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DE BARROS LARAIA, Roque. Os primórdios da antropologia brasileira (1900-1979).

ACENO-
Revista de Antropologia do Centro-Oeste, v. 1, n. 1, p. 10-22, 2014.

Vitor Brito de Almeida1

Nesse artigo Laraia discorre sobre a história da antropologia brasileira e


seus desdobramentos, no período entre 1900-1979 que demarca um importante
recorte de sua origem e desenvolvimento da disciplina que repercute até o tempo
presente sobre o modo de se pensar e produzir antropologia no Brasil. O autor prioriza
em sua análise e discussão dois momentos: primeiro, a “origem” dessa antropologia
brasileira, tendo como parâmetro as primeiras utilizações do termo antropologia e,
segundo, o perído de maior institucionalização na década de 70. Para fazer a
classificação dos períodos de desenvolvimento da disciplina, Laraia utitliza-se como
referências importantes o artigo de Roberto Cardoso de Oiveira (1985) “O que é isso
que chamamos de antropologia brasileira?” e outro de Florestan Fernandes
“Tendências teóricas da moderna investigação etnológica no Brasil” (1958).

Os primeiros trabalhos de antropologia que têm como objeto de


investigação a realidade brasileira não se localizam ainda dentro de um campo
organizado e sistematizado de pesquisa. Laraia e Mariza Corrêa consideram que o
primeiro antropólogo brasileiro foi o médico maranhense radicado na Bahia Raymundo
Nina Rodrigues. Assim como ele, nesse período inicial da antropologia brasileira
muitos médicos foram “incentivadores da Antropologia” no Brasil. Tal período é
marcado também pelo papel central dos Museus como espaço institucional, devido a
não existência ainda de universidades.

Esse quadro só mudará com a criação da Escola Livre de Sociologia e


Política, no contexto da revolução de 1930 e o gradual desenvolvimento da
antropologia na USP – que passou a receber uma série de antropólogos como Lévi-

1
Graduando do curso de Licenciatura em Ciências Sociais, 2014.1 (UFPI)
Strass, Radcliffe Brown, Roger Bastide, etc. que contribuíram para a consolidação da
disciplina no país. Nesse período inicial fica demarcado duas fortes influências: a
etnologia francesa e a antropologia cultural norte-americana.

Seguindo a periodização proposta por Roberto Cardoso de Oliveira, Laraia


divide o desenvolvimento da antropologia brasileira em três períodos: heróico,
carismático e burocrático. O heróico corresponderia ao período equivalente às
décadas de 20 e 30, onde não havia um campo disciplinar consolidado e “o trabalho
de pesquisa tinha o sabor de uma atividade verdadeiramente heróica” (p.15). O
carismático tem como ponto de partida os trabalhos de Florestan Fernandes, Darcy
Ribeiro e Eduardo Galvão. Os três mobilazaram muitos estudantes e pesquisadores
em torno de si.

O período burocrático correponde a uma maior institucionalização e


sistematicidade da produção antropológica, indo da segunda metade da década de
60 até os dias atuais, na perspectiva do autor. A antropologia se “moderniza”. Além
do crescimento do papel das universidades na formação, os museus também geram
importantes inciativas de especialização com o acompanhamento de importantes
antropólogos brasileiros. Roque de Barros Laraia, por exemplo, iniciou suas pesquisas
antropológicas no curso “Teoria e Pesquisa em Antropologia Social”, na primeira
turma.

O autor também faz uma breve discussão sobre a consolidação da


antropologia no Brasil no contexto do golpe militar, apontando o paradoxo entre a
repressão, que obviamente também incide sobre as universidades, e o momento mais
importante na considação da campo disciplinar no Brasil. Como entender esse
paradoxo!? O autor não se propõe a problematizar muito tal etapa.

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