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Cosmologia Grega
O desenvolvimento do pensamento filosófico, na Grécia, em meados do século VI a.C.,
amplia consideravelmente o campo de ação da inteligência humana;
As cosmologias pré-socráticas diferenciam-se dos discursos míticos por aspirarem a
explicações exclusivamente racionais da realidade;
A passagem do mito ao discurso cosmológico comporta mudanças qualitativas.
O conhecimento filosófico não deve ser imposto por uma autoridade política ou
religiosa, tampouco exigir a simples credulidade das pessoas, necessitando, ao
contrário, da demonstração racional de suas afirmações; é passível de críticas, de contra
argumentações e de sucessivas reformulações.
Os pitagóricos
“Todas as coisas são números”
A Escola pitagórica (filosófica e religiosa) foi fundada por Pitágoras de Samos (570-497
a.C.).
Para Pitágoras, a essência de todas as coisas reside nos números, os quais representam
a ordem e a harmonia em um cosmo harmonicamente estruturado.
Para o historiador Thomas Giles, “Pela primeira vez se introduzia um aspecto mais
formal na explicação da realidade, isto é, a ordem e a constância”.
Assim, a essência dos seres, a arché, teria uma estrutura matemática na qual derivariam
problemas como: finito e infinito, par em par, unidade e multiplicidade, reta e curva,
círculo e quadrado, etc.
Pitágoras dizia que no “fundo de todas as coisas”, a diferença entre os seres consiste,
essencialmente, em uma questão de números (limite e ordem das coisas).
A escola pitagórica contribuiu para os estudos na matemática (teorema), música,
astronomia, crenças místicas sobre a imortalidade da alma, à reencarnação dos
pecadores, à prescrição de rígidas condutas morais, etc.