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Programa Mais Médicos: Mais-valia e a malandragem cubana

Grande parte do povo brasileiro acompanhou nos últimos dias o rompimento do Programa
Mais Médicos pela ditadura cubana, quando do estabelecimento pelo então Presidente
eleito Jair Bolsonaro, de condições alinhadas com as demandas humanitárias para a
mantença do programa e, consequentemente, da atuação dos “médicos” cubanos aqui no
Brasil.

Muito tem vindo à tona a respeito dos conluios e maquinações entre o governo do PT e as
lideranças cubanas acerca deste Programa, além da própria formação destes profissionais
cubanos serem colocadas em xeque pela falta de evidências objetivas de sua capacitação.

Dito isso, adentro a uma questão que está numa camada abaixo da discussão acerca da
politização e do uso ideológico deste programa para fins de interesse comum entre o PT e
os irmãos Castro. Refiro-me a nefasta hipocrisia retórica típica das tentativas socialistas de
manutenção do poder, representada, neste caso, pelo absoluto desdém à teoria do mais-
valor encabeçada pelos pais fundadores do socialismo, Karl Marx e Friedrich Engels.

Antes de prosseguir, vejamos o significado do termo mais-valor (mais-valia) a partir da


Apresentação do livro Grundrisse, de Karl Marx, feita por Mario Duayer:

“Mais-valor, por sua vez, subentende um processo por meio do qual um dos envolvidos no
processo de produção – no caso, o trabalhador – produz mais valor do que recebe sob a
forma de salário. [...] O mais-valor, contudo, além de desvendar o mecanismo de
acumulação de capital, isto é, a expropriação do trabalhador, expressa um processo
ainda mais fundamental: mais do que significar a exploração do trabalho, como de fato o
faz, o mais-valor representa a objetivação, estranhada dos sujeitos, do potencial que
possui o trabalho (social) de reproduzir de forma ampliada as suas condições
antecedentes.”

Dito de outro modo, mais-valia seria o valor excedente da mercadoria (ou serviço)
expropriado pelo patrão ao se aproveitar “indevidamente” da força de trabalho do seu
funcionário. Esta mais-valia pode ser absoluta ou relativa a depender do aumento da
jornada de trabalho ou da melhoria tecnológica dos métodos de trabalho, respectivamente.

Pois bem, descontadas as nuances acerca do cálculo exato para determinação da mais-
valia, nos atentemos ao paradoxal exemplo socialista de Cuba sobre a implementação
desta teoria.

Como já exposto aqui no Instituto Liberal e em outros meios de comunicação, sabe-se que
aproximadamente 70% do valor do salário dos médicos cubanos ficavam em poder do
regime castrista. Neste caso, Cuba conseguiu ser muito mais exploratória que os
exploradores burgueses denunciados por Marx e Engels. Isto porque o valor retido pelo
governo cubano era o do próprio salário dos médicos e não de qualquer valor excedente
deste. Não era qualquer espécie de lucro que ficava em poder da ditadura cubana, mas o
próprio “ganha-pão” dos trabalhadores e, por extensão, de suas famílias.

Dizem que tudo que é ruim pode piorar. No caso da malandragem cubana a situação se
agrava quando se percebe que os “meios de produção”, ou seja, as condições materiais
para que os médicos cubanos executassem o seu trabalho, eram todos fornecidos pelo
governo brasileiro. Isso mostra que não o governo cubano, mas você e eu, injetávamos
capital através dos impostos por nós pagos, para que os médicos desenvolvessem suas
atividades, a fim de que Cuba se locupletasse de um montante estimado em mais de sete
bilhões de reais, entre os anos de 2013 e 2017, sem tirar um tostão do bolso.

Sem entrar no mérito de que este Programa visava suprir a demanda do atendimento nos
estabelecimentos de saúde do nosso país, o fato é que Cuba mostrou ao Brasil e ao
mundo todo, mais uma prova do autoritarismo e da desumanidade típicas da prática da
sua ideologia ditatorial. Mais uma vez voltamos à ideia de que, para alcançar um estado
futuro de justiça e liberdade, no tempo presente, a ideologia socialista sempre lança mão
de práticas injustas e de autoritarismos que resultam em regimes de igualdade, porém,
miseráveis.

É como dizia o velho ditado adaptado: “mais-valia nos olhos dos outros é refresco nos
olhos cubanos”.

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