Sunteți pe pagina 1din 17

FIXCICLANDO 20 TODO DIA

RESUMÃO DO DIA

RESUMÃO DO DIA

aviso importante

Este material está protegido por direitos autorais (Lei nº 9.610/98), sendo
vedada a reprodução, distribuição ou comercialização de qualquer informação
ou conteúdo dele obtido, em qualquer hipótese, sem a autorização expressa
de seus idealizadores. O compartilhamento, a título gratuito ou oneroso, leva
à responsabilização civil e criminal dos envolvidos. Todos os direitos estão
reservados.

Além da proteção legal, este arquivo possui um sistema GTH anti-tem-


per baseado em linhas de identificação criadas a partir do CPF do usuário,
gerando um código-fonte que funciona como a identidade digital oculta do
arquivo. O código-fonte tem mecanismo autônomo de segurança e proteção
contra descriptografia, independentemente da conversão do arquivo de PDF
para os formatos doc, odt, txt entre outros.

2 FIXCICLANDO 20 TODO DIA | @CICLOSR3


FIXCICLANDO 20 TODO DIA
RESUMÃO DO DIA

DIREITO CONSTITUCIONAL
Resumão do ponto do dia: para não esquecer mais
Pontos abordados:

1. Constituição: conceito e classificação; conteúdo da Constituição; normas constitucionais materiais


e formais; supremacia da Constituição. Estrutura da Constituição. Preâmbulo da Constituição. Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias. Noções gerais, ciclos constitucionais.

2. A evolução do constitucionalismo brasileiro: Constituições de 1824, 1891, 1934, 1937, 1946, 1967, 1969.
A ditadura militar e os atos institucionais. A Assembleia Constituinte de 1987/88. Constitucionalismo.
Espécies; Constitucionalismo Social. Constitucionalismo do Futuro. Constitucionalismo
Transnacional. Transconstitucionalismo. Neoconstitucionalismo. Constitucionalismo liberal e social.
Constitucionalismo britânico, francês e norte-americano.

3. Interpretação da Constituição: hermenêutica constitucional; critério da interpretação conforme.


Princípios e regras jurídicas. Ponderação. Modelos e críticas. Mutação Constitucional. 4 Normas
constitucionais. 4.1 Normas constitucionais de organização, programáticas e definidoras de direitos.
4.2 Existência, validade, eficácia e efetividade das normas constitucionais. 4.3 Modalidades de
eficácia da norma constitucional: direta, interpretativa e negativa. 4.4 Interpretação das normas
constitucionais. 4.5 A técnica da ponderação. 5 Princípios constitucionais. 5.1 Supremacia da
constituição. 5.2 Presunção de constitucionalidade. 5.3 Unidade da Constituição. 5.4 Interpretação
conforme a Constituição. 5.5 Razoabilidade e proporcionalidade. 5.6 Efetividade. 6 O princípio da
dignidade da pessoa humana. 6.1. O mínimo existencial. 6.2. Vedação de retrocesso.

4. Aplicabilidade das normas constitucionais: classificação quanto à eficácia; normas programáticas.

5. Poder Constituinte: conceito; legitimidade e limites; poder originário e poder derivado; poder
constituinte estadual.

CONCEITO DE DIREITO CONSTITUCIONAL

O Direito Constitucional, para ser conceituado, precisa que sejam interligados três sentidos: o
científico, o objetivo e o subjetivo.

O sentido CIENTÍFICO, segundo José Afonso da Silva, é o ramo do direito público que expõe,

3 FIXCICLANDO 20 TODO DIA | @CICLOSR3


FIXCICLANDO 20 TODO DIA
RESUMÃO DO DIA

interpreta e sistematiza os princípios e normas fundamentais do Estado. No sentido OBJETIVO, segundo


Uadi Bulos, trata-se do conjunto de normas supremas, encarregadas de organizar a estrutura do Estado e
delimitar as relações de poder. Por fim, no sentido SUBJETIVO, é a posição jurídica de vantagem que deve
reconhecer a alguém, em virtude da incidência concreta de normas integrantes do direito constitucional
objetivo. Essa é a acepção do termo quando se afirma que alguém tem o direito constitucional de ir e vir.

O OBJETO de estudo do Direito Constitucional é tudo o que foi constitucionalizado por quem
elaborou a constituição, ou seja, são todas as normas material e formalmente constitucionais. Assim,
em sentido científico, estuda de forma sistematizada os ordenamentos constitucionais, em especial
os que tratam da forma e da organização do Estado, da divisão dos poderes, dos direitos e garantias
fundamentais e das finalidades básicas que devem direcionar a atuação estatal, enquanto em sentido
objetivo, o objeto de estudo do Direito Constitucional é a produção e a organização das normas que
estabelecem, integram ou modificam o ordenamento constitucional, independentemente de seu conteúdo
(constituição formal), bem como das normas que disciplinam qualquer matéria que interesse ao Direito
Constitucional, independentemente de sua fonte normativa (constituição material).

Por fim, a NATUREZA do Direito Constitucional, pode ser conceituada em sentido científico e
sentido normativo. No sentido científico, é ramo do direito público, já que cuida de relações jurídicas
que envolvem a figura do Estado. Nos casos de adoção de constituições prolixas, como ocorre no Brasil,
ocorre a constitucionalização do direito privado, que se materializa através da disciplina constitucional
de institutos do direito privado, da interpretação conforme a constituição de disposições normativas
referentes ao direito privado e de teorias e decisões que defendem a eficácia horizontal (tema abordado
mais à frente) dos direitos fundamentais no âmbito das relações privadas. Já no sentido normativo, a
natureza dos preceitos constitucionais, apresenta características como a supremacia constitucional, que
pode ser material ou formal, maior abertura semântica, politicidade e transversalidade.

TEORIA DA CONSTITUIÇÃO

A Constituição é o objeto de estudo do Direito Constitucional. Trata-se da lei fundamental e suprema


de um Estado, criada pela vontade soberana do povo. Determina a organização político-jurídica do
Estado, limita o poder estatal e estabelece direitos fundamentais.

São componentes da Constituição:

1) Preâmbulo: quanto à natureza jurídica do preâmbulo, são três as teses existentes:

• TESE DA IRRELEVÂNCIA JURÍDICA: o preâmbulo está no ÂMBITO DA POLÍTICA, portanto, não possui
relevância jurídica;

4 FIXCICLANDO 20 TODO DIA | @CICLOSR3


FIXCICLANDO 20 TODO DIA
RESUMÃO DO DIA

• TESE DA PLENA EFICÁCIA: o preâmbulo tem a mesma eficácia jurídica das normas constitucionais;

• TESE DA RELEVÂNCIA JURÍDICA INDIRETA: o preâmbulo faz parte das características jurídicas
da Constituição Federal, entretanto, não deve ser confundido com as demais normas jurídicas desta.

#ATENÇÃO: O STF, no julgamento da ADI 2.076, em 2002, adotou a tese da irrelevância jurídica e
decidiu que o preâmbulo não tem força normativa, sendo, portanto, mero vetor interpretativo. Por
tal motivo, o preâmbulo não serve de parâmetro para controle de constitucionalidade.

2) Corpo: é composto pelos artigos 1º a 250.

3) ADCT: são os Atos das Disposições Constitucionais Transitórias, composto por normas de eficácia
exaurível. Destina-se a realizar a transição do regime constitucional anterior para o atual. Trata-se de
norma que se enquadra como elemento formal de aplicabilidade.

#ATENÇÃO: José Afonso da Silva traz ainda a classificação dos elementos da Constituição:

a. Elementos Orgânicos: normas que regulam a estrutura do Estado e do Poder. Exemplo: Título III
– Da Organização do Estado.
b. Elementos Limitativos: normas que estabelecem direitos e garantias fundamentais, limitando a
atuação do Poder Estatal. Exemplo: Título II – Dos Direitos e Garantias Fundamentais.
c. Elementos Sócio-Ideológicos: normas relativas a direitos sociais; compromisso estatal com o
bem estar social. Exemplo: Capítulo II do Título II – Dos Direitos Sociais.
d. Elementos de Estabilização Constitucional: normas que se destinam a prover solução de
conflitos constitucionais. Buscam a defesa da Constituição, do Estado e das instituições democráticas.
Exemplo: Intervenção (arts. 34 a 36).
e. Elementos Formais de Aplicabilidade: são normas que contêm regras de aplicação da
Constituição, como as constantes no ADCT e a norma que estabelece a aplicabilidade imediata dos
direitos e garantias fundamentais.

PERSPECTIVAS OU SENTIDOS

1) SOCIOLÓGICO: Ferdinand Lassale: A Constituição é a soma dos fatores reais de poder. Constituição
escrita é mera folha de papel.

2) POLÍTICO: Carl Schimitt: Constituição é a decisão política fundamental. Diferencia a Constituição


das Leis Constitucionais.

3) JURÍDICO: Hans Kelsen: Existe uma supremacia constitucional independentemente do conteúdo.

5 FIXCICLANDO 20 TODO DIA | @CICLOSR3


FIXCICLANDO 20 TODO DIA
RESUMÃO DO DIA

Plano lógico-jurídico: norma fundamental hipotética, plano do suposto, fundamento lógico-


transcendental da validade da Constituição jurídico-positiva.

• Plano jurídico-positivo: norma posta (positivada), norma posta suprema.


4) TOTAL/IDEAL/CULTURAL: Konrad Hesse – A força normativa da Constituição.

#OLHAOGANCHO – Teoria da sociedade aberta dos intérpretes: Para Peter Häberle,


jurista alemão cujo pensamento doutrinário tem influenciado o direito constitucional brasileiro, a
constituição deve corresponder ao resultado, temporário e historicamente condicionado, de um
processo de interpretação levado adiante na esfera pública por parte dos cidadãos e cidadãs.

5) CONSTITUIÇÃO ABERTA: está apta a captar as mudanças da realidade social, o que permite
que ela permaneça no tempo sem perder a sua força normativa.

CONCEPÇÃO POSITIVA

A Concepção Positiva, incorporada pela doutrina mais avançada do constitucionalismo


contemporâneo, apresenta a Constituição como um sistema aberto de normas jurídicas, constituídas por
regras e princípios, com eficácia plena e com a capacidade de contribuir para transformação da realidade,
buscando condições de vida digna para todas as pessoas, de modo a respeitar não só o regramento
formal por ela própria instituído em relação à sua mudança e à produção normativa do Direito, mas
também resguardando um conteúdo proveniente dos principais valores sociais aceitos em determinado
momento histórico, delineando, no mínimo, a forma de Estado, o sistema de governo, a organização do
poder e os direitos fundamentais.

CLASSIFICAÇÕES DAS CONSTITUIÇÕES E NORMAS CONSTITUCIONAIS

Material: Conjunto de normas, escritas ou costumeiras, relacionadas com temas


considerados essenciais às funções que a Constituição deve desempenhar. O
Quanto ao importante é o conteúdo delas, e não a sua fonte normativa em que veiculadas.
Conteúdo Formal: Conjunto de normas que, independentemente do conteúdo, consideram-
se inseridas em ato escrito no qual se encontram os padrões normativos dotados
de hierarquia jurídica superior.
Escrita/dogmática: formalizada em um texto escrito.
Quanto à Forma
Não escrita/histórica: não há texto único centralizado.

6 FIXCICLANDO 20 TODO DIA | @CICLOSR3


FIXCICLANDO 20 TODO DIA
RESUMÃO DO DIA

Flexível: é alterada da mesma forma que as leis inferiores.


Semirrígida: uma parte é flexível e outra é rígida.
Quanto à Rígida: a alteração é mais difícil do que as leis inferiores.
Estabilidade
Super-rígidas: uma parte é rígida e outra é imutável (DE ACORDO COM
ALEXANDRE DE MORAES, A BRASILEIRA É SUPER-RÍGIDA).
Imutáveis: todo o texto é imutável.
Outorgada: imposta pelo detentor do poder.
Promulgada: elaborada com ampla participação popular.
Cesarista (Bonapartista): o soberano edita o texto e, posteriormente, o submete
a um referendo popular.
Quanto à Origem
Pactuada (dualista): elaborada através de um pacto realizado entre os detentores
do poder político.
Gerida: A Constituição gerida decorre de procedimentos que contam com
a intervenção ou assistência de órgãos de Estados ou organizações diversos
daqueles destinados a recebê-las.

Quanto à Heterônoma: é aquela que é imposta por outro país.


Voluntariedade Autônoma: elaborada pelo próprio país.

Quanto à Sintética/concisa: apenas define os princípios gerais da organização do Estado.


Extensão Analítica/prolixa: trata de muitos temas.
Normativa: Aquela cujas normas dominam o processo político, pois são lealmente
observadas por todos os interessados;
Quanto à Nominal: Constituição carente de realidade existencial, pois o processo político a
essência: ela não se curva ou se adapta adequadamente;
Semântica: Modelo constitucional que visa apenas à estabilização e à conservação
da estrutura de dominação do poder político.

OUTRAS CLASSIFICAÇÕES: Dirigente: traça metas; Normativa: sai do papel; Nominal: não
consegue sair do papel; Semântica: legitima o status quo injusto; Ortodoxa: comprometida com
uma ideologia específica; Compromissária (pluralista): contempla várias ideologias; Dúctil: não
impõe um modelo de vida, mas apenas assegura as condições para o exercício do projeto de vida
de cada pessoa; Balanço: visa reger o ordenamento por um determinado tempo.

#OLHAOGANCHO – Há que se considerar, ainda, a classificação da Constituição como Constituição


Garantia e Constituição Dirigente.

7 FIXCICLANDO 20 TODO DIA | @CICLOSR3


FIXCICLANDO 20 TODO DIA
RESUMÃO DO DIA

A primeira, também chamada de Constituição-quadro, estatutária ou orgânica, funciona


como um estatuto organizatório ou instrumento de governo, definindo competências e regulando
processos. Elas estabelecem princípios democráticos, republicanos, pluralistas e de Estado, buscando
a garantia de liberdades e de direitos individuais e coletivos através da limitação do poder do Estado.

Já a segunda, define finalidades e programas com o intuito de ordenar as ações futuras da política
estatal.

HISTÓRICO DAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS

1. Inspirada em ideias francesas e inglesas e com influências da Constituição


portuguesa.
2. O Brasil era um Estado Unitário (Monarquia Unitária), com o território
dividido em províncias.
3. O voto Censitário. Eleição indireta.
4. Outros aspectos importantes:
Constituição
de 1824 → Catolicismo era a religião oficial.

Outorgada → Previa a existência de 4 poderes, segundo a ideia de Benjamin Constant:


Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador.
→ Rio de Janeiro era a capital federal.
→ É apontada por alguns autores como a 1.ª Constituição do mundo que
trouxe um rol de direitos individuais fundamentais (outros dizem que foi a
Constituição da Bélgica de 1831).
→ Constituição Semirrígida.
1. Influência da Constituição dos EUA.
2. O Brasil passou a ser uma República (Forma de Governo) Federativa (Forma de
Estado) Presidencialista (Sistema de Governo).
3. Voto universal. Voto descoberto. E voto direto.

Constituição 4. Aspectos importantes:


de 1891 → Separou o Estado da Igreja (Brasil passou a ser um Estado laico – sem religião
Promulgada oficial);
→ Três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). Instituiu o Legislativo estadual.
→ Criação do habeas corpus (possuía um sentido mais amplo);
→ O controle de constitucionalidade era difuso (inspiração norte-americana).
→ CF passou a ser rígida.

8 FIXCICLANDO 20 TODO DIA | @CICLOSR3


FIXCICLANDO 20 TODO DIA
RESUMÃO DO DIA

1. Influência da Constituição Alemã de Weimar.


2. Caráter extremamente nacionalista, com proibição de algumas atividades por
empresas estrangeiras, nacionalização de empresas e proteção aos direitos do
trabalhador.
3. Voto secreto. Possibilidade de voto feminino.
4. Aspectos importantes:
→ Foi extinto o cargo de vice-presidente.
→ Foram impostas restrições à imigração.
→ Criação do MS e da Ação Popular.
Constituição → Manteve o controle de constitucionalidade difuso, mas trouxe algumas
de 1934 modificações.

Promulgada → Previsão de Decretos-Lei.


→ Estado Unitário.
→ Bicameralismo desigual.
#SELIGA: A constituição Federal de 1934 estabelecia o bicameralismo
imperfeito. Certo ou errado? Certo! O Poder Legislativo, na Constituição Federal de
1934, era exercido pela Câmara dos Deputados, com mera colaboração do Senado
Federal, isto é, havia uma preponderância na atuação da Câmara sobre o Senado.
Este limitava-se a estabelecer matérias relacionadas à estrutura da Federação. Diante
desse desequilíbrio entre a atuação das Casas Legislativas, que não apresentavam
funções básicas idênticas e harmônicas como ocorre no cenário atual, consolidou-
se que a CF/1934 instituiu um chamado “bicameralismo imperfeito”, ante a
preponderância da Câmara sobre o Senado, considerado mero órgão colaborador
desta.
1. Inspirada na Constituição Polonesa (por isso ficou conhecida como Polaca).
2. O Estado era autoritário, apresentando características ditatoriais fascistas.
3. Eleições voltaram a ser indiretas.

Constituição 4. Aspectos importantes:


de 1937 → Havia a previsão da pena de morte.
Outorgada → Havia a possibilidade de censura.
→ Direitos Fundamentais enfraquecidos.
→ Política populista, consolidou a CLT e outros direitos trabalhistas.
→ Não previu o MS e nem a Ação Popular.

9 FIXCICLANDO 20 TODO DIA | @CICLOSR3


FIXCICLANDO 20 TODO DIA
RESUMÃO DO DIA

1. Convocada após a saída de Vargas, diversas correntes políticas participaram.


2. Aumento da autonomia dos Estados e dos Municípios.
3. Voto universal. Voto obrigatório. Eleições voltaram a ser diretas.
4. Aspectos importantes:

Constituição → Garantia da liberdade de opinião e de pensamento;


de 1946 → Criação do TFR – Tribunal Federal de Recursos;
Promulgada → Manteve o controle difuso, mas a EC n.º 16/65 introduziu a ação direta de
inconstitucionalidade, de iniciativa do Procurador-Geral da República para
impugnação da lei em tese;
→ EC 04/61: introduziu o parlamentarismo.
→ EC 06/63: voltou o presidencialismo.
→ MS e AP foram restabelecidos.
1. Sofreu influência da Constituição de 1937.
2. Representava os ideais e princípios do Golpe Militar; preocupação com a
"segurança nacional". Conferiu amplos poderes para a União e para o Presidente.
3. Eleições diretas e secretas para Deputados e Senadores. Eleição indireta pra
presidente.
Constituição
4. Aspectos importantes:
de 1967
→ Centralização dos poderes políticos na União, especialmente nas mãos do
Outorgada Presidente;
→ Possibilidade de o Presidente expedir decretos-lei, tendo força de lei;
→ Redução dos direitos individuais, com a possibilidade de suspensão desses direitos
em caso de "abuso".
→ Em 1968 foi baixado o AI-5.
1. Tinha como propósito incluir na CF os atos institucionais – AI’s.
2. Alguns autores afirmam que se trata apenas de uma EC.
3. Alguns autores afirmam, ainda, que foi promulgada.
Constituição 4. Aspectos importantes:
de 1969
→ O Texto constitucional admitia a existência de duas ordens: uma constitucional e
Outorgada outra institucional, com a subordinação da primeira à segunda.
→ Os Atos Institucionais (AI's) do Presidente estavam acima da Constituição.
→ Por essa razão, Jorge Miguel afirma: "A Constituição de 69 é a anticonstituição"; De
resto, manteve a Constituição de 67.

10 FIXCICLANDO 20 TODO DIA | @CICLOSR3


FIXCICLANDO 20 TODO DIA
RESUMÃO DO DIA

Em 27 de novembro de 1985, por meio da emenda constitucional 26, foi convocada


a Assembleia Nacional Constituinte, com a finalidade de elaborar novo texto
constitucional para expressar a realidade social pela qual passava o país, que vivia um
processo de redemocratização após o término do regime militar.
Datada de 05 de outubro de 1988, a Constituição inaugurou um novo arcabouço
jurídico-institucional no país, com ampliação das liberdades civis e os direitos
e garantias individuais. A nova Carta consagrou cláusulas transformadoras com
o objetivo de alterar relações econômicas, políticas e sociais, concedendo direito
de voto aos analfabetos e aos jovens de 16 a 17 anos. Estabeleceu também novos
direitos trabalhistas, como redução da jornada semanal de 48 para 44 horas, seguro-
desemprego e férias remuneradas acrescidas de um terço do salário.
Constituição
de 1988 Outras medidas adotadas Constituição de 88 foram: instituição de eleições
majoritárias em dois turnos; direito à greve e liberdade sindical; aumento da
Promulgada licença-maternidade; licença-paternidade de cinco dias; criação do Superior
Tribunal de Justiça (STJ) em substituição ao Tribunal Federal de Recursos; criação
dos mandados de injunção, de segurança coletivo e restabelecimento do habeas
corpus. Foi também criado o habeas data (instrumento que garante o direito de
informações relativas à pessoa do interessado, mantidas em registros de entidades
governamentais ou banco de dados particulares que tenham caráter público).
Destacam-se ainda as seguintes mudanças: reforma no sistema tributário e na
repartição das receitas tributárias federais, com propósito de fortalecer estados
e municípios; reformas na ordem econômica e social, com instituição de política
agrícola e fundiária e regras para o sistema financeiro nacional; leis de proteção ao
meio ambiente; fim da censura em rádios, TVs, teatros, jornais e demais meios de
comunicação; e alterações na legislação sobre seguridade e assistência social1.

1
ESTUDO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS

São de aplicação direta, imediata e independem de uma lei para produzirem seus
EFICÁCIA
efeitos. Desde a sua promulgação estão aptas para produzir todos os seus efeitos,
PLENA
independentemente de qualquer norma integrativa infraconstitucional.
Assim como as plenas são de eficácia direta e imediata. No entanto, podem ter
EFICÁCIA sua abrangência reduzida por uma norma infraconstitucional,da própria CF ou
CONTIDA por preceitos ético-jurídicos, como a moral e o bom costume (#SELIGANOTERMO:
“normas de contenção”).
São de aplicação mediata ou indireta, pois há necessidade de uma lei para mediar
sua aplicação. Se não houver a lei, não produz efeitos. Mesmo com a sua promulgação,
EFICÁCIA não está apta para produzir todos os seus efeitos, necessitando de regulamentação
LIMITADA infraconstitucional para ter eficácia. Há duas espécies de normas limitadas:
1. Limitada de princípio institutivo ou organizativo.:

1 http://www.senado.gov.br/noticias/especiais/constituicao25anos/historia-das-constituicoes.htm

11 FIXCICLANDO 20 TODO DIA | @CICLOSR3


FIXCICLANDO 20 TODO DIA
RESUMÃO DO DIA

são normas por meio das quais o constituinte originário traça as linhas mestras
de uma determinada instituição, delimitando sua estrutura e atribuições, as quais,
contudo, só serão detalhadas por meio de lei.
2. Limitada programática: se reveste em forma de promessas ou programas que visam
atingir fins sociais. Característica principal da Constituição Dirigente.

Vale destacar que as normas de eficácia limitada, embora tenham aplicabilidade reduzida e
não produzam todos os seus efeitos desde a promulgação da Constituição, possuem eficácia jurídica.
Guarde bem isso: a eficácia dessas normas é limitada, porém existente. Diz-se que as normas de
eficácia limitada possuem eficácia mínima. Diante dessa afirmação, cabe-nos fazer a seguinte pergunta:
quais são os efeitos jurídicos produzidos pelas normas de eficácia limitada?

As normas de eficácia limitada produzem imediatamente, desde a promulgação da Constituição,


dois tipos de efeitos: (i) efeito negativo; e (ii) efeito vinculativo.

• O efeito negativo consiste na revogação de disposições anteriores em sentido contrário e na


proibição de leis posteriores que se oponham a seus comandos. Sobre esse último ponto, vale
destacar que as normas de eficácia limitada servem de parâmetro para o controle de constitucionalidade
das leis.
• O efeito vinculativo, por sua vez, se manifesta na obrigação de que o legislador ordinário edite
leis regulamentadoras, sob pena de haver omissão inconstitucional, que pode ser combatida por
meio de mandado de injunção ou de Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão. Ressalte-
se que o efeito vinculativo também se manifesta na obrigação de que o Poder Público concretize as
normas programáticas previstas no texto constitucional. A Constituição não pode ser uma mera “folha
de papel”; as normas constitucionais devem refletir a realidade político-social do Estado e as políticas
públicas devem seguir as diretrizes traçadas pelo Poder Constituinte Originário.

#DICADACOACH – Maria Helena Diniz, quanto às cláusulas pétreas, as denomina de absolutas ou


supereficazes.

• Pela eficácia DIRETA, temos a possibilidade de se extrair uma regra do núcleo essencial do princípio,
permitindo a subsunção.
• Pela eficácia INTERPRETATIVA, entende-se que as normas jurídicas devem ter seu sentido e alcance
determinados de maneira que melhor realize a dignidade humana, que servirá como critério de
ponderação na hipótese de colisão de normas.
• A eficácia NEGATIVA, de caráter geral ou particular, paralisa ou neutraliza a incidência de regra jurídica
que seja incompatível com a dignidade humana.
• Não há um método de interpretação pré-determinado para cada caso concreto.

12 FIXCICLANDO 20 TODO DIA | @CICLOSR3


FIXCICLANDO 20 TODO DIA
RESUMÃO DO DIA

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

PRINCÍPIOS CARACTERÍSTICAS
A interpretação deve evitar a contradição entre normas constitucionais,
que devem ser vistas em sua totalidade, e não como normas isoladas. Não
UNIDADE DA
há hierarquia formal entre normas constitucionais, podendo haver hierarquia
CONSTITUIÇÃO
material (ex: direito à vida). Isso explica a impossibilidade de haver norma
constitucional originária declarada inconstitucional.
Deve-se optar pela interpretação que dê maior efetividade e concretude
MÁXIMA
à norma, evitando a sua não aplicabilidade. Visa, portanto, a maximizar a
EFETIVIDADE
norma, a fim de extrair dela todas as suas potencialidades.
A Constituição, assim como as demais normas do ordenamento, possui eficácia
FORÇA
e aplicabilidade, devendo ser interpretada da forma que melhor assegure
NORMATIVA DA
a sua aplicação concreta. É uma autêntica norma jurídica e não uma mera
CONSTITUIÇÃO
proclamação política.
CORREÇÃO
É corolário do princípio da separação de poderes. Traduz a ideia de que a
FUNCIONAL,
interpretação das normas constitucionais não pode subverter o esquema de
JUSTEZA OU
organização funcional estabelecido na Constituição.
CONFORMIDADE
PRINCÍPIO Esse princípio busca que na interpretação da Constituição seja dada preferência
DO EFEITO às determinações que favoreçam a integração política e social e o reforço
INTEGRADOR da unidade política.
HARMONIZAÇÃO
Deve-se evitar o sacrifício total de uma das normas diante de um conflito,
OU
buscando-se a coexistência delas, através de uma ponderação de interesses
CONCORDÂNCIA
no caso concreto. É consequência do princípio da unidade da Constituição.
PRÁTICA
Trata-se de técnica interpretativa cujo objetivo é preservar a validade das
normas, evitando que sejam declaradas inconstitucionais. Ao invés de se
declarar a norma inconstitucional, o Tribunal busca dar-lhe uma interpretação
que a conduza à constitucionalidade. A interpretação conforme pode ser
de dois tipos: com ou sem redução do texto.
a) Interpretação conforme com redução do texto: Nesse caso, a parte viciada
INTERPRETAÇÃO é considerada inconstitucional, tendo sua eficácia suspensa.
CONFORME A b) Interpretação conforme sem redução do texto:
CONSTITUIÇÃO
Nesse caso, exclui-se ou se atribui à norma um sentido, de modo a torná-la
compatível com a Constituição.
Dimensões a serem consideradas:
• Prevalência da constituição;
• Conservação da norma;

13 FIXCICLANDO 20 TODO DIA | @CICLOSR3


FIXCICLANDO 20 TODO DIA
RESUMÃO DO DIA

• Exclusão da interpretação contra legem;


• Espaço de interpretação;
• Rejeição ou não aplicação da norma inconstitucional;
• O interprete não pode atuar como legislador positivo (decisões
manipulativas).
Para Karl Larenz, esse princípio consubstancia uma pauta de natureza axiológica
que emana diretamente das ideias de justiça, equidade, bom senso, prudência,
PRINCÍPIO DA moderação, justa medida, proibição do excesso, direito justo e valores afins.
PROPORCIONALI-
DADE Há a necessidade de preenchimento de 3 elementos:
OU • Necessidade;
RAZOABILIDADE • Adequação;
Proporcionalidade em sentido estrito.

#OLHAOGANCHO: Importante saber as diferenças entre regras e princípios constitucionais.

Ronald Dworkin: A distinção é de natureza lógico-argumentativa, pois somente pode ser percebida
por meio dos usos dos argumentos e razões no âmbito de cada caso concreto. a) Regras: Lógica do
Tudo ou Nada; b) Princípios: são dimensões de peso. Utiliza-se da lógica da Ponderação.

Robert Alexy: a distinção é de natureza semântica. a) Regras: comandos definitivos; b) comandos


prima facie e não mandamentos definitivos. São, em verdade, mandados de otimização.

#UMPOUCODEDOUTRINA: “E como mandados de otimização os princípios são normas que


ordenam que algo seja realizado na maior medida possível, conforme as possibilidades jurídicas e
fáticas. Isto significa que podem ser satisfeitos em diferentes graus e que a medida da sua satisfação
depende não apenas das possibilidades fáticas, mas também das jurídicas, que estão determinadas
não apenas por regras, mas também por princípios opostos” (ALEXY, 1997, p. 162).

MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL

MÉTODOS CARACTERÍSTICAS
MÉTODO Considera que a Constituição é uma lei como qualquer outra, devendo
JURÍDICO ser interpretada usando as regras da Hermenêutica tradicional, ou seja, os
(HERMENÊUTICO elementos literais (textual), lógico (sistemático), histórico, teleológico e
CLÁSSICO) genético.

14 FIXCICLANDO 20 TODO DIA | @CICLOSR3


FIXCICLANDO 20 TODO DIA
RESUMÃO DO DIA

MÉTODO
Há prevalência do problema sobre a norma, ou seja, busca-se solucionar
TÓPICO-
determinado problema por meio da interpretação da norma constitucional.
PROBLEMÁTICO
Criado por Konrad Hesse, segundo o qual a leitura da Constituição inicia-
MÉTODO se pela pré-compreensão do seu sentido pelo intérprete. O método
HERMENÊUTICO- hermenêutico-concretizador diferencia-se do método tópico-problemático
CONCRETIZADOR porque, enquanto este pressupõe a primazia do problema sobre a norma,
aquele se baseia na prevalência do texto constitucional sobre o problema.
A interpretação da Constituição deve considerar a ordem ou o sistema
MÉTODO
de valores subjacentes ao texto constitucional. A Constituição deve ser
INTEGRATIVO
interpretada como um todo, dentro da realidade do Estado. Tanto a
OU CIENTÍFICO-
Constituição, como o Estado, são entendidos como fenômenos culturais ligados
ESPIRITUAL
a valores, funcionando como elementos integradores da comunidade.
MÉTODO
NORMATIVO- A norma seria o resultado da interpretação do texto aliado ao contexto.
ESTRUTURANTE

PODER CONSTITUINTE

Poder Constituinte ORIGINÁRIO é o poder responsável pela elaboração da Constituição, norma


jurídica superior que inicia a ordem jurídica e lhe confere fundamento de validade. Para os jusnaturalistas
este poder é de direito, pois eles admitem a existência de um direito natural prévio ao direito positivo.

Para os juspositivistas, os quais preconizam não haver direito antes de se aferir a existência de
um Estado, o poder constituinte é anterior ao próprio direito, logo, é um poder de fato, metajurídico,
não integrando o mundo jurídico nem possuindo natureza jurídica. A titularidade do Poder Constituinte
Originário pertence ao povo.

O poder constituinte originário pode ser dividido em:

• fundacional – é aquele que produz a primeira Constituição de um Estado;

• pós-fundacional – parte de uma ruptura institucional de ordem vigente para elaborar a nova
Constituição que sucederá a anterior, revogando integralmente a precedente.

Características do PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO:

#SELIGANATABELA:

15 FIXCICLANDO 20 TODO DIA | @CICLOSR3


FIXCICLANDO 20 TODO DIA
RESUMÃO DO DIA

A Constituição é a base do ordenamento jurídico.


INICIAL #DEOLHONOGANCHO: não é possível a alegação da existência de “direito
adquirido” perante a nova Constituição.
Não se submete ao regramento posto pelo direito precedente, sendo
possuidor de ampla liberdade de conformação da nova ordem jurídica.
#DEOLHONOGANCHO: a ausência de limites deve ser tratada com certas
reservas, pois é indiscutível a existência de alguns limites, tais como os
ILIMITADO geográficos e territoriais. Também é possível considerar como limite as
circunstâncias sociais e políticas que lhe dão causa, pois o poder constituinte
é a expressão da vontade política soberana do povo, não podendo ser
entendido sem observância dos valores éticos, religiosos e culturais pelo povo
partilhados e motivadores de suas ações.
Não se submete a qualquer regra ou procedimento formal pré-fixado pelo
INCONDICIONADO
ordenamento jurídico que o precede.
É capaz de definir o conteúdo que será implantado na nova Constituição,
AUTÔNOMO
bem como sua estrutura e os termos de seu estabelecimento.
Não se esgota quando da conclusão da constituição; ele permanece, em
PERMANENTE situação de latência, podendo ser ativado o “momento constituinte”, de
necessária ruptura com a ordem estabelecida, se apresentar novamente.

PODER CONSTITUINTE DERIVADO DECORRENTE: é a capacidade conferida pelo poder originário


aos Estados-membros para elaborarem suas próprias Constituições.

O poder constituinte derivado decorrente é perceptível no Distrito Federal, mas não nos Municípios,
pois a lei orgânica do DF, assim como ocorre com as Constituições estaduais, é um documento que só está
submetido à Constituição da República. Os municípios são formatados por documentos condicionados
simultaneamente à constituição estadual e à Constituição Federal, isto é, se sujeitam a uma dupla
subordinação, o que tornaria eventual poder decorrente do município em um poder de terceiro grau.

PODER CONSTITUINTE DERIVADO REFORMADOR: tem a função de alterar formalmente a


Constituição Federal, exercendo a importante tarefa de ajustar o texto constitucional aos novos ambientes
formatados pela dinâmica social. Tanto o poder constituinte derivado decorrente como o reformador
possuem as seguintes características:

• Poder de direito (possui natureza jurídica):

• Limitado (suas ações são pautadas pelos limites inseridos na Constituição);

• Condicionado (suas atribuições estão diretamente vinculadas ao que determina previamente a


Constituição);

16 FIXCICLANDO 20 TODO DIA | @CICLOSR3


FIXCICLANDO 20 TODO DIA
RESUMÃO DO DIA

• Secundário.

#CEREJADOBOLO: PODER CONSTITUINTE DIFUSO

O Poder constituinte difuso se encontra em estado de latência. Embora não previsto ou


organizado pela Constituição, realiza papel na criação e no desenvolvimento da eficácia das normas
constitucionais, sem alteração formal de seu texto.

Manifesta-se diante das imperfeições, obscuridades, omissões deixadas na CF. A correção é feita por
convenções constitucionais, costumes constitucionais e mutações constitucionais.

Suas normas criadas se sujeitam ao controle de constitucionalidade, pois não se sobrepõem formal
ou materialmente ao poder constituinte derivado.

#CEREJADOBOLO: PODER CONSTITUINTE SUPRANACIONAL

É o poder que cria uma constituição, no qual cada Estado cede uma parcela de sua soberania
para que uma constituição comunitária seja criada. O titular desse poder não é o povo, mas o
cidadão universal.

17 FIXCICLANDO 20 TODO DIA | @CICLOSR3

S-ar putea să vă placă și