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FUNDAÇÃO DE ASSISTÊNCIA E EDUCAÇÃO - FAESA


FACULDADES INTEGRADAS ESPÍRITO-SANTENSES
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA

GEIZIANE KARLA

MÁRCIA SOUZA

MERIELLY JENIER

NATHIELY ALVES

THAYNAN ALCÂNTARA

THAYS MARTINS

ZOEL ALVARENGA

ABORDAGEM DOS ASPETOS SOCIAIS NOS CICLOS DO


DESENVOLVIMENTO HUMANO

VITÓRIA

2015
2

GEIZIANE KARLA

MÁRCIA SOUZA

MERIELLY JENIER

NATHIELY ALVES

THAYNAN ALCÂNTARA

THAYS MARTINS

ZOEL ALVARENGA

ABORDAGEM DOS ASPETOS SOCIAIS NOS CICLOS DO


DESENVOLVIMENTO HUMANO

Trabalho, apresentado às Faculdades


Integradas Espírito-santenses, curso de
Graduação em Pedagogia, como requisito
parcial de avaliação da disciplina Psicologia
da Educação 1, sob orientação da
professora Maria José Cerutti.

VITÓRIA

2015
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 5

2 Desenvolvimento Social na Infância ....................................................................... 6

2.1 Desenvolvimento social na primeira infância .................................................. 6

2.1.1 Apego versus Senso de Identidade........................................................... 6

2.1.2 A Fase Pré-Escolar ...................................................................................... 6

2.2 Desenvolvimento Social na Segunda Infância ................................................. 7

2.2.1 O Desenvolvimento da Identidade............................................................... 7

2.2.2 Brincar: A Principal Atividade da Segunda Infância ............................... 7

2.3 Desenvolvimento Social na Terceira Infância ................................................... 8

3 O Desenvolvimento Social na Adolescência ........................................................ 11

3.1 Relações com a Família .................................................................................... 11

3.2 Relações com os Amigos ................................................................................. 12

3.3 Comportamento Anti-Social e Delinqüência Juvenil ...................................... 12

4 O Desenvolvimento Social na Vida Adulta............................................................ 14

4.1 Os Relacionamentos Íntimos na Idade Adulta ............................................... 14

4.1.1 Amizade ...................................................................................................... 14

4.1.2 Amor ........................................................................................................... 15

4.1.3 Sexualidade................................................................................................ 15

4.2 Estilos de Vida Conjugais e Não Conjugais ................................................... 16

4.2.1 Vida de Solteiro.......................................................................................... 16

4.2.2 Relacionamentos Homossexuais ............................................................. 16


4

4.2.3 Concubinato............................................................................................... 17

4.3.4 Casamento ................................................................................................. 17

4.3 A Condição do Pais.......................................................................................... 18

5 O Desenvolvimento Social na Meia Idade ............................................................. 19

5.1 Relacionamentos na Meia-Idade ..................................................................... 19

5.1.1 Relacionamento com Filhos Maduros: O Ninho Vazio ............................ 19

5.1.2 Prolongando a Função dos Pais: O Ninho Atravancado......................... 20

5.2 Relacionamento com Pais Idosos................................................................... 20

6 O Desenvolvimento Social na Terceira Idade ...................................................... 22

6.1 Modelo de Envelhecimento “Bem-Sucedido” ou Ideal ................................... 22

6.1.1 Trabalho e Aposentadoria ......................................................................... 22

6.2 Relacionamentos Sociais na Terceira-Idade: A Família Multigeracional ..... 22

7 Conclusão ............................................................................................................... 24

REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 25
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1 INTRODUÇÃO
Objetivamos com este estudo, delinear os aspectos sociais que são observados
ao serem estudados os ciclos do desenvolvimento humano.

Questões como sociabilidade, relação com a família, desenvolvimento da


confiança versus o apego afetivo e os efeitos das relações de amizade, serão
abordadas ao enfocarmos o âmbito infância.

No contexto social em que os adolescentes se desenvolvem, centraremo-nos


nas relações entre estes e seus pais, pares e irmãos; bem como nas mudanças
ocorridas nesta fase - dita “rebelde” - procurando entender a sua relação com a
sexualidade emergente.

Com relação ao desenvolvimento social do adulto, trataremos de temas como a


personalidade e os estilos de vida (conjugais ou não), tópicos fundamentais para
a compreensão das trajetórias mutáveis da vida adulta.

Nos ciclos correspondente à Meia Idade e à Idade Avançada (Terceira Idade),


trataremos de alguns dilemas sociais que envolvem mudanças profundas na
vida das pessoas, como o envelhecimento, à aposentadoria, a viuvez e a
necessidade do apoio e do contato social na Terceira Idade.
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2 Desenvolvimento Social na Infância


O desenvolvimento social da infância segue a abordagem clássica da subdivisão
deste ciclo em três fases: a primeira infância, que é o período compreendido
entre o nascimento e os três anos de idade; a segunda infância - tempo
compreendido entre as faixas etárias que vão dos três aos seis anos; e a terceira
infância, período entre os seis e os onze anos - quando inicia-se a puberdade
e a pré adolescência.

2.1 Desenvolvimento social na primeira infância


Desde o desenvolvimento do senso de confiança, que caracteriza os primeiros
meses da primeira infância, a criança percorre varias etapas onde se observa o
crescimento do senso de identidade.

2.1.1 Apego versus Senso de Identidade


Durante o início do primeiro ciclo ( a primeira infância) os bebês apegam-se a
adultos que são sensíveis e receptivos às relações sociais com eles, e que
permanecem como cuidadores compatíveis por alguns meses durante o período
de cerca de seis meses a dois anos de idade. O apego possui valor adaptativo
para o bebê, assegurando que suas necessidades tanto físicas como
psicossociais sejam atendidas, ajudando assim a promover a sua
sobrevivência.

Ao se aproximar do segundo aniversário o bebê torna-se uma criança e esta


transformação pode ser vista não como apenas nas habilidades físicas e
cognitivas – como andar e falar – mas na maneira como a criança expressa a
sua personalidade e interage com os outros. A criança pequena torna-se um
parceiro mais ativo e intencional e os cuidadores agora podem “ler” os sinais da
criança, tornando possível que essas interações sincronizadas ajudem-na a
adquirir habilidades comunicativas e competência social. É a emergência do
senso de identidade.

2.1.2 A Fase Pré-Escolar


Crianças pequenas aprendem imitando umas às outras. Brincadeiras como a de
seguir o líder ajudam a estabelecer um vínculo com as outras crianças,
preparando-as para brincadeiras mais complexas durante os anos pré-escolares
(Eckerman et al., 1989). A comunicação ajuda os pares a coordenar atividades
7

conjuntas e, assim como acontece com os irmãos, o conflito também pode ter
um propósito: ajudar a criança a aprender a negociar e resolver disputas
(Caplan, Vespo, Pedersen & Hay, 1991).

Por volta dos nove meses, cerca de 50% dos bebês ocidentais costumam ter
alguma forma de cuidado regular dispensado por outras pessoas, que não os
pais - geralmente creches ou serviços assistenciais. E o impacto da creche pode
depender do tipo de duração, da qualidade e estabilidade do serviço, bem como
da renda da família e da idade em que a criança começa a receber cuidados
não maternos. Crianças tímidas ficam mais estressadas e os meninos são mais
vulneráveis ao estresse, na creche e em outros lugares, do que as meninas.

2.2 Desenvolvimento Social na Segunda Infância


Esta é a etapa em que a criança amplia a imagem que possui da próxima
identidade ( o autoconceito). Este torna-se mais nítido e mis discriminado a
medida à medida que ela adquire capacidades cognitivas e lida com tarefas mais
complexas.

2.2.1 O Desenvolvimento da Identidade


O período entre os três e os seis anos é decisivo pra o desenvolvimento
psicossocial da criança. O desenvolvimento emocional e o senso de identidade
estão enraizados nas experiências desses anos.

O desenvolvimento da identidade origina-se através do autoconceito e do


desenvolvimento cognitivo. Autoconceito é a imagem total que temos de nós
mesmos. É aquilo que acreditamos ser – o quadro total de nossas capacidades
e traços de personalidade. O senso de identidade também tem um aspecto
social: a criança incorpora em sua auto-imagem a crescente compreensão de
como os outros a vêem.

2.2.2 Brincar: A Principal Atividade da Segunda Infância


Crianças em idades pré-escolar envolvem-se em diversos tipos de brincadeira –
e esse é o seu principal “trabalho”, pois a brincadeira contribui para todos os
domínios do desenvolvimento. É por meio delas que as crianças estimulam os
sentidos, aprendem como usar os músculos, coordenam a visão com o
movimento, obtêm domínio sobre o corpo e adquirem novas habilidades.
8

Quando brincam com os computadores, aprendem novas maneiras de pensar.


(Silvern, 1998).

Durante as brincadeiras, a segregação sexual é comum entre as crianças em


idade pré-escolar e fica mais predominante na terceira infância. Mesmo quando
meninos e meninas brincam com os mesmos brinquedos, eles brincam mais
socialmente com os outros do mesmo sexo. Na maior parte do tempo, porém,
meninos e meninas brincam com coisas diferentes.

2.2.3 O Relacionamento com as Outras Crianças

Embora as pessoas mais importantes no mundo de uma criança pequena sejam


os adultos que tomam conta dela, o relacionamento com irmãos e colegas
tornam-se mais importantes na segunda infância. As primeiras brigas entre
irmãos, mais freqüentes e mais intensas, são por direitos de propriedade - quem
é o dono de um brinquedo ou quem tem o direito de brincar com ele.

Embora adultos irritados possam nem sempre ver desta maneira, brigas e
reconciliações entre irmãos podem ser vistas como oportunidades de
socialização, quando as crianças aprendem a defender princípios morais (Ross,
1996).

2.3 Desenvolvimento Social na Terceira Infância


Nesta fase, mais especificamente entre os cinco e sete anos de idade, a criança
desenvolve mudanças na autodefinição, sendo assim capaz de desenvolver um
conjunto de características que lhe permite começar a descrever a si própria.

2.3.1 Desenvolvimento da Identidade

O crescimento cognitivo que ocorre por volta dos 8 anos permite a criança
desenvolver conceitos mais complexos e ganhar compreensão e controle
emocional. Ela já consegue fazer uma autodescrição como, por exemplo, avaliar
o por quê de não se sair bem em uma matéria na escola.

Nesta fase a criança já possui consciência de que sente vergonha e orgulho, e


tem uma idéia mais clara da diferença entre culpa e vergonha. Aprendem o que
as deixa com raiva, medo ou tristes e como as outras pessoas, reagem à
expressão dessas emoções.
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A criança tende a se tornar mais empática e mais inclinada ao comportamento


pró-social na terceira infância, o que permite que se comportem
apropriadamente em situações sociais.

2.3.2 A Criança na Família

Crianças em idade pré-escolar passam uma quantidade maior de tempo livre


fora de casa do que quando eram mais novas - visitando e socializando com os
colegas. Elas também passam mais tempo na escola e com os estudos e menos
tempo nas refeições com a família do que duas décadas atrás. No entanto, o lar
e as pessoas que ali vivem continuam sendo parte importante na vida da maioria
delas.

A estrutura familiar mudou consideravelmente nas últimas gerações. Nas


gerações mais antigas, a maioria das crianças crescia em famílias com pais
biologicamente casados ou de adoção. Hoje o quadro é bem diferente. A
proporção de grupos familiares com filhos em que pai e mãe estão presentes
caiu de 87% para menos de 68%; no entanto, a proporção de mães solteiras
cresceu de 12% para 26% e as famílias de pais solteiros subiu de 1% para 6%
(Fields, 2004). Alem disso, há o crescimento das famílias onde um dos cônjuges
– ou ambos – vêem de um divórcio, formando então uma segunda família.

Outro tipo de família cada vez mais comum é a família gay ou a família lésbica.

Embora crianças em famílias de pai ou mãe solteiros apresentem um bom


relacionamento, alguns estudos verificam que essas crianças tendem a ficar
atrás, em termos sociais e educacionais se comparadas á seus pares de famílias
com ambos os pais. Crianças que vivem com pais casados tendem a ter mais
interação diária com seus pais, pois ouvem com mais freqüência histórias lidas
por eles, e progridem com maior estabilidade na escola participando mais de
atividades extracurriculares do que aquelas que vivem só com o pai ou com a
mãe (Lugaila, 2003).

2.3.3 A Criança no Grupo de Amigos

Na terceira infância, o grupo de amigos ou colegas surge de forma espontânea.


Naturalmente formam-se grupos entre crianças que vivem próximas ou vão para
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a escola juntas. Crianças que brincam juntas costumam ter quase a mesma
idade e ser do mesmo sexo. Grupos de meninos buscam atividades que sejam
típicas do gênero, mas as meninas têm maior propensão a se envolver em
atividades que pertencem a ambos os gêneros, como esportes coletivos, que
são valorizados tanto pelos meninos quanto pelas meninas (McHale, Kim,
Whiteman & Crouter, 204).

Do lado negativo, o grupo de amigos podem funcionar como “panelinhas”, com a


intenção de excluir e também de incluir. Podem reforçar preconceito: atitudes
desfavoráveis para com os de “fora”, sobretudo membros de certos grupos
raciais ou étnicos. Também podem desenvolver tendências anti-sociais.

Os pré-adolescentes, principalmente, são suscetíveis a pressão para se


conformar às regras do grupo. Para fazer parte de um grupo, espera-se que a
criança aceite os valores e normas de comportamento e, mesmo que sejam
socialmente não desejáveis, talvez elas não tenham a força necessária para
resistir. Geralmente, é na companhia dos amigos que algumas crianças fazem
pequenos furtos em lojas e começam a usar drogas (Hartup, 1992). É claro que
certo grau de conformidade aos padrões do grupo é saudável. Não é saudável
quando se torna destrutivo ou incita as pessoas a agir contra seus melhores
julgamentos.
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3 O Desenvolvimento Social na Adolescência


Apesar desta fase ser rotulada pelos problemas relacionados ao comportamento
social do jovem, veremos que na realidade não é bem assim. Estudos realizados
em diversas culturas demonstram que a proporção de jovens com desvios de
padrão comportamental considerados graves (delinqüência juvenil) representa
uma minoria bem restrita.

3.1 Relações com a Família


A idade se torna um poderoso agente de união na adolescência. Os
adolescentes passam mais tempo com os amigos do que com a família.
Entretanto a maioria dos valores fundamentais dos adolescentes permanece
mais próxima dos valores dos pais do que aquilo que geralmente é percebido.
Mesmo quando os adolescentes se voltam aos amigos em busca de modelos
de comportamento, companhia e intimidade, eles vêem nos pais uma “base
segura a partir da qual podem experimentar sua liberdade.

Os anos de adolescência tem sido chamados de época da rebeldia adolescente,


envolvendo tumulto emocional, conflito com a família, alienação da sociedade
adulta, comportamento impulsivo e rejeição aos valores adultos. Contudo,
pesquisas escolares feitas mundialmente com adolescentes sugerem que
somente cerca de um entre cinco adolescentes se enquadra nesse padrão (Offer
& Schonert-Reichl, 1992).

Contrariamente à crença popular, adolescentes aparentemente bem ajustados


não são “bombas-relógio” programadas para “explodir” mais tarde na vida. Ainda
assim a adolescência pode ser uma época difícil para os jovens e seus pais.
Conflito familiar, depressão e comportamento de risco são mais comuns do que
em outras fases da vida. Emoções negativas e variações repentinas de humor
são mais intensas no inicio da adolescência – talvez pela tensão ligada à
puberdade. No fim da adolescência, as emoções se tornam mais estáveis.

Os pais também se sentem confusos, pois têm de percorrer o tênue limite entre
dar suficiente independência aos adolescente e protegê-los de lapsos imaturos
de julgamento. Essas tensões frequentemente acarretam conflitos familiares e
os diversos estilos de educação dos filhos podem influenciar sua forma de
resultados. Além disso, o relacionamento dos adolescentes com os pais é
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afetado pela condição de vida destes - sua profissão e situação conjugal, bem
como o nível socioeconômico.

3.2 Relações com os Amigos


Uma fonte de apoio emocional durante a complexa transição da adolescência e
de pressão em favor de comportamentos que os pais podem criticar, é o
crescente envolvimento do(a) jovem com seus amigos. O grupo de amigos é
uma fonte de afeto, simpatia, entendimento e orientação moral; um lugar de
experimentação e um ambiente para conquistar autonomia e independência dos
pais. É um lugar para formar relacionamentos íntimos que servem de “ensaio”
para a intimidade adulta (Buhrmester, 1996; Gecas & Self, 1990; Laursen, 1996).

A influencia dos amigos é mais forte no início da adolescência, ela normalmente


atinge o auge dos doze aos treze anos e decresce durante o meio e o final da
adolescência, quando as relações com os pais são renegociadas. O apego aos
amigos na adolescência inicial não suscita preocupações, a menos que a ligação
seja tão forte a ponto de o(a) jovem estar disposto(a) deixar de obedecer às
regras do lar, de não fazer o trabalho de escola e não desenvolver seus
próprios talentos.

Panelinhas podem existir entre pré-adolescentes, mas não são a característica


mais proeminente no início da adolescência. Entretanto, a participação como
membro de círculos pode basear-se não somente em afinidades pessoais, mas
também na popularidade e status social. Os membros que tem o status mais
elevado são reconhecidos como líderes e as próprias panelinhas formam uma
hierarquia que parece hostil para quem é de fora.

3.3 Comportamento Anti-Social e Delinqüência Juvenil


Para que seja possível compreender comportamentos anti-sociais e delinqüência
na adolescência torna-se necessário estudar as interações entre os fatores
ambientais e os fatores genéticos do jovem.

Os pais começam a moldar o comportamento pró-social ou anti-social através de


suas respostas às necessidades emocionais básicas dos filhos. Os pais de
jovens que se tornam anti-sociais, frequentemente deixaram de reforçar o bom
comportamento no inicio da infância e foram implacáveis ou incoerentes ao punir
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o mau comportamento. Ao longo dos anos, esses pais talvez não tivessem se
envolvido estreita e positivamente na vida dos filhos e não perceberam – ou se
perceberam, ignoraram - os padrões negativos que se formavam.

Circunstâncias familiares podem influir no desenvolvimento de comportamentos


anti-sociais. A privação econômica persistente pode solapar uma sólida
educação familiar ao privar a família de capital social. Crianças pobres tem mais
probabilidade do que outras crianças de cometerem atos anti-sociais e aquelas
cujas famílias são continuamente pobres tendem a tornar-se mais anti-sociais
com o tempo.

Os programas para prevenir e tratar a delinqüência na adolescência que


obtiveram maior eficácia foram aqueles que estabeleceram como alvo as
crianças urbanas de alto risco. Tiveram a duração de pelo menos dois dos
primeiros anos das vidas das crianças e as influenciaram diretamente mediante
cuidados diários ou com educação de alta qualidade. Ao mesmo tempo,
ofereceram assistência e apoio às necessidades de suas famílias.
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4 O Desenvolvimento Social na Vida Adulta


Para muitos jovens de hoje (em nossa sociedade) a idade adulta emergente -
período que envolve aproximadamente dos dezoito anos até meados da
segunda década de vida - é um tempo de experimentação antes de assumirem
os papéis e responsabilidades de adultos.

Tarefas desenvolvimentais tradicionais, como encontrar um trabalho estável e


desenvolver relacionamentos afetivos de longa duração, costumam ser
postergados até os trinta anos (Roisman, Masten, Coatswarth & Tellegen, 2004).

4.1 Os Relacionamentos Íntimos na Idade Adulta


A necessidade de estabelecer relacionamentos fortes, estáveis, estreitos e
carinhosos é um forte motivador do comportamento humano. Um elemento
importante no relacionamento íntimo, por exemplo, é poder revelar informações
importantes a respeito de si mesmo para outra pessoa ( a “auto-revelação”).

Os relacionamentos íntimos exigem habilidades como autoconsciência, empatia,


capacidade para comunicar emoções, resolução de conflitos, capacidade para
manter compromissos e - se o relacionamento é potencialmente sexual - tomar
decisões sobre sexo. Essas habilidades são fundamentais quando adultos
jovens decidem se casar ou formar parcerias sem casamento.

4.1.1 Amizade
As amizades na idade adulta tendem a centrar-se nas atividades de trabalho, de
criação de filhos e na partilha de confidências e conselhos (Hartup & Stevens,
1999). Algumas amizades são extremamente íntimas e colaborativas; outras
são marcadas por conflitos constantes. Alguns amigos podem ter muitos
interesses em comum; outros se baseiam em um único interesse compartilhado.
Algumas amizades são para vida inteira; outras são fugazes. Algumas “melhores
amizades” são mais estáveis do que os laços com um amante ou cônjuge.

As mulheres normalmente têm mais amizades íntimas do que os homens e


acham as amizades com outras mulheres mais satisfatórias do que as amizades
com homens.

Homens tem mais propensão a compartilhar informações e atividades - e não


confidências - com amigos (Rosenbluth & Steil, 1995). As mulheres tem mais
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tendência de conversarem com suas amigas sobre seus problemas conjugais e


de receber conselhos e apoio.

4.1.2 Amor
O relacionamento amoroso, para ser bem sucedido, depende de três elementos:
intimidade, paixão e compromisso.

 A intimidade envolve a auto-revelação e esta eleva à


ligação entre os entes, envolvendo-os em ternura e
confiança.
 A paixão é o elemento motivacional, baseado em
impulsos interiores que traduzem a excitação fisiológica
em desejo sexual.
 O compromisso é o elemento cognitivo – é a decisão de
amar e permanecer com a pessoa amada. O grau em
que cada um desses elementos está presente determina
que tipo de amor as pessoas sentem.

O ditado segundo o qual “os opostos se atraem” não é confirmado pelas


pesquisas e tampouco os adultos escolhem parceiros iguais a eles próprios.
Pares casados e felizes nem sempre se comparavam em termos de amabilidade
e nem em outras dimensões de personalidade. As diferenças de personalidade
tem pouco a ver com a escolha de um parceiro ou com a probabilidade de
felicidade conjugal (Gattis ser al., 2004).

4.1.3 Sexualidade
Os homens tendem a mostrar mais desejo sexual do que as mulheres. Eles
tendem a querer sexo frequentemente e procurar o prazer físico enquanto as
mulheres tendem a querer o sexo dentro de relacionamentos íntimos e
comprometidos.

A crença e as atitudes das mulheres em relação à sexualidade são mais


influenciada por fatores culturais, sociais e situacionais. A freqüência da
atividade sexual das mulheres varia mais do que a dos homens e sua
identificação é mais receptiva a influências externas.
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4.2 Estilos de Vida Conjugais e Não Conjugais


Em muitos países ocidentais, as normas atuais para os estilos de vida
socialmente aceitáveis estão mais elásticas do que eram durante a primeira
metade do século XX. Atualmente as pessoas casam-se mais tarde, quando se
casam; mais pessoas tem filhos fora do casamento e mais pessoas rompem o
casamento. As pessoas podem permanecer solteiras, viver com um parceiro de
qualquer um dos sexos, divorciar-se e recasar. Também podem ser pai/mãe
solteiro(a) ou permanecer sem ter filhos. As opções de uma pessoa podem
modificar-se muito durante a idade adulta.

4.2.1 Vida de Solteiro


Atualmente, o cenário social tende a ser caracterizado por “ligações” casuais
(encontros puramente físicos). Não obstante, alguns jovens adultos permanecem
solteiros: uns por que não encontram os parceiros certos, outros são solteiros
por opção.

Um número maior de mulheres cuida de si mesma e encontra menos pressão


social para se casar. Algumas pessoas querem ser livres para enfrentar riscos,
experimentar e fazer mudanças – seguir carreira, aprimorar a educação ou
realizar trabalhos criativos sem se preocupar em como sua busca de auto-
realizarão iria afetar a outra pessoa.

Alguns gostam da liberdade sexual – acham este estilo de vida excitante.


Outros adiam e evitam o casamento devido ao temor de que ele acabe em
divórcio. E este temor faz sentido, por que quanto mais jovens as pessoas são
quando se casam pela primeira vez, maior é a probabilidade de se separarem.

4.2.2 Relacionamentos Homossexuais


De acordo com um estudo de casais homossexuais com ou sem uniões civis, as
lésbicas que estão em união civil são mais abertas em relação às suas
orientações sexuais do que as lésbicas que não estão em união civil e gays que
estão em união civil são mais unidos às suas famílias de origem do que gays
sem união civil. Mas com ou sem união civil, os casais gays ou lésbicos tendem
a ter uma divisão menos tradicional do trabalho do que casais heterossexuais.
17

4.2.3 Concubinato
O concubinato é um estilo de vida cada vez mais comum, no qual um casal não
casado - envolvido em um relacionamento sexual - mora junto. Seu aumento
nas últimas décadas, reflete a natureza exploratória da idade adulta emergente e
a tendência par adiar o casamento.

Os relacionamentos de concubinato tendem a ser menos satisfatórios e menos


estáveis do que os casamentos. Aproximadamente a metade dos concubinatos
acaba no primeiro ano – frequentemente termina em casamento - e somente
um entre dez dura cinco anos.

As pessoas que vivem em concubinato tendem a ter atitudes não convencionais


acerca da vida familiar, e têm menos propensão do que a maioria das outras
pessoas a escolher parceiros idêntico as à elas próprias em termos de idade,
raça ou etnia e estado civil anterior.

4.3.4 Casamento
A vida de casado provoca grande mudanças no tocante ao funcionamento
sexual, às disposições de vida, aos direitos e responsabilidade, à apegos e
fidelidades. Entre outras tarefas, os cônjuges precisam redefinir a ligação com
suas famílias originais, equilibrar intimidade com autonomia e estabelecer um
relacionamento sexual gratificante.

Os casamentos, de um modo geral, são tão felizes quanto há vinte anos, pois os
parceiros tem mais ou menos a mesma probabilidade de se divorciarem; mas
atualmente os maridos e as esposas passam menos tempo fazendo coisas
juntos.

Um fator sutil subjacente ao conflito conjugal e resultante para o fracasso do


casamento, pode ser uma diferença entre aquilo que o homem e a mulher
esperavam: as mulheres tendem a atribuir mais importância à expressão
emocional no casamento do que os homens (Lavee & Bem-Air, 2004).

As esposas, também, tendem a prolongar a discussão de uma questão,


ressentindo-se caso os seus maridos revidem ou evitem a responsabilidade de
seu papel no conflito. Os maridos, diferentemente, tendem a ficar satisfeitos se
18

suas esposas simplesmente optarem por “fazer as pazes” (Fincham, Beach &
Davila, 2004).

4.3 A Condição do Pais


Tanto homens quanto mulheres tem sentimentos confusos a respeito de se
tornarem pais. Juntamente com o entusiasmo, eles podem sentir ansiedade a
respeito da responsabilidade de cuidar de um filho, juntamente com o
comprometimento de tempo e energia que isso envolve.

Além disso, a satisfação conjugal decresce durante a fase da criação de filhos.


Mas, por outro lado, aqueles pais que se envolvem diretamente nos cuidados
com os filhos, sentem-se melhor em relação à paternidade.
19

5 O Desenvolvimento Social na Meia Idade


A meia idade já foi considerada um período relativamente estável. Apesar de
grandes pensadores, como Freud, considerarem as pessoas nesta idade já com
a personalidade permanentemente formada, atualmente teóricos humanistas,
como Maslow e Carl Rogers, olham para a vida adulta intermediária como a
oportunidade para uma mudança positiva.

De acordo com Maslow a auto-realização (realização plena do potencial


humano) pode vir apenas com a maturidade. Rogers sustentou que o pleno
funcionamento humano exige um processo constante por toda a vida no sentido
de trazer o seu “eu” em harmonia com a experiência.

5.1 Relacionamentos na Meia-Idade


Para a maioria dos adultos na meia-idade os relacionamentos são a chave mais
importante para o bem estar. Talvez estes relacionamentos sejam a fonte
principal de saúde e satisfação, embora também possam apresentar demandas
estressantes.

Essas demandas tendem a pesar mais nas mulheres, pois o sentido de


responsabilidade e preocupação pelos outros pode prejudicar o bem-estar de
uma mulher, quando problemas e infortúnios afligem o companheiro, filhos, pais,
amigos ou colegas de trabalho. Denomina-se esse fenômeno de “estresse
viciário” e seu estudo pode ajudar a explicar por que mulheres de idade
intermediária são especialmente suscetíveis à depressão e outros problemas de
saúde mental. Além disso permite entender por que elas tendem a ser mais
infelizes em seus casamentos do que os homens (Antonocci & Akiyama, 1997;
Thomas, 1997).

5.1.1 Relacionamento com Filhos Maduros: O Ninho Vazio


As idéias e teorias ligadas à expressão “ninho vazio” - que significa o vácuo
existencial experimentado pelo casal pela partida dos filhos - vêm sendo
questionadas como ultrapassadas. Hoje estudos demonstram que os efeitos do
“ninho vazio” em um casamento dependem da qualidade e duração deste. Em
um bom casamento, a partida dos filhos crescidos pode prenunciar uma
segunda lua-de-mel (Robinson & Blaton, 1993). Em um casamento com
problemas, em que um casal ficou junto apenas pelos filhos e que agora pode
20

não ver razão prolongar essa ligação, a sua intensidade (efeito do “ninho vazio”)
é muito maior.

5.1.2 Prolongando a Função dos Pais: O Ninho Atravancado


Alguns pais têm dificuldades em tratar os filhos como adultos e muitos adultos
jovens têm dificuldades em aceitar a contínua preocupação de seus pais para
com eles. Mas maioria dos adultos jovens e de seus pais de meia-idade gosta da
companhia uns dos outros e se dão bem.

Assistimos, cada vez mais, o crescimento do efeito da chamada “síndrome da


porta giratória” (algumas vezes chamada de fenômeno bumerangue), em que
jovens adultos entre 25 e 34 anos vivem na casa dos pais. Os mais propensos
são os filhos solteiros, divorciados ou separados e aqueles que rompem um
relacionamento de concubinato.

Para muitos jovens casa da família pode ser um porto seguro em vários
aspectos enquanto se organizam e recuperam o equilíbrio financeiro, conjugal
ou qualquer outro (Bengston, 2001; Silverstein & Benston, 1997).

5.2 Relacionamento com Pais Idosos


Os anos de meia-idade podem trazer mudanças dramáticas, mesmo que
gradativas, aos relacionamentos filiais. Muitas pessoas de meia-idade enxergam
seus pais de uma forma mais objetiva do que antes, e os vêem como indivíduos
com suas forças e fraquezas.

As gerações se dão melhor enquanto os pais são saudáveis e vigorosos.


Quando pessoas idosas ficam enfermas – sobretudo se elas sofreram
deterioração mental ou mudança de personalidade – o peso de cuidar deles
pode desgastar um relacionamento (Antonucci et al., 2001; Marcoen 1995).

Uma vida mais longa, especialmente em países desenvolvidos, significa maiores


riscos de doenças crônicas e invalidez e as famílias são menores do que no
passado, portanto possuindo menos filhos para compartilhar os cuidados com o
pai ou com a mãe.

Cuidar é uma tarefa estressante. Passar horas sem fim com um pai idoso
portador de problemas mentais e que talvez nem mesmo reconheça o seu
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cuidador, pode ser aflitivamente solitário. Algumas vezes o cuidador torna-se


física e mentalmente doente sob tal tensão, contribuindo para que o
relacionamento entre os dois se deteriore. Algumas vezes o estresse criado
pelas demandas pesadas e incessantes do cuidar é tão grave, que leva ao
abuso, à negligência ou até ao abandono da pessoa idosa dependente.

Mas quando o cuidador ama profundamente um parente enfermo e se preocupa


com a continuidade da família, considera o ato de cuidar como um desafio a ser
enfrentado. Se este (o cuidador) dispõe de recursos pessoais, familiares e
comunitários adequados para ajudá-los nesse trabalho, cuidar pode ser uma
oportunidade de crescimento pessoal, a qual confere competência, compaixão,
autoconhecimento e autotranscendência.
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6 O Desenvolvimento Social na Terceira Idade


A medida que envelhecem as pessoas tendem a passar menos tempo com os
outros. O trabalho é uma conveniente fonte de contato social; assim, pessoas
que se aposentaram há muito tempo têm menos contatos sociais do que
aposentados recentes ou aqueles que continuam trabalhando.

Ao se aproximar o fim da vida e tomarem ciência de o tempo que lhes resta


tornou-se curto, os adultos mais velhos escolhem estar com as pessoas que
atendem às suas necessidades emocionais mais imediatas.

6.1 Modelo de Envelhecimento “Bem-Sucedido” ou Ideal


O conceito de envelhecimento “bem-sucedido” ou ideal – em contraste com a
idéia de que o envelhecimento é resultante de um inevitável processo de perda e
declínio – representa a maior mudança de foco em gerontologia de todos os
tempos. A nova gerontologia e seus métodos passaram a permitir e responder o
por quê do crescente número de pessoas idosas ativas e saudáveis.
Evidentemente, existem fatores múltiplos que contribuem para o bem-estar na
terceira idade, e a condição econômica parece ser fundamental.

6.1.1 Trabalho e Aposentadoria


Aposentar-se consiste na mais penosa decisão de estilo de vida que as pessoas
têm de tomar à medida que se aproximam da terceira-idade. Esta decisão afeta
a sua situação financeira e seu estado emocional, tanto quanto o modo como
elas passam o tempo e se relacionam com a família e com os amigos.

A necessidade de fornecer apoio financeiro a inúmeros idosos aposentados


também tem sérias implicações para a sociedade. Outra necessidade social é a
necessidade de esquemas de vida adequados e de assistência para pessoas
que não podem mais se manter sozinhas.

6.2 Relacionamentos Sociais na Terceira-Idade: A Família Multigeracional


Nos países em desenvolvimento os adultos idosos vivem normalmente com os
filhos adultos e os netos em domicílios multigeracionais. O sucesso de tal
esquema depende muito da qualidade do relacionamento que existiu no passado
e na habilidade de ambas as gerações de se comunicar total e francamente.
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O apoio emocional ajuda demasiadamente as pessoas mais velhas –


principalmente os muito velhos – a manter satisfação na vida, em face ao
estresse e aos traumas, como a perda de um cônjuge ou de um filho, uma
doença potencialmente letal ou um acidente. Laços positivos tendem a melhorar
a saúde e o bem estar do idoso.
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7 Conclusão
Este foi um trabalho, que embora possa apenas ser qualificado como uma curta
resenha bibliográfica, foi muito útil nós, estudantes calouros do curso de
Pedagogia. Estarmos diante de apaixonantes temas que envolvem toda a
existência humana - como os diferentes ciclos de vida – vem sendo uma
experiência ímpar e algo muito motivador para os nossos estudos.

Através de obras consideradas clássicos do gênero, passamos a entender por


que, apesar de estudarmos o desenvolvimento do indivíduo em fases ou ciclos,
este não pode ser compreendido de forma compartimentada e sim como uma
entidade íntegra a percorrer o longo caminho da existência.

A cada ciclo, observamos a luta do indivíduo para se amalgamar à grande teia


social, desde os primeiros anos - com a família - aos últimos períodos da
existência - na terceira idade - quando há uma diminuição seletiva do processo
de interação com as pessoas e com o meio que o cerca.

Esta abordagem social através do estudo das fases do desenvolvimento


humano, nos possibilitou compreender um pouco sobre sua utilização no
universo da educação, como por exemplo na estruturação e seleção de
conteúdos de programas curriculares e de avaliação tendo como parâmetros os
ritmos diferenciados de aprendizado entre os alunos.
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REFERÊNCIAS

DESENVOLVIMENTO HUMANO. Papalia, Diane; Olds, Selly Wenkos; Feldman, Ruth


Duskin; (editora Artmed 10ª ed 2010).

DESENVOLVIMENTO HUMANO – Experienciando o ciclo de vida. Belsky, Janet; editor


(Artmed 2010, 5ª ed).

Portal Educação,
http://www.educacao.rs.gov.br/dados/edcampo_texto_miguel_arroyo_ciclos.pdf

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