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VIII SRST – SEMINÁRIO DE REDES E SISTEMAS DE TELECOMUNICAÇÕES

INSTITUTO NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES – INATEL


ISSN 2358-1913
SETEMBRO DE 2018

Conceitos e Aplicações das Redes NGPON


Mike de Brito Canal1, André Luis da Rocha Abbade2

Abstract — this article presents the description of Passive II.REDES PON


Optical Network (PON), specially focused on NGPON (Next
Generation Passive Optical Network). It also describes the
As redes PON são caracterizadas por somente possuir
advantages, concepts and application of NGPON. elementos passivos em sua construção. A arquitetura básica
Index Terms — PON, OLT, ONT, NGPON, FTTX de uma rede PON consiste em um equipamento concentrador
Resumo — Esse artigo apresenta a descrição das Redes Óticas chamado de OLT (Optical Line Termination), que é instalado
Passivas (PON), especialmente focado em NGPON (Next no escritório central (CO – Central Office) e se conecta até o
Generation Passive Optical Network). Ainda descreve as cliente que utiliza um equipamento chamado ONT (Optical
vantagens, conceitos e aplicação do NGPON. Network Termination), passando por um divisor ótico passivo
Palavras chave — PON, OLT, ONT, NGPON, FTTX (splitter), como apresentado na Figura 1.

I. INTRODUÇÃO
As redes de Telecomunicação estão sempre em evolução
devido a incessante necessidade de ampliação de banda,
gerada principalmente pelo streaming de dados e aplicações
multimídia. Essa tendência tem como consequência o
interesse em instalar e operar redes com maior relação custo
eficiência e com altas capacidades de escalonamento.
A solução ideal é a entrega de redes de acesso com o
Figura 1 – Arquitetura PON. [2]
chamado bundle de voz, dados e serviços de vídeo em uma
única rede para o cliente final. Existem várias alternativas A. Arquitetura
para a entrega como VDSL (Very-high-bit-rate Digital As principais arquiteturas das redes PON são a Ponto-a-
Subscriber Line), redes de TV a cabo e mais recentemente as Ponto e a Ponto-Multiponto.
redes PON (Passive Optical Network). Na configuração Ponto-a-Ponto são utilizadas fibras
As redes PON compartilham a fibra ótica com a dedicadas que conectam a OLT diretamente à ONT. A
utilização de splitters óticos que dividem a conexão singular conexão Ponto-Multiponto compartilha a mesma fibra entre
da fibra desde a rede de distribuição até o cliente final. O vários usuários para conexão até a OLT. A Figura 2 ilustra
nome desse tipo de rede deriva exatamente do fato de não como são essas arquiteturas.
haver eletrônicos na rede de acesso, somente utilizando
elementos que não fazem consumo de energia elétrica.
A rede GPON é a mais difundida no momento em termos
de redes instaladas, porém o aumento de tráfego e a
necessidade de maior banda de upstream (transmissão de
dados do usuário para a central) e downstream (transmissão
de dados da central para o usuário) pelos usuários finais gerou
a necessidade de evolução do GPON. As redes NGPON são
essa evolução natural, sendo o XG-PON1 com capacidade de
10Gbit/s de downstream e 2,5Gbit/s de upstream o padrão a
ser utilizado, e a sua evolução o XG-PON2 com 10Gbit/s de Figura 2 – Arquitetura PON. [3]
taxa nominal de upstream e downstream. O futuro dessa B. Topologia
tecnologia prevê taxas de transmissão de dados ainda
maiores, como o NGPON2 com até 40 Gbit/s. [1] Em termos de Topologia podemos considerar 3
principais tipos de conexão:
- Topologia em Árvore: mais utilizada nas redes GPON,
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Nacional de uma única fibra sai da OLT e é conectada a um splitter e
Telecomunicações, como parte dos requisitos para a obtenção do Certificado podemos atender a vários ONT/ONU (Optical Network Unit),
de Pós-Graduação em Engenharia de Redes e Sistemas de como mostra a Figura 3.
Telecomunicações. Orientador: Prof. André Luis da Rocha Abbade.
Trabalho aprovado em 07/2018.
Figura 6 – Splitter Ótico. [5]

IV.TÉCNICAS DE ACESSO PON


Figura 3 – Topologia em Árvore. [4] O processo de comunicação de dados entre a OLT e a
- Topologia em Anel: utilizada em redes metropolitanas, ONT é feita em broadcast, ou seja, todos os dados de todos
oferece alta disponibilidade de serviço devido à redundância os usuários finais são enviados para todos. Para que haja
de fibra, como mostrado na Figura 4. segurança na informação, além de proteger usuários e garantir
velocidade de processamento a todas as ONTs, é
implementada multiplexação na rede PON seguindo os
seguintes padrões:
- TDM PON (Time Division Multiplexing PON –
Multiplexação por Divisão de Tempo PON). Neste padrão, na
transmissão de dados downstream, a OLT transmite todos os
dados em um único comprimento de onda e define um padrão
de criptografia para os pacotes de cada ONT, ou seja, apesar
de todos receberem todo o tráfego de dados, as informações
específicas de cada usuário são criptografadas e enviadas nos
pacotes definidos pela OLT para cada cliente, e somente a
ONT destino consegue descriptografar, como mostra a Figura
Figura 4 – Topologia em Anel. [4]
7, onde cada pacote tem uma cor e cada cor só é
- Topologia em Barramento: trata-se da opção menos descriptografada pela ONT correspondente.
vantajosa em termos de complexidade e operação, pois cada
ONU/ONT possui um acoplador e retira somente parte do
sinal transmitido, como apresentado na Figura 5.

Figura 5 – Topologia em Barramento. [4]

Figura 7 – TDM PON. [6]


III.COMPONENTES DA REDE PON
- WDM PON (Wavelength Division Multiplexing PON
Podemos considerar a rede PON dividida em 3
– Multiplexação por Divisão de Comprimento de Onda
elementos: OLT, ONU ou ONT e Splitter.
PON). Neste padrão, a OLT transmite vários comprimentos
A. OLT de onda diferentes e no lugar em que ficava o splitter, agora
Equipamento central da operadora, controla o fluxo é instalado um Passive Remote Node, que também é um
bidirecional das informações, multiplexa os dados de componente passivo, mas que agora, ao invés de apenas fazer
diversos clientes, faz a distribuição de dados para as uma divisão de potência, ele redireciona cada comprimento
ONU/ONT. de onda para uma saída diferente, como mostra a Figura 8.

B. ONU ou ONT
Equipamento ativo situado nas premissas do cliente final
da operadora concentra o tráfego de dados para upstream e
downstream e converte o sinal entre elétrico e ótico para a
OLT e para o cliente (computador, telefone, roteador...).
C. Splitter
Equipamento passivo da rede PON, fica localizado entre
as OLT e ONT/ONU e possui a função de dividir o sinal
downstream da OLT em vários outros sinais. Funciona como
um divisor de potência, possuindo uma entrada de sinal e
múltiplas saídas. Os splitter podem ser 1:2, 1:8, 1:16, 1:32 ou
1:64. A Figura 6 mostra um modelo de Splitter. Figura 8 – WDM PON. [7]
V.EVOLUÇÃO DAS REDES PON
APON (ATM PON – Asyncronous Transfer Mode
Passive Optical Network) foi a primeira tecnologia passiva
ótica a aparecer, definida pela ITU-T, norma G.983. Tinha
por objetivo atender redes corporativa com 155Mbit/s de
upstream e 622 Mbit/s de downstream. [8]
BPON (Broadband Passive Optical Network) foi a
evolução do APON, permitindo a implementação de WDM e
alocação dinâmica de banda para upstream. A distribuição
dos serviços era baseada em ATM. Cabe ressaltar que o
WDM aqui era apenas para permitir a transmissão e recepção
do sinal por uma única fibra, ou seja, um comprimento de
onda para downstream e um para upstream.
GPON (Gigabit Passive Optical Network) é a evolução
Figura 10 – Evolução PON. [10]
do BPON, definida pela norma G.984 da ITU-T. Essa
Podemos comparar as tecnologias até o momento
tecnologia permite operar com taxas de 1,25 Gbit/s e
basicamente pelas taxas de transmissão de upstream e
2,5Gbit/s na direção downstream e 155Mbit/s, 622 Mbit/s,
downstream, considerando a norma que definiu cada uma
1,25 Gbit/s e 2,5 Gbit/s na direção upstream. O alcance físico
delas, como mostra a Tabela 1.
do GPON é de até 20 Km.
O GPON suporta dois métodos de encapsulamento: TABELA I
ATM e GEM (GPON Encapsulation Method). O uso do COMPARAÇÃO DAS REDES PON. [11]
GEM permite um empacotamento muito eficaz do tráfego do
Características APON/BPON GPON EPON G-EPON
utilizador, pois faz segmentação dos frames para permitir Padrões ITU-T G.983 ITU-T G.984 IEEE 802.3ah IEEE 802.3ah
maior qualidade de serviço (QoS – Quality of Service) para Capacidade de Transmissão 155/622 Mbit/s 2,5 Gbit/s 1 Gbit/s 1 Gbit/s
Protocolo ATM ATM/Ethernet Ethernet Ethernet
tráfego sensível a atrasos (voz e vídeo).
Comprimeto de Onda Downstream 1490 nm e 1550 nm 1490 nm e 1550 nm 1490 nm a 1510 nm 1490 nm
A segurança no GPON pode ser implementada através Comprimeto de Onda Upstream 1310 nm 1310 nm 1310 nm 1310 nm
de várias técnicas de encriptação, entre elas AES (Advanced Largura de Banda Média por Usuário 20 Mbit/s 20 Mbit/s 60 Mbit/s e 30 Mbit/s 80 Mbit/s
Encryption Standard).
NGPON (Next Generation Passive Optical Network) é
A Figura 9 mostra um exemplo de rede GPON com
a evolução da rede GPON e possui algumas variantes, entre
vários usuários conectados através de fibra ótica a OLT, bem
elas XG-PON1, XG-PON2 com diferenciação entre si da taxa
como mostra a utilização do splitter para a divisão do sinal
de transmissão, onde XG-PON1 possui taxas de upstream de
entre as ONT.
2,5 Gbit/s a 10Gbit/s, e o XG-PON2 opera com taxa nominal
de 10Gbit/s. A evolução se dá dentro da própria rede GPON
existente e usuários das novas tecnologias convivem com os
usuários da antiga tecnologia sem impactos.
A evolução do XG-PON permite vários tipos diferentes
de aplicação definidas pela ITU-T como FTTx.

VI. PRINCIPAIS APLICAÇÕES (FTTX)


A sigla FTTx significa Fiber To The X, na qual X
representa o tipo de arquitetura utilizada.
A. FTTA (Fiber To The Apartment)
Neste modelo a rede ótica termina em um edifício, o
qual pode ser comercial ou residencial, e chega em uma sala
Figura 9 – GPON. [9] de equipamentos, ou mesmo no shaft do prédio. A partir deste
A evolução dos padrões é constante, assim como o ponto o sinal pode ser dividido através de divisores ópticos
aumento das taxas de transmissão de dados. Dessa forma (splitters), sendo encaminhado aos apartamentos ou salas
vários novos padrões e ideias começaram a surgir e se comerciais.
desenvolver, como mostrado na Figura 10. B. FTTB (Fiber To The Building)
Podemos observar na Figura a evolução desde 2004 com Neste modelo a rede ótica termina em um prédio,
o GPON, e também através dos anos até uma previsão sobre podendo este ser comercial ou residencial. O
o FOAS (Future Optical Access System) em 2021. Cabe encaminhamento interno, do ponto de chegada, na entrada do
ressaltar a previsão de que a partir de 2021 tecnologias edifício, até o assinante, geralmente é feito utilizando-se uma
disruptivas são previstas para atender as necessidades da rede. rede de cabeamento estruturado.
C. FTTC (Fiber To The Curb) PON2 são conectadas através de um Wavelength Multiplexer
Neste modelo a rede é formada por unidades remotas, as (WM) para a possibilidade da coexistência das tecnologias.
quais atendem um número reduzido de assinantes. A fibra é
levada até armários e a partir destes armários utilizam-se
cabos de par metálico até os assinantes com uma distância
máxima de 300 metros para evitar degradação do sinal.
D. FTTD (Fiber To The Desk)
Este modelo é utilizado quando a oferta de banda de
transmissão necessita de capacidade adicional à das ofertadas
nas redes locais. É um modelo que proporciona o uso de
banda larga para transmissão de dados, voz e imagem, sendo
usado principalmente para atendimento às redes de clientes
corporativos.
E. FTTH (Fiber To The Home)
Neste modelo a rede drop termina na casa do assinante.
A realização da transição do sinal geralmente é feita com a
utilização de DIOs (Distribuidores Internos Ópticos) ou Figura 12 – Coexistência NGPON e sistemas legados. [13]
FOBs (Bloqueios Ópticos). Uma vez realizada a transição, a
condução do sinal até o receptor óptico do assinante é feita As redes NGPON2 suportarão TWDM (Time and
utilizando-se extensão ótica ou cordão óptico. Wavelength Divison Multiplexing), ou seja, será possível
F. FTTN (Fiber To The Node) suportar vários pares de comprimentos de onda com a
utilização de 4, 8 ou mais canais (portadoras óticas). Será
Neste modelo as fibras óticas são levadas diretamente
necessário 1 canal para downstream e outro para upstream,
da central telefônica até um armário de distribuição
que podem ser configurados de várias maneiras, inclusive
localizado na rua. Depois deste ponto o sinal passa por uma
sem a necessidade de que todos os pares estejam ativos.
transformação, de óptico para elétrico, e é distribuído até os
A Figura 13 ilustra a topologia básica para uma rede
pontos de atendimento através de cabos metálicos.
NGPON2. Pode-se verificar que são transmitidos vários pares
G. FTTO (Fiber To The Office) de comprimentos de onda λx / λx’; os RN (Remote Node)
Neste modelo as fibras óticas são distribuídas dentro de mais claros utilizam splitters para dividir o par de
um edifício até o endereço de cada ponto comercial, sendo comprimentos de onda para vários assinantes, já os RN mais
bastante semelhante ao FTTA. escuros entregam um comprimento de onda para cada
A Figura 11 apresenta alguns destes modelos como usuário.
exemplo.

Figura 13 – Rede NGPON2. [14]

A migração das redes que podem ser chamadas de


Figura 11 – FTTX. [12]
NGPON1 (GPON, 1G-EPON, 10G-PON) para NGPON2
basicamente é uma ampliação de banda com redução de
VII.NGPON2
custos de implementação. As redes NGPON2 precisam ser
Os sistemas GPON, XG-PON e 1G-PON já vem sendo capazes de proteger o investimento feito com as redes PON e
amplamente usados no mercado, porém a crescente demanda garantir uma migração transparente para o cliente final. A
de dados exige a ampliação das bandas desses padrões. O coexistência das redes precisa ser garantida para essa
NGPON2 está em padronização para uma largura de banda finalidade.
maior que as redes existentes, mas ao mesmo tempo A Figura 14 apresenta como será a evolução das redes
permitindo a coexistência dos padrões em termos de fibra e PON para NGPON, desde a coexistências das redes GPON e
comprimento de onda. EPON, através da evolução XG-PON1 e 10GE-PON, até uma
Pode-se observar na Figura 12 diferentes tipos de OLT evolução e congruência ao NG-PON2.
(NG-PON2 OLT, GPON OLT, XGPON OLT) e as NG-
- PHY (Physical Adaptation Sublayer) – descreve as
propriedades do meio físico para transmissão do sinal ótico,
faz correção de erros por técnicas específicas, pode alterar as
modulações para garantir melhor detecção e sensibilidade do
sinal.
A camada TWDM TC é bidirecional entre a OLT e a
ONU. O downstream é realizado por um fluxo continuo de
bits dividido em frames de 125 µs, entre a camada TDWM
TC e o PMD (Physical Medium Dependent). O upstream
entre essas camadas é uma sequência de rajadas
temporizadas.
A Figura 15 mostra a estrutura com as subcamadas
dentro do Layer de TWDM TC.
A. TWDM-TC Service Adaptation Sublayer (SAS)
Figura 14 – Evolução Redes PON. [15]
Essa subcamada é responsável pelo encapsulamento,
VIII.OUTRAS EVOLUÇÕES PON multiplexação e delineamento da camada do SDU. No
transmissor recebe o SDU do cliente, os quadros de dados e
Optical Code-Division Multiple Access (OCDMA) é os quadros OMCI (ONU Management and Control
outro tipo de abordagem tentada para NGPON2 utilizando Interface). Atribui XGEM Port-Id para a SDU ou fragmenta
topologia em árvore com splitter e nós remotos. A vantagem a SDU e encapsula o XGEM para formar o quadro XGEM. O
do OCDMA é a criação de links virtuais ponto-a-ponto com conjunto de quadros XGEM é o payload do quadro FS no
altas taxas de transferência de dados. Utilizando essa downstream ou uma rajada de FS no upstream.
tecnologia, cada ONU precisa ter um codificador e
decodificador ótico único, enquanto a OLT possui todos os
pares de codificadores e decodificadores para comunicação
com cada ONU.
O problema com o OCDMA é a quantidade de ruído e
interferência devido ao múltiplo acesso. Isso ocorre quando
usuários coexistem nos canais, e causam interferência entre
si. Com o acréscimo de número de usuários simultâneos a
tendência é que esse problema se agrave. Para evitar esse
problema, pode ser necessária a aplicação de códigos óticos
para controle e gerenciamento dos canais para que seja
possível atingir taxas maiores.
Orthogonal Frequency Division Multiplexing (OFDMA
PON) é outra abordagem de NGPON2, e se baseia na
tecnologia de OFDM surgida na década de 60 de divisão
ortogonal na frequência. O conceito de OFDM é utilizar Figura 15 – Camadas do TWDM TC [16]
múltiplas portadoras de baixa taxa combinadas para a
transmissão de forma paralela. Basicamente cada transmissão No receptor os XGEM são filtrados de acordo com o
é dividida em múltiplos sinais com menor ocupação de Port-Id, os fragmentos de SDU são recuperados e enviados
espectro. Os sinais são espaçados de forma que cada aos devidos clientes.
portadora coincide com o nulo dos outros sinais e com isso é O XGEM Engine, responsável pela multiplexação e
atingido uma alta taxa de transmissão, e baixa interferência. filtragem do XGEM Port-Id , assim como pela adaptação dos
dados do usuário e do OMCI, também pode separar
IX.CAMADAS TWDM-NG-PON2 logicamente os quadros de dados de usuário e as mensagens
OMCI que são os tipos de SDU, como apresentado na Figura
O sistema NG-PON2 pode conter um conjunto de canais
16.
TWDM, ou um conjunto de canais WDM ponto-a-ponto, ou
ainda as duas tecnologias ao mesmo tempo.
Essas camadas podem suportar taxas de downstream e
upstream variando entre 2.48 Gbit/s até 9.95 Gbit/s.
A camada TWDM TC (Transmission Convergence) faz
parte da pilha de protocolos do TWDM PON que define os
formatos e procedimentos entre as camadas superiores SDU
(Service Data Units) e a modulaçãodo fluxo de bits.
A estrutura é formada por 3 subcamadas:
- Service Adaptaion Sublayer – SAS – responsável pelo
encapsulamento, delineamento das camadas SDU (Service
Data Unit) e multiplexação.
- Framing Sublayer – FS – responsável por criar e
Figura 16 – Service Adaptation Sublayer. [16]
gerenciar os campos necessários no controle de fluxo de
dados.
B. TWDM-TC Framing Sublayer (FS) dois tipos de transporte disponível: dentro da banda ou
Responsável pela análise e construção dos cabeçalhos utilizando o canal auxiliar de gerenciamento e controle
que possuem todas as informações necessárias para o (AMCC – Auxiliary Managemetn and Control Channel)
gerenciamento das redes PON. restrito a upstream.
No transmissor recebe os quadros XGEM que possuem B. OMCC (ONT Management and Control Channel)
o payload, vindos diretamente da camada de Service
OMCC é um canal bidirectional dedicado dentro da
Adaptation Layer, constrói os quadros FS de downstream ou
banda da rede e que é responsável por carregar as mensagens
as rajadas do upstream. Para isso insere os quadros OAM
do protocolo OMCI.
(Operation Administration and Maintenance) e PLOAM
A Figura 20 apresenta um diagrama em blocos
(Physical Layer OAM) no cabeçalho.
simplificado do gerenciamento do sistema TWDM PON,
No receptor recebe os quadros FS, analisa os cabeçalhos,
onde o Gerenciamento da rede pode ser dividido nos canais
recupera as informações de gerenciamento e fluxo de
Embedded OAM, PLOAM e OMCC.
mensagens. As mensagens do PLOAM são encaminhadas ao
PLOAM Processor, o payload é encaminhado ao Service
Adaptation Sublayer, a parte de alocação de banda é
processada dentro do Framing Sublayer e isso permite
controle parcial sobre a PHY (Physical Adaptation Sublayer)
Layer. O restante das informações é encaminhado para outros
responsáveis que ficam fora da camada de Framing, como
mostra a Figura 17.

Figura 19 – Gerenciamento do Sistema TWDM PON. [17]

XI.CONCLUSÃO
Todo o desenvolvimento do NGPON fez com que
ocorresse um aumento considerável na capacidade de tráfego
tanto no downstream quanto no upstream, podendo atender
um maior número de usuários, ser coexistente com
tecnologias legadas, além de poder utilizar as fibras óticas
Figura 17 – Framing Sublayer. [16]
existentes. Com isso é possível concluir que os custos e
C. TWDM-TC PHY Adaptation Sublayer impactos da implantação e migração para o NGPON serão
Tem por objetivo melhorar as propriedades de detecção, menores, havendo uma maior aceitação por parte das
recepção e delineamento do sinal que é transmitido. Para isso operadoras de telecomunicações e usuários.
faz a modificação do fluxo de bits, modulando os A evolução e escalabilidade do NG-PON o tornam de
transmissores óticos. maneira consistente uma das tecnologias do futuro, inclusive
No transmissor, recebe os quadros FS downstream ou a quando consideramos a expansão e implementação do 5G e a
rajada upstream da camada de enquadramento, efetua convergência de dados.
codificação do conteúdo e alinhamento da temporização do
fluxo de bits resultante. REFERÊNCIAS
No receptor faz sincronização, delineamento do fluxo de [1] ITU-T Recommendation G987 (06/2012). 10-Gigabit-capable Passive
bits, decodifica o conteúdo do PHY frame e encaminha os Optical Network (XG-PON). Disponível na internet. URL:
https://www.itu.int/rec/T-REC-G.987, 2018
quadros de FS para a Framing Sublayer. [2] José Maurício Santos Pinheiro (2010, Abril 24). [Online]. Disponível:
A Figura 18 mostra a parte da Figura 16 que contém os http://www.projetoderedes.com.br/artigos/artigo_redes_opticas_alto_
blocos de PHY Adaptation Sublayer. desempenho.php
[3] José Maurício Pinheiro (2017, Março 06). [Online]. Disponível:
https://www.ispblog.com.br/2017/03/06/topologia-p2mp-em-redes-
pon/
[4] Glen, Kramer. Pesavento, Gerry (2002). [Online]. Disponível:
https://www.semanticscholar.org/paper/Ethernet-Passive-Optical-
Network-(-EPON-)-%3A-a-Kramer-
Pesavento/34a72d297fe23e49da363f277582fcd66132cd67
[5] http://www.fiber-optic-tutorial.com/category/fiber-cabling/page/5
Figura 18 – PHY Adaption Sublayer. [16] [6] Frost and Sullivan Market Insight (2009, Novembro 16). [Online].
Disponível: http://www.frost.com/prod/servlet/market-insight-
X.GERENCIAMENTO DO SISTEMA TWDM PON print.pag?docid=184986442
[7] Rafael Vendrell Ribeiro (2008, Outubro 10). [Online]. Disponível:
Todo o controle das ONU, gerenciamento das https://www.gta.ufrj.br/ensino/eel879/trabalhos_vf_2008_2/rafael_rib
informações e operações são executados em três canais: eiro/WDM-PON.html
[8] ITU-T Recommendation G983 (01/2005). SERIES G:
Embedded OAM, PLOAM e OMCC TRANSMISSION SYSTEMS AND MEDIA, DIGITAL SYSTEMS
AND NETWORKS. Disponível na internet. URL:
A. Embedded OAM e PLOAM https://www.itu.int/rec/dologin_pub.asp?lang=e&id=T-REC-G.983.1-
Gerencia as funções de PMD (Physical Medium 200501-I!!PDF-E&type=items
Dependent) e TWDM TC Layers. O canal PLOAM possui
[9] Twain, Angelina (2018, Janeiro 19). [Online]. Disponível:
https://medium.com/@lia640230/abc-of-gpon-sfp-understanding-
gpon-olt-onu-ont-sfp-module-4730696f36ff
[10] FOT (2016, Dezembro 13). [Online]. Disponível:
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[11] André Felipe Rodrigues da Silva, Rafael Halsed da Silva, Silviano
Ribeiro de Oliveira, Thiago de Rezende Tazaki (2013, July 05).
[Online]. Disponível:
http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialpontec1/pagina_3.asp
[12] https://www.omcftth.com/
[13] Felipe Rudge Barbosa (2017, Abril). [Online]. Disponível:
http://www.dsif.fee.unicamp.br/~rudge/pdf/IE008-
d1_RedOptAcess=f217_vF.pdf
[14] André Felipe Rodrigues da Silva, Rafael Halsed da Silva, Silviano
Ribeiro de Oliveira, Thiago de Rezende Tazaki (2013, Julho 05).
[Online]. Disponível:
http://www.teleco.com.br/pdfs/tutorialpontec2.pdf
[15] (jornal online) K. Autor. (2017, Novembro). Título. Transmission
convergence layer of NG-PON2 in VPIphotonics tool. Disponível:
https://www.researchgate.net/figure/Standardization-roadmap-of-
PON-evolution-Ref-2_fig1_2577741333
[16] (jornal online) K. Autor. (2017, Novembro). Título. Transmission
convergence layer of NG-PON2 in VPIphotonics tool. Disponível:
https://www.researchgate.net/publication/320937245_Transmission_c
onvergence_layer_of_NG-PON2_in_VPIphotonics_tool?_sg=R-
zNy9I_EhQuTU4C8IvplA2r6jQb2dUXUSkZz9v-
McVFI50RGKoQr5ablGSfd_TRszjkrt-liQ
[17] ITU-T Recommendation G989.3 (11/2016). Digital sections and digital
line system – Optical line systems for local and access networks.
Disponível na internet. URL:
https://www.itu.int/rec/dologin_pub.asp?lang=e&id=T-REC-G.989.3-
201611-I!Amd1!PDF-E&type=items

Mike de Brito Canal 1 nasceu em São Paulo, SP, em Outubro de 1985.


Recebeu o título de Engenheiro Eletricista da Faculdade de Engenharia de
São Paulo em 2010. Desde junho de 2012 atua na área comercial, voltado ao
fornecimento de redes de telecomunicações para o segmento corporativo.

André Luís da Rocha Abbade ² Mestre em Telecomunicações pelo Inatel


em 2008. Em 1990 e 2002, obteve respectivamente os títulos de Engenheiro
Eletricista e Especialista em Engenharia de Redes e Sistemas de
Telecomunicações pelo Inatel. Em 2012 concluiu o curso de Pós-Graduação
em Gestão Empresarial pela FGV. Atuou como engenheiro da Telemig/Oi
no período de 1994 a 2001, ocupando diversos cargos nas áreas de
engenharia de provisionamento de redes até 1998 e de operação e
manutenção de rede de acesso e de transporte até 2001. É Prof. no Inatel
desde 1999, tendo ministrado as disciplinas “Técnicas de Atendimento a
Terminais”, “Comunicações Óticas”, “Empreendedorismo e Inovação”;
“Engenharia Econômica” e “Matemática Financeira”. Atualmente ocupa
também os cargos de: Coordenador do curso de Engenharia de Produção,
Coordenador do MBA, Coordenador do Curso Superior de Tecnologia em
Gestão de Telecomunicações e Gerente de Educação Continuada no Inatel
Competence Center. Sócio fundador da empresa V2Tech Soluções de
Monitoramento e Rastreamento Veicular. Principais áreas de atuação:
Comunicações Óticas e Empreendedorismo.

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