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HISTÓRIA DO ENSINO DE ARTES

VISUAIS NO BRASIL
Arte como técnica

ENSINO DAS ARTES VISUAIS


Profa. Carla Rodrigues
Academia Imperial no Brasil
Depois da expulsão dos jesuítas e da vinda da família
real para as terras coloniais, em 1808, o ensino de
arte, apesar de manter uma orientação muito
tradicional em relação aos seus métodos de ensino,
baseado na imitação, nas regras e na apreensão da
técnica, passa a ter outra orientação estética.

O Neoclassicismo

Missão Artística Francesa e a criação da Academia


Imperial de Belas Artes em 1816
Arte acadêmica no Brasil
O estilo neoclássico negava as formas de arte do
barroco, de influência religiosa. Buscou-se desenvolver,
através das academias de arte, uma produção artística
orientada pelo uso da razão, focada no equilíbrio, na
moderação e no idealismo das formas, das cores, da
composição. A pintura neoclássica, também
denominada acadêmica, coloca o desenho como meio
estrutural de uma obra de arte.

A metodologia eclesiástica dos jesuítas foi substituída


pelo pensamento pedagógico da escola pública e laica,
focado na racionalidade.
A formação do artista neoclássico

No âmbito da formação
profissional, sob orientação
neoclássica, o ensino de arte
estava essencialmente voltado
para o domínio técnico, para a
apreensão dos cânones
clássicos de composição, forma
e proporção, de conceitos e
categorias, através de exercícios
de reprodução, como o desenho
de modelo vivo ou a produção
de retratos.

Dom João VI, de Jean-Baptiste Debret,


1817
Museu Nacional de Belas Artes - RJ
Mas esta ênfase na apreensão dos
cânones clássicos e no domínio da
técnica implica em uma produção
com pouca (ou nenhuma) liberdade
criativa?
O desenho como projeto
As práticas artísticas ligadas às academias não
estavam isentas de criatividade, ao contrário do
que buscam defender os discursos modernistas
sobre o século XIX. Neste contexto, predominava
o entendimento de que a ideia precedia a obra
de arte e, neste sentido, o disegno (no sentido de
projeto) era a base fundamental da produção.
(PEREIRA, 2004; SOARES, 2008)

O desenho era a materialização da ideia do


artista; a obra seria, portanto, a tradução da
ideia.
O desenho como projeto

Estudo Cena de Batalha de Manuel de Araújo Porto Alegre


O desenho como projeto

Estudo de Pedro Américo, 1886


A ênfase no desenho

“O método de ensino acadêmico explicitava


este processo de trabalho, com duas etapas
claramente demarcadas: a primeira em que
se concebia a ideia da obra e a segunda com
a sua concretização técnica.”
Na produção artística neoclássica, o desenho era
mais do que uma técnica de composição, era o
projeto inicial da obra.

O método de ensino das academias buscava


desenvolver nos alunos a capacidade de
primeiramente conceituar a obra de arte e, neste
sentido, o desenho tinha papel fundamental.
École des Beaux-Arts de Paris
Métodos alinhados com o grandes concursos

“na primeira fase, o aluno, isolado numa cela na École,


fazia um esboço com sua solução ao problema proposto
para o concurso; depois, na fase seguinte, desenvolvia a
ideia inicial fora da École, geralmente no ateliê de seu
mestre, chegando à obra final, que era finalmente
entregue na École para julgamento. A primeira tarefa do
júri era compará-la com o esboço inicial: se o aluno
tivesse se afastado da ideia original, era imediatamente
desclassificado.” (PEREIRA, 2004, p. 2)
Talento na escolha da composição

A realização do desenho inicial, que seria o produto


de uma ideia materializada, comprovava o potencial
do aluno na escolha da composição da obra.
“a demonstração do talento – e sua consequente
consagração – ficava evidenciada logo no
primeiro esboço, portanto na ideia, como fica
claro nos exemplos de artistas consagrados ainda
alunos, pelo brilhantismo na apresentação de
soluções originais”. Pereira (2004, p.2),
Talento na escolha da composição

A morte de Marat, de Jacques Louis David


Os métodos de ensino nas
academias
O desenho, devido à filiação neoclassicista da
instituição, era o principal fundamento da sua
metodologia de ensino. A pintura somente era
praticada em um estágio posterior, quando o aluno já
tivesse domínio sobre o traço, volume, luz, sombra
etc., começando pela cópia de algum detalhe de
uma pintura e, após muitos exercícios de
composição, era permitido criar uma pintura do início
ao fim, com retoques suficientes para tirar todas as
imperfeições
Batalha dos Guararapes, de Victor Meirelles, 1879 (Museu
Nacional de Belas Artes - RJ
Subordinação da imaginação à
observação passiva e quase
mecânica, por meio da cópia e da
repetição?
Estaria a técnica desprovida de
criatividade?
Desenho e imitação

“O temerário equívoco (moderno) de


associar aquele usual procedimento de
cópia à falta de talento ou imaginação”.
(PIFANO, 2008, p. 25)

No pensamento estético moderno -


originalidade está associada à novidade, ao
nunca visto;
No pensamento tradicional a novidade está
em “uma forma nova de conta (pintar) o já
conhecido”
Imitação e criação
A criatividade era explorada no processo de
elaboração do projeto da obra (o desenho), que
tinha por base a imitação de modelos, mas tinha
como objetivo, por outro lado, a criação de uma
nova solução.

“no processo de imitação de um modelo de


autoridade, interferia a invenção que resultava
em obra distinta sem, contudo, ocultar o modelo
primeiro, ou seja, a novidade da obra era
revelada pela obra imitada ou, melhor,
emulada”. Pifano (2008)
O rapto das Sabinas, de Nicolas Poussin, 1634-35
(Metropolitan Museum, NY)
O rapto das Sabinas, de Peter Paul Rubens, 1635-40 (National
Gallery, Londes)
O rapto das Sabinas, de Jacques Louis David,
1799 (Museu do Louvre, Paris)
Estudo para O rapto das Sabinas, de Jacques Louis David
Referências
CUNHA, Fernanda Pereira. A Educação pelo Olhar: Aspectos das
Tecnologias do Ensino Intuitivo. In: BARBOSA, Ana Mae (Org.) Ensino da
arte: memória e história. São Paulo: Perspectiva, 2011.

PEREIRA, Sonia Gomes . Repensando alguns conceitos do ensino acadêmico:


desenho, composição, tipologia e tradição clássica. In: XXIV Colóquio do Comitê
Brasileiro de História da Arte, 2005, Belo Horizonte. Anais XXIV Colóquio
CBHA. Belo Horizonte: Comitê Brasileiro de História da Arte, 2004.

PIFANO, Raquel Quinet. A arte de copiar: gravura, pintura e artista colonial. Arte
& Ensaio (UFRJ), v. 17, p. 24-33, 2008.

SILVA. E. M. ; ARAÚJO, C. M. Tendências e concepções do ensino da Arte


na educação escolar brasileira: um estudo a partir da trajetória histórica
e sócio-epistemológica da arte/educação. Anais 27ª ANPED. 2007.

SOARES, R. B. O Ensino nas Academias de Arte: Uma revisão


historiográfica. Revista Digital Art& - Ano VI. n.9, 2008. Disponível em:
http://www.revista.art.br/site-numero-09/trabalhos/01.htm

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