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Sobre o Autor

Prof. Dr. Devair


Aparecido Arrabaça.

Formação Acadêmica:

ELETRICIDADE Graduado pela


Faculdade de
Engenharia Industrial
(FEI) com o título de:
BÁSICA “Engenheiro Eletricista
Modalidade Eletrônica”
Concluído em 1976.

Mestre em Engenharia
Elétrica pela
Faculdade de
Engenharia Industrial,

CAP 01 Título da Dissertação:


“Aplicação dos
Diagramas de Fasores
no Estudo de

CIRCUITOS EM Retificadores
Industriais”, concluído
em 1995.

CORRENTE Doutor em Engenharia


Elétrica na área de
Sistemas de Potência,
pela Escola Politécnica
da Universidade de
CONTÍNUA São Paulo (EPUSP),
Título da Tese:
“Formulação
Matemática da
característica CC de
Retificadores
Trifásicos de Múltiplos
Pulsos”, concluído em
2004.

CAP 02 Coautor dos livros:


Conversores de

CORRENTE Energia Elétrica


CC/CC para Aplicações
em Eletrônica de
Potência. e

ALTERNADA EM Conversores de
Energia Elétrica CA/CC
Teoria, Prática e
Simulação.

REGIME SENOIDAL Coordenador do


Curso de Eletricidade

PERMANENTE Básica na FEI

FEI 1S_2018
FEI_1S_2018

1
FEI_1S_2018

Sumário 2

CAPÍTULO 01 – Circuitos em Corrente contínua 04

1. – Teoria de Circuitos Elétricos em Corrente Contínua. 04


1-1. Postulados, Convenções e Definições Básicas. 04
Bipolo Elétrico, Circuito Elétrico 04
Ramo, Nó, Laço, Malha, Gerador Ideal de Tensão Elétrica 05
Corrente Elétrica 06
Característica Elétrica de Bipolos, Potência Elétrica 07
Convenção Elétrica de Gerador 07
Convenção Elétrica de Receptor 08
Associação de Bipolos Elétricos 08
Associação Série de Bipolos Elétricos 09
Associação Paralela de Bipolos Elétricos 08
Balanço Geral das Potências Elétricas 08
1-2. Análise de Circuitos Elétricos e as Leis de Kirchhoff. 09
1º. Lei de Kirchhoff 10
2º. Lei de Kirchhoff 11
Característica Elétrica do Resistor 12
Característica Elétrica da Fonte Real de Tensão Contínua 12
1-3. Análise de Kirchhoff e Maxwell para Circuitos Elétricos. 17
Análise de Kirchhoff 17
Análise de Maxwell ou Análise de Malhas 19
Circuitos com Duas Malhas 20
Circuitos com três Malhas 22
1-4. Solução de Circuitos com Uma, Duas e Três Malhas. 23
Circuitos com Uma Malha 26
Circuitos com Duas Malhas 32
Circuitos com Três Malhas 35
1-5. Exercícios Propostos. 40
1-6. Desafios. 46
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CAPÍTULO 02 – Circuitos Monofásicos em Corrente Alternada 51 3


2. –Circuitos Elétricos em Corrente Alternada Senoidal. 51
2-1. Característica Elétrica do Bipolo Ativo ou Fonte. 51
2-2. Característica Elétrica dos Bipolos Passivos ou Receptores. 53
2-2.1 Característica Elétrica do Resistor em CA–Regime
Senoidal. 54
2-2.2 Característica Elétrica do Indutor Ideal em CA–Regime
Senoidal. 56
2-2.3 Característica Elétrica do Capacitor Ideal em CA–Regime
Senoidal. 58
2-3. Circuito R,L,C Série em Corrente Alternada Senoidal. 60
2-4. Circuito R,L,C Paralelo Corrente Alternada Senoidal. 64
2-5. Fator de Potência em Regime Senoidal Monofásico. 67
2-5.1 Cálculo do Capacitor para Correção do Fator
De Potência. 69
2-6. Solução de Exercícios com Uma ou Duas Malhas. 73
2-7. Exercícios Propostos. 83
2-8 Desafios. 89

ANEXO A 94
ANEXO B 100
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CAPÍTULO 01 4

Circuitos em Corrente Contínua


Neste capítulo será estudado o comportamento dos circuitos elétricos com
cargas puramente resistivas alimentadas por um ou mais geradores elétricos de
tensão contínua. Serão introduzidos conceitos sobre: corrente elétrica, tensão
elétrica, potência elétrica, característica de bipolos elétricos, as leis de Kirchhoff
e análise de malhas. Para fixar os conceitos introduzidos serão apresentados
exercícios resolvidos e exercícios propostos com respostas. Nesta obra não há a
preocupação de apresentar informações detalhadas sobre a origem e o
comportamento das grandezas elétricas envolvidas, a preocupação maior é a de
ensinar o leitor a construir e resolver um sistema linear de equações, a partir do
circuito elétrico fornecido, tendo como base os postulados, as convenções e as
leis fundamentais da eletricidade. Espera-se que, após estudar a teoria
apresentada e resolver os exercícios propostos nesse capítulo, o leitor tenha
adquirido condições de analisar e dimensionar a maioria dos circuitos elétricos
contendo resistores e fontes de tensão contínua.

1. – TEORIA DE CIRCUITOS ELÉTRICOS EM CORRENTE CONTÍNUA

1-1. POSTULADOS, CONVENÇÕES E DEFINIÇÕES BÁSICAS.

Por questão de simplicidade de comunicação e de evitar redundâncias nos


textos, ao citar os termos referentes à eletricidade, tais como; circuito(s)
elétrico(s), bipolo(s) elétrico(s), corrente(s) elétrica(s), tens(ões) elétrica(s),
gerador(es) elétrico(s), receptor(es) elétrico(s), potência(s) elétrica(s),....serão,
dentro do possível, subtraídas as palavras elétrico(s) ou elétrica(s).

 Bipolo Elétrico: Qualquer componente elétrico com apenas dois terminais


de acesso é denominado de bipolo elétrico. O bipolo é classificado como ativo
quando ele gera potência (fontes ou geradores) e como passivo quando ele
absorve potência (cargas ou receptores).

 Circuito Elétrico: Um circuito elétrico é formado pela associação de bipolos


elétricos. No exemplo apresentado na figura 1.1 o circuito é formado pela
associação de quatro bipolos, dos quais “B1” é um bipolo ativo (gerador ou
fonte) e “B2”, “B3” e “B4” são bipolos passivos (receptores ou cargas).
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FIG. - 1.1 Exemplo de Circuito Elétrico

 Ramo: Cada bipolo é considerado um ramo do circuito. O circuito desenhado


na figura 1.1 possui quatro bipolos elétricos.
 Nó: O encontro de dois ou mais bipolos definem um nó no circuito. Para
efeito de equacionamento das correntes no circuito, serão considerados
apenas os nós devido ao encontro de três ou mais bipolos no circuito, o nó
devido ao encontro de, apenas, dois bipolos é considerado degenerado, ou
seja, nele a corrente que entra é a mesma que sai, não havendo necessidade
de equacioná-lo. No circuito desenhado na figura 1.1 há três nós, o nó “1”,
degenerado, e os nós “2” e “3”.
 Laço: Qualquer caminho fechado percorrido no circuito define um laço. O
circuito elétrico desenhado na figura 1.1 possui três laços: “B1, B2 e B3”, “B3
e B4” e “B1, B2 e B4”.
 Malha: Qualquer laço que não possui bipolos elétricos no seu interior é
definido como malha. No circuito elétrico desenhado na figura 1.1 existem
apenas duas malhas: “B1, B2 e B3” e “B3 e B4”, observem que o caminho
formado pelos bipolos “B1, B2 e B4” é laço porem não é malha, pois o bipolo
elétrico “B3” está inserido no seu interior.
 Gerador Ideal de Tensão Elétrica: É um bipolo que mantém a tensão nos
seus terminais qualquer que seja a corrente solicitada, os exemplos mais
comuns são: a bateria elétrica do carro e as pilhas alcalinas. Na figura 1.1 o
bipolo elétrico “B1” simboliza um gerador ideal de tensão. A tensão elétrica
também é denominada de diferença de potencial elétrico “ddp”, sendo
representada no circuito por uma flecha cuja seta sempre indica o potencial
elétrico positivo do bipolo. A unidade básica da tensão elétrica é o Volt (V) e
os seus derivados mais comuns estão indicados na tabela 1.1.
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Tabela 1.1 6
Derivado MV kV mV V

Valor 10 6 V 10 3 V 10  3 V 10  6 V

Nasceu na cidade de Como na Itália,


estudou em colégio Jesuíta e em 1800
construiu um aparelho com discos
alternados de prata e zinco, separado por
discos de cartão embebidos em uma solução
salina, empilhados uns sobre os outros, que
ficou conhecido como a Pilha de Volta. A
unidade de medida de tensão, Volt, no
Sistema Internacional, leva o seu nome.
 Corrente Elétrica: é um movimento ordenado de cargas elétricas no interior
de um condutor elétrico, provocado pela presença de uma diferença de
potencial elétrico criada por um gerador de tensão elétrica e aplicada nos
seus terminais. O sentido convencional da corrente elétrica em um circuito é
sempre indo do potencial elétrico de tensão mais positivo em direção ao
potencial elétrico de tensão mais negativo (movimento de cargas positivas).
A unidade básica da corrente elétrica é o Ampère (A) e os seus derivados
mais comuns estão indicados na tabela 1.2.
Tabela 1.2
Derivado MA kA mA A

Valor 10 6 A 10 3 A 10  3 A 10  6 A

Nascido em Lyon, dentre outros feitos


pesquisou o magnetismo provocado por uma
corrente elétrica dando origem a toda a teoria
da eletrodinâmica. Foi professor de física,
química e matemática em Paris, por volta de
1820 em Paris. Em sua homenagem, a unidade
de medida de corrente elétrica, Ampere, no
Sistema Internacional, leva o seu nome.
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 Característica Elétrica de Bipolos: Qualquer bipolo elétrico é caracterizado 7


por uma função característica do tipo “V = f(I)”, onde a variável “V” é a
tensão elétrica e a variável “I” é a corrente elétrica, aplicadas nos seus
terminais. Por este motivo, analisar um circuito elétrico corresponde a
determinar a tensão e a corrente elétrica em cada bipolo, ou ramo, deste
circuito. Por exemplo, analisar o circuito elétrico desenhado na figura 1.1,
corresponde a encontrar os valores das correntes “I1”, “I2”, “I3” e “I4” e das
tensões “V1”, “V2”, “V3” e “V4”.

 Potência Elétrica: Em qualquer bipolo elétrico o produto da tensão pela


corrente elétrica nos seus terminais define a sua potência elétrica "P  V  I" ,
que é fornecida (gerada) ou recebida (dissipada ou útil) pelo bipolo. Essa
potência será sempre fornecida se o bipolo for um gerador ou uma fonte e
recebida, dissipada ou útil se o bipolo for um receptor ou carga elétrica. A
unidade básica da potência é o Watts (W) e os seus derivados mais comuns
estão indicados na tabela 1.3.

Tabela 1.3
Derivado MW kW mW W

Valor 10 6 W 10 3 W 10  3 W 10  6 W

Nascido em Greenock Escócia, aperfeiçoou a


máquina a vapor e definiu a grandeza horse
power (HP) que equivaleria aproximadamente
a capacidade de elevar a um metro de altura
uma massa de cerca de 76 kg em um segundo,
observando a capacidade com que um cavalo
levantava peso. Em sua homenagem, a
unidade de medida de potência, Watt, no
Sistema Internacional, leva o seu nome.

 Convenção elétrica de Gerador: O bipolo será considerado um gerador


elétrico se a corrente entrar pelo seu terminal de potencial elétrico negativo,
(Corrente e tensão elétrica representadas com setas no mesmo sentido).
Investigando o circuito elétrico desenhado na figura 1.1, se conclui que
apenas o bipolo elétrico “B1” é um gerador ou fonte, pois nele as setas
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representativas da corrente e da tensão são concordantes em sentido. 8


Portanto, ao analisar um circuito elétrico e concluir que as setas que
representam a tensão e a corrente elétrica em um determinado bipolo deste
circuito são concordantes, este bipolo é caracterizado como um gerador
elétrico e o valor desta potência gerada é igual ao produto da tensão pela
corrente elétrica neste bipolo.

 Convenção elétrica de Receptor: O bipolo será receptor se a corrente


entrar pelo seu terminal de potencial positivo, (Corrente e tensão
representadas com setas discordantes em sentidos). Investigando o circuito
elétrico desenhado na figura 1.1, se conclui que os bipolos “B2”, “B3” e “B4”
são receptores ou cargas, pois neles as setas representativas das correntes e
das tensões são discordantes em sentido. Portanto, ao analisar um circuito e
concluir que as setas que representam a tensão e a corrente em um bipolo
são discordantes, este bipolo é caracterizado como um receptor e o valor da
potência recebida (dissipada ou utilizada) é igual ao produto da tensão pela
corrente deste bipolo.
 Associação de Bipolos Elétricos: Um circuito elétrico é formado por
bipolos associados em série, em paralelo ou associação mista.

 Associação Série de Bipolos Elétricos: Dois ou mais bipolos estão


associados em série quando forem atravessados pela mesma corrente
elétrica. Na associação série a tensão total aplicada na associação dos
bipolos é dividida entre os bipolos, por isso esta associação é denominada de
divisor de tensão. Analisando o circuito elétrico desenhado na figura 1.1, os
bipolos B1 e B2 estão associados em série, pois são atravessados pela
mesma corrente elétrica, “I1 = I2”.
 Associação Paralela de Bipolos Elétricos: Dois ou mais bipolos estão
associados em paralelo quando estão submetidos à mesma tensão. Na
associação paralela a corrente total que entra ou sai da associação se divide
pelos bipolos, por isso esta associação é denominada de divisor de corrente.
Analisando o circuito elétrico desenhado na figura 1.1, os bipolos “B3” e “B4”
estão associados em paralelo, pois estão submetidos à mesma tensão, “V3 =
V4”.
 Balanço Geral das Potências Elétricas: A potência total gerada
(fornecida) é sempre igual à potência total recebida (dissipada ou útil) no
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circuito, ou seja: uma vez analisado e selecionado quais são os bipolos 9


geradores e quais são os bipolos receptores em um determinado circuito, o
balanço das potências deve ser verificado.

1-2. ANÁLISE DE CIRCUITOS ELÉTRICOS E AS LEIS DE KIRCHHOFF.

Nascido em Königsberg, Alemanha, formado


em física, teve participação fundamental no
entendimento e análise de circuitos elétricos,
na teoria da ciência de espectroscopia e no
desenvolvimento do estudo da emissão da
radiação do corpo negro para aquecimento de
objetos. Com base na teoria da conservação
das cargas elétricas e da energia, em 1845
enunciou as duas leis básicas da eletricidade.
Dimensionar um circuito elétrico corresponde a determinar o valor da
potência em cada bipolo elétrico deste circuito e então selecionar, junto aos
fabricantes, os bipolos de forma que suportem, com segurança, estes valores
encontrados para as potências. No final da análise do circuito sempre é possível
fazer o balanço das potências, isto é, verificar que o valor da potência total
fornecida é igual ao valor da potência total recebida.

Um circuito elétrico pode ser analisado praticamente em laboratório,


através do uso dos instrumentos de medidas, ou então teoricamente através do
seu equacionamento matemático fundamentado nas leis e postulados da
eletricidade; em ambos os casos é preciso determinar o valor da tensão e o
valor da corrente em cada bipolo, para finalmente determinar as potências
envolvidas.

No caso do estudo prático (laboratório), o circuito elétrico já está pronto


com os seus bipolos interligados, então a análise é feita utilizando-se
instrumentos de medidas adequados, que no caso se restringe ao uso do
instrumento denominado de Multímetro, que permite realizar vários tipos de
medidas elétricas, dentre elas podem-se ressaltar as seguintes:

a) Medida de Tensão contínua: Nesta condição o Multímetro é denominado


de Voltímetro e deve ser inserido em paralelo com o bipolo no qual se
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deseja determinar a tensão aplicada. Na maioria das aplicações ele pode 10


ser considerado ideal, ou seja, é um bipolo que não dissipa potência do
circuito. (Se trata de um instrumento com resistência elétrica interna
muito grande e, consequentemente, com corrente desprezível).
b) Medida de Corrente Contínua: Nesta condição o Multímetro é denominado
de Amperímetro e deve ser inserido em série com o bipolo no qual se
deseja determinar a corrente. Na maioria das aplicações ele é considerado
ideal, ou seja, é um bipolo que não dissipa potência no circuito. (Se trata
de um instrumento com resistência elétrica interna muito pequena e,
consequentemente, com tensão desprezível).

No caso do estudo teórico, realiza-se o estudo aplicando-se os conceitos


básicos das duas leis de Kirchhoff e da característica elétrica “V=f(I)” de
bipolos, obtendo-se um sistema de equações que, uma vez resolvido, permite
obter os valores da tensão e da corrente em cada bipolo do circuito e, então
efetuar o balanço das potências dimensionando corretamente este circuito.
É possível fazer a seguinte afirmativa: Aplicando-se as duas leis de
Kirchhoff e conhecendo-se a característica elétrica dos bipolos que constituem o
circuito, é possível analisar e dimensionar qualitativamente qualquer circuito
elétrico, motivo pelo qual se apresenta o estudo a seguir.

 1o. Lei de Kirchhoff: Em qualquer nó (encontro de três ou mais bipolos)


do circuito a soma algébrica das correntes é sempre igual à zero. Para
aplicar essa lei e obter as equações das correntes no circuito, adota-se um
sentido arbitrário para representar a corrente em cada bipolo e considera-
se que: a soma das correntes que entram em um nó é igual à soma das
correntes que saem desse nó. De acordo com essa orientação, os nós (2 e
3) do circuito ilustrado na figura 1.1 fornecem as seguintes equações:
Nó “2” -> I1= I2+I3 (01)
Nó “3” -> I2+I3= I1 (02)
Como é fácil de perceber a equação do nó “3” é a mesma que a equação
do nó “2” e não precisa ser considerada, pois não trás informação nova para o
sistema de equações. Desta observação conclui-se que: “Em um circuito com
“n” nós, não degenerados, apenas “n-1” equações de “nós” interessam para o
sistema final de equações.” O nó não considerado no equacionamento é adotado
como nó de referência e a ele é atribuído o potencial zero ou terra. Como no
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circuito da figura 1.1 existem dois “nós”, apenas uma única equação de nó é 11
relevante para o sistema final de equações, que é a equação (01) ou a equação
(02).
 2o. Lei de Kirchhoff: Em qualquer laço (caminho fechado) do circuito a
soma algébrica das tensões pertencentes a esse laço é sempre igual à
zero. Existem alguns métodos para se aplicar corretamente essa lei e obter
o sistema final de equações das tensões do circuito. Nessa obra será
considerado o seguinte método:
1º. Caso não sejam fornecidos os sentidos para representação das
correntes e tensões no circuito, adotar arbitrariamente estes sentidos.
2º. Seleciona-se um determinado laço, percorre-se esse laço no sentido
horário somando-se algebricamente as tensões pelo caminho, atribuindo
sinal positivo para as tensões cujas setas representativas discordam do
sentido de percurso e sinal negativo para aquelas que concordam com o
sentido de percurso.
De acordo com essa orientação, os laços (L1, L2 e L3) do circuito ilustrado
na figura 1.1 fornecem as seguintes equações:
Laço=Malha (B1,B2 e B3) -> - V1 + V2 + V3 = 0 (03)
Laço (B1, B2 e B4) -> - V1 + V2 + V4 = 0 (04)
Laço=Malha (B3 e B4) -> - V3 + V4 = 0 (05)
Analisando este sistema de equações se observa que a equação obtida no
laço (B1, B2 e B4) é combinação linear das equações obtidas nos outros dois
laços, ou seja, somando-se as equações obtidas nos laços (B1, B2 e B3) e (B3 e
B4) obtém-se a equação do laço (B1, B2 e B4). Então se pode generalizar e
afirmar que: “Em um circuito elétrico as equações de tensões que interessam
para o sistema final são aquelas obtidas pela aplicação da 2º. lei de Kirchhoff
aplicada apenas às malhas do circuito”. Por exemplo, no circuito ilustrado na
figura 1.1 existem duas malhas e, portanto há duas e apenas duas equações de
tensões que interessam para o sistema final de equações, que são as equações
(03) e (05).
Obs: Os circuitos, aqui considerados, serão constituídos por fontes reais de
tensão contínua e por resistores elétricos associados em série, paralelo ou
misto. Para representar as correntes e as tensões nesses circuitos, basta
lembrar que nas fontes a corrente e a tensão concordam em sentidos e nos
resistores a corrente e a tensão discordam em sentidos.
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 Característica Elétrica do Resistor: O resistor é sempre um bipolo 12


elétrico receptor ou passivo, cuja equação característica V = f(I) é definida
pela lei de Ohm, que estabelece a seguinte relação: V  R  I .

Físico alemão nascido em Erlangen. No ano


de 1827 publicou o seguinte enunciado: "A
intensidade da corrente elétrica que percorre
um condutor é diretamente proporcional à
diferença de potencial e inversamente
proporcional à resistência do circuito". Até
hoje conhecido como a Lei de Ohm. Em sua
homenagem a unidade de resistência elétrica,
Ohm, do Sistema Internacional, tem seu nome.

A tabela abaixo apresenta de forma resumida, as principais considerações


atribuídas ao bipolo resistor elétrico:

Bipolo Receptor Característica Potência Recebida Símbolo


Resistência
V2
Unidade V RI PVI   R I2
R
(Ohm - )

 Característica Elétrica da Fonte Real de Tensão Contínua: A fonte


real de tensão contínua é um bipolo ativo que corresponde à associação
série (mesma corrente) de uma fonte ideal de tensão com um resistor
(perdas), conforme ilustra o desenho da figura 1.2, a tensão gerada “E” é
denominada de “Força Eletromotriz” e a sua unidade é o Volts (V).

FIG. - 1.2 – Fonte Real de Tensão Contínua


A partir da segunda lei de Kirchhoff e da característica elétrica de bipolos,
pode-se escrever as seguintes equações:
V  E  Vr (06)
Vr  r  I (07)
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13
Combinando as equações (06) e (07), obtêm-se a equação característica
elétrica da fonte real de tensão contínua, estabelecida equação (08) a seguir:
V Er I (08)
A equação (08) permite estabelecer as seguintes conclusões:
a) Em uma fonte real de tensão, a tensão fornecida ou útil “E” é igual à
tensão gerada “V” menos a tensão perdida internamente “Vr”.
b) Multiplicando-se a equação (08) pela corrente “I” que atravessa a fonte,
obtêm-se as expressões que representam as potências em fonte real de
tensão, conforme ilustra a tabela 1.4.
Tabela 1.4

Equação das Potências V  I  E  I  r  I2

Potências envolvidas Pu  Pg  Pd

Potência útil Pu  V  I

Potência gerada Pg  E  I

Potência dissipada internamente Pd  r  I2  Vr  I

A seguir são apresentados dois exemplos a título de fixação dos conceitos


apresentados.
1º. Dado o circuito elétrico desenhado na figura 1.3a, onde a tensão
gerada pela fonte é igual a 60 Volts, responda as seguintes perguntas:
a) Indicar no circuito os sentidos reais da corrente e das tensões.
b) Qual o valor da potência dissipada no resistor de 10.
c) Qual o valor da potência total gerada.

FIG. - 1.3 a) Circuito fornecido. b) Circuito com indicações das


correntes e das tensões.
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Como no circuito da figura 1.3a há somente uma fonte e lembrando que 14


na fonte a corrente e a tensão possuem mesmo sentido, é fácil verificar que o
“real” sentido da corrente no circuito é o horário e como os resistores são
sempre receptores, o sentido das tensões sobre eles é o oposto ao da corrente,
resultando as representações indicadas no circuito desenhado na figura 1.3b.
Para determinar os valores das correntes e das tensões aplicam-se as leis
de Kirchhoff e a característica elétrica de bipolos, obtendo-se equações a seguir:
Como há somente um laço no circuito, adotando-se o sentido horário de
percurso obtém-se a seguinte equação das tensões:
V1  V2  V3  V4  E  0 (09)
Como a tensão da fonte é igual a “60 Volts”, a equação característica de
cada resistor é igual a “V=R.I” e que a corrente “I” é única no circuito, pode-se
escrever a seguinte equação:
5  I  5  I  10  I  5  I  60  0 (10)
Dando como resultado o valor para a corrente:
I   2,4A (11)

Como o sentido da corrente “I” foi “adotado corretamente” o resultado


encontrado para a corrente foi positivo “+2,4A”, caso contrário esse resultado
seria negativo, indicando que o sentido que foi “adotado” é contrário ao sentido
real da corrente no circuito. Portanto, neste caso, a corrente percorre o circuito
no sentido horário com módulo de valor igual a 4A.
Em seguida se calcula a queda de tensão sobre cada bipolo do circuito,
conforme a indicação feita no circuito desenhado na figura 1.4, obtendo-se as
respostas procuradas.

a) Indicação e valores das correntes e tensões no circuito.

FIG. - 1.4 Circuito desenhado com as indicações dos sentidos e valores


das tensões e das correntes.
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b) Potência dissipada no resistor de 10 . 15


P10  V3  I  P10  24  2,4  P10  57,6W (11)

c) Potência total gerada:


PTg  60  2,4  PTg  144W (12)

Observações:
 Como a potência total gerada ou fornecida (bipolos geradores ou fontes) é
sempre igual à potência total recebida (bipolos receptores) é prudente
verificar se o balanço confere:
PTr  V1  I  V2  I  V3  I  V4  I 

PTr  12  2,4  12  2,4  24  2,4  12  2,4 

PTr  144W . (balanço de potências conferido) (13)

 Como os resistores são percorridos pela mesma corrente estão associados


em série e podem ser substituídos por um único resistor igual à soma
desses resistores, ou seja: 5  5  10  5  25 . Generalizando, pode-se
afirmar que na associação série o resistor equivalente é igual à soma dos

resistores individuais, ou que: R eq   Rsérie .


 No circuito existem 5 bipolos: 1 gerador e 4 receptores, sendo que a
potência fornecida pelo gerador é, proporcionalmente, recebida, dissipada
ou utilizada pelos resistores.
2º. Dado o circuito elétrico desenhado na figura 1.5a, onde as forças
eletromotrizes são, respectivamente, iguais a 60V e 85V, responda as seguintes
perguntas:

a) Indicar no circuito os sentidos reais da corrente e das tensões.


b) Qual o valor da e a natureza da potência no bipolo E1.
c) Qual o valor da potência total gerada.

FIG. - 1.5 a) Circuito Fornecido. b) Circuito com indicação dos sentidos


adotados para a corrente e as tensões.
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No circuito da figura 1.5a os resistores são bipolos receptores, porem os 16


bipolos E1 e E2 podem funcionar como receptor ou gerador, então adotando
“E1” como bipolo gerador a corrente pelo circuito terá sentido horário e
consequentemente as tensões nos resistores terão sentidos opostos ao da
corrente, como ilustra o circuito desenhado na figura 1.5b. Os sentidos das
tensões nos supostos geradores (E1 e E2) sempre indicam o potencial positivo,
independente do sentido da corrente no bipolo. De acordo com o circuito da
figura 1.5b pode-se obter as seguintes equações:
Laço=Malha: V1  V2  V3  V4  E2  E1  0 (14)
Característica: 5  I  5  I  10  I  5  I  85  20  0
Solução: 25  I  25
Portanto: I  1,0A (15)

Como resultou um valor negativo para a corrente, o sentido “real” é o


sentido oposto ao adotado, ou seja, sentido anti-horário e com o módulo de
valor igual a “1A”. Conhecendo-se o valor e o sentido da corrente é possível
obter as respostas procuradas:
a) Indicação e valores das correntes e tensões no circuito.
Resulta o circuito desenhado na figura 1.6, onde estão representados os
valores e os sentidos das tensões e da corrente em cada bipolo.

FIG. - 1.6 Circuito elétrico com as indicações dos sentidos e dos valores
das tensões e da corrente.

b) Potência dissipada no resistor de 10 .


P10  V3  I  P10  10  1  P10  10W (16)

c) Potência total gerada:


PTg  85  1  PTg  85W (17)
FEI_1S_2018

OBS: 17
 No circuito apenas o bipolo E2 é gerador, a princípio se imagina que há
dois geradores, porem a corrente calculada entra pelo terminal positivo de
“E1” caracterizando-o como receptor. Esta situação é possível quando se
está energizando (carregando) a bateria do carro.

 Como a potência total gerada é sempre igual à potência total recebida é


prudente verificar se o balanço confere:
PTr  V1  I  V2  I  V3  I  V4  I  E1  I 

PTr  5  1  5  1  10  1  5  1  60  1 

PTr  85W . (balanço de potências conferido) (18)

 No circuito existem 6 bipolos elétricos: 1 gerador e 5 receptores, sendo


que a potência total fornecida é igual a 85W dos quais, 25W são dissipados
nos resistores e 60W são recebidos pelo bipolo E1.

1-3. ANÁLISES DE KIRCHHOFF E MAXWELL PARA CIRCUITOS ELÉTRICOS.

a) ANÁLISE DE KIRCCHHOFF
Em geral os circuitos elétricos podem ser analisados aplicando-se as duas
leis básicas de Kirchhoff e o conceito de característica de bipolos. Assim sendo,
considere o circuito desenhado na figura 1.7, onde uma fonte de tensão contínua
fornece 110V a quatro resistores, 10kΩ, 2kΩ, 1kΩ e 1kΩ, de carga.

FIG. - 1.7 Circuito com 5 bipolos.


O sistema de equações que permite analisar este circuito pode ser obtido
da seguinte maneira:

1º. Acrescentar os sentidos das correntes e das tensões em cada bipolo


obedecendo as convenções de gerador e receptor, obtendo o circuito desenhado
na figura 1.8.
FEI_1S_2018

18

FIG. - 1.8 Circuito com as indicações das correntes e das tensões.

2º. Aplicar as duas leis de Kirchhoff e obter o sistema de equações das


correntes e das tensões do circuito, de acordo com o seguinte
procedimento:
- Selecione no circuito os nós não de referência, neste caso apenas o nó
”B”, e aplique a 1º. Lei de Kirchhoff obtendo a equação (19).
Nó B: Ia  Ib  Ic  Ib  Ia  Ic (19)
- Selecione no circuito as malhas, neste caso as malhas “ABEF” e “BCDE”
e aplique a 2º. Lei de Kirchhoff obtendo as equações (20) e (21).

Malha ABEF: 110  V1  V2  V1  V2  110 (20)


Malha BCDE: V2  V3  V4  V3  V4  V2  0 (21)
3º. Utilize a equação característica “ V  R  I ” aplicada a cada resistor do
circuito, obtendo as equações (22), (23), (24) e (25).
V1  10k  Ia (22)
V2  2k  Ib (23)
V3  1k  Ic (24)
V4  1k  Ic (25)
Substitua as equações características nas respectivas equações de
malhas, obtendo as equações (26) e (27).
10k  Ia  2k  Ib  110 (26)
1k  Ic  1k  Ic  2k  Ib  0 (27)
4º. Resolva o sistema final de equações, formado pelas equações (19),
(26) e (27), que permite calcular as correntes do circuito e consequentemente
dimensioná-lo. A seguir é feito os calculados dessas correntes.
Substitua a equação (19) nas equações (26) e (27) e realize o tratamento
matemático até obter o sistema matricial de equações (28).
FEI_1S_2018

10k  Ia  2k  (Ia  Ic )  110 19


1k  Ic  1k  Ic  2k  (Ia  Ic )  0

 12k  Ia  2k  Ic  110 
 
 2k  Ia  4k  Ic  0 

Organizando esse sistema de equações em forma de matriz, resulta o


seguinte sistema matricial de equações:

 12k  2k  Ia 110 


      (28)
  2k 4k  Ic   0 

A solução do sistema fornece os seguintes valores: Ia  10 mA e Ic  5 mA ,


que substituídos na equação (19) fornece o valor: Ib  5 mA .
Como todos os valores encontrados para as correntes são positivos, todas
elas foram “chutadas” no sentido correto, então se calcula as potências em cada
bipolo e em seguida se faz o balanço das potências. Resultam os seguintes
valores:

Potência total gerada  PTG  110  10  10 3

PTG  1100mW

Potência total dissipada  PTR  10k  Ia2  2k  Ib 2  1k  Ic 2  1k  Ic 2


PTR  10  103  10  10 3 
2

 2  103  5  10 3 
2

 103  5  10 3 
2

 103  5  10 3 
2

PTR  1100 mW (Balanço conferido).

b) ANÁLISE DE MAXWELL OU ANÁLISE DE MALHAS

Nascido em Edimburgo, Escócia, foi o físico que


mais contribuiu para a física matemática,
explicando os fenômenos físicos da época através
de equações. Entre os anos de 1860 e 1865
elaborou a teoria do eletromagnetismo, ainda
hoje ensinada como foi desenvolvida a mais de
um século atrás. No estudo da eletricidade
elaborou a análise de circuitos elétricos através
das “Equações de Maxwell”.
FEI_1S_2018

O método enunciado por Maxwell é uma simplificação das leis de 20


Kirchhoff, cujo procedimento é o de se fixar para cada uma das “m” malhas
isoladas do circuito “m” correntes fictícias, todas circulando no mesmo sentido
(será considerado o sentido horário) e em seguida montar um sistema matricial
com “m” equações e “m” incógnitas, que resolvido permite determinar os
valores e os sentidos corretos dessas correntes fictícias. Uma vez conhecido os
valores das correntes fictícias das “m” malhas, por analogia é possível
determinar o valor de cada corrente de ramo e então dimensionar os bipolos
que constituem o circuito.
Para mostrar praticidade da aplicação desse método serão considerados
circuitos com duas ou três malhas e em seguida determinado os valores das
correntes dos ramos destes circuitos a partir de um enunciado, passo a passo,
para aplicação do método. Com isto espera-se que o leitor consiga estender o
método para a solução de circuito com “m” malhas.

 Circuitos com duas malhas.


Considere o circuito desenhado na figura 1.7, antes resolvido pela
aplicação das Leis de Kirchhoff, a solução por Maxwell é assim obtida:
1º. Identificar todas as Malhas do circuito. (Malha “  ” e Malha “  ”)

2º. Adotar obrigatoriamente todas as correntes fictícias de malhas no


sentido horário (correntes “  ” e “  ”). Resultando o circuito desenhado na

figura 1.9.

FIG. - 1.9 Circuito com as indicações das correntes de malhas.

3º. Obter um sistema matricial de duas equações a duas incógnitas com o


formato indicado na equação (29):
 R   R    E 
    (29)
  R   R      E 
FEI_1S_2018

Onde os elementos em cada matriz são assim obtidos: 21


“ R  ” é um elemento sempre positivo e igual à soma dos resistores que

pertencem a malha “  ”. No caso: R  = 10k + 2k = 12k

“ R  ” é um elemento sempre positivo e igual à soma dos resistores que

pertencem a malha "  ". No caso: R  = 1k + 1k + 2k = 4k

“ R   R  ” são elementos sempre iguais entre si e negativos, com valor

igual ao da resistência comum às malhas "  ” e “  ". No caso: R   R  = 2K

“ E ” é um elemento sempre igual à soma algébrica das forças

eletromotrizes das fontes de tensões que pertencem à malha “  ”, sendo


positivo se a corrente da malha sair pelo polo positivo da fonte e negativo caso
contrário. No caso: E = + 110.

“ E ” é um elemento sempre igual à soma algébrica das forças eletromotrizes

das fontes de tensões que pertencem à malha "  ", sendo positivo se a corrente

da malha "  " sair pelo polo positivo da fonte e negativo caso contrário. No

caso: E = 0, pois não há gerador na malha "  ".

Resulta então o seguinte sistema matricial de equações apresentado em


(30), que é o mesmo sistema obtido em (28), sem passar pelas equações de
Kirchhoff.

12K  2K  Ia 110


      (30)
 2K 4K  Ic   0 

A solução do sistema fornece os módulos (valores) e os sentidos (sinais)


das correntes fictícias de malha, ou seja:   10 mA e   5 mA , como os

sinais são positivos os sentidos adotados estão corretos, caso contrário se


inverteria o sentido. As correntes de ramos (Ia, Ib e Ic) são iguais à soma
algébrica das correntes fictícias de malhas (  e  ), obtendo as seguintes

relações:

Ia  I  pois o ramo “a” pertence apenas à malha “  ” e o seu sentido no ramo

coincide com o sentido na malha, obtendo: Ia  10 mA


FEI_1S_2018

Ic  I  pois o ramo “c” pertence apenas à malha “  ”e o seu sentido no ramo 22

coincide com o sentido na malha, obtendo: Ic  5 mA

Ib  I  I  pois o ramo “b” pertence simultaneamente às malhas “  ” e “  ”,

sendo que o sentido da corrente no ramo “b” concorda (sinal +) com o sentido
da corrente da malha “  ” e discorda (sinal -) do sentido da corrente de malha
“  ”, obtendo: Ib  5 mA .

 Circuitos com três malhas.


Dado um circuito elétrico qualquer contendo fontes de tensão contínua e
resistores formando três malhas " ,  e " , pode-se, pela aplicação da análise

de Maxwell, obter diretamente o sistema matricial de equações que permite


determinar os valores das correntes dos ramos, seguindo os seguintes passos:
1° - Adotam-se as correntes fictícias “ ,  e  ” nas respectivas malhas,

todas orientadas no sentido horário.


2° - Montar diretamente do circuito um sistema matricial de equações 3X3
conforme indicação a seguir:
 R   R   R   E 
     
 R   R   R        E 
     
 R   R   R      E  
Os elementos da matriz (3X3) de resistores e do vetor (3X1) das fontes
são assim obtidos:
“ R  ” é um elemento sempre positivo e igual à soma dos resistores que

pertencem a malha “  ”.
“ R  ” é um elemento sempre positivo e igual à soma dos resistores que

pertencem a malha "  ".

“ R  ”é um elemento sempre positivo e igual à soma dos resistores que

pertencem a malha "  "


“ R   R  ” são elementos sempre negativos e iguais entre si e à

resistência comum às malhas "  ” e “  ".

“ R   R  ” são elementos sempre negativos e iguais entre si e à

resistência comum às malhas "  ” e “  ".


FEI_1S_2018

“ R   R  ” são elementos sempre negativos e iguais entre si e à 23


resistência comum às malhas "  ” e “  ".
“  E ” é um elemento sempre igual à soma algébrica das forças
eletromotrizes das fontes de tensões que pertencem à malha “  ”, sendo
positivo se a corrente fictícia da malha "  " sair pelo polo positivo da fonte e
negativo caso contrário.
“  E ” é um elemento sempre igual à soma algébrica das forças
eletromotrizes das fontes de tensões que pertencem à malha "  ", sendo
positivo se a corrente da malha "  " sair pelo polo positivo da fonte e negativo
caso contrário.
“  E  ” é um elemento sempre igual à soma algébrica das forças
eletromotrizes das fontes de tensões que pertencem à malha “  ”, sendo
positivo se a corrente fictícia da malha “  ” sair pelo polo positivo da fonte e
negativo caso contrário.

Exemplos de aplicação:
a) Dado o circuito desenhado na figura 1.10 determine as correntes fictícias das
malhas e desenhe o circuito com os sentidos e valores corretos das correntes
dos ramos.

FIG. - 1.10 Circuito com três malhas.

(8  2) 2 0     20  8 
     
  2  (2  4  4) 4       8  28 
  0 4  (4  10  6)     28  16 

 10  2  0     12 
     
 2  10  4       20 
 0  4  20     44

Cuja solução fornece os seguintes valores fictícios:


  1,   - 1 e   2 a partir dos quais se determinam as correntes de

ramos, ou seja:
FEI_1S_2018

Ia    Ia   1A 24
Ib   -   Ib  1 - (-1)  Ib  2A
Ic    Ic  - 1A

Id    Id   2A

Ie   -   Ie  (-1) - 2  Ie  - 3A

As correntes com resultados positivos foram “adotadas” no sentido correto


e as correntes com resultados negativos foram “adotadas” no sentido inverso e,
portanto o sentido correto é o oposto do sentido “adotado”. Desta forma,
obtém-se o circuito da figura 1.11 com as indicações corretas das correntes dos
ramos. Observe que o bipolo de “8V” funciona como receptor, pois a corrente
entra pelo seu terminal de potencial positivo.

FIG. - 1.11 Circuito com as indicações corretas das correntes nos ramos.

b) Dado o circuito desenhado na figura 1.12 determine as correntes fictícias das


malhas e desenhe o circuito com os sentidos e valores corretos das correntes
dos ramos.

FIG. - 1.12 Circuito com três malhas.


FEI_1S_2018

(5  5  10) 5  10     20  25  25
     
 5  (5  10  15)  0       20  40
  10 0  (10  10)     40 

 20  5  10     45 
     
 5  30  0       20 
 10  0  20     40

Cuja solução fornece os seguintes valores fictícios:

  - 2,   - 1 e   1 a partir dos quais se determinam as correntes de

ramos, ou seja:
Ia    Ia  - (-2)  Ia  2A (sentido correto)

Ib   -   Ib  - 2 - (-1)  Ib  - 1A (sentido invertido)

Ic    Ic  - 1A (sentido invertido)

Id     Id  - 1A (sentido invertido)

Ie   -   Ie  1 - (-1)  Ie   2A (sentido correto)

If   -   If  1 - (-2)  If   3A (sentido correto)

Então resulta o circuito desenhado na figura 1.13 com as indicações


corretas das correntes dos ramos.

FIG. - 1.13 Circuito com as indicações corretas das correntes nos ramos.
OBS: Verifique o balanço das potências.
FEI_1S_2018

1-4. SOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS COM UMA, DUAS E TRÊS MALHAS. 26

A) Circuitos com uma malha.

A–01 Dado o circuito elétrico desenhado na figura 1.14a, pede-se responder as


seguintes perguntas:
a) Desenhar o circuito com as indicações corretas dos sentidos e valores das
correntes e tensões.
b) Calcule o valor da potência dissipada no resistor de 10.
c) Calcule o valor da potência total gerada.

Solução:

FIG. - 1.14 a) Circuito elétrico


b) Indicação do sentido adotado para a corrente.

Como há somente uma malha, obtém-se apenas uma equação matricial,


ou seja:
15  10    60  40     4  I    I  4A (sentido correto)

a) Indicação e valores da corrente e das tensões no circuito.

FIG. - 1.15 Circuito com as indicações de corrente e tensões.


FEI_1S_2018

b) Potência dissipada no resistor de 10 . 27


P10  V  I  P10  40  4  P10  160W

c) Potência total gerada


PTg  60  4  40  4  PTg  400W

OBS: Verifique o balanço das potências.

A–02 Dado o circuito elétrico desenhado na figura 1.16a, sabe-se que o resistor
de 15 dissipa 240W, pede-se determinar:
a) O valor da força eletromotriz “E”.
b) O valor da tensão VAB  entre os pontos A e B.

c) O valor da tensão VCA  entre os pontos C e A.

d) O valor da potência total recebida.

FIG. - 1.16 a) Circuito elétrico


b) Indicação do sentido adotado para a corrente.

Solução:
Equação obtida a partir da malha “  ”  15  2  8    60  E (31)

Equação obtida a partir da potência  PR  R  I  240  15   


2 2
(32)

Combinando as equações (31) e (32) obtém-se as respostas indicadas em (33):


  4 ou   4 (33)
É necessário verificar se as duas respostas são possíveis:
Para   4  15  2  8  4  60  E  E=40V (resposta válida)

Para   4  15  2  8   4  60  E  E=-160V como “E” deve assumir

um valor positivo, esta resposta deve ser descartada.


Portanto as respostas procuradas estão calculadas a seguir:
FEI_1S_2018

a) Cálculo do valor da tensão VAB  VA  VB  entre os pontos A e B. 28

Separando o circuito em duas partes, conforme figura acima, e adotando


o sentido horário para percurso do laço, obtêm-se os seguintes resultados:
Circuito 1   VAB  15  4  8  4  60  0  VAB  32V

Circuito 2  2  4  40  VAB  0  VAB  32V

Os resultados são iguais, mostrando que uma vez dividido o circuito em


partes, no caso duas, o resultado independe da parte selecionada para análise,
bastando equacionar uma delas para obter a resposta procurada. Escolher para
análise a parte mais simples, que neste caso é o circuito 2.
b) O valor da tensão VCA  VC  VA  entre os pontos C e A.

Adotando o sentido horário para analisar a parte


selecionada, obtém-se o seguinte resultado:
 VCA  60  15  4  0 

VCA  0V

OBS: Verifique que o resultado se mantém caso se


faça a análise utilizando a outra parte do circuito.

c) O valor da potência total dissipada.


Os resistores são os bipolos receptores, portanto a potência total dissipada é
obtida pela seguinte equação:

PTd  15  8  2  42  PTd  400W .

A–03 No circuito desenhado na figura 1.17a o resistor de 10 dissipada 160W.


Pede-se determinar a polaridade e o valor da força eletromotriz “E” do bipolo
ativo ideal ligado entre os pontos “A e B”. Sinalize a corrente e as tensões nos
possíveis circuitos que satisfazem essa condição.
FEI_1S_2018

29

FIG. - 1.17 a) Circuito elétrico


b) Indicação do sentido adotado para a corrente.
Solução:
Equação obtida a partir da malha “  ”:
7  8  10     40  E
Equação obtida a partir da potência:

P10  10   2  160  10   2     4

Para    4  7  8  10   4   40  E  E=+60V

Para    4  7  8  10   4   40  E  E=-140V

Resultam então os circuitos desenhados na figura 1.18 que satisfazem a


condição imposta pelo exercício. Estão indicadas em cada circuito os valores e
sentidos da corrente e tensões.

FIG. - 1.18 Circuitos que satisfazem a condição do exercício A-03.

Obs: Como a força eletromotriz “E” sempre é um valor positivo a polaridade o


bipolo ativo ideal do circuito “B” possui polaridade invertida em relação ao do
circuito “A”. Confira o balanço das potências.
FEI_1S_2018

A–04 Considere o circuito desenhado na figura 1.19 e calcule o valor do resistor 30


“R” para que o mesmo dissipe 240W.

FIG. - 1.19 a) Circuito elétrico


b) Indicação do sentido adotado para a corrente.

Solução:
Equação obtida a partir da malha “  ”:
R  4  6     60  160 (34)

Equação obtida a partir da potência dissipada em “R”:


240
PR  R   2  240  R   2   2  (35)
R
A equação (34) pode ser assim reescrita:

R  102  2  (100)2 (36)

Combinando as equações (35) e (36) obtém-se os seguintes resultados


apresentados em (37).

R  102  240  10000


R
240  R2  4800  R  24000  10000 R
240  R2  5200  R  24000  0

3  R2  65  R  300  0

R 
65  652  4  3  300  R 
65  25
6 6
20
R  15 ou  R  (37)
3
Como os resultados são positivos, ambos atendem a exigência do
exercício.
OBS: Verifique que substituindo “R” pelos valores encontrados a potência nele
dissipada é igual a 240W. Confira o balanço das potências.
FEI_1S_2018

A–05 Considere o circuito desenhado na figura 1.19a, estudado no exercício 31


anterior, e determine o valor da potência que o resistor “R” deve dissipar para
que se tenha um valor único para “R”.

Solução:

Equação obtida a partir da malha “  ”:


R  4  6     60  160
R  10    100 (38)

Equação obtida a partir da potência dissipada em “R”:

PR  R   2

PR
R  (39)
 2
Substituindo a equação (39) na equação (38) obtém-se equação (40) a
seguir:
P 
 R  10    100
  2 

P  10   2 
 R     100
  2 

P  10   2 
 R   100
  

10   2  100    PR  0

2  10    0,1  PR  0

 10  102  4  0,1  PR
 (41)
6
Então, para que a resposta da equação (41) seja única o seu discriminante
“  ” deve ser nulo, obtendo-se o resultado apresentado na equação (42):

102  4  0,1  PR 0

0.4  PR  100

PR  250W. (42)

OBS: Como exercício, desenhe o circuito correspondente e indique o valor da


corrente e das tensões nos bipolos. Verifique o balanço das potências.
FEI_1S_2018

B) Circuitos com duas malhas. 32

B–01 Considere o circuito desenhado na figura 1.20a e responda as perguntas:


a) Desenhe o circuito com os valores e as indicações das correntes e tensões
em cada bipolo.
b) O valor da potência dissipada no resistor de 10 .
c) O valor da potência total gerada.

FIG. - 1.20 a) Circuito elétrico


b) Indicação do sentido adotado para a corrente.

Solução:

Equações das malhas:

 25  0     60  40
     
  0  20      60  40
A solução do sistema fornece os valores das correntes fictícias:
  4 e   5
Obtendo-se os seguintes valores para as correntes de ramos:
I1    I1  4A (sentido real concorda com o sentido adotado)
I2    I2  5A (sentido real discorda do sentido adotado)
I3      I3  9A (sentido real concorda com o sentido adotado)

a) O circuito desenhado na figura 1.21 mostra a indicação das correntes e


tensões reais nos bipolos:

FIG. - 1.21 a) Circuito com as indicações das correntes e tensões.


FEI_1S_2018

b) Potência dissipada no resistor de 10. 33

P10  R  I12

P10  10  42

P10  160W

c) Cálculo do valor da potência total gerada.


Há três geradores no circuito, portanto a potência total gerada é obtida
somando-se a potência em cada um deles:
PTg  60  4  40  9  60  5

PTg  900W

OBS: Verifique o balanço das potências.

B–02 Determine o valor da resistência “R” indicada no circuito desenhado na


figura 1.22a, para que a tensão sobre ela seja igual a 25V. Desenhe o circuito
resultante com as indicações das correntes nos ramos.

FIG. - 1.22 a) Circuito elétrico


b) Indicação do sentido adotado para a corrente.
Há dois casos a serem considerados: Chamando de “A” e “B” os terminais
do resistor “R” a tensão sobre ele poderá ser:
a) VAB  25V

b) VBA  25V

Equações das malhas:


 25  0     10  50  40
      (43)
  0  (R  15      60  40 

R  15    100 (44)


FEI_1S_2018

 Para a condição em que “ VAB  25V ” obtém-se a equação: 34


VAB  R    25  R  
25
 (45)
R
Combinando as equações (44) e (45) obtém-se o resultado apresentado
na equação (46) a seguir:

R  15  25  100  25  R  375  100  25  R  375  100  R


R R
25  R  100  R  375  125  R  375
R   3 (46)
Esta condição é impossível do ponto de vista de circuitos, pois não existe
resistor com valor negativo.

 Para a condição em que “ VBA  25V ” obtém-se a equação:


VAB  R     25  R    
 25
 (47)
R
Combinando as equações (44) e (47) obtém-se o resultado apresentado
na equação (48) a seguir:

R  15   25  100   25  R  375  100  R  75  R  375


R
R   5 (48)
Portanto o único valor que satisfaz as condições impostas pelo enunciado
do exercício é R  5  . Resolvendo o sistema de equações apresentado em (43)
obtém-se os valores: "    4" e "    5" .
Obtendo-se os seguintes valores para as correntes de ramos:
I1    I1  5A (Sentido real discorda do sentido adotado)
I2      I2  9A (Sentido real concorda com o sentido adotado)
I3    I3  4A (Sentido real concorda com o sentido adotado)

FIG. - 1.23 Circuito elétrico com as indicações das correntes.


OBS: Como exercício, verifique o balanço das potências e determine a tensão
VCA  entre os pontos “C e A” do circuito.
FEI_1S_2018

C) Circuitos com três malhas. 35

Charles Wheatstone (1802-1875) Físico e


inventor inglês nascido em Gloucester. Foi
um autodidata no campo da ciência, inventor
do estereoscópio, do pêndulo eletromagnético,
do telégrafo automático. A significante
contribuição para o mundo da ciência da
eletricidade foi imortalizar a “Ponte de
Wheatstone”, circuito elétrico idealizado por
Samuel Hunter Christie em 1833.

Para exemplificar circuitos com três malhas foi, propositalmente, escolhido


o circuito da “Ponte de Wheatstone”, cujo arranjo possui várias aplicações em
eletricidade e dentre elas se destaca o uso para a leitura de valores de resistores
elétricos. O circuito, apresentado na figura 1.24, é composto por uma fonte de
tensão “E”, um galvanômetro “G” e um arranjo formado por quatro resistores,
dos quais dois resistores “ R1 ” e “ R 2 ” com valores fixos e conhecidos, um

resistor “ R 3 ” com valor ajustável e conhecido (década de resistores) e um

resistor “ R x ” com valor desconhecido.

FIG. - 1.24 – Circuito da Ponte de Wheatstone


Para determinar o valor do resistor “ R x ” ajusta-se o valor do resistor “ R 3 ”

para que a corrente elétrica no galvanômetro “G” seja nula, condição em que a
ponte está em equilíbrio, então analisando o circuito nestas condições
determina-se a equação que fornece o valor do resistor “ R x ” em função dos

demais resistores, conforme procedimento a seguir:


FEI_1S_2018

Se a ponte está em equilíbrio a indicação do galvanômetro e a diferença 36


de potencial entre os pontos “B” e “D” é zero ou curto-circuito, então o circuito
equivalente é o desenhado na figura 1.25.

FIG. - 1.25 – Circuito equivalente da Ponte de Wheatstone em equilíbrio


Soma das tensões no sentido horário do caminho ABD: VAD  VAB  0
VAB  VAD (49)
Soma das tensões no sentido horário do caminho BCD: VDC  VBC  0
VBC  VDC (50)
Dividindo a equação (49) pela equação (50) se obtém a equação (51).
VAB V
 AD
VBC VDC
R1  I1 R2  I2

R3  I1 Rx  I2
R2
Rx   R3 (51)
R1
Portanto, com a ponte em equilíbrio, independentemente dos valores de
“E”, “r” e “ rg ”, conhecendo-se os valores dos resistores “ R1 ”, “ R 2 ” e “ R 3 ”

determina-se o valor do resistor “ R x ”.

C-01 Determine o valor do resistor variável “ R ” no circuito da figura 1.26 para


que a diferença de potencial entre os pontos “A” e “B” seja: a) Nula. b) 12V.

FIG. - 1.26
FEI_1S_2018

a) Para VAB  0V a ponte está em equilíbrio, então a equação (51) fornece 37


o valor do resistor “R”, ou seja:
2
R  5 portanto R  2 
5
b) Para VAB  12V a ponte não está equilibrada e o circuito equivalente é

o da figura 1.27 com três malhas.

FIG. - 1.27
Solução:
 (2  5) 2 5     100 
     
 2  (2  5  5) 5       0 
  5 5  (5  5  R)     0 

 7    2    5    100 (52)

 2    12    5    0 (53)

 5    5    10    R    0 (54)

VAB 12
IAB    2,4A
5 5
    2,4

    2,4 (55)

Substituindo a equação (55) na equação (52) e multiplicando o resultado por 2,


obtém-se a equação (56)
 7    2    2  2,4  5    100

 14    14    190,4 (56)

Substituindo a equação (55) na equação (53) e multiplicando o resultado por 7,


obtém-se a equação (57)
 2    12    12  2,4  5    0

 14    49    201,6 (57)
FEI_1S_2018

Somando-se as equações (56) e (57) obtém-se o valor da corrente " " . 38


(49  14)    201,6  201,6
  11,2A

Substituindo o valor de " " na equação (55) obtém-se o valor de "" .


  11,2  2,4
  8,8A
Substituindo os valores de " " e "" na equação (53) obtém-se o valor de "" .

 2    12  8,8  5  11,2  0
  24,8A

A equação (54) fornece o valor do resistor “R”.


 5  24,8  5  8,8  10  11,2  R  11,2  0

11,2  R  56
R 5
C-02 Com as informações no circuito desenhado na figura 1.28, responda as
perguntas:
a) Qual o valor da força eletromotriz “E”?
b) Qual o valor da tensão “ VBA ”?

c) Qual o valor da potência total gerada?

FIG. - 1.28
Solução:

 (2  4  1) 4 0       42  25 
     
 4  (5  6  4) 6    8   25  57  70
  0 6  (6  6  1)      70  E 
FEI_1S_2018

 7  4  0       67  39
     
 4  15  6   8    120 
 0  6  13      70  E

Resolvendo o sistema obtêm-se os valores:


  5A
  2A

E  4V
Resultando as respostas:
a) E  4V

b)  VBA  4  2  5  0

VBA   3V

c) PTg  13  25  5  42  8  57  4  2  10  70

PTg  1699 W

C-03 Considere o circuito desenhado na figura 1.29 e determine os seguintes


valores:
a) Da resistência “R” para que se tenha “ VAB  20V ”.

b) Da potência total gerada nas condições do item anterior.

FIG. - 1.29
Solução:

 (30  10)  10 0      50 
     
  10  (10  15  20)  20        100 
  0  20  (20  R)     0 
FEI_1S_2018

 40  10 0      50  40
     
 10  45  20        100
 0  20  (R  20)     0 

VAB  20  I20  I20      20  20          1

 40  10 0      50 
     
 10  45  20        100 
 0  20  (R  20)   1  0 

Resolvendo o sistema obtêm-se os valores:


R  10    3    2    0,5

Resultando as respostas a seguir:


a) R  10
a)  PT gerada  50  0,5  100  3
 PT gerada  325 W

1-5. EXERCÍCIOS PROPOSTOS.

5.01 Considere o circuito desenhado na figura 1.30 e determine os seguintes


valores:

a) Das correntes Ia e Ib.


b) Da tensão Va.
c) A potência dissipada em cada resistor.
d) A potência fornecida pela fonte de 50V.

FIG. - 1.30
FEI_1S_2018

5.02 Determine a potência total dissipada (recebida) no circuito desenhado na 41


figura 1.31.

FIG. - 1.31

5.03 Considere o circuito desenhado na figura 1.32 e responda as seguintes


perguntas:

a) Os valores das correntes de malhas.


b) A tensão no resistor de 800 Ohms.
c) A potência na fonte de 23 V.
d) A potência total dissipada.

FIG. - 1.32
FEI_1S_2018

42
5.04 Considere o desenhado na figura 1.33 e determine o valor do resistor “R”
para que a tensão sobre ele seja 3,69V.

FIG. - 1.33

5.05 – Determine o valor da diferença de potencial entre os pontos “B e A”


indicados no circuito desenhado na figura 1.34.

FIG. - 1.34
FEI_1S_2018

43

5.06 – Calcule os valores da tensão entre os pontos “A e B” e da corrente “I”


no circuito desenhado na figura 1.35.

FIG. - 1.35
5.07 – Determine a indicação dos instrumentos ligados no circuito desenhado
na figura 1.36.

FIG. - 1.36
5.08 – Considere o circuito desenhado na figura 1.37 e determine o valor da
corrente “I” indicada.

FIG. - 1.37
FEI_1S_2018

5.09 Determine a indicação dos instrumentos ligados no circuito desenhado na 44


figura 1.38.

FIG. - 1.38
5.10 Considere o circuito desenhado na figura 1.39 e determine o valor da
corrente “I” indicada.

FIG. - 1.39
5.11 Considere o circuito desenhado na figura 1.40 e determine o valor da
tensão VAB.

FIG. - 1.40
FEI_1S_2018

45
5.12 O amperímetro do circuito desenhado na figura 1.41 indica “- 8mA”.
Determine o valor da tensão sobre o resistor “R”.

FIG. - 1.41
5.13 Determine o valor da potência total dissipada (fornecida) no circuito
desenhado na figura 1.42.

FIG. - 1.42
5.14 Considere o circuito desenhado na figura 1.43 e determine o valor da
tensão “VAB”.

FIG. - 1.43
FEI_1S_2018

1-6. DESAFIOS 46

6.01 Considere o circuito desenhado na figura 1.44 e responda os itens a


seguir:
a) O valor da tensão E.
b) O valor da corrente IX.
b) O valor da tensão VBA.

FIG. - 1.44

6.02 Considere o circuito desenhado na figura 1.45 e responda os itens abaixo:


a) O valor da tensão “E”
b) O valor da tensão “VBA”.
c) A potência total gerada.

FIG. - 1.45
FEI_1S_2018

6.03 Considere o circuito desenhado na figura 1.46. Sabendo que a diferença 47


de potencial “ VAD ” é igual a 40V, calcule os seguintes valores:

a) Do resistor “R”.
b) Da tensão “ VDB ”.

c) Da potência total gerada.


d) Da corrente “I”.

FIG. - 1.46

6.04 Considere o circuito desenhado na figura 1.47 e responda as seguintes


perguntas:

a) O valor da tensão “ Vx ”.

b) O valor da tensão “ VBA ”.

c) A corrente no “I”.
d) Da potência total fornecida.

FIG. - 1.47
FEI_1S_2018

6.05 Considere o circuito desenhado na figura 1.48 e responda as seguintes 48


perguntas:
a) O valor da resistência “R” para que a tensão “VX” seja igual a “–116V”.
b) O valor da corrente “IX”.
c) A potência total gerada.

FIG. - 1.48

6.06 Dado o circuito desenhado na figura 1.49, pede-se calcular os valores


aproximados da:
a) Tensão VBA .

b) Corrente no bipolo de 50V.


c) Potência total fornecida.

FIG. - 1.49
FEI_1S_2018

6.07 A corrente “IX“ indicada no circuito desenhado na figura 1.50 é igual a 49


2,68 A. Pede-se calcular os valores:
a) Da força eletromotriz “E”.
b) Da tensão VBA

c) Da potência dissipada no resistor de “ 25 ”.


d) Da potência total recebida.

FIG. - 1.50

6.08 Considere o circuito desenhado na figura 1.51. Sabendo que a corrente


“Ix” indicada é igual à zero, pede-se calcular os valores:
a) Da força eletromotriz “E”.
b) Da tensão “ VAB ”.

c) Da potência dissipada no resistor de “ 25 ”.


d) Da potência total gerada.

FIG. - 1.51
FEI_1S_2018

6.09 Na ponte de Wheatstone abaixo desenhada, “Rt” é um sensor de 50


temperatura que obedece a equação: “ T  2  R t  900”, com “T” expresso em

graus Celsius e “Rt” em Ohms. Sabe-se que a ponte é dimensionada para


funcionar com a máxima sensibilidade possível (ponte com 4 resistores iguais
entre si) à uma temperatura de 100°C. Qual a indicação no detector (ideal de
tensão) quando a temperatura subir para 110°C?
FEI_1S_2018

CAPÍTULO 02 51

Circuitos Monofásicos em Corrente Alternada Senoidal

Neste capítulo será estudado o comportamento elétrico dos circuitos


contendo fontes monofásicas em regime senoidal permanente alimentando
cargas compostas por resistores, capacitores ideais e indutores ideais,
associadas em série, paralelo ou misto. Usando os mesmos conceitos definidos
e praticados em circuitos de corrente contínua para análise de circuitos
elétricos, serão introduzidos os conceitos de potência ativa, potência reativa,
potência aparente e correção do fator de potência. A ferramenta matemática
usada para analisar circuitos em corrente alternada são os números complexos
ou imaginários com o apoio dos diagramas vetoriais ou fasores. As características
elétricas dos bipolos estudados serão apresentadas sem a preocupação de
demonstração física e sem muito formalismo matemático, será apresentado
apenas o necessário para que se possa analisar um circuito nesse regime,
finalizando com exercícios resolvidos, propostos e desafios.

2. - CIRCUITOS ELÉTRICOS EM CORRENTE ALTERNADA SENOIDAL

2-1. CARACTERÍSTICA ELÉTRICA DO BIPOLO ATIVO OU FONTE.

Nikolas Tesla (Никола Тесла) foi um


engenheiro eletricista e físico, de Etnia
Sérvia, radicado nos USA. Foi responsável
pela invenção da corrente alternada
senoidal (AC), da bobina de Tesla e dos
circuitos trifásicos senoidais, utilizados na
geração e distribuição de energia elétrica.
Em 1956 a unidade de medida de densidade
de fluxo magnético do sistema MKS foi
denominada Tesla, em sua homenagem.

A fonte de alimentação monofásica alternada disponibiliza à carga uma tensão do


tipo senoidal, cuja função de tempo é expressa pela equação, v(t)  Vp  sen(w  t  ) ,

onde:
FEI_1S_2018

52
“ Vp ” é o valor máximo ou valor de pico da função expresso em Volts (V).

“  ” é a frequência angular expressa em radianos por segundo (rad/s).


“  ” é a fase inicial expresso em radianos (rad).

“ t ” é o tempo expresso em segundos (s).


Nessa expressão são válidas as seguintes igualdades:

“ Vp  2  Vef ” em que “ Vef ” é o valor eficaz da tensão (para maiores

detalhes ver anexo “A”).

“ w  2    f ” em que “f” é a frequência expressa em Hertz.

Resultando a expressão geral escrita em (01) a seguir:

v(t)  2  Vef  sen(2    f  t  ) (01)

OBS: No Brasil a frequência da tensão residencial (e industrial) é padronizada


em 60Hz ( w  377 rad ) e os valores de “110V ou 220V” são valores eficazes de
tensão. Por exemplo, a tensão de 110V disponível na rede elétrica doméstica é
expressa pela função de tempo escrita em (02) e cujo gráfico correspondente
está desenhado na figura 2.01.

v(t)  155  sen (377  t) (02)

Fig. 2.01 Função senoidal

É possível representar a função seno por um vetor girante (fasor) que


colocado em um plano de fase (dois eixos perpendiculares) girando no sentido
anti-horário com velocidade angular igual a “  ” e módulo (raio) igual ao valor
de pico (ou eficaz), quando projetado no eixo vertical desse plano descreve no
tempo a função seno. O resultado matemático dessa representação é um fasor
definido por um módulo ( Vp ) e uma fase (  ) assim concebido:
FEI_1S_2018

53
OBS: Para maiores detalhes e entendimentos consulte o anexo “A” apresentado
no final do livro.
Em seguida é apresentada a tabela 2.01 com algumas funções senoidais e
os correspondentes fasores.
Tabela 2.01

Função no tempo Fasor correspondente


V(t)  100  sen (377  t  30)

V(t)  400  sen (377  t  120)

V(t)  400  2  sen (400  t)

Dessa forma, o bipolo elétrico fonte de tensão em circuitos de corrente


alternada será representado pelo símbolo desenhado na figura 1.02, indicando a
polaridade da tensão e da corrente fasoriais e a frequência de operação.

Fig. 2.02 Símbolo do Gerador Senoidal

2-2. CARACTERÍSTICA ELÉTRICA DOS BIPOLOS RECEPTORES

No estudo da característica dos bipolos dos receptores em corrente


alternada, a fase inicial da tensão aplicada ao bipolo será considerada nula,
“ ” e como foi citado anteriormente não existe a preocupação em
demonstrar como foram obtidas as equações que correspondem as suas
características e sim como utilizá-las para obter o sistema de equações que
permita analisar e compreender o comportamento dos circuitos elétricos em
corrente alternada.
") é
O termo “impedância” (grandeza fasorial, representado pela letra " Z
utilizado para caracterizar o bipolo receptor em regime de corrente alternada e
V
 
obtida pela equação fasorial " Z " . Neste estudo serão contemplados os
I
FEI_1S_2018

 " ), indutor ideal


seguintes receptores: Resistor (impedância resistiva " ZR 54
 " ) e o capacitor ideal (impedância capacitiva " Z
(impedância indutiva " Z  " ).
L C

2-2.1 Característica Elétrica do Resistor em C.A. - Regime Senoidal.

A constante associada ao resistor é um número real " R" e a sua

característica elétrica é representada pela impedância resistiva “ ” (ver


 " é obtida pela relação entre atenção e a
anexo B). A impedância resistiva " ZR

corrente no resistor, então a corrente pode ser assim obtida:



  V
ZR
I

Identificando o módulo e a fase encontra-se os valores procurados:


Vp
Ip  e I  0
R
Conclusão: Em um resistor o módulo da corrente é igual a relação entre o
módulo da tensão e o valor do resistor e a corrente está em fase com a tensão.
No sistema CA em regime senoidal o bipolo resistor será representado
conforme o desenho da figura 2.01.

Fig. 2.03 a) Forma Temporal b) Forma Fasorial

Exemplo: Considere o circuito desenhado na figura 2.04 e sabendo que a


tensão no gerador é 110Vef/60Hz e o resistor é igual a 55  , responda:

a) Desenhar em gráficos diferentes e sincronizados as formas de ondas da


tensão e da corrente dentro de um período.

b) Qual o valor eficaz da corrente?

c) Qual a defasagem entre a corrente e a tensão.


FEI_1S_2018

55

Fig. 2.04 Circuito puramente resistivo

v(t)  Vp  sen (w  t)  Vp  110  2  Vp  156 V

w  2f  w  2    60  w  377 rad/s


v(t)  156  sen (377  t)

156
Ip  e I  0   Ip  2,84 A
55
Ief  2 A
i(t)  2,84  sen (377  t)

Como a fase inicial da corrente é igual a fase inicial da tensão (   0 ) a

defasagem é nula, conforme mostra o desenho na figura 2.05.

Fig. 2.05 Formas de Ondas da Tensão e Corrente no Indutor


FEI_1S_2018

2-2.2 - Característica Elétrica do Indutor Ideal em C.A. - Regime 56


Senoidal.

A constante associada ao indutor é um número real representado por


" XL  w  L" e a sua característica elétrica é representada pela impedância

indutiva, denominado de reatância indutiva. A impedância indutiva é expressa

pela equação fasorial “ ” (ver anexo B) e permite obter os


seguintes resultados:

  V
ZL
I

Identificando o módulo e a fase obtém-se o seguinte desenvolvimento:


Vp
Ip 
XL

I  0  90  I  90

Conclusão: Em um indutor ideal a corrente que o atravessa está atrasada de


90° da tensão aplicada nos seus terminais e o módulo dessa corrente é igual à
relação entre o módulo dessa tensão e o valor da sua reatância.
Em regime senoidal permanente o bipolo indutor ideal será representado
conforme o desenho da figura 2.06.

Fig. 2.06 a) Forma Temporal b) Forma Fasorial

Exemplo: Considere o circuito desenhado na figura 2.07 e sabendo que a


tensão no gerador é 110Vef/60Hz e o indutor é igual a 146 mH, responda:
a) Desenhar em gráficos diferentes e sincronizados as formas de ondas da
tensão e da corrente dentro de um período.

b) Qual o valor eficaz da corrente?

c) Qual a defasagem entre a corrente e a tensão.


FEI_1S_2018

57

Fig. 2.07 Circuito puramente indutivo

v(t)  Vp  sen (w  t)

Vp  110  2  Vp  156 V

w  2f  w  2    60
w  377 rad/s  XL  w  L

XL  377  0,146  XL  55 

v(t)  156  sen (377  t)

156
Ip   Ip  2,84 A
55
Ief  2 A e I  90  i(t)  2,84  sen (377  t  90)

Resultam as formas de ondas desenhadas na figura 2.08. Observe que a


corrente está 90° atrasa da tensão.

Fig. 2.08 Formas de Ondas da Tensão e Corrente no Indutor Ideal


FEI_1S_2018

2-2.3 - Característica Elétrica do Capacitor Ideal em C.A. Regime 58


Senoidal.
A constante associada ao capacitor é um número real representado
1
por " X C  " e a sua característica elétrica é representada pela impedância
wC
capacitiva, denominada de reatância capacitiva. A impedância capacitiva é

expressa pela equação fasorial “ ” (ver anexo B) e permite


obter os seguintes resultados:

  V
ZC
I

Identificando o módulo e a fase obtém-se o seguinte desenvolvimento:


Vp
Ip 
XC

I  0  90  I  90 

Conclusão: Em um capacitor ideal a corrente que o atravessa está adiantada de


90° da tensão aplicada nos seus terminais e o módulo dessa corrente é igual à
relação entre o módulo dessa tensão e o valor da sua reatância.
Em regime senoidal permanente o bipolo capacitor ideal será representado
conforme o desenho da figura 2.09.

Fig. 2.09 a) Forma Temporal b) Forma Fasorial

Exemplo: Considere o circuito desenhado na figura 2.10 e sabendo que a


tensão no gerador é 110Vef/60Hz e o capacitor é igual a 48uF, responda:
a) Desenhar em gráficos diferentes e sincronizados as formas de ondas da
tensão e da corrente dentro de um período.

b) Qual o valor eficaz da corrente?


FEI_1S_2018

c) Qual a defasagem entre a corrente e a tensão. 59

Fig. 2.10 Circuito puramente capacitivo


v(t)  Vp  sen (w  t)

Vp  110  2  Vp  156 V

w  2    60  w  377 rad/s
1
XC 
wC

106
XL   XC  55 
377  48
v(t)  156  sen (377  t)

156
Ip   Ip  2,84 A
55
Ief  2 A  I  90   i(t)  2,84  sen (377  t  90)

Resultam as formas de ondas desenhadas na figura 2.11. Observe que a


corrente está 90° adiantada da tensão.

Fig. 2.11 Formas de Ondas da Tensão e Corrente no Capacitor Ideal


FEI_1S_2018

2-3. CIRCUITO R,L,C SÉRIE EM CORRENTE ALTERNADA SENOIDAL 60

Considere o circuito R, L, C série desenhado na figura 2.12 com as


seguintes condições: " XL  XC" e a corrente com módulo igual a “I” e fase nula.

Fig. 2.12 Circuito R,L,C série em C.A. Regime Senoidal.

A soma das tensões na malha fornece a seguinte equação:


 V
V  V
 V

R L C

Com auxilio das equações características resulta a equação (03) a seguir:


  I  R  I  j  X  I  j  X  I
Z L C

  R  j  (X  X )
Z (03)
L C

A impedância " Z " equivalente é um número complexo composto por uma


parte real que corresponde à resistência do circuito e uma parte imaginária que
corresponde à diferença entre a reatância indutiva e a reatância capacitiva do
circuito, que pode ser representado no plano vetorial pelo “triângulo das
impedâncias”, conforme o desenho na figura 2.13.

Fig. 2.13 Triângulo das Impedâncias.


FEI_1S_2018

A partir do triângulo das impedâncias é possível obter as expressões 61


matemáticas apresentadas na tabela 2.01.
Tabela 2.01

1  X  XC 
XL  w  L , XC  , Z  R2  (XL  XC )2 e Z  tag1  L 
wC  R 
R  Z  cos(Z ) e (XL  XC )  Z  sen(Z)
  R  cos( )  J  (X X )  sen ( )
Z Z L C Z

Multiplicando a equação (03) pela corrente “ ” obtém-se o “triângulo


das tensões” conforme o desenho na figura 2.14.
  I  R  I  j  (X  X )  I
Z L C
  R I  j X I  j X I
V L C
  V  j  (V  V )
V (04)
R L C

Fig. 2.14 Triângulo das Tensões.

O fasor " V " é um número complexo composto por uma parte real
correspondente à tensão nos terminais do resistor e uma parte imaginária
correspondente à diferença entre a tensão nos terminais do indutor e a tensão
nos terminais do capacitor.
A partir do triângulo das tensões é possível obter as expressões
matemáticas apresentadas na tabela 2.02. Observe que o ângulo formado entre
o vetor real e o complexo continua sendo " Z " , que é o ângulo de fase da

impedância equivalente do circuito.


Tabela 2.02
FEI_1S_2018

 V  VC 
V VR 2  (VL  VC )2 e Z  tag1 L  62
 VR 
VR  V  cos(Z ) e (VL  VC )  V  sen(Z)
  V  cos( )  J  (V  V )  sen ( )
V R Z L C Z

O voltímetro indica o módulo da tensão eficaz.


VR  R  I

VL  XL  I

VC  XC  I

Multiplicando a equação (04) pela corrente “ ” obtém-se o “triângulo


das potências” conforme o desenho na figura 2.15.
  I  V
V   I  j  (V  V )  I    V I  j V I  j V I
S
R L C R L C

  R  I2  j  X  I2  j  X  I2 
S   P  j  (Q  Q )
S
L C L C

Onde: “P” é a potencia real ativa identificada pela unidade Watts (W).
“Q” é a potência complexa reativa total identificada pela unidade Volt
Amper Reativo (VAr).
“S” é a potência aparente identificada pela unidade Volt Amper (VA).

Fig. 2.15 Triângulo das Potências.

A partir do triângulo das potências é possível obter as expressões


matemáticas apresentadas na tabela 2.03. Observe que o ângulo formado entre
o vetor real e o complexo continua sendo " Z " , que é o ângulo de fase da

impedância equivalente do circuito.


Tabela 2.03
Considerando “ Q  QL  QC ” como sendo a potência reativa total resulta:
FEI_1S_2018

Q
S  P2  Q2 e Z  tag1   63
P
P  S  cos(Z ) e Q  S  sen(Z )
  P  cos( )  J  Q  sen ( )
S Z Z

Cálculo dos módulos das potências.

VR 2
P  VR  I  R  I  2
valor indicado pelo Wattímetro.
R

VL 2
QL  VL  I  XL  I  2
XL

VC 2
QC  VC  I  XC  I  2
XC

V 2
S  V  I  Z  I 
2
Z

Exemplo: Considere o circuito R,L,C série desenhado na figura 2.16 e responda


as seguintes perguntas:
a) Escreva a expressão da tensão " V(t)" fornecida pela fonte de alimentação.

b) Calcule os valores das potências.

Fig. 2.16 – Circuito R,L,C série


Solução:

XL  w  L  XL  2    60  34,48  10 3   XL  13 

1 1
XC   XC   Xc  8 
wC 2    60  331,56  10  6

Z  R2  (XL  XC )2  Z  122  (13  8)2  Z  13 


FEI_1S_2018

 X  XC   13  8 
Z  tag1  L   Z  tag1    Z  22,62º 64
 R   12 
a) Cálculo da tensão aplicada pela fonte.
 Z
V   I  

Portanto: v(t)  130  2  sen2    60  t  22,62 V

b) Cálculo das potências.

P  R  I2  P  12  132  P  2.028 W

QL  XL   I2  QL  13  132  QL  2.197 VAR

QC  XC   I2  QC  8  132  QC  1.352 VAR

QT  QL  QC   Q T  2.197  1.352  Q  845 VAR

S  VI  S  130  13  S  1690 VA


2-4. CIRCUITO R,L,C PARALELO EM CORRENTE ALTERNADA SENOIDAL

Considere o circuito R, L, C paralelo desenhado na figura 2.17 com as


seguintes condições: " XL  XC " e “ ”.

Fig. 2.17 Circuito R,L,C paralelo em C.A. Regime Senoidal.

A soma das correntes no nó fornece a seguinte equação:


I  IR  IC  IL

Com auxilio das equações características resulta a equação (22) a seguir:



V 
V V V
  

Z R  j  XC j  XL

1 1 1 1
  

Z R  j  XC j  XL

1 1 1 1
  j j

Z R XC XL
FEI_1S_2018

1 1  1 1 
    j (05) 65
Z R  XC XL 

Assim como no circuito R,L,C série desenhado na figura 2.12, a impedância


" Z " equivalente é um número complexo composto por uma parcela real e uma
parcela imaginária, então para facilitar o estudo e realizar a análise por analogia
e evitar de repetir todo o processo antes detalhado para o circuito R,L,C série é
conveniente que se faça as seguintes substituições na equação (05):
1
 Y (Admitância), unidade (S)iemens,

Z

1
 G (condutância), unidade (S)iemens,
R

1
 BC (susceptância capacitiva), unidade (S)iemens,
XC

1
 BL (susceptância indutiva), unidade (S)iemens.
XL

Fornecendo as equações apresentadas na tabela 2.04 a seguir:

Tabela 2.04
Equações obtidas a partir da tabela 2.01
1 1
G , BC  w  C e BL 
R w L
 B  BL 
Y  G2  (BC  BL )2 ,  Y  tag1  C  e Z    Y
 G 
G  Y  cos( Y ) e (BC  BL )  Y  sen(Y )

Y  G  cos( Y )  J  (BC  BL )  sen ( Y )

Equações obtidas a partir da tabela 2.02

1  IC  IL 
I IR 2  (IC  IL )2 e  Y  tag  I 
 G 
IR  I  cos( Y ) e (IC  IL )  I  sen(Y )

I  IR  cos( Y )  J  (IC  IL )  sen ( Y )

Equações obtidas a partir da tabela 2.03


FEI_1S_2018

66
Cálculo dos módulos das potências.

P  V  IR  G  V  2 IR 2 valor indicado pelo Wattímetro.


G

QC  V  IC  BC  V   2 IC 2
BC

QL  V  IL  BL  V  2IL 2
BL

QT  QC  QL

S  V  I  Y  V  
2 I2
Y

Exemplo: Considere o circuito R,L,C paralelo desenhado na figura 2.18 e


responda as seguintes perguntas:
a) Escreva a expressão da corrente " i (t)" fornecida pela fonte de alimentação.

b) Calcule os valores das potências.

Fig. 2.18 – Circuito G,L,C paralelo

Solução:
1 3
G  G  G  0,03 S
R 100
1 1
BL   BL   BL  0,04 S
XL 25

1 1
XC   BC   Bc  0,08 S
XC 12,5

Y  G2  (BC  BL )2  Y 0,032  (0,08  0,04)2  Y  0,05 S

 B  BL   0,08  0,04 
 Y  tag1  C   Z  tag1     Y  53,13º
 G   0,03 
a) Cálculo da corrente que circula pela fonte.
FEI_1S_2018

 V
I  G    67

Portanto: i(t)  5  2  sen2    60  t  53,13 A

b) Cálculo das potências.

P  G  V 2  P  0,03  100 2  P  300 W

QC  BC  V 2  QC  0,08   100 2  QC  800 VAR

QL  BL  V 2  QL  0,04  100 2  QL  400 VAR

QT  QC  QL   Q T  800  400  Q T  400 VAR

S  VI  S  100  5  S  500 VA


OBS: No circuito R,L,C série a potência “ QL ” é positiva e a potência “ QC ” é

negativa, no circuito G,L,C paralelo a potência “ QL ” é negativa e a potência

“ QC ” é positiva. As fórmulas apresentadas para as potências fornecem o valor

em módulo, cabe ao leitor interpretar o respectivo sinal.

2-5. FATOR DE POTÊNCIA EM REGIME SENOIDAL MONOFÁSICO.

A relação entre a potência ativa e a potência aparente é definida como


fator de potência (FP). O fator de potência é um número  1 que exprime a
relação entre a potência paga (KW) e a potência solicitada (KVA) pelo
consumidor.

Em um circuito puramente resistivo o fator de potência é unitário   0º

e assim sendo, a potência paga é igual à potência solicitada. Porém na indústria


a carga instalada em geral é indutiva (motores) fazendo com que o fator de
potência diminua ou que a potência solicitada seja maior que a potência paga
onerando a concessionária, por este motivo o fator de potência é padronizado
pelas normas brasileiras em um valor mínimo igual a 0.92   23º , obrigando o

consumidor a instalar uma potência ativa igual ou maior que 92% da potência
solicitada, ou que na sua instalação exista no máximo 8% de reativos
instalados. A partir do triângulo das potências pode-se concluir que o fator de
potência pode ser expresso pela equação:

P
FP  ou FP  cos normalizado em FP  0.92 ou   23º.
S
FEI_1S_2018

Em um circuito R, L, C série alimentado por uma fonte monofásica 68


senoidal pode-se obter as seguintes relações:
 Se XL > XC  circuito indutivo  Q > 0  PR < P  “I” atrasada de “V”.

 Se XL = XC  circuito resistivo  Q = 0  PR = P  “I” em fase com “V”.

 Se XL < XC  circuito capacitivo  Q< 0  PR < P  “I” adiantada de “V”.

Nas indústrias de grande e médio porte, a potência total instalada é


relativamente grande, motivo pelo qual as concessionárias obrigam as
indústrias a respeitar a norma e manter o fator de potência  0,92 , caso

contrário são penalizadas com aplicação de altas multas ou corte do


fornecimento de energia.

O propósito desta exigência é diminuir a corrente total da instalação, diminuindo


a bitola do fio de transmissão e consequentemente diminuindo os custos
envolvidos.

Desta forma, caso o fator de potência seja inferior a 0,92 o consumidor é


obrigado a fazer a sua correção, obedecendo à norma, alterando a potência
reativa instalada, sem alterar a potência ativa necessária para alimentação das
máquinas e luminárias. Em linhas gerais, pode-se afirmar que corrigir o fator de
potência equivale a minimizar os reativos ou os “kVA Rs” instalados. São válidas
as seguintes observações:

 Se a instalação possuir um fator de potência indutivo ou atrasado e menor


que o exigido, a sua correção pode ser feita adicionando-se capacitores, em
série ou paralelo, com a carga, para assim diminuir os reativos e aumentar o
fator de potência final.

 Se a instalação possuir um fator de potência capacitivo ou adiantado e menor


que o exigido, a sua correção pode ser feita adicionando-se indutores, em série
ou paralelo, com a carga, para diminuir os reativos e aumentar o fator de
potência final.

O típico é ter cargas indutivas (motores) instaladas, sendo necessário


adicionar bancos de capacitores em paralelo com a carga para a correção do
fator de potência. Os capacitores são colocados em paralelo com a carga para
manter inalterada a potência ativa. No decorrer será considerado este tipo de
FEI_1S_2018

carga, portanto a correção do fator de potência será realizada com a colocação 69


de um capacitor, previamente calculado, em paralelo com a carga para que o
fator de potência final seja igual ou maior que 0.92.

2-5.1 – Cálculo do Capacitor para Correção do Fator de Potência.

Considere o circuito desenhado na FIG-2.19 abaixo.

FIG. 2.19 – Circuito Indutivo com o capacitor de correção do FP

Supondo que a carga R, L série (equivalente à impedância de um motor) tenha


um fator de potência menor do que o padronizado pelas normas brasileiras,
então para fazer a correção do fator de potência, dimensiona-se um capacitor
de capacitância igual a “C”, que colocado em paralelo com a carga aumenta o
fator de potência para o valor igual a 0.92 conforme exige a norma.

Com auxílio do triângulo das potências, pode-se deduzir a equação que


permite encontrar o valor de “C” responsável em absorver a potência reativa
“QC”, que corrige o fator de potência para o valor desejado, assim sendo
considere o triângulo das potências desenhado na FIG – 2.20, onde se destacam
as seguintes variáveis:

P  Potência ativa (não se modifica com a ligação do capacitor de correção)

QL  Potência reativa da carga

QC  Potência reativa do capacitor ligado em paralelo com a carga

QF  Potência reativa final após a correção do fator de potência

S  Potência aparente antes da correção do fator de potência

S'  Potência aparente após a correção do fator de potência


FEI_1S_2018

Z  Ângulo antes da correção (fase da impedância ZR,L) 70

C  Ângulo após a correção. (fase da impedância Zeq)

FIG. 2.20 – Triângulo das potências com correção do FP

Seguem na sequência as etapas para se obter a equação que fornece o


valor da capacitância “C” procurada:
A potência reativa final é igual à diferença entre a potência reativa do
indutor e do capacitor, ou seja,
QF  QL  QC , portanto

QC  QL  QF (1)

QC 
V 2  QC 
V 2  QC  2    f  C  V 2
XC 1
2f C
QL  P  tagZ  e QF  P  tagCOR 

Substituindo-se os valores das potências reativas na equação (1) obtém-se a


expressão:

2    f  C  V 2  P  tagZ   P  tagCOR 

De onde resulta a expressão que fornece o valor de “C” procurado:

P  tagZ   tagCOR 
C
2    f   V 2

Onde: C  Capacitância, em Farad (F).


 Z = ângulo de fase da carga sem correção, em graus.
FEI_1S_2018

 COR = ângulo de fase da carga final com correção (máximo 23º) 71

P = potência ativa, em Watts (W).

f = frequência do circuito, em Hertz (Hz).


V = tensão eficaz da fonte de alimentação, em volts (V).
Exemplo: Os dados nominais de um determinado motor monofásico de indução
são:
- Corrente eficaz de 5A.
- Tensão eficaz de alimentação 220V.
- Frequência de 60 Hz.
- Fator de potência igual a 0,65 (atrasado). Pede-se:
a) Qual o capacitor que colocado em paralelo com este motor corrige o fator de
potência para 0,92?
b) Desenhe o circuito elétrico que represente a instalação, com o capacitor de
correção do fator de potência.
c) Qual o novo valor eficaz da corrente no gerador após a correção do fator de
potência? Comente este resultado.
Solução:

a) Cálculo do capacitor.
P  Vef  Ief  cosZ  

P  220  5  0.65  P  715W

Antes da correção do FP tem-se: cosZ   0.65 , portanto Z  49.45º

Após a correção do FP tem-se: cosCOR   0.92, portanto COR  23º

P  tagZ   tagCOR 
C
2    f   V 2

715  tag49.45  tag23


C  C  29 F
2    60  220 2

b) Circuito elétrico que representa a instalação.

Determinação das impedâncias:


FEI_1S_2018

  
V 220
zRL  ZRL   zRL I zRL  5 49.45 
72
  
 
zRL  4449.45  zRL  28.6  33.43J

R  28.6 e XL  33.43

XL 33.43
L   L   L  88 mH
2f 2    60

FIG. 2.21 – Circuito que representa a instalação do motor com correção do FP

b) Cálculo da corrente no gerador após a correção do FP.

A potência ativa não se modifica então:

Antes da correção do FP  P  V  I  cosZ 

Após a correção do FP  P  V  I' cosCOR 

V  I  cosZ = V  I' cosCOR  , portanto

cosZ 
I'  I
cosCOR 

0,65
I'   5 , resulta:
0.92

I'  3,53 A

Comentários: Após a correção do fator de potência a corrente na fonte CA


diminuiu 30% e no motor a corrente permanece igual a 5 A ef. Conclui-se que
após a correção do fator de potência a concessionária fornece uma potência
aparente menor e o consumidor utiliza a mesma potência ativa.
FEI_1S_2018

2-6. SOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS COM UMA OU DUAS MALHAS. 73


A–01 No circuito desenhado na figura 2.22 a impedância Z é composta por dois
bipolos associados em série. Determine os elementos que compõem Z sabendo
que a corrente está atrasada da tensão e as potências valem 90VA e 72W.

FIG. 2.22
Solução:
Como a corrente está atrasada da tensão o circuito é indutivo e devido a
existência de potência ativa (72W) e potência aparente (90VA), se conclui que a
impedância é formada por um resistor em série com um indutor.

Z  R  J  XL

S2  P2  Q2  902  722  Q2

Q  54VAR

S  VI  90  90  I  I  1A

P  R  I2  72  R  12  R  72 

Q  XL  I2  54  XL  12  XL  54 

100
XL  2    f  L  54  2    L  L  270 mH

A–02 Uma bobina real (R, L série) quando alimentada por um gerador senoidal
500
de 100V e Hz consome 10A e 800W, determine:

 sobre o indutor.
 sobre o resistor e a tensão V
a) A tensão VR L

b) O valor da indutância L.
c) O valor do resistor R.
d) Qual o elemento que colocado em série com a bobina coloca tensão e
corrente em fase.
FEI_1S_2018

Solução: O circuito equivale ao desenhado na figura 2.23 74

FIG. 2.23

P  R  I2  800  R  102  R 8


VR  R  I  VR  8  10  VR  80 V

S  VI  S  100  10  S  1000 VA

S2  P2  Q2  10002  8002  Q2  Q  600 VAR

Q  XL  I2  600  XL  102  XL  6 

VL  XL  I  VL  6  10  VL  60 V

Adotando a corrente como referência resultam os seguintes valores fasoriais:


 
VR  800º V e VL  6090º V
500
XL  2    f  L  60  2    L  L  60 mH

Para que a tensão do gerador esteja em fase com a corrente do circuito é
preciso que a fase da impedância equivalente seja zero, ou seja, que a sua
parte imaginária seja nula. Para anular a parte imaginária da impedância
equivalente basta colocar em série um capacitor de reatância igual a "6 " ,
então resulta o seguinte elemento:
1 1 1
XC   6  C mF
2f C 500 6
2 C

A–03 No circuito desenhado na figura 2.24 a tensão da fonte CA é igual a
5 53ºV e a corrente igual a 2 0º A. Pede-se:

a) Os valores de R e L.

b) Desenhar os triângulos das impedâncias, das tensões e das potências.

c) O valor do fator de potência instalado.


FEI_1S_2018

75

FIG. 2.24
Solução:

 V  553º
Z  Z
 20
I
 
Z  2,553  Z  1,5  2,0J , portanto:

R  1,5 e XL  2

XL 2
L   L   L  5,3 mH .
2f 260
   
VR  R  I  VR  1,5  20º  V R  30º V
    
V XL  XL  I  V XL  290º20º  V XL  490º V
   
P  VR  I  P  30º20º

P  60º W  P 6W
    
QL  V XL  I  QL  490º20º  QL  890º VAR

    
S  V I  S  553º20º  S  1053º VA
6
S  10VA e FP   FP  0,6
10

Gráficos correspondentes às potências no circuito.


FEI_1S_2018

A–04 No circuito da figura 2.25 a tensão da fonte CA é igual a 5   53ºV e a 76


corrente igual a 2 0º A. Pede-se determinar:
a) Os valores de R e C.
b) Desenhar os triângulos das impedâncias, das tensões e das potências.
c) O valor do fator de potência instalada.

FIG. 2.25

Solução:

 V  5  53º
Z  Z
 20
I
 
Z  2,5  53  Z  1,5  2,0J

portanto:
R  1,5 e XC  2

1 1
C  C  C  1,33 mF .
2    f  XC 260  2

   
VR  R  I  VR  1,5  20º  VR  30º V
   
V C  XC  I  V C  2  90º20º
 
V C  4  90º V  V C  4  J V
   
P  VR  I  P  30º20º

P  60º W  P 6W
   
QC  VC  I  QC  4  90º20º


QC  8  90º VAR  QC   8 VAR
   
S  V I  S  5  53º20º
FEI_1S_2018


77
S  10  53º VA  S  10 VA
P 6
FP   FP 
S 10
FP  0,6 adiantado.

Gráficos correspondentes às potências no circuito.

A–05 Considere o circuito desenhado na figura 2.26 e calcule:


a) Os valores das correntes no circuito.
b) O valor da impedância equivalente do circuito.
c) Os valores das tensões no indutor e no capacitor.
d) O valor do fator de potência e os valores das potências totais.
e) O valor do fator de potência em cada ramo do circuito.

FIG. 2.26
Solução:
 5000º  500 0º
I1   I1 
15  20  J 2553,13º
 
I1  20  53,13º A  I1  12  16  J A

 5000º  5000º
I2   I2 
80  60  J 100  36,87º
 
I2  5  36,87º A  I2  4  3  J A
FEI_1S_2018

   
78
I  I1  I2  I  12  16  J  4  3  J
 
I  16  13  J A  I  20,61  39,09º A

 V  5000º
Zeq   Zeq 
 20,61  39,09º
I
 
Zeq  24,2639,09º  Zeq  18,83  15,29  J

 
Z1  15  20  J  Z1  2553,13
 
Z2  80  60  J  Z2  100  36,87º

   
VL  XL  I1  VL  2090º  20  53,13º
 
VL  40036,87º  VL  320  240  J
   
V C  XC  I2  VC  60  90º  536,87º
 
VC  300  53,13º  V C  180  240  J

ST  V  I  S T  500  20,61

S T  10.305 VA

PT  PR1  PR2  PT  R1  I1 2  R 2  I2 2

PT  15  202  80  52  PT  8.000 W

QT  QL  QC  Q T  XL  I1 2  XC  I2 2

Q T  20  202  60  52  Q T  6500 VAR

F.P. Total 
 FPT  cos Zeq 
FPT  cos39,09º  FPT  0,78 atrasado.

F.P. do Ramo 1  FP1  cosZ1 

FP1  cos53,13º  FP1  0,6 atrasado.

F.P. do Ramo 2  FP2  cosZ2 

FP2  cos 36,87º  FP2  0,8 adiantado.


FEI_1S_2018

79

A–06 Considere o circuito desenhado na figura 2.27. Pede-se determinar:


a) O valor da capacitância C do capacitor que colocado em paralelo com a fonte
corrige para 0,92 o fator de potência instalado.
Iapós a correção
b) O valor de K 
Iantes da correção

FIG. 2.27
Solução:

2    100  250  10 3
XL1  W  L1  XL1   50 

2    100  75  103
XL2  W  L 2  XL2   15 

 
Z1  R1 // J  X1  Z1  50 // 50j
 50  50 j  2500 90
Z1   Z1 
50  50 j 50  2 45
 
Z1  35,3545  Z1  25  25j
  
Zeq  R2  Z1  J  XL2  Zeq  15j  5  25  25j
 
Zeq  30  40 j  Zeq  50  53 

Calcula-se então o valor do módulo da corrente na fonte CA, antes da correção:


200
Iantes   Iantes  4A
50
Calcula-se o valor da potência ativa solicitada:

P  30  42  P  480W
O valor da capacitância do capacitor é obtido pela equação:
FEI_1S_2018

C
  
P  tag Zeq  tag c    C
480  tag 53º  tag 23º 80
wV 2
2    100  200 2


 C  54 F

Cálculo do valor da corrente na fonte CA após a correção do fator de potência:


O valor da potência aparente final é obtido pelas seguintes relações:
P
S'  e S'  V  Iapós
cosc 

P 480
Iapós   Iapós 
V  cosc  200  0,92

Iapós  2,61 A

2,61
K  K  0,65
4

A-07 Um motor CA monofásico é alimentado por uma tensão de 380V e 60Hz,


solicitando 20KVAr com um fator de potência igual a 0,5. Pede-se:
a) O valor de C que colocado em paralelo com o motor corrige o fator de
potência para 0,92.
I
b) A relação ( K  antes ) entre as correntes na fonte CA após e antes da
Iapós

correção do fator de potência.


Solução:
O circuito elétrico equivalente é o desenhado na figura 2.28

FIG. 2.28
F.P.antes  cosZeq  atrasado  
0,5  cos Zeq   Zeq  60º

F.P.apos  cosc  atrasado  0,92  cosc   c  23º

QL  S  sen Zeq    20000  S  sen 60º


FEI_1S_2018

S  23.094VA
 
81
P  S  cos Zeq  P  23094  0,5

P  11547W
P  tgZ  tgc  11547  tg60  tg23
C  C
w  V 2
377  380 2
C  277 F

Antes da Correção
23094
S  V  Iantes  Iantes 
380
Iantes  60,77 A

Após a Correção
P
S'  e S'  V  Iapós
cosc 

P 11.547
Iapós   Iapós 
V  cosc  380  0,92

Iapós  33,03 A

60,77
K  K  1,84
33,09

A-08 Dado o circuito desenhado na figura 2.29 e sabendo-se que:


- O fator de potência da carga Z1 é igual a 0,6 e da carga Z2 é igual a 0,38, ambos
atrasados.
- O amperímetro A1 indica 78A e o amperímetro A2 indica 30A. Adote a tensão na
fonte como referência e calcule:
a) Os valores dos elementos (R1, L1) que compõe Z1.
b) O valor do capacitor que colocado em paralelo com a fonte torna o fator de potência
instalado igual a 0,92 atrasado
c) O valor indicado pelo amperímetro “A” após a correção.

FIG. 2.29
FEI_1S_2018

82
Solução:
De acordo com as informações fornecidas, o circuito pode ser redesenhado
conforme as figuras 2.30a e 2.30b:

a) b)

FIG. 2.30
 
Z1  Z1Z1  Z1  R1  J  XL1

390
Z1   Z1  5 
78
cosZ1   0,6 atrasado  Z1  53,13º
 
Z1  5  53,13º  Z1  3  4  J

R1  3 e XL1  4 

XL1  2    f  L1  4  2    60  L1

L1  10,61 mH
 
Z2  Z2Z2  Z2  R2  J  XL2

390
Z2   Z2  13 
30
cosZ2   0,384 atrasado  Z2  67,42º
 
Z2  13  67,42º  Z2  5  12  J
 
Zeq  Z1// Z2



Zeq 
553,13º  1367,42º
3  4  J  5  12  J
 65120,55º  65120,55º
Zeq   Zeq 
8  16  J 17,8863,43º
 
Zeq  3,6356,57º  Zeq  2  3  J
FEI_1S_2018


 V  3900º 83
I  I
 3,6356,57º
Zeq
 
I  107,44  56,57º  I  59,19  89.66  J


PT  V  I  cos Zeq   PT  390  107,44  cos56,57

PT  23.084 W

C

PT  tagzeq  tagc   C
23.084  tag56,57  tag23
W  V2 377  3902

C  439 F

Após corrigir o fator de potência valem as equações:


PT
S'  e S'  V  Iapós
cosc 

PT 23.084
Iapós   Iapós 
V  cosc  390  0,92

Iapós  64,34 A

2-7. EXERCÍCIOS PROPOSTOS.

7.01 Considere o circuito desenhado na figura 2.31. Pede-se determinar:



a) O valor da corrente I no circuito.
b) Os valores de R e L.
c) Desenhar os triângulos das impedâncias, das tensões e das potências.
d) O valor do fator de potência instalado.

FIG. 2.31
FEI_1S_2018

7.02 Considere o circuito desenhado na figura 2.32 e determine os seguintes 84


valores:
 
a) Das tensões VR e VL .

b) Das potências.
c) Do fator de potência.

FIG. 2.32
7.03 Considere o circuito desenhado na figura 2.33 e determine os seguintes
valores:
a) Da tensão fasorial da fonte CA de alimentação.
b) Do resistor R e do indutor L.
c) Das potências e Do fator de potência.

FIG. 2.33
7.04 No circuito desenhado na figura 2.34 a tensão fornecida pela fonte CA de

alimentação é igual a V  22060 V , a potência ativa consumida é igual a
P  2.500 W e o fator de potência instalado é 0,5 atrasado. Pede-se determinar:

a) Os valores de R e L.
 
b) Os valores das tensões VR e V L .
c) Os valores das potências.
FEI_1S_2018

85

FIG. 2.34

7.05 Considere o circuito desenhado na figura 2.35 e determine os respectivos


valores:
a) Da tensão fasorial da fonte CA de alimentação.
b) Do resistor R e do capacitor C.
c) Das potências
d) Do fator de potência.

FIG. 2.35
7.06 Considere o circuito desenhado na figura 2.36 e sabendo-se que a tensão

na fonte CA de alimentação é igual a V  220  30 V , a potência ativa dissipada
é igual a P  2.500 W e o fator de potência é igual a 0,5. Pede-se determinar:

a) Os respectivos valores de “R” e de “C”.


 
b) O valor da tensão VR e da tensão V C .

c) O valor da potência aparente e da potência reativa.

FIG. 2.36
FEI_1S_2018

7.07 Considere o circuito desenhado na figura 2.37 e deter mine os seguintes 86


valores:
a) Da corrente no circuito.
 
b) Das tensões V R1 e VR2 nos resistores.
c) Das tensões no indutor e no capacitor
d) A potência no capacitor.
e) O fator de potência e as potências instaladas.

FIG. 2.37
7.08 Conhecendo o circuito desenhado na figura 2.38, pede-se determinar os
respectivos valores:
a) Das correntes no circuito.
b) Da impedância equivalente do circuito.
c) Das respectivas tensões no indutor e no capacitor.
d) Dos valores das potências totais.
e) O fator de potência instalado.

FIG. 2.38
7.09 Considere o circuito desenhado na figura 2.39 e especifique o bipolo
elétrico que:

a) Colocado em série ( ZS ) com a carga (R, L), põe a corrente em fase com a
tensão e determine os reativos deste bipolo.

b) Colocado em paralelo ( Z P ) com a carga (R, L), põe a corrente e a tensão da
fonte CA em fase e determine os reativos deste bipolo.
FEI_1S_2018

87

FIG. 2.39
7.10 Dois motores ( M1 e M2 ) monofásicos de indução iguais entre si e de

potência 27,5W cada um, são ligados em série e alimentados por uma fonte de
tensão de 220V e 60 Hz. O conjunto solicita uma corrente de 0,5 A atrasada em
relação à tensão. Sabendo que os motores funcionam normalmente, pede-se:
a) O fator de potência de cada motor.
b) O fator de potência do conjunto.
c) Ligou-se em paralelo com a fonte CA de alimentação um capacitor que tornou
fator de potência unitário. Determine o valor da capacitância “C” e dos reativos
deste capacitor.
7.11 Dois motores ( M1 e M2 ) monofásicos de indução iguais entre si, de

potência 35W cada um, estão ligados em paralelo e alimentados por uma fonte
de 140V e 60Hz, solicitando uma corrente total de 1A. Sabendo que os motores
funcionam normalmente, pede-se:
a) O fator de potência do motor M1 .

b) O fator de potência do motor M2 .

c) O fator de potência da associação.


d) O valor do capacitor ideal que colocado em paralelo com a fonte CA de
alimentação torna o fator de potência unitário. Determine o valor dos reativos
deste capacitor.
  
7.12 As impedâncias “ Z1  1053º  ”, “ Z2  2 2  45º  ”, e “ Z3  290º  “
são colocadas nos circuitos desenhados na figura 2.40. Pede-se determinar:
a) O elemento que colocado em série com a fonte CA de alimentação, torna
unitário (ressonância) o fator de potência da instalação.
b) O elemento que colocado em paralelo com a fonte CA de alimentação, torna
unitário (ressonância) o fator de potência da instalação.
FEI_1S_2018

1) 2) 88

3) 4)

FIG. 2.40
7.13 Uma fábrica funciona normalmente quando alimentada por uma linha
monofásica de transmissão assim especificada: 13.200V, 100A e 60Hz. Sabendo
que o fator de potência instalado é igual a 0,64 atrasado, pede-se determinar:
a) O valor do capacitor que colocado em paralelo com a fonte CA na entrada da
fábrica torna unitário o FP.
b) O valor da corrente no capacitor.
c) O valor da corrente final na linha monofásica de transmissão.
d) Desenhe o circuito representando a instalação com as indicações das
correntes na fonte, na carga instalada e no capacitor de correção.
e) Qual o valor dos reativos absorvidos pelo capacitor de correção?

7.14 Uma fábrica solicita de uma linha monofásica; 25.000V, 60Hz e 90A com
um fator de potência de 0,75 atrasado. Qual a capacitância do capacitor que
colocado em paralelo com a carga instalada, eleva o fator de potência para 0,92
atrasado? Qual a porcentagem de queda da corrente na linha? Qual o valor do
kVAR absorvido pelo capacitor?
FEI_1S_2018

2-8. DESAFIOS. 89

8.01 Deseja-se ligar uma lâmpada incandescente de 60W e 110V/60Hz numa


rede elétrica de 220V/60Hz. Para proteger a lâmpada adiciona-se em série com
ela um bipolo ideal divisor de tensão. Pede-se determinar:
a) Para o caso em que o bipolo divisor é um resistor qual o valor da sua
resistência “R”.
b) Considerando-se que o bipolo seja um capacitor ideal, qual o valor da sua
reatância e da sua capacitância?
c) Considerando-se que o bipolo seja um indutor ideal, qual o valor da sua
reatância e da sua indutância?
d) Analise as potências nos casos anteriores e indique o caso mais dispendioso,
em relação a custos, para o consumidor (justificar).

8.02 Dado o circuito abaixo determine os valores das correntes nos bipolos, o
valor do fator de potência instalado e os valores das potências totais no circuito.

FIG. 2.41
8.03 Considere o circuito desenhado na figura 2,42 e determine os seguintes
valores:
a) Das respectivas potências instaladas.
b) Das respectivas correntes indicadas.

FIG. 2.42
FEI_1S_2018

8.04 Considere o circuito desenhado na figura 2.43, adote como referência a 90


tensão da fonte CA de alimentação e determine:
a) O valor da reatância capacitiva.
b) O valor da corrente na fonte alternada.
c) O capacitor que colocado em paralelo com a fonte CA corrige o fator de
potência para 0,92.
d) O valor dos reativos do capacitor de correção do fator de potência.

FIG. 2.43
8.05 Considere o circuito desenhado na figura 2.44, adote como referência a
tensão da fonte CA de alimentação e determine:
a) Os respectivos valores das potências instaladas.
b) Os respectivos valores das correntes indicadas.
c) O valor da tensão sobre o capacitor.
d) O valor da potência ativa após a correção do fator de potência para 0,92.

FIG. 2.44
8.06 O circuito desenhado na figura 2.45 mostra a disposição da colocação de
4 lâmpadas incandescentes e 1 motor CA monofásico correspondente à planta
de um galpão industrial. Pede-se determinar:
a) O valor do fator de potência da instalação.
b) O valor do capacitor que colocado em paralelo com a fonte corrige o fator de
potência para 0.92.
c) O valor da corrente solicitada pelo motor.
FEI_1S_2018

91

FIG. 2.45
8.07 Adote como referência a tensão fornecida pela fonte CA de alimentação no
circuito desenhado na figura 2.46 e determine os seguintes valores:
a) Da impedância equivalente do circuito.
b) Da tensão aplicada nos terminais do resistor de 200 .
c) Da potência no indutor.

FIG. 2.46
8.08 Considere o circuito desenhado na figura 2.47 e sabendo-se que: i) O fator
de potência da carga Z1 é igual a 0,6 e da carga Z2 é igual a 0,384, ambos
atrasados. ii) O amperímetro A1 indica 30A e o amperímetro A2 indica 78A. Adote
a tensão na fonte CA como referência e calcule:
a) O valor da impedância equivalente.
b) O valor do fator de potência instalado.
c) Os valores das potências instaladas.

FIG. 2.47
FEI_1S_2018

8.09 Uma carga R,C série foi alimentada de acordo com os circuitos “A” e “B”, 92
desenhados na figura 2.48. No circuito “A” o fator de potência instalado é igual
a 0,5 e a corrente solicitada é 500A. Determine o novo fator de potência e a
nova corrente solicitada pelocircuito “B”.
A) B)

FIG. 2.48
8.10 No circuito desenhado na figura 2.49 a fonte CA de alimentação é
representada pela seguinte função de tempo: e(t)  E  sen500  t  . Sabendo que

o fator de potência instalado é igual a 0,3 e que o voltímetro indica 250V,


pede-se determinar:
a) módulo e a fase da tensão sobre o resistor.
b) O valor do capacitor que colocado em paralelo com a fonte CA torna o
fator de potência instalado igual a 0,92 atrasado.

FIG. 2.49
8.11 No circuito desenhado na figura 2.50 a fonte CA de alimentação é igual a
e(t)  E  sen 500  t  , o resistor é igual a 15.800mΩ e o FP instalado igual a 0,3.

Sabendo que o voltímetro indica 79V, pede-se determinar o valor:


a) Da Indutância do circuito.
b) Do capacitor que colocado em paralelo com a fonte AC torna o fator de
potência unitário.
c) Da corrente indicada pelo amperímetro, antes e após a correção do fator de
potência.
FEI_1S_2018

93

FIG. 2.50

8.12 Determine no circuito desenhado na figura 2.51:


a) O valor da resistência R.
b) A potência reativa total instalada.

FIG. 2.51
8.13 Considere o circuito desenhado na figura 2.52 e calcule:
a) O valor da tensão nos terminais da resistência.
b) O valor da fase da tensão na fonte.
c) O valor da impedância equivalente.

FIG. 2.52
8.14 Uma fábrica alimentada por uma linha de 13.200V, 60Hz e 20MW, tem o
seu fator de potência corrigido para 0,92 atrasado mediante a colocação de um
banco de capacitores de, aproximadamente, 230F. Determine o fator de
potência da carga instalada sem a correção do fator de potência e o valor dos
kVARs absorvidos pelo capacitor de correção.
FEI_1S_2018

ANEXO – A 94

Parâmetros de uma Forma de Onda Senoidal

Para conhecer perfeitamente um sinal senoidal (tensão, corrente ou


potência elétrica) é preciso examinar os parâmetros atrelados à forma de onda
associadas à função de tempo seno. Cabe ressaltar que para as ciências
matemática ou física alguns destes parâmetros têm significado universal, porem
no estudo da ciência eletricidade têm sentido específico.
A designação “Forma de Onda” (da tensão, da corrente ou da potência)
corresponde a uma curva descrita por uma função que depende do tempo, de
uma posição ou de um ângulo. De instante em instante esta função assume um
valor de amplitude, denominado de “Valor Instantâneo” que, comumente, é
representado por uma letra minúscula (v(t), i(t) ou p(t)).
A representação genérica de uma função senoidal está expressa em (01) e
a correspondente forma de onda em função de "   wt" está desenhada na
figura A01.

v(t)  Vp  senwt   (01)

Para o estudo de circuitos elétricos em regime de corrente alternada


senoidal devem ser perfeitamente conhecidos os seguintes parâmetros:

 Valor de Pico: É o máximo valor instantâneo atingido pela forma de onda,


também conhecido por “amplitude máxima”. Na expressão (01) este valor
está representado por “ Vp ”.

 Velocidade ou Frequência Angular: Indica o valor da velocidade com que


um vetor gira em um determinado plano ou então a frequência com que este
vetor completa um ciclo neste plano. A velocidade angular corresponde ao
valor do ângulo percorrido a cada unidade de tempo, ou seja, radianos por
segundo (rd/s).
 Frequência: Indica a velocidade com que os ciclos senoidais ocorrem dentro
de um intervalo de tempo, ou seja, número de ciclos por segundo ou Hertz
(Hz=1/s).
 Período: É o tempo exato para a ocorrência de um ciclo completo da função,
ou seja, é o intervalo repetitivo de uma função periódica (s).
FEI_1S_2018

 Fase Inicial: Indica o quanto que a função seno está deslocada no eixo do 95
tempo:
Se "   0" não há deslocamento em relação à origem.

Se "   0" o deslocamento é positivo e a função está adiantada em

relação à origem.
Se "   0" o deslocamento é positivo e a função está atrasada em relação

à origem.
 Valor Pico a Pico: é o valor medido entre o pico máximo e o pico mínimo de
uma forma de onda senoidal. Para a função seno o valor de pico a pico “ Vpp ”

corresponde ao dobro do valor de pico “ Vp ”.

Fig. A01 – Forma de Onda da Função Seno.

Valor Eficaz da Função Seno

Segundo o conceito matemático, o valor eficaz de uma função é igual ao


seu valor quadrático médio (RMS do inglês root mean square), expresso pela
equação escrita em (02), que corresponde a uma medida estatística da
magnitude de uma quantidade variável.
n
 Vi 
2

Vef  i 1
(02)
n
No caso de eletricidade este valor assume um conceito muito específico
que é o de relacionar a energia dissipada em um resistor quando, ora é
alimentado por uma fonte de corrente contínua ora é alimentado por uma fonte
de corrente alternada senoidal, assim enunciado: “ O valor eficaz de tensão ou
corrente alternada senoidal é um valor constante que representa o valor de uma
FEI_1S_2018

tensão ou corrente contínua que produz em um resistor a mesma dissipação de 96


potência”. De acordo com este enunciado o valor eficaz da corrente elétrica em
um resistor pode calculado conforme a equação (07).
A energia (W) transformada em calor, medida em quilowatt-hora (KWh),
por uma corrente contínua “I”, medida em amper (A), em uma resistência “R”,
medida em ohms (), durante um intervalo de tempo “t”, medido em segundos
(s), é dada pela expressão geral escrita em (03).

W  R  I2  t (03)
A energia transformada em calor [dw(t)] pela corrente alternada “i(t)”
aplicada na mesma resistência “R” em cada instante infinitesimal “dt” é dada
pela expressão escrita em (04).

dW(t)  R  it 2  dt (04)


Se a expressão (04) for integrada e igualada à expressão (03), o valor
eficaz da corrente alternada " i(t)" pode ser escrita conforme a equação (05).
t
R  I2  t  R 
0 i(t)
2
 dt

1 t
I2 

i(t)2  dt (05)
t 0
A equação que fornece o valor eficaz procurado é obtida fazendo o tempo
igual a um período da função " i(t)" , ou seja, fazendo “t=T” na equação (05)

obtendo a equação (06), que permite calcular o valor eficaz de qualquer forma
de onda alternada e periódica.

1 T
Ief 2  

i(t)2  dt
T 0

1 T
Ief  
T 0 
i(t)2  dt (06)

ou, mudando a variável “t”, medida em segundos (s) pela variável “   w  t ”,


medida em radianos, resulta a equação (07) a seguir:

1 T
Ief    i()2  d (07)
T 0
Com o período “T” expresso em radianos, que no caso de uma função senoidal é
igual à “ 2 ”.
FEI_1S_2018

Portanto, o valor eficaz da corrente elétrica representada pela função seno 97


“ i()  Ip  sen ”, é o indicado na equação (08).

1 2
Ief    (Ip )2  sen2   d
2 0

1 1
sen2     cos2
2 2

Ip 2  2  1 1 
Ief 
2 0  2  2  cos2  d
 

1  2  1  2  1  
Ief  Ip       d     cos2  d
2  0 2  0 2  

1  2 2 
Ief  Ip    d   cos2  d
4  0 0 

1   sen4 sen0 
Ief  Ip   2  0    
4   2 2 

Ip
Ief  (08)
2

Ip  2  Ief (09)

De acordo com o resultado apresentado na equação (09) a corrente pode


ser representada pela função indicada na expressão (10).

i()  2  Ief  sen (10)

Este processo pode ser estendido o cálculo da tensão eficaz obtendo o


valor indicado na equação (11).

Vp  2  Vef (11)

Desta forma a equação (01) pode ser escrita em função do valor eficaz
conforme indica a equação (12).

v(t)  2  Vef  senwt   (12)


FEI_1S_2018

Exemplos 98

1 - Um determinado circuito elétrico é alimentado por uma fonte de tensão do


tipo v(t)  311  sen377t  . Pede-se determinar:

a) O valor da frequência de operação.


b) O valor eficaz.
c) O valor instantâneo para t=3 ms.
d) O valor pico a pico.

Solução:
a) w  2f
377  2f
377
f 
2
f  60 Hz

b) Vp  2  Vef

Vp
Vef 
2
377
Vef 
2
Vef  220 V

c) v(t)  311  sen377t 


v(3  103 )  311 sen 377  3  103 
v(3  103 )  311 sen1,131

v(3  103 )  281,40 V


d) O valor pico a pico é igual ao dobro do valor de pico.
Vpp  2  Vp

Vpp  2  311

Vpp  622 V

Obs: No item “c” o argumento (1,131) da função seno é obtido em “radianos”,


pois a frequência angular é medida em rad/s.
FEI_1S_2018

2 – A função apresentada abaixo corresponde a um sinal de corrente elétrica 99


senoidal distorcido, ou seja, um sinal contendo harmônicos. Sabendo que as
amplitudes fornecidas em cada parcela estão expressas em valor eficaz, calcule
o valor eficaz do sinal distorcido e a frequência de cada parcela.

i(t)  12,55sen377t  4,17sen1131t  1   2,48sen1885t  2   1,75sen2639t  3 

Solução:

n
 Vi 
2

Vef  i 1
n

Vef 
12,552  4,172  2,482  1,752
4
Vef  6,78 V
w  2f
377
Parcela 1  w  2f  f   f  60 Hz
2
1131
Parcela 2  w  2f  f   f  180 Hz
2
1885
Parcela 3  w  2f  f   f  3000 Hz
2
2639
Parcela 4  w  2f  f   f  420 Hz
2
FEI_1S_2018

ANEXO – B 100

Fasor de uma de Onda Senoidal

Introdução

A melhor forma de analisar um circuito em regime senoidal alternado é


usar a álgebra dos números complexos transformando correntes e tensões em
fasores e após esta transformação os bipolos receptores (resistores, indutores
e capacitores) são denominados de impedâncias. Devido às propriedades dos
números complexos as operações matemáticas devem obedecer a critérios
bem estabelecidos, caso contrário fica muito difícil trabalhar com estas
operações. Será mostrado a seguir que um fasor pode ser representado na
forma cartesiana ou polar, e que soma ou subtração de dois ou mais números
complexos deve ser realizada na forma cartesiana e o produto ou divisão na
forma polar.
Para efeito de estudo será considerada como exemplo a função senoidal
de uma tensão, porem as conclusões se estendem a função senoidal associada
à corrente elétrica.

Associação entre Forma Senoidal e Fasor ou Vetor Girante

Definição de fasor: “Fasor ou vetor girante é um número complexo


associado com uma onda senoidal, usado para representar a amplitude e a
fase dessa onda em que o seu módulo é a amplitude e o seu ângulo de fase é
a fase inicial (deslocamento na abscissa) da onda em t=0”.

Considerando a expressão geral da onda senoidal " v(t)" e admitindo a

definição de Vetor Girante, o seu fasor pode ser representado conforme a


indicação na equação (01):

v(t)  Vp  senwt   


V  Vp (01)

Onde:

A amplitude é representada por “ Vp ” – Valor de pico em Volts.

A fase inicial é representada por " " - deslocamento em radianos.


FEI_1S_2018

O fasor apresentado na equação (01) pode ser desenhado no plano 101


complexo formado por dois eixos ortogonais, sendo a ordenada um número
imaginário ( J ) e a abscissa um número real (R), conforme o desenho
apresentado na figura B01, denominado por Diagrama de Fasor ou Diagrama
Fasorial.

Fig. B01 – Fasor que representa a função v(t)  Vp  sen wt  

Observando o diagrama fasorial é possível representar o fasor nas


seguintes formas:

a) Forma polar: V  Vp  , neste caso o vetor é determinado por um módulo
e um fasor.

b) Forma cartesiana: V  a  b  J , neste caso o vetor é determinado pelo

número real “a” mais o número imaginário “ b  J ”, que são os valores nas
posições da abscissa e da ordenada, respectivamente.

As formas de representar um número fasorial estão relacionadas pelas


equações (02) e (03):

Vp  a2  b2 (02)

b 
  tag1   (03)
 a
FEI_1S_2018

Representação da onda senoidal no tempo com o auxílio do seu fasor. 102


A seguir é apresentada a maneira de desenhar a forma de onda de uma
função senoidal a partir do seu diagrama de fasor.
Seja então a função v()  Vp  sen , com   wt , a forma de onda a

ser representada.
Inicialmente se traça no plano complexo os eixos ortogonais CA e
BD, em seguida desenha-se a circunferência “ABCD” de centro “O” posicionada
na origem, onde será desenhado o fasor da função seno. Ao lado direito e
alinhado com o eixo CA, desenham-se os eixos ortogonais “Y” e “θ”, onde será
desenhada a onda senoidal, conforme ilustra o desenho na figura B02.
Uma observação válida é que o eixo horizontal representando a variável
“θ” deve ser corretamente graduado em radianos, embora aceita-se a
graduação em graus, pois da análise dimensional de o produto “wt” resulta a
unidade radianos.

Fig. B02 – Circunferência no Plano complexo e os eixos onde será


desenhada a onda senoidal
Para desenhar a onda da função “ v() ” com auxílio do seu fasor aplica-se

a seguinte técnica: O fasor colocado no plano complexo gira no sentido anti-


horário com velocidade angular “w”. A amplitude da onda senoidal corresponde
à sua projeção no eixo “BD” e o seu argumento corresponde ao ângulo entre a
posição do fasor e o seguimento “OA”, medido no mesmo sentido de giro. A
sequência a seguir ilustra a aplicação desta técnica:
- A fase inicial “  ” é nula, então o fasor “ Vp ” se posiciona com origem em “O”

sobre o seguimento “AO”, no sentido “CA”. A sua projeção no eixo vertical


“BD” é nula indicando que em “t=0” a amplitude da onda é igual a zero,
representado pelo ponto na origem do desenho na figura B03.
FEI_1S_2018

103

Fig. B03 – Posicionamento do fasor e o correspondente desenho da


onda senoidal para “   0 ”.
- Girando o fasor “ Vp ” no sentido anti-horário até a posição sobre o

seguimento “OB”, a sua projeção no eixo vertical “BD” varia desde “0” até

“+ Vp ” e nesta posição o valor da amplitude da onda senoidal é “   ”, ou
2

 
seja, igual ao resultado da igualdade ” v   Vp  sen  ”, conforme desenho
2 2
na figura 04.


Fig. B04 – Posicionamento do fasor para “   ” e o desenho da onda
2

senoidal no intervalo “ 0    ”.
2
- Girando o fasor “ Vp ” no sentido anti-horário até a posição sobre o

seguimento “OC”, a sua projeção no eixo vertical “BD” varia desde “+ Vp ” até

“0” e nesta posição o valor da amplitude da onda senoidal é “    ”, ou seja,

igual ao resultado da igualdade ” v()  Vp  sen ”, conforme desenho na

figura B05.
FEI_1S_2018

104

Fig. B05 – Posicionamento do fasor para “    ” e o desenho da onda


senoidal no intervalo “ 0     ”.

- Girando o fasor “ Vp ” no sentido anti-horário até a posição sobre o

seguimento “OD”, a sua projeção no eixo vertical “BD” varia desde “0” até
3
“- Vp ” e nesta posição o valor da amplitude da onda senoidal é “   ”, ou
2

 3   3 
seja, igual ao resultado da igualdade ” v   Vp  sen  ”, conforme
 2   2 
desenho na figura B06.

3
Fig. 06 – Posicionamento do fasor para “   ” e o desenho da onda
2
3
senoidal no intervalo “ 0    ”.
2

-
FEI_1S_2018

- Girando o fasor “ Vp ” no sentido anti-horário até a posição sobre o 105


seguimento “OA”, a sua projeção no eixo vertical “BD” varia desde “- Vp ” até

“0” e nesta posição o valor da amplitude da onda senoidal é “   2 ”, ou seja,

igual ao resultado da igualdade ” v2  Vp  sen2 ”, conforme desenho na

figura B07. O vetor completa uma volta no plano (J,R) e um período no plano
(V,  ).

Fig. 07 – Posicionamento do fasor para “   2 ” e o desenho da onda


senoidal para “ 0    2 ”, que corresponde a um período.

Conclusão
Este anexo tem por objetivo mostrar o princípio da aplicação do diagrama
de fasores para obter o desenho da forma de onda de uma onda senoidal,
porem não tem sentido aplicar esta técnica para obter o desenho de uma única
onda senoidal, uma vez que desenhar esta onda não apresenta dificuldade, a
real vantagem da aplicação desta técnica está em se fazer “soma e subtração”
de ondas senoidais e em seguida desenhar o resultado no tempo.
FEI_1S_2018

Respostas dos exercícios 106

CAPÍTULO 01

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

5.01) 0,50mA, 2,00mA, 40V, 25mW, 80mW, 20mW, 125mW.


5.02) 2160W.
5.03) 337,84mA, 39,59mA, 528,25mA, 31,67V, 7,77W, 21,50V.
5.04) 1kΩ.
5.05) +62,77V.
5.06) -10 mA.
5.07) 83,33V e 2,083mA.
5.08) 35,69mA.
5.09) 7,78V e 72,22A.
5.10) 60mA.
5.11) 91,95V.
5.12) 10kΩ.
5.13) 864W.
5.14) 8,24V.

DESAFIOS

6.01) 40V, -1A, 57,5V.


6.02) 50V, -5,77V, 184,16W.
6.03) 20Ω, -105V, 57W.
6.04) 50V, 4V, 2mA, 200mW.
6.05) 3Ω, -35A, 28635W.
6.06) 90,53 V, 6,70mA, 2627mW.
6.07) 60V, -21,19V, 211,32W.
6.08) 37,5V, 325V, 100W, 1137,5 W.
6.09) VD  12,44mV

CAPÍTULO 02
FEI_1S_2018

107
EXERCÍCIOS PROPOSTOS


7.01) a) I  10  37 A ,
b) R  8  e L  16 mH
c) desenho:
  
Impedâncias: Z  10037 V , ZR  80 V e Z XL  690 V
  
Tensões: V  100  0 V , V R  80  37 V e V XL  6053 V

Potências: S  1000 VA , QL  600 VAR e P  800 W

d) FP  0,8 atrasado.

 
7.02) a) VR  300  16 V e VL  40074 V

b) S  1000 VA , QL  800 VAR e P  600 W

c) FP=0,6 atrasado.


7.03) a) V  500 V
b) R  1,5  e , L  5,3 mH

c) P  600 W , QL  800 VAR , S  1000 VA e FP=0,8 atrasado.

7.04) a) R  4,84  e L  22 mH

 
b) VR  1100 V e VL  190,490 V

c) P  2500 W , QL  4330 VAR e S  5000 VA


7.05) a) V  5000 V
b) R  15  e C  133uF
c) QC  8 kVAR , P  6 kW e S  10 kVA

d) FP  0,6 adiantado.

7.06) a) R  4,84  e C  316uF


FEI_1S_2018

 
108
b) VR  11030 V e VC  190  60 V

c) P  2500 W , QC  4330 VAR e S  5000 VA


7.07) a) IC  6  37 A

 
b) VR1  300  37 V e VR2  180  37 V

 
c) VL  60063 V e VC  240  127 V

d) QC  1440 VAR

e) FP  0,8 atrasado, PT  2880W , Q T  2160 VAR e S T  3600 VA .

  
7.08) a) I  20,61  39 A , I1  20  53 A e I2  5  37 A


b) Zeq  24,2639 

 
c) VC  300  53 V , VL  40037 V

d) Q T  6500 VAR , PT  8 kW , S T  10305 VA e FPT  0,6 atrasado

e) FP2  0,8 adiantado e FPT  0,6 atrasado

7.09) a) Um capacitor com C  628uF que absorve QC  1 kVAR

b) Um capacitor com 314uF que absorve QC  0,5 kVAR

7.10) a) cosM1  0,5 adiantado e cosM2  0,5 adiantado

b) cos T  0,5 adiantado

c) C  5,22F e QC  95,25Var

7.11) a) cosM1  0,5 adiantado

b) cosM2  0,5 adiantado

c) cos T  0,5 adiantado

d) C  16,40F e QC  121,18Var

7.12) 1) Cs  70F e Cp  41F

2) Cs  1,36mF e Cp  1mF

3) Cs  25F e Cp  15,25F
FEI_1S_2018

4) Cs  5,88mF e Cp  0,5mF 109

7.13) a) C  15,4F


b) IC  76,6490 A


c) ILinha  64,280 A

d) Desenho

7.14) a) Cs  3,27nF

b) QC  770Var

DESAFIOS

8.01) a) R  110
b) L  0,93H

c) C  7,6F

d) Como a potência que o consumidor paga é a ativa, os casos b) e c)


são mais econômicos, pois no caso a) a potência ativa é igual a 120W e nos
casos b) e c) a potência ativa é igual a 60W. No caso real o indutor possui
perdas ativas (resistência própria interna), então o caso c) é o mais econômico
(capacitor série).

8.02) cos T  0,419 adiantado, S T  4080 VA , PT  1,8 kW , Q T  3893 VA


  
I  10,72  35,18 A , IZ2  1,6  77 A e IZ3  9,4  30 A


8.03) S T  800 VA , Q T  640 VAR , P  480W , I1  4  98,13 A ,
 
I2  2,83  143,13 A e I3  2,83  53,13 A

8.04) a) XC  400

b) I  91  53,13 A

c) Ccor  10F

d) O capacitor de correção absorve aproximadamente 657kVA R .

8.05) a) S T  1,2MVA , Q T  961kVA R e PT  721kW


  
b) I  91  53,13 A , I1  101,54  67,38 A e I2  26,753,13 A
FEI_1S_2018


110
c) V c  10560  36,87 V

d) Não há alteração no valor da potência ativa após a correção do fator


de potência, portanto PT  721kW .

8.06) a) FP  0,77 atrasado.

b) Ccor  17F


c) I4  3,67  53,13 A


8.07) a) Z T  29,3321 


b) V 200  2000 V

c) QL  2.323VAR

8.08) a) Z T  3,6363,43 

b) FPT  0,447 atrasado.

c) S T  41.859 VA , Q T  37.439 VAR e PT  18.662W

8.09) a) FP  0,433 adiantado



b) I  43364,36 A

8.10) a) V200  78,6  72,54 V

b) Ccor  31,5F

8.11) a) L  100mH
b) Ccor  36,6F
 
c) Iantes  Iapós  5 A

8.12) a) R  2
b) PT  800W

8.13) a) V R  20k0 V

b)  V  37

c) Z T  125037 

8.14) a) FP  0,65

b) O capacitor absorve: Qabs  15.108VAR

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