Sunteți pe pagina 1din 4

34ª aula

Sumário:
Tamanho dos núcleos. Energia de ligação

Tamanho dos núcleos

A experiência de Rutherford (33ª aula) permitiu estabelecer um limite máximo


para a dimensão dos núcleos atómicos. Os dados experimentais indicavam que o raio
nuclear não deveria exceder 10−13 m, mas verificou-se posteriormente que ainda era,
afinal, cerca de 10 vezes menor. Como o raio atómico é da ordem de 10−10 − 10−9 m
conclui-se que a dimensão do núcleo é 10 000 a 100 000 menor do que a do átomo.
Depois da experiência de Rutherford muitas outras se lhe seguiram e que permitiram
determinar, cada vez com maior rigor, a dimensão nuclear.
Na experiência de Rutherford, as partículas alfa não eram suficientemente
energéticas para “tocar” o núcleo: o desvio que sofriam ficava-se a dever à repulsão
electrostática entre a sua carga positiva e a carga positiva dos núcleos de ouro. Em
experiências posteriores começou a ser possível que os “projécteis” interagissem
directamente com o alvo, alterando-lhe o número de protões e/ou de neutrões. Com a
possibilidade de se realizarem reacções nucleares abria-se um mundo novo na Física
que viria a ter uma enorme repercussão no desenvolvimento das sociedades.
Numa primeira aproximação podemos afirmar que os núcleos são esféricos,
embora alguns apresentem forma prolata (forma de charuto) ou oblata (forma de
panqueca) mais ou menos pronunciadas. O raio médio dos núcleos depende do número
dos seus nucleões constituintes. A Fig. 34.1 mostra a dependência do raio nuclear, R,
com o número de massa, A.

R / fm

1 2 3 4 5 6 7 A1/3

Figura 34.1

No eixo horizontal representa-se a variável A1 / 3 e os dados experimentais mostram que


o raio é directamente proporcional a esta variável. Exprimindo o raio em fermis (ou
femtometros, 1 fm=10−15 m), a relação entre ambos exprime-se por

1
R = 1,4 A1 / 3 (fm ) . (34.1)

27 64
Um núcleo de Al tem raio 4,2 fm e um de Zn tem raio 5,6 fm. O núcleo de urânio
138
238, U , é o de maior dimensão com existência natural, com raio de cerca de
9 × 10 −15 m .
Como o volume é proporcional ao cubo do raio, conclui-se que o volume varia
linearmente com A: V ∝ A . Podemos, portanto, afirmar, que o volume do núcleo é
directamente proporcional ao número de partículas que ele contém. O mesmo se passa
com a água, por exemplo: o dobro de uma certa quantidade de água ocupa o dobro do
volume. Essa relação tem a ver com a pouca compressibilidade da água. Também a
“matéria nuclear” é pouco compressível.

Energia de ligação

Para além do tamanho, uma outra característica básica dos núcleos é a sua
massa. As massas dos núcleos são conhecidas com grande precisão. Ora, uma
observação atenta mostra que a massa dos núcleos não é igual à soma das massas dos
seus constituintes. Esta soma das massas dos nucleões separados é sempre maior do que
a massa do mesmo conjunto de nucleões agregados formando o núcleo atómico estável.
A energia de ligação, que é também uma característica dos núcleos, está directamente
relacionada com esta diferença de massas. Mais à frente nesta secção tornaremos esta
ideia mais quantitativa.
Para dar um exemplo concreto, consideremos o átomo de carbono. A soma das
massas dos seus constituintes é

6mp + 6mn + 6me = 12,0989 u (34.2)

ao passo que a massa do átomo é

M (C) = 12,0000 u . (34.3)

Nestas expressões estamos a usar a unidade de massa atómica (unificada), cujo símbolo
é u, que é, por definição, 1/12 da massa do átomo do nuclídeo de carbono 12 no seu
estado fundamental. A relação com a unidade do SI é

1 u ≈ 1,66054 × 10 −27 kg . (34.4)

Comparando as expressões (34.2) e (34.3) conclui-se que há uma diferença ou “defeito”


de massa (mass defect) entre todos os constituintes de um átomo desagregados e
agregados.
A famosa relação de Einstein,

E = mc 2 , (34.5)

2
dá significado a este resultado. A relação de Einstein, obtida em 1905 no quadro da
Teoria da Relatividade Restrita, consagra a equivalência entre massa e energia. Uma
certa quantidade de massa pode converter-se em energia e vice-versa1.
Designemos por mi a massa dos constituintes de um núcleo (protão ou neutrão).
Quando estão infinitamente afastados e em repouso a energia destes constituintes é
A
mi c 2 . Designando por Mc 2 a energia do núcleo, a diferença entre os dois valores é,
i =1
por definição, a energia de ligação:

A
B= mi c 2 − Mc 2 . (34.6)
i =1

O significado físico da energia de ligação é claro: trata-se da energia libertada quando o


núcleo se forma por agregação dos seus constituintes. Pode também dar-se à energia de
ligação nuclear um significado que tem a ver com o processo oposto: trata-se da energia
que é necessário fornecer a um núcleo para o desagregar completamente nos seus
constituintes.
O conceito de energia de ligação aplica-se também aos átomos. Qual terá maior
massa, o átomo de hidrogénio ou protão mais electrão separados? Têm maior massa os
constituintes do átomo separados. No estado fundamental, a energia de ligação do
átomo de hidrogénio é 13,6 eV. Sempre que um protão e um electrão se combinam para
formar um átomo de hidrogénio, há emissão de um fotão com aquela energia. Ao invés,
se queremos desagregar o átomo de hidrogénio, ou seja, separar o protão e o electrão,
teremos de fornecer a energia de 13,6 eV. Nos átomos mais pesados as energias de
ligação são da ordem do quilo-electrão-volt (símbolo keV).
No caso dos núcleos as energia de ligação são muito mais elevadas, da ordem do
mega-electrão-volt (símbolo MeV). O deuterão, que é um isótopo do hidrogénio com
um protão e um neutrão, a energia de ligação é 2,2 MeV. Para o bismuto a energia de
ligação é 1640 MeV.
De uma maneira geral, a energia de ligação de um núcleo com Z protões e N
neutrões é

Bnúcleo = [Z mp + N m n − M ( núcleo)] c 2 . (34.7)

Quanto maior for a energia de ligação mais estável será o núcleo. É habitual representar
a energia de ligação por nucleão, que é a energia (34.7) a dividir pelo número de
nucleões: B / A . É esta a quantidade que se representa na Fig. 34.2 em função do
número de massa, A.

1
Daqui se conclui que a energia, para além de momento linear, tem um parâmetro de inércia E/c2!

3
B/A Fe
(MeV)
O
8 Hg
C E2
He U

E1
4

2
2
1 H

50 100 150 200


A

Figura 34.2

A curva tem um máximo para o ferro 56. Este é, de facto o núcleo mais estável. Para
números de massa superiores (núcleos pesados) a energia de ligação por nucleão
decresce suavemente. Para números atómicos inferiores (núcleos leves) a energia de
ligação também decresce mas de uma maneira menos regular, observando-se mesmo, na
região próxima de zero um comportamento irregular.
A energia de ligação média por nucleão é cerca de 8 MeV. Repetimos o
significado físico deste valor: para separar completamento um núcleo nos seus nucleões
constituintes é necessário fornecer a energia A × 8 MeV , sendo A o número de nucleões.
O deuterão tem uma energia de ligação anormalmente baixa. Por isso, quando
dois deuterões se fundem para formar hélio liberta-se uma enorme quantidade de
energia: a energia E1 indicada na figura (cerca de 6 MeV) a multiplicar pelo número de
nucleões (quatro: dois protões e dois neutrões). Na próxima aula referir-nos-emos de
novo aos processos de fusão nuclear.
O urânio 235, tal como outros núcleos pesados, pode cindir-se em dois
fragmentos de massa aproximadamente igual. A soma da massa dos fragmentos é
inferior à massa do núcleo original. A diferença de energia (recordar que massa e
energia são equivalentes) é libertada. Voltaremos na próxima aula o estudo destes
processos designados de cisão ou fissão nuclear. No caso indicado na Fig. 34.2 a
energia libertada é E2 por nucleão.

S-ar putea să vă placă și