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Texto áureo
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Meu Distinto e nobre Amigo Leitor, eis a 12ª Lição deste trimestre, desta feita
com o tema: Vivendo em Constante Vigilância.
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I – O SIGNIFICADO DE VIGILÂNCIA
Biblicamente falando este termo se aplica àquela vigilância contínua que nos
fará desperto em os aspectos de nossas vidas e, especialmente, no que diz respeito
a Vinda do Senhor Jesus em Glória, para arrebatar a sua Igreja.
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2. Vigiar, guardar, cuidar.
Logo em Ef 6.18, temos: “com toda a oração e súplica orando em todo tempo
no Espírito e, para o mesmo fim, vigiando com toda a perseverança e súplica, por
todos os santos.”
Como, pois, podemos orar “em todo tempo”? Uma maneira possível é fazer
curtas e rápidas orações a respeito de cada situação que ocorre durante o nosso
dia. Podemos fazer da oração a nossa vida, assim como transformarmos a nossa
vida em uma oração, mesmo vivendo em um mundo que necessita, urgentemente,
da poderosa influência de Deus.
Neste caso, o verbo grego em apreço é “νηφω” (nepho), que significa: 1) ser
sóbrio, estar calmo e sereno de espírito; 2) ser moderado, controlado, circunspecto.
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Em 2 Tm 4.5, temos: “Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as
aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério”.
Hort diz que a palavra descreve “um estado mental livre de toda perturbação
ou estupefação... todas as faculdades estão dominadas, todos os fatos e todas as
considerações são enfrentadas deliberadamente.” Deste modo, o cristão não é
vítima de insanidades ou desfaçatez. A estabilidade e moderação são os distintivos
do cristão num mundo desequilibrado e muitas vezes insano. E isso tem a ver com
vigilância e sobriedade. O verbo “εκνηφω” (eknepho), significa: 1) recuperar-se da
embriaguez, tornar-se sóbrio; 2) metáf. voltar a ter uma mente sóbria. Aparece
somente em 1 Co 15.34, com praticamente o mesmo significado de “nefein”.
II – JESUS NO GETSÊMANI
1. Getesêmani.
Ele certamente recebeu esse nome derivado de um lagar de azeite que existia
naquela área. Em João 18.1 o lugar é chamado de jardim e pode ter pertencido a um
discípulo de Cristo, visto que Ele o usava frequentemente como um retiro favorito
(Lucas 22.39; João 18.1, 2). O lugar tradicional encontra-se na seção mais baixa do
declive do Monte das Oliveiras imediatamente a leste da ponte pela qual passa a
estrada do portão de Santo Estêvão, de Jerusalém, cruzando o Vale do Cedrom.
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2. A angústia de Jesus.
Aqui Jesus libertou sua luta suprema para submeter sua vontade à
vontade de Deus. Ninguém pode ler este relato sem perceber a intensa
realidade desta luta. Não se trata de uma simulação, aqui vemos uma luta
cujo resultado fez mover o fiel da balança. A salvação do mundo estava na
balança no Jardim do Getsêmani, porque até esse momento Jesus teria
podido retroceder e o propósito de Deus teria sido frustrado. Neste
momento tudo o que sabia Jesus era que devia continuar e que tinha uma
cruz pela frente. Com todo respeito podemos afirmar que aqui vemos a
Jesus aprender a lição que todos devem aprender em algum momento –
estava aprendendo a aceitar o que não podia compreender. Tudo o que
sabia era que a vontade de Deus o chamava de maneira imperiosa a
continuar.
Logo, sua oração nos revela seu terrível sofrimento. Sua agonia era pior do
que a morte, porque estava pagando todos os nossos pecados ao ser separado de
Deus. O Filho de Deus, que jamais pecou, tomou sobre si os nossos pecados para
nos salvar do sofrimento e da separação.
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III – EXORTAÇÃO À VIGILÂNCIA
Nesse caso, esta vigilância diz respeito a manter-se fiel ao Senhor Jesus, não
se separando dEle, mormente a sua Vinga! Logo, como Barclay nos adverte, temos:
(1) Dizem-nos que a hora desse evento só Deus a conhece e nada mais
que Deus. É evidente, pois, que toda especulação sobre o momento da
segunda vinda é nada mais nada menos que uma blasfêmia, porque o
homem que especula sobre esse tema está tentando arrancar de Deus
segredos que só pertencem a Ele. Não é dever de ninguém fazer
especulações, nosso dever é preparar-nos e estar atentos. (2) Diz-nos que
esse momento virá em uma forma alarmante e repentina para aqueles que
estão submersos nas coisas materiais. No relato antigo, Noé se preparou
durante o tempo bom para o dilúvio que viria depois e quando este chegou,
ele já estava preparado. Mas o resto da humanidade estava perdida
comendo, bebendo, casando-se e dando-se em casamento e o dilúvio
tomou as pessoas de surpresa e portanto desapareceram nele. Estes
versículos nos advertem que nunca devemos envolver-nos tanto no tempo
em tal forma que esqueçamos a eternidade, não devemos permitir jamais
que nossa preocupação pelas coisas do mundo, por mais necessárias que
sejam, faça-nos esquecer por completo que há um Deus, que as decisões
sobre a vida e a morte estão em suas mãos e que quando queira que
chegue seu chamado, pela manhã, à tarde ou à noite, deve nos encontrar
preparados.
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4. O espírito e a carne (v.41b).
Fraca – Jesus não desculpa a debilidade da “carne”, senão destaca que esta
debilidade é a razão pela qual é necessário velar e orar. A relativa facilidade com a qual
os discípulos repetidamente se adormeceram besta hora de crise, é a debilidade a qual
Cristo se refere especificamente (v. 40).
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CONCLUSÃO
Assim, louvemos ao Senhor Jesus com este lindo coro – extraído do Hino de
número 312 da nossa Harpa Cristã –, “ressaltando a importância da vigilância para a
vida cristã, pois a Segunda Vinda do Senhor está próxima”.