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TÉCNICAS DE
REDAÇÃO EM
LÍNGUA
PORTUGUESA
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Conselho Nacional
TÉCNICAS DE
REDAÇÃO EM
LÍNGUA
PORTUGUESA
© 2013. SENAI – Departamento Nacional
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico,
mecânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização,
por escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI-São
Paulo, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por todos os
Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
FICHA CATALOGRÁFICA
S491g
ISBN 978-85-7519-673-1
CDU: 005.95
SENAI Sede
Serviço Nacional de Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto
Aprendizagem Industrial Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-9001
Departamento Nacional Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
Lista de figuras e quadros
Figura 1 - Estrutura curricular do curso de Eletricista de Redes de Distribuição
de Energia Elétrica.........................................................................................................................................12
Figura 2 - Esquema do processo de comunicação................................................................................................16
Figura 3 - Comunicação do tipo bilateral.................................................................................................................17
Figura 4 - Professor em sala de aula...........................................................................................................................21
Figura 5 - Amigos conversando em um bar............................................................................................................21
Figura 6 - Análise textual é a leitura preliminar do texto....................................................................................30
Figura 7 - Análise temática tem o objetivo de descobrir o significado da mensagem do texto..........32
Figura 8 - Análise interpretativa apresenta a ideia do receptor sobre o texto estudado.......................33
Figura 9 - Coerência e coesão são fundamentais para o perfeito entendimento do texto...................41
Figura 10 - Partes de um load buster (LB).................................................................................................................51
Figura 11 - Abertura de base fusível..........................................................................................................................53
Figura 12 - Exemplo de Permissão de Trabalho (PT)............................................................................................60
Figura 13 - Exemplo de Ordem de Serviço (OS).....................................................................................................61
Figura 14 - Janela de abertura do editor de texto Microsoft Word 2010......................................................68
Figura 15 - Barra de ferramentas de acesso rápido..............................................................................................68
Figura 16 - Opções de comando da guia Página Inicial......................................................................................69
Figura 17 - Guia Arquivo, com diversas operações de manipulação dos documentos...........................70
Figura 18 - A guia Layout da Página permite definir orientação e tamanho da página
do documento.............................................................................................................................................71
Figura 19 - Como definir as margens do documento..........................................................................................72
Figura 20 - A opção Salvar Como permite escolher o nome do arquivo e o local
onde ele será guardado............................................................................................................................73
Figura 21 - Configuração do salvamento automático de arquivos.................................................................73
Figura 22 - A caixa de diálogo Zoom oferece opções interessantes de visualização
do documento.............................................................................................................................................74
Figura 23 - Função Copiar..............................................................................................................................................75
Figura 24 - Janela de salvamento do arquivo.........................................................................................................76
Figura 25 - Função Inserir Tabela.................................................................................................................................76
Figura 26 - Modelos de tabela predefinidos ..........................................................................................................77
Figura 27 - Ferramentas para formatar a tabela.....................................................................................................78
Figura 28 - Opções de design para tabelas..............................................................................................................78
Figura 29 - Opções de layout para tabelas...............................................................................................................79
Figura 30 - Janela de impressão de documentos..................................................................................................80
Figura 31 - Mundo conectado através da internet...............................................................................................84
Figura 32 - Símbolos dos navegadores Web mais utilizados.............................................................................85
Figura 33 - Navegador web com endereço eletrônico do Departamento Nacional do SENAI.............86
Figura 34 - Recurso Adicionar a Favoritos permite guardar endereços de
páginas da internet no seu computador...........................................................................................87
Figura 35 - Portal de notícias G1..................................................................................................................................88
1 Introdução.........................................................................................................................................................................11
2 Comunicação...................................................................................................................................................................15
2.1 Processo de comunicação........................................................................................................................16
2.1.1 Ruído na comunicação............................................................................................................18
2.2 Níveis de fala..................................................................................................................................................20
2.2.1 Linguagem culta........................................................................................................................20
2.2.2 Linguagem coloquial................................................................................................................21
2.3 Funções da linguagem...............................................................................................................................22
4 Parágrafo............................................................................................................................................................................37
4.1 Estrutura interna do parágrafo................................................................................................................38
4.2 Unidade interna do parágrafo.................................................................................................................39
4.2.1 Coerência e coesão....................................................................................................................40
4.3 Tipos de parágrafo.......................................................................................................................................42
4.3.1 Parágrafo narrativo....................................................................................................................43
4.3.2 Parágrafo descritivo..................................................................................................................43
4.3.3 Parágrafo dissertativo...............................................................................................................44
5 Descrição...........................................................................................................................................................................47
5.1 O que é descrever?......................................................................................................................................48
5.2 Descrição de objeto e descrição de processo...................................................................................50
5.2.1 Descrição de objeto..................................................................................................................50
5.2.2 Descrição de processo.............................................................................................................51
6 Documentação técnica.................................................................................................................................................57
6.1 Características do texto técnico.............................................................................................................58
6.2 Tipos de documentação técnica............................................................................................................59
6.2.1 Permissão de Trabalho (PT)....................................................................................................59
6.2.2 Comunicado................................................................................................................................60
6.2.3 Ordem de Serviço (OS).............................................................................................................61
6.2.4 Relatório........................................................................................................................................63
7 Editores de texto.............................................................................................................................................................67
7.1 Início do Microsoft Word 2010................................................................................................................68
7.2 Digitação de textos.....................................................................................................................................71
7.3 Construção de tabelas...............................................................................................................................76
7.4 Impressão de documentos.......................................................................................................................80
8 Internet...............................................................................................................................................................................83
8.1 Como conectar-se à internet ..................................................................................................................84
8.2 Acesso a sites da internet..........................................................................................................................85
8.3 Uso do e-mail.................................................................................................................................................88
8.4 Vírus de computador..................................................................................................................................90
8.4.1 Tipos de vírus...............................................................................................................................91
8.4.2 Programas antivírus..................................................................................................................91
Referências............................................................................................................................................................................95
Índice......................................................................................................................................................................................99
Introdução
Reunimos, nos capítulos deste livro, as informações básicas para você seguir
seus estudos e qualificar-se nessa área.
No segundo capítulo, você vai conhecer o processo de comunicação, além
dos níveis da fala – culto e coloquial – e as funções da linguagem.
No terceiro capítulo, que trata de intelecção de textos, apresentaremos as
análises textual, temática e interpretativa para que você entenda corretamente
qualquer instrução.
1 introdução
13
“Comunicar” significa compartilhar alguma coisa, fazer alguém saber, tornar algo comum a
várias pessoas.
Você se comunica ao ler um jornal, ouvir rádio, conversar com o vizinho, ver TV, participar de
uma reunião, dirigir seu carro, assistir a uma aula, fazer compras no supermercado, pagar uma
conta no banco ou trabalhar no escritório.
Esse é um processo básico do homem e sem a comunicação seria praticamente impossível
viver em sociedade.
Você não acredita? Então, tente comprar uma cafeteira ou comparecer a uma consulta mé-
dica sem se comunicar.
Por isso, vamos conhecer mais profundamente como se dá a comunicação e qual o papel de
cada um dos elementos envolvidos nesse processo.
TéCNICAS dE REdAçãO EM LíNguA pORTuguESA
16
MENSAGEM
O
R RE
CE
SS
PTO
EMI
R
REC
OR
PT
SS
I
E
OR
EM
M E N S AG E M
Figura 2 - Esquema do processo de comunicação
Fonte: SENAI-SP (2013)
Se não forem tomados alguns cuidados, a comunicação faz com que os inter-
locutores não se entendam. Isso acontece porque, durante o processo, podem
ocorrer ruídos, os quais atrapalham a comunicação. Vamos ver o que são ruídos e
como reduzi-los, utilizando a redundância e a realimentação.
CASOS E RELATOS
Com base nesse caso, é fácil perceber como um ruído na comunicação pode
até mesmo colocar vidas em perigo.
Entretanto, existem alguns recursos que contribuem para que os ruídos não
ocorram. Estamos falando da redundância e da realimentação.
Redundância
Realimentação
A linguagem coloquial, por sua vez, é espontânea e informal. Ela não obedece,
necessariamente, às regras da norma culta. É usada no ambiente familiar e na
comunicação entre amigos. Essa forma de linguagem, também chamada de po-
pular, é empregada ainda em propagandas e programas de TV e de rádio, com a
intenção de aproximar-se do receptor.
Observe, na figura a seguir, um exemplo do uso da linguagem coloquial de
amigos conversando na mesa de um bar.
Função Características
Agora, pense:
a) quais dessas funções da linguagem você mais utiliza no seu dia a dia?
b) como eletricista de redes de distribuição de energia elétrica, qual será a
mais usada no seu trabalho?
c) caso você esteja apaixonado, qual a função mais adequada para se decla-
rar?
Ou seja: dependendo da situação, você poderá adotar uma ou outra função
da linguagem.
tÉcnicas de redação em língua portuguesa
24
Recapitulando
Anotações:
Técnicas de intelecção de texto
Foi difícil entender o texto apresentado anteriormente? A maioria das pessoas não teria
nenhuma dificuldade para entender o significado das palavras e das frases.
Agora, faça uma intelecção desse texto. Complicou um pouco, não é?
Pois é justamente disso que vamos falar neste capítulo: de como ir além do entendimento
das palavras e das frases, buscando saber qual o assunto do texto e qual a opinião do autor
sobre o assunto. É esse tipo de entendimento que chamamos de intelecção de texto.
tÉcnicas de redação em língua portuguesa
28
A todo momento e nas mais diversas situações do nosso dia a dia, estamos
diante de palavras escritas que precisam ser corretamente interpretadas. Esses
textos podem ser veiculados nos mais diferentes canais de comunicação: livros,
jornais, revistas, leis, bulas de remédio, catálogos de produto, manuais de proce-
dimento, entre outros.
As técnicas de intelecção nos ajudam a interpretar corretamente o significa-
do do texto de outros autores. As análises textual, temática e interpretativa são,
também, de grande utilidade para nos auxiliar a escrever nossos próprios textos,
conseguindo, assim, maior grau de clareza e objetividade naquilo que queremos
transmitir.
Você, com certeza, deve conhecer algum caso em que a falta de objetividade
tenha gerado grande confusão, não é? Veja a seguir um exemplo.
CASOS E RELATOS
O próximo passo é buscar respostas às dúvidas que você teve ao ler a unidade
de leitura em estudo. Você pode encontrar esclarecimentos em dicionários, en-
ciclopédias, revistas técnicas, monografias, obras de referência, sites na internet,
obras do autor estudado ou de outros autores etc.
Para completar a análise textual, faça um esquema da unidade de leitura, in-
dicando o que foi abordado na introdução, no desenvolvimento e na conclusão,
pois toda unidade de leitura tem esses três tópicos.
Veja, a seguir, o resumo dos passos da análise textual.
a) Faça uma leitura rápida para ter uma ideia geral do texto.
b) Anote os pontos que necessitam de esclarecimento.
c) Se encontrar palavras desconhecidas, busque o significado.
d) Procure informações sobre o autor, os fatos históricos e outros autores ci-
tados no texto. Para facilitar a análise, tenha acesso a dicionários e enciclo-
pédias.
e) Leia cada parágrafo separadamente e identifique a ideia central.
f ) Faça um esquema da unidade de leitura indicando as ideias principais da
introdução, do desenvolvimento e da conclusão.
Terminada a leitura preliminar, vamos iniciar a análise temática do texto.
Jornal Br
asileiro
Outra questão que você deve levantar é: o que o autor está tentando respon-
der? Toda mensagem traz, necessariamente, uma resposta do autor a um proble-
ma colocado, que é o objetivo de ele ter escrito tal texto.
Respondida essa questão, descobrimos qual o problema a que o autor preten-
deu responder. A forma de resposta do autor indica o seu posicionamento perante
a situação problematizada, revelando a ideia central da unidade de leitura. Em um
texto técnico ou científico, a ideia central, normalmente, se encontra na introdução.
O objetivo da análise temática é mostrar como o autor pensa, isto é, como
ele raciocinou, argumentou, para demonstrar sua posição perante o problema
levantado.
Uma última pergunta que se faz ao texto é: existem outros assuntos tratados
nesta unidade de leitura? Os assuntos secundários complementam o raciocínio
do autor, mas não são necessários à ideia central, podendo ser retirados do texto
sem prejuízo à compreensão.
De posse de todas as respostas, você tem condições de fazer um resumo da
unidade de leitura, isto é, uma síntese das ideias do autor.
3 TéCNICAS dE INTELECçãO dE TExTO
33
Você sabe
o que penso sobre
este texto?
Recapitulando
Antes de iniciarmos nosso estudo sobre o parágrafo, você deve saber que escrever não é um
dom de poucos, mas uma habilidade que qualquer um de nós pode desenvolver. Para escrever
corretamente, uma dica é ler regularmente textos de bons autores.
Hoje, em qualquer atividade que você for realizar, é necessário se fazer entender na forma
escrita, seja para redigir um relatório, seja para escrever uma Ordem de Serviço, seja para enviar
uma mensagem por e-mail. Uma coisa que você não pode esquecer é que elaborar um bom
texto exige técnica e muita prática.
Então, vamos lá: neste capítulo estudaremos como estruturar um parágrafo, que nada mais
é do que a unidade de composição do texto.
tÉcnicas de redação em língua portuguesa
38
Uma característica dos parágrafos é que eles devem apresentar três partes dis-
tintas: uma introdução, que é o tópico frasal, um desenvolvimento e uma con-
clusão (nos parágrafos com poucos períodos, nem sempre existe a conclusão).
Na verdade, o parágrafo é um pequeno texto com um tema delimitado (o quê?)
e um objetivo claro (por quê?). Os parágrafos, bem como o texto, podem ser nar-
rativos, descritivos ou dissertativos. Estudaremos mais adiante cada um deles.
Entretanto, somente a coesão não basta para que suas ideias sejam perfeita-
mente compreendidas. É necessário que seu parágrafo seja também coerente.
A coerência está relacionada com a mensagem que você quer transmitir, com
o que efetivamente você quer dizer, isto é, com a ideia principal do seu parágrafo.
Se você não definir qual a ideia principal, o máximo que vai conseguir é um amon-
toado de ideias e um texto incoerente.
Você não pode dizer em uma frase, por exemplo, que a “interrupção no for-
necimento de energia foi causada por um problema de falta de chuvas” e, em
seguida, escrever que “o nível de água dos reservatórios da região é alto”. Perceba
como é flagrante a incoerência existente entre essas duas frases.
Assim, você deve buscar a coerência textual fazendo com que haja uma rela-
ção harmoniosa entre as ideias apresentadas no texto. Isso pode ser conseguido
com a apresentação do conteúdo de forma ordenada, com início, meio e fim. Os
fatos que embasam seus argumentos também devem ser apresentados sem con-
tradições, e a linguagem deve ser adequada ao tipo de texto.
tÉcnicas de redação em língua portuguesa
42
CASOS E RELATOS
Recapitulando
Se eu pedir para que você diga como é um equipamento qualquer, você vai tentar fazer com
que eu o visualize, relatando cor, tamanho, forma, material de que é feito etc.
O que você fez foi uma descrição do objeto com base nas características do aparelho.
E se eu pedir que você descreva como esse aparelho funciona? Aí, você deve me explicar de
que maneira é medida a voltagem de uma rede elétrica, por exemplo, utilizando esse aparelho.
Nesse caso, você fez a descrição de um processo.
Neste capítulo, veremos o conceito de descrição, sua finalidade e as características princi-
pais de dois tipos de texto descritivo: o de objeto e o de processo.
tÉcnicas de redação em língua portuguesa
48
No seu dia a dia, você vai utilizar a descrição objetiva para descrever tecni-
camente um objeto ou um processo. Diferentemente da descrição literária, que
utiliza a linguagem com o objetivo de agradar e impressionar o leitor, a descrição
técnica tem a intenção de informar.
A descrição técnica pode ser utilizada para informar:
a) cor, forma, peso, dimensão de objetos;
b) fases, passos, procedimentos de pesquisas;
c) uso e funcionamento de equipamentos;
d) experiências de laboratório;
5 descrição
49
CASOS E RELATOS
Responsabilidade
Uma turma de manutenção recebeu a incumbência de substituir um
transformador trifásico que estava com vazamento de óleo em uma das
buchas primárias.
Um dos eletricistas foi designado para efetuar a ligação do transformador
nas redes primárias e secundárias.
A substituição foi executada, mas o eletricista cometeu um erro e trocou
as ligações.
Isso aconteceu porque ele não prestou atenção na Ordem de Serviço,
que descrevia como a ligação deveria ser feita e conectou um modelo de
transformador igual ao que estava acostumado a trabalhar.
Seu superior não fez a conferência do serviço e ordenou que se fizesse a
ligação. Nesse instante, um arco voltaico se formou.
Por sorte, o fusível fez a abertura do circuito, impedindo assim um grave
acidente com o eletricista.
Como você percebeu, houve uma sucessão de erros. Para não cometer
equívocos como o do eletricista, antes de executar uma operação é im-
portante que o profissional leia e entenda claramente o que, como, quan-
do e onde deve ser feito, evitando riscos para si e para outras pessoas.
tÉcnicas de redação em língua portuguesa
50
Esse tipo de texto tem como característica principal identificar um objeto, por
exemplo, o load buster.
Acompanhe a explicação sobre como elaborar esse tipo de descrição no qua-
dro a seguir.
Recapitulando
Neste capítulo, você viu que o texto descritivo relata, enumera e detalha
características, qualidades ou especificações de seres animados ou inani-
mados, sob o ponto de vista do autor.
Todo texto descritivo apresenta um observador, um tema e um conjunto
de características pertinentes ao tema.
Os dados descritos são o resultado de uma seleção feita pelo autor, que
se apoia nos seus sentidos (audição, visão, olfato, paladar e tato). Por isso,
uma descrição é sempre limitada.
Os tipos de descrição que estudamos são:
• descrição de objeto: descreve características de um objeto com a fi-
nalidade de identificá-lo;
• descrição de processo: descreve processos, aparelhos, experiências,
mecanismos, relatórios, fórmulas.
No próximo capítulo, você verá como elaborar um relatório e logo notará
que esse tipo de documento utiliza o texto descritivo. Vamos em frente!
5 descrição
55
Anotações:
documentação técnica
CEP: 01234-567
www.coneccto.com.br
Rede de Distribuição de Energia Elétrica
OBSERVAÇÕES
NOME CREA
Técnico Responsável
ASSINATURA DATA
NOME
Eletricista
Responsável
ASSINATURA DATA
6.2.2 Comunicado
Comunicado
A Coordenadoria de Serviços Gerais da Prefeitura de São Paulo comunica que ha-
verá desligamento de energia nesta sexta-feira (10/12/2012), no horário das 12h
às 14h, no Centro Universitário de São Paulo, visando à manutenção do gerador.
O corte de energia atingirá apenas os seguintes setores: laboratórios de Biologia,
Zoologia e Agronomia.
6 documentação técnica
61
Esse tipo de documento descreve como uma atividade deve ser executada
pelo operador. Veja a seguir um exemplo de OS.
CEP: 01234-567
www.coneccto.com.br
Rede de Distribuição de Energia Elétrica
AUTORIZAÇÃO
OBSERVAÇÕES
NOME
EXECUTANTE
ASSINATURA DATA DO TÉRMINO
NOME CREA
RESPONSÁVEL
TÉCNICO
ASSINATURA DATA
1 Subtítulo
6.2.4 Relatório
Parte Conteúdo
Recapitulando
Anotações:
Editores de texto
Editores de texto são aplicativos que utilizamos para redigir textos, incluindo documentos,
como relatórios e pareceres técnicos. Entre os editores de texto existentes, o mais difundido no
Brasil é o Word, da Microsoft.
Neste capítulo, você conhecerá diversos recursos do Word 2010, que faz parte do pacote
de aplicações do Microsoft Office, composto ainda dos programas PowerPoint (para elaborar
apresentações de slides), Excel (para montar planilhas) e Access (para criar bancos de dados).
É bem possível que você já utilize o Microsoft Word, mesmo que em outras versões, para
elaborar seus trabalhos. Por isso, nossa intenção é reforçar a utilização de algumas ferramentas.
Acompanhe!
tÉcnicas de redação em língua portuguesa
68
barra de títulos
faixa de opções
janela de edição
barra de status
Figura 14 - Janela de abertura do editor de texto Microsoft Word 2010
Fonte: SENAI-SP (2013)
Barra de títulos
ferramentas
de acesso
rápido
Figura 15 - Barra de ferramentas de acesso rápido
Fonte: SENAI-SP (2013)
7 Editores de texto
69
Faixa de opções
Exibição
Janela de edição
É a área de trabalho do editor. É nela que você vai ver o documento que está
sendo criado. Do lado direito da janela, você encontra uma barra de rolagem. Cli-
que nas setas dessa barra para alterar a posição do documento na tela.
Barra de status
Agora, vamos ver as funcionalidades de cada uma das guias do Microsoft Word
2010 e mais algumas ferramentas desse editor, voltadas principalmente para uti-
lização no desenvolvimento de:
a) digitação de textos;
b) inserções de elementos diversos;
c) formatação de textos;
d) impressão de arquivos.
7 Editores de texto
71
Antes de iniciar a digitação de seu trabalho, você pode fazer uma configuração
básica da página do Word.
Defina a orientação, o tamanho e as margens da página. Na guia Layout da Pá-
gina, clique em Orientação, no grupo Configurar Página, e escolha entre Retrato e
Paisagem. Só para lembrar: em paisagem a folha fica na horizontal e, em retrato,
na vertical.
Logo abaixo de Orientação, você vai encontrar o botão Tamanho. Ao clicar
nele, você pode escolher, entre as várias opções de papéis disponibilizadas pelo
Word, o tamanho da página do seu documento.
Figura 18 - A guia Layout da Página permite definir orientação e tamanho da página do documento
Fonte: SENAI-SP (2013)
Agora, você já pode começar a digitação. Para digitar um texto, basta pressio-
nar as teclas do teclado. Lembre-se de que o ponto de entrada do texto será onde
o cursor estiver piscando na tela.
Toda vez que você iniciar um trabalho em editores de texto, salve o arquivo
no seu computador. Dessa maneira, você poderá recuperar o documento sempre
que necessitar. Para salvar, no Microsoft Word 2010, clique na guia Arquivo e, em
seguida, na opção Salvar. Você pode utilizar ainda o atalho Ctrl + B.
Ao clicar em Salvar Como, indique o nome do arquivo e o local onde ele será
guardado. Você vai ver que na barra de título aparecerá o nome do arquivo no
lugar de “Documento 1”, denominação-padrão que apareceu na tela quando você
iniciou a digitação.
7 Editores de texto
73
Figura 20 - A opção Salvar Como permite escolher o nome do arquivo e o local onde ele será guardado
Fonte: SENAI-SP (2013)
Você pode configurar o programa para que ele faça o salvamento automático
de seus documentos. Fique atento! Esse recurso é muito importante porque é
comum esquecermos de salvar um trabalho. Veja como se faz.
Na guia Arquivo, acesse Opções e depois Salvar.
Nessa tela, na opção Salvar Documentos, você tem a opção de escolher o tipo
de arquivo que vai ser salvo automaticamente e, ainda, de quanto em quanto
tempo ele será salvo. Além disso, terá seu documento salvo mesmo se você fechar
o programa sem salvar.
Para visualizar o documento que você está digitando na tela do computador,
o Microsoft Word traz o recurso de zoom na barra de status. Para aproximar ou
afastar a visualização do documento, clique na seta do meio do controle deslizan-
te e a arraste para a esquerda ou para a direita.
Você pode ainda abrir a caixa de diálogo Zoom: basta clicar no percentual de vi-
sualização. Nela, você tem algumas opções interessantes de visualização do docu-
mento, por exemplo: exibir várias páginas de uma só vez na tela do editor de texto.
Vamos ver como utilizar os recursos do Microsoft Word 2010 para selecionar,
excluir ou mover um texto ou uma ilustração. Essas operações podem ser feitas
dentro de um mesmo documento ou de um documento para outro.
Para transferir um texto de um documento para outro, os dois arquivos devem
estar abertos e organizados na área de trabalho (clique com o botão direito do
mouse na barra de tarefas do Windows e depois em Mostrar Janelas Lado a Lado).
Agora, você deve selecionar o texto ou a parte dele que você vai copiar. Para
selecionar todo o texto, faça a operação por meio da Faixa de Opções. Selecione o
grupo Edição e clique em Selecionar Tudo.
Se a sua intenção é selecionar um pequeno trecho do documento, fica mais
fácil utilizar o mouse. Clique no botão esquerdo e arraste o mouse sobre o texto
que deseja selecionar. Com o texto selecionado, clique em Copiar, do grupo Área
de Transferência.
copiar
Para colar o texto, ative o documento no qual deseja colocar o texto copiado
clicando na barra de títulos da janela. Posicione o cursor no local onde o texto
deve ser colado e clique em Colar, do grupo Área de Transferência. Como o texto
foi copiado, ele ainda se encontra no arquivo original.
Agora, se você quer retirar um texto definitivamente do arquivo original, então
você vai Recortar o trecho. Torne ativo o arquivo do qual deseja excluir o texto.
Clique em Selecionar Tudo (caso você queira retirar todo o documento) e depois
em Recortar, do grupo Área de Transferência na guia Página Inicial. O documento
vai desaparecer da janela.
tÉcnicas de redação em língua portuguesa
76
Para salvar os documentos, clique no ícone Fechar da barra de títulos. Uma ja-
nela com a opção Salvar será apresentada. Se você optar por salvar o documento
modificado, as alterações serão concluídas e arquivadas. Se optar por Não Salvar,
nenhuma alteração será efetuada no arquivo.
A partir de agora, vamos saber um pouco mais sobre como inserir tabelas no
seu documento. A tabela é uma importante ferramenta para a apresentação de
dados estatísticos. Com ela, você pode concentrar a informação, economizando
espaço e tempo de leitura. Vamos lá!
Uma maneira de inserir uma tabela em seu documento é utilizar o menu Ta-
bela, da faixa de opções Inserir. Clique em Tabela e selecione, com o mouse, os
quadradinhos que representam o número de linhas e colunas desejadas.
Para tanto, selecione a tabela clicando no quadrado que aparece no canto su-
perior esquerdo da própria tabela. As guias Design e Layout aparecerão na faixa
de opções. Veja.
Utilize a guia Design para incluir um estilo pronto na tabela. Clique na seta da
caixa de opções de estilo, do grupo Estilos da Tabela, para selecionar o modelo
desejado. Nesta faixa de opções, você pode ainda alterar os estilos das linhas e
das colunas de sua tabela.
Na guia Layout, o Microsoft Word 2010 oferece opções para inserir e excluir
linhas e colunas, além de mesclar e dividir células e a própria tabela. Observe.
CASOS E RELATOS
A formatação do relatório
“O relatório de visita é para a próxima segunda-feira. Deve ser digitado e
formatado”, disse o supervisor de uma empresa de manutenção de equi-
pamentos eletroeletrônicos.
Horácio ficou preocupado! Formatado? Como que se faz mesmo isso? Es-
tava estagiando na empresa há pouco tempo, conhecia pouca gente e,
principalmente, não queria passar por despreparado.
Angelina, sua nova colega de trabalho, percebeu a ansiedade do colega e
perguntou: “Precisa de ajuda?”. “Não sei como formatar”, respondeu Horá-
cio, meio encabulado.
“Ora, você sabe que formatar é tratar o texto e as figuras de tal forma que
as informações de seu documento sejam bem entendidas por todos que
o lerem, não é?”, disse Angelina.
tÉcnicas de redação em língua portuguesa
80
Recapitulando
Neste capítulo, vamos falar da internet, uma ferramenta de comunicação e interação com
o mundo. Com ela, você pode acessar informações, enviar mensagens, compartilhar informa-
ções, fazer compras e se divertir com jogos, além conversar em tempo real com um amigo do
outro lado do mundo. Ferramenta poderosa, não?
Mas são necessários alguns cuidados para navegar nesse mar, principalmente se você está
buscando ou transmitindo informações. Além da questão dos vírus, lembre-se de que quem
recebe e compartilha a informação é tão responsável pela sua qualidade quanto quem a emite.
Portanto, cheque a confiabilidade da informação que você recebeu e a idoneidade do site.
Da mesma forma, não dissemine informações inconsistentes, que podem colocar em dúvida
sua competência profissional.
Vamos lá!
tÉcnicas de redação em língua portuguesa
84
2 Notebook Para entrar no mundo da internet, você precisa conectar seu computador à
rede por meio de um provedor de acesso. No Brasil, os provedores, em geral, são
Computador portátil com
dimensões próximas às de empresas de telefonia ou operadoras de TV a cabo. Algumas delas você conhece:
um livro médio. Telefónica, Claro, Vivo, TIM, NET/Vivax e Oi.
Você pode contratar um serviço de conexão por linha discada ou banda larga.
3 Tablet Na linha discada, vai precisar apenas da linha telefônica convencional e de um mo-
dem, que a maioria dos computadores já tem instalado. Se você optar pela banda
Dispositivo em formato
de prancheta usado para larga, terá à disposição conexão por cabo, por satélite, pelo celular ou por rádio.
acessar a internet, visualizar
fotos e vídeos, ler livros e
jornais e jogar games.
4 Smartphone
caixa de endereço
O navegador web permite que você abra diversos sites ao mesmo tempo e veja
informações de diversas fontes. A maioria das páginas da internet possui links que
levam a outras páginas.
O navegador permite ainda que você copie e armazene arquivos, fotos, ima-
gens, músicas e programas no seu computador. Para isso, você faz um download
(“baixar” algo), isto é, faz a cópia de uma informação.
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Você também pode guardar endereços das páginas da web. Para isso, basta
salvar uma página como favorita e você poderá voltar a ela sem precisar digitar
seu endereço. Siga os passos, relativos ao navegador Internet Explorer.
a) Vá para a página da internet que você quer guardar como favorita.
b) Clique em Adicionar a Favoritos e, em seguida, em Adicionar.
c) Na caixa Nome, digite um nome para a página e, em seguida, clique em
Adicionar.
Figura 34 - Recurso Adicionar a Favoritos permite guardar endereços de páginas da internet no seu computador
Fonte: SENAI-SP (2013)
Você já sabe que o site é um local onde as informações que você procura estão
armazenadas e que ele pode ser localizado por meio de um endereço, composto
basicamente de uma expressão. Veja, por exemplo: <www.senai.br>.
Existem muitos endereços disponíveis. Os sites são divididos em diversas cate-
gorias, como: de notícias, de busca, de entretenimento, de relacionamento, portal.
Um portal, por exemplo, é um site que reúne outros sites de um assunto especí-
fico ou com diversos tipos de conteúdo. Quem nunca ouviu falar de portal de notí-
cias da Rede Globo, o G1? Outros portais podem incluir sites de mecanismos de bus-
ca, fóruns e comunidades virtuais, serviços de correio eletrônico, músicas e vídeos.
tÉcnicas de redação em língua portuguesa
88
CASOS E RELATOS
A pesquisa e o método
O José Carlos era um dos melhores alunos da turma de Comunicação Oral
e Escrita do curso técnico da escola. Comprometido e interessado, partici-
pava ativamente das discussões em sala de aula.
Quando o professor pediu uma pesquisa sobre um grande cientista de
sua área de estudo, José Carlos não teve dúvidas. Foi para casa e iniciou
sua busca pela vida e obra do estudioso.
Ele pesquisou alguns sites que davam como certo que um artigo muito
conhecido era de autoria do cientista.
Mas, na semana seguinte à entrega do trabalho, o resultado foi uma nota
bem abaixo do esperado. Seu professor explicou que, pelas caracterís-
ticas do autor, ele jamais teria redigido um texto daquela maneira nem
passado aquela mensagem.
O que aconteceu foi que, sem um método, José acabou fazendo buscas
em sites duvidosos e, pior, acreditando nessas informações. Além disso,
ele não fez o que você deve fazer sempre quando for pesquisar qualquer
coisa na rede: comparar as informações encontradas.
tÉcnicas de redação em língua portuguesa
90
Vírus mutante Apresenta uma aparência diferente cada vez que se autorreplica.
Para fazer frente ao problema dos vírus, foram desenvolvidos programas com
o objetivo de proteger seu computador, buscando e eliminando os vírus encon-
trados. Você deve conhecer e utilizar alguns deles na proteção de sua máquina,
como AVG, Avast, Panda e Avira, não é?
Mesmo que você utilize outros programas desse tipo, saiba que um antivírus
eficiente tem que ser rápido na detecção e eliminação do programa malicioso,
além de disponibilizar atualizações periódicas.
Existe uma grande variedade de antivírus, gratuitos e pagos. Todos eles fun-
cionam basicamente da mesma maneira: guardam as portas de entrada de seu
computador, deixando passar somente arquivos que tenham “passaporte” (certi-
ficado digital).
tÉcnicas de redação em língua portuguesa
92
Recapitulando
Neste capítulo, você viu que a web é um sistema ou espaço onde as in-
formações (dados) estão disponíveis em escala mundial que permite na-
vegar por diversos sites, buscando por informações, entretendo-se, reali-
zando compras e comunicando-se com outras pessoas.
Vimos que, com uma conta de e-mail, é possível trocar mensagens, ima-
gens e arquivos diversos com outras pessoas.
Ainda estudamos os riscos de conectar-se a esse mundo virtual. Portanto,
alguns cuidados devem ser tomados, como o de confirmar a confiabilida-
de dos sites acessados, além de utilizar um bom sistema antivírus.
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93
Anotações:
REFERÊNCIAS
CAMPADELLI, Samira Yousseff; SOUZA, Jésus Barbosa. Produção de textos e usos da
linguagem. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 1999. 288 p.
COSTA, Renata. O que é um vírus de computador? Nova Escola. Disponível em: <http://
revistaescola.abril.com.br/ciencias/fundamentos/virus-computador-internet-491683.shtml>.
Acesso em: 21 maio 2013.
SERASA. Guia Serasa de orientação ao cidadão: entenda o que é um vírus e como ele ataca.
Disponível em: <http://www.serasaexperian.com.br/guiainternet/12.htm>. Acesso em: 21 maio
2013.
GRANATIC, Branca. Técnicas básicas de redação. 3. ed. São Paulo: Scipione, 1996.
HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de
Janeiro: Objetiva, 2009.
MONTEIRO, Carolina F. G. Microsoft Word 2010. São Paulo: Easycomp, 2011.
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL SÃO PAULO. Comunicação oral e escrita. São
Paulo: SENAI SP, 2007.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. São Paulo: Cortez, 2006.
SILVA, Mário Gomes da. Informática. 2. ed. São Paulo: Érica, 2012.
VANOYE, Francis. Usos da linguagem: problemas e técnicas na produção oral e escrita. 7. ed. São
Paulo: Martins Fontes, 1987. 243 p.
VIANA, Antonio Carlos et al. Roteiro de redação: lendo e argumentando. São Paulo: Scipione, 1998.
151 p.
TECMUNDO. Antivírus. Disponível em: <http://www.tecmundo.com.br/antivirus>. Acesso em: abr.
2013.
MINICURRÍCULO DOS AUTORES
A
Anexos 62
Apêndices 62
N
Notebook 84
P
PC 84
Período 38
S
Smartphone 84
Subtítulo 62
T
Tablet 84
SENAI – Departamento Nacional
Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP
Diana Neri
Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros
Karina Silveira
Diagramação
i-Comunicação
Projeto Gráfico