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‘ESTEREÓTIPOS DOS PANTERAS NEGRAS ESTÃO LONGE DA

VERDADE’: MARCHANDO NA FILADÉLFIA EM 1971

Kalid Raheem

Quando os Panteras negras apareceram no Oeste da Filadélfia, sua


força e coragem abalaram aos meus amigos e a mim. Eles entregaram
cartazes com imagens de homens e mulheres negras lutando por si
mesmas e exigindo liberdade. Eu tinha 17 anos e nunca tinha visto algo
igual.

Eu cresci em uma comunidade de pessoas em sua maioria da classe


trabalhadora negra. Muitos filhos e netos de pessoas que tinham
migrado do sul. Antes de eu ingressar no partido dos Panteras Negras,
eu tinha abandonado a escola. Eu estava seriamente envolvido em
coisas erradas. O envolvimento com o partido me deu um novo rumo.

Meu primeiro passo foi ir às aulas de educação política. Eu escutei as


pessoas explicarem o racismo e a supremacia branca, o capitalismo e o
imperialismo. Eles explicarem porque meu bairro ficou de um jeito
enquanto outros pareciam diferentes. Meus amigos e eu discutíamos
isso, mas as aulas colocaram essas idéias em contexto.

Nessa fotografia, eu estou à frente por acaso: eu não estava em


qualquer posição de liderança. Nós geralmente marchávamos pela
comunidade. Era uma maneira de aprendermos a trabalhar juntos. Nós
tentamos nos disciplinar e aos mais jovens de que não era do nosso
proveito disputas internas – que isso não promovia unidade. Os jovens
gostam de participar dos exercícios, porque eram divertidos. Nós
cantávamos pedindo o fim da guerra do Vietnam ou pela libertação de
presos políticos.

Há estereótipos dos Panteras Negras como pessoas andando por aí com


armas, lutando com a polícia noite e dia, mas isso está longe da
verdade. Nós passávamos a maior parte do dia fazendo trabalho
voluntário e de advocacia. Nós servíamos café da manhã gratuito para
as crianças, trabalhávamos com os mais velhos, tínhamos uma clínica
médica gratuita. Nos finais de semana, nós tocávamos as “escolas de
libertação” onde ensinávamos a história do povo negro. Nós
presenteávamos os jovens com muito mais possibilidades do que eram
dadas na escola pública.

Não existe partido revolucionário de meio-expediente e eu trabalhei


para o partido durante dois anos ininterruptos. Eu continuei envolvido
em política pelo resto da minha vida. Há quatro anos, eu fundei um
partido negro independente, o New Afrika Independence party. Os
assuntos nos quais me envolvo agora incluem violência policial e
comunitária. E eu ainda luto pelos presos políticos.

Nós temos ferramentas de comunicação e mobilização na ponta dos


dedos agora que nós não poderíamos imaginar há 50 anos. Lá atrás,
quando usávamos mimeógrafos que sujavam todos as suas camisas e
mãos. Nós imprimíamos 500 flyers e então corríamos para os passar
adiante. A sofisticação da tecnologia responde pelo atual foco no terror
e brutalidade policial. Aquilo não acabou nos anos 1970 e não acabou
hoje.

Eu tenho 63 anos agora. Eu tenho seis filhos e todos são politicamente


conscientes, especialmente os mais velhos. Quando eu me percebo
como estou agora, eu vejo alguém que está disposto a arriscar e
defender coisas que ele pensa que são justas. Eu estou extremamente
orgulhoso de ter sido membro de um partido que ajudou a moldar
radicalmente o pensamento dos EUA entre os negros e outras pessoas
de cor.

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