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Eletroquímica – Parte II
Profº Rene Pfeifer
Segundo Semestre de 2017
II – Sistemas eletroquímicos
Consiste em todo o sistema
heterogêneo (mais de uma fase) no
qual existem diferenças de potencial
elétrico entre as fases.
Membrana
K+ Cl
-
K+ K+
Cl- K+Cl- Cl+ Cl-
K+ Cl-
K+ K +
Termodinâmica dos Sistemas
Eletroquímicos
Tratamento termodinâmico só é válido quando
a passagem de corrente entre as fases é
infinitesimal;
Em qualquer fase homogênea em equilíbrio, o
potencial elétrico é uniforme no volume da
fase;
Se a fase é eletricamente carregada, as cargas
se concentram nas interfaces desta fase;
Termodinâmica dos Sistemas
Eletroquímicos
𝐹0
𝐸0 =
V = 10 Volts 𝑞0
++ +
+ +
+
+ + 𝑬=𝛻𝜑
+ Q +
+
+
+ +
+ + 𝑄
𝜑=
4𝜋𝜀0 𝑟
10 cm
𝑄 = 4𝜋𝜀0 𝑟 𝑉
𝑄 = 10−10 𝐶
Termodinâmica de
Sistemas Eletroquímicos
𝑄 =𝑛𝑧𝐹
Sabe-se que:
Células Eletrolíticas:
São células onde o fluxo de elétrons produz
reação química.
Ex: Processo de eletrólise
Oxidação e Redução
Oxidação:
Ocorre quando uma espécie química perde
elétrons.
Ex: ½ H2 (g) H+ (aq) + e-
Aumento do Número de Oxidação (NOX)
Redução
Ocorre quando uma espécie química ganha
elétrons.
Ex: Cu+2 (aq) + 2e- Cu(s)
Diminuição (redução) do Número de Oxidação (NOX)
Tabela de Potenciais-Padrão
A Pilha de Daniel
Elementos de uma Célula
Eletroquímica
Catodo:
Polo onde ocorre a reação de redução.
Eletrodo para onde migram os cátions.
Ex: Eletrodo de Cobre na pilha de Daniell
Anodo :
Polo onde ocorre a reação de oxidação.
Eletrodo para onde migram os ânions.
Ex: Eletrodo de Zinco na pilha de Daniell.
A Pilha de Daniell
T2 T1
M2 M1
Só depende do
sistema eletroquímico
S2 S1
Potencial de
Junção Líquida(EJ)
Força Eletromotriz
𝜇𝑒 − 𝑀2 = 𝜇𝑒 − 𝑀2 − 𝐹𝜑𝑀2
𝜇𝑒 − 𝑇2 = 𝜇𝑒 − 𝑇2 − 𝐹𝜑 𝑇2
1
𝜑𝑀2 − 𝜑 𝑇2 = 𝜇𝑒 − 𝑀2 − 𝜇𝑒 − 𝑇2
𝐹
1
𝜑 𝑇1 − 𝜑𝑀1 = 𝜇𝑒 − 𝑇1 − 𝜇𝑒 − 𝑀1
𝐹
Força Eletromotriz
1
𝜑𝑀2 − 𝜑 𝑇2 + 𝜑 𝑇1 − 𝜑𝑀1 = 𝜇𝑒 − 𝑀2 − 𝜇𝑒 − 𝑇2 + 𝜇𝑒 − 𝑇1 − 𝜇𝑒 − 𝑀1
𝐹
1
𝜑𝑀2 − 𝜑 𝑇2 + 𝜑 𝑇1 − 𝜑𝑀1 = 𝜇𝑒 − 𝑀2 − 𝜇𝑒 − 𝑀1 + 𝜇𝑒 − 𝑇1 − 𝜇𝑒 − 𝑇2
𝐹
1
𝜀 = 𝜑𝑆2 − 𝜑𝑀2 + 𝜑𝑆1 − 𝜑𝑆2 + 𝜑𝑀1 − 𝜑𝑆1 + 𝜇 − 𝑀2 − 𝜇𝑒 − 𝑀1
𝐹 𝑒
Força Eletromotriz
1
𝜀 = 𝜇𝑒 − 𝑀2 − 𝜇𝑒 − 𝑀1 + (𝜑𝑀1 − 𝜑𝑀2 )
𝐹
Potencial Padrão
Diferença de
Potencial (DDP)
entre os metais
Diagrama de Células Voltaica
Ag+
𝐍𝐎𝟑 −
Diagrama de Células Voltaica
(a) Interfaces entre fases imiscíveis são representadas
por uma barra vertical contínua;
(b) Interfaces entre fases miscíveis são representadas
por uma barra vertical interrompida;
(c) Espécies presentes na mesma fase são separadas
por vírgulas;
𝑍𝑛 𝑠 | 𝑍𝑛𝑆𝑂4 𝑎𝑞 𝐶𝑢𝑆𝑂4 𝑎𝑞 | 𝐶𝑢(𝑠)
𝐅𝐞+𝟑
Fe+2 Pt
𝐹𝑒 +2 𝑎𝑞 𝐹𝑒 +3 𝑎𝑞 𝐅𝐞+𝟑
Fe+2
Diagrama de Células Voltaica
𝜀 = 𝜑𝐷 − 𝜑𝐸
Direita Esquerda
Reação Global
Cu| Cu2+;
Hg2+|Hg;
Ag+| Ag;
Ag
Ag+
𝐍𝐎𝟑 −
Metais que reagem com o solvente, por exemplo,
metais alcalinos e alcalinos terrosos em água, não
podem ser usados !
Eletrodos de Amálgama
Amálgama
Pt | H2(g) | H+(aq);
Pt | Cl2(g) | Cl-(aq);
Eletrodos de um metal-não metal
Esquema geral: TE / RE / OE / TD / RD / OD
Ex:
PtE | H2(g) | H+(aq) , Cl-(aq) | AgCl(s) | Ag | PtD
1
𝐻2 𝑔 → 𝐻+ 𝑎𝑞 + 𝑒 − 𝐸
2
𝐴𝑔𝐶𝑙 𝑠 + 𝑒 − 𝐷 → 𝐴𝑔0 + 𝐶𝑙 − 𝑎𝑞
1
𝐻 𝑔 + 𝐴𝑔𝐶𝑙 𝑠 + 𝑒 − 𝐷 → 𝐻 + 𝑎𝑞 + 𝐴𝑔0 + 𝐶𝑙 − 𝑎𝑞 + 𝑒 − 𝐸
2 2
Termodinâmica das Células
Galvânicas Reversíveis
Para o elétron: 𝜇𝑒 − 𝐸 = 𝜇𝑒 − 𝐷
Logo:
𝑛 𝜇𝑒 − 𝐸 − 𝜇𝑒 − 𝐷 = nF 𝜑 𝐷 − 𝜑 𝐸 = nF ε
ν𝑖 𝜇𝑖 = −𝑛𝐹 𝜀
𝑖
Termodinâmica das Células
Galvânicas Reversíveis
Numa célula reversível, todas as espécies carregadas
estão no mesmo potencial elétrico (mesma fase).
Logo:
𝜇𝑖 = 𝜇𝑖
ν𝑖 𝜇𝑖 = ν𝑖 𝜇𝑖 = −𝑛𝐹 𝜀
𝑖 𝑖
∆𝑮𝑹,𝑻 𝟎
Definindo: 𝑄 = ෑ 𝑎𝑖 ν 𝑖
∆𝐺𝑅,𝑇 0 𝑅𝑇
𝜀=− − ln 𝑄
𝑛𝐹 𝑛𝐹
0
∆𝐺
Definindo: 𝜀 0 = − 𝑅,𝑇 ∆𝐺𝑅,𝑇 0 = −𝑛𝐹𝜀 0
𝑛𝐹
Logo:
𝑅𝑇
𝜀 = 𝜀0 − 𝑙𝑛𝑄 Equação de Nernst
𝑛𝐹
Termodinâmica das Células
Galvânicas Reversíveis
Sabe-se que:
𝑅𝑇 ln 𝐾𝑒𝑞 𝑅𝑇
𝜀= − 𝑙𝑛𝑄
𝑛𝐹 𝑛𝐹
𝑅𝑇 𝐾𝑒𝑞
𝜀= ln
𝑛𝐹 𝑄
Termodinâmica das Células
Galvânicas Reversíveis
Quanto maior a diferença entre 𝐾𝑒𝑞 e 𝑄 , maior o
afastamento do equilíbrio e maior o valor em
módulo de 𝜀;
Quando 𝑄 < 𝐾𝑒𝑞 , 𝜀 > 0 e a corrente fluirá da
esquerda para a direita quando a célula é ligada a
uma carga;
Quando a célula é ligada a uma carga , a reação
eletroquímica ocorrerá até que 𝑄 se iguale a 𝐾𝑒𝑞 . A
partir deste ponto a célula deixa de produzir
eletricidade.
Quando 𝜀 0 > 0, ∆𝐺𝑅,𝑇 0 < 0 portanto a reação é
espontânea . Quando 𝜀 0 < 0, ∆𝐺𝑅,𝑇 0 > 0 portanto a
reação não é espontânea.
Termodinâmica das Células
Galvânicas Reversíveis
Exemplo:
𝑃𝑡 𝐻2 𝑔 𝐻+ 𝑎𝑞 , 𝐶𝑙 − 𝑎𝑞 |𝐴𝑔𝐶𝑙 𝑠 |𝐴𝑔|𝑃𝑡
𝐻2 𝑔 → 2𝐻 + 𝑎𝑞 + 2𝑒 −
2𝐴𝑔𝐶𝑙 𝑠 + 2𝑒 − → 2𝐴𝑔0 + 2𝐶𝑙 − (𝑎𝑞)
2𝐴𝑔𝐶𝑙 𝑠 + 𝐻2 𝑔 → 2𝐴𝑔0 + 2𝐶𝑙 − 𝑎𝑞 + 2𝐻 + 𝑎𝑞
𝑅𝑇 𝑎𝐴𝑔 2 𝑎𝐶𝑙− 2 𝑎𝐻 + 2
𝜀 = 𝜀0 − ln
2𝐹 𝑎𝐻2 𝑎𝐴𝑔𝐶𝑙 2
Termodinâmica das Células
Galvânicas Reversíveis
Exemplo:
𝑂1 𝑧1 + 𝑛1 𝑒 − → 𝑅1 𝑧1− 𝑛1
1
𝐻2 𝑔 → 𝐻+ 𝑎𝑞 + 𝑒 −
2
1
𝑂1 𝑧1 + 𝐻2 𝑔 → 𝑅1 𝑧1− 𝑛1 + 𝐻 + 𝑎𝑞 ∆𝐺1 0
2
∆𝐺1 0
𝜀1 0 =
𝐹
Potenciais Padrões de Meias-
Células
𝑂2 𝑧2 + 𝑛2 𝑒 − → 𝑅2 𝑧2− 𝑛2
1
𝐻2 𝑔 → 𝐻+ 𝑎𝑞 + 𝑒 −
2
1
𝑂2 𝑧2 + 𝐻2 𝑔 → 𝑅2 𝑧2− 𝑛2 + 𝐻+ 𝑎𝑞 ∆𝐺2 0
2
∆𝐺2 0
𝜀2 0 =
𝐹
Potenciais Padrões de Meias-
Células
𝑅2 𝑧2− 𝑛2 → 𝑂2 𝑧2 + 𝑛2 𝑒 −
𝑂1 𝑧1 + 𝑛1 𝑒 − → 𝑅1 𝑧1− 𝑛1
𝑅2 𝑧2− 𝑛2 + → 𝑂2 𝑧2 ∆𝐺12 0
𝜀12 0 = 𝜀1 0 − 𝜀2 0
𝜀 0 = 𝜀𝐷 0 − 𝜀𝐸 0
Potenciais Padrões de Meias-
Células
𝐶𝑑 → 𝐶𝑑 2+ 𝑎𝑞 + 2𝑒 −
𝐴𝑔𝐶𝑙 𝑠 + 𝑒 − 𝐷 → 𝐴𝑔0 + 𝐶𝑙 − 𝑎𝑞
𝐶𝑑 → 𝐶𝑑 2+ 𝑎𝑞 + 2𝑒 − 𝜀𝐸 0 = −0,403 𝑉
2𝐴𝑔𝐶𝑙 𝑠 + 2𝑒 − 𝐷 → 2𝐴𝑔0 + 2 𝐶𝑙 − 𝑎𝑞 𝜀𝐷 0 = 0,221 𝑉
2𝐴𝑔𝐶𝑙 𝑠 + 𝐶𝑑 → 2𝐴𝑔0 + 2 𝐶𝑙 − 𝑎𝑞 + 𝐶𝑑 2+ (𝑎𝑞)
M2 M1
S2 S1
Células Químicas:
As meias reações são diferentes e em geral 𝜀 0 ≠ 0.
Células de Concentração:
As meias reações são iguais, diferindo unicamente na
concentração ou pressão das soluções de eletrólitos.
Classificação das Células
Galvânicas
Medição do pH;
Aplicações de medidas de FEM
∆𝐺 0 ;
∆𝐻0 ;
∆𝑆 0 ;
∆𝐶𝑝 0 ;
Determinação de Grandezas
Termodinâmicas de Reação
Energia Livre de Gibbs:
∆𝐺𝑅 0 = −𝑛𝐹𝜀 0
Entropia:
𝑑𝐺 = −𝑆𝑑𝑇 + 𝑉𝑑𝑝
A pressão constante:
0
𝜕∆𝐺𝑅
∆𝑆𝑅 0 = −
𝜕𝑇 𝑃
Logo,
0
𝜕𝜀
∆𝑆𝑅 0 = 𝑛𝐹
𝜕𝑇 𝑃
Determinação de Grandezas
Termodinâmicas de Reação
Entalpia:
𝐺 = 𝐻 − 𝑇𝑆
∆𝐺𝑅 0 = ∆𝐻𝑅 0 − 𝑇∆𝑆𝑅 0
∆𝐻𝑅 0 = ∆𝐺𝑅 0 + 𝑇∆𝑆𝑅 0
Logo,
0 𝜕𝜀 0
∆𝐻𝑅 = 𝑛𝐹 𝑇 − 𝜀0
𝜕𝑇 𝑃
Determinação de Grandezas
Termodinâmicas de Reação
Capacidade Calorífica a pressão constante ∆𝐶𝑝 :
𝑐𝑃 𝜕𝑇 𝑇
dS = 𝑑𝑇 =
𝑇 𝜕𝑆 𝑃
𝐶𝑃
𝜕𝑆 𝐶𝑃
=
𝜕𝑇 𝑃
𝑇
𝜕∆𝑆𝑅 0
∆𝐶𝑝 = 𝑇
𝜕𝑇 𝑃
Logo,
𝜕2𝜀0
∆𝐶𝑝 = 𝑛𝐹𝑇
𝜕𝑇 2
Cálculo do Produto de
Solubilidade
Exemplo:
Cálculo do KPS do AgCl(s):
∆𝐺𝑠𝑜𝑙 𝑚 = −𝑛𝐹𝜀 0
No equilíbrio:
𝑚 ∆𝐺𝑠𝑜𝑙 𝑚
ln 𝐾𝑃𝑆 =−
𝑅𝑇
Logo,
𝑚 𝑛𝐹𝜀 0
ln 𝐾𝑃𝑆 =
𝑅𝑇
1
𝐴𝑔𝐶𝑙 𝑠 + 𝐻2 𝑔 → 𝐴𝑔0 + 𝐶𝑙 − 𝑎𝑞 + 𝐻 + 𝑎𝑞
2
0
𝑅𝑇 𝑎𝐴𝑔 𝑎𝐶𝑙− 𝑎𝐻 +
𝜀= 𝜀 − ln 1
𝐹 𝑎𝐴𝑔𝐶𝑙 𝑎𝐻 ൗ2 2
0
𝑅𝑇 𝑎𝐶𝑙− 𝑎𝐻 +
𝜀= 𝜀 − ln 1
𝐹 𝑃 ൗ2
𝐻2
Determinação dos
Coeficientes de Atividade
Sabe-se que:
2 2
𝑎𝐻 + 𝑎𝐶𝑙− = 𝛾𝐻𝐶𝑙± 𝑚𝐻𝐶𝑙± = 𝑎𝐻𝐶𝑙±
Logo,
2
0
𝑅𝑇 𝛾𝐻𝐶𝑙± 𝑚𝐻𝐶𝑙±
𝜀= 𝜀 − ln 1
𝐹 𝑃𝐻2 ൗ2
Medição de pH
Definição de pH:
𝑝𝐻 = −𝑙𝑜𝑔10 [𝐻+ ]
𝑝𝐻 = −𝑙𝑜𝑔10 𝑎𝐻 + 𝑚
1 1
𝐻2 𝑔 + 𝐻𝑔2 𝐶𝑙2 𝑠 → 𝐻𝑔 𝑙 + 𝐻+ 𝑋, 𝑎𝑞 + 𝐶𝑙 − (𝑎𝑞)
2 2
𝑚 𝑚
𝑅𝑇 𝑎𝐻 + 𝑋 𝑎𝐶𝑙
𝜀𝑋 = 𝜀0 − 𝑙𝑛 1
𝐹 𝑃 ൗ2
𝐻2
Medição de pH
Para uma solução-padrão S de pH conhecido:
𝑚
𝑅𝑇 𝑎𝐻 + 𝑆 𝑎𝐶𝑙 𝑚
𝜀𝑆 = 𝜀0 − 𝑙𝑛 1ൗ
𝐹 𝑃 2
𝐻2
𝑚
𝑅𝑇 𝑎𝐻 + 𝑋
𝜀𝑋 − 𝜀𝑠 = 𝑙𝑛
𝐹 𝑎𝐻 + 𝑆 𝑚
𝜀𝑋 − 𝜀𝑆 𝐹
pH X − pH S = .
2,303 𝑅𝑇
Exemplo:
Solução 0,0500 molal de biftalato de potássio a 25º C e 1 bar.
pH = 4,005
Aplicações Industriais ao
Sistemas Eletroquímicas
Pilhas e Baterias;
Processo de Eletrólise;
Técnicas eletroanalíticas;
Pilhas e Baterias
Bateria de Carro:
Pilhas e Baterias
Pilha Comum AA: