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A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Fórum Nacional de Normalização responsável pela
elaboração das Normas Brasileiras.
A Norma Brasileira - Instalações elétricas de baixa tensão (ABNT NBR 5410:2004), evolução da histórica “NB-3”,
foi tecnicamente revisada pelo Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03) e pela Comissão de Estudo de
Instalações Elétricas de Baixa Tensão (CE-03:064. 01) e a partir de 31 de março de 2005 esta segunda edição
(30.09.2004) cancelou e substituiu a edição anterior (1997).
A NBR 5410 é baseada na norma internacional IEC 60.364: Electrical Installations of Buildings.
O alinhamento da ABNT com a IEC vem desde a década de 80 e apesar disto não há uma identidade total entre
a NBR 5410 e a IEC 60.364 quer no conteúdo quer na estrutura.
Cabe destacar ainda que em vários itens da NBR 5410 são citadas outras normas da IEC como referência.
3. Introdução
A intenção deste artigo é extrair da norma NBR 5410:2004 as diretrizes a respeito de proteção contra surtos e
reordena-las de forma mais didática, evitando, por exemplo, o vai-e-vem entre referências e tabelas que são
citadas de forma recorrente e cruzada pela norma.
Além disso, tem a pretensão de explicar estas diretrizes de forma mais simples e didática e fornecer orientação
sobre a aplicação destas “regras”.
Obviamente também se destina a especificar os Dispositivos de Proteção contra Surtos (DPS) fabricados pela
Clamper Ind. e Com. S.A. (0800 7030 555) que atendem a cada aplicação prescrita na Norma Brasileira.
Estamos abertos às sugestões ou reparos neste artigo que possam ser sugeridas por nossos clientes e ou
profissionais que se interessem pelo assunto e antecipamo-nos em pedir desculpas por erros, que
eventualmente, nossa interpretação tenha causado.
Na NBR 5410:2004 as diretrizes sobre o tema “Proteção contra sobretensões e perturbações eletromagnéticas”
estão contidas no capitulo 5.4.
A seção 5.4.1 trata das sobretensões temporárias e o artigo 5.4.1.1 ensina que os circuitos fase-neutro podem
ser submetidos à tensão entre fases por:
a) perda de neutro nos esquemas TN (TNC, TNS e TNCS) e TT; e
b) falta à terra em esquema IT.
b) se 10-3 > Nd > 10-5, a conveniência de um SPDA deve ser decidida por acordo entre projetista e usuário;
• “Quando a instalação puder receber descargas atmosféricas diretas (condições de influências externas AQ3
– definida na mesma tabela transcrita acima)”.
Apresentamos mapas Isocerâunicos da região sudeste e do Brasil (aqui não consta da NBR 5410), para se
verificar o Índice Cerâunico da localidade que nos interesse pode ser obtido nas páginas 22 e 23 da norma ABNT
NBR 5419:2001 e que reproduzimos abaixo:
O parágrafo 5.4.2.1.2 lembra que a proteção contra sobretensões transitórias pode ser provida por DPS ou por
meios que garantam a atenuação no mínimo àquela obtida pelos DPS.
Passemos a proteção em linhas de sinal (artigo 5.4.2.2) e logo no parágrafo 5.4.2.2.1 exige-se que todas as
linhas metálicas de sinal (sem exceção) sejam protegidas no ponto de entrada e ou saída da edificação.
Em notas a norma reforça a recomendação para cabos de antenas externas e entre edificações além de informar
que “ponto de entrada e ou saída da edificação” é o PTR das NBR 13300 e NBR14306 e reforça que as linhas de
sinal devem entrar no mesmo ponto que as linhas de energia.
Bem a definição de PTR nas normas citadas acima é a seguinte: “Ponto de conexão física à Rede Telefônica
Pública, que se localiza no imóvel do assinante e que atende às especificações técnicas necessárias para
permitir, por seu intermédio, o acesso individual ao Serviço Telefônico Público. Quando o imóvel corresponder à
edificação ou edificações em condomínio, o Ponto de Terminação de Rede será aquele a partir do qual se dá
este acesso às unidades autônomas ou às edificações do mesmo condomínio”.
Condutores
que entram
na edificação
TV
Energia
Telefone
A eventual necessidade de proteções adicionais em outros pontos e em particular junto aos equipamentos mais
sensíveis está prevista em 5.4.2.2.2, porém infelizmente sem que sejam previstos critérios de necessidade.
Muito importante é a diretriz do artigo 5.4.2.3 referente a suportabilidade a impulso exigível dos componentes da
instalação, ou seja, define – na tabela 31 - quanta sobretensão os equipamentos elétricos de BT devem suportar
sem danos e em nota explica que este valor deve ser informado pelo fabricante (referencia a IEC 60.664-1 e o
anexo E). Transcrevemos abaixo a tabela 31 da página 71 da norma e os detalhes contidos no anexo E:
Na seção 5.4.3 estão prescritas as medidas de prevenção às interferências eletromagnéticas e logo no artigo
5.4.3.1 determina-se que as blindagens, armações, condutos e ou capas das linhas externas devem ser
conectados na equipotencialização principal.
Em notas a Norma ressalta que dependendo do caso, a vinculação dos revestimentos metálicos da linha a
equipotencialização principal não precisa ser mediante ligação direta ao BEP (Barramento de
Equipotencialização Principal), podendo ser indireta, como por exemplo, mediante ligação ao BEL (Barramento
de Equipotencialização Local) mais próximo do ponto em que a linha entra ou sai da edificação ou mediante a
ligação direta ao eletrodo de aterramento da edificação (como ilustrado, conceitual e genericamente, na figura
G.3 do anexo G na página 199, que reproduzimos abaixo).
Legenda:
É o caso de uma linha de energia que sai da edificação para alimentar outra edificação, vizinha, ou para
alimentar estruturas ou construções anexas; de uma linha de sinal que também se dirija à edificação vizinha; e
de linha de sinal associada a uma antena externa. As equipotencializações locais (BEL) de uma edificação
devem incluir armadura de concreto.
Nos artigos 5.4.3.2 e 5.4.3.3, que versam sobre linhas de sinal, quando a conexão da blindagem ou capa
metálica a equipotencialização, conforme 5.4.3.1, puder ocasionar ruído ou corrosão eletrolítica, essa conexão
pode ser efetuada com a interposição de DPS do tipo curto-circuitante. A conexão através de DPS do tipo curto-
circuitante deve se restringir a uma das extremidades da linha de sinal.
Toda linha metálica de sinal que interligue edificações deve dispor de condutor de equipotencialização paralelo,
sendo esse condutor conectado as equipotencializações, de uma outra edificação, às quais a linha de sinal se
acham vinculadas, conforme artigo 5.4.3.4.
Medidas necessárias para reduzir os efeitos das sobretensões induzidas e das interferências eletromagnéticas
em níveis aceitáveis, (artigo 5.4.3.5):
a) Disposição adequada das fontes potenciais de perturbações em relação aos equipamentos sensíveis;
b) Disposição adequada dos equipamentos sensíveis em relação a circuitos e equipamentos com altas
correntes como, por exemplo, barramento de distribuição e elevadores;
c) Uso de filtros e ou dispositivos de proteção contra surtos (DPS) em circuitos que alimentam equipamentos
sensíveis;
d) Seleção de dispositivos de proteção com temporização adequada, para evitar desligamentos indesejáveis
devidos a transitórios;
e) Equipotencialização de invólucros metálicos e blindagens;
f) Separação adequada, por distanciamento ou blindagem, entre as linhas de energia e as linhas de sinal,
bem como seu cruzamento em ângulo reto;
g) Separação adequada, por distanciamento ou blindagem, das linhas de energia e de sinal em relação aos
condutores de descida do sistema de proteção contra descargas atmosféricas;
h) Redução dos laços de indução pela adoção de um trajeto comum para as linhas dos diversos sistemas;
i) Utilização de cabos blindados para o trafego de sinais;
j) As mais curtas conexões de equipotencializações possíveis;
k) Linhas com condutores separados (por exemplo, condutores isolados ou cabos unipolares) contidas em
condutos metálicos aterrados ou equivalentes;
l) Evitar o esquema TN C, conforme disposto em 5.4.3.6;
m) Concentrar as entradas e/ou saídas das linhas externas em um mesmo ponto da edificação;
n) Utilizar enlaces de fibra óptica sem revestimento metálico ou enlaces de comunicação sem fio na
interligação de redes de sinal dispostas em áreas com equipotencializações separadas, sem interligação.
O condutor PEN da linha de energia que chega à edificação deve ser incluindo na eqüipotencialização principal
conforme artigo 6.4.2.1.1, e, portanto, conectado ao BEP direta ou indiretamente.
Na NBR 5410:2004 as diretrizes sobre “Dispositivos de proteção contra surtos (DPS)” tanto em linhas de energia
(artigo 6.3.5.2) quanto em linhas de sinal (artigo 6.3.5.3) aparecem na seção 6.3.5.
No que diz respeito a DPS em linhas de energia, logo no parágrafo 6.3.5.2.1, quanto à disposição destes devem-
se respeitar os seguintes critérios:
a) Quando o objetivo for a proteção contra sobretensões provocadas por descargas atmosféricas diretas
sobre a edificação ou em suas proximidades, os DPS devem ser instalados no ponto de entrada da linha
na edificação (mais a frente a norma faz concluir que este DPS equivale à Classe I da IEC 61.643-11); ou
b) Quando o objetivo for a proteção contra sobretensões de origem atmosférica transmitidas pela linha
externa de alimentação (surtos induzidos), bem como a proteção contra sobretensões de manobra (ligar e
desligar da rede) os DPS devem ser instalados junto ao ponto de entrada da linha na edificação ou no
quadro de distribuição principal localizado o mais próximo possível do ponto de entrada (analogamente
entende-se que equivale à Classe II da IEC 61.643-11).
c) Um outro tipo de DPS pode ser caracterizado pela leitura do terceiro sub-item da alínea d da nota 2 do
parágrafo 6.3.5.2.4 na página 133 (que transcrevemos, parcialmente, abaixo para facilitar):
“- quando o DPS for destinado, simultaneamente, à proteção contra todas as sobretensões relacionadas
nas duas situações anteriores,...” (e neste caso conclui-se que este DPS atende aos requisitos da IEC
61.643-11 tanto para Classe I quanto para Classe II; isto posto, deve-se instalar no ponto de entrada da
linha na edificação).
Definição de ponto de entrada numa edificação (seção 3.4.4 – página 8 da Norma): Ponto em que uma linha
externa penetra na edificação, ou seja, na fachada (a referência fundamental é a edificação, ou seja, o corpo
principal ou cada um dos blocos de uma propriedade e no caso de edificações com pilotis o ponto de entrada é o
ponto em que a linha penetra no compartimento de acesso à edificação, ou seja, hall de entrada).
Na nota 2 do parágrafo 63521, a norma prescreve que em instalações já existentes é permitido que os DPS
sejam instalados na caixa de medição, desde que esta não diste a mais de 10 metros do ponto de entrada na
edificação e que a barra PE, onde se vão ligar os DPS, seja conectada ao barramento de eqüipotencialização
principal da edificação (BEP).
A terceira e quarta notas informam que para proteção de equipamentos sensíveis, pode ser necessária a
instalação de DPS adicionais sendo necessário coordena-los, e que os DPS que fizerem parte da instalação fixa
e não se encontram instalados em quadros de distribuição (por exemplo, incorporados a espelhos com
interruptores e ou tomadas) devem ter sua presença indicada através de etiqueta ou identificador similar, na
origem ou o mais próximo possível da origem do circuito ao qual está inserido.
Figura 13 – Esquemas de conexão dos DPS no ponto de entrada da linha de energia ou no quadro de
distribuição principal da edificação (página 131 da norma)
A linha elétrica de
energia que chega à SIM
edficação inclui o
neutro?
NÃO
Oneutro
será aterrado no
barramento de eqüipotencialização NÃO c)
principal da edificação?
(BEP. ver 6.4.2.1)
SIM b)
Dois
esquemas de
conexão são possíveis d)
L1 L1
L2 L2
L3 L3
PE PEN
BEP BEP ou
barra PE DPS DPS DPS
PE PE PEN PE
N
barra PE
BEP ou
barra PE
b) A hipótese configura um esquema que entra TN C e que prossegue instalação adentro TN C (esquema de
conexão 1 – opção acima e a direita), ou que entra TN C e em seguida passa a TN S (esquema de
conexão 1 – opção abaixo e a direita). O neutro de entrada, necessariamente PEN, deve ser aterrado no
BEP diretamente (a norma também prevê aterramento indireto, mas equivocadamente, no nosso
entendimento e por isso vamos solicitar a retificação) e indica ver a figura G2 do anexo G (página 199 da
Norma) que reproduzimos a seguir.
c) A hipótese configura três possibilidades de esquema de aterramento: TT (com neutro), IT (com neutro) e
linha que entra na edificação já em esquema TN S.
d) Há situações em que um dos dois esquemas se torna obrigatório (ou seja, a escolha esquema 2 ou
esquema 3 depende de), como a do caso relacionado na alínea b do parágrafo 6.3.5.2.6, qual seja:
Quando os DPS forem instalados, junto ao ponto de entrada na edificação ou no quadro de distribuição
principal, e a instalação for dotada de DR os DPS devem ser posicionados antes ou depois do DR nas
seguintes condições:
- quando a instalação for TT e os DPS forem posicionados antes do DR utilize, obrigatoriamente, o
esquema 3; e
- quando os DPS forem posicionados depois do DR, estes DR devem possuir uma imunidade a correntes
de surto de no mínimo 3 kA (8/20), ou seja, DR tipo S conforme a IEC 61008-2 e 61.009-2-1, e
consequentemente deve-se utilizar, obrigatoriamente, o esquema 2.
Um dos parágrafos mais importantes destas diretrizes é o 6.3.5.2.4 que se refere a “Seleção dos DPS”: Os DPS
devem atender a IEC 61643-1 e ser selecionados com base no mínimo nas seguintes características:
• Nível de proteção (Up);
• Máxima tensão de operação continua (Uc);
• Suportabilidade a sobretensões temporárias;
• Corrente nominal de descarga (In) e ou corrente de impulso (Iimp) dependendo da(s) Classe(s) atendida(s); e
• Suportabilidade à corrente de curto-circuito.
Além disso, quando utilizados em mais de um ponto da instalação (em cascata), os DPS devem ser selecionados
levando-se em conta também a sua coordenação.
a) Nível de proteção (Up) – O nível de proteção deve ser compatível com a categoria II de suportabilidade (1,5 a
4 kV dependendo da tensão) a impulsos de acordo com a tabela 31 da página 71, já apresentada, e que
voltamos a transcrever abaixo:
Tensão nominal da instalação Tensão de impulso suportável requerida (kV)
(V) Categoria de produto
Produto a ser
Produto a ser
utilizado em Produtos
utilizado na Equipamentos de
Sistemas circuitos de especialmente
Sistemas entrada da utilização
monofásicos distribuição e protegidos
trifásicos instalação
com neutro circuitos terminais
220/380, 230/400,
- 6 4 2,5 1,5
277/480
400/690 - 8 6 4 2,5
c) Sobretensões temporárias:
O DPS deve atender aos ensaios pertinentes especificados na IEC 61.643-1. Vale destacar que aquela
norma prevê que o DPS suporte estas sobretensões e que os DPS conectáveis ao PE não ofereçam
nenhum risco à segurança em caso de destruição provocada por estas sobretensões devidas a faltas na
média tensão e por perda do neutro.
Nota da Clamper: Nesta preocupação, em particular, provavelmente a norma UL1449 do Underwriters
Laboratories é a mais rigorosa entre as similares.
A suportabilidade do DPS deve ser igual ou superior à corrente de curto-circuito presumida no ponto onde
será instalado (devido à possibilidade de falha do DPS).
- Como exemplo, podemos citar que num quadro principal de uma instalação alimentada em baixa tensão,
servida por um transformador abaixador de 75 kVA a corrente de curto-circuito presumida não
ultrapassará a 5 kA e neste caso o DPS deverá suportar ele mesmo, esta corrente ou o fabricante deve
recomendar associa-lo a um DP (Dispositivo de Proteção contra sobrecorrentes) que suporte tal corrente.
Além disso, quando o DPS utilizar tecnologia de “Centelhador” a capacidade de interrupção de corrente
subseqüente também deve atender à corrente de curto-circuito presumida no ponto de instalação.
Para os DPS conectados entre neutro e PE a capacidade de interrupção de corrente subseqüente deve
ser de no mínimo 100 A em esquema TN (TN C, TN S e TN C S) e TT, e deve ser a mesma dos DPS
conectados entre fase e neutro, no caso do esquema IT.
A Clamper recomenda os seguintes modelos de DPS, se destinados, apenas, à proteção contra sobretensões de
origem atmosférica transmitidas pela linha externa de alimentação e contra sobretensões de manobra, (Classe II
de acordo com a IEC 61.643-11) aplicação do tipo transversal ou como proteção secundária, com corrente
superior à mínima recomendada pela Norma NBR 5410-2004, e uma maior vida útil:
A Clamper recomenda os seguintes modelos de DPS, se destinados, apenas, à proteção contra sobretensões de
origem atmosférica transmitidas pela linha externa de alimentação e contra sobretensões de manobra (Classe II
de acordo com a IEC 61.643-11) corrente igual à mínima recomendada pela norma NBR 5410:2004:
Esquema de conexão Esquema de conexão 2 Esquema de conexão 3
1 (circuitos trifásicos) (circuitos trifásicos) (circuitos trifásicos)
120/208,
Tensão de operação da 127/220, 277/480 e 120/208 e 220/380 e 277/480 e 120/208 e 220/380 e 277/480 e
instalação 220/380 e 400/490 V 127/220 V 230/400 V 400/490 V 127/220 V 230/400 V 400/490 V
230/400 V
VCL 275V VCL 460V VCL 175 VCL 275 VCL 460V VCL 175 VCL 275 VCL 460V
Modelo
12kA Slim 12kA Slim 12kA Slim 12kA Slim 12kA Slim 12kA Slim 12kA Slim 12kA Slim
Tecnologia MOV MOV MOV MOV MOV MOV MOV MOV
Classe (IEC 61.643-11) Classe II Classe II Classe II Classe II Classe II Classe II Classe II Classe II
Nível de Proteção (Up) 1,5 kV 0,9 kV 1,5 kV 1,5 kV 2,5 kV
Máxima tensão de
275 V 460 V 175 V 275 V 460 V 175 V 275 V 460 V
operação contínua (Uc)
Corrente nominal de 5 kA 5 kA 5 kA 5 kA 5 kA 5 kA 5 kA 5 kA
descarga (In) (8/20) (8/20) (8/20) (8/20) (8/20) (8/20) (8/20) (8/20)
Corrente máxima de 12 kA 12 kA 12 kA 12 kA 12 kA 12 kA 12 kA 12 kA
descarga (Imáx) (8/20) (8/20) (8/20) (8/20) (8/20) (8/20) (8/20) (8/20)
Suportabilidade à corrente
5 kA 5 kA 5 kA 5 kA 5 kA 5 kA 5 kA 5 kA
de curto-circuito
Quantidade de DPS,
3 peças 3 peças 3 peças 3 peças 3 peças 3 peças 3 peças 3 peças
monopolar, necessários
A Clamper oferece como opção (porque suportam correntes de impulso, Iimp, que excedem os valores citados na
NBR 5410:2004) os seguintes modelos de DPS, se destinados, apenas, à proteção contra sobretensões
provocadas por descargas atmosféricas diretas sobre a edificação ou em suas proximidades (Classe I de acordo
com a IEC 61.643-11):
Esquema de conexão Esquema de conexão 2 Esquema de conexão 3
1 (circuitos trifásicos) (circuitos trifásicos) (circuitos trifásicos)
Modelo SCL 275V 50kA SCL 275V 50kA SCL 275V 50kA SCL 275V 50kA
SCL 275V 50kA ou
(entre fase-neutro, fase-PE ou ou SCL 275V ou SCL 275V ou SCL 275V ou SCL 275V
SCL 275V 60kA
fase-PEN) 60kA 60kA 60kA 60kA
Tecnologia Spark Gap Spark Gap Spark Gap Spark Gap Spark Gap
Quantidade de DPS,
3 peças 4 peças 4 peças 3 peças 3 peças
monopolar, necessários
em circuitos GCL N/PE 50 kA GCL N/PE 50 kA
Modelo Não aplicável Não aplicável Não aplicável
monofásicos Slim Slim
(entre fase-
PE) em circuitos GCL N/PE 100 GCL N/PE 100
Não aplicável Não aplicável Não aplicável
trifásicos kA kA
Quantidade de DPS,
Não aplicável Não aplicável Não aplicável 1 peça 1 peça
monopolar, necessários
A possibilidade de falha interna, fazendo com que o DPS entre em curto-circuito, impõe a necessidade de dispositivo de
proteção contra sobrecorrentes (DP), para eliminar tal curto-circuito, como previsto no parágrafo 6.3.5.2.3. Nele
apresentam-se os cuidados a serem observados com vista ao risco de falha do DPS , bem como as alternativas de arranjo
que permitem, na hipótese de falha do DPS, priorizar a continuidade do serviço ou a continuidade da proteção conforme a
seguir:
• Na própria conexão do DPS, representada pelo DP da figura a, sendo que esse DP pode ser inclusive o
desligador interno que eventualmente integra o DPS.
Supondo, como requer a norma, que todas as proteções contra sobrecorrentes da instalação sejam
devidamente coordenadas (seletivas), a primeira opção de posicionamento do DP (figura a abaixo) assegura
continuidade de serviço, mas significa ausência de proteção contra qualquer nova sobretensão que venha a
ocorrer.
• No circuito ao qual está conectado o DPS, representado na figura b, que corresponde geralmente ao próprio
dispositivo de proteção contra sobrecorrentes do circuito.
b) Seleção do DP:
O DP destinado a eliminar um curto-circuito que ocorra por falha do DPS, deve possuir corrente nominal inferior ou
no máximo igual à indicada pelo fabricante do DPS.
c) Condutores de conexão:
A seção nominal dos condutores destinados a conectar um DP especificamente previsto para eliminar um curto-
circuito que ocorra por falha do DPS aos condutores de fase do circuito deve ser dimensionada levando-se em conta
a máxima corrente de curto-circuito suscetível de circular pela conexão.
Quanto à proteção contra choques elétricos e compatibilidade entre os DPS e dispositivos DR prevista no
parágrafo 6.3.5.2.6, devem ser atendidas as seguintes prescrições:
a) Nenhuma falha do DPS, ainda que eventual, deve comprometer a efetividade da proteção contra choques
provida a um circuito ou à instalação; e
b) Quando os DPS forem instalados, junto ao ponto de entrada da linha elétrica na edificação ou no quadro
de distribuição principal, o mais próximo possível do ponto de entrada, e a instalação for aí dotada de um
ou mais dispositivos DR, os DPS podem ser posicionados antes ou depois do(s) dispositivo(s) DR,
respeitadas as seguintes condições:
• Quando a instalação for TT e os DPS forem posicionados antes do(s) dispositivo(s), os DPS devem
ser conectados conforme o esquema 3 (figura 13 da página 131 da NBR5410 que reproduzimos
abaixo).
ESQUEMA DE CONEXÃO3
e ainda:
L1
L2
L3
DPS
BEP ou
barra PE
• Quando os DPS forem posicionados depois do(s) dispositivo(s) DR, estes dispositivos DR, sejam
eles instantâneos ou temporizados, devem possuir uma imunidade a corrente de surto e no mínimo
3kA (8/20µs).
Em nota, informa-se que os dispositivos tipo S conforme a IEC61008-2-1 E 61009-2-1 constituem
um exemplo de dispositivo DR que satisfaz tal requisito de imunidade.
Quanto à indicação do estado do DPS (parágrafo 6.3.5.2.3), devido à falta ou deficiência, o DPS deixar de
cumprir sua função de proteção contra sobretensões, esta condição deve ser evidenciada:
• Por um indicador de estado; ou
• Por um dispositivo de proteção à parte, como previsto em 6.3.5.2.5 (figuras a, b ou c da página anterior).
A proteção contra surtos em linhas de sinal (artigo 6.3.5.3) é requerida (exigida) no parágrafo 5.4.2.2.1 (que relembramos
a seguir):
“5.4.2.2.1 - exige-se que todas as linhas metálicas de sinal (sem exceção) sejam protegidas no ponto de entrada
e ou saída da edificação”.
Em notas a norma reforça a recomendação para cabos de antenas externas e entre edificações além de informar
que “ponto de entrada e ou saída da edificação” é o PTR das NBR 13300 e NBR14306 e reforça que as linhas de
sinal devem entrar no mesmo ponto que as linhas de energia.
Condutores
que entram
na edificação
TV
Energia
Telefone
A localização dos DPS (prescrições do parágrafo 6.3.5.3.1), destinados à proteção requerida em 5.4.2.2.1 (acima), deve
ser como segue:
a) No caso de linha originária da rede pública de telefonia, o DPS deve ser localizado no distribuidor geral (DG) da
edificação, situado junto ao BEP (ver nota de 6.4.2.1.2);
b) No caso de linha externa originária de outra rede pública que não a de telefonia, o DPS deve ser localizado junto ao
BEP; e
c) No caso de linha que se dirija a outra edificação ou a construções anexas e, ainda, no caso de linha associada à
antena externa ou a estruturas no topo da edificação, o DPS deve ser localizado junto ao BEL mais próximo
(eventualmente, junto ao BEP quando o ponto de saída ou entrada de tal linha se situar, coincidentemente, próximo
ao BEP).
Quanto à localização (prescrições do parágrafo 6.3.5.3.2) os DPS requeridos em 5.4.2.2.1 (acima) e os previstos em
5.4.2.2.2 (que voltamos a transcrevemos abaixo) devem ser conectados entre a linha de sinal e a referência de
equipotencialização mais próxima.
“5.4.2.2.2 - A eventual necessidade de proteções adicionais em outros pontos e em particular junto aos
equipamentos mais sensíveis está prevista em 5.4.2.2.2, porém infelizmente sem que sejam previstos critérios
de necessidade”.
Uma nota importante destaca que dependendo da localização do DPS, a referência de equipotencialização mais próxima
pode ser o BEP, a barra de terra do DG, BEL, barra PE ou, ainda, caso o DPS seja instalado junto a algum equipamento, o
terminal vinculado à massa desse equipamento.
Quanto à seleção do DPS (prescrições do parágrafo 6.3.5.3.3) as alíneas a) a f) a seguir especificam as características
exigíveis dos DPS destinados à proteção de linhas de telefonia em par trançado, assumindo que o DPS venha a ser
instalado no DG da edificação, como requerido em 6.3.5.3.1 (acima). A alínea g), por fim, fixa as características exigíveis
do DPS previsto em 5.4.3.2 e em 5.4.3.3 na vinculação da blindagem ou capa metálica de um cabo de sinal a
equipotencialização ou a massa de um equipamento.
f) Protetor de sobrecorrente:
Quando a linha telefônica for balanceada aterrada, o DPS deve incorporar protetor de sobrecorrente, com corrente
nominal entre 150 mA e 250 mA. Quando a linha telefônica for flutuante, o DPS pode incorporar ou não protetor de
sobrecorrente, mas caso o DPS incorpore tal protetor, a corrente nominal do protetor deve se situar entre 150 mA e
250 mA;
Nota muito importante: Os critérios para a seleção de DPS destinados à proteção de outros tipos de linha de sinal ainda
estão em estudo.
No que diz respeito à falha do DPS (prescrições do parágrafo 6.3.5.3.4) determina-se que o DPS deve ser do tipo “falha
segura”, incorporando proteção contra sobreaquecimento e que esta proteção num DPS para linha de sinal atua curto-
circuitando a linha com a terra.
9. Especificação de DPS Clamper (em linha de sinal) sob medida para atender a NBR 5410: 2004
Na próxima versão deste documento, prevista para 10 de maio de 2005, a Clamper incorporará seus comentários a
respeito do assunto.
No parágrafo 6.3.2.5.9 defini-se o comprimento dos condutores destinados a conectar o DPS em linhas de energia
(ligações fase-DPS, neutro-DPS, DPS-PE e ou DPS-neutro, dependendo do esquema de conexão), deve ser o mais curto
possível, sem curvas ou laços. De preferência, o comprimento total, como ilustrado na figura 15-a (abaixo), não deve
exceder 0,5 metros. Se a distância a + b indicada na figura 15-a não puder ser inferior a 0,5 metros, pode-se adotar o
esquema da figura 15-b.
Já as ligações do DPS em linhas de sinal devem ser as mais curtas e retilíneas possíveis conforme previsto em 6.3.5.3.5.
No que diz respeito à medição da resistência de isolamento (prescrições do parágrafo 6.3.5.2.7) determina-se que os DPS
podem ser desconectados para a realização da medição de resistência de isolamento prevista em 7.3.3, caso eles sejam
incompatíveis com a tensão de ensaio adotada. Importante destacar que isso exclui os DPS incorporados a tomadas de
corrente e conectados ao PE, que devem suportar tal ensaio.
Na NBR 5410:2004 as diretrizes sobre “Equalizações de potenciais” extremamente importantes para a eficiência
do funcionamento dos DPS tanto em linhas de energia quanto em linhas de sinal aparecem na seção 6.4.2.1.1.
Na próxima versão deste documento, prevista para 10 de maio de 2005, a Clamper incorporará seus comentários a
respeito deste assunto.