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Os jovens na contemporaneidade: a

experiência da articulação entre a dinâmica


da escola e um projeto de inclusão digital

Joseilda Sampaio de Souz*


Maria Helena Silveira Bonilla**

Resumo

O texto apresenta alguns resulta- alguns deles são sujeitos interagen-


dos da pesquisa de mestrado, reali- tes de um projeto de inclusão digital.
zada entre os anos de 2009 e 2010,
que investigou e analisou a possível Palavras-chave: Cultura digital. For-
interdependência entre dois projetos mação de professores. Jovens contem-
– um curso de pedagogia vinculado a porâneos.
um programa de formação de profes-
sores e um projeto de inclusão digi-
tal identificado como Tabuleiro Digi-
tal. Para a pesquisa adotamos como
proposta metodológica a investigação
qualitativa, de natureza exploratória
e interpretativa, situados na etnopes-
quisa formação. Assim, apresentamos
as características de jovens que estu-
dam em duas escolas públicas muni- *
Mestra em Educação, Universidade Federal da
cipais da cidade de Irecê, localizada Bahia. E-mail: sulesp@gmail.com
no interior da Bahia, com o objetivo **
Doutora em Educação. Professora do Departa-
de apresentarmos a reflexão acerca mento de Educação II – Faculdade de Educa-
da constituição da cultura digital en- ção Universidade Federal da Bahia. Av. Reitor
Miguel Calmon, s/n, Campus Vale do Canela,
tre esses sujeitos. Esses jovens são BA – Brasil. E-mail: bonilla@ufba.br
alunos de professores-cursistas de
um curso de pedagogia, portanto, es-
tão integrados à dinâmica escolar e Recebido: 04/06/2012 – Aprovado: 17/07/2012

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Introdução sigualdades sociais, encontram dificul-
dades para vivenciar, constantemente,
Os jovens nos dias atuais, integran- as novidades tecnológicas que aparecem
tes da “geração digital1” (TAPSCOTT, a cada dia.
1999), “geração internet”2 (TAPSCOTT, Em razão dessas características e
2010), “geração “alt+thab3” (PRETTO, mudanças que ocorrem no nosso coti-
2006), são, sem dúvida, sujeitos conec- diano, em especial com os jovens que
tados, uma vez que, ricos ou pobres, se estão, na maioria das vezes, buscando
utilizam das inúmeras possibilidades estar envolvidos com as transformações
proporcionadas pelas tecnologias digi- que acontecem na sociedade, buscamos,
tais para, virtualmente, se comunicar, a partir de alguns resultados obtidos
se relacionar e se informar acerca de na pesquisa de mestrado em Educa-
diferentes assuntos, estabelecendo, as- ção (SAMPAIO, 2011), de natureza ex-
sim, uma estreita relação com a cul- ploratória e interpretativa, conhecer
tura digital. Segundo Tapscott (2010, os jovens estudantes de duas escolas
p. 28), a cada dia fica mais evidente públicas municipais da cidade de Ire-
que “a mudança mais significativa que cê/BA, localizada a uma distância de
afetou a juventude foi a ascensão do 479 km de Salvador. Um dos objetivos
computador, da internet e de outras tec- deste estudo era refletirmos acerca da
nologias digitais”. Assim, conhecer os constituição da cultura digital entre os
desejos, os interesses, as aprendizagens jovens, alunos de professores-cursistas
desses sujeitos é um desafio posto à es- de um curso de Pedagogia, portanto,
cola, aos professores e aos pais. integrados à dinâmica escolar, e, tam-
A fim de conhecer melhor esses in- bém sujeitos interagentes de um projeto
divíduos, levamos em consideração que de inclusão digital – Tabuleiro Digital.
os jovens contemporâneos apresentam E é nesse foco que centraremos nossa
características que são incorporadas discussão no presente artigo.
a partir dos diferentes espaços que ex- Diante de tal proposta, o caminho
ploram e vivenciam, e que, de manei- metodológico adotado situou-se nas pro-
ra geral, eles “têm aceitado, cada vez posições da abordagem qualitativa, em
menos, imposições de cima para baixo” que optamos como natureza do estudo
(BONILLA, 2005, p. 73). Entretanto, é a etnopesquisa- formação, que requer
perceptível que essas transformações do pesquisador reflexões sobre seu
vivenciadas pela juventude nos dias processo formativo juntamente com os
atuais não acontecem no mesmo ritmo membros do grupo pesquisado. Segun-
e da mesma forma para todos aqueles do autores, como Josso (2004) e Macedo
que compõem este segmento da socie- (2006), a etnopesquisa-formação possi-
dade, principalmente porque, apesar bilita uma experiência formadora que
de estarmos vivendo numa sociedade articula saber, fazer, conhecimentos,
marcada pelas diferentes linguagens e funcionalidade e significados, técnicas
pela presença das tecnologias digitais, e valores num espaço-tempo que ofere-
muitos desses jovens, em razão das de-

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ce a cada um a oportunidade de uma nicação e Tecnologias (GEC). Em sua
presença para si e para a situação vivi- concepção, o projeto de inclusão digital é
da/pesquisada. tomado como estruturantes das dinâmi-
Os instrumentos para a coleta de cas formativas dos educadores, disponi-
informações e reflexão foram: a obser- bilizando, gratuitamente, computadores
vação participante, realizada em duas com acesso à internet, possibilitando a
escolas públicas municipais, e de en- eles, professores e estudantes, e a todos
trevistas semiestruturadas com os su- os outros habitantes da cidade, a na-
jeitos selecionados, tendo sido utilizado vegação pela rede e o uso dos recursos
como critério de seleção, a participação digitais para estudar, buscar entreteni-
direta ou indireta desses no curso de mento e se comunicar.
Pedagogia e no projeto de inclusão Para estruturação do texto, op-
digital. Aqui é importante esclarecer tamos por, inicialmente, apresentar a
que este projeto de inclusão digital faz relação dos jovens com as tecnologias
parte de uma ação desenvolvida por digitais, enfocando, principalmente,
intermédio desse curso de formação na nossa discussão, os elementos que
de professores. O referido curso, na sua emergiram na pesquisa e que estão re-
proposta de desenvolvimento, evidencia lacionados aos contextos que esses su-
que o percurso formativo não acontece jeitos estão inseridos, a sua interação na
única e exclusivamente dentro do espa- cultura digital. Em seguida, discutimos
ço escolar; inclui também a integração acerca do desenvolvimento de ações da
com outros diferentes projetos, “arti- escola e do Tabuleiro Digital, a fim de
culando a educação, a comunicação, a analisar a articulação que os professo-
saúde, o ambiente, a arquitetura e o res cursistas e os jovens estudantes têm
urbanismo, entre tantas outras áreas” estabelecido ao explorar as possibilida-
(FACED, 2003, p. 5). A integração de des e as dinâmicas desta cultura.
diferentes projetos visa à inter-relação
entre eles, de modo a envolver o contex- Os jovens e sua relação com
to socioeducativo do município de Irecê,
tendo a formação dos professores como
as tecnologias digitais
base e contemplando “a diversidade de O contato mantido com os jovens
perspectivas, a polifonia dos discursos da cidade de Irecê foi fundamental para
e apropriação das tecnologias que estão percebermos que, apesar de estarmos
a serviço do conhecimento contemporâ- vivendo numa sociedade marcada pela
neo” (FACED, 2003, p. 8). Nessa direção, presença das TICs, em razão das desi-
o projeto Tabuleiro Digital, implementa- gualdades sociais, apenas um número
do com o apoio da Prefeitura Municipal bem reduzido encontra, em seu domi-
de Irecê, e tendo como parceiro, em sua cílio, a possibilidade de se conectar à
fase inicial, a Petrobrás, foi desenvolvi- rede mundial de computadores. Ainda
do pela Faculdade de Educação, através assim, o que se observa é que para
do Grupo de Pesquisa Educação, Comu- esses jovens, mesmo sem possuir com-

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putador e internet, têm buscado alter- contexto em que estão inseridos, uma
nativas para não ficar à margem da cul- vez que a imersão na cultura digital
tura digital, criando condições de obter tem favorecido a apropriação dessa cul-
informações e interagir virtualmente tura e sua transformação em diversos
com seus pares, se apropriando, então, conhecimentos que serão aplicados em
dos elementos dessa cultura. Notamos benefício próprio e também da comuni-
que uma das alternativas adotadas por dade a qual pertencem.
alguns desses estudantes para se fazer Na nossa percepção, o acesso a
inserir na cultura digital é a utilização esses locais se constitui como um fa-
de outros recursos tecnológicos, como tor fundamental, mas não suficiente,
MP3, pendrive e celular, uma vez que para a inserção dos jovens no contexto
a aquisição dessas mídias digitais, di- digital, na medida em que acreditamos
ferente do computador e do acesso à que o ponto principal na construção da
internet, é economicamente mais viá- cultura digital não é apenas favorecer o
vel para seus familiares. Na medida acesso às tecnologias, mas, sim,
em que, como afirma Belloni (2008, que este precisa ser no sentido amplo,
p. 106), “a internet convive com as ou- de forma que a utilização das TIC não
tras mídias, incorporando-se aos usos ocorra simplesmente para consumir
midiáticos dos jovens”, consideramos informações, mas que favoreça as fi-
que vem sendo também a partir dessas nalidades pessoais ou socialmente
outras mídias digitais que os estudan- significativas (WARSCHAUER, 2006.
tes pesquisados vêm tendo oportunida- p. 57).
de de explorar as possibilidades e apre- Sabemos que os jovens, ao terem
ender as características dessa cultura, acesso a esses diversos espaços, têm
ratificando, dessa forma, a importância possibilidades de participar ativamente
do acesso aos mais diversos recursos de suas dinâmicas, interagindo com
tecnológicos para sua construção. diferentes pessoas e compartilhando
Além da posse e uso de celular, os assuntos do seu interesse, realizan-
MP3, pendrive etc., outra iniciativa do, assim, muitas descobertas acerca
buscada por esses estudantes para se do contexto digital sobre si mesmos e
manterem conectados e usufruirem dos seus pares. Por essa razão, esses jovens
inúmeros recursos que as TICs ofere- sentem uma enorme necessidade de
cem é sua participação, com menor ou encontrar no espaço escolar também
maior regularidade, em diferentes am- essas possibilidades. Por isso, hoje,
bientes presentes na cidade, tais como uma das maiores características dos jo-
os centros públicos de acesso, as lan vens em geral – e também dos jovens
houses e as escolas. Compreendemos pesquisados – é trazer as vivências e
que a busca pela interação e a inser- descobertas que encontram ao explorar
ção na dinâmica da cibercultura abre, os diversos recursos digitais fora da es-
para esses jovens, a possibilidade de cola para o interior desse ambiente de
estabelecer uma participação ativa no aprendizagem.

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As leituras, observações e conver- Concordamos que, enquanto lu-
sas informais que entabulamos com os gar instituído pela sociedade para se
jovens de Irecê nas escolas pesquisa- aprender sobre a realidade à sua volta,
das e no espaço do projeto Tabuleiro o contexto escolar reivindicado pela ju-
Digital, nos permitiram perceber que ventude dos tempos atuais, na maioria
esses sujeitos, a todo o momento, estão das vezes, não é o observado em grande
a procura de coisas novas, ao tempo parte das salas de aulas. Sendo assim,
que querem encontrar, na escola, um acreditamos que um dos maiores desa-
espaço que acompanhe seus desejos e fios da contemporaneidade é considerar
transformações, suas escolhas e inte- que, para aprender, os jovens precisam,
resses. Nesse sentido observamos que ao mesmo tempo “do formal e do infor-
eles têm cobrado ou solicitado uma es- mal, do rígido e do flexível” (PRETTO,
cola mais atraente, tanto física quanto 2006) e, nessa direção, aproximar o que
tecnologicamente, que converse com o acontece fora da escola às dinâmicas
mundo fora dos seus muros, permitindo- existentes dentro desta.
-lhes comunicar, divertir, trocar e criar
novas formas de aprendizagens. A vivência na cultura digital
Assim, por conta da diversidade e
da rapidez de comunicação que caracte-
fora do ambiente escolar
rizam os ambientes digitais, esses jovens Os jovens pesquisados, mesmo
valorizam as atividades que envolvam aqueles que encontram dificuldades
os mais diferentes tipos de linguagens de acesso ao computador conectado à
construídos com a chegada das TICs e internet, têm procurado se inserir no
que sejam, ao mesmo tempo, dinâmicas contexto da cultura digital, seja através
e lúdicas, pois com elas a monotonia é dos centros públicos de acesso, dos es-
quebrada e seus interesses e necessi- paços pagos, seja até mesmo nas suas
dades podem ser alcançados. Eles tam- escolas, uma vez que a inserção nessa
bém têm requerido uma escola que ar- cultura lhes proporciona maiores con-
ticule essas possibilidades trazidas por dições de, constantemente, construir e
essas tecnologias, pois, como ressalta (re)construir experiências e saberes na
Tapscott (2010, p. 155), os jovens da realidade contemporânea.
geração contemporânea não se conten- Para refletir sobre a interferência
tam mais em ficar “sentados, calados, do projeto de inclusão digital, analisa-
ouvindo a aula expositiva do professor”. do na pesquisa, para a construção da
Como, cada vez, vão se cercando pelos cultura digital entre a juventude de
ambientes digitais, esperam encontrar Irecê, buscamos conversar, durante a
em todos os espaços, principalmente na pesquisa de campo, com alguns jovens
escola, a mesma liberdade para dialo- estudantes que frequentemente ocupa-
gar, interagir, trocar e construir novos vam os espaços do projeto. Por meio
saberes que encontram nesses ambien- dos seus relatos, consideramos que um
tes. dos primeiros pontos a se destacar está

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relacionado à liberdade de uso e navega- que esses contextos, principalmente os
ção, uma vez que consideramos que essa jogos on-line e o Orkut, têm sido cruciais
liberdade de uso dos computadores e do para motivar milhares de pessoas a en-
acesso à internet, que caracteriza a trar na rede e querer aprender mais a
dinâmica desses espaços públicos, tem respeito de como utilizar esses recursos.
possibilitado que os sites que são larga- Nas nossas observações, constatamos
mente proibidos e bloqueados em alguns ainda, muitas vezes, a presença e a par-
projetos de inclusão digital e nas escolas ticipação dos pais dos jovens alunos
– jogos on-line, salas de bate-papo, sítios também nesses espaços públicos, na
de relacionamento etc. – se constituam tentativa de se aproximar desse con-
como os preferidos entre os jovens. texto vivenciado por seus filhos. Enten-
Além disso, não podemos deixar de demos que os pais também precisam
considerar que na atualidade, quando conhecer o que está sendo explorado
falamos de navegar nessa rede de alcan- por seus filhos, para ter condições de
ce mundial, não estamos mais direcio- dialogar com os mesmos e conhecê-los
nados somente à leitura de informações, melhor. Além disso, não podemos dei-
mas, sim, a uma inserção cada vez xar de considerar que, neste momen-
maior nesse universo que oferece inú- to, esses adultos trocam experiências e
meras “possibilidades de escrita coleti- vivências, aprendendo junto com esses
va, de aprendizagem e de colaboração jovens.
na e em rede” (LEMOS; LÉVY, 2010, Podemos acrescentar, ainda, que
p. 52). Essas possibilidades podem ser os professores em formação se aproxima-
verificadas pela popularidade das re- ram do projeto Tabuleiro Digital, a par-
des sociais, como o Facebook, Orkut, os tir do momento em que, no seu processo
Wikis, os blogs, os microblogs – como formativo, existiu a intencionalidade de
o famoso twitter –, os ambientes de implementar uma infraestrutura tecno-
compartilhamento de fotos, vídeos e lógica e cultural para que a formação
músicas. Em outras palavras, o que se desses professores cursistas não estives-
percebe é que a juventude contemporâ- se centrada na lógica da transmissão de
nea – a geração alt+tab –, quando co- informação do formador para o cursista.
nectada, tem buscado entretenimento, Nessa direção, na proposta do curso, foi
lazer, mas também tem transformado a desenvolvida uma triangulação entre
internet em um lugar no q ual compar- percurso formativo, o Tabuleiro Digital e
tilham informações, democratizando e as escolas, tendo como protagonistas os
criando conteúdos. próprios professores cursistas, uma vez
Dentre as práticas citadas pelos que, orientados pelos formadores, pas-
jovens frequentadores do Tabuleiro Di- saram a construir e desenvolver ações e
gital, a que mais merece destaque é práticas pedagógicas com as TICs para
a interação no Orkut, visto que grande aplicar com seus estudantes em suas
parte desses jovens busca o projeto para salas de aula, de modo a incentivá-los a
acessar esse site. Recuero (2010) afirma frequentar o Tabuleiro Digital e entrar

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em contato com os diferentes ambien- ao mesmo tempo” (PROFESSOR CUR-
tes virtuais e seus inúmeros recursos. SISTA 2, 2010).4 Relatos como este
Com essa triangulação, observamos exigem de nós atenção, pois esta é a
que a aproximação desses projetos, realidade dos jovens contemporâneos
além de justapor as ações de moradores nos espaços públicos de acesso a inter-
diversos e cursistas no espaço do Tabu- net: o que eles querem, ao buscar esses
leiro, motivou especialmente os profes- espaços, é encontrar neles, exatamente,
sores cursistas em sala de aula a com- essas situações de troca, colaboração,
partilhar com seus estudantes as curio- compartilhamento, em que uns auxi-
sidades, descobertas e aprendizagens liam/elogiam/questionam os outros. Em
acerca da cultura digital realizadas no alguns momentos, todos se aglomeran-
seu processo formativo. Também a (re) do em torno de um único computador;
conhecer as características dos jovens em outros, cada um se posicionando
contemporâneos na medida em que, em uma máquina, mas articulados em
nesses ambientes, eles vêm estabele- rede; ou, ainda, em duplas, ou trios, ou
cendo e mantendo laços sociais, cons- grupos maiores, dialogando presencial-
truindo alternativas espaçotemporais mente acerca das atividades que estão
para a vivência em sociedade. Essa vi- desenvolvendo quando estão interagin-
vência é expressa através dos diálogos, do com seus pares.
do desenvolvimento de habilidades, da
construção de conhecimento. Portanto, Os jovens e a escola:
podemos afirmar que esses sujeitos,
nesses momentos, estão vivendo um
demandas, desejos,
processo de aprendizagem, mesmo que necessidades
de forma não intencional. Em comuni- No contexto digital, a relação dos
dades de interesses, mesmo sem per- jovens com as tecnologias nos dias
ceber, e de forma divertida e prazerosa, atuais, nos leva a perceber que eles têm,
uns aprendem com os outros. na ponta dos dedos, acesso a boa parte
Na dinâmica do espaço do Tabulei- do conhecimento do mundo, e que, por
ro Digital, grupos também se formam essa razão, a aprendizagem acontece
presencialmente, ocupam o espaço, onde e quando quiserem. Nessa direção,
e, nele, começam a jogar e a dialogar entendemos que, cada vez mais, torna-
cara a cara, olho no olho, mas também -se fundamental que a escola reconhe-
virtualmente, através da interação em ça e valorize os saberes, habilidades e
diversos ambientes digitais. O relato interesse dos seus jovens estudantes, se
de um professor cursista nos mostra as aproxime e se aproprie das suas lingua-
escolhas dos jovens estudantes em rela- gens, de modo a ressignificar os conheci-
ção às suas preferências virtuais, ao in- mentos que esses sujeitos trazem para o
formar que “no projeto, na maioria das interior das dinâmicas escolares.
vezes, encontramos os nossos alunos no Ao analisarmos a vivência desses
Orkut, nos jogos online, três ou quatro sujeitos na cultura digital, pudemos

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observar que para os sujeitos pesqui- tar os desafios e superar os obstáculos,
sados, que residem no interior de um a fim de possibilitar que seus alunos
estado do nordeste, e que são oriundos usem e se apropriem das inúmeras po-
da camada economicamente menos fa- tencialidades que envolvem o contexto
vorecida, a escola, na maior parte das digital. Destacamos que a postura dos
vezes, tem se constituído no principal professores, na maioria das vezes, é no
espaço, senão o único, para que pos- sentido de encarar os problemas para
sam se apropriar dessa cultura do seu não deixarem seus alunos de fora das
tempo. Ao tomar essa informação como questões que envolvem as demandas do
análise, podemos inferir como indis- contexto digital, demonstrando, assim,
pensável e urgente que a escola tome o reconhecimento da necessidade de
para si esta responsabilidade, a fim de incorporar as tecnologias no seu fazer
atender, adequadamente, esta deman- pedagógico.
da imposta pelos novos tempos – cuja Na primeira oportunidade que tive
marca principal é a presença das tecno- para trabalhar com meus alunos usan-
logias da informação e comunicação – e do as tecnologias, busquei colocar em
por seus cidadãos, os jovens sujeitos da prática aquilo que tenho aprendido no
geração digital. curso de Pedagogia – abrir conta de
Por outro lado, é preciso conside- e-mail, MSN e o Orkut – com aque-
rar o que afirma e, ao mesmo tem- les que ainda não estão inseridos, para
po, denuncia Bonilla (2009), que no que eles possam vivenciar contextos de
nosso país, são poucas as escolas pú- comunidades virtuais, e também para
blicas que têm acesso a computadores, que pudesse motivá-los a descobrir coi-
sas novas, coisas que são de interesse
e mais reduzido ainda é o número de
deles... A partir disso estou trabalhando
professores que propõem atividades de
com coisas que partem da demanda de-
aprendizagens articuladas diretamente les – o blog, os jogos, a navegação
com as TIC. Reconhecemos que a falta livre, os vídeos, etc. (PROFESSOR
de uma estrutura adequada e capa- CURSISTA 1)5
citação necessária dos professores para
incorporar os recursos tecnológicos A partir desse relato, destacamos o
nas instituições educacionais é um dos significado da estruturação tecnológica
principais fatores “que tem colaborado das instituições de ensino para profes-
para a negação desses espaços pelos sores e estudantes; a necessidade de
professores e para a manutenção de si- disponibilizar dispositivos tecnológicos
tuações de exclusão digital dos alunos” e conectar todas as escolas à internet,
(MELLO; TEIXEIRA, 2009, p. 34). Não com banda larga suficiente para que
obstante, apesar desse reconhecimento, possam produzir e socializar conteúdos
precisamos ressaltar que, nas escolas em todas as linguagens; acreditamos
pesquisadas, o que mais chamou a nos- que a “sintonia entre aquilo que os
sa atenção foi o esforço empreendido jovens desejam encontrar na escola e
pelos professores no intuito de enfren- aquilo que a escola vem disponibilizan-
do” (SAMPAIO, 2008, p. 80) é o princi-

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pal fator a ser considerado no que se Ao contrário, as dinâmicas do digital
refere ao desenvolvimento da cultura os levam a interagir, discutir e par-
digital nesse espaço educativo. A nosso ticipar ativamente desse contexto,
ver, a busca dessa sintonia leva à su- incentivando-os, assim, a desenvolver
peração daquelas propostas escolares habilidades cognitivas e investigativas
que pedagogizam o uso das tecnolo- que os tornam cada vez mais críticos e
gias digitais, na medida em que, ge- exigentes, principalmente em relação
ralmente, se limitam a enquadrá-las à sua aprendizagem. E a escola não
a um modelo de aula mais tradicional, pode continuar em descompasso com
eliminando, assim, as potencialidades essa realidade, “muitas das vezes até
desses recursos. disputando espaço e autoridade com
Consideramos que o rompimento outras instituições e artefatos que têm
dessa lógica pedagogizante, a fim de priorizado esse público específico” (SA-
que a escola tenha condições de, con- LES; PARAISO, 2010, p. 226). A nos-
cretamente, adotar mudanças signifi- so ver, uma vez que a escola recebe,
cativas na sua ação pedagógica voltada cotidianamente, uma multiplicidade
para a inclusão digital, só é possível de jovens que apresentam diferentes
através da apropriação consciente do etnias, idades, gêneros, classes sociais
professor das reais possibilidades das e culturas, torna-se imprescindível que
tecnologias da informação e comunica- procure adequar propostas curriculares
ção. Essa apropriação, conforme des- que estabeleçam links entre a educa-
taca Lapa e Pretto (2010), somente se ção e a realidade desses jovens, pois
torna evidente quando esse professor os mesmos têm se mostrado bastante
não fica limitado, apenas, a aprender as “antenados”, especialmente em relação
qualidades técnicas dessas tecnologias, aos avanços tecnológicos.
mas, sim, passa a utilizar esses meios, A prova disso é que, ao conver-
adotando uma pedagogia diferenciada. sarmos com os estudantes acerca das
Ressaltamos, então, nesse sentido, que, possibilidades de interação com as di-
em nossa opinião, os professores das es- versas mídias digitais na escola, e fora
colas pesquisadas podem ser incluídos dela, como, por exemplo, no projeto de
nesse contexto, pois apesar das dificul- inclusão digital, ficaram evidenciados,
dades encontradas, a maioria deles vem através do interesse demonstrado em
procurando recontextualizar sua ação aprender a partir de estratégias como
docente, compartilhando e desenvol- escuta de músicas, visitas a sites, ses-
vendo com seus alunos aquilo que têm sões de filmes, seu desejo e sua neces-
aprendido no seu processo formativo. sidade de articulação entre o saber da
E quanto aos jovens, notamos que escola e a cultura digital. Apesar de ex-
a maioria, de uma forma ou de outra, pressarem tal desejo, percebemos pou-
tem buscado momentos para estar co- ca intensidade na relação dos alunos
nectados, mas não ficam apenas rece- das escolas pesquisadas com projeto de
bendo informações, de forma passiva. inclusão digital, e a principal justifica-

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tiva para essa situação gira em torno mente, as redes digitais. E não pode-
de uma razão maior: a distância desse mos deixar de considerar que eles tra-
espaço em relação ao seu local de mo- zem para a escola outros saberes, sen-
radia. Como muitos desses estudantes do o desafio para a educação como um
residem em bairros cerca de cinco a todo aprender a valorizar esses sabe-
seis quilômetros afastados do centro da res. Nesse sentido, superar tal desafio
cidade, questões como violência urba- implica, em um âmbito mais restrito,
na, meios de transporte, menoridade, acessar e dialogar com os estudantes,
entre outras, têm influenciado para que a partir dos espaços virtuais de partici-
esses jovens apenas busquem o projeto pação e colaboração que as juventudes
quando estão acompanhados dos seus já vivenciam, e, em âmbito mais amplo,
familiares mais velhos, o que acontece empreender esforços significativos no
esporadicamente, somente quando es- sentido de desenvolver outras educa-
tes adultos se deslocam para fazer algu- ções, em sintonia com as dinâmicas fa-
ma atividade no centro de Irecê. vorecidas pela cultura digital.
Diante dessa realidade, os depoi-
mentos levantados, inclusive, nos mostra- Considerações finais
ram que os jovens têm percebido o espaço
Diante do exposto, concluímos que
da escola como a principal oportunidade
a juventude contemporânea – a geração
de interagir com a cultura digital, sendo,
alt+tab –, quando imersa na cultura di-
portanto, a incorporação das tecnologias
gital, tem buscado entretenimento, la-
digitais ao contexto escolar uma deman-
zer, mas também tem transformado os
da urgente desses estudantes. diversos ambientes digitais em um lu-
Eu quero aprender e também que dei- gar no qual compartilham informações,
xem a gente fazer o que quiser – jogar, democratizam e criam conteúdos. As-
ver site de novela, fazer vídeos e colocar sim, ficou evidenciado na pesquisa que
na internet, construir nosso blog e es- a relação estabelecida entre o projeto
crever lá, em vez de escrever no cader- Tabuleiro Digital e o curso de formação
no, fazer o Twitter, tem tanta coisa que de professores fortaleceu a articulação
a gente quer... (JOVEM ESTUDANTE entre a dinâmica escolar e as tecnolo-
B; PROFESSOR CURSISTA 2).6 gias digitais, uma vez que proporcionou
Entendemos ser a escola o “lócus a seus integrantes desenvolver refle-
primeiro e natural dos processos de xões pedagógicas cada vez mais críticas
inclusão digital, entendida como forma- e abertas para o contexto social. Aos
ção da cultura digital, uma vez que se poucos essa dinâmica foi intensificada,
constitui ela em espaço de inserção dos de modo que as intervenções desenvol-
vidas em torno dessa relação fizeram
jovens na cultura do seu tempo” (BO-
com que, gradativamente, o espaço do
NILLA, 2010, p. 44). Na nossa compre-
Tabuleiro Digital fosse completamente
ensão, a instituição escolar, hoje, deve
ocupado pelas crianças e pelos jovens
ser um espaço que também oportunize
da cidade. Com isso, concordamos com
aos jovens vivenciarem, plena e critica- Pretto e Halmann (2008), ao afirmarem

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que na medida em que se proporciona, The young in the
de forma intensa, o uso e a liberdade
de navegação para os jovens, teremos
contemporaneidade: the
uma maior abertura para o que há de experience of the joint enters
interessante no ciberespaço e, portanto, the dynamics of the school
poderemos transformar o currículo esco- and a project of digital
lar, a escola e seus agentes. No entanto,
dadas às carências de infraestrutura inclusion
tecnológica, nas escolas, ainda necessi-
tamos de muito investimento para que Abstract
essas transformações, que já começam
a acontecer no âmbito das concepções, The text presents some results of
passem a acontecer também no âmbito the research of master, carried out
between the years of 2009 and 2010,
das ações, e se alastrem por esse am-
that investigated and analyzed to
biente educativo. possible interdependence between
Portanto, é imprescindível consi- two projects – a course of education
derar que a vivência da cultura digital linked to a Professors formation Pro-
não se resume apenas ao acesso, pois a gram and a project of digital en-
compreensão dessa cultura implica, so- closure. For the research we adopt
bretudo, o conhecimento crítico e cons- like methodological proposal the
ciente desses recursos, na medida em qualitative inquiry, of interpretati-
que, só assim, os sujeitos se capacita- ve and exploratory nature, situated
rão para acessar e fazer circular cada in the etnopesquisa formation. Like
vez mais informações, construir cola- this we present the characteristics
of youths that study in two munici-
borativamente e, até mesmo, refletir
pal public schools of the city of Irecê,
acerca das ações que acontecem no seu
located in the interior of the Bahia,
cotidiano. É por isso que, no nosso en- with the objective of we will present
tendimento, no que tange à construção the reflection about the constitution
da cultura digital, reforçamos a ques- of the digital culture between those
tão da importância de se possibilitar, a subjects. Those youths are students
professores e estudantes, o desenvolvi- of professors-cursistas of a course of
mento de ações pedagógicas conscientes Education, therefore, are integrated
no contexto escolar. E finalizamos com to dynamic school, and, some of them
a ideia de que esse espaço, enquanto are subjects interagentes of a project
lugar instituído pela sociedade para se of digital enclosure.
aprender sobre a realidade à sua volta,
Keywords: Digital culture. Shaping of
deve proporcionar aos jovens navegar
teachers. Contemporary youngsters.
no mundo das informações disponibili-
zadas com as tecnologias da informação
e comunicação, e trabalhar com essas
informações descobertas, assim como
favorecer a interatividade e estimular a
criatividade.

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REP - Revista Espaço Pedagógico, v. 19, n. 1, Passo Fundo, p. 181-193, jan./jun. 2012
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1
Para Tapscott (1999), essa geração correspon-
de àquela geração de crianças nascidas entre ______. Políticas públicas para inclusão
o início da década de 1980 e o final da de 1990, digital nas escolas. Motrivivência - Educa-
período em que o mundo (em especial os ameri- ção física e tecnologias digitais [on-line].
canos) passou a desfrutar mais das tecnologias Santa Catarina: Universidade Federal de
digitais no seu dia a dia. Santa Catarina, n. 34, ano XXII, jun. 2010.
2
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3
Geração que processa múltiplas coisas simul- FACED. (2003) Programa de Formação Con-
taneamente, levando em frente uma dimen- tinuada de Professores, município de Irecê -
são diferente de construir o pensar (PRETTO,
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2006).
4
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5
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6
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