - que não tomar posse, salvo motivo devidamente Parágrafo único. Revogado.
justificado e aceito pela Câmara Municipal, na data marcada; Art. 62. Revogado.
VIII - quando ocorrer o falecimento; I - Revogado.
IX - quando ocorrer a renúncia expressa ao mandato; II - Revogado.
X - que deixar de comparecer, em cada sessão legisla- III - Revogado.
tiva, à terça parte das sessões ordinárias da Câmara Muni- IV - Revogado.
cipal, salvo licença ou missão por esta autorizada; V - Revogado.
XI - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; VI - Revogado.
XII - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos VII - Revogado.
previstos na Constituição Federal. VIII - Revogado.
§ 1º Nos casos dos incisos I, II e VII, a perda do man- a) Revogado.
dato será decidida pela Câmara Municipal, por voto a des- b) Revogado.
coberto e maioria absoluta, mediante provocação da Mesa c) Revogado.
ou de partido político representado na Câmara, assegurada d) Revogado.
ampla defesa. (*redação Emenda nº 40/11) e) Revogado.
§ 2º Nos casos previstos nos incisos VI a XII, a perda f) Revogado.
será declarada pela Mesa da Câmara, de ofício ou mediante g) Revogado.
provocação de qualquer de seus membros ou de partido h) Revogado.
político representado na Câmara Municipal, assegurada IX - Revogado.
X - Revogado.
ampla defesa.
XI - Revogado.
§ 3º Além de outros casos definidos no Regimento Inter-
XII - Revogado.
no da Câmara Municipal, considerar-se-á incompatível com
XIII - Revogado.
o decoro parlamentar o abuso das prerrogativas assegura-
Art. 63. Revogado.
das ao Vereador ou a percepção de vantagens indevidas.
Parágrafo único. Revogado.
§ 4º A renúncia de Vereador submetido a processo que
(artigos 59 a 63 - *redação Emenda nº 40/11)
vise ou possa levar à perda do mandato, nos termos deste
artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações de SUBSEÇÃO V
que tratam os §§ 1º e 2º. Do Servidor Público Eleito Vereador
§ 5º Considera-se formalizada a renúncia e produzi-
dos todos os seus efeitos para os fins deste artigo, quando Art. 64. O exercício da vereança por servidor público
protocolada nos serviços administrativos da Câmara Muni- se dará de acordo com as determinações da Constituição
cipal, salvo o disposto no § 4º deste artigo. Federal.
§ 6º Ocorrido e comprovado o ato ou o fato extintivo Art. 65. Em qualquer caso que exija o afastamento
de mandato, a extinção será declarada pela Mesa da Câma- para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço
ra Municipal na primeira sessão subsequente, convocando- será contado para todos os efeitos legais, exceto para pro-
-se imediatamente o respectivo suplente. moção por merecimento.
Art. 57. Suprimido. Art. 66. Para efeito de benefício previdenciário, no
caso de afastamento, os valores serão determinados como
SUBSEÇÃO IV se em exercício estivesse.
Das Infrações Político Administrativas
SUBSEÇÃO VI
Art. 58. Pela prática de infração político-administrativa Da Convocação dos Suplentes
dos Vereadores, a Câmara Municipal deverá adotar, para a
apuração e o respectivo processo, a legislação federal vi- Art. 67. O Suplente de Vereador sucederá o titular no
gente. (*redação Emenda nº 40/11) caso de vaga e o substituirá nos casos de impedimentos
Art. 59. Revogado. ou licenças.
I - Revogado. § 1º O suplente convocado deverá tomar posse dentro
II - Revogado. do prazo de quinze dias, salvo motivo justo aceito pela Câ-
Art. 60. Revogado. mara, sob pena de ser considerado renunciante.
I - Revogado. § 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, o Presi-
II - Revogado. dente da Câmara comunicará o fato, dentro de quarenta e
III - Revogado. oito horas, ao Tribunal Regional Eleitoral.

52
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

§ 3º Enquanto a vaga a que se refere o parágrafo ante- Art. 73. A iniciativa popular será exercida pela apre-
rior não for preenchida, calcular-se-á o quórum em função sentação à Câmara, de projeto de lei subscrito por, no mí-
dos Vereadores remanescentes. nimo, cinco por cento dos eleitores inscritos no Município.
§ 4º O Suplente de Vereador, quando no exercício do § 1º A proposta popular deverá ser articulada, exigin-
mandato, tem os mesmos direitos, prerrogativas, deveres e do-se, para o seu recebimento pela Câmara, a identificação
impedimentos do titular e como tal deve ser considerado. dos assinantes, mediante indicação do número do respec-
§ 5º A recusa do Suplente convocado para assumir a vaga tivo título eleitoral, bem como a certidão expedida pelo
dentro do prazo legal é considerada como renúncia tácita. órgão eleitoral competente, contendo a informação do nú-
§ 6º Ao Suplente é lícito renunciar à suplência desde mero total de eleitores do Município.
que a renúncia seja formalizada nos termos do § 1º do ar- § 2º A tramitação dos projetos de lei de iniciativa popu-
tigo 57. lar obedecerá às normas relativas ao processo legislativo.
§ 3º Caberá ao Regimento Interno da Câmara assegu-
SEÇÃO XI rar e dispor sobre o modo pelo qual os projetos de iniciati-
Do Processo Legislativo va popular serão defendidos na Tribuna da Câmara.
SUBSEÇÃO I Art. 74. São de iniciativa privativa do Prefeito Munici-
Disposição Geral pal as leis que disponham sobre:
I - criação ou extinção de cargos, funções ou empregos
Art. 68. O processo legislativo municipal compreende públicos da Administração direta e indireta;
a elaboração de: II - servidores públicos, seu regime jurídico e provi-
I - emendas à Lei Orgânica; mento de cargos;
II - leis complementares; III - criação, estruturação e atribuições das Secretarias
III - leis ordinárias; ou Departamentos equivalentes e órgãos da Administração
IV - decretos legislativos; Pública direta e indireta, autárquica e fundacional;
V - resoluções. IV - matéria orçamentária e a que autorize a abertura
de créditos ou conceda auxílios, prêmios e subvenções;
SUBSEÇÃO II V - revisão geral anual dos vencimentos dos servidores
Das Emendas à Lei Orgânica municipais do Poder Executivo, respeitada a iniciativa pri-
vativa de cada Poder, nos termos do artigo 37, incisos X e
Art. 69. A Lei Orgânica poderá ser emendada median- XI, da Constituição Federal.
te proposta: Art. 75. São objeto de lei complementar as seguintes
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara; matérias:
II - do Prefeito; I - Código Tributário;
III - de iniciativa popular com o mínimo de cinco por II - Código de Obras e de Edificações;
cento dos eleitores do Município. III - Código de Posturas;
§ 1º A proposta de Emenda à Lei Orgânica será discuti- IV - Lei de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo Ur-
da e votada em dois turnos, com interstício mínimo de dez bano;
dias, considerando-se aprovada quando obtiver, em ambos, V - Lei de Parcelamento do Solo;
dois terços dos votos favoráveis dos membros da Câmara. VI - Plano Diretor;
§ 2º A Emenda à Lei Orgânica será promulgada pela VII - Regime Jurídico dos Servidores Municipais;
Mesa da Câmara com o respectivo número de ordem. VIII - Estatuto do Magistério Municipal;
§ 3º A Lei Orgânica não poderá ser emendada na vi- IX - Código de Arborização Urbana, que conterá os se-
gência de estado de sítio, de defesa ou de intervenção no guintes títulos:
Município. a) Das Disposições Gerais;
Art. 70. Não será objeto de deliberação a proposta de
Emenda à Lei Orgânica tendente a ofender ou abolir: b) Da Ordem Pública e Arborização;
I - a forma federativa de Estado; c) Das normas Técnicas;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico; d) Das Responsabilidades e Penalidades.
III - a separação dos Poderes; X - Lei Orgânica da Guarda Municipal.
IV - os direitos e garantias individuais. Parágrafo único. As leis complementares exigem para
Art. 71. A matéria constante de proposta de Emenda a sua aprovação o voto favorável da maioria absoluta dos
rejeitada ou havida por prejudicada, não poderá ser objeto membros da Câmara.
de nova proposta na mesma sessão legislativa. Art. 76. Dependerá do voto favorável de dois terços dos
membros da Câmara a aprovação do projeto de lei que au-
SUBSEÇÃO III toriza a concessão de isenção, anistia e remissão de dívidas.
Das Leis Art. 77. Suprimido.
Art. 78. Suprimido.
Art. 72. A iniciativa das leis complementares e ordi- Art. 79. Não será admitido aumento da despesa pre-
nárias cabe a qualquer Vereador ou Comissão da Câmara, vista:
ao Prefeito e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos I - nos projetos de iniciativa do Prefeito, ressalvados os
nesta Lei Orgânica. projetos de leis orçamentárias;

53
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

II - nos projetos sobre a organização dos serviços ad- Art. 86. O processo legislativo das resoluções e dos
ministrativos da Câmara. decretos legislativos se dará conforme o determinado no
Art. 80. O Prefeito poderá solicitar urgência para apre- Regimento Interno da Câmara, observado, no que couber,
ciação de projetos de sua iniciativa considerados relevan- o disposto nesta Lei Orgânica.
tes, os quais deverão ser apreciados pela Câmara Municipal Art. 87. O Regimento Interno da Câmara disporá sobre
no prazo de trinta dias. as matérias objeto de Decreto Legislativo e de Resolução,
§ 1º Decorrido sem deliberação o prazo fixado no cuja elaboração, redação, alteração e consolidação serão
caput deste artigo, o projeto será obrigatoriamente incluí- feitas com observância da mesma técnica relativa às leis.
do na Ordem do Dia, sobrestando-se as deliberações sobre
qualquer outra matéria, até que se ultime a votação. SEÇÃO XII
§ 2º O prazo referido neste artigo não corre no perío- Do Plebiscito e do Referendo
do de recesso da Câmara e não se aplica aos projetos de
Códigos.
Art. 88. Mediante proposta fundamentada da maioria
Art. 81. O projeto de lei aprovado pela Câmara será,
dos membros da Câmara Municipal, ou de cinco por cento
no prazo de dez dias úteis, enviado pelo seu Presidente
dos eleitores inscritos no Município, e aprovação do Ple-
ao Prefeito, que, aquiescendo, o sancionará e promulgará.
nário por dois terços de votos favoráveis, será submetida a
§ 1º Se o Prefeito considerar o projeto, no todo ou em
parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público plebiscito ou referendo questão de relevante interesse do
vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias Município ou do Distrito.
úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, § 1º Aprovada a proposta, caberá ao Legislativo, no
dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente da Câmara, prazo máximo de trinta dias, a convocação do plebiscito
os motivos do veto. ou a autorização do referendo a ser realizado pela Justiça
§ 2º Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Eleitoral, conforme dispõe a legislação federal.
Prefeito importará sanção. § 2º Só poderá ser realizado um plebiscito ou referen-
§ 3º O veto parcial somente abrangerá texto integral do em cada sessão legislativa.
de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea. § 3º A proposta que já tenha sido objeto de plebiscito
§ 4º O veto será apreciado no prazo de trinta dias con- ou referendo somente poderá ser apresentada depois de
tados do seu recebimento, com parecer ou sem ele, em cinco anos de carência.
uma única discussão e votação. Art. 89. Convocado o plebiscito ou autorizado o refe-
§ 5º O veto somente será rejeitado pela maioria abso- rendo, o projeto legislativo ou medida administrativa não
luta dos Vereadores, mediante votação a descoberto. efetivada, cujas matérias constituam objeto de consulta
§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo previsto no § popular, terá sustada sua tramitação, até que o resultado
4º deste artigo, o veto será colocado na Ordem do Dia da das urnas seja proclamado.
sessão imediata, sobrestadas as demais proposições até a Art. 90. O plebiscito ou referendo, convocado nos ter-
sua votação final. mos desta Lei, será considerado aprovado ou rejeitado, por
§ 7º Se o veto for rejeitado, será o projeto enviado, maioria simples, de acordo com o resultado homologado
para promulgação, ao Prefeito. pelo Tribunal Regional Eleitoral.
§ 8º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e
oito horas pelo Prefeito, inclusive nos casos dos §§ 2º e 7º, CAPÍTULO II
o Presidente da Câmara a promulgará; se este não o fizer Do Poder Executivo
em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente obrigatoriamen- SEÇÃO I
te fazê-lo.
Do Prefeito Municipal
§ 9º A manutenção do veto não restaura matéria supri-
mida ou modificada pela Câmara.
Art. 91. O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, com
Art. 82. A matéria constante de projeto de lei rejeita-
funções políticas, executivas, legislativas e administrativas,
do somente poderá constituir objeto de novo projeto, na
mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria auxiliado pelos secretários municipais ou equivalentes.
absoluta dos membros da Câmara. Art. 92. O Prefeito e o Vice-Prefeito serão eleitos si-
Art. 83. O projeto de lei que receber parecer contrá- multaneamente, para cada legislatura, por eleição direta,
rio, quanto ao mérito, em todas as comissões permanen- em sufrágio universal e secreto.
tes, será considerado prejudicado, implicando seu arqui- Art. 93. O Prefeito e o Vice Prefeito tomarão posse do
vamento. mandato no dia primeiro de janeiro do ano subsequente à
Art. 84. A Resolução destina-se a regular matéria polí- eleição, em sessão solene da Câmara ou, se esta não estiver
tico-administrativa da Câmara, de sua competência exclusi- reunida, perante a autoridade judiciária competente, oca-
va, não dependendo de sanção ou veto do Prefeito. sião em que prestarão o seguinte compromisso:
Art. 85. O Decreto Legislativo destina-se a regular ma- “Prometo defender e cumprir a Constituição Federal, a
téria que produz efeitos externos e seja de competência Constituição Estadual e a Lei Orgânica Municipal, observar as
exclusiva da Câmara, não dependendo de sanção ou veto leis, promover o bem geral dos munícipes e exercer o cargo
do Prefeito. sob a inspiração da democracia, da legalidade e da justiça”.

54
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

§ 1º Se o Prefeito não tomar posse nos dez dias sub- SUBSEÇÃO I


sequentes à data estabelecida no caput deste artigo, salvo Da Licença
motivo relevante aceito pela maioria absoluta Câmara Mu-
nicipal, seu cargo será declarado vago, por ato do Presi- Art. 99. O Prefeito não poderá ausentar-se do Municí-
dente da Câmara Municipal. pio ou afastar-se do cargo, por mais de quinze dias conse-
§ 2º Enquanto não ocorrer a posse do novo Prefeito, cutivos, sob pena de cassação do mandato.
assumirá o cargo o Vice-Prefeito, ou na falta ou impedi- Art. 100. O Prefeito somente poderá licenciar-se:
mento deste, o Presidente da Câmara; I - por motivo de doença, devidamente comprovada;
§ 3º No ato da posse e ao término do mandato, o Pre- II - em razão de adoção, maternidade ou paternidade,
feito e o Vice-Prefeito farão declaração de bens e valores conforme dispuser a lei;
que compõem o seu patrimônio privado, aplicando-se o III - em razão de serviço ou missão de representação
previsto nos §§ 4º a 8º do artigo 20. do Município;
Art. 94. Em caso de impedimento do Prefeito e do IV - para tratar de interesses particulares, por prazo
Vice-Prefeito, ou de vacância dos respectivos cargos, será determinado;
chamado ao exercício do mandato de Prefeito o Presidente § 1º O Regimento Interno da Câmara Municipal disci-
da Câmara Municipal e, se este também estiver impedido, plinará o pedido e a aprovação, pelo Plenário, das licenças
será chamado o Secretário dos Negócios Jurídicos do Mu- previstas neste artigo.
nicípio. § 2º O Prefeito regularmente licenciado nos termos do
Art. 95. O exercício do mandato dar-se-á, automatica- inciso III deste artigo terá direito a perceber seu subsídio
mente, com a posse, assumindo o Prefeito todos os direitos integralmente.
e obrigações inerentes ao cargo. § 3º Ao Prefeito licenciado nos termos do inciso I, será
devido o subsídio como se em exercício estivesse, do pri-
SEÇÃO II meiro até o décimo quinto dia da licença, após o que o
Dos Direitos e Deveres benefício será pago pelo INSS e, na hipótese do inciso II,
nos termos dispostos na legislação federal.
Art. 96. São, entre outros, direitos do Prefeito:
Art. 101. Considerar-se-á automaticamente licenciado
I - julgamento pelo Tribunal de Justiça, nas contraven-
o Prefeito afastado pela Câmara Municipal nos termos do
ções e nos crimes comuns e de responsabilidade;
artigo 111 desta Lei Orgânica, garantido o pagamento do
II - prisão especial;
subsídio correspondente ao período de afastamento.
III - subsídio mensal condigno;
IV - licença, nos termos desta Lei.
SUBSEÇÃO II
Art. 97. São, entre outros, deveres do Prefeito:
Do Subsídio
I - respeitar, defender e cumprir as Constituições Fede-
ral e Estadual, a Lei Orgânica do Município e as leis do País
e tratar com respeito e dignidade os Poderes constituídos Art. 102. O subsídio do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos
e seus representantes; Secretários Municipais será fixado pela Câmara Municipal,
II - planejar as ações administrativas, visando a sua por lei de iniciativa do Poder Legislativo, assegurada a re-
transparência, eficiência, economia e a participação comu- visão anual sempre na mesma data e sem distinção de ín-
nitária; dices dos que forem concedidos para os servidores locais.
III - tratar com dignidade o Legislativo municipal, co- (*redação Emenda nº 38/11)
laborando para o seu bom funcionamento e respeitando Art. 103. O subsídio do Prefeito, do Vice-Prefeito e
seus membros; dos Secretários Municipais será fixado, determinando-se o
IV - prestar esclarecimentos e informações, no tempo e valor em moeda corrente no País, vedada qualquer vincu-
forma regulares, solicitados pela Câmara Municipal; lação, estabelecido em parcela única e atendido o limite
V - colocar à disposição da Câmara, no prazo estipu- constitucional.
lado, as dotações orçamentárias que lhe forem destinadas; Parágrafo Único. Não fará jus ao subsídio o Prefeito
VI - encaminhar ao Tribunal de Contas, no prazo esta- que, até noventa dias antes do término do mandato, não
belecido, as contas municipais do exercício anterior; apresentar ao Presidente da Câmara a competente decla-
VII - deixar, conforme regulado no caput e no § 3º do ração de bens atualizada.
artigo 23 desta Lei, anualmente, à disposição de qualquer
contribuinte, durante sessenta dias, as contas municipais, SUBSEÇÃO III
de forma a garantir-lhes a compreensão, o exame e a apre- Da Responsabilidade
ciação;
VIII - cumprir decisões e determinações judiciais, bem Art. 104. O Prefeito, observado o que estabelece o ar-
como atender às solicitações do Ministério Público e das tigo 29, inciso X, da Constituição Federal, em razão de seus
autoridades policiais nos termos da lei; atos, contravenções penais, crimes comuns e de responsa-
Art. 98. Os direitos e deveres previstos nos artigos an- bilidade e infrações político-administrativas, será processa-
teriores são extensivos, no que couber, ao substituto ou do, julgado e apenado em processos independentes.
sucessor do Prefeito.

55
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

SEÇÃO III § 2º Ocorrido e comprovado o ato ou o fato extintivo,


Das Incompatibilidades o Presidente da Câmara Municipal o comunicará ao Plená-
rio, na primeira reunião, e fará constar da ata a declaração
Art. 105. O Prefeito não poderá: da extinção do mandato, garantido o direito à ampla de-
I - desde a expedição do diploma: fesa, bem como convocará o substituto legal para a posse.
a) firmar ou manter contrato com o Município, com § 3º Se a Câmara Municipal estiver em recesso, será
suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades imediatamente convocada pelo seu Presidente para os fins
de economia mista ou empresas concessionárias de servi- do parágrafo anterior.
ço ou obras públicas, salvo quando o contrato obedecer a
SUBSEÇÃO II
cláusulas uniformes;
Das Infrações Político-Administrativas
b) patrocinar causas de qualquer natureza contra o
Município ou suas entidades descentralizadas; Art. 108. Pela prática de infração político-administra-
c) ser diretor, proprietário ou sócio de empresa con- tiva do Prefeito, a Câmara Municipal deverá adotar, para a
tratada pelo Município ou que dele receba privilégios ou apuração e o respectivo processo, a legislação federal vi-
favores. gente. (*redação Emenda nº 40/11)
II - desde a posse: Art. 109. Revogado.
a) exercer cargo, função ou emprego público em qual- I - Revogado.
quer das entidades da Administração direta e indireta da II - Revogado.
União, do Estado, do Distrito Federal e do Município, ou III - Revogado.
em empresas concessionárias e permissionárias de serviços IV - Revogado.
e obras públicas; V - Revogado.
b) participar de qualquer espécie de conselho das en- VI - Revogado.
tidades mencionadas no inciso anterior; VII - Revogado.
c) exercer outro mandato público eletivo. § 1º Revogado.
§ 2º Revogado.
SEÇÃO IV Art. 110. Revogado.
Da Perda do Mandato Art. 111. Revogado.
I - Revogado.
II - Revogado.
Art. 106. Ocorre a perda do mandato de Prefeito por
Parágrafo único. Revogado.
extinção ou por cassação. (artigos 109 a 111 - *redação Emenda nº 40/11)
SUBSEÇÃO I SEÇÃO V
Da Extinção do Mandato Das Atribuições do Prefeito

Art. 107. Extingue-se o mandato do Prefeito e assim Art. 112. Ao Prefeito compete:
será declarado pelo Presidente da Câmara Municipal quan- I - representar o Município em juízo e fora dele;
do: II - exercer, com o apoio dos auxiliares diretos, a dire-
I - ocorrer o falecimento; ção superior da Administração Municipal, bem como ou-
II - ocorrer a renúncia expressa ao mandato; tras atribuições previstas nesta lei;
III - ocorrer condenação criminal transitada em julga- III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos
do; previstos nesta Lei Orgânica;
IV - incidir nas incompatibilidades para o exercício do IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis apro-
mandato e não se desincompatibilizar até a posse e, nos vadas pela Câmara e expedir decretos e regulamentos para
casos supervenientes, no prazo de quinze dias, contados a sua fiel execução;
do recebimento de notificação para isso, promovida pelo V - vetar projetos de leis, total ou parcialmente;
VI - enviar à Câmara o projeto do plano plurianual, das
Presidente da Câmara Municipal, garantido o contraditório
diretrizes orçamentárias e do orçamento anual do Municí-
e a ampla defesa;
pio, nos prazos previstos nesta Lei Orgânica;
V - deixar de tomar posse, sem motivo justo aceito VII - editar medidas provisórias, na forma desta Lei Or-
pela Câmara Municipal, na data prevista; gânica;
VI - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; VIII - Suprimido;
VII - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos IX - remeter mensagem e plano de governo à Câma-
previstos na Constituição Federal. ra por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo
§ 1º Considera-se formalizada a renúncia e, por conse- a situação do Município e solicitando as providências que
guinte, como tendo produzido todos os seus efeitos para julgar necessárias;
os fins deste artigo, quando protocolada nos serviços ad- X - encaminhar ao Tribunal de Contas e à Câmara Mu-
ministrativos da Câmara Municipal, saldo o disposto no pa- nicipal, até trinta e um de março de cada ano, a prestação
rágrafo 2º, do artigo 109, desta lei. de contas do Município, relativa ao exercício anterior;

56
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

XI - prover e extinguir os cargos, os empregos e as XXXV - aprovar, após o parecer do órgão competente,
funções públicas municipais do Poder Executivo, na forma projetos de edificação, loteamento, arruamento e zonea-
da lei; mento urbano ou para fins urbanos;
XII - decretar, nos termos legais, desapropriação, por XXXVI - oficializar, obedecidas as normas urbanísticas,
necessidade ou utilidade pública ou por interesse social; os logradouros públicos;
XIII - celebrar convênios com entidades públicas ou XXXVII - transferir, temporária ou definitivamente, a
privadas e consórcios com entes federados para a realiza- sede da Prefeitura;
ção de objeto de interesse do Município; XXXVIII - remeter à Câmara Municipal, até quinze de
XIV - prestar à Câmara, dentro de trinta dias, as in- abril de cada ano, o relatório sobre a situação geral da Ad-
formações solicitadas, podendo o prazo ser prorrogado, a ministração Municipal;
pedido, em razão da complexidade da matéria ou da difi- XXXIX - expedir os atos próprios da atividade admi-
culdade de obtenção dos dados solicitados; nistrativa;
XV - publicar, até trinta dias após o encerramento de XL - firmar contratos de gestão com Organizações So-
cada bimestre, o relatório resumido da execução orçamen- ciais (OS) e termos de parceria com Organizações da Socie-
tária; dade Civil de Interesse Público (OSCIP), bem como firmar
XVI - entregar à Câmara, no prazo legal, os recursos convênios com outras entidades do terceiro setor, despro-
correspondentes às suas dotações orçamentárias; vidas de fins lucrativos, nos termos da legislação vigente.
XVII - solicitar o auxílio das forças policiais para garan- § 1º O Prefeito poderá delegar, por Decreto, as atri-
tir o cumprimento de seus atos, na forma da lei; buições mencionadas nos incisos XX, XXII, XXIII, XXV, XXIX,
XVIII - decretar calamidade pública, quando ocorre- XXXV, XXXIX.
rem fatos que o justifiquem; § 2º - O Prefeito poderá, a qualquer momento, segun-
XIX - convocar extraordinariamente a Câmara; do seu único critério, avocar a si competência delegada.
XX - fixar as tarifas dos serviços públicos concedidos, Art. 113. É vedado ao Prefeito assumir, por qualquer
bem como aqueles explorados pelo próprio Município, forma, compromissos financeiros para execução de pro-
conforme critérios estabelecidos na legislação municipal; gramas ou projetos após o término de seu mandato, não
XXI - promover, nos termos da lei, a responsabilida- previstos na legislação orçamentária.
de administrativa e judicial de servidor público municipal § 1º O disposto neste artigo não se aplica aos casos
ímprobo ou remisso na prestação de contas de dinheiro comprovados de calamidade pública;
público; § 2º Serão nulos e não produzirão nenhum efeito os
XXII - superintender a arrecadação dos tributos e pre- empenhos e atos praticados em desacordo com este arti-
ços, bem como a guarda e a aplicação de receita, autori- go, sem prejuízo de responsabilidade do Prefeito.
zando as despesas e os pagamentos, dentro das disponi-
bilidades orçamentárias ou dos critérios autorizados pela SEÇÃO VI
Câmara; Do Vice-Prefeito
XXIII - aplicar as multas previstas na legislação e nos
contratos ou convênios, bem como relevá-las quando for Art. 114. O Vice-Prefeito, além de outras atribuições
o caso; que lhe forem conferidas por lei, auxiliará o Prefeito, sem-
XXIV - realizar audiências públicas com entidades da pre que por ele for convocado.
sociedade civil e com membros da comunidade, podendo Art. 115. Observar-se-á, no que couber, quanto ao Vi-
realizar consultas populares para decidir sobre assuntos de ce-Prefeito, relativamente à posse, ao exercício, aos direitos
interesse local; e deveres, às incompatibilidades e impedimentos, à decla-
XXV - resolver sobre os requerimentos, as reclama- ração de bens e às licenças, o que esta Lei estabelece para
ções, ou as representações que lhe forem dirigidas; o Prefeito e o que lhe for especificamente determinado.
XXVI - instituir servidões administrativas; Parágrafo Único. Será extinto, e assim declarado pelo
XXVII - alienar bens imóveis mediante prévia e expres- Presidente da Câmara Municipal, o mandato do Vice-Pre-
sa autorização da Câmara Municipal; feito que se recusar a substituir ou a suceder o Prefeito nos
XXVIII - permitir ou autorizar o uso de bens municipais casos de impedimento ou vacância.
por terceiros na forma da lei; Art. 116. Cabe ao Vice-Prefeito:
XXIX - contratar terceiros para a execução de serviços I - substituir o Prefeito nos casos de licença e suceder-
públicos na forma da lei; -lhe nos de vaga, observado o disposto nesta Lei;
XXX - dispor sobre a execução orçamentária; II - auxiliar na direção da administração pública muni-
XXXI - contrair empréstimos e realizar operações de cipal, conforme lhe for determinado pelo Prefeito ou esta-
crédito, mediante autorização da Câmara Municipal; belecido em lei.
XXXII - abrir crédito extraordinário nos casos de ca- § 1º Por nomeação do Prefeito, o Vice-Prefeito poderá
lamidade pública, em caráter excepcional, comunicando, ocupar cargo de provimento em comissão na Administra-
imediatamente, o fato à Câmara; ção direta ou cargo, emprego ou função na Administração
XXXIII - expedir os atos referentes à situação funcional descentralizada.
dos servidores; § 2º Na hipótese do parágrafo anterior, o Vice-Prefeito
XXXIV - determinar a abertura de sindicância e a ins- deverá optar entre os vencimentos do serviço público e o
tauração de processo administrativo; subsídio do mandato.

57
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

SUBSEÇÃO ÚNICA TÍTULO IV


Da Substituição e da Sucessão DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL
CAPÍTULO I
Art. 117. O Vice-Prefeito substitui o Prefeito nos casos Disposições Gerais
de licença e sucede-lhe nos de vaga.
Parágrafo Único. Considera-se vago o cargo de Pre- Art. 123. A Administração Pública direta e indireta, au-
feito, e assim será declarado pelo Presidente da Câmara, tárquica e fundacional do Município de Araraquara obe-
quando ocorrer morte, renúncia ou perda do mandato. decerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, mo-
Art. 118. Em caso de impedimento do Prefeito e do ralidade, publicidade, razoabilidade, finalidade, motivação,
interesse público e eficiência e demais preceitos previstos
Vice-Prefeito, ou vacância dos respectivos cargos, assumirá
na Constituição Federal, inclusive no que diz respeito a
o cargo principal o Presidente da Câmara.
obras, serviços, compras e alienações.
§ 1º Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, far- Art. 124. O Município, suas entidades da Administra-
-se-á eleição direta noventa dias depois de aberta a última ção direta e indireta, bem como as pessoas jurídicas de
vaga, na forma da legislação eleitoral. direito privado prestadoras de serviços públicos, respon-
§ 2º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do derão pelos danos que seus agentes, nesta qualidade, cau-
mandato, a eleição para ambos os cargos será feita trinta sarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra
dias depois da última vaga, pela Câmara Municipal, na for- o responsável nos casos de dolo ou culpa.
ma da lei, salvo na hipótese do § 4º deste artigo.
§ 3º Em qualquer caso, os eleitos deverão completar o CAPÍTULO II
período de seus antecessores. Dos Atos Municipais
§ 4º Se ocorrer a abertura da última vaga nos últimos
seis meses de mandato, o Presidente da Câmara permane- Art. 125. A publicação das leis e atos municipais será
cerá no cargo até o fim da legislatura. feita no Diário Oficial do Município.
Art. 119. Os substitutos legais do Prefeito não pode- § 1º A publicação dos atos não-normativos, pela im-
rão recusar a substituição ou a sucessão, sob pena de ex- prensa, poderá ser resumida.
tinção dos respectivos mandatos. § 2º Inexistindo Diário Oficial do Município, as publica-
Parágrafo único. Enquanto o substituto legal não as- ções de que trata este artigo serão feitas em jornal local ou,
na sua inexistência, em jornal regional editado no Municí-
sumir, responderá pelo expediente da Prefeitura o Secretá-
pio mais próximo, com circulação local.
rio dos Negócios Jurídicos do Município ou, na sua falta, o
§ 3º A escolha do órgão de imprensa particular para
Procurador Geral do Município. divulgação dos atos municipais será feita por meio de li-
citação, em que se levarão em conta, além dos preços, as
SEÇÃO VII circunstâncias de periodicidade, tiragem e distribuição.
Dos Auxiliares Diretos do Prefeito § 4º O órgão de imprensa a que se refere o parágrafo
anterior será considerado o veículo oficial de divulgação
Art. 120. A administração direta do Município será in- dos atos editados pela Prefeitura e pela Câmara Municipal,
tegrada por Secretarias Municipais e Administrações Distri- observada a independência dos poderes.
tais e Regionais, cujos titulares constituirão auxiliares dire- § 5º Os atos de efeitos externos só produzirão efeitos
tos do Prefeito. após a sua publicação.
§ 1º A lei disporá sobre as atribuições e estruturação Art. 126. Os atos administrativos de competência do
dos órgãos previstos no caput deste artigo. Prefeito devem ser expedidos com observância das seguin-
§ 2º Os auxiliares diretos do Prefeito, ocupantes de car- tes normas:
go, emprego ou função, de livre nomeação e exoneração, I - decreto, numerado em ordem cronológica, nos se-
integram o primeiro escalão da Administração Municipal. guintes casos:
§ 3º O Secretário Municipal, ou equivalente, a seu pe- a) regulamentação de lei;
dido, poderá comparecer perante o Plenário ou qualquer b) instituição, modificação e extinção de atribuições
não privativas de lei;
Comissão da Câmara para expor assuntos e discutir pro-
c) abertura de créditos especiais e suplementares, até
jetos de lei ou qualquer outro ato normativo relacionado
o limite autorizado em lei, assim como de créditos extraor-
com as atribuições de sua competência. dinários;
Art. 121. O Chefe de Gabinete do Prefeito e os dirigen- d) declaração de utilidade ou necessidade pública, ou
tes de Autarquias Municipais terão prerrogativas de Secre- de interesse social, para efeito de desapropriação ou servi-
tário Municipal, exceto no que se refere ao subsídio. dão administrativa;
Art. 122. Os auxiliares diretos do Prefeito farão decla- e) extinção de funções, cargos ou cargos públicos;
ração de bens, no ato da posse e no término do exercício f) organização e funcionamento da Administração Mu-
do cargo, emprego ou função e terão as mesmas incom- nicipal quando não implicar aumento de despesa nem cria-
patibilidades e impedimentos dos Vereadores, enquanto ção ou extinção de órgãos públicos;
neles permanecerem. g) aprovação de regulamentos e regimento dos ór-
gãos da Administração direta;

58
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

h) aprovação dos estatutos dos órgãos da administra- XIII - registro de loteamentos aprovados.
ção descentralizada; § 1º Os livros serão abertos, rubricados e encerrados
i) fixação e alteração dos preços dos serviços presta- pelo Prefeito e pelo Presidente da Câmara, conforme o
dos pelo Município e aprovação dos preços dos serviços caso, ou por funcionário designado para tal fim.
concedidos; § 2º Os livros referidos neste artigo poderão ser subs-
j) permissão para uso de bens municipais; tituídos por fichas ou outro sistema, convenientemente
l) aprovação de planos de trabalho dos órgãos da Ad- autenticados, podendo ser realizado por meio magnético.
ministração direta;
m) criação, extinção, declaração ou modificação de di- CAPÍTULO III
reitos dos administrados, não-privativos de lei; Da Administração dos Bens Municipais
n) medidas executórias do Plano Diretor;
o) estabelecimento de normas de efeitos externos, Art. 129. Compete ao Prefeito a administração dos
não-privativas de lei. bens municipais, respeitada a competência da Câmara
II - portaria, nos seguintes casos: quanto àqueles que estiverem sob sua administração.
a) provimento e vacância de cargos e empregos públi- Art. 130. A alienação de bens municipais, móveis e imó-
cos e demais atos de efeito individual relativos aos servi- veis, subordinada à existência de interesse público devida-
dores municipais; mente justificado, obedecerá à legislação federal pertinente.
b) lotação e relotação nos quadros de pessoal; § 1º A alienação de bens de uso comum do povo ou de
c) criação de comissões e designação de seus membros; uso especial será precedida de:
d) instituição e dissolução de grupos de trabalho; I - interesse público devidamente justificado;
e) abertura de sindicâncias e processos administrativos II - autorização legislativa;
e aplicações de penalidades; III - avaliação;
f) outros atos que, por sua natureza ou finalidade não IV - desafetação.
sejam objeto de lei ou decreto. § 2º O Município, preferencialmente à venda ou doa-
Parágrafo Único. Poderão ser delegados os atos cons- ção de bens imóveis, outorgará concessão de direito real
tantes do item II deste artigo. de uso, mediante autorização legislativa, respeitada a legis-
lação federal pertinente.
SEÇÃO I Art. 131. O uso de bens municipais por terceiros po-
Das Certidões derá ser feito mediante concessão, permissão ou autoriza-
ção, conforme o caso, e o interesse público, devidamente
Art. 127. A Prefeitura e a Câmara são obrigadas a for- justificado, o exigir, garantindo-se em qualquer hipótese, a
necer a qualquer interessado que preencha os requisitos preservação do meio ambiente e do patrimônio histórico-
do artigo 5º, XXXIII e XXXIV, da Constituição Federal, no -cultural.
prazo máximo de trinta dias, certidões de atos, contratos e § 1º A concessão administrativa dos bens públicos de
decisões ou informações de interesse particular ou coleti- uso dominical dependerá de autorização legislativa e lici-
vo, sob pena de responsabilidade da autoridade ou servi- tação.
dor que negar ou retardar a sua expedição. § 2º A concessão administrativa de bens de uso comum
Parágrafo Único. No mesmo prazo deverão ser aten- do povo e de uso especial somente poderá ser outorgada
didas as requisições judiciais, se outro prazo não for fixado mediante desafetação, autorização legislativa e licitação.
pelo Juiz. § 3º A permissão, que poderá incidir sobre qualquer
SEÇÃO II bem público, será outorgada por tempo indeterminado e a
Do Registro título precário, formalizada através de Decreto.
§ 4º A autorização, que poderá incidir sobre qualquer
Art. 128. O Município terá os livros necessários aos bem público, será outorgada para atividades específicas e
seus serviços e, obrigatoriamente, os de: transitórias, por prazo determinado a ser fixado pela Admi-
I - termo de compromisso e posse; nistração Pública.
II - declaração de bens e renda; § 5º O Município poderá ceder bens a outros entes
III - atas das Sessões da Câmara; públicos, inclusive os da Administração indireta, desde que
IV - registro de Leis, Decretos, Resoluções, Regulamen- atendido o interesse público.
tos, Instruções e Portarias;
V - cópia de correspondência oficial; CAPÍTULO IV
VI - protocolo; Das Obras e Serviços Públicos
VII - licitações e contratos para obras e serviços;
VIII - contratos de servidores; Art. 132. É de responsabilidade do Município, me-
IX - contratos em geral; diante licitação e de conformidade com os interesses e as
X - contabilidade e finanças; necessidades da população, prestar serviços públicos dire-
XI - concessões e permissões de bens imóveis e de tamente ou sob regime de concessão ou permissão, bem
serviços; como realizar obras públicas, podendo contratá-las com
XII - tombamento de bens imóveis; particulares, sempre através de processo licitatório.

59
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Art. 133. Nenhuma obra pública, salvo os casos de Parágrafo Único. Fica assegurada ao servidor públi-
extrema urgência devidamente justificados, será realizada co dos Poderes Executivo e Legislativo Municipal a revisão
sem que conste: geral anual de sua remuneração nos termos do artigo 37,
I - o respectivo projeto; incisos X e XI, da Constituição Federal, observadas as dis-
II - o orçamento do seu custo; posições da Lei Complementar Federal nº 101, de 04 de
III - a indicação dos recursos financeiros para o atendi- maio de 2000, bem como a iniciativa privativa de cada Po-
mento das respectivas despesas. der quanto à fixação da data e valor de sua revisão geral,
IV - a viabilidade do empreendimento, sua conveniên- devendo a previsão constar da Lei de Diretrizes Orçamen-
cia e oportunidade para o interesse público; tárias e dos Orçamentos anuais.
V - os prazos para o seu início e término. Art. 141. A investidura em cargo ou emprego públi-
Art. 134. A concessão de serviço público, precedida ou co da administração direta e indireta depende sempre de
não da execução de obra pública, será formalizada median- aprovação prévia em concurso público de provas ou de
te contrato que deverá observar os termos da legislação
provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em
federal, das normas pertinentes e do edital de licitação.
comissão e admissões para empregos de confiança, decla-
.
§ 1º Os serviços concedidos ficarão sempre sujeitos à rados em lei de livre nomeação e exoneração.
regulamentação, à fiscalização e à fixação de tarifas e cus- § 1º O prazo de validade do concurso será de até dois
tos, conforme dispuser a lei. anos, prorrogável uma vez por igual período;
§ 2º Serão nulas de pleno direito as concessões feitas § 2º Durante o prazo previsto no edital de convocação,
em desacordo com o estabelecido neste artigo. aquele aprovado em concurso público de provas ou de pro-
Art. 135. Os usuários estarão representados em ór- vas e títulos será convocado com prioridade sobre novos
gãos próprios da Administração Municipal, na forma que concursados para assumir cargo ou emprego na carreira;
dispuser a lei, assegurando-se sua participação em deci- § 3º É vedada a estipulação de limite de idade, bem
sões relativas a: como de quaisquer impedimentos motivados por precon-
I - planos e programas de expansão dos serviços; ceitos de raça, sexo, religião ou ideologia política, para in-
II - revisão da base de cálculo dos custos operacionais; gresso, por concurso público, em qualquer órgão de Admi-
III - política tarifária; nistração direta e indireta;
IV - nível de atendimento da população em termos de Art. 142. O Conselho Municipal de Política de Admi-
quantidade e qualidade; nistração e Remuneração de Pessoal, instituído por lei mu-
V - mecanismos para atenção a pedidos e reclamações nicipal de iniciativa do Prefeito e integrado por servidores
dos usuários, inclusive para apuração de danos causados a dos Poderes locais, atenderá ao disposto na Constituição
terceiros. Federal.
Art. 136. Na concessão de serviços públicos, o Muni-
cípio reprimirá qualquer forma de abuso do poder econô- CAPÍTULO VI
mico, principalmente as que visem à dominação do mer- Da Guarda Municipal
cado, à exploração monopolística e ao aumento abusivo
de lucros. Art. 143. A Guarda Municipal destina-se à proteção
Art. 137. O Município poderá, mediante autorização dos bens, serviços e instalações dos órgãos da Administra-
legislativa, consorciar-se com outros entes federados para ção direta e indireta, na forma da lei.
a realização de obras ou prestação de serviços públicos de
Parágrafo Único. A Guarda Municipal tem caráter per-
interesse comum.
manente, mantendo-se sob a titularidade do Município.
Art. 138. Ao Município é facultado conveniar com a
União ou com o Estado a prestação de serviços públicos de Art. 144. Lei Municipal de iniciativa do Executivo dis-
sua competência privativa, quando lhe faltarem recursos porá sobre a constituição de Comissão de Defesa Civil, des-
técnicos ou financeiros para a execução do serviço em pa- tinada a auxiliar as autoridades civis na prevenção e socor-
drões adequados, ou quando houver interesse mútuo para ro às vítimas de acidentes.
a celebração do convênio. Art. 145. Lei municipal de iniciativa do Executivo dis-
porá sobre a criação de Corpo de Bombeiros Voluntário.
CAPÍTULO V
Dos Servidores Municipais TÍTULO V
DA ORDEM ECONÔMICA
Art. 139. Lei Municipal, de iniciativa do Prefeito, dispo- CAPÍTULO I
rá sobre o regime jurídico dos servidores municipais, ob- Da Política Econômica
servado o disposto na Constituição Federal.
Parágrafo Único. Aplica-se aos servidores a que se re- Art. 146. O Município promoverá o seu desenvol-
fere este artigo, no que couber, o disposto no capítulo II do vimento, agindo de modo que as atividades econômicas
Título II da Constituição Federal. realizadas em seu território contribuam para elevar o nível
Art. 140. Lei municipal disporá, especialmente, sobre de vida e assegurar o bem-estar da população local, bem
a criação, transformação e extinção de cargos, empregos e como para valorizar o trabalho humano.
funções públicas, sua forma de provimento, plano de car- Art. 147. Na promoção de seu desenvolvimento, o
reiras e sistema remuneratório, observado o disposto na Município agirá, sem prejuízo de outras iniciativas, no sen-
Constituição Federal. tido de:

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

I - fomentar o desenvolvimento e a capacitação cientí- I - ordenação da expansão urbana;


fica, tecnológica e industrial; II - integração urbano-rural;
II - fomentar a livre iniciativa; III - prevenção e correção das distorções do cresci-
III - privilegiar a geração de empregos; mento urbano;
IV - racionalizar a utilização de recursos naturais; IV - proteção, preservação e recuperação do meio am-
V - incentivar as empresas nacionais que invistam em biente;
pesquisas de criação de tecnologia; V - proteção, preservação e recuperação do patrimô-
VI - proteger o meio ambiente; nio histórico, artístico, turístico, cultural e paisagístico;
VII - defender os direitos dos usuários dos serviços pú- VI - controle do uso do solo de modo a evitar:
blicos e dos consumidores; a) o parcelamento do solo e a edificação vertical exces-
VIII - dar tratamento diferenciado à pequena produção sivos, com relação aos equipamentos urbanos e comunitá-
artesanal ou mercantil, às microempresas e às pequenas rios existentes;
empresas locais, considerando sua contribuição para a de- b) a ociosidade, subutilização ou não utilização do solo
mocratização de oportunidades econômicas, inclusive para
urbano edificável;
os grupos sociais mais carentes;
c) usos incompatíveis ou inconvenientes.
IX - estimular o associativismo, o cooperativismo e as
Parágrafo Único. As funções sociais da cidade objeti-
microempresas;
X - eliminar entraves burocráticos que possam limitar o vam o acesso de todos os cidadãos aos bens e aos serviços
exercício da atividade econômica; urbanos, assegurando-se-lhes condições de vida e moradia
XI - desenvolver ação direta ou reivindicativa junto a compatíveis com o estágio de desenvolvimento do Municí-
outras esferas de Governo, de modo que sejam efetivados, pio, mediante a adoção dos seguintes instrumentos:
entre outros: I - lei de diretrizes urbanísticas do Município;
a) a assistência social; II - elaboração e revisão de Plano Diretor;
b) o crédito especializado ou subsidiado; III - leis e planos de controle do uso, do parcelamento
c) os estímulos fiscais e financeiros; e da ocupação do solo urbano;
d) os serviços de suporte informativo ou de mercado. IV - código de obras e edificações;
Art. 148. É de responsabilidade do Município, no cam- V - código de posturas municipais.
po de sua competência, a realização de investimentos para
formar e manter a infraestrutura básica capaz de atrair, SEÇÃO II
apoiar ou incentivar o desenvolvimento de atividades pro- Do Plano Diretor
dutivas, seja diretamente ou mediante cooperação com o
setor privado, para esse fim. Art. 153. O Plano Diretor, aprovado pela Câmara, é o
Parágrafo Único. A atuação do Município dar-se-á, instrumento básico da política urbana a ser executada pelo
inclusive, no meio rural, estimulado, de modo especial, o Município.
cooperativismo e outras formas de associativismo. § 1º O Plano Diretor fixa os critérios que assegurem a
Art. 149. O Município cooperará com outros municí- função social da propriedade, cujo uso e ocupação deverão
pios, com vistas à execução de atividades econômicas de respeitar a legislação urbanística, em especial no que con-
interesse comum, bem como à integração em programas cerne à proteção ao meio ambiente.
de desenvolvimento regional a cargo de outras esferas de § 2º O Plano Diretor define as áreas especiais de inte-
Governo. resse social, urbanístico ou ambiental, para as quais será
Art. 150. O Município dispensará tratamento jurídico exigido aproveitamento adequado, nos termos previstos
diferenciado às microempresas e às empresas de pequeno
na Constituição Federal e na legislação pertinente.
porte, nos termos da lei.
Art. 154. O Município promoverá, em consonância com
Art. 151. Lei municipal de iniciativa do Poder Executivo
poderá autorizar, em caráter precário e por tempo limitado, sua política urbana e respeitadas as disposições do Plano Di-
a instalação de microempresas na residência de seus titula- retor, programas de habitação popular destinados a melho-
res, desde que não prejudiquem as normas de segurança, rar as condições de moradia da população de baixa renda.
de silêncio, de trânsito, de saúde e de proteção ambiental. § 1º A ação do Município deverá orientar-se para:
I - ampliar o acesso a lotes dotados de infra-estrutura
CAPÍTULO II básica e servidos por transporte coletivo;
Da Política Urbana II - estimular e assistir, tecnicamente, a execução de
SEÇÃO I projetos individuais, comunitários e associativos de cons-
Do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado trução de habitação e serviços;
Disposições Gerais III - urbanizar, regularizar e titular as áreas ocupadas
por população de baixa renda, passíveis de urbanização.
Art. 152. A política urbana a ser formulada no âmbito § 2º Na promoção de seus programas de habitação
do processo de planejamento municipal terá por objetivo popular, o Município poderá articular-se com os órgãos
o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e estaduais, regionais e federais competentes e, quando
o bem-estar de seus habitantes, obedecidas as normas ge- couber, estimular a construção de moradias adequadas e
rais fixadas em lei federal, mediante a implementação dos compatíveis com a capacidade econômica da população,
seguintes objetivos: através da criação de empresa de economia mista afim.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Art. 155. O Município assegurará, nos termos da lei, SEÇÃO IV


a cooperação das associações representativas no planeja- Dos Transportes Públicos
mento municipal e a participação da comunidade na pro- Do Sistema Viário e dos Transportes
moção de desenvolvimento urbano e rural.
Parágrafo Único. Para fins deste artigo, considera-se Art. 163 - Compete ao Município:
entidade representativa a que possuir personalidade jurídi- I - organizar e gerir o tráfego local;
ca e tiver sede no Município. II - administrar terminais rodoviários e organizar e gerir
Art. 156. Lei municipal disporá sobre a forma de par- o transporte coletivo de passageiros por ônibus;
ticipação da comunidade no planejamento municipal e na III - planejar o sistema viário e localização dos pólos
promoção do desenvolvimento urbano e rural. geradores de tráfego e transporte;
Art. 157. O Plano Diretor deverá contemplar em seus IV - fiscalizar o cumprimento de horário do transporte
dispositivos os direitos das pessoas portadoras de neces- coletivo urbano e rural executado pelas empresas conces-
sidades especiais, especialmente quanto ao seu acesso a sionárias ou permissionárias;
bens, inclusive os privados, e serviços públicos. V - organizar e gerir os fundos referentes à venda de
passes e de aquisição de vale-transporte;
SEÇÃO III VI - organizar e gerir os serviços de táxi e de transporte
Do Saneamento Básico de aluguel de passageiros e cargas;
VII - definir e cobrar tarifa para embarque de passagei-
Art. 158. O Município, em consonância com a sua po- ros através de Decreto;
lítica urbana e segundo o disposto em seu Plano Diretor, VIII - regulamentar e fiscalizar os serviços de transporte
deverá promover programas de saneamento básico desti- escolar, fretamento e transportes especiais de passageiros;
nados a melhorar as condições sanitárias e ambientais das IX - implantar sinalização, obstáculos, parada de ôni-
áreas urbanas e os níveis de saúde da população. bus e áreas de estacionamento;
Parágrafo Único. A ação do Município deverá orien- X - manter as vias públicas em perfeito estado de con-
tar-se para a: servação e uso.
I - ampliação progressiva da responsabilidade local Art. 164. O Município poderá implantar vias expressas,
pela prestação de serviços de saneamento básico; marginais às rodovias e estradas vicinais, visando facilitar a
II - execução de programas de saneamento em áreas instalação de novos distritos industriais.
desassistidas, atendendo à população de baixa renda, com Art. 165. A prestação dos serviços de transporte públi-
soluções adequadas e de baixo custo para o abastecimento co atenderá aos seguintes princípios:
de água e coleta de esgoto sanitário; I - Segurança e conforto dos passageiros, garantindo,
III - execução de programas de educação sanitária e em especial, o acesso às pessoas portadoras de necessida-
melhoria do nível de participação das comunidades na so- des especiais;
lução de seus problemas de saneamento; II - prioridade a pedestres e usuários dos serviços;
IV - prática, pelas autoridades competentes, de tarifas III - tarifa social, assegurada a gratuidade aos maiores
sociais para os serviços de água. de sessenta e cinco anos e aos portadores de necessidades
Art. 159. O Município manterá sistema de tratamento especiais, conforme dispuser a lei;
de água para abastecimento público e de tratamento dos IV - proteção ambiental contra a poluição atmosférica
esgotos domésticos. e sonora;
Art. 160. O Município estabelecerá a coleta diferen- V - integração entre os sistemas e os meios de trans-
ciada de resíduos industriais, hospitalares, de clínicas mé- porte e racionalização de itinerários;
dicas, odontológicas, farmácias, laboratórios de patologia, VI - participação das entidades representativas das co-
núcleos de saúde e outros estabelecimentos que possam munidades e dos usuários, no planejamento e na fiscaliza-
ser portadores de agentes patogênicos. ção dos serviços.
Parágrafo Único. O tratamento dos resíduos mencio- Parágrafo Único. A lei regulamentará a prestação de
nados neste artigo será feito através de aterro sanitário, serviço de táxi e assemelhados.
de incineração ou de outros meios, podendo, para sua im- Art. 166. O Município, em consonância com sua po-
plantação, o Executivo recorrer à formação de consórcio, lítica urbana e segundo o disposto em seu Plano Diretor,
inclusive com outros Municípios. deverá promover planos e programas setoriais destinados
Art. 161. O Município indicará a área fora do períme- a melhorar as condições do transporte público, da circula-
tro urbano para depósito dos resíduos não elencados no ção de veículos e da segurança de trânsito.
artigo anterior. Parágrafo Único. A operação e execução de transpor-
Art. 162. O Município prestará orientação e assistên- te público e transporte público coletivo serão feitas de for-
cia sanitária às localidades desprovidas de sistema público ma direta, ou por concessão, nos termos da lei municipal,
de saneamento básico e à população rural, incentivando e sendo que a organização e gestão do transporte coletivo,
disciplinando a construção de poços e fossas tecnicamente no âmbito municipal, serão exclusivamente realizadas sob
apropriados e instituindo programas de saneamento. a titularidade do Município.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

CAPÍTULO III § 1º Inclui-se no Plano de Proteção ao Meio Ambiente


Do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais a descrição detalhada das áreas de preservação ambiental
SEÇÃO I no Município.
Do Meio Ambiente § 2º O Plano de Proteção ao Meio Ambiente mencio-
nado no caput deste artigo será elaborado e supervisiona-
Art. 167. Todos têm direito ao meio ambiente eco- do pelo Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente,
logicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e cuja criação, atribuições e composição serão definidas em
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder lei, de iniciativa do Prefeito, garantida a participação da
Público e à comunidade o dever de defendê-lo e preservá- comunidade, como órgão consultivo no planejamento da
-lo para as presentes e futuras gerações. política ambiental do Município.
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incum- Art. 173. O Município poderá promover, por meio de
be ao Município com a colaboração da comunidade: incentivos fiscais, a integração da iniciativa privada na de-
I - preservar e restaurar os processos ecológicos das fesa do meio ambiente.
espécies e ecossistemas; Art. 174. O Município assegurará a participação das
II - definir, em lei complementar, os espaços territoriais entidades representativas da comunidade no planejamen-
do Município e seus componentes a serem especialmen- to e na fiscalização de proteção ambiental, na forma da lei.
te protegidos e a forma de permissão para a alteração e
supressão, vedada qualquer utilização que comprometa a SEÇÃO II
integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; Dos Recursos Naturais
III - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ati-
vidade ou parcelamento do solo potencialmente causado- Art. 175. O Município participará do sistema integrado
res de significativa degradação do meio ambiente, estudos de gerenciamento de recursos hídricos previstos no artigo
práticos de impacto ambiental, a que se dará publicidade; 205 da Constituição Estadual, isoladamente ou em con-
IV - controlar a produção, a comercialização e o em- sórcio com outros Municípios da mesma bacia ou região
prego de técnicas, métodos e substâncias que comportem hidrográfica, assegurando, para tanto, meios financeiros e
riscos para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; institucionais.
V - promover a educação ambiental na sua rede de en- § 1º O serviço público de água e esgoto é atribuição
sino e a conscientização da comunidade para preservação precípua do Município, que deverá estendê-lo progressiva-
do meio ambiente; mente a toda a população.
VI - manter a titularidade do Município frente à ex- § 2º O Município manterá, na forma da lei, mecanismos
ploração, gerenciamento, distribuição e abastecimento dos institucionais e financeiros destinados a garantir os bene-
serviços de água, bem como coleta e tratamento de esgoto fícios do saneamento básico à totalidade da população,
aos munícipes. compatibilizando o planejamento local com o do órgão
§ 2º - Aquele que explorar recursos minerais, inclusi- gestor das bacias hidrográficas em que estiver parcial ou
ve extração de areia, cascalho ou pedras, fica obrigado a totalmente inserido.
recuperar o meio ambiente degradado de acordo com a § 3º O serviço público de que trata o parágrafo 1º será
norma técnica exigida pelo órgão público competente, na organizado, prestado, explorado e fiscalizado diretamen-
forma da lei. te pelo Município, vedada a outorga mediante concessão,
Art. 168. O Município articular-se-á com os órgãos es- permissão ou autorização, exceto à entidade pública muni-
taduais, regionais ou federais competentes e, ainda, quan- cipal existente ou que venha a ser criada para tal fim.
do for o caso, com outros municípios objetivando conferir Art. 176. Caberá ao Município, no campo dos recursos
maior eficácia à proteção ambiental. hídricos:
Art. 169. O Município deverá atuar, mediante plane- I - instituir programas permanentes de racionalização
jamento, no controle e fiscalização das atividades públicas do uso das águas destinadas ao abastecimento público e
ou privadas, causadoras efetivas ou potenciais de altera- industrial e à irrigação, assim como de combate às inunda-
ções significativas no meio ambiente. ções e à erosão urbana e rural, e de conservação do solo
Art. 170. O Município, ao promover a ordenação de e da água;
seu território, definirá o zoneamento e as diretrizes gerais II - estabelecer medidas para a proteção e conservação
de ocupação que assegurem a proteção dos recursos natu- das águas, superficiais e subterrâneas, e para sua utilização
rais, em consonância com o disposto na legislação federal racional, especialmente daquelas destinadas ao abasteci-
e estadual pertinente. mento;
Art. 171. A política de desenvolvimento e de expansão III - proceder ao zoneamento das áreas sujeitas a ris-
urbana do Município deverá ser compatível com a prote- cos de inundações, erosão e escorregamento do solo, es-
ção do meio ambiente, para preservá-lo de alterações que, tabelecendo restrições e proibições ao uso, parcelamento
direta ou indiretamente, sejam prejudiciais à saúde, à segu- e edificação nas áreas impróprias ou críticas, de forma a
rança e ao bem-estar da comunidade ou ocasionem danos preservar a segurança e a saúde públicas;
ao ecossistema em geral. IV - recensear as habitações localizadas em áreas de
Art. 172. O Poder Público instituirá Plano de Proteção risco, sujeitas a desmoronamentos, contaminações ou ou-
ao Meio Ambiente, prescrevendo as medidas necessárias tros danos, providenciando a remoção de seus ocupantes,
para assegurar o equilíbrio ecológico. compulsória, se for o caso;

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

V - implantar o sistema de alerta e defesa civil, para Art. 177. O Município prestará orientação e assistên-
garantir a saúde e a segurança pública, quando de eventos cia sanitária às localidades desprovidas de sistema público
hidrológicos indesejáveis; de saneamento básico e à população rural, incentivando e
VI - proibir o lançamento de efluentes urbanos e in- disciplinando a construção de poços e fossas tecnicamente
dustriais em qualquer corpo de água, sem o devido trata- apropriadas e instituindo programas de saneamento.
mento; Parágrafo Único. Nas áreas citadas no caput haverá
VII - suplementar, no que couber, e de acordo com as assistência e auxílio à população, para serviços e obras co-
peculiaridades municipais, as normas federais e estaduais letivas de abastecimento doméstico, animal e de irrigação,
sobre produção, armazenamento, utilização e transportes tais como a perfuração de poços profundos, construção de
de substâncias tóxicas, perigosas ou poluidoras e fiscalizar açudes, adutoras e redes de distribuição de água, com o ra-
sua aplicação; teio de custos, sempre que possível, entre os beneficiários
VIII - promover a adequada disposição de resíduos só- e cobrança de tarifas ou taxas, para manutenção e opera-
lidos, de modo a evitar o comprometimento dos recursos ção do sistema.
Art. 178. O Município cuidará para que haja coopera-
hídricos, em termos de quantidade e qualidade;
ção de associações representativas e participação de enti-
IX - disciplinar os movimentos da terra e a retirada da
dades comunitárias no estudo, encaminhamento e na solu-
cobertura vegetal, para prevenir a erosão do solo, o asso- ção dos problemas, planos e programas municipais sobre
reamento e a poluição dos corpos de água; recursos hídricos, que lhe sejam concorrentes.
X - condicionar os atos de outorga de direitos que Parágrafo Único. Será incentivada a formação de as-
possam influir na qualidade ou quantidade de águas su- sociações e consórcios de usuários de recursos hídricos,
perficiais e subterrâneas, em especial a extração de areia, com o fim de assegurar a sua distribuição equitativa e para
à aprovação prévia dos organismos estaduais de controle a execução de serviços e obras de interesse comum.
ambiental e de gestão de recursos hídricos, fiscalizando e Art. 179. No estabelecimento das diretrizes e normas
controlando as atividades decorrentes; sobre desenvolvimento urbano e na elaboração do Plano
XI - exigir, quando da aprovação dos loteamentos, Diretor, serão asseguradas:
completa infra-estrutura urbana, correta drenagem das I - a compatibilização do desenvolvimento urbano e
águas pluviais, proteção do solo superficial e reserva de das atividades econômicas e sociais com as características,
áreas destinadas ao escoamento de águas pluviais e às ca- potencialidade e vulnerabilidade do meio físico, em espe-
nalizações de esgotos, em especial nos fundos de vale; cial dos recursos hídricos, superficiais e subterrâneos;
XII - controlar as águas pluviais, de forma a mitigar e II - a coerência das normas dos planos e programas
compensar os efeitos da urbanização no escoamento das municipais com os planos e programas estaduais da bacia
águas e na erosão do solo; ou região hidrográfica que o Município integra;
XIII - zelar pela manutenção da capacidade de infiltra- III - a preservação dos recursos hídricos, sendo a co-
ção do solo, principalmente nas áreas de recarga de aquí- brança pelo uso da água tratada instrumento de sua utili-
feros subterrâneos, protegendo-as por leis específicas, em zação racional;
consonância com as normas federais e estaduais de preser- IV - a instituição de áreas de preservação das águas
vação dos seus depósitos naturais; utilizáveis para abastecimento da população e a implanta-
XIV - capacitar sua estrutura técnico-administrativa ção, conservação e recuperação das matas ciliares;
para o conhecimento de meio físico do território municipal, V - a proteção da quantidade e da qualidade das
do seu potencial e vulnerabilidade, com vistas à elaboração águas, por meio de lei, fixando normas para a preservação
das bacias de contribuição e áreas de recarga dos aquífe-
de normas e à prática das ações sobre uso e ocupação do
ros e definindo preceitos para a perfuração e operação dos
solo, zoneamento, edificações e transportes;
poços e o volume de exploração das águas subterrâneas;
XV - compatibilizar as licenças municipais de parcela-
VI - a atualização e o controle do Plano Diretor e de
mento do solo, de edificações e de funcionamento de es- suas diretrizes de forma periódica e sistemática, de modo
tabelecimentos comerciais e industriais com as exigências compatível com os planos da bacia ou região hidrográfica.
quantitativas e qualitativas dos recursos hídricos existentes; Art. 180. O Município deverá manter articulação per-
XVI - adotar, sempre que possível, soluções não-es- manente com os demais municípios de sua região e com o
truturais, quando da execução de obras de canalização e Estado, visando à racionalização da utilização dos recursos
drenagem de água; hídricos e das bacias hidrográficas, respeitadas as diretrizes
XVII - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões estabelecidas pela União.
de direito de pesquisa e exploração de recursos hídricos e
minerais no território municipal; TÍTULO VI
XVIII - aplicar, prioritariamente, o produto da participa- DA ORDEM SOCIAL
ção do resultado da exploração hidroenergética e hídrica em CAPÍTULO I
seu território, ou a compensação financeira, nas ações de Da Educação
proteção e conservação das águas, na preservação contra
seus efeitos adversos e no tratamento das águas residuárias; Art. 181. A Educação, ministrada com base nos prin-
XIX - manter a população informada sobre os benefí- cípios estabelecidos no artigo 205 e seguintes da Cons-
cios do uso racional da água, da proteção contra sua polui- tituição Federal e inspirada nos princípios de liberdade e
ção e da desobstrução dos cursos de água. solidariedade humana, tem por fim:

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

I - a compreensão dos direitos e deveres da pessoa II - incentivo à promoção e divulgação da história, dos
humana, do cidadão, do Município, da família e dos demais valores humanos e das tradições locais;
grupos que compõem a comunidade; III - conservação das obras, objetos, documentos, edi-
II - o respeito à dignidade e às liberdades fundamen- ficações e demais espaços destinados às manifestações
tais da pessoa humana; artístico-culturais e de interesse histórico, cultural, paisa-
III - o fortalecimento da unidade nacional e da solida- gístico, ecológico e cientifico;
riedade internacional; IV - criação e manutenção de núcleos culturais distri-
IV - o desenvolvimento integral da personalidade hu- tais e de espaços públicos devidamente equipados para a
mana e sua participação na obra do bem comum; formação e difusão das expressões artístico-culturais po-
V - o preparo do indivíduo e da sociedade para o domí- pulares;
nio dos conhecimentos científicos e tecnológicos que lhes V - criação e manutenção de bibliotecas públicas nos
permitam vencer as dificuldades do meio, preservando-o; distritos e bairros da cidade, garantido o acesso aos seus
VI - a preservação, difusão e expansão do patrimônio acervos, bem como a museus, arquivos e congêneres;
cultural; VI - celebração de convênios de intercâmbio e coopera-
VII - a condenação de qualquer tratamento desigual ção financeira com entidades públicas e privadas, para pres-
por motivo de convicção filosófica, política ou religiosa, tação de orientação e assistência à criação e manutenção de
bem como a quaisquer preconceitos de classe, raça ou sexo; bibliotecas públicas na sede dos distritos e nos bairros;
VIII - o desenvolvimento da capacidade de elaboração VII - promoção e valorização dos profissionais da cultura.
e reflexão crítica da realidade. Art. 186. Lei municipal, de iniciativa do Poder Execu-
Parágrafo Único. O Município atuará prioritariamente tivo, disporá sobre a composição, atribuições e funciona-
no ensino fundamental e na educação infantil. mento do Conselho Municipal de Cultura.
Art. 182. O Município garantirá: Art. 187. O Município estimulará o pluralismo cultu-
I - prioritariamente o oferecimento da educação infan- ral, incentivando as manifestações artístico-culturais indi-
til em creches e pré-escolas e no ensino fundamental; viduais e coletivas, de modo a garantir a participação de
II - atendimento educacional especializado aos porta- todos na vida cultural.
dores de necessidades especiais;
III - atendimento ao educando do ensino fundamental CAPÍTULO III
por meio de programas suplementares de fornecimento de Do Esporte, do Turismo e do Lazer
material didático, transporte escolar, alimentação e assis-
tência à saúde. ) Art. 188. O Município incentivará as práticas esporti-
§ 1º O atendimento educacional especializado para os vas formais e não formais, como direito de todos, mediante
portadores de necessidades especiais será promovido em estímulos especiais e auxílios materiais ao esporte educa-
escolas municipais ou em parceria com instituições filan- cional e às agremiações amadoras organizadas pela popu-
trópicas, na forma da lei. lação de forma regular.
§ 2º O Município atuará em outros níveis de ensino Art. 189. O Município, no que se refere a esporte, tu-
somente quando estiverem atendidas plenamente as ne- rismo e lazer, terá como prioridades na aplicação de recur-
cessidades do ensino fundamental e da educação infantil, sos financeiros:
do ponto de vista qualitativo e quantitativo, e I - esporte amador;
com recursos acima dos percentuais mínimos vincula- II - reserva de espaços verdes e livres, em forma de
dos pela Constituição Federal à manutenção e desenvolvi- parques, bosques, jardins e assemelhados como base para
mento do ensino. fins de lazer;
§ 3º O Município aplicará, na manutenção e desenvol- III - aproveitamento dos recursos naturais para a práti-
vimento do ensino público, no mínimo, vinte e cinco por ca de atividades de lazer e turismo;
cento da receita resultante de impostos, compreendida a IV - criação e manutenção de parques infantis, centros
proveniente de transferências. de juventude e de convivência comunitária, adequados à
Art. 183. O Município promoverá, anualmente, o re- prática de esportes e lazer;
censeamento da população escolar e fará a chamada dos V - práticas excursionistas;
educandos. VI - adequação dos locais já existentes e previsão das
Art. 184. O Município velará, por todos os meios ao medidas necessárias quando da construção de novos es-
seu alcance, pela permanência do educando na escola. paços, tendo em vista a prática de esportes e atividades
de lazer por parte das pessoas portadoras de necessidades
CAPÍTULO II especiais, idosos e gestantes, de maneira a integrá-los aos
Da Cultura demais cidadãos.
Art. 190. O Município fomentará as práticas despor-
Art. 185. O Município promoverá o desenvolvimento tivas por meio de programas de esportes nas escolas da
cultural local, nos termos da Constituição Federal e com a rede municipal de ensino.
participação da comunidade, especialmente mediante: Art. 191. O Município reservará áreas destinadas à
I - apoio a todas as formas de expressão cultural e ofe- prática esportiva e ao lazer comunitário nos programas
recimento de estímulos concretos ao cultivo das ciências, e projetos de urbanização, moradia popular e nas unida-
artes e letras; des educacionais.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Art. 192. As atividades esportivas e de lazer imple- III - direito à obtenção de informações e esclarecimen-
mentadas pelo Município serão desenvolvidas de forma ar- tos de interesse da saúde individual e coletiva, assim como
ticulada com as atividades culturais, visando à implantação das atividades desenvolvidas pelo sistema;
e ao desenvolvimento do turismo local. IV - atendimento integral do indivíduo, abrangendo a
Art. 193. É vedada ao Município a subvenção de enti- promoção, a preservação e a recuperação de sua saúde.
dades desportivas profissionais. Art. 200. Para atingir os objetivos previstos no artigo
anterior, o Município promoverá:
CAPÍTULO IV I - condições dignas de trabalho, saneamento, mora-
Da Assistência Social dia, alimentação, educação, transporte, lazer e esporte;
II - respeito ao meio ambiente e controle da poluição
Art. 194. A assistência social será prestada a quem ambiental;
dela necessitar e tem por objetivos: Art. 201. As ações e os serviços de saúde são de rele-
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à vância pública, cabendo ao Município dispor, nos termos
adolescência e à velhice; da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle.
II - o amparo às crianças e aos adolescentes carentes; § 1º As ações e os serviços de preservação da saúde
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; abrangem o ambiente natural, os locais públicos e os de
IV - a habilitação e a reabilitação das pessoas portado- trabalho.
ras de necessidades especiais e a promoção de sua integra- § 2º As ações e os serviços de saúde serão realizados,
ção à vida comunitária. preferencialmente de forma direta pelo Município ou atra-
Art. 195. Na área de assistência social o Município vés de terceiros e pela iniciativa privada ou mediante con-
atuará por meio de programas e projetos específicos, res- sórcio com outros Municípios.
peitada a legislação federal e estadual pertinente. Art. 202. Compete ao Município:
§ 1º Caberá ao Município apoiar as entidades benefi- I - gerenciar e executar as políticas e programas com
centes, de assistência e promoção social. impacto sobre a saúde individual e coletiva;
§ 2º As ações dos órgãos e entidades da Administração II - a assistência à saúde prestada nas emergências médi-
Municipal deverão estar integradas às do Estado, compati- co-hospitalares de Pronto-Socorro por seus próprios serviços
bilizando programas e recursos e evitando duplicidade de ou convênios com as Instituições de Ensino, Santas Casas ou
atendimento. instituições congêneres, bem como a medicina preventiva e
§ 3º As ações de natureza emergencial não deverão curativa prestada por seus próprios postos de saúde;
prevalecer sobre a formulação e aplicação de políticas so- III - a elaboração e atualização periódica do Plano Mu-
ciais básicas. nicipal de Saúde, em consonância com o Plano Estadual de
Art. 196. É assegurada a participação da população, Saúde e de acordo com as diretrizes do Conselho Munici-
por meios de entidades representativas com sede no Mu- pal de Saúde, aprovadas em lei;
nicípio, na formulação das políticas e no controle das ações IV - assegurar a gratuidade dos serviços de saúde pres-
de promoção e assistência social, em nível municipal. tados, vedada a cobrança de despesas, suplementação de
Art. 197. Para a implantação da política municipal de quaisquer pagamentos e de taxas sob qualquer título;
assistência social é facultado ao Município: V - a compatibilização e complementação das normas
I - firmar convênio com entidade pública ou privada técnicas do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado
para prestação de serviços de assistência social à comuni- da Saúde, de acordo com a realidade do Município, e pare-
dade local; cer do Conselho Municipal de Saúde;
II - celebrar consórcio com outros Municípios, visando VI - o planejamento e execução das ações de controle
ao desenvolvimento de serviços comuns de assistência social. das condições e dos ambientes de trabalho e dos proble-
III - implantar o programa habitacional destinado prio- mas de saúde com eles relacionados;
ritariamente à população de baixa renda; VII - a administração e execução das ações e serviços
Art. 198. O Município assegurará o funcionamento do de saúde e de promoção nutricional de abrangência mu-
Conselho Municipal de Promoção Social, cuja composição nicipal;
e competência será estabelecida em lei, tendo como obje- VIII - a formulação e implementação da política de re-
tivo formular, assessorar e controlar a execução da política cursos humanos na esfera municipal, de acordo com as po-
municipal de Promoção Social. líticas nacional e estadual de desenvolvimento de recursos
humanos para a saúde;
CAPÍTULO V IX - o acompanhamento, avaliação e divulgação dos
Da Saúde indicadores de mortalidade no âmbito do Município;
X - o planejamento e execução das ações de vigilância
Art. 199. A saúde é dever do Município e direito de sanitária e epidemiológica e de saúde do trabalho, no âm-
todos os munícipes, garantido mediante: bito do Município;
I - políticas que visem ao bem-estar físico, mental e XI - o planejamento e execução das ações de controle
social do indivíduo e da coletividade e à redução do risco do meio-ambiente e de saneamento básico no âmbito do
de doenças e outros agravos; Município;
II - acesso universal e igualitário, com instalações e XII - a normatização e execução, no âmbito do Municí-
acesso a todos os níveis de serviços de saúde, à população pio, da política nacional de insumos e equipamentos para
urbana e rural; a saúde;

66
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

XIII - o planejamento e execução das ações de preven- Art. 210. A omissão na tomada de medidas cabíveis na
ção do uso de drogas que levam à dependência; defesa das rendas municipais é considerada infração políti-
XIV - assegurar o funcionamento dos Conselhos Muni- co-administrativa, imputada ao Chefe do Executivo.
cipais de Saúde, que terão sua composição, organização e Art. 211. As disponibilidades de caixa do Município,
competência fixadas em lei, de iniciativa do Poder Executi- bem como de seus órgãos e entidades, inclusive fundações
vo, a fim de ser garantida a participação de representantes e empresas por ele controladas, serão depositadas em ins-
da comunidade, em especial dos trabalhadores, entidades tituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos
e prestadores de serviços na área da saúde, em conjunto em lei.
com o Município, no controle das políticas de saúde, bem Parágrafo Único. As disponibilidades financeiras de
como na fiscalização e no acompanhamento das ações de que trata este artigo poderão ser aplicadas no mercado de
saúde, nos termos da legislação federal; capitais, por meio de instituições financeiras oficiais.
Art. 203. O Município poderá subvencionar os progra-
mas desenvolvidos pelas entidades privadas de assistência, SEÇÃO II
filantrópicas e sem fins lucrativos, conforme critérios defi- Da Competência Tributária
nidos em lei, desde que cumpridas as exigências de quali- Art. 212. Compete ao Município instituir os seguintes
dade dos serviços de saúde a serem prestados. tributos:
Art. 204. É vedada a destinação de recursos públicos, I - imposto sobre:
por auxílio ou subvenções, às instituições privadas com fins a) propriedade predial e territorial urbana;
lucrativos. b) transmissão inter-vivos, a qualquer título, por ato
Art. 205. O Sistema de Saúde, no âmbito municipal, oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física e
será financiado com recursos do orçamento do Município, de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem
do Estado e da União, além de outras fontes. como cessão de direitos a sua aquisição;
Art. 206. Até que seja editada a lei complementar a c) serviços de qualquer natureza não compreendidos
que se refere o § 3º do artigo 198 da Constituição Fede- na competência estadual, definidos em lei complementar
ral, o Município aplicará, anualmente quinze por cento, no
federal.
mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou
a proveniente de transferências, em ações e serviços públi-
pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos
cos de saúde.
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou pos-
tos a sua disposição.
TÍTULO VII
III - contribuição de melhoria decorrente de obras pú-
DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
blicas.
CAPÍTULO I
IV - contribuição, cobrada de seus servidores, para cus-
Do Sistema Tributário Municipal
SEÇÃO I teio, em benefício destes, de sistemas de previdência.
Disposições Gerais § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter
pessoal e sempre serão graduados segundo a capacidade
Art. 207. A receita do Município constituir-se-á da ar- econômica do contribuinte, facultado à administração tri-
recadação de tributos municipais, da participação em tri- butária, especialmente para conferir efetividade a esses ob-
butos da União e do Estado, dos recursos resultantes da jetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos
utilização de seus bens, serviços e atividades e de outros termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades
ingressos. econômicas do contribuinte.
§ 1º A instituição dos tributos atenderá aos princípios § 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria
estabelecidos na Constituição Federal, na Constituição Es- de impostos.
tadual e às normas gerais de Direito Tributário; § 3º A Lei Municipal poderá estabelecer alíquotas pro-
§ 2º Os preços públicos serão fixados por Decreto do gressivas do imposto previsto no inciso I, “a”, em razão do
Executivo, observadas as normas gerais de Direito Finan- cumprimento da função social da propriedade, nos termos
ceiro e as leis atinentes à espécie. do artigo 182 e parágrafos da Constituição Federal.
§ 3º Os demais ingressos ficarão sujeitos a disposições § 4º Lei Municipal estabelecerá critérios objetivos para
especiais para seu recebimento ou arrecadação. a edição e atualização da planta genérica de valores de
Art. 208. A despesa pública atenderá aos princípios imóveis, de dois em dois anos, tendo em vista a incidência
estabelecidos na Constituição Federal e às normas gerais do imposto previsto no inciso I, “a”.
de Direito Financeiro. § 5º O imposto previsto no inciso I, “b”, deste artigo:
Art. 209. É vedado ao Município vincular a receita de a) não incide sobre a transmissão de bens ou direitos
impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a destina- incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realiza-
ção de recursos para a manutenção e desenvolvimento do ção de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos
ensino, para as ações e serviços públicos de saúde, para a decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de
realização de atividades da administração tributária e a pres- pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponde-
tação de garantias às operações de crédito por antecipação rante do adquirente for compra e venda desses bens ou di-
de receita e para pagamento de débitos para com a União. reitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil;

67
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

b) incide sobre os bens situados no Município de Ara- Parágrafo Único. A lei poderá atribuir a sujeito passi-
raquara. vo de obrigação tributária a condição de responsável pelo
Art. 213. As contribuições previdenciárias de que trata pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador
o inciso IV do artigo anterior só poderão ser exigidas após deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e pre-
decorridos noventa dias da data de publicação da lei que ferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o
as houver instituído ou modificado. fato gerador presumido.
Art. 214. A competência tributária é indelegável, res-
salvado o repasse, para a iniciativa privada, do encargo de SEÇÃO IV
arrecadação de tributos e preços públicos. Dos Preços Públicos

SEÇÃO III Art. 216. O Município poderá cobrar preços públicos


Das Limitações da Competência Tributária para obter o ressarcimento da prestação de serviços de na-
tureza comercial ou industrial, ou de sua atuação na orga-
Art. 215. É vedado ao Município: nização e exploração de atividades econômicas.
I - exigir ou aumentar tributo, sem que a lei o estabeleça; Parágrafo Único. Os preços devidos pela utilização de
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes bens e serviços municipais deverão ser fixados de modo a
que se encontrem em situação equivalente, proibida qual- cobrir os custos dos respectivos serviços a serem reajusta-
quer distinção em razão de ocupação profissional ou fun- dos quando se tornarem deficitários.
ção por ele exercida, independentemente da denominação Art. 217. Lei Municipal estabelecerá outros critérios
jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; para fixação de preços públicos, além dos previstos no ar-
III - cobrar tributos: tigo anterior.
a) relativamente a fatos geradores ocorridos antes do
início da vigência da lei que os houver instituído ou au- CAPÍTULO II
mentado; Do Orçamento
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido pu-
SEÇÃO I
blicada a lei que os instituiu ou aumentou;
Disposições Gerais
c) antes de decorridos noventa dias da data em que
haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, ob-
Art. 218. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabe-
servado o disposto na alínea “b”.
lecerão:
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
I - o Plano Plurianual;
V - instituir impostos, observado o disposto no artigo
150, inciso VI e parágrafos 2º, 3º e 4º, da Constituição Fe- II - as Diretrizes Orçamentárias;
deral, sobre: III - os Orçamentos Anuais.
a) patrimônio, renda ou serviços da União, do Estado § 1º A lei que instituir o Plano Plurianual estabelecerá
e de outros municípios, inclusive de suas fundações e au- as diretrizes, objetivos e metas da Administração Municipal
tarquias, vinculados a suas finalidades essenciais ou a elas para as despesas de capital e outras delas decorrentes e
decorrentes; para as relativas aos programas de duração continuada.
b) templos de qualquer culto; § 2º A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreende-
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, rá as metas e prioridades da Administração Municipal, in-
relacionados com as finalidades essenciais dos mesmos, cluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos tra- subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária
balhadores, das instituições de educação e de assistência anual e disporá sobre as alterações na legislação tributária.
social sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; § 3º À Lei Orçamentária anual corresponderá:
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua I - o orçamento fiscal referente aos Poderes locais, seus
impressão. fundos, órgãos e entidades da administração direta e indi-
VI - conceder qualquer anistia ou remissão que en- reta, inclusive autarquias e fundações instituídas e manti-
volva matéria tributária ou previdenciária, senão mediante das pelo Poder Público;
edição de lei específica; II - o orçamento de investimentos das empresas em
VII - estabelecer diferença tributária entre bens e ser- que o Município, direta ou indiretamente, detenha a maio-
viços de qualquer natureza, em razão de sua procedência ria do capital social com direito a voto;
ou destino; III - o orçamento da seguridade social, abrangendo
VIII - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da adminis-
bens, por meio de tributos, ressalvada a cobrança de pe- tração direta ou indireta, inclusive os fundos e fundações
dágio pela utilização de vias conservadas pelo Município; instituídas e mantidas pelo Município.
IX - instituir taxas sobre: § 4º Os orçamentos previstos no parágrafo anterior se-
a) o direito de petição aos Poderes Públicos, em defesa rão compatibilizados com o Plano Plurianual e com a Lei
de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; de Diretrizes Orçamentárias e terão, entre suas funções, a
b) a obtenção de certidões em repartições públicas de reduzir desigualdades entre os distritos do Município,
municipais, para a defesa de direitos e esclarecimentos de segundo critério populacional.
situação de interesse pessoal. Art. 219. O Prefeito enviará à Câmara Municipal:

68
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

I - até o dia 15 de agosto do primeiro ano do mandato I - a inclusão, na Lei Orçamentária Anual, de dispositi-
do Prefeito eleito, o projeto de lei dispondo sobre o Plano vos estranhos à previsão da receita e à fixação da despesa,
Plurianual; excluindo-se a autorização para abertura de créditos suple-
II - até 30 de abril, anualmente, o projeto de Lei de mentares e contratação de operações de crédito, ainda que
Diretrizes Orçamentárias; e por antecipação de receita, nos termos da lei;
III - até 30 de setembro, de cada ano, o projeto de Lei II - o início de programas ou projetos não incluídos no
do Orçamento Anual para o exercício subsequente. Orçamento Anual;
Art. 220. Serão devolvidos ao Executivo, devidamente III - a realização de despesas ou a assunção de obriga-
aprovados: ções diretas que excedam os créditos orçamentários origi-
I - o Plano Plurianual até o final do exercício de seu nais ou adicionais;
encaminhamento; IV - a realização de operações de crédito que exce-
II - antes do recesso de julho, a Lei de Diretrizes Orça- dam o montante das despesas de capital, ressalvadas as
mentárias, não podendo a sessão legislativa ser interrom- autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais
com finalidade precisa, aprovados pela Câmara, por maio-
pida sem a sua aprovação;
ria absoluta;
III - até o final do exercício, a Lei do Orçamento anual.
V - a vinculação da receita de impostos a órgão, fundo
Art. 221. Se o projeto de Lei do Orçamento Anual não ou despesa, ressalvada a destinação de recursos para as
for aprovado até o final do exercício, ficam o Executivo e o ações e serviços públicos de saúde, para a manutenção e
Legislativo autorizados a gastar o duodécimo previsto na desenvolvimento do ensino, para a realização de ativida-
proposta até a sua aprovação. des da administração tributária, a prestação de garantias
Art. 222. O Poder Executivo fará publicar, até trinta às operações de crédito por antecipação de receita e para
dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resu- pagamento de débitos para com a União;
mido da execução orçamentária. VI - a abertura de créditos adicionais suplementares ou
Art. 223. O projeto de Lei Orçamentária será acom- especiais sem prévia autorização legislativa e sem indica-
panhado de demonstrativo do efeito, sobre as receitas e ção dos recursos correspondentes;
despesas, decorrente de isenções, anistias e benefícios de VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
natureza financeira, tributária e creditícia. VIII - a utilização, sem autorização legislativa especí-
Art. 224. Os planos e programas municipais de execu- fica, de recursos do orçamento fiscal e da seguridade so-
ção plurianual ou anual serão elaborados em consonância cial, para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas,
com o plano plurianual e com as diretrizes orçamentárias, fundações e fundos, inclusive os mencionados no § 3º do
respectivamente, e apreciados pela Câmara. artigo 218, desta Lei;
Art. 225. Nenhum investimento cuja execução ultra- IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem
passe um exercício financeiro poderá ser iniciado sem pré- prévia autorização legislativa;
via inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a X - a transposição, o remanejamento ou a transferência
inclusão, sob pena de responsabilidade funcional. de recursos de uma categoria de programação para outra ou
Art. 226. Os recursos correspondentes às dotações or- de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa.
çamentárias, inclusive créditos suplementares e especiais, § 1º Os créditos adicionais especiais e extraordinários
destinados ao Poder Legislativo, ser-lhe-ão entregues até terão vigência no exercício financeiro em que forem au-
o dia vinte de cada mês, na forma da lei. torizados, salvo se o ato de autorização for promulgado
Art. 227. A despesa com o pessoal ativo e inativo do nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que,
reabertos os limites de seus saldos, serão incorporados ao
Município não poderá exceder os limites estabelecidos em
orçamento do exercício financeiro subsequente.
lei complementar federal.
§ 2º A abertura de crédito extraordinário somente será
Parágrafo Único. A concessão de qualquer vantagem
admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes,
ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empre- como as decorrentes de guerra, comoção interna ou cala-
gos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem midade pública, observado o disposto no artigo 78 desta
como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer Lei Orgânica.
título, pelos órgãos e entidades da administração direta
e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo SEÇÃO III
Poder Público, somente poderão ser feitas: Das Emendas aos Projetos Orçamentários
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente
para atender às projeções de despesas do pessoal e aos Art. 229. Os projetos de lei do Plano Plurianual, das
acréscimos dela decorrentes; Diretrizes Orçamentárias e do Orçamento Anual são de ini-
II - se houver autorização específica na Lei de Diretri- ciativa privativa do Executivo e serão enviados pelo Prefei-
zes Orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as to à Câmara, obedecidos os critérios estabelecidos em lei
sociedades de economia mista. complementar federal e nesta Lei Orgânica.
§ 1º Caberá conjuntamente à Comissão Permanente de
SEÇÃO II Justiça, Legislação e Redação e à de Tributação, Finanças e
Das Vedações Orçamentárias Orçamento da Câmara examinar e emitir parecer sobre os
projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresen-
Art. 228.- São vedados: tadas anualmente pelo Prefeito.

69
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

§ 2º As emendas ao projeto de Lei do Orçamento CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA


Anual ou aos projetos que o modifiquem somente poderão EMENDA ORGANIZACIONAL NÚMERO 38
ser aprovadas caso: De 16 de fevereiro de 2011
I - sejam compatíveis com o Plano Plurianual e com a Dispõe sobre alterações na Lei Orgânica do Município
Lei de Diretrizes Orçamentárias; de Araraquara.
II - indiquem os recursos necessários, admitidos ape- A MESA DA CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUA-
nas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as RA, Estado de São Paulo, usando da atribuição que lhe é
que incidam sobre: conferida pelo artigo 69, parágrafo 2º, da Lei Orgânica do
a) dotação para pessoal e seus encargos; Município de Araraquara e de acordo com o que aprovou
b) serviço de dívida; o plenário em sessão ordinária de 15 de fevereiro de 2011,
III - sejam relacionadas: promulga a seguinte
a) com a correção de erros e omissões; EMENDA ORGANIZACIONAL:
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. Art. 1º O inciso III, do artigo 22, da Lei Orgânica do
§ 3º As emendas ao projeto de Lei de Diretrizes Orça- Município de Araraquara, passa a vigorar com a seguinte
mentárias não poderão ser aprovadas quando incompatí- redação:
veis com o Plano Plurianual. “Art. 22. ..................................................................................
§ 4º O Prefeito poderá enviar mensagem à Câmara I - ..............................................................................................
para propor modificação nos projetos a que se refere este II - .............................................................................................
artigo, enquanto não for iniciada a votação nas Comissões III - fixar o subsídio do Prefeito, do Vice-Prefeito, e dos
Permanentes de Justiça, Legislação e Redação e a de Tri- Secretários Municipais, em parcela única e em moeda cor-
butação, Finanças e Orçamento da Câmara, da parte cuja rente, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adi-
alteração é proposta. cional, abono ou prêmio, verba de representação ou outra
§ 5º Aplicam-se aos projetos de que trata este artigo, espécie remuneratória;”
no que não contrariem o disposto neste Capítulo, as de- Art. 2º O artigo 26, da Lei Orgânica do Município de
mais normas relativas ao processo legislativo. Araraquara, mantidos os seus parágrafos 1º e 2º, passa a
§ 6º Os recursos, que, em decorrência de veto, emenda vigorar com a seguinte redação:
ou rejeição do projeto de Lei Orçamentária Anual, ficarem “Art. 26. O subsídio do Prefeito, do Vice- Prefeito e dos
sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados, Secretários Municipais será fixado pela Câmara Municipal,
conforme o caso, mediante abertura de créditos adicionais por Lei de sua iniciativa, assegurada a revisão geral anual,
suplementares ou especiais, com prévia e específica auto- sempre na mesma data e sem distinção dos índices que
rização legislativa. forem concedidos aos servidores locais”.
Art. 3º O artigo 28, da Lei Orgânica do Município de
ATO DAS DISPOSIÇÕES ORGÂNICAS TRANSITÓRIAS Araraquara, passa a vigorar com a seguinte redação:
Art. 1º No ato e na data da promulgação desta Lei “Art. 28. No caso da não fixação dos subsídios do Pre-
Orgânica, o atual Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores feito, do Vice-Prefeito, dos Vereadores e dos Secretários
da 10ª Legislatura prestarão o compromisso de mandato, Municipais, prevalecerá o subsídio correspondente ao mês
ou seja, defender, cumprir e fazer cumprir a Lei Orgânica de dezembro do último ano da legislatura”.
do Município de Araraquara. Art. 4º O artigo 102, da Lei Orgânica do Município de
Art. 2º Os servidores públicos civis, da administração Araraquara, passa a vigorar com a seguinte redação:
direta, autárquica e das fundações públicas, em exercício “Art. 102. O subsídio do Prefeito, do Vice-Prefeito e
na data da promulgação da Constituição Federal de 1988, dos Secretários Municipais será fixado pela Câmara Muni-
há pelo menos cinco anos continuados, e que não tenham cipal, por lei de iniciativa do Poder Legislativo, assegurada a
sido admitidos na forma do artigo 37 da Constituição, são revisão anual sempre na mesma data e sem distinção de ín-
considerados estáveis no serviço público. dices dos que forem concedidos para os servidores locais”.
§ 1º O tempo de serviço dos servidores referidos neste Art. 5º Esta Emenda Organizacional entra em vigor na data
artigo será contado como título quando se submeterem a de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
concurso para fins de efetivação, na forma da lei. Câmara Municipal de Araraquara
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos ocu-
pantes de cargos, funções e empregos de confiança ou em CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA
comissão, nem aos que a lei declare de livre exoneração, EMENDA ORGANIZACIONAL NÚMERO 39
cujo tempo de serviço não será computado para os fins De 31 de agosto de 2011
do caput deste artigo, exceto quando se tratar de servidor. Dá nova redação ao artigo 19, da Lei Orgânica do
§ 3º O disposto neste artigo não se aplica aos profes- Município de Araraquara.
sores de nível superior, nos termos da lei. A MESA DA CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUA-
Art. 3º O zoneamento a que se refere o inciso III do ar- RA, Estado de São Paulo, usando da atribuição que lhe é
tigo 176 desta Lei deverá estar concluído no prazo de dois conferida pelo artigo 69, parágrafo 2º, da Lei Orgânica do
anos, a contar da promulgação desta Lei Orgânica. Município de Araraquara e de acordo com o que aprovou
o plenário em sessão ordinária de 30 de agosto de 2011,
Araraquara, 05 de abril de 1990. promulga a seguinte

70
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

EMENDA ORGANIZACIONAL: “Art. 108. Pela prática de infração político-administrativa


Art. 1º O artigo 19, da Lei Orgânica do Município de do Prefeito, a Câmara Municipal deverá adotar, para a apu-
Araraquara, passa a vigorar com a seguinte redação: ração e o respectivo processo, a legislação federal vigente”.
“Art. 19. Fica fixado em 18 (dezoito) o número de ve- Art. 6º Ficam revogados os artigos 109 a 111.
readores à Câmara Municipal de Araraquara, observados Art. 7º Esta Emenda Organizacional entra em vigor na data
os limites estabelecidos na Constituição Federal e as se- de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
guintes normas: Câmara Municipal de Araraquara, aos 13 (treze) dias
I - o número de habitantes a ser utilizado como base do mês de outubro do ano 2011 (dois mil e onze).
de cálculo do número de Vereadores será aquele fornecido
mediante Certidão, pela Fundação Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística – IBGE;
II - sempre que for alterado o número de Vereadores RESOLUÇÃO 339/2012 (REGIMENTO
o Presidente da Câmara o comunicará ao Tribunal Regional INTERNO DA CÂMARA MUNICIPAL);
Eleitoral.
III - Revogado.
IV - Revogado.”
Art. 2º Esta Emenda Organizacional entra em vigor na data Prezado candidato, visto a extensão e formato do
de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. material solicitado, o Regimento referido foi disponi-
Câmara Municipal de Araraquara, aos 31 (trinta e bilizado em nosso site para consulta: www.novacon-
um) dias do mês de agosto do ano 2011 (dois mil e onze). cursos.com.br/retificacoes

CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA


EMENDA ORGANIZACIONAL NÚMERO 40
De 13 de outubro de 2011 LEI MUNICIPAL 1939/1972 (ESTATUTO DOS
Dá nova redação a dispositivos do artigo 56, artigo 58 FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS DO MUNICÍPIO
e 108, da Lei Orgânica do Município de Araraquara, e revo- DE ARARAQUARA);
ga os artigos 59 a 63 e 109 a 111, que tratam das Infrações
Político Administrativas dos Vereadores e Prefeito.
A MESA DA CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUA-
RA, Estado de São Paulo, usando da atribuição que lhe é LEI MUNICIPAL Nº 1.939, DE 21 DE NOVEMBRO
conferida pelo artigo 69, parágrafo 2º, da Lei Orgânica do DE 1.972
Município de Araraquara e de acordo com o que aprovou  
o plenário em sessão ordinária de 11 de outubro de 2011, (Vide Lei Municipal nº 2.042, de 1.974)
promulga a seguinte (Vide Lei Municipal nº 2.288, de 1.977)
EMENDA ORGANIZACIONAL: (Vide Lei Municipal nº 2.829, de 1.982)
Art. 1º O inciso I e o parágrafo 1º, do artigo 56, da (Vide Lei Municipal nº 6.976, de 2.009)
Lei Orgânica do Município de Araraquara, passam a vigorar (Vide Lei Municipal nº 8.686, de 2016)
com a seguinte redação:  
“Art. 56. ..................................................................... Autor: Prefeitura
I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas Projeto de lei 96/72
no artigo anterior, e, nos casos supervenientes, não se de- Processo 122/72
sencompatibilizar no prazo de quinze dias, contados do  
recebimento de notificação para isso, promovida pelo Pre- Dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos do
Município de Araraquara.
sidente da Câmara Municipal;
 
[...]
O Prefeito do Município de Araraquara, Estado de
§ 1º Nos casos dos incisos I, II e VII, a perda do man- São Paulo, de acordo com o que decretou a Câmara Mu-
dato será decidida pela Câmara Municipal, por voto a des- nicipal, em sessão de 20 de novembro de 1972, promulga
coberto e maioria absoluta, mediante provocação da Mesa a seguinte lei;
ou de partido político representado na Câmara, assegurada  
ampla defesa. ” Disposições Preliminares
Art. 2º Fica revogado o inciso VI, do artigo 56.  
Art. 3º O artigo 58, da Lei Orgânica do Município de Art. 1º  Esta lei institui o regime jurídico dos funcioná-
Araraquara, passa a vigorar com a seguinte redação: rios do Município de Araraquara.
“Art. 58. Pela prática de infração político-administrativa  
dos Vereadores, a Câmara Municipal deverá adotar, para a Art. 2º  Para os efeitos deste Estatuto, funcionário é a
apuração e o respectivo processo, a legislação federal vigente.” pessoa legalmente investida em cargo público.
Art. 4º Ficam revogados os artigos 59 a 63.  
Art. 5º O artigo 108, da Lei Orgânica do Município de Art. 3º  Cargo público é o conjunto de deveres, atribui-
Araraquara, passa a vigorar com a seguinte redação: ções e responsabilidades cometidas ao funcionário.

71
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

 Art. 4º  Os cargos públicos serão criados por lei, que fi- Livro I
xará sua denominação, padrão ou referência de vencimen- Da Investidura, do Exercício e da Vacância dos Car-
tos, condições de provimento e os recursos pelos quais gos Públicos
serão pagos seus ocupantes.  
  TÍTULO I
Art. 5º  Os cargos são considerados de carreira, isola- Do Provimento
dos de provimento efeito ou  em comissão.  
  CAPÍTULO I
§ 1º  São de carreira os eu se integrem em classes e Das Formas e dos Requisitos do Provimento
correspondem a profissão, ou atividade com denomina-  
ção própria. Art. 11.  Os cargos públicos serão providos por:
  I – nomeação;
§ 2º  São isolados os que não se podem integrar em II – promoção;
classes e correspondem a certa e determinada função e em III – transferências;
comissão os que assim forem determinados por lei. IV – reintegração;
  V – readmissão;
Art. 6º  Classe é o agrupamento de cargos que, por VI – reversão;
lei, tenham idêntica denominação, o mesmo conjunto de VII – aproveitamento e
atribuições e responsabilidades e o mesmo padrão ou re- VIII – comissão.
ferência de vencimentos.  
  Parágrafo único.  O provimento dos cargos públicos do
§ 1º  As atribuições e responsabilidades pertinentes a Executivo é de competência privativa do Prefeito.
 
cada classe serão descritas em regulamento, incluindo, en-
Art. 12.  Só poderá ser investido em cargo público mu-
tre outras, as seguintes indicações: denominação, código,
nicipal quem satisfazer os seguintes requisitos:
descrição sintética, exemplos típicos de tarefas, qualifica-
I – ser brasileiro;
ção mínima para o exercício do cargo, e, se for o caso, re-
II – ter completado 18 anos de idade;
quisito legal ou especial.
III – estar no gozo dos direitos políticos;
 
IV – estar quite com as obrigações militares;
§ 2º  Respeitada essa regulamentação, aos funcionários
V – ter boa conduta;
da mesma carreira podem ser cometidas as atribuições de
VI – gozar boa saúde, comprovada em exame médico;
suas diferentes classes.
VII – possuir aptidão para o exercício da função;
 
VIII – ter-se habilitado previamente em concurso, res-
Art. 7º  Os cargos de carreira serão de provimento efe- salvados as exceções previstas em lei;
tivo. Os isolados serão de provimento efetivo ou em comis- IX – ter atendido as condições especiais prescritas em
são, segundo a lei que os criar. lei ou regulamento para determinados cargos ou carreiras.
   
Art. 8º  Carreira é a série de classes, escalonados se- CAPÍTULO II
gundo o nível de complexidade das atribuições e grau de Da Nomeação
responsabilidade.  
  Secção I
Art. 9º  Não haverá equivalência entre as diferentes Das formas de nomeação
carreiras, quanto às suas atribuições funcionais.  
  Art. 13.  A nomeação será feita:
§ 1º  É vedada a vinculação ou equiparação de qualquer  
natureza para efeito de remuneração do pessoal do serviço I – em caráter efetivo, para estágio probatório, quando
público municipal, bem como a participação de funcioná- se tratar de cargo de carreira ou isolado de provimento efe-
rios no produto de arrecadação, inclusive da Dívida Ativa. tivo, na primeira investidura através de concurso público;
   
§ 2º  Haverá igualdade de denominação dos cargos II – em caráter efetivo, quando se tratar de cargo de
equivalentes e paridade de vencimentos e vantagens entre provimento efetivo e o candidato for ocupante de cargo
os funcionários da Prefeitura e da Câmara Municipal. público com estágio probatório completo;
   
Art. 10.  Quadro é o conjunto de carreiras, de cargos III – em comissão, quando se tratar de cargo isolado
isolados, em comissão e de funções gratificadas. que, em virtude de lei, assim deva ser provido, sendo de
  livre nomeação e exoneração do Prefeito Municipal.
 

72
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Secção II  § 3º  Desse parecer, se contrário a confirmação, será


Do Concurso dada vista ao estagiário pelo prazo de 10 (dez) dias.
   
Art. 14.  A nomeação para cargo que deva ser provido § 4º  Julgando o parecer e a defesa, o Prefeito decretará
em caráter efetivo, depende de habilitação prévia em con- a exoneração do funcionário se achar aconselhável ou o
curso público de provas, ou de provas e títulos, respeitada confirmará, se sua decisão for favorável a permanência do
a ordem de classificação dos candidatos aprovados e veda- funcionário.
das quaisquer vantagens entre os concorrentes.  
  Art. 21.  A apuração dos requisitos, de que trata o arti-
Art. 15.  Os concursos serão regidos por instruções es- go anterior, deverá processar-se de modo que a exonera-
peciais a serem expedidas pelo Prefeito Municipal. ção do funcionário possa ser feita antes de findo o período
  de estágio.
Art. 16.  As instruções especiais determinarão em fun-  
ção da natureza do cargo: Parágrafo único.  Findo o estágio, com ou sem pronun-
I – se o concurso será de provas, ou de provas e títulos; ciamento, o funcionário se tornará estável.
II – as condições para provimento do cargo referente a:  
a) diplomas ou experiência de trabalho; CAPÍTULO III
b) capacidade física; Das Promoções
c) limites de idade.  
III – o tipo e o conteúdo das provas e as categorias de Art. 22.  As promoções far-se-ão de classe para classe
títulos; obedecido o critério de antiguidade e de merecimento, al-
IV – a forma de julgamento das provas e dos títulos; ternadamente.
V – os critérios de habilitação e de classificação;  
VI – o prazo de validade do concurso.
§ 1º  O merecimento apurar-se-á pelo concorrência
 
dos seguintes requisitos:
Art. 17.  Encerrada as inscrições, legalmente processa-
I – eficiência;
das para o concurso a investidura em qualquer cargo, não
II – dedicação ao serviço;
se abrirão novas antes de sua realização.
III – assiduidade;
 
Art. 18.  Os concursos serão julgados por Comissão em IV – títulos e os comprovantes de conclusão ou fre-
que pelo menos um dos membros seja estranho ao serviço qüência de cursos, seminários, simpósios, relacionados
público municipal. com a administração municipal;
  V – trabalhos e obras publicados.
Art. 19.  O concurso deverá estar homologado pelo § 2º  Quando ocorrer empate na classificação por anti-
Prefeito em 90 (noventa) dias, a contar do encerramento guidade na classe, terá preferência o funcionário de maior
das inscrições. tempo de serviço no Município de Araraquara; havendo
  ainda empate, o de maior tempo de serviço público, o de
Secção III maior prole e o mais idoso, sucessivamente.
Do Estágio Probatório  
  Art. 23.  Para os encargos de família serão computados,
Art. 20.  O funcionário nomeado em caráter efetivo, por filho menor de 21 (vinte e um) anos, 2 (dois) pontos.
concursado ou não, fica sujeito ao estágio probatório de  
dois anos de exercício ininterrupto, em que serão apurados Art. 24.  Pela idade serão atribuídos pontos à razão de
os seguintes requisitos; 0,2 (dois décimos) por ano de idade que exceder a 18 (de-
  zoito) anos;
I – eficiência;  
II – idoneidade moral; Parágrafo único.  A fração igual ou superior a 3 (três)
III – aptidão; meses será computada como semestre completo e a infe-
IV – disciplina; rior desprezada.
V – assiduidade;  
VI – dedicação ao serviço. Art. 25.  O funcionário em exercício de mandato eletivo
§ 1º  Os Diretores de Departamento quem que sirvam federal ou estadual ou de mandato de Prefeito somente
funcionários sujeitos a estágio probatório, quatro meses poderá ser promovido por antiguidade.
antes do término deste, informarão, reservadamente, ao  
órgão de Pessoal competente, sobre os requisitos previs- Art. 26.  Não serão promovidos por merecimentos ain-
tos neste artigo. da que classificados dentro dos limites estabelecidos os
  funcionários que tiverem sofrido qualquer penalidade nos
§ 2º  Em seguida, o órgão de Pessoal formulará parecer dois anos anteriores a data da vigência da promoção.
escrito, opinando sobre o merecimento do estagiário, em  
relação a cada um dos requisitos, concluindo a favor ou Art. 27.  O merecimento do funcionário é adquirido
contra a confirmação do funcionário. na classe.

73
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

 § 1º  Havendo fusão de classes, a antiguidade abran-  Art. 33.   As promoções serão processadas pelo Pre-
gerá o efetivo exercício na classe anterior. feito, mediante representação por escrito dos Diretores de
  Departamentos.
Art. 28.  O tempo no cargo será o de efetivo exercício,  
contado na seguinte conformidade: Parágrafo único.  Ao órgão de Pessoal da Prefeitura
  caberá apurar o tempo no cargo e o tempo de serviço pú-
I – a partir da data em que o funcionário assumir o blico, bem como os encargos de família e a idade dos con-
exercício do cargo nos casos de nomeação, transferência a correntes as promoções.
pedido, reversão e aproveitamento;  
  Art. 34.  No processamento das promoções, cabem as
II – como se o funcionário estivesse em exercício, no seguintes reclamações:
caso de reintegração;  
  I – da avaliação do mérito;
III – a partir da data em que o funcionário assumir o  
exercício do cargo reclassificado ou transformado. II – da classificação final.
   
Parágrafo único.  Será igualmente contado como tem- § 1º  Da avaliação do mérito podem ser interpostos
po no cargo o efetivo exercício que o funcionário houver pedido de reconsideração e recurso e, da classificação final,
prestado, no mesmo cargo, como substituto, sem solução apenas recurso.
de continuidade, desde que por prazo superior a 6 (seis)  
meses. § 2º  Terão efeito suspensivo as reclamações relativas a
  avaliação do mérito.
Art. 29.  As promoções serão realizadas anualmente,  
havendo vaga. CAPÍTULO IV
Das Transferências
 
 
§ 1º  Para todos os efeitos, será considerado promo-
Art. 35.  O funcionário pode ser transferido de uma car-
vido o funcionário que vier a falecer sem que tenha sido
reira para outra da mesma denominação, ou de um cargo
decretada, no prazo legal, a promoção que cabia por an-
isolado para outro da mesma natureza.
tiguidade.
 
  § 1º  As transferências far-se-ão:
§ 2º  Ao funcionário afastado para tratar de interesse  
particular, somente se abonarão as vantagens decorrentes I – atendidas as conveniências dos serviços;
de promoção a partir da data de reassunção.  
  II – no interesse da administração, respeitando sempre
Art. 30.  Será declarada sem efeito a promoção indevi- a habilitação funcional;
da e, no caso, promovido quem de direito.  
  III – de uma carreira para outra de denominação di-
§ 1º  Os efeitos desta promoção retroagirão a data que versa;
for anulada.  
  IV – de um cargo de carreira para um cargo isolado;
§ 2º  O funcionário, promovido indevidamente não fi-  
cará obrigado a restituição, salvo hipótese de dolo ou má V – de um cargo isolado para um cargo de carreira.
fé do interessado.  
  Art. 36.  As transferências que trata o artigo 35º, pará-
§ 3º  O funcionário submetido a processo administra- grafo 1º, far-se-ão para cargo de igual vencimento ou re-
tivo poderá ser promovido, ficando, porém, sem efeito, a muneração, e somente será concedida ao funcionário que
promoção por merecimento no caso de o processo resultar contar no mínimo um ano de efetivo exercício na classe ou
em penalidade. no cargo isolado.
   
Art. 31.  Não concorrerão à promoção funcionários que Parágrafo único.  Nesse caso, a transferência para o
não tiverem, pelo menos, um ano de efetivo exercício na cargo de carreira obedecerá as seguintes condições:
classe, salvo se nenhum preencher essa exigência.  
  I – se for a pedido só poderá ser feita para a vaga a ser
Parágrafo único.  Em nenhum caso será promovido o provida por merecimento;
funcionário em estágio probatório.  
  II – Não poderá exceder de um terço de cada classe;
Art. 32.  Ao funcionário é assegurado o direito de re-  
correr das promoções, quando entender que tenha sido III – só poderá efetivar-se no mês seguinte ao das pro-
preterido. moções.

74
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

 CAPÍTULO V  § 1º  A reversão far-se-á a pedido ou de ofício, atendi-


Da Reintegração do sempre o interesse público. A reversão “ex-oficio” será
  feita quando insubsistirem as razões que determinaram a
Art. 37.  A reintegração que decorrerá de decisão judi- aposentadoria por invalidez.
cial passada em julgado, é o reingresso no serviço público  
com ressarcimento das vantagens atinentes ao cargo. § 2º  A reversão depende de exame médico, em que
  fique provada a capacidade para o exercício da função.
Art. 38.  A reintegração será feita no cargo anterior-  
mente ocupado, se este houver sido transformado no car- § 3º  Será tornada sem efeito a reversão e cassada a
go resultante da transformação e, se extinto, em cargo de aposentadoria do funcionário que não tomar posse ou não
vencimento ou remuneração e funções equivalentes, aten- entrar em exercício nos prazos previstos nos artigos 69 e 75.
dida a habilitação profissional.  
  § 4º  Não poderá reverter a atividade o aposentado
Parágrafo único.  Não sendo possível atender ao dis- que contar mais de 60 (sessenta) anos de idade.
posto neste artigo, ficará o reintegrado em disponibilidade,  
aplicando-se os artigos 101 e 102. § 5º  No caso de reversão “ex-ofício”, será permitido o
  reingresso além do limite previsto no parágrafo anterior,
Art. 39.  O funcionário que estiver ocupando o cargo desde que haja anuência expressa do aposentado.
objeto de reintegração será exonerado, ou, se ocupava  
outro cargo municipal, a este reconduzido, sem direito a Art. 45.  Respeitada a habilitação profissional, a rever-
indenização. são far-se-á de preferência no mesmo cargo anteriormente
  ocupado ou em outro de atribuições análogas.
Art. 40.  Transitada em julgado a sentença, será expe-  
dida a portaria de reintegração no prazo máximo de 30 § 1º  A reversão de ofício nunca poderá ser feita para
(trinta) dias. cargo de vencimento ou remuneração inferior ao provento
  do revertido.
 
Art. 41.  O funcionário reintegrado será submetido a
§ 2º  A reversão, a pedido, somente poderá ser feita no
exame médico e aposentado quando incapaz.
mesmo cargo ou em cargo a ser provido por merecimento.
 
 
CAPÍTULO VI
Art. 46.  A reversão não dará direito para nova aposen-
Da Readmissão
tadoria e disponibilidade, a contagem do tempo em que o
 
funcionário esteve aposentado.
Art. 42.  Readmissão é o reingresso do funcionário de-
 
mitido ou exonerado do serviço público municipal sem di- CAPÍTULO VIII
reito a ressarcimento de prejuízo. Do aproveitamento
   
§ 1º  A readmissão se fará por ato administrativo, e de- Art. 47.  Aproveitamento é o reingresso no serviço pú-
penderá de prova de capacidade, mediante exame médico. blico, do funcionário em disponibilidade (artigo 101).
   
§ 2º  O readmitido contará o tempo de serviço públi- § 1º  O aproveitamento dependerá de prova de capaci-
co anterior para efeito de disponibilidade, aposentadoria e dade, mediante exame médico.
demais vantagens.  
  § 2º  Aprovada, em exame médico a incapacidade de-
Art. 43.  Respeitada a habilitação profissional, a read- finitiva, será decretada a aposentadoria do funcionário no
missão far-se-á na primeira vaga a ser provida por mere- cargo em que foi posto em disponibilidade.
cimento.  
  § 3º  Quando o laudo médico não for favorável, poderá
Parágrafo único.  A readmissão far-se-á, de preferência, ser procedida nova inspeção de saúde, para o mesmo fim,
no cargo anteriormente ocupado ou em outro de atribui- decorridos pelo menos 90 (noventa) dias.
ções análogas e de vencimento ou remuneração equiva-  
lente ou inferior. Art. 48.  Se dentro dos prazos legais, o funcionário não
  tomar posse ou não entrar em exercício no cargo em que
CAPÍTULO VIII houver sido aproveitado, será tornado sem efeito o apro-
Da Reversão veitamento e cassada a disponibilidade, com perda de to-
  dos os direitos de sua anterior situação.
Art. 44.  Reversão é o reingresso do aposentado no  
serviço público municipal, após verificação, em processo, Art. 49.  Havendo mais de um concorrente à mesma
de que não subsistem os motivos determinantes da apo- vaga, terá preferência o de maior tempo de disponibilidade
sentadoria. e, no caso de empate, o de maior tempo de serviço público.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

 CAPÍTULO IX Art. 58.  O substituto perderá, durante o tempo da


Das Mutações Funcionais substituição, o vencimento e as demais vantagens pecu-
  niárias inerentes aos seu cargo, se pelo mesmo não optar.
Secção I  
Da Função Gratificada Secção III
  Da Readaptação
Art. 50.  A Função Gratificada, instituída pelas Leis nú-  
meros 1.695 e 1.697, de 28-05-1969 e 2-06-1969, respecti- Art. 59.  Readaptação é a colocação do funcionário es-
vamente, além dos cargos nelas declarados, será extensiva tável em cargo de atribuições mais compatíveis com a sua
à outros do quadro de funcionários do Município, inclusive capacidade psíquica e somática e habilitação profissional.
os contratados, que pela sua natureza assim for convenien-  
te, a critério da Administração. Parágrafo único.  A readaptação dependerá sempre de
  exame médico procedido por órgão oficial.
Parágrafo único.  A designação de novos cargos para  
o regime de Função Gratificada, somente se fará mediante Art. 60.  A readaptação não acarretará diminuição, nem
ato expresso do Prefeito, após aquilatar de sua necessida- aumento de vencimento ou remuneração, e será feita me-
de. diante transferência.
   
Art. 51.  A gratificação será percebida acumulativa- Secção IV
mente com o vencimento e vantagens do cargo, na base Da Remoção e da Permuta
de até 33% (trinta e três por cento) deste, aplicando-se  
para sua percepção integral ou com descontos, as mes- Art. 61.  A remoção, a pedido ou de ofício far-se-á:
mas normas estabelecidas para os vencimentos. (Redação  
dada pela Lei Municipal nº 2.288, de 1.977)
I – de um para outro setor, serviço, Diretoria ou Depar-
 
tamento.
Art. 52.  Não perderá a gratificação o funcionário que
 
tiver afastamento considerado de efetivo exercício ou em
§ 1º  A remoção será sempre feita por ato do Prefeito;
licença para tratamento de sua saúde, devidamente com-
 
provada com laudo médico, ficando-lhe assegurado, após
3 (três) anos de exercício em qualquer Função Gratificada, § 2º  A remoção só poderá ser feita respeitada a lota-
contados desde a sua instituição, e integração no seu patri- ção de cada órgão, setor, Diretoria ou Departamento.
mônio para os efeitos de aposentadoria e disponibilidade,  
a vantagem pecuniária a ela correspondente. Art. 62.  A permuta será processada a pedido escrito
  de ambos os interessados, respeitados os requisitos da re-
Parágrafo único.  A integração referida neste artigo, se moção.
dará também nos casos de perda, a qualquer tempo, da  
Função Gratificada, em virtude de sua extinção ou em caso Secção V
de falecimento do funcionário. Da Lotação e da Relotação
   
Secção II Art. 63.  Entende-se por lotação o número de funcio-
Da Substituição nários de cada carreira e de cargos isolados que devem ter
  exercício em cada órgão, setor, serviço, Diretoria ou Depar-
Art. 53.  Haverá substituição no impedimento legal e tamento.
temporário do ocupante do cargo isolado, seja ou não de  
chefia ou direção. Art. 64.  Relotação é a transferência de cargo de carrei-
  ra ou isolado de uma repartição para outra.
Art. 54.  Ocorrendo vacância de um cargo de Chefia  
ou Direção, o substituto em exercício passará a responder TÍTULO II
pelo expediente da unidade ou órgão correspondente, até Da Posse e do Exercício
o provimento do cargo.  
  CAPÍTULO I
Art. 55.  A substituição, que recairá sempre em fun- Da Posse
cionário público do Município, quando não for automática  
dependerá da expedição de ato do Prefeito. Art. 65.  Posse é a investidura do cidadão em cargo
  público, ou em função gratificada.
Art. 56.  O substituto exercerá o cargo enquanto durar  
o impedimento do respectivo ocupante. Art. 66.  A posse verificar-se-á mediante assinatura,
  pela autoridade competente e pelo funcionário, de um ter-
Art. 57.  O substituto, durante o tempo em que exercer mo em que este se compromete a cumprir fielmente os
a substituição, terá direito a perceber o valor do padrão e deveres e atribuições do cargo ou da função gratificada e
mais as vantagens pessoais a que fizer jus. as exigências deste Estatuto.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

 Art. 67.  São competentes para dar posse:  § 4º  O funcionário responsável por alcance ou desvio
  não ficará isento de responsabilidade administrativa, ainda
I – O Prefeito, aos Diretores de Departamentos ou de que o valor da fiança cubra os prejuízos verificados.
Diretorias;  
  CAPÍTULO II
II – Os Diretores de Departamentos ou Diretor do Pes- Do Exercício
soal, aos chefes e demais funcionários;  
  Secção I
Art. 68.  A autoridade que der posse deverá verificar, Do exercício em geral
sob pena de responsabilidade, se foram satisfeitas as con-  
dições estabelecidas em lei para a investidura no cargo. Art. 73.  O exercício é a prática de atos próprios do
  cargo ou da função pública.
Art. 69.  A posse deverá verificar-se dentro de 30 (trin-  
ta) dias, contados da data da publicação do ato de provi- Parágrafo único.  O início, a interrupção e o reinício do
mento. exercício serão registrados no assentamento individual do
  funcionário.
§ 1º  Esse prazo poderá ser prorrogado por mais 30  
(trinta) dias, por solicitação escrita do interessado e me- Art. 74.  O exercício deve ser dado pelo chefe da repar-
diante ato fundamentado da autoridade competente para tição para o qual foi designado o funcionário.
dar posse.  
  Art. 75.  O exercício terá início no prazo de 30 (trinta)
§ 2º  O prazo inicial de posse para o funcionário em dias, contados:
férias, ou licenciado, exceto no caso de licença para tratar  
de interesse particular, será o da data em que voltar ao I – da data da publicação oficial do ato, no caso de
serviço. reintegração e designação para o desempenho da Função
  Gratificada;
§ 3º   Os habilitados em concurso e nomeados, quando  
chamados a prestação do serviço militar, e incorporados II – da data da posse, nos demais casos.
a tropa, terão o prazo de posse prorrogado, mediante re-  
querimento, até 30 (trinta) dias contados da data da desin- § 1º  A promoção não interrompe o exercício, que será
corporação. contado na nova classe a partir da data da publicação do
  ato que promover o funcionário.
Art. 70.  O ato de provimento será tornado sem efeito,  
por decreto, se a posse não se der dentro do prazo inicial § 2º  O funcionário transferido ou removido, quando
ou de prorrogação, na forma prevista no artigo anterior. legalmente afastado, terá o prazo para entrar em exercício
  contado a partir do término do impedimento.
Art. 71.  O funcionário declarará, por ocasião da posse  
se já exerce ou não outro cargo ou função pública na União, § 3º  Os prazos deste artigo, poderão ser prorrogados
Estado, Município, entidade autárquicas e paraestatais. por mais 30 (trinta) dias, a requerimento do interessado.
   
Art. 72.  O funcionário nomeado para cargo cujo provi- Art. 76.  Nenhum funcionário poderá ter exercício em
mento depende de fiança, não poderá entrar em exercício serviço ou repartição diferente daquela em que estiver lo-
sem prévia satisfação dessa exigência. tado, salvo os casos expressos neste Estatuto, mediante
  autorização do Prefeito.
§ 1º  Será sempre exigida fiança do funcionário que te-  
nha dinheiro público sob sua guarda ou responsabilidade. Art. 77.  Ao entrar em exercício, o funcionário apre-
  sentará ao órgão competente os elementos necessários ao
§ 2º  A fiança poderá ser prestada: assentamento individual.
   
I – em dinheiro; Art. 78.  O funcionário que não entrar em exercício
  dentro do prazo estabelecido neste Estatuto, será exonera-
II – em títulos da Dívida Pública; do do cargo ou dispensado da Função Gratificada.
   
III – em apólices de seguro de fidelidade funcional, Secção II
emitidas por instituto oficial ou empresa legalmente au- Dos Afastamentos
torizada.  
  Art. 79.  O afastamento do funcionário de sua reparti-
§ 3º  Não se admitirá o levantamento da fiança antes ção para ter exercício em outra, por qualquer motivo, só se
de tomadas as contas do funcionário. verificará nos casos previstos neste Estatuto.

77
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

 Parágrafo único.  Só em casos excepcionais e de com-  II – para cada função, o número de horas diárias de
provada necessidade, poderá ser concedido afastamento a trabalho;
funcionário do Município para servir, com ou sem prejuízo  
de vencimentos, perante órgãos federais ou estaduais. III – para uma ou outra, o regime de trabalho em turnos
  consecutivos, quando for aconselhável, indicando o núme-
Art. 80.  O funcionário não poderá ausentar-se do Mu- ro certo de horas de trabalho exigível por mês.
nicípio para estudo ou missão especial, sem autorização  
expressa do Prefeito. Art. 83.  Salvo exceções previstas em lei especial, ne-
  nhum funcionário municipal poderá prestar menos de 33
§ 1º  A ausência, não excederá de dois anos e, finda a (trinta e três) horas semanais de trabalho.
missão ou estudo, somente decorrido igual período será  
permitido novo afastamento. Parágrafo único.  Em casos excepcionais e desde que
  não haja prejuízo dos serviços, as horas de que trata este
§ 2º  O prazo previsto no parágrafo anterior poderá ser artigo poderão ter seu número reduzido, à juízo da admi-
concedido até quatro anos, se o estudo ou missão for no nistração, procedidos os descontos proporcionais.
estrangeiro.  
  Art. 84.  O período de trabalho, nos casos de compro-
§ 3º  Em qualquer caso, previsto neste artigo, fica o fun- vada necessidade, poderá ser antecipado ou prorrogado
cionário obrigado a provar que se utilizou do afastamento pelos Diretores dos Departamentos ou Diretorias.
para o fim a que foi autorizado.  
  Parágrafo único.  No caso de antecipação ou prorroga-
Art. 81.  Será considerado afastado do exercício, até ção deste período, será remunerado o trabalho extraordi-
decisão final passada em julgado, o funcionário: nário, na forma prevista neste Estatuto.
   
I – preso em flagrante ou preventivamente; Art. 85.  Nos dias úteis só por determinação do Prefeito
  poderão deixar de funcionar as repartições ou ser suspenso
II – pronunciado, ou condenado por crime inafiançável; o expediente.
   
III – denunciado por crime funcional, desde o recebi- Art. 86.  Mediante compensação pecuniárias e obser-
mento da denúncia. vados o interesse da Administração e opção do interessa-
do, o Prefeito poderá colocar o funcionário no Regime de
 
Trabalho Integral (R.T.I.)
§ 1º  Durante o afastamento, o funcionário perderá 1/3
 
(um terço) do vencimento, tendo direito à diferença se afi-
Parágrafo único.  Considera-se Regime de Trabalho
nal não for condenado.
Integral (R.T.I.), o exercício do cargo de Chefia e Direção,
 
quando sujeito a 44 (quarenta e quatro) horas de serviço
 § 2º  No caso de condenação, e se esta não for de por semana com a vantagem de até 30% (trinta por cento)
natureza que determine a demissão do funcionário, con- sobre a referência numérica.
tinuará ele afastado, na forma deste artigo, até o cumpri-  
mento total da pena, com direito apenas a 1/3 (um terço) Art. 87.  Todo funcionário ficará sujeito ao ponto, que é
do vencimento e vantagens. o registro pelo qual se verificará, diariamente, a entrada e
  a saída do funcionário em serviço, com exceção dos cargos
§ 3º  Desde a posse, ficarão suspensos o exercício e os de direção e outros cuja natureza da função recomende a
vencimentos do funcionário que assumir qualquer manda- dispensa, por despacho expresso do Prefeito.
to eletivo federal ou estadual ou de Prefeito e de Vice-Pre-  
feito quando remunerado, sob pena de responsabilidade § 1º  Nos registros ponto deverão ser lançados todos
do funcionário que efetuar o pagamento. os  elementos necessários à apuração da freqüência.
   
§ 4º  O funcionário somente poderá reassumir seu car- § 2º  Para os registros de ponto, serão usados, de pre-
go se renunciar ao mandato eletivo. ferência, meios mecânicos.
   
§ 5º  O tempo em que o servidor exercer qualquer da- Art. 88.  Para o funcionário estudante, poderão ser es-
queles mandatos, será considerado como de efetivo exer- tabelecidas normas especiais quanto à freqüência ao servi-
cício para todos os efeitos legais, exceto para percepção ço, observadas as conveniências do serviço, ouvido o Chefe
de vencimentos. imediato do funcionário, quanto a reposição do tempo ou
  desconto nos vencimentos.
Secção III  
Do Regime de Trabalho Art. 89.  O funcionário que comprovar sua contribuição
  para banco de sangue mantido por órgão público, ou para
Art. 82.  O Prefeito determinará: entidade com a qual o Poder Público mantenha convênio,
  fica dispensado de comparecer ao serviço no dia da doação.
I – para a repartição, o período de trabalho diário;  

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Secção IV  VI – falecimento.


Das faltas ao serviço  
  § 1º  Dar-se-á exoneração:
Art. 90.  Nenhum funcionário poderá faltar ao serviço  
sem causa justificada. I – a pedido do funcionário;
   
Parágrafo único.  Considera-se causa justificada o fato II – de ofício:
que, por sua natureza e circunstância, principalmente pelas  
conseqüências do círculo da família, possa razoavelmente a) quando se tratar de cargo em comissão;
constituir escusa do não comparecimento.  
  b) quando não satisfeitas as condições do estágio pro-
Art. 91.  O funcionário que faltar ao serviço fica obri- batório;
gado a comunicar, por escrito, a seu chefe imediato, no  
primeiro dia de falta, sob pena de sujeitar-se a todas as c) quando o funcionário não entrar em exercício no
conseqüências da ausência. prazo legal (art.78).
   
§ 1º  Não poderão ser justificadas as faltas que excede- § 2º  A demissão será aplicada como penalidade.
rem a vinte e quatro por ano, até duas por mês.  
  Art. 93.  A vacância da função gratificada decorrerá de:
§ 2º  O Departamento da Administração decidirá, após  
as informações, sobre a justificação das faltas até o máximo I – dispensa, a pedido do funcionário;
previsto no § 1º.  
  II – dispensa, a critério da autoridade;
§ 3º  Para justificação da falta, poderá ser exigida prova  
do motivo alegado pelo funcionário.
III – dispensa, por não haver o funcionário designado
 
assumido o exercício no prazo legal;
§ 4º  A autoridade competente decidirá sobre a jus-
 
tificação no prazo de cinco dias, cabendo recurso para a
V – destituição.
autoridade superior, quando indeferido o pedido.
 
 
Parágrafo único.  A destituição será aplicada como pe-
§ 5º  Decidido o pedido de justificação da falta, será o
nalidade, nos casos previstos neste Estatuto.
requerimento encaminhado ao órgão do Pessoal para as
devidas anotações.  
  Art. 94.  A exoneração e a dispensa, a pedido, devem
§ 6º  As faltas ao serviço, até o máximo de 10 (dez) ser concedidas pelo Prefeito Municipal.
por ano, excedendo a uma em cada mês, poderão ser abo-  
nadas por motivo justo, ou por moléstia comprovada. O LIVRO II
pedido de abono deverá ser feito em requerimento escrito Das Prerrogativas, dos Direitos e Vantagens
ao Departamento da Administração, que decidirá após as  
informações necessárias. TÍTULO I
  Das Prerrogativas
§ 7º  No caso de faltas sucessivas, justificadas ou in-  
justificadas, os dias intercalados – domingos, feriados e CAPÍTULO I
aqueles em que não aja expediente – serão computados Do Tempo de Serviço
exclusivamente para efeito de desconto do vencimento.  
  Art. 95.  Serão computados os dias de efetivo exercício
TÍTULO III à vista do registro de freqüência ou da folha de pagamento.
Da Vacância  
  § 1º  O número de dias será convertido em anos, con-
Art. 92.  A vacância do cargo decorrerá de: siderados de 365 dias.
   
I – exoneração; § 2º  Feita a conversão, os dias restantes, até 182, não
  computados para efeito de aposentadoria, será arredon-
II – demissão; dado, para 1 (hum) ano, o número excedente de 182 dias.
   
III – promoção; Art. 96.  Será considerado de efetivo exercício para to-
  dos os efeitos, o afastamento em virtude de: (Vide Lei Mu-
IV – transferência; nicipal nº 2.357, de 1.978)
   
V – aposentadoria; I – férias;

79
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

 II – casamento, até 8 (oito) dias;  Art. 98.  É vedada a acumulação de tempo de serviço
  prestado concorrentemente em dois ou mais cargos ou fun-
III – luto até 8 (oito) dias, por falecimento de cônjuge, ções públicas ou em entidades autárquicas ou paraestatais.
pais, padrasto, madrasta, descendentes, irmãos, sogros;  
  CAPÍTULO II
IV – luto até 2 (dois) dias, por falecimento de tios, Da Estabilidade
cunhados, genro e nora;  
  Art. 99.  O funcionário nomeado em caráter efetivo ad-
V – exercício de outro cargo municipal de provimento quire estabilidade após 2 (dois) anos de efetivo exercício.
em comissão;  
  § 1º  Ninguém poderá ser efetivado ou adquirir estabi-
VI – convocação para o serviço militar obrigatório; lidade, se não prestou concurso público.
   
VII – júri e outros serviços obrigatórios por lei; § 2º  A estabilidade diz respeito ao serviço público e
  não ao cargo.
VIII – desempenho de função legislativa federal, esta-  
dual ou municipal; Art. 100.  O funcionário perderá o cargo:
   
IX – licença-prêmio; I – quando estável, em virtude de sentença judiciária
  passada em julgado ou mediante processo administrativo,
X – licença à funcionário gestante; em que se lhe tenha assegurado ampla defesa;
   
XI – licença a funcionário acidentado em serviço ou II – quando em estágio probatório, somente após ob-
atacado de doença profissional ou moléstia enumerada no servância do artigo 20 e seus parágrafos ou mediante in-
artigo 133; quérito administrativo, quando este se impuser antes de
  concluído o estágio, assegurado, neste caso, defesa ao in-
XII – missão ou estudo noutros pontos do território teressado.
nacional ou no estrangeiro, quando o afastamento houver  
sido expressamente autorizado pelo Prefeito; CAPÍTULO III
  Da Disponibilidade
XIII – provas de competições esportivas, e culturais ofi-  
cias, quando o afastamento for autorizado pelo Prefeito; Art. 101.  Extinguindo-se o cargo, o funcionário está-
  vel ficará em disponibilidade com provento igual ao venci-
XIV – afastamento por processo administrativo, se o mento ou remuneração, até seu aproveitamento em outro
funcionário for declarado inocente ou se a pena imposta cargo equivalente (artigos 47 a 49).
for de repreensão ou multa.  
  Parágrafo único.  Restabelecido o cargo, ainda que mo-
Art. 97.  Para feito de aposentadoria e disponibilida- dificado sua denominação, será obrigatoriamente aprovei-
de, computar-se-á, integralmente: (Vide Lei Municipal nº tado nele o funcionário posto em disponibilidade quando
3.772, de 1.990) de sua extinção.
   
I – o tempo de serviço público, federal, estadual, mu- Art. 102.  O funcionário em disponibilidade poderá ser
nicipal; aposentado (artigo 47º, § 2º) ou posto à disposição de ou-
  tro órgão, a seu pedido.
II – o período de serviço nas forças armadas, contando-  
-se em dobro o tempo em operações de guerra; CAPÍTULO IV
  Da Reintegração
III – o tempo de serviço prestado em autarquias muni-  
cipais, estaduais e federais; Art. 103.  Invalidada a demissão do funcionário por
  sentença judicial, será ele reintegrado e quem lhe ocupava
IV – o tempo em que o funcionário esteja em disponi- o lugar será exonerado, ou se ocupava outro cargo, a este
bilidade; reconduzido, sem direito a indenização.
   
V – o tempo de licença-prêmio contado em dobro, de- § 1º  A reintegração importa no ressarcimento de todos
sistida de acordo com este Estatuto. os prejuízos do funcionário reintegrado.
   
Parágrafo único.  O tempo de mandato eletivo federal § 2º  O pagamento desses prejuízos deverá ser liqui-
ou estadual será contado para fins de aposentadoria e de dado no prazo máximo de 60 (sessenta) dias da data de
promoção por antiguidade. reassunção do cargo ou da data da aposentadoria.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

  Parágrafo único.  O retardamento do decreto que de-


CAPÍTULO V clarar a aposentadoria compulsória não impedirá que o
Da Aposentadoria funcionário se afaste do exercício no dia imediato ao em
  que atingir a idade limite.
Art. 104.  O funcionário será aposentado:  
  Art. 110.  Na hipótese de os proventos da aposentado-
I – compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade, ria, fixados por intermédio do orgão previdenciário compe-
com vencimentos integrais, desde que o servidor conte no tente, serem inferiores ao vencimento e demais vantagens
mínimo 35 (trinta e cinco) anos de serviço se for homem, a este incorporados, que o aposentado percebia quando
e 30 (trinta) anos, se mulher, e proporcional si tiver menos em atividade, ficará a cargo do Município a obrigação de
tempo; efetuar o pagamento mensal da diferença correspondente,
  somente nos casos previstos nos itens I e II do artigo 105.
II – a pedido, após 35 (trinta e cinco) anos de efetivo  
exercício; CAPÍTULO VI
  Das pensões e complementações às viúvas e depen-
III – por invalidez. dentes dos funcionários municipais
   
§ 1º  No caso do número II, o tempo de sérvio será Art. 111.  (Revogado pela Lei Municipal nº 3.726, de 22
reduzido a 30 (trinta) anos, para as mulheres. de junho de 1.990)
   
§ 2º  Ao civil, ex-combatente da segunda Guerra Mun- Parágrafo único.  (Revogado pela Lei Municipal nº
dial, que tenha participado efetivamente em operações 3.726, de 22 de junho de 1.990)
bélicas da F.E.B., da Marinha, da Força Aérea Brasileira, da  
Marinha-Mercante ou da Força do Exército, é assegurada a Art. 112.  (Revogado pela Lei Municipal nº 3.726, de 22
aposentadoria integral aos 25 (vinte e cinco) anos de serviço. de junho de 1.990)
   
Art. 105.  O provento da aposentadoria será integral Parágrafo único.  (Revogado pela Lei Municipal nº
quando: 3.726, de 22 de junho de 1.990)
   
I – o funcionário conter 35 (trinta e cinco) anos de servi- TÍTULO II
ço se do sexo masculino, ou 30 (trinta) se do sexo feminino; Dos Direitos e das Vantagens em Geral
   
II – o funcionário se aposentar por invalidez, provada a CAPÍTULO I
incapacidade física para o desempenho da função, decorri- Das férias
do o prazo previsto no artigo seguinte.  
  Art. 113.  (Revogado pela Lei Municipal nº 2.357, de 5
Art. 106.  O funcionário que se incapacitar para o exer- de abril de 1.978)
cício de qualquer função pública, será licenciado do cargo  
com todos os vencimentos, por período não excedente a 4 § 1º  (Revogado pela Lei Municipal nº 2.357, de 5 de
(quatro) anos. Findo esse prazo, se perdurar a incapacidade abril de 1.978)
total, será aposentado, qualquer que seja o tempo de ser-  
viço, possibilitada a reversão, a qualquer tempo, mediante § 2º  (Revogado pela Lei Municipal nº 2.357, de 5 de
inspeção médica oficial. abril de 1.978)
   
Art. 107.  Os proventos de inatividade serão revistos Art. 114.  (Revogado pela Lei Municipal nº 2.357, de 5
sempre que houver modificações geral de vencimentos ou de abril de 1.978)
remuneração, e na mesma proporção dos funcionários em  
atividades. § 1º  (Revogado pela Lei Municipal nº 2.357, de 5 de
  abril de 1.978)
Parágrafo único.  Em caso algum as referências ou pa-  
drões de vencimentos do inativo poderão exceder as re- § 2º  (Revogado pela Lei Municipal nº 2.357, de 5 de
ferências ou padrões de vencimentos do funcionário em abril de 1.978)
atividade.  
  Art. 115.  (Revogado pela Lei Municipal nº 2.357, de 5
Art. 108.  A aposentadoria depende de exame médico de abril de 1.978)
por entidade oficial só será decretada depois de verificada  
a impossibilidade de readaptação do funcionário. Art. 116.  (Revogado pela Lei Municipal nº 2.357, de 5
  de abril de 1.978)
Art. 109.  É automática a aposentadoria compulsória.  

81
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Art. 117.  (Revogado pela Lei Municipal nº 2.357, de 5  Parágrafo único.  O pedido deverá ser apresentado
de abril de 1.978) pelo menos 5 (cinco) dias antes de findo o prazo da licen-
  ça; se indeferido, contar-se-á como licença o período com-
Art. 118.  . (Revogado pela Lei Municipal nº 2.357, de 5 preendido entre a data do término e a do conhecimento
de abril de 1.978) oficial do despacho.
   
Art. 119.  (Revogado pela Lei Municipal nº 2.357, de 5 Art. 125.  As licenças concedidas dentro de 60 (sessen-
de abril de 1.978) ta) dias, contados do término da anterior, serão considera-
  das em prorrogação.
CAPÍTULO II  
Das Licenças Parágrafo único.  Para os efeitos deste artigo, somente
  serão levadas em consideração as licenças da mesma espécie.
Secção I  
Disposições Preliminares Art. 126.  O funcionário não poderá permanecer em
  licença, por moléstia, por prazo superior a 4 (quatro) anos.
Art. 120.  Conceder-se-á licença ao funcionário:  
  Parágrafo único.  O disposto neste artigo não se aplica
I – para tratamento de saúde; aos funcionários em comissão.
   
II – por motivo de doença em pessoa da família; Art. 127.  Decorrido o prazo estabelecido no artigo an-
  terior, o funcionário será submetido a exame e aposentado
III – para repouso à gestante; se for considerado definitivamente inválido, na forma do
  artigo 106.
IV – para prestar serviço militar obrigatório;  
  Art. 128.  O funcionário em gozo de licença comunicará
V – por motivo de afastamento do cônjuge militar; ao chefe da repartição o local onde poderá ser encontrado.
   
VI – para tratar de interesses particulares; Secção II
  Da Licença para Tratamento de Saúde
VII – como prêmio à assiduidade;  
  Art. 129.  A licença para tratamento de saúde será a
VIII – para o desempenho do mandato eletivo. pedido ou de ofício.
   
Parágrafo único.  Ao ocupante de cargo de provimento § 1º  Num e noutro caso, é indispensável exame médico.
em comissão, não se deferirá nessa qualidade, licença para  
tratar de interesse particular. § 2º  O funcionário licenciado para tratamento de saú-
  de não poderá dedicar-se a qualquer atividade remunera-
Art. 121.  A licença dependente de exame médico será da, sob pena de ter cassada a licença.
concedida pelo prazo indicado no laudo ou atestado.  
  Art. 130.  Sempre que possível, o exame, para conces-
Parágrafo único.  Findo o prazo, poderá haver novo são da licença para tratamento de saúde, será feito por mé-
exame e o atestado médico concluirá pela volta ao serviço, dico oficial do Município, do Estado ou da União.
pela prorrogação da licença ou pela aposentadoria.  
  § 1º  O atestado ou laudo passado por médico ou junta
Art. 122.  Terminada a licença, o funcionário reassumirá médica particular, produzirá efeitos no caso de licença por
imediatamente o exercício, ressalvado o disposto no pará- prazo não superior a 30 (trinta) dias, reservando-se à Pre-
grafo único do artigo seguinte. feitura, o direito de exigir a homologação por órgão mé-
  dico oficial.
Parágrafo único.  A infração deste artigo, importará na  
perda total do vencimento correspondente ao período de § 2º  As licenças superiores a 30 (trinta) dias, dependerá
ausência e, se esta exceder a 30 (trinta) dias, ficará o funcio- de exame do funcionário através de orgão oficial;
nário sujeito a pena de demissão por abandono do cargo.  
  Art. 131.  Será punido disciplinarmente, com suspensão
Art. 123.  O funcionário licenciado nos termos dos itens de 30 (trinta) dias, o funcionário que recusar submeter-se
I e II do artigo 120, é obrigado a reassumir o exercício se for a exame médico, cessando os efeitos da penalidade, logo
considerado apto em inspeção médica realizada “ex-ofí- que se verifique o exame.
cio”, ou se não subsistir a doença na pessoa de sua família.  
  Art. 132.  Considerado apto, em exame médico, o fun-
Art. 124.  A licença poderá ser prorrogada de ofício ou cionário reassumirá o exercício, sob pena de se apurarem,
a pedido. como faltas injustificadas, os dias de ausência.

82
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Parágrafo único.  No curso da licença, poderá o funcio-  Secção IV


nário requerer exame médico, caso se julgue em condições Da Licença a Gestante
de reassumir o exercício.  
  Art. 138.  A funcionária gestantes, será concedida, me-
Art. 133.  A licença a funcionário atacado de tubercu- diante exame médico, licença até 4 (quatro) meses, com
lose ativa, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, vencimento ou remuneração.
lepra, paralisia ou cardiopatia grave, será concedida, quan-  
do o exame médico não concluir pela concessão imediata § 1º  Salvo prescrição médica em contrário, a licença
da aposentadoria. (Vide Lei Municipal nº 2.357, de 1.978) será concedida a partir do oitavo mês da gestação.
   
Art. 134.  Será integral o vencimento ou remuneração § 2º  Uma vez ocorrido o parto, sem que tenha sido re-
do funcionário licenciado para tratamento de saúde, aci- querida a licença, esta será concedida, por interior, a contar
dentado em serviço, atacado de doença profissional, ou do dia do evento, desde que pleiteada sua concessão até
das moléstias indicadas no artigo anterior. 15 dias após.
   
Parágrafo único.  Os funcionários filiados ao Instituto Secção V
Nacional de Previdência Social e que são regidos por este Da Licença para Serviço Militar
Estatuto, terão direito a perceber do Município a diferença  
entre o auxílio-doença pago pela referida Instituição e o Art. 139.  Ao funcionário que for convocado para o ser-
vencimento e demais vantagens a que tem direito se esti- viço militar e outros encargos de segurança nacional, que
vesse em exercício. não os mencionados no parágrafo 4º, deste artigo, será
  concedida licença sem vencimento ou remuneração inte-
Art. 135.  Entende-se por doença profissional, e que se gral, garantido o seu retorno aos serviços, conforme o § 2º.
deva atribuir, com relação de efeito e causa às condições  
inerentes ao serviço ou aos fatos nele ocorridos. § 1º  A licença será concedida à vista do documento
  oficial que comprova a incorporação.
Art. 136.  Acidente é o evento danoso que tenha como  
causa mediata ou imediata, o exercício das atribuições ine- § 2º  Ao funcionário desincorporado conceder-se-á
rentes ao cargo. prazo não excedente de 30 (trinta) dias, para que reassuma
  o exercício, sem perda do vencimento ou remuneração.
§ 1º  Considera-se também como acidente a agressão  
sofrida e não provocada pelo funcionário no exercício de § 3º  A licença de que trata este artigo será também
suas atribuições. concedida ao funcionário que houver feito curso para ser
  admitido como oficial da reserva das forças armadas, du-
§ 2º  A comprovação do acidente, indispensável para a rante os estágios prescritos pelos regulamentos militares.
concessão da licença deverá ser feita em processo regular,  
no prazo máximo de 8 (oito) dias. § 4º  Quando se tratar de incorporação por motivo de
  convocação para manobras, exercícios, manutenção da or-
Secção III dem interna ou guerra, terão garantido o direito a percep-
Da Licença por motivo de doença em pessoa da ção de 2/3 (dois terços) da respectiva remuneração, duran-
família te o tempo em que permanecerem incorporados, perden-
  do esse direito o incorporado que obtiver engajamento.
Art. 137.  O funcionário poderá obter licença por mo-  
tivo de doença de ascendente, descendente, irmão, cônju- Secção VI
ge não separado legalmente, provando ser indispensável Da Licença à funcionário casada com militar
sua assistência pessoal permanente, não podendo esta ser  
prestada simultaneamente com o exercício do cargo. Art. 140.  A funcionária casada com militar terá direito a
  licença sem vencimento ou remuneração, quando o marido
§ 1º  Provar-se-á a doença mediante exame médico, na for mandado servir fora do Município.
forma prevista no artigo 129, parágrafos 1º e 2º.  
  Parágrafo único.  A licença será concedida mediante
§ 2º  A licença de que trata este artigo, será concedida pedido devidamente instruído e vigorará por tempo que
com vencimento ou remuneração integral até um mês e durar a nova função do marido.
com dois terços do vencimento ou remuneração, exceden-  
do esse prazo e até 6 (seis) meses e sem vencimento ou Secção VII
remuneração, do 7º até o 24º mês. Da Licença para tratar de interesses particulares.
   
§ 3º  Quando a pessoa da família do funcionário se Art. 141.  Ao funcionário com um mínimo de 02 (dois)
encontrar em tratamento fora do Município, permitir-se- anos de serviços, poderá ser deferida licença por tempo
-á o exame por profissionais pertencentes ao quadro de nunca inferior a 180 (cento e oitenta) dias e tampouco su-
servidores federais, estaduais ou municipais da localidade. perior a 02 (dois) anos, sem vencimentos ou remuneração,

83
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

para tratar de interesses particulares. (Redação dada pela  Art. 148.  A licença-prêmio será despachada pelo Di-
Lei Municipal nº 3.296, de 1.986)  (Vide Lei Municipal nº retor do Departamento competente, após as informações
3.296, 1.986) necessárias.
   
§ 1º  A licença será negada quando o afastamento do Art. 149.  A licença-prêmio a pedido do funcionário po-
funcionário for inconveniente ao interesse público. derá ser gozada por inteiro ou parceladamente, não infe-
  rior a 15 (quinze) dias.
§ 2º  O funcionário deverá aguardar em exercício a  
concessão da licença. Art. 150.  O funcionário deverá aguardar em exercício a
  concessão da licença-prêmio.
Art. 142.  Não será concedida licença para tratar de  
interesses particulares ao funcionário nomeado, removido Art. 151.  A concessão da licença-prêmio dependerá de
ou transferido, antes de assumir o exercício. (Vide Lei Mu- novo ato quando o funcionário não iniciar seu gozo dentro
de 30 (trinta) dias, contados da publicação daquele que a
nicipal nº 3.296, 1.986)
deferiu.
 
 
Art. 143.  A autoridade que deferiu a licença, poderá
Art. 152.  Depois de 10 (dez) anos de serviço efeti-
cassá-la e determinar que o licenciado reassuma o exer- vo prestado exclusivamente ao Município, o funcionário,
cício se o exigir o interesse do serviço municipal. (Vide Lei mediante expressa e irretratável declaração, poderá op-
Municipal nº 3.296, 1.986) tar: (Redação dada pela Lei Municipal nº 7.089, de 2.009)
   
Parágrafo único.  O funcionário poderá, a qualquer I – pelo gozo da metade do período de licença-prêmio
tempo, reassumir o exercício, desistindo da licença, desde a que fizer jus, recebendo os vencimentos e demais vanta-
que haja interesse dos serviços municipais. (Redação dada gens do cargo correspondente a outra metade. (Incluído
pela Lei Municipal nº 3.296, de 1.986) pela Lei Municipal nº 7.089, de 2.009)
   
Art. 144.  Outra licença para tratar de interesses particu- II – pela contagem em dobro, no todo ou em parte, do
lares só poderá ser concedida ao mesmo funcionário, após período não gozado ou recebido, para efeito de vantagens,
transcorridos 2 (dois) anos do término da anterior. (Vide Lei aposentadorias e disponibilidade. (Incluído pela Lei Muni-
Municipal nº 3.296, de 1.986) cipal nº 7.089, de 2.009)
   
Secção VII III – pelo recebimento integral de toda a licença ou de
Da Licença-Prêmio saldo porventura existente: (Incluído pela Lei Municipal nº
  7.089, de 2.009)
Art. 145.  Ao funcionário que requerer será concedida  
licença prêmio de 3 (três) meses com todos os direitos e a) após completar 30 (trinta) anos de serviços presta-
vantagens de seu cargo, após cada qüinqüênio ininterrup- dos exclusivamente ao Município, somando-se, para esse
to de exercício, prestado ao Município de Araraquara, qual- fim, o período de licença-prêmio contado de acordo com o
quer que seja a forma de provimento dos cargos ocupados. inciso II deste artigo; (Redação dada pela Lei Municipal nº
  7.089, de 2.009)
Parágrafo único.  O período de 5 (cinco) anos de exer-  
cício ininterrupto de que trata este artigo, para efeito de b) em caso de enfermidade grave, devidamente com-
obtenção de licença-prêmio, será contado a partir do dia provada, do servidor ou de seu ascendente, descendente,
cônjuge ou companheiro(a). (Redação dada pela Lei Muni-
seguinte em que o funcionário tiver completado as 30 (trin-
cipal nº 7.089, de 2.009)
ta) faltas previstas no item II do artigo 146, exceto as pena-
 
lidades que inutilizarão o qüinqüênio.
Art. 153.  No interesse da Administração a licença-prê-
  mio poderá ser sobrestada a qualquer tempo, mediante
Art. 146.  Não terá direito a licença-prêmio o funcioná- ato administrativo, ficando o saldo restante a ser oportu-
rio que, no período de sua aquisição houver: namente usufruído.
   
I – sofrido pena de suspensão ou repreensão por escrito; Art. 154.  Fica assegurado aos dependentes do funcio-
  nário falecido o direito de recebimento do período a que faz
II – faltado ao serviço, a qualquer título, por mais de ou fez jus, correspondente a licença-prêmio não gozada.
30 (trinta) dias, salvo as faltas previstas no artigo 96, itens:  
I – II – III – IV – VII – IX – X – XI e XII. (Redação Lei Municipal Secção IX
nº 2.042, de 1.974) Da Licença para o desempenho de Mandato Eletivo
   
Art. 147.  O pedido de licença-prêmio será instruído Art. 155.  Será considerado em licença o funcionário
com certidão de tempo de serviço, expedida pelo órgão público municipal que for eleito para o desempenho de
municipal competente. mandato eletivo.

84
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

 § 1º  A licença prevista neste artigo, se não for con-  Parágrafo único.  O plano de assistência compreenderá:
cedida antes, considerar-se-á automática com a posse do  
mandato eletivo. I – assistência médica, dentária, farmacêutica e hospitalar;
   
§ 2º  O tempo de serviço do funcionário afastado nos II – previdência, seguro e assistência judiciária;
termos deste artigo só será contado para fins de promoção  
de antiguidade e aposentadoria. III – financiamento para aquisição de casa própria;
   
§ 3º  O funcionário municipal, afastado nos termos des- IV – cursos de aperfeiçoamento e especialização profis-
te artigo, só poderá reassumir o exercício do cargo, após o sional em matéria de interesse municipal;
término ou renúncia do mandato.  
  V – centro de aperfeiçoamento moral e intelectual para
Art. 156.  O funcionário ocupante de cargo em comis- o funcionário e sua família;
são será exonerado, a pedido, deste cargo com posse no  
mandato eletivo. VI – centros de recreação, repouso e férias.
   
Parágrafo único.  Se o ocupante do cargo em comis- Art. 163.  As condições de organização e funcionamen-
são for também titular de um cargo de provimento efetivo, to dos serviços de assistência referidos neste capítulo, se-
ficará exonerado daquele e licenciado deste na forma pre- rão regulados por lei posterior.
vista no artigo anterior.  
  § 1º  Todo funcionário municipal será inscrito em insti-
Art. 157.  O funcionário municipal deverá licenciar-se tuição de previdência social mantida pelo Município, ou, na
pelo menos 30 (trinta) dias antes da eleição a que concorrer. falta, no Instituto Nacional de Previdência Social.
   
Art. 158.  O servidor municipal quando no exercício de § 2º  Da obrigatoriedade a que se refere o § 1º, são
mandato de Prefeito, deverá afastar-se de seu cargo ou excluídos os já inscritos, a quaisquer título, em outras insti-
função, por todo período do mandato, podendo optar pe- tuições previdenciárias.
los vencimentos sem prejuízo da verba de representação.  
  CAPÍTULO IV
Art. 160.  O servidor municipal, no exercício de man- Do Direito de Petição e de Recorrer
dato de Vereador do Município, ficará sujeito as seguintes  
normas: Art. 164.  É assegurado ao funcionário o direito de re-
  quer ou de representar e pedir reconsideração.
I – quando a vereança for remunerada, deverá afastar-  
-se do cargo ou função e optar pelos vencimentos ou pelo § 1º  O requerimento ou representação será dirigido
subsídio contado-se-lhe tempo de serviço público singela à autoridade competente para decidi-lo, após o visto do
e exclusivamente, para fins de aposentadoria, reforma e superior hierárquico imediato do requerente.
promoção por antiguidade;  
  § 2º  O pedido de reconsideração será dirigido à auto-
II – quando a vereança for gratuita, havendo incompa- ridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira
tibilidade de horário, afastar-se-á do serviço no dia da ses- decisão, não podendo ser renovado.
são, sem prejuízo dos vencimentos de ser cargo ou função.  
  § 3º  O requerimento ou representação e o pedido de
CAPÍTULO III reconsideração de que trata este artigo deverão ser despa-
Da Assistência ao Funcionário chados no prazo de 15 (quinze) dias.
   
Art. 161.  Nos trabalhos insalubres e naqueles que ofe- Art. 165.  É assegurado ao funcionário o direito de re-
reçam riscos de vida ou periculosidade, executados pelos correr das decisões finais que o prejudiquem.
funcionários, a Prefeitura é obrigada a fornecer-lhe gratui-  
tamente equipamentos de proteção à saúde, bem como § 1º  O recurso poderá ser interposto no prazo de 15
a conceder-lhes os direitos previstos na legislação federal (quinze) dias da data da publicação ou da ciência pessoal
pertinente. da decisão recorrível.
   
Parágrafo único.  Para a concessão dos direitos de que § 2º  O recurso deverá ser despachado no prazo de 15
trata este artigo, o julgamento, sempre que houver necessi- (quinze) dias.
dade, será feito por uma Comissão designada pelo Prefeito.  
  Art. 166.  O pedido de reconsideração e o recurso não
Art.162.  O Município prestará dentro de suas possibi- tem efeito suspensivo, e o que for provido terá efeito re-
lidades financeiras, assistência ao funcionário e sua família. troativo à data do ato impugnado.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

 Art. 167.  O direito de pleitear na esfera administrativa CAPÍTULO II


prescreverá: Das Vantagens
   
I – em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de que decor- Secção I
rerem demissão, cassação de aposentadoria ou de dispo- Disposições Gerais
nibilidade.  
  Art. 173.  Além do vencimento ou remuneração, pode-
II – em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos. rão ser deferidas as seguintes vantagens aos funcionários:
   
Parágrafo único.  O pedido de reconsideração e o re- I – diárias;
curso, quando cabíveis, interrompem a prescrição uma  
só vez, observada a legislação federal, sobre a prescrição II – auxílio para diferença de caixa;
qüinqüenal.  
  III – auxílio natalidade;
TÍTULO III  
Dos Direitos e das Vantagens de Ordem Pecuniária IV – auxílio-doença, hospitalar e funerário;
   
CAPÍTULO I V – salário-família;
Do Vencimento ou Remuneração  
 
VI – gratificações;
Art. 168.  Vencimento é a retribuição paga ao funcio-
 
nário pelo efetivo exercício do cargo, correspondente ao
VII – abono anual.
padrão ou referência fixados em lei.
 
  Secção II
Parágrafo único.  É vedada a prestação de serviço gratuito.
Das Diárias
 
 
Art. 169.  Remuneração é a retribuição paga ao funcio-
Art. 174.  Ao funcionário municipal que, por determina-
nário pelo efetivo exercício do cargo, correspondente ao
ção do Prefeito, se deslocar temporariamente deste Muni-
padrão ou referência fixados em lei, acrescido das vanta-
cípio no desempenho de suas atribuições, ou comissão ou
gens pessoais de que seja titular.
estudo desde que relacionados com a função que exerce,
 
Art. 170.  O funcionário que não estiver no exercício do será concedida, além do transporte, a diária a título de in-
cargo, somente poderá receber vencimento ou remunera- denização das despesas de alimentação e pousada.
ção nos casos previstos em lei.  
  Parágrafo único.  O disposto neste artigo não se aplica
Art. 171.  O funcionário perderá: aos casos de missão ou estudos fora do país.
   
I – o vencimento ou remuneração do dia, se não com- Secção III
parecer ao serviço, salvo os casos previstos neste Estatuto; Do Auxílio para Diferença de Caixa
   
II – um terço do vencimento ou remuneração diária Art. 175.  A diferença de caixa é o auxílio concedido aos
quando comparecer ao serviço, dentro da hora seguinte a tesoureiros e caixas que, no desempenho de suas atribui-
marcada para o início dos trabalhos, ou quando se retirar ções paguem ou recebem em moeda corrente, que fica fi-
até uma hora antes de findo o período de trabalho, sem xado em 10% (dez por cento) sobre o valor do vencimento
que para isso tenha autorização do seu superior, a qual e vantagens desses cargos.
deve ser dada somente em casos absolutamente justifica-  
dos ou por necessidade do serviço; Secção IV
  Do Auxílio Natalidade
III – um terço do vencimento ou remuneração duran-  
te o afastamento por motivo de prisão em flagrante, pre- Art. 176.  O auxílio natalidade, para os funcionários mu-
ventiva, pronuncia ou condenação por crime inafiançável, nicipais que não desfrutem desse benefício através a insti-
denúncia desde seu recebimento, por crime funcional, com tuição de previdência em que estão filiados, é devido após
direito a diferença, se absolvido (art. 81); um ano de efetivo exercício:
   
IV – dois terços do vencimento ou remuneração, duran- I – à servidora gestante, pelo parto;
te o período do afastamento em virtude de condensação,  
por sentença definitiva a pena que não determine demissão. II – ao servidor, pelo parto de sua esposa não servidora.
   
Art. 172.  O vencimento ou remuneração e o provento do § 1º  Considera-se parto, para feito deste artigo o even-
funcionário só poderão sofrer os descontos autorizados por lei.  to ocorrido a partir do sexto mês de gestação.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

 § 2º  Em caso de parto com nascimento de mais de  Parágrafo único.  A inobservância desta disposição de-
um filho, serão devidos tantos Auxílios-Natalidade quantos terminará responsabilidade do funcionário ou do inativo.
forem os mesmos.  
  Art. 183.  O salário família será pago juntamente com
§ 3º  Preenchidas as condições regulamentares, será os vencimentos, remuneração, salário ou provento.
devido à viúva ou ao responsável legal, o direito ao recebi-  
mento do Auxílio-Natalidade, caso o servidor haja falecido Art. 184.  O salário-família não poderá sofrer qualquer
antes de verificado o parto. desconto, nem ser objeto de transação e consignação em
  folha de pagamento, nem sobre ele será baseada qualquer
Art. 177.  O Auxílio-Natalidade consistirá em uma quota contribuição.
única correspondente ao valor do salário-mínimo vigente no  
Município de Araraquara, destinando-se a auxiliar as des- Art. 185.  O valor do salário-família será fixado em lei
pesas do parto e outras resultantes do nascimento do filho. especial, em importância nunca inferior a 5% (cinco por
  cento) do salário mínimo.
Art. 178.  Sendo um dos cônjuges contribuintes de ins-  
tituição de previdência social, o outro não terá direito ao Art. 186.  Ao pai e a mãe equiparam-se o padrasto e
Auxílio-Natalidade do Município. a madrasta e, na falta destes, os representantes legais dos
  incapazes.
Secção V  
Do Salário-Família Art. 187.  Não será pago o salário-família nos casos em
  que o funcionário nada perceba a título de vencimento ou
Art. 179.  O salário-família será concedido a todo fun- remuneração.
cionário municipal, ativo ou inativo:  
Secção VI
 
Do Auxílio Doença, Hospitalar e Funerário
I – por filhos menores de 18 (dezoito) anos;
 
 
Art. 188.  Após 12 (doze) meses consecutivos de licença
II – por filho inválido;
para tratamento de saúde, em conseqüência das doenças pre-
 
vistas no artigo 133, será concedido ao funcionário 1 (um) mês
III – por filho estudante, que freqüentar curso secundá-
de vencimento ou remuneração a título de auxílio doença.
rio ou superior, em instituto de ensino oficial ou particular,  
reconhecido e que não exerce atividade lucrativa, até a ida- Art. 189.  Os funcionários municipais ativos, inativos
de de 24 (vinte e quatro) anos. e pensionistas, que não tenham a seu favor assistência
  médico-hospitalar, farão, jus ao pagamento, por parte do
§ 1º  Os benefícios deste artigo será concedido a partir Município, quando hospitalizados, de 50% (cinqüenta por
da admissão do funcionário. cento) das respectivas despesas, desde que devidamente
  comprovadas. (Redação dada pela Lei Municipal nº 2.725,
§ 2º  Compreendem-se neste artigo os filhos de qual- de 1.981)
quer condição, os enteados, os adotivos, e o menor que vi-  
ver sob a guarda e sustento do funcionário, equiparando-se Art. 190.  À família do funcionário falecido em exercício,
a estes os tutelados sem meios próprios de subsistência. em disponibilidade, aposentado, ou à pessoa que provar
  ter feito as despesas com seu sepultamento, será concedi-
Art. 180.  Fica assegurado ao cônjuge supérstite ou ao do, pelo Município, a título de auxílio-funeral, a importân-
responsável legal pelos filhos do casal a percepção do sa- cia correspondente a 1 (um) mês de vencimento, remune-
lário família a que tenha direito o funcionário falecido, nas ração ou provento.
mesmas bases e condições estabelecidas nesta Secção.  
  Parágrafo único.  O disposto neste artigo, também será
Art. 181.  Quando o pai e a mãe forem funcionários ou aplicado quando do falecimento das viúvas pensionistas
inativos do Município e viverem em comum, o salário-famí- do Município.
lia será concedida apenas a um deles.  
  Art. 191.  Ao funcionário ativo, aposentado ou em dis-
§ 1º  Se não viverem em comum, será concedido ao ponibilidade que, na data do seu falecimento, contar com
que tiver os dependentes sob sua guarda. 10 (dez) anos de serviço, o Município cederá, gratuitamen-
  te, um terreno perpétuo com a respectiva carneira.
§ 2º  Se ambos os tiverem, será concedido um e outro  
dos pais de acordo com a distribuição dos dependentes. Secção VII
  Do Abono Anual
Art. 182.  O funcionário e o inativo são obrigados a comu-  
nicar ao setor competente dentro de 15 (quinze) dias, qual- Art. 192.  No mês de dezembro de cada ano, à todo
quer alteração que se verifique na situação dos dependentes, funcionário municipal, inclusive os aposentados e em dis-
da qual decorra supressão ou redução no salário-família. ponibilidade, bem como, as viúvas pensionistas, será pago

87
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

pelo Município, um abono igual ao vencimento, remunera-  Art. 197.  É vedado conceder gratificação por serviço
ção, provento, pensão ou complementação e demais van- extraordinário, com o objetivo de remunerar outros servi-
tagens a que fizer jus, no referido mês e na proporção de ços ou encargos.
1/12 (um doze avos) por mês de serviço prestado.  
  § 1º  O funcionário que receber importância relativa
§ 1º  As ausências e licenças em que não ocorrer des- a serviços extraordinário que não prestou será obrigado a
conto nos vencimentos do funcionário, não serão deduzi- restituí-lo de uma só vez ficando ainda sujeito a punição
dos para os fins previstos neste artigo. disciplinar.
   
§ 2º  As frações iguais ou superiores a 15 (quinze) dias, § 2º  Será responsabilizada a autoridade que infringir o
serão havidas como mês integral, aplicável também nos ca- disposto no “caput” deste artigo.
sos de admissão ou demissão de funcionário.  
  Art. 198.  Será punido com pena de suspensão, na re-
Art. 193.  Quando se tratar de aposentados ou pensio- incidência com a de demissão, a bem do serviço público, o
nistas de instituições de previdência social, que recebam funcionário:
por intermédio destas o respectivo abono anual, o Municí-  
pio apenas complementará, si for o caso, com importância I – que atestar falsamente a prestação de serviço ex-
destinada a atingir o abono de que trata o artigo 192. traordinário;
   
Secção VIII II – que se recusar, sem motivo justo, à prestação de
Das Gratificações serviço extraordinário;
   
Art. 194.  Conceder-se-á gratificação: Art. 199.  A convocação de funcionário para prestar ser-
  viço extraordinário deverá ser previamente autorizada pelo
I – pela prestação de serviço extraordinário; Prefeito, em solicitação formulada, por escrito, pelo Diretor
  do funcionário, justificando a necessidade da medida.
II – pela execução ou colaboração em trabalhos técni-  
cos ou científicos, fora das atribuições normais do cargo; Art. 200.  A gratificação pela execução ou colaboração
  em trabalhos técnicos ou científicos de utilizado para o ser-
III – pela execução de trabalho de natureza especial viço público municipal, será atribuída pelo Prefeito após a
com risco de vida e saúde; conclusão dos trabalhos, ou previamente, quando for o caso.
   
IV – pela participação em órgão de deliberação coletiva; Art. 201.  A gratificação pela prestação de trabalho com
  risco de vida ou saúde, será regulamentada através Decre-
V – pelo exercício de encargo de auxiliar ou de mem- to do Executivo.
bro de banca ou comissão de concurso;  
  Art. 202.  A gratificação prevista nos itens IV e V, do
VI – adicional por tempo de serviço. artigo 194, será fixada pelo Prefeito em cada caso.
   
Art. 195.  Terá direito à gratificação por serviço extraor- Art. 203.  O adicional por tempo de serviço, conferido ao
dinário o funcionário que for convocado para a prestação funcionário à razão de 5% (cinco por cento) no 1º (primeiro)
de trabalhos fora do horário normal de expediente a que qüinqüênio de serviço público municipal e depois 1% (hum
estiver sujeito. por cento) para cada ano de serviço, será sempre propor-
  cional aos vencimentos e acompanhar-lhes-á às oscilações.
Art. 196.  A gratificação pela prestação de serviços ex-  
traordinários será determinada pelo Diretor do Departa- § 1º  O funcionário fará jús à sexta-parte dos vencimen-
mento a que estiver subordinado o funcionário convocado. tos ao completar 20 (vinte) anos de serviço público muni-
  cipal de Araraquara, a qual será calculada sobre o venci-
§ 1º  A gratificação será paga por hora de trabalho mento somado ao adicional por tempo de serviço. (Reda-
prorrogado ou antecipado, na mesma razão percebida ção dada pela Lei Municipal nº 2.829, de 1.982)  (Vide Lei
pelo funcionário em cada hora de período normal, com um Municipal nº 3.679, de 1.989)
acréscimo de 20% (vinte por cento).  
  § 2º  Os adicionais, de que trata este artigo, incluindo
§ 2º  A prestação de serviço extraordinário não poderá a sexta-parte referida no parágrafo anterior, incorporar-se-
exceder a 2 (duas) horas diárias de trabalho. -ão aos vencimentos para todos os efeitos e será pagos
  juntamente com eles ou com a remuneração.
§ 3º  Em se tratando de serviço extraordinário noturno  
u aos domingos, feriados e dias em que não haja expedien- Art. 204.  Para a contagem do tempo de serviço, os
te assim entendido ou prestado no período compreendido prazos serão contados por dia corridos, excluindo-se todas
entre 18 e 6 horas, o valor de hora será acrescido de 25% as ausências, salvo férias, licença-prêmio, falta abonada,
(vinte e cinco por cento). acidente em serviço e licença à gestante.

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

 Art. 205.  O adicional por tempo de serviço será pago  X – residir no distrito onde exerce o cargo ou em loca-
juntamente com os vencimentos, a partir do mês seguinte lidade vizinha mediante autorização, se não houver incon-
em que o funcionário completar o período necessário. veniência para o serviço;
   
Art. 206.  O funcionário que exercer cumulativamente XI – zelar pela economia do material do Município e pela
cargos ou funções, terá direito aos adicionais de que trata conservação do que for confiado à sua guarda e utilização;
esta Secção, somente em relação ao cargo ou a função por  
que optar. XII – atender prontamente, com preferência sobre
  qualquer outro serviço:
Art. 207.  O ocupante de cargo em comissão fará jus aos  
adicionais previstos nesta Secção, calculados sobre o padrão a) as requisições para a defesa da Fazenda Pública;
de vencimento desse cargo, enquanto nele permanecer.  
  b) à expedição dar certidões requeridas para a defesa
Art. 208.  Ao funcionário no exercício de cargo em de direitos.
substituição aplica-se o disposto no artigo anterior.  
  XIII – apresentar relatórios ou resumos de suas ativida-
Art. 209.  Para efeito dos adicionais a que se refere esta des, nas hipóteses e prazos previstos em lei, regulamento
Secção, será computado o tempo de serviço na forma es- ou regimento;
tabelecida no artigo 95.  
  XIV – sugerir providências tendentes à melhoria e aper-
Livro III feiçoamento do serviço.
Do Regime Disciplinar  
  CAPÍTULO II
TÍTULO I Das Proibições
Dos Deveres, das Proibições e das Incompatibilidades  
  Art. 211.  Ao funcionário é proibido:
CAPÍTULO I  
Dos Deveres do Funcionário I – referir-se de modo depreciativo, pela imprensa, em
  informações, parecer ou despacho, às autoridades e atos da
Art. 210.  São deveres do funcionário: administração pública, podendo, porém, em trabalho assi-
  nado, aprecia-lo do ponto de vista doutrinário ou de orga-
I – comparecer à repartição nas horas de trabalho ordi- nização do serviço, com o fito de colaboração e cooperação.
nário e nas do trabalho extraordinário, quando devidamen-  
te convocado, executando os serviços que lhe competirem; II – retirar sem prévia autorização da autoridade com-
  petente qualquer documento ou objeto da repartição;
II – cumprir ordens superiores, representando quando  
forem manifestamente ilegais; III – atender a pessoas, na repartição, para tratar de
  assuntos particulares;
III – desempenhar com zelo e presteza os trabalhos  
que for incumbido; IV – promover manifestação de apreço ou despreço e
  fazer circular ou subscrever lista de donativos no recinto da
IV – tratar com urbanidade os companheiros de traba- repartição;
lho e as partes, atendendo-os sem preferências pessoais;  
  V – valar-se do cargo para lograr proveito pessoal;
V – providenciar para que esteja sempre em ordem no  
assentamento individual, sua declaração de família; VI – coagir ou aliciar subordinados com objetivos de
  natureza partidária;
VI – manter espírito de solidariedade e de colaboração  
com os companheiros de trabalho; VII – praticar a usura em qualquer de suas formas;
   
VII – apresentar-se convenientemente trajado em serviço; VIII – pleitear como procurador ou intermediário, junto
  às repartições públicas municipais, salvo quando se tratar
VIII – guardar sigilo sobre os assuntos de repartição e de percepção de vencimento ou vantagens de parentes até
sobre os despachos, decisões, providências; o 2º grau;
   
IX – representar o seu chefe imediato sobre todas as IX – incitar greves ou à elas aderir, ou praticar atos de
irregularidades de que tiver conhecimento, ocorridas na sabotagem contra o regime ou o serviço público;
repartição em que servir, ou às autoridades superiores, por  
intermédio do respectivo chefe, quando este não tomar em X – receber propina, comissões, presentes e vantagens
consideração sua representação; de qualquer espécie, em razão das atribuições;

89
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

 XI – empregar material do serviço público em serviço poderes públicos junto às mesmas, que tiverem conhecimen-
particular; to de que qualquer dos seus subordinados ou qualquer em-
  pregado da empresa sujeita à fiscalização está no gozo de
XII – cometer à pessoa estranha à repartição, fora dos acumulação proibida, farão a devida comunicação ao órgão
casos previstos em lei, o desempenho de encargo que lhe competente, para fins indicados no artigo anterior.
competir ou a seus subordinados;  
  TÍTULO II
Da Disciplina
XIII – exercer atribuições diversas das de seu cargo ou  
função, ressalvados os casos previstos em lei ou regulamento. CAPÍTULO I
  Da Responsabilidade
CAPÍTULO III  
Das Acumulações Remuneradas Art. 216.  Pelo exercício irregular de suas atribuições, o
  funcionário responderá civil, penal e administrativamente.
Art. 212.  É vedada a acumulação remunerada exceto:  
  Art. 217.  A responsabilidade civil decorre de procedi-
I – a de juiz e um cargo de professor; mento doloso ou culposo, que importe em prejuízo para a
  Fazenda Municipal ou para terceiros.
II – a de dois cargos de professor;  
  § 1º  O funcionário será obrigado a repor, de uma só
III – a de um cargo de professor com outro técnico ou vez, a importância do prejuízo causado à Fazenda Munici-
científico; pal, em virtude de alcance desfalque, remissão ou omissão
  em efetuar recolhimento ou entradas nos prazos legais.
IV – a de dois cargos privativos de médico.  
  § 2º  Nos demais casos, a indenização de prejuízos cau-
§ 1º  Em qualquer dos casos, a acumulação somente é sados à Fazenda Municipal poderá ser liquidado mediante
permitida quando haja correlação de matéria e compatibi- o desconto em folha, nunca excedente da 5ª (quinta) parte
lidade de horários. do vencimento ou remuneração, na falta de outros bens
  que respondam pela indenização.
§ 2º  A proibição de acumular se estende a cargos, fun-  
ções ou empregos em autarquias, empresas públicas e so- § 3º  Tratando-se de danos causados a terceiros, res-
ciedades de economia mista. ponderá o funcionário perante a Fazenda Municipal, em
  ação regressiva, proposta depois de transitar em julgado
§ 3º  A proibição de acumular proventos não se aplica a decisão de última instância que houver condenado a Fa-
aos aposentados, quanto ao exercício de mandato eletivo, zenda a indenizar o terceiro prejudicado.
cargo em comissão ou do contrato para prestação de ser-  
viços técnicos ou especializados. Art. 218.  A responsabilidade penal será apurada nos
  termos da legislação federal aplicável.
Art. 213.  Não se empreende na proibição de acumular,  
desde que tenha correspondência com a função principal, Art. 219.  O funcionário é administrativamente respon-
e percepção de vantagens relacionadas as gratificações. sável por seus atos e omissões, perante as autoridades que
  lhe forem hierarquicamente superiores.
Art. 214.  Verificado, mediante processo administrati-  
vo, que o funcionário está acumulando, fora das condições Parágrafo único.  A responsabilidade administrativa
previstas neste Capítulo, será ele demitido de todos os car- não exime o funcionário das responsabilidades civil e pe-
gos e funções e obrigado a restituir o que indevidamente nal, que couber, nem do pagamento da indenização a que
houver recebido. ficar obrigado.
 
  CAPÍTULO II
§ 1º  Provada a boa fé, o funcionário será mantido no Das Penalidades
cargo ou função que exercer a mais tempo.  
  Secção I
§ 2º  Em caso contrário o funcionário demitido ficará Das Penas e seus Efeitos
ainda inabilitado pelo prazo de 5 (cinco) anos, para o exer-  
cício de função ou cargo público, ou que sejam por este Art. 220.  São penas disciplinares:
mantidas ou administradas. I – advertência;
  II – repreensão;
Art. 215.  As autoridades civis e os chefes de serviço, bem III – multa;
como os Diretores ou responsáveis pelas entidades referidas IV – suspensão;
V – destituição de função;
no § 2º do artigo anterior e os fiscais ou representantes dos

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

VI – demissão; Art. 223.  O funcionário que, dentro de 5 (cinco) anos


VII – cassação da aposentadoria e da disponibilidade. contados da data da primeira condenação, for por três ve-
  zes condenado na pena de multa, ou duas vezes na sus-
Art. 221.  As penas previstas nos itens II e VII serão sem- pensão por período que, somados, excedam de 120 (cento
pre registradas no prontuário individual do funcionário. e vinte) dias, passará a ocupar o último lugar na escala de
  antiguidade para efeito de promoção.
Parágrafo único.  As anistias não implicam o cance-  
lamento do registro de qualquer penalidade, que servirá Art. 224.  Não pode ser aplicada a cada funcionário,
para apreciação da conduta do funcionário, mas neles se pela mesma infração, mais de uma pena disciplinar.
averbará que, em virtude de anistia, a pena deixou de pro-  
duzir os efeitos legais. Parágrafo único.  A infração mais grave absorve as mais
  leves.
Art. 222.  As penas disciplinares terão somente os efei-  
tos declarados em lei. Secção II
  Da aplicação das Penas
Parágrafo único.  Os efeitos das penas estabelecidas  
neste Estatuto são as seguintes: Art. 225.  Na aplicação das penas disciplinares, serão
  consideradas a natureza e a gravidade da infração e os da-
I – a pena de multa implica a perda, para efeito de an- nos que dela provierem para o serviço público municipal.
tiguidade, de tantos dias quantos aqueles que correspon-  
derem os vencimentos perdidos; Art. 226.  A pena de advertência será aplicada verbal-
  mente em casos de natureza leve de serviço e sempre no
II – a pena de suspensão implica: intuito de aperfeiçoamento profissional do funcionário.
   
a) na perda dos vencimentos ou da remuneração du- Art. 227.  A pena de repreensão será aplicada por escri-
rante o período da suspensão; to, nos casos seguintes:
   
b) na perda, para efeito de antiguidade, de tantos dias I – reincidências das infrações sujeitas à pena de ad-
quantos tenham durado a suspensão; vertência;
   
c) na impossibilidade de promoção no semestre abran- II – de desobediência e falta de suprimento dos deve-
gido pela suspensão; res previstos nos incisos VII a XIII do artigo 210.
   
d) na perda de licença-prêmio na forma prevista neste Art. 228.  A pena de suspensão, que não excederá de
Estatuto; 90 (noventa) dias, será aplicada:
   
e) na perda do direito à licença para tratar de assunto I – até 30 (trinta) dias, ao funcionário que, sem justa
particular no período de um ano a contar da expedição da causa, deixar de se submeter a exame médico determinado
suspensão; por autoridade competente;
   
III – a pena de demissão simples importa: II – nos casos de falta grave, ou reincidência de infração
  a que foi aplicada a pena de repreensão.
a) na exclusão do funcionário dos quadros do serviço  
municipal; Parágrafo único.  Quando houver a conveniência para
  o serviço, a pena de suspensão poderá ser convertida em
b) na impossibilidade de reingresso do demitido ao multa até 50% (cincoenta por cento) por dia do vencimen-
serviço público municipal, antes de decorridos dois anos to ou remuneração, obrigado, neste caso, o funcionário a
de aplicação da pena. permanecer em serviço.
   
IV – a pena de demissão qualificada com a nota “a bem Art. 229.  A pena de demissão será aplicada nos casos de:
do serviço público”, importa na exclusão do funcionário e  
impossibilidade definitiva de seu reingresso nos quadros I – crime contra a administração pública;
do serviço público municipal;  
  II – abandono do cargo ou falta de assiduidade;
V – a cassação da aposentadoria e da disponibilidade  
importa desligamento do funcionário aposentado ou em III – incontinência pública, conduta escandalosa e em-
disponibilidade do serviço público sem direito a qualquer briagues habitual;
provento.  
  IV – insubordinação grave em serviço;

91
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

 V – ofensa física em serviço contra funcionário ou par-  § 2º  São circunstâncias agravantes da infração disci-
ticular, salvo em legítima defesa; plinar, em especial:
   
VI – aplicação irregular dos dinheiros públicos; I – a combinação com outros indivíduos para a prática
  da falta;
VII – lesão aos cofres públicos e dilapidação do patri-  
mônio municipal; II – o fato de ser cometida durante o cumprimento da
  pena disciplinar;
VIII – corrupção passiva nos termos da lei penal;  
  III – a acumulação de infrações;
IX – transgressão de qualquer dos itens dos artigos 211  
e 212, deste Estatuto. IV – a reincidência.
   
§ 1º  Considera-se abandono de cargo, a ausência do § 3º  A acumulação dá-se quando duas ou mais infra-
serviço, sem justa causa, por mais de 30 (trinta) dias úteis ções são cometidas na mesma ocasião, ou quando uma é
consecutivos. cometida antes de ter sido punida a anterior.
   
§ 2º  Considera-se falta de assiduidade, para os fins § 4º  A reincidência dá se quando a infração é cometi-
deste artigo a falta do serviço, durante o período de 12 da antes de passado 1 (um) ano sobre o dia em que tiver
(doze) meses, por mais de 60 (sessenta) dias interpelada- findado o cumprimento da pena imposta em conseqüência
mente, sem justa causa. da infração anterior.
   
Art. 230.  O ato de demissão mencionará sempre a cau- Art. 233.  Prescreverá em 2 (dois) anos, as faltas sujeitas
sa da penalidade e seu fundamento legal. à repreensão, multa ou suspensão e em 4 (quatro) anos, as
  faltas sujeitas a pena de demissão, respeitado o disposto
Parágrafo único.  Atenta à gravidade da infração, a de- no parágrafo único deste artigo, e a cassação de aposenta-
missão poderá ser aplicada com a nota “a bem do serviço doria ou de disponibilidade.
público”.  
  Parágrafo único.  A falta também prevista na lei penal
Art. 231.  Será cassada a aposentadoria e a disponibili- como crime, prescreverá juntamente com eles.
dade se ficar provado que o inativo:  
  Secção III
I – praticou falta grave no exercício do cargo; Da Competência Disciplinar
   
II – aceitou ilegalmente cargo ou função pública; Art. 234.  A aplicação das penas de advertência e re-
  preensão é de competência de todas as autoridades admi-
III – aceitou representação de Estado estrangeiro, sem nistrativas em relação a seus subordinados.
prévia autorização do Presidente da República;  
  Art. 235.  Além do disposto no artigo anterior, são
IV – praticou usura em qualquer de suas formas. competentes para a aplicação das penas disciplinares:
   
Parágrafo único.  Será igualmente cassada a disponi- I – o Prefeito Municipal nos casos de demissão, cas-
bilidade do funcionário que não assumir, no prazo legal, o sação da aposentadoria e da disponibilidade, multa e sus-
exercício do cargo em que for aproveitado. pensão por mais de 30 (trinta) dias;
   
Art. 232.  Para efeito de graduação das penas discipli- II – os Diretores de Departamento, nos demais casos.
nares, serão sempre tomadas em conta todas as circuns-  
tâncias em que a infração tiver sido cometida e as respon- § 1º  Os superiores hierárquicos são sempre competen-
sabilidades do cargo ocupado pelo infrator. tes para aplicar penas de competência de seus inferiores.
   
§ 1º  São circunstâncias atenuantes da infração discipli- § 2º  Nenhum superior poderá delegar a subordinado
nar, em especial: a sua competência para punir.
   
I – o bom desempenho anterior dos deveres profissionais; CAPÍTULO III
  Da Prisão Administrativa e da Suspensão Preventiva
II – a confissão espontânea da infração;  
  Art. 236.  Cabe ao Prefeito ordenar a prisão adminis-
III – a prestação de serviços considerados relevantes trativa de qualquer responsável pelos valores e dinheiros
por lei; pertencentes à Fazenda Municipal, ou que se acharem sob
  a guarda desta, nos casos de alcance ou omissão em efe-
IV – a provação injusta de superior hierárquico. tuar as entradas nos devidos prazos.

92
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

  § 1º  O Prefeito comunicará o fato imediatamente à Art. 242.  O processo das sindicâncias será sumário,
autoridade judicial competente para os devidos efeitos e feitas as diligências necessárias à apuração das irregulari-
providenciará no sentido de ser realizado, com urgência, o dades e ouvido, o sindicato e todas as pessoas envolvidas
processo de tomada de contas. nos fatos bem como peritos e técnicos necessários aos es-
  clarecimentos de questões especializadas.
§ 2º  A prisão administrativa não poderá exceder a 90  
(noventa) dias. Parágrafo único.  Terminada a instrução da sindicância,
  a autoridade sindicante apresentará relatório circunstan-
Art. 237.  A suspensão preventiva, até 30 (trinta) dias ciado do que foi apurado, sugerindo o que julgar cabível
prorrogáveis por mais 30 (trinta) dias, poderá ser ordenada ao saneamento das irregularidades e punição dos culpados
pelo Prefeito Municipal em despacho motivado, desde que ou a abertura de processo administrativo se forem apura-
o afastamento do funcionário seja necessário para que este das infrações puníveis com as penas de demissão, cassação
não venha dificultar a apuração da falta cometida. de aposentadoria ou de disponibilidade.
   
Art. 238.  Durante o período de prisão administrativa CAPÍTULO II
ou de suspensão preventiva, o funcionário perceberá 1/3 Do Processo Administrativo
(um terço) do vencimento ou remuneração.  
  Secção I
Art. 239.  O funcionário terá direito: Disposições Gerais
   
I – à contagem de tempo de serviço e diferença de ven- Art. 243.  As penas de demissão de funcionário, de cas-
cimento relativa ao período em que tenha estado preso ou sação de aposentadoria ou de disponibilidade só poderão
suspenso, quando o processo não houver resultado pena ser aplicadas em processo administrativo, em que se asse-
disciplinar, ou esta se limitar à repreensão; gure plena defesa ao processado.
   
II – à contagem do período de afastamento que exce- Art. 244.  São competentes para a instauração do pro-
der do prazo da suspensão disciplinar aplicada; cesso administrativo o Prefeito e os Diretores de Departa-
  mento.
III – à contagem do período de prisão administrativa ou  
suspensão preventiva e ao pagamento do vencimento ou Secção II
remuneração e de todas as vantagens do cargo, desde que Da Instauração do Processo administrativo
reconhecida a sua inocência.  
  Art. 245.  O processo administrativo será instaurado pela
TÍTULO III autoridade competente (artigo 240) mediante Portaria, em
Do Processo Disciplinar e sua Revisão que especifique o seu objeto a autoridade processante.
   
CAPÍTULO I
Art. 246.  O processo administrativo será realizado por
Das Sindicâncias
uma Comissão composta de 3 (três) funcionários na forma
 
do artigo anterior.
Art. 240.  A autoridade que tiver ciência ou notícia de
 
irregularidades no serviço público municipal é obrigada a
§ 1º  A autoridade competente, no ato da designação
determinar sua apuração imediata por meio de sindicância
da Comissão Processante, indicará um dos funcionários
administrativa.
  para, como seu Presidente, dirigir-lhe os trabalhos.
Parágrafo único.  A autoridade que determinar a ins-  
tauração de sindicância, fixará o prazo nunca inferior a 30 § 2º  O presidente da Comissão designará um funcio-
(trinta) dias para a sua conclusão, prorrogáveis até o máxi- nário para secretariá-la, que poderá ser um dos membros
mo de 15 (quinze) dias à vista de representação motivada da Comissão.
do sindicante.  
  Art. 247.  A autoridade processante, sempre que neces-
Art. 241.  As sindicâncias serão abertas por Portaria, em sário, dedicará todo o tempo aos trabalhos do processo, fi-
que se indiquem seu objeto e um funcionário ou comissão cando seus membros, em tal caso dispensado dos serviços
de 3 (três) funcionários para realizá-las. na repartição, durante o curso das diligências e elaboração
  do relatório.
§ 1º  Quando a sindicância houver de ser realizada por  
apenas um sindicante, este designará outro funcionário Art. 248.  O prazo para a realização do processo ad-
para secretariar os trabalhos, mediante a aprovação do su- ministrativo será de 30 (trinta) dias, prorrogáveis por mais
perior hierárquico do sindicato. 30 (trinta) dias, mediante autorização da autoridade que
  determinou a sua instauração, e nos casos de força maior.

93
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

 § 1º  A autoridade processante, imediatamente após  § 2º  No caso de revelia, a autoridade processante,
receber o expediente de sua designação, dará início ao designará, de ofício, um funcionário ou advogado que se
processo, determinado a citação pessoal do indicado, a incumba da defesa do indiciado revel.
fim de que possa acompanhar todas as fases do processo,  
marcando dia para a tomada de seu depoimento. Art. 254.  Tomado o depoimento do indiciado, nos ter-
  mos do § 1º do art. 251, terá ele vista do processo na repar-
§ 2º  Achando-se indiciado em lugar incerto, será cita- tição pelo prazo de 5 (cinco) dias, para preparar sua defe-
do por Edital com prazo de 15 (quinze) dias. sa prévia e requerer provas que deseje produzir. Havendo
  dois ou mais indiciados o prazo será comum e de 10 (dez)
§ 3º  Se o fundamento do processo for o abandono dias, após o depoimento do último deles.
do cargo ou função, a autoridade processante fará divulgar  
edital de chamamento pelo prazo de 15 (quinze) dias. Art. 255.  Encerrada a instrução do processo, a auto-
  ridade processante abrirá vista dos autos ao indiciado ou
Art. 249.  A autoridade processante procederá a todas
seu defensor, para, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentar
as diligências necessárias ao esclarecimento dos fatos, re-
suas razões de defesa final.
correndo, quando preciso for a técnicos ou peritos.
 
 
Art. 250.  Não poderá ser encarregado de proceder a Parágrafo único.  A vista dos autos será dada na repar-
sindicância nem fazer parte da Comissão Processante, mes- tição, onde estiver funcionando a autoridade processante
mo como Secretário desta, parente, consangüíneo ou afim, e sempre na presença de um funcionário devidamente au-
em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, do torizado.
denunciante ou indiciado, bem como o subordinado deste.  
  Secção IV
Parágrafo único.  Ao funcionário designado incumbirá Da Decisão do Processo Administrativo
comunicar, desde logo, à autoridade competente, o impe-  
dimento que houver, de acordo com este artigo. Art. 256.  Apresentada a defesa final do indiciado, a
  autoridade processante apreciará todos os elementos do
Art. 251.  Dos atos, diligências, depoimentos e as infor- processo, apresentando o seu relatório, no qual proporá,
mações técnicas ou periciais serão reduzido a termo nos justificadamente, a absolvição ou a punição do indiciado,
autos do processo. indicando, nesta última hipótese, a pena cabível e seu fun-
  damento legal.
§ 1º  Dispensar-se-á o termo, no caso de informações  
técnicas ou de perícia, se constar de laudo junto aos autos. Parágrafo único.  O relatório e todos os elementos
  dos autos serão remetidos à autoridade que determinou a
§ 2º  Os depoimentos testemunhais serão tomados em abertura do processo no prazo de 10 (dez) dias, a contar da
audiência, sempre que possível, na presença do indiciado data da apresentação da defesa final.
e de seu defensor, para tanto devidamente cientificados.  
  Art. 257.  A autoridade processante ficará à disposição
§ 3º  É facultado ao indiciado ou a seu defensor reper- da autoridade competente, até a decisão final do processo
guntar às testemunhas, por intermédio do Presidente, que para prestar qualquer esclarecimento julgado necessário.
poderá indeferir as reperguntas que não tiverem conexão  
com a falta, consignando-se no termo as reperguntas in- Art. 258.  Recebidos os elementos previstos no pará-
deferidas. grafo único do artigo 256, a autoridade que determinou a
  abertura do processo, apreciará as conclusões da autori-
§ 4º  Quando a diligência requerer sigilo em defesa do dade processante, tomando as seguintes providências no
interesse público, dela só se dará ciência ao indiciado de- prazo máximo de 5 (cinco) dias.
pois de realizada.
 
 
I – se discordar das conclusões do relatório, designará
Art. 252.  Se as irregularidades objeto do processo ad-
ministrativo constituírem crime, a autoridade processante outra comissão ou autoridade para reexaminar o processo,
encaminhará cópia das peças necessárias ao órgão compe- e, no prazo máximo de 5 (cinco) dias, propor o que enten-
tente para a instauração do inquérito policial. der cabível, ratificando ou não o relatório;
   
Secção III II – se acolher as conclusões do relatório da autoridade
Da Defesa do Indiciado processante, no prazo máximo de 5 (cinco) dias:
   
Art. 253.  A autoridade processante assegurará ao in- a) aplicará a pena proposta se for competente;
diciado todos os meios indispensáveis à sua plena defesa.  
  b) remeterá o processo ao Prefeito, com sua manifes-
§ 1º  O indiciado poderá constituir procurador para tra- tação, para aplicação da pena sugerida quando esta for de
tar de sua defesa. competência desta autoridade.

94
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

 Art. 259.  O Prefeito deverá proferir a decisão no prazo Livro IV


de 10 (dez) dias, prorrogáveis por mais 5 (cinco). Dos Funcionários da Câmara Municipal, do De-
partamento Autônomo de Água e Esgotos e do Pessoal
  Temporário.
§ 1º  Se o processo não for decidido no prazo deste  
artigo, o indiciado reassumirá automaticamente o exercício CAPÍTULO I
do cargo aguardando aí o julgamento. Dos Funcionários da Câmara Municipal, do Depar-
  tamento Autônomo de Água e Esgoto
§ 2º  No caso de alcance ou malversação de dinheiro  
público apurados nos autos, o afastamento se prolongará Art. 268.  As disposições deste Estatuto aplicam-se aos
funcionários da Câmara Municipal e do Departamento Au-
até a decisão final do processo administrativo.
tônomo de Água e Esgotos, com as modificações previstas
 
neste Capítulo.
Art. 260.  Da decisão final do processo, são admitidos
 
os recursos a pedidos da reconsideração previstos neste
Art. 269.  Compete ao Presidente da Câmara Municipal:
Estatuto.  
  I – Os atos de provimento dos cargos públicos da Câ-
Art. 261.  O funcionário só poderá ser exonerado a pe- mara Municipal e os de exoneração de seus funcionários;
dido, após a conclusão definitiva do processo administra-  
tivo a que estiver respondendo e desde que reconhecida II – A determinação de abertura de sindicância ou de
sua inocência. processo administrativo, visando a apurar irregularidades
  verificadas no serviço administrativo da Câmara;
Art. 262.  A decisão definitiva proferida em processo  
administrativo, só poderá ser alterada através do processo III – A aplicação a seus servidores, das penas previstas
de revisão. neste Estatuto;
   
CAPÍTULO III IV – A decisão do processo de revisão.
Da Revisão do Processo Disciplinar  
  Art. 270.  Sem prejuízo da competência do Presiden-
Art. 263.  A qualquer tempo poderá ser requerida a re- te da Câmara Municipal, cabe ao Diretor Geral, ou órgão
visão da sindicância ou do processo administrativo de que equivalente à aplicação das penas de advertência e de sus-
resultou a pena disciplinar, quando se aduzirem fatos ou pensão até 30 (trinta) dias, fora de sindicância ou de pro-
circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do re- cesso administrativo.
querente.  
  Parágrafo único.  Compete ao Diretor do Departamen-
§ 1º  A revisão só poderá ser requerida pelo funcionário to Autônomo de Água e Esgotos, as disposições contidas
punido, salvo o disposto no parágrafo seguinte. nos itens I, II, III e IV do artigo 269, com relação aos seus
  funcionários.
§ 2º  Tratando-se de funcionário falecido ou desapare-  
cido, a revisão poderá ser requerida por qualquer pessoa CAPÍTULO II
constante do seu assentamento individual. Do Pessoal Temporário
   
Art. 264.  Correrá a revisão em apenso aos autos do Art. 271.  O pessoal temporário será admitido ou con-
tratado no regime da Consolidação das Leis do Trabalho e
processo originário.
Legislação Suplementar, observados os princípios estabe-
 
lecidos neste capítulo.
Parágrafo único.  Não constitui fundamento para a re-
 
visão a simples alegação de injustiça da penalidade.
Parágrafo único.  São as seguintes as categorias de
  pessoal temporário do Município:
Art. 265.  Na inicial, o requerente pedirá dia e hora para  
inquirição das testemunhas que arrolar. I – pessoal contratado para obras;
   
Art. 266.  Concluindo o encargo da Comissão Revisora, II – pessoal contratado para funções de natureza técni-
em prazo que não excederá de 30 (trinta) será o processo, ca ou especializada;
com o respectivo relatório, encaminhado ao Prefeito, que o  
julgará no prazo de 30 (trinta) dias. III – pessoal contratado para o exercício de função de
  cargo público.
Art. 267.  Julgada procedente a revisão, tornar-se-á  
sem efeito a penalidade imposta, restabelecendo-se todos Art. 272.  A contratação do pessoal previsto no artigo
os direitos por ela atingidos. anterior, nos órgãos da administração municipal centraliza-
  da ou descentralizada, far-se-á observado o seguinte:

95
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

 I – as contratações devem ser precedidas de justifica-  Parágrafo único.  Os direitos e vantagens e o regime
tiva, com a indicação expressa de sua efetiva necessidade disciplinar aplicáveis ao pessoal contratado nos termos do
e dos recursos orçamentários para a respectiva despesa; presente capítulo são aqueles previstos na legislação tra-
  balhista.
II – Os contratos serão feitos por escrito, por prazo  
determinado, não superior a 2 (dois) anos, ou por tempo Art. 274.  O contratado será responsabilizado civilmen-
indeterminado; te pelos danos causados, por culpa ou dolo, a administra-
  ção municipal, bem como criminalmente nos termos do art.
III – os salários serão fixados, sempre que possível, em ní- 327 do Código Penal.
veis correspondentes aos estabelecidos para funções seme-  
lhantes no quadro do funcionalismo público municipal, não Art. 275.  São nulos e de nenhum efeito os contratos
podendo ser inferiores ao salário mínimo vigente na Região; feitos em desacordo com as normas deste capítulo.
   
IV – quando se tratar de pessoal especializado ou técnico Das Disposições Finais
é obrigatória a apresentação da carteira profissional, “curri-  
culum vitae”, títulos e indicação de experiência profissional; Art. 276.  O dia 23 de outubro será consagrado ao fun-
  cionário público municipal.
V – As contratações deverão ser feitas obrigatoriamen-  
te no regime do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço; Art. 277.  Contar-se-ão por dias corridos os prazos pre-
  vistos neste Estatuto.
VI – sempre que possível, e dependendo dos serviços a  
serem efetuados ou se o contato não tiver prazo certo de Parágrafo único.  Na contagem dos prazos, salvo dis-
duração, deverá ser estipulado período experimental cor- posições em contrário, excluir-se-á o dia do começo e in-
respondente aos primeiros 90 (noventa) dias; cluir-se-á o dia do vencimento. Se esse dia cair em sábado,
 
domingo, feriado ou ponto facultativo, o prazo considerar-
VII – os encargos previdenciários serão obrigatoria-
-se-á prorrogado até o primeiro dia útil.
mente recolhidos em estabelecimentos de crédito;
 
 
Art. 278.  São isentos de quaisquer pagamentos ou
VIII – o seguro de acidente será feito, obrigatoriamen-
requerimentos, certidões e outros papéis que, na ordem
te, na carteira própria do Instituto Nacional de Previdência
administrativa, interessem ao servidor público municipal,
Social (INPS);
ativo ou inativo.
 
IX – As prorrogações de contratos serão feitas por sim-  
ples aditamento no próprio instrumento do contrato, dis- Art. 279.  Por motivo de convicção filosófica, religio-
pensando-se as exigências iniciais; sa ou política, nenhum funcionário poderá ser privado de
  qualquer de seus direitos, nem sofrer alteração em sua ati-
X – para todas as contratações, serão exigidas idade vidade funcional.
mínima de 18 anos e apresentação de atestado médico de  
sanidade e abreugrafia fornecido por entidades oficiais ou Art. 280.  Nenhum funcionário poderá ser transferido
que forem indicadas pela Prefeitura; de ofício, no período de seis (6) meses anterior e no de 3
  (três) meses posterior às eleições.
XI – o servidor contrato não poderá ser comissionado  
em qualquer outro setor da administração. Art. 281.  É vedada a transferência ou remoção de ofí-
  cio do funcionário investido em cargo eletivo, desde a ex-
§ 1º  Observada rigorosa ordem de classificação e feitas pedição do diploma até o término do mandato.
as contratações, perderá a prova de seleção a sua validade,  
não assistindo qualquer direito a eventual contratação fu- Art. 282.  Continuam em vigor as disposições das Leis
tura para os demais candidatos aprovados. Municipais nºs 173, de 29 de abril de 1.952 e 959 de 18 de
  maio de 1.961.
§ 2º  Não se aplicam as disposições deste artigo à con-  
tratação de pessoal para obras, assim entendidos os que Art. 283.  Ficam revogadas as disposições em contrá-
irão executar trabalhos braçais. rio, especialmente as das Leis Municipais nºS 121, de 3 de
  setembro de 1.947; 143, de 21 de junho de 1.951; 168, de
Art. 273.  Não se aplica a partir da promulgação desta 9 de abril de 1.952; 182, de 13 de junho de 1.952; 274, de
lei, aos admitidos ou contratados no regime da Consolida- 25 de abril de 1.953; 284, de 15 de junho de 1.953; 395, de
ção das Leis do Trabalho e Legislação Suplementar, qual- 14 de abril de 1.955; 799, de 4 de agosto de 1.960; 803, de
quer, dispositivo deste Estatuto referente a vencimentos ou 09/04/1.960, 853, de 25/08/1.960, 846, de 04/08/1.960, 855,
salários, férias, honorário, afastamentos, licenças, licença- de 25 de agosto de 1.960;  860, de 29 de agosto de
-prêmio, adicional por tempo de serviço e outros direitos e 1.960; 862, de 29 de agosto de 1.960; 907, de 7 de dezem-
vantagens nem o regime disciplinar. bro de 1.960; 911, de 21 de janeiro de 1.961; 920, de 1 de

96
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

março de 1.961; 993, de 18 de agosto de 1.961; 1.000, de 21 SEÇÃO I


de agosto de .1961; 1.021, de 29 de agosto de 1.961; 1.024, DA ESTRUTURA INSTITUCIONAL DA CÂMARA
de 30 de agosto de 1.961;  1.029, de 31 de agosto de MUNICIPAL
1.961; 1.030, de 31 de agosto de 1.961; 1.045, de 6 de se-
tembro de 1.961; 1.046, de 8 de setembro de 1.961; 1.053, Art. 4º A Câmara Municipal é representada pela sua
de 26 de setembro de 1.961; 1.055, de 14 de outubro de Presidência, à qual se sujeitam as seguintes unidades ad-
1.961; 1.098, de 11 de abril de 1.962; 1.105, de 16 de maio ministrativas:
de 1.962; 1.121, de 7 de julho de 1.962; 1.122, de 7 de ju- I – Assessoria da Presidência;
lho de 1.962;  1.142, de 19 de setembro de 1.962;  1.150, II – Controladoria;
de 29 de setembro de 1.962;  1.157, de 3 de outubro de III – Gabinete da Presidência;
1.962; 1.159, de 3 de outubro de 1.962; 1.208, de 8 de abril IV – Ouvidoria.
de 1.963; 1.259, de 23 de agosto de 1.963; 1.292, de 29 de § 1º Compete à Assessoria da Presidência:
novembro de 1.963; 1.428, de 4 de fevereiro de 1.965; 1.434, I – auxiliar na supervisão quanto ao cumprimento das
de 15 de fevereiro de 1.965; 1.714, de 17 de setembro de metas institucionais pela Câmara Municipal de Araraquara,
1.969 e 1.832, de 3 de dezembro de 1.971. promovendo estudos e produzindo relatórios de atuação,
  inclusive quanto aos requisitos do Sistema de Gestão de
Art. 284.  Este Estatuto entrará em vigor na data de sua Qualidade;
publicação. II – organizar a agenda e o cotidiano da Presidência,
especialmente quanto a suas atividades como represen-
(http://www.camara-arq.sp.gov.br/Siave/docu- tante institucional do Poder Legislativo Municipal;
mento?sigla=lo&numero=1939&c=true) III – promover a comunicação institucional da Casa, ou
seja, processos correlacionados à interlocução e represen-
tação da Câmara junto a outros órgãos, Poderes ou entes
federativos, bem como perante a sociedade civil;
RESOLUÇÃO 437/2018. IV – promover assessoramento de nível superior à Pre-
sidência da Câmara, auxiliando-a na coordenação das ativi-
dades da Câmara Municipal e na implementação da agen-
da institucional do órgão legislativo.
§ 2º Compete à Controladoria:
RESOLUÇÃO NÚMERO 437
I – apoiar o Controle Externo no exercício de sua mis-
De 16 de janeiro de 2018
são constitucional;
Iniciativa: MESA DA CÂMARA MUNICIPAL DE ARA- II – avaliar o cumprimento da execução dos programas
RAQUARA de investimentos e do orçamento da Câmara Municipal;
III – controlar a legalidade e avaliar os resultados quan-
Regulamenta a organização administrativa da Câmara to à eficácia da gestão orçamentária, financeira e patrimo-
Municipal de Araraquara. nial da Câmara;
IV – elaborar e submeter ao Presidente estudos, pro-
O PRESIDENTE deste Legislativo, usando da atribuição postas de diretrizes, programas e ações que objetivam a ra-
que lhe é conferida pela alínea g do inciso II do artigo 32 cionalização da execução da despesa e o aperfeiçoamento
do Regimento Interno da Câmara Municipal de Araraquara, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial;
anexo à Resolução nº 399, de 14 de novembro de 2012, e V – exercer o controle das operações de crédito, dos
de acordo com o que aprovou o plenário em sessão ordi- avais e garantias, bem como dos direitos e dos deveres da
nária de 16 de janeiro de 2018, promulga a seguinte Câmara;
VI – fomentar a organização, atualização e disponibi-
RESOLUÇÃO lização, aos interessados, de todos os atos administrativos
da Câmara;
Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre a organização ad- VII – supervisionar e executar a programação trimestral
ministrativa da Câmara Municipal de Araraquara, nos ter- de auditoria contábil, financeira, orçamentária e patrimo-
mos disciplinados pela Lei Municipal nº 9.152, de 06 de nial nas unidades administrativas da Câmara;
dezembro de 2017. VIII – zelar e acompanhar o cumprimento de prazos
administrativos;
Art. 2º A estrutura administrativa da Câmara Municipal é IX – zelar e acompanhar os processos e procedimentos
organizada à luz dos princípios da legalidade, impessoalida- junto ao Tribunal de Contas.
de, moralidade, publicidade e eficiência, visando a garantir § 3º Compete ao Gabinete da Presidência:
a prestação de serviços públicos de qualidade ao cidadão. I – agendar e organizar reuniões, audiências e outros
Art. 3º A Câmara Municipal de Araraquara organiza sua compromissos do titular, providenciando a pauta e os con-
estrutura administrativa em conformidade com as seguin- vites aos participantes;
tes dimensões de funcionamento: II – atender e prestar esclarecimentos aos que os pro-
I – Estrutura administrativo-institucional da Câmara curam;
Municipal; III – auxiliar o parlamentar nas matérias legislativas de
II – Estrutura Político-Parlamentar. seu interesse;

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

IV – efetuar o controle das pautas das sessões e de V – fornecer à imprensa informações sobre as ativida-
proposições legislativas de interesse deste; des e matérias que tramitam na Câmara;
V – elaborar e expedir correspondências próprias; VI – organizar o calendário de eventos da Câmara e a
VI – manter arquivo das correspondências recebidas e reserva de dependências da Câmara;
expedidas e de outros documentos de interesse deste; VII – planejar e coordenar a produção e a edição de
VII – executar outras tarefas determinadas pelo titular e publicações e programas na mídia;
inerentes às atribuições deste. VIII – programar e organizar visitas oficiais, bem como
§ 4º Compete à Ouvidoria: recepcionar autoridades e visitantes;
I – encaminhar à Mesa Diretora denúncias que entenda IX – promover a cobertura das atividades da Câmara
carecedoras de investigação mais complexa ou de compe- para divulgação;
tência da Câmara; X – promover a política de comunicação institucional
II – receber e recolher, em cada unidade administrati- da Câmara;
va da Câmara, as sugestões, reclamações ou representa- XI – promover as atividades de comunicação necessá-
ções recebidas que digam respeito ao funcionamento ou rias a integrar a Câmara à comunidade do Município;
eficiência dos serviços da Câmara, tanto aqueles afetos à XII – elaborar, manter e atualizar o cadastro de corres-
competência dos seus servidores quanto à dos vereadores; pondentes da Câmara Municipal;
III – receber e se manifestar ou encaminhar para mani- XIII – coordenar e supervisionar as requisições para
festação pelo setor competente da Câmara quaisquer ou- aquisição de bens e serviços que guardem pertinência te-
tros assuntos julgados de interesse do cidadão inerentes às mática às suas funções e às funções das unidades que lhe
atribuições da Câmara Municipal; são subordinadas;
IV – verificar a legalidade de atos ou abuso de poder, XIV – fiscalizar a fiel execução dos contratos decorren-
dando andamento às providências a serem adotadas. tes da aquisição de bens e serviços que ela ou suas unida-
des subordinadas requisitarem.
SEÇÃO II § 1º Compete à Gerência de Eventos e Cerimonial:
DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DA CÂMARA I – conduzir a representação presidencial, observando
MUNICIPAL as normas de segurança, protocolo e cerimonial;
II – programar e organizar visitas oficiais, bem como
Art. 5º A estrutura administrativa da Câmara Munici- recepcionar autoridades e visitantes;
pal de Araraquara, voltada ao desempenho de serviços III – promover as atividades do Cerimonial nas soleni-
administrativos e suporte técnico do processo legislativo, dades e eventos promovidos pela Câmara;
é constituída pelos seguintes órgãos, subordinados à Pre- IV – organizar o calendário de eventos da Câmara e a
sidência da Câmara: reserva de dependências da Câmara;
§ 1º Diretoria de Comunicação Social, integrada por: V – executar a realização de eventos, gerenciando es-
I – Gerência de Eventos e Cerimonial; paços e equipes necessários à sua realização;
II – Gerência de Imprensa e TV Câmara. VI – executar outras atividades correlatas.
§ 2º Escola do Legislativo, assessorada por unidade de § 2º Compete à Gerência de Imprensa e TV Câmara:
Assistência Técnica. I – executar as atividades afetas à produção de material
§ 3º Procuradoria; gráfico de apoio a eventos e campanhas da Câmara;
§ 4º Secretaria Geral, assessorada por unidade de As- II – executar atividades concernentes à TV Câmara;
sistência Técnica e integrada por: III – planejar e executar ações de comunicação em mí-
I – Diretoria de Finanças; dias digitais, assessorando as demais unidades da Câmara
II – Diretoria de Suporte Administrativo, composta por: na utilização desses recursos;
a) Gerência de Gestão de Compras e Materiais. IV – auxiliar na disponibilização e produção de infor-
b) Gerência de Gestão de Informação; mações sobre as atividades e matérias que tramitam na
c) Gerência de Gestão de Patrimônio e Serviços; Câmara;
d) Gerência de Gestão de Pessoal; V – executar a produção e a edição de publicações e
III – Diretoria Legislativa, composta por: programas na mídia;
a) Gerência de Consultoria Legislativa; VI – promover a cobertura das atividades da Câmara
b) Gerência de Expediente Legislativo. para divulgação;
IV – Gerência de Tecnologia da Informação e; VII – editar boletins internos e para divulgação externa;
V – Gerência de Transportes. VIII – executar outras atividades correlatas.

Art. 6º Compete à Diretoria de Comunicação Social: Art. 7º Compete à Escola do Legislativo:


I – coordenar a produção de material gráfico de apoio I – contribuir para a divulgação da finalidade institucio-
a eventos e campanhas institucionais; nal do Poder Legislativo Municipal e contribuir na identifi-
II – coordenar e executar as atividades da TV Câmara; cação de demandas a serem atendidas pelos edis;
III – definir a operacionalização dos sistemas de infor- II – incentivar a pesquisa técnico-acadêmica voltada
mações digitais para os públicos interno e externo; à Câmara Municipal em parceria com outras instituições
IV – desempenhar serviço de cerimonial; de ensino;

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

III – manter contatos permanentes com associações de d) praticar quaisquer atos junto aos Órgãos do Judi-
classe, sindicatos e organizações populares, por meio da ciário e do Ministério Público, na defesa dos interesses da
realização de pesquisas, verificando suas reivindicações e Câmara;
sugestões para subsidiar a atuação da Câmara Municipal e) representar a Câmara, em juízo ou fora dele, na de-
de Araraquara; fesa de seus direitos e interesses;
IV – organizar eventos, seminários e encontros peda- III – prestar serviço de consultoria jurídica afeta às ati-
gógicos e educacionais; vidade-meio da Câmara.
V – projetar programas pedagógicos, cursos e pales-
tras, fomentando a formação e qualificação de entes polí- Art. 9º Compete à Secretaria-Geral:
ticos e comunitários; I – auxiliar a Mesa Diretora na gestão administrativa da
VI – propor convênios e parcerias com programas es- Câmara Municipal, supervisionando o funcionamento das
taduais e federais de divulgação das atividades legislativas unidades que lhe são direta e imediatamente subordinadas;
e de capacitação comunitária e social; II – coordenar estudos, com o auxílio das unidades que
VII – coordenar e supervisionar as requisições para lhe são subordinadas, que visem a aumentar a eficiência
aquisição de bens e serviços que guardem pertinência te- administrativa da Câmara;
mática às suas funções e às funções das unidades que lhe III – elaborar relatórios públicos sobre a atuação admi-
são subordinadas; nistrativa da Câmara;
VIII – fiscalizar a fiel execução dos contratos decorren- IV – fazer cumprir, pelas unidades administrativas da
tes da aquisição de bens e serviços que ela ou suas unida- Câmara, os atos e as normas atinentes à Câmara Municipal;
des subordinadas requisitarem. V – participar na elaboração de propostas e minutas
Parágrafo único. Compete à Assistência Técnica da Es- concernentes à organização e ao funcionamento adminis-
cola do Legislativo: trativo da Câmara;
I – assistir a unidade no planejamento, coordenação, VI – coordenar e supervisionar as requisições para
programação e implementação de ações e resultados, bem aquisição de bens e serviços que guardem pertinência te-
como na operacionalização de processos de natureza téc- mática às suas funções e às funções das unidades que lhe
nica inerentes à sua área de atuação; são subordinadas;
II – prestar assistência técnica na coordenação e ge- VII – fiscalizar a fiel execução dos contratos decorren-
renciamento da implementação de políticas e atividades tes da aquisição de bens e serviços que ela ou suas unida-
realizadas pela Escola do Legislativo; des subordinadas requisitarem.
III – garantir suporte técnico e administrativo à Escola Parágrafo único. Compete à Assistência Técnica da Se-
do Legislativo; cretaria-Geral:
IV – executar outras atividades correlatas. I – assistir a unidade no planejamento, coordenação,
programação e implementação de ações e resultados, bem
Art. 8º Compete à Procuradoria: como na operacionalização de processos de natureza téc-
I – desempenhar serviço de apoio jurídico às unidades, nica inerentes à sua área de atuação;
que compreende: II – prestar assistência técnica na coordenação e ge-
a) análise das minutas dos editais e contratos admi- renciamento da implementação de políticas e atividades
nistrativos, bem como emissão de parecer sobre a possi- realizadas pela Secretaria-Geral;
bilidade de dispensa ou de inexigibilidade de licitação e III – garantir suporte técnico e administrativo à Secre-
aditamento de contratos, com base nas justificativas apre- taria-Geral;
sentadas pelas áreas requisitantes; IV – executar outras atividades correlatas.
b) assessoramento à Comissão Permanente de Licita-
ções, bem como exame prévio de toda instrução relativa Art. 10 Compete à Diretoria de Finanças:
à formalização dos contratos, concessões, acordos, ajustes I – conduzir procedimentos afetos à movimentação fi-
ou convênios nos quais a Câmara seja parte, cuidando dos nanceira, cumprindo as diretrizes orçamentárias;
aspectos jurídicos e da redação dos mesmos; II – controlar a execução do orçamento em todas as
c) apoiar e auxiliar na realização de sindicâncias e pro- suas fases, promovendo o empenho prévio das despesas,
cessos administrativos instaurados pela autoridade com- bem como a anulação dos mesmos, quando necessário;
petente, nos termos da legislação vigente; III – coordenar o serviço de orçamento e contabilidade;
d) orientação, quanto aos aspectos da constitucionali- IV – efetuar as indicações de recursos e reservas orça-
dade e legalidade, nas ações administrativas. mentárias;
II – desempenhar serviço de assistência judicial e extra- V – elaborar a contabilidade orçamentária e financeira
judicial, que compreende: da Câmara;
a) coordenar a propositura de ações judiciais e outras VI – elaborar a escrituração contábil através de balan-
medidas de caráter jurídico que tenham por objetivo o in- cetes mensais, assim como o balanço orçamentário, finan-
teresse institucional da Câmara; ceiro, patrimonial anual e demonstração das variações pa-
b) dar adequada redação às informações que devam ser trimoniais;
prestadas pela Câmara em quaisquer processos judiciais; VII – elaborar as requisições e controlar o recebimento
c) elaborar defesas e recursos em processos adminis- de duodécimos, créditos adicionais e transferências de
trativos e judiciais; dotações;

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

VIII – emitir notas de empenho, ordens de pagamento V – promover os procedimentos de aquisição de bens,
de despesas e adiantamentos; materiais e execução de obras e serviços,
IX – executar o empenhamento das despesas realiza- efetuando as respectivas cotações de preços, elabo-
das observando o limite de crédito no orçamento e acom- rando editais licitatórios e os respectivos contratos;
panhando a legislação pertinente à área; VI – controlar os contratos da Câmara, especialmen-
X – exercer, em geral, as atividades relativas a recebi- te datas de vencimentos, tomando as medidas necessárias
mentos e pagamentos, controle do fechamento e do mo- para evitar dissolução de continuidade dos serviços;
vimento de caixa, escrituração dos recebimentos e devolu- VII – emitir manifestação substanciada sobre as requi-
ções referentes aos duodécimos; sições de materiais, bens e serviços, opinando sobre a via-
XI – efetuar o registro contábil, bem como a respectiva bilidade de realização de procedimento licitatório ou, con-
baixa, dos bens patrimoniais da Câmara Municipal; forme o caso, de contratação direta;
XII – manter os registros contábeis, bem como promo- VIII – executar outras atividades correlatas.
ver a compatibilização de registros; § 2º Compete à Gerência de Gestão de Informação:
XIII– organizar e elaborar a proposta orçamentária da I – executar a política de gestão de informação e do-
Câmara; cumental da Câmara, notadamente quanto aos arquivos
XIV – promover o serviço de tesouraria, controlando a correntes, intermediários e permanentes;
programação financeira da Câmara; II – desempenhar o serviço de protocolo da Câmara,
XV – elaborar relatórios de controle, auxiliando na quanto ao recebimento e processamento de documentos,
prestação de contas aos órgãos de controle; bem como a autuação de processos;
XVI – coordenar e supervisionar as requisições para III – orientar as demais unidades da Câmara quanto ao
aquisição de bens e serviços que guardem pertinência te- processo de gestão documental da Câmara, conforme ta-
mática às suas funções; bela de temporalidade;
XVII – fiscalizar a fiel execução dos contratos decorren- IV – organizar o sistema de acesso à informação e os
tes da aquisição de bens e serviços que ela ou suas unida- processos de difusão das informações contidas nas unida-
des subordinadas requisitarem. des documentais;
V – providenciar a conservação e restauração dos do-
Art. 11 Compete à Diretoria de Suporte Administrativo: cumentos;
I – coordenar as atividades de compra de bens e con- VI – organizar e apoiar a política de difusão de docu-
tratação de serviços, gerindo os respectivos processos; mentos históricos da Câmara;
II – gerenciar as atividades de gestão de recursos hu- VII – executar outras atividades correlatas.
manos, controlando o processo de contratação de servi- § 3º Compete à Gerência de Gestão de Patrimônio e
dores públicos, pagamento de vencimentos e vantagens Serviços:
remuneratórias e jornada de trabalho; I – supervisionar e fiscalizar o serviço de zeladoria,
III – coordenar as atividades administrativas de contro- segurança e manutenção das instalações da Câmara, que
le de documentos, patrimônio e material; compreende:
IV – supervisionar o processo de promoção e gestão a) execução da limpeza das áreas internas e externas
de carreira e evolução funcional dos servidores públicos da da Câmara;
Câmara; b) execução da manutenção das instalações e equipa-
V – coordenar os processos de gestão documental e de mentos da Câmara, providenciando, quando necessário,
protocolo da Câmara; reparos;
VI – coordenar e supervisionar as requisições para c) execução dos serviços de segurança nas instalações
aquisição de bens e serviços que guardem pertinência te- internas e externas da Câmara;
mática às suas funções e às funções das unidades que lhe d) execução dos serviços de telefonia;
são subordinadas; e) execução do serviço de copa;
VII – fiscalizar a fiel execução dos contratos decorren- f) realização da supervisão das tarefas de natureza ope-
tes da aquisição de bens e serviços que ela ou suas unida- racional na área de elétrica, hidráulica, pintura e alvenaria
des subordinadas requisitarem. necessários à manutenção do Edifício da Câmara.
§ 1º Compete à Gerência de Gestão de Compras e Ma- II – inventariar os bens mobiliários e selecionar os que
teriais: devem ou não ser patrimoniados, assim como realizar
I – controlar o estoque de materiais, mediante registro atualização periódica dos bens móveis e semoventes da
das entradas e saídas de materiais; Câmara Municipal;
II – manter atualizado o cadastro de fornecedores e de III – organizar os bens adquiridos, classificando-os e
preços, com vistas a agilizar o procedimento de compra; identificando-os e controlar os bens recepcionados, incor-
III – manter sob guarda e controle, em local apropria- porados, tombados, armazenados e distribuídos, inclusive
do, os materiais adquiridos, zelando pela sua conservação efetuando as suas respectivas baixas;
e elaborando inventários periódicos, em consonância com IV – executar outras atividades correlatas.
a legislação pertinente; § 4º Compete à Gerência de Gestão de Pessoal:
IV – auxiliar a elaboração das requisições de materiais, I – desempenhar atividades concernentes à administra-
bens e serviços; ção de pessoal, que compreendem:

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

a) a participação no desenvolvimento da política de VII – secretariar as reuniões do Plenário e das Comis-


vencimentos e benefícios da Câmara; sões, lavrando a respectiva ata e elaborando pareceres e
b) a realização de concursos públicos para admissão ofícios sobre temas de interesse dos Vereadores;
de servidores; VIII – gerir as ações estratégicas de suporte temático e
c) o controle da frequência dos servidores, promoven- processual e acompanhar e sistematizar os resultados de
do anotações nos seus respectivos assentamentos indivi- projetos e programas de interlocução com a sociedade, de
duais; modo a contribuir para que a Câmara Municipal desempe-
d) a elaboração e gerenciamento das folhas de paga- nhe adequadamente sua missão institucional;
mento dos funcionários da Câmara; IX – coordenar e supervisionar as requisições para
e) manutenção do sistema de avaliação de desempe- aquisição de bens e serviços que guardem pertinência te-
nho; mática às suas funções e às funções das unidades que lhe
f) organização e manutenção dos prontuários e assen- são subordinadas;
tamentos individuais; X – fiscalizar a fiel execução dos contratos decorrentes
g) planejamento, definição, normatização e monitora- da aquisição de bens e serviços que ela ou suas unidades
mento de procedimentos de promoção à saúde e seguran- subordinadas requisitarem.
ça do trabalho do servidor da Câmara; § 1º Compete à Gerência de Consultoria Legislativa:
h) preparação dos atos necessários à nomeação, ma- I – coordenar a elaboração, para apoio da atividade
nutenção e investidura de servidores. legislativa, de estudos, notas técnicas e minutas de pro-
II – desempenhar atividades concernentes à formação, posições;
capacitação e treinamento de pessoal, que compreendem: II – assessorar na elaboração de anteprojetos, projetos
a) elaborar programa de ação de recursos humanos; de lei, emendas, recursos, pedidos de informação, parece-
b) coordenar e promover atividades que objetivem in- res e demais proposições de natureza técnico-legislativa;
crementar o ambiente organizacional, integrando os ser- III – proceder às operações técnico-legislativas, orien-
vidores; tando e auxiliando os órgãos da Câmara Municipal;
IV – emitir notas técnicas;
c) promover cursos, palestras e treinamentos, de acor-
V – prestar assessoramento técnico e acompanhar os
do com as diretrizes de gestão de pessoas, direcionados
trabalhos das Comissões;
à capacitação e ao treinamento dos servidores da Câmara
VI – promover o planejamento, coordenação, orien-
Municipal, em níveis gerencial, tático e operacional;
tação e supervisão das atividades que prestam apoio aos
III – responsabilizar-se pelo planejamento, normatiza-
trabalhos legislativos;
ção, orientação e controle dos fluxos e rotinas de paga-
VII – executar atividades relacionadas com o desenvol-
mento, por meio da:
vimento do processo legislativo;
a) parametrização de verbas e de regras de cálculos
VIII – promover a revisão e adequação de proposições;
conforme legislação de pessoal; IX – responder às consultas sobre assuntos de sua
b) publicação do cronograma para inserção de dados competência;
na folha de pagamento; X – subsidiar tecnicamente os relatores na estruturação
c) realização de auditoria de relatório de verbas; e de relatórios e votos;
d) operacionalização de procedimentos de atualização XI – acompanhar e participar de audiências públicas re-
e normalização dos arquivos da folha de pagamento. lacionadas a proposituras legislativas;
IV – formalizar e instruir os processos administrativos XII – executar outras atividades correlatas.
que impliquem em alteração em folha de pagamento; § 2º Compete à Gerência de Expediente Legislativo:
V – executar outras atividades correlatas. I – executar os serviços de expediente e acompanha-
mento legislativo;
Art. 12 Compete à Diretoria Legislativa: II – elaborar os despachos, redigir os expedientes cor-
I – coordenar o processo legislativo, dando suporte a respondentes e fazer os encaminhamentos necessários;
sessões legislativas e administrativas afetas ao trabalho le- III – executar as atividades atinentes ao processo legis-
gislativo, organizando os fichários de leis, decretos, resolu- lativo no âmbito de sua atuação;
ções e normas referentes a assuntos municipais; IV – secretariar audiências públicas desvinculadas de
II – acompanhar e orientar os trabalhos desenvolvidos proposituras legislativas, redigindo a respectiva ata;
no plenário; V – superintender os serviços relativos ao expediente
III – desempenhar serviços de expediente legislativo, das sessões legislativas, bem como os serviços de suporte
bem como acompanhar as atividades legislativas e os as- ao Vereador no controle de processos;
suntos relacionados à atividade-fim da Câmara; VI – assessorar a elaboração de requerimentos, pedi-
IV – fornecer cópias de leis, decretos legislativos, reso- dos de informação, indicações, dando o encaminhamento
luções, certidões sobre matéria legislativa ou outros atos às respectivo de tais expedientes;
autoridades competentes; VII – elaborar e dar a publicidade dos atos expedidos
V – preparar e divulgar a ordem do dia; pela Presidência e pela Mesa Diretora;
VI – promover a reunião, a indexação, a consolidação e VIII – executar as atividades e processos atinentes à
a compilação da legislação municipal; posse, licença e extinção de mandato parlamentar;

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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

IX – executar as atividades e processos atinentes à elei-


ção, posse e investidura de funções exercidas por vereado- ANOTAÇÕES
res na Mesa Diretora e comissões;
X – executar outras atividades correlatas.
___________________________________________________
Art. 13 Compete à Gerência de Tecnologia da Informação:
I – administrar e prover suporte à rede interna de com- ___________________________________________________
putadores da Câmara Municipal, bem como o acesso à in-
___________________________________________________
ternet no âmbito da Câmara Municipal;
II – atuar na execução de serviços de baixa e média ___________________________________________________
complexidade na instalação e manutenção de equipamen-
tos de informática, inclusive na manutenção do portal do ___________________________________________________
site da Câmara Municipal;
III – dar suporte ao usuário de informática da Câmara, ___________________________________________________
orientando sobre cursos e treinamentos nessa área; ___________________________________________________
IV – responsabilizar-se por cópias de segurança de in-
formações da Câmara armazenadas nos servidores de rede; ___________________________________________________
V – executar serviços de instalação e configuração de
programas aplicativos de uso da Câmara; ___________________________________________________
VI – implantar sistemas de tecnologia e de gestão de
processos na Câmara; ___________________________________________________
VII – superintender a instalação e implantação de sis- ___________________________________________________
temas informatizados na Câmara Municipal, bem como a
manutenção de hardware, software e sistemas de rede de ___________________________________________________
computadores, inclusive internet e intranet;
VIII – executar outras atividades correlatas. ___________________________________________________

___________________________________________________
Art. 14 Compete à Gerência de Transportes:
I – coordenar e executar o serviço de transportes e en- ___________________________________________________
tregas de pessoas, objetos e documentos;
II – executar o controle de frequência e acompanha- ___________________________________________________
mento da regularidade das habilitações dos profissionais,
no âmbito de sua atuação; ___________________________________________________
III – gerenciar o controle e manutenção preventiva da frota; ___________________________________________________
IV – promover a gestão de documentação dos veículos
em sua custódia; ___________________________________________________
V – responder pela prestação de contas, no âmbito de
sua área de atuação; ___________________________________________________
VI – realizar atividades de agendamento e gestão da
grade de programação de viagens; ___________________________________________________
VII – executar outras atividades correlatas. ___________________________________________________
SEÇÃO III ___________________________________________________
DISPOSIÇÕES FINAIS
___________________________________________________
Art. 15 Esta Resolução entra em vigor na data de sua
___________________________________________________
publicação.
___________________________________________________
CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA,
aos 16 (dezesseis) dias do mês de janeiro do ano de 2018 ___________________________________________________
(dois mil e dezoito).
___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

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