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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS


Curso: Engenharia de Produção Civil
Campus II

APOSTILA

Disciplina: Introdução à Economia


2º semestre/2014

PROFa.: Jane Noronha Carvalhais


2

Prezado(a) Aluno(a),

Essa apostila foi elaborada com o objetivo de facilitar a compreensão das


aulas e da evolução da matéria e deverá acompanhá-lo(a) em todas as aulas. Ela
foi escrita sob a forma de um roteiro, apresentando o conteúdo de maneira
esquemática.

Apesar de contemplar toda a matéria, ela não tem a pretensão de substituir


obras já consagradas no ensino da Teoria Econômica, sugeridas na bibliografia
abaixo. Portanto, para desenvolver as atividades propostas (estudos dirigidos,
provas ou seminários), você poderá utilizá-la, acompanhada da bibliografia
indicada.

Observe que ao final de cada seção, você encontrará um conjunto de


exercícios que deverão ser entregues, em datas previamente agendadas em sala de
aula, conforme o andamento do conteúdo lecionado.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

 Introdução
 Os problemas fundamentais da Economia
 Funcionamento de uma economia de mercado
 Estruturação do mercado
 Noções gerais de Microeconomia (Teoria do Consumidor, Teoria da Produção e
Teoria dos Custos)
 Análise macroeconômica
 Introdução à economia monetária
 Fundamentos da Política Macroeconômica
 Noções sobre Balanço de Pagamentos
3

BIBLIOGRAFIA:

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. VASCONCELOS, Marco Antônio Sandoval. Economia: micro e macro. São


Paulo: Atlas, 2008.
2. MANKIW, G. Introdução à economia. 5ª ed. São Paulo: Cengage Learning,
2009.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. PINDYCK, Robert S. Microeconomia. 7. ed. São Paulo: Pearson, 2010,


2. VASCONCELOS, Marco Antônio Sandoval. Manual de Macroeconomia. 3°
edição. São Paulo, 2009.
3. ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à economia. São Paulo: Atlas, 2003.
4. VICECONTI, Paulo Eduardo Vilchez. Introdução à economia. São Paulo:
Frase, 2009.

Além dessas obras, o conteúdo dessa disciplina poderá ser encontrado em


diversos livros de Microeconomia. Além dos mencionados na Bibliografia Básica e
na Bibliografia Complementar, sugerimos outras obras também consagradas.

HEILBRONER e THUROW. Introdução à economia. Rio de Janeiro, Editora


Guanabara. 4ª edição.
MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia. Tradução da 3ª edição norte-
americana. Trad. Allan Vidigal Hastings. São Paulo, Pioneira Thomson
Learning, 2005.
MENDES, Judas Tadeu Grassi. Economia fundamentos e aplicações. São
Paulo, Prentice Hall, 2004.
MOCHON, F. e TROSTER, R.L. Introdução à Economia. São Paulo, Makron
Books, 2002.
O’SULLIVAN, Artur. Introdução à Economia: princípios e ferramentas. São
Paulo, Prentice Hall, 2004.
PINHO, D. B. e VASCONCELLOS, M. A. S. Manual de Economia. Equipe de
Professores da USP. São Paulo: Saraiva, 1998.
ROSSETTI, J. P. Introdução à Economia. São Paulo: Atlas, 2000.
SOUZA, N. J. (Coord.). Introdução à Economia. São Paulo: Atlas, 1996.
VASCONCELLOS, M. A. S. e GARCIA, M. E. Fundamentos de Economia.
São Paulo: Saraiva, 2008.
VICECONTI, P. E. V. & NEVES, S. Introdução à Economia. São Paulo, Frase
Editora, 2009.
WESSELS. Economia. São Paulo: Editora Saraiva, 1998.
WONNACOTT e WONNACOTT. Economia. São Paulo, Makron Books, 1994.
4

DICAS:

Ao manusear esta apostila você perceberá que ao final de cada tópico há


exercícios para serem resolvidos.

 Não deixe para responder às questões em cima da hora. Vá respondendo na


medida em que a matéria for sendo lançada. Não deixe a matéria acumular.

 Antes de começar a responder estude a matéria na bibliografia indicada. Se


necessário, faça um resumo e, somente depois, comece a responder as
perguntas.

 Anote suas dúvidas para que elas possam ser esclarecidas em sala de aula,
antes da prova.

 Leia o texto com bastante atenção. Refaça sua leitura grifando os períodos que
você considere mais importantes.

 Faça um breve resumo do texto. Anote todas as suas dúvidas e traga-as para a
sala de aula.

 Venha responder as questões em sala de aula com todas as etapas acima


cumpridas.

 Somente ao final desses procedimentos você deverá responder as questões.


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1) INTRODUÇÃO:

a) Economia: é a ciência que trata diretamente do Bem-Estar material do homem


e da sociedade e das possibilidades de melhorá-lo através das diversas opções de
emprego dos recursos produtivos, partindo sempre do pressuposto de que tais
recursos são escassos e os desejos do ser humano são insaciáveis.

b) Recurso ou fator de produção: insumos básicos utilizados na produção de bens


e serviços. Se divide em cinco grupos:

 Terra ou recursos naturais: insumo correspondente aos lotes urbanos,


campos, minerais, água, luz do sol (remuneração = aluguel)

 Trabalho ou mão-de-obra: Habilidades físicas e mentais do ser humano


aplicadas na produção de bens e serviços (remuneração = salário)

 Capital ou capital físico: corresponde às instalações, equipamentos e outros


materiais utilizados no processo produtivo (remuneração = juro)

 Tecnologia ou capital humano: domínio de conhecimento e habilidades


adquirido pelo homem por meio da educação - estado das artes
(remuneração = royalty)

 Capacidade empresarial: esforço para coordenar o gerenciamento da


empresa (remuneração = lucro)

c) Microeconomia: analisa de que maneira se dá a formação dos preços no


mercado, ou seja, como empresas e consumidores ao interagir decidem os preços
e as quantidades dos bens e dos serviços. Portanto, estuda o comportamento de
um conjunto de unidades de consumo (demanda) e de um conjunto de empresas
(oferta) na formação dos preços de um determinado bem ou serviço.

d) Macroeconomia: Ramo da economia que estuda o comportamento da economia


como um todo a partir de variáveis globais, ou seja, dos agregados econômicos,
tais como renda nacional, consumo agregado, investimento, emprego, poupança
da população como um todo.

e) Sistema Econômico: modo de organização da produção, da distribuição, do


consumo e da acumulação de uma sociedade. Compõe-se do estoque dos recursos
produtivos, das unidades de produção e do aparato institucional.

f) Política Econômica: conjunto de instrumentos de que dispõe o setor público que


atuam sobre a capacidade produtiva da economia (produção agregada) e despesas
planejadas (demanda agregada). Tem como objetivos gerar alto nível de emprego,
estabilidade de preços, distribuição de renda socialmente justa e crescimento
econômico. Se subdivide em: Política Monetária, Política Fiscal, Política Cambial e
Política de Rendas.
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EXERCÍCIO 1

1) Explique com suas palavras:

a) Economia
b) Macroeconomia
c) Microeconomia
d) Fatores de Produção

2) O que são sistemas econômicos? Dê exemplos.

3) Defina o que é Política Econômica e enumere os seus instrumentos.

2) OS PROBLEMAS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA

2.1) Objeto ou preocupação da Ciência Econômica: Escassez e Opção de Escolha

a) Desejos materiais insaciáveis e ilimitados.

b) Recursos econômicos escassos e limitados.

a) Conceitos:

 Bens de Consumo: São aqueles que tem como finalidade a satisfação direta
dos desejos humanos. Se subdividem em: duráveis e não duráveis.

 Bens de Capital: São aqueles cuja produção tem como objetivo a sua utilização
na produção de outros bens. Se subdividem em: Bens de Investimento e Bens
Intermediários.

2.2) A Curva de Possibilidades de Produção: é uma fronteira que representa as


escolhas (opções) abertas à sociedade se há pleno emprego dos recursos
disponíveis. Mostra, portanto, uma produção potencial à partir da disponibilidade
de fatores produtivos, dada uma determinada tecnologia. Revela o que a economia
é capaz de produzir.
7

EXEMPLO:

OPÇÃO Bens de Capital Bens de Custo de Oportunidade


(BK) Consumo (BC)
A 0 40
B 1 38 2
C 2 34 4
D 3 26 8
E 4 16 10
F 5 0 16

 Custo de Oportunidade: é a alternativa que será sacrificada para se obter uma


unidade de um produto. É sempre crescente.

BK

BC

b) Crescimento: Deslocamento para fora da CPP

Aquisição de mais recursos produtivos


Inovações tecnológicas
Produção de BK

BK

BC

Crítica: modelo simplista, pois procura explicar apenas o crescimento.


Conclusão: o modelo permite distinguir Crescimento e Desenvolvimento
8

EXERCÍCIO 2

1) Explique, com suas palavras, qual é o objeto (preocupação) de estudo da


Economia?

2) Explique com suas palavras e dê exemplos:


a) Bens de Consumo

b) Bens de Capital

3) Explique o que é Custo de Oportunidade. Dê um exemplo.

4) Faça o gráfico e analise as seguintes situações:

a) aumento do desemprego e aumento do ritmo de crescimento econômico

b) diminuição do desemprego e manutenção do ritmo de crescimento econômico

c) diminuição do desemprego e diminuição do ritmo de crescimento econômico

d) aumento do desemprego diminuição do ritmo de crescimento econômico

5) Quais são as críticas que são feitas ao modelo de Curvas de Possibilidades de


Produção. Você concorda com elas? Por quê?
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3) FUNCIONAMENTO DE UMA ECONOMIA DE MERCADO - ECONOMIA


FECHADA (SEM GOVERNO E SEM COMEX)

Famílias: São proprietárias dos fatores de produção e os oferecem às empresas


através do mercado de fatores.

Empresas: Combinam os fatores de produção, produzindo os bens e serviços que


serão oferecidos às famílias no mercado de bens e serviços.

FLUXO REAL

MERCADO DE BENS E
SERVIÇOS
 

FAMÍLIAS EMPRESAS

 

MERCADO DE FATORES
DE PRODUÇÃO

FLUXO MONETÁRIO

PAGAMENTO DOS BENS


E SERVIÇOS
 

FAMÍLIAS EMPRESAS
 

REMUNERAÇÃO DOS
FATORES DE
PRODUÇÃO
10

FLUXO CIRCULAR DA RENDA

 MERCADO DE BENS E 
SERVIÇOS
 O que e Quanto produzir 

Demanda Oferta de
de Bens e Bens e
Serviços Serviços

FAMÍLIAS EMPRESAS

Oferta Demanda
dos dos
fatores fatores de
de produção
produção

 Para quem produzir 


 MERCADO DOS 
FATORES DE
PRODUÇÃO

Fluxo Real
Fluxo Monetário

EXERCÍCIO 3

Explique o Fluxo Circular da Renda e mostre quais seriam, na área de seu


curso, os agentes que atuariam no mercado de fatores de produção e no
mercado de bens e serviços.
11

4) ESTRUTURAÇÃO DO MERCADO:

4.1) Introdução:
 Conceito: é o mecanismo que mantém a ordem entre produtores e
consumidores através do sistema de preços.

4.2) Caracterização do Mercado de Bens e Serviços:

a) Concorrência Perfeita:

 Atomização do mercado: infinito número de vendedores


 Incapacidade de promover, individualmente, alterações nos preços
 Perfeita mobilidade empresarial: ausência de obstáculos à entrada
de novas firmas
 Padronização ou homogeneização do produto: ausência de
diferenciação do produto
 Transparência: todas as informações são conhecidas por todos os
agentes que atuam no mercado

b) Concorrência Imperfeita: se subdivide em:

 Monopólio

 Existência de apenas um vendedor


 Inexistência, no mercado de produtos capazes de substituir ou
concorrer com aquele que é produzido pelo agente econômico
 Existência de barreiras que impedem o ingresso de outros
vendedores. Inexistência de competidores imediatos: monopólio
natural, patentes e controles de matérias-primas básicas
 Poder de influência sobre os preços e sobre o abastecimento do
mercado

 Oligopólio

 Pequeno número de grandes vendedores dominando o mercado


ou grande número de empresas, mas poucas dominam o
mercado
 Bens e serviços produzidos padronizados ou diferenciados
 Preços controlados através de acordos (cartel formal ou
informal)
 Concorrência extra-preço em termos de publicidade,
propaganda, promoções, etc.
 Dificuldade no ingresso de novos vendedores

 Concorrência Monopolística

 Existência de um grande número de empresas


12

 Acentuada diferenciação e segmentação de produtos e


mercados
 Significativa capacidade de controle dos preços, apesar de uma
pequena flexibilidade para sua fixação tendo em vista a forte
presença de produtos substitutos no mercado
 Relativa facilidade de ingresso de novas empresas
 Barreiras se dão nas dificuldades de conquistar o mercado

4.3) Caracterização do Mercado de Fatores de Produção:

a) Concorrência Perfeita:

 Atomização do mercado: infinito número de compradores do


insumo
 Incapacidade de promover, individualmente, alterações nos preços
do insumo
 Perfeita mobilidade empresarial: ausência de obstáculos à entrada
de novas firmas para adquirir o insumo
 Padronização ou homogeneização do produto: ausência de
diferenciação do insumo
 Transparência: todas as informações são conhecidas por todos os
agentes que atuam no mercado

b) Concorrência Imperfeita: se subdivide em:

 Monopsônio

 Existência de apenas um comprador


 Inexistência, no mercado de empresas capazes de substituir ou
concorrer com aquela que demanda o insumo
 Existência de barreiras que impedem o ingresso de outros
compradores.
 Poder de influência sobre os preços e sobre a demanda do
mercado

 Oligopsônio

 Pequeno número de grandes compradores dominando o


mercado ou grande número de empresas, mas poucas dominam
o mercado
 Insumos consumidos padronizados ou diferenciados
 Preços de compra dos insumos controlados através de acordos
(cartel formal ou informal)
 Concorrência extra-preço em termos de condições diferenciadas
de compra
 Dificuldade no ingresso de novos compradores
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EXERCÍCIO 4

1) Complete o quadro abaixo relativo às características das estruturas básicas


de mercado de bens e serviços:

Características Concorrência Monopólio Oligopólio Concorrência


Perfeita Monopolística

Número de
empresas

Produto

Controle de
preços

Concorrência
extra-preço

Condições de
ingresso no
mercado

2) Explique o que é concorrência extra-preço. Dê exemplos dessa estratégia de


concorrência no Mercado de Bens e Serviços e no Mercado de Fatores de
Produção (escolha segmentos da economia e descreva as estratégias).
14

5) NOÇÕES GERAIS DE MICROECONOMIA: Demanda, Oferta e Equilíbrio de


Mercado (mercado em concorrência perfeita)

5.1) Demanda

 Determinantes:

 Preço do bem
 Renda do consumidor
 Preços dos bens substitutos
 Preços dos bens complementares
 Preferências do consumidor e propaganda
 Expectativa do consumidor quanto ao comportamento dos preços no
futuro
 Tradição e hábitos

a) A curva de Demanda (ou Procura ou Consumo): Mostra as diversas


quantidades de bens e serviços que os indivíduos estão dispostos e são capazes de
consumir, a partir de diversos níveis de preços, num determinado período,
CETERIS PARIBUS (permanecendo inalteradas todas as demais variáveis).

Qd = Qp = f(p)

LEI DA DEMANDA: Quanto maior o preço de um bem, menor será sua quantidade
demandada e quanto menor o preço de um bem, maior será sua quantidade
demandada.

Conclusão: Variação Inversa

- Os preços constituem um obstáculo aos consumidores


- Efeito Substituição: Aumento do preço de A  compra-se B
- Caráter Subjetivo: Quanto maior for o número de unidades de um
determinado produto nas mãos do consumidor, a utilidade de cada unidade
adicional irá decrescer, ou seja, menores serão seus graus de utilidade
marginal.
15

Preço Quantidade
Demandada
(Qd)
50 30
40 40
30 60
20 90
10 140
Qd/t

b) Elasticidade-preço da Demanda (procura): mede de que maneira os


consumidores reagem a uma variação nos preços de um determinado
bem Portanto representa a relação existente entre modificações
percentuais ou relativas observadas nas quantidades demandadas
(procuradas), decorrentes de variações percentuais ou relativas
introduzidas nos preços.

E = ∆% Qd
∆% P

_∆Qd
E = ___qo___
_∆P_
Po

Conclusões:

As variações nos preços geram variações inversas nas quantidades demandadas.

Se E =  Procura Perfeitamente Elástica: Variações nos preços geram variações


proporcionalmente infinitas nas quantidades demandadas

Se E > - |1|  Procura Elástica: Variação nos preços gera uma variação
proporcionalmente maior na quantidade demandada.
16

Se E = - |1|  Procura Unitária: Variação nos preços gera uma variação na


mesma proporção na quantidade demandada.

Se E < - |1|  Procura Inelástica: Variação nos preços gera uma variação
proporcionalmente menor na quantidade demandada.

Se E = 0  Procura Perfeitamente Inelástica: Variações nos preços não geram


variações nas quantidades demandadas.

c) Deslocamento da Curva de Demanda:

- Se Qd = f(P),

a Demanda é função de:

- dimensão do mercado (M)

- variação do poder aquisitivo (A)

- atitudes e preferências dos consumidores (C)

- expectativas sobre a evolução da oferta (E)

- preços dos produtos substitutos (Sa, Sb,..., Sn)

- preços dos produtos complementares (Ca, Cb,..., Cn)

P = f(M, A, C, E, Sa, Sb, ..., Sn, Ca, Cb, ...,Cn)

Qd/t
17

EXERCÍCIO 5

1) Calcule a elasticidade-preço de demanda e interprete o resultado.

a) A quantidade demandada de alimentos aumentou 10% quando ocorreu uma


queda no preço de 60%.
b) Um aumento nos preços de um bem da ordem de 30% gera uma queda na
mesma proporção na quantidade demandada.
c) Uma queda de 30% do valor do Dólar, gerou um aumento de 50% na demanda
por viagens internacionais.

2) Faça os gráficos, calcule a elasticidade-preço de demanda e interprete o


resultado. Nos exercícios cujos dados são apresentados em percentual, não é
possível fazer os gráficos. Apenas calcule e elasticidade e interprete o resultado.

a. Dez aparelhos de telefone celular são vendidos por dia quando o seu preço
é R$100,00. Quando o seu preço aumentou para R$150,00 passaram a ser
vendidos 8 aparelhos.
b. Foram vendidos 25 cadernos quando seu preço era R$ 20,00. Seu preço
passou para R$ 10,00 foram procurados 75 cadernos.
c. O preço de uma TV é igual a R$ 1.000,00 e são vendidas 10.000
unidades/mês. Os fabricantes abaixaram seu preço para R$ 900,00 e
passaram a ser vendidas 12.000 TV's/mês. Calcule a elasticidade-preço da
demanda e interprete o resultado.
d. Quando seu preço era de R$ 5,00 eram consumidas 1000 unidades de
medicamento. Seu preço aumentou para R$ 11,00 e a quantidade demandada
permaneceu constante.
e. Quando US$1,00 era igual a R$2,50, eram vendidos 1.000 computadores por
dia. O dólar passou a custar R$2,00 e passaram a ser vendidos 1.800
computadores.

3) Dê exemplos de produtos que você considera inelásticos (elasticidade-preço da


demanda menor que 1 e de produtos elásticos (elasticidade-preço da demanda
maior que 1). Justifique sua resposta.

4) Através de exemplos, faça os gráficos mostrando o deslocamento da curva de


demanda a partir da variação dos preços dos:
a) Bens substitutos
b) Bens complementares.

5) Comente a frase abaixo a partir do conceito de Elasticidade-preço de Demanda.


“Uma pesquisa norte-americana mostrou que o aumento dos impostos sobre
cerveja diminuiu drasticamente o número de acidentes nas estradas uma vez que
a elasticidade-preço de demanda da cerveja nos EUA é maior que 1”.
18

5.2) Oferta

 Determinantes:

 Preço do bem
 Custo dos insumos
 Tecnologia
 Número de empresas atuando no mercado
 Expectativa do produtor quanto ao comportamento dos preços no futuro
 Impostos ou subsídios governamentais

a) A curva de Oferta: Mostra as diversas quantidades de bens e serviços que os


produtores/vendedores estão dispostos e são capazes de produzir, a partir de
diversos níveis de preços, num determinado período CETERIS PARIBUS
(permanecendo inalteradas todas as demais variáveis).

Qs = f(p)

LEI DA OFERTA: Quanto maior o preço de um bem, maior será sua quantidade
ofertada e quanto menor o preço de um bem, menor será sua quantidade
ofertada.

Conclusão: Variação Direta

Preço (P) Quantidade


Ofertada (Qs)
50 80
40 75
30 60
20 40
10 10
Qs/t
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a) Elasticidade-preço da Oferta: mede de que maneira os


produtores/vendedores reagem a uma variação nos preços de um
determinado bem Portanto representa é relação existente entre modificações
percentuais ou relativas observadas nas quantidades ofertadas, decorrentes
de variações percentuais ou relativas introduzidas nos preços.

N = ∆% Qs
∆% P

∆Qs
N = __ qo__
∆P
Po

Conclusões:

As variações nos preços geram variações no mesmo sentido nas quantidades


ofertadas.

Se N =   Oferta Perfeitamente Elástica: Variações nos preços geram variações


proporcionalmente infinitas nas quantidades ofertadas.

Se N > |1|  Oferta Elástica: Variação nos preços gera uma variação
proporcionalmente maior na quantidade ofertada.

Se N = |1|  Oferta Unitária: Variação nos preços gera uma variação na mesma
proporção na quantidade ofertada.

Se N < |1|  Oferta Inelástica: Variação nos preços gera uma variação
proporcionalmente menor na quantidade ofertada.

Se N = 0  Oferta Perfeitamente Inelástica: Variações nos preços não geram


variações na quantidade ofertada.

b) Deslocamento da Curva de Oferta:

Se Qs = f(P),
20

A Oferta é função de:

- n.º de empresas potencialmente aptas (E)


- condições de oferta dos recursos de produção (R)
- preços dos diferentes recursos (Pa, Pb,...,Pn)
- alterações na estrutura tecnológica (T)
- expectativas quanto a evolução da procura (X)
- expectativas quanto ao comportamento dos preços (Z)

Qs/t

EXERCÍCIO 6

1) Faça a gráfico (exceto para os exercícios em %), calcule a elasticidade-preço de


oferta e interprete o resultado.
a) O preço da saca de soja aumentou 50% e a quantidade ofertada manteve-se
constante.
b) Quando o preço de um computador aumentou 10%, seus produtores
aumentaram a quantidade ofertada em 15%.
c) O preço do quilo de carne de 1ª era de R$ 9,00 e eram oferecidos 1.000 quilos
por dia. Quando seu preço aumentou para R$ 12,00 passaram a ser ofertados
1.100 quilos por dia.
d) O aumento no preço do feijão de R$ 3,00 para R$ 5,00 fez com que sua
quantidade ofertada permanecesse em 10.000 toneladas.
e) O preço de um bem é R$5,00 e são ofertadas 200 unidades. O seu preço
aumentou para R$8,00 e foram ofertadas 400 unidades.
2) Quais são as variáveis que causam deslocamentos na curva de oferta?
21

5.3) Preço de Equilíbrio de Mercado

- Será alcançado através de tentativas e erros


- Permite a harmonização de interesse entre produtores e consumidores
- Momento em que, num mercado de concorrência perfeita a quantidades
demandadas e ofertadas se igualam: Qd = Qs

EXEMPLO:

Preço Quantidade Quantidade Excedente ou Comportamento


(P) Demandada (Qd) Ofertada (Qs) Escassez dos Preços
50 30 80
40 40 75
30 60 60
20 90 40
10 140 10

Q/t

a) Deslocamento do Ponto de Equilíbrio

- Se Qd = f(P) e a Procura é função de dimensão do mercado (M), variação do


poder aquisitivo (A), atitudes e preferências dos consumidores (C),
expectativas sobre a evolução da oferta (E), preços dos produtos substitutos
(Sa, Sb,..., Sn) e preços dos produtos complementares (Ca, Cb,..., Cn)
e
22

- Se Qs = f(P), e a Oferta é função de n.º de empresas potencialmente aptas (E),


condições de oferta dos recursos de produção (R), preços dos diferentes
recursos (Pa, Pb,...,Pn), alterações na estrutura tecnológica (T), expectativas
quanto a evolução da procura (X), expectativa quanto ao comportamento dos
preços (Z),

Então o Ponto de Equilíbrio poderá se deslocar da seguinte forma:

Q/t

EXERCÍCIO 7

1) Trace o gráfico, complete a tabela e mostre no gráfico o ponto de equilíbrio e as


regiões onde haverá excedente ou escassez:
a)
Preço Quantidade Quantidade Excedente ou Comportamento
(P) Demandada (Qd) Ofertada (Qs) Escassez dos Preços
5 500 300
6 400 300
7 300 300
8 200 300
9 100 300

b)
Preço Quantidade Quantidade Excedente ou Comportamento
(P) Demandada (Qd) Ofertada (Qs) Escassez dos Preços
30 1200 900
40 1200 1000
50 1200 1100
60 1200 1200
70 1200 1300
23

c)
Preço Quantidade Quantidade Excedente ou Comportamento
(P) Demandada (Qd) Ofertada (Qs) Escassez dos Preços
100 30 12
200 24 15
300 18 18
400 12 21
500 6 24

2. Trace o gráfico, calcule a elasticidade-preço de demanda ou de oferta e


interprete o resultado. Observe que você terá que em cada item do exercício
descobrir se q quantidade (Q) se refere a oferta ou demanda.

a) b) c)
Q P Q P Q P
50 12 250 14 250 9
40 15 200 7 200 18

3. Ao preço de R$ 5,00 são demandadas 35 refeições/dia, e quando o seu preço se


eleva para R$ 7,50 a quantidade demandada cai para 15 refeições/dia. Por outro
lado, quando o preço é igual a R$ 5,00 são ofertadas 20 unidades e quando o seu
preço aumentou para R$ 7,50, passaram a ser ofertadas 60 unidades. Sabe-se
também que ao preço de R$ 6,00 são demandadas e ofertadas 30 refeições/dia.
Leia atentamente o enunciado do problema e:

a) Preencha a tabela abaixo:


Preço Quantidade Quantidade Excedente ou Comportamento
(P) Demandada (Qd) Ofertada (Qs) Escassez dos Preços

b) Trace o gráfico contendo as curvas de Oferta e Demanda, o Ponto de Equilíbrio


e as regiões onde ocorre excedente ou escassez.

c) Calcule a elasticidade-preço de demanda quando o preço varia de R$ 5,00 para


R$ 6,00. Interprete o resultado.

d) Calcule a elasticidade-preço de oferta quando o preço varia de R$ 5,00 para R$


6,00. Interprete o resultado.

4) Faça um gráfico contendo as curvas de Demanda e Oferta ilustrando o efeito do


aumento da renda dos consumidores sobre o mercado de automóveis.
24

5.4) Elasticidade-renda da demanda: mede de que maneira a demanda dos


indivíduos por um determinado bem irá variar caso tenha ocorrido uma variação
de suas respectivas rendas, ou seja, é a relação existente entre a variação da
quantidade demandada de um determinado bem resultante da variação na renda
do consumidor.

Er = ∆% Qd_
∆% R

Conclusões:
Se Er < 0  bem inferior
Se 0 < Er < 1  bem normal
Se Er > 1  bem superior ou de luxo

5.5) Elasticidade-preço cruzada de demanda: mede de que maneira a demanda


dos indivíduos por um determinado bem irá variar caso tenha ocorrido uma
variação dos preços de um outro bem, ou seja, é a relação existente entre a
variação da quantidade demandada de um bem X resultante da variação no preço
do bem Y.

Exy = ∆% Qdx
∆% Py

Conclusões:
Se Exy > 0  Bens substitutos
Se Exy < 0  Bens complementares

EXERCÍCIO 8

1) Explique o significado de Elasticidade-renda da demanda e de Elasticidade-


preço cruzada de demanda.

2) Dê exemplos de produtos para cada categoria de cada uma delas.

3) Faça um gráfico contendo as curvas de Demanda e Oferta ilustrando o


efeito do aumento dos preços dos produtos complementares sobre o
mercado de impressoras.

4) Faça um gráfico contendo as curvas de Demanda e Oferta ilustrando o


efeito da diminuição dos preços dos produtos substitutos sobre o mercado
de carnes de aves.
25

6) TEORIA DA PRODUÇÃO

6.1) Conceitos:

 Produção: é um processo pelo qual os insumos são transformados num


produto.
 Insumo: é qualquer bem ou serviço que integre na produção.
 Produto: é qualquer bem ou serviço que resulte do processo de produção.
 Serão sempre medidos "por unidade de tempo".

6.2) Pressupostos:

 "Know-how" tecnológico é conhecido por todas as firmas que atuam em uma


determinada linha de produção.
 processo de produção é eficiente, ou seja, o aumento na utilização de um dos
insumos implica na diminuição do outro.

6.3) A Função de Produção: mostra a quantidade máxima de um produto (q) que


pode ser produzida em função das quantidades de insumos (a, b, c,..., n) usados
nos processos produtivos.

Portanto:
q máx = f(a,b,c,...,n)

Mostra a combinação física e não a combinação ótima, portanto nos permite


analisar a produtividade física dos insumos.

6.4) A produção com um único insumo variável (trabalho):

Pressuposto: Somente um insumo é variável, todos os demais insumos utilizados


no processo produtivo permanecem constantes. (trabalho)

a) Produto Total (PT): Indica a relação tecnológica entre um insumo variável e a


produção total.

PT

Características da curva PT:


26

 A forma e a posição da curva descrevem o nível tecnológico.


 É côncava para cima até o ponto A, sendo que: PT cresce a uma taxa
crescente.
 É côncava para baixo de A em diante sendo que: de A a B PT cresce a uma
taxa decrescente e de B em diante PT decresce
 A é o ponto de inflexão

b) Produto Marginal: é a variação de PT quando se aumenta o insumo variável em


uma unidade. É a inclinação da curva PT.

PMg = ∆PT , onde L = Trabalho


∆L

PMg

Insumo (trabalho)

c) Produto Médio: indica o produto por unidade de insumo variável

PMe = ________Produto Total (PT)______________


Quantidade de Insumo Variável (trabalho)

PMe

Insumo (trabalho)

d) As relações entre as curvas de PT, PMg e PMe:

 As inclinações dos raios que passam pela origem e por um ponto específico da
curva PT correspondem ao PMe.
 PMe será máximo quando o raio que parte da origem for tangente a PT.
 PMg é crescente até o ponto de inflexão de PT.
27

 ponto de máximo da curva de PMg corresponde ponto de inflexão da curva de


PT.
 PMg começa a decrescer quando PT passa a crescer a uma taxa decrescente.
 PMg se torna negativo quando PT decresce.
 A curva de PMe interceptará a curva de PMg em seu ponto de máximo.
 Cada curva de PT terá curvas de PMg e PMe específicas.

PT
PMe
PMg

Insumo (trabalho)

6.5) Lei dos Rendimentos Decrescentes dos Fatores de Produção ou Lei das
Proporções Variáveis:

"O Produto Marginal (PMg) de um insumo variável (que esteja sendo acrescentado
a outros insumos fixos em quantidade) acabará declinando."

6.6) As Três Etapas da Produção:

PT
PMe
PMg

Insumo (trabalho)

ETAPA I:(região economicamente inviável e sem sentido)


- PT aumentando
- PMg e PMe positivos
- PMg > PMe
- PMg atinge o seu máximo
- Mostra que esta se aplicando pouco insumo variável em relação a
disponibilidade de insumo fixo (PMg da terra é negativo)
28

ETAPA II: (região onde os produtores devem operar)


- PT aumentando
- PMg e PMe declinando
- PMe atinge o seu máximo no início desta etapa e é interceptado por PMg
exatamente nesse ponto
- PMg é igual a zero no fim desta etapa

ETAPA III: (região economicamente inviável e sem sentido)


- PT declinando
- PMe declinando
- PMg negativo
- Mostra que esta se aplicando muito insumo variável em relação a
disponibilidade do insumo fixo (PMg do trabalho é negativa). PT declina.

EXEMPLOS:
1)
Trabalho PT PMe PMg
0 0 - -
1 5 5 5
2 11 5,5 6
3 20 6,7 9
4 30 7,5 10
5 39 7,8 9
6 44 7,3 5
7 47 6,7 3
8 49 6,1 2
9 50 5,6 1
10 50 5,0 0
11 48 4,4 -2

Produto Total, Produto Médio e Produto Marginal

60,00

50,00

40,00
PT

PMe
30,00
PMg
R$

20,00

10,00

0,00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

-10,00
QUANTIDADE
29

2)
Trabalho PT PMe PMg
0 0 - -
1 1000 1000 1000
2 2200 1100 1200
3 3600 1200 1400
4 4600 1150 1000
5 5300 1060 700
6 5700 950 400
7 5950 850 250
8 6000 750 50
9 6000 667 0
10 5950 595 -50

Produto Totall, Produto Médio e Produto Marginal

7000,00

6000,00

5000,00

PT

4000,00 PMe

PMg
R$
3000,00

2000,00

1000,00

0,00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

-1000,00
QUANTIDADE
30

EXERCÍCIO 9

1) Explique com suas palavras cada um dos estágios de produção.

2) Preencha as tabelas abaixo, calculando PMe e PMg. Para cada questão faça o
gráfico contendo as curvas de PT, PMe e PMg, mostrando as etapas de produção.

a) b)
Trabalho PT PMe PMg Trabalho PT PMe PMg
1 2 - - 0 0 - -
2 5 1 50
3 9 2 126
4 14 3 216
5 19 4 316
6 23 5 416
7 26 6 480
8 28 7 539
9 29 8 576
9 603
10 580

7) TEORIA DOS CUSTOS

7.1) Custos a longo-prazo e a curto-prazo:

a) Longo-prazo:
 Quando todos os insumos podem variar livremente
 Mostra o custo de produção de todos os tamanhos tecnicamente viáveis da
fábrica
 A curva de custos de médio e longo prazos pode ser chamada de uma curva de
planejamento

b) Curto-prazo:
 Quando um ou mais insumos têm quantidade fixa
 Mostra como o custo de produção varia com a variação da taxa de utilização de
um determinado insumo fixo
 Mostra a verdadeira produção, dado que o produtor tem que operar uma
fábrica de um determinado tamanho, implantada a partir de uma decisão de
longo-prazo

- Exemplo:
31

Fixo: Tamanho da Fábrica


Variável: Mão-de-obra e matérias-primas

7.2) Teoria dos custos a curto-prazo:

a) Conceitos:
Custo Total (CT): Custo mínimo em que é necessário incorrer para produzir um
determinado produto. Corresponde a soma do Custo Fixo Total (CFT) e do Custo
Variável Total (CVT). Portanto: CT = CFT+CVT

Custos Médios: Dividindo-se a expressão acima pela quantidade produzida,


representada por "q", temos:

CT = CFT + CVT onde:


q q q

CT = Custo Médio Total (CMeT)


q

CFT= Custo Fixo Médio (CFMe)


q

CVT = Custo Variável Médio (CVMe)


q

Portanto: CMeT = CFMe + CVMe

Custo Marginal (CMg): Indica um aumento do Custo Total (CT) gerado por uma
variação unitária na quantidade produzida (q), ou seja, é o custo que incorre
quando a empresa produz uma unidade a mais do produto.

CMg = ∆ CT
∆q

como, por definição CFT é constante, pode-se definir

CMg = ∆CVT
∆q

Receita Total e Lucro Máximo:

Receita Total (RT) = Preço (P) x Quantidade Produzida (q)


32

Lucro = Receita Total (RT) - Custo Total (CT)

Receita Marginal (RMg) = Receita auferida pelo acréscimo de 1 unidade vendida do


produto, portanto, RMg = P.

Lucro Máximo  RMg = P = CMg

b) Exemplo

Q CFT CVT CT CFMe CVMe CTMe CMg Preço RT Lucro


0 15,00 - 15,00 - - - - 5,00 0,00 - 15,00
1 15,00 2,00 17,00 15,00 2,00 17,00 2,00 5,00 5,00 - 12,00
2 15,00 3,50 18,50 7,50 1,75 9,25 1,50 5,00 10,00 - 8,50
3 15,00 4,50 19,50 5,00 1,50 6,50 1,00 5,00 15,00 - 4,50
4 15,00 5,75 20,75 3,75 1,44 5,19 1,25 5,00 20,00 - 0,75
5 15,00 7,25 22,25 3,00 1,45 4,45 1,50 5,00 25,00 2,75
6 15,00 9,25 24,25 2,50 1,54 4,04 2,00 5,00 30,00 5,75
7 15,00 12,50 27,50 2,14 1,79 3,93 3,25 5,00 35,00 7,50
8 15,00 17,50 32,50 1,88 2,19 4,07 5,00 5,00 40,00 7,50
9 15,00 25,50 40,50 1,67 2,83 4,50 8,00 5,00 45,00 4,50
10 15,00 37,50 52,50 1,50 3,75 5,25 12,00 5,00 50,00 - 2,50

Trace o gráfico contendo as curvas:


a) CT, CVT e CFT

Custo Fixo Total, Custo Variável Total e Custo Total

60,00

50,00

CFT
40,00
CVT

CT
R$

30,00

20,00

10,00

0,00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
QUANTIDADE
33

b) CT e RT

Receita Total e Custo Total

60,00

50,00

40,00
CT

RT
R$

30,00

20,00

10,00

0,00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
QUANTIDADE

c) CMg e RMg

Receita Marginal e Custo Marginal

14,00

12,00

10,00
CMg

PREÇO

8,00
R$

6,00

4,00

2,00

0,00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
QUANTIDADE
34

EXERCÍCIO 10

1) Explique, com suas palavras:


a) Custo Fixo
b) Custo Variável
c) Custo Marginal

2) Faça a distinção entre CMg e CMe.

3) Complete a tabela abaixo e trace os gráficos contendo as curvas


a) CT, CVT e CFT
b) CT e RT
c) CMg e RMg

Q CFT CVT CT CFMe CVMe CTMe CMg Preço RT Lucro


0 1000 0 5,00
100 1000 400 5,00
200 1000 680 5,00
300 1000 840 5,00
400 1000 955 5,00
500 1000 1075 5,00
600 1000 1275 5,00
700 1000 1605 5,00
800 1000 2055 5,00
900 1000 2630 5,00
1000 1000 3405 5,00
1100 1000 4805 5,00

8) ANÁLISE MACROECONÔMICA

Política Macroeconômica

Objetivos:

 alto nível de emprego

 estabilidade de preços

 distribuição equitativa da renda

 crescimento econômico
35

Instrumentos:

 política fiscal (gastos e receitas)

 política monetária (moeda e taxa de juros)

 política cambial e comercial (câmbio)

 política de rendas (preços e salários)

Conclusão: Inter-relações e conflitos dos objetivos

EXERCÍCIO 11

1) Quais são os objetivos da Política Econômica?


2) Mostre através de um exemplo o conflito existente entre os objetivos da Política
Econômica.
3) Explique de que maneira a taxa de juros interfere na taxa de câmbio.

9) INTRODUÇÃO À ECONOMIA MONETÁRIA

9.1) Evolução dos Instrumentos Monetários

 Escambo: Trocas diretas em espécie


 Mercadorias-moeda
 Metalismo
 Moeda-papel
 Papel-moeda
 Moeda Escritural ou Bancária
Visite o link: http://www.bcb.gov.br/?ORIGEMOEDA

9.2) Funções da Moeda:

a) Instrumentos ou meios de troca


b) Instrumento para denominação comum – padrão de medida
c) Instrumento para reserva de valores

9.3) Demanda por moeda:


36

a) Transação
b) Precaução
c) Especulação

9.4) Moedas nas economias modernas:

a) Meios de Pagamento (M1): Papel-moeda e moedas metálicas emitidas pelo


BACEN em poder do público (moeda manual – M’) e os depósitos à vista nos
bancos (moeda escritural – M’’)
M1 = Moeda manual + moeda escritural
M! = M’+ M’’

c) Quase-moeda: haveres não monetários.

Compõe-se de:
M2 = M1 + poupança + títulos privados
M3 = M2 + fundos de renda fixa + operações vinculadas aos títulos federais
M4 = M3 + títulos públicos federais, estaduais e municipais

Meios de pagamento ampliados


Saldos em final de período R$ 1,00
Período M1 M2 M3 M4
2010 Dez 281.875.897,00 1.362.388.713,00 2.549.739.163,23 3.040.494.868,32
2011 Dez 285.376.902,00 1.617.479.557,00 3.030.280.232,92 3.550.253.306,28
2012 Jun 263.919.829,89 1.649.966.412,16 3.282.583.264,76 3.838.017.727,67
Fonte: Banco Central do Brasil

9.5) Efeito Multiplicador da Moeda Escritural:

Conceitos:

a) Encaixes Técnicos (C): Parcela dos depósitos mantidos em caixa pelos bancos
no sentido de garantir segurança e liquidez de suas atividades no que diz
respeito a fluxos de retirada dos depósitos ou eventuais perdas nas câmaras de
compensação.

b) Recolhimento Compulsório (RC): Instrumento utilizado pelas autoridades


monetárias, imposto por lei ou ato administrativo que incide sobre um
percentual dos depósitos bancários. Tem como objetivos controlar o volume de
empréstimos, dotar as autoridades monetárias de um determinado volume de
reservas capaz de garantir a liquidez do sistema e controlar os meios de
pagamento na economia, controlando assim, os impactos do efeito
multiplicador da moeda escritural.

Portanto:
37

M1 = M' + M''
M'' = C + RC + E

c) Empréstimos (E): créditos concedidos pelo sistema bancário gerando novos


depósitos.

d) Efeito Multiplicador da Moeda Escritural (K): Mecanismo através do qual


determinada emissão de papel-moeda injetada na economia e canalizada para o
sistema bancário, tende a gerar um volume de moeda escritural maior que seu
valor inicial.

M’’ Retenções pelo público


 Encaixes técnicos e compulsórios (ETC)
 Empréstimos  Retenções
Novos depósitos  (ETC)
 Novos empréstimos  Retenções
Novos depósitos
ETC Novos
empréstimos ...

Portanto:
ΔM1 = ΔM' + ΔM''
ΔM'' = ΔC + ΔRC + ΔE

Exemplo:
Retenções (M', Encaixes
Depósito à Empréstimos
BANCO Técnicos e Recolhimento
vista (M'') 60%
Compulsório) 40%
A 100.000 40.000 60.000
B 60.000 24.000 36.000
C 36.000 14.400 21.600
D 21.600 8.640 12.960
E 12.960 5.184 7.776
F 7.776 3.110 4.666
G 4.666 1.866 2.799
Subtotal 243.002 97.201 145.801
Somatório dos
6.998 2.799 4.199
demais bancos
Total 250.000 100.000 150.000

Conclusão: A magnitude do efeito multiplicador é inversamente proporcional a


taxa de encaixes e retenção.
K = 1/r
38

f) Funções do Banco Central

 Monopólio e controle das emissões de moeda manual


 Agente de operações financeiras governamentais: interna e externa
 Executor da política monetária estabelecida
 Regular a magnitude da oferta monetária (controle da liquidez) através de:
recolhimentos compulsórios, operações de redesconto e operações de open-
market.

EXERCÍCIO 12

1) Explique, detalhadamente, quais são as funções da moeda e como se manifesta


sua demanda.
2) Explique o Efeito Multiplicador da Moeda Escritural.
3) Quais são as funções do Banco Central. Explique-as.

9.6) Variações no Valor da Moeda (inflação)

a) Teoria Quantitativa da Moeda

P = f(Sm)  nível de preços é função da oferta de moeda


MV = PT
(lado monetário = lado real),

onde:
M = estoque de moeda disponível
V = velocidade-renda de circulação da moeda
P = nível de preços
T = oferta global de bens e serviços

b) Modalidades de Inflação e suas respectivas causas:

 Inflação de Demanda: Expansão dos meios de pagamento para cobrir déficits


governamentais

 Inflação de Custos: Fortes pressões sindicais e manipulação dos preços por


parte de monopólios e oligopólios

 Inflação Estrutural (CEPAL): Basicamente, má distribuição de renda e rigidez


dos gastos públicos

 Inflação Inercial: auto-alimentação


39

Conclusão: A inflação reflete a combinação de diversas causas

EXERCÍCIO 13

1) Explique como a Teoria Quantitativa da Moeda explica a inflação.

2) Dados os diversos tipos de inflação, explique as causas de cada um deles.

9.7) Cálculo da Inflação

Entenda os índices de inflação; saiba o que eles medem e para que servem

O GLOBO ONLINE 8/02/08

RIO - Os índices de inflação são instrumentos para medir a variação dos preços e o seu
impacto no mercado e no custo de vida da população, que surgiram a partir da criação do
salário mínimo na década de 50. A diferença entre eles está nos produtos que incluem, no
público que é afetado pela variação dos seus preços, no período de medição dos valores e
no órgão que realiza a pesquisa.

Os principais indicadores são medidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística


(IBGE), pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pela Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas (Fipe-USP). Conhecê-los e acompanhar seus números é importante para quem
tem contratos, como os de aluguéis e de prestação de serviços, que são reajustados de
acordo com sua variação.

O mais famoso e utilizado entre eles é o índice oficial de inflação, relacionado às metas
estabelecidas pelo governo federal, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) entre os dias 1º e
30 de cada mês. Os preços obtidos são os efetivamente cobrados ao consumidor, para
pagamento à vista, colhidos em estabelecimentos comerciais, prestadores de serviços,
domicílios (para verificar valores de aluguel) e concessionárias de serviços públicos.

O IPCA reflete o custo de vida de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos,
residentes nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto
Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém, além do Distrito Federal e do
município de Goiânia.
40

O IBGE também calcula o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que mede
uma faixa salarial mais baixa que o IPCA (até 6 salários mínimos, diante dos 40 salários
mínimos do IPCA), a alteração de preços de serviços e produtos mais básicos é mais
sentida neste índice. O peso do grupo alimentos (arroz, feijão, leite, frutas, refeições feitas
em restaurantes, lanchonetes) é maior no INPC que no IPCAFGV calcula indicadores com
períodos diferentes

Os índices medidos pela FGV também têm grande importância para o reajuste de
contratos. O principal é o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), medido do dia 21 de
um mês ao dia 20 do mês seguinte, que registra a inflação de preços variados, desde
matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais. Ele é muito usado na
correção de aluguéis e tarifas públicas, como conta de luz. Serve para todas as faixas de
renda.

O IGP-M tem como variantes o IGP-10 e o IGP-DI, cuja diferença principal é no período de
medição. Para o primeiro, a coleta de preços é feita do dia 11 de um mês ao dia 10 do mês
seguinte. O segundo, que é o indicador mais antigo da FGV, mede o mês cheio, do dia
primeiro do dia 30/31. Todos têm na sua composição o Índice de Preços por Atacado
(IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e Índice Nacional do Custo da Construção
(INCC).

Para aprofundar a pesquisa do Índice de Preços ao Consumidor, a FGV faz um cálculo


quadrissemanal do IPC-S, com fechamentos nos dias 7, 15, 22 e 30 de cada mês. São
consideradas as variações de preços de 456 itens definidos por meio de uma Pesquisa dos
Orçamentos Familiares (POF).

Esses produtos e serviços são distribuídos em sete classes de despesas (listadas, a seguir,
pela ordem de peso no cálculo da pesquisa, da maior para a menor): habitação (31,51%),
alimentação (27,20%), transportes (12,76%), saúde e cuidados pessoais (10,53%; inclui
remédios e higiene pessoal), educação, leitura e recreação (8,63%), vestuário (4,80%) e
despesas diversas (4,57%; inclui gastos como cartório, loteria, correio, mensalidade de
Internet, cigarro e outros).

Para medir a inflação na cidade de São Paulo, principal metrópole do país, a Fipe calcula o
IPC-Fipe, abrangendo um período de oito semanas de coleta. Em cada quadrissemana, as
variações são obtidas dividindo-se os preços médios das quatro últimas semanas
(referência) pelos preços médios das quatro semanas anteriores a elas (base).

Sete grupos de análise são utilizados pela Fipe (listados em ordem decrescente de peso nos
cálculos): habitação (32,79%), alimentação (22,73%), transportes (16,03%), despesas pessoais
(12,30%, com itens como fumo, bebidas, recreação e artigos de higiene e beleza), saúde
(7,08%), vestuário (5,29%) e educação (3,78%).

Disponível em: http://oglobo.globo.com/economia/entenda-os-indices-de-inflacao-saiba-


que-eles-medem-para-que-servem-3637548#ixzz22P3lb2a5
41

06/12/2010-11h46

Entenda a diferença entre os principais índices de inflação


FOLHADE SÃO PAULO 06/12/2010-11h46

IGP
Índice Geral de Preços, calculado pela Fundação Getúlio Vargas. É uma média ponderada
do índice de preços no atacado (IPA), com peso 6; de preços ao consumidor (IPC) no Rio e
SP, com peso 3; e do custo da construção civil (INCC), com peso 1. Usado em contratos de
prazo mais longo, como aluguel.

IGP-DI
O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna, da FGV, reflete as variações de preços
de todo o mês de referência. Ou seja, do dia 1 ao 30 de cada mês. Ele é formado pelo IPA
(Índice de Preços por Atacado), IPC (Índice de Preços ao Consumidor) e INCC (Índice
Nacional do Custo da Construção), com pesos de 60%, 30% e 10%, respectivamente. O
indicador apura as variações de preços de matérias-primas agrícolas e industriais no
atacado e de bens e serviços finais no consumo.

IGP-M
Índice Geral de Preços do Mercado, também da FGV. Metodologia igual à do IGP-DI, mas
pesquisado entre os dias 21 de um mês e 20 do seguinte. O IGP tradicional abrange o mês
fechado. O IGP-M é elaborado para contratos do mercado financeiro

IGP-10
Índice Geral de Preços 10, também da FGV e elaborado com a mesma metodologia do IGP
e do IGP-M. A única diferença é o período de coleta de preços: entre o dia 11 de um mês e
o dia 10 do mês seguinte

IPC-RJ
Considera a variação dos preços na cidade do Rio de Janeiro. É calculado mensalmente
pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e toma por base os gastos de famílias com renda de
um a 33 salários mínimos IPCA.

IPC-Fipe
Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, da USP,
pesquisado no município de São Paulo. Reflete o custo de vida de famílias com renda de 1
a 20 salários mínimos. Divulga também taxas quadrissemanais

ICV-Dieese
Índice do Custo de Vida do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos, também medido na cidade de São Paulo. Reflete o custo de vida de
42

famílias com renda média de R$ 2.800 (há também índices para a baixa renda e a
intermediária)

INPC
Índice Nacional de Preços ao Consumidor, média do custo de vida nas 11 principais
regiões metropolitanas do país para famílias com renda de 1 até 6 salários mínimos,
medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)

IPCA
Índice de Preços ao Consumidor Amplo, também do IBGE, calculado desde 1980,
semelhante ao INPC, porém refletindo o custo de vida para famílias com renda mensal de
1 a 40 salários mínimos. A pesquisa é feita nas mesmas 11 regiões metropolitanas. Foi
escolhido como alvo das metas de inflação ("inflation targeting") no Brasil

INCC
Índice Nacional do Custo da Construção, um dos componentes das três versões do IGP, o
de menor peso. Reflete o ritmo dos preços de materiais de construção e da mão-de-obra no
setor. Utilizado em financiamento direto de construtoras/incorporadoras

CUB
Custo Unitário Básico, índice que reflete o ritmo dos preços de materiais de construção e da
mão-de-obra no setor. Calculado por sindicatos estaduais da indústria da construção,
chamados de Sinduscon, e usado em financiamentos de imóveis.

Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/465204-entenda-a-diferenca-


entre-os-principais-indices-de-inflacao.shtml

INFLAÇÃO: QUESTÕES INTRIGANTES


Extraído do jornal “Estado de Minas”- 20/08/2000
Wanderley Ramalho – Diretor do Ipead/MG - UFMG

Tem-se, atualmente, observado um conjunto bastante amplo de suspeitas a


respeito dos índices de preços publicados pelos diversos institutos de pesquisa no
Brasil. De um modo geral, questiona-se que os índices não têm refletido o que
efetivamente ocorre e que a “inflação calculada” é distinta da “inflação observada”.
Em função do exposto, o objetivo deste artigo é fornecer ao público não
especializado, alguns elementos que possam contribuir para um melhor
entendimento da questão.
Cumpre, inicialmente, esclarecer que os índices de preços apresentados
pelos diversos institutos representam apenas uma média das variações dos preços
de uma gama bastante grande de bens e serviços da economia. Isto significa que,
nestes índices estão, simultaneamente considerados, variações de preços
43

referentes a produtos bastante distintos como os alimentares, vestuário, trans-


porte, comunicação, energia elétrica, combustíveis e diversos: outros. É evidente
que, por se utilizar uma média, haverá sempre produtos (bens e serviços) cujos
preços crescem mais e outros menos que a inflação. De fato, tomando-se o mês de
julho em Belo Horizonte como exemplo, encontrou-se uma inflação de 1,74%.
Entretanto, o preço do açúcar subiu 18,52%; do leite, 22,77%; do limão, 29,75%;
e dos combustíveis, 9,84%. Simultaneamente, e em sentido o posto, observou-se
queda de preços da ordem de 17%, 18% e 6% para a cebola, o tomate e a couve,
respectivamente. Os aluguéis residenciais, por sua vez, tiveram seus valores
minimamente alterados no mês de julho.
Um segundo ponto, merecedor de ênfase especial para o entendimento da
questão, refere-se ao fato de que os índices de preços apresentados pelos diversos
institutos são obtidos mediante uma média ponderada das variações de preços.
Isto significa que, no cálculo da inflação, estão considerados, de modo simultâneo,
as variações de preços e a “importância econômica” de cada bem ou serviço no
dispêndio do consumidor.
Por “importância econômica” deve-se entender a participação (em termos
monetários) de cada bem ou serviço no dispêndio do consumidor a qual, por sua
vez, é obtida através da pesquisa de orçamentos familiares (POF). Deste modo,
alterações nos preços dos bens e serviços com maior “importância econômica” no
orçamento doméstico afetam de modo mais intenso os índices de preços ao
consumidor. Este é o caso do aluguel residencial e dos bens e serviços
regulamentados como o transporte urbano, energia elétrica, comunicações e
combustíveis os quais, atualmente, comandam a trajetória inflacionária.
Finalmente, um terceiro ponto deve ser destacado: a cesta de produtos e os
seus respectivos pesos nos orçamentos domésticos, que são utilizados nos
cálculos dos índices de preços ao consumidor, são referentes a um público com
renda de um a 40 salários mínimos (índices do Ipead e do IBGE). É evidente que
um indivíduo particular não tem necessariamente sua estrutura de consumo com
um comporta mento idêntico ao deste público considerado como um todo.
Assim, quando sobem relativamente mais os preços dos produtos mais
importantes para este consumidor particular, ele terá a sensação que a inflação
publicada foi subestimada. Um bebedor de whisky importado argumentará que os
índices de inflação calculados logo após a desvalorização cambial no início do ano
passado, estavam todos subestimados. De maneira geral, e de modo inteiramente
compreensível, cada consumidor tende a prestar atenção ao comportamento dos
preços que afetam mais diretamente o seu orçamento particular e isto aumenta a
sensação de que os índices estão “errados”.
A única maneira de eliminar esta sensação seria mediante a construção de
um índice de preços para cada indivíduo particular, o qual captaria a evolução do
custo da cesta de bens e serviços consumidos por este indivíduo. É evidente que
isto seria, operacionalmente, impraticável além de não atender ao objetivo de
retratar a evolução dos preços da economia como um todo.
É fundamental esclarecer que a argumentação, anteriormente delineada,
não significa negar a importância de se “abrir” os índices de preços. Ao contrário,
44

o público não especializado deve continuamente questionar o significado concreto


dos resultados apresentados pelos indicadores econômicos. Não há,
evidentemente, como negar que os diversos estratos sociais são distintamente
afetados pelas variações de preços. É do conhecimento de todos o fato de que a
“inflação da classe média” tem sido, muito frequentemente, durante o Plano Real,
superior à inflação calculada para um público de um a 40 salários mínimos como
fazem o Ipead, o IBGE e diversos outros institutos de pesquisa. Entretanto, não se
deve descartar totalmente a importância de um indicador simplesmente porque
ele não esclarece todos os aspectos da questão. Nenhum indicador econômico tem
esta capacidade.
A postura mais adequada é sem dúvida, uma análise crítica do
indicador da inflação para melhor entender seu alcance e suas limitações, ou seja,
para melhor entender que aspectos da realidade sócio-econômica ele é capaz de
extrair. Foi com este objetivo que este artigo foi escrito. Ele é dirigido, como
inicialmente ressaltado, a um público não especializado e objetiva fornecer a este
público alguns elementos que o auxiliem em sua análise crítica dos índices de
inflação. Não se trata aqui de defender o indicador mas de fazer-lhe “justiça
técnica”.

EXEMPLO

Participação relativa de cada camada de renda em relação ao total da população


Classe Alta = 5%
Classe Média = 25%
Classe Baixa = 70%

Peso relativo de cada item em %


Item do Orçamento
Classe Baixa Classe Média Classe Alta Total da população
Saúde 4,0 10,0 15,0 6,1
Transporte 0,0 15,0 20,0 4,8
Moradia 10,0 20,0 20,0 13,0
Lazer 0,0 5,0 15,0 2,0
Vestuário 3,0 10,0 20,0 5,6
Educação 3,0 20,0 5,0 7,4
Alimentação 80,0 20,0 5,0 61,3
Total 100,0 100,0 100,0 100,0
45

EXERCÍCIO 14

1) O que é “inflação calculada” e o que é “inflação observada”?


2) Quais são as variáveis que devem ser levadas em consideração no cálculo da
inflação?
3) À partir dos dados da tabela, calcule a inflação para cada classe de renda e
para a população como um todo, sabendo-se que:
a) Saúde + 10%, Educação + 20%, Lazer, - 20% e Alimentação - 5%.
b) Saúde - 10%, Educação + 10%, Lazer + 10% e Alimentação + 10%.
4) O que significa a expressão “Análise crítica do indicador de inflação”?

10) NOÇÕES SOBRE BALANÇO DE PAGAMENTOS

Conceitos:

a) Balanço de Pagamentos: Registro de todas as transações econômicas entre


residentes em um determinado país e residentes em outros países, num
determinado período de tempo.

b) Transações econômicas se subdividem em:


 Transações Correntes: Representam os fluxos comerciais de mercadorias e
serviços, acompanhados de suas respectivas contrapartidas monetárias.
 Transações de Capital: Representam os fluxos monetários resultantes de
empréstimos e investimentos diretos, bem como o nível das reservas
monetárias internacionais.
 Transferências Unilaterais: Doações ou remessas

ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS

1) TRANSAÇÕES CORRENTES

A) Balança Comercial

 Exportações (X): receitas provenientes da venda de mercadorias ao


exterior

 Importações (M): despesas provenientes da compra de mercadorias do


exterior

B) Balança de Serviços (Déficit ou superávit)


46

 Viagens Internacionais
Receita: gastos de ñ residentes no país
Despesa: gastos no exterior de residentes no país

 Transportes:
Receita: Fretes pagos por ñ residentes pela utilização de
transporte e infraestrutura no país
Despesa: Fretes pagos por residentes pela utilização de
transporte e infraestrutura no exterior

 Seguros:
Receita: Prêmios e indenizações recebidos por seguradoras do
país pela prestação de serviços a ñ residentes
Despesa: Prêmios e indenizações recebidos por seguradoras do
exterior pela prestação de serviços a residentes

 Rendas de Capitais: Juros, lucros e dividendos de investimentos


feitos no exterior
Receita: Valores recebidos pelos residentes
Despesa: Remessas enviadas ao exterior

 Serviços Governamentais
Receitas: gastos feitos por militares, diplomatas e organismos
internacionais no país
Despesas: manutenção de militares e diplomatas no exterior,
contribuição para manutenção da estrutura administrativa de
organismos internacionais

 Serviços diversos

C) Transferências Unilaterais: donativos voluntários ou compulsórios de


país para país sem a compensação prévia ou futura

D) Saldo em Conta Corrente (A + B + C)

2) MOVIMENTO DE CAPITAL (Transações de capital)

 Investimentos e reinvestimentos diretos líquidos: ingresso de capitais de


risco no país com dedução das inversões realizadas em outro país por
residentes no exterior

 Empréstimos de médio e longo-prazo: compreende as operações junto a


instituições públicas e privadas de crédito para financiamento de projetos
de alto custo e longa maturação e os empréstimos compensatórios
destinados a cobrir déficits das transações correntes não anulados pelo
ingresso de capitais autônomos
47

 Empréstimos de curto-prazo: destinados a cobrir déficits conjunturais das


transações correntes e contas bancárias no exterior (X e M)

 Amortizações: amortizações parciais ou totais de todos os empréstimos


(curto, médio e longo-prazo). Obs.: superávit mostra a facilidade da entrada
de recursos

3) ERROS E OMISSÕES: Ajustamento do BP

4) SALDO DO BP (1+2+3)

5) FINANCIAMENTO DO RESULTADO

Balanço de Pagamentos - Dados Preliminares


US$ milhões
2011* 2012*
Discriminação
Jun Jan-Jun Jun Jan-Jun
Transações correntes -3.477,3 -26.034,0 -4.419,0 -25.341,5
Balança comercial (FOB) 4.429,8 12.960,1 805,9 7.069,4
Exportações 23.689,1 118.303,5 19.352,8 117.213,7
Importações 19.259,2 105.343,4 18.547,0 110.144,3
Balança de Serviços -3.382,6 -17.993,0 -3.362,3 -19.678,8
Receitas 3.182,3 18.178,7 3.115,3 19.984,9
Despesas 6.565,0 36.171,8 6.477,6 39.663,7
Transportes -630,9 -3.558,1 -686,1 -4.180,0
Receitas 622,0 3.025,2 535,6 2.775,4
Despesas 1.252,9 6.583,4 1.221,7 6.955,4
Viagens -1.394,5 -6.968,8 -1.221,3 -7.231,3
Receitas 471,3 3.272,7 462,0 3.470,8
Despesas 1.865,8 10.241,6 1.683,3 10.702,1
Seguros -110,7 -653,7 -36,0 -580,2
Receitas 30,2 148,0 60,8 231,5
Despesas 140,9 801,7 96,8 811,7
Financeiros -62,4 283,7 0,3 385,9
Receitas 185,9 1.161,4 174,5 1.271,8
Despesas 248,2 877,7 174,2 885,9
Computação e informações -258,2 -2.107,1 -268,4 -1.962,8
Receitas 16,4 106,0 23,7 354,3
Despesas 274,5 2.213,1 292,1 2.317,1
Royalties e licenças -142,4 -1.252,2 -149,2 -1.428,1
Receitas 44,4 282,2 39,9 267,4
Despesas 186,7 1.534,5 189,1 1.695,4
Aluguel de equipamentos -1.436,6 -7.832,8 -1.628,8 -9.349,7
48

Receitas 8,1 33,7 5,2 28,9


Despesas 1.444,6 7.866,5 1.634,0 9.378,6
Serviços governamentais -78,0 -638,8 -194,5 -732,6
Receitas 143,4 871,7 136,9 896,1
Despesas 221,3 1.510,5 331,4 1.628,7
Outros serviços 730,9 4.734,9 821,7 5.399,9
Receitas 1.660,9 9.277,7 1.676,9 10.688,7
Despesas 929,9 4.542,9 855,1 5.288,8
Balança de Rendas -4.644,5 -22.577,0 -2.171,3 -14.178,2
Receitas 1.043,3 5.758,4 1.023,4 7.400,4
Despesas 5.687,8 28.335,4 3.194,6 21.578,6
Salários e ordenados 52,6 272,5 46,4 274,2
Receitas 60,4 315,9 51,1 313,3
Despesas 7,7 43,4 4,7 39,1
Renda de investimentos -4.697,1 -22.849,5 -2.217,6 -14.452,4
Receitas 983,0 5.442,5 972,3 7.087,1
Despesas 5.680,1 28.292,1 3.189,9 21.539,5
Renda de investimento direto -2.936,3 -13.964,7 -1.027,3 -6.548,8
Receitas 120,1 873,3 568,2 4.091,6
Despesas 3.056,4 14.838,0 1.595,5 10.640,4
Lucros e dividendos -2.787,5 -13.040,6 -893,5 -5.591,3
Receitas 90,8 690,2 555,3 4.026,0
Despesas 2.878,4 13.730,9 1.448,8 9.617,3
Juros de empréstimos intercompanhias -148,8 -924,1 -133,8 -957,5
Receitas 29,3 183,0 12,9 65,6
Despesas 178,0 1.107,1 146,7 1.023,1
Renda de investimento em carteira -908,9 -5.565,8 -604,8 -5.283,6
Receitas 792,7 4.039,4 369,5 2.526,9
Despesas 1.701,6 9.605,2 974,3 7.810,4
Lucros e dividendos -1.275,8 -5.727,2 -643,5 -4.390,1
Receitas 0,0 0,1 0,0 3,3
Despesas 1.275,8 5.727,3 643,5 4.393,3
Juros de títulos de dívida (renda fixa) 366,9 161,4 38,7 -893,5
Receitas 792,7 4.039,3 369,5 2.523,6
Despesas 425,8 3.877,9 330,8 3.417,1
Renda de outros investimentos -851,9 -3.319,0 -585,5 -2.620,0
Receitas 70,1 529,9 34,6 468,6
Despesas 922,0 3.848,9 620,1 3.088,6
Transferências unilaterais correntes (líquido) 120,0 1.576,0 308,7 1.446,1
Conta capital e financeira 6.786,0 69.341,0 4.974,0 45.544,0
Conta capital 83,0 666,0 182,0 926,0
Investimentos brasileiros no exterior -1.542,0 -5.369,0 -4.801,0 -3.053,0
IBD -131,0 2.484,0 -1.117,0 5.012,0
Demais ativos brasileiros -1.412,0 -7.853,0 -3.684,0 -8.065,0
Investimentos estrangeiros no Brasil 5.251,0 68.859,0 8.898,0 38.623,0
49

IED 5.475,0 32.502,0 5.822,0 29.720,0


Ações totais -483,0 3.865,0 146,0 2.897,0
Títulos no país 866,0 135,0 744,0 2.119,0
Empréstimos e títulos de MLP no exterior 1.822,0 24.111,0 2.199,0 5.830,0
Desembolsos 7.800,0 43.496,0 4.309,0 21.957,0
Títulos públicos 0,0 0,0 0,0 2.517,0
Títulos privados 1.404,0 17.081,0 807,0 5.608,0
Empréstimos diretos 4.727,0 17.783,0 2.528,0 8.768,0
Demais empréstimos 1.669,0 8.633,0 973,0 5.063,0
Amortizações -5.978,0 -19.385,0 -2.110,0 -16.127,0
Títulos públicos -354,0 -3.379,0 -23,0 -2.357,0
Títulos privados -368,0 -2.223,0 -509,0 -3.152,0
Empréstimos diretos -616,0 -4.817,0 -415,0 -5.041,0
Demais empréstimos -4.641,0 -8.966,0 -1.162,0 -5.577,0
Empréstimos e títulos de CP no exterior -2.429,0 8.245,0 -14,0 -1.943,0
Demais 2.994,0 5.185,0 695,0 9.049,0
Erros e omissões -61,6 -397,0 -1.271,9 71,9
Variação de reservas ( - = aumento) -3.246,7 -42.909,9 -58.636,8 -626,7
Resultado global do balanço 3.246,7 42.909,9 58.636,8 626,7
Transações correntes/PIB (%) - -2,1 -2,1 -
IED/PIB (%) - 2,7 2,7 -
Fonte: Banco Central do Brasil

DESEQUILÍBRIOS DO BALANÇO DE PAGAMENTOS:

 BP equilibrado: déficits e superávits em transações correntes são anulados


pelo movimento líquido de capitais autônomos

 Desequilíbrio conjuntural: associado à dinâmica do desempenho das


atividades econômicas internas e externas, ou seja, nível de produção,
consumo e investimento.

 Desequilíbrio estrutural: associado ao estágio de desenvolvimento do país, a


sua disponibilidade de recursos e a sua própria formação histórica.

RELAÇÃO ENTRE BALANÇO DE PAGAMENTOS E TAXA DE CÂMBIO

a) Conceito: é a taxa que indica a relação entre o valor de duas unidades


monetárias. É determinada, em princípio, pelo livre mecanismo de oferta e
procura no mercado de divisas estrangeiras conversíveis.

Situações:
50

1 - Superávit do BP

(X>M) + (Receitas Serviços>Despesas Serviços) + (Ingressos de Capitais>Saídas de


Capitais)

oferta de divisas > demanda por divisas

redução da taxa de câmbio (menos R$ p/ comprar a mesma quantidade de US$)

Tendência de:
 Aumento de M e queda de X
 Redução das receitas e aumento das despesas de serviços
 Estímulo a saída e desestímulo a entrada de capitais

2 - Déficit do BP

(X<M) + (Receitas Serviços<Despesas Serviços) + (Ingressos de Capitais<Saídas de


Capitais)

oferta de divisas < demanda por divisas

aumento da taxa de câmbio (mais R$ p/ comprar a mesma quantidade de US$)

Tendência de:
 Aumento de X e queda de M
 Redução das despesas e aumento das receitas de serviços
 Estímulo a entrada e desestímulo a saída de capitais

Exemplo de relação entre as políticas:


Taxa de juros (Política Monetária) interfere na entrada e saída de capital externo
especulativo, que repercutirá sobre a taxa de câmbio (Política Cambial) e
consequentemente sobre o fluxo de mercadorias e serviços (Política Comercial).
Pode ser minimizado com a taxação seletiva desses investimentos (Política Fiscal).

EXERCÍCIO 15
1) Conceitue:
a) Transações Correntes b) Transações de Capital c) Taxa de Câmbio

2) Qual é a relação entre o resultado do Balanço de Pagamentos e a taxa de


câmbio?

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