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BRUNO PENA & ADVOGADOS ASSOCIADOS S/S

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª


VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL DA COMARCA DE GOIÂNIA -
GOIÁS.

SINDICATO DOS POLICIAIS CIVIS DO ESTADO DE GOIÁS


(SINPOL), entidade sindical sem fins lucrativos, pessoa jurídica de direito privado
inscrita no CNPJ/MF sob o n.º 02.677.585/0001-04, com sede na Rua José Arantes
Costa, quadra 105 lote 25 - casa 01 - Cidade Jardim - Goiânia - Goiás, neste ato
representado por seu Presidente, PAULO SÉRGIO ALVES DE ARAÚJO, brasileiro,
casado, agente de polícia, portador da Cédula de Identidade RG. n.º 1654410
(SSP/GO), inscrito no CPF/MF sob o n.º 464.385.211-91, com domicilio na sede do
sindicato, por seus advogados devidamente constituídos, conforme procuração em
anexo (Doc.1), com endereço profissional no rodapé, onde recebem as
comunicações judiciais de estilo, vem à presença de V. Excelência, com respeito e o
acato de costume, propor, com fulcro na Lei 16.900, de 26 de janeiro de 2010 e
demais dispositivos atinentes à espécie,

AÇÃO DECLARATÓRIA COLETIVA c\c OBRIGAÇÃO DE FAZER


Com pedido de TUTELA ANTECIPADA DE EVIDÊNCIA

Em desfavor do ESTADO DE GOIÁS, pessoa jurídica de direito público,


representada por seu Procurador-Geral, Alexandre Tocantins, com sede na Praça
Dr. Pedro Ludovico Teixeira, n. 26, Centro, Goiânia/Goiás, CEP 74.003-010, pelas
razões de fato e de direito a seguir expostas.
Rua 1, n.º 928 - Ed. Wall Street - Setor Oeste - Goiânia - Goiás - CEP.: 74.115-040
Fone/Fax: (62)3095 4595 - www.brunopena.adv.br - contato@brunopena.adv.br Página 1
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1. DOS FATOS:

Os servidores que ora são representados pelo Requerente, são


funcionários públicos do Estado de Goiás, ocupantes dos cargos de Agentes de
Polícia ou Escrivães de Polícia, nos quadros de servidores da Delegacia-Geral da
Polícia Civil, nomeados em janeiro de 2014, após regular concurso público realizado
nos termos da Lei.
Estes servidores encontram-se em efetivo serviço desde sua
aprovação em certame público, nomeados em janeiro de 2014 e com início efetivo
em fevereiro do mesmo ano, os quais ocupam ainda hoje o Nível I da 3ª Classe de
seus respectivos cargos, a mais de dois anos, completados em fevereiro do corrente
ano.
Por conta disto (estarem a mais de dois anos no cargo) e em
decorrência da legislação vigente, deveriam ter sido enquadrados progressivamente
para o Nível II da 3ª Classe, de seus respectivos cargos, com seus consectários
legais. Todavia, o Estado permanece inerte até a presente data, violando direito
adquiro daqueles, visto que foi transcorrido o interstício temporal para a progressão
automática.
Essa desobediência ao comando legal, por parte do Requerido, faz
com que os servidores representados pelo Requerente permaneçam na classe
inicial da carreira, o que cria obste para o desenvolvimento regular na carreira
policial.
Isso, porque a Lei Estadual n.º 16.900, que passou a vigorar no
ordenamento jurídico estadual em 26 de janeiro de 2010, dispõe acerca dos padrões
e níveis das carreiras de Agente de Polícia e Escrivão de Polícia, organizando,
destarte, a carreira destes cargos em classes e níveis que vão, respectivamente, de
3ª classe à 1ª classe, até chegar à Classe Especial, e, quanto ao nível, de nível I ao
nível III, em cada classe.
Por conta da organização das carreiras de Agente de Polícia e
Escrivão de Polícia ser feita através de classes e níveis, a Lei também criou
respectivos subsídios, sanando qualquer distorção quanto ao plano de carreira
daqueles cargos, conforme o Anexo I da Lei supra mencionada (Doc.3).

ANEXO I
(Tabela de classes, padrões e valores de subsídios dos cargos de
Agente de Polícia e Escrivão de Polícia)

SUBSÍDIOS (R$)
CARGOS CLASSES PADRÕES
Jan/10 Jul/10
ESPECIAL 4.771,13 5.144,91
III 4.292,66 4.397,36
AGENTE DE
POLÍCIA 1ª II 4.088,24 4.187,96
I 3.807,23 3.988,53
ESCRIVÃO DE III 3.539,61 3.625,94
POLÍCIA
2ª II 3.371,05 3.453,27
I 3.139,34 3.288,83

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III 2.918,66 2.989,85
3ª II 2.779,68 2.847,47
I 2.711,88 2.711,88

Nota-se que a Lei foi elaborada com o fim de regular a carreira dos
cargos acima descritos, que inicia da 3ª Classe, Nível I, com respectivos subsídios,
até a Classe Especial, após aproximadamente 20 anos de carreira de Agente de
Polícia ou Escrivão de Polícia.
Esse encadeamento de classes e níveis é o necessário para se
valorizar aquele funcionário público que obtém gradativamente a experiência vital
para uma boa prestação de serviço público, reconhecendo o esforço do servidor
neste sentido.
Verifica-se que para que se obtenha esse gradativo
desenvolvimento na carreira, a Lei n.º 16.900/2010 trouxe, um único requisito
referente ao instituto da Progressão, o tempo. Este pressuposto temporal
exige que o funcionário ocupante do cargo de Agente de Polícia ou Escrivão
de Polícia esteja a dois anos no efetivo serviço no nível ou padrão em que se
encontra, ou seja, para se obter o direito à progressão, mister se faz estar em
atividade a dois anos no mesmo nível da respectiva carreira sem que receba
pena de suspensão, ou que se afaste por motivo que não se considera como
efetivo serviço ou passe a exercer atividade alheias às atribuições do cargo em
outra unidade institucional.
Porquanto há uma pequena similitude entre os institutos da Promoção
e da Progressão, razão pela qual é forçoso esclarecer que a primeira é a elevação
do servidor de uma classe para outra imediatamente superior (para o nível I, no caso
dos Agentes de Polícia ou Escrivão de Polícia), dependendo de vagas a serem
preenchidas; a segunda só depende do preenchimento do pressuposto
temporal, ou seja, depende da permanência no nível em que se encontra por
dois anos, sendo elevado o servidor de nível e não de classe.
Deste modo, tendo em vista a omissão ilegal perpetrada pelo Estado
de Goiás a não realizar a necessária e legal progressão dos servidores policiais que
ingressaram na carreira em janeiro do ano de 2014, preenchendo os requisitos
legais para a progressão, é que o Requerente vem à juízo, na condição de substituto
processual, requerer que o Poder Judiciário sane definitivamente esta ilegalidade,
fazendo-se cumprir a Lei.

2. DO DIREITO:
2.1 PRELIMINARES AO MÉRITO:
2.1.1 Da legitimidade ativa do Requerente:

A Constituição Federal, no inciso III, do artigo 8º, assegura aos


sindicatos a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria,
inclusive em questões judiciais ou administrativas.

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Na mesma linha, a Carta Magna, no parágrafo 1º do artigo 129,
assevera que a legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas
neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o
disposto nesta Constituição e na lei.
Reforçando tal entendimento, a Lei n.º 7.347/1985, em seu o artigo
5º, inciso V, que elenca a figura da associação como legítima para esta finalidade,
desde que esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; e
inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio público e
social, ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre
concorrência, aos direitos de grupos raciais, étnicos ou religiosos ou ao
patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.
Neste sentido caminha a pacificada jurisprudência dos tribunais
superiores. Vejamos:

PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. SINDICATO.


SUBSTITUTOPROCESSUAL. EXECUÇÃO. LEGITIMIDADE. PRECEDENTES DA
CORTE ESPECIAL EDO STF.
I - Este eg. Tribunal, por meio da jurisprudência da Corte Especial, já
consolidou o entendimento no sentido de que a legitimidade extraordinária
conferida pela Constituição da República aos Sindicatos, para defesa em
juízo ou fora dele dos direitos e interesses coletivos ou individuais,
independentemente de autorização expressa do associado, se estende à
liquidação ou execução da decisão judicial, hipótese em que deverá
particularizara situação jurídica de cada qual dos substituídos (EREsp nº
941.108/RS, Rel. Min. HAMILTON CARVALHIDO, DJe de 08/02/2010).
II - Entendimento também emanado pelo eg. Supremo Tribunal Federal: RE
n.s 193.503/SP e 210.029/RS.
III - Embargos de divergência improvidos.
(STJ - EREsp: 1103434 RS 2009/0168356-7, Relator: MIN. FRANCISCO
FALCÃO, Data de Julgamento: 01/08/2011, CE - CORTE ESPECIAL, Data de
Publicação: DJe 29/08/2011)

O Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Goiás (SINPOL), ora


Requerente, é entidade sindical, fundada em 11 de julho de 1998, e representa
todos os servidores da Polícia Civil do Estado de Goiás.
Com mais de dezesseis anos de existência, o SINPOL é a entidade
máxima de representação sindical dos servidores da Polícia Civil do Estado de
Goiás, conforme previsto em seu Estatuto:

Art. 1° Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Goiás – SINPOL e/ou SINPOL-GO,
entidade sindical de primeiro grau, fundado em 11 de julho de 1998, devidamente
cadastrado no CNPJ sob o n.º 02.677.585/0001-04, tendo ainda finalidades cultural,
esportiva, assistencial e representativa dos servidores da Polícia Civil do Estado de
Goiás, será regido pelas normas legais vigentes, por este Estatuto e por seu
Regimento Interno e atos de sua Diretoria, tendo como base territorial o Estado de
Goiás.

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Assim, sendo o SINPOL entidade máxima de representação dos
Servidores da Polícia Civil no Estado de Goiás, e estando toda a categoria
atingida pelos efeitos da conduta aqui combatida, não resta dúvida a
respeito de sua legitimidade para propositura da presente ação.

2.1.2 Do Julgamento Antecipado do Mérito:

Tendo em vista que a matéria ora debatida trata-se de matéria


unicamente de direito, estando estas devidamente e patentemente comprovadas
através dos documentos anexos, requer, nos termos do art. 355, I, do Digesto
Processual Civil, o JULGAMENTO ANTECIPADO DO MÉRITO, dispensando,
desde logo, a realização de audiência de conciliação, nos termos do art. 334, §4º, I,
e §5º do mesmo diploma legal.

2.1.3 Da Tutela Antecipada de Evidência:

O legislador, em atenção aos inúmeros casos concretos postos à


apreciação do Poder Judiciário em que o direito postulado é verossímil, mormente
as provas apresentadas que não dão sorte ao Réu de opor prova capaz de gerar
dúvida razoável sobre o direito pleiteado, inovou ao criar capítulo próprio versando
sobre o instituto da Tutela de Evidência, na nova sistemática da Lei n.º 13.105 de 16
de março de 2015, conhecida como novo Código de Processo Civil, de forma a
tornar mais simples e céleres os processos judiciais que coadunam-se com algum
dos requisitos do art. 311 daquele códex.
Vejamos ipsis litteris o que dispõe aquele supramencionado dispositivo
legal:

Art. 311. A tutela de evidência será concedida, independentemente da demonstração


de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:
I – ficar caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito
protelatório da parte;
II – as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente de
houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
III – se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do
contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto
custodiado, sob cominação de multa;
IV – a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos
constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar
dúvida razoável.

Ao teor do disposto no artigo supramencionado, revela-se que a tutela


de evidência tem como primordial objetivo tutelar aquele que demonstra a absoluta
probabilidade do direito invocado. É a interpretação que fazem e expõem os

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professores Fredie Didier Jr, Paula Sarno Braga e Rafael Alexandria de Oliveira que
vale transcrever:

Seu objetivo é redistribuir o ônus que advém do tempo necessário para transcurso de
um processo e a concessão de tutela definitiva. Isso é feito mediante a concessão de
uma tutela imediata e provisória para a parte que revela o elevado grau de
probabilidade de suas alegações (devidamente provadas), em detrimento da parte
adversa e a improbabilidade de êxito em sua resistência – mesmo após uma
1
instrução processual.

Nos casos em que a tutela de evidência deve incidir, deve-se, também,


dar um tratamento diferenciado a eles, porque o direito pleiteado é tão evidente que
a demora no transcorrer do processo pode fazer surgir um sentimento de recusa à
Justiça.
Neste sentido, é o magistério dos ilustres professores Maria Lúcia Lins
Conceição, Leonardo Ferres da Silva Ribeiro, Rogério Licastro Torres de Mello,
citando o nobre ministro Luiz Fux, verbis:

Há situações em que o direito invocado pela parte se mostra com um grau de


probabilidade tão elevado, que se torna evidente. Nessas hipóteses, não se conceber
um tratamento diferenciado, pode ser considerado com uma espécie de denegação
de justiça, pois, certamente, haverá o sacrifício do autor diante do tempo do
2
processo.

Para tanto, mister se faz a demonstração de dois requisitos: prova das


alegações de fato e a probabilidade de acolhimento da pretensão processual.
Os pressupostos exigidos afiguram-se, no caso em tela, com a
apresentação das tabelas de enquadramento funcional estabelecidas na Lei
Estadual n.º 16.900/2010 (Doc.3), bem como documentos funcionais de alguns
servidores (Doc.4) que foram prejudicados em decorrência da omissão do
Poder Executivo, que até o presente momento não providenciou a progressão
automática dos servidores que ingressaram na carreira de Agente de Polícia e
Escrivão de Polícia em janeiro de 2014, através de concurso público realizado
pelo Estado de Goiás.
A Lei Estadual n.º 16.900/2010 estruturou as carreiras da Polícia Civil,
prevendo subsídios próprios à cada uma das classes respectivas, que devem ser
alcançadas através de progressões automáticas, cumpridas as exigências lá
designadas.
Neste sentido, a norma legal alhures citada dispõe o seguinte:

1
Curso de direito processual civil: teoria da prova, direito probatório, ações probatórias, decisão, precedente,
coisa julgada e antecipação dos efeitos da tutela \ Fredie Didier Jr., Paula Sarno Braga e Rafael Alexandria de
Oliveira – 11.ed. – Salvadr: Ed. Jus Podivm, 2016. Pág. 631.
2
Primeiros comentários ao novo código de processo civil: artigo por artigo\ coordenação Teresa Arruda
Wambier... [et al.]. – 1.ed. – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2015. Pag. 523.
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Art. 1º Ficam criados padrões de subsídios nas classes que compõem as carreiras de
Agente de Polícia e Escrivão de Polícia e níveis de subsídios nas categorias de
Agente Policial, Agente Auxiliar Policial e Escrevente Policial, nos termos dos
Anexos I e II desta Lei.
Art. 2º Progressão é a passagem do servidor de um padrão ou nível de subsídio
para outro imediatamente superior, dentro de uma mesma classe.
Art. 3º O direito à progressão do servidor exigirá o cumprimento de 2 (dois)
anos de efetivo exercício em cada padrão ou nível de subsídio.

Nesta toada, em análise dos documentos carreados aos autos,


vislumbra-se com absoluta clareza que a progressão àqueles Agentes e Escrivães
de Polícia é medida que se impõe, configurando como omissão ilícita estatal o não
enquadramento dos servidores que fazem jus àquela progressão.
Como exemplo, observa-se a ficha funcional e financeira da servidora
Giselle Carneiro Nascimento Valentin, ocupante do cargo de Agente de Polícia, 3ª
Classe, Nível I, tendo iniciado na carreira no dia 03 de fevereiro de 2014, ou seja,
aproximadamente dois anos e dois meses de efetivo serviço prestado naquela
classe e nível; e da servidora Kelly Cristina de Souza, ocupante do cargo de Agente
de Polícia, 3ª Classe, Nível I, tendo iniciado sua carreira no dia 04 de fevereiro de
2014, ambas sem qualquer impedimento que impossibilite a progressão.
Como estas duas, são inúmeros servidores que encontram-se com seu
direito cerceado em razão de omissão ilícita perpetrada pelo Poder Executivo
Estadual, não cumprimento com determinação exarada pela Lei n.º 16.900/10,
criando uma extensão da carreira e não levando a efeito o plano de carreira previsto
na mesma norma legal exposta.
Destarte, deve ser imposto ao Estado o dever de corrigir
imediatamente o enquadramento funcional dos servidores que se encontram
na situação mencionada, ou seja, preenchidos os dois anos de efetivo serviço
cumulado com a ausência de qualquer sanção disciplinar que impossibilite a
progressão, que deverá ser analisado caso a caso pelo Estado, para fazer
cumprir com o disposto nos arts. 2º e 3º da Lei Estadual n.º 16.900/10, em
homenagem aos princípios da isonomia, eficiência, legalidade e ao direito
adquirido, dando efetividade à tutela jurisdicional.

2.2 DO MÉRITO:
2.2.1 Da Declaração ao Direito à Progressão Funcional, com a consequente
Obrigação de Fazer:

O Estado deve realizar e efetivar medidas que possam valorizar seus


recursos humanos com o fim de evoluir e melhorar os serviços públicos oferecidos
aos cidadãos, de modo que esses, por cederem parcela de sua liberdade para
ficarem sob a tutela estatal, devem receber serviços públicos de qualidade,
associado à presteza, agilidade e eficiência.
Quanto ao princípio da eficiência, um dos princípios esculpidos pelo
constituinte no caput do art. 37 da Carta Maior, deve ser analisado sob dois

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aspectos que são devidamente explicados pela ilustríssima doutrinadora Maria
Sylvia Zanella di Pietro:

O princípio da eficiência apresenta, na realidade, dois aspectos: pode ser


considerado em relação ao modo de atuação do agente público, do qual se espera o
melhor desenvolvimento de suas atribuições, para lograr os melhores resultados; e
em relação ao modo de organizar, estruturar, disciplinar a Administração
Pública, também com o mesmo objetivo de alcançar os melhores resultados na
3
prestação do serviço público.

Percebe-se, assim, que o administrador deve organizar e disciplinar a


administração pública sem gerar obstáculos desnecessários aos fins esculpidos na
Constituição e nas leis infraconstitucionais, o que, no caso sub judice, consolidou-se
na não progressão automática dos servidores que ocupam o cargo de Agente de
Polícia e Escrivão de Polícia que ingressaram em 2014, caracterizando-se como
omissão do poder público em pagar o que lhe é claramente devido, conforme
disposto na Lei Estadual n.º 16.900/10.
Por conta desta busca incessante pela eficiência do serviço público, é
indispensável a valorização do servidor público através de previsões e
regulamentação de cargos e carreiras, não dando guarida a estagnação da atividade
pública, o que seria incoerente e insensato frente aos fins estatais.
Com efeito, os servidores públicos com maior experiência ou,
sucessivamente, com o ganho dela, devem ser corretamente valorizados com
planos de carreiras que possibilitem ao funcionário público o gradativo aumento em
seu subsidio no decorrer dos anos, tudo em prol do princípio da eficiência, um dos
princípios norteadores da administração pública (art. 37, caput, da CF\88).
Os cargos de Agente de Polícia e Escrivão de Polícia tem notórias
características de essencialidade, conforme princípio da supremacia do interesse
público, visto que é atribuição destes cargos a investigação e processamento de
delitos, buscando a identificação e repressão aos marginais, e, via reflexa, a
manutenção da ordem pública e a proteção dos cidadãos de bem. Por conta disto, a
carreira daqueles cargos devem ser reguladas de forma a valorizá-los diuturnamente
por suas atribuições e pelo indubitável risco intrínseco à profissão.
O art. 1ª da Lei 16.900, de 26 de janeiro de 2016 dispõe:

Art. 1º Ficam criados padrões de subsídios nas classes que compõem as


carreiras de Agente de Polícia e Escrivão de Polícia e níveis de subsídios nas
categorias de Agente Policial, Agente Auxiliar Policial e Escrevente Policial, nos
termos dos Anexos I e II desta Lei.

Tomando como norte as premissas acima lançadas, o legislador


previu o instituto da progressão para os cargos de Agente de Polícia e
Escrivão de Polícia criando padrões de subsídios e as classes que compõem a

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PIETRO, Maria Sylvia Zanella di – Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 21. Ed. 2008.
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carreira daqueles cargos, de modo a valorizar o servidor que esteja a mais
tempo e com mais experiências no serviço público.
Para tanto, forçoso se faz demonstrar como a referida Lei, em seu
Anexo I, dispôs acerca da carreira de Agente de Polícia e Escrivão de Polícia,
conforme abaixo:

ANEXO I
(Tabela de classes, padrões e valores de subsídios dos cargos de
Agente de Polícia e Escrivão de Polícia)

SUBSÍDIOS (R$)
CARGOS CLASSES PADRÕES
Jan/10 Jul/10
ESPECIAL 4.771,13 5.144,91
III 4.292,66 4.397,36
1ª II 4.088,24 4.187,96
AGENTE DE I 3.807,23 3.988,53
POLÍCIA III 3.539,61 3.625,94

ESCRIVÃO DE 2ª II 3.371,05 3.453,27


POLÍCIA I 3.139,34 3.288,83
III 2.918,66 2.989,85
3ª II 2.779,68 2.847,47
I 2.711,88 2.711,88

Observa-se que a atividade daqueles cargos públicos são divididas em


Classes, com níveis pré-determinados, constituindo como classe inicial das carreiras
a 3ª Classe, nível I, até a Classe Especial, quando o servidor público já encontra-se
com ampla experiência, auxiliando de uma forma ainda mais ativa na boa prestação
do serviço público.
Para tanto, o servidor vai avançando na profissão através da
Progressão, que é a “passagem do servidor de um padrão ou nível de subsidio para
outro imediatamente superior, dentro de uma mesma classe” (art. 2º da Lei 16.900,
de 26 de janeiro de 2010), gerando, com isso, aumento de subsidio, conforme
preceitua o art. 4º da mesma Lei, senão, vejamos:

Art. 4º A progressão de padrão ou nível implicará o correspondente aumento de


subsídio.

Deste modo, para que se progrida na carreira e se tenha como


consequência justa o aumento em seu subsídio, o servidor tem que passar pelo
requisito temporal previsto na Lei supra citada, em seu art. 3º, verbis:

Art. 3º. O direito à progressão do servidor exigirá o cumprimento de 2 (dois) anos de


efetivo exercício em cada padrão ou nível de subsidio.

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Assim, se o servidor público permanecer no mesmo padrão ou
nível por dois anos, merece e tem por direito a sua progressão automática para
avanço na carreira, sendo melhor remunerado por isso.
Isto porque, a progressão tem como finalidade precípua a
indispensável valorização do trabalhador pelo tempo despendido e pela maior
capacidade técnica e cognitiva que somente o tempo lhe oferece, mormente a
experiência adquirida que favorece a boa prestação daquele específico serviço
público.
Contudo, necessário se faz observar se se o servidor não possuiu
nenhum fato juridicamente relevante que possa ter interrompido a contagem do
biênio, nos termos do parágrafo único do art. 3º da Lei Estadual n.º 16.900/10. Com
efeito, para que haja a progressão a partir dos dois anos de atividade, o funcionário
público deverá necessariamente não ter sido punido com suspensão ou se afastado
por motivo que não se enquadra como tempo de efetivo serviço ou, ainda, não
exercer atividade estranha às suas atribuições em outra instituição estatal que não
possua vínculo com a Secretaria de Segurança Pública (parágrafo único do art. 3º).
Insta consignar novamente, que em razão da natureza da atividade
funcional prestada pelos Agentes de Polícia e Escrivães de Polícia, a progressão
deve ser realizada imediatamente, por realizarem estes profissionais atividades
fundamentais à manutenção da ordem e da garantia ao Estado de Direito.
Acerca do feito ora em análise, o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado
de Goiás, em recentes casos análogos, assentou o seguinte:

DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA DE


OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C COBRANÇA. AGENTE PRISIONAL. PROGRESSÃO
FUNCIONAL. LEI ESTADUAL 17.090/2010. REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO.
DESNECESSIDADE. HONORÁRIOS. AUSÊNCIA DE FATO NOVO. 1) - Nos
termos do artigo 5°, XXXV, da Constituição Federal, não é exigível o prévio
requerimento administrativo para o ajuizamento da ação de cobrança, sob pena de
infringir o princípio da inafastabilidade ou indeclinabilidade da prestação jurisdicional.
2) - Na hipótese, restando comprovado o direito à progressão horizontal no
respectivo plano de carreira de agente de segurança prisional, nos termos da
Lei Estadual nº 17.090/2010, correta a determinação de reenquadramento
funcional dos autores/agravados na 3ª Classe (ASP-I), padrão II (nível B), bem
como a concessão dos benefícios salariais decorrentes dessa progressão. 3) -
As alterações legislativas posteriores ao adimplemento do prazo para a progressão
funcional não atinge o direito adquirido dos servidores, tendo em vista que na data de
publicação da Lei Estadual nº 18.300, ocorrida em 31 de dezembro de 2013, todos os
autores/agravados possuíam o tempo de 2 (dois) anos para a pretendida progressão
na carreira de agente prisional, segundo os preceitos do regramento anterior, qual
seja, a Lei Estadual nº 17.090/2010. 4) - Impende esclarecer que a presente
demanda foi ajuizada em 09.10.2013, ou seja, antes da publicação da Lei Estadual nº
18.300/13. 5) - Conforme entendimento pacificado pelo STJ, no julgamento do REsp
nº 1.155.125/MG, sob o rito do art. 543-C do CPC, nas causas em que for vencida a
Fazenda Pública, os honorários advocatícios devem ser fixados de forma equitativa,
nos termos do art. 20, § 4º do CPC, à luz das circunstâncias elencadas nas alíneas
do § 3º do mesmo dispositivo, sem, contudo, submeter-se obrigatoriamente aos
parâmetros percentuais ali indicados, podendo, inclusive, estipulá-los aquém ou além
daqueles limites, bem como em valor certo, segundo o prudente arbítrio do julgador.
6) - Se a parte agravante não demonstra qualquer fato novo ou argumentação
suficiente para acarretar a modificação da linha de raciocínio adotada na decisão
monocrática agravada, impõe-se o improvimento do agravo interno. 7) - AGRAVO

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INTERNO CONHECIDO E IMPROVIDO. (TJGO, APELACAO CIVEL 360544-
42.2013.8.09.0051, Rel. DES. KISLEU DIAS MACIEL FILHO, 4A CAMARA CIVEL,
julgado em 17/03/2016, DJe 2002 de 06/04/2016)

MANDADO DE SEGURANÇA. OMISSÃO DO PODER PÚBLICO. CONTROLE DE


LEGALIDADE. SERVIDORES PÚBLICOS ESTATUTÁRIOS NOMEADOS E
EMPOSSADOS APÓS JULHO DE 2010. ASSISTENTE E ANALISTA AMBIENTAL.
PROGRESSÃO FUNCIONAL. LEIS ESTADUAIS 17.094/2010 E 10.460/1988.
PORTARIA 62/2010. REQUISITOS PREENCHIDOS. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA
LEGALIDADE. OMISSÃO INCONSTITUCIONAL AFASTADA. Os atos da
administração pública devem-se ancorar no princípio da legalidade, que
traduz a obediência do poder público à Lei. Assim, preenchidos os requisitos
dispostos na norma estadual, sem qualquer questionamento prévio da
administração acerca do mérito do servidor, a progressão na carreira é medida
que se impõe, apresentando-se líquido e certo o direito aventado. A tutela
condenatória deve ser corrigida e atualizada nos termos do art. 1º-F da Lei 9.494/97,
com redação dada pela Lei 11.960/09. ORDEM CONCEDIDA.
(TJGO, MANDADO DE SEGURANCA 311746-38.2015.8.09.0000, Rel. DES.
ORLOFF NEVES ROCHA, 1A CAMARA CIVEL, julgado em 05/04/2016, DJe 2009 de
15/04/2016)
(Grifos nossos).

In casu, os servidores públicos ocupantes dos cargos de Agente


Policial e Escrivão de Polícia ingressaram na carreira em fevereiro de 2014,
preenchendo o interstício temporal que se refere o art. 3º da Lei n.º 16.900/10 e não
possuindo quaisquer das hipóteses enumeradas nos incisos do parágrafo único do
art. 3º do mesmo dispositivo legal possui direito à progressão funcional horizontal.
Porém, não foram devidamente enquadrados no Nível II da 3ª Classe de seus
respectivos cargos, conforme se extrai das fichas funcionais e financeiras anexo
(Doc.4), sem qualquer razão.
Esta situação, demonstra clara desobediência ao Princípio da
Legalidade, previsto na Constituição Federal, inerente à Administração Pública,
sendo uma das principais garantias de direitos individuais, que remete ao fato de
que a Administração Pública só pode fazer aquilo que a lei permite, ou seja, só pode
ser exercido em conformidade com o que é apontado na lei, ganhando relevância na
proteção ao cidadão de vários abusos emanados de agentes do poder público.
Deste modo, este princípio, além de passar segurança jurídica ao indivíduo, limita o
poder do Estado.
O caso em discussão se torna ainda mais grave, pelo fato de que a
progressão horizontal reveste-se em direito adquirido dos servidores abrangidos
pela Lei n.º 16.900/2010. Assim sendo, as normas legais existem para conferir à
sociedade previsibilidade quanto à conduta que deve ser seguida pelos indivíduos,
garantindo estabilidade nas relações jurídicas, oferecendo segurança jurídica aos
cidadãos, um dos pilares do Estado Democrático de Direito, representando a mais
básica das obrigações do ente coletivo.
A omissão do Estado, além de gerar enriquecimento ilícito para si,
ainda prejudica a elevação dos servidores em sua carreira, tendo em vista que
a contagem do prazo para nova progressão só se efetivará após serem

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elencados no próximo Nível da carreira, não tendo que se falar em contagem
retroativa.
Sendo assim, o Estado está sendo duplamente gratificado por sua
omissão ilícita. Uma porque a não valorização dos Agentes Policiais e Escrivães de
Polícia fazem com que a folha salarial destes seja mais barata, violando
sobremaneira o direito adquirido daqueles funcionários à progressão na carreira;
duas porque a desídia estatal faz com que a carreira dos funcionários acima
elencados se estenda ilegalmente, tornando o plano de carreira esculpido na Lei
Estadual n.º 16.900/10 inútil.
Ora, se o plano de carreira dos Agentes Policiais e Escrivães de
Polícia, conforme a Lei supramencionada, prevê um prazo de 20 (vinte) anos
para que o funcionário público atinja a Classe Especial, é de se assentar que o
prazo de dois anos deve ser obedecido de forma imperativa, sob pena de
extensão indevida da carreira, o que não se pode aceitar, uma vez que trata-se
de atividade de risco e deve ser ainda mais valorizada.
Por conta de todo o exposto, estando a administração pública
vinculada ao que a Lei determina, requer a Declaração do direito dos
servidores públicos ora representados pelo Requerente, bem como a
condenação da Requerida a realizar a supradita progressão aos funcionários
públicos beneficiados pela Lei 19.900\10 e que preencheram todos os
requisitos lá constantes.

3. DOS PEDIDOS:

Ante ao exposto, requer o que segue:

a) O recebimento da presente ação, sua autuação e processamento


na forma e rito ordinário, juntando, para tanto, os documentos em
anexos, para após, reconhecer a competência das varas
fazendárias para o julgamento do presente pleito, ainda que se
trata de causa, cujo valor é inferior a 60 salários mínimos, já que
figura no polo ativo entidade sindical, que não se inclui em
qualquer das hipóteses elencadas no art. 5º, da Lei n.º 12.153/09;

b) A antecipação da tutela de evidência, nos termos do art. 311 do


Código de Processo Civil, para que o Estado corrija a
arbitrariedade cometida, e se proceda à imediata progressão dos
servidores especificados, ingressantes nas carreiras de Agente de
Polícia e Escrevente de Polícia em janeiro/fevereiro de 2014, por
já terem cumprido o pressuposto temporal de 2 anos sem
qualquer sanção administrativa ou fato que impossibilite o gozo do
direito pleiteado, fazendo jus, desta forma, à referida progressão;
c) A determinação da prisão do Governador do Estado de Goiás,
pelo crime de desobediência, aplicável em caso de
descumprimento das ordens determinadas por Vossa Excelência;

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d) A citação do Estado de Goiás para, querendo, no prazo legal,
contestar os termos da presente ação, sob as penas da Lei;
e) A intimação do Ministério Público Estadual para se manifestar na
condição de custus legis;
f) O julgamento antecipado do mérito, por se tratar de matéria
exclusivamente de direito e por todos os fatos estarem
perfeitamente comprovados pelas provas anexas à exordial;
g) No mérito, após a devida instrução processual, concessão da
tutela ora pleiteada, para declarar o direito ao enquadramento
funcional por progressão, observando tão somente o requisito
temporal exigido por lei, qual seja, o interstício de 2 anos exigido
pela legislação em vigor sem qualquer sanção administrativa ou
fato impeditivo do direito à progressão;
h) Após o ato declaratório, requer seja oportunizada a habilitação
aos autos dos servidores que fazem jus ao enquadramento
pleiteado, para liquidação e execução da sentença, no que tange
aos pedidos de obrigação de fazer e de pagar a diferença salarial
retroativa à data em que os requisitos para o enquadramento
funcional foram preenchidos;
i) A produção de todas as provas em Direito admitidas, inclusive
testemunhais, periciais e especialmente documentais;

j) E por fim, que seja o Estado de Goiás condenado ao pagamento


das custas e honorários sucumbenciais por Vossa Excelência
arbitrados.

Para os fins do art. 334, §4º, I, do Código de Processo Civil de 2015 e


em atenção ao disposto no §5º do mesmo dispositivo, o Requerente manifesta-se
pelo desinteresse na realização de audiência de conciliação ou mediação.
Atribui-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) para fins
meramente fiscais e legais, ante a impossibilidade de auferir um valor certo à
presente causa, já que se discute direito de inúmeros policiais civis.
Sem mais para o momento, são estes os termos que, cumpridas as
formalidades legais, aguarda-se o mais célere deferimento, para que se preste justa
homenagem à Constituição da República, à Doutrina, à Jurisprudência e ao Direito,
tornando-se a respeitável decisão a ser proferido, um instrumento de expressão da
tão costumeira e decantada justiça!
Goiânia/GO, 06 de maio de 2016.

Karolinne da Silva Santos Wilson Alexandre da Mata e Silva


OAB/GO n.º 33.883 OAB/GO n.º 45.847

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Anexos:

Doc.1 – Procuração;
Doc.2 – Cópia do estatuto, ata de eleição e posse da Diretoria, documentos
pessoais do representante do Requerente e da Carta Sindical;
Doc.3 – Lei Estadual n.º 16.9002010;
Doc.4 – Documentos Funcionais de Servidores Prejudicados;
Doc.5 – Preparo.

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