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AFO
Apostila
Alexandre Américo
ASSUNTO: ORÇAMENTO PÚBLICO (CONCEITO, TIPOS E ESPÉCIES DE ORÇAMENTO - ORÇAMENTO
PROGRAMA, DIMENSÕES, NATUREZA JURÍDICA, CICLO ORÇAMENTÁRIO, ORÇAMENTO NA CF/88,
UNIDADE ORÇAMENTÁRIA, UNIDADE ADMINISTRATIVA, INSTRUMENTOS NORMATIVOS APLICADOS
AO ORÇAMENTO PUBLICO)
___________________________________________________________________________________________
Galera concurseira, vamos esmiuçar a disciplina de AFO, que está contemplada no edital do
certame para o Ministério Público da União 2010 em diversos cargos. Meu objetivo aqui com vc
é fazê-lo(a) amar essa disciplina!!!
Assim como as pessoas físicas, o Estado, enquanto ente político, realiza a sua ATIVIDADE
FINANCEIRA que consiste na arrecadação de recursos e na utilização do produto dessa
arrecadação em favor de toda a sociedade, na forma de bens e serviços (pelo menos em
tese!!!!!).
Bem, para que o Estado obtenha esses recursos e gaste-os no financiamento dos serviços
públicos, deve executar um orçamento: é o chamado Orçamento Público (Lei Orçamentária
Anual-LOA). Tal mecanismo financeiro deve ser elaborado e executado baseado em algumas
normas, que constam, principalmente, na Carta Magna (CF/88), na Lei nº 4.320/64, na Lei
Complementar nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal) e em outros instrumentos normativos
(Portarias Interministeriais, Decretos-Lei), os quais veremos adiante.
O bem comum, explanado pelo ilustre autor, é materializado pela realização do que
anteriormente chamamos de ATIVIDADE FINANCEIRA, que consiste em:
Receita
Obter Pública
Crédito
Criar
Público
Suprir as
Necessidades
Públicas
Orçamento
Gerenciar
Público
Gastar Despesa
Pública
Analogamente, nós, pessoas físicas, quando recebemos o nosso salário, planejamos (ou
pelo menos deveríamos) gastá-lo, para um determinado período, em diversas áreas: educação,
saúde, moradia, infra-estrutura, lazer, aquisição de imobilizado, investimentos, aplicações
financeiras etc. É claro que, em virtude da escassez de recursos e das nossas necessidades
humanas, diga-se de passagem, ilimitadas, precisamos priorizar determinadas áreas em que
iremos despender os nossos recursos. Após estabelecermos um planejamento, definirmos
prioridades de gastos, executaremos as despesas para financiar nossas demandas individuais,
satisfazer as nossas necessidades enquanto ser humano.
A partir do quadro anterior, podemos inferir que o Estado obtém recursos, para financiar
os seus gastos, através da arrecadação de Receitas Públicas, viabilizada principalmente pela
arrecadação tributária, que constitui a sua principal fonte de financiamento. A realização de
operações de crédito (obtenção de empréstimos e financiamentos- receitas de capital)
também constitui outra fonte de recursos no financiamento das demandas sociais.
Entretanto, tudo aquilo que o ente político prevê arrecadar e gastar está contido na LOA,
que constitui o planejamento operacional viabilizador das políticas públicas e dos programas de
governo traçados em seu PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO (Plano Plurianual-PPA).
Há um ditado popular que diz:
Quem gasta o que ganha é imprudente; quem gasta mais do que ganha é irresponsável!
As pessoas físicas e jurídicas planejam suas “vidas” objetivando atingir metas no curto,
médio e longo prazos, não é mesmo?
Isso quer dizer que o Poder Público somente está autorizado a fazer o que a lei determina.
Não pode o Poder Público, por exemplo, se valer da seguinte máxima: “Se a lei não proíbe,
então é possível adotar um comportamento nela não expresso.
PPA(1)
LDO
LOA
Figura 1
(2) LDO - PLANEJAMENTO TÁTICO: interface entre os níveis estratégico e operacional → lei
de diretrizes orçamentárias (LDO).
(3) LOA - PLANEJAMENTO OPERACIONAL: curto prazo – ações para que o plano estratégico
seja materializado → lei orçamentária anual(LOA)
IRETRIZES
ETAS
...
Causas Ações
Causa 1 Ações 1
Causa 2 Ações 2
Causa 3 Ações 3
SOCIEDADE
Em suma, pode ser considerado como o conjunto articulado de ações (como exemplo:
projetos, atividades, operações especiais e ações que contribuem para a consecução do
objetivo do programa e não demandam recursos orçamentários), estruturas e pessoas
motivadas ao alcance de um objetivo comum. Objetivo este que será concretizado em um
resultado (solução de um problema ou atendimento de demanda da sociedade), expresso
pela evolução de indicadores no período de execução do programa, possibilitando,
consequentemente, a avaliação objetiva da atuação do governo.
O reordenamento das ações do governo sob a forma de programas visa dar maior
visibilidade aos resultados e benefícios gerados para a sociedade, garantindo objetividade e
transparência à aplicação dos recursos públicos. As ações que compõe o programa estão
associadas aos produtos (bens ou serviços) resultantes da execução destas, quantificados por
metas.
Em resumo:
CUIDADO!!!!!
PROGRAMA
Projetos, Atividade e Operações
Especiais são detalhamentos
dos programas e não tipos de
programas.
AÇÕES
AÇÕES
PROJETOS
PROGRAMÁTICAS
ATIVIDADES OPERAÇÕES
ESPECIAIS
Um programa é executado por meio de ações que o integram tais como projetos,
atividades, operações especiais e outras ações que devem inexoravelmente ser concorrentes e
suficientes para o alcance do objetivo explícito pelo programa.
Aquelas ações que não propõem demanda de recursos orçamentários, mas geram bens
ou serviços para uma parcela ou para a totalidade do público-alvo do programa, são
chamadas “outras ações”. Podemos destacar alguns exemplos destas como: o incentivo à
colaboração ou parceria de outras instituições privadas ou de outras esferas de governo; a
alavancagem de recursos orçamentários; o estímulo à geração de receita própria; a edição e
instrumentos normativos, entre outros.
Tipos de programas:
Ex: Fome-Zero.
1. Programas Finalísticos – por meio dos quais são ofertados bens e serviços diretamente à sociedade e nos
quais são gerados resultados passíveis de aferição por indicadores; e
2. Programas de Apoio às Políticas Públicas a Áreas Especiais – voltados para a oferta de serviços ao Estado,
para a gestão de políticas e para o apoio administrativo.
CARACTERÍSTICAS
Observação CAPCIOSÍSSIMA!!!
Veja que a vigência do PPA não coincide com o mandato do Chefe do Poder Executivo. Procura-se com isso
evitar a descontinuidade dos programas governamentais!!!!!!!!!!!!!
seguinte
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VIGÊNCIA DA LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS – LDO
17 Jul X1 31 Dez X2
EXERCÍCIO FINANCEIRO
1 jan 31 Dez
Alexandre, com relação à vigência da LDO, existe consenso entre os doutrinadores acerca de
sua vigência ser de um ano???
Retornando para o Executivo após este prazo, este terá 15 dias para sancionar ou vetar a
proposta.
Sancionada pelo Executivo, entrará em vigor com sua sanção e produzirá efeitos no
exercício financeiro subseqüente, deduzindo-se então que sua vigência será de
aproximadamente 18 meses.
Somos, portanto, partidários da idéia de que, quando sancionada pelo Poder Executivo, a
LDO orientará a elaboração da LOA já no segundo semestre do exercício em que é aprovada
(INÍCIO DA VIGÊNCIA), estabelecendo metas e prioridades para o exercício financeiro
subseqüente.
A nosso ver, se considerarmos todas as suas funções, a vigência da LDO é maior que um
ano (18 meses), conforme dissemos, porém sua eficácia é anual!!!!!
Abaixo extraímos excertos do ilustríssimo autor Valdecir Pascoal para fundamentar a nossa
tese!!!!
ATENÇÃO!!!! (OPINIÃO DE AUTOR CONSAGRADO: VALDECIR PASCOAL)
“Mesmo que alguns autores falem em vigência anual da LDO, isso, a rigor, não é correto. Valendo-nos do
conceito jurídico de vigência, há que se concluir que a LDO vigora por mais de um ano. Normalmente é
aprovada em meados do exercício financeiro, orientando a elaboração da LOA no segundo semestre e
continuando em vigor até o final do exercício financeiro seguinte. Diga-se, contudo, que, embora a vigência
formal seja maior que um ano, a LDO traça as metas e as prioridades da Administração apenas para o
exercício subseqüente.”(2004, pág.41)
Conteúdo principal: fixa, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas do
Governo para: (ARTIFÍCIO MNEMÔNICO – PPA DOM)
- DIRETRIZES - orientações gerais ou princípios que nortearão a captação e o gasto público com vistas a alcançar os
objetivos.
- OBJETIVOS – indicam os resultados a serem alcançados pela administração pública quando da execução
orçamentária(ex.: elevar o nível educacional da populacional, especialmente, combatendo o analfabetismo).
- METAS – quantificação, física e financeira, dos objetivos (ex.: construção de 3.000 salas de aula em todo o País, no
período de quatro anos, R$ 100 milhões, na construção de salas de aula).
- PROGRAMAS – são as ações que resultam em bens e serviços ofertados diretamente à sociedade. Correspondem
ao MÓDULO INTEGRADOR entre PPA e a LOA.São eles que garantem a compatibilização entre os dois instrumentos
de planejamento citados. São instrumentos de organização da atuação governamental, articulando um conjunto de
ações que concorrem para um objetivo comum preestabelecido e mensurado por indicadores previstos no PPA.(ex.:
Defesa dos direitos da Criança e do Adolescente, PAC – PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO, BOLSA-
ESCOLA)
- DURAÇÃO CONTINUADA – Programas cuja execução ultrapassam um exercício financeiro (ex.: “ Programa Bolsa –
Escola”, Programa de Aceleração do Crescimento, obras com prazo de conclusão superior a um ano etc.)
Orienta as demais leis orçamentárias (LOA, LDO), servindo de guia para elaboração da
LDO, da LOA e dos demais planos e programas nacionais, regionais e setoriais.
De acordo com a Constituição Federal, projeto de lei do PPA é de iniciativa privativa e
vinculada do Chefe do Poder Executivo. De acordo com a doutrina (Alexandre de
Moraes), a iniciativa é exclusiva.
RIORIDADES
CARACTERÍSTICAS
IMPORTANTE!!!!
Art. 57, 2º da CF/88 – A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do
projeto de LDO. Em tese, pelo teor do caput do artigo 57 da CF, a LDO deverá estar
aprovada até 17 de julho. Se isso não acontecer, a sessão legislativa prorrogar-se-á
automaticamente até a aprovação da LDO. Ou seja, a LDO deverá ser aprovada antes
do primeiro recesso parlamentar com objetivo de orientar a elaboração da LOA.
Nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal, a LDO recebe novas e importantes funções,
sendo as mais relevantes as dispostas no art. 4º da LRF (Confira no final da apostila a redação do
mesmo!!!!!)
Após ter lido o artigo supra, verifica-se o “glamour” que a LRF concede a esse instrumento
de planejamento que, com a edição da LC 101/00, passou a ser o principal instrumento de
regularização das contas públicas, de equilíbrio fiscal, de austeridade fiscal!!!!
O principal instrumento de planejamento governamental que ganhou ênfase com a edição da LRF foi a LDO
O § 1º do art. 4º da LRF estabelece que deve integrar o projeto de LDO o Anexo de Metas
Fiscais, que é trienal, onde serão estabelecidas as metas anuais, em valores correntes,
relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública,
para o exercício a que se referir e para os dois seguintes.
METAS 1. RECEITAS;
2. DESPESAS;
3. RESULTADO
FISCAIS RESU
NOMINAL;
4. RESULTADO PRIMÁRIO;
(valores correntes e
constantes)
Exercício financeiro+dois
Resultado Primário:
Determina se o nível de gasto no orçamento dos entes federativos é compatível com suas
arrecadações, ou seja, se as receitas primárias (não-financeiras) são capazes de sanar as
despesas primárias (não-financeiras).
Resultado Nominal:
Uma das inovações trazidas pela Constituição de 1988, a LDO submete à soberania popular, por meio de seus
representantes, a definição das prioridades para aplicação dos recursos públicos. Vale ressaltar que,
anteriormente, o estabelecimento das prioridades não transitava pelo parlamento sendo definidas
unilateralmente pelo Poder Executivo.
ANUAL
TRIENAL
Outra novidade trazida pela LRF foi o Anexo de Riscos de Fiscais. De acordo com o § 3º do
art. 4º da LRF, a LDO conterá ANEXO DE RISCOS FISCAIS, onde serão avaliados os passivos
contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a
serem tomadas caso se concretizem.
Esse anexo tem por objetivo garantir a realização dos resultados fiscais apresentados no
Anexo de Metas Fiscais. Isso porque qualquer despesa não prevista na elaboração das metas
pode comprometer os resultados pretendidos. Neste caso, a partir das despesas em potencial
que possam comprometer os resultados orçamentários (como as sentenças judiciais em
andamento), será feita na LOA uma reserva de contingência para a cobertura dessas despesas.
RISCOS
FISCAIS
RISCOS RISCOS DA
ORÇAMENTÁRIOS DÍVIDA
Riscos
orçamentários
Necessidade de execução de despesas não fixadas na LOA ou orçadas a
menor
Riscos da Passivos contingentes que representam dívidas cuja existência depende de fatores
Dívida imprevisíveis, a exemplo dos resultados de julgamentos de processos judiciais.
INFORMAÇÃO CAPCIOSÍSSIMA!!!
CF/88 LC 101/00(LRF)
(Art. 165, § 2º; Art. 169, § 1º, II; Art. 99, § 4º; Art. Art. 4º, caput, § 1º e § 3º; Art. 5º, III.
127, $ 5º)
Da mesma forma que na LDO, várias alterações foram introduzidas, pela LRF, na
sistemática de elaboração do orçamento anual. As principais encontram-se elencadas no
quadro a seguir:
A LOA deve conter, em anexo, o demonstrativo de compatibilidade da programação dos orçamentos com as
metas da LDO, previstas no Anexo de Metas Fiscais (****);
A LOA deve conter previsão para a reserva de contingências, em percentual da RCL, destinada ao pagamento
de passivos contingentes, além de outros imprevistos fiscais;
A LOA deve conter as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual e respectivas receitas, sendo
o refinanciamento da dívida (e suas receitas) demonstrado de forma separada, tanto na LOA como nas leis de
créditos adicionais;
A LOA não poderá conter crédito com finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada;
Veda-se que a LOA contenha dotação para investimentos com duração superior a um exercício financeiro que
não esteja previsto no PPA ou em lei que autorize a sua inclusão, conforme disposto no § 1º do art. 167 da
Constituição Federal.
CARACTERÍSTICAS
Por ser uma dotação global não destinada a nenhum órgão ou projeto específico, a
Reserva de Contingência é uma exceção ao princípio da especificação ou especialização do
orçamento.
Alexandre, que fatos podem ensejar dívidas (passivos) contingenciais a serem cobertas com a
reserva de contingências??????
O tradicional(ou clássico) tinha como sua principal função o controle político. Possibilitou o
controle político do Poder Executivo pelo Poder Legislativo.
A idéia de orçamento moderno nasceu nos EUA. Exigia-se que os orçamentos deveriam
constituir-se de instrumentos de administração, de forma que auxiliassem o Executivo nas
várias etapas do processo administrativo.
Atualmente, as políticas econômicas têm sido inibidoras da expansão das despesas públicas,
por isso, o papel que vem sendo reforçado é o do orçamento como instrumento de controle
econômico. Eleva-se a função de planejamento do orçamento, para evitar déficit (gastar
mais que recebe).
ORÇAMENTO PROGRAMA
META
MEDIDA DE
DESEMPENHO
PRODUTO
RESULTADO
PROGRAMA
FINAL
CUSTO
Com base no que foi disposto, é possível destacar as principais características do orçamento-
programa:
As decisões orçamentárias são tomadas tendo As decisões orçamentárias são tomadas com
em vista as necessidades financeiras das base em avaliações e análises técnicas das
unidades organizacionais alternativas possíveis.
O controle visa avaliar a honestidade dos O controle visa avaliar a eficiência, a eficácia
agentes governamentais e a legalidade no e a efetividade das ações governamentais.
cumprimento do orçamento.
O Orçamento Programa permite a avaliação do resultado das ações governamentais
através das medidas de eficiência, eficácia e efetividade. A seguir, elencamos a diferença
entre os conceitos:
Eficiência – pode ser medida pelo resultado obtido entre o volume de bens e serviços
produzidos e o volume de recursos consumidos, para alcançar a economia de recursos na
consecução dos objetivos, obtendo o melhor desempenho na operacionalidade das ações. É a
capacidade que tem o gestor público de aplicar recursos de forma otimizada.
Eficácia – ocorre quando os objetivos pré-estabelecidos são atingidos. Pode ser medida
pelo grau de cumprimento dos objetivos fixados nos programas de ação, comparando-se
resultados obtidos com os previstos, ou seja, quando mais próximos os gestores estiverem dos
resultados esperados, mais eficaz terá sido a sua gestão.
O orçamento base-zero é aquele sobre o qual não há direitos anteriores. É comum no caso de
entes novos. Por exemplo, pode-se citar a criação de um novo município. Como não há
experiências anteriores, não há muitos parâmetros para definir-se quanto irá para a secretaria
de saúde, de educação, etc.
Iniciativa
Base Constitucional: art. 84, XXIII da CF/88; art. 61, § 1, II, b ; art. 85,VI; art. 166 § 6º
Todas as leis de elaboração do PPA, LDO e LOA são ordinárias de iniciativa do Chefe
do Poder Executivo;
Prazos
Caberá a uma lei complementar dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a
elaboração e a organização do PPA, da LDO e da LOA(art. 165, § 9º, I da CF/88). O que ocorre
é que essa lei complementar ainda não foi editada. Assim, a União, os Estados e os Municípios
que não estabeleceram prazos específicos continuam seguindo o disposto no art. 35,§ 2º, do
ADCT da CF/88, que determina os prazos na tabela seguinte:
Envio: Chefe do PE Devolução: do PL
ao PL. ao PE(para sanção
Projeto BASE
Parâmetro para ou veto)
Parâmetro para
de envio: término do devolução: término LEGAL
exercício da sessão legislativa
Lei
financeiro. ou período
legislativo.
4 meses antes do Até o término do
encerramento do segundo período
PPA Art. 35, § 2º,
primeiro exercício da sessão legislativa
do ADCT.
financeiro do (22 de dezembro),
mandato do chefe do exercício em
do PE(31 de que for
agosto) encaminhado.
LOA
Obs: os prazos assinalados na tabela supra dizem respeito à União, prevalecendo para Estados,
DF e Municípios o que estiver disposto nas suas respectivas Constituições Estaduais e Leis
Orgânicas. Isto, até que a Lei complementar referida no art. 165, § 9º, I e II, da CF/88 esteja em
vigor.
Obs: A Sessão Legislativa Ordinária no âmbito federal está regulamentada pelo art. 57 da CF/88,
que estabelece:
“Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a
17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro(Redação dada pela Emenda Constitucional nº
50, de 2006)”.
“§ 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes
orçamentárias.
Com base no parágrafo do artigo supra disposto, pode-se inferir que uma das situações que
impede o início do recesso parlamentar em 18 de julho é a não aprovação do projeto de lei de
diretrizes orçamentárias até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa.
DUODÉCIMOS
Com base na LDO, o Poder Executivo elabora a proposta orçamentária para o ano
seguinte, com a participação dos Ministérios (órgãos setoriais) e das unidades orçamentárias dos
Poderes Legislativo e Judiciário.
Por determinação constitucional, conforme visto no quadro anterior (art. 35, § 2º, inciso III
do ADCT), o governo é obrigado a encaminhar o projeto de lei do orçamento ao Congresso
Nacional até quatro meses antes do encerramento da sessão legislativa e, consequentemente,
do exercício financeiro, o que corresponde a 31 de agosto.
Acompanha a proposta uma mensagem do Presidente da República, na qual é feito um
diagnóstico sobre a situação econômica do país e suas perspectivas. A Constituição determina
que a Proposta Orçamentária deve ser votada e aprovada até o final da sessão legislativa,
atualmente encerrando a 22 de dezembro. Depois de votada no Legislativo, a proposta segue
para o Executivo, que dispõe de 15 dias para sancionar ou vetar. Sancionada, entra em vigor a
partir de sua publicação até o encerramento do exercício financeiro seguinte ao de sua
elaboração. Entretanto, se o Executivo resolver vetar esta proposta, devolverá para o legislativo
que dispõe, inicialmente de 30 dias para uma análise prévia do veto executivo, podendo
restituí-la neste prazo ou posteriormente.
Durante a discussão desta proposta no exercício subseqüente de sua geração, a cada mês será executado 1/12 da
Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO anteriormente aprovada, enquanto não houver Lei Orçamentária Anual
legalmente válida.
apreciação e votação dos projetos (PPA, LDO e LOA) e das leis referentes a créditos
adicionais cabe ao Poder Legislativo em suas respectivas esferas;
a apreciação dos projetos de leis orçamentárias(PPA, LDO, LOA) e dos projetos relativos a
créditos adicionais(suplementares e especiais) é conjunta, feita pelas duas Casas do
Congresso Nacional(Câmara e Senado);
a apreciação obedecerá às regras do regimento comum;
ATENÇÃO!!!! embora a sessão de apreciação(discussão e votação) seja CONJUNTA, a
apuração dos votos, SEMPRE, dar-se-á separadamente(art. 43 do Regimento do Congresso
Nacional)
A não-obtenção de maioria simples em, pelo menos, uma das Casas, importará na
rejeição da matéria.
a apreciação das leis orçamentárias pelo Poder Legislativo é indelegável, vez que essa
matéria não pode ser objeto de lei delegada(art. 68, § 1º, III da CF);
Emendas
A Comissão Mista deverá emitir parecer sobre as emendas antes de serem apreciadas pelo
plenário.
Sanção
Uma vez aprovado no Legislativo, será necessária a aquiescência do titular do Poder Executivo
ao projeto de lei aprovado. Assim, o titular do Poder Executivo somente sancionará o projeto se
estiver de acordo com o mesmo, conforme determina o art. 66 da CF/88: ”a Casa na qual tenha
sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que,
aquiescendo, o sancionará”.
Veto
Caso não esteja de acordo com o projeto de lei aprovado pelo Legislativo, poderá veta-lo total
ou parcialmente, conforme art. 66 da CF/88.
Promulgação
CONCEITOS IMPORTANTES!!!!
(2) Crédito Adicional: a dotação prevista nas leis sucessivas ao orçamento, cuja finalidade é
atender a despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento.
(3) Dotação orçamentária: o montante (limite) da autorização dada na lei orçamentária
para gastos, ou seja, o valor que pode ser gasto em um crédito.
(4) Unidade orçamentária (UO): aquela contemplada com dotação diretamente na lei
orçamentária.
(5) Unidade administrativa (UA): aquela que recebe autorização por descentralização de
uma UO ou outra UA.
(6) Unidades Executoras (UE): são aquelas que efetivamente realizam o gasto, ou seja,
executam a despesa orçamentária.
(13) Repasse: importância financeira que a unidade orçamentária transfere a outro Ministério
(ou Secretaria de Estado ou de Município) ou órgão. É a descentralização das disponibilidades
financeiras vinculadas ao orçamento, recebidas anteriormente sob a forma de cota da
STN/MF, sendo de competência dos órgãos setoriais de programação financeira, que as
transfere para outro órgão ou ministério.
Dotação Cota
Destaque Repasse
Provisão Sub-repasse
CAPCIOSÍSSIMA!!!!
É bom saber!!!!
Ressalte-se
(15) Sistemaque
deosorçamento
destaques e provisões
federal:tratam de autorizações
sistema COMPOSTO orçamentárias. No casoórgãos:
dos seguintes do destaque, a
contrapartida do lado financeiro é o repasse; no caso da provisão, a contrapartida do lado financeiro é o
sub-repasse.
SOF/MPOG;
Unidades setoriais em cada Ministério ou órgão equivalente;
Unidades Orçamentárias, as quais efetivamente realizam o gasto, ou seja,
executam a despesa por meio de um unidade executora.
VIGÊNCIA
OF – Orçamento Fiscal
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1. Princípios
ATENÇÃO!!!!!
A lei nº 4.320/64, que estatui normas gerais de Direito Financeiro, em seu artigo 2º,
determina obediência a três princípios: unidade, universalidade a anualidade (ou
periodicidade). Os demais princípios não derivam dessa lei, mas da sistemática de
elaboração das diversas LOAs e de entendimentos da Constituição da República Federativa
do Brasil.
OBS: Não há uma lista exaustiva de princípios orçamentários, pois o próprio conceito de
orçamento público está em constante evolução. Serão abordados a seguir os princípios mais
aludidos pela doutrina e pelo ordenamento jurídico pertinente à área orçamentária
Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.
Por este princípio, todo o orçamento público deve ser elaborado por lei e todas as leis que
tratam de matéria orçamentária (as leis do Plano Plurianual – PPA, de Diretrizes Orçamentárias –
LDO, a Lei Orçamentária Anual – LOA, as leis que autorizam os créditos suplementares e
especiais etc) devem ser aprovadas pelo Poder Legislativo.
Este princípio impõe que o orçamento dever ser elaborado e executado para a execução em
um período determinado de tempo (geralmente um ano, no caso brasileiro). Segundo o art. 4º
da Lei nº 4.320/64:
OBSERVAÇÃO CAPCIOSÍSSIMA!!!!!
1) Lei 4.320/64, art. 3º, parágrafo único: “ Não se consideram para os fins deste
artigo as operações de crédito por antecipação da receita, as emissões de papel
moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e passivo financeiros(são as
chamadas receitas extra-orçamentárias ou ingressos extra-orçamentários);
2) As receitas e despesas operacionais de empresas públicas e sociedades de
economia mista consideradas estatais não-dependentes.
Fiscal
Este princípio estabelece que o orçamento deve ser “uno”, ou seja, cada esfera do governo
deve possuir apenas uma LOA.Não pode haver mais de um orçamento em cada unidade
governamental. No entanto, o § 5º do art. 167 da CF/88 estabelece uma tripartição do
orçamento: o Orçamento Fiscal, o Orçamento da Seguridade Social e o Orçamento de
Investimento das Empresas Estatais.
ATENÇÃO!!!!
Vale ressaltar que o Princípio da Unidade refere-se à LOA (atenção à expressão), uma vez que,
orçamento, cada Lei contém 3, conforme mencionado acima: Orçamento Fiscal, Orçamento
da Seguridade Social, Orçamento de Investimento das empresas estatais. Ou seja, cada LOA é
segregada em 3 orçamentos separados. Essa sistemática tem como objetivo garantir maior
transparência e independência a cada um deles.
Este princípio surgiu juntamente com o princípio da universalidade, expresso no art. 6º da Lei
4.320/64:
(...) As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra incluir-se-ão,
como despesa, no orçamento da entidade obrigada a transferência e, como receita,
no orçamento da que as deva receber.
Depreende-se, portanto, que, ao ser elaborada, a lei orçamentária deve apresentar as valores
constantes do orçamento da seguinte forma: imagine a previsão de arrecadação de R$
100.000,00 de receita de IPVA, no orçamento do Estado XYZ, que, por determinação
constitucional (art. 159,III) deve repassar 50% aos municípios cujos veículos tenham sido
licenciados, a forma correta de apresentação da lei em atendimento ao princípio do
orçamento bruto seria a seguinte.
a) Forma correta
Receita R$ Despesa R$
Outro exemplo: Vamos supor que um determinado Estado da federação arrecade R$ 1.000,00
de ICMS, e seja obrigado a repassar aos municípios 25% deste montante. Em atendimento ao
princípio do orçamento-bruto, no orçamento, deve constar o total da previsão da receita (R$
1.000,00) e, na despesa, R$ 250,00 (25% pertencente aos municípios). Não pode constar da peça
orçamentária uma receita líquida de R$ 750,00, pois este procedimento violaria o referido
princípio.
(...) A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à
fixação da despesa.
Significa que a lei orçamentária não poderá tratar de outros assuntos como, por exemplo, lei do
divórcio, criação de tributos, fixação de remuneração, subsídio, etc. Depreende-se, portanto,
que o orçamento conterá apenas matéria financeira. Devido à celeridade da votação de leis
orçamentárias, os parlamentares incluíam nelas outras matérias, visando uma rápida aprovação
de seus projetos de lei.
EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE!!!!
PALAVRA-CHAVE: DETALHAMENTO
O art. 15, § 1º, do mesmo diploma legal também se refere a este princípio:
“Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam cumprir-se
subordinadamente à normas gerais de execução da despesa poderão ser custeadas por
dotações globais, classificadas entre as Despesas de Capital(são os chamados
INVESTIMENTOS EM REGIME DE EXECUÇÃO ESPECIAL);
A outra exceção é a Reserva de Contingências, que é uma dotação global para atender
passivos contingentes outras despesas imprevistas.
1.8. Princípio do Equilíbrio Orçamentário (PRINCÍPIO INFRACONSTITUCIONAL)
“O equilíbrio pressupõe que a receita prevista na LOA deve ser igual à despesa nela fixada”
No âmbito da LOA, tal princípio é absoluto, pois, as receitas previstas devem, rigorosamente, ser
iguais às despesas fixadas. Trata-se do equilíbrio formal. A priori, só é recomendável que se gaste
aquilo que se tem. Assim o orçamento deve funcionar como uma ferramenta de planejamento
real, contemplando gastos que serão realizados em função das receitas que serão arrecadas.
Por isso não se deve prever mais receitas que despesas.
INFORMAÇÃO CAPCIOSÍSSIMA!!!!
Uma outra interpretação dada ao Princípio do Equilíbrio e que tem sido cobrada em concursos mais
recentes (2005 e 2006) é que este preconiza que o governo não absorva da coletividade mais do
que o necessário para o financiamento das atividades a seu cargo, condicionando-se e realização de
dispêndios à capacidade efetiva de obtenção dos ingressos capazes de financiá-los.
A LÓGICA DO PRINCÍPIO É :
“ Os impostos, regra geral, não podem ser vinculados a órgãos, entidades, fundos ou despesas”
ATENÇÃO!!!
Observe que o artigo veda a vinculação de impostos, significando que pode haver vinculação
para as outras espécies tributárias (taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios).
É por isso que a FALECIDA CPMF pode ser vinculada à saúde!!!!
O art. 167 § 9º veda a criação de fundos sem prévia autorização legislativa. Atualmente, no
Âmbito federal, há centenas de FUNDOS, grande parte deles com recursos vinculados.
EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO!!!!
Todos os fundos constitucionais: FPE, FPM, Centro Oeste, Norte, Nordeste, Compensação
pela exportação de produtos industrializados etc;
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Básico e da Valorização do Magistério
(FUNDEB);
Ações e serviços públicos de saúde;
Garantias às operações de crédito por antecipação da receita(ARO);
Atividades da Administração Tributária;
Vinculação de impostos estaduais e municipais para prestação de garantia ou
contragarantia à União(contragarantia é a garantia que o Estado ou Município são
obrigados a oferecer à União, quando esta concede uma garantia para uma entidade
internacional, por exemplo, o Banco Mundial, referente a um empréstimo tomado por
Estado ou Município).
(...) O Poder Executivo publicará, até trinta dias de encerramento de cada bimestre, o
relatório resumido da execução orçamentária.
Depreende-se, portanto, que o orçamento, para produzir seus efeitos, precisa ser publicado no
Diário Oficial correspondente a cada esfera (a LOA da União no DOU, a do Estado no DOE e do
Município no DOM, quando houver). Caso o Município não possua Diário Oficial, o mesmo pode
ser publicado em jornal local.
É um dos mais modernos princípios orçamentários que surgiu com a evolução dos conceitos e
técnicas orçamentárias. De acordo com esse princípio, o orçamento deve evidenciar os
programas de trabalho, servindo como instrumento de administração do governo, facilitando a
fiscalização, gerenciamento e planejamento. De acordo com esse princípio, os programas
regionais devem estar em consonância com o Plano Plurianual (PPA).
Estabelece que o orçamento deve ser apresentado em uma linguagem clara e compreensível
para qualquer cidadão.
Amplamente definido pela legislação, tal regra principiológica obriga que os entes públicos
recolham o produto de sua arrecadação em uma Conta Única, com a finalidade de facilitar a
administração e melhor controle e fiscalização da aplicação desses recursos.
Esse caixa único – CUTN – abriga todas as receitas orçamentárias e as extraorçamentárias, que
são os ingressos de recursos de terceiros e que, via de regra, serão devolvidos no futuro.
Falaremos desses conceitos mais adiante, no assunto Receita Pública.
Este princípio reza que os recursos do governo devem ser recolhidos em conta única facilitando
a administração e o controle. Não deve ser confundido com o princípio da unidade
orçamentária.
No âmbito da União, este princípio é obedecido pela criação da Conta Única do Tesouro
Nacional. Esta conta é mantida no Banco Central do Brasil, operacionalizada pelo Banco do
Brasil S.A. (seu agente financeiro) e administrada pela STN – Secretaria do Tesouro Nacional.
Depreende-se, portanto, que os valores arrecadados pelo governo devem ser contabilizados
em uma única conta caixa, evitando-se, dessa forma, a existência de caixas paralelos,
fracionados. Não se quer afirmar com isso que exista apenas uma conta-corrente(bancária). O
que se deseja é uma única conta contábil.
EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO!!!!
FUNDOS ESPECIAIS: possuem, dada a sua própria natureza, gestão descentralizada, tais
como o FUNDEF, FMDA, FUNDET e outros.
OUTROS PRINCÍPIOS:
Princípio da precedência:
1. Conceito
O Estado, para fazer face às suas obrigações, necessita de recursos que podem ser
obtidos junto à coletividade ou através do endividamento público. O conjunto desses recursos é
que se chama receita pública. É através dela que o Estado poderá atender às demandas
diversas da sociedade, como saúde, educação e segurança.
Cabe ressaltar, no entanto, que o Estado arrecada recursos que são incorporados
definitivamente ao patrimônio; a estes chamamos de receitas orçamentárias, e arrecada
recursos que serão restituídos no futuro, caracterizando-se em simples ingressos financeiros ou de
caixa, denominados receitas extra-orçamentárias.
ORÇAMENTÁRIA
EXTRA-ORÇAMENTÁRIA
????
ATENÇÃO!!!
Para definir uma receita como orçamentária o relevante é saber se a sua natureza é
orçamentária.
Passíveis de orçamentação;
Recursos pertencentes ao Estado;
6. S erviços
7. Transferências Correntes
Informação capciosa!!!!
§1º São Receitas Correntes as receitas tributária, patrimonial, industrial e diversas e, ainda as
provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado,
quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes.
São os ingressos de recursos financeiros oriundos das atividades operacionais, para aplicação
em despesas correspondentes, também em atividades operacionais, correntes ou de capital,
visando ao alcance dos objetivos constantes dos programas e ações de governo. São
denominados de receitas correntes porque não têm suas origens em operações de crédito,
amortização de empréstimos e financiamentos nem alienação de componentes do ativo
permanentes. Elas são derivadas do poder de tributar ou resultantes da venda de produtos ou
serviços colocados à disposição dos usuários. Têm características intrínsecas de atividades que
contribuem para a finalidade fundamental dos órgãos ou entidades públicas, quer sejam
operacionais ou não operacionais.
CAPCIOSÍSSIMA!!!!
Apesar de grande parte da doutrina e da jurisprudência entender que, à luz da CF/88, os
empréstimos compulsórios têm natureza tributária, para efeito de classificação orçamentária,
deverão ser observadas as disposições da Lei nº 4.320/64, que classifica as empréstimos
compulsórios como receitas de capital(operações de crédito).
Receitas de Contribuições: é o ingresso proveniente de contribuições sociais,
de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias
profissionais ou econômicas, como instrumento de intervenção nas respectivas
áreas.Podem ser: Contribuições Sociais (Ex.: COFINS, Salário Educação, CPMF,
Contribuições sobre Receitas de Concursos de Prognósticos, Contribuições
Previdenciárias para o RPPS e RGPS, Contribuições para os Serviços Sociais
Autônomos – SESI, SESC, SENAI etc, PIS/PASEP, CSLL etc, e Contribuições
Econômicas(Cota-parte do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha
Mercante, Contribuição sobre a Receita das Empresas Prestadoras de Serviços
de Telecomunicações, Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria
Cinematográfica Nacional, PIN, PROTERRA, CIDE-Combustíveis etc).
Apesar de grande parte da doutrina e da jurisprudência entender que, à luz da CF/88, as receitas de
contribuições sociais têm natureza tributária, para efeito de classificação orçamentária, deverão ser
observadas as disposições da Lei nº 4.320/64, que classifica as contribuições sociais como receitas
correntes(receitas de contribuições, conforme acima
ATENÇÃO!!!!!!
Quanto à indenização da Petrobrás paga a Estados e Municípios pela exploração de petróleo, xisto betuminoso, gás
e pela produção de energia elétrica, nos termos do artigo,§1º da CF trata-se de uma receita classificada como
OUTRAS RECEITAS CORRENTES.
LEMBRETE!!!!!!!!
Os valores recebidos pelo ente, decorrentes da
cobrança da dívida ativa tributária ou não-tributária,
devem ser classificados como outras receitas
correntes.
Exemplos:
lei, multa de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, aluguéis ou
taxas de
São os créditos da fazenda pública, tributários ou não, que, se não liquidados pelo contribuinte no seu
vencimento – são inscritos em registro próprio, após apurada sua liquidez e certeza;
Na sua composição, está o valor principal do tributo + correção monetária + multa + juros;
Caso o Poder Público resolva dispensar o contribuinte do pagamento dos juros e multas referentes à
dívida ativa, esses benefícios serão considerados renúncias de receitas;
A inscrição da Dívida Ativa é uma exceção ao Regime de Caixa aplicável às receitas públicas, já que
provoca um aumento na situação patrimonial sem que o numerário tenha entrado efetivamente em
caixa;
A receita da dívida ativa abrange também os valores
correspondentes à respectiva atualização monetária, à multa e
IMPORTANTE! juros de mora.
TRIBUTÁRIA
Empréstimos compulsórios;
Contribuições estabelecidas em lei;
Multas de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias;
Foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação;
Custas processuais;
Preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos;
Indenizações, reposições, restituições;
Alcances dos responsáveis definitivamente julgados, bem assim os créditos
decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, de sub-rogação de hipoteca,
fiança, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de outras obrigações
legais. È o que estabelece a parte final do parágrafo segundo do artigo 39 da Lei
4.320/64.
DÍVIDA ATIVA = CRÉDITOS DA FAZENDA PÚBLICA VENCIDOS E NÃO ARRECADADOS
A inscrição da dívida ativa é um fato de natureza extra-orçamentária e provoca um aumento
no patrimônio líquido representado por uma conta de variação patrimonial
aumentativa(variação positiva ou ativa), na Procuradoria da Fazenda Nacional(no caso da
União).
(...)
Receitas Intra-Orçamentárias
Assim sendo, na consolidação das contas públicas, essas despesas e receitas poderão ser
identificadas, de modo que se anulem os efeitos das duplas contagens decorrentes de sua
inclusão no orçamento.
Receitas Correntes Intra-Orçamentárias
As classificações instituídas não constituem novas categorias econômicas de receita, mas sim,
meras especificações das categorias corrente e de capital, a fim de possibilitar a identificação
das respectivas operações intra-orçamentárias.
ATENÇÃO
OBTENÇÃO DE EMPRÉSTIMOS
CONCESSÃO DE EMPRÉSTIMOS
RECEITA DE JUROS
OUTRAS
JUROS DE MORA
RECEITAS
CORRENTES
JUROS DE
RECEITA DE
EMPRÉSTIMOS
SERVIÇOS
FONTE: VALDECIR PASCOAL
ORDINÁRIAS: são aquelas que ingressam com regularidade, constituindo-se assim como
fonte regular e permanente de recursos financeiros destinados à consecução da
atividade financeira do Estado. Representam os ingressos permanentes e estáveis do
Tesouro, arrecadados regularmente em cada período financeiro, ou seja, possuem
características de continuidade, servindo de fonte perene de recursos ao Estado.
Exemplo: receita tributária.
EXTRAORDINÁRIAS: Representam os ingressos de caráter não-continuado e, por
conseqüência, inconstante, excepcional, temporário, provenientes de calamidade
pública, guerras e doações, entre outros. São receitas eventuais, não-regulares. Exemplos:
as receitas provenientes da arrecadação de impostos lançados por motivo de guerra, os
empréstimos compulsórios, heranças e outros.
2.4. Quanto à coercitividade, as receitas podem ser enquadradas como originárias e derivadas.
ORIGINÁRIAS(ou de economia privada ou de direito privado): consiste na receita
procedente da exploração do patrimônio público, no qual o Estado atua como particular
por meio da exploração de atividades privadas, tais como: serviços comerciais, industriais
e outros rendimentos decorrentes das locações, da cessão remunerada de bens e valores
(aluguéis de imóveis e ganhos em aplicações financeiras. São receitas contratuais,
negociais, obtidas de forma voluntária e espontânea, que não dependam de prévia
autorização legal, ficando o Estado em “pé de igualdade com o particular”. Para obter
essas receitas, a Administração Pública não usa da coerção, da força ou do poder de
Império. É uma classificação da Receita Corrente. Exemplos: Receitas Patrimoniais,
Receitas Agropecuárias, Receitas Comerciais, Receitas de Serviço (receitas obtidas com a
prestação de serviços públicos) etc.
DERIVADAS( ou de economia pública ou de direito público): é a que deriva da
prevalência do Estado sobre o particular, caracterizando-se por sua exigência coercitiva
e obrigatória, compulsoriedade. São as que derivam co patrimônio da sociedade, ou
seja, o governo obtém-nas tributando a sociedade. È a receita pública efetiva obtida
pelo Estado em função de sua soberania, por meio de Tributos, Penalidades, Indenizações
e Restituições. Nesse caso, o contribuinte é obrigado a arcar com elas, não havendo
negócios, contratos ou ajustes. O cidadão deve pagar, simplesmente porque tem
capacidade contributiva e, ao arrecadar, o Estado o faz em nome da coletividade,
materializando a supremacia do interesse público sobre o particular. É uma classificação
da Receita Corrente. As Receitas Derivadas são formadas por Receitas Correntes, segundo
a classificação da Receita Pública por Categoria Econômica. Exemplos: Receita
Tributária, Receita de Contribuições, taxas de serviços e todas as demais que decorram
do poder coercitivo e dependam de dispositivo legal.
2.5. Quanto à afetação patrimonial(impacto no patrimônio), as receitas são divididas em
efetivas e por mutações patrimoniais(não-efetivas)
EFETIVAS: são aquelas que contribuem para o aumento do patrimônio líquido (situação
líquida ou saldo patrimonial) do ente público, uma vez que, sem quaisquer reservas,
condições ou correspondência no passivo, integram-se ao patrimônio público, como
elemento novo e positivo, enquadrando-se, assim, como fatos contábeis modificativos
aumentativos. Exemplos: todas as receitas correntes (EXCETO O RECEBIMENTO OU
COBRANÇA DA DÍVIDA ATIVA) E A RECEITA DE CAPITAL DECORRENTE DO RECEBIMENTO DE
TRANSFERÊNCIA DE CAPITAL.
TOME NOTA!!!!!
Esse último critério classifica as receitas segundo o poder de tributar que compete a cada
ente da Federação, considerando e distribuindo as receitas obtidas como pertencentes aos
respectivos entes, quais sejam: Governo Federal, Estadual, do Distrito Federal e Municipal.
INFORMAÇÃO CAPCIOSÍSSIMA!!!!
(*) Na classificação anterior (MTO – 02 2005), a “origem”
chamava-se fonte;
A Receita Pública, desde a sua previsão até o seu ingresso efetivo nos cofres públicos, passa por
quatro fases, denominadas estágios, quais sejam: previsão, lançamento, arrecadação e
recolhimento.
CUIDADO!!!!
Não se trata aqui de lançamento contábil, e sim do lançamento do crédito tributário, identificando o valor e o
contribuinte que irá pagar os tributos e demais receitas passíveis de lançamento, incorporadas na previsão das receitas
estimadas na Lei Orçamentária Anual.
Este ato está definido no Código Tributário Nacional – CTN. Consiste na identificação do sujeito
passivo, do objeto, do quantum (montante) etc. Na prática, ocorre, por exemplo, quando o
Secretário da Fazenda inscreve (lança no sistema) a dívida de IPTU de um determinado
contribuinte proprietário de imóvel na área urbana. Nesse caso específico do IPTU, em que o
lançamento fiscal ocorre anterior ao pagamento, essa modalidade é conhecida como
lançamento de ofício. As outras são: “por declaração” , quando o contribuinte informa ao
Poder Público a situação passível de tributação, sendo conferida posteriormente pelos agentes
fiscais (caso do Imposto de Renda – IR), e “por
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES!!!!!
Nem sempre o lançamento fiscal ocorrerá antes da arrecadação do tributo, que é o estágio seguinte;
A maioria das receitas orçamentárias não percorre o estágio do lançamento, sendo apenas prevista, arrecadada e
recolhida;
O lançamento fiscal é apenas um ato administrativo da repartição fiscal que não é contabilizado, tendo em vista que a Lei
nº 4.320/64 definiu o regime de caixa para a apropriação da receita orçamentária, estabelecido em seu artigo 35
OBS: Nos estágios da previsão e do lançamento (fiscal) da receita pública orçamentária não há
lançamento contábil, que somente ocorrerá nas fases de arrecadação e recolhimento. A
previsão da receita pública somente é passível de contabilização quando o orçamento é
aprovado e publicado, ocasião em que ocorrerá o lançamento contábil no subsistema
Orçamentário.
CAPCIOSÍSSIMA!!!!!!!!!!!
Somente mediante o recolhimento, em conta específica, é que se pode dizer que os recursos
estarão efetivamente disponíveis para utilização pelos gestores, de acordo com a programação que
for estabelecida.
ATENÇÃO!!!!!!!!
1. Apesar da lei disciplinar as etapas da receita orçamentária, nem todas as receitas cumprem
rigorosamente essa sucessão de estágios. Na prática, não há rigor na adoção dessa série de passos, em
razão da constante simplificação dos processos de arrecadação da receita orçamentária, entre outros
fatores.
2. Em razão do que estabelece o artigo 57 da Lei 4.320/64, o recebimento de uma doação em dinheiro
será registrada como receita orçamentária mesmo que não seja previsível, ou seja, esta receita não cumpre
o estágio da previsão e nem o do lançamento.
3. Nem todos os estágios da receita orçamentária são contabilizados, mas apenas a previsão, a
arrecadação e o recolhimento.
4. A contabilização da receita orçamentária, assim como dos embolsos extra-orçamentárias é efetuada
aplicando-se o regime de caixa.
CONTA ÚNICA DO TESOURO NACIONAL - CUTN
Seus pilares legais de criação foram erigidos a partir da publicação da Lei nº 4.320/64, que
estabeleceu, no artigo 56, que o recolhimento de todas as receitas seria efetuado em
consonância com o princípio da unidade de tesouraria, sem qualquer fragmentação em caixas
especiais.
Essa determinação legal foi cumprida em setembro de 1988, com a promulgação da atual
Carta Magna, ocasião em que todas as disponibilidades do Tesouro Nacional, existentes em
agentes financeiros, foram transferidos para o Banco Central do Brasil, em uma conta única
centralizada, exercendo o Banco do Brasil a função de agente financeiro do Tesouro Nacional.
“As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no Banco Central; a dos estados, do
Distrito Federal, dos municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por
ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.”
A Conta Única do Tesouro Nacional é mantida junto ao Banco Central do Brasil e sua
operacionalização será efetuada por intermédio do Banco do Brasil, ou, excepcionalmente,
por outros agentes financeiros autorizados pelo Ministério da Fazenda.
A Conta Única do Tesouro Nacional (CUTN) mantida no Banco Central constitui a unificação de
todas as disponibilidades financeiras das unidades gestoras do governo federal participantes do
Sistema Integrado de Administração Financeira – SIAFI.
Dessa forma, o arcabouço legal existente não permite que os órgãos públicos movimentem
recursos fora da conta única em contas correntes mantidas em instituições financeiras públicas
ou privadas. Sendo esta a regra geral, as exceções ficaram apenas para as contas de unidades
gestoras “off-line”, as contas em moeda estrangeira e outras autorizadas pela STN, por meio da
IN STN 04, de 30.08.2004.
Atendendo a essa necessidade de reordenamento das finanças públicas, dentre outras ações e
medidas adotadas pelo Governo Federal, foi implantada em 1988, pela Instrução Normativa nº
10 da STN, a conta única do Tesouro Nacional, que veio aprimorar as inter-relações entre
Secretaria do Tesouro Nacional, Banco Central, Banco do Brasil e Unidades Gestoras.
A partir da criação da CUTN, portanto, todas as receitas devem ser recolhidas em uma única
conta. Está consagrado na Lei 4320/64:
A própria Lei nº 4.320/64 traz em seu artigo 71º, como exceção, ao princípio da unidade de
tesouraria, a criação de fundos especiais. Entre os fundos existentes na Administração Pública, a
LRF, em seu artigo 43º, §1º, dispõe sobre os caixas dos regimes de previdência social, geral e
própria dos servidores.
A Lei de Responsabilidade Fiscal traz a exceção ao princípio da unidade de caixa, pois em seu
artigo 43 estabelece que as disponibilidades de caixa relativas à Previdência Social deverão ser
separadas das demais disponibilidades do ente público:
Bem, de acordo com a IN/STN nº 05/1996 e IN/STN nº 04/2004, a Conta Única do Tesouro
Nacional é o mecanismo/instrumento que permite a movimentação on-line de recursos
financeiros dos órgãos e entidades ligadas ao SIAFI em conta unificada.
Esse mecanismo, ao mesmo tempo que unifica e centraliza os recursos da União, permite a
movimentação eletrônica descentralizada, por cada órgão, entidade ou unidade ligadas ao
SIAFI de forma on-line, preservando, assim, a individualização e autonomia na gestão dos seus
recursos.
Cada ente público federal possui apenas uma parcela dos recursos da Conta Única, recebidos
da STN na forma de “limite de saque”, registrada no SIAFI na conta 11216.04.00 (Limite de Saque
com Vinculação de Pagamento), correspondente à disponibilidade financeira da UG na Conta
Única, a ser utilizada para a realização de pagamentos ou transferências de determinado
período.
IMPORTANTE!!!
Com a implantação da CUTN, todas as Unidades Gestoras on-line do SIAFI passaram a ter os
seus saldos bancários registrados e controlados pelo sistema, sem contas escriturais no Banco do
Brasil. Assim, a Conta Única é uma conta mantida junto ao Banco Central do Brasil,
operacionalizada via SIAFI pelo Banco do Brasil, destinada a acolher, em conformidade com o
disposto no artigo 164 da Constituição Federal, as disponibilidades financeiras da União que se
encontram à disposição das Unidades Gestoras on-line, nos limites financeiros previamente
definidos.
1. CONCEITO
2. ESTÁGIOS DA DESPESA
Fixação
ESTÁGIOS PROGRAMAÇÃO
Empenho
Execução Liquidação
Pagamento
2.1. Fixação (ou Dotação)
Tome nota!!!!
Ordenador de despesa é servidor público investido de
autoridade e competência para emitir empenho e
autorizar pagamentos. A rigor não é o título de um
cargo, pois pode ser exercido por um Diretor Geral,
Secretário Geral, Diretor Executivo, Presidente de órgão
ou entidade. Falaremos mais dele adiante,
especificamente no tópico 4 desse módulo, lá no final!
2.2. Programação
O estágio da programação está inserido na LRF, no qual estabelece que até trinta dias
após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes
orçamentárias, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de
execução mensal de desembolso (art. 8º, da LRF).
2.3. Empenho
- formalização, que se dá com a emissão da NOTA DE EMPENHO, que possui todos os dados
referentes à compra ou contratação (dados do contratante, data da entrega, valor, objeto,
classificação da despesa, etc).
- estimativo: visa à realização de despesas cujo valor ou montante não seja previamente
determinado ou identificável.
Ex: despesas com folha de pagamento, conta de luz, água, telefone, gratificações, diárias.
Nesses casos, não se sabe, no início do ano, por ocasião do empenho, o valor exato que será
despendido.
- global: essa modalidade é aplicável quando o objetivo for de atender despesas com
montante previamente conhecido, tais como as contratuais, mas cujo pagamento dar-se-á de
maneira parcelada. É comum nos casos de entrega parcelada de bens, caso em que o
pagamento é feito obedecendo-se a proporção entre o montante pactuado e o volume
entregue, e no caso de obras, quando da mesma forma, o pagamento se dá em função do
andamento da obra.
Principalmente no caso do empenho por estimativa (mas não somente), caso o valor
compromissado seja insuficiente para atender aos gastos efetivamente ocorridos, pode ser feito
um reforço de empenho. Isso é particularmente comum quando envolve concessionários
(energia elétrica, água, telefone, etc), uma vez que, não se sabe com certeza o quantum a ser
realizado até o final do exercício. Caso ocorra o contrário (valor empenhado maior que
despesas ocorridas), pode ser feito um cancelamento (estorno) parcial do empenho, de forma
que o saldo não utilizado seja remanejado para outras despesas por meio do chamado créditos
adicionais.
Vale destacar que existe ainda o pré-empenho. Muito embora este item não seja um estágio
formal da despesa, é normal sua utilização no dia-a-dia da Administração Pública. Este recurso
consiste em um pré-compromisso, necessário para evitar que o mesmo recurso seja considerado
como disponível para a realização de mais de uma despesa. Funciona como se o gestor
efetivasse uma “reserva” de dotação orçamentária, visando à realização de determinada
despesa.
De acordo com o art. 35, inciso II, da Lei nº 4.320/64, pertencem ao exercício financeiro “ as
despesas nele legalmente empenhadas”. Assim, a condição aqui registrada é considerar
despesas legalmente empenhadas as que sejam:
2.4. Liquidação
Atesto da despesa
2.5. Pagamento
- Após apresentação das propostas pelos licitantes, julgamento, escolha da melhor oferta e
término do prazo para recursos administrativos, o processo é novamente encaminhado ao OD
para adjudicação do objeto da licitação do certame ao vencedor e publicação em Diário
Oficial.
- Em seguida, é emitido o empenho, disponibilizada uma via ao contratado.
CAPCIOSÍSSIMA!!!!!
Em algumas provas de concursos, verifica-se a inclusão da licitação e da ordem de pagamento no conceito de “estágios da
despesa” ou “fases da despesa”. Como já é do conhecimento de todos que a licitação é condição prévia para o empenho e
a ordem de pagamento condição para o pagamento, estas “fases da despesa”, observadas de uma maneira mais
abrangente ficariam dessa forma:
Os restos a pagar são dívidas que serão pagas fora do exercício financeiro em que ocorreram.
Uma vez que o fato gerador da despesa é o empenho, uma vez ocorrido esse estágio, deverá a
despesa ser regularmente liquidada e paga, ou, caso isso não aconteça, cancelada. Acontece
que nem sempre é possível haver o pagamento no Exercício do empenho, em virtude de fatores
como: não-adimplemento da obrigação por parte dos fornecedores, atrasando a liquidação
(estágio prévio e condição obrigatória para pagamento, atraso nos repasses, excesso de
processos em tramitação no Departamento de Contabilidade, etc. Assim a dívida será
transferida para o próximo ano.
Conforme já explicitado acima, a lei nº 4.320/64, em seu art. 36, elencou dois tipos de RP: os
processados e os não-processados.
- Restos a Pagar Processados – despesas empenhadas e liquidadas, mas não pagas até
31/12. Nesse caso, já foram cumpridos integralmente os dois primeiros estágios da
despesa, restando apenas o efetivo pagamento.
- Restos a Pagar Não-Processados – despesas empenhadas mas não liquidadas nem
pagas até 31/12. Nesse caso, só foi cumprido integralmente o primeiro estágio:
empenho.
A inscrição dos restos a pagar será feita no encerramento do exercício financeiro de emissão de
Nota de Empenho, tendo validade até 31 de dezembro do ano seguinte. Os valores dos restos a
pagar não reclamados (saldos remanescentes de RP) pelos fornecedores, até aquela data,
serão automaticamente cancelados, sendo assegurado ao credor o direito a receber por cinco
anos a contar da data da inscrição, quando, então, no exercício de reconhecimento da dívida
será emitido novo empenho para atender a esse pagamento à conta de despesas de
exercícios anteriores, respeitada a categoria econômica específica, em vista do que disciplina o
regime de competência. ATENÇÃO!!!
Como se pode inferir da explicação acima, é vedada a reinscrição de empenhos em restos a pagar. O reconhecimento
de eventual direito do credor far-se-á através da emissão de nova nota de empenho, à conta de despesas de exercícios
anteriores, respeitada a categoria econômica própria. Os restos a pagar com prescrição interrompida, assim
considerada a despesa cuja inscrição em restos a pagar tenha sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor,
poderão ser pagos à conta de despesas de exercícios anteriores, respeitada a categoria econômica própria.
Validade (Vigência) dos RP: 1(um) ano. Dessa forma as dívidas não-pagas até o dia 31 de
dezembro do ano seguinte ao da inscrição em RP deverão ser canceladas ou posteriormente
pagas como despesas de exercícios anteriores.
Observem no quadro a seguir que os restos a pagar surgem em razão de em 31.12.X1 existirem
empenhos ainda não pagos (liquidados ou a liquidar), os quais devem ser inscritos no ano de
sua emissão (X1) como obrigações a serem pagas no ano X2. Em razão de termos nova
execução orçamentária, a cada ano, pois deve ser obedecido o princípio da anualidade, o
pagamento ou o cancelamento dos restos a pagar, ou seja, dos empenhos emitidos em X1
somente pode ser feito no ano seguinte (X2), sem contudo afetar o universo orçamentário do
ano X2.
ANO DE X1 ANO DE X2
DE X1
ATÉ 31.12.X2
EM 31.12.X1
Cada exercício financeiro tem o seu universo orçamentário, onde ocorrem todas as etapas
referentes à despesa orçamentária, mas não também existe em cada ano, paralelamente, uma
espécie de administração de recursos extra-orçamentários, onde se dá os pagamentos e os
cancelamentos de restos a pagar. É como se a última etapa da execução da despesa do
orçamento de X1 – pagamento, se estendesse até o ano de X2.
No próprio exercício em que foi inscrito, ele foi uma despesa orçamentária. No
exercício seguinte, quando for pago, é considerado uma despesa extra-
orçamentária.
5. Despesas de Exercícios Anteriores (DEA)
CAPCIOSÍSSIMA!!!!!
Diferentemente do pagamento de restos a pagar, que é uma operação extra-orçamentária, o pagamento de
despesas de exercícios anteriores é uma operação orçamentária.
“Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para os quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que (1) não se tenham processado na época
própria, bem como (2) os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os (3) compromissos
reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de
dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que
possível, a ordem cronológica (grifos nossos).
É possível classificar as despesas da Administração Pública sob vários enfoques, sendo os mais
expressivos e consagrados pela doutrina os seguintes:
Categoria
econômica
a) Corrente:
As despesas correntes compreendem os gastos reais, efetivos. Abrangem dispêndios que
diminuem o “Patrimônio Líquido” do Estado, sendo caracterizados (contabilmente) como
fatos modificativos diminutivos. São os gastos de natureza operacional que, de acordo com
a Lei nº 4.320/64, destinam-se à manutenção do Estado e ao funcionamento dos serviços
públicos, diretamente ou por meio de transferência a outras entidades.Tais despesas, via de
regra, não trazem como contrapartida acréscimos ao patrimônio público.
Ex: despesa com pessoal, pagamento de juros da dívida interna ou externa, pagamento de
00concessionários, etc.
b) Capital:
As despesas de capital compreendem, principalmente, compras e amortizações. São gastos
efetuados principalmente para aquisição de bens de capital, de consumo, de imóveis e com
obras e instalações. Tais despesas implicam, via de regra, acréscimo do patrimônio público.
Constituem fatos contábeis permutativos por sempre envolverem uma troca: com o
pagamento da despesa (o que reduz o montante das disponibilidades e, portanto, o ativo
financeiro) há o ingresso e contabilização de algo no patrimônio (lançamento de um bem
no ativo não-financeiro, por exemplo). O efeito matemático das despesas de capital no
patrimônio é nulo: diminui de um lado e aumenta do outro.
Salvo melhor juízo, não deveriam sequer ser chamadas de despesas, do ponto de vista
patrimonial. Entretanto, a Lei 4.320/64 considera essas aplicações como despesas do ponto
de vista orçamentário e patrimonial.
Inclusão no
Orçamento
a) Orçamentária:
É a despesa que decorre da lei orçamentária e dos créditos adicionais. Deve obedecer a
todas as regras pertinentes ao processamento da despesa, tais como: licitação,
empenho, liquidação etc.
b) Extra-orçamentária:
Corresponde às despesas que não vêm consignadas na lei do orçamento ou em créditos
adicionais e compreende diversas saídas de numerário resultantes do levantamento
(devolução ou restituição) de depósitos, restituições de cauções, pagamento de restos a
pagar, consignações, resgate (pagamento do principal) de operações de crédito por
antecipação de receita (ARO), retenção de parcela de remuneração de servidores por
força de lei(desconto de contribuições previdenciárias) bem como todos os outros valores
que se apresentem de forma transitória. São valores que anteriormente ingressaram nos
cofres públicos a título de receitas extra-orçamentárias. A sua efetivação se dá de uma
forma muito menos burocrática do que as despesas orçamentárias.
CAPCIOSÍSSIMA!!!!!!
O pagamento do principal (amortização) da ARO é uma despesa extra-orçamentária, mas o pagamento dos JUROS da ARO
é uma despesa orçamentária, classificada, quanto à categoria econômica como uma DESPESA CORRENTE, subclassificação
econômica TRANSFERÊNCIA CORRENTE.
3) Classificação Institucional (QUEM?):
A classificação institucional tem por objetivo demonstrar quanto cada órgão ou unidade
orçamentária está autorizado a gastar num determinado exercício financeiro com base nos
créditos fixados no orçamento.
As classificações objetivam enfatizar uma ou mais aspectos dos gastos públicos. Assim, essa
tipologia se propõe a evidenciar quem consome os recursos públicos. Ou seja, os recursos
são alocados às diversas unidades orçamentárias.
1º 2º 3º 4º 5º DÍGITOS
XX . XXX
Prefeitura Secretarias
(*)
A classificação institucional não segue um número obrigatório de dígitos. Na esfera estadual e municipal é
representada por um grupo de quatro dígitos, onde os dois primeiros evidenciam Órgão e os dois últimos o sub-
Órgão; na esfera federal, cinco.
ATENÇÃO!!!!
Um órgão ou uma unidade orçamentária NÃO CORRESPONDE NECESSARIAMENTE a uma estrutura
administrativa, como ocorre, por exemplo, com alguns fundos especiais e com os “órgãos”: “transferências
a Estados, Distrito Federal e Municípios”, “encargos financeiros da União”, “operações oficiais de crédito”,
“refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal” e “Reserva de Contingência”.
A seguir, estou elencando, para mera ilustração, sem o propósito de fazer você decorá-los,
alguns dos códigos constantes da classificação institucional, segundo a estrutura
administrativa em vigor, considerando alguns órgãos e algumas unidades orçamentárias.
Poder Executivo:
XX . XXX
Dígitos Identificação
1º e 2º Função
A função corresponde ao maior nível de agregação das diversas áreas de despesas que competem ao setor
público. Ex: Legislativa, Agricultura, Administração e Educação, dentre outras. As funções desdobram-se
(subdividem-se em sub-funções que representam uma partição da função), visando agregar determinado
subconjunto de despesa do setor público e identificando a natureza básica das ações que se aglutinam em torno
das funções.
É preciso destacar que a classificação funcional tornou-se mais flexível depois da edição da
Portaria nº 163 do MPOG. Até então, as subfunções somente poderiam figurar dentro de suas
funções típicas; ou seja: a função ensino fundamental somente poderia aparecer vinculada à
função educação. Atualmente, esta sub-função pode constar em quaisquer outras funções.
Assim, as funções compreendem, hoje, sub-funções típicas e atípicas.
Dessa forma, pretendeu a Portaria resolver alguns problemas de classificação, do tipo: Como
classificar gastos destinados a um “Programa de Conscientização dos Riscos da AIDS”? Na
função saúde ou na função educação? Na sistemática atual, é possível classificar na função
Educação (trata-se de um programa educativo) utilizando-se a sub-função medidas profiláticas.
CAPCIOSÍSSIMA!!!!!
Diante do exposto acima, pode-se concluir que as subfunções poderão ser combinadas com funções diferentes daquelas a
que estejam vinculadas. Essa estrutura de funções e subfunções permite a possibilidade da chamada MATRICIALIDADE NA
CONEXÃO ENTRE FUNÇÃO E SUBFUNÇÃO, ou seja, combinar qualquer função com qualquer sub-função. Entretanto, não
há essa possibilidade entre ação e sub-função.
A seguir, estou elencando, para mera ilustração, sem o propósito de fazer você decorá-los,
alguns dos códigos constantes da classificação funcional, segundo a estrutura administrativa
em vigor, considerando algumas funções e subfunções.
845 – Transferências
Deve-se adotar como função aquela que é típica ou principal do órgão. Assim, a programação de um órgão, via de
regra, será classificada em uma única função, ao passo que a subfunção será escolhida de acordo com a
especificidade de cada ação. Observe exemplo abaixo!!!!!!
Exemplo:
Função: 01 - Legislativa.
5) Quanto à natureza
Esta classificação evidencia categoria econômica das despesas, seus grupos, modalidades de
aplicação, elementos e subelementos. Por meio da mesma, é possível identificar, de fato, em
que são gastos os recursos públicos (pessoal, material, dívidas, obras, etc) e de que maneira, se
diretamente ou indiretamente (por meio de transferências a outras entidades).
Numericamente, é representada da seguinte maneira:
a b c d e f
X. X. X. XX. XX. XX
1) pessoal
5) inversões financeiras
4 - de capital
c) Grupo
Os grupos evidenciam conjuntos de despesas da mesma natureza. São eles:
1 – Pessoal e encargos
4 – Investimentos
6 – Amortização da dívida
d) Modalidades de aplicação
Destaca quem será responsável pela aplicação dos recursos. Caso as dotações venham a ser
aplicadas pelo próprio ente, usa-se o código 90 (aplicação direta). Se, por ventura, a despesa
vier a ser realizada por outro ente, recebedor dos recursos por meio de transferência, as
modalidades de aplicação contemplarão códigos que irão de 10 a 80 (10 – transferências a
governo, 50 – transferências a entidades etc.).
e) Elemento de despesa
Evidencia, em um grau de detalhamento maior, a aplicação dos recursos. Ilustra, portanto, ao
gastos de maneira minuciosa. Como elementos de despesa do grupo 1 (pessoal), podem ser
citados: salário-família, vencimentos e vantagens fixas, encargos patronais etc. O grupo 2 (juros)
compreende, como elementos de despesa, juros da dívida interna e juros da dívida externa etc.
f) Subelementos de despesa
Não usados com tanta freqüência, os subelementos são úteis quando o elemento de despesa
não proporcionou detalhamento necessário. Corresponde ao desdobramento facultativo do
elemento de despesa.
Subelemento de despesa
Aplicação direta
Grupo: investimento
6) Classificação Programática
A especificação da despesa pública, segundo os programas governamentais, visa demonstrar
os objetivos da ação governamental para resolver as necessidades coletivas.
Nos termos da Portaria 42/99, cada ente da federação (União, Estados, DF e Municípios)
deverá, por ato próprio, elaborar a sua própria estrutura de programas, respeitados os
conceitos estabelecidos na portaria 42/99.
7. Ordenador de Despesas
§ 1º Ordenador de despesas é , de
§ 2º O Ordenador de despesas, salvo conivência, não é responsável por prejuízos
causados à Fazenda Nacional decorrentes de atos praticados por agente subordinado
que exorbitar as ordens recebidas.
Por esse motivo compete-lhes zelar pela boa e regular aplicação de recursos públicos, tanto nos
atos que praticam como naqueles realizados no âmbito das repartições públicas. Vale lembrar
que na forma do mesmo Decreto-Lei nº 200/67, o ordenador de despesas está sujeito à tomada
de contas, que será realizada pelo órgão de contabilidade e verificada pelo órgão de auditoria
interna, antes de ser encaminhada ao Tribunal de Contas, incumbido do julgamento das contas.
CONCEITOS IMPORTANTES!!!
Esse é um assunto demasiadamente cobrado nas provas de AFO, estando contemplado pelo
edital do concurso do concurso do MPU em vários cargos.
Acredito, sobremaneira, que será uma questão certa na prova!!!!!! Estou apostando que a
mesma exigirá do concursando o cálculo do limite do crédito adicional que poderá ser aberto
no exercício financeiro. Por isso, fui ousado ao batizar esse nosso primeiro momento de
ACERTANDO O ALVO!!!!!!!!!!
Vamos à obra!!!!!
(AFCE-TCU/1999)
O orçamento público no Brasil, após a sua aprovação em lei, poderá sofrer modificações no
decorrer de sua execução, através do mecanismo de abertura de créditos. Identifique o único
tipo de crédito que já é previsto.
“- Minha flor, meu chuchu, razão da minha vida, ar que eu respiro, esposa de minha
alma...meu amor por vc aumentou!!! por isso, estou-lhe presenteando com este cartão de
crédito, mas com uma condição: vc está autorizada a gastar todo o limite na
programação que vc fez, mas somente da seguinte maneira:
R$ 500,00 em alimentação;
R$ 500,00 em roupas;
Bem, somente poderá haver gasto nas despesas acima (créditos orçamentários), obedecendo-
se aos seguintes limites respectivos, supramencionados. Portanto, a dotação do crédito
orçamentário alimentação é de R$ 500,00. Ou seja, Ambrozina somente está autorizada a
executar a despesa de alimentação até esse limite. Da mesma forma, para os demais créditos
respectivos (R$ 500,00 em cada crédito orçamentário).
Mas, e se ela resolve transferir, remanejar, realocar, transpor recursos de uma categoria de
despesa acima para outra, remanejá-los, gastar mais do que o que foi autorizado para um
crédito (por exemplo, suplementar a dotação de R$ 500,00 para R$ 600,00 na despesa com
salão de beleza, já que ficou mais caro o bronzeamento artificial q ela deseja fazer) ou inserir
uma nova programação de gasto(despesa) a que ela não estava autorizada a realizar para
aquele período(nesse caso, mensal), poderá fazê-los sem o consentimento do seu
maridaaaaaçooo???? É claro que não!
A Bíblia fala: mulheres sejam submissas aos seus maridos!!!!!! Por isso, Ambrozina, submissa que é,
vai pedir autorização ao seu “cherry”, ao seu docinho, para reforçar (suplementar) a dotação
orçamentária do crédito salão de beleza, que era de R$ 500,00. Esse é o crédito adicional
chamado Crédito Suplementar. Serve para aumentar um limite pré-estabelecido no orçamento
anterior, indicando, SEMPRE, a fonte de recurso para financiá-lo. Essa indicação é OBRIGATÓRIA
para os créditos adicionais suplementares e especiais, que ainda o veremos.
Caso queira inserir uma nova categoria de programação de despesa, um novo tipo de gasto,
por exemplo, academia, não contemplado na autorização anterior (LOA) terá de pedir ao seu
marido (Poder Legislativo), uma autorização especial, mais carinhosa, digamos, para adicionar
o gasto com academia no orçamento programado (orçamento-programa) anteriormente por
ela. Esse é o crédito adicional chamado Crédito Especial, que tem como escopo inserir uma
categoria de programação de despesa não contemplada no orçamento anterior, na
autorização anterior. Portanto esse tipo de crédito adicional CRIA uma NOVA DOTAÇÃO na
LOA, ao contrário do CRÉDITO SUPLEMENTAR que, como o nome sugere, REFORÇA uma
DOTAÇÃO já existente, aumentando o limite de gasto de crédito pré-estabelecido na LOA.
Alexandre, só existem esses tipos de crédito adicionais: suplementares e especiais?
Pois bem, diante do que até aqui foi exposto, podemos inferir que os únicos tipos de créditos
que já vem previstos na LOA são os créditos orçamentários ou ordinários. Os créditos adicionais
não estão previstos na LOA. No máximo, poderá, a LOA, conter autorização para abertura de
crédito adicional suplementar.
Para isso é que surgem os mecanismos retificadores orçamentários (CRÉDITOS ADICIONAIS), que
possibilitam adaptar a LOA, durante a sua execução, a situações imprevistas ou previstas de
forma incorreta.
Como, no Brasil, tem-se que o orçamento é autorizativo ( e não impositivo), é lógico inferir que
tal instrumento está sujeito a ajustes, caso necessário, desde que observados alguns critérios. A
esses mecanismos de ajustes do orçamento chamamos de CRÉDITOS ADICIONAIS, cujas
modalidades são:
CAPCIOSÍSSIMA!!!!!
A abertura se dá por decreto EXECUTIVO e não por decreto legislativo!
São considerados recursos para abertura dos créditos suplementares e especiais, desde que
não comprometidos:
Além desses acima elencados, são ainda considerados recursos para abertura dos créditos
supra:
São 6(seis), portanto, as fontes de recursos para abertura de créditos adicionais suplementares e
especiais.
Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo
financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações
de credito a eles vinculadas.
Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins deste artigo, o saldo positivo das
diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-
se, ainda, a tendência do exercício.
Relembrando: Os créditos suplementares e especiais são autorizados por lei e abertos por
decreto executivo.
Porém, no crédito extraordinário não existe autorização legislativa e sim comunicação imediata
ao Poder Legislativo. Ou seja, os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder
Executivo, que deles dará imediato conhecimento ao Poder Legislativo, conforme dispõe a Lei
nº 4.320/64.
No entanto, a Constituição Federal, em seu artigo 167, §3º, c/c (combinado com) o art. 62,
dispõe que a abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a
despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou
calamidade pública, e que em caso de relevância e urgência, o Presidente da República
poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao
Congresso Nacional.
Desse modo, na União, a abertura de créditos extraordinários é realizada por meio de medida
provisória, haja vista dispositivo constitucional, porém, nos estados ou municípios em que não
haja dispositivo na constituição estadual ou na lei orgânica (município) prevendo o instituto da
medida provisória para abertura de crédito extraordinário, deve-se fazer por decreto do
executivo.
Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos,
salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos especiais e extraordinários, se o ato de
autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que,
reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro
subseqüente.
CAPCIOSÍSSIMA!!!!!
Os únicos créditos adicionais que podem ser reabertos são os especiais e extraordinários. Veja o art. 167,
§2º da CF/88:
(...)
§ 2º. Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se
o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites
de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente.
(...)
PARE!!! DON´T FORGET THIS
2 - Créditos Especiais = destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária
específica.
São abertos por decreto do Poder Executivo, que deles dará imediato conhecimento ao Poder
Legislativo (Lei nº 4.320/64).
São abertos por medida provisória, devendo submetê-la de imediato ao Congresso Nacional (art. 167,
§3º, c/c (combinado com) art. 62 da CF/88).
CAPCISOSÍSSIMA!!!!!!
O termo “como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública” significa que esses fatos
imprevisíveis são apenas exemplificativos, ou seja, admitem-se outros fatos não enumerados na CF. O rol,
portanto, não é taxativo!!!!!!!
Os créditos extraordinários, como o próprio nome indica, pela urgência que os motiva não
necessitam de autorização legislativa prévia para a sua abertura.
Esse procedimento é inverso aos realizados para a abertura dos créditos suplementares e
especiais. Isto é, no caso de despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra,
comoção interna ou calamidade pública, o Presidente da República realiza a abertura de
créditos extraordinários por meio de Medida Provisória e a encaminha ao Legislativo. Enquanto
ainda não apreciada pelo CN, o governo pode realizar os gastos necessários.
Exemplo: O Congresso nacional pode estabelecer que a despesa realizada deva ser coberta
com a anulação ou o remanejamento de despesas fixadas para o pagamento da dívida
externa.
Abertos por Medida Provisória na União e nos Estados onde existe previsão de edição de MP
em suas constituições. Nos Municípios e nos Estados onde não existe previsão de edição
de MP, a abertura será por Decreto do Poder Executivo. A Lei 4.320/64 não prevê a edição de
MP. Essa regra encontra-se na CF/88.
Se o ato de autorização for publicado nos últimos 4 meses do exercício financeiro, os saldos
remanescentes em 31 de dezembro podem ser reabertos (transferidos) para o exercício
seguinte;
Não há necessidade de autorização legislativa prévia para a sua abertura e não pode ser
autorizado na própria LOA. Assim, a autorização legislativa é a posteriori.
Não há necessidade de que o Governo indique a fonte de recursos para a abertura dos
créditos extraordinários. Essa é uma faculdade do chefe do Poder Executivo, mas não há
vedação para que ele indique, ou seja, se quiser indicar, pode.
Caso o governo não indique a fonte de recursos para a abertura dos créditos extraordinários,
quando for abrir créditos suplementares ou especiais indicando como fonte de recursos o
excesso de arrecadação, terá que deduzir importância dos créditos extraordinários abertos no
exercício (art. 43, § 4°, da Lei nº 4.320/64).
Na situação apresentada, pergunta-se qual o valor que a prefeitura de Fortaleza poderá utilizar
para abrir crédito suplementar ou especial?
Cálculo:
Essa compensação, porém, só existe quando a fonte de recursos indicada for o excesso de
arrecadação.
Se a lei de autorização do crédito extraordinário for promulgada nos últimos quatro meses do
exercício financeiro, esses créditos poderão ser reabertos no exercício subseqüente, pelos saldos
remanescentes.
A reabertura dos créditos extraordinários será efetivada, quando necessária, mediante decreto
do Presidente da República, até trinta dias após a publicação da lei orçamentária.
SIM, a qualquer momento. A abertura não obriga que o Executivo execute a despesa.
Se o crédito extraordinário foi aberto sem indicação da fonte de recursos, como pode sua
anulação constituir fonte de recurso para a abertura de outros créditos adicionais?
Entende??????
CONSOLIDANDO O CONHECIMENTO!!!!!!
01. O governo quer lançar um novo programa, que vai depender da aprovação de um crédito
especial. Ao encaminhar mensagem ao Legislativa, informa que:
- o ativo financeiro (AF) no balanço patrimonial do exercício anterior era de $ 7,00, sendo
o disponível de $ 3,00 e o passivo financeiro (PF) de $ 6,00;
RESOLUÇÃO.
2 – Excesso de Arrecadação;
5 – Reserva de Contigência;
6 – Recursos que em decorrência de veto ou rejeição ficarem sem despesas (Recursos do art.166, §
8º da CF/88)
Baseando-se no final desse artigo (parte sublinhada), precisamos tecer alguns comentários para
que você não dance na hora da prova!!!!!!! A questão é a seguinte: vamos nos deter a
comentar as principais fontes de recursos para abertura de créditos suplementares e especiais.
Garanto que você vai entender!!!!!!!!!
VAMOS LÁ!!!!!!!!!!
PRINCIPAIS FONTES DE RECURSOS DISPONÍVEIS
INFORMAÇÃO CAPCIOSA!!!!!!!
Pois bem, até aqui, podemos inferir que, necessário se faz deduzir do montante do superávit financeiro os
saldos dos créditos adicionais transferidos (especiais e extraordinários, somente) do exercício anterior, e
ainda, as operações de crédito a eles vinculadas (caso, obviamente, existam)
SF = AF – PF – (CAR – OCV),
onde :
AF = ATIVO FINANCEIRO – Valor das disponibilidades (dinheiro) apurado no Balanço
Patrimonial do exercício financeiro anterior.
PF = PASSIVO FINANCEIRO – Valor das obrigações de curto prazo que não foram pagas no
exercício anterior, apurado também no Balanço Patrimonial do exercício financeiro
anterior.
Pois bem, após ter dito isso, vamos continuar a resolver o EXEMPLO ANTERIOR.
“Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins deste artigo, o saldo positivo das
diferenças, acumuladas mês a mês, entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-
se a tendência do exercício.”
Vamos agora a uma outra questão extraída do concurso da Polícia Federal em 2004. Essa eu
não a precisaria comentar, pois você já está CARECA DE SABER DESSE ASSUNTO (Imagine eu!!!!!!)
Segue-a:
RESOLUÇÃO:
Quais as fontes de recursos presentes na questão? Nesse caso, temos duas fontes, quais sejam:
a) Excesso de arrecadação= 500 UM
b) Superávit Financeiro = 250UM
Acabou a resolução?
Ainda não!
Como houve a reabertura de créditos especiais, por motivo de prudência, devemos deduzi-lo
do total das fontes.
Portanto, o total das fontes disponíveis é: 750 – 150 = 600 UM. O item está correto!!!!!!!
CAPCIOSÍSSIMA!!!!!!!
ECONOMIA ORÇAMENTÁRIA JAMAIS SERÁ
FONTE DE RECURSOS PARA ABERTURA DE
CRÉDITO ESPECIAL OU SUPLEMENTAR
Resolvidas e comentadas essas questões, esgotadas todas as dúvidas, VC ESTÁ APTO A
RESOLVER UMA QUESTÃO DAQUELAS BEM CABELUDAS (QUESTÃO 3 SEGUINTE DESSE MÓDULO)
GABARITO DA Q. 03: D
Gabarito: D
d) Ordinários.
e) Suplementares.
f) Simples.
g) Especiais.
h) Extraordinários.
Gabarito: B
Gabarito: B
Gabarito: A
a) 33.000,00
b) 31.000,00
c) 24.000,00
d) 22.000,00
QUADRO RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DOS CRÉDITOS ADICIONAIS
Urgentes.
Forma de Abertura Decreto do PE, após Decreto do PE, após Por meio de
em lei. em lei.
é facultativa.
(Estados e Municípios).
BASE LEGAL:
Arts. 68 e 69 da Lei nº 4.320/1964;
Interessante notar que não existe despesa sem prévio empenho. Mesmo no caso de
executada através de adiantamento a servidor, a despesa primeiramente é empenhada e,
depois, depositada na conta do servidor suprido.
O servidor abre uma conta específica no Banco do Brasil onde será depositado o
numerário a seu favor.
Alexandre, quais os casos onde poderão ser aplicados os recursos concedidos a título de
suprimento de fundos??? É possível realizar quaisquer tipos de despesas com suprimento de
fundos??
Nos termos do Decreto nº 93.872/96, as principais despesas que poderão ser atendidas por
meio de suprimento de fundos são:
Hipóteses legais
de aplicação (2) Quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se
do classificar em regulamento;
Suprimento de
Fundos (3) Para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo
MF nº 95, de 19/04/2002.
Atualmente, os valores máximos permitidos são: (5% dos limites de compras e serviços e 5%
do limite de execução de obras – estabelecidos em processo licitatório, por meio da
modalidade convite. Os valores, portanto, são, respectivamente: R$ 4.000,00 e 7.500,00).
Observe os quadros abaixo que estipulam os limites para concessão de suprimento de
fundos e pagamento de despesas de pequeno vulto.
O limite a que se refere a última tabela é o de cada despesa, ou seja, em cada nota
fiscal.
CAPCIOSÍSSIMA!!!
os limites estabelecidos para as despesas de pequeno vulto não se referem aos demais
casos especificados para a utilização de suprimento de fundos;
Excepcionalmente, a critério da autoridade de nível ministerial, desde que caracterizada
a necessidade em despacho fundamentado, poderão ser concedidos suprimento de
fundos com valores superiores aos fixados anteriormente.
A concessão de suprimento de fundos deverá respeitar os estágios da despesa pública:
empenho, liquidação e pagamento”.
A regra geral é licitar, sendo a exceção utilizar-se de procedimentos que venham a
“fugir” desse preceito legal. Em virtude dessa regra, poderá utilizar-se dessa exceção tão-
somente aqueles casos onde as despesas não possam subordinar-se ao processo normal
de aplicação.
Os limites supramencionados nas tabelas foram estipulados pelo legislador para evitar
manobras que tivessem a intenção de desviar-se do procedimento licitatório.
É vedada a aquisição de material permanente por suprimento de fundos.
A Lei nº 8.666/1993, art. 60, parágrafo único estabelece entendimento quanto aos valores:
O prazo máximo para utilização dos recursos é de até 90 dias, contados a partir da data
do ato de concessão do suprimento.
O servidor suprido tem até 30 dias, contados a partir do 1º dia após o prazo de utilização
do suprimento, para prestar contas da aplicação dos recursos recebidos a título de
adiantamento.
1. servidor responsável por dois suprimentos, ou seja, o servidor responsável por dois suprimentos de
fundos com prazo de aplicação não-vencido está impedido de receber um terceiro;
2. servidor que tenha a seu cargo a guarda ou utilização do material a adquirir, salvo quando não
houver na repartição outro servidor;
3. servidor que não tenha prestado contas de suprimento de fundos de sua responsabilidade, quando
esgotado o prazo para fazê-lo; - SERVIDOR EM ALCANCE
4. servidor que esteja respondendo a inquérito administrativo – IN STN nº 10/1991.
Servidor em alcance, portanto, é aquele que não tenha prestado contas de suprimento
de fundos de sua responsabilidade, quando esgotado o prazo para fazê-lo. Não se concederá
suprimento de fundos a servidor declarado em alcance.
1. Suprimento de fundos;
2. Pagamento de passagens aéreas;
3. Pagamento de diária de viagem a servidor;
4. Outras modalidades de despesa autorizadas.
O cartão é para uso exclusivo das Unidades Gestoras dos órgãos da Administração Pública
Federal direta, autarquia, fundações e demais entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da
seguridade social.
Conceito
CAPCIOSÍSSIMA!!!
Objetivos
padronizar métodos e rotinas de trabalho relativas à gestão dos recursos públicos, sem
implicar rigidez ou restrição a essa atividade, uma vez que ele permanece sob total
controle do ordenador de despesa de cada unidade gestora;
Modalidade De Uso
O Sistema Integrado de Administração Financeira permite aos órgãos a sua utilização nas
modalidades total ou parcial.
processamento dos atos e fatos de determinado órgão pelo SIAFI, incluindo as eventuais
receitas próprias;
identificação de todas as disponibilidades financeiras do órgão, através da conta única
do Governo Federal ou das contas fisicamente existentes na rede bancária;
sujeição dos procedimentos orçamentários e financeiros do órgão ao tratamento padrão,
incluindo o uso do Plano de Contas do Governo Federal; e
o SIAFI se constituir na base de dados orçamentários e contábeis para todos os efeitos
legais.
execução financeira dos recursos previstos no orçamento geral da União, efetuada pelo
SIAFI;
não permitir o tratamento de recursos próprios da entidade;
não substituir a contabilidade do órgão, sendo necessário, portanto, o envio de
balancetes para incorporação de saldos.
IMPORTANTE!
É obrigatória a utilização do sistema na modalidade de uso total por parte dos órgãos e entidades que
integram o Orçamento Fiscal e o orçamento da Seguridade Social. É o que estabelece a LDO do Governo
Federal.
Formas De Acesso
Principais Documentos
Nota de pré-empenho – PE
Nota de empenho – NE
Nota de Dotação – ND
Nota de Lançamento – NS
Documento utilizado pelo sistema para registrar operações comandadas por fita magnética ou
processamento BATCH. Este documento é emitido automaticamente pelo sistema, obedecendo
ao comando recebido, e efetua os lançamentos automáticos.
DARF Eletrônico
DARF é a sigla para Documento de Arrecadação de Receitas Federais. Por meio desse
documento se registra a arrecadação de tributos e demais receitas diretamente na Conta
Única do Tesouro Nacional, sem trânsito pela rede bancária, ou seja, por meio de transferências
de recursos intra-SIAFI. O DARF eletrônico nada mais é que o instrumento de registro dessas
informações no SIAFI.
GPS Eletrônica
GPS é a sigla para Guia da Previdência Social. Esse documento permite registrar o recolhimento
das contribuições para a Seguridade Social por meio de transferências de recursos intra-SIAFI
entre a UG recolhedora e a Conta Única do Tesouro Nacional.
Ordem Bancária – OB
Possivelmente as bancas ainda não têm maiores informações, tanto que o CESPE ainda
previu SIDOR no nosso edital, divulgado recentemente, e até porque ele ainda não foi
totalmente desativado. A idéia é que no futuro o SIOP substitua integralmente os sistemas hoje
existentes. Atualmente, o SIOP já substituiu seus antecessores, por exemplo, no que se refere ao
registro de programas e ações, captação da proposta orçamentária e distribuição dos valores
disponíveis para elaboração do orçamento seguinte.
Como está muito recente, o que vislumbro que possa ser cobrado por alguma banca
bem atualizada é o básico, que seria exigir o conhecimento do candidato que o SIOP chega
para substituir e unificar SIDOR e SIGPLAN. Assim, os órgãos centrais, setoriais e as unidades
orçamentárias do Governo Federal passam a ter um único sistema para alimentar e atualizar o
cadastro de programas e ações. Outro fato importante é que ele permite o acesso via internet,
assim como o SIGPLAN, e diferentemente do SIDOR.
CONCEITO
De acordo com o Manual Técnico Orçamentário – MTO SOF – 2005, o Sidor está
estruturado com mais relevância no suporte ao processo orçamentário. Para o referido manual,
os aplicativos seguintes apresentam relação direta com as etapas de elaboração
orçamentária.
SIDORNET
SidorNet é uma derivação do Sidor via Internet, utilizado para a captação quantitativa,
qualitativa e financeira das ações (atividades, projetos e operações especiais) das Unidades
Orçamentárias que integrarão o Orçamento Anual e o PPA.
Assim, os valores referentes ao processo de elaboração orçamentária, que ao final de
agosto constituirão o Projeto de Lei Orçamentária Anual a ser enviado ao Congresso Nacional,
são inseridos e validados via SidorNet.
IMPORTANTÍSSIMO!!!
A proposta orçamentária para 2010, lançada ainda no ano de 2009, já utilizará o novo
sistema SIOP, e não mais utilizará o Sidor e SidorNet como vinha sendo feito.
Caso se queira ler o manual do SIOP, o mesmo está disponível no endereço eletrônico
http://www.siop.planejamento.gov.br/siop/.
GALERA CONCURSEIRA,
Para tanto, iremos sistematizar o conteúdo principal da LRF em 17 tópicos, conforme sumário a
seguir:
TABELA I
Sumário:
1.3. Limites
Art. 3º;
Art. 4º;
Art. 5º, incisos I, II, III, alínea b, $1º, $2º, $3º, $4º, $5º, $6º;
Art. 8º;
Art. 17;
Art. 21;
Art. 22(completo);
Art. 23;
Art. 25, $1º, incisos I, III e IV, alíneas a, b, c, d; $1º, $2º, $3º
Art. 29(completo);
Art. 44;
Art. 49;
Art. 52;
Art. 55 (completo);
Art. 59 (completo).
Vamos à obra!!!!!
I – Finanças Públicas;
A LRF, inspirada no New Public Act da Nova Zelândia, foi estruturada com
base em alguns pilares, sobre os quais discorreremos a seguir:
1)Audiências públicas;
3)Prestações de contas;
c) RESPONSABILIDADE (ACCOUNTABILITY)
d) EQUILÍBRIO
1.3. Limites
Isso significa que o máximo que se pode gastar com pessoal, incluídas
quaisquer modalidades de despesa (vencimento, gratificações, adicionais, ativos,
inativos, pensionistas, etc...), efetuados os ajustes determinados, são os percentuais
acima.
Cumpre destacar, ainda, que não será considerada como despesa com
pessoal da União os gastos referentes à remuneração dos servidores (Defensoria
Pública, Corpo de Bombeiros, etc) do DF, de Amapá e de Roraima cuja
responsabilidade recai sobre a esfera federal (em função da conversão dos
Territórios em Estados, decorrentes de mandamentos constitucionais).
Tendo sido extrapolados os limites, o gasto excedente terá que ser eliminado
nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço já no final do
primeiro quadrimestre. As medidas a serem adotadas para alcançar a redução
desejada compreenderão, nos termos do art. 169 da CR de 1988:
funções de confiança;
Dívida consolidada líquida (montante da dívida de longo prazo – que tende a ser
a parcela mais expressiva do total da dívida – descontadas as disponibilidades
financeiras):
Uma vez que a receita arrecadada não tem sido suficiente para arcar com
todas as despesas das esferas de governo de forma satisfatória, não faz sentido
“abrir mão” de receitas. Nesse sentido, a LRF vetou a possibilidade do Chefe do
Executivo conceder isenções, anistias, remições, créditos presumidos e quaisquer
outros benefícios que importem em diminuição do montante previsto a ser
arrecadado. Há indícios de que, em função do apoio recebido durante a
campanha, obrigam-se os agentes políticos, de alguma forma, a apoiar aqueles
que lhe estenderam a mão (financiaram os gastos eleitorais). Assim, não era raro,
por exemplo, determinado Prefeito baixar a alíquota do ISS que incidia sobre os
transportes intramunicipais. Atualmente, não mais é possível.
(2) quando o benefício for considerado na LOA (de forma a não comprometer a
execução orçamentária, pois uma vez previsto no orçamento uma estimativa de
receita menor, também foram fixadas despesas menores).
de:
seguinte:
• Os atos que criarem ou aumentarem deverão ser instruídos com a estimativa dos
gastos e demonstrar a origem dos recursos para seu custeio; e
2)Previsão na LDO;
II - (VETADO)
Essas proibições intentam evitar que esses recursos VINCULADOS sejam, por
meio de manobras, aplicados em outras áreas ou visem a atender a interesses
políticos escusos. Exemplificando, pode-se imaginar determinado município que,
para usar o dinheiro do fundo de previdência de seus servidores, determina que
seja efetuado pelo fundo um empréstimo à Prefeitura, para pagamento em 20
anos... Vale ressaltar que, infelizmente, há precedentes dessa natureza, ocorridos
antes da entrada da Lei em vigor.
nacional e por esfera de governo, das contas dos entes da Federação relativas ao
exercício anterior. Para que seja possível, os Estados e os Municípios encaminharão
suas contas ao Poder Executivo da União até trinta e um de maio e trinta de abril,
respectivamente.
c) aqueles que, estipendiados ou não pelos cofres públicos, e que, por ação ou
omissão, derem causa a perda, subtração, extravio ou estrago de valores, bens e
materiais da União pelos quais sejam responsáveis.
Cumpre ressaltar que os processos de contas podem ser (1) anuais, (2)
especiais ou (3) extraordinários. O primeiro é comum, habitual, elaborado por
ocasião do encerramento do Exercício. O segundo ocorre nos casos em que há
desfalque, desvio ou qualquer outro caso de malversação de recursos públicos.
III - medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal ao respectivo
limite;
CAPCIOSÍSSIMA!!!!
V - Restos a Pagar, detalhando, por Poder e órgão referido no art. 20, os valores
inscritos, os pagamentos realizados e o montante a pagar.
II - das projeções atuariais dos regimes de previdência social, geral e próprio dos
servidores públicos;
1) liquidadas;
CAPCIOSÍSSIMA!!!!
As operações de ARO são realizadas pelos Estados e Municípios em virtude de insuficiência de caixa.
Objetivam, portanto, corrigir problemas de liquidez dos entes, que dirigem-se até a União e solicitam
uma antecipação do valor que seria repassado no futuro. Para viabilizar o repasse, a União vai até o
mercado, obtém os recursos e faz a transferência, compensando futuramente com base no valor que
deveria transferir, em função do repasses constitucionais. A ARO pode ser realizada a partir do dia 10
de janeiro de cada Exercício, devendo ser liquidada até 10 de dezembro de cada ano, sendo vedada no
último ano do mandato. Não há limite ao número de operações, desde, ao fazer as seguintes, quite as
anteriores.