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CONSTRUÇÃO CIVIL
Conceitos e Métodos
Eduardo M. Burin
Emílio Daniel
Flavio F. de Figueiredo
Iara C. S. Mourão
Marcio S. Santos
Vistorias na Construção Civil
r
- Conceitos e Métodos
Eduardo M. Burin
Emílio Daniel
Flavio F. de Figueiredo
lâra C. S, Mourão
Mareio S. Santos
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Prefácio 7
Apresentação 9
1. Introdução 11
Quantidade de sistemas 12
Quantidade de intervenientes , 12
Serviços artesanais 12
Alterações do meio . 13
Manutenção e conservação 14
Relevância patrimonial * 14
Descentralização 15
Exemplo 19
2.2. Deficiências observadas na solução de conflitos 22
3- requisito: visão. 42
11.1. Objetivo 56
V. Considerações finais 77
VI. Encerramento 77
5. Vistorias especiais em obras 79
Inspectors Vistorias - Laudo de vistoria 81
I. Informações gerais 82
I I I Objetivo . 82
II.2. Localização 82
11.3- Terreno - 82
11.5.1. Fotografias 83
11.6. Encerramento - - 92
11.1. Objetivo 96
11.2. Localização 96
Bibliografia 165
Autores 167
Prefácio
Não havendo referências sólidas para pautar a inter-relação entre as partes, resta
prejudicada a possibilidade de apuração de desvios de qualquer natureza ou porte,
quer através de simples verificações, quer por meio de Perícia de Engenharia.
Este livro foi desenvolvido com o objetivo de mostrar aos diversos envolvidos, direta
ou indiretamente, com a Construção Civil - tais como: incorporadoras, construtoras,
compradores, locatários, locadores, gestores de condomínios etc - a importância e
as possibilidades de aplicação das Vistorias e os requisitos que devem ser exigidos
dos trabalhos, ilustrando com casos práticos e exemplos de laudos.
Além disso, são apresentadas diretrizes para especificação de serviços de vistoria,
pois, na observação de casos reais, constatamos que a maioria dos trabalhos que se
mostram imprestáveis tem em falhas na definição de escopo para contratação, sua
primeira e principal deficiência.
Por fim, é importante salientar que, embora este livro esteja voltado para Constru-
ção Civil, muitos dos conceitos aqui apresentados podem ser aplicados a outras
áreas, como, por exemplo: indústria, agricultura, prestação de serviços etc.
Eduardo M. Burin
Emílio Daniel
Ffavío F, de Figueiredo
Iara C. S. Mourão
Mareio S. Santos
1 - Introdução r
Quantidade de sistemas;
Quantidade de intervenientes;
Serviços artesanais;
Alterações do meio;
Manutenção e conservação;
Relevância patrimonial;
Descentralização.
Por nnaís simples que seja uma edificação, é grande a quantidade de sistemas e
componentes que devem ser implantados e interagir harmonicamente. Assim, por
exemplo, caixilhos, revestimentos, alvenarias, cobertura, estrutura e fundações de-
vem ser especificados, projetados e executados de forma que se possa obter de
cada sistema o melhor desempenho possível e, ao mesmo tempo, que a edificação
como um todo atenda à sua finalidade, com segurança e conforto, durante toda a
sua vida útil.
Quantidade de intervenientes
Embora fosse desejável que todos esses intervenientes tivessem atuação harmônica,
várias diferenças entre eles, tais como de cultura, desenvolvimento tecnológico e de
preparo de mão-de-obra, impedem que isso ocorra.
Serviços artesanais
Em nossa cultura, tanto planejamento como projeto são muitas vezes considerados
gastos e não investimentos. Assim, faz-se o mínimo necessário, via de regra, sem se
buscar a excelência dos fornecedores desses serviços,
Para quem age com essa mentalidade, prevenção contra riscos e superação de im-
previstos são, na maioria das vezes, tratados de forma amadora.
Toda obra civil deve ser planejada levando-se em consideração as solicitações de uso
e do meio externo que possam ser previstas, com fatores de segurança para cobrir
as incertezas,
Na opinião dos autores, este é um dos pontos que mais diferencia a obra civil das
atividades industriais convencionais. Enquanto na indústria podem ser preparados
e ensaiados protótipos, que são submetidos a mais ampla gama de solicitações, na
construção civil cada obra é um protótipo único que, naturalmente, poderá, desde
cedo, apresentar reações indesejáveis a certas solicitações do meio, exigindo corre-
ções e adaptações para que possa ter um desempenho satisfatório.
Alterações do meio
Como mencionado no item anterior, são muitas as características de cada local que
devem ser consideradas para se projetar e implantar uma obra.
Considerando que, via de regra, as obras civis são erigidas para durar pelo menos
muitas décadas, são inevitáveis - embora, muitas vezes, imprevisíveis - modificações
nessas características.
Manutençao e conservação
Relevância patrimonial
Especialmente para muitas pessoas físicas, o imóvel é o item mais valioso de seu
patrimônio, âs vezes sendo pago em prestações numerosas e muito pesadas no
orçamento familiar.
Isto faz com que a relação com aquele bem ultrapasse a razão em direção ã paixão,
especialmente quando é sentida alguma ameaça real ou imaginária de alteração ou
deterioração, que poderá acarretar redução de seu valor.
Enquadram-se nessa situação ameaças exógenas, tais como, as advindas de vizi-
nhança, ou endógenas, como defeitos ou anomalias construtivas que podem impli-
car em deterioração mais acentuada de algum componente da edificação.
Descentralização
Somando-se esta característica à dinâmica das obras, que, muitas vezes, exige deci-
sões imediatas e de grande impacto, tem-se como resultado uma transferência de
responsabilidade muito grande para a estrutura de decisão do canteiro que, em sua
maioria, não está preparada para tal,
Por mais habilidosa que possa ser a administração dos conflitos, é natural que mui-
tos acabem se transformando em discussões que, se não solucionadas na esfera
administrativa, rumam à judicial
Podem ser destacados três fatores que contribuem muito para esse acréscimo na
quantidade de questionamentos:
As sucessivas crises pelas quais o Brasil passou, bem como as alterações no pa-
norama econômico nacional e internacional, alteraram o poder aquisitivo de uma
grande fatia da população e, para muitas empresas, diminuíram as margens de
lucro, Com isso, os recursos disponíveis para gastos ou investimentos imprevistos
tornam-se muito mais escassos, levando pessoas e empresas a lutar com muito
mais afinco, para não perder ou para buscar a recuperação de perdas em suas
relações comerciais.
Alguns advogados destacam também que a crise cria precedentes para revisões de
contratos, fusões e aquisições, o que também pode explicar o aumento do número
de contendas judiciais neste cenário.
Especialização dos profissionais
Como decorrência das necessidades ditadas pelo mercado, observou-se nos últimos
anos um aumento muito grande na quantidade de profissionais que se especializa-
ram na reivindicação de direitos originados das mais diversas relações comerciais.
Exemplo
Pesquisa realizada com proprietários de imóveis novos em 2004 em São Paulo pela
Datafolha {Folha de São Paulo, Caderno Imóveis 1, 17/04/2005) apurou que 5 0 %
dos entrevistados já haviam tido problemas com seus apartamentos.
Destes, apenas 12%. não entraram em contato nem com a construtora nem com a
incorporadora, o que representa o elevado índice de 8 8 % de pessoas que apresen-
taram suas reivindicações.
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aquecimento
ONDE MORA
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O P R O B L E M A FOI P E R C E B I D O
QUANTO T E M P O A P Ô S A E N T R E G A ?
Até um mês 44
De um a seis meses 34
Por fim, é conveniente que se realizem exercícios de análise simulando a visão global
que um observador externo teria acerca da demanda, para que se possa avaliar os
riscos.
Embora seja difícil estabelecer um rol que contenha todas as deficiências no trato
de conflitos envolvendo questões técnicas com potencial para gerar litígios, uma
vez que sempre há a possibilidade de nos depararmos com algo novo ou até ini-
maginável, são apresentados a seguir os tipos de falhas mais comuns na solução de
conflitos, as quais serão detalhadas na seqüência:
Falta de embasamento;
3.1 - Conceituação
Não há uma definição única e completa para o termo vistoria, considerando todas as
possíveis aplicações de seu emprego. O que se observa com freqüência é que a defi-
nição de vistoria está condicionada ao contexto de aplicação do mencionado termo.
Como se depreende, os pontos mais relevantes das definições supra são os seguintes;
Essa constatação técnica deve ser feita in-loco, ou seja, não se caracteriza por exa-
mes indiretos, feitos com base em interpretação de fotos e filmes. Já é de farto co-
nhecimento que, a despeito das possíveis similaridades entre as diversas obras, cada
uma é, no senso estrito, um protótipo único. Destarte, não é possível, para uma
cabal constatação da situação de um bem, proceder a exames de bens ou casos "si-
milares". A constatação técnica deve contemplar precisamente o objeto da vistoria.
Em adição aos atributos anteriores, a vistoria também deve ser criteriosa. Segundo
o Dicionário Luft da Língua Portuguesa, critério é a "propriedade de distinguir o
verdadeiro do falso, o bom do ruim; juizo; raciocínio; regra".
A ciência, que se incumbe da tarefa de aumentar o conhecimento acerca de uma
determinada área, necessita de critérios daros, métodos de investigação precisos
que descartem as ilusões dos sentidos, os preconceitos, as crenças pessoais (religio-
sas ou não) e as superstições de todo o tipo.
Mesmo nas situações mais simples, nas quais a caracterização fiel do bem pode ser
feita somente por fotos, estas são dirigidas para o objetivo, com detalhamento ne-
cessário e, sobretudo, descrição técnica da situação observada.
Pelo exposto, pode-se sintetizar os pilares da vistoria e suas relações corn a tomada
de decisões na figura a seguir apresentada:
Muito embora o conceito supra não faça menção explícita, a vistoria deve ser firme-
mente orientada por um objetivo ("para que vistoriar"), A definição de um objeti-
vo para a vistoria é particularmente importante na construção civil, a considerar a
complexidade e diversidade dos subsistemas que compõem uma edificação ou obra.
Dentro do cenário global de uma obra, muitas vezes complexa, o objetivo é funda-
mental para que se defina qual (quais) parte (s) do cenário será (serão) objeto de
registro, como ilustra a figura a seguir.
Obra
As partes deste cenário tão complexo que deverão ser registradas dependerão do
objetivo do trabalho de vistoria.
Qual é o objetivo do registro?
0 produto final dessa constatação tem por finalidade perpetuar uma situação vigen-
te em determinada data e, destarte, servir de referência para tomadas de decisão
futuras.
CONSTATAÇÃO DA
SITUAÇÃO
Muitas vezes, o direito relativo a um bem será exercido em data futura, quando a
situação anteriormente vigente, que justificava a busca pelo direito, já não existe mais.
Para que possa ser uma referência para o futuro, a vistoria deve atender a alguns
requisitos básicos, a serem apresentados no tópico seguinte.
habilitada;
O excerto a seguir, extraído de um Laudo Pericial do Eng. Alcides Ferrari Neto, ilustra
uma situação em que a vistoria não foi efetuada de forma adequada,
A vistoria deve atender a alguns requisitos para que possa servir de referência para
o futuro, os quais são discriminados abaixo:
Compatível com
a Complexidade
Visão
Confiável
A figura a seguir exemplifica os diversos níveis de detalhe que podem ser caracteri-
zados em uma mesma obra.
Compatibilidade com a complexidade
0 "caso 6 " apresentado a seguir exemplifica uma vistoria com nível de complexida-
de mediano, em vista da necessidade de equipe multidiscipíínar.
Embora pareça {e de fato seja) um requisito óbvio, muitas vezes elementos impor-
tantes para a elucidação de uma controvérsia não são devidamente registrados de-
vido à realização intempestiva da vistoria.
Qual é o momento oportuno?
39 requisito: visão.
Em que pese fato de não buscar a causa dos fatos, a vistoria poderá no futuro ime-
diato ou remoto se transformar em importante e muitas vezes único elemento que
fornecerá subsídio para a perícia, sendo portanto um grande equívoco diminuir sua
real importância.
Cometem grande equívoco aqueles que relegam as vistorias técnicas a plano inferior
ao das perícías.
Como analogia, referenciar uma decisão futura com fulcro em uma vistoria de mé
qualidade é equivalente ao médico decidir por realizar um procedimento cirúrgico
com base em uma radiografia pouco nítida ou em exame não-confiável,
As fotos são elementos essenciais para a constatação, mas não os únicos. Não ra-
ramente, a constatação cabal de um fato ou situação também deve contemplar
ensaios tecnológicos (ex: resistência à compressão do concreto, deflexão de pavi-
mentos, ensaios para constatação de ocorrência de ca rb o natação, etc) e medições
(níveis de ruído, espessuras, pH etc).
Ainda no que se refere à vistoria, em vista do fato de as fotos serem dirigidas para o
objeto da constatação e para os aspectos que o influenciam, a experiência do técni-
co que realiza os exames ditará " o que" e " c o m o " deve ser fotografado.
Para que o íeitor possa ter idéia da extensão dos trabalhos, são relacionadas as le-
gendas das fotografias obtidas e somente algumas fotos exemplificativas, a fim de
tornar o entendimento mais célere, sem alongamentos desnecessários.
4 — Vistorias de confrontantes de obras
A vistoria de confrontantes de obras tem sido uma prática cada vez mais comum de
construtoras e sncorporadoras, constituindo-se inclusive em ferramenta de gestão
das relações com a vizinhança.
Por definição, região d e influência primária é aquela delimitada por todas as edi-
ficações e logradouros confinantes. Jé região d e influência secundária é aquela
na qual existem imóveis e logradouros que, muito embora não sejam confinantes,
são susceptíveis de sofrerem danos em decorrência da obra.
As figuras a seguir mostram exemplo hipotético das definições das zonas de influên-
cias e dos imóveis vistoriados neste caso.
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Canteiro
Imóveis vistoriados
No caso de obras novas esse tipo de vistoria é obrigatório, por força da NBR
12722/1992 a qual, no item 4.1.10.1, informa o seguinte:
Alguns autores mencionam que esse tipo de vistoria, quando realizada no âmbito
extra-judiciaJ, tem a vantagem de estabelecer uma relação de confiança mútua entre
a construtora e a vizinhança que, por algum tempo, terá de conviver com os incô-
modos de uma obra.
Em resumo:
Descrição:
Aplicação:
Época de execução:
55
LAUDO DE VISTORIA
EMPRESA MEMBRO
1BAPE/SP
XEÍvl
I - Informações gerais
• Locat da obra: Rua dos Jasmins, n-140 - Vila Mariana - São Paulo - SP, onde será
erigido edifício residencial.
II - Considerações preliminares
II.1 - Objetivo
Por ocasião da vistoria, as edificações existentes no local não haviam sido demolidas.
A vistoria deste imóvel, que confronta com o canteiro de obras ao longo de sua
divisa lateral esquerda, foi acompanhada pelo Sr. Paulo, zelador do condomínio.
Nos subsolos foram identificadas trincas, fissuras e áreas de infiltração com estu-
famento e deterioração do revestimento. Mo pavimento térreo foram observadas
trincas e fissuras.
1 - Frente do imóvel
2 - Frente do imóvel
3 - Fachada frontal
10 - Fachada de fundos
11 - Fachada de fundos
12 - Fachada de fundos
revestimento
timento
rios: trinca
famento do revestimento
94 - 1- Subsolo - Garagem
98 - 1 B Subsolo - Garagem
1 1 7 - 1 9 Subsolo Garagem
1 2 3 - 1 9 Subsolo - Garagem
1 2 7 - 1 9 Subsolo - Garagem:trinca
vestimento
revestimento
revestimento
mancha de infiltração
revestimento
215-Ático - Barrilete
A vistoria deste imóvel, que confronta com o canteiro de obras ao longo de sua
divisa de fundos, foi acompanhada pelo Sr, Roberto, proprietário da casa.
Foram constatadas fissuras, trincas, áreas com infiltração com estufamento, deterio-
ração do revestimento em tetos, paredes e fachadas e tubulações e fios aparentes.
1 - Vista do imóvel
vestimento
vesti mento
71
21 - 1 S Pav Superior - Hall de entrada: trinca
revestimento
deterioração do revestimento
timento
revestimento
revestimento
revestimento
revestimento
do revestimento
do revestimento
90 - Fachada de fundos
V - Considerações finais
VI - Encerramento
Encerrados os trabalhos, foi redigido e impresso este Laudo de Vistoria, que se com-
põe de 160 {cento e sessenta) folhas escritas de um só lado, tendo sido então todas
rubricadas, menos esta última que vai datada e assinada.
Resumidamente:
Descrição
Exemplos de aplicação
Caracterização de:
Época de execução
Mediante solicitação.
LAUDO DE VISTORIA
I - Informações gerais
II - Considerações preliminares
11.1 - Objetivo
11.2 - Localização
11.3 - Terrena
O terreno em que foi erigido o prédio em que se situa o imóvel avaliando possuí
testada no nível do logradouro para o qual entesta e seu solo é aparentemente seco
e de boa consistência.
IL5.1 - Fotografias
1 A fim de evitar alongamentos desnecessários e para conferir agilidade à leitura, a maioria das
fotos foi suprimida, tendo sido mantidas apenas algumas para caracterização gerai do problema.
Foto - Situação da porção frontal do subsolo,
1 - Vista da Alameda X X X X X X X
2 - Vista da Rua X X X X X X
3 - Vista da Rua X X X X X X X
6 - Fachada de fundos
11 - Porção frontal
12 - Porção frontal
13 - Porção frontal
14 - Subsolo - Porção frontal
30 - Acesso ao 2- andar
37 - Acesso ao 3- andar
44 - Acesso ao 4- andar
52 - Acesso ao 5- andar
61 - Acesso ao 6 S andar
88- Gericas
Com base na vistoria empreendida à obra objetivada foi possível a completa carac-
terização de seu estágio de interrupção, à luz da boa técnica de Engenharia, como
apresentado a seguir.
Em linhas gerais, foi encontrada a seguinte situação:
• Subsolo: concluída.
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Encerrados os trabalhos, foi redigido e impresso este Laudo de Vistoria, que se com-
põe de 120 (cento e vinte) folhas impressas de um só lado, tendo sido então todas
rubricadas, menos esta última que vai datada e assinada.
No contexto do uso do imóvel, esse tipo de vistoria tem sido utilizado para, por
exemplo, caracterizar a situação das áreas comuns de um condomínio, as quais
muitas vezes são relegadas a segundo plano.
Descrição
Aplicação
Época de execução
Na entrega das edificações e, posteriormente, em periodicidade
pré-definida.
LAUDO DE VISTORIA
I - Informações gerais
• Finalidade: Vistoria de apartamento-modelo erigido no stand de vendas do em-
preendimento Itaim Top Class, para caracterização e verificação de conformidade
com projeto aprovado e material promocional.
II - Considerações preliminares
11,1 - Objetivo
Trata o presente Laudo da vistoria do apartamento-modelo erigido no stand de ven-
das do empreendimento Itaim Top CSass, visando a caracterização e verificação de
conformidade dos mesmos com o Memorial Descritivo e o Projeto aprovado junto à
Municipalidade, assim como material promocional fornecido aos clientes.
IL2 - Localizacão
t
O imóvel objeto deste Laudo está localizado na Rua dos Ipês, n- 50 - Itaim Bibi - São
Paulo - SP, como mostra o mapa abaixo.
6 - Maquete
Piso - Cimentado ou concreto liso para colocação de piso final pelo cliente.
1.3 - B a n h e i r o s
15 - Terraço
17 - Depósito privativo
18 - Esquadrias
19 - Vidros
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30 - Apartamento-modelo - Depósito
32 - Apartamento-modeio - Circulação
33 - Apartamento-modeio - Circulação
34 - Apartamento-modeio - Cozinha
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35 - Apartamento-modelo - Cozinha
37 - Apartamento-modeio - Cozinha
42 - Apartamento-modeio - Sala
43 - Apartamento-modeio - Sala
44 - Apartamento-modeio - Sala
45 - Apartamento-modeio - Terraço
46 - Apartamento-modeio - Terraço
48 - Apartamento-modeio - Terraço
50 - Apartamento-modeio - Lavabo
51 - Apartamento-modeio - Lavabo
52 - Apartamento-modeio - Circulação
IV - Encerramento
Encerrados os trabalhos, foi redigido e impresso este Laudo de Vistoria, que se com-
põe de 100 (cem) folhas escritas de um só lado, tendo sido então todas rubricadas,
menos esta última que vai datada e assinada.
LAUDO DE VISTORIA
EMPRESA MEMBRO
IBAPE/SP
Uri b Um- MEI
I - Informações gerais
• Finalidade: Vistoria para Caracterização Gerai das Áreas Comuns do Edifício
Estreia do Mar
II - Considerações preliminares
11.1 - Objetivo
Trata o presente Laudo da vistoria para caracterização geral das áreas comuns do
Edifício Estrela do Mar.
EE.2 - LocaEizacão *
O imóvel objeto deste Laudo está localizado na Rua Bromélias, 370 - São Paulo -
S P situando-se na Quadra 58 do Setor Fiscal 23, a q u a l como se pode observar no
Mapa Oficial da Cidade apresentado a seguir,
Segundo seu Memorial Descritivo, o Edifício Estrela do Mar tem a seguinte descrição:
Ático - Contém a casa de máquinas dos elevadores, 2 (duas) caixas d r água superio-
res, alçapão, caixa de escadas com porta corta-fogo, dutos, lajes impermeabiliza-
das e vazios da construção.
PISOS
114
• Subsolos - Cimentado liso na garagem, depósitos para guarda de ob-
jetos e locais do gerador, centro de medidores, bombas etc. Cerâmica
esmaltada no depósito de lixo.
PAREDES
TETOS E FORROS
FACHADAS
COBERTURA D O EDIFÍCIO
Ferragens da marca ... Portas e batentes de madeira acabadas com verniz e guar-
nições de madeira lisa (largura aproximada de 6cm). Janelas e portas-balcão em
alumínio anodizado bronze. Vidros 3 ou 4 mm lisos transparentes nas áreas sociais
e copa-cozinha e translúcido nos banheiros. Guarda corpo da varanda social em
alumínio anodizado bronze e/ou ferro pintado bronze e vidro, dos balcões das suites
em alvenaria e tubo de alumínio anodizado bronze ou ferro pintado bronze. A porta
de entrada social terá apliques de vidro translúcido (largura aproximada 1,00rn),
puxador em aço inóx e será pivotante.
Fachadas
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12 - Fachada frontal
13 - Fachada frontal
14 - Fachada frontal
15 - Fachada frontal
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19 - Fachada frontal
20 - Fachada frontal
21 - Fachada frontal
22 - Fachada frontal
23 - Fachada frontal
28 - Fachada de fundos
29 - Fachada de fundos
30 - Fachada de fundos
31 - Fachada de fundos
32 - Fachada de fundos
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15 - 1- Subsolo - Garagem
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27 - 1 5 Subsolo - Garagem
28 - 1® Subsolo - Garagem
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36 - 1® Subsolo - Garagem
38 - 1® Subsolo - Garagem
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41 - 1- Subsolo - Garagem
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57 - 1- Subsolo - Garagem
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61 - 1- Subsolo - Garagem
62 - 1- Subsolo - Garagem
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67 - 1 S Subsolo - Garagem
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^ 40
2 - 2- Subsolo - Garagem
3 - 2- Subsolo - Garagem
4 - 2 - Subsolo - Garagem
5 - 2° Subsolo - Garagem
6 - 2- Subsolo - Garagem
7 - 2° Subsolo - Garagem
9 - 2® Subsolo - Garagem
14 - 2- Subsolo - Garagem
17 - 2° Subsolo - Garagem
20 - 2- Subsolo - Garagem
21 - 2- Subsolo - Garagem
23 - 2- Subsolo - Garagem
24 - 2- Subsolo - Garagem
25 - 2- Subsolo - Garagem
Í4Tillll£
MEI
26 - 2- Subsolo - Garagem
27 - 2 o Subsolo - Garagem
28 - 2- Subsolo - Garagem
29 - 2- Subsolo - Garagem
30 - 2- Subsolo - Garagem
31 - 2- Subsolo - Garagem
32 - 2-Subsolo - Garagem
33 - 2- Subsolo - Garagem
34 - 2- Subsolo - Garagem
35 - 2 9 Subsolo - Garagem
37 - 2- Subsolo - Garagem
38 - 2° Subsolo - Garagem
39 - 2 e Subsolo - Garagem
40 - 2- Subsolo - Garagem
41 - 2- Subsolo - Garagem
42 - 2- Subsolo - Garagem
43 - 2- Subsolo - Garagem
44 - 2 - Subsolo - Garagem
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Terceiro Subsolo
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2. - 3 2 Subsolo - Garagem
3 - 3 9 Subsolo - Garagem
4 - 3- Subsolo - Garagem
5 - 3- Subsolo - Garagem
6 - 3- Subsolo - Garagem
7 - 3- Subsolo - Garagem
8 - 3 S Subsolo - Garagem
9 - 3- Subsolo - Garagem
10 - 3 e Subsolo - Garagem
21 - 3 e Subsolo - Garagem
23 - 3 fi Subsolo - Garagem
26 - 3 2 Subsolo - Garagem
27 - 3 S Subsolo - Garagem
29 - 3 a Subsolo - Garagem
30 - 3- Subsolo - Garagem
31 - 3- Subsolo - Garagem
32 - 3- Subsolo - Garagem
33 - 3- Subsolo - Garagem
34 - 3 S Subsolo - Garagem
35 » 3 2 Subsolo - Garagem
37 - 3 2 Subsolo - Garagem
38 - 3 2 Subsolo - Garagem
39 - 3- Subsolo - Garagem
40 - 3- Subsolo - Garagem
41 - 3- Subsolo - Garagem
42 - 3- Subsolo - Garagem
43 - 3- Subsolo - Garagem
44 - 3 S Subsolo - Garagem
45 - 3 S Subsolo - Garagem
47 - 3- Subsolo - Garagem
48 - 3 2 Subsolo - Garagem
49 - 39 Subsolo - Garagem
50 - 3 5 Subsolo - Garagem
• llis -
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IV - Encerramento
Encerrados os trabalhos, foi redigido e impresso este Laudo, que se compõe de 146
(cento e quarenta e seis} folhas escritas de um só lado, tendo sido então todas rubri-
cadas, menos esta última que vai datada e assinada.
Descrição
Aplicação
Época de execução
Não obstante a esse fato, não são raros desentendimentos entre as partes no que
se refere ao estado do imóvel e eventuais alterações de benfeitorias, confrontando-
se a sua situação quando da entrega pelo locador, com aquela vigente, quando da
devolução do bem pelo locatário.
Em relação Em relação
ao estado do imóvel às benfeitorias
Locador Alega que o i móvel foi entreg ue Alega que benfeitorias foram
em bom estado e foi devolvido suprimidas pelo locatário.
em mau estado, configurando
prejuízo do locador.
Locatário Alega que o imóvel foi entregue Alega que o locador está exigin-
em mau estado e o locador pre- do benfeitorias que inexistiam
tende receber o imóvel em bom quando do início do contrato.
estado, configurando locuple-
tamento do locador.
Para se evitar esse tipo de desavença é bastante recomendável a caracterização
tanto do estado do imóvel como das benfeitorias existentes, seja no início ou no fim
do contrato de locação,
Tal entendimento é equivocado, uma vez que tanto a vistoria inicial quanto a final
beneficiam ambas as partes da relação contratual, como indicado a seguir:
Resumidamente;
Descrição
Aplicação
Época d e e x e c u ç ã o
LAUDO DE VISTORIA
I - Informações gerais
II - Considerações preliminares
11.1 - O b j e t i v o
11.2 - Localização
11.3 - Terreno
O terreno em que foi erigido o prédio em que se situa o imóvel avaliando possui
testada no nível do logradouro para o qual entesta e seu solo é aparentemente seco
e de boa consistência,
11.4 - Benfeitorias
Sobre o terreno retro-d esc rito encontra-se erigido o Condomínio São Paulo Co-
mercial Center, que é composto por 3 subsolos, pavimento térreo e 21 pavimentos
elevados com 10 conjuntos cada.,
O edifício possui sistema de interfones e antena coletiva de TV, sendo servido por 4
elevadores, com capacidade para 8 passageiros.
SALA
• forro: gesso
• caixilho: alumínio
LAVABOS
• pisos: cerâmica
• paredes: azulejos
• caixiihos. alumínio
IL5.1 - Fotografias
155
1 - Entrada do conjunto.
2 - Sala.
9 - Sala.
13- Sala.
15 - Sala.
fiação exposta.
29 - Lavabo.
36 - Lavabo.
20, 261
9/10
7/8
15/16 13
SALA
^29
LAVABO 23
21 •
K
LAVABO 22
^ 36
11.6 - Encerramento
Encerrados os trabalhos, foi redigido e impresso este Laudo de Vistoria, que se com-
põe de 46 {quarenta e seis) folhas escritas de um só lado, tendo sido então todas
rubricadas, menos esta última que vai datada e assinada.
Paralelamente, também não tem sido dada a devida importância à escolha da em-
presa ou profissional para realização dos trabalhos de vistoria.
Vistorias feitas sem uma adequada especificação, bem como realizadas por profis-
sionais ou empresas não-habilitadas, redundam em trabalhos que podem ser im-
prestáveis no momento futuro, quando se necessita de referências para caracteriza-
ções e apurações.
Seleção de empresas
Para que os requisitos necessários para um trabalho de vistoria, expostos nos capí-
tulos anteriores, sejam atendidos, é fundamental que se busquem profissionais ou
empresas qualificados.
Dentre as características desejáveis do contratado para a realização de trabalhos de
vistoria, destacam-se as seguintes:
f Compatível com
a Complexidade
Momento
Oportuno
Referência
para o
Futuro
Visio Experiência
Credibilidade
Confiável
• iB^PPfldfflPB
V Tradição
Requisitos do Requisitos do
trabalho de vistoria contratado
BECKER, PE.N, - The complete book oi home inspection, 3rd Edition, McGraw-
Hill, 2002.
PORTO NETO, B. - Manual jurídico para construção civil, Ed. PNI, São Paulo, 2007.
ROSE, C. - Inspect before you buy: Insider secrets you need to know about
h o m e inspection, Atlantic Pubíishing Group, Florida, USA, 2007.
VENTOLO, W.L. - Your home inspection guíde, Dearborn Real Estate Education,
Chicago, USA, 1995.
Autores
Emílio Daniel
* Definição de vistoria
- Alguns Tipos:
- Vistorias de confrontantes de obras
- Vistorias especiais em obras
- Vistorias programadas de edificações
- Vistorias para comercialização para imóveis usados
- Vistorias para imóveis locados
Q3.194Ü- vicc