Geotecnia Sobterrânea PDF

CYTED – 3: Red Iberoamericana “Medio Ambiente Subterráneo y Sostenibilidad” - MASYS
5ª Jornada técnico-científica de “Medio Ambiente Subterráneo y Sostenibilidad” - Geotecnia Subterránea

Ouro Preto, Brasil – 13 - 16 de Junho de 2012.
5ª JORNADA IBERO-AMERICANA DE MEIO AMBIENTE SUBTERRÂNEO

E SOSTENIBILIDADE
GEOTECNIA SOBTERRÂNEA
MASyS 2012-1
ACTA DOS TRABALHOS TÉCNICO-CIENTÍFICOS
5ª JORNADA IBEROAMERICANA DE MEDIO AMBIENTE SUBTERRÁNEO

Y SOSTENIBILIDAD
GEOTECNIA SUBTERRÁNEA
MASyS 2012-1
ACTAS DE LOS TRABAJOS TÉCNICO-CIENTÍFICOS
1
13, 14, 15 y 16 de junio de 2012

13, 14, 15 e 16 de junho de 2011
Desarrollo Industrial Sustentable: Llave para la Responsabilidad Social

Desenvolvimento Industrial Sustentável: Chave para a Responsabilidade
Social
Vidal Navarro Torres – José Fernando Miranda

EDITORES
2
MASyS 2012-2, Organizado por:
MASyS
Rede Ibero-americana de Meio Ambiente Subterrâneo e Sustentabilidade

Red Iberoamericana de Medio Ambiente Subterráneo y Sostenibilidad
MASyS 2012-1, financiado por:
CYTED
Programa Ibero-americano da Ciência e Tecnologia
para o Desenvolvimento
Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología
para el Desarrollo
CYTED - AREA 3
Promoção do Desenvolvimento Industrial 3
Promoción del Desarrollo Industrial
ORGANIZACÇÃO CYTED/ORGANIZACIÓN CYTED
Fernando Aldana Mayor

Secretario General del Programa CYTED
Secretario Geral do Programa CYTED
Gestor: Roberto C. Villas-Bôas

CYTED-3: Promoción del Desarrollo Industrial
CYTED-3: Promoção e Desenvolvimento Industrial
ORGANIZAÇÃO Rede MASyS/ORGANIZACIÓN Red MASyS

Vidal Félix Navarro Torres - Carlos Dinis da Gama

Coordenação/Coordinación
Responsáveis dos Grupos de Investigação/Responsables de Grupos de

Investigación
José Enrique Sánchez Real, Grupo G1, Argentina

Gerardo Zamora Echenique, Grupo G2, Bolívia
Adilson Curi, Grupo G3, Brasil
Vilma Dolores Pazmiño Quiña Lucía, Grupo G4, Ecuador
Rafael Barrionuevo Gimenez, Grupo G5, España
Mario Sánchez Medina, Grupo G6, Chile
Diosdanis Guerrero Almeida, Grupo G7, Cuba
Walter Ramírez Meda, Grupo G8, México
Jaime Alberto Huamán Montes, Grupo G9, Perú
Ernesto Osvaldo Aduvire Pataca, Grupo G10, Perú
4
Vidal Félix Navarro Torres, Grupo G11, Portugal

Beatriz Olivo Chacin, Grupo 12, Venezuela
GRUPOS DE INVESTIGAÇÃO/GRUPOS DE INVESTIGACIÓN

MASyS
ARGENTINA – G1 MÉXICO – G8
José Enrique Sánchez Real Walter Ramírez Meda
Daniel Jerez José de Jesús Bernal Casillas
Ana María Cabanillas Luis Manuel Martínez Rivera
Juan Pablo Ferreira Centeno Javier García Velasco
BOLÍVIA – G2 Ulises Ramírez Sánchez
Gerardo Zamora Echenique PERÚ – G9
Antonio Salas Jaime Alberto Huamán Montes
Octavio Hinojosa Hugo Gutiérrez Orosco
Cinda Beltrán Juan Julio Zaga Huamán
BRASIL – G3 Indalecio Quispe Rodríguez
Adilson Curi PERÚ – G10
José Margarida da Silva Ernesto Osvaldo Aduvire Pataca
José Fernando Miranda Hugo Aduvire Pataca
Carlos Enrique Arroyo Ortiz Antonio Samaniego Alcantara
EQUADOR – G4 Rómulo Mucho Mamani
Vilma Dolores Pazmiño Quiña Nadyska Morales Navarro
Milton Carrasco PORTUGAL – G11
Marcelo Córdoba Vidal Félix Navarro Torres
Raúl Guzmán Carlos Dinis da Gama
Jaime Raúl Jarrín Jurado Gustavo André Paneiro
ESPANHA – G5 Maria Matilde da Costa
Rafael Barrionuevo Gimenez Paula Falcão Neves
José María Lanaja del Busto Pedro A. Marques Bernardo
Enrique Orche García VENEZUELA – G12
CHILE – G6 Beatriz Olivo Chacín
Mario Sánchez Medina Bárbara Rodríguez
Froilan Vergara Ismael Hernández
Fernando Parada Guillermo Tinoco
CUBA – G7 Jesús Saavedra
Diosdanis Guerrero Almeida
Roberto Blanco Torrens
José Otaño Noguel
Juan Manuel Montero Peña
Eulicer Fernández Maresma
5
PRESENTACIÓN
Cuando hablamos de los problemas ambientales, estamos habituados a relacionar

con la protección ambiental de los componentes aire, agua, suelo o roca y la
biodiversidad, incluido el hombre como componente principal.
Esta justa preocupación deja a lado los difíciles problemas ambientales que ocurren
en el ambiente subterráneo, que son abordados solo a nivel de seguridad y salud
ocupacional; a pesar de que también en el mundo subterráneo están presentes
todos los componentes ambientales existentes en el ambiente exterior, donde las
alteraciones ambientales son, muchas veces, mas críticas y graves que el ambiente
exterior.
Es en ese sentido que la Red Temática “Medio Ambiente Subterráneo y

Sostenibilidad” MASyS-CYTED adopta un enfoque totalmente innovador sobre este
delicado problema, volcando sus esfuerzos a la formación de profesionales y
técnicos del sector de la minería subterránea y obras subterráneas de Iberoamérica
en el tema de la Ingeniería Ambiental Subterránea, a través de Jornadas y esta
vez con el tema de “Geotecnia subterránea”.
Vidal Navarro Torres

Coordinación de la Red MASyS
6
ÍNDICE
Capitulo 1: Mineração e geotecnia subterrânea

Capitulo 1: Minería y geotecnia subterránea
Modelado de fracturas: El papel de la geología,

José Enrique Sánchez Rial y Juan Pablo Ferreira Centeno - Secretaria de Minería de la
Provincia de Córdova, Argentina................................................................................................. 11
Conjugação de suportes para a estabilidade geomecânica de escavações subterrâneas e

economicidade de empreendimentos mineiros, José Margarida da Silva e Adilson Curi –
Universidade Federal de Ouro Preto, Brasil ............................................................................... 31
Sistemas de gestión de calidad total en geotécnia. En busca de la excelencia, Rafael

Barrionuevo Giménez - Universidad de Vigo, España ................................................................ 42
Minería de manganeso en Córdoba: Las reglas geotécnicas de la minería intuitiva, José

Enrique Sánchez Rial y Juan Pablo Ferreira Centeno - Secretaria de Minería de la Provincia de
Córdoba, Argentina ..................................................................................................................... 51
Questões geotécnicas no projeto de transporte de material fragmentado por meio de

passagens em minas subterrâneas, José Margarida da Silva e Adilson Curi - Universidade
Federal de Ouro Preto, Brasil; Amilton Bernardino Silva Filho - Instituto Federal Minas
Gerais/Brasil ................................................................................................................................ 63
Diseño geotécnico de una presa de jales con el método de aguas abajo, José Vioel Espino
Ruiz - Asociación de Ingenieros de Minas, Metalurgistas y Geólogos de México ...................... 73
Aspectos geomecânicos da caracterização ao monitoramento do comportamento de

suporte de escavações de lavra subterrânea, José Margarida da Silva e Adilson Curi -
Universidade Federal de Ouro Preto, Brasil ............................................................................... 82
Los nuevos desafíos estructurales de Chuquicamata subterráneo, Juan Manuel Céspedes

Vásquez, Mario Sanchez - Universidad Andrés Bello, Chile ...................................................... 93
A Regulamentação dos Procedimentos de Segurança das Escavações das Minas de

Ouro, do século XVIII aos dias atuais, José Margarida da Silva, José Fernando Miranda,
Adilson Curi – Universidade Federal de Ouro Preto ................................................................. 102
La geologia aplicada a la mineria subterranea, Jorge Maldonado Reyes, Walter Ramirez

Meda, José Vioel Espino Ruiz – Universidad de Guadalajara, México .................................... 109
El Teniente y el desafío geotecnológico para enfrentar su expansión subterránea, Juan

Manuel Céspedes Vásquez, Mario Sanchez - Universidad Andrés Bello, Chile ...................... 118
Comportamento do Enchimento em Realces Verticalizados, Felipe de Brito Pereira –

Engenheiro de Minas, Anglogold Ashanti, Geotécnico; Dr. Rodrigo Peluci de Figueiredo –
Universidade Federal de Ouro Preto ....................................................................................... 124
7
Capítulo 2 : Instabilidade e controle geotécnico subterrâneo

Capítulo 2:Instabilidad y control geotécnico subterráneo
Controle de estabilidade em aberturas subterrâneas, Yulder Cárdenas Vilca - Mineração

Caraíba S/A, Brasil .................................................................................................................... 143
Estruturas superficiais e subsidência em minas subterrâneas, Adilson Curi, José

Margarida da Silva e José Fernando Miranda - Universidade Federal de Ouro Preto,
Brasil........................................................................................................................................153
Investigación geotécnica para estudio de

prefactibilidad del sistema de minado subterráneo, Leopoldo Gonzales Villalvaso, Water
Ramirez Meda - Universidad de Guadalajara, México............................................................. 166
Criterios para el diseño de pilares, cuando se valora la posibilidad de ocurrencia de

estallidos de rocas, José Otaño Noguel - Instituto Superior Minero Metalúrgico de Mona,
Cuba .......................................................................................................................................... 184
Aplicación de los índices geomecánicos en el arranque de rocas: excavación mecánica o

voladura, Osvaldo Aduvire – S.V.S. Ingenieros S.A.C, Perú ............................................... 192
Mapeamento geomecânico em aberturas subterrâneas estúdio de caso mina Araes –

MG – Brasil, Yulder Cárdenas Vilca e Daniel Suman - Mineração Caraíba S/A, Brasil
Carlos Arroyo Ortiz - Universidade Federal de Goiás, Brasil .................................................... 206
Quantificação absoluta e relativa das vibrações causadas por circulação ferroviária em

túneis urbanos, Gustavo Paneiro, Universidade Técnica de Lisboa, Portugal
................................................................................................................................................... 215
Hundimento El Trebol, Nelson Eduardo Arias Jiménez – Ingeniero Geologo, Quito ............. 224
Utilização de Extensômetros e Televisionamento de Furos Para Estudo de Estabilidade

do Hanging Wall - Realce 10.2 Fonte Grande Sul, Mina Cuiabá - Sabará/MG, Reuber Cota –
Geólogo-geotécnico, Anglogold Ashanti; Dr. Rodrigo Figueiredo – Universidade Federal de
Ouro Preto ................................................................................................................................. 244
Avaliação da argamassa utilizada no cabeamento do hangingwall nos realces da mina

Cuiabá - Contribuições para a resistência de aderência, Isabela Ribeiro Trópia - Geóloga-
geotécnica, Anglogold Ashanti; Edvaldo Santos Barbosa - Geólogo-geotécnico, Anglogold
Ashanti; Reuber Ferreira Cota - Geólogo-geotécnico, Anglogold Ashanti; Maurílio Pereira De
Freitas, Técnico Mineração, Anglogold Ashanti; Christiano Alves Nogueira -Geólogo-
geotécnico, Anglogold Ashanti Mineração................................................................................265
8
Capítulo 3: Avanços na geotecnia de aberturas subterrâneas

Capítulo 3:Avances en la geotecnia de aberturas subterráneas
Ap l ic a çã o d a t eo r ia d o s m eio s co n t ín u o s g en e ra liz ad o s d e Co s s e rat n o

d im en si o n a m en t o d e câ ma r as e p i la r e s em ca ma d a s in c lin a d a s, Alcides
Cano Nunez e Carlos Arroyo Ortiz, Universidade Federal de Goiás, Brasil
Rodrigo Peluci de Figueiredo – Universidade Federal de Ouro Preto, Brasil ........................... 278
Nuevas tecnologías en Sistemas de calidad aplicados a la Geotécnia: Utilización de la

Georrefenciación, mapeado GPS y códigos GeoQR - GeodataMatrix en una red
subterránea de posicionamiento global subterránea, Rafael Barrionuevo Giménez –
Universidad de Vigo – Espanha ................................................................................................ 289
Utilização da microsísmica para estimativa do estado de tensão in situ em escavações

subterrâneas, Gustavo Paneiro, Universidade Técnica de Lisboa, Portugal .......................... 305
Dimensionamento de blocos em maciços rochosos fraturados a partir de métodos

analíticos e estatísticos, Paulo Filipe Trindade Lopes e Milene Sabino Lana – Universidade
Federal de Ouro Preto, Brasil.................................................................................................... 316
Avaliação do risco geotécnico pela análise tridimensional de pilares, Gustavo Paneiro e

Carlos Dinis da Gama - Universidade Técnica de Lisboa, Portugal ......................................... 327
Análise da estabilidade das câmaras e pilares na lavra de filões de tungstênio sub-

horizontais, Vidal Navarro Torres e Maria Matilde Costa e Silva – Universidade Técnica de
Lisboa, Portugal......................................................................................................................... 341
Geomecánica aplicada al dimensionado del método de minado por sub level stoping,
Roberto Cabrera, Osvaldo Aduvire y Antonio Samaniego - S.V.S. Ingenieros S.A.C, Perú .... 350
Critérios de sustentabilidade quantitativa em trabalhos geotécnicos subterrâneos, Vidal

Navarro Torres, Universidade Técnica de Lisboa, Portugal/Universidade Federal de Goiás,
Brasil .......................................................................................................................................... 367
Particularidades del proceso de destrucción de los pilares intercamerales, José Otaño

Noguel - Instituto Superior Minero Metalúrgico de Mona, Cuba ............................................... 375
Utilização de rejeitados de mina como elementos estruturais e de sustentabilidade nas

explorações subterrâneas, Maria Matilde Costa e Silva e Paula Falcão Neves – Universidade
Técnica de Lisboa, Portugal ...................................................................................................... 386
Los nuevos desafíos estructurales de Chuquicamata subterráneo, Juan Céspedes, Mario

Sánchez, Froilán Vergara, Fernando Parada ........................................................................... 405
9
Capítulo 1
Mineração e geotecnia subterrânea

Minería y geotecnia subterránea
10
MODELADO DE FRACTURAS
El papel de la geología
JOSE ENRIQUE SANCHEZ RIAL*

JUAN PABLO FERREIRA CENTENO**
*Jefe Departamento Evaluación y proyectos Mineros Secretaría de Minería de Córdoba
josesanchezrial@yahoo.com.ar
**Jefe división Sensores Remotos y Sistemas de Información Geográfica – Secretaría de Minería de Córdoba
jp.ferreiracenteno@gmail.com
Resumen
Existen numerosos mecanismos para el modelado o simulación de redes de diaclasas o de fracturas tanto
para minería de sólidos como para la minería de líquidos y/o gaseosos.
Para el caso de la minería de hidrocarburos, gran parte de estos mecanismos, deriva de la geofísica y
consisten en aplicaciones sobre variables del modelo geofísico 2D o 3D con algoritmos que parecen
explicitar aquellas características estructurales que están bajo el umbral de detección del modelo.
Por otro lado, la minería de hidrocarburos y la minería de sólidos suelen inferir o modelar el estado de
fracturación de los elementos subterráneos con el uso de análogos aflorantes.
En ambos casos se usan procesos geoestadísticos para la caracterización del análogo aflorante en un caso
o del modelo geofísico.
Esta ponencia hace referencia al uso de los modelos derivados de información de análogos aflorantes y al
papel de la caracterización geológica adecuada antes de comenzar los procesos geoestadísticos.
El esquema estructural de fracturas y diaclasas de una unidad geológica aflorante tiene componentes
derivados de su exposición meteórica que no tienen porque estar presentes en la unidad no aflorante que
se intenta modelar.
Del mismo modo existen elementos estructurales cuya consecuencia en la explotación del yacimiento
resultan irrelevantes y la factorización de la importancia de los mismos estará a cargo de los geólogos de
exploración.
La caracterización de los elementos estructurales llevará a la elección de aquellos que integrarán
realmente el modelo.
Finalmente se analizan dos procesos de modelado uno basado en geostadística multipunto con imágenes
de base análogos y otro basado en procesos de simulación estocástica y una rutina en VBA para
AutoCAD®.
Introducción fenómeno cualquiera. En este

tipo de modelado se reconocen
Un modelo es una abstracción de la una serie de variables y la
realidad que representa o reproduce relación entre ellas expresada por
fenómenos. Estos fenómenos pueden ser medio de uno o varios algoritmos
físicos, naturales, sociales, económicos, o máquinas matemáticas.
etc. • Modelo determinístico: Un tipo
Para este trabajo, se reconocen al menos especial de modelo matemático
los siguientes tipos de modelos: en el que se conocen todas las
variables que intervienen en el
• Modelo Matemático: Es la fenómeno de modo tal que se
representación simbólica de un
11
pueden predecir los estados o parciales o masas de roca enterradas de

resultados. las cuales solo existen análogos
• Modelo Probabilístico o aflorantes.
estocástico: es otro tipo de En estas últimas situaciones aumenta
modelo matemático que se puede notablemente la incertidumbre de los
construir cuando no todos los modelos y de manera directa crece la
factores o variables se pueden necesidad del conocimiento de los
conocer y/o cuando dichas mismos.
variables se comportan de modo
tal que no se pueden predecir los La industria minera subterránea, los
resultados o estados del túneles de gran profundidad, la industria
fenómeno, con el que se logra del petróleo tradicional y mucho mas las
una aproximación a la realidad técnicas de extracción directa de
con un cierto rango de hidrocarburos requieren un esfuerzo de
incertidumbre. investigación sobre métodos de
modelado que aporten al conocimiento
de la roca, y permitan la generación de
La construcción de modelos es un proyectos mas ajustados.
proceso del método científico con el que
se intenta la comprensión de un
fenómeno.
Un caso especial de estudio geotécnico Los modelos de la naturaleza
es el que corresponde a los estados de
fracturación de los macizos. En ciencias naturales en general y en
geología en particular es imposible
El conocimiento del macizo será contar con los datos suficientes para
particularmente importante en toda obra establecer un modelo determinista. Sin
civil o minera, subterránea o a cielo embargo, el modelado de las
abierto. características estructurales de un
macizo y sus discontinuidades, para el
Existen numerosas y probadas técnicas caso de los procesos mineros someros o
para el estudio y el modelado de macizos de poca profundidad sean a cielo abierto
homogéneos con afloramiento o subterráneos, es relativamente
superficial, sin embargo no es posible determinístico.
afirmar lo propio cuando se trata de
terrenos estratificados con afloramientos
12
Fig. 1. Stock Granítico Characato – Córdoba – Argentina

Se puede afirmar esto, porque el conjunto contar con un modelo de discontinuidades
estructural que se ve en superficie puede “determinado” por aquellas que se han
seguirse en cortes naturales o artificiales del detectado en cualquiera de estos puntos con su
terreno y verificarse por medio de ubicación 3D.
perforaciones con extracción de testigo No solo existe amplia experiencia si no
continuo o, muestras de polvo o, innumerables ejemplos que permiten decir que
auscultaciones de diferentes mecanismos que los modelos en este caso se comportan como
incluyen, por ejemplo, la imagen de pared determinísticos ya que, si un conjunto de
pozo o, los ensayos de permeabilidad. discontinuidades es medido y, tiene un rango
La fotografía aérea de la figura 1 muestra un de rumbo posible, un intervalo de buzamiento
stock granítico sobre el que se han remarcado acotado, una dirección de inclinación, un largo
algunas de las discontinuidades más notables. y una profundidad promedio, será posible
Si esta fuera el área de estudio y se hubieran determinar su existencia subterránea,
tomado los datos de superficie, en cortes, basándose en su detección parcial hasta cierta
calicatas y perforaciones, el proyectista, tanto profundidad en un mismo tipo de roca.
para obra civil como para labor minera, puede
Fig. 2. Esquema de terreno
13
En el esquema de la figura 2 se presentan geológicas, aumenta la incertidumbre y se

varios tipos de cuerpos de roca a modelar. Es habla de modelos probabilísticos.
muy posible que los estratos numerados 1, 2 y
3 admitan un tipo de modelo determinístico ya El costo de las operaciones de acceso directo,
que, aún cuando en el 2 y el 3 los afloramientos es decir de las perforaciones, para conocer
son parciales, es posible acceder a un conjunto características específicas de estos terrenos no
de datos que permiten la construcción de aflorantes es, en general, muy importante, no
algoritmos de predicción bastante sólidos. solo en la minería de sólidos sino en la de
hidrocarburos. La obtención de datos por
Como ocurre en ciencias naturales, este modelo métodos más baratos se ha hecho más y, más
no es absolutamente determinístico ya que no importante, como es el caso de la sísmica.
se cuenta con el valor de todas las variables
necesarias y su comportamiento, aunque Los nuevos procesos de geofísica 2D y 3D
acotado, es estocástico. Se asume sin embargo permiten disminuir el grado de incertidumbre
que la incertidumbre de estos modelos en la detección de las discontinuidades
“someros”, como los que es posible construir estructurales mayores por lo que se cuenta con
en los tres niveles superiores del esquema de la modelos que han probado ser eficientes en
figura 1, es mucho menor que la que se tienen muchos tipos de terreno. Deber recordarse sin
en minería profunda como la de hidrocarburos embargo que no deja de ser un modelo.
o en aquellos cuerpos cuyo conocimiento La figura 3 muestra el resultado del modelado
directo es escaso como es el caso de los geofísico 3D en una cuenca de la provincia de
estratos 4 y 5. Córdoba donde se acepta la existencia de un
sinclinal fallado que se visualiza en el modelo.
En este caso entonces, donde el número de La línea amarilla es una interpretación de los
datos directos es menor y/o, donde los terrenos datos del modelo donde el geólogo deduce la
están cubiertos por otras formaciones existencia de una falla.
Fig. 3. Cuenca Lucio V. Mansilla – Córdoba – Argentina Línea sísmica
Este avance de la geofísica no ha alcanzado otras variables asociadas a la onda. En general

todavía a las discontinuidades menores que se los resultados son modelos probabilísticos
intenta conocer por medio de reprocesados de
14
donde el geólogo puede deducir zonas con

distinto grado de fracturación.
Fig. 4. Aplicación de la derivada segunda
Tan solo a manera de ejemplo se puede aplicar general. Tan solo a los fines de poder
la derivada segunda sobre la línea sísmica de la desarrollar el resto del tema es que se hacen
figura 3 obteniendo una transformación del breves disquisiciones acerca de los tipos de
modelo que se ve en la figura 4, donde el discontinuidades.
intérprete pudo observar dos discontinuidades Para este trabajo se considera una
menores. Esta interpretación se completa con la discontinuidad a cualquier plano de origen
detección directa de dos de las discontinuidades mecánico o, sedimentario que independiza o
principales por medio de una perforación. separa los bloques de matriz rocosa en un
Pese a que las líneas sísmicas han ido macizo rocoso. Del mismo modo se considera a
disminuyendo sus costos con el correr de los la matriz rocosa como la masa pequeña o
años y cualquier yacimiento de hidrocarburos grande exenta de estas discontinuidades y que
puede contar con sísmica 3D, puede ocurrir que se caracteriza por el valor de una serie de
sea imposible llevar adelante estos procesos sea constantes como la resistencia a la compresión,
por el valor de la propiedad, por la etapa en la modulo de Young, etc.
que se encuentra la exploración o por
complicaciones estructurales que producen Planos de discontinuidad
múltiples ecos y dificultan la elaboración del Fallas: Se trata de un ruptura del macizo a
modelo geofísico. causa de un esfuerzo en donde es posible
En este caso puede ser necesario recurrir a detectar un desplazamiento. Se ha registrado un
información de rocas superficiales semejantes a gran avance en las herramientas de captación
las que se encuentran en profundidad a las que de este tipo de discontinuidades en los cuerpos
se llama “análogos aflorantes”, como sería el enterrados.
caso del cuerpo de roca 6 en la figura 2.
Discontinuidades
El presente trabajo remite al lector interesado a

profundizar la abundante bibliografía sobre la
caracterización de macizos y la geomecánica en
15
Datos Básicos de las discontinuidades
En todas las discontinuidades pero en particular

en las diaclasas, es necesario distinguir una
serie de datos imprescindibles para cualquier
tipo de estudio que se pretenda llevar adelante.
Orientación: Dos parámetros se miden para

determinar la orientación: Rumbo, Buzamiento
y dirección de buzamiento. Corresponde a los
ángulos a, b y r respectivamente en la figura
6. Las diclasas se agrupan luego en familias,
juegos o sets que responden a una orientación
determinada. Existen métodos estadísticos para
este tipo de clasificación y se verán mas
adelante algunos procesos geoestadísticos
Fig. 5. A. Directa – B. Inversa. - C. Desplazamiento absolutamente necesarios para el modelado.
www.bartleby.com/images/A4images/A4fault.jpg
Plano de estratificación: Un estrato es un

cuerpo tabular, acuñado, plegado, etc de de
roca o sedimento, con litología homogénea o
gradacional que se ha depositado durante un
intervalo de tiempo determinado de manera que
internamente presenta planos de discontinuidad
derivados del proceso de depósito. Si bien los
planos internos a los estratos son de difícil Fig. 6. Esquema de orientación de discontinuidades.
detección por métodos indirectos, existen
herramientas suficientes para seguir los planos Espaciamiento y Frecuencia: Dado que las
de separación entre los estratos sin mayores diaclasas se agrupan en familias por su
problemas.1 orientación es necesario conocer el modo en el
Contacto: Cualquier superficie en la cual dos que se agrupan. El espaciamiento es la
tipos de roca se encuentran constituye un distancia perpendicular entre dos planos de un
contacto geológico. En los métodos de mismo set o familia denotado como s. Se
detección, este tipo de discontinuidad es define a su inversa F=1/s.
relativamente sencillo de encontrar e interviene El espaciamiento y por ende la frecuencia
en el modelo como marco referencial. suelen medirse sea en transectas o en
Diaclasas: Son discontinuidades donde no perforaciones que no resultan perpendiculares
puede detectarse indicación de un movimiento al rumbo por lo que es necesario calcular el
entre ambos planos. Las técnicas de detección espaciamiento real a partir del espaciamiento
indirectas son insuficientes para determinar su aparente.
presencia y, como ya ha explicado, los modelos Continuidad o persistencia: Es la extensión
mas usados tan solo permiten la especificación superficial, medida por la longitud según la
de zonas mas o menos diaclasadas. dirección del plano y según su buzamiento. Es
un parámetro de difícil cuantificación a partir
de la observación de afloramientos, en los que
1 normalmente se ven las trazas según un
Cualquier modelo geofísico como el de la línea sísmica
de la figura 4 permite distinguir marcadores de reflexión
buzamiento aparente. Pese a esta dificultad es,
que el analista experimentado asocia a planos de sin lugar a dudas uno de los parámetros
separación interestratos. fundamentales para el posterior modelado.
16
Rugosidad o ondulación: Relacionado sinuosidad (gran escala) y a la rugosidad

directamente con la resistencia al corte de la (pequeña escala).En terreno se usa o
discontinuidad. La rugosidad aumenta la rugosímetro o la comparación con perfiles
resistencia de una discontinuidad a este tipo de estándar. Esta medida no se modela pero es
esfuerzo paralelo al plano. En el caso de los importante el análisis estadístico del análogo
hidrocarburos se relaciona con la posibilidad de aflorante a los fines de establecer las
migración de fluidos de distintas viscosidades. características esperables del modelado.
El término se relaciona a la ondulación o
Fig. 7. Esquema de rugosidad de un plano de discontinuidad.
Relleno: Una discontinuidad puede estar rellena Parte de estas presunciones pueden afirmarse o
con numerosos elementos desde una arcilla al desestimarse, en la medida que se avanza en el
resultado de una cristalización. En cualquiera estudio y se relaciona la información del cuerpo
de los casos, aún cuando no se modelen, es enterrado que, en general, es escasa pero suele
absolutamente necesario conocer cual es la atravesar completamente la formación, con la
probabilidad de que las diaclasas o fisuras que que se va obteniendo del afloramiento análogo
se simulan, estén rellenas, el grado de relleno, que, también en general, es directa y superficial
su compacidad y adherencia a las paredes del pero abundante.
plano de la misma y, obviamente el tipo de
relleno. Tanto para cuestiones de geomecánica Se puede entonces partir de una presunción de
como de movimiento de fluido, este parámetro existencia de un cuerpo en profundidad que
debe conocerse. litológicamente puede asociarse a una
formación conocida. Esta presunción se ajusta a
un modelo geológico del cual la figura 2 podría
Metodología del análogo aflorante ser un ejemplo. Este modelo geológico es
coherente con el modelo de la historia
Como una parte importante de los métodos de geológica y con la estructura detectable por
caracterización geológica existen componentes medios indirectos y verificada por un cierto
subjetivos que no se pueden soslayar en esta número de perforaciones.
metodología. Esta formación conocida tiene afloramientos
El primer item de este tipo es el grado de cuya superficie es suficiente para reconocerlos
analogía que el geocientista presume existe superficialmente y por ende proceder a un
entre el cuerpo enterrado y un afloramiento al carteo geológico completo.
cual tiene acceso. La presunción de analogía podrá transformarse
Esta presunción de analogía se apoya por en una hipótesis aceptable a medida que
supuesto en información sobre la historia distintas comprobaciones se realicen tales
geológica, las características de otros cuerpos como los análisis litológicos, químicos y
no aflorantes que también podrían ser análogos, estructurales comparativos.
los componentes estructurales que colaboraron Transformada la presunción en una hipótesis
para ubicar a ambos cuerpos en lugares aceptable será posible hacer estudios en el
separados, etc.. afloramiento tratando de determinar las
17
posibilidades de usarlo como análogo para hidrocarburos, el comportamiento de las fallas

distintas cuestiones. principales, etc.
Si, por ejemplo, se tratara de un depósito de Todos estos elementos, si afirman la hipótesis,
hidrocarburos, tal como un granito o un se pueden modelar o extender del análogo al
mármol figurado, algunas características cuerpo enterrado por medio de procesos de
podrían ser asociadas sin mayores problemas estadística tradicional.
tales como la porosidad de la matriz, la
existencia o inexistencia de trazas de paso de
El caso de las diaclasas
Fig. 8. Granito Characato
Como ya se ha dicho, las diaclasas resultan de Este proceso se realiza habitualmente a lo largo
particular importancia no solo en la minería de transectas de relevamiento donde se toman
tradicional sino en el caso la explotación de los datos de todas las diaclasas interceptadas.
hidrocarburos. Se consideran todos los parámetros que se han
El estudio de las mismas en un análogo descrito precedentemente tal como orientación,
aflorante se compone al menos de lo siguiente: relleno, espaciamiento, etc. La orientación de
las transectas así como la cantidad de las
Captura de los datos de campo: mismas depende de varios factores. En el caso
del stock granítico de Characato en la Provincia
18
de Córdoba, el análisis de la imagen satelital Existen numerosos mecanismos para el análisis

sugiere la existencia de al menos dos sets de de los datos como son los de proyección
fisuras que es posible atravesar por medio de esterográfica para la orientación o el análisis de
las dos transectas perpendiculares que se distribución para el resto de los parámetros. El
indican. Cantidad adicional de trazas de estudio resultado de este análisis permitirá visualizar la
se decidirán a partir del análisis posterior. existencia de familias de diaclasas y en ellas
caracterizar el resto de los parámetros
Proceso y análisis de los datos: obteniendo los estadísticos.
Metodo tradicional
Fig. 8. Proyec. Estereográfica. A. Datos- B. Curvas – C. Familias
Como puede verse en la figura 8, luego del espaciamiento en la familia 3. De manera

análisis se determina la existencia de tres sets o análoga se determinará la frecuencia
familias de diaclasas. Cada una de ellas tendrá acumulada, se establecerá el tipo de
estadísticos que la caracterizan y su frecuencia distribución que se trata y se podrá aplicar estos
relativa será otro de los datos a tener en cuenta. estadísticos a la caracterización del macizo en
A manera de ejemplo puede verse la cuestión
distribución por intervalos de la frecuencia del
400
350
300
250
200
150
100
50
0
<1m 1a2m 2a3m 3a4m 4a5m
Fig. 9. Hist. Frecuencias de espaciamiento en familia 3.
Método Geoestadístico Si el afloramiento en si, fuera el objeto del

estudio, podría decirse que estos dos pasos
19
anteriores serían suficientes para su geoestadística no es una excepción.

clasificación geotécnica sobre la cual basar el Cualquier proceso de análisis requiere
diseño de obra o, lo que fuera necesario llevar que la inferencia que se hace sobre los
adelante en el lugar. Sin embargo, si se tratara datos muestreados sea aplicable a la
de un afloramiento mucho mayor o, como es en población de interés
este caso, el que se usará de análogo de un • Modelado de la relación espacial. El
cuerpo al cual no se tiene acceso, será necesaria segundo paso en el proceso estadístico
la aplicación de otros procesos. es el modelado de la relación espacial
En el sentido amplio, se define la geoestadística sobre la base de los datos muestreados.
como una técnica estadística que tiene en En esencia, se evalúan espacialmente
cuenta las relaciones espaciales de las variables los datos de muestra colectados para
al estimar valores en aquellos lugares (no una variable dada y se estima la
observados) no muestreados. extensión de las relaciones ente los
La geoestadística toma ventaja del hecho de datos. A medida que la distancia entre
que, en muchos fenómenos naturales, los las muestras se incrementa, la similitud
valores de una variable medidos unos cerca de entre los valores se hace menor. Esta
otros, tienen valores semejantes. A medida que similitud o la falta de ella es
la distancia entre los valores medidos se matemáticamente definida con una
incrementa, se incrementa la diferencia entre función estadística llamada variograma.
dos valores medidos. Sobre la base de esta Otras funciones pueden ser usadas para
similitud, la geoestadística captura las cuantificar las relaciones espaciales, sin
relaciones espaciales a través de ciertas embargo el variograma, es la más
funciones de correlación. común de las que se usan para este
En la estadística tradicional, los datos se propósito.
sumarizan por medio de los denominados • Estimación: El tercer y último paso del
momentos de la distribución, conocidos como: proceso geoestadístico es la estimación
media, mediana, varianza, etc. También se de los valores en las localizaciones no
grafica ésta en histogramas, gráficos de muestreadas. En la geoestadística
frecuencia acumulada, etc. convencional, este proceso se llama
En geoestadística se trabaja de manera Kriging. Se usan diferentes procesos de
semejante pero además trata los datos como Kriging, en función del tipo de proceso
una muestra de un experimento aleatorio y el de estimación. En el caso en particular
resumen debe incluir la correlación espacial. del propósito de este trabajo la
Esto se hace por medio de un mecanismo estimación puede ser verificada en
llamado variograma en el cual se estima la cualquier punto a los fines de ajustar el
varianza de los datos en intervalos crecientes y modelo. Esta verificación y ajuste del
en numerosas direcciones. De igual manera se modelo es lo que permitirá su uso en la
podrá contar con un set de covarianzas y predicción en el cuerpo al cual no se
correlaciones entre variables del estudio. tiene acceso.
La aplicación de la geoestadística es un proceso
en tres pasos: 1. Variograma – Modelado:
• Suposición de la estacionaridad: Esta Existe una mas que nutrida bibliografía acerca
es quizás la más importante de las que de geoestadística en general y de esta
se hacen en el análisis de geoestadística. herramienta en particular por lo que tan solo a
Se requiere que el modelo desarrollado efectos ilustrativos se puede decir que la
sobre la base de la zona muestreada sea ecuación 1 es la forma mas práctica de
aplicable sobre la región de interés. Esta expresión del mismo
región se define como estacionaridad.
Cualquier análisis estadístico requiere la
suposición de la estacionaridad y la
20
1 espaciamiento y z(x+h) y Z(x) son los valores

γ ( h) =
2 N ( h)
∑ [ Z ( x + h) − Z ( x)]2 (1) en dos puntos separados por h.
Esta ecuación podrá graficarse para distintos
Donde g(h) es la función variograma N es el
valores de h obteniendo lo que se llama
número de muestras, h es el lag o
variograma experimental.
Fig. 10. Esquema de cálculo de Variograma
En el caso de la figura se han numerado los donde se encuentren. De este modo se tendrán
puntos de muestreo en negro, coincidentes con en cuenta para la primera recorrida las que se
los gaps o h, de manera de simplificar la encuentran dentro de cada intervalo de 2 m,
explicación. En Rojo están los valores del luego las que se encuentran en cada intervalo
punto en cada caso y se ha elegido en este caso de 4 m y así sucesivamente.
el valor de la abertura de las diaclasas en Para un h de 2 m obtenemos la expresión 2 y al
milímetros. La distancia entre muestras de esta continuar este proceso se logrará el valor de g
transecta regular es de 2 m. (h) para h = 4, h = 6, h = 8, y así
En una transecta normal esto no ocurriría así ya sucesivamente.
que las diaclasas se contabilizarían en el punto
γ (2) = (3 − 2) 2 + (2 − 8) 2 + (8 − 7) 2 + (7 − 3) 2 + (3 − 4) 2 + ... / 2 *11 = 5.72 (2)
De la aplicación sucesiva de 2 podemos del cual la varianza toma el valor de la varianza

encontrar los puntos del variograma media del área, el umbral o valor de variograma
experimental que se muestra en la figura 11, y a partir del cual se “ensilla” y el efecto pepita si
sus elementos constitutivos, el rango a partir lo hubiera.
Fig. 11. Variograma. r:Rango, u: Umbral, p: pepita
21
Si bien es posible encontrar una ecuación el ajuste es mejor. El Variograma se puede ver
polínómica que ajuste el variograma en la figura 13.
experimental y, a la mejora notable en
herramientas de software que permiten su
cálculo y trazado en numerosas direcciones, el
investigador utilizará generalmente su
experiencia para reconocer en la nube de
puntos del experimental, un tipo de variograma
en particular.
De este modo podrá asimilar el experimental a

variogramas esféricos, exponencial, gaussiano,
etc con ecuaciones conocidas que utilizará
luego en el modelado. Fig. 13. Ejemplo de modelo exponencial.
La ecuación 3 corresponde al modelo esférico La ecuación 5 corresponde al modelo gaussiano

donde h es el gap, a es el rango y C es el para el cual también se ha usado el mismo
umbral. Este modelo se ilustra en la figura 12 ejemplo según puede verse en la figura 14.
extraída de un ejemplo sencillo donde se ha
hecho trazado el variograma vertical a partir de   3h2 
datos de porosidad. γ (h) = C 1 − exp − 2
 

(5)
  a 
  3 h 1 h3 
C  −  si h ≤ a
γ (h) =   2 a 2 a 3  (3)
C en caso contrario

Fig. 14. Ejemplo de modelo Gaussiano
2. Kriging – Estimación:
El uso inmediato del variograma es la
Fig. 12. Ejemplo de Variograma Esférico visualización del modo en el que la variable de
estudio se comporta en distintas direcciones.
La ecuación 4 corresponde al modelo En general un análisis breve permite distinguir
exponencial dos direcciones de máxima y mínima
anisotropía que en general definen una elipse
cuyos ejes corresponden gráficamente con ella.
  3h  
γ (h) = C 1− exp −   (4) El otro uso inmediato es la estimación de
  a  valores de la variable en un punto de
coordenadas conocidas pero no muestreado a
Utilizando el mismo ejemplo anterior se puede partir de los valores de dicha variable en otros
optar por un modelo exponencial verificando si puntos, por medio de un proceso se conoce con
22
el nombre de Krigeage o Kriging que debe su

nombre al Ing. Daniel Krige que aplicó este
método que ya había sido desarrollado por
Matheron. En este proceso el estimado se
expresa por medio de la ecuación 6.
n(u )
Z (u ) = ∑ λα [ Z (uα ) − m(uα )]
*
(6)
α =1
Donde Z * (u ) es el valor de la variable estimado

en un punto no muestreado dependiente de los
valores de la misma variable Z (uα ) en puntos Fig. 15. Relación entre g(h), cov y var
de muestra y m(uα ) la media de los mismos
afectados por un parámetro variable λα que Para minimizar la varianza del estimador (Ec.
7) se debe obtener la primera derivada e igualar
depende de la distancia entre los puntos
a o con lo que se puede llegar a una expresión
conocidos.
matricial de la forma:
El valor de los pesos λα se puede determinar
Kλ (u ) = k (9)
minimizando la varianza del estimador y
atendiendo a la restricción que la media de los Donde K es la matriz de covarianzas entre los
residuos de restar los valores estimados menos puntos de valores conocidos k es la matriz de
los medidos tiene que ser 0. (Ec. 7 y 8) covarianzas entre el punto estimado y los
puntos de valores conocidos y finalmente l(u)
σ E2 (u ) = Var{Z * (u ) − Z (u )} (7) es la matriz de pesos que, si la matriz de de
*
E{Z (u ) − Z (u )} = 0 (8) covarianza de los datos de puntos conocidos es
positiva definida, podrá obtenerse por medio
Teniendo en cuenta, la relación en la que, la de:
covarianza será máxima para los primeros lags
(h) y, tenderá a 0 luego de que el variograma λ (u ) = k / K (10)
alcanza el umbral que coincide con el valor
constante de la varianza luego que los lags Estos pesos pueden entonces usarse en la ec. 6
alcanzan el rango es decir que esta se hace para la estimación de todos los valores en
constante, se puede incluir el variograma en las puntos no muestreados.
distintas ecuaciones para hallar el valor de los El lector interesado podrá encontrar en la
pesos λα . Esto que se ve en la figura 15 profusa bibliografía existente los detalles de los
verifica el hecho de que los valores mas diferentes tipos de kriging que se pueden
cercanos entre si serán mas parecidos entre si o utilizar así como ejemplos prácticos. Mayores
dependientes mientras que, a medida que la detalles de las expresiones matemáticas pueden
distancia se hace mayor aumentará la varianza verse en la bibliografía que se adjunta pero
hasta asumir un valor constante semejante a la fundamentalmente en las librerías de software
varianza de la población. de geoestadística de la Universidad de
Standford. (GSLIB)
3. Control
El último paso del proceso geoestadístico para
caracterizar el afloramiento estará dado por el
23
control que en general consiste en estimar por de la caracterización de los fenómenos

medio del mismo proceso, los valores de la naturales.
variable en puntos conocidos o previamente Además de la simulación que tiene su origen en
muestreados y estimar de este modo el error el Kriging, esta ciencia ha seguido progresando
medio. incluyendo nuevos modos de resolver los
Es posible además verificar en forma directa problemas de la producción tanto de
por medio del muestreo de los verdaderos hidrocarburos como de substancias minerales
valores en los puntos estimados y obtener en general.
también el error o residuo entre el valor Entre los últimos avances, parece interesante
estimado y el medido. para el caso de las diaclasas y discontinuidades
Como este modelo se usará luego para estimar en general, desarrollar brevemente los
el valor de la variable en un cuerpo con acceso conceptos de la geoestadística multipunto.
restringido, el valor del error medio deberá ser Los algoritmos convencionales de simulación
menor que el admisible. tienen algunas dificultades para reproducir
geometrías complejas, debido a que, entre otras
Método Geoestadístico multipunto cosas el variograma, no captura la información
necesaria para la construcción de estas
Desde el primer momento, tanto investigadores geometrías. De hecho por ahora es difícil
como ingenieros y geólogos de los distintos incorporar información de un modelo
yacimientos se dieron cuenta que la geológico. La construcción de estos,
geoestadística se presentaba como un camino generalmente da cuenta de la génesis de la
de solución a la mayor parte de los problemas mineralización, sin embargo pocas veces tiene
relación a los modelos numéricos construidos.
Fig. 16. Fenómenos con idéntica distribución
La figura 16 muestra tres fenómenos A los fines de incorporar estas ideas al proceso
geologicos como podria ser la mineralizacion o se recurre a una imagen de entrenamiento que
en un metalico o un hidrocarburo cuya expresa dichos conceptos. La imagen deriva del
distribución estadistica sera la misma. Es decir análisis de los datos y de la experiencia del
aun el variograma mostrara un aspecto geocientista pero no está constreñida por los
semejante y las anisotropias seran las mismas. datos. Se desea sin embargo que esta imagen
Una de las formas de incorporar esta vision del no entre en conflicto de manera exagerada con
geologo al modelado geostadistico se ha los datos.
logrado por medio de una rama llamada Este proceso es relativamente nuevo y es
estadistica multipunto. planteado originariamente por Guardiana y
La pregunta mas importante es como disminuir Srivatrava (1993) pero su progreso mas
la diferencia entre los conceptos geológicos, marcado está dado por Strebelle (2000) con la
ideas e interpretaciones de lo que pasa con un implementación de la Single Normal Ecuation
modelo numerico en 3D de estos dos autores por medio de un algoritmo
24
de GSLIB llamado SNESIM. Existen

algoritmos para generar una imagen de En este caso en particular se ha generado una
entrenamiento así como métodos para tomarla imagen de entrenamiento 2D que se corre luego
de análogos conocidos. En el caso en particular en una grilla 3D tan solo a modo de ejemplo.
de este trabajo se ha decidido mostrar el
método por medio de un remarcado de dos En la figura 17 vemos una imagen de
tipos de fisuras en la figura 8 que, luego de la entrenamiento, y un patrón de búsqueda que
debida adecuación por medio de un par de puede ser usado tal cual se lo veo o rotado en
pasos que incluyen una transformación de la ángulos particulares. La probabilidad en cada
imagen en código ASCII y el cambio de este caso permitirá obtener una imagen simulada a
archivo texto a uno formateado para ser leído partir de la primera que deberá respetar los
coma data, se puede incorporar al software datos duros o reales, como por ejemplo las
libre de la Universidad de Stanford (SGEMS) a perforaciones.
los fines de hacer correr el código de
simulación implementado por Strebelle.
Fig. 17. Fundamentos de GMP
25
Fig. 18. Imagen de Entrenamiento a partir de fig. 8.

Fig. 19. Layer superior de un volumen simulado con
EMP
Digitalizando las discontinuidades de la imagen De este modo el concepto que tiene el
de la figura 8 se obtiene una imagen de geocientista respecto al aspecto que presentará
entrenamiento en el cual se distinguen tres un sistema de fracturación en profundidad se
valores de datos: No fracturados o macizo, refleja en el modelado.
Familia 1, aproximadamente Norte - Sur y En el caso de las diaclasas o de las
familia 2, aproximadamente Este - Oeste. Esta discontinuidades en general, se debería generar
imagen podría incluir otras familias menores imágenes de entrenamiento 3D a los fines de
así como información 3D que no se incorpora reflejar los restantes aspectos geométricos ya
en este caso. Los valores de distribución o mencionados.
percentiles de los valores de datos pueden
sacarse directamente de la imagen de Método de simulación 3D
entrenamiento así como de valores extraídos
directamente de campo en el análisis de las Con el objeto de intentar visualizar el concepto
transectas y estudios de superficie. o el modelo geológico que el analista haya
logrado concretar se generó un pequeño
Sin aporte de datos duros es decir sin conocer programa en Visual Basic para AutoCad.
datos en profundidad se corre una simulación La idea de este proceso es generar una muestra
en una grilla de un volumen mayor que la de la de planos de diaclasas visualizables en un
imagen de entrenamiento obteniendo una programa de ingeniería muy popular que le
versión modelada de un análogo al cual no se permitan al analista ajustar ciertos valores del
tiene acceso, como el que se ve en la figura 19. análisis estadístico antes de proceder con el
resto de la simulación.
Esta pequeña aplicación toma en cuenta los
valores geométricos tal cual se pueden ver en la
figura 20.
Es necesario cargar las características zonales
del área de trabajo, es decir el origen de
coordenadas a partir del cual se van a simular
las diaclasas, el tamaño del área, el tamaño de
26
los bloques afectados por el trabajo y su hayan graficado previamente otros elementos
cantidad. propios de la obra como podrían haber sido
Asimismo es necesario tener los estadísticos de accesos, cámaras, galerías, etc.
los valores máximos y mínimos para rumbo y Es posible sin mayores problemas renderizar la
buzamiento así como los valores promedio de vista de estos planos a los efectos de tener otra
la intensidad o frecuencia, del largo sobre el forma de visualización tal cual se la puede ver
plano y de la extensión sobre el buzamiento en la figura 22.
para cada juego de los cuatro que se supone Este aplicativo se ha generado como un paso
existen. De hecho nada impide modificar este previo a un pequeño programa que tome los
aplicativo para que sea capaz de recibir un algoritmos de GSLIB en cuanto a simulación y
número variable de juegos de planos. permita un trabajo real de predicción de planos
En el caso de los valores máximos de rumbo y de diaclasamiento visualizables en un paquete
buzamiento se sugiere cargar los valores tan conocido como este.
medios del segundo y del tercer cuartil dejando Es interés de este grupo de investigación
fuera los valores anómalos. continuar adelante con esta tarea intentando un
La figura 21 muestra los resultados de una producto de aplicación general.
prueba directamente en AutoCad sin que se
Fig. 20 Aplicativo para generación de diaclasas
27
Fig. 21 Resultado de la aplicación
El modelo Geológico geoestadístico, persisten ciertas falencias o

Si bien todos los pasos dados anteriormente inconvenientes que se arrastrarán al intento de
llevan a la caracterización de las diaclasas del modelar el cuerpo al que se tiene acceso
afloramiento o a su modelado estadístico o restringido.
Fig. 22. Imagen renderizada de planos de diaclasas.
Esto tiene que ver con todos los esfuerzos de entender conceptualmente el problema y
elegir la solución mas adecuada en cada caso.
Cualquier intento de llevar adelante un modelo geoestadístico de un cuerpo de acceso
restringido en base a uno aflorante deberá tener en cuenta el concepto o modelo
geológico que el analista logra de las observaciones de campo.
De hecho la presentación de geoestadística multipunto en este trabajo ha tenido el
objeto de hacer notar la creciente importancia de la incorporación de los conceptos que
el geólogo práctico o el ingeniero de minas tienen, del yacimiento a su cargo, en el
modelado geoestadístico.
Es precisamente Deutsch (2002) quien insiste en advertir casi al comienzo de su obra
que el objeto de la geoestadística no es producir hermosos planos coloreados.
Es por eso que nunca se habrá de insistir suficientemente en el trabajo previo al
modelado en la recolección y verificación de los datos.
En este caso en particular se deberán tener en cuenta al menos las siguientes cuestiones:
28
• El afloramiento análogo debe estudiarse en detalle. Es preferible elegir una

porción del mismo y conocer todos sus pormenores a dejar pasar cuestiones
básicas que luego serán problemáticas en el modelado.
• Deben reconocerse todos los tipos de discontinuidades presentes.
• Deben seleccionarse aquellos cuya presencia en profundidad es esperable.
• Deben analizarse en detalle toda información del cuerpo de acceso restringido en
búsqueda de analogías claves en el aflorante.
• Debe obtenerse un modelo geostadístico del aflorante y buscar el mejor ajuste
posible. De nada vale contar con un proceso de modelado que no ajusta siquiera
al aflorante. En lo posible se debería usar un sector no estudiado del
afloramiento con datos puntuales que simulen los que verdaderamente existen en
el subterráneo.
Finalmente es absolutamente necesario contar con personal de experiencia la mayor
parte de las fases de este proceso.
29
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Technology. 1993
30
CONJUGAÇÃO DE SUPORTES PARA A ESTABILIDADE GEOMECÂNICA

DE ESCAVAÇÕES SUBTERRÂNEAS E ECONOMICIDADE DE
EMPREENDIMENTOS MINEIROS
JOSÉ MARGARIDA DA SILVA

E-mail: jms@demin.ufop.br
ADILSON CURI
E-mail: curi@demin.ufop.br
Escola de Minas/Universidade Federal de Ouro Preto/ Brasil
Resumo
Este trabalho mostra situações de conjugação de pilares e enchimento em minas
subterrâneas, mais notadamente em minas de ouro de Minas Gerais, Brasil; tipos de
enchimento utilizados e conseqüências das alterações realizadas nas minas estudadas.
Conclusões revelam: para depósitos de alto teor em profundidade ou em condições do
teto ruins, são inaceitáveis maiores perdas de minério e, neste caso, deve ser
considerada opção do backfill; necessidade de continuação dos estudos, como
caracterização geomecânica de materiais, visando se apropriar das vantagens de
segurança, operacionais, ambientais e econômicas e diminuir dificuldades ainda
existentes.
Palavras-chave: suporte, estabilidade, geomecânica, escavações subterrâneas, pilar,
enchimento, mina subterrânea.
Resumen
Este trabajo muestra las situaciones de combinación de relleno y pilares en las
minas subterráneas, sobre todo en las minas de oro de Minas Gerais, Brasil, muestra los
tipos de relleno y las consecuencias de los cambios realizados en las minas. Los
resultados revelan: si tiene alta calidad en la profundidad de los depósitos en
condiciones de techo malos son inaceptable pérdida de mineral y en este caso se debe
considerar la opción del relleno; necesita de mayor estudio, como la caracterización
geomecánica de los materiales con el fin de su caso las ventajas de la seguridad,
operativas, ambiental y económica y las dificultades que todavía existen.
Palabras clave: apoyo, estabilidad, geomecánica, excavación subterránea, pilar, relleno,
mina subterránea.
31
1. Introdução é possível o fluxo por gravidade, nem o

equipamento sobre rodas alcançar a
Minas subterrâneas abertas ou pilha de material), influenciam na
expandidas recentemente e previstas estabilidade das escavações, na
para os próximos anos evidenciam recuperação de minério, na operação e,
importância de se estudar estabilidade portanto, na economicidade de
das escavações para extração de empreendimentos.
minérios.
O uso de enchimento permitiu pela
O suporte de escavações tem que primeira vez recuperação consistente de
controlar grandes deformações minério dos pilares, aumentando
resultantes das tensões induzidas pelo recuperação na lavra. Minas de carvão,
progresso da extração em subsolo. proibidas da extração em recuo dos
pilares, também estudam alternativas de
Os fatores que afetam a estabilidade de continuidade das operações.
escavações englobam, além das tensões Com mudanças da legislação mineral e
in situ, a variabilidade geológica, o ambiental, a tecnologia de enchimento
método de escavação, a geometria e de escavações vem se desenvolvendo
orientação da escavação, presença de mais, devido à necessidade de se lavrar
escavações adjacentes, as práticas respeitando-se normas mais rígidas, em
operacionais, os efeitos termal e de relação a danos estruturais em terrenos.
umidade, a qualidade do maciço Questões como subsidência podem ser
rochoso, a pressão confinante, os efeitos tratadas com alterações como
químico e biológico. introdução de enchimento (backfill).
Na lavra subterrânea, operações e 2. Ação do enchimento

equipamentos dependem da
inclinação dos corpos de minério e Dentre os suportes, pilares geralmente
da resistência dos materiais. representam baixas recuperações na
lavra. Cabos têm versatilidade na
Em minas subterrâneas, a aplicação. Enchimentos acrescentam
diversidade de suportes se custos, mas aumentam a recuperação.
justifica ainda pelas diferentes Cada suporte tem suas vantagens e
funções das escavações desvantagens relativas, características
realizadas, seus diferentes tempos e condicionantes de aplicação que
de utilização, pela mudança do devem ser analisadas.
corpo de minério e de condição da
rocha encaixante. É comum a Silveira (1987), Kejriwal (1986) e
alteração com o tempo do suporte Kuganathan (2006) consideram as
utilizado, em função dos fatores características necessárias em termos de
citados, também pela evolução comportamento para o enchimento:
tecnológica dos suportes e maior compressibilidade, permeabilidade,
conhecimento do comportamento resistência. Condições interessantes são
do maciço rochoso. razoável fraturamento da rocha na frente
de desmonte, rocha do teto deformável,
A necessidade de adaptação da extração enchimento pouco compressível e bem
para corpos de mergulho intermediário aplicado.
faz surgir associações de suportes. Essas
alternativas, mais a necessidade de Inicialmente o enchimento tem pouca
utilização do rastelamento (quando não resistência ao cisalhamento, mobilizada
32
na interação granular. Colocações vertical de pilar depende efetivamente

subsequentes resultam no assentamento da compactação do enchimento.
e compactação, aumenta a resistência ao
cisalhamento e transferência de carga às Outra alternativa de substituição é o
vizinhanças pela formação de arco. atirantamento. Fosminas (2010)
considera que enchimentos são mais
Sarkar (1997) e Singhal e Sehgal (sd) efetivos para grandes áreas em
tratam da mecânica de ação do substituição a pilares do que
enchimento de areia na resistência do ancoragens. Geralmente não requerem
pilar e estabilidade. cimento quando for piso de trabalho.
Em termos de projeto, objetiva-se
A mecânica pela qual o enchimento preencher vazios, mas também para a
auxilia os pilares é pouco estudada de exposição da parede futura pela lavra de
forma a explorar possibilidade de pilares.
redução ou substituição dos pilares. Em ambientes geológicos específicos, a
extração total de camada de minério ou
Zingano et al. (2010) e Caño (2011) carvão não é possível tanto por causa de
apontam um aumento das pressões sua espessura extraordinária ou pela
laterais que diminuem o deslocamento presença de estruturas superficiais e
nesta direção. Segundo Pakalnis et al. corpos de água ou por causa de
(2005), enquanto a lavra por corte e condições que prevalecem em camadas
enchimento segue sob pilar (na opção superiores. Não é incomum, portanto,
de lavra descendente), um vazio é para o trabalho de tais camadas, que
criado através do qual o enchimento pilares de minério ou carvão sejam
tende a se mover, se estiver deixados para o suporte permanente do
inconsolidado, com transferência lateral capeamento, e vazios ao redor de pilares
das tensões verticais (também em sejam preenchidos com areia para
enchimento post-pillar). reforçar os pilares e prevenir sua
deterioração com o tempo. Entretanto, a
Atlas Copco (2011) preconiza que a pequena disponibilidade de areia de rio
lavra com pilares e enchimento tem merecido atenção na necessidade de
posterior (post room and pillar) se estratégias alternativas, incluindo-se
aplica a corpos inclinados de 20 a 55o, tentativas com enchimento parcial dos
com grande dimensão vertical, onde o espaços.
espaço lavrado é preenchido. O
enchimento guarda a estabilidade de O estudo de Kejriwal e Ghose (1986)
pilares e serve de plataforma para lavra examinou em laboratório os efeitos do
da próxima fatia. enchimento parcial e integral na
capacidade de suporte limite em
Uma das questões apontadas na comportamento pós-pico de pilares altos
comparação entre enchimento seco e e pequenos usando material artificial.
hidráulico é o preenchimento total da
cavidade. Para Singhal e Sehgal (sd), no Hustrulid & Bullock (2001) revelam
caso de não atingir o teto, material que enchimentos em pasta produzem
estocado não reduzirá carga sobre um “plug” quando transportados por
pilares. De qualquer modo, segundo os furo ou em tubulação. Veenstra et al.
autores, é um suporte passivo, que (2011) dividem em duas etapas: inicial
mesmo em contato com o teto, não (“plug”) e final, com 3 a 7 dias de
aliviará carga. Isto significa que é outro intervalo entre elas.
mecanismo de auxílio. A contração
33
Enchimentos em pasta não são solidifica em menos horas com alta

colocados em painéis secundários e resistência. Testes têm sido realizados
terciários, em que é necessária coesão com enchimentos com aglomerantes
suficiente para prevenir liquefação, se que aumentam sua resistência, mas
colocado sob carga dinâmica (próximo representam de 10 a 15% do custo.
a desmonte ou regiões sujeitas a rock
burst ou rockfall). O enchimento
Uso do enchimento em minas subterrâneas 4. Estudos de caso em minas brasileiras
A tabela 1 mostra várias situações em diversas A utilização do enchimento em escavações de

minas ativas e abandonadas na utilização de lavra é crescente em vários países e em
elementos de suporte naturais (pilares) e artificiais. métodos como corte e enchimento, realce em
Vê-se a participação relativa do enchimento como subníveis, câmaras e pilares e lavra por
técnica de suporte.
longwall, sendo também alternativa para lavra
Como exemplo, a Mina Otijhase (Namíbia),
em recalque, hoje em desuso.
que produz 35.000 t de minério/mês, tem corpo
de minério dividido em cinco compartimentos
Existem diversas situações de conjugação de
separados por falhas (o mais longo se estende
pilares e enchimento em minas subterrâneas.
por 8 km). No início de 2006, a mina de cobre
Há vários trabalhos abordando a conjugação de
estava diante de um futuro incerto, conforme
pilares e enchimento, com substituição parcial
Mining & Construction (2008). O corpo
ou total.
mergulha a 16º e tem caimento (plunge) de 16º.
Não sendo homogênea, a zona mineralizada
Simoni (2003) mostra a alteração do método na
apresenta desafios. Ocorrências de minério
Mina III, da Mineração Serra Grande, em
estreitas e em forma de veios dificultam o
Crixás-GO-Brasil (ouro, AngloGold). O autor
suporte de rocha, reduzindo a estabilidade.
comparou as alternativas de lavra por corte e
Entre conjunto de painéis, é deixado pilar de 10
enchimento e por câmaras e pilares, para corpo
m. Essa fase primária deixa pilares
de minério em veio de quartzo, concluiu que,
aproximadamente paralelos e remove 55% do
com a mudança de método para corte e
corpo. A introdução do aterro tem papel chave
enchimento, resulta um maior valor presente,
na extração de pilares. O enchimento é
acontecem ganhos significativos de
bombeado para subsolo por dois poços e
operacionalidade, de produtividade e,
deixado cair por gravidade por mais 2 km para
principalmente, de segurança.
o compartimento. Após remoção de pilares,
extração final é entre75%e 85%. No suporte da
A Mineração Caraíba (cobre) testa a resistência
capa, onde os veios de sulfetos são
do enchimento em pasta: com 14, 27 e 56 dias
encontrados, são detonados. Apesar de
após aplicado (Cavalcante, 2011). Tem também
aumento da diluição, privilegia-se aumento da
suporte com cambotas na rampa, em trecho de
segurança. A mina usou tirantes espiralados e
70m de extensão, espaçadas de 1m, com
resina, mas mudou para chumbadores Swellex,
aplicação de concreto e enchimento em pasta
que podem ser instalados com maior
para preencher o espaço para a parede. O uso
regularidade. Por razões econômicas e para
de paste fill levou a recuperação de menos de
alcançar o minério mais necessário, pilares
70% para mais de 80%. Está em estudo adição
foram divididos, afetando a estabilidade. Como
de cal no enchimento (pasta), em função da
resultado, algumas rampas de acesso têm falhas
previsão de aumento do preço do cimento.
de até 2 m na capa. Como o chumbador não era
longo o suficiente para ser efetivo nessas
Fica claro em visitas técnicas a minas
circunstâncias, a solução foi o atirantamento a
subterrâneas de ouro do Quadrilátero Ferrífero
cabo.
a necessidade de associação enchimento-pilar
34
natural para mergulhos e potências variáveis,

além de utilização do rastelo, influenciando na
estabilidade, recuperação, operação e
economicidade.
A Mina Cuiabá (ouro, AngloGold) prevê em

sua expansão alternância dos métodos de corte
e enchimento e câmaras e pilares. Algumas
minas estão conjugando pilares e enchimento,
como a Mina Lamego (ouro, AngloGold).
A reabertura da Mina de Raposos (ouro,

AngloGold) prevê a utilização de variações de
métodos de enchimento: drift and fill, em
corpos mais planos; sublevel bench and fill, em
corpos mais inclinados (anglogold.co.za, 2011).
A Mina Santa Isabel (Jaguar, ouro) tem

enchimento hidráulico (backfill), com rejeito da
usina, levado até frentes por mangotes de
borracha; contenção com cerca de tábuas,
drenos horizontais e verticais, usando-se
membranas tipo bidim e PAD; há alternância
com rockfill (80 cm a 1 m espessura) para
acelerar retomada dos trabalhos. A contenção
prévia de teto é feita com cabos de ancoragem
de 4 a 12 m de comprimento,com injeção de
argamassa nos furos (cable bolt), que
sustentam a rocha encaixante e contribuem para
minimizar a diluição.
35
Tabela 1 – Minas e formas de sustentação (diversas subníveis espaç. 1,5m,

fontes: Hustrulid e Bullock, 2001; Villaescusa et e backfill tela, cabo
al., 2004; Brady e Brown, 2006; Oliveira et al., 9m, split-set
2002; Engineering and Mining Journal, 2008; 2,4m
Minérios e Minerales, 2008; Luz et al., 2002;
Cleveland Potássio, pilares
Serabi, 2006; comunicações pessoais em visitas).
câmaras e
Mina Minério, Elementos pilares
(local) método de de Suporte Mina Minério, Elementos
lavra (local) método de de Suporte
Baltar Calcário, Pilares, cabo lavra
(Brasil) realce em com Cracow ouro, open Post fill
subníveis cartucho, (Austrália) stopes
tela trançada Crixás Ouro, Enchimento,
Barro Carvão, Pilares 4,5m (Brasil) corte cabos
Branco câmaras e largura enchiment
(Brasil) pilares o
Beaconsfiel Ouro Tela, cabos Cuiabá Ouro, Cabos,
d em paredes (Brasil) corte e enchimento
(Austrália) enchiment (rockfill)
Belmont Esmeralda pilares o
(Brasil) , câmaras Cullinam Diamante, telas
e pilares (África Sul) block
Brunswick Zn, Pb, Cabos 7m, caving
(Canadá) Cu, Ag, pastefill, Doyon Realce em Pastefill
Corte e tela, strap, Gold subníveis (rejeito,
enchiment concreto 30%
o projetado cimento)
Bunker Hill Prata, Quadros de Engenho Corte e Enchimento,
(EUA) square set madeira (Brasil) enchiment split-sets
Campina de Câmaras e pilares o, ouro (7/m), cable
Cima pilares bolt 6m
(Portugal) Esperança Carvão, cavilha
Cannington Prata, Pastefill 3- (Brasil) câmaras e
(Austrália) chumbo, 8% cimento, pilares
zinco, tela, Fazenda Ouro, Abatimento,
realce em concreto Brasileiro VCR pilares,
subníveis projetado, (Brasil) cabos
parafuso Fortaleza Níquel, Pilares 5-7m
atrito 2,4m de Minas VRM e largura, 6m
Caraíba Cobre, enchimento (Brasil) AVOCA altura,
(Brasil) VRM (pastefill) enchimento
3% cimento, Golden Open Cabos,
concreto Giant stope, pilares,
projetado (Canadá) corte e enchimento
Casapalca Recalque Minério enchiment
(Peru) fragmentado o
Cayeli Cobre, Concreto Gwallia 1896- Split-set,
(Turquia) zinco, 10cm, (Austrália) 1964, cabos 6m
realce em swellex recalque,
36
realce (África do enchiment o concreto,

aberto Sul) o enchimento
Homestake Ouro, Enchimento, Marzagão Corte e Cabos
(EUA) corte e antes (Brasil) enchiment entrelaçados
enchiment quadros de o
o (pós madeira Michilla Cobre, Cabos,
square set) (Chile) corte e enchimento,
Ipueira Sublevel Abatimento, enchiment pilares
(Brasil) caving/sto cabos o
ping Morro Chumbo, Swellex,
Kemi Cromo, Tela, Agudo zinco, pilares
(Finlândia) Corte e swellex, (Brasil) camaras e
enchiment enchimento, pilares
o cabo 51mm, Morro da Fluorita, Enchimento
20-25m Fumaça recalque,
compriment (Brasil) enchiment
o o
Keretti Corte e enchimento Mount Isa Chumbo, Split-set,
(Finlândia) enchiment (Austrália) cobre, cabos 2,5m,
o sublevel telas,
Ketchiwan Corte e enchimento caving, quadros de
(Alaska) enchiment corte e aço,
o enchiment enchimento
Mina Minério, Elementos o
(local) método de de Suporte Novo Astro Ouro, Cabos
lavra (Brasil) realces
Kid Creek Cobre, Cabos, abertos
(Canadá) zinco, concreto Otjihase Corte e Swellex,
prata, 25cm, (Namíbia) enchiment cabos, pós
chumbo pilares 24m o parafusos
Kiruna Magnetita, Swellex, com resina
(Suécia) sublevel tirante, Palito Ouro, Sem suporte
caving concreto (Brasil) realce em
projetado subníveis,
Kittila Corte e Backfill, enchiment
(Finlândia) enchiment cabos o
o Mina Minério, Elementos
Kristineber VCR, Cabos, (local) método de de Suporte
g (Suécia) Corte e concreto, lavra
enchiment enchimento Palmital Realces e Cambotas,
o (Brasil) pilares concreto
Lamil Agalmatol Pilares, Panasqueira Estanho, Pilares 11m-
(Brasil) i-to, cambota, (Portugal) tungstênio 3m largura
câmar. e cabos,concr Perseveranc Sublevel Pilares,
pilares e-to, split- e caving friction
set (Austrália) bolts,
Malmberge Ferro, Cabos, cabos, tela
t (Suécia) caving abatimento soldada,
Marikana Corte e Revestiment anéis de
37
concreto (Brasil) câmaras e = 1,8)

espaç. pilares
1,25m Tsumeb Cobre, Cabos,
Pyhasalmi Polimetais Cabos, (Namíbia) corte e enchimento
(Finlândia) , realce em enchimento, enchiment
subníveis concreto o
com Mina Minério, Elementos
enchiment (local) método de de Suporte
o lavra
Raposos Ouro, Cabos, Perseveranc Sublevel Concreto
(Brasil) corte enchimento e caving fibra, tela
enchiment (rockfill) (Austrália) soldada,
o split-set,
Rav 8 Níquel, Pilares, tirante 4,6m,
(Austrália) céu aberto esteios cabos 5m
e madeira Raglan Níquel, rockfill
subterrâne (Canadá) cobre,
a enchiment
Santa Ouro, Cabos 4m, o
Helena corte e tirantes Stillwater Sublevel Enchimento,
(Brasil) enchiment 2,4m, espaç. (EUA) caving, abatimento
o 1,5m corte e
Santa Isabel Ouro, enchimento enchiment
(Brasil) corte e (backfill), o
enchiment cabos Turmalina Ouro, Paste fill
o (Brasil) realce em 4% cimento,
São Bento Ouro, Split-set, subníveis cabos
(Brasil) corte e swellex, e 1,5x1,5m,
enchiment cabos enchiment split-set
o o 2,3m
Springvale carvão, Cabos, telas, Vazante Zinco, Enchimento
(Austrália) corte e concreto, (Brasil) VRM, mecânico,
enchiment straps corte cabo
o enchiment
Svea Nord Carvão, Parafusos o
(Noruega) longwall resina 2,4m, Vermont Câmaras e Pilares 15-
cabos 4-5m (EUA) pilares 20m largura
Taquari- Potássio, Concreto, Winston Fechada Enchimento
Vassouras Câmaras e resina, Lake em 1998
(Brasil) pilares tirante fibra (Canadá)
de vidro, Yauricocha Cobre e Quadros
pilares (Peru) outros, madeira
Tau Lekoa Câmaras e Pilares (FS square set
(África Sul) pilares, 1,5 a 2)10m
enchiment largura A reabertura da Mina de Raposos (ouro,
o AngloGold, Raposos-MG) prevê a utilização de
Tau Tona Ouro, Pilares variações de métodos de enchimento: drift and
(África Sul) longwall fill, em corpos mais planos; sublevel bench and
Trevo Carvão, Pilares (FS fill, em corpos mais inclinados
38
(anglogold.co.za, 2011). Algumas minas estão

conjugando pilares e enchimento, como 5. Conclusões
Lamego (ouro, Jaguar). Para depósitos de alto teor em profundidade ou
em condições do teto ruins, são inaceitáveis
As minas de carvão do Sul do Brasil, proibidas maiores perdas de minério e, neste caso, deve
da lavra em recuo com extração integral dos ser considerada opção do backfill.
pilares, estudam alternativas de suporte, entre
elas a introdução do enchimento. Com o Mais notadamente a associação é utilizada em
enchimento, é possível aumentar a recuperação minas de ouro do Brasil, com alguns tipos de
nessa lavra. Zingano et al. (2010) estudaram o enchimento utilizados. Esse uso tem
comportamento de pilares de carvão com conseqüências na recuperação, diluição de
enchimento seco (rockfill). Realizaram ensaios minério e alterações realizadas nas minas
e modelo constitutivo para cada tipo de citadas.
material, simulações numéricas e concluiram
que melhora a estabilidade, principalmente para Há necessidade de continuação dos estudos,
maciço classificado como fraco; aumenta a como caracterização geomecânica de materiais,
recuperação; diminui a quantidade de estéril em visando se apropriar das vantagens de
pilhas superficiais. O estudo abrangeu três segurança, operacionais, ambientais e
minas, também com enchimento hidráulico em econômicas e diminuir dificuldades ainda
polpa, com e sem cimento sobre o rockfill, existentes.
ciclonado, bombeado, com 80-90% de sólidos.
39
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40
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Zingano et al. Modelamento numérico do confinamento em enchimento em minas de carvão. 3º.

Simpósio Brasileiro do Carvão Mineral. (2010).
41
SISTEMAS DE GESTIÓN DE CALIDAD TOTAL EN GEOTÉCNIA. EN BUSCA

DE LA EXCLENCIA
Rafael Barrionuevo Giménez
Prof. Dr. Ingeniero de Minas. Responsable de Área de Tecnología del

Medio Ambiente de la Universidad de Vigo. rbarrio@uvigo.es
RESUMEN: Los sistemas de calidad total engloban calidad, medio ambiente y seguridad.
Uno de los grandes problemas en las operaciones subterráneas es la dependencia casi
absoluta entre ellos. La calidad de un sostenimiento en una labor geotécnica puede
generar hundimientos, colapsos, accidentes así como afecciones y/o alteraciones sobre
la superficie o variar el circuito natural de las aguas. Es entonces cuando se piensa en el
establecimiento de un sistema de estión y en la aplicación de normativa (ISO, OHSAS,
EMAS,etc.). Este artículo y ponencia relata como se monta un Sistema de Gestión de
Calidad Total en Geotécnia.
PALABRAS CLAVE: Calidad Total, Sistemas de Gestión
42
1. INTRODUCCIÓN
Ampliando la información del resumen establecer, ante problemas reales o
habría que pensar dónde aplicar los potenciales, disposiciones destinadas a
sistemas de calidad en Geotécnia. Una usos comunes y repetidos, con el fin de
buena aproximación pudiera ser, a obtener un nivel de ordenamiento
priori, la siguiente: óptimo en un contexto dado, que puede
• Excavaciones subterráneas ser tecnológico, político o económico.
• Presas de residuos (Tranques de relave)
• Diseño de vertederos (Rellenos La normalización persigue tres
sanitarios) objetivos:
• Almacenamiento de residuos y
escombreras • Simplificación: se trata de reducir los
• Manipulación y manejo de residuos modelos para quedarse únicamente
sólidos con los más necesarios.
• Selección del emplazamiento de • Unificación: para permitir el
construcción de un relleno intercambio a nivel internacional.
Una vez apuntadas alguna de nuestras • Especificación: se persigue evitar
opciones se intentará dar una definición errores de identificación creando un
de Sistemas de Gestión. lenguaje claro y preciso.
2. DEFINICIÓN 4. EQUILIBRIO
Un Sistema de Gestión es un conjunto Un sistema de gestión de calidad
de etapas unidas en un proceso integral o calidad total, en principio
continuo, que permite trabajar intentará proporcionar equilibrio a un
ordenadamente una idea hasta lograr sistema entre tres entornos o mundos
mejoras y su continuidad. conectados y muchas veces antagónicos
Las cuatro etapas de un Sistema de entre sí.
Gestión son:
- Idea
- Planificación
- Implementación
- Control
3. SISTEMAS DE NORMALIZACIÓN
La normalización es el proceso de
elaborar, aplicar y mejorar las normas
que se aplican a distintas actividades
científicas, industriales o económicas
con el fin de ordenarlas y mejorarlas.
La asociación estadounidense para
pruebas de materiales (ASTM) define
la normalización como el proceso de
formular y aplicar reglas para una
aproximación ordenada a una actividad Estos son:
específica para el beneficio y con la - Producción
cooperación de todos los involucrados. - Medio ambiente
- Seguridad
Según la International Organization for
Standarization (ISO), la normalización Para poder llevar a cabo este proceso de
es la actividad que tiene por objeto clara integración hace falta una idea o
43
propósito “político”. Es decir, que la programa de gestión que abarque

alta dirección de la empresa adquiera el responsabilidades, medios disponibles y
compromiso de instaurar un Sistema de calendario de actuación.
Gestión dentro de la misma.
5.3. Implantación y funcionamiento
5. FASES DE UN SISTEMA DE GESTIÓN DE Para la implantación y funcionamiento
CALIDAD TOTAL del sistema de gestión hay que realizar:
- El diseño de una estructura y definición
5.1. Política de empresa de responsabilidades
• La alta Dirección encuadra y define una
política -objetivos y metas- para las
diferentes actividades que guardan
relación con:
Calidad
Medio Ambiente
Seguridad
- Labores de formación y sensibilización
• La alta Dirección se compromete a del personal cuyo trabajo pueda
mejorar en los tres aspectos citados generar un impacto significativo.
• La alta Dirección se compromete a
cumplir la legislación, las normas, así
Importancia del cumplimiento de la
como la reglamentación
política de la empresa (calidad,
correspondiente.
medio ambiente, seguridad); de sus
• La alta Dirección se compromete a
procedimientos y requisitos del
establecer un marco para almacenar,
sistema de gestión
mantener al día, y referenciar toda la
Impactos significativos actuales o
documentación generada, así como
potenciales y los beneficios para la
poner a disposición pública la política de
calidad, el medio ambiente, la
la empresa en los tres ámbitos de
seguridad así como la respuesta ante
referencia. Es decir, la documentación
situaciones de emergencia
debe ser implantada, mantenida y puesta
Consecuencias potenciales (positivas
a disposición de los trabajadores.
y negativas)
5.2. Planificación
- El establecimiento de un sistema
En esta etapa se elabora un plan protocolario para la comunicación
respecto a los tres objetivos (sistema de partes)
fundamentales de calidad.
Sistema de partes escritos
En primer lugar, se hace acopio de los
Sistema de partes sobre soporte
requisitos legales necesarios para poder digital con o sin software
cumplir con la legislación y la
normativa de calidad, medio ambiente y
- La documentación del sistema de
seguridad; estableciendo así la
gestión (formato papel y/o electrónico)
aplicabilidad de los mismos así como la
documentación que deberá ser
- El control de la documentación
mantenida.
Localización
Examen periódico y revisión
También la empresa debe establecer y
Actualización de las revisiones
mantener documentados los objetivos y
Documentación obsoleta
metas definidos en la política de
Retirar
empresa para concretar y establecer un
44
Guardar con fines legales documentado para la evaluación

periódica
- Labores de control operacional
Identificación de operaciones y • No conformidad, acción correctora y
actividades asociadas con los aspectos acción preventiva
más significativos (calidad, medio La empresa debe investigar las no
ambiente, seguridad). La empresa debe: conformidades y búsqueda de
responsabilidades
• Planificar estas actividades Acciones correctoras
• Establecer un plan de proporcionales a la magnitud del
mantenimiento problema
Registro en los procedimientos de
Y dentro de los objetivos marcados los cambios resultantes al aplicar
tiene que: medidas correctoras
• Establecer los procedimientos

documentados para cubrir situaciones - Auditorias del sistema de gestión
que pueden derivar en desviaciones • Determinar si el sistema cumple los
• Establecer los criterios planes establecidos, y ha sido
operacionales para los implantado y mantenido
procedimientos correctamente
• Mantener al día los • Suministrar los resultados a la
procedimientos y comunicarlos a dirección
los subcontratistas
- Revisar el sistema por parte de la
- Los planes de emergencia y capacidad dirección.
de respuesta ante una emergencia. Plan
de emergencia interior y plan de 5.5. Control operacional
emergencia exterior. Es el proceso para la identificación de
los aspectos significativos asociados a
5.4. Control y acción correctora las actividades en las unidades
Como sistema de control y para operativas y donde la calidad total tiene
determinar posibles acciones en cuenta muchos aspectos como son:
correctoras sobre el sistema hay que:
- Realizar una auditoría del día a día Aspectos de calidad
• Seguimiento y medición. - Control de clientes y proveedores
Establecimiento de procedimientos - Calidades técnicas de productos
documentados para controlar y - Tiempos de gestión
medir de forma regular las - Logística
operaciones y actividades que - Sistemas informática
puedan tener un impacto - Procesos de explotación
significativo sobre la calidad, el - I+D+i
medio ambiente y la seguridad. - Sistemas de mantenimiento y control
- Sistema de planificación de proyecto
Y todo ello conlleva tener equipos de
medición calibrados y sometidos a Aspectos medioambientales
- Emisiones atmosféricas
mantenimiento, así como el
- Vertido de aguas
establecimiento de un procedimiento - Gestión de residuos
- Contaminación del suelo
45
- Empleo de materias primas y recursos gravedad, así como se pueden dar

naturales recomendaciones sobre las incidencias
- Hundimientos detectadas.
- Alteración de niveles freáticos y Aunque las auditorias pueden tener
piezométricos carácter interno, externo y a terceros,
- Otras cuestiones de interés resulta interesante que la auditoría
externa o de certificación externa para
Aspectos de seguridad poderla realizar requiere de un equipo
- Procedimientos internos: Instrucciones auditor cuyas funciones y
técnicas complementarias, códigos de responsabilidades son las siguientes:
buenas prácticas de seguridad, seguridad - Nombrar un responsable (auditor jefe)
intrínseca de la maquinaria y equipos - Encuadrar el tipo de empresa u
- Plan de emergencia interior organización, actividad, función y
- Plan de emergencia exterior requisitos de la normativa que sea de
- Innovaciones en seguridad I+D+i aplicación
- Ver las necesidades respecto a
Registros para los diferentes aspectos cualificaciones profesionales o de
- Legislación aplicable especialización en las disciplinas
- Registro de quejas implicadas
- Registro de formación - Determinar el tamaño y composición del
- Registro sobre el proceso productivo equipo auditor
- Registro sobre información de los - Observar las aptitudes personales para
productos relacionarse con el auditado
- Registros de inspección, mantenimiento y - Asegurar la ausencia de intereses que
calibración puedan comprometer la objetividad
- Registro de contratistas, clientes y
proveedores De otra parte hay que recordar que en
- Registros de incidencias este proceso hay dos partes y será
- Registros sobre la preparación y reacción también la empresa a auditar la que
en caso de emergencias adquiera una serie de responsabilidades
- Registro de impactos significativos y funciones derivadas, como son:
- Resultado de las auditorias - Establecer los requisitos en función de los
- Revisiones de las auditorias objetivos
- Actuar de acuerdo con los requisitos
5.6 Auditoria establecidos
La auditoría se podría definir de forma - Preparar y realizar con objetividad las
global como el examen comprensivo y tareas asignadas
constructivo de la estructura - Seguir los procedimientos definidos
organizativa de una empresa, de una - Reunir y analizar información relevante
institución o departamento para obtener conclusiones
gubernamental; o de cualquier otra - Documentar e informar sobre los
entidad y de sus métodos de control, resultados de la auditoría
medios de operación y empleo que dé a - Verificar la eficacia de las acciones
sus recursos humanos y materiales. correctoras
- Salvaguardar la documentación
En realidad, las auditorias no son más (confidencialidad, persona legítima o
que un examen de control para entidad)
comprobar cómo se está llevando a cabo - Cooperación con el auditor jefe
(evolución) el sistema de gestión. En
este “examen” se dictaminan “no
conformidades” de mayor o menor
46
Ante los primeros planteamientos aquí - Presentar un resumen de métodos y

descritos, se deben de realizar ahora procedimientos
unos pasos fundamentales en el proceso - Establecer lazos de comunicación
de auditoría del sistema de gestión. entre equipos
Básicamente son: - Confirmar disponibilidad de medios e
- Definir el alcance, grado de profundidad y instalaciones
periodo - Establecer fecha de la reunión final e
- Establecer la frecuencia de las auditorias intermedias
en función de la naturaleza, orden de - Clarificar dudas
magnitud, complejidad, grado de
producción, importancia y urgencia de los Y el equipo auditor pasa a la fase de
problemas detectados, el historial de examen donde recoge evidencias que se
problemas, etc.) integrarán en el resultado de la
- Revisión preliminar del sistema de auditoría. Posteriormente, en una
gestión existente reunión final con el auditado se
- Preparación de la auditoría muestran los resultados, se intercambian
opiniones y comentarios y se fijan las
Si nos fijásemos en este último aspecto, próximas auditorias.
dada su relevancia, habría que
establecer un plan de preparación que Respecto al informe y documentos de la
abarcase los siguientes puntos: auditoría, éste debe ser el reflejo fiel del
• Plan de la auditoría contenido de la auditoría, debe también
- Objetivos y alcance ir fechado y firmado por el auditor jefe;
- Identificación de personas con
y por último debe contener:
responsabilidades directas (calidad,
- Objetivos y alcance
medio ambiente y seguridad)
- Pormenores del plan: fechas, etc.
- Identificación de los documentos de
referencia
- Identificación de los documentos de
- Identificación de los componentes del referencia
equipo auditor - Descripción de las no conformidades
- El idioma de la auditoría - Apreciación del equipo auditor
- Fecha y lugar de realización - Capacidad del sistema para cubrir
- Identificación de las áreas a auditar objetivos
- Calendario de reuniones - Lista de distribución del informe
- Requisitos de confidencialidad
- Lista de distribución y fecha prevista HACIA LA CALIDAD TOTAL
para la emisión del informe El mayor problema con que nos
• Distribución de tareas encontramos actualmente a la hora de
• Preparación de los documentos de montar nuestro sistema de calidad en
trabajo geotécnia es que los procesos de calidad
- Listas de verificación solo se aplican, en la mayoría de los casos,
- Formulario de resultados sobre un producto final y en obras o
- Recogida de evidencias y conclusiones estructuras de relevancia aplicadas a
ingeniería civil. Por ejemplo, la
A partir de este momento, la auditoría supervisión final de un túnel con georradar.
pasa a la fase de ejecución en donde se
tiene una reunión inicial para:
- Presentar los componentes del equipo

auditor
- Revisar objetivos y alcance
47
Aparentemente, esto ralentiza los procesos

de producción por incremento de los
tiempos muertos dedicados al protocolo de
auscultación y sostenimiento, pero los
factores que no se tienen en cuenta son de
vital importancia en la reducción de costes
en caso de colapsos:
- valoración económica de un hundimiento

(tiempo de recuperación del estado inicial,
maquinaria y personal empleado,
saneamiento y auscultación)
- valoración económica de recursos humanos
que sufren un accidente
- valoración social e imagen de empresa
Esto quiere decir, que en la minería - costes de un rescate, etc.
convencional subterránea los principios de
calidad quedan difuminados frente a las Si nos paramos a pensar, estas cifras
presiones de la producción. pueden literalmente hundir a una empresa.
Debería pues existir un protocolo y un
Cuando el mineral se encuentra en capas procedimiento de auscultación detallado y
horizontales y/o terrenos calizos o donde minucioso que me permitiera avanzar o
los huecos y coqueras proliferan; los explotar sobre una base sostenible de
anclajes con pernos no pueden detectar el producción y seguridad.
sustrato al que se sujetan. Por ejemplo en Cualquier examen básico incluiría las
capas de carbón en yacimientos siguientes preguntas:
horizontales se han producido accidentes - ¿Existe un protocolo escrito de
por la presencia de venas o intercapas reconocimiento visual de techo y hastiales?
estrechas de carbón. Los pernos de 1,5 m - ¿Existe un registro de las inspecciones
de longitud empleados habitualmente en realizadas con el objeto de detectar
capas estrechas, en realidad se puedenfijar desviaciones y mejorar nuestro sistema?
sobre estas capas de carbón cuya debilidad - ¿Aparte de la inspección visual, como
resulta notoria. sabemos el estado de la roca de nuestro
La incorporación de georradar en niveles alrededor?
de producción aliviaría sensiblemente la - ¿Se tienen registros y/o se revisan los
avidez por el conocimiento que se tiene en resultados de los registros de las maquinas
saber cómo está el techo que tenemos de perforación (velocidad de rotación,
sobre nuestras cabezas y mejoraría resistencia a la perforación, detección de
sensiblemente la seguridad. discontinuidades, etc.)?
Sin embargo la sombra y el poder de la - ¿Se consultan las decisiones previas antes
producción recae sobre los principios de ser tomadas?
básicos de calidad total. - ¿Existe un procedimiento escrito de cómo
En la figura adjunta se muestra la realizar labores de empernado?
detección de huecos y venas que podrían - ¿Los operarios tienen cursos de
representar un potencial fallo en mi capacitación para el uso de la
maquinaria?¿Donde, cuando y quien los
sistema de sujeción del techo.
impartió?
- ¿Existe un registro de incidencias
Sin embargo, en un proceso de calidad que
aparecidas durante la fase de
camina hacia la excelencia no pueden
sostenimiento?
existir lagunas ni puntos débiles.
48
- ¿Existe un análisis de consecuencias de que

sucedería si el techo se cae?
- ¿Existe una solución de rescate para un
fallo o colapso en la situación actual?
Lo que resulta evidente, es que la experiencia

nos dice que se eliminan muchos pasos de
seguridad en beneficio de la producción.
La aplicación de un sistema de calidad

total en la construcción de una presa de
residuos (relaves), nos planteará análogas
preguntas que debería plantearse sobre
multitud de puntos:
- El terreno de ubicación
- Redes de fracturación
- Cuencas hidrográficas y aportación de
agua por escorrentía
- Estudios del efecto desbordamiento
(rotura por socavamiento de la base ante
un desbordamiento)
- Análisis de consecuencias en caso de
rotura
- Planes de emergencia en caso de rotura
- Impermeabilización de presas
- Fase de abandono
- Presas sometidas a fuerzas sísmicas
- Migración de iones
- Etc.
La desbordante diferencia entre proyectos
análogos hará que cualquier sistema de
calidad total aún teniendo unos principios
rectores basados en la primera parte de este
artículo sean diferentes entre sí.
Muchas veces, los proyectos a los cuales se

puede aplicar nuestro sistema de calidad
total en geotécnia es muy variado como se
ha mencionado en el resumen.
Así por ejemplo en vertederos (rellenos

sanitarios), hoy en día hasta el tratamiento
de aguas procedente de lixiviados se trata
por ósmosis inversa para obtener una
calidad de consumo y la calidad resulta
básica para tener estabilidad estructural en
todas las fases del vertedero.
49
REFERENCIAS
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México, 1998.
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Aplicación del sistema HACCP análisis de riesgos y puntos críticos de control.
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[12]. AENOR. Consulta de normas como miembro perteneciente a los comités de

normalización
50
MINERIA DE MANGANESO EN CORDOBA

Las reglas geotécnicas de la minería intuitiva

Introducción
En el norte de la provincia de Córdoba y el sur de la de Santiago del Estero existe una zona conocida
como el distrito Manganesífero Santiagueño Cordobés.
Estos depósitos han tenido al menos dos eventos hidrotermales de media a baja temperatura que les han
dado la configuración típica así como procesos de fallas y diaclasas que son característicos del sector y
que han definido en cierta forma el modo de explotación
Existen reportes no confirmados que, en la parte sur de este distrito, en el sector de Ongamira llamado
Cerro de las Minas se inició la minería formal de Córdoba con el primer denuncio. Pese a este dato
histórico, en este punto en particular no se trabajó en ningún momento, sin embargo mas al norte, todo
este sector se activó y desactivó de manera esporádica.
Los yacimientos metros a decenas de centímetros y

La figura 1 muestra el sector donde se largos capaces de superar al kilómetro.
encuentra la mayor parte de los La mena de la zona de estudio, y en
afloramientos de minerales de general de todo este sistema, está
manganeso. compuesta por óxidos e hidróxidos de
El conjunto de yacimientos de manganeso entre los que se destacan
manganeso que forman el distrito se principalmente pirolusita (MnO2),
encuentran en el extremo nordeste de ramsdellita (MnO2), hollandita
las Sierras Pampeanas Orientales, (Ba2Mn8O16), criptomelano (K2Mn8O16)
extendiéndose desde las sierras Norte de y romanechita ((Ba,K,Mn,Co)2Mn5O10
Córdoba hasta las sierras de .xH2O) así como importantes cantidades
Ambargasta en la provincia de Santiago de hematita (Fe2O3) en algunos casos .
del Estero. Estos minerales fueron generados en
En todos los casos el basamento varios estadíos durante la evolución del
granítico oficia de roca de caja para la sistema, a excepción de la etapa final
mineralización que se halla rellenando cuando un cambio marcado en las
planos de falla de orientación condiciones del medio provoca la
meridional, acorde con el estilo precipitación de los minerales de ganga
estructural del área. Esta situación se con cantidades accesorias de manganeso
repite en más de 90 manifestaciones producto de la removilización del
distribuidas a lo largo de 70 kilómetros, mismo.
con espesores que varían de pocos La ganga del área de estudio se
51
caracteriza por la abundancia de calcita cavidades o rellenando venillas de

que en ocasiones alcanza a formar vetas pocos centímetros.
de varias decenas de centímetros de En contadas ocasiones dichas cavidades
espesor. En cantidades inferiores al 15% se hallan también rellenas por cristales
en volumen del total de la ganga, le tabulares de baritina que en el sector de
sigue en abundancia ópalo de diversas Estancia El Tío conforman un sub
tonalidades que se halla tapizando distrito con minas de esta substancia.
Fig. 1. Distrito Manganesífero Santiagueño – Cordobés
Los autores encontraron cuatro tipos Corrida visible inferior a los 10 m

básicos de yacimientos, según el siguiente Potencia promedio menor a 10 cm.
detalle: Buzamiento vertical o subvertical
Rumbo variable
Tipo 1: Manifestación: Pequeño Mineralización en grupo de venillas
afloramiento sin valor económico como el de mineral de manganeso o guías.
que se esquematiza en la figura 2 y, cuyas Laboreo en pequeñas trincheras de
principales características son: exploración
52
Profundidad máxima inferior al

metro y medio
Sin acumulación de escombreras
Fig. 3. Afloramiento tipo 2.
Tipo 3. Veta, afloramiento de mayor

envergadura que han sido muy explotados
en su momento hasta superar los 30 metros
de profundidad. Este es el caso de la mina
Fig. 2. Afloramiento tipo 1
San José - Tablada. Sus características mas
notables son:
Tipo 2: Pequeña veta- Afloramiento de
escaso valor económico que se ilustra en la
Corrida visible de 50 a 150 m
figura 2 cuyas características mas notables
Potencia de veta menor a 50 cm
son:
Buzamiento Vertical o subvertical -
Entre 80 y 90 º
Corrida visible inferior a los 20 m
Rumbo constante a lo largo de la
Potencia de veta menor a 30 cm
corrida visible
Buzamiento Vertical o subvertical
Mineralización en veta de óxidos de
Rumbo constante a lo largo de la
manganeso pero variable en mena a lo
corrida visible
largo de la corrida, formando
Mineralización en veta de óxidos de
"bolsones" mas ricos o zonas mas
manganeso
pobres
Ley mineral entre el 18 y el 35 % de
Ley mineral entre el 20 y el 45 %
manganeso metálico
de manganeso metálico
Ganga de calcita y ópalo con
ocasional calcedonia
ocasional calcedonia
Laboreo en rajo sobre la corrida
Laboreo en rajo sobre la corrida con
Profundidad de los trabajos menor a
pilares de sostenimiento dejados, en
10 m
algunos casos para asegurar la
Forma de Recuperación por circado
estabilidad de las paredes y en otros
de veta con clasificación en fondo de
para asegurar un paso entre ambos lados
labor y cancha mina y recuperación
del laboreo
cercana al 70 % del volumen de veta
extraído.
35 m
53
Forma de Recuperación por circado Mineralización en brecha de óxidos

de veta con clasificación en fondo de de manganeso en la roca ocupando
labor y cancha mina y recuperación intersticios. En el trabajo mencionado se
cercana al 70 % del volumen de veta distinguen tres tipos básicos: Tres
extraído. Lomitas, San Marcos e 9 de Julio, que
Capa freática entre 25 y 35 m no viene a cuento describir aquí
Ley mineral entre el 12 y el 25 %
de manganeso metálico
ocasional calcedonia. La ganga forma
bolsones al igual que los sectores ricos
de mineral en si.
Laboreo en rajo sobre la corrida con
pilares de sostenimiento dejados, en
algunos casos para asegurar la
estabilidad de las paredes y en otros
para asegurar un paso entre ambos lados
del laboreo
35 m . El caso de Tres Lomitas es
excepcional ya que ha llegado a los 65
m y el caso de San Marcos o 24 de
Fig. 4. Afloramiento tipo3 Setiembre también ya que su galería de
exploración ha alcanzado el nivel - 40
Tipo 4: Brecha. Se trata en general de m
los afloramientos de mejor rendimiento Forma de Recuperación extracción y
económico y el tipo de yacimiento apto clasificación en cancha mina con una
para planta. Sus características mas recuperación aproximada entre 20 y 30
importantes son: % del peso extraído para una ley
promedio entre el 18 y el 22 %.
Capa freática entre 15 y 30 m
Todo hace pensar que aquellas
manifestaciones de tipo 1 a 3 responden a
un evento metalogénico inicial que
conformó vetas de mineral con cierta
cantidad, también a veces vetiforme de
hematita, seguido de un segundo evento
hidrotermal de baja temperatura que aportó
sílice en forma de ópalo, calcita en cristales
y cierta cantidad de fluorita, sin
modificación de las condiciones
Fig. 5. Afloramiento tipo 4 geométricas y metaliferas originales.
Se puede pensar por otro lado que las
Corrida visible inferior 130 m manifestaciones de tipo 4 sufrieron un
Potencia de veta entre 2 y 12 m juego de tensiones que provocó un set de
Buzamiento Vertical o subvertical - fisuras al sesgo del rumbo original de
Entre 80 y 90 º manera que el segundo pulso metalogénico
Rumbo constante a lo largo de la de baja temperatura aportó los mismos
corrida visible minerales de ganga que en el caso anterior
pero al mismo tiempo removilizó las partes
54
de la mineralización original que quedó medida que se aleja de la salvanda no

expuesta al evento. Esto provocó el aspecto afectada.
brechiforme de mezcla de minerales de
manganeso de menor temperatura como es Explotación
el caso del wad tapizando oquedades de una
brecha silicosa. En estos casos todo parece El sistema de explotación utilizado se
indicar que una de las salvandas actuó de puede clasificar como un proceso
manera impermeable a dichos fluidos exploratorio en el que se retira todo el
mientras que la que fue afectada por las material útil sin llegar nunca a
fisuras al sesgo desapareció casi en su transformarse en una verdadera
totalidad de modo que la brecha pierde ley a explotación.
Fig. 6. A – Tipo 4. B – Tipo 3
La figura 6 A esquematiza el sistema de El material de los sectores mas ricos tiene

trabajo de la parte brechosa de un un proceso parecido solo que el material de
afloramiento tipo 4 o 3. y la figura 6. B deshecho es menor. El objetivo de sacarlo
hace lo propio con un afloramiento tipo 3. al final es disminuir la dilución.
La figura 7 es una fotografía de un En el caso B, la explotación tiene siempre
momento determinado de la explotación en un sector rico o veta que se deja
minas del grupo Hiermang. directamente para el final, es decir que se
En el primer caso el mineral está distribuido “circa”, extrayendo primero la roca de caja
de manera más o menos homogéneo sin que prácticamente no tiene nada de mineral
embargo existen zonas de mayor y luego sacando el mineral de la veta.
concentración lo que hace que el minero En uno y otro caso la mineralización se
trabaje de manera diferenciada dejando estrecha localmente lo que es aprovechado
separados los mejores sectores a la vista y por el minero para dejar fortificaciones a
diseñe sus planes de fuego para preservarlos los que llama puentes o pilares.
hasta el final. El material de los sectores Salvo casos excepcionales, estos pilares o
más pobres se deja al costado de la labor remanentes corresponden entonces a
donde se hace una clasificación manual sectores de muy poca calidad desde el
para separar la ganga que se traspalea hasta punto de vista metálico.
el borde de la escombrera y el mineral que
se transporta a playa de acopio.
55
La foto de la figura 8 muestra el avance

horizontal en galería de una explotación
llamada Blas Rosales.
En este caso se excava horizontalmente a
los fines de acceder a mejores niveles
mineralizados pero, en el caso de que el
mineral continuara siendo abundante se
extrae prácticamente todo.
En la parte de atrás de los mineros de la
foto puede verse el sentido de avance
horizontal mientras que el acceso puede
verse en la parte superior.
Fig. 7. Guinche en borde de labor.
La forma de explotación generalizada se

fijó a si misma un límite que solo en
contadas ocasiones supera los 50 m de
profundidad y trabaja como un método a
cielo abierto siendo combinado con técnicas
de minado subterráneo.
De este modo, aunque pueda parecer
increíble, el material se extraía por minería
a cielo abierto pero se trabajaba en
profundidad como si se tratara de minería
subterránea. Fig. 8. Foto histórica del avance de labores.
Esto se manifiesta en el hecho de que la
mayoría de los mas de 100 afloramientos Con el paso del tiempo el resultado muestra
del sector fue iniciada como un mero pozo un sistema combinado que en el argot de la
con extracción superior pero luego se zona se llama “rajo direccional” donde la
llevaron a cabo avances subterráneos sobre estructura mineralizada se extrae
el rumbo de la mineralización. prácticamente en su totalidad dejando
Aún en aquellos casos en los que se sabe laboreos subterráneos de paso entre un
que la operación alcanzó mas de 80 m de sector de extracción verticalizado y el
profundidad por debajo del nivel del siguiente. Este resultado puede verse en la
terreno, no se dejó de lado la extracción a lo foto de la figura 9, donde la pared de la
largo de la traza de mineral. izquierda es la salvanda de la mena buzante
La única diferencia apreciable en aquellas al este de la que se ha extraído todo el
minas que superaron los 30 m se debe a una mineral útil. Por la ventana o tunel que se
cuestión meramente geométrica en la cual ve al fondo, se accede a un sector de
el buzamiento de la mineralización obligó a extracción que corta este plano buzante y
establecer zonas verticalizadas que los permite la extracción del material por
mineros llamaron piques pero que no medio de los guinches que se esquematiza
podrían ser clasificados como tales a regla en las figura 6 y se ve en la foto histórica de
de arte. la figura 7.
56
Los pasos entre sectores se decidían por Características geotécnicas básicas

medio de reglas prácticas sin estudio de La roca de caja de prácticamente todos
ninguna clase y, aunque parezca increíble estos afloramientos es de la familia de los
no se produjeron accidentes en más de 100 granitos. Se dice así porque si bien existen
años de operación discontinua de estas estudios geológicos detallados en algunos
faenas. casos, no todas las clasificaciones
La foto de la figura 10 muestra una de las petrológicas coinciden.
excepciones en las cuales el paso de un
sector a otro se produce por medio de
laboreos que dejan sectores mineralizados
en forma de brecha. Esto probablemente
coincida con dos aspectos a mencionar en
este punto en particular como son la
existencia de sectores de mayor pureza y
más fácil explotación en la cercanía de este
punto y un cambio negativo en el mercado
para el momento en que se trabajaba en este
punto.
De este modo, en estas explotaciones de
encuentran los siguientes sectores:
Sector de minado: Sección de laboreo que Fig. 9. Resultado de los trabajos de avance
puede estar a cielo abierto pero en el que se horizontal
respetan las salvandas que actúan como
paredes de la faena y sus límites naturales.
Puede ocurrir que se dejen pilares a modo
de sostén utilizando sectores con una
imposibilidad económica de explotar. El
mineral se separa en origen por medio del
“circado” de las zonas más ricas o vetas en
el supuesto caso de que existan y se
traspalea a mano o con carretillas. Ningún
sector de minado conocido tiene más de 25
m de largo.
Sector de paso: Se denomina así a la serie

de labores de salida de un sector de minado
por donde se traspalea material (mena y
ganga) hacia el sector de carga.
Sector de carga: Coincidente en general

con una zona mas rica que las demás se
caracteriza por tener una pared verticalizada
y saneada. En caso de habérselo
considerado necesario se procedía a la
construcción de una fortificación específica Fig. 10. Paso de una zona a otra.
sobre el ángulo de buzamiento de una de las
salvandas a los efectos de montar allí el Según Miró et al, 2005 “Predominan las
guinche. rocas de naturaleza granodiorítica a
monzogranítica, acompañadas por dacitas,
57
riolitas y monzogranitos miarolíticos. La en el punto 5 de la figura 11, donde puede

asociación es atravesada por aplitas, verse el modo resaltado en el que estos
pegmatitas y pórfidos de composición muy pórfiros se ven en el paisaje de
variada” monzogranito.
Todos estos granitoides se presentan En esta misma figura puede verse la
fuertemente meteorizados tanto en tectónica regional en forma de lazos
superficie como en profundidad y la sigmoides que es característica de Sierras
estructura granuda se manifiesta Pampeanas de Córdoba y la existencia de
desagregada en general. fallas oblicuas a la línea principal que
Sin embargo, en la mayor parte de los parecen haber provocado los espacios
yacimientos, las paredes se sostienen por si suficientes para el brechamiento relleno
mismas prácticamente sin fortificación minerales accesorios y la redepositación de
alguna con algunas excepciones. minerales de manganeso originales.
Cuando la roca de caja no se corresponde Estas brechas, debido precisamente a esta
con este pórfiro granítico de grano matriz de sílice, se comportan muy
extremadamente fino sino con consistentemente y tienen alta resistencia lo
monzogranito alterado, todo el valor que hace que las faenas mineras de tipo 4
soporte de las paredes se confía a la capa previamente descriptas se puedan sostener
silicosa de las salvandas. Este aspecto hasta más de 30 m de profundidad sin
puede verse en la foto de la figura 9 aunque, fortificación alguna.
en este caso también coincida con el pórfiro
como roca de caja. Esta foto fue obtenida
Fig. 11. Aspecto general de los “rajos direccionales”
58
La figura 12 muestra un esquema de un llegar a verticalizarse en profundidad o

sector de “minado” con una pared a contra hacerse mas tendido. Por esta razón, la
talud que se respeta a rajatabla y un pilar construcción de los pilares inferiores debía
prácticamente superficial con sus tener en cuenta esta situación así como la
dimensiones Standard. cantidad de material útil a extraer. Sea cual
fuere el caso, la regla de oro ha sido no
romper la superficie de la pared en ángulo.
Algunos intentos de cambio

De los más de 70 afloramientos con cierto
grado de laboreo, tan solo dos hicieron un
intento en cierta manera infructuoso de
cambiar el modo de trabajo incluyendo un
proceso exploratorio y el propósito de
determinar la forma y dimensiones del
cuerpo.
Caso mina 24 de Setiembre: Esta es una

mina del tipo 4 según la clasificación
mencionada con una zona brechosa de mas
de 90 m. de largo y mas de 15 m. de ancho
que es prolonga al norte en dos vetas una
coincidente con la estructura original y otra,
de menor ley con la estructura de falla al
Fig. 12. Esquema de un sector de minado
sesgo por la cual luego o singenéticamente
se movilizaron los fluidos hidrotermales de
Si este fuera un sector de extracción sería baja temperatura que removilizaron los
necesario verticalizar la pared inclinada a minerales originales.
los fines de permitir el movimiento del Se llevó adelante hasta cierto punto un
balde. Esta verticalización se ha hecho proyecto de exploración con el propósito
siempre cortando esta pared en ángulo tan ulterior de establecer un sistema de
solo en el ancho mínimo y necesario para explotación subterráneo.
permitir el movimiento.
El ángulo de la pared inclinada es variable
como lo es su rumbo de modo tal que puede
59
Fig. 13. Croquis mina 24 de Septiembre
El túnel inclinado en rojo en la figura 13, Pese a que no se llevó a cabo un programa
fue construido hasta la marca A donde la de explotación subterránea, el
cantidad de agua en labor obligaron a un reconocimiento del tipo de material a esa
bombeo permanente de mas de 100.000 l/h. profundidad permitió que la compañía que
Una suspensión momentánea de los trabajos operaba la mina continuara extrayendo
llevó a la inundación de la faena que no se mineral de la brecha principal hasta
volvió a reanudar. alcanzar casi los 60 m. donde termina la
galería de exploración.
Caso mina Tres Lomitas: Este afloramiento
de mayor envergadura también responde al Las reglas de la práctica
tipo 4 y durante años fue explotada por los Como se ha aclarado no se registran
métodos ya mencionados y por su tamaño accidentes en estas minas con excepción de
se puede decir que se hacía exclusivamente un caso en el que se intentaba extraer una
a cielo abierto. Del mismo modo que la roca es lingada por medio de un guinche.
anterior se llevó adelante un proyecto de Esta roca se trabó contra las paredes de la
exploración con el propósito final de labor y el guinchero inadvertido siguió
explotar la zona de brecha de manera tirando hasta que la pluma cedió.
subterránea. Se cree que la experiencia desarrolló una
Se excavó un pique de sección cuadrada de serie de reglas prácticas a los fines de seguir
3 m. de lado hasta los 60 m. de profundidad adelante con este sistema de explotación tan
a los que se agregó una taza de 6 m. de particular:
profundidad donde se ubicaron los • Respetar la integridad de los
chupadores de dos bombas ubicadas en hastiales con abundante sílice
serie por la cual se bombeaban manteniéndolos intactos. En
aproximadamente 120.000 l/h. aquellos puntos donde estas paredes
La labor de exploración se completó por se tocaron se produjeron derrumbes.
medio de una galería en dirección a la Un caso típico son una serie de
brecha de más de 25 m. de largo pero, minas de Baritina con una génesis
nunca se desarrolló el yacimiento desde semejante que cuentan con una
abajo, cual había sido su propósito original. pared donde el espesor de la sílice
es milimétrica. En estos casos los
descuidos se multiplicaron y la
rotura de esta pared llevó
indefectiblemente a los derrumbes,
la extracción de gran cantidad de
estéril y finalmente al abandono del
sitio. La foto de la figura 15 muestra
la pared afectada y los derrumbes
consecuentes.
• Establecer zonas de extracción
limitadas por sectores con pilares
casi horizontales de dimensiones
Fig. 14. Pique Tres Lomitas
proporcionales al ancho de la labor.
La foto de la figura 14 muestra la bajada al • Mantener limpia la pared de la zona
pique de la mina Tres Lomitas. Al fondo de extracción libre de colgajos o
puede verse el guinche de extracción en la cuñas.
labor principal. • Mantener cierto espesor de brecha
en los hastiales de las zonas anchas
60
de las minas de tipo 4 de manera 100 m. de profundidad, obteniendo mineral

que la consistencia de la misma de veta de mas del 50 % de Mn Metálico.
ayude al sostenimiento de las Ninguno de los mineros que operaron estas
paredes. minas realizó observación alguna sobre la
• geomecánica del macizo pero,
intuitivamente, fueron realizando obras que
resultarían recomendables si se hubieran
hecho los estudios pertinentes.
En la actualidad, con la mayor parte de las
faenas a más de 30 m. de profundidad se
hace absolutamente recomendable un
análisis pormenorizado del macizo y un
programa de trabajo racional en el caso de
volver a poner en marcha estos
yacimientos.
La técnica que intuitivamente aplican
Fig. 15. Pared de labor con capa de material
muchos pequeños mineros en el continente
silíceo.
merecería un análisis más minucioso por
parte de los geocientístas porque
Conclusiones constituyen indicadores mucho más fáciles
y baratos de obtener que la mayor parte de
Los autores no han tenido acceso a las las variables de diseño.
labores de la mina San José que permanece
inundada hace ya muchos años sin embargo
se ha registrado que este tipo de explotación
continuó hacia abajo hasta alcanzar más de
61
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Manganeso” - Actas del Congreso Geológico Argentino - Tucumán – Octubre de 1987
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Sanchez Rial J. y Ferrerira Centeno J.P. “Estimación de reservas Mina 25 de Mayo” –

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de Córdoba. Su extensión Temporal”- INSUGEO. Serie Correlación Geológica.
Simposio Bodembender. On-line ISSN 1666 – 9479. Tucumán 2005
62
QUESTOES GEOTECNICAS NO PROJETO DE TRANSPORTE DE

MATERIAL FRAGMENTADO POR MEIO DE PASSAGENS EM MINAS
SUBTERRÂNEAS
Geotecnia en Diseño de Transporte de Material Fragmentado través de las entradas en
las minas subterráneas

E-mail: jms@demin.ufop.br
ADILSON CURI
E-mail: curi@demin.ufop.br
Escola de Minas/Universidade Federal de Ouro Preto/ Brasil.
AMILTON BERNADINO SILVA FILHO
Instituto Federal Minas Gerais/Brasil
Resumo
Este trabalho mostra parâmetros de projeto de passagens de minérios e são descritos
fenômenos de fluxo observados. Também é registrada a prática corrente nas minerações
quanto ao suporte de passagens em rocha. São descritas situações de rupturas de
escavações e de conseqüências sobre passagens de rupturas em escavações vizinhas.
São estudados sistemas de suporte e revestimento de passagens de minério para
estabelecer recomendações de projeto e produção. As conclusões revelam necessidade
de maior atenção à questão nos projetos, o potencial múltiplo de riscos, a limitação da
literatura disponível e a necessidade de continuação dos estudos nessa área.
Palavras-chave: passagem de minério, estabilidade de escavações subterrâneas,

material fragmentado, mina subterrânea, escoamento por gravidade.
Resumen
Este artículo muestra los parámetros de diseño de pasajes de mineral y se describen los
fenómenos de flujo observadas. También está registrado pratica en la minería y el apoyo de
pasajes en la roca. Las situaciones se describen las rupturas de las excavaciones y de las
consecuencias en las pasajes de las interrupciones en las excavaciones cercanas. Los sistemas de
apoyo y revestimiento se estudian para se establecer recomendaciones para el diseño y la
producción. Los hallazgos revelan la necesidad de una mayor atención a la cuestión en los
proyectos, los riesgos potenciales múltiples, la limitación de la literatura disponible y la
necesidad de más estudios en esta área.
Palabras clave: paso de mineral, la estabilidad de la excavación subterránea, material a

granel, la mina subterránea, el flujo por
gravedad.
63
1. Introdução das minas usam (ou usaram) passagens

de minério e/ou silos de estocagem.
A economia industrial mundial continua a
se expandir, a demanda por minerais A preocupação em relação ao fluxo de
continua a crescer. É importante o constante material fragmentado vem desde o início
aprimoramento da eficiência com que se do século XX, se intensificando na década
manuseiam carvão, minérios metálicos e de 60. A comparação tradicional entre
não metálicos.
sistemas de transporte é realizada entre o
As atividades de movimentação de
transporte por caminhões em rampa, o
materiais granulares estão presentes em
diversas indústrias, incluindo-se a transporte por vagões diretamente à
mineração. superfície e o transporte por passagens
Entre as formas de transporte, com combinado com esquipes (Nilsson, 2001;
armazenamento temporário de material Pfleider et al., 1968).
fragmentado, estão passagens ou chutes em
minas subterrâneas, utilizadas na maioria 3.Segurança em escavações com fluxo
das minas conhecidas, para transferência de por gravidade
materiais entre níveis de minas.
Minas subterrâneas foram abertas ou Organismos de países com tradição na
expandidas recentemente e outras serão mineração como o NIOSHI (National
abertas nos próximos anos, o que evidencia Institute for Occupational Safety and
a importância de se estudar a estabilidade Health), dos Estados Unidos (antigo
das escavações em que acontece o
Bureau of Mines), o JKRMC (Julius
escoamento de material por gravidade.
O suporte de escavações de lavra tem que Kruttschnitt Mineral Research Center),
sobreviver a grandes deformações da Universidade de Queensland,
resultantes das tensões induzidas pelo Austrália e o SIMRAC (Safety in Mines
progresso da extração em subsolo. Research Advisory Committee), da
Os fatores da ruptura estão relacionados África do Sul se dedicam a estudar
com as condições geomecânicas, com o questões de segurança no trabalho em
fluxo de material, com o treinamento e com mineração. No Brasil, o IBRAM
a geometria/localização das escavações. O (Instituto Brasileiro de Mineração)
desgaste de paredes de passagens é manteve durante os anos 80, do século
localizado e depende de propriedades XX, um grupo de trabalho de Segurança
físicas da rocha fragmentada e da
em Mineração.
resistência das paredes.
2. Sistemas de fluxo de material em Vários fatores justificam o estudo de

minas subterrâneas fluxo por gravidade de material. As
operações que envolvem o fluxo de
Conforme Silva (2005), em material fragmentado são as operações
levantamento, com informações de potencialmente mais arriscadas em
Germani (2002), De La Vergne (2000), mineração subterrânea (Beus et alii,
Pfleider et al. (1968), abrangendo 50 1997). Os colapsos em passagens
minas (33 minas estrangeiras e 17 minas reforçaram a necessidade de se melhorar
brasileiras), 6 métodos de lavra, de 8 métodos de projeto, padrões e métodos
países, com profundidades de 540 a de monitoramento e técnicas de
1.500m, compreendendo 10 tipos de prevenção e remoção de bloqueios.
minério, conclui-se que cerca de 60%
64
As estatísticas de acidentes pessoais por operacionais em chutes de passagens de

empresa existem, mas são sigilosas e minério, ao uso de ferramentas nas
dificilmente disponibilizadas. Os dados passagens de minério, com quedas de
da mineração não são facilmente rocha fragmentada e rupturas estruturais
obtidos, pois, muitas das vezes, não de chutes ou portões, com o treinamento
estão individualizados, sendo e com ruptura das paredes de passagens
abrangidos pela indústria extrativa de minério (BEUS et alii, 1997). O
como um todo. Outra característica é NIOSHI investiga riscos nas operações
que se estima que cerca de metade dos em passagens em minas de rochas
acidentes não são informados ou, resistentes e estuda critérios de projeto
quando informados, apresentam erros para passagens de minério.
no preenchimento dos dados, o que
classifica o evento em outra atividade De acordo com Stacey e Swart (1997),
econômica. entre 1988 e 1995, na África do Sul, de
651 acidentes registrados em onze
Iverson e Beus (2003) relatam pesquisa minas subterrâneas pouco profundas (de
do NIOSHI, com objetivo de reduzir a platina e cromo), relacionados com
freqüência de eventos e fatalidades operações de fluxo de minério por
relacionados com estocagem e com gravidade, 53 deles foram fatais.
transporte de material fragmentado na
mineração. Segundo os autores, em No Peru (Magalhães, 2003, dados do
estruturas semelhantes a silos, mesmo Ministério de Energia e Minas), em
para estocagem temporária, o impacto 2002, baseado em empresas com mais
da queda de partículas pode causar de 500.000 horas-homem trabalhadas
danos e ruptura em paredes e comportas (60 minas), houve uma freqüência
de descarga. A formação de arco de média de 6,3 acidentes / 106 horas-
material e as rupturas estruturais em homem trabalhadas.
silos, tremonhas e passagens causam
acidentes nas indústrias. O estabelecimento das estatísticas de
acidentes e as visitas de campo para
No transporte por gravidade de material caracterizar e quantificar os problemas
fragmentado em passagens, são muitos de projeto de passagens resultam na
os problemas de fluxo, como as causas identificação e quantificação de
apontadas para estas dificuldades e para numerosas relações de causa e efeito.
os acidentes. Os dados disponíveis Por exemplo, os bloqueios e problemas
revelam fatalidades relacionadas com o estruturais podem continuar com o
manuseio e com a estocagem em silos e avanço da lavra por causa de mudanças
tremonhas. De 1992 a 1998, os dados nas propriedades de fluxo dos materiais
do Bureau of Labor Statistics revelaram durante a vida da mina (como exemplo
229 acidentes ocupacionais fatais com mudanças na forma das passagens
relacionados com o trabalho de como resultados das tensões atuantes
estocagem de material granular nos nas paredes), de desgaste, do desmonte
EUA (Iverson e Beus, 2003). por explosivos e do fraturamento (Beus
et al., 1997). Por causa da
Estatísticas abrangendo vinte anos, do complexidade da questão, é útil
U. S. Mine Safety and Health estabelecer-se um diagrama que
Administration (MSHA), mostraram evidencia os grupos de fatores para a
que, nos EUA, 75% dos acidentes em ruptura em passagens de minério,
minas subterrâneas, entre 1975 e 1995, conforme destacado na figura 1. Entre
estavam relacionados com problemas os fatores, relacionados às condições
65
geomecânicas, ao escoamento de desempenho em passagens de minério,

material, à capacitação de pessoal e à segundo Hambley (1987):
orientação/ geometria/localização das
escavações, note-se a questão da ruptura 1- entupimentos devido a arcos
do suporte da base da escavação coesivos;
incluída. 2 - bloqueios devido a arcos mecânicos
(de intertravamento);
Para Stacey e Swart (1997), os 3 - suspensão de fluxo, quando o
principais tipos de acidentes associados material forma um canal de fluxo
com sistemas de manuseio de rocha são vertical estável no interior da passagem;
queda, rolamento e deslizamento de 4 - desgaste do revestimento e/ou
material. As maiores causas de desplacamento das paredes da
acidentes são as rupturas associadas aos passagem.
padrões de trabalho e à ausência de
prevenção. As questões principais que Os problemas comuns encontrados em
levam aos acidentes na região de pontos instalações onde ocorre o fluxo por
de carregamento, gavetas, passagens e gravidade de material grosseiro, como
chutes são de projeto, procedimento, passagens, são a formação de arcos e o
treinamento e gestão de manuseio. desplacamento (ou desgaste) das
Acredita-se que a área mais crítica para paredes das passagens de minério.
mudança seja o desenvolvimento de
treinamento para os trabalhadores das O desgaste de paredes de passagens é
minas. altamente localizado e dependerá das
propriedades físicas da rocha
Outra questão está relacionada com a fragmentada, especialmente da
formação diversificada dos profissionais abrasividade, e da resistência das
que cuidam do manuseio de materiais. paredes. Conforme Hambley (1987),
O sucesso do projeto e da operação de onde os entupimentos têm sido um
passagens de minério e de silos depende problema, seja por arcos coesivos ou de
de duas ciências diferentes. A intertravamento, as passagens são
integridade das paredes e pilares de operadas tão próximos do vazio quanto
proteção é uma função da engenharia de o possível.
rochas, enquanto especialistas em
manuseio de materiais são treinados
para lidar com as características de 5. Projeto de passagens
fluxo da rocha fragmentada. A maioria
das minas não tem técnicos em Conforme Silva Junior (2009),
manuseio em seus quadros; portanto, as cronologicamente, a passagem de
responsabilidades ficam para o setor de minério é a última parte no projeto de
engenharia de rochas. desenvolvimento, sendo construída um
pouco antes da produção do minério.
4. Problemas de fluxo por gravidade Essa característica geralmente imposta,
em passagens de minério devido a restrições de tempo e à pressão
para o início da produção, pode
Para se movimentar todo o material na conduzir a erros de localização e de
passagem, ele deve ser retirado por toda projeto da passagem.
a área da seção transversal da mesma, O projeto de passagens de minério tem
para se evitar os problemas de fluxo. Os componentes estruturais e operacionais
seguintes problemas podem afetar o interdependentes. Os componentes
estruturais estão associados
66
principalmente à estabilidade das revestimentos com concreto projetado

paredes das escavações, ao revestimento (shotcrete) ou com chapas de aço.
e aos chutes ou portões de controle.
A questão de segurança quanto ao Para Pfleider et al (1968), existe
suporte da base e da parede é essencial. ocasionalmente uma razão para se ter a
direção da passagem próxima à normal
Rupprecht (2001) estudou a quantidade, ao mergulho das camadas de forma a
o comprimento e o posicionamento das diminuir o desgaste e o desplacamento
passagens de minério. Segundo o autor, das paredes.
as razões para esse estudo são a
probabilidade de que essas escavações O projeto do chute envolve
venham a se romper em profundidade, o considerações geométricas para
custo e o tempo de abertura envolvidos, acomodar mudanças de forma e de
entre outros fatores. direção, prevenção de bloqueios e danos
a elementos estruturais.
A estabilidade das passagens de minério
geralmente é fortemente influenciada O controle de fluxo é fator importante,
pelo estado do maciço rochoso, com a tratado por Hartman (1987). O controle
condição estrutural do maciço sendo o de fluxo com chutes evita o transbordo
fator preponderante. O segundo fator dos pontos de extração com minério
mais importante são as tensões. Para fragmentado, mas o alto custo de sua
uma estabilidade mais adequada, as construção é uma desvantagem. O
passagens deveriam estar sujeitas a controle no ponto de carregamento
menor magnitude de tensões possíveis custa menos, mas requer o uso de
(vide figura 2). Entretanto, escavações equipamentos de carregamento. O
em ambientes profundos (acima de aumento da abertura do chute implica a
800m) estão inerentemente sujeitas as redução da freqüência de entupimentos,
tensões altas. mas também pode induzir a redução da
estabilidade do maciço rochoso e a
A estabilidade mais interessante das necessidade de instalação de sistemas
passagens de minério, assim como de de suporte mais caros (Just, 1980).
escavações sub-horizontais, é obtida Na mineração subterrânea, no que diz
quando o eixo das passagens é orientado respeito ao fluxo de material
paralelo à direção da tensão principal fragmentado, a literatura disponível é
máxima (Jung et alii, 2002). muito diversificada, não existe uma
linguagem uniformizada, de aceitação
Propositalmente, as passagens deveriam geral, nem padronização de parâmetros
também ser desenvolvidas tendo a e conseqüentemente não há estatísticas
orientação de seu eixo perpendicular ou disponíveis, nem sistematização dos
aproximadamente perpendicular às trabalhos já realizados. Nas minas
camadas de modo que a tendência de brasileiras, a preocupação em registrar
ruptura ao longo dos planos de eventos (problemas de fluxo e
acamamento seja minimizada. acidentes) relacionados à operação de
passagens de minério inexiste.
A forma da passagem governa a
concentração de tensões (Jung et alii, A prática corrente mostra algumas
2002). Em regiões de altas tensões, as ações preventivas. É comum a limitação
passagens podem ficar sujeitas a na faixa granulométrica admissível no
desplacamentos, rupturas e desgaste desmonte por explosivos, relativamente
excessivo das paredes. São necessários à quantidade de finos produzida.
67
Também é comum o uso de

rompedores, pneumáticos ou
hidráulicos, instalados em alguns
pontos, antes das passagens, para
reduzir o tamanho de fragmentos de 1. Ruptura em passagens
minério que sejam muito grandes para
passar através de grelhas para os pontos A configuração do ponto de descarga
de carregamento e/ou de britadores. (figura 3) é fundamental para a
Para minimizar os finos, antes que integridade estrutural das paredes das
sejam descarregados na passagem, passagens.
podem ser usados equipamentos de
graduação, mas introduz-se o custo
adicional do manuseio em separado de
finos (Jung et alii, 2002). Podem ser
usadas peneiras inclinadas, mas o mais
comum é uma grelha.
Conforme De La Vergne (2000), em Figura 3 – Configuração do ponto de

minas de rocha mais resistente, os descarga: a) contato direto do minério
rompedores mecânicos são usados para sobre a passagem, b) minério arremessado
classificar os blocos (lumps) em sobre a parede da passagem
substituição ao desmonte secundário. O (Hadjigeorgiou e Lessard, 2004).
tamanho padrão de grelha de 16” x 18”
é normalmente empregado para O ponto de descarga deve, se possível,
classificar minério para o içamento e às ser projetado de modo que o minério
vezes estéril a ser carregado em correia, seja colocado em contato direto sobre a
vindo de uma estação de poço. Uma parede da passagem. Isso faz com que
abertura maior é empregada na os danos relativos ao impacto do
alimentação de britador (a dimensão minério sobre a parede da passagem
típica da grelha é 80% da abertura do sejam minimizados, como mostra a
britador). Os rompedores hidráulicos figura 3.a.
são invariavelmente selecionados para
novas instalações. Embora representem Passagens de grandes dimensões são
maior custo de capital, têm maior mais adequadas do ponto de vista
capacidade e custo operacional logístico e de produtividade. Entretanto,
significativamente menor. quanto maior a dimensão da escavação,
maior será a tendência de instabilidade
nas paredes laterais. Campos de tensões
altos contribuem para rupturas ao longo
da extensão das passagens.
A forma de uma passagem governa a

concentração de tensões e a tendência
de fraturamento em seu entorno, ou
seja, a forma de uma passagem
contribui para a sua própria
estabilidade. Sob condições de tensões
altas, formas elípticas são mais estáveis,
Figura 2 – Orientação da passagem em com a direção do menor eixo da elipse
relação à estratificação: a) configuração
desfavorável, b) configuração favorável
(Hadjigeorgiou e Lessard, 2004).
68
paralelo à direção da tensão principal escavações em geral. Essas técnicas são

maior. citadas a seguir.
• Reforço com cabos de aço;
Abordagens, como ábaco apresentado • Reforço com estruturas
por Hoek & Brown (1984, referenciado entrelaçadas ou revestimentos;
por Silva Filho, 2009), a respeito da • Utilização de cavilhas rígidas;
influência da forma das escavações • Revestimento com concreto
sobre as tensões induzidas no maciço simples e concreto projetado;
rochoso, podem também ser estendidas • Revestimento com chapas de aço.
para as passagens de minério.
Na Mina de Cuiabá (ouro), situada em
Conforme Silva Filho (2009), Sabará (MG), pertencente à AngloGold,
seqüências de extração, em de acordo com Ferreira e Ferreira
determinados alargamentos, têm um (2002), ocorreu problema de
impacto mais negativo do que em desplacamento nas paredes do sistema
outros, com relação à estabilidade das de transferência de minério com início
passagens. Em geral, seqüência de nos anos 90 do século XX, quando foi
extração em uma única direção no constatada a interligação da passagem
alargamento cria condições para uma de minério com a passagem de estéril.
intensificação de determinadas cargas A partir do evento, a cavidade passou a
ao longo das ramificações (fingers) das ser usada somente como passagem de
passagens. O aumento da intensidade minério, para evitar a diluição. Os
das cargas no entorno das ramificações freqüentes desplacamentos de rocha,
acaba reduzindo a vida das passagens levando à obstrução dos chutes na
por afetar a integridade das paredes estação de carregamento, conduziram ao
laterais. estudo de alternativas para novo sistema
de transferência de minério, tendo em
A maior parte das passagens não vista a possibilidade de se ter que
apresenta qualquer tipo de suporte ou abandonar os sistemas então em uso.
revestimento, devido principalmente ao Os autores relatam as etapas e tentativas
aumento de custos. O desgaste abrasivo de solução do problema, como a
das passagens pode ser causado pelo implantação de estruturas de concreto
impacto direto do fluxo ou pelo atrito armado fechando o ponto de varação,
referente ao escoamento do minério. que tiveram resultado apenas
Vale ainda lembrar que os impactos do momentâneo. Outra etapa foi o
fluxo nas paredes das passagens podem levantamento topográfico na região da
também intensificar o grau de passagem de minério, que apontou uma
rugosidade e originar desplacamentos. cavidade com dimensão máxima de
Isso pode levar à necessidade da cerca de 15m (longitudinal) x 7m
utilização, sempre que possível, de (transversal) e uma distância de 30m do
suportes e revestimentos. poço de acesso principal à mina.
Algumas técnicas atualmente utilizadas Após estudos das alternativas para o

para suporte e reforço das paredes das levantamento, optou-se em função do
passagens extraídas de trabalhos de menor custo, da garantia de obtenção de
Hagan & Acheampong (1999) são resultados e da menor demanda de
citadas em Rupprecht (2001). Os meios tempo para sua execução, pelo
de suporte e reforço seguem o mesmo levantamento com o sistema CMS -
princípio das técnicas utilizadas para a Cavity Monitoring System, utilizado
estabilidade e sustentação do teto das anteriormente pela Mineração Caraíba.
69
O sistema CMS consiste de uma imediato na região do poço e da estação

varredura com feixe laser que permite, de carregamento. O estudo recomendou,
a uma distância de até 300m, coletar ainda assim, a instalação de seções de
vários pontos da seção da escavação e convergência no nível 11 de lavra, na
redesenhá-la em 3D, comparando-se região próxima ao sistema de
assim a situação real com o projeto transferência e a execução de
original. modelagem matemática para simulação
do comportamento do maciço e das
Durante o levantamento, a passagem aberturas.
não foi completamente esvaziada, O estudo recomendou o abandono do
ficando cerca de 500 t de minério primeiro sistema (originalmente
desmontado em seu interior. Foram passagem de minério), com maior
definidos três pontos de instalação de desplacamento relativo, mas alertando
equipamentos e varredura com feixe que o desgaste das paredes também
laser: na intersecção de uma galeria poderia vir a agravar as condições no
com a passagem e nas intersecções das segundo sistema (originalmente
ramificações (fingers) com a passagem passagem de estéril).
de minério e de estéril.
7. Conclusões
Os dados coletados foram adicionados
ao modelo original das galerias e A extração de minério a grandes
subidas, sendo construídas intersecções profundidades (acima de 800m) tende a
horizontais com espaçamentos variando se intensificar cada vez mais, devido
de 1 a 4m, dependendo do estado do primeiramente aos poucos recursos
maciço na região. A partir daí foram minerais situados próximos a superfície
feitas interpretações para se chegar ao e também as maiores restrições
formato mais provável da cavidade. A ambientais impostas à lavra a céu
cavidade modelada apresentou volume aberto. Por outro lado, a crescente
de cerca de 18.400m3, com capacidade mecanização e automação tendem a
para cerca de 30.000t de minério reduzir os custos inerentes à lavra em
desmontado. subsolo.
O trecho de maior desplacamento foi São gastos na mineração alguns US$

detectado a 12m do teto da galeria bilhões/ano com acidentes de trabalho
inferior à passagem. O pilar resultante nas diversas atividades. É necessário
de 30m, definido entre a abertura reverter o quadro por meio de maior
resultante da interligação e o poço de atenção dos profissionais, especialmente
acesso, se reduziu a 26m, mas, segundo analisando as situações de maior risco
os mesmos autores, à medida que o potencial. De modo geral, no Brasil, são
desplacamento progredia, havia uma poucas operações mecanizadas; em
perda de energia no desgaste do pilar algumas minas co-existe certa produção
em direção ao poço. semimecanizada e o padrão tecnológico
operacional apresenta alguma
A empresa realizou a caracterização homogeneidade, havendo maior
geomecânica do maciço na região do desenvolvimento em uma ou outra área
poço e avaliou as condições de em determinada empresa ou mina,
estabilidade, em função da sobre- conforme as dificuldades locais
escavação nos sistemas de transferência. (Germani, 2002).
O monitoramento de movimentações no
local confirmou a inexistência de risco
70
A mineração está entre as atividades ocorrências, o que pode conduzir a

que lideram os índices de acidentes de melhorias. As técnicas existem, mas
trabalho, quando comparado com outras muitas vezes ocorre o abandono da
atividades econômicas, com a maioria escavação ou alteração do sistema de
deles ligados à mineração subterrânea. transporte de minério.
No caso específico do escoamento d

material fragmentado, paradas, perdas,
retrabalho afetam, além da segurança, a
economicidade das operações e há
necessidade de melhor registro de
Probabilidades de Ruptura de Passagem de Minério
Ruptura de Passagem de Minério
Falta de controle Ruptura Bloqueio Inundação Ruptura

de finos do suporte da passagem (água ou lama) da parede
Bloqueio Razão tamanho inclinação pequena vazão muito

na descarga locação ruim minério/abertura em relação a grande (minério) *
inadequada tamanho/forma
material
bloqueio bloqueio grelha abertura excesso de seção modelo erro projeto inadequado
"na "gaveta" na porta removida da grelha umidade tranversal produção operação da grelha
muito grande inadequado
material aderido pressão na desobediência falta de informação

à parede parede provoca treinamento informação ruim
deslocamento
Figura 1 – Diagrama parcial de fatores para a ruptura em passagens de minério

(traduzido de Beus et alii, 1997 por Silva, 2005).
71
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in mines research advisory committee, v. 1, 105 pp. 1997.
72
DISEÑO GEOTÉCNICO DE UNA PRESA DE JALES CON EL MÉTODO DE

AGUAS ABAJO
JOSÉ VIOEL ESPINO-RUÍZ1, GUILLERMO FLORENZANI-VALDERRAMA1, WALTER

RAMÍREZ-MEDA2, JOSÉ DE JESÚS BERNAL-CASILLAS2, JUAN VILLALVAZO-
NARANJO2
1
Asociación de Ingenieros de Minas, Metalurgistas y Geólogos de México, A.C.; 2Departamento de Ingeniería de Proyectos,
Universidad de Guadalajara, profesores-investigadores
RESUMEN: La Compañía Carrizal Mining S. A. de C. V., tiene su base de operaciones en el distrito minero de
Zimapán, Hidalgo, México; donde se explotan las minas Carrizal y Monte, cuyo mineral es procesado en la
planta de beneficio de San Francisco obteniéndose los principales productos concentrados de plomo, zinc y
cobre. En el año del 2006 la compañía decide incrementar la producción de 45 000 a 75 000 t, debido a esta
situación disminuye el tiempo de vida de la Presa de jales No. 7 actual y en operación, lo que hace necesario la
construcción de una nueva presa de jales, Presa No. 9, llamada así, debido al número de presas construidas en las
instalaciones de la compañía. A la par se da inicio al estudio geotécnico para la construcción de la Presa No.9,
con la prioridad de que el proceso constructivo fuera de una cortina de jal grueso cicloneado y con el método de
aguas abajo. En el presente trabajo se describen los trabajos geotécnicos, constructivos y de comportamiento
realizados para la presa de jales con el método de construcción aguas abajo.
PALABRAS CLAVE: jales, aguas abajo, presa.
73
La zona donde se desarrolla el proyecto

1. INTRODUCCIÓN
está localizada en el conjunto de sierras
En este documento se describen los altas pertenecientes a la Provincia Sierra
trabajos geotécnicos, constructivos y de Madre Oriental (cinturón de pliegues y
comportamiento, realizados para una presa fallas). Los rasgos geomorfológicos son
de Jales con el método de construcción sierras altas y valles alargados con
aguas abajo. El proyecto está a cargo de orientación NW-SE. Las sierras son
La Compañía Carrizal Mining S. A. de C. estructuras tipo sinclinal y corresponden a
V., cuyas oficinas de operaciones se las rocas carbonatadas de las formaciones:
localizan en el distrito minero de Zimapán, el Doctor, Tamaulipas y Trancas. En la
Hidalgo, México; donde se explotan las parte baja, hay estructuras del tipo sinclinal
minas Carrizal y Monte, cuyo mineral es de la formación Soyatal [1]. En la Figura
procesado en la Planta de beneficio de San No. 2 se presenta la geología regional de
Francisco y cuyos productos principales sitio.
son los concentrados de plomo, zinc y
cobre.
En el año 2006 la compañía decide 2.2.2. Geología local
aumentar la producción de 45 000 a 75 000 En el área en cuestión aflora una unidad
t, como consecuencia la vida media de la sedimentaria, compuesta por calizas
Presa de jales No. 7 disminuye y es interestratificadas, de color gris obscuro a
necesario construir una nueva presa de negro, con espesor de los estratos que
jales, a la cual se le denomina Presa No. 9 varían de 0.10 a 0.30 m y algunos bancos
de acuerdo a la secuencia de preseas masivos. Las calizas se alternan con
construidas dentro de la mina. algunos estratos delgados de lutita. La
textura de la caliza es fina del tipo
2. TRABAJOS micrítica, en ocasiones silificada y
DESARROLLADOS recristalizada, presenta nódulos y lentes de
pedernal color negro [1].
2.1. Sitio del proyecto

2.3. Trabajos de campo
El sitio del proyecto se localiza en la
Con el objeto de ampliar la información
comunidad de San Francisco, Zimapán,
litológica y determinar la calidad de la roca
Hidalgo, México. Las coordenadas
a profundidad en la zona de la boquilla y
geográficas son 20° 47´ 16´´ Latitud Norte,
parte del vaso, se realizan trabajos de
99° 23´ 70´´ Longitud Oeste. La presa No.
exploración directa con sondeos y
9 es parte de un conjunto de presas de jales
recuperación de núcleos, e indirecta con
(de la 1 a la 8) construidas
métodos geofísicos de refracción sísmica y
progresivamente aguas abajo en el Arroyo
dipolo- dipolo.
San Miguel de la misma comunidad de San
Se perforaron tres barrenos de diámetro
Francisco. En la Figura 1 se presenta la
NQ, uno en cada margen y en el cauce. A
localización del sitio donde se desarrolla el
una profundidad de 30.0 m, la inclinación
proyecto.
de los primeros fue de 60° y el tercero
vertical, en cada barreo se realizaron
2.2. Estudios geológicos pruebas de permeabilidad Lugeon. Los
tendidos de refracción sísmica se
2.2.1. Geología y geomorfología del realizaron en la zona de la boquilla, dos en
proyecto forma transversal y cuatro paralelos al
74
sentido de flujo. Los primeros tuvieron una A las muestras obtenidas en los bancos de
profundidad de 30.0 m y una longitud de material y rezaga se les efectuaron las
100.0, los restantes 30.0 m de profundidad siguientes pruebas: clasificación y
y 50.0 m de longitud [2]. contenido de agua, granulometría, límites
de consistencia, compactación Porter y
permeabilidad con carga variable. A las
2.4. Pruebas de permeabilidad
muestras de la Presa 7 se les realizaron:
En la zona del embalse se realizaron Análisis granulométrico por mallas,
pruebas de permeabilidad tipo Matsu-Akai Análisis granulométrico con hidrómetro,
en donde afloran terrazas aluviales. Los densidad de sólidos, prueba Porter,
ensayos tienen el objetivo de determinar la permeabilidad con carga variable, prueba
permeabilidad in-situ de estos materiales. triaxial no consolidada y no drenada (UU).
Una tercera muestra, mezcla de jal al 50%
para obtener las propiedades mecánicas.
2.5. Muestreo En la Tabla 2 se presentan los resultados
de las pruebas realizadas [3].
Para seleccionar los materiales a emplear
en la construcción del bordo iniciador y
material impermeables se tomaron 2.7. Interpretación de los
muestras representativas en dos bancos: resultados de campo y laboratorio
banco Piletas y banco Boquilla. Ambos
bancos ubicados en la zona del embalse. De acuerdo con los resultados de campo y
Además se tomó una muestra de rezaga de laboratorio se observa lo siguiente:
mina. Las dos primeras muestras se Trabajos de campo
tomaron de pozos a cielo abierto y la En la zona del cauce superficial y
segunda muestra de banco tepetatera. hasta una profundidad de 14.0 m se
En la Presa No. 7, que se encontraba en encontraron boleos con tamaños que varían
operación, se tomaron muestras en el vaso de 15 a 50 cm de diámetro, gravas con
y bordo contenedor de la presa. Una arena arcillosa café, con una compacidad
muestra tomada en la descarga directa del en general de media a semicompacta, cuya
ciclón y otra tomada de forma superficial velocidad de onda compresional es de
de la depositada en la playa del vaso. 1100 m/s y presenta una permeabilidad de
2.25x10-4 y 6.92x10-5 cm/s. En las partes
altas de la boquilla, en ambas márgenes,
2.6. Trabajos de laboratorio existen calizas fracturadas y alteradas
2.6.1. Mecánica de rocas arcillosas color café, el espesor es de 2 a
11 m, presenta una velocidad de onda
Se tomaron muestras representativas de las compresional de 950 a 2000 m/s.
formaciones litológicas obtenidas de los Subyaciendo al estrato anterior y
sondeos y se realizaron las siguientes hasta 30.0 m de profundidad se
pruebas índice y mecánicas: contenido de encontraron calizas fracturadas y en
agua, peso volumétrico y compresión ocasiones rellenas de arcilla. Presentan
simple, con y sin determinación del una velocidad de onda compresional de
módulo de deformabilidad (Et50). En la 2500 a 3600 m/s, con índices de calidad
Tabla 1 se presentan las propiedades de las de roca (RQD) que varían entre 5 y 60% en
muestras de roca ensayadas [3]. promedio. La permeabilidad varía entre 2 y
10 unidades Lugeon. De acuerdo con los
tendidos geoeléctricos en las zonas altas de
2.6.2. Mecánica de suelos
la margen derecha se estima la mayor
permeabilidad.
Trabajos de laboratorio
75
Las rocas calizas, con base en su En el modelo estratigráfico, se observa

resistencia y módulo de deformabilidad, se la posición y elevación del nivel de agua
clasifican de acuerdo a Deer y Miller como dentro del vaso, producto de
de resistencia media y módulo relativo alto escurrimientos, precipitación pluvial y
(Et50). operación de la presa. Para este caso
Tanto las muestras de los bancos (cortina de jal grueso cicloneado) se
como las del cauce se clasifican como considera que el agua se almacenará en el
gravas poco arenosas con contenidos de fondo del vaso con una terraza o playa
finos arcillosos de baja plasticidad. Las entre el agua depositada y el talud de aguas
muestras de rezaga se clasifican como arriba de la cortina. Asimismo, se observan
gravas poco arenosas con pocos finos. los parámetros de diseño que se emplean
Los resultados de las pruebas en los análisis de estabilidad cohesión (C)
Matsuo-Akai realizadas en el cauce y en y ángulo de fricción interna (Ф).
los bancos, presentaron resultados de
permeabilidad similares. Estos mismos 3.2. Análisis de estabilidad
materiales en pruebas de compactación
(prueba Porter) disminuyen su En los análisis se utilizaron los siguientes
permeabilidad considerablemente, aun métodos de cálculo para la estabilidad de
cuando fueron compactados únicamente al taludes: Fellenius, Bishop, Jambu y
90% de su peso volumétrico seco máximo. Morgenstern-Pracie con el programa de
Los valores del coeficiente de cómputo Slope/W [4]; para el flujo de agua
permeabilidad (K) variaron entre 1x10-6 y con el programa Seep/W [5] y para los
3x10-7 cm/s, considerando a estos análisis de esfuerzo deformación del
materiales como muy poco permeables e proceso constructivo el programa Plaxis
impermeables. El peso volumétrico V8 [6]. Para elaborar los análisis se
promedio fue de 19.4 kN/m3 y un consideraron seis etapas de crecimiento de
contenido de agua óptimo del orden de 13 la cortina y el vaso; además, en
%. De la prueba triaxial (UU) se obtuvo condiciones estáticas y con sismo con las
una cohesión de 22 kPa y ángulo de siguientes consideraciones: longitud de
fricción interna de 29°. Con base en los playa de 60.0, 30.0 y 0.0 m entre el bordo
resultados de campo y laboratorio se contendor y el agua dentro del vaso.
obtiene el modelo geotécnico de la El coeficiente sísmico utilizado en
boquilla, como se observa en la Figura 3. los análisis fue de 0.17 g obtenido de un
amplio estudio de riesgo sísmico para la
3. DISEÑO DE BORDO construcción de la Central Hidroeléctrica
de Zimapán, Hidalgo de la Comisión
Una vez discretizada la zona de embalse y Federal de Electricidad.
determinada la boquilla se procedió al En la Figura 5 se muestran los
análisis geotécnico del bordo (cortina de resultados de los análisis de estabilidad
jal grueso cicloneado) con el método de para el caso estático y con sismo en las
aguas abajo. condiciones ya descritas. Además, se
presenta la superficie de falla potencial de
3.1. Modelo estratigráfico deslizamiento asociada al factor de
seguridad mínimo obtenido para cada
Con base en los resultados de laboratorio condición de análisis. Para todas las etapas
se desarrolla el modelo estratigráfico para de crecimiento con una longitud de playa
realizar los análisis de estabilidad de la mayor a los 60.0 m, los factores de
cortina como se muestra en la Figura 4. seguridad son superiores a los mínimos
recomendados, por Wilson y Marsal [7].
Cuando se reduce la longitud de playa a
76
30.0 m los factores de seguridad reducen a

los mínimos recomendados 1.4 estático 1.0
con sismo [7].
En la Tabla 3 se muestran los

resultados de los análisis efectuados en
cada etapa. Asimismo, se realizó un
análisis de esfuerzo-deformación para cada
etapa con el fin de estimar las posibles
deformaciones asociadas a la construcción
de la cortina. Los contornos de los
desplazamientos verticales fueron del orden
de 0.52 m como se observa en la Figura 6.
4. CONCLUSIONES
a) Los parámetros geotécnicos para el

diseño del bordo se obtuvieron de
muestras reproducidas de jal grueso
cicloneado y de la playa de la Presa
No. 7, en operación.
b) El método de construcción aguas
abajo nos permite tener una cortina
con un material más homogéneo y
con menor contenido de agua lo
que garantiza mayor estabilidad.
c) Con base en los análisis de
estabilidad del bordo, la longitud de
playa mínima de operación debe ser
30.0 m ya que a menor longitud y a
vaso lleno los factores de seguridad
decrecen a los mínimos permitidos.
Para garantizar el desalojo constante de

agua en operación y en alguna
eventualidad se consideraron obra
hidráulica que garanticen el desalojo
gradual y rápido según sea el caso.
En el proyecto se determinó la
instalación de cuatro piezómetros en todo
el desarrollo de la presa y en diferentes
etapas, con el objeto de monitorear el nivel
de agua y la presión hidrostática.
77
Tabla 1. Propiedades índice y mecánica de las rocas.

Ubicación de Tipo de roca Ángulo de Rc Et50% W Peso volumétrico
barreno ruptura (MPa) (MPa) (%) (kN/m3)
Ambiente Saturado
MI Caliza alterada 83° 53.59 70 683 0.64 26.02 26.17
Cauce Caliza lutítica 90° 63.26 34 383 1.66 25.50 25.78
MD Caliza 90° 98.85 79 080 0.38 26.51 26.56
estratificada
Rc: relación de compresión. Et 50%: módulo de deformación o módulo de Young. W: contenido de humedad.
Tabla 2. Propiedades índices y mecánicas de muestras de jal.

Muestra No. SUCS Ss Arena Limo Arcilla Compactación PORTER K
(%) (%) (%) PVSM Wopt. (cm/s)
(kN/m3) (%)
Jal grueso (cicloneado) SM 3.09 72 27 1 19.50 8.4 4.9x10-4
Jal de playa ML 3.26 16 76 8 19.97 11.9 4.9x10-6
Mezcla al 50% M1y M2 ML 3.18 49 46 5 19.26 10.7 7.1x10-5
SUCS: Sistema Unificado de Clasificación de Suelos. Ss: tensión superficial. K: coeficiente de
permeabilidad. PVSM: Peso volumétrico seco máximo.
Tabla 3. Resultados de Factores de seguridad y desplazamientos.
Figura 1. Localización del proyecto.
78
Figura 2. Geología regional del sitio.
Figura 3. Modelo geotécnico de la boquilla.
Figura 4. Modelo estratigráfico.
79
Figura 5. Análisis de estabilidad para una altura de 60.0 m etapa 6.
Figura 6. Desplazamientos verticales totales.
80
REFERENCIAS
[1] GARCÍA, F. y GARRIDO, L. Informe Geológico de la Presa de Jales No. 9

Zimapán, Hidalgo. Gerencia de Estudios de Ingeniería Civil. CFE. México. 1999. p
5-15.
[2] Briones, J. Estudio sísmico y geoeléctrico en el sitio de la Presa de Jales No. 9

Zimapán Hidalgo. Gerencia de Estudios de Ingeniería Civil. CFE. México. 1999. p
10-25.
[3] PLAXIS BV. PLAXIS V8. Programa de elemento finito bidimensional para el
análisis de esfuerzo deformación y estabilidad. Versión 8.2. Delft. Netherlands.
2005.
[4] GEO-SLOPE INTERNATIONA LTD. Slope/W. Programa de elemento finito

bidimensional para el análisis de flujo de agua en suelos versión 6.17. Calgary.
Alerta Canadá. 2005.
[5] GEO-SLOPE INTERNATIONA LTD. Seep/W. Programa para el análisis de

estabilidad de taludes. Versión 6.17. Calgary. Alberta, Canadá. 2005.
[6] C., IVÁN. Revisión geotécnica del diseño de la Presa de Jales No. 9 Zimapán,
Hidalgo. Subgerencia de Geotecnia y Materiales Gerencia de Estudios de Ingeniería
Civil. CFE. México. 2006. p 33, 29.
[7] STANLEY D., WILSON Y RAÚL J., MARSAL. Current trends in design and
construction of embankment dams. 1976. p 23.
81
Aspectos geomecânicos da caracterização ao monitoramento do comportamento de

suporte de escavações de lavra subterrânea
José Margarida da Silva

Escola de Minas, UFOP/Brasil
Resumo
O trabalho enfatiza importância das investigações geotécnicas iniciais, da determinação dos parâmetros
geotécnicos para definição da sustentação de escavações subterrâneas, mostra situações reais, compara
contribuições de enchimento e de ancoragens à resistência de pilares e cita resultados de instrumentação
do suporte de minas subterrâneas já existentes e no projeto de novas minas, envolvendo parâmetros
geomecânicos.
Palavras-chave: comportamento de maciço, instrumentação geomecânica, sustentação de escavação, tipo

de suporte, enchimento.
Resumen
El estudio hace hincapié en la importancia de las primeras investigaciones geotécnicas, la determinación
de los parámetros geotécnicos para definir el apoyo de excavaciones subterráneas, muestra situaciones
reales, se comparan las contribuciones de llenado y el anclaje de la resistencia de los pilares, y cita los
resultados de la instrumentación de apoyo existentes y de las minas subterráneas el diseño de nuevas
minas, con la participación parámetros geomecánicos.
Palabras clave: comportamiento de la instrumentación masiva, geomecánica, apoyo de la excavación,

tipo de apoyo, relleno.
82
1. Introdução
Existe uma diversidade de contribuições da que variam com o tempo, consequências da

geotecnia para a engenharia de obras exposição das rochas às condições ambientais
subterrâneas, com especial destaque para a da mina e sequência de extração mais adequada,
sua concepção, projeto e execução. só estarão disponíveis durante a fase de lavra.
No desenvolvimento de um projeto de
mineração, em estudos de pré-viabilidade e/ou
Para a elaboração de um projeto de
viabilidade, as características do maciço
mineração é necessário o conhecimento de rochoso relacionadas com as propriedades
certos parâmetros que reflitam o permeabilidade, deformabilidade, resistência,
comportamento da massa a ser lavrada entre outras constituem a base geotécnica para a
quando são alteradas as condições de seleção do método de lavra e de suporte,
equilíbrio em que a mesma se encontra. devendo ser consideradas no estágio preliminar
do projeto.
Questões geotécnicas, especialmente o tipo
de suporte e a determinação do vão estável 2. Parâmetros geomecânicos
na lavra, têm um impacto significativo na
seleção do método de lavra e também no Alguns dados geotécnicos devem ser obtidos e
os principais efeitos das características do
projeto do realce uma vez que o método de
maciço precisam ser observados no projeto da
lavra tenha sido definido. Questões como, mina. O objetivo da avaliação geotécnica é
por exemplo, razões de estabilidade da capa prever o comportamento do maciço quando as
durante a lavra. escavações são executadas e como elas afetarão
a segurança e economicidade do projeto. Ela
A abertura de uma mina implica, pode iniciar-se com a aplicação de métodos
necessariamente, a execução de escavações, geofísicos e mapeamento regional para analisar
às vezes de grande porte, na remoção e a geologia estrutural, procurando determinar
deposição do material escavado, podendo feições estruturais (falhas, dobras, diques e
criar condições de instabilidade, se estes outras) que tenham dimensões próximas às do
trabalhos não forem realizados segundo depósito.
uma técnica específica. Uma característica importante do maciço
rochoso é seu estado de tensão in situ. Em
A manutenção do equilíbrio é essencial à geral, essa avaliação exige medições que nem
continuidade dos trabalhos de lavra, que por sempre são possíveis durante o estudo
sua vez é um dos pressupostos de um preliminar de viabilidade. Nesses casos, a
projeto de mineração. informação disponível no local e a interpretação
dos ciclos tectônicos são indispensáveis para
Nas últimas décadas, o desenvolvimento da definir a direção da tensão dominante.
chamada Engenharia de Maciços Rochosos tem
permitido avanços significativos nas técnicas As tensões induzidas em escavações de
analíticas que possibilitam a decisão preliminar lavra dependem do método de extração.
sobre a escolha do método de lavra.
Infelizmente, as informações geotécnicas Dentre os princípios de lavra subterrânea,
raramente são obtidas durante os estágios nos desmontes com enchimento, à medida
iniciais de delimitação do depósito e de que o material útil vai sendo extraído, o
estimativa das reservas. É comum a utilização vazio assim formado é preenchido com
de sondagem a diamante, embora
outro material (fill), de forma a promover a
sustentação do teto. O desmonte da face é
frequentemente não sejam feitas análises de
integral e a frente de se desloca
resistência e outras. Dados mais detalhados, paralelamente a si mesma, sendo
como, por exemplo, características do maciço
83
acompanhada a certa distância pelo • alteração;

enchimento. O teto na frente de trabalho é • preenchimento;
normalmente sustentado com estruturas • abertura de descontinuidade;
apropriadas para evitar a eventual queda de • RQD, índice calculado a partir das medidas do
blocos mais ou menos soltos ("chocos").
testemunho de sondagem e que pode ser usado
As tensões se redistribuem. Uma pequena
parcela é transmitida pelo teto, devido à para determinar o índice de escavabilidade.
presença dos suportes. A carga restante é
transferida lateralmente, originando duas Esses parâmetros definem as geometrias
áreas de concentração de tensões, uma nas potenciais de ruptura das escavações. As
imediações da frente de desmonte e outra características da rocha determinam as
na retaguarda, onde o enchimento já se dimensões dos salões e dos pilares.
encontrar mais ou menos comprimido pela
flexão do teto. A amplitude da zona de Bom exemplo em determinação de parâmetros
alívio de tensões é controlada pelo grau de da rocha é a Mina Sudeten Mountains, na
fraturamento da rocha na frente de Polônia (cobre, câmaras e pilares). Para cada
desmonte, pela compressibilidade do litologia importante (dolomitos, calcários
enchimento e pela deformabilidade da dolomíticos, xistos e arenitos) são
rocha do teto.
determinados densidade, resistência à
compressão, à tração, ao cisalhamento,
Na lavra por corte e enchimento, como em
módulo de deformação, coeficiente de
realces por subníveis, quando o minério é
Poisson, índice de rock burst, entre outros),
removido, vazios bem grandes podem ser
conforme mostram Hustrulid e Bullock,
criados e têm de ser preenchidos para
2001. Esta é a razão principal para o projeto
melhorar a estabilidade das escavações
de atirantamento ser extremamente preciso
subterrâneas no entorno. Dentre os tipos de
e baseado tanto quanto possível em banco
enchimento, a prática comum de
de dados.
enchimento hidráulico preenche os vazios
com produto estéril da planta de britagem, Alguns autores discutem a densidade e
após extração dos minerais de interesse. resistência do enchimento. A presença de traços
Isto tem sido visto como meio efetivo para de metais pesados em enchimentos leva a
dispor milhões de toneladas de estéril densidade à faixa de 2,7 a 4,5. A distribuição
produzidas pelo mundo em todos os anos. granulométrica varia de agregados, como
matacões a frações argilosas muito finas.
Métodos seletivos como corte e enchimento
são importantes para propiciar menor Silveira (1987) discute as propriedades
diluição (maior teor para moagem), maior consideradas importantes na interação entre
recuperação de minério, diminuição da teto imediato e material de enchimento:
relação desenvolvimento/unidade de massa razoável fraturamento da rocha na frente de
liberada, do custo operacional e da desmonte, rocha do teto deformável,
dependência de equipamentos móveis enchimento pouco compressível e bem
(menor investimento de capital, menor aplicado.
custo de sustentação).
Quanto mais fraturada estiver a rocha na
A caracterização do maciço permite a frente de desmonte, menor será sua
construção de um modelo que objetiva prever capacidade de carga e, consequentemente, o
os efeitos causados pela escavação. Algumas arco de tensão tenderá a desenvolver-se
propriedades e características do maciço devem para o interior da rocha virgem. Um
ser analisadas:
enchimento muito compressível, porém,
• as fraturas principais, a resistência ao
também levará o arco de tensão para o
cisalhamento, o comprimento e espaçamento de
juntas e a hidrologia; interior do material de enchimento. A
conjugação desses efeitos poderá originar
84
zona de alívio de tensões muito acentuada, blocos, análise numérica de tensões e critérios
exigindo estruturas de suporte mais sísmicos, dentre outras.
robustas na frente de trabalho, que poderão Questões importantes no projeto de enchimento
estabelecer reações muito intensas, capazes dizem respeito ao percentual de sólidos, tensões
de induzir o abatimento da rocha do teto, internas ao enchimento, cargas sobre barreiras
de contenção e drenagem e resistência de
situação indesejável.
enchimento e barreira.
Se a rocha do teto for muito rígida, o Sivakugan (2005) relata que o enchimento
enchimento, mesmo bem aplicado, pode hidráulico em polpa geralmente tem de 65 a
não ser suficientemente comprimido, para 80% de sólidos em massa (25 a 54% de
transferir a descompressão do teto da frente água). FOSMINAS (2010) considera
de trabalho, com instalação de tensões tamanho típico de 40 mm para rockfill. A
intensas, com grande risco de acidentes. porcentagem de sólidos (em polpa) de 70%
para backfill, 80% para pastefill. Deve ter
A compressibilidade é a mais crítica menos de 10% de finos para favorecer a
propriedade do enchimento, variando de 25 permeabilidade.
% para o enchimento seco assentado
mecanicamente a 5 - 10 % para o assentado É necessário entender as tensões no
hidraulicamente ou pneumaticamente. A enchimento, as cargas sobre as barreiras e as
seleção do material de enchimento leva em características de resistência de ambos, pois a
conta demanda e suprimento locais, ruptura das barreiras de contenção do
critérios como a permeabilidade para enchimento pode ser catastrófica e casos têm
facilitar a drenagem (acima de 20 mm/h, sido registrados.
menos de 10% de finos). O enchimento
hidráulico é mais usado em grande parte Barreiras são tradicionalmente de elementos de
por causa de seu baixo custo (Kuganathan, alvenaria porosos ou adição de membranas
sintéticas, com objetivo de favorecer a
2006).
drenagem livre. São importantes a resistência e
rigidez desses materiais. A drenagem adequada
Lun (1986) mostra métodos que envolviam é uma necessidade absoluta no projeto e
introdução em enchimento de agentes de operação de enchimento hidráulico de realces.
cimentação, fragmentos de rocha ou Acredita-se que seja satisfatório para
madeira. Objeto do estudo foi examinar permeabilidade a partir de 100 mm/h,
aplicabilidade de princípio de reforço na conseguindo-se o controle da distribuição de
colocação de enchimento em mina. O tamanho e do percentual de finos.
trabalho examina fatores que afetam o
comportamento de resistência do O enchimento hidráulico acontece em
enchimento e limitações da prática corrente, vários dias, sendo necessário conhecer a
mostra vantagens do solo reforçado, altura do enchimento e da água através da
mecanismos e desempenho. operação e quando a drenagem cessará.
O tempo de assentamento do enchimento
Sivakugan (2005) cita principalmente a no método de corte e enchimento é crítico
introdução de aglomerante pozolânico, para o sucesso do método, pois o
como cimento, cinza, gesso e ardósia. enchimento deve ser disposto em tempo
para assumir alguma ou toda carga
3. Métodos de projeto de suporte originalmente superposta ao minério no
alargamento.
Os métodos de projeto de suporte incluem
abordagens empíricas, observacionais, Brady & Brown (2006) mostram que a
classificações geomecânicas, gráfico de colocação simultânea de agregados ou
estabilidade, modelos analíticos, análise de
85
enchimento seco e em polpa cimentado bombeamento com baixo conteúdo em água

pode reduzir custo de enchimento, estender é de importância crescente.
a capacidade da planta, facilitar o ciclo. Os
autores estudaram propriedades de Taylor & Francis (1999) mostram
enchimento com determinadas resultados de ensaios em paste backfill da
composições, fizeram análise de Lupin Mine (78% sólidos, aglomerantes
estabilidade estática do enchimento, cimento e HSM, com 1,5 a 5% em peso do
realçando fator de segurança, coesão e rejeito), analisando curva de 7 dias. A
ângulo de atrito. Resistência à Compressão (RCU) projetada
pós 7 dias era 280-350 kPa (2,5% cimento)
Palkovitz (2011) relata que para ser e 770-1.050 kPa, com 5% cimento. A tabela
considerado para enchimento de mina o 1 mostra análise da RCU, do conteúdo em
rejeito deve exibir determinadas água e do tipo de aglomerante usado com
características. Vários aglomerantes enchimento.
melhoram o desempenho do enchimento
(hidráulico). Cinzas, escórias ou cimento 4. Plano de controle do terreno
têm propriedades ligantes e diferentes
implicações de custo e ambientais. Se o Igualmente importante quanto o projeto e
concreto tiver baixa resistência, deve haver execução (instalação) do suporte é o
outras fontes de areia e cascalho. A regra- acompanhamento de seu desempenho no
maciço onde foi instalado.
chave para o enchimento é assegurar
estabilidade do maciço, com aumento da O programa de controle instrumental de
recuperação de minério, redução do tempo estabilidade no interior da mina se baseia
de ciclo. no controle instrumental das deformações
de seus diferentes componentes estruturais.
O enchimento hidráulico com cimento
ganhou importância grande na mineração. Tabela 1 - Análise da Resistência à
Compressão, do conteúdo em água e do
Vários tipos de enchimentos, de tipos tipo de aglomerante usado com enchimento
diferentes de agregados e agentes na Lupin Mine (Taylor & Francis, 1999).
aglomerantes foram desenvolvidos. Por
causa do tipo de enchimento, do método de Aglo- RCU Conte
lavra, da infra-estrutura, muitas das vezes, me- 1 dia 3 dias 7 dias 14 dias 28 dias údo
apresenta métodos diferentes de preparação, rante
água
transporte e colocação. HSM 280- 413- 535- 574- 651- 24%
344 415 496 559 642
Comum a todos as são as operações Ci- 87-88 135- 184- 235- 292- 48%
básicas, que podem ser combinadas para mento 137 190 246 322
sistemas completos de enchimento. con-
ven-
cional
O sistema com areia é usado amplamente
para enchimento de granulometria fina.
Para enchimento mais grosso, correia Medições periódicas da carga suportada
transportadora subterrânea e transporte por por um suporte de madeira, aço ou
caminhão são comuns, a despeito do concreto dão uma idéia quantitativa de
lançamento direto (por gravidade) a partir como se desenvolvem estas cargas e como
da superfície. O lançamento pneumático é variam com as operações de lavra,
encontrado em minas metálicas, enquanto o permitindo a otimização de tais estruturas
86
sob condições específicas de geologia ou

lavra. 5. Relatórios de eventos
Os objetivos principais de um programa de Assim como em outras áreas da mineração

monitoração são: verificar a validade das subterrânea, constatam-se algumas
suposições, aferição do modelo e deficiências relativas à linguagem, à
propriedades do maciço; assegurar disponibilidade e sistematização de dados, à
condições de segurança, por exemplo, literatura, ao cuidado com as questões
controle das deformações, pressões de água, geotécnicas em minas subterrâneas.
carga nos suportes; informações
localizadas, para implementação de Para a construção da abordagem mais
apropriada para o tema em questão, deve ser
medidas de segurança (zona de
elaborada uma metodologia de documentação
cisalhamento, estrato menos resistente e criteriosa e detalhada dos problemas nas minas.
outros).
De forma a propiciar informação relevante dos
O projeto do sistema de monitoração leva eventos de ruptura em minas, organismos e
em conta o que medir, para que medir e empresas têm proposto relatórios simples
como medir. Entre as premissas do projeto verbais e escritos. Essa informação será usada
está a mínima interferência coma produção. para analisar um número de fatores que incluem
A interferência é normal. Mas deve ser local da ruptura, dimensões alcançadas,
mantida dentro dos limites aceitáveis de qualidade do maciço, detalhes de escavação,
custos operacionais. suporte e reforço e informações de
monitoramento.
No plano de controle do maciço rochoso devem
ser considerados, conforme MOSHAB (1997): Como exemplos, a Mina Roça Grande,
• profundidade de lavra, conforme Pena (2012), existe um momento de
reunião de equipe com relatos de ocorrências.
• condições esperadas do corpo de
minério e das rochas encaixantes,
Na Mineração Caraíba (cobre, Barrocas- BA), a
• dimensões das operações;
inspeção geomecânica tem formulário onde
• número, tamanho, forma, orientação e constam a relação da ruptura com frente de
proximidade dos corpos em lavra, avanço (direção, mergulho); condições
• método de lavra, observadas, como intensidade do fraturamento:
• taxa de produção, abertura, rugosidade, preenchimento, alteração;
• tamanho, forma, orientação das presença de água, blocos instáveis, ruídos na
escavações, rocha, sobrequebra (overbreak); detalhes da
• grau de mecanização. contenção (tipo, comprimento, espaçamento);
conformidade com recomendações, índice de
De forma geral, a monitoração das qualidade da rocha, proximidade com grandes
estruturas de escavação nada mais é que o escavações, entre outros itens, além dos nomes
registro contínuo ou periódico de das pessoas que realizaram a inspeção. A
grandezas físicas importantes à verificação Mineração Caraíba testa a resistência do
da estabilidade das cavidades subterrâneas. enchimento em pasta: com 14, 27 e 56 dias
após aplicado (Cavalcante, 2011). Tem
A medição destas grandezas físicas permite também suporte com cambotas na rampa,
a aferição dos modelos empregados no em trecho de 70m de extensão, espaçadas
dimensionamento do sistema de de 1m, com aplicação de concreto e
atirantamento. Este procedimento permite, enchimento em pasta para preencher o
inclusive, a revisão do projeto inicial de espaço para a parede. O uso de paste fill
atirantamento, levando à otimização da levou a recuperação de menos de 70% para
solução proposta. mais de 80%.
87
outro lado, o preenchimento contínuo, sem

Na Mina Cuiabá (ouro, AngloGold) existe o tempo para cura, leva a altas pressões na
protocolo geomecânico, em que os dados barricada. O enchimento estagiado é
obtidos de instrumentação, como convergência considerado levar a menor pressão.
do maciço, são afixados na entrada de cada
escavação em código de cores (vermelho, Alguns incidentes são relatados, como por
amarelo e verde) em mapas, conforme risco de Gazzi (2011) e Minahan (1999). Na Mina
cada situação. Cayeli (Turquia) a ocorrência de piping no
A finalidade é melhorar o entendimento de material de enchimento ocasionou pressão na
modos de ruptura que pode auxiliar no barreira.
desenvolvimento de medidas de remediação
pela modificação do projeto de suporte e Também no monitoramento situações
reforço. Com isso, a informação será analisada diferenciadas podem ser observadas.
e pode ser reportada para a indústria mineral em
base mais regular. A Mina de Caraíba, em Barrocas (BA), que
extrai cobre, teve, com seu aprofundamento
6. Estudos de caso entre 500 e 800m, tensões da mesma ordem
de grandeza de outras minas subterrâneas,
A aplicação de suportes e seus efeitos tem com profundidades entre 1.500 e 2.000m.
características próprias de cada mina. Surgiram desplacamentos e, após estudos,
foram implementadas modificações na mina
Como exemplos, na Barrick Bullfrog Mine, do método de lavra, monitoramento
conforme Hustrulid e Bullock (2001), microsísmico de superfície e de subsolo,
existem faixas de aplicação do backfill: para introdução de enchimento (pastefill),
alta resistência – adição de 7% de cimento monitoramento topográfico a laser (sistema
(em frentes de lavra), para baixa resistência CMS – cavity monitoring system) aumento
– 3 a 4 % (cabeceiras na lapa). O da mecanização e automação das operações.
enchimento de alta resistência requer 30
dias para retorno do trabalho; caminhões Nos primeiros três meses de observação,
que levam minério trazem o enchimento, foram detectados 2237 eventos diversos;
distribuído por carregadeiras de 6 J3. A desde a implantação do monitoramento, são
resistência de projeto é 3,5 MPa. observados 2 eventos na escala 2 ou 3 por
ano, com lançamento de material.
Na execução da instalação do suporte,
dependendo da necessidade específica de cada Couto (2002) descreve a determinação da
mina, podem acontecer situações como o
capacidade de ancoragem dos tirantes
treinamento especializado em cada tipo de
suporte como acontece na Mina Serra da instalados nos locais considerados mais
Fortaleza (níquel, Votorantim), conforme críticos da Mina do Moinho. Os suportes
Nantes (2011). foram instalados na rampa principal, com
malha de 1,2m x 1,2m a 2m x 2m. Cabos de
Conforme Lima (2011), na Mina Lamego 2,5 a 3m de comprimento, diâmetro de
(ouro, AngloGold), a recomendação de suporte 17mm, trecho de ancoragem de 1,5m.
é realizada por área, considerando-se a
classificação do maciço, a condição local de A norma utilizada foi da ISRM – Suggested
mergulho do corpo, o vão a ser praticado, o tipo Methods (2001) e o equipamento original
de operação (desenvolvimento ou lavra), entre foi modificado para permitir o ensaio de
outros parâmetros.
cabos e para qualquer inclinação.
O tempo de cura do enchimento varia. Fortin
(2008) relata cura de 5 a 7 dias ou até a O trabalho também averiguou se os efeitos
drenagem suficiente em ninas no Canadá. Por temporais, mecânicos e outros não afetaram
88
os tirantes e, em caso afirmativo, Cada situação traz, em função de suas

quantificou esses desvios, contribuindo características peculiares, um dado
assim para o dimensionamento de suporte. aprendizado do comportamento de suporte
Os valores ensaiados se aproximaram e pode contribuir para um melhor
bastante do valor teórico calculado para entendimento da mecânica de interação
carga de ruptura. Verificou-se que o maciço-suporte.
elemento mais fraco foi o cabo, com valor
de carga de ruptura de 123 kN a 148 kN e 7. Discussão
carga de cedência de 120 a 137 kN. O fator
de segurança foi de 3,1. Mesmo com a tecnologia provada e
amadurecida na aplicação de suportes, o
comportamento estrutural de alguns deles ainda
Para o conjunto resina/tirante, foram não é bem compreendido.
obtidos valores na faixa de 38 a 50 kN,
abaixo do esperado. Não há trabalho sistematizado de registro de
ocorrências, na maioria dos casos. Não há
Na Mina de Panasqueira (tungstênio, caracterização do material fragmentado, a não
Portugal), foi realizado monitoramento ser por equipamento de graduação associado a
durante 2 anos, com análise por método rompedores.
discreto da movimentação de blocos para
caracterização de movimentação de No monitoramento, a aplicação se diferencia de
volumes de maciço (subsidência), mina para mina.
evidenciando-se magnitudes de 3 m em
Como exemplos, as Minas Baltar (calcário,
alguns pontos, controlados por falhas
Brasil), Belluno (carvão, Brasil), Cuiabá (ouro,
principalmente, amplificadas pela Brasil), Cayeli (Turquia), entre outras utilizam
percolação de águas. Foi calculada média extensômetros para medição da distância entre
estatística entre 1990 e 1998 e determinadas pontos do interior do maciço e da seção da
movimentações diferenciais entre pontos de escavação.
um bloco para subsidiar ações corretivas.
Minas como Cuiabá e Lamego (ouro, Brasil),
A mina de Palabora (cobre, África do Sul), Perseverance (Austrália), Ouro Fino (ouro,
lavrada por block caving desde 2002 (antes Brasil), Ipueira (Cromo, Brasil), Serra da
– a céu aberto), teve em 2004 deslizamento Fortaleza (níquel, Brasil) fazem medições de
de 60 t de material. Através de convergência para avaliar distâncias entre
pontos da seção escavada.
levantamentos por satélite e confecção de
mapas de deformação, foram detectados As minas que utilizam métodos com grandes
deslocamentos de 5 cm em 24 dias. Com a escavações verificam suas dimensões com
estabilização de falha na parede norte da varredura laser, como Caraíba (cobre, Brasil),
mina, esses valores foram diminuídos para Fazenda Brasileiro (ouro, Brasil). Minas como
2 cm/24 dias, conforme o periódico Equipo Cannington (Austrália), São Bento (ouro,
Minero (2006). Brasil), Ipueira (Cromo, Brasil), Serra da
Fortaleza (níquel, Brasil) realizam teste de
Foram detectadas na mina Bellavista arrancamento da ancoragem (pull test). Em
(Costa Rica) movimentações no maciço da Doyon Gold (realce em subníveis, mais
ordem de 1cm/dia. As medidas tomadas enchimento em pasta), células de pressão são
utilizadas.
foram a suspensão da operação nos poços
de desaguamento, o controle superficial e a A monitoração de um sistema de
redistribuição da carga (Engineering & atirantamento é parte fundamental do
Mining Journal, 2007). dimensionamento racional de uma malha
de atirantamento. Os testes realizados
89
incluem os tirantes e o maciço rochoso

circundante às escavações atirantadas.
No monitoramento de maciços, para Brady e

Brown (1993) talvez o mais freqüente teste seja
o de convergência, enquanto o método mais
antigo seja a medição com extensômetros.
Entre os suportes que vêm sendo mais

utilizados, o enchimento tem sido, ao lado dos
cabos de ancoragem, requisito essencial para
vários métodos de lavra especialmente aqueles
que precisam limitar os efeitos de subsidência e
obter grandes taxas de recuperação de minério,
com baixa diluição.
8. Conclusões
A engenharia geotécnica alcançou o estágio em

que claramente é parte essencial do processo de
lavra como um todo. O desenvolvimento de
abordagens e técnicas, incluindo os aplicativos
computacionais auxilia a solução de diversas
questões. Considerável quantidade de dados
geotécnicos não está disponível para o domínio
público.
As principais técnicas de monitoramento

utilizadas são medições de convergência e por
extensômetros, testes de arrancamento de
ancoragense mediad de resistência de concreto
projetado com o tempo de aplicação.
As técnicas de comunicação dos resultados vêm

sendo aperfeiçoadas e incluem relatos entre
colegas de trabalho, mapas afixados em locais
visíveis na mina, além dos relatórios formais
das empresas.
Algumas medidas implementadas associadas ao

aumento do conhecimento e registro de eventos
podem auxiliar bastante na tarefa de sustentação
de escavações subterrâneas de lavra.
90
Referências
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92
Los nuevos desafíos estructurales de Chuquicamata subterráneo
J. Céspedes, M. Sánchez
Escuela de Ciencias de la Tierra
Universidad Andrés Bello, Chile
F. Parada, F. Vergara,
Departamento de Ingeniería Metalúrgica
Universidad de Concepción, Chile
Resumen.-
El Proyecto Mina Chuquicamata Subterráneo (PMCHS) es un proyecto estructural y

estratégico que representa el futuro de la División CODELCO Norte de la Corporación
Nacional del Cobre. Esta decisión estratégica es una opción técnica y económicamente viable,
para la explotación por minería subterránea, de los recursos minerales remanentes bajo el rajo final de
la Mina Chuquicamata, al menor costo posible, optimizando el uso de los activos en forma sustentable
y actuando en un ámbito de pleno respeto por la seguridad de las personas y el resguardo del medio
ambiente, lo que permitirá maximizar los excedentes que aporta al Estado de Chile.
Consiste en la transformación del rajo abierto más grande del mundo en una operación
subterránea gigante que permitirá explotar parte de los recursos que quedarán bajo el actual
yacimiento, el que -tras haber entregado riqueza a Chile por casi 100 años- dejará de ser
rentable dentro de la próxima década. Bajo el rajo se han cuantificado cerca de 1.700 millones
de toneladas en reservas de mineral de cobre (ley 0,7%) y molibdeno (499 ppm), que
representan más de 60% de lo explotado en los últimos 90 años. La opción técnica y
económica aconseja explotar esas reservas a través de la construcción de un complejo de mina
subterránea, que será una de las más grandes, modernas y eficientes del mundo.
Este megaproyecto tendrá una infraestructura de clase mundial que considera un barrio
industrial para personal de operaciones, un túnel de acceso de doble vía, un túnel para la
extracción de mineral a través de cinta transportadora, cinco aerovías para inyección de aire,
dos piques de profundidad para la extracción de aire viciado, entre otros. El proyecto
contempla también la explotación de cuatro niveles, de los cuales, dos se operarán en forma
simultánea.
En el presente trabajo se hace una descripción general y exploratoria sobre los criterios y
definiciones que en gran medida configurarán el diseño general de la mina, de diversas
infraestructuras, de labores y de las operaciones mineras en su conjunto.
93
monitoreo, bombas de bencina, planta de

Introducción hormigón, entre otros. Toda la etapa de
construcción cuenta con un budget de
El Proyecto Mina Chuquicamata inversión inicial sobre los US$ 2800
Subterráneo planea convertir a una de las millones con un horizonte de tiempo al año
minas a rajo abierto más grande del mundo 2018.
en una mina con 1500 kilómetros de
túneles subterráneos que comenzó a Durante su operación subterránea serán
desarrollarse en el año 1992. extraídas 1700 millones de toneladas de
mineral de cobre durante los 42 años de
Una vez terminada la fase de exploración, proyección operacional. Se espera
está en plena construcción, un túnel de 12 producir, a régimen, un promedio de 340
kilómetros de largo que permitirá mil toneladas de cobre fino al año y 20 mil
“estudiar” la mina por dentro. En el año de molibdeno, aproximadamente. Este
2013, se dará inicio a la etapa de proyecto contempla la explotación de
construcción de la mina bajo superficie, de cuatro niveles, de los cuales dos se
tal manera, que en un periodo de plazo de operarán en forma simultánea para lograr
cinco años, se proceda a la primera el régimen de producción de 140 kt por
extracción de mineral, situación que día.
permitirá poner fin a las operaciones del
circuito tradicional de operación a cielo Desarrollo
abierto. Es decir, ambos métodos de
explotación, no pueden operar en forma I) Los principales criterios geomecánicos
paralela. en los cuales se estableció
emplazamiento y diseño de
Actualmente, en el método de explotación infraestructura, son:
a cielo abierto tradicional de
Chuquicamata, la razón de estéril mineral a) Falla Oeste
es de tres a uno; es decir, de 600 mil
toneladas extraídas de material, sólo se La Falla Oeste restringe la ubicación de
obtienen 180 mil toneladas de mineral útil. cualquier infraestructura o excavación del
Además, las campañas de sondajes proyecto, en todos sus niveles, a una
realizadas hasta la cota 1.400 indican la distancia no menor del rango entre 40 a 60
existencia de reservas de interés hasta por m. al Este de esta estructura principal, por
lo menos el año 2060, lo que permitirá lo tanto, no se podrá proyectar
seguir siendo competitivo al desarrollar un excavaciones de ningún tipo, a una
sistema de explotación subterránea. distancia de la falla oeste menor a la
indicada, ni que atraviesen esta estructura,
De lo anterior, se ha planificado desarrollar ni tampoco al oeste de la falla.
un proyecto de extracción de mineral en
una profundidad cercana a los 790 metros.
Para este efecto, se construirá una red de b) Pit Final
túneles y cuatro niveles a distintas
profundidades, que por tamaño e A partir de la topografía de pit final del
infraestructura, sólo posee precedentes, rajo Chuquicamata, se establece un halo de
pero a distintas escalas en Sudáfrica y seguridad de 100 m en profundidad, que
Suecia. Esta “ciudadela” subterránea, de 60 define una envolvente de roca dentro de la
mil metros cuadrados útiles, contará con: cual no se podrá proyectar excavaciones
oficinas, comedores, salas de control, de permanentes ni infraestructura para el
94
proyecto, debido que se proyecta un esta unidad, el cual supone una roca de
desmedro en la calidad geotécnica de la baja calidad cuando Q<S. Dada la
roca, producto de las operaciones mineras característica especial de esta unidad
de explotación del rajo. litológica, se adoptó la determinación de
restringir el emplazamiento de
Infraestructura del Proyecto en áreas donde
c) Calidad de la Roca se presente esta Unidad Geotécnica Básica.
Dentro de las Unidades Geotécnicas

Básicas identificadas en el modelo d) Subsidencia para Ubicación de
geotécnico del proyecto, se reconoce la Infraestructura Permanente
unidad Roca Cuarzo- Sericita (RQS), la
cual se clasifica a su vez, en tres grupos, Toda infraestructura permanente,
según la relación entre Cuarzo y Sericita entendida ésta como aquella que debe
que se presente en la roca, esto es: permanecer operativa durante toda la vida
del Proyecto, deberá ser ubicada fuera del
1) Q>S, es decir, la cantidad de Cuarzo en cono de influencia generado por la
la roca, es mayor a la de Sericita; subsidencia final de la explotación, el cual
2) Q=S, ambos minerales se encuentran en se genera a partir de la envolvente de
la misma proporción en la roca; explotación de extensión máxima
3) Q<S, con la proporción de Cuarzo en la (certidumbre 25%) proyectada desde el
roca, menor a la de Sericita. Nivel de Hundimiento del último nivel de
explotación del proyecto (cota 1193), con
Las características propias de estos los ángulos indicados en la Tabla N° 1,
minerales, sumado a la proporción en que más la adición de una zona de influencia y
se encuentren en la Unidad Geotécnica un pilar de protección.
Básica, condiciona el comportamiento de
una nueva envolvente de subsidencia, la

La zona de influencia se construye a partir cual incorpora las zonas de influencia
de un margen de 50 m, medidos desde el descritas.
extremo o borde inferior de la envolvente
de subsidencia, denominado zona de Finalmente, se establece un pilar de
abutment stress. A partir del borde protección de 50 m de espesor, en todo el
superior o de superficie de la subsidencia, entorno de la zona descrita en el párrafo
se establece un margen de 200 m de anterior, el cual configura el límite final del
extensión, denominado zona de influencia cono de influencia generado por la
de subsidencia en superficie. La unión de subsidencia final de la explotación (ver
estas dos líneas de restricción, genera Figura N° 1).
95
e) Subsidencia para Ubicación de de la proyección del cono de subsidencia,

Infraestructura de Nivel. desde el Nivel de Hundimiento del nivel de
explotación inmediatamente inferior, con
Toda la Infraestructura de Nivel, un ángulo de 50° en todas direcciones.
entendiendo ésta como aquella que presta Adicionalmente, se ha considerado una
servicios durante el período limitado a la zona de influencia, construida a partir de
vida útil del nivel de explotación al cual se un margen de 50 m en torno del polígono
encuentra asociada, deberá ser emplazada de base de proyección de la subsidencia
fuera del área de influencia de la (en el nivel inferior) y un margen de 100 m
subsidencia generada por el nivel entorno del polígono proyectado en el
inmediatamente inferior, proyectada a la Nivel de Ubicación de Infraestructura (ver
cota de emplazamiento de la Figura N° 2).
Infraestructura de Nivel. La proyección de
esta área de influencia se construye a partir
minera de los niveles que conforman un

macro bloque, se estableció una distancia
f) Distancia entre niveles mínima de 18 m entre los niveles de
Hundimiento, Producción y Ventilación.
A objeto de minimizar el efecto del Para las salas de chancado, se estableció
abutment stress sobre la infraestructura una distancia mínima de 80 m. entre su
96
cota de emplazamiento y el Nivel de niveles de explotación del proyecto, se

Hundimiento. aplicará la técnica de Hundimiento
Convencional (Ver Figura N° 3), mientras
que para los dos niveles restantes la técnica
g) Variante Método de Explotación del Hundimiento Avanzado (Ver Figura N°
4). Con ello se busca minimizar el efecto
Un análisis de los niveles de esfuerzos in de la concentración de esfuerzos sobre las
situ y su incremento esperado a medida excavaciones de la mina.
que se profundiza la explotación de la
mina, estableció que para los primeros dos
h) Tamaño Mínimo Macrobloque
El radio hidráulico corresponde al valor

resultante de la división entre el área de
corte, que corresponde al área mínima que
asegura la hundibilidad del macizo rocoso,
y el perímetro de corte. A continuación se
lista los radios hidráulicos y la estimación Desde el punto de vista de la explotación
del área mínima necesaria para que se de los macro bloques, se ha estimado que
produzca la hundibilidad, para cada nivel la propagación del caving propiamente tal
de explotación del PMCHS: comenzará sólo una vez que se haya
completado el proceso de socavación del
mismo, ya que los procesos de socavación
y producción no coexistirán en un macro
bloque. Como consecuencia de los valores
resultantes del cálculo del área mínima
97
para hundibilidad en los cuatro niveles y para la implementación de éste, debido a

del criterio expresado en el párrafo que se aprovechan las labores de los
anterior, se definió que el área mínima de niveles de producción y hundimiento para
los macro bloques será de 15.000 m2. hacer perforaciones ascendentes, tanto para
aplicar la técnica de Debilitamiento
i)Distancia entre Macrobloques Dinámico con Explosivos (DDE), como la
de Fracturamiento Hidráulico (FH).
A partir de simulaciones con modelos
numéricos, se estableció la zona de
abutment stress se extiende entre 30 y 35 b) Definición de Envolvente de
m delante del frente de hundimiento e explotación:
incrementa de 2 a 2,5 veces el esfuerzo
vertical in situ. A partir de esta Con el objeto de obtener una definición de
información y a objeto de minimizar el reservas extraíbles, más estable frente a las
efecto de los esfuerzos de borde en la variaciones de precios, costos y cargos de
infraestructura minera de macro bloques tratamiento, en el proceso de integración
adyacentes, se estableció que la distancia de reservas fueron generadas funciones de
mínima entre calles de dos macro bloques distribución de probabilidad asociadas a
vecinos, debe ser de 50 m, medidos entre estas variables del Proyecto y se
los ejes de las calles. establecieron rangos de variación para los
parámetros económicos relevantes que
participan en la definición de envolventes
de los recursos explotables.
II) Descripción General de Criterios de
Planificación y Diseño Minero: Al aplicar el Método de Certidumbre a una
valorización tradicional de un modelo de
a) Uso de Pre-acondicionamiento: recursos, se determina las reservas
extraíbles en función del indicador de
En el Proyecto Mina Chuquicamata certidumbre de la columna mineralizada,
Subterráneo (PMCHS), se incorporará la que corresponde a la proporción de veces
tecnología de Pre-Acondicionamiento que esta columna genera un beneficio
Mixto (DDE+FH) como una forma de económico positivo. En tal sentido, se
favorecer la hundibilidad al inicio de la definieron polígonos de explotación con un
explotación, la propagación del 90% de certeza para el nivel 1.841, con un
hundimiento en altura y la tasa de 60% de certeza para el nivel 1.625 y con
propagación del quiebre del macizo rocoso un 50% de certeza para los niveles 1.409 y
en la vertical. 1.193 para el plan minero de 140 ktpd.
Adicionalmente, el Pre-Acondicionamiento
aporta una mayor flexibilidad, o cobertura c) Altura de Columnas:
al diseño, frente a posibles ajustes en la
información geomecánica base, asumiendo Se adoptó restricciones a los valores
una disminución del P80 de la mínimo y máximo de la altura de columna
granulometría in situ de 30%, económica. El mínimo, equivalente a 100
considerándose beneficios sólo por este m, se encuentra condicionado por la
último impacto. restricción geomecánica del halo de
seguridad desde la topografía de pit final
El diseño del Pre-Acondicionamiento para del Rajo Chuquicamata. El valor máximo,
el PMCHS no considera obras especiales de 400 m, fue establecido en función de
98
estudios de benchmark y experiencias condiciones del macizo rocoso y de

exitosas en faenas mineras con condiciones explotación del PMCHS. Así, se estableció
similares a las que presenta el PMCHS. que el crecimiento anual promedio de la
producción de un macro bloque durante el
ramp-up no debe superar las 7.000 tpd.
d) Velocidad de Extracción:
El criterio adoptado para determinar la f) Punto de Entrada de la Dilución:

Velocidad de Extracción de mineral en un
punto, corresponde a un valor diferenciado El Punto de Entrada de Dilución,
según la condición en la que se encuentra corresponde al porcentaje estimado de
la columna respectiva. Así, durante el extracción de la columna de roca, en el
período de hundimiento, es decir, lo cual aparece la primera piedra de material
primeros dos años, la velocidad se diluyente en el punto de extracción. La
estableció en un máximo de 0,2 t/m2-día, condición del primer nivel, respecto de los
período en el que principalmente se tres niveles restantes, difiere en la ausencia
realizan faenas de extracción del de material diluyente por sobre la columna
esponjamiento del mineral socavado del in situ donde se ubica el macro bloque, al
macro bloque. A continuación, y hasta momento del inicio de la explotación. Se
lograr el 25% de la extracción de la estima que una vez que las columnas de
columna, la velocidad de extracción mineral del primer nivel conecten a
máxima se estableció en 0,39 t/m2-año. Se superficie, es decir, a un 25% de
estima que al lograr la extracción del 25% extracción, se comience a producir el
de la columna se produce la conexión del derrame de material sin ley desde las
caving a superficie o al material quebrado paredes del rajo, para alojarse por sobre el
del nivel superior, según corresponda. bloque de mineral. Ante esta característica
Finalmente, para los puntos de extracción se concluye que la dilución del mineral del
conectados, es decir, con una altura de primer nivel se retardará respecto de la
columna extraída superior al 25%, la condición de los otros tres niveles, los
velocidad de extracción máxima se cuales presentan al inicio de su explotación
estableció en 0,60 t/m2-día. En general, material diluyente por sobre el macro
estos valores obedecen a estudios de bloque resultante de la explotación del
benchmark de experiencias exitosas en nivel superior, ya agotado.
faenas mineras de características similares
al PMCHS. Estudios de benchmark en faenas de
condiciones similares de tipo de roca,
indican que el punto de entrada de dilución
e) Ramp Up: se encuentra entre un 40% y un 60% de la
columna de roca extraída.
El Ramp-Up corresponde a un período de
incrementos progresivos de producción, es Para el PMCHS, se ha establecido un 50%
decir, queda definido por el período como punto de entrada de dilución para el
comprendido entre el inicio de producción primer nivel y un 40% para los tres niveles
de un macro bloque hasta el momento que restantes. Para la caracterización del
alcanza su régimen. Para la determinación material diluyente, se realizó una
de estos incrementos se consideraron estimación de las leyes promedio
estudios de benchmark asociados a contenidas en un cuerpo definido por la
experiencias exitosas en faenas mineras, proyección de la subsidencia hasta
cuyas características se asemejan a las superficie, con un ángulo de subsidencia de
99
50°, a una envolvente de explotación autonomía para 48 horas y cada uno de los
definida en la cota 1.550 m.s.n.m. trabajadores que ingresa a esta zona está
capacitado para su uso. Los otros dos, con
capacidad de ocho y 12 personas, tienen la
En términos de seguridad, PMCHS quiere característica de ser móviles lo que permite
mantener un permanente compromiso con desplazarlos a lugares estratégicos del
la vida y la seguridad de sus trabajadores, yacimiento, con el propósito que los
especialmente ante situaciones de trabajadores puedan llegar a ellos en forma
emergencia. Para estos casos ha rápida y expedita en caso de una
incorporado tecnología de última emergencia.
generación en refugios mineros,
que son unidades herméticas y equipadas Conclusiones finales
con los elementos necesarios para la
supervivencia, con tecnología de última En resumen, conceptualizar, diseñar,
generación. Actualmente, existen tres desarrollar y ejecutar el Proyecto Mina
refugios dispuestos al interior de los Chuquicamata Subterráneo (PMCHS) es
túneles de exploración de la mina un desafío ingenieril y operacional de gran
subterránea. Todos con los más altos envergadura, que sin duda, representa el
estándares de seguridad y las más futuro de la de la División CODELCO
modernas tecnologías al servicio de la Norte y de la comunidad vecina, que
supervivencia, además cumplen con las esperan seguir aportando a Chile, otros 100
exigencias de la legislación vigente en años de desarrollo y prosperidad
materia minera. económica y social. Los desafíos en el
campo de la geotecnia son visibles y será
El refugio más grande existente en las también la oportunidad de que
instalaciones, está ubicado a casi 500 profesionales de esa área contribuyan con
metros de profundidad desde el punto cero, su conocimiento y experiencia.
tiene capacidad para 50 personas,
100
Referencias:
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blog/gestion/91-gestion/1838-tecnologia-de-punta-en-chuquicamata-subterranea.
[2] Aguilar Aguilera, Juan Carlos. Caracterización Geotécnica y Estructural de la Rampa de

Exploración y del Túnel de Drenaje, Mina Chuquicamata, Memoria de para optar al titulo de Geólogo
Universidad de Chile.
[3] CODELCO Chile, Vice Presidencia Corporativa de Proyectos, Estudio de Prefactibililidad,

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[4] La Minería que Viene. http://www.areaminera.com/Servicios/eminet/6.act
[5] Chuquicamata alista su transformación a mina subterránea,

http://www.geonavitas.com.ar/noticias/mineria/latinoamerica/9763-chuquicamata-alista-
su-transformacion-a-mina-subterranea-.html
101
A REGULAMENTAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA DAS

ESCAVAÇÕES DAS MINAS DE OURO, DO SÉCULO XVIII AOS DIAS ATUAIS
José Margarida da Silva

José Fernando Miranda
Adilson Curi
Resumo
Este estudo faz análise das principais situações de risco e das principais recomendações de minimização dos
riscos geotécnicos em mineração subterrânea de ouro por órgãos brasileiros, bem como em outros países, com
objetivo de disciplinar aproveitamento racional das jazidas para tornar planejamento e desenvolvimento da
atividade minerária compatíveis com busca permanente da produtividade, preservação ambiental, segurança e
saúde dos trabalhadores.
Palavras-chave: segurança, riscos operacionais, escavações subterrâneas, minas de ouro.
Resumen
Este estudio es el análisis de situaciones de riesgo clave y la minimización de las principales recomendaciones
de los riesgos geotécnicos en la minería subterránea de oro por las agencias brasileñas, así como en otros
países, con el fin de disciplinar el uso racional de los depósitos para hacer la planificación y el desarrollo de la
actividad minera compatible con con la búsqueda constante de la productividad, la preservación del medio
ambiente, salud y seguridad de los trabajadores.
Palabras clave: seguridad, riesgos operativos, excavación subterránea, minas de oro.
102
planejamento dos sistemas produtivos,

1. Introdução minimizando interrupções e maior
qualidade dos serviços executados, que
A mineração está entre atividades mais permitirá execução dos trabalhos de
antigas e mais perigosas da humanidade, forma segura, econômica e
pois durante operações para extração de ambientalmente correta.
minérios há riscos de acidentes variados,
de acidentes provocados por choques Os relatos internos em empresas de
elétricos até pela queda de rochas. situações de risco e a participação dos
órgãos fiscalizadores tem gerado
Estudos evidenciaram que causas recomendações técnicas de segurança
fundamentais para acidentes na para serviços e trabalhadores durante
mineração são condições inseguras, elaboração, implementação e
quando considerações de projeto são monitoramento dos planos de
insuficientes, não são reconhecidas gerenciamento de riscos para buscar
previamente condições geológicas ou soluções que minimizem condições
existe deficiência na manutenção dos agressivas dos ambientes de trabalho.
equipamentos e atos inseguros,
principalmente em função de As estatísticas de acidentes pessoais por
comportamento inadequado, bastante empresa existem, mas são sigilosas e
associado à falta de informação de dificilmente disponibilizadas. Os dados
operadores de equipamentos. da mineração não são facilmente
obtidos, pois, muitas das vezes, não
Buscar fazer da mineração atividade estão individualizados, sendo abrangidos
mais segura significa implementar plano pela indústria extrativa como um todo.
de gerenciamento de riscos com políticas Outra característica é que se estima que
de segurança claras, definições de ações cerca de metade dos acidentes não são
a ser permanentemente monitoradas e informados ou, quando informados,
ações corporativas com métodos e apresentam erros no preenchimento dos
técnicas que controlem riscos e possam dados, o que classifica o evento em outra
reduzir possibilidades de acidentes. atividade econômica (Silva, 2005).
Observadas análises da situação dos Acidentes relacionados a controle do terreno

acidentes nas minas, podem ser são também comuns em pedreiras
destacadas recomendações técnicas que subterrâneas. Cerca de um terço dos
estabelecem necessidade da formação de acidentes ocorrem removendo-se rocha solta
equipes de monitoramento, inclusive do teto e da lateral de escavações. O projeto
com entendimento do que seja acidente, de engenharia deve verificar os fatores
diferenciando do incidente. geológicos, de tensões e da lavra. Técnicas
de medição microsísmica e de convergência
estão sendo refinadas para prover
Para o êxito na prevenção de riscos, minimização ou impedimento de rupturas de
análise de estabilidade das escavações se teto.
torna ferramenta eficiente de análise de
riscos nas minas subterrâneas como 2. Trabalho com geotecnia
forma de estabelecer normas de subterrânea
identificação e criação de mecanismos
de mensuração, possibilitando prevenção O desabamento e queda de blocos no
através de melhor organização e ambiente subterrâneo constituem um
103
risco ambiental, quer no subsolo quer proteção e a uma maior distância que na
seja na superfície. Nessa última por meio retirada manual.
das subsidências do terreno e no subsolo,
por arriscar a vida humana e afetar as Bridges (2006) mostra a queda da incidência
operações de extração. anual de fatalidades na indústria mineral na
Austrália (figura 1) e o número de acidentes
em relação ao milhão de homem-hora
De acordo com Fuller (Mining News,
trabalhadas (figura 2).
2009), existe um número de
fornecedores de sistemas de
A conclusão do citado autor é que a
instrumentação geotécnica e
partir da análise a maioria do acréscimo
monitoramento no mercado para auxiliar
na taxa de fatalidade entre 1996 e 2006,
mineradores em vários aspectos do
na Austrália, se deveu a eventos
monitoramento e medição.
geomecânicos.
Tradicionalmente o engenheiro
geotécnico em campo deve identificar a
necessidade de um dado sistema e gastar
algum tempo (dias) para pesquisar e
identificar equipamentos requeridos em
uma aplicação particular.
Depois vem como instalar, utilizar, conectar

a sistemas de leitura e registro das medições
e, finalmente, interpretar os resultados
brutos para prover informação significativa
para o comportamento do maciço e do
suporte.
Em trabalhos de exploração subterrânea, Figura 1 - Incidência anual de

ocorrem com muita frequência os fatalidades na indústria mineral na
acidentes fatais, sendo a queda ou Austrália (Bridges, 2006).
desabamento de rochas o fator mais
importante.
Silva et al (2004) mostra situações

referentes à operação de abatimento de
blocos soltos (scales) em minas
subterrâneas. A queda de blocos soltos
dos tetos e das paredes das minas, para
Germani (2002), constitui-se na principal
causa de acidentes mais graves em
subsolo no Brasil e no mundo.
As operações de retirada de chocos em
algumas minas de ouro do Brasil
envolvem o uso de equipamento
mecânico, bem como alavancas para a
retirada manual em outras. A retirada
mecânica geralmente oferece ao Figura 2 - Incidência anual de
trabalhador uma maior proteção. O fatalidades na indústria mineral na
operador remove a rocha solta, enquanto Austrália – número em relação ao
fica posicionado em uma cabine de milhão de homem-hora trabalhadas.
104
2005), a indústria mineral brasileira

apresentou também nos períodos de
1995 a 1997 o mais alto coeficiente de
mortalidade.
Na distribuição entre atividades

brasileiras, a indústria extrativa se
posicionou, nos anos inicias do século
XXI, entre o 9º. e o 12º. lugares (com 1 a
2% dos acidentes). Em 2000,
considerando-se dados dos maiores
estados mineradores, a indústria mineral
teve cerca de 33 acidentes fatais/100 mil
trabalhadores. Segundo ANGLOGOLD
(2000, citado por Silva, 2005), o índice
Torres e Gama (2005) mostram as de freqüência médio de acidentes em
estatísticas de acidentes mortais em suas minas, entre 1990 e 2000, foi de 84
minas subterrâneas dos EUA e em minas por milhão de horas-homem trabalhadas.
peruanas. A figura 3 e a tabela 1 mostram uma
diminuição dos óbitos na mineração no
No Peru, conforme Magalhães (2003, Brasil, mesmo com o aumento do
citado por Silva, 2005), dados do número de trabalhadores, coincidente
Ministério de Energia e Minas, em 2002, com dados da Austrália.
baseado em empresas com mais de
500.000 horas-homem trabalhadas (60 Figura 3 – Evolução do número de
minas), houve uma freqüência média de empregador e óbitos na mineração no
6,3 acidentes / 106 horas-homem Brasil 1970/1990 (Ministério do
trabalhadas. Trabalho e do Emprego do Brasil, 2004,
mostrado por Silva, 2005).
No período de 1980 a 2003 ocorreram
985 acidentes com morte em espaços
35
confinados nos EUA (abrangem, por
exemplo, construção civil, mineração, 30
petróleo, gás e outras indústrias), 25
seguindo o NIOSH – instituto nacional 20 Óbitos

milhares Acidentes
para saúde ocupacional e segurança, 15
milhoes Empregados
citado por Piroli (2007). Destes, 63 10
estavam relacionados à mineração, 5
petróleo e gás, 72% com mais de uma 0
vítima. Anos 70 Anos 80 Anos 90
No Brasil, a mineração liderou em 2002 Tabela 1 - Dados de fatalidades na

os índices de acidentes de trabalho, mineração no Brasil - 1970/2002
quando comparado com outras (Ministério do Trabalho e do Emprego
atividades econômicas, com 29 casos em do Brasil, 2004, mostrado por Silva,
cada cem mil acidentes, com a maioria 2005).
deles ligados à mineração subterrânea
(Rede Globo, julho/2002). De acordo
com Germani (2002, citado por Silva,
105
segurança no trabalho em minas

Período Óbitos Acidentes Empregados subterrâneas e vem crescendo em
aplicação (Hartman, 1987).
Anos 70 30 13.696 12.428.828
4. Normas e procedimentos
Anos 80 22 5.388 21.077.804
Segundo Torres e Gama (2005), os
Anos 90 17 1.998 23.648.000 acidentes consideráveis que ocorrem
diariamente nos trabalhos subterrâneos,
3. Estudos de caso provocam consideráveis danos no
homem e no ambiente, demonstrando
Diversas escavações subterrâneas para que somente a aplicação das normas
extração de ouro foram realizadas em Minas legais não é suficiente para evitar ou
Gerais, no Brasil desde sua colonização. reduzir este grave problema, e, portanto
Muitas estão abertas e estáveis há séculos, existe uma grande necessidade de
mas não existe formalmente qualquer procurar procedimentos proativos.
sistema de sustentação e controle destas
cavidades. A norma ISO 14000, mediante a série
14.001 considera precisamente este
Nas minas de ouro já existe um trabalho procedimento, desafiando a organização
sistematizado, em sua maioria, da a caracterizar seus aspectos ambientais, a
seleção, instalação e acompanhamento estabelecer suas próprias metas e
do desempenho do suporte. Órgãos objetivos, a comprometer-se para adotar
trabalham no gerenciamento de riscos processos efetivos e confiáveis para uma
para buscar soluções que minimizem melhoria constante e fazer que os
condições agressivas dos ambientes de empregados e dirigentes pratiquem um
trabalho em relação às operações, sistema de percepção, ilustração e
inclusive em relação ao suporte de responsabilidade compartilhada, em que
maciço. o cumprimento das normas legais é mais
que um elemento a considerar.
Na Mina Caraíba (cobre, Brasil) existe
A ISO 14.001 foi preparada para a
sistema de monitoramento microssísmico de
acesso remoto para medição. aplicação em organizações de qualquer
tipo e porte para adequar-se a diversas
condições geográficas, sociais e
Na Mina Beaconsfield (Austrália) foi culturais, mesmo que a tecnologia não
instalado sistema que provê dados em constitua requisito em nenhuma parte da
tempo real para o escritório da mina, norma. O único requisito tecnológico é a
obrigação de considerar o uso de
permitindo a interpretação também em processos, práticas, materiais ou
tempo real. produtos que evitem, reduzam ou
controlem a poluição, mediante
A medição remota do desempenho do reciclagem, tratamento, mudanças no
controle de maciço tem simplificado processo, mecanismos de controle, uso
eficiente de recursos e substituição de
todo o processo e permite
materiais (Cascio, J. et al., 1996, citados
estabelecimento mais rápido de riscos e por Torres e Gama, 2005).
ação também mais rápida.
Em 2006, o Ministério do Trabalho e
Os métodos de abatimento controlado Emprego do Brasil aprovou a Norma
apresentam os maiores índices de Regulamentadora 33, que normaliza e torna
obrigatória a implantação de medidas de
106
saúde e segurança nos trabalhos que são de acidentes se deve a melhor gestão da
realizados em ambientes fechados, inclusive estabilidade geotécnica, controle do
nas indústrias de processos contínuos, em capeamento e operação de enchimento.
escavações subterrâneas, conforme Piroli Existe um declínio nas taxas de
(2007). fatalidade devido a estas causas.
5. Discussão
A constatação de que algumas empresas
investiram em protocolos, em descrição
Assegurar que programas de sustentação de procedimentos, em atividades de
de maciço aconteçam conforme relato de eventos, em treinamento (por
projetado não é tarefa simples e requer exemplo, em minas-escola, como
investimento substancial de tempo do enfatizam Silva et al, 2004), refletem o
pessoal operacional. Os mineradores comprometimento do minerador com a
precisam medir desempenho de segurança dos operadores da mina.
componentes importantes neste sistema:
o comportamento do maciço e o 6. Conclusões
comportamento da estrutura de
sustentação. Entretanto, sem A estabilidade no entorno de escavações
monitoramento confiável a efetividade é essencial para a operação segura de
em geral do sistema de controle do minas subterrâneas e requer gestão do
maciço não pode ser gerenciada. controle de terreno.
A geomecânica é um estudo complexo Os dados de acidentes no trabalho em

de materiais e processos. O controle de minas subterrâneas, quando disponíveis,
terreno tem de lidar com faixa ampla de não são conclusivos, por não se
condições que mudam com o tempo, apresentarem na mesma base.
inclusive a dificuldade na tarefa de
manter suporte seguro para locais com Muitas técnicas práticas de controle de
movimentação e risco de estouro de terreno têm sido desenvolvidas por meio
rocha. As tensões no maciço mudam em de análises de casos históricos de minas
resposta à lavra, requerendo muitas subterrâneas e ensaios em larga escala
vezes análise complexa e modelos de em laboratório de elementos de suporte
predição sofisticados. de teto. Uma gama de aplicativos
baseados nestas pesquisas está
Assim como inovações ocorrem, por disponível para auxiliar a comunidade
meio da introdução de nova tecnologia, mineira no monitoramento e no projeto
com equipamentos de controle remoto de controle de terreno.
ou tele remoto, no transporte, estudos no
avanço em profundidade dos trabalhos, Operações como substituição de tela,
novas formas de suporte, com escavações ascendentes, fluxo de
enchimento, cabos com dispositivo de material por gravidade em passagens,
monitoramento acoplado e outros, novos abatimento de chocos vão tendo seus
métodos de lavra, utilização de robôs, riscos diminuídos com melhores
monitoramento por vídeo de técnicas, afastamento do operador da
abatimentos, novas questões geotécnicas frente de trabalho, mais conhecimento
surgem. dos fatores de segurança aplicáveis.
Uma análise dos relatórios públicos

mostra que parte da evolução dos índices
107
Referências
Bridges, M. Continuing Downward Trend of Mine Fatalities, But can it be Sustained? 2006.
Hartman, H. L. Introductory Mining Engineering. John Wiley. 1987.

Mining News: Fuller, P. Monitoring: the key to effective ground control. 2009. Disponível em
www.theajmonline.com.au/mining_news/news/2009/october, acesso em 2012.
Piroli, S. Segurança do Trabalho em Espaços Confinados. A ponte, maio-junho 2007, p. 7.
Silva, J. M. Estudo do fluxo de material fragmentado na mineração subterrânea com modelos

físicos. Universidade Federal de Minas Gerais. 2005.
Silva, J. M.; Neme. M. B. Aspectos de segurança na extração e no escoamento de materiais

fragmentados em minas subterrâneas. I Semana Iberoamericana de Engenharia de Minas, São
Paulo. 2004.
Torres, V. N.; Gama, C. D. Engenharia Ambiental Subterrânea. CETEM. 2005.
108
La Geologia Aplicada a La Mineria Subterranea
LA GEOLOGIA APLICADA A LA MINERIA SUBTERRANEA
JORGE MALDONADO REYES (1), WALTER RAMIREZ MEDA(2) , DAVID

BARRERA HERNANDEZ(3), RUBEN RAMIREZ GOMEZ(4), JESUS
GUTIERREZ ALFARO(5), CONSUELO RAMIREZ FLORES(6)
(1)
maldonadoreyesjorgeantonio@yahoo.com.mx, CUCEI, CCT, DEPTO. DE ING. CIVIL (2) wramirez@dip.udg.mx,CUCEI,
BELENES, ZAPOPAN, JAL, CUCEI,CCT, REVOLUCION 1500, GUADALAJARA, JAL, (3)davidbarrerah@hotmail.com ,
CUCEI, CCT, REVOLUCIÓN 1500, CUADALAJAR, (4)jeanpiaget_pedagogo@hotmail.com , CUCEI, DEPTO DE ING.
CIVIL Y TOP., (5) icjga@hotmail.com , CUCEI, DEPTO. DE ING. CIVIL Y TOP., (6) cramirez_2@hotmail.com, CUCEI,
CCT, DEPTO. DE ING. CIVIL
RESUMEN
La aplicación de la Geología Minera tanto de superficie y subterránea, están compaginadas, es decir, la

geología subsuelo necesita las evidencias o parámetros Geológicos-Estructurales “Económicos” proyectados con
base a la Topografía de superficie (TPS) y la Topografía Subterránea con los procedimientos teóricos prácticos
del levantamiento en general.
Una leve exposición de la aplicación de las imágenes de satélite, los anteriores levantamientos
geológicos de las topografías aéreas. En la geología general se hace mención a la geología superficial y sus
parámetros para programar las diversas actividades con la geología minera subterránea desglosando las mas
importantes, para determinar el tipo de yacimientos mineros y sus bloques económicos explotables (cubicación
de reservas), con este análisis se auxilia a la proyección de explotación minera y procesos metalúrgicos
respectivos según las leyes del tenor y minerales secundarios, las zonas de posibilidades de extensión tanto
verticales como horizontales del o los cuerpos mineralizados.
Palabras Claves:
TPS = Topografía de superficie
TSP = topografía del Subsuelo o Subterránea
G.G. = Geología General
G.M. Geología de Minas o Subterránea.
109
subterránea tiene el primer plano, el

1. INTRODUCCION objetivo la adición con los métodos
mineros de explotación, métodos
Al hablar de geología, es hablar
adecuados metalúrgicos y en segundo o
de una ciencia cuyo objetivo se deriva
tercer plano “El control de agua
del estudio de la materia que compone la
subterránea llámese nivel freático, o
naturaleza del globo terráqueo.
agua de filtración secundaria”.
En si es un campo amplio y su
2. METODOLOGIA
aplicación es bastante variable, del cual
se toma como base a la interpretación de Se aplica una tendencia teórico
una Geología General, que en este tema práctico y básico elemental, que fue la
se daría a la Geología Superficial para base para la aplicación y desarrollo del
llegar a poder analizar a la geología avance técnico con elementos
minera subterránea, utilizando los sofisticados y de más precisión.
parámetros similares a la geología En geología minera se ha
superficial como son: los litológicos, utilizado programas analíticos de
Tectónico-Estructural, Mineralógicos, posición de datos geológicos, químicos y
Comprobación de Zonas Anómalas estructurales, para sobreponerlo y
Geoquímica y/o Geofísica, completadas realizar una serie de modelos, di-
con la comprobación de métodos Tridimensionales en menor tiempo.
directos y barrenación.
Estos parámetros nos conducen El calculo de reservas, se realiza
dentro de la geología aplicada a la en la computadora, hay que considerar
minera subterránea al estudio de la que tiene sus limitantes con valores
geología económica (según el tenor o menores al área de un pixel, lo cual hay
sustancias que se tienen en el objetivo). que ajustar a ± los números
Esto va de acuerdo al comportamiento fraccionados. La densidad del muestreo
de elemento, llámese oro, plata, cobre, varía de acuerdo a su mineralogía y al
zinc, plomo, carbón, antimonio, cobalto porcentaje de minerales dominantes. Los
y otros. Los minerales no metálicos y los métodos geofísicos nos determinan la
minerales preciosos o semipreciosos son variabilidad a profundidad y extensión,
explotados a tajo a cielo abierto o bien aplicando para ello el más adecuado y el
explotación mixta subterránea y cielo reflejo del mismo en la obra minera
abierto como son los yacimientos subterránea.
diamantíferos, o bien cuando una
explotación es subterránea, esta puede Topografía
acondicionarse a cielo abierto, por
ejemplo tipo “glory Hole”. Los levantamientos de superficie
Muchos de las explotaciones anteriormente se utilizaba el Teodolito y
principalmente de cobre se iniciaron por Nivel de Lente, pasando al Transito y/o
obras mineras subterráneas y auxiliadas Plancheta. Se utilizaba la Línea base o
por la geología subterránea y la de referencia sobre áreas donde se
superficial. Se paso a la extracción a ubican las obras mineras y estos datos se
cielo abierto. El parámetro principal es la realizan sección que cruzan los cuerpos
ley crítica económica explotable mineralizados a mediados del siglo
aumentando así el volumen de reservas y pasado la cartografía geológica –
las modificaciones del beneficio de topográfica con aerofotos, formando un
recuperación metalúrgico del mineral. mosaico de fotografías aéreas (Figura
Con esto se desea cumplir que la No. 1) se inicio
geología aplicada a la minería
110
Figura No. 1.- Mosaico de fotografías aéreas.
y posteriormente el mapa foto geológico

(Figura No. 2).
Figura No. 3.- Geológico y Topográfico de las Obras Mineras.
Topografía de minas
Básicamente esta área de la

topografía de minas es sensiblemente
similar a la topografía superficial ya que
se conservan las mismas tolerancias,
tanto para la planimetría como para la
altimetría, dado que se habla de la
misma superficie terrestre. La diferencia
Figura No. 2.- Mapa Fotogeológico.
radica en que además de utilizar el eje de
las X (oriente-poniente) y el eje de las Y
Las coordenadas del lugar se (Norte –Sur), se utiliza también el eje de
consideraron como locales en base a una la Z (para el caso, la profundidad),
red rectangular sobre un punto de origen normalmente a partir de un punto sobre
fijo determinado por una orientación la superficie terrestre se tiene que
astronómica y valores a la “X” y “Y” de localizar la proyección exacta de dichos
la cuadricula (Figura No. 3) puntos ubicados en superficie hasta
posteriormente se aplica las coordenadas profundidades en que algunos casos
geográficas (Figura No. 4), las escalas rebasan los 200 metros y en estos casos,
utilizables en regional es variable para lo mas viable a nuestros criterios, se
una aplicación a la minería subterráneas ubican los puntos a través de
esta en Escala 1:1,00 – 1:500 – 1:100 y triangulaciones y/o trilateraciones
para detalles geológicos de minas esta preciosas de los puntos de superficie
puede ser 1:10, cuando se estudia un para que los de profundidad sean
sector o parte de un cuerpo mineralizado realmente proyecciones exactas y o
con sus cruceros y obras secundarias sufran cambios de posición.
tanto horizontales como verticales
(subniveles o rebajas). Esto que se menciona es muy
importante y básico, porque como es de
conocimientos (Ingenieros Topógrafos),
existen a nivel mundial tres sistemas de
coordenadas, las cuales difieren en su
exactitud; una denominada DATUM
ITFR 92, la segunda denominada MAD
27 se deberá de Restar 1.74 “(segunda)
111
en latitud y 0.81” (segundos) en longitud enfocan los datos locales dentro del área
a las coordenadas UTM, se deberán de propuesta. En este caso se tienen 2
sumar 26.00 mts en E (Este) y Restar superficies:
188.00 mts en 11 (Norte); por razones
aquí expuestas se debe de tener especial 1. Reserva Minera Nacional (RMN)
cuidado al realizar dichas 2. Lote Minero
triangulaciones ya que de otra forma las La secuela para llegar a la geología
proyecciones realizadas sin excepción del subsuelo es como todo de lo general
NO COINCIDENTE con los puntos de a lo particular, en la Figura No. 4 (Plano
superficie. El levantamiento de las obras Geológico Área Cebadillas y Reservas
mineras se realizan con Transito para los Minera Cebadillas, en el estado de
puntos de control o bien con Brújula Nayarit). El Lote Minero se encuentra en
colgante para pozos, contrapozos y una secuencia de Rocas Ígneas
niveles de poca dimensión o subniveles. Extrusivas “Tobas e Ignimbritas
intermedias cercanas al cono basáltico
3. GEOLOGÍA reciente, se complementa con 3
secciones tectónicamente se encuentra
La aplicación de la geología a la dentro de una secuencia de bloques
minería subterránea, solo que en esta el movidos, los cuales constituyen bloques
grado de los puntos topográficos son escalonados; estas zonas la
dimensionales y tridimensionales y sus mineralización de oro y plata en forma
proyecciones deben de ser no exactas, de vetas delgadas y de cizallamiento, la
sino precisas para el abatimiento de topográfica abrupta y desnivel promedio
errores, los objetivos van desde la mayor a los 1,000 metros, afloran
conjugación, de los análisis Tectónicos también apófisis de granito
Estructurales, los Litológicos, graniodiorítico, con estos parámetros se
Mineralógicos, Químicos (cualitativos – realizan estudios mas detallados en las
cuantitativos) constituyendo parte de la obras mineras.
Geología Económica, métodos de
exploración directa “Obra Minera y/o
Perforación”, métodos Físicos,
Yacimientos Minerales y pruebas físico
– químicos, temperatura de la
depositación de los minerales, edad de
las mismas y eventos de la
mineralización cuantificación de los
minerales (cubicación de reservas)
dirigidas como auxiliar a los métodos
adecuados de explotación (minería)
beneficio metalúrgico.
Figura No. 4.- Plano Geológico área Cebadillas.
Se expone un subtema de la En el tema de Geología

geología superficial para su desarrollo en subterránea se vera que se tiene que
la minería del subsuelo. seguir alterando datos de superficie y de
profundidad.
Geología Superficial (Figura No. 4) Geología Minera Subterránea
La aplicación no esta definida
La Geología Superficial puede con tanta precisión como en algunas
ser continental regional o local para la otras disciplinas, esta era la forma de
aplicación de la geología subterránea se pensar anteriormente, aunque no ha
112
evolucionado con la rapidez con Con este método se coloca l hoja del
formulas matemáticamente adecuada, se levantamiento y se mide a corta la
pueden sustituir algunas variables de distancia de acuerdo con los datos
especialidades auxiliares en el estudio de litológicos estructurales, mineralógicos,
la geología minera, tales campos son: alteraciones, el comportamiento de la
mineralogía, el comportamiento de las estructura mineralizada, clasificando las
soluciones hidrotermales y las fallas, fracturas, diaclasas, espesores,
reacciones químicas, su aplicación entre desplazamientos, comportamiento tanto
aguas subterráneas, el valor económico horizontal, como vertical (Figura No. 7 y
de las leyes explotables (cubicación de Figura No. 8), posteriormente se realiza
reservas) aplicables a un proyecto de el muestreo correspondiente de canal o
explotación y un programa adecuado de el adecuado para llevar a la par la
exploración en las proyecciones de los geología y el control mineralógico;
cuerpos mineralizados definiendo de que cuando está sobre frentes de explotación,
tipo de yacimiento es y que sustancias se se realiza una visita a dichos lugares para
busca para acelerar el juicio entre observar el comportamiento del cuerpo
detalles locales y la estructura en mineralizado, llevar un control de la
conjunto (Figura No. 5 y Figura No. 6), frente de avance.
Figuras No. 5 y 6 Localización de las Minas
para una mejor interpretación al geólogo

minero utiliza hojas tamaño carta
seccionadas las obras mineras con sus
puntos de control topográfico
(previamente elaborados).
Figura No. 7.- P
211 Tomando una o mas muestras del

sitio productivo, para ello, ya se tiene un
Coorde 215
na da s
210
proyecto de obras programadas (Figura

Obra s
214 Miner
213 as
219 sa lida
No. 8), aquí se pone un plano del

212
Distrito Minero El Chico, en el Estado

de Hidalgo como algo general para
complementar se mencionan los
siguientes pasos prácticos.
Ejemplo
o Punto topográfico 2 N-13 etc.
+ Coordenadas
Veta
Cuerpo Mineraliza do
113
Figura No. 9.
Figura No. 8.
Para la toma de muestra esta debe

de limpiarse la tabla, ciclo o sitio, para
evitar la contaminación y el acuerdo al
ancho de la estructura, ó un tramo cada
1.00 metro, ejemplo; si se tiene una veta
de 6 metros o 7 metros este se divide en
5 y el ancho seria de 1.50 metros y nos
dará un valor más exacto de la misma.
Para un mejor control es
necesario ir haciendo el control de Figura No. 10.- Área No 2.
densidad en forma práctica se tiene en el

laboratorio una muestra, cuando esta se Otros complementos o métodos
colecto en un cambio ya sea litológico o para la cubicación es la barrenación, esta
mineralógico, para ello se aplica al se lleva desde la superficie como base de
principio de Arquímedes y su formula: la exploración así como en las Obras
Mineras Subterráneas, en la Figura No. 3
se tiene proyectado el nivel principal con
G = Gravedad especifica o densidad sus plazas de barrenación cada 10 a 20
Pm = Peso de muestra metros ya que se trata de un cuerpo
Pa = Peso del agua o liquido diseminado, en caso de un cuerpo
Pma = Peso de la muestra mas el liquido irregular o tipo chimenea, estas
(agua, que se utiliza una balanza y sus barrenaciones se realizan con abanicos
capacidades o grado de precisión) tanto horizontal como inclinados.
Esta densidad no es la real, si la Cuando son tabulares estas se

analizamos sobre que sitio esta la realizan con obras directas de
explotación se zona de oxidación o preferencia.
minerales solubles.
No con esto se decide que es un
Zona Mixta o de transacción método especial o único; Actualmente la
Zona de sulfuros (Figura No. 9 y Figura exploración se puede realizar con
No. 10). métodos geofísicos adecuados al
elemento del objetivo como se hacen
superficies (Fotografía No. 1).
114
fracturas, fallas, litología, mineralización

contenido de elementos del cual se
planeo el estudio, auxiliando a la
explotación del mineral (minería) de
acuerdo a la metodología propia de
extracción conjugando para aplicar
cuales son las etapas del beneficio del
producto (Metalúrgico), como punto
secundario, se puede aplicar también en
fuentes del agua subterránea, control de
Fotografía No.1.-Perforadora de diamante. calidad y abastecimiento del agua para
su planta de beneficio y otros usos.
Aquí se menciona el caso de una
mina de cobre, el contenido metálico ó Los métodos para llevar una
% de cobre según el mineral. Geología Minera Subterránea son
variables de acuerdo con el geólogo
Mineral: minero, la norma a seguir es clara, no tan
Carbonatos: Malaquita – Cu2 (CO3) solo es la Geología Subterránea
(OH)2 – 57% Cu, horizontal ni vertical, es la interpretación
Azurita: Cu2 (CO3)2 (OH)2 – 55% Cu, espacial (X, Y, Z) para llegar a cubicar
Bornita (Cu5 Fe S4) – 63% Cu, las reservas del o los minerales, el
Calcosina Cu2 S 79% Cu, comportamiento del cuerpo mineralizado
y un valor económico de la mina.
4. CONCLUSIONES
Programando para ello, la
La Geología es una ciencia explotación, exploración y posible
amplia como otra disciplina así se puede origen de depositación minera.
distinguir las especialidades Geología
General, Geología del Petróleo, Si no existe un interés agresivo
Geología Aplicada a la Ingeniería Civil, en la preparación de obras de extensión
Geohidrología, Geología de Minas, del cuerpo (yacimientos minerales). Este
Geología Tectónica – Estructural y otras nos conduce al abandono de la empresa
más, para llegar a la Geología Aplicada a y del sitio (Fotografía No. 2) y el
la Minería Subterránea, es necesario producto es crear distritos mineros
conocer el contexto Geológico fantasmas.
Superficial auxiliándose en
levantamientos topográficos y/o
cartográficos según el objetivo
delimitando las áreas donde se
programan la búsqueda o desarrollo
minero de interés. Remarcando los
eventos o evidencias que puedan
conducirnos a sitios favorables para un
desarrollo minero subterráneo
económicamente explotable.
Fotografía No.2
Así en la aplicación de la
Geología a la Minería Subterránea se La tecnología esta cambiando a
realiza un levantamiento de datos a paso lento, son pocos los cuerpos de
detalle considerando zonas de diaclasas, grandes leyes, se busca ahora leyes
115
medias con valores críticos económicos

y de volúmenes medios también a gran
volumen (diseminados).
Estos parámetros están en

conjunto con la demanda del mercado,
ya sea Nacional o Mundial.
¿A quien le interesa la minería

subterránea?
116
BIBLIOGRAFIA
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238.
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área de el Chico Hidalgo, Consejo de Recursos Minerales VI Seminario interno, sobre Exploración
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Proyecto Concepción del Oro Zacatecas, Consejo de Recursos Minerales VII Seminario Interno
sobre Exploración Geológica Minera, México 1978, págs. 342 – 363.
117
El Teniente y el desafío geotecnológico para enfrentar su expansión subterránea
JUAN CÉSPEDES (1) , MARIO SÁNCHEZ (1), FROILÁN VERGARA (2) ,

FERNANDO PARADA (2).
(1) Escuela de Ciencias de la Tierra, Facultad de Ingeniería, Universidad Nacional Andrés Bello – Chile
juan.cespedes@unab.cl, mario.sanchez@unab.cl
Salvador Sanfuentes 2357, Santiago-Chile
Tel. 56-2-7703622
(2) Departamento de Ingeniería Metalúrgica, Universidad de Concepción-Chile.

fvergar@udec.cl, fparada@udec.cl
Edmundo Larenas 285, A.P.407-0371, Concepción-Chile
Tel. 56-41-2204202
RESUMEN
La Mina El Teniente de la Corporación Nacional del Cobre, CODELCO, es una mina de cobre con más
de un siglo de explotación y con ella se inicia en Chile, en el año 1905, el ciclo de la gran minería.
Ubicada bajo el cerro del mismo nombre, se localiza a 80 kilómetros al sur de Santiago y a 2.500 metros
sobre el nivel del mar. Se compone, actualmente, de casi 2400 Kmts. de galerías subterráneas, por lo que
se considera la mina subterránea de cobre más grande del mundo.
Debido al agotamiento de los sectores de extracción, se contempla el desarrollo de un Nuevo Nivel

Mina. Este Nuevo Nivel Mina estará ubicado unos 100 metros más abajo del nivel actual, lo que implica
el desarrollo de nueva infraestructura de acceso. En términos sencillos, se construirá una nueva
mina empezando desde cero, lo que es altamente desafiante y requiere la mejor capacidad técnica y
humana.
La minería subterránea, por su tipo, es una actividad que presenta variados desafíos, tales como la
necesidad de contar con eficientes sistemas de ventilación que permitan crear ambientes adecuados para
la salud de las personas y el funcionamiento de los equipos. Por otra parte, los niveles de esfuerzos en la
roca y la profundidad que ha alcanzado la explotación del yacimiento, han obligado a desarrollar y
aplicar geotecnologías que ayuden a disminuir los riesgos de los estallidos de roca, como se muestra en
este trabajo.
En esta iniciativa se realiza una descripción general y exploratoria sobre el desafío geo-tecnológico que
significa la ejecución de este proyecto que marcará un hito en la ingeniería chilena, debido
principalmente, a que se construirá un nivel completo en El Teniente, de una sola vez, que establece la
infraestructura básica para producir sobre 130.000 toneladas por día (tpd) con un alto nivel de
automatización en gran parte de sus operaciones.
Palabras claves: Minería subterránea, Geotecnologías.
118
Introducción
1. INTRODUCCIÓN 2. DESARROLLO
El proyecto Nuevo Nivel Mina (NNM) es uno de La configuración del proyecto contempla una
los cuatro proyectos estructurales de Codelco. Este explotación a través del método explotación
proyecto consiste en ampliar la mina El Teniente en subterránea Panel Caving, con el 100% del área
un sector más profundo del cerro (cota 1.880), preacondicionada con fracturamiento hidráulico y
sumando una nueva superficie de 2 millones 50 mil un esquema de niveles típico de la mina El
metros cuadrados y asegurando la continuidad Teniente. Es decir: Hundimiento, Producción,
operacional de la División El Teniente. Ventilación, Acarreo y Chancado. La diferencia es
que, en este caso, el mineral va a ser sacado a
Los objetivos de este proyecto son: superficie – al concentrador Colón- a través de un
sistema de correas transportadoras. Ver figura nº 2.
a.- Minimizar riesgos:
• Geomecánicos
• Cumplimiento de plazos y ramp-up
• A las personas:
- Seguridad
- Calidad de vida
b.- Costos de operación tendiendo al primer cuartil

de la Industria.
c.- Innovación.
d.- Cumplimiento normativa ambiental.
e.- Responsabilidad Social.
El proyecto NNM sumará 2.434 millones de

toneladas de reservas, con una ley media de cobre
de 0,84% y una ley media de molibdeno de 0,020%,
que se traducen –en un período de más de 50 años
Figura nº 2 Manejo de Materiales.
de operación contados desde fines de 2017- en más
de 20 millones de toneladas de cobre fino. Ver
figura nº 1.
El Proyecto Nuevo Nivel Mina permitirá mantener
la capacidad de El Teniente en las actuales 137.000
toneladas por día (tpd), que equivalen a una
producción en régimen en torno a 430.000
toneladas de cobre fino al año, dejando abierta la
opción, hacia el año 2020, de tomar la decisión de
iniciar las obras necesarias para poder llegar a
producir 180.000 tpd. Ver figura nº 3.
Figura nº 1 Reservas.
119
Figura nº 3 Plan Minero (Flexible).

Figura nº 5 Infraestructura en sector Confluencia.
La infraestructura del Proyecto NNM se compara
con lo realizado por los pioneros norteamericanos
que en 1920 construyeron El Teniente 5 y su salida
a Sewell (cota 2.280). También con el llamado
Programa 280, ejecutado por la Braden Copper Co.
en 1968, que desarrolló El Teniente 8 y su salida en
Colón (cota 1.980). Ver figura nº 4.-
Figura nº 6 Características principales accesos.
El proyecto Nuevo Nivel Mina plantea un diseño de

ingeniería orientado a mitigar los riesgos.
Asimismo, reducirá de manera importante la
exposición de las personas a situaciones riesgosas,
ya que considera operaciones semiautomáticas
comandadas desde salas de control ubicadas en la
Figur ciudad de Rancagua, a más de50 kilómetros del
a nº 4 Historia de accesos. área de trabajo. Ver figura nº 7.
Los accesos de NNM serán dos túneles paralelos de

9 kilómetros – uno para la entrada y salida de buses
con trabajadores, y el otro para la correa
transportadora de mineral, pista de servicios y vía
alternativa para emergencias - que tomarán 4 años
de trabajo y correrán por debajo de la cota del río
Coya, para llegar al sector denominado
Confluencia, en la altura de Caletones (cota 1.500)
Ver figura nº 5 y figura nº 6.
Figura nº 7 Manejo remotos de equipos y automatización

de operaciones.
Entre los años 2011 y 2017 el proyecto ejecutará

98.450 metros de túneles (desarrollos horizontales)
120
y 3.454 metros de desarrollos verticales: chimeneas

de ventilación y piques de traspaso.
Para la mitigación de riesgo, a nivel Geológico, se

pretende que:
a) A través de la generación de un Modelo

Litológico 3D:
• Precisar y mejorar los contactos entre litologías.

• Mejorar la capacidad de análisis.
b) A través de la generación de Modelo Estructural

- Dominios Estructurales, que permitirá:
Figura nº 8 Perfil esquemático Sector Andes.
• Reconocer las zonas de fallas.
• Mejorar definición de Macrosecuencias. 2.1 ASPECTOS DE DISEÑO Y OPERACIÓN
c) Generación de Modelo de Alteración Según lo anterior, de desarrollará una explotación a

Hidrotermal que permitirá: 3 frentes en 2 niveles (Flexibilidad), que permitirá:
• Mayor confiabilidad en la comprensión del
• Mejorar manejo del frente de socavación.
comportamiento de aguas subterráneas.
• Facilitar la recuperación de sectores por
posibles colapsos.
d) Generación de Modelo de Bloque Geotécnico • Independizar la preparación y operación de los
que será un input importante en el diseño y sectores productivos.
planificación minera. • Obtener accesos independientes a los sectores.
• Independizar la gestión de minas.
Lo que permitirá, a nivel Geomecánico, contar con:
• Definición del Estado Tensional. Con respecto a la socavación (Crinkel Cut),

• Determinación del ancho de frente de permite:
explotación.
• Reconocimientos de dominios estructurales. • El diseño y construcción de las bateas (Menor
• Desarrollo de modelo numérico para la dimensión de la Batea).
evaluación de esfuerzos. • Visera en 90°.
• Mayor Crown pillar.
Lo anterior, fundamenta la explotación en • Facilitar verificar el corte basal.
macrosecuencia en 3 frentes, con un frente • Mejorar la distribución de los esfuerzos en el
desacoplado ubicado en cota inferior. Ver figura nº frente de socavación.
8.
Finalmente, con respecto al hundimiento avanzado
(ver figura nº 9), se obtiene:
• Mínima exposición del personal y equipos a

trabajos en zona de transición.
• Menor congestión de preparación,
construcción y producción.
• Menor daño en .nivel producción por pilar
más robusto
• Mejora el manejo de marinas al tener calles
adelantadas.
121
camino será de 1.500, muy por debajo de Barahona,

lo que significa más días sin problemas de nieve.
3. CONCLUSIONES FINALES
El desarrollo del Proyecto Nuevo Nivel Mina de la
División El Teniente de CODELCO, permitirá:
Ser un yacimiento de categoría mundial con

recursos de 4.511 Mt con una ley media de 0.83 %
Cu.
Figura nº 9 Preacondicionamiento. El proyecto considera explotar desde la Cota 1.880,

a un ritmo de 137-180 ktpd, 2.020 Mt con una ley
Otra obra relevante será un nuevo camino que media de 0.86% de Cu y 0,022% de Mo.
correrá entre el sector de Maitenes y Confluencia,
con varios túneles y puentes, que tendrá una Las estimaciones de costo de producción permitirán
longitud menor que el camino actual, lo que posicionar al proyecto entre el primer y el segundo
permitirá ahorrar tiempo en cada viaje, impactando cuartil de la industria.
positivamente en productividad y en la calidad de
vida de los trabajadores. Este ahorro en tiempo de Ser un proyecto con una alta solidez técnica y en
viaje será de entre 25 a 30 minutos por viaje (1 hora presupuesto, siendo el principal riesgo, el Plazo de
por cada turno), lo que facilita la implementación Ejecución con un inicio de producción planificado
de turnos de 12 horas. Ver figura nº 10. para el segundo semestre del año 2017.
Características Principales: En resumen, la ejecución de este proyecto marcará

un hito en la historia de la ingeniería chilena. No
• Longitud: 16,22 Km sólo por la características desafiantes de la roca, de
• 3 Túneles Carreteros su ubicación geográfica y del nivel de profundidad
de este yacimiento; sino también porque por
• 7 Puentes
primera vez, en sus casi 106 años de historia, se
• 8 Obras de arte mayores
construirá un nivel completo en El Teniente, de una
• Velocidad promedio: 80 km/h sola vez, con la infraestructura básica para producir
• Período de construción: 36 meses sobre 130.000 toneladas por día (tpd).
• Movimiento de tierra (incluye túneles):
2.800.000 m3. Es un proyecto que desarrollará la minería del
futuro, altamente automatizada en gran parte de sus
procesos, lo que mejorará la seguridad y calidad de
vida del recurso humano.
Es decir, es una oportunidad histórica que permitirá

refundar la Mina El Teniente, no sólo al construir
un nuevo nivel (nuevo complejo), sino que también,
al aplicar una transformación total de la gestión y
de la manera de hacer minería.
Figura nº 10 Accesos: Maitenes – Confluencia.
Esta ruta conectará con el camino existente, de

manera que también podrá ser usado por quienes
vengan desde Caletones, acortando sustancialmente
sus tiempos de viaje. La cota más alta de este
122
REFERENCIAS
[1] Área Minera, ISSN 0718 – 3704.
[2]La minería que viene, http://www.areaminera.com/Servicios/eminet/6.act
[3] http://www.codelco.cl/nuevo-nivelmina-el-teniente/prontus_codelco/2011-07-
06/130724.html, Santiago – Chile: Año 2011.
[4] www.aminera.com/aminera.tv/marzo2011, Santiago Chile: Año V, nº 53.
123
Comportamento do Enchimento em Realces Verticalizados
FELIPE DE BRITO PEREIRA1

Dr. RODRIGO PELUCI DE FIGUEIREDO2
1Engenheiro de Minas, AngloGold Ashanti, Geotécnico, fbpereira@anglogoldashanti.com.br
2
Professor Associado, Depto. De Eng. De Minas – Universidade Federal de Ouro Preto, rpfigueiredo@yahoo.com.br
RESUMEN: El uso de relleno, en minas subterráneas, ha ido en aumento con el propósito de control
geotécnico y disposición de materiales estériles. El comportamiento del mismo es influenciado
significativamente, por la calidad del macizo rocoso circundante. Tal hecho convierte esta variable en un
factor fundamental para la selección del relleno a utilizar. En este articulo son presentadas fórmulas
analíticas y simulaciones numéricas para estimar una respuesta mecánica del relleno hidráulico en rajos
(hundimientos) verticales. Los resultados confirman una gran influencia de efecto arco en la distribución
de esfuerzos a lo largo de la columna de relleno en cuanto a los modelos numéricos y analíticos. Se
perciben que los coeficientes de empuje generados en los primeros (modelos numéricos), son
intermediarios entre aquellos indicados por los empujes pasivos y activos de los segundos (modelos
analíticos).
PALABRAS CLAVE: relleno; rajos verticales; efecto arco; coeficiente de empuje.
RESUMO: A utilização de enchimento vem sendo cada vez mais utilizada em minas subterrâneas com o
propósito de controle geotécnico e disposição de materiais estéreis. O comportamento do mesmo é
significativamente influenciado pela qualidade do maciço rochoso circundante, fato que torna esta
variável um fator fundamental para a seleção de qual enchimento se utilizar. Neste artigo, são
apresentadas formulações analíticas e simulações numéricas para estimar a resposta mecânica do
enchimento hidráulico em realces verticalizados. Resultados confirmam a grande influencia do efeito arco
na distribuição dos esforços ao longo da coluna de enchimento e que, quanto aos modelos numéricos e
analíticos, percebe-se que os coeficientes de empuxo gerados nos primeiros, são intermediários entre
aqueles indicadas pelos empuxos passivos e ativos nos segundos.
PALAVRAS CHAVE: enchimento; realces; efeito arco; coeficiente de empuxo.
124
MODELADO DE FRACTURAS
El papel de la geología

Resumen
Existen numerosos mecanismos para el modelado o simulación de redes de diaclasas o de fracturas tanto
para minería de sólidos como para la minería de líquidos y/o gaseosos.
Para el caso de la minería de hidrocarburos, gran parte de estos mecanismos, deriva de la geofísica y
consisten en aplicaciones sobre variables del modelo geofísico 2D o 3D con algoritmos que parecen
explicitar aquellas características estructurales que están bajo el umbral de detección del modelo.
Por otro lado, la minería de hidrocarburos y la minería de sólidos suelen inferir o modelar el estado de
fracturación de los elementos subterráneos con el uso de análogos aflorantes.
En ambos casos se usan procesos geoestadísticos para la caracterización del análogo aflorante en un caso
o del modelo geofísico.
Esta ponencia hace referencia al uso de los modelos derivados de información de análogos aflorantes y al
papel de la caracterización geológica adecuada antes de comenzar los procesos geoestadísticos.
El esquema estructural de fracturas y diaclasas de una unidad geológica aflorante tiene componentes
derivados de su exposición meteórica que no tienen porque estar presentes en la unidad no aflorante que
se intenta modelar.
Del mismo modo existen elementos estructurales cuya consecuencia en la explotación del yacimiento
resultan irrelevantes y la factorización de la importancia de los mismos estará a cargo de los geólogos de
exploración.
La caracterización de los elementos estructurales llevará a la elección de aquellos que integrarán
realmente el modelo.
Finalmente se analizan dos procesos de modelado uno basado en geostadística multipunto con imágenes
de base análogos y otro basado en procesos de simulación estocástica y una rutina en VBA para
AutoCAD®.
1. INTRODUCCIÓN
A lavra de mina subterrânea é uma

modalidade da mineração que vem
crescendo em escala e se desenvolvendo
tecnologicamente nas últimas décadas,
em virtude da maior exigência de
sustentabilidade das empresas,
aprofundamento das minas a céu aberto
existentes, o que provoca aumento da
relação estéril/minério, e também da
maior demanda de matéria prima pela
sociedade.
125
Os diversos métodos de lavras já hipotéticas por meio de modelagem

catalogados e definidos podem ser analítica. Posteriormente, uma análise
agrupados por suas características de numérica, utilizando o software Phase2
aplicabilidade ou princípios comuns. da Rocscience, com os mesmos
Percebe-se que o grau de suporte dos
parâmetros adotados na primeira
realces, a inclinação do corpo mineralizado
e a condição geotécnica do maciço rochoso
modelagem foi empreendida. Por fim,
representam os principais critérios de foram comparados os resultados de
agrupamento. Em várias condições de lavra ambas as modelagens para, assim,
é comum a utilização de enchimento como quantificar a correspondência entre os
principal técnica de suporte. dois tipos de modelos.
Concomitantemente com o crescimento da Outros analistas do mesmo problema,

mineração, a especialidade da geotecnia como Li et al., 2003 [1], Aubertin et al.,
vem abrindo novos horizontes, pelo fato de 2003 [2] e Belem T., 2007 [3], também
estar estritamente relacionada com a buscaram comparar soluções analíticas
qualidade, segurança e operacionalização
com numéricas. Entretanto, seus
das atividades de lavra.
trabalhos se diferenciaram por utilizar,
O presente artigo faz parte do trabalho de em alguns casos, formulações
conclusão de curso da carreira de tridimensionais e também outros
engenharia de minas na Universidade softwares, como o FLAC.
Federal de Ouro Preto do segundo semestre
letivo de 2011. Neste se estudou análitica e 2.1 Los modelos analíticos
computacionalmente, os resultados que Para o estudo das tensões verticais e
podem proporcionar o enchimento das horizontais foram adotados os modelos
escavações de minas subterrâneas durante e de Marston (1930), Terzaghi (1943) e o
posteriormente à etapa de lavra
modelo modificado de Martson; todos
propriamente dita. Para tanto, foram
utilizados os conhecimentos atualmente
disponíveis para consulta em Belem T.,
disponíveis, no âmbito da geotecnia, sobre 2007 [3]. Neste trabalho se utilizaram
os efeitos de tal técnica de suporte. apenas formulações bidimensionais,
pois se desejava a comparação com
2. METODOLOGÍA modelos numéricos também 2D, como é
o caso com o emprego do software
Entender o comportamento do
Phase2.
enchimento em escavações subterrâneas
é de fundamental importância para sua
Cada modelo coloca em foco o valor da
adequada utilização como suporte.
razão entre as tensões horizontais e
Tendo em vista a grande utilização do
verticais, ou seja, o coeficiente de
enchimento hidráulico nas minas
empuxo, tendo sempre em conta, como
brasileiras e do maior conhecimento dos
variável condicionante, o ângulo de
parâmetros deste material, quando
atrito do material. Dentre as
comparado ao das propriedades de
possibilidades para tal coeficiente,
outros tipos de enchimento, as análises
deve-se, desde já, salientar que num
aqui realizadas consideraram este tipo
realce preenchido, o coeficiente dito
de enchimento.
ativo é aquele que resulta em menores
pressões internas transmitidas às
Para avaliar o comportamento do
paredes. O coeficiente passivo, por sua
enchimento hidráulico em realces
vez, implica as maiores pressões e o
lavrados por corte e aterro foram
analisadas, individualmente, situações
126
coeficiente de empuxo no repouso, um 2011 [5], que tratam de características

meio termo. geomecânicas de uma mesma formação
geológica do Quadrilátero Ferrífero.
As dimensões do realce aqui simulado e
os avanços proporcionados por cada 3. DISCUSIÓN DE LOS
desmonte compreendem uma média de RESULTADOS
situações encontradas nas minas de ouro
da região do Quadrilátero Ferrífero Durante a operação de lavra se faz
(MG) lavradas por corte e aterro. Os necessário a utilização de suportes para
parâmetros mantidos constantes para a viabilizar as operações, controlando as
simulação, como o peso próprio e o movimentações do maciço rochoso,
coeficiente de Poisson foram retirados evitando possíveis problemas
das referências bibliográficas ambientais e garantindo ou aumentando
consultadas. a produtividade e segurança
operacional. Entre os suportes podem
2.2 Los modelos numéricos ser distinguidos dois tipos: os artificiais
Com o intuito de se verificar o e os naturais. Os últimos abrangem
comportamento do enchimento em pilares que são constituídos geralmente
escavações subterrâneas através de de minério, enquanto os primeiros
modelos numéricos, este trabalho abrangem desde ancoragens passivas ou
apresenta uma simulação através do ativas até os diversos tipos de
método de elementos finitos, com o enchimento existentes. Como resultado
software Phase2 da Rocscience. de uma busca bibliográfica foram
catalogados diversos tipos de
Com o objetivo de possibilitar enchimento utilizados em minas
comparações com os resultados subterrâneas. Entre estes é significante
analíticos, foram adotados, quando mencionarmos: Rock Fill, Cemented
possível, os mesmos parâmetros Rock Fill (CRF), Concrete Fill, Paste
utilizados na modelagem analítica. Fill, Ice fill e o enchimento hidráulico,
Adotou-se um modelo elástico para as que foi o objeto de estudo deste
rochas encaixantes e minério e um trabalho.
modelo plástico para o enchimento. A
escolha desta condição para o Os diversos tipos de enchimento
enchimento se deve às condições de cimentados existentes costumam se
empuxo, passivo e ativo, que somente enquadrar na classe dos enchimentos
são atingidas com plastificação passivos, visto que necessitam "receber"
completa do mesmo. Mais esforços para que exerçam forças
precisamente, vale ressaltar que o contrárias à movimentação da
modelo de comportamento considerado escavação. Diversos parâmetros devem
para o enchimento é elasto-plástico ser cuidadosamente tratados na
perfeito, ou seja, os parâmetros de disposição de enchimento, como
resistências residuais são equivalentes coesão, coeficiente de Poisson, Módulo
aos de pico. de Young, condutividade hidráulica,
resistência à compressão uniaxial,
As propriedades mecânicas da distribuição granulométrica, ângulo de
encaixante e do minério foram atrito, porcentagem de agentes ligantes
estimadas de acordo com as referências: entre outros.
Barbosa E. S. 2008 [4] e Barbosa K. J.
127
Como já foi dito, para estudo do Quando um material, com as

comportamento do enchimento propriedades típicas de um enchimento
hidráulico em realces verticalizados, hidráulico, vai sendo disposto em um
foram adotados modelos analíticos e realce relativamente estreito, a sua
numéricos. As formulações analíticas resistência ativa será alcançada em
são ferramentas, de certa forma, algum momento. Aparecerão, então,
restritas, por simplificarem recalques devido à plastificação
demasiadamente a situação real que se induzida pelo peso do material
deseja estudar. Entretanto, esse tipo de sobrejacente. Entretanto, parte do peso
ferramenta possibilita a avaliação desse material rompido é suportado
preliminar de uma ampla gama de pelas encaixantes através de forças
alternativas, o que pode indicar o cisalhantes mobilizadas ao longo das
melhor direcionamento na solução de interfaces realce-enchimento. Desta
um dado problema. Logo, os métodos forma, parte da carga proveniente do
analíticos podem proporcionar soluções peso do material é transferida para as
rápidas e de baixo custo para o paredes, resultando numa diminuição
comportamento de enchimentos em das tensões verticais na base do realce.
escavações subterrâneas (Mitchell 1983 Segundo Li. L et al., 2003 [1], o efeito
apud Brady B. 2004 [6], Aubertin et al., arco foi observado em diversas
2003 [2]). Os modelos numéricos foram situações, particularmente, dentro de
elaborados tendo como referência os silos para armazenamento de materiais
modelos analíticos, de tal forma que granulares. Essa redistribuição de
possibilitassem uma comparação com tensão se deve às diferentes
os primeiros. propriedades geomecânicas dos
materiais que estão em contato.
3.1 Efecto Arco
Acima da posição do arco principal,
Em realces já lavrados e preenchidos uma representativa fração do peso do
com enchimento, devido ao efeito arco enchimento é transferida, através das
(que é dependente das dimensões do forças de atrito, para as paredes do
realce), a pressão vertical na base do maciço rochoso. Investigações através
realce é inferior à pressão vertical de modelos e medidas in situ mostraram
correspondente ao peso da coluna de que a magnitude da redistribuição de
material. Isso ocorre devido a uma tensões depende significativamente da
transferência horizontal de pressão, deformação do material que confina o
Belem T., 2007 [3]. Essa transferência enchimento (Hunt R. E., 1986 apud Li.
se dá devido ao atrito e à interação L et al., 2003 [1]).
coesiva entre o enchimento e a parede
de rocha. Quando os pilares e as paredes
do realce começam a se deformar no
sentido da escavação, o enchimento
passa a oferecer uma reação lateral
passiva. O estado de máxima reação
mobilizada é definido como resistência
lateral passiva (Hunt R. E., 1986 apud
Li. L et al., 2003 [1]).
128
valiosas para os engenheiros no âmbito

de discussões geomecânicas. As
mesmas são bastante empregadas para
uma avaliação preliminar das condições
de tensão e também para validação de
simulações numéricas. Porém,
frequentemente são consideradas para
situações simplificadas e aplicáveis para
estudos preliminares de projetos.
Figura 1: Ilustração do efeito arco em um realce Antes de prosseguir, vale ressaltar que
preenchido com enchimento (Adaptado de
existem algumas simplificações nas
Belem T., 2007 [3]).
formulações bidimensionais. Dentre
essas temos: o ângulo de atrito do
Considerando um realce que está sendo
enchimento é igual ao ângulo de atrito
preenchido, a força gravitacional
entre a parede e o enchimento, exceto
tentará, naturalmente, mover o material
no modelo de Marston 1930; a
de enchimento para baixo,
dimensão longitudinal (ao longo do
eventualmente, atingindo sua resistência
strike) é muito maior que a potência do
ativa. Como o mesmo é disposto em
corpo; as duas paredes do maciço são
camadas, a tensão vertical aumentará
compostas do mesmo material rochoso;
progressivamente e promoverá um
os esforços horizontais e verticais são
consequente aumento da tensão
uniformemente distribuídos ao longo da
horizontal em função do empuxo ativo.
largura total do realce.
Este aumento de tensão horizontal, por
sua vez, reflete-se lateralmente nas
Como conseqüência dessas
paredes, mobilizando uma resistência
simplificações, é possível constatar que,
por atrito que suportará parte do peso do
em relação a um modelo 3D, tanto as
enchimento sobrejacente (Potvin et al.,
tensões verticais quanto as horizontais
2005 [7]).
são significativamente superestimadas
Como dito, o efeito arco ajuda a reduzir
pelo modelo bidimensional, e que a taxa
a tensão vertical na massa de
de acréscimo aumenta com a
enchimento. Este fato permite que um
profundidade. Uma possível razão para
enchimento com 500 kPa de resistência
esta diferença está no fato de que, na
à compressão uniaxial possa
análise tridimensional, duas outras
permanecer exposto por mais de 100
paredes são consideradas logo também
metros de altura. Se o fenômeno em
estarão sob influencia do efeito arco,
questão não estivesse presente, seriam
Belem T., 2007 [3].
necessários mais de 2 MPa de
resistência, o que demandaria uma
A teoria leva em consideração o peso
elevada concentração de cimento,
específico do enchimento e a resistência
tornando, assim, o processo de
ao cisalhamento entre as paredes
enchimento extremamente oneroso
verticais e o material de enchimento a
(Potvin et al., 2005 [7]).
uma determinada profundidade.
Soluções analíticas baseadas na teoria
3.2 Formulacioness analíticas
do efeito arco levam em consideração as
tensões normais e cisalhantes induzidas
Como relatado anteriormente, soluções
na interface entre enchimento e paredes.
analíticas podem fornecer informações
129
A Figura 2 representa uma visão Tendo em vista a restrição de espaço

esquemática de um típico realce vertical que o artigo apresenta, as diversas
preenchido com enchimento, mostrando formulações analíticas não serão
também as forças atuando em um demonstradas completamente, porém
elemento diferencial. serão representadas através da Tabela 1.
Figura 2:Representação das forças em uma

camada da coluna de enchimento em um
realce vertical.( adaptado de Li. L et al., 2003
[1])
Tabela 1: Formulações analíticas para as tensões horizontais decorrentes da coluna de

enchimento e coeficiente de empuxo para cada modelo. ( µ ’ = tan δ= coeficiente de
atrito entre enchimento e encaixante (δ é o ângulo de atrito entre as superfícies,
geralmente considerado entre ∅f /3 e 2∅f /3, variando, assim, entre 0º a 22º); σhH = σ’hH
= tensão horizontal; B = largura do realce; γ = peso próprio do enchimento; δ = angulo
de atrito efetivo entre o enchimento e a parede da encaixante; H = coluna de
enchimento; ∅f = ∅’f = ângulo de atrito interno do material; c = coesão do enchimento;
Ka = coeficiente de empuxo ativo; Kp = coeficiente de empuxo passivo; Ko =
coeficiente de empuxo no repouso).
Coefiente de empuxo no
Teoria Tensão Horizontal
Enchimento
Marston (1930)
Marston
Modificado
(Aubertin et al.,
2003)
Terzaghi (1943)
A Figura 3 ilustra, por meio de uma

analogia com o clássico problema de arrimo
130
em mecânica dos solos, as condições Ao se criar uma escavação o maciço

correspondentes aos empuxos ativo, passivo rochoso se deforma como resultado do
e no repouso. desconfinamento gerado. A magnitude
das deformações dependerá da
3.2 Consideraciones del coeficiente qualidade do maciço rochoso na qual a
de empuje K escavação foi realizada e do vão
exposto.
Notam-se diversas formulações que
visam estimar o coeficiente de empuxo No método de lavra por corte e aterro as
no enchimento. Outra estimativa fatias lavradas são geralmente de
possível, não mencionada, para o espessuras bastante inferiores à altura
coeficiente de empuxo no repouso, , total do realce, fato que permite um
é aplicável para materiais perfeitamente enchimento rápido a cada avanço. Em
elásticos em situações nas quais as decorrência disso, as convergências
tensões horizontais inibem incrementais das paredes ocorrem com
completamente a deformação o enchimento já disposto no realce,
horizontal. Isso sempre ocorre sobre comprimindo o mesmo (Hustrulid W. et
uma seção de simetria vertical. A al. 1989 [8]; Knutsson S. 1981 [9]). Esta
formulação pode ser escrita da seguinte situação se aproxima da condição na
maneira: = ν/ (1 –ν), onde ν qual o coeficiente de empuxo aplicável
representa o coeficiente de Poisson do é o dito passivo. Quando o realce é
material de enchimento. escavado em uma só etapa, como ocorre
no método de sublevel stoping, a
Uma das limitações do método analítico deformação das paredes se dá
utilizado para prever o coeficiente de previamente à etapa de enchimento.
empuxo é que o mesmo depende Neste caso, os coeficientes de empuxo
exclusivamente das propriedades do no repouso ou ativo podem ser
enchimento, desconsiderando, assim, a utilizados para estimar as tensões
posição do enchimento no realce e os induzidas em um realce preenchido, ao
índices geomecânicos da encaixante. menos para avaliação preliminar. Desta
(Aubertin et al., 2003 [2]) maneira, fica evidente a influência da
seqüência de lavra no coeficiente de
empuxo K a ser adotado.
Figura 3: Em seqüência temos: (esquerda) condição que corresponde ao coeficiente de empuxo ativo;
(centro) condição geostática na qual se aplica o coeficiente de empuxo no repouso e (direita) condição
correspondente ao coeficiente de empuxo passivo. (Potvin et al., 2005 [7])
3.3 Análisis comparativo entre los
modelos numéricos y analíticos
131
mineralizada. O critério de resistência

Um conjunto de simulações foi utilizado é o de Hoek & Brown (Hoek
realizado, utilizando o software Phase2 E. et al. 2002 [11]) e os respectivos
(código numérico baseado no método parâmetros foram extraídos de Barbosa,
de elementos finitos - Rocscience, 2004 E. S., 2008 [4] para as condições de
[10]), de tal forma a estudar as repostas uma lavra de ouro por corte e aterro no
do enchimento hidráulico nos realces Quadrilátero Ferrífero (MG).
de lavra. Mais especificamente, vale
dizer que, nas simulações realizadas, Quanto ao enchimento, o mesmo autor
foram considerados avanços verticais de supracitado [4], fornece os parâmetros
4 metros, de modo a representar uma do critério de ruptura de Mohr-
operação típica de lavra por corte e Coulomb, no qual a resistência à tração
aterro. e a coesão são nulos e o ângulo de atrito
25 graus. A utilização do critério de
A Mohr_Coulomb, tanto nos modelos
Tabela 2 apresenta as propriedades dos numéricos quanto analíticos, permite
materiais utilizados nos cálculos uma comparação mais direta entre os
numéricos aqui apresentados, enquanto mesmos.
a Figura 4 mostra a geometria
representativa do estágio final da lavra, A interface entre o enchimento e a
com todos os avanços para o nível já encaixante foi tratada nos modelos
concluídos. Na mesma Figura 4 está numéricos como uma descontinuidade
indicado o estado de tensões in situ (modelada por um elemento finito de
utilizado para o maciço rochoso, qual junta), na qual se adotou o critério de
seja, hidrostático (tensões verticais = ruptura de Mohr-Coulomb
tensões horizontais). (desconsiderando a coesão e adotando
um ângulo de atrito de 25 graus). Essa
O maciço rochoso é dito homogêneo, interface foi assim representada,
isotrópico e linear elástico, tanto para a buscando-se obter uma maior
encaixante quanto para a formação similaridade com os modelos analíticos.
Tabela 2: Parâmetros utilizados para modelagem numérica. (Barbosa E. S. 2008 [4])

Encaixante Minério Enchimento
Resistência à
Compressão
Uniaxial da 65 167 0,3
Rocha Intacta
(MPa)
Peso específico
0,028 0,031 0,018
(MN/m³)
Módulo de
deformação 20 50 0,5
(GPa)
Coeficiente de
0,2 0,2 0,3123
Poisson
Parâmetros do Maciço Rochoso
mb 2,876 14,686 0,0067
s 0,1084 0,1084 0,000026
132
b)
Gráfico 1: Resultado numérico utilizando o

Phase2 para o comportamento das tensões
Figura 4: Ilustração esquemática da geometria
verticais (a) e tensões horizontais devidas ao
representativa do estágio final da lavra, com
empuxo no repouso (b), na base do realce em
todos os avanços de um nível já concluídos. O
estudo.
estado de tensões in situ adotado é hidrostático.
Quando trabalhamos com baixas
No que tange às tensões verticais e
colunas de enchimento, menores que 20
horizontais na base do realce, mais
metros, o efeito arco não se manifesta
precisamente no centro da largura do
significativamente nas circunstâncias
mesmo, calculados pelo software
estudadas. É perceptível que, a partir
Phase2, é pertinente ilustrarmos esta
dos 35 metros de coluna de enchimento,
distribuição pelo Gráfico 1. Para efeito
não há aumento significativo das
comparativo foram plotados também as
tensões verticais no modelo numérico.
tensões decorrentes do peso próprio do
Logo, 35 m pode ser tratada com a
material. Vale dizer que as tensões
altura a partir da qual uma expressiva
induzidas observadas nos modelos
porcentagem do peso de material
numéricos foram coletadas no eixo de
adicionado será transferido para as
simetria da coluna de enchimento (daí,
paredes do realce nas condições
Ko ter sido utilizado), de tal forma a
modeladas.
minimizar efeitos de deformação da
própria encaixante.
Ao avaliarmos as tensões horizontais no
ponto central da base do realce, à
a) medida que a lavra de corte e aterro
evolui, verificam-se os resultados
numéricos apresentados no Gráfico 1 à
direita Ao serem compararados com as
tensões horizontais oriundas do peso
próprio do material (onde se considerou
o coeficiente de empuxo no repouso
(Ko) para estimativa das tensões
horizontais), pode-se afirmar que estas
últimas estão subestimadas em relação
ao modelo numérico. Esse fato pode ser
justificado pela deformação das
133
encaixantes que tendem a comprimir o que não havendo atrito entre os

enchimento, aumentando, assim, a materiais há uma redução de apenas de
pressão interna entre as partículas. 14 % na carga vertical, enquanto, para
Naturalmente, essa deformação é um ângulo de atrito de 50 graus, ocorre
função das tensões in situ consideradas, uma redução máxima na mesma, de
que no caso presente, foram aproximadamente 35%.
hidrostáticas.
Observou-se das simulações realizadas

que a deformação horizontal é simétrica
para as duas faces do realce,
independentemente do estágio no qual a
lavra encontra. Para demonstração
desta, segue Figura 5.
Gráfico 2: Resultados numéricos para as tensões

verticais com a variação do coeficiente de atrito
entre a encaixante e o enchimento.
Como conseqüência das características

mecânicas do material de enchimento e
do instante no qual o mesmo é disposto
Figura 5: Simulação utilizando o Phase2, onde em uma escavação subterrânea, é
comprovamamos a simetria de deformação da possível afirmar, conforme consta das
escavação, logo, o enchimento também se
referências bibliográficas consultadas,
comportará simetricamente.
que este tipo de suporte não apresentará
grande capacidade de evitar a
Com o objetivo de se verificar a
deformação das encaixantes. Buscando
influência do ângulo de atrito entre a
verificar esta afirmação, foi simulada a
encaixante e o enchimento, foram
mesma situação anterior, porém, sem
realizadas simulações análogas à
disposição de enchimento. Vale
anterior, com variação apenas de tal
ressaltar, que, neste caso, seria
parâmetro. Realizaram-se simulações
impossível realizar uma lavra por corte
com este parâmetro valendo: 0, 15, 25 e
e aterro ascendente, pois, não haveria
50 graus. Pelo Gráfico 2, percebe-se que
piso para servir como plataforma de
quando o ângulo de atrito é superior a
serviço. Contudo, essa simulação foi
15 graus, os resultados das tensões
realizada apenas com o intuito de se
verticais são semelhantes, variando no
avaliar o comportamento do maciço
máximo 1.5% se comparados à
rochoso, sem que o mesmo estivesse
simulação na qual temos um ângulo de
confinado pelo material de enchimento.
atrito de 50 graus entre superfícies.
Notou-se que a deformação total final
Quando se analisa o resultado para um
foi reduzida em aproximadamente 17 %
ângulo de atrito nulo, percebe-se
com a utilização do enchimento
claramente que há pouca transferência
hidráulico. Esse resultado confirma a
de carga para a parede do realce,
ineficiência deste tipo de suporte para
diminuindo, conseqüentemente, o efeito
controlar significativamente as
arco. Pelos resultados, pode-se afirmar
134
deformações do maciço rochoso. Desta

maneira, fica evidenciado que o modo
de atuação e a eficácia do enchimento
hidráulico, estão baseados em outros
princípios, como o de restrição
cinemática à desagregação progressiva
do maciço encaixante.
Partindo do princípio de que o

enchimento é capaz de criar uma
restrição cinemática à desgregação
progressiva do maciço, conjecturamos Gráfico 3: Fator de segurança no maciço
que deveria haver um aumento do Fator encaixante, ao longo de uma seção vertical
de Segurança (FS) no interior do paralela e distante 2 metros da face direita da
escavação.
mesmo. Para avaliação do FS na
encaixante próxima ao realce, foram
considerados pontos duma seção Para avaliar como a qualidade
vertical paralela à sua face direita, a geomecância das encaixantes afeta a
dois metros de distância da mesma e distribuição de tensões na coluna de
estendendo-se por toda a sua elevação. enchimento, o modelo anterior foi
Pode-se observar pelo Gráfico 3, que reanalisado, considerando uma
ambas as situações, com e sem encaixante B, bem mais resistente e
enchimento, estão acima do equilíbrio menos deformável, cujos parâmetros se
limite (colapso). Todavia, isso não encontram apresentados na Tabela 3, e
permite concluir que o enchimento seria se aproximam, propositalmente,
desnecessário. Deve-se sempre adotar daqueles de uma rocha intacta.
uma margem de segurança, para fazer
frente tanto às incertezas dos dados
quanto às hipóteses simplificadas de
cálculo. Considerando um FS
operacional de 1.3, observa-se que o
realce com enchimento estaria mais
próximo desse requisito que aquele sem
enchimento. Mais além, a simulação
mostra que, de fato, o FS do maciço
encaixante é aumentado com a
utilização do enchimento, como foi
conjecturado.
135
Tabela 3: Parâmetros das encaixantes utilizados para modelagem.

Encaixante Encaixante
A B
Parâmetros
Isotrópico Isotrópico
Elásticos
Propriedades Módulo de
20 GPa 54 GPa
Elásticas Young
Coeficiente de
0.23 0.23
Poisson
RCU da Rocha
Parâmetros de 65 MPa 260 MPa
Intacta
resistência (Hoek -
mb (pico) 2.876 18
Brown)
s (pico) 0.0117 1
O Gráfico 4 mostra, claramente, que há

uma superestimava dos valores das
tensões, tanto verticais quanto
horizontais, no enchimento, quando se
tem um maciço rochoso mais deformável
e menos resistente (no caso, a encaixante
A da Tabela 3). Nos modelos analisados
constatou-se uma redução total de 48%
da deformação,no ultimo estágio de
lavra, do caso para a encaixante B
relativamente àquele para a
Gráfico 4: Comportamento das tensões verticais
e horizontais na coluna de enchimento, para
encaixante A. Por conseguinte, houve
diferentes encaixantes: resultados numéricos
reduções máximas nas tensões verticais e
obtidos com o software Phase2. A encaixante B é
horizontais no enchimento, de 47% e mais rígida e resistente que a encaixante A (vide
49%, respectivamente, do caso para a Tabela 3).
encaixante B para o caso da encaixante
A. Explicitar a grandeza da influência Segundo Hunt R. E., 1986 apud Li. L et
das deformações da encaixante, faz-se al., 2003 [1], investigações através de
necessário para uma comparação mais modelos numéricos e medidas in situ
criteriosa entre os modelos analíticos e mostraram que a magnitude da
numéricos, por possibilitar uma análise redistribuição de tensões depende
com foco exclusivamente no significativamente da deformação do
comportamento do material de material que confina o enchimento.
enchimento. Afirmação que fica justamente
confirmada pelos resultados do Gráfico
4.
3.3 Comparación entre los resultados

analíticos e numéricos
136
Para verificar o quão próximos ou modelos analíticos estudados. Esta pode

distantes estão os resultados fornecidos ser explicada, em parte, pela deformação
pelos dois tipos de modelagem da escavação que tende a comprimir o
abordados neste trabalho (analítica e enchimento, aumentando,
numérica), utilizaram-se os mesmos para conseqüentemente, a pressão interna.
a elaboração dos gráficos comparativos Vale destacar que foi considerada a
que seguem. encaixante mais deformável, do tipo A.
Para as tensões verticais (Gráfico 6),
Vale ressaltar que em ambos os modelos nota-se que as numéricas são inferiores
foram considerados, sempre que apenas ao peso próprio. Assim sendo, o
possível, parâmetros e critérios análogos, efeito arco é menos relevante no modelo
conforme será visto na seqüência. Em numérico que nos analíticos. Esse
virtude dos modelos analíticos não resultado é aparentemente contraditório,
considerarem a deformabilidade da pois sendo as tensões horizontais mais
encaixante, foi observado o efeito da altas no modelo numérico, poder-se-ia
mesma. esperar um efeito arco mais acentuado.
Tal comportamento requer mais estudos
para se chegar a uma explicação
consistente. Porém, pode-se atribui-lo,
preliminarmente, a uma plastificação
mais intensa do enchimento no modelo
numérico (devido justamente às tensões
horizontais mais altas).
Uma importante hipótese do modelo de

Marston (1930) é que tanto as tensões
horizontais quanto as verticais são
Gráfico 5: Comparação da tensâo horizontal na uniformemente distribuídas ao longo de
coluna de enchimento, entre o modelo numérico toda a largura do realce. Resultados
(com a encaixante A, Tab. 3) e analíticos com apresentados por Aubertin et al., 2003
diferentes coeficientes de empuxo. [2] sugerem que essa hipótese seria
válida para as tensões horizontais, mas
não para as verticais. Essa sugestão foi
verificada com o modelo Phase2
anteriormente utilizado. Constatou-se,
contrariamente ao sugerido por aqueles
autores, que o comportamento de ambas
as tensões não é uniforme. Possuem
uniformidade apenas na região central,
mas se afastam bastante dessa tendência
na região próxima às paredes do realce.
Este comportamento está ilustrado pelos
Gráfico 7 e 8, respectivamente, para as
Gráfico 6: Comparação da tensâo vertical na tensões verticais e horizontais. Pode-se
coluna de enchimento, entre o modelo numérico conjecturar que o mesmo esteja
(com a encaixante A, Tab. 3) e analíticos com relacionado à deformação da encaixante
diferentes coeficientes de empuxo. e à tendência do enchimento hidráulico
Para as tensões horizontais (Gráfico 5) comportar-se como um material
observa-se uma superestimava dos granular, cuja ruptura , devido ao seu
modelos numéricos com relação aos
137
próprio peso , tende a acumular tensões na base deste. O Gráfico 9, ilustra esta
junto às paredes. comparação.
Gráfico 7: Distribuição das tensões Gráfico 9: Comparação do coeficiente de

verticais na base de um realce vertical calculada empuxo K obtido na análise numérica e adotado
por modelos analíticos e numéricos. nos modelos analíticos, ao longo da largura do
realce e considerando uma coluna de enchimento
de 40m.
Na porção central da largura do realce

percebemos que o coeficiente de empuxo
numérico é mais próximo ao dito no
repouso e àquele proposto no modelo de
Terzaghi (1943). A constatação de um
coeficiente de empuxo mais elevado
próximo às regiões de contato com a
encaixante pode ser explicada pela
mobilização de reação do enchimento
Gráfico 8: Distribuição das tensões horizontais em decorrência da deformação da
na base de um realce vertical calculada por encaixante. Logo, deduz-se que há uma
modelos analíticos e numéricos.
região de influência de
aproximadamente 3 metros a partir de
Mais uma vez, pode-se notar uma
cada face do realce.
superestimativa das tensões numéricas
Segundo Aubertin et al., 2003 [2], para
quando comparadas com os modelos
um realce estreito, em rocha dura a baixa
analíticos.
profundidade, a convergência esperada
das paredes será pequena.,Dessa forma,
Pelos resultados ilustrados acima é
a resposta do enchimento poderá estar
perceptível que as tensões horizontais,
próxima à condição do coeficiente de
internamente ao enchimento, são
empuxo no repouso, como mostrado
superiores às verticais (principalmente
pelo resultado numérico para a parte
junto às paredes), devido às deformações
central do realce, no Gráfico 9. Neste
proporcionadas pela encaixante. Em
caso, a condição dita passiva será
função disso, buscou-se comparar os
certamente exagerada, devido à grande
coeficientes de empuxo K adotados nos
deformação necessária para induzir esta
modelos analíticos com os obtidos
condição, enquanto a condição ativa será
numericamente, calculados pela razão
conservadora.
pontual entre a tensão horizontal e
Como nenhuma das teorias analíticas
vertical, ao longo da largura do realce,
permite considerar a influência da
seqüência de lavra nos resultados, é
138
perceptível através dos resultados rocha encaixante tem na distribuição de

numéricos, que a maneira de disposição pressões resultante ao longo da coluna
de enchimento adotada no método de de enchimento. Quando são comparados
corte e aterro, pode afetar os modelos numéricos e analíticos,
significativamente a distribuição dos percebe-se que as pressões confinantes
esforços ao longo de uma coluna de geradas pelo efeito de arqueamento nos
enchimento. primeiros, geram coeficientes de empuxo
intermediários entre aqueles indicadas
3. CONCLUSIONES pelos empuxos passivos e ativos nos
segundos (Gráfico 9). Assim, foi
Este trabalho buscou estabelecer um possível concluir que os verdadeiros
melhor entendimento do modo de coeficientes de empuxo não são bem
atuação do enchimento hidráulico estimados pelos modelos analíticos, os
utilizado como suporte na indústria da quais permitem tão somente limitá-los
mineração e destinado ao preenchimento inferior e superiormente, contudo, entre
de espaços vazios criados em virtude das amplas margens de variação. Não
operações de lavra de mina subterrânea. obstante, as pressões confinantes
induzidas pelo empuxo do enchimento
Percebeu-se pela revisão literária que a são de qualquer forma pequenas em
disposição de estéreis em pilhas ou relação às tensões atuantes no maciço
barragens de rejeito sofreu aumento de rochoso e, portanto, insuficientes para
custo significativo, bem como, as inibir significativamente as deformações
respectivas responsabilidades ambientais no mesmo.
implicadas. Deste modo, o enchimento
dos espaços vazios criados pela lavra A restrição ao movimento imposta pelo
subterrânea com materiais estéreis pode enchimento provoca, no entanto, a
ser tratado como uma ferramenta conservação de determinadas tensões
fundamental para cumprir as exigências confinantes no maciço, que geralmente
ambientais, minimizar custos com crescem à medida que se distancia da
estruturas permanentes de disposição escavação. Este ganho em confinamento
destes materiais e para oferecer melhores pode promover uma maior estabilidade
condições geotécnicas às escavações. de duas formas. Primeiramente, em
maciços fraturados, previne-se que as
O estudo realizado através de descontinuidades se abram, o que
formulações analíticas e simulações permitiria deslizamentos ao longo dos
numéricas, possibilitou a constatação da planos de fraqueza. Como resultado a
grande influência proporcionada pelo resistência ao cisalhamento é preservada
efeito arco nas distribuições de tensões e, conseqüentemente, a ruptura pode ser
ao longo da coluna de enchimento. Este retida, como se percebe pelos maiores
efeito transmite, por atrito, tensões fatores de segurança observados no
geradas no enchimento, para as paredes. Gráfico 3. Por outro lado, o enchimento
A distribuição de tensões ao longo da pode também limitar, mesmo em baixa
coluna de enchimento é complexa e porcentagem, a convergência das
influenciada por um elevado número de paredes da escavação, o que
variáveis que governam o problema. consequentemente trará impactos
Contudo, o comportamento geral tende a positivos na estabilidade regional da
apresentar determinadas tendências. mina. Esta limitação foi constatada pelos
modelos realizados, onde se observou
A partir destas pôde-se perceber a uma redução na deformação total de
grande influência que a deformação da
139
aproximadamente 17% para as

condições em estudo.
Mesmo diante de todas as análises

realizadas, é perceptível que os dois
métodos avaliados apresentam lacunas
quanto à representação de todos os
aspectos importantes do comportamento
do enchimento e da realidade geométrica
de uma operação de lavra, fato que torna
necessário o desenvolvimento de
maiores pesquisas neste tema,
principalmente no que tange a realces
não verticalizados.
140
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2002, Vol. 1, p. 267-273.
[1] APELLIDO, NOMBRE AUTOR. Titulo de la referencia. Ciudad de edición:

Editorial, año, páginas.
141
Capítulo 2
Instabilidade e controle geotécnico subterrâneo

Instabilidad y control geotécnico subterráneo
142
CONTROLE DE ESTABILIDADE EM ABERTURAS SUBTERRÂNEAS
CONTROL DE ESTABILIDAD EN ABERTURAS SUBTERRÁNEAS
YULDER CARDENAS VILCA

Engenheiro Geólogo Pleno, Geomecanicista Mineração Caraíba S/A.
E-mail: yuldercardenas@hotmail.com
CARLOS ENRIQUE ARROYO ORTIZ

Eng. de Minas, Professor Departamento de Engenharia de Minas, UFG – GO – Brasil.
E-mail: carlosarroyo01@hotmail.com
ALCIDES ELOY NUÑEZ CANO

E-mail: alcidescano@hotmail.com
RESUMO
Os trabalhos de monitoramento geomecânico são de suma importância para controle das deformações
dos maciços rochosos, nas obras de aberturas subterrâneas, pois permitem a previsão de reativação de cunhas
e/ou estruturas que possam comprometer a estabilidade do maciço. Este trabalho tem como objetivo apresentar
ferramentas metodológicas de análise de convergência em períodos em que foi desconfigurado as bases de
leitura, para propiciar as inferências retrospectivas e progressivas da convergência. Para
apresentar a metodologia foram utilizadas leituras de convergências em maciços rochosos
caracterizados por rochas vulcânicas e tufos vulcânicos intercalados com sedimentos carbonáticos de origem
orgânico, metachert. Nestas rochas ocorreram à intrusão hidrotermal de veios de quartzo. Os resultados do
presente estudo serão de grande valia, pois permitirão conhecer o comportamento do maciço rochoso frente aos
esforços induzidos e os fatores de detonação. A metodologia permite o aprimoramento do projeto de escavação e
o planejamento de ações de prevenção e/ou correção para segurança da operação em futuras escavações, pois
permite inferir o comportamento da rocha, mesmo em períodos de perda de informação por diversos fatores.
Palavras Chaves: monitoramento geomecânico, leituras de convergência, aberturas subterrâneas.
RESUMEN
Los trabajos de monitoreo geomecánico son de mucha importancia para el control de subsidencia en los
macizos rocosos en projectos de aberturas subterráneas, porque permiten la previsión de reactivación de cuñas
y/o estructuras que puedan comprometer la estabilidad del macizo. El presente trabajo consiste básicamente em
presentar herramientas metodológicas de análisis de convergencia en intervalos de tiempo en que fue
desconfigurado las bases de lectura, para propiciar las tendencias retrospectivas y progresivas de la
convergencia. Para presentar esta metodología fueron utilizadas lecturas de convergencia en aberturas
subterráneas caracterizadas por ser rocas vulcánicas y tufos vulcánicos intercalados con sedimentos carbonáticos
de origen orgánico metachert. En estas rocas ocurrieron intruciones hidrotermales de quatzo. Los resultados del
presente estudio serán de grande valía pues permitirán conocer el comportamiento del macizo rocoso frente a los
esfuerzos inducidos y factores de detonación. La metodología permite el mejor ajuste de excavaciones y el
planeamiento de acciones de prevención y/o corrección para aumentar la seguridad de la operación en futuras
excavaciones, pues permite inferir el comportamiento de la roca tanto en intervalos de tiempo en que la
información fue perdida por diversos factores.
Palabras Claves: monitoramiento geomecanico, lecturas de convergencia, aberturas subterráneas.
143
1. INTRODUÇÃO definidos e específicos, e em intervalos de

tempo constante, ou seja, diariamente antes
de depois das detonações para isso será
A proteção ao meio ambiente tem agora se utilizado extensometrôs com precisão de +/-
mostrado, na escala planetária, como um 0,02mm).
pré-requisito para o desenvolvimento
sustentável. Existem diversos exemplos em Este estudo será desenvolvido numa mina
que a Mecânica de Rochas contribui para subterrânea de Níquel e Cobre sulfetado
esta proteção, principalmente nos campos localizada na região de americano do
de produção de petróleo, estocagem de Brasil-GO. Terá a contribuir para a maior
hidrocarbonetos e disposição de rejeitos segurança dos trabalhos e
nucleares. É necessária e perfeitamente consequentemente na diminuição dos
possível a convivência da mineração com o impactos gerados.
desenvolvimento urbano, uma vez que o
estado atual de desenvolvimento 2. CONTROLE DE ESTABILIDADE
tecnológico no setor permite que a extração
seja conduzida em consonância com uma
legislação bem elaborada (Silveira, 2005). E necessário o monitoramento para poder
acompanhar a evolução dos fenômenos
A execução de aberturas subterrâneas para mecânicos que acompanham as aberturas
obras civis ou para atividade de mineração subterrâneas, o monitoramento continuo é
altera ao meio ambiente, podendo necessários em todos os estágios presentes
comprometer a qualidade do maciço nas aberturas subterrâneas com o intuito de
rochoso, os recursos hídricos e levar a verificar a eficácia dos trabalhos de
fenômenos de subsidência. sustentação assim como supervisar a
A produção de bens minerais mostra, para influência dos trabalhos no entorno como
os anos futuros, a perspectiva de se vir a são os assentamentos em superfície a
lavrar, cada vez em maior escala, através de afetação em outras aberturas próximas estes
métodos de lavra subterrânea, em razão: da trabalhos de monitoramento também
progressiva exaustão das reservas permitirão garantir a segurança da abertura
facilmente acessíveis à explotação a céu subterrânea.
aberto; da preservação do meio ambiente,
impondo cada vez mais restrições à lavra a
céu aberto, embora, sabidamente não seja a Medidas de convergência.
indústria extrativa mineral a atividade
econômica mais agressora do meio As medidas de convergência são utilizadas
ambiente (Silva et al, 2005). para tentar identificar o inicio do processo
da reativação de estruturas geológicas,
Portanto, se aceitarmos que a tendência como falhas e fraturas, que podem gerar
natural, com o decorrer dos anos, haverá quebras mecânicas, como deslocamentos
um aumento relativo das minas lavradas em e/ou arreamentos, e não da formação de
subsolo, verá a importância a ser dada à chocos que podem ocorrer em locais onde o
questão do impacto da lavra subterrânea. maciço rochoso esteja estável, como por
Nesse entender a implementação e exemplo, após as detonações.
aplicação de metodologias para controle e
monitorização dos maciços rochoso se A prática consiste em leituras periódicas na
tornam necessários o presente artigo mostra ordem de centésimos de milímetros que
a implementação de sistemas de podem detectar a convergência
monitoramento das deformações do maciço (fechamento) ou divergência (abertura) das
rochoso basicamente em fazer mensurações galerias. Tendo como resultado somente o
de convergência em pontos previamente acompanhamento ou um reforço no suporte
144
(cabos, tirantes etc...) ou até mesmo o • Aros de bicicleta com f adequado verificar
isolamento de determinadas áreas. as especificações do fabricante do fio para
enrolar o mesmo.
• Trena com comprimento adequado a se
S eção A A '
medir o comprimento dos fios.
1 Superfície
2 3
A Cuidados na instalação de chumbadores e
na utilização do equipamento
Escavação Subterrânea A'
4 5 Chumbadores
Os chumbadores são elementos

Figura N°1: Modelo para instalação de chumbadores em
importantes, não podem se movimentar de
escavações subterrâneas. modo algum pois se isso acontecer as
medições perderam muito em precisão.
3. MEDIDOR DE CONVERGÊNCIA
Por tanto devemos observar o diâmetro e o
comprimento do furo em que serão
O medidor de convergência a ser utilizado
inseridos e o cimento que unirá o
no presente estudo é MSI – MC – 2000 um
chumbador à rocha. Sugerimos a utilização
instrumento destinado a medir com precisão
de resina epóxica de pega rápida e
distâncias relativas entre dois pontos, essa
lembramos que as roscas fêmeas dos
medição se dá unindo-se esses pontos ao
chumbadores devem ser protegidas paras
aparelho através de um fio de invar e
que não se encham de resina.
tencionando-se o fio sempre com a mesma
Calibrações
carga.
Lembramos que diariamente, antes de se
Isso se dá, pois ele é dotado de um
iniciar as medições devemos fazer a
dinamômetro de precisão que deve ser
calibração do dinamômetro do medidor
aferido diariamente com ajuda de seu tripé
para garantir que os fios serão igualmente
e peso padrão, fornecidos com o
tencionados. Também devemos calibrar a
instrumento, tal procedimento é explicado
distância no gabarito interno do tripé, nesta
no manual de operação.
calibração devemos ler o relógio que indica
distancia e anotar essa leitura.
Equipamentos utilizados
Instruções
• Medidor de convergência MSI – MC –
2000
• Fio de invar com espessura f de 1.0mm em • As pinças deverão ser fixadas ao fio de
quantidade suficiente invar com a ajuda das chaves combinadas o
aperto deve ser forte o bastante para que
• Conexões para as extremidades do fio,
não se solte com o tempo.
pinças que conectam o fio ao instrumento e
conexão rotativa de precisão (macho M8) • Conectar a pinça da extremidade do fio à
conexão rotativa de precisão e rosquear a
• Chumbadores com rosca fêmea (M8), seu
conexão no chumbador, estender o fio de
comprimento deve ser tal que possibilite
invar com cuidado para não dobra-lo até o
uma boa fixação à rocha.
medidor de convergência já conectado ao
• Termômetro a temperatura ambiente deve
outro chumbador, cortar o fio junto à
ser medida e anotada a cada dia de medição
extremidade livre do medidor. Fixar a pinça
• Chaves combinadas de 11mm para o aperto ao fio com ajuda das chaves combinadas e
das pinças ao fio de invar em seguida conectar esta ao medidor.
• Lanterna Denominar o fio quanto aos pontos de
145
medida, medir e anotar o comprimento do

fio.
• Com o equipamento pronto para as
medidas, isto é, fio conectado a um
chumbador e ao medidor de convergência e
o medidor ao outro chumbador. Deve-se
tencionar o fio, com o uso dos ajustes
grosso e fino do medidor, até a tensão de
calibração do dinamômetro isto feito,
realiza-se as leituras no relógio de
distâncias ao menos cinco vezes. A média
destas leituras é denominada de base de
medição.
Prováveis Causas de Erros
• Calibração inadequada
• Erros de leitura
• Fios com dobras e torcidos
• Alta amplitude térmica
• Roscas mal apertadas ou sujas não
permitindo um acoplamento perfeito dos
fios ao medidor ou ao chumbador
• Mudança na posição de leitura do medidor
• Leituras colhidas por mais de um operador
• Pancadas no chumbadores causando
mudanças em sua posição
• Ocorrência de ventos muito fortes
Pontos a serem verificados
• Chumbadores devem estar firmemente

fixados à rocha ou estrutura, de preferência
a 1 metro de profundidade, roscas limpas e Figura N°2: Extensômetro e suas partes principais
sem sinais de pancadas. 4. ROTINA DE CÁLCULOS
• As conexões rotativas de precisão e pinças
dos fios devem estar limpas e roscas sem
ferimentos. Temperatura
• Certificar-se que as calibrações foram
corretamente realizadas DT: É a diferença entre temperatura inicial
• Manter o medidor sempre limpo, e temperatura do dia da leitura posterior
lubrificado e acondicionado em sua caixa DTN: É a correção para as leituras levando-
verificando se nada solto dentro da mesma se em conta as diferenças de temperatura
possa danificar os relógios durante os
deslocamentos para campo.
)
A Figura 2 mostra o equipamento utilizado no
Comprimento do fio em [mm]
presente estudo e suas principais partes:
Calibração do medidor
A unidade de leitura deve ser calibrada

diariamente antes e após as leituras em
146
campo, ela tem como finalidade servir Deslocamento acumulado: 2,00mm

como fator de correção das leituras e Nova leitura inicial: 52,00mm
também com parâmetro de verificação das EX –2: Média das seis novas leituras:
condições do medidor de convergência. 50,00mm
Deslocamento acumulado: -2,00mm
Nova leitura inicial: 48,00mm
5. METODOLOGIA DE ANÁLISE DE
CONVERGÊNCIA
Leitura corrigida A presente metodologia foi desenvolvida

diante da necessidade de análise histórica
As leituras entre as bases de medição da deformação progressiva de maciço
devem ser corrigidas segundo o critério a rochoso, com objetivo de fazer inferências
baixo retrospectivas e progressivas da
convergência em aberturas subterrâneas.
Através do método das leituras de

Onde: - LN = Leitura do dia em mm convergência, os dados obtidos foram
sistematizados e posteriormente
Deslocamento interpretados de forma gráfica, com a
utilização de regressão linear parcial e/ou
Calculamos os deslocamentos da seguinte total. A regressão linear nos permite inferir
forma: a probabilidade da deformação dos maciços
nos intervalos com desconfiguração e/ou
ausência de leitura, bem como estimar a
deformação total do maciço desde o início
Onde: da abertura e o possível comportamento
DL positivo indica afastamento entre as deste perante os fatores de tensões in situ
bases de medição (divergência). e/ou adicionado a outros fatores como
DL negativo indica aproximação entre as detonações e mudanças do layout nas
bases de medição (convergência). aberturas subterrâneas.
No caso de substituição de fios Essa metodologia é proposta para utilização

chumbadores ou aparelho em escavações subterrâneas, independente
das características geomecânicas do maciço
Na eventualidade de quebra do fio de invar, rochoso. Vale ressaltar que para os
dano ao aparelho ou substituição de resultados serem mais próximos do real, é
chumbadores faz-se necessário determinar importante a maior quantidade de
uma nova leitura inicial. Neste caso, o informações acumuladas nos períodos de
procedimento a ser tomado é o seguinte. atividade da escavação.
Fazer uma nova série de no mínimo 06 Porém para apresentação dessa

leituras, obter uma média das mesmas e metodologia, no presente trabalho, serão
somar o deslocamento acumulado utilizados como exemplo dados de
anteriormente obtendo assim o valor de sua escavações subterrâneas caracterizadas por
nova leitura inicial. rochas vulcânicas e tufos vulcânicos
intercalados com sedimentos carbonáticos
EX -1: Média das seis novas leituras: de origem orgânico, metachert, Nestas
50,00mm
147
rochas ocorreram à intrusão hidrotermal de A tabela 1, foi configurada para poder

veios de quartzo. recuperar os dados onde as leituras não
aconteceram. Quando se tem uma
Monitoramento de Convergência: desconfiguração nas bases da leitura e/ou
do aparelho de convergência, se faz
Para uma seção de convergência foi obrigatório realizar uma leitura inicial
levantado os seguintes dados, onde: Data, é novamente. Neste intervalo é preciso
o dia que foi registrado a leitura; Delta t, é recuperar a tendência da deformação, que
a diferença entre a data da leitura e a atual; pode ser através de regressão linear, como
L0, é a primeira leitura do registro, ou exposto neste trabalho. A partir destes
quando a leitura foi interrompida ou perdida dados foram gerados gráficos de
por defeitos no aparelho ou na instalação; deformação acumulada em relação ao
Ln, é a leitura da seguinte data; Delta L, é a tempo. O gráfico 1 mostra como seria a
diferença entre a leitura anterior e atual; leitura gráfica sem regressão linear e o
SMT.Del.L é a somatória acumulada das gráfico 2 com o ajuste da regressão linear.
variações de leituras; e MÉD/DIA, é a
TABELA 1: LEITURA DE CONVERGÊNCIA
BASE: LATERAL - TETO

Data Delta LO Ln Delta L SMT. Med./Dia
T Del. L
0 15,16 0 0 0.00
25/4/12
1 15,16 0 0 0.00
26/4/12
1 15,17 -0,01 -0.01 -0.01
27/4/12
1 15,10 0,07 0.06 0.07
28/4/12
1 15,15 -0,05 0.01 -0.05
29/4/12
1 17,09 -1,99 -1.98 -1.99
30/4/12
2 20,02 -2.93 -4.91 -2.93
2/5/12
1 20,21 -0.19 -5.1 -0.19
3/5/12
2 20,90 -0.69 -5.79 -0.69
5/5/12
2 20,85 0.05 -5.74 0.05
7/5/12
1 20,72 0.13 -5.61 0.13
8/5/12
1 21,00 -0.28 -5.89 -0.28
9/5/12
11/5/12 15,00 -7.59 0.00
15,10 -0.1 -7.69 -0.10

12/5/12
1 15,15 -0.05 -7.74 -0.05
13/5/12
1 15,30 -0.15 -7.89 -0.15
14/5/12
1 15,50 -0.2 -8.09 -0.20
15/5/12
2 8,00 -9.35 0.00
25/5/12
2 8,10 -0.1 -9.45 -0.10
26/5/12
1 8,20 -0.1 -9.55 -0.10
27/5/12
2 8,30 -0.1 -9.65 -0.10
28/5/12
2 8,35 -0.05 -9.7 -0.05
29/5/12
variação da leitura dividida pelo Delta t.
148
Gráfico 01: Leitura sem regressão Linear - Deformação progressiva X Tempo

25/4/12
27/4/12
29/4/12
11/5/12
13/5/12
15/5/12
17/5/12
19/5/12
21/5/12
23/5/12
25/5/12
27/5/12
29/5/12
1/5/12
3/5/12
5/5/12
7/5/12
9/5/12
2
0
Deformação progressiva (mm)
-2
-4
-6
-8
LEITURA DE CONVERGÊNCIA BASE: LATERAL - PISO

-10
Detonação 1
-12
Detonação 2
-14
Detonação 3
-16
Gráfico 01: Deformação em milímetros em função dos dias.
Gráfico 02: Leitura com regressão Linear - Deformação progressiva X Tempo

25/4/12
27/4/12
29/4/12
11/5/12
13/5/12
15/5/12
17/5/12
19/5/12
21/5/12
23/5/12
25/5/12
27/5/12
29/5/12
1/5/12
3/5/12
5/5/12
7/5/12
9/5/12
0
Deformação progressiva (mm)
-2
y = -1.476x + 60557
-4
-6
y = -0.1349x + 5529.3
-8
Detonação 1
-10 Detonação 2
Detonação 3
LEITURA DE CONVERGÊNCIA BASE: LATERAL - PISO
-12
Leitura inferida em intervalo com detonação
Leitura inferida em intervalo sem detonação
-14 Linear (Regresão Linear em detonações 1,7mm/dia)
Linear (Regressão Linear sem detonação 0,14mm/dia)
-16
Gráfico 02: Deformação em milímetros em função dos dias.
6. INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS e como são reconstituídos os dados quando

foi desconfigurada e/ou perdida a sequencia
Os gráficos 01 e 02 mostram o resultado da das leituras.
convergência em uma abertura subterrânea
149
O intervalo de leituras realizadas para a geomecânicos passados, permitindo assim

demonstração da técnica foi de 35 dias, com uma analise histórica das movimentações
dois intervalos com ausência de dados, do maciço.
sendo o primeiro com detonação e o
segundo sem detonação. A deformação 7. CONCLUSÕES
acumulada total neste período com o ajuste
de regressão linear foi de 9,7 mm, com
média de deformação de 0,14mm/dia para Com as ferramentas mostradas neste
deformações in situ sem influência das trabalho como os métodos estatísticos de
detonações e 1,7mm/dia com influencia das regressão linear, pode se ter maior
detonações. Para o cálculo do intervalo sem previsibilidade da ocorrência de eventos
leitura com o conhecimento da detonação 3, geomecânicos de grande porte em aberturas
foi construída uma linha de tendência de subterrâneas.
regressão linear a partir do histórico das
leituras anteriores e posteriores no intervalo Com um maior acervo de dados e
onde houve detonações (ver gráfico 2 linha quantificando os fatores que influenciam a
preta). Foi traçado uma segunda linha de deformação, poderá ser estimado quanto o
tendência a partir dos dados onde o maciço maciço se deformou no passado, com ajuda
se comportou de uma maneira mais estável uma linha de tendência retrospectiva total.
sem influencia das detonações (ver gráfico
2, linha laranja). Para este tipo de maciço rochoso se pode
O maior intervalo de deformação em um delimitar três estágios de deformação, o
dia foi de 2,9 mm após a detonação 2 (ver estágio inferior, com média de deformação
gráfico 2), próxima das bases instaladas, A por dia igual o abaixo 0.14mm/dia, com
linha de tendência de cor preta no gráfico 2 sinal estável ou baixo nível de
construída no intervalo de detonações movimentação, sem comprometimento da
mostra uma deformação de 1,7mm/dia capacidade de suporte; um estágio superior
calculada por meio da equação da regressão com média de deformação acima
linear mostrada no gráfico 2 . A outra linha 1,7mm/dia com movimentação acelerada
de tendência no intervalo pós-detonação suficiente para iniciar processos de
mostra uma deformação de 0,14mm/dia reativação em estruturas geológicas, com
calculada pela equação da regressão da quebras mecânicas e formação de blocos,
linha laranja mostrada no gráfico 2. com comprometimento ao colapso e um
estágio intermediário entre estes dos
A comparação entre o gráfico 1 e 2, parâmetros, com movimentação média, com
observa-se uma diferencia no traçado de potencial para a reativação de estruturas, e
tendência da convergência do maciço. O formação de chocos.
gráfico 1 considera um intervalo com
ausência de informação nula não alterando Observe-se que estes estágios foram
o traçado do gráfico, dificultando assim o inferidos em função da resposta de um
entendimento real ou as possíveis modelo de maciço rochoso apresentado
deformações ocorridas nesse intervalo de neste trabalho, e quanto maior leitura
tempo, já o gráfico 2 através da regressão registrada terá uma média de
linear, permite a inferência das deformações deformação/dia mais apurada. Também se
do maciço neste intervalos de tempo com deve ter cuidado nas deformações pontuais
ausência de informação. Este possibilita a pico, pois são sinais de reativação ou a
visualização das possíveis deformações passagem de um estágio estável com
ocorridas no intervalo de tempo sem leitura. velocidade de deformação constante a outro
Esses dados podem servir para inferência de com aceleração de deformação.
futuras reativações ou de possíveis eventos
150
Neste estudo também se conclui que o

acumulo de deformações pico em um
intervalo curto de tempo é um sinal da
deformação do maciço estar acelerando
com comprometimento ao colapso.
Este estudo serve de modelo para

determinar outros estudos de estágios de
deformação e deformações pico permissível
em minas ou escavação subterrânea.
151
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.
Manual de Medidor de Convergência: Modelo – MSI – 2000 Amicro sensores industrial
Silveira S. R. (2005), FL. Toxicidade de sedimento e estrutura da comunidade bentônica no

diagnóstico da qualidade ambiental do estuário do Rio Itanhaém-SP, Brasil [trabalho de
conclusão de curso]. São Paulo: Centro Universitário São Camilo; 58p.
152
ESTRUTURAS SUPERFICIAIS E SUBSIDÊNCIA EM MINAS

SUBTERRÂNEAS
ADILSON CURI
JOSÉ FERNADO MIRANDA
Profs. Demin/ Esc. Minas / Univ. Fed. Ouro Preto / UFOP / Brasil
RESUMO: As estruturas à superfície das minas subterrâneas tais como estradas, pontes, casas,
edifícios, tubulações e torres em geral podem ser danificadas quando tensões, induzidas pelas
deformações do terreno em função da subsidência, somam-se às tensões naturais. Genericamente, podem
ser propostas duas alternativas para a prevenção e controle dos danos estruturais nestes casos:
- condução das operações da lavra subterrânea de tal modo que as deformações, nas estruturas
afetadas pela movimentação do terreno, sejam reduzidas a níveis aceitáveis;
- aumento da resistência dos elementos das estruturas.
Na condução da lavra subterrânea podem-se adotar algumas técnicas, para controlar a
subsidência, de tal forma que essa não exceda os valores máximos admissíveis, segundo as características
das estruturas superficiais. As principais técnicas, tradicionalmente, empregadas nas minas subterrâneas
são discutidas; destacando-se o uso de pilares de segurança, a extração parcial e a lavra harmônica.
Quanto às medidas de proteção das estruturas, as deformações superficiais devem ser
avaliadas nas áreas onde se encontram as estruturas a serem protegidas. As principais medidas de
proteção das estruturas que serão apresentadas são:
- abertura de trincheiras para alívio das tensões no terreno;
- nivelamento das estruturas;
- reforço das estruturas com barras e/ou cabos de alta tensão;
- reforço das estruturas com vigas de concreto armado;
- uso de fundações flexíveis;
- uso de juntas de expansão
PALAVRAS CHAVE : subsidência, estruturas, lavra subterrânea
RESUMEN: Las estructuras en la superficie de las minas subterráneas, tales como carreteras,
puentes, casas, edificios, oleoductos y torres, se pueden se dañificar cuando las tensiones inducidas por la
deformación del terreno debido a la subsidencia, se añaden a las tensiones naturales. En general, dos
alternativas se pueden proponer para la prevención y control de daños estructurales en estos casos:
- La realización de las operaciones de minería subterránea de tal forma que las deformaciones en las
estructuras afectadas por el movimiento del terreno se reduzcan a niveles aceptables;
- Aumento de la resistencia de los elementos de la estructura.
En la minería subterránea se puede adoptar una serie de técnicas para controlar el hundimiento, de tal
forma que no sean superiores a los valores máximos permisibles para las estructuras à superficie. Las
principales técnicas empleadas tradicionalmente en las minas subterráneas se discutirá, destacando el uso
de los pilares de la seguridad, la minería de extracción parcial y la minería armónica.
Cuanto a las medidas de de protección, las deformaciones à la superficie deben ser evaluadas en las
zonas donde están las estructuras a protegerse. Las principales medidas de protección para las estructuras
que se presentan son:
- Zanjas para aliviar la tensión sobre el terreno;
- Nivelación de las estructuras;
- Fortalecimiento de las estructuras con barras y / o cables de alta tensión;
- Fortalecimiento de las estructuras con vigas de hormigón armado;
- El uso de bases flexibles;
- El uso de juntas de dilatación
PALABRAS CLAVE: subsidencia, estructuras, minería subterránea
153
INTRODUÇÃO: PREVENÇÃO d) Lavra rápida - a deformação

máxima devida à tração verificada durante o
E CONTROLE DOS DANOS POR
avanço de uma face de lavra (εt) é geralmente
SUBSIDÊNCIA menor do que a tração final resultante (εmáx ), e
quanto mais rápida for a lavra menor será
Quando se pratica a lavra subterrânea menor será εt. Além do mais, a tensão de
as estruturas à superfície poderão ser afetadas compressão máxima que acompanha o avanço
quando as tensões adicionais induzidas pelas da face é sempre menor do que a tração
deformações do terreno provocadas pela máxima correspondente, εt. Assim, haverá para
subsidência, mais as tensões originais da cada jazida uma relação mínima de lavra
estrutura, excederem a resistência dos característica a qual induzirá uma tração
elementos constituintes das mesmas. Falando máxima de trabalho menor do que a permitida.
genericamente, existem dois métodos (PENG, 1992).
disponíveis para a prevenção e o controle dos
danos estruturais à superfície: 2) AUMENTO DA
1º)- condução das operações da lavra RESISTÊNCIA DOS ELEMENTOS DA
subterrânea de tal modo que as deformações
nas estruturas induzidas pela movimentação do ESTRUTURA
terreno sejam reduzidas a níveis aceitáveis; 2.1. Critérios de avaliação dos
2º)- aumento da resistência dos
elementos da estrutura. danos estruturais
A principal preocupação que se
1) CONTROLE DAS tem ao abordar a propagação dos
movimentos devidos à subsidência é o
OPERAÇÕES NA LAVRA fato de que muitos trabalhos subterrâneos
SUBTERRÂNEA são feitos em zonas ou regiões com
construções na superfície, como
O controle da lavra subterrânea metropolitanos e túneis nas zonas urbanas
envolve uma série de técnicas que visam a e minas sob vilas ou outras instalações. As
controlar a subsidência de tal forma que não estruturas são afetadas pelos movimentos
exceda os valores máximos permitidos. induzidos de diversas formas, dependendo
Alguns dos diversos métodos normalmente essencialmente do tipo e da amplitude ou
empregados nas minas de carvão são grandeza do movimento e das
discutidos a seguir. características da estrutura.
a) Pilares de segurança - os pilares de Se as deformações induzidas nas
segurança são pilares de carvão sólido estruturas excederem os valores críticos
deixados intactos para proteger as estruturas característicos dos seus elementos
superficiais localizadas diretamente acima. constituintes haverá danos nas mesmas. A
b)Extração parcial - as estruturas quantidade e a intensidade dos danos
superficiais podem também ser protegidas dependerá da capacidade da estrutura de
através da utilização de um método de extração resistir à tensão adicional induzida através
parcial como por exemplo os métodos de das deformações transferidas pelo terreno.
câmaras e pilares ou de painéis e pilares. Assim, a determinação quantitativa dos
c) Extração harmônica - a extração danos estruturais à superfície devidos à
harmônica corresponde à lavra simultânea de lavra subterrânea é uma tarefa complicada
duas camadas adjacentes ou de duas faces na e difícil. De acordo com “ Institution of
mesma camada com o propósito de se induzir Structural Engineers” (ISE, 1978 citado
deformações superficiais que se compensam por LITTLEJOHN ET.AL., 1993) existem
mutuamente de tal forma que há uma redução três considerações básicas que devem ser
na deformação total resultante a qual será obedecidas ao se tratar de questões
menor que aquela produzida por cada face relativas aos limites admissíveis ou
individualmente.
154
toleráveis dos movimentos devidos à edifícios e/ou estruturas vizinhos ou

subsidência: adjacentes. Em geral, desvios a partir da
- Aparência visual, vertical da ordem de 1/250 já são notados.
- Funcionalidade, Para partes horizontais das estruturas
- Estabilidade e dano estrutural. admite-se que uma inclinação local para
Desvios notáveis ou facilmente além de 1/100 já é perfeitamente
perceptíveis em relação à posição vertical perceptível, enquanto que o mesmo
ou horizontal original, poderão causar acontece para relações de deflexão
sentimentos subjetivos de desconforto ou superiores a 1/250 (LITTLEJOHN ET AL,
até mesmo de alarme. As pessoas 1993). A Tabela 1 a seguir mostra o grau de
apresentam reações diferentes aos sensibilidade de várias estruturas superficiais e
movimentos relativos e são sempre solos aos diversos tipos de deformação do
induzidas a adotar como referencial os terreno
Tabela 1- Sensibilidade de várias estruturas superficiais e solos aos diversos tipos de deformação do
terreno (modificada a partir de KRATZSCH, 1983).
Estrutura Subsi- Incli- Raio de Desloca- Trac- Compressão
dência nação Curvatura mento ção
Casa x x x x
Edifício comercial (x) x x x
Linha de casas x x x xx
Casa de máquinas (x) (x) (x)
Alto-forno xx
Máquinas
Correias transportadoras x x x
Chaminés xx
Tubulações suspensas x
Tanques de água x xx x
Estações de tratamento de água xx x x
Ferrovias x x x
Estação de comboios x (x) x x
Rodovias (x) x x
Canais xx
Represas xx x x x (x)
Pontes x (x) x
Tubulações: x x
de Esgotos xx (x) x x
de água (x) x x
de gás (x) x x
Cabos subterrâneos (x) x
Campos x
Florestas x
Trincheiras de drenagem x xx
155
Fluxo natural das águas xx xx

Nota: Nível de Sensibilidade, xx alto, x médio, (x) leve
As tensões de tração e compressão A determinação da intensidade dos

são nitidamente a principal causa dos danos em danos estruturais, e dos fatores de segurança
todos os tipos de estrutura superficial. As resultantes, deve ser baseada na intensidade
casas, edifícios e estruturas de concreto são dos danos dos componentes da estrutura e nas
sensíveis a todos os tipos de deformação do condições de segurança para o uso contínuo e
terreno, com exceção da subsidência pura e do futuro da estrutura (Ver Tabelas 2 e 3). Nas
deslocamento puro, enquanto que as estruturas tabelas 2 e 3 são apresentados são apresentadas
de transporte são mais sensíveis à subsidência deformações estruturais máximas permitidas
pura. em alguns dos principais países produtores de
2.2 - Medidas de proteção para carvão.
casas e construções
Tabela 2 - Deformações estruturais máximas permitidas nos principais países produtores de carvão
( Peng, 1992 ).
País Compressão Tração Inclinação Raio Curvatura Observação
(mm / m) (mm / m) (mm / m) (km)
China 2 2 3 5
França 1-2 0.5 tubulações
Alemanha 0.6 0.6 1-2
0.5 0.5 fundação de betão reforçado
Japão 1 1 armações
5 5 disposição de
estéreis
Polónia 1.5 1.5 2.5 20
Rússia* 2 2 4 20 * Donestsk
Rússia” 4 4 6 3 ”Karaganda
Reino Unido 1 para edifícios de até 30 pés.
Tabela 3 - Classificação dos danos estruturais

( Peng, 1992). ( i e ε em unidades de mm / m, k em 10-3 / m).
Intensidade China Polónia Donetsk Karaganda Reino Unido
(Classe) Rússia Rússia
I i<3 i = 2.5 i=4 i=4 ε = 0.5
k < 0.2 ε=2 ε=4
ε<2 ε = 1.5
II i=6 i = 5.0 i=4 i = 11 ε = 0.5 ≈ 1
k = 0.4 ε = 2.5 ε=7
ε=4 ε=3
III i = 10 i =10 i=6 i = 16 ε=1≈2
k = 0.6 ε = 3.5 ε = 10
ε=6 ε=6
IV i > 10 i = 15 i=8
k > 0.6 ε=6
ε>6 ε=9
V i = 10 ε>3
ε = 7.5
VI i = 25
ε = 14
156
( Nota : i = inclinação; ε = deformação; k = raio de curvatura.
O procedimento usual é que as Nenhuma medida de proteção é

deformações superficiais sejam previstas para necessária porque nenhuma das técnicas
as áreas ou regiões onde se encontram as disponíveis poderá evitar o dano previsto.
estruturas a ser protegidas. Os valores Um dos critérios mais utilizados para
previstos são então comparados com os valores o estudo dos danos causados nas construções
permitidos para as deformações ou resistências devidas ao aluimento dos terrenos de fundação
dos elementos das estruturas em suas várias é o desenvolvido pelo National Coal Board
partes. Baseando-se em tal comparação as do Reino Unido.
medidas de proteção são selecionadas. A Tabela 4 mostra o esquema de
Para casas de tijolos e madeira, classificação dos danos segundo tal critério.
podem ocorrer quatro possibilidades ao A classificação da tabela 4 baseia-se
comparar-se as deformações previstas com as fundamentalmente no relacionamento entre
deformações permitidas de acordo com a as dimensões das fraturas observadas e os
Tabela 3. danos prováveis. É feita uma classificação
1. As deformações previstas dos danos superficiais nas estruturas
pressupõem um grau de intensidade de danos construídas em função da mudança de
que é menor do que a classe I. Geralmente não comprimento da estrutura devidos ao efeito
são necessárias medidas de proteção. do aluimento mineiro.
2. As deformações previstas são Os danos são classificados
maiores do que a classe I e menores do que a segundo a intensidade de seus efeitos nas
classe II. Neste caso são necessárias medidas estruturas construídas.
de proteção simples como, por exemplo, o uso Foram assim delimitadas cinco
de diques de compensação. classes de danos:
3. As deformações previstas são -muito pequeno;
maiores do que a classe II e menores do que a -pequeno;
classe III. A estrutura requererá medidas de -Apreciável;
proteção cuidadosamente planejadas como o -grave;
uso de juntas de alívio de tensão e o uso de -muito grave
anéis de betão reforçado. As dimensões aproximadas das
4. As deformações previstas são fraturas listadas devem ser consideradas
maiores do que a classe III e menores do que a simplesmente como indicadores da
classe IV. Medidas de proteção especialmente extensão ou do grau de gravidade dos danos
projetadas deverão ser adotadas tais como o e não como uma medida direta dos mesmos.
nivelamento com a ajuda de macacos Deve ser ressaltado que a classificação da
hidráulicos e o aumento da resistência das tabela abaixo relaciona-se unicamente à
fundações com o uso de betão reforçado. classificação dos danos visíveis ou não
5.As deformações previstas são estéticos (LITTLEJOHN ET AL. 1993).
maiores do que a classe IV. Neste caso a
estrutura estará ou poderá vir a estar
gravemente danificada rapidamente.
157
TABELA 4 -Classificação dos danos superficiais em residências devido à subsidência nas minas (Segundo
National Coal Board (NBC), 1975).
Mudança de comprimento Classe de danos Dano Característico
da estrutura
< 0,03 m Muito Casos isolados de pequenas fissuras nas
pequeno
paredes e não visíveis do exterior das
construções.
0,03m a 0,06m Pequeno Grande número de pequenas fissuras

visíveis dentro do edifício. Janelas e
portas podem estar levemente
desaprumadas. Reparações na decoração
podem ser necessárias.
0,06m a 0,12m Apreciável Já pode ocorrer uma fratura principal e

maior. Janelas e portas em desaprumo.
Canos podem partir-se.
0,12m a 0,18m Graves Canalizações partidas. Fraturas

abertas.Janelas e portas distorcidas. Piso
em desaprumo e paredes inclinadas.
> 0,18m Muito grave Como acima, entretanto pior,

requerendo reconstrução parcial ou
completa. As vigas do teto e do piso
perdem sua resistência e precisam ser
escoradas. Ruptura das janelas e grandes
inclinações no piso.
No que diz respeito aos métodos de

proteção das estruturas, o objetivo que se persegue
é aumentar a resistência e / ou reduzir as tensões a) Remoção da casa
adicionais nos elementos da estrutura. Após e Se a casa estiver situada acima ou nas
durante a lavra, as estruturas poderão requerer proximidades do painel que está sendo lavrado for
reparos. A seguir são listadas algumas das técnicas relativamente pequena e sua superestrutura for de
mais empregadas para a proteção das estruturas.
158
madeira, essa poderá ser removida temporariamente feito em estruturas sujeitas à inclinação e/ou
do local antes da lavra. curvatura.
Após a lavra, as fundações são reparadas e Quando certas partes da casa ficam
niveladas e a superestrutura é recolocada na posição penduradas ou sem sustentação, o alavancamento é
original. necessário para manter a casa nivelada e para
reduzir a possibilidade de ocorrência de danos.
b) Abertura de pequenos canais para Nas regiões produtoras de carvão nos
alívio das tensões Apalaches, onde a maioria das casas são
construídas com alicerces constituídos por paredes
A gravidade dos danos é geralmente de blocos de betão, as vigas do piso das
proporcional à maior dimensão da estrutura. superestruturas são cavilhadas de tal forma que fica
Assim, se uma dada dimensão é muito grande, essa facilitada a separação entre os movimentos das
pode ser dividida em unidades da ordem dos 15 a paredes dos blocos de betão e das superestruturas.
20 metros. Os canais devem ser feitos em toda a O nivelamento da superestrutura poderá ser feito
extensão do interior de uma dada parede ou nas através da instalação de macacos hidráulicos abaixo
linhas onde haja uma mudança de altura e/ou das vigas de carga do piso. Para que tal
forma. A altura em cada unidade separada por um procedimento dê bons resultados, a subsidência das
canal deve ser uniforme. Quando a deformação vigas do piso deverá ser monitorizada diariamente,
horizontal prevista for maior do que 75 mm/m, é ou a cada turno de trabalho quando a face estiver a
aconselhável que o comprimento da estrutura seja ± (1 ∼ 1.4 ) h de distância da casa, e qualquer
menor do que 15 m. Os canais devem percorrer inclinação verificada deverá ser corrigida ou
todo o caminho desde os alicerces até o cume das compensada pelo ajustamento conveniente dos
paredes. Se prevalecer as tensões de compressão, os macacos hidráulicos.
canais devem se estender até o fundo das
fundações. Os canais têm geralmente 6 cm de d) Nivelamento com molas
largura. Entretanto, sua largura real deve ser
calculada com base nos valores esperados das Com o propósito de manter as casas
deformações nas estruturas. niveladas durante a lavra subterrânea abaixo das
A largura de um canal em uma parede mesmas, são instalados conjuntos de molas nos
deve ser: locais onde houver evidências do aparecimento de
degraus ou movimentos verticais bruscos do
Sw = ( ε + H / ρ ) x ( l1 + l2 ) ÷ 2 terreno. Cada conjunto consiste de 5 ou 6 molas
com uma capacidade de carga de 6 t cada que são
(Eq.1) instaladas antes do início da lavra. Durante a lavra,
à medida que os degraus vão se formando, as molas
onde ε e ρ são respectivamente a tensão e vão se expandindo para manter a casa nivelada.
o raio de curvatura previstos, H é a altura da parede Quando as molas atingem seu limite de
e l1 e l2 são as espessuras das unidades em ambos os elasticidade, macacos hidráulicos são utilizados
lados do canal, respectivamente. O primeiro termo para segurar as vigas, e placas de aço são inseridas
da equação acima representa a largura necessária abaixo das molas de tal forma que essas possam ser
para conter a deformação horizontal e o segundo reutilizadas no mesmo ponto.
termo a curvatura. Ao se considerar unicamente os
alicerces, a largura necessária para conter as e) Manutenção de um plano inclinado
deformações horizontais devidas à curvatura pode conveniente
ser desprezada. Nesse caso a largura do canal passa
a ser representada pela relação : O propósito desta técnica é manter-se a
Sb = ε ( l1 + l2 ) ÷ 2 superestrutura da casa / construção em um
determinado plano inclinado durante as operações
(Eq.2) de lavra e retorná-la à posição nivelada após a
lavra. Consegue-se isto através da instalação de
c) Nivelamento macacos hidráulicos e/ou cunhas em pontos
estratégicos. Quando preciso, os equipamentos
O nivelamento por meio de alavancas, hidráulicos e/ou cunhas são ajustados para manter o
macacos hidráulicos ou outro aparelho semelhante é plano inclinado conveniente. Esse método requer
159
menos ajustamentos do que os outros métodos de tijolo e de betão, um cabo de aço é colocado
nivelamento geralmente usados além de resultar em envolvendo todo o perímetro da estrutura em uma
menor grau de danos para a sua implementação. altura apropriada, e é submetido a uma tensão
Entretanto, desde que o piso da casa estará sempre adequada à situação.
disposto segundo um plano inclinado, tal facto pode Com o aumento da subsidência, o cabo
se tornar desconfortável para os habitantes. Para deverá ir sendo monitorizado e ajustado de tal
construções que possuem elementos ou estruturas forma a manter a tensão mais adequada.
muito altas, a estabilidade dessas deve ser Os cabos de alta tensão se prestam para
considerada ao se determinar o plano inclinado de duas funções bem específicas:
operação mais conveniente ou otimizado. (1) a tensão de compressão originada na
estrutura pelo cabo de tensão contrabalança de certo
f) Trincheiras modo com a tensão de tração induzida pelo
processo de subsidência; e
As trincheiras são usadas para compensar (2) eles seguram a estrutura de tal modo
as tensões de compressão e devem ser projetadas que a inclinação e a rotação na parte da estrutura
convenientemente tanto em termos de sua largura acima do cabo podem ser muito diminuídas. A
quanto em termos de sua profundidade. tensão no cabo pode ser calculada pela seguinte
As trincheiras devem ter no mínimo 1 ft fórmula (Peng et al., 1992):
de largura, estar situadas de 3 a 6,5 ft da parede
exterior e ter uma profundidade a partir da T = L2 x q ÷ 2 x a
superfície que atinja 6 a 8 ft abaixo do fundo das
fundações. (Eq.3)
A maior dimensão da trincheira deve estar
preferencialmente orientada perpendicularmente a onde : L é o comprimento da parede mais
direção da compressão máxima. extensa, q é o peso específico do cabo e a é a
A trincheira deve ser preenchida com curvatura côncava máxima do cabo ao longo da dita
material estéril para evitar o colapso das paredes e parede.
deve ser coberta ou tapada. Se a fundação estiver
abaixo do nível do lençol freático, o material de h) Escoramento das paredes com estruturas
preenchimento deverá ser à prova d’água. armadas e braçadeiras interiores
Uma trincheira bem projetada e
construída reduzirá a transmissão de tensões às Os esteios e barras reagem às tensões
partes da estrutura protegidas. As trincheiras são enquanto que os macacos de parafuso mantêm as
mais efetivas na redução das tensões de compressão cargas adequadas nas mesmas.
do que das tensões de tração. Um caso estudado por Esteios ou braçadeiras internas são
Peng e Luo (1989) citado por Peng (1992) mostrou projetadas para manter a estabilidade das paredes
que a uma trincheira de compensação construída internas sujeitas à carregamento. Geralmente um
nos arredores de uma casa possibilitou uma redução sistema composto por esteios ou braçadeiras
de 35 % da tração superficial e de 90 % da internas é projetado para evitar o colapso das partes
compressão superficial. principais do piso. As vigas do piso perdem suporte
em seu lado direito quando as paredes exteriores se
g) Reforço com barras e cabos de alta inclinam para fora.
tensão
Barras de aço resistentes a altas tensões i) Reforço das vigas de betão

podem ser dispostas ao longo das vigas do teto ou
ao nível das vigas do piso. Elas devem estar Se as deformações à superfície forem
firmemente escoradas nas extremidades e muito grandes, vigas de betão reforçadas podem ser
suportadas a intervalos regulares por cavilhas. As instaladas em volta da casa e ao nível dos alicerces.
barras de tensão devem ser projetadas para resistir Esta medida tem um efeito muito positivo
aos efeitos da curvatura e da tração. no que concerne ao aumento da resistência às
Para proteger estruturas que têm que tensões horizontais e curvatura negativa, e se as
resistir tensões de compressão maiores do que vigas forem instaladas no nível do piso ou ao nível
tensões de tração, tais como paredes de bloco de das vigas do teto, elas também possibilitarão uma
diminuição dos problemas relacionados com a
160
curvatura positiva. Neste caso, a casa deve ser bem reforçado cobre todo o conjunto. Quando o terreno
resistente. As vigas de betão reforçado apresentam se deforma, as quatro peças da placa inferior se
o inconveniente de serem relativamente caras. movimentarão segundo direções que tenderão a
São utilizados dois tipos de vigas de betão absorver ou reduzir a deformação total gerada.
reforçado, ou seja, as vigas para fundação e as vigas Além disso, devido à capacidade de
para paredes. Para casas já construídas as vigas de absorção de tensões da camada de areia solta, a
parede são instaladas geralmente sob as calhas, placa de betão reforçada receberá somente, uma
abaixo do piso ou nas soleiras das janelas. As vigas pequena parte da deformação transmitida pelo
para fundação são instaladas abaixo do solo no terreno.
primeiro degrau da escada da parede de fundação.
Para construções novas, as vigas das m) Simetria das construções novas
fundações são instaladas nas paredes de pedra dos
alicerces, enquanto que as vigas das paredes são O grau de rigidez das novas construções face
instaladas dentro das mesmas. aos diversos esforços ou solicitações deve ser o mais
uniforme possível. Deve-se evitar a criação de regiões
j) Vigas na fundação de alta concentração de tensões durante a lavra
subterrânea abaixo das construções. Por exemplo, o
Para diminuir o momento transversal número, comprimento e localização das paredes
resultante na parede longitudinal, especialmente se longitudinais e transversais devem ser projetados de tal
a construção não tiver uma parede transversal ou a forma que sejam simétricos em relação às linhas
distância entre as duas paredes transversais for centrais longitudinal e transversal da construção. O
muito grande, um esteio transversal constituído por comprimento e a largura das janelas e portas deve ser
uma viga de betão é instalado no centro, entre as os mesmos e estas devem estar assentadas a uma
duas paredes longitudinais. Quando a deformação posição uniforme entre si ao longo do comprimento
horizontal principal é aplicada obliquamente à total das paredes.
construção, esteios constituídos por vigas de betão
reforçado devem ser instalados naquela direção. n) Uso de juntas de expansão
k) Placa de betão reforçado Begley et al. (1986) citado por Peng

(1992) recomendou o uso de juntas de expansão
Quando a construção estiver submetida a para evitar tanto o deslocamento horizontal quanto
grandes tensões horizontais, tanto na direção do a subsidência vertical.
menor quanto do maior eixo, ou obliquamente, a Existem quatro tipos de juntas de
instalação de uma placa armada de betão no cume expansão que estão disponíveis comercialmente:
da fundação flexível deve ser a solução adotada. A 1. O modelo “Allway” que é uma junta
armação terá 80 a 120 mm de espessura. Barras de convencional toda composta por alumínio.
tensão são instaladas a intervalos regulares de 1 a 2 2. O modelo Sísmico que é uma junta
metros tanto nas paredes transversais quanto na projetada para acomodar os movimentos devidos
paredes longitudinais. As barras de tensão se aos abalos de terra e que é montada à base de
estendem para fora das paredes mais externas e são alumínio e aço inoxidável.
fixadas através de âncoras. Arames de aço podem 3. O modelo “ Elastum” que é feita com
também ser instalados de acordo com uma malha de uma mistura de elastômeros duráveis e alumínio, e
100 x 200 mm. 4. Um modelo especial para rodovias e
estacionamentos.
l) Fundações flexíveis
0) Medidas de proteção para
Somente é aplicável a casas novas. A
tubulações
fundação é constituída de duas grandes placas. A
placa inferior é cortada diagonalmente por duas Diversos tipos de tubulações, tais como
fendas que a divide em quatro peças triangulares. para o abastecimento de água, gás, óleo, minérios e
Uma camada constituída por 5 cm de areia solta é esgotos podem ser afetadas pela subsidência em
colocada em toda a extensão da referida fenda e minas de carvão.
acima da camada de areia colocam-se placas Como as tubulações são estruturas
espessas de poliéster. A placa superior de betão essencialmente lineares que se estendem por uma
161
distância e área consideráveis torna-se O intervalo, L, entre os dispositivos de

antieconômico protegê-las através de pilares de compensação pode ser determinado por :
segurança. Assim sendo, as medidas mais adotadas L = ∆ L / ε
para tal consistem em se reforçar ou reparar as
tubulações e proceder à extração total do carvão. (Eq.4)
Quando a deformação superficial prevista
ou a tensão adicional na tubulação exceder os onde ∆ L é a capacidade de compensação
valores máximos permitidos, uma ou mais das do dispositivo instalado e ε é a tensão média no
seguintes medidas de proteção devem ser adotadas: terreno.
1ª) Tomar medidas para compensar ou
contrabalançar os movimentos diferenciais. Pode-se 7ª) As tensões induzidas e os movimentos
citar, por exemplo, medidas para absorver o relativos entre o terreno e a tubulação devem ser
alongamento ou o encurtamento da tubulação como convenientemente monitorizados para as principais
a instalação de curvas, em forma de U, nas zonas linhas de água e de gás durante a lavra subterrânea.
onde há previsão de tensões críticas. Os principais itens a serem monitorizados
2ª) Instalar válvulas nas proximidades das são: subsidência e deformação horizontal do
zonas críticas de modo a facilitar os reparos terreno, subsidência e deformação horizontal da
necessários. tubulação e tensões induzidas. Para facilitar o
3ª) Se a tubulação estiver enterrada, monitoramento, pequenos poços de observação
preencher a trincheira (com a tubulação no centro) devem ser escavados em posições escolhidas
com feno seco não viscoso, serragem, pó de pedra estrategicamente ao longo da tubulação e nas
ou outros materiais semelhantes com a finalidade imediações dessa.
de absorver a deformação antes que essa alcance a
tubulação. Por outro lado, a tubulação deverá ser
escavada e mantida exposta à superfície,
p) Medidas de proteção para estradas
principalmente nas zonas de deformação críticas e
nas superfícies muito inclinadas. Por questões de e pontes
segurança, a subsidência da tubulação deve ser
Quando a lavra está situada abaixo de
rigorosamente monitorizada e estruturas de apoio
rodovias e pontes, a subsidência superficial causa o
devem ser construídas abaixo da mesma de modo a
aluimento das mesmas. Quando a subsidência
mantê-la permanentemente nivelada ( PENG ET
superficial é grande, as estradas são geralmente
AL, 1992).
preenchidas com material adequado até a altura
4ª) Separação temporária da tubulação
original e são repavimentadas. No caso de uma
de modo a liberar as tensões induzidas e depois
ponte sujeita à inclinação devida à subsidência, se
ligação conforme originalmente quando estiverem
não houver espaço para a colocação de um apoio
presentes forças de compressão muito elevadas.
ou calçamento na sua parte inferior a mesma deverá
Seções adicionais podem ser necessárias quando a
ser levantada.
tubulação estiver sob tensão.
Para conseguir o nivelamento das pontes
5ª)Aumento da resistência dos pontos de
estas são geralmente levantadas até uma certa altura
ligação.
recorrendo-se à utilização de macacos hidráulicos.
Os diversos pontos de ligação dos tubos
Posteriormente, é introduzida uma altura adicional
contêm poros e partículas do material ligante.
nos pilares. Se forem utilizados pilares de betão
Quando submetidos à deformação, altas
reforçado, as pontes não deverão ser reacomodadas
concentrações de tensão poderão ser originadas em
nos mesmos até que estejam completamente secos.
tais áreas. Para solucionar este problema, duas
Com o propósito de acomodar os
secções semicirculares costumam ser introduzidas
movimentos superficiais e deformações, os suportes
com a finalidade de cobrir os pontos de ligação e as
das pontes são geralmente do tipo cilíndrico, os
extremidades dessas secções semicirculares são
quais permitem movimentos relativos da ordem dos
fixadas.
50 mm. Quando ambos os lados da ponte têm uma
6ª) Instalação de dispositivos para
subsidência diferencial maior do que 2 L / 1000
compensação das tensões.
(onde L é o comprimento da ponte), a superfície da
Para tubulações de grande diâmetro,
ponte precisa ser reforçada ( KRATZSCH,1983
instrumentos de compensação devem ser usados .
citado por Peng, 1992). Se a ponte for muito longa,
ela deverá ser subdividida em secções com
162
comprimento na faixa dos 15 a 25 metros. conforme Subsidências grandes e inesperadas têm

comentado por (Peng,1992). acontecido em frentes de câmaras e pilares
Os danos esperados para pontes pequenas abandonadas há anos segundo o mesmo autor.
e curtas situadas em áreas rurais é pequeno, se estas Notícia recente, relacionada a uma
encontram-se totalmente situadas dentro dos painéis escavação de mina de ouro abandonada, foi
de lavra. Entretanto se estas estiverem localizadas veiculada pela Rede Globo. De acordo com a
para além das extremidades dos painéis o notícia, cratera de seis metros de diâmetro interditou
calçamento e/ou o constante nivelamento com rodovia MG-30, em Nova Lima. Segundo o órgão de
estruturas auxiliares pode ser necessário durante e fiscalização (DER), desabamento foi causado por
após a lavra. mina. Local desativado passava por baixo da via.
Uma cratera de cerca de seis metros de diâmetro e
q) Medidas de proteção para oito de profundidade se abriu na noite do domingo,
estruturas altas dia 30/04/2012.
As estruturas são consideradas altas

quando sua altura é muito maior do que seu 3) CONCLUSÕES
comprimento e largura. As estruturas altas mais
comuns nas minas de carvão são as chaminés,
elevadores de materiais sólidos, torres de A subsidência é consequência
transmissão de energia, caixas d’água, etc. Como a inevitável da lavra subterrânea. Está
área da base das estruturas altas é geralmente relacionada a diversos parâmetros e fatores,
pequena, o problema é a altura de tais estruturas. como dimensões do corpo de minério,
As estruturas altas são muito sensíveis à profundidade e dimensões das escavações,
inclinação. Quanto maior a inclinação, maior é a presença de descontinuidades e de água,
possibilidade de que as estruturas altas venham a tensões, ritmo de lavra, tempo, resistência das
ser afetadas. rochas encaixantes, entre outros.
Entretanto, trabalhos de campo A principal preocupação que se tem
monitorizados por Peng et al. (1980, 1986) citados ao abordar a propagação dos movimentos
por Peng, 1992, indicaram que a lavra subterrânea devidos à subsidência é o fato de que muitos
por frentes corridas sob torres de transmissão, torres trabalhos subterrâneos são feitos em zonas ou
de água e postes de telefone não afetou regiões com construções na superfície, como
sensivelmente tais estruturas. Deve-se ressaltar metropolitanos e túneis nas zonas urbanas e
também que as linhas de tensão de 135 KV podem minas sob vilas ou outras instalações.
favorecer o processo de equilíbrio das torres de As estruturas são afetadas pelos
transmissão, desde que as linhas em ambos os lados movimentos induzidos de diversas formas,
da torre estejam sempre tensionadas. O mesmo é dependendo essencialmente do tipo e da
válido para os pólos das redes de telefone (Peng, amplitude ou grandeza do movimento e das
1992). características da estrutura.
Fenômenos de dano a edificações aconteceram Se as deformações induzidas nas estruturas
também em Germunde, Portugal (Curi, 2005) e excederem os valores críticos característicos
Criciúma, no Brasil, relacionados a minas de dos seus elementos constituintes haverá danos
carvão. nas mesmas.
A quantidade e a intensidade dos danos
Subsidência residual dependerá da capacidade da estrutura de
resistir à tensão adicional induzida através das
Em algumas áreas a subsidência pode deformações transferidas pelo terreno.
ocorrer em tempo imprevisível no futuro. Mesmo No que diz respeito aos métodos de proteção das
após fechada e atividades de recuperação da mina estruturas, o objetivo que se persegue é aumentar
completas, a responsabilidade da empresa de a resistência e / ou reduzir as tensões adicionais
mineração não termina, lembra Hartman (1992). nos elementos da estrutura. Após e durante a lavra,
Um dos problemas potenciais é a subsidência as estruturas poderão requerer reparos.
residual. Quanto às medidas de proteção das
estruturas, as deformações superficiais devem ser
avaliadas nas áreas onde se encontram as estruturas
a serem protegidas. Os valores previstos de tensão e
163
deformação previstos devem então ser comparados - abertura de trincheiras para alívio das
com os valores permitidos, em termos de tensões no terreno;
deformações máximas ou resistências máximas - nivelamento das estruturas;
admissíveis para os elementos fundamentais das - reforço das estruturas com barras e/ou
estruturas e suas diversas partes. Baseando-se em cabos de alta tensão;
tal comparação as medidas de proteção são - reforço das estruturas com vigas de
selecionadas. As principais medidas de proteção das concreto armado;
estruturas que serão apresentadas são: - uso de fundações flexíveis;
- uso de juntas de expansão.
164
REFERÊNCIAS
CURI., A. Análise e mitigação do impacto ambiental causado pela subsidência devida a minas
subterrâneas. Tese de doutoramento. IST. UTL. Univ. Tec. Lisboa. Lisboa, 1995.
HARTMAN, H. L. SME Mining Engineering Handbook, 2 ed, p. 672-676. 1992.
KRATZSCH, HELMUT. “Mining Subsidence Engineering”. Ed.Springer. Verlag. New York,

1983.
LITTLEJOHN.G.S, MAY.I.M, CHAPMAN.B.C. “An investigation into the behaviour of structures

subject to mining subsidence” Final Report on ECSC Research Project 7220. AD/828.
Inglaterra, 1993.
PENG.S.SYD. “Surface Subsiddence Engeneering ”. Society for Mining, Metallurgy, and

Exploration, Inc. Littleton. Colorado,1992.
NATIONAL COAL BOARD. “Subsidence engineers handbook, 2nd (rev) edn. National Coal
Board Dept. London. 1975.
Rede Globo. Cratera de seis metros de diâmetro interdita MG-30, em Nova Lima. Disponivel em g1.com.br, 2012.
coloreados.
165
INVESTIGACIÓN GEOTÉCNICA PARA ESTUDIO DE PREFACTIBILIDAD DEL

SISTEMA DE MINADO SUBTERRÁNEO
LEOPOLDO GONZÁLEZ-VILLALVASO1, JUAN MIGUEL RÍOS GUTIÉRREZ1,

GUILLERMO FLORENZANI-VALDERRAMA1, WALTER RAMÍREZ-MEDA2, JOSÉ DE
JESÚS BERNAL-CASILLAS2, JUAN VILLALVAZO-NARANJO2
1
Asociación de Ingenieros de Minas, Metalurgistas y Geólogos de México, A.C.; 2Departamento de Ingeniería de Proyectos,
Universidad de Guadalajara, profesores investigadores
RESUMEN: La minería ha sido y continuará siendo, una actividad con incertidumbres. En el caso de proyectos
nuevos, el propósito de un estudio de factibilidad es desarrollar un plan de largo plazo que pueda ser
implementado con un nivel de riesgo aceptable. El control del terreno es uno de los parámetros básicos que
tienen impacto en un programa de minado. Su importancia, relacionada con el diseño y la operación, varía de un
proyecto a otro debido a la naturaleza específica del cuerpo mineralizado.
El objetivo de este trabajo es definir los parámetros geotécnicos para el estudio de prefactibilidad del proyecto de
minado subterráneo. El comportamiento del macizo rocoso se espera tenga una influencia significativa en el
minado subterráneo en este proyecto.
El alcance del trabajo es realizar el análisis estadístico de los parámetros geotécnicos obtenidos; así como, la
clasificación de la calidad del macizo rocoso para las diferentes unidades litológicas y, realizar la evaluación
preliminar de las opciones de minado subterráneo apropiadas. Con base en lo anterior, se emiten las
recomendaciones acerca del soporte requerido de acuerdo a la clasificación de las unidades litológicas y
dimensiones de los claros propuestos.
PALABRAS CLAVE: investigación geotécnica, prefactibilidad, minado subterráneo.
166
INTRODUCCIÓN
La mina Francisco I. Madero (FIM), inició

con la adquisición, por la Compañía
Fresnillo, de una reserva minera nacional a
finales de 1994. Con base en un modelo de
yacimiento sedimentario-exhalativo se
realizaron levantamientos geológicos,
geoquímicos y geofísicos a casi 100 km
con barrenos de diamante y rotarios,
concluyendo con la cubicación de mineral
probado por 27.3 Mt con 5.26%
combinado Pb-Zn, 3 Mt con 1.2% Cu, mas Figura 1. Plano de localización de la Mina
Francisco I. Madero en el Estado de Zacatecas.
mineral indicado y potencial.
El yacimiento está emplazado en

rocas del Terreno Guerrero del Cretácico
Inferior. Forma mantos de sulfuros de Fe,
Ambiente Geológico
Zn, Pb y Cu con espesores de hasta 65 m La mina FIM está ubicada en la porción
en una extensión de 2 X 2 km alojados en media de una secuencia calcáreo-arcillosa
calizas arcillosas que sobreyacen sobre que sobreyace a volcánicos andesíticos
argilitas. La porción inferior del horizonte marinos del Terreno Guerrero (Ki),
mineralizado está bandeado y con zonas cubierta en los alrededores por rocas
aisladas de Ag-Cu, la parte superior volcánicas del terciario.
contiene mineral de Pb-Zn asociado a una
zona de remplazamiento diagenético.
MINA FRANCISCO I. MADERO
Localización
La mina esta localizada en la Provincia de
la Mesa Central, aproximadamente a 600
km al noroeste de la Ciudad de México, en
el Estado de Zacatecas y aproximadamente
a 15 km al oeste de la ciudad capital. El
clima es semiárido típico de una provincia
desértica alta (Figura 1).
Figura 2. Plegamiento con ejes de orientación

aproximadamente NW. Proyecto FIM:
167
CLEP. Litología de alteración de la unidad

CZA, que contiene abundante clorita y
Estratigrafía epidota, con cantidades menores de
tremolita-actinolita y wollastonita.
El sitio de la mina se caracteriza por Conserva la estratificación y laminaciones
subafloramientos de argilitas y calizas; con originales. CLEP es la unidad huésped para
la mineralización en el contacto de estas la mineralización tanto singenética como
dos unidades, sobreyaciendo a un de remplazamiento. El contenido de fierro
basamento de argilitas. Las unidades de esta unidad es generalmente menor al
sedimentarias están estratificadas 10 %. El contacto superior de CLEP es
subhorizontalmente. Se presenta un bien marcado y muestra ocasionalmente
plegamiento con ejes de orientación capas alternadas con la unidad que le
aproximadamente NW (Figura 2). sobreyace indicando ausencia de falla o
cabalgamiento.
Las rocas se han subdividido en las
unidades litológicas siguientes (Figura 3 y PYPO. Unidad constituida básicamente
4): por pirita, pirrotita, escasa magnetita,
sílice, arcilla, clorita y epidota. Se
caracteriza por un contenido mayor al 40%
de sulfuros de fierro. Los sulfuros
presentan estratificación delgada y laminar
siendo característica la pirita
microcristalina en forma de aglomerados y
pirita recristalizada asociada a vetillas de
cuarzo y otros sulfuros, sugiriendo una
etapa hidrotermal posterior a la
sedimentación. En algunos sectores la
parte baja de esta unidad presenta un
menor contenido (10-20%) de sulfuros de
fierro, sobresaliendo la roca silicificada
Figura 3. Representación de la columna
estratigráfica propuesta. con minerales arcillosos, clorita, epidota y
vetilleos de cuarzo.
ARG. Esta unidad forma el “basamento”

CZA. Calizas y rocas carbonatadas. CZA de la mineralización; es una roca bien
es una roca bien estratificada y laminada estratificada y laminada con abundantes
con intercalaciones de zonas de laminaciones carbonosas con vetillas y
composición carbonatada y argílica. Las lentes de cuarzo y pedernal. Es común la
laminaciones están típicamente espaciadas presencia de sericita y pirita singenética y
de 1 a 5 mm, y localmente de 1 a 5 cm, con la caracteriza una completa ausencia de
algunas capas de carbonatos mayores a los carbonatos.
5 cm. Las calizas han sido divididas en
calizas oxidadas y calizas frescas, de IGI. Intrusivos dacíticos constituidos por
acuerdo con la extensión del intemperismo plagioclasas sericitizadas, cuarzo y pirita
y la oxidación. Por debajo de este nivel, las diseminada. Forma diques angostos
laminaciones argílicas son lutitas altamente regularmente alojados en fallas de rumbo
carbonosas. Son comunes las vetillas y NW y cortan toda la secuencia descrita.
lentes de cuarzo y calcita, generalmente Hacia el SE del yacimiento tienden a
verticales a subverticales y bien aumentar su potencia creando un stock
cementadas. elongado de hasta 50 m de espesor a partir
de 60 m de superficie. En la porción SE del
168
yacimiento estos diques ocasionan El carácter de los contactos entre

marmolización y escarnificación somera en unidades litológicas es variable. Contactos
la Unidad CZA, así como removilización bien marcados se encuentran entre
de sulfuros al atravesar las zonas CZA/CLEP, PYPO/ARG, y
mineralizadas. IGI/HUESPED. El contacto entre CZA y
CLEP esta regularmente definido,
presentándose en longitudes del orden de
centímetros. La interface PYPO/ARG está
generalmente bien definida, caracterizada
en algunas áreas por brechamiento y
delgadas zonas arcillosas de cizallamiento
con slickensides. También se presentan
grandes cristales de cuarzo. El contacto
entre CLEP/PYPO es gradacional y ocurre
a lo largo de metros.
Fallamiento inverso
Figura 4. Unidades litológicas: No se ha identificado fallamiento inverso

mayor dentro del área, aunque el
plegamiento de baja amplitud observado en
los sulfuros masivos y las rocas
Geología estructural carbonatadas sobreyacentes, así como el
cizallamiento de bajo ángulo en el
La litología presente en el área del basamento de argilitas, pueden estar
proyecto comprende una secuencia relacionados a fallamiento inverso
sedimentaria con echado suave al NE. Esta localizado en un área no identificada
secuencia ha sido afectada localmente por dentro de la región. Aunque se tienen
estructuras predominantemente NW y N-S corrimientos a pequeña escala siempre
de echados cercanos a la vertical. presentes, estos son discontinuos
Plegamientos a pequeña escala reflejan un localizados en áreas pequeñas. Los
fallamiento regional inverso (localización corrimientos encontrados están
no identificada) y/o deformación generalmente confinados al contacto entre
singenética de los sedimentos. Los ejes de los sulfuros y las argilitas, caracterizado
los pliegues se orientan aproximadamente por plegamiento y brechamiento, y se
NW y son consistentes con los ejes de asume no tendrán impacto en los trabajos
plegamiento mayor identificados al sur. subterráneos planeados.
Basados en observaciones de la orientación
de los planos de estratificación en barrenos Fallamiento normal
verticales y en el modelo geológico, la
estratificación y los contactos geológicos El fallamiento normal identificado en el
son generalmente, subhorizontales a sitio tiene rumbo predominantemente
ligeramente plegados. N25°W, con echados al NE y SW, con
ángulos de 75° o mayores, formando una
Los planos de estratificación tienen serie de horsts y grabens. Se han
echados del orden de 10° al NE y raras interpretado fallas E-W en la parte sur del
veces exceden los 20°, excepto en casos depósito. Las fallas que cruzan el depósito
locales donde hay brechamiento o arrastre contienen zonas de brechamiento
asociado a fallamiento o deformación características de fallamiento quebradizo,
singenéticos. que se encuentran fuertemente cementadas
a lo largo de casi toda su extensión. Hay
169
una ligera alteración a arcillas que es Información geotécnica

evidente dentro de las zonas de falla en los
sulfuros o en las calizas. Para la determinación de la calidad del
macizo rocoso fue empleada diversa
Las fallas encontradas en los información generada en campo, gabinete
núcleos de barrenación son identificadas y laboratorio. Esta consistió en:
por un incremento en el fracturamiento,
brechamiento u oxidación. La mayoría de • Mapeo estructural en superficie,
las brechas de falla observadas en los
núcleos están fuertemente recementadas y • Perforación y logueo de barrenos, y
por lo tanto no constituyen zonas de
debilidad mecánica (Figura 5). • Pruebas de laboratorio.
Mapeo estructural de
superficie
Se llevó a cabo un mapeo de superficie en
las zonas expuestas de roca, obteniendo un
total de 51 datos estructurales de echados,
rumbo de echados y de juntas y vetas. Los
datos estructurales de superficie son muy
escasos debido a la cantidad limitada y a la
calidad pobre de las exposiciones de roca.
Los datos fueron procesados empleando el
Figura 5. Interpretación geológica 3D: fallas y
óxidos. software DIPS, para definir patrones
estructurales.
Perforación y logueo de
Mineralización barrenos geotécnicos
En Francisco I. Madero se han distinguido Se perforaron un total de cinco barrenos
dos tipos de mena, una formada por geotécnicos con obtención de núcleo para
sulfuros de Pb-Zn en mantos incluidos en evaluar las condiciones del subsuelo, en
las Unidades CLEP y PYPO, y otra con zonas importantes del proyecto. Se empleo
contenidos de Ag-Cu en mantos pequeños un sistema de "wireline" de triple tubo.
e irregulares dentro de la Unidad PYPO. Con un tubo interior dividido se recuperó
núcleo de medida NQ3. La descripción
La mineralización se interpreta tipo geotécnica del núcleo se llevó a cabo
“SEDEX”, depositada singenéticamente y empleando el procedimiento desarrollado
asociada con la sedimentación marina. Se por Golder Associates Inc., que incluye
presenta diseminada, bandeada y masiva. medición de la recuperación de núcleo,
La subsecuente removilización ha dado Rock Quality Designation (RQD),
como resultado mineralización de frecuencia de fracturas, resistencia,
reemplazamiento en algunas rocas. alteración, oxidación y ocurrencia de
brechas y fallas. Los datos estructurales
fueron obtenidos de los núcleos de
barrenos también fueron procesados con
DIPS.
170
Pruebas de laboratorio importantes; y pruebas de material de falla,

para caracterizar la resistencia potencial al
Se llevó a cabo un programa de pruebas de cizallamiento.
laboratorio con el fin de medir las
propiedades de resistencia e "index" para Las pruebas de resistencia a la
caracterizar las unidades geotécnicas compresión fueron implementadas en
importantes. muestras representativas para proveer
medidas directas de la resistencia de roca
Pruebas de resistencia a la intacta. Los resultados de las pruebas se
compresión (UCS) de muestras muestran en la Tabla 1.
representativas de las unidades de roca
Clasificación del macizo rocoso

Los resultados de las pruebas El diseño de excavaciones subterráneas
indican que las resistencias de las unidades aprovecha un buen número de reglas
geológicas varían de débil para la argilitas empíricas y semiempíricas bien
y media fuerte para las calizas oxidadas establecidas. Esto posibilita hacer
hasta muy fuerte para CLEP, de acuerdo estimaciones de las condiciones de minado
con el sistema ISRM. Las pruebas en esperadas y los requerimientos de soporte
general, son consistentes con, o son una con base en una detallada descripción del
categoría mayor que la clasificación ISRM macizo rocoso. El procedimiento de diseño
de campo, indicando que esta clasificación completo, incluye dos pasos. Primero, la
es adecuada a ligeramente conservadora. calidad del macizo rocoso es clasificada
171
con base a un sistema predefinido y en El significado físico del sistema se

segundo lugar, el desempeño esperado de explica de la siguiente manera:
los espacios en el subsuelo, es
pronosticado, usando una correlación El primer cociente (RQD/Jn),
empíricamente deducida del factor de representa la estructura del macizo y es una
calidad de roca. medida rudimentaria del tamaño de
bloques promedio. El segundo cociente
La evaluación de la calidad de roca (Jr/Ja) representa la rugosidad y las
provee de una base cuantitativa para la características de la fricción de las paredes
caracterización sistemática de las rocas, y de las fisuras o de los materiales de relleno
de un método para resumir un conjunto y es una medida de la resistencia al
importante de parámetros geotécnicos en esfuerzo cortante entre bloques. El tercer
un solo número. Este número es una cociente (Jw/SRF) consiste en dos
medida de qué tan bueno o malo es la roca parámetros de fuerzas. SFR es un valor de:
en un contexto de ingeniería. 1) la carga que se disipa en el caso de una
excavación dentro de una zona de fallas y
La calidad del macizo rocoso fue de roca empacada en arcilla; 2) los
evaluada empleando el Sistema Q de esfuerzos en una roca competente, y 3) las
Barton y el sistema RMR de cargas compresivas en rocas plásticas
Bieniawski(1989). incompetentes. Se puede considerar como
un parámetro total de esfuerzos. En cuanto
Sistema Q de Barton al parámetro Jw se trata de una medición
de la presión del agua que tiene un efecto
Basándose en una gran cantidad de casos negativo en la resistencia al esfuerzo
tipo estabilidad en excavaciones cortante de las fisuras debido a la
subterráneas, Barton, Lien y Lunde de reducción en el esfuerzo efectivo normal.
Norwegian Geotechnical Institute (NGI), Por lo tanto, el cociente Jw/SRF es un
propusieron un índice para determinar la factor empírico que describe los “esfuerzos
calidad del macizo en túneles. El valor activos”.
numérico de este índice Q se define por:
Los parámetros RQD, Jn, Jr y Ja se
Q = (RQD/Jn)(Jr/Ja)(Jw/SRF) miden regularmente en la descripción
geotécnica de núcleos; Jw es estimado por
Donde:
experiencia previa y los reportes de niveles
RQD = Designación de la calidad de roca. de agua en la perforación. SRF se
determina por métodos empíricos de
Jn = Número de sistemas de fisuras (joint acuerdo con la relación entre los esfuerzos
set number). in-situ y la resistencia de roca intacta.
Jr = Número de la rugosidad de las fisuras Sistema RMR

(joint roughness number).
El Sistema de Clasificación Geomecánica
Ja = Número de la alteración de las fisuras desarrollado por Bieniawski es un sistema
(joint alteration number). de clasificación del macizo rocoso que ha
sido usado para predecir excavaciones
Jw = Factor de reducción por agua en las estables, tiempo medio y requerimientos de
fisuras (joint water reduction factor ). sostén. El sistema rock mass rating
(RMR), da una clasificación de la calidad
SRF = Factor de reducción por esfuerzos de la roca basada en la suma de seis
(stress reduction factor). parámetros que pueden ser obtenidos de
172
mapeos de campo o de núcleos de E = Condiciones de agua subterránea

barrrenación. La expresión matemática es:
F = Orientación de las discontinuidades
RMR = A+B+C+D+F
El valor de peso para cada uno de
En donde: estos parámetros es definido por medio de
los criterios señalados en la Tabla 2
A = Resistencia a la compresión simple de desarrollada por Bieniawski (1989). La
roca intacta suma de estos valores da una cantidad
entre 0 y 100 y basados en ésta, la roca es
B = Rock quality designation (RQD). categorizada en cinco clases de acuerdo
con la Tabla 3.
C = Espaciamiento de discontinuidades
D = Condición física de las

discontinuidades
173
el propósito de definir la clasificación del

macizo rocoso:
Mediciones de la calidad de la
• Caliza oxidada,
roca
• Caliza fresca,
La clasificación del macizo rocoso estuvo
basada en las observaciones de campo,
• Mineral (CLEP y PYPO) y
resultados de las pruebas de laboratorio y
las descripciones del núcleo de • Argilita
barrenación.
Las rocas fueron divididas en

cuatro tipos distintivos de litologías, para
Caliza fresca: esta roca tiene una media de

calidad de Bueno (Q=14.6), con límites
superior e inferior en las clases Muy Pobre
y Muy Bueno. Aproximadamente el 2% de
La estadística realizada a los pesos la caliza fresca fue calificada como Muy
o ponderadores, obtenidos para cada Pobre y el 15% como Muy Bueno.
parámetro usado en los dos sistemas de
clasificación del macizo rocoso, se Zona mineralizada (CLEP/PYPO): el
ejemplifica en las Figuras 7 y 8, que macizo rocoso tiene una media de calidad
corresponden a las clasificaciones Q de evaluada como Bueno (Q=13), con límites
Barton y RMR respectivamente, ambas superior e inferior de Muy Pobre y Muy
para la roca denominada mineral. Bueno respectivamente. Aproximadamente
el 2% fue clasificado como Pobre y el 15%
El resumen siguiente describe los como Muy Bueno.
valores definidos para la clasificación Q de
la calidad del macizo rocoso. Argilita: tiene una media de calidad de
Pobre (Q=1.5), con limites superior e
Caliza oxidada: tiene una calidad media inferior en las clases “Muy Pobre” y
de macizo rocoso de Pobre (Q=3.2), con “Malo”.
límites superior e inferior en “Muy Pobre”
y “Bueno” respectivamente. Esfuerzos in-situ
Aproximadamente el 4% fue clasificado
como Muy Pobre y el 2% como Bueno.
174
No se realizaron mediciones de los smenor = 0.8 su (esfuerzo horizontal NE-SW)

esfuerzos in-situ en el proyecto. Sin
embargo, para evaluar la posible influencia
de los esfuerzos, se llevó a cabo un
estimado de los mismos. Se asume que los Geohidrología
esfuerzos verticales son equivalentes al
peso de la roca ubicada encima. Las El nivel freático preminado está a una
orientaciones aproximadas del campo de profundidad de aproximadamente 80
esfuerzos fueron determinadas examinando metros. Un estudio geohidrológico
la orientación de las estructuras más preliminar, realizado para evaluar el
jóvenes en el sitio, los diques intermedios: volumen que invadiría un posible tajo
abierto, indica un flujo total de
Los diques generalmente se aproximadamente 2 litros por segundo de
emplazan a lo largo de los planos de agua. Para los propósitos de este trabajo se
debilidad asociados con características o asume que la mina estará esencialmente
rasgos tensionales paralelos a la seca.
orientación de esfuerzos mayor. Están
generalmente orientados en una dirección Diseño de mina
aproximadamente paralela al esfuerzo
principal. Bases de diseño
Los rasgos tensionales se abrirían La evaluación de métodos de minado
perpendiculares al esfuerzo menor aplicables a un proyecto, ha sido basada
principal dado que hay una resistencia ampliamente en geotécnica,
débil al fracturamiento en esta dirección. Si consideraciones geométricas y
el esfuerzo menor principal fuera vertical evaluaciones económicas para las
sería equivalente a que los diques diferentes alternativas.
estuvieran orientados más hacia la
horizontal (sills). Por lo tanto, el esfuerzo Selección del método de
menor principal se asume horizontal ya minado
que los diques son casi verticales.
La selección del método de minado incluye
La orientación propuesta para los las consideraciones de los parámetros
esfuerzos menores es también consistente siguientes:
con el dominio regional “Basin and
Range”. • Geometría y grado de distribución
del mineral.
Los esfuerzos in-situ considerados
están basados en lo anotado arriba y en un • Calidad del macizo rocoso y
estimado de las magnitudes relativas de los competencia de la roca.
campos de esfuerzo de una revisión de las
mediciones realizadas en Norteamérica y • Costos de capital y operación.
tabuladas por Hoek(1980).
• Requerimientos de producción.
Basados en lo anterior, los valores
de los esfuerzos in-situ asumidos son: • Tipo y disponibilidad de fuerza de
trabajo.
su = 0.028 MPa/m profundidad (esfuerzo
vertical) • Consideraciones ambientales.
smayor = 1.5 su (esfuerzo horizontal NW-SE)
175
La experiencia local y el Los valores se asignaron a los

conocimiento de Ingenieros de minas parámetros siguientes:
formaron la decisión primaria para
seleccionar el método. • Cuerpo mineral. Forma, espesor,
variación de la ley profundidad e
El Método de Nicholas (1981) y el inclinación.
de Souza, et.al. (1987), han sido usados
para examinar los métodos potenciales en • Roca. Calidad de la roca del alto,
la mina FIM. mineral y bajo, esfuerzos en la roca
del alto, mineral y bajo, así como
Nicholas determina la factibilidad una medida relativa de esfuerzos en
de un método de minado asignando valores la roca para niveles de esfuerzos
numéricos a las características del cuerpo y inducidos anticipados.
a las propiedades de la masa rocosa.
Tabla 5. Resumen de los métodos de minado y sus valores para el proyecto FIM.
Figura 6. Descripción gráfica de la dependencia de varios métodos de minado con el Q de Barton según De
Souza et.al. (1987).
176
mayores estabilidad del alto y de pilares.
Comparación de métodos de minado

propuestos
Post pilar corte Tumbe por

y relleno subniveles
Geometría del Irregular/Regular Regular

Figura 7. Basado en el resultado de los análisis, fue yacimiento
seleccionado corte y relleno con pilares (Post Pillar
Cut and Fill).
Costos relativos Medio/Alto Bajo
Seguridad Media Alta

Resumen de consideraciones
Requerimiento Alta Media
Dimensiones El tamaño no es importante excepto de mano de
del cuerpo que el método generalmente no es obra
usado en vetas angostas.
Flexibilidad Alta Media
Forma del El método se presta para el minado
cuerpo de cuerpos de forma irregular.
Selectividad Alta Baja
Inclinación No es importante pero inclinación

del cuerpo fuerte permite que el relleno Recuperación 80 – 90 % 100 %
soporte el alto. de mineral
Competencia Post Pillar puede ser usado donde Dilución Baja Alta
de la roca se requiera reducir claros abiertos. potencial
Selectividad Dispone de alto grado de Impacto Bajo Bajo

selectividad con dilución mínima. ambiental
Relleno Será con material no consolidado

procedente de superficie.
Análisis de estabilidad
Se ha aplicado técnicas empíricas,
analíticas y numéricas al análisis de
Tamaño de Su patrón será regular y su
pilares y tamaño depende de los
estabilidad en el presente trabajo, y para
espaciamiento esfuerzos de la masa rocosa y objetivo de prefactibilidad se empleo la
requerimientos de soporte, serán evaluación empírica para estabilidad y
esbeltos y entre 15-20% del requerimientos de soporte en rebajes y
mineral es no recuperable. excavaciones basada en la clasificación del
sistema RMR de Bieniawski (1989). El
Claros en Todo el trabajo será llevado en método RMR ha mostrado ser efectivo
rebajes el rebaje, el techo debe ser para rebajes de corte y relleno.
soportable.
Geometría de excavaciones
Estructuras Estas pueden afectar la basada en RMR
177
Bieniawky (1984) sugirió una relación

entre el claro de la obras, la clasificación
de la roca y el tiempo de abierto un hueco.
En general, claros grandes

resultaran en tiempos cortos de exposición
para calidad de roca dada.
La estabilidad de una excavación la

definimos en tres categorías.
• Excavación estable:
-Una vez que el proceso de amacice se ha

realizado no existirán incontroladas caídas
de roca.
-Si se instala instrumentación, no existirán

medidas de movimiento de que
preocuparse.
Figura 8. Se muestra el resultado del análisis.
-No serán necesario actividades de soporte
extraordinarias.
Excavación potencialmente inestable: Los comentarios generales sobre el análisis

son como sigue:
-La masa rocosa contendrá fallas o
fracturas cuyas orientaciones forman cuñas • Los claros máximos sin soporte
potenciales en las excavaciones. para condiciones de roca media son
aproximadamente 12 m.
-Tiene que ser instalado un soporte
importante en el terreno para prevención • Cuartos de 8 m de abertura
de caídas de rocas. resultara en intersecciones de 11.3
m de ancho. Este claro en
-La instrumentación en las excavaciones condiciones de roca media,
registrará continuos movimientos. requerirá de un patrón de soporte.
• Excavación inestable: • Aberturas en mineral de baja

calidad requerirán significante
-Son aquellas donde una incontrolable soporte del terreno para mantener
caída de roca puede ocurrir. las condiciones de trabajo estables.
Estabilidad para un rebaje de • Como la experiencia es ganada

corte y relleno durante el minado inicial, es
factible incrementar aberturas en
La estabilidad de un rebaje tipo en el los rebajes ha 10 m y por lo tanto a
proyecto fue evaluada usando las variables una razón de extracción a 86%.
siguientes: calidad de la roca (RMR) para
el mineral fue RMRmin = 42, RMRmed = 64 Diseño de pilares
y RMRmax = 80, estos valores se ajustaron
(-10) para reflejar la desfavorable Coates (1981) define un pilar como roca
orientación en los avances horizontales. in-situ entre dos o más aberturas
178
subterráneas. El término altura esta La profundidad de minado se

restringido a la dimensión normal al plano asume como 175 m.
de trabajo. La longitud del pilar es la
dimensión más grande en el plano de Resistencia media de pilar
trabajo y el ancho de la dimensión menor.
La función de los pilares es asegurar La resistencia del pilar es una función del
estabilidad del techo durante el minado. tamaño del pilar, la calidad de la roca
Los pilares consistirán de mineral dentro del pilar y la resistencia de la roca
económico no recuperable. intacta. Para predecir la resistencia se
utilizo la ecuación siguiente:
Esfuerzo en pilares
 Wα 
La carga sobre el pilar se estimo usando la Cp = Kσ c  β 
H 
teoría del área tributaria:
Donde:
σp = σv ( 1 + Wo / Wp )2
Cp = Resistencia del pilar
Donde:
K = Factor de escala
σp = Esfuerzo medio en pilares
σc = Resistencia a compresión
σv = Esfuerzo vertical
W = Ancho del pilar
Wo = Espaciamiento entre pilares
H = Altura del pilar
Wp = Anchura del pilar
α y β= Constantes especificas para el sitio.
Para este estudio:
K = 0.8 (basado en la experiencia del

autor)
σc = 71.1 MPa (basado en la experiencia

Tabla 6. Predicción de esfuerzo medio en del autor).
pilares.
Método de Tamaño Área tributaria

minado pilar Esfuerzo pilar
Tabla 7. Predicción de la resistencia de pilares.
(MPa)
Método de Tamaño Resistencia

Post pilar corte 3x6x6 26.2 minado pilar pilar
y relleno
6x6x6 26.2 (HxAxL) m (MPa)
9x6x6 26.2
Post pilar corte y 3x6x6 51.6
relleno
6x6x6 30.7
9x6x6 22.6
179
detonar y 3 de alivio). Cuando las

condiciones en la mina sean secas, el
Estabilidad de pilares explosivo primario será ANFO cargado
neumáticamente. La voladura del contorno
La predicción de la estabilidad de pilares en el perímetro de la obra se hará usando
se basa sobre el cálculo directo del factor hidrogel de pequeño diámetro, baja
de seguridad, el cual esta dado por la densidad y baja velocidad de detonación.
expresión siguiente:
Voladuras en rebajes de corte y
Fs = Cp / σp relleno
Tabla 8. Predicción de la estabilidad del pilar
El primer corte en un rebaje de corte y
relleno usara voladuras similares para los
Método de Tamaño pilar Factor de desarrollos.
minado seguridad
(HxAxL) m
Existen dos sistemas de perforación
y voladura que podrán ser usados para
Postpilar 3x6x6 1.9 fragmentar el mineral después de que el sill
corte y
de desplante esté completado. Pueden
relleno 6x6x6 1.17
usarse perforaciones horizontales y
9x6x6 0.86 subvertical y voladura.
Las voladuras horizontales deben

ser con barrenos paralelos a la orientación
del techo del rebaje. La altura del corte
Perforación y voladuras será de 3 a 4 m y la profundidad típica de 3
a 4.5 m. El total del ancho (8m), de los
Los parámetros críticos de diseño que
cuartos y pilares debe ser detonado al
influencian la fragmentación de la roca
mismo tiempo. El tamaño de la voladura
son:
está limitado por la longitud de los
barrenos. Basándonos en barrenos de 52
• Plantilla de barrenación
mm de diámetro, un patrón de 1.3 m de
• Tipo de explosivo bordo y 1.3 m de espaciamiento la
fragmentación se estima adecuada usando
• Diámetro de barrenos ANFO como agente explosivo, se supone
una perforación de barreno de 3.5 m, se
• Secuencia de iniciación de voladura producirá una voladura típica de 100m3
(300 t) de mineral.
• Tamaño de voladura y cara libre
Pueden usarse voladuras verticales
• Disponibilidad de equipo de o con 70° de inclinación, basándonos en el
perforación mismo diámetro de barreno y patrón de
bordo, con un espaciamiento para
barrenación horizontal estimado en una
adecuada fragmentación: con ANFO,
Voladuras de desarrollo cuatro hileras de barrenos al ancho de los
cuartos y pilares que producirán 420 t
Las obras de desarrollo serán de 4.0 m de aproximadas de mineral.
alto por 4.5 m de ancho. Si el diámetro es
52 mm. La plantilla típica contendrá
aproximadamente 40 barrenos (37 a
180
Los factores de carga para sea buena y en áreas de calidad mala

voladuras del tamaño mencionado serán de requerimientos de soporte y
0.4 kg/t. barrenación horizontal mejoraran las
condiciones del cielo.
Los métodos de perforación y
voladura tienen ventajas y desventajas las
cuales pueden influenciar la selección de
uno sobre el otro: Soporte de rocas
• La voladura horizontal con barrenos Es importante distinguir entre seguridad y
paralelos al techo produce condiciones estabilidad del área de trabajo. La
más estables, resultando generalmente estabilidad del área de trabajo es una
en menos amacize y soporte del techo función del diseño de la excavación y del
que la subvertical. diseño de soporte que requiere ser
instalado para prevención de caídas del
• Para realizar el ciclo siguiente de terreno. En el caso de una obra que sea
barrenación y voladura se requiere que para acceso de personal, es esencial que
previamente el mineral tumbado sea sea estable, otros factores como el tiempo
rezagado. Esto limita la producción en de duración que la obra requiere estar
una cara de avance porque el rezagado abierta definen el tipo de soporte de roca.
y la producción no pueden realizarse
simultáneamente. En el método La aplicación de anclaje en lugares
subvertical la productividad se definidos (spot bolting) para estabilizar las
incrementa al poder realizar obras es necesaria en el proyecto FIM. No
actividades juntas de barrenación y obstante la instalación de anclaje
rezagado. sistemático en todas las áreas de operación
para minimizar accidentes potenciales por
• Horizontalmente el tamaño de la problemas de estabilidad será una decisión
voladura está limitada por la longitud de económica y operativa.
de los barrenos, subverticalmente el
tamaño de la voladura no se limita, ya Soporte en desarrollos
que grandes voladuras pueden primarios
realizarse y altos niveles de
producción se pueden tener en los La recomendación de soporte para obras de
rebajes. desarrollo de 4.6 m de ancho por 4.0 m de
alto y de los rebajes de producción, se
• El método recomendado para el muestra en la Tabla 9 y Figura 9. La
sistema de Postpilar Corte y Relleno longitud de las anclas de 2.3 m de varilla
dependerá de las condiciones del corrugada cementada y diámetro de 19 mm
terreno. Inicialmente barrenación y en un patrón de 1.3 m.
voladura subvertical puede ser efectiva
cuando la calidad de la roca mineral
Tabla 9. Resumen de recomendación de soporte.
181
• En Francisco I. Madero la calidad de

roca es buena. Se estima que la
dilución puede presentarse por los
límites irregulares del mineral
económico, el cual se encuentra dentro
de la roca huésped de Pirita- Pirrotita.
• Otra fuente potencial es el relleno no

consolidado y por pobre control de
voladuras (desviación de barrenos,
daño por voladuras).
Figura. 9. Calidad de la masa rocosa, Q y
requerimientos de soporte en mineral.
Fuentes potenciales de dilución

La dilución es una variable compleja y
muy difícil de cuantificar. Las fuentes
potenciales siguientes han sido
identificadas como potenciales cuando el
minado ente en contacto de la roca huésped
del bajo y del alto:
• Estructuras como fallas o fracturas al

alto o bajo del cuerpo con orientación
desfavorable reducen la selectividad
del sistema corte y relleno y es
identificada como la fuente más
común de dilución.
• Variación en la calidad de roca del alto

y del bajo.
• Desviación de la barrenación al estar

en las proximidades de la roca
encajonante.
• El daño por voladuras. La experiencia

indica que 1 m de dilución no
planeada es debido a voladuras.
• Contaminación con relleno. En corte y

relleno, el mineral frecuentemente es
mezclado con el piso de relleno al
momento de rezagar, un gran numero
de operaciones con este sistema de
minado han medido entre 8% y12 %.
182
REFERENCIAS
[1] GARCÍA F., J.; GÓMEZ T., A.S.; Y GONZÁLEZ V., L. Informe Geológico. Proyecto
Francisco I. Madero. Reporte Interno. Compañía Fresnillo, S.A. de C.V. 1996.
[2] GOLDER ASSOCIATES INC. Technical procedure TP-1.2.2. “Geotechnical Rock. Core
Logging”. 1989.
[3] GOLDER ASSOCIATES INC. “Pit Slope Design Recommendations for Pre-feasibility
Study, Francisco I. Madero Project”. 1996.
[4] GOLDER ASSOCIATES INC. “Feasibility Level Pit Slope Design Recommendations.
Francisco I. Madero Project”. 1997.
[5] GOLDER ASSOCIATES INC. “Underground Geotechnical Assessment for Prefeasibility

Study of the Francisco I. Madero Project”. Zacatecas, Mexico. 1997.
[6] HOEK, E. AND BROWN, E.T. “Underground Excavations in Rock”. IMM. London.
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[7] BARTON, N., LIEN, R. AND LUNDE, J. “Engineering Classification of Rock Masses for
the Design of Tunnel Support”. 1974.
[8] BIENIAWSKY, Z. T. “Engineering Rock Mass Classifications”. 1989.
[9] NAVA, R. R. “Seminario Sobre Alicación de Mecánica de Rocas al Minado Subterráneo”.

1996.
183
CRITERIOS PARA EL DISEÑO DE PILARES, CUANDO SE VALORA LA

POSIBILIDAD DE OCURRENCIA DE ESTALLIDOS DE ROCAS
* ROBERTO BLANCO TORRENS
**DIOSDANIS GUERRERO ALMEIDA
***ROBERTO WÁTSON QUESADA
* Doctor en Ciencias Técnicas. Ingeniero en Minas. Profesor Titular del Departamento de Minas del Instituto Superior
Minero Metalúrgico de Moa “Dr. Antonio Núñez Jiménez”. Las Coloradas S/N. Moa. Holguín. Cuba. CP: 83329. Telef.:
(53) (24) 60- 8190. Fax. (53) (24) 60-8190. e-mail: rblanco@ismm.edu.cu
** Doctor en Ciencias Técnicas. Ingeniero en Minas. Profesor Auxiliar del Departamento de Minas del Instituto Superior
(53) (24) 60- 6678. Fax. (53) (24) 60-8190. e-mail: dguerrero@ismm.edu.cu; dguerrero2006@yahoo.es
** Doctor en Ciencias Técnicas. Ingeniero en Minas. Profesor Titular del Departamento de Minas del Instituto Superior
(53) (24) 60- 6678. Fax. (53) (24) 60-8190. e-mail: rwatson@ismm.edu.cu
RESUMEN
En el trabajo se analizan las condiciones en que se puede producir el estallido del pilar y se valoran diferentes
criterios para su diseño, teniendo en cuenta las condiciones de peligrosidad existentes por esta causa.
Se analizan las condiciones de seguridad durante el trabajo del pilar, atendiendo fundamentalmente a la forma de
manifestación y magnitud de la presión, ya que este factor habitualmente es el que más incide en la ocurrencia e
intensidad del estallido, para ello se realiza el estudio del proceso de interacción pilar-macizo, valorándose las
condiciones de trabajo.
Palabras claves: estallido, pilar.
184
CRITÉRIOS PARA O DESENHO DOS PILARES, QUANDO VALORA SE A

POSIBILIDADE DE OCORRENCIA DE ESTALIDOS DE ROCHAS
***ROBERTO WÁTSON QUESADA
* Doctor en Ciencias Técnicas. Ingeniero en Minas. Profesor Titular del Departamento de Minas del Instituto Superior
(53) (24) 60- 8190. Fax. (53) (24) 60-8190. e-mail: rblanco@ismm.edu.cu
** Doctor en Ciencias Técnicas. Ingeniero en Minas. Profesor Auxiliar del Departamento de Minas del Instituto Superior
(53) (24) 60- 6678. Fax. (53) (24) 60-8190. e-mail: dguerrero@ismm.edu.cu; dguerrero2006@yahoo.es
** Doctor en Ciencias Técnicas. Ingeniero en Minas. Profesor Titular del Departamento de Minas del Instituto Superior
(53) (24) 60- 6678. Fax. (53) (24) 60-8190. e-mail: rwatson@ismm.edu.cu
RESUMO
Os trabalhos analisam se em condições em que se pode produzir o estalido de pilar e se valoram diferentes
críterios para o seu desenho, tendo em conta-as condições de perigo existente por esta causa.
Se analisam as condições de seguridade durante o trabalho de pilar, atendendo fundamentalmente a forma de
manifestação e magnitude de pressão, ja que este factor habitualmente é o que más existe en ocurrencia e
intensidades de estalido para eles se realiza o estudo do processo de interacção, pilar maciço, valorando -se as
condições de trabalho.
Palavra chave: estalido, pilar
185
INTRODUCCIÓN Este proceso es fácil de comprender al

analizar, en detalle, la analogía entre la
Durante los trabajos de explotación destrucción del pilar y la de una muestra de
subterránea pueden producirse diferentes roca al ser ensayada a compresión en el
formas de afectaciones dinámicas como son los laboratorio.
desprendimientos súbitos de gas y roca y el
estallido de roca. Hasta que no se alcanza la carga máxima,
independiente de la relación entre la rigidez
Se define al estallido de roca, como un (macizo-pilar), la destrucción no se produce; o
proceso dinámico en el que tiene lugar de sea el que exista relativamente poca rigidez en
forma instantánea, la destrucción frágil de un el medio exterior (macizo), resulta insuficiente
sector de macizo rocoso, cercano a los espacios para que se produzca el estallido de roca.
de trabajo y que es propenso que se produzca
en los pilares, en particular en los que están Por otro lado, el hecho de alcanzar la carga
sobrecargados. máxima, por si solo tampoco provoca el
estallido de roca, ya que el proceso de
El estallido de roca se caracteriza por una destrucción puede ocurrir sin afectaciones
intensa trituración de la roca y/o mineral y su dinámicas. Solo cuando ambas condiciones se
lanzado a los espacios vacíos (excavaciones) cumplen se observa una destrucción súbita de
pudiendo ocasionar daños al equipamiento, la muestra en la prensa o el estallido de roca en
instalaciones, fortificación y pérdidas de vidas el pilar; o sea de esto se obtiene que para
humanas y es acompañado por vibración del prevenir el estallido de roca es suficiente
macizo circundante, un ruido agudo, una onda garantizar que no se cumpla una de las
de aire y la formación de polvo. condiciones antes mencionadas, lo que se
puede expresar por las siguientes expresiones
Comúnmente al estallido de roca, antecede un [2,7y 8]:
proceso de aumento de presión sobre la PR p PMáx
fortificación, pilar u otro método de (1)
sostenimiento; en tanto que después que él se
produce, tiene lugar un aumento en la NP p NM (2)
intensidad de la presión actuante en los
sectores vecinos del macizo rocoso. Donde:
En la presente ponencia se resume la PR: Carga real que actúa sobre el pilar.
experiencia y resultados alcanzados por los
autores en más de 20 años de trabajos de PMáx: Carga máxima (limite) que el pilar
investigación sobre el comportamiento de los puede asimilar.
pilares en diferentes minas de Cuba y otros
países y la valoración de la posibilidad de que
NP: Rigidez del pilar en las condiciones
en ellas ocurra un estallido de roca.
dadas.
DESARROLLO NM: Rigidez del macizo circundante.
El estallido de roca en el pilar se produce al El proceso de carga rígida permite describir,

cumplirse 2 condiciones: 1) Se alcanza la carga tanto la parte ascendente como la descendente
límite en el pilar, 2) el flujo de energía desde el en el diagrama de deformación total (ver
entorno (macizo rocoso) sobrepasa lo figura1). En este diagrama el punto más alto
necesario para su destrucción, o lo que es corresponde a la carga máxima (PMáx); en tanto
igual; la rigidez del pilar es mayor que la del que la máxima pendiente de caída en la parte
macizo. Cada una de estas condiciones es descendente del diagrama determina la
necesaria, pero no suficiente. [2, 3,5y 7] magnitud de N, [1, 3, 5,6 y 8]:
 dP  (3)
N P =  
 d (2vi )  Máx
186
σc :Limite de resistencia lineal a

compresión.
Las magnitudes de PMáx y NP se pueden 1 + senϕ
obtener también a partir de los resultados de β: Coeficiente, igual: 1 − senϕ
ensayos a compresión in situ de pilares,
utilizando los conceptos de la teoría de ϕ: Ángulo de fricción interna.
deformación más allá del estado limite. La
carga limite (PMáx), se determina por: Para muchos tipos de rocas se ha obtenido
experimentalmente, que el valor de eo se
Pmáx = K f σ c S p (4) encuentra entre 0,6 y 0,8.
Donde: En el caso de macizos rocosos en minas de la

región oriental de Cuba se utiliza el valor de
σc: Resistencia a compresión del material 0,65, por lo que se obtiene una relación τ ≈ 0,5
del pilar. En el caso de esta magnitud a 0,6. [3]:
determinarse en trabajos de laboratorio, el
valor obtenido se debe afectar por el
Para el cálculo aproximado de NP se pueden
coeficiente de debilitamiento estructural KD. El
emplear las siguientes expresiones:
valor de este coeficiente oscila de 0,80 a 0,85
para el material del pilar. [2, 4,6, 7 y 8]: ES P
NP ≈
4 L eo
Kf: Coeficiente de forma, se puede
determinar con la suficiente confiabilidad, por ó
la expresión: E
NP ≈
2 eo
1+ σ i  L
(5)
K f =  + eo MS P
 2  h NP ≈
2 hP
MS P
Donde: ∆σ
∆ε 2h
L: La mitad de la menor dimensión del
pilar. Siendo:
h: Semiespesor del pilar M: El denominado Modulo de caída, que

se obtiene de la relación , (siendo ∆σ
variación de las tensiones y ∆ε variación de
σi: Coeficiente que relaciona la resistencia
deformaciones en la zona más allá del límite de
residual (σR) con la máxima (σL), o sea: resistencia).
eo :Coeficiente empírico, se puede obtener De lo anterior se obtiene que la magnitud de
de la expresión: NP no sobrepasa la rigidez: de un pilar, que
σ tenga una sección de similar área y una altura
σ i =τ R suficiente, que le permita encontrase en un
eo ≈ 0,5 β σ L estado tensional cercano al lineal.
σc
Donde:
τ : Tensión tangencial promedio, que

actúa en los contornos (superior e inferior)
macizo – pilar.
187
La rigidez (NM) del macizo circundante por lo

general no depende de las características del
pilar y se determina como un factor externo a
él, en dependencia de las propiedades y estado
del macizo rocoso y de sus condiciones de
estabilidad.
Por los autores, para la valoración de la

situación existente en los pilares de diferentes
minas han sido empleados los resultados de un
gran volumen de trabajos experimentales,
algunos obtenidos directamente y torso de la
literatura [1, 2, 4, 5 y 7].
Figura 1: Estado tensional del pilar
CONDICIÓN DE SEGURIDAD
La determinación de la carga real actuante (PR) SEGÚN EL FACTOR PRESIÓN
sobre el pilar, generalmente es una tarea MINERA
estáticamente indeterminada y para los
cálculos se exige examinar como elemento
La condición de seguridad se debe analizar a
adimensional el desplazamiento conjunto que partir del comportamiento de la interacción que
experimentan las zonas de contacto pilar-
se produce en el sistema pilar –macizo rocoso
macizo. Para el caso en que se considere que que lo circunda. El criterio de seguridad surge
esto se produce en un medio elástico, la tarea
del análisis de las premisas mencionadas y que
se simplifica. Para este caso no es difícil
son necesarias para que ocurra el estallido de
determinar el desplazamiento del macizo por el
roca: 1) que se alcancen valores máximos de
techo y piso en los contactos con los pilares,
las cargas actuantes sobre el pilar y 2) que la
para un régimen de carga dada. rigidez del pilar sobrepase la del macizo
circundante [2, 4, 5 y 8].
La tarea también se puede simplificar para el
caso en que exista una gran cantidad de pilares
Las condiciones de inestabilidad del sistema
similares (o que así se asuma) dispuestos
estudiado pueden ser escritas de la forma
horizontalmente.
siguiente.
En este caso se plantea que: PR f PMáx (7)
γ HS P (6) M an
PRe al = ≥ µo
1 − Ke EM h
Donde:
Donde:
M: Módulo de caída del material
destruido
Ke: Coeficiente de extracción de mineral en
el área trabajada; su magnitud se obtiene de la
EM: Módulo de elasticidad del macizo
relación entre el área explotada con relación al
circundante.
área total.
an: Dimensiones de la zona, en la que la
Se: Área explotada (Espacio trabajado)
deformación del macizo ocurre en la parte
descendente de la curva del diagrama de
n: Número de pilares deformación, más allá del estado limite.
Se
Ke =
S e + nS p 2h: Dimensión de cálculo (potencia del
cuerpo mineral extraído, pilar, altura de la
excavación preparatoria, etc.).
188
µo: Factor que representa la conjugación partir de la cual se puede producir un estallido
de un grupo de parámetros que intervienen en de rocas en las condiciones dadas, sin embargo
el cálculo; su valor depende tanto de las resulta insuficiente para dar una definición
características geoestructurales del macizo, precisa de la posibilidad o no de su ocurrencia.
como de la tarea enfrentada.
Para que se produzca el estallido de roca es
Para las excavaciones preparatorias a partir de necesario que la tensión que se alcance esté por
los resultados que ofrece la literatura [2, 5, 7 y encima del límite de resistencia a compresión,
8] se puede asumir que: no solo en los sectores denudados sino también
en zonas cercanas a ellos.
µo ≈1
A partir de lo anterior se puede decir que la
En tanto que en las excavaciones de arranque dirección fundamental para eliminar la
el valor de µo puede variar de 0,6 a 0,8. posibilidad de ocurrencia de un estallido de
roca consiste en el aumento de la estabilidad
del sistema pilar-macizo, lo que es posible
En los trabajos realizados por los autores en la
alcanzar tanto mediante la disminución de la
evaluación de la seguridad en los frentes de
rigidez del elemento peligroso (pilar) o con el
arranque de diferentes minas, se han tomado
aumento de la rigidez del elemento externo
valores de µo de 0,6 a 0,65 [1, 3, 5 y 8]. (macizo). En otras palabras mediante el
aumento de la absorción de energía en la zona
A partir de lo expresado se puede plantear de deformaciones irreversibles o con la
categóricamente que para garantizar las disminución del flujo de energía desde las
condiciones de seguridad en el frente de rocas circundantes.
trabajo, ante la posibilidad de un estallido de
roca, es necesario que se cumpla al menos una La primera opción se puede lograr con la
de las condiciones dadas (expresiones1 y 2). variación de las propiedades del material,
creando lo que se denomina como zona de
La primera condición (expresión1) se cumple protección; la segunda opción se puede lograr
siempre que la magnitud de las cargas con la elección más adecuada del método de
actuantes, en la zona del frente sea inferior al laboreo, eliminando o disminuyendo el empleo
límite de resistencia a la compresión lineal de de pilares y disminuyendo la existencia de
la roca σc. Por ello para definir la peligrosidad grandes techos denudados entre otras.
de ocurrencia de un estallido de roca, por esta
causa, se plantea que:
• Una excavación preparatoria no será

peligrosa si se cumple que:
σn < σc /2
• Los frentes de arranque no serán

peligrosos si σn< σc / Kc
Donde:
σn: Tensión normal máxima antes de la

realización de los trabajos.
Kc: Coeficiente de concentración de

tensiones.
Este análisis es también útil para tener un

criterio orientativo sobre la profundidad a
189
CONCLUSIONES • Los aspectos contemplados en la ponencia

pueden servir de base para realizar análisis
• Los criterios que se plantean en la ponencia similares en otros yacimientos.
son el resultado de más de 25 años de • En las minas estudiadas, para un correcto
trabajo, teórico–experimental de los diseño del sistema de cámaras y pilares y su
autores, en la caracterización geomecánica adecuada ubicación espacial, el peligro de
y estudio del comportamiento que ocurra un estallido de roca es pequeño,
geoestructural del macizo rocoso y el salvo en los casos en que se haga una
estudio de las condiciones de trabajo en los liquidación no planificada de pilares, lo que
frentes de arranque y en el sistema macizo- trae consigo un aumento de la carga
pilar en diferentes minas. actuante sobre los restantes pilares, en
condiciones en que la rigidez del pilar este
por encima de la del macizo.
190
BIBLIOGRAFÍA
1. BLANCO TORRENS R. Y WATSON QUESADA R. Mecánica de Rocas aplicada a las
excavaciones de explotación subterránea. Editorial Félix Varela, La Habana, 2012.
2. BLANCO TORRENS R. Y WATSON QUESADA R. Afectaciones dinámicas en los frentes de

arranque. Memorias XII Congreso Latinoamericano de Geología (Versión Digital). Quito, Ecuador.
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3. BLANCO TORRENS R. Y WATSON QUESADA R. Análisis de la posibilidad de ocurrencia

de estallidos de rocas en mina Mercedita. Seminario Iberoamericano de Estabilización de masas.
(Versión Digital). La Serena, Chile. 2003.
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Editorial Nedra, Moscú. 1986.
8. PETUXOV I.M y LINKOV A.M. La mecánica de los estallidos de rocas y

desprendimientos. Editorial Nedra, Moscú. 198
191
APLICACION DE LOS INDICES GEOMECANICOS EN EL ARRANQUE DE

ROCAS: EXCAVACION MECANICA O VOLADURA
Osvaldo Aduvire (*) Dr. Ing. de Minas

e-mail : oaduvire@svs.com.pe
RESUMEN:
El ciclo básico de extracción en una explotación minera lo constituyen las

operaciones de arranque, carga y transporte, siendo la primera la responsable de la
fragmentación de las rocas hasta alcanzar los tamaños adecuados que permita optimizar el
ciclo minero, mediante la reducción de costos y el control de los impactos a la atmósfera,
suelo y agua.
En este sentido, con frecuencia en minería y obra civil se tiene la incertidumbre de
excavar o volar el macizo rocoso, si se ha optado por un sistema de arranque sin una
correcta caracterización del macizo rocoso con frecuencia el ejecutor de la obra se ve
obligado a continuos cambios en el plan de trabajo, motivado entre otros porque sus
equipos no alcanzan los rendimientos esperados o la fragmentación de la roca no es la
adecuada para hacer más eficiente la operación global.
En este trabajo se presentan las últimas contribuciones en las clasificaciones
geomecánicas aplicadas a la excavabilidad o volabilidad de terrenos y macizos rocosos, ya
que no siempre se tiene claro la importancia que esto tiene en el uso racional de los
recursos. La elección de una de éstas alternativas condiciona el enfoque de los trabajos, los
plazos, los costos y sobre todo los equipos a utilizar (excavadora o perforadora).
Estos índices denominados de excavabilidad o ripabilidad y volabilidad nos ayudan a

seleccionar correctamente la maquinaria más idónea para el arranque de rocas, que puede
ser con equipos mecánicos como excavadoras y tractores o recurrir al empleo de
explosivos y el arranque sea mediante perforación y voladura.
192
1. INTRODUCCION representativas del comportamiento de las

rocas frente al arranque, si además se tiene
Las clasificaciones geomecánicas se en cuenta parámetros como tamaño de
han convertido en una herramienta bloques, intensidad de fracturación, grado
universal para el diseño y cierre de de meteorización y humead se consigue
labores mineras, en los últimos años una rápida caracterización del macizo
además se están aplicando con éxito en la rocoso, obteniendo clasificaciones, como:
elección del método de excavación y el RQD (Deere, 1967), Q (Barton, 1974),
tipo de maquinaria a emplear en el RMR (Bieniawski, 1989) o índices de
arranque de rocas. caracterización denominados GSI(Hoek
Las propiedades de las rocas, así como & Brown, 1994), RMi (Palmstrom,
las discontinuidades existentes, influyen 1996), orientados a obtener la capacidad
directamente sobre la determinación del portante del macizo rocoso y el
sistema de arranque. Por ello, en el sostenimiento requerido en cada caso, y
presente trabajo se hace un estudio de los últimamente utilizados en la elección del
índices de ripabilidad, excavabilidad y tipo de maquinaria para el arranque de
volabilidad en función a las clasificaciones rocas.
geomecánicas de del macizo rocoso. El índice de designación de la calidad
de la roca RQD (Rock Quality
2. OBJETIVO Designation Index) proporciona un valor
estimado cuantitativo de la calidad de la
Describir las aplicaciones más masa rocosa a partir de testigos de
significativas de las clasificaciones perforación diamantina principalmente y
geomecánicas empleadas en la selección de afloramientos en superficie. Aunque
de la maquinaria más idónea para el tiene algunas limitaciones, el uso más
arranque de rocas, a fin de delimitar los importante del RQD es como
rangos de utilización de los equipos componente de los sistemas de
mecánicos como excavadoras y tractores clasificación RMR y Q.
o recurrir al empleo de explosivos y el El sistema de clasificación
arranque sea mediante perforación y geomecánica de Bieniawski RMR (Rock
voladura. Mass Rating System), valora al macizo
rocoso en tipos, en cada dominio
3. APLICACION Y RESULTADOS estructural. En la valoración este sistema
DE LA INVESTIGACION considera cinco parámetros: resistencia a
la compresión uniaxial, RQD,
3.1.Clasificaciones geomecánicas espaciamiento de las discontinuidades,
La resistencia a la compresión ha sido, condición de las discontinuidades y
y sigue siendo, una de las propiedades más condición de agua.
193
El índice de clasificación de Barton Q V < Muy Excepcio <

(Rock Quality Index), considera seis 20 mala nalmente 0,003
mala
parámetro: RQD, número de sistemas de
juntas (Jn), rugosidad de las juntas (Jr),
A comienzos de los años 70, el
alteración (Ja), factor de reducción de
Imperial College de Londres, desarrolló
agua (Jw) y factor de reducción de los
un equipo hidráulico portátil para medir la
esfuerzos (SRF).
Resistencia de las Rocas Bajo Carga
Puntual (Is), parámetro que está
Q = RQD/Jn x Jr/Ja x Jw/SRF (1)
totalmente correlacionado con la
Resistencia a la Compresión Simple. En
El cociente RQD/Jn representa el
los ensayos diametral y axial sobre
tamaño de bloque, Jr/Ja describe las
testigos de 50 mm de diámetro, se calcula
características de resistencia al corte y
con la siguiente expresión:
Jw/SRF representa la situación actual de
P
tensiones. I s (MPa) = 2
(2)
D
El sistema Q es utilizado como un
sistema de clasificación del macizo P = Carga de rotura (kN)
rocoso y se le emplea como método D = Distancia entre los punzones de
empírico de diseño de sostenimiento. carga (mm)
Comparando las escalas de valoración
entre los sistemas Q y RMR, ambas La Resistencia a Compresión Simple o
clasificaciones tendrían las siguientes Uniaxial, de acuerdo con los estudios de
equivalencias: numerosos investigadores, es aproxima-
damente : RC (MPa) = 24 . Is (50)
Tabla 1. Relación sistemas Q y RMR. Si los ensayos se realizan sobre
muestras irregulares, la Resistencia a la
Clases Valores Valor Compresión Simple se estima a partir de:
RMR RMR - Clases Q es Q
Calidad
I 80 - Muy Extrema- > 200 RC (MPa) = 12,5 . T 500 (3)
100 buena damente P
o excep. T 500 = 211,5 0,75
(4)
A
buena
II 60 - Buena Buena a 20- A = D x L (mm2) (5)
80 muy 200
buena Este método es bastante fiable para
III 40 - Regu- Muy 0,3 -
rocas con resistencias entre 30 y 100 MPa.
60 lar mala 20
a buena Franklin y sus colaboradores (1971),
IV 20 - Mala Extremad 0,003- propusieron clasificar los macizos rocosos
40 a-mente 0,3 mediante el empleo de dos parámetros:
mala
194
• El Indice de Resistencia Bajo Carga tema, definen un Indice de Excavabilidad

Puntual (Is), y (IE) para yacimientos de carbón
• El Indice de Espaciamiento entre combinando cuatro parámetros
Fracturas (If) geomecánicos: resistencia a la compresión
simple, extensión de la meteorización,
Estos parámetros son obtenidos de los espaciamiento de juntas y planos de
testigos de sondeos, el Indice de Espacia- estratificación (Cuadro 1). Por tanto, el
miento entre Fracturas es un valor medio y Indice de Excavabilidad es determinado
puede oscilar desde milímetros hasta por la siguiente expresión:
metros, por lo que su medida será
aproximada y requerirá que vaya IE = W+ S + J + B (6)
acompañada de un histograma o se
presente en función de intervalos de W = Alteración por meteorización
variación. S = Resistencia a la compresión simple
Actualmente, este método no es tan J = Separación entre diaclasas
aplicable, pues las excavadoras hidráulicas B = Potencia de estratos.
de las últimas generaciones pueden
ampliar la zona que corresponde al Según los autores, la meteorización
arranque directo, así como los tractores de fue incluida para tener en cuenta el efecto
más de 500 kW de potencia pueden hacer reductor de la resistencia de las
que se solape su área de aplicación con la discontinuidades, o incluso de la matriz
de perforación y voladura. rocosa.
Atkinson (Universidad de Durham, El espaciamiento medio entre juntas se
1977), propuso unas zonas de aplicación debe obtener según dos direcciones
para cada tipo de maquinaria en función ortogonales. Este parámetro junto con el
exclusivamente de la Resistencia a la espaciamiento entre estratos define el
Compresión Simple de las rocas, sin tamaño medio de los bloques que es el
considerar las discontinuidades presentes factor que más influye en la excavación.
en los macizos rocosos (ver Figura 1), Los límites relativos superiores de S,
aspecto que tiene gran influencia en la J y B se definieron tomando como
excavación con equipos mecánicos, ya que referencia el rendimiento de las
en las rocas duras más que un corte de excavadoras hidráulicas.
éstas lo que se realiza es un arranque Los valores de W, S y B pueden
aprovechando los planos de debilidad obtenerse en la etapa inicial de diseño de
estructural o diaclasas abiertas. la mina por testificación de sondeos y
ensayos geomecánicos o determinarse
3.2. Indices de Excavabilidad indirectamente por sistemas de campo y
Scoble y Muftuoglu (1984) en un laboratorio, tal como se puede observar en
trabajo muy riguroso y completo sobre el el Cuadro 2 que se adjunta más abajo.
195
Figura 1. Rangos de utilización de maquinaria en excavaciones (Atkinson, 1977)
Cuadro 1. Sistema de ponderación de las propiedades del macizo rocoso.
CLASES DE MACIZOS RO
COSOS
PARAMETROS
1 2 3 4 5
ALTERACION MODER
INTEN ALTA ADA LIGER NULA
SA A
Valoración (W) <0 5 15 20 25
RESISTENCIA DE LA < 20 20 - 40 - 60 60 - > 100
ROCA (MPa) 60 100
COMPRESION SIMPLE < 0,5 0,5 - 1,5 - 2,0 2 - 3,5 > 3,5
(MPa) Is(50) 15
Valoración (S) 0 10 15 20 25
SEPARACION ENTRE 0,3 0,6 - 0,6 - 1,5 1,5 - 2 >2
DIACLASAS (m) 1,5
Valoración (J) 5 15 30 45 50
POTENCIA DE ESTRATOS < 0,1 0,1 - 0,3 - 0,6 0,6 - > 1,5
(m) 0,3 1,5
Valoración (B) 0 5 10 20 30
Cuadro 2. Sistema de evaluación del índice de excavabilidad.
CLA- FACILIDAD INDICE MODELOS DE EQUIPOS

SE DE (W+S+J- EMPLEADOS EN EXCAVACION
+B)
EXCAVACION
A. Tractor (Cat. D8)
MUY FACIL < 40 B. Dragalina > 5 m3 (Lima 2400)
1 C. Excavadora de Cables > 3 m3 (Ruston
Bucyrus RB-71)
196
A. Tractor (Cat. D9)

2 FACIL 40 - 50 B. Dragalina > 8 m3 (Marion 195)
C. Excavadora de Cables > 5 m3 (Ruston
Bucyrus 150-RB)
A. Tractor - Excavadora – Pala
3 MODERADA 50 - 60 Cargadora (Cat. D9)
MENTE B. Excavadora Hidráulica > 3 m3 (Cat.
DIFICIL 245)
A. Tractor - Excavadora – Pala.
4 DIFICIL 60 - 70 Cargadora (Cat. D10)
B. Excavadora Hidráulica > 3 m3 (Cat.
245 ó O&K RH40)
5 MUY DIFICIL 70 - 95 Excavadora Hidráulica > 3 m3 (Cat. 245
ó O&K RH40)
Demag H111 Excavadoras
6 EXTREMADA 95 -100 Poclain 1000 CK Hidráulicas > 7
MENTE m3
DIFICIL P & H 1200 R H 75
MARGINAL Demag H 185 y H 241 Excavadoras
7 SIN > 100 Hidráulicas > 10 m3
VOLADURA O & K RH300
Hadjigeorgiou y Scoble (1988) Js = Indice de disposición estructural

proponen un nuevo sistema de relativa
clasificación empírica para evaluar la Como es obvio, tanto la resistencia
facilidad de excavación de los macizos como el tamaño de bloque son dos de los
rocosos combinando los valores de cuatro parámetros más importantes que
parámetros geomecánicos: Resistencia condicionan la propagación de la rotura a
Bajo Carga Puntual, Tamaño de Bloque, través del material, y consecuentemente la
Alteración y Disposición Estructural facilidad de excavación. Estos dos
Relativa. En el cuadro 3, se presentan Las parámetros configuran el núcleo o
valoraciones que se adjudican a cada uno estructura básica del sistema de
de los parámetros. clasificación.
En algunos casos la mayor alteración o
El Indice de Excavabilidad (IE) se meteorización de los materiales rocosos
define mediante la expresión: puede ayudar a hacer una excavación más
fácil, razón por la cual aparecen en la
I E = ( I s + Bs ) W x J s (7) expresión anterior. De igual manera la
Is = Indice de resistencia bajo carga disposición espacial de la estructura
puntual rocosa con respecto a las direcciones y
Bs = Indice de tamaño de bloque sentidos de los elementos de arranque
W = Indice de alteración juega un papel significativo que llega a
197
afectar a la excavabilidad de los macizos, sistema de evaluación.

y es por ello que también interviene en el
Cuadro 3. Nuevo sistema de evaluación del Indice de Excavabilidad.
C L A S E 1 2 3 4 5
RESISTENCIA 0,5 0,5 - 1,5 1,5 - 2,0 2,0 - 3,5 > 3,5
BAJO CARGA
PUNTUAL : Is(50) 0 10 15 20 25
Valoración (Is)
TAMAÑO DE BLO- Muy Pequeño Medio Grande Muy
QUE Pequeño Grande
Jv (Juntas/m3) 30 10 - 30 3 - 10 1-3 1
Valoración (Bs) 5 15 30 45 50
ALTERACION
Valoración (W) 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0
DISPOSICION ES- Muy Favora- Ligera- Desfavo- Muy
TRUCTURAL Favorable ble mente rable Desfavora-
RELATIVA 0,5 Favorable ble
Valoración (Js) 0,7 1,0 1,3 1,5
Según los valores que resulten del (IR) para evaluar la facilidad del arranque
Indice de Excavabilidad los macizos mecánico con tractores.
rocosos se clasifican en las categorías que Los parámetros geomecánicos que se
se indican en el Cuadro 4. registran para proceder a la clasificación
de los macizos rocosos son los siguientes:
Cuadro 4. Clasificación de macizos • Espaciamiento entre discontinua-
rocosos según su excavabilidad. dades, medido mediante registro lineal.
FACILIDAD INDICE DE • Resistencia a tracción, estimado a
CLASES DE EXCAVA- EXCAVA- partir del Indice de Resistencia Bajo
CION BILIDAD Carga Puntual
1 Muy Fácil < 20 • Grado de meteorización, obtenido
2 Fácil 20 - 30 mediante observación visual.
3 Difícil 30 - 45 • Grado de abrasividad, estimado por
4 Muy Difícil 45 - 55 medio del Indice de Abrasividad
5 Voladura > 55 Cerchar.
3.3.Indices de Ripabilidad La clasificación del Indice de

Singh, R.N. y otros investigadores han Ripabilidad es el resultado de un amplio
propuesto un nuevo Indice de Ripabilidad conjunto de experiencias y observaciones
198
llevadas a cabo en minas de carbón en revisión de diversas clasificaciones de

Gran Bretaña y Turquía, así como de la ripabilidad.
Cuadro 5. Clasificación de macizos rocosos según su ripabilidad.

CLASES DE MACIZOS ROCOSOS
PARAMETROS
1 2 3 4 5
RESISTENCIA <2 2-6 6 - 10 10 - 15 > 15
ROCA (MPa)
Valoración 0-4 4-8 8 - 12 12 - 16 16 - 20
GRADO DE ALTE- Completo Alto Modera- Ligero Nulo
RACION do
Valoración 0-4 4-8 8 - 12 12 - 16 16 - 20
GRADO DE ABRA- Muy Bajo Bajo Modera- Alto Extremo
SIVIDAD do
Valoración 0-4 4-8 8 - 12 12 - 16 16 - 20
ESPACIAMIENTO < 0,06 0,06- 0,3 0,3 - 1 1-2 >2
ENTRE
DISCONTINUIDA-
DES (m)
Valoración 0 - 10 10 - 20 20 - 30 30 - 40 40 - 50
VALORACION < 22 22 - 44 44 - 66 66 - 88 > 88
TOTAL
RIPABILIDAD Fácil Modera- Difícil Marginal Voladu-
do ras
TRACTOR Ninguno- Clase 2 Clase 3 Clase 4 Clase 5
RECOMENDADO Clase 1 Medio Pesado Muy ---
Ligero Pesado
POTENCIA (kW) < 150 150-250 250- 350 > 350 ---
PESO (t) < 25 25 - 35 35 - 55 > 55 ---
Como puede observarse en el Cuadro obtengan, se le asigna una valoración

5, los macizos rocosos se clasifican en general. La suma de dichas valoraciones
cinco grupos, de acuerdo a su ripabilidad o independientes permite proceder a la
facilidad al arranque mecánico con evaluación de la ripabilidad,
tractores de orugas. distinguiéndose los siguientes grupos:
Para cada uno de los cuatro macizos fácilmente ripables (<22),
parámetros geomecánicos considerados y moderadamente ripables (22-44),
en función de los resultados que se dificilmente ripables (44-66), ripabilidad
199
marginal (66-88) y fragmentación con RMD = Descripción del macizo rocoso

voladuras (>88). JPS = Espaciamiento de las juntas
Los tractores de orugas considerados planares
son de tipo convencional, pues para las JPO = Orientación de las juntas planares
técnicas más modernas de arranque riper SPG = Gravedad especifica
de impactos y riper explosivo no se RSI = Dureza de al roca
disponía de datos suficientes. RC = Resistencia a la compresión simple
Los tractores de orugas, a su vez, se (MPa)
han clasificado en cuatro grupos, según la En el Cuadro 6 se indican los factores
potencia o peso de los mismos. Entre de ponderación de cada una de las
ambas características existe una buena propiedades consideradas.
correlación, tal como puede verse en la El ratio de influencia de la resistencia
Figura 2. (RSI) se estima a partir de la expresión:
RSI = 0,05 · RC (9)

RC = resistencia a la compresión (MPa).
A partir del Indice de Volabilidad se

puede determinar los consumos
específicos de explosivo (CE) o los
factores de energía (FE) se calculan con
las expresiones siguientes:
CE (kg ANFO/t) = 0,004 · BI (10)

FE (MJ/t) = 0,015 · BI (11)
Figura 2. Clasificación de tractores de
orugas en base a su peso y potencia. Cuadro 6. Factores de ponderación de los
parámetros del índice de volabilidad.
3.4.Indices de Volabilidad
PARAMETROS CALIFI-
GEOMECANICOS CACIÓN
Lilly (1986, 1992) en un trabajo con
Descripción del macizo
rocas blandas y duras propuso el Indice rocoso (RMD)
de Volabilidad “BI” (Blastability Index) - Friable / poco consolidado. 10
obtenido como la suma de las - Diaclasado en bloques. 20
- Poco masivo. 50
calificaciones asignadas a cinco Espaciamiento entre planos
propiedades geomecánicas: de juntas (JPS)
- Pequeño (< 0,1 m) 10
- Medio (0,1 a 1 m) 20
BI = 0,5(RMD+JPS+JPO+SGI+RSI) (8) - Grande (> 1 m) 50
200
Orientación de los planos de

juntas (JPO) BI=0,5(RMD+JPS+JPO+SGI+RSI-
- Horizontal. 10
- Buzamiento normal al 20 ALTxAB)
frente.
- Dirección normal al frente. 30 En marzo del 2006, la empresa ASP
- Buzamiento coincidente con 40
Blastronic presenta un nuevo criterio para
el frente.
Influencia del peso específico (SGI) calcular el Indice de Volabilidad, el cual
lo hace en función de la Velocidad de
(SG es el peso específico en t/m3)
Penetración, Mineralización, RQD,
SGI = 25 * SG - 50
Litología y Densidad de Roca, en el
El índice planteado por Lilly, se Cuadro 7 se adjunta la valoración y los
puede corregir por nuevos parámetros, parámetros de cálculo. Además del
como la alteración y la abundancia, consumo específico y el factor de energía
dichos valores entran restando el índice se puede obtener el Factor de Roca (A) =
original, y la relación queda así:
0,12 · BI.
Cuadro 7. Indice de Volabilidad para diferentes durezas de roca.
macizo rocoso de Bieniawski en

Por otro lado, Afrouz, Hassani y Ucar conjunción con el criterio de rotura
(1988) definieron el Indice de Volabilidad desarrollado por Hoek y Brown (1980).
basado en el sistema de clasificación del La metodología de cálculo lo relacionan
201
con las teorías de Langefors y Kihlstrom Su significado físico es la velocidad

(1978) para estimar el Consumo con que se transmiten las ondas sísmicas
Específico de Explosivos. a través del material estudiado. Está
El Indice de Volabilidad (ε) es relacionado con el comportamiento
definido por: mecánico de la roca, en concreto con su
módulo de elasticidad. Así, cuanto más
dura es una roca, mayor es su módulo de
elasticidad y mayor su velocidad sísmica.
La dureza de una roca puede venir dada
por su litología o por su grado de
alteración.
Para la medición de la velocidad
sísmica del terreno se emplean
Donde, CE es el consumo específico, fundamentalmente dos métodos: el
B la piedra, S el espaciamiento entre método de reflexión se emplea para
barrenos, H la altura de banco, mi es la definir grandes estructuras a distancias
constante de Hoek y Brown de roca kilométricas; el método de refracción se
intacta y RMR es el Indice de calidad de emplea para definir estructuras en rangos
Roca de Bieniawski. de distancias de centenares o decenas de
metros. El método de refracción consiste
3.5.Velocidad Sísmica y Arranque de en la medida de la señal sísmica
Rocas producida por un foco emisor en varios
puntos alineados a distancias conocidas.
Sin duda, en el arranque de rocas el Se mide la diferencia de tiempos de
parámetro más significativo es el de la llegada a los distintos puntos y, por
Velocidad Sísmica o celeridad de las consiguiente, la velocidad de propagación
ondas de compresión al recorrer el de la onda sísmica. Debido a que la onda
macizo rocoso. La velocidad sísmica de viaja a través del terreno y va
las rocas es una característica de las profundizando en el mismo (de ahí el
mismas que las clasifica bastante nombre de Sísmica de Refracción), los
significativamente en cuanto a su dureza tiempos entre puntos de medida
y, se viene utilizando tradicionalmente consecutivos corresponden a las zonas
para clasificarlas en cuanto a su más superficiales, mientras que los
ripabilidad o volabilidad. Aunque, si bien tiempos entre los puntos más alejados (en
es un parámetro muy significativo, no concreto, entre el punto más cercano y el
puede ni debe ser tenido en cuenta más lejano al foco emisor), corresponden
aisladamente como “decisor único” en a las zonas más profundas. Así,
este aspecto, si no visto en conjunto con empleando el método de refracción se
otros factores también a considerar. puede conocer la velocidad sísmica de
202
cada zona de roca y, además, la clasificaciones se centraron durante

profundidad en cada caso y, por mucho tiempo en la selección del
consiguiente, la estructura del macizo sostenimiento de cavidades subterráneas y
rocoso. túneles.
Teniendo en cuenta el avance Recientemente, durante la década de
tecnológico incorporado en los equipos los 80, se han hecho diversas
de arranque y las potencias que alcanzan contribuciones dirigidas a la aplicación de
los equipos de ultima generación las clasificaciones geomecánicas para
RetroExcavadoras (Capacidades hasta evaluar la excavabilidad, ripabilidad y
25 m3 y Potencias hasta 2.400 HP ó volabilidad de los terrenos. Hoy en día no
1.790 kW), y Excavadoras Frontales existe un sistema universal extendido para
(30 m3 y 2.400 HP ó 1.790 kW), es llegar a evaluar la facilidad del arranque
posible realizar el arranque con equipos de rocas por medios mecánicos. Dos
mecánicos hasta rocas con velocidades pueden ser las razones que, a nuestro, han
sísmicas menor a 3.000 m/s, las rocas con dificultado el desarrollo de una
velocidad sísmica superior a 3000 m/s metodología única: por un lado, las
requieren voladura. diferentes condiciones de trabajo que se
presentan en las obras civiles y en minería,
tanto por las dimensiones de las
excavaciones, como por la disjunción
geológica estructural de los macizos y, por
otro lado, las deferentes formas de
arranque de las rocas y aumento
espectacular de la potencia y
automatización de la maquinaria como
excavadoras, tractores de orugas, etc.
Desde una óptica prospectiva, es
probable que en un futuro muy próximo se
Figura 3. Perfil sísmico con unifiquen las clasificaciones
determinación de zonas con arranque geomecánicas existentes y en particular, la
mecánico y voladura. de aplicación al estudio de la
excavabilidad y volabilidad de las rocas,
4. CONCLUSIONES ayudando así a la selección y evaluación
de los rendimientos de la maquinaria.
Las técnicas de caracterización y
sistemas de clasificación de los macizos
rocosos han evolucionado desde la década
de los 40 hasta la actualidad. Las
aplicaciones principales de dichas
203
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205
MAPEAMENTO GEOMECÂNICO EM ABERTURAS SUBTERRÂNEAS ESTÚDIO

DE CASO MINA ARAES – MG - BRASIL
MAPEO GEOMECÁNICO EN ABERTURAS SUBTERRÁNEAS ESTUDIO DE CASO

MINA ARAES - MG - BRASIL
YULDER CÁRDENAS VILCA

Eng. Geólogo, Geomecanicista Mineração Caraíba S/A.
E-mail: yulder.vilca@mcsa.com.br
DANIEL SUMAN
Geólogo Pleno, Mineração Caraíba S/A..
E-mail: daniel.suman@mcsa.com.br

Eng. de Minas, Professor Dep. Engenharia de Minas, Universidade Federal de Goiás – GO - Brasil.
ALCIDES ELOY CANO NUÑEZ

Eng. de Minas, Professor Dep. Engenharia de Minas, Universidade Federal de Goiás – GO - Brasil.
E-mail: canoalcides@hotmail.com
RESUMO
A mina de Araés em Nova Xavantina – Goias – Brasil é caracterizada por sequências de rochas vulcânicas e
tufos vulcânicos intercalados com sedimentos carbonáticos de origem orgânico, metachert, formações ferríferas
e sedimentos clásticos da unidade Nova Xavantina, Nestas rochas ocorreram à intrusão hidrotermal de veios
mineralizados de ouro e prata. O presente trabalho visa caracterizar o maciço rochoso utilizando dados da
descrição geomecânica dos furos de sondagem, Essa descrição será feita em três etapas, a primeira, grau de
fragmentação e faturamento do maciço independente das suas particularidades litológicas e de descontinuidades.
A segunda relacionada ao levantamento do RMR, classificação geomecânica de Bieniawski (1976), E a terceira
relacionada ao levantamento Geomecânico do fator Q de Barton (1974). O mapeamento Geomecânico será
levantado seguindo estes três parâmetros separados a fim de comparar as diferencias de um método para outro e
de optar por um deles para cada caso de lavra. Assim será analisada a resistência do maciço rochoso e das
propriedades das suas descontinuidades para cada tipo de litologia.
Palavras Chaves: mapeamento Geomecânico, controle, maciço rochosos, aberturas subterrâneas.
RESUMEN
La mina de Araés en Nova Xavantina – Goiás – Brasil es caracterizada por presentar secuencias de rocas
volcánicas e tufos volcánicos intercalados con sedimentos carbonaticos de origen orgánico, metachert,
formaciones de hierro y sedimentos clásticos da unidad Nova Xavantina, En estas rocas ocurrió la intrusión
hidrotermal de venas mineralizadas de oro y plata. El presente trabajo visa caracterizar o macizo rocoso
utilizando datos de descripción geomecânica de perforaciones diamantinas, Esta descripción será realizada en
tres etapas, la primera, grado de fragmentación y fracturamiento del macizo rocoso independiente de sus
particularidades litológicas y de discontinuidades. La segunda relacionada al levantamiento do RMR,
classificação geomecânica de Bieniawski (1976), I la tercera relacionada al levantamiento geomecânico del
factor Q de Barton (1974). O mapeo Geomecânico será levantado según estos tres parámetros separados a fin de
comparar las diferencias de un método para otro y de optar por un de ellos para cada caso de explotación. Así
será analizada a resistencia do macizo rocoso y de las propiedades de sus discontinuidades para cada tipo de
litología.
Palabras Chaves: Monitoreo Geomecánico, control del macizo rocoso.
206
1. INTRODUÇÃO Capa (hangingwall) próxima da zona de

lavra, compreendendo rochas localizadas a
Para a realização dos trabalhos de alguns metros de distância do contato com
mapeamento Geomecânico da mina de a zona mineralizada, sendo constituídas
Ouro do Araés, foram necessários os principalmente por rochas afetadas por
trabalhos de inspeção geomecanica e cisalhamento, variando de intenso a
posterior avaliação, com base nos sistemas moderado.
RMR (Rock Mass Ratio) (Bieniawski,
1989). A estabilidade da capa é importante para o
controle da diluição na lavra, dependendo
E o índice muito utilizado o Q (Tunneling do método de lavra adotado, sendo
Quality Index) proposto por Barton, N., et importante também para a estabilidade de
al.,(1982), determinado mediante a longo prazo dos realces após a lavra.
equação (1) onde, RQD é o Rock Quality
Designation (Deere, D. U., 1964), Jn é o Capa distante da zona lavra,
valor relacionado com as juntas, é o compreendendo rochas localizadas a mais
valor de rugosidade, é o valor função da de 10 metros de distância do contato com a
zona mineralizada, constituídas por rochas
alteração, é o fator relacionado com a menos afetadas por cisalhamento. Essa
presença de água, e SRF é o fator devido à zona é importante para a estabilidade
condição da tensão. regional da capa e para controle da
subsidência, com implicações no montante
de infiltração de água para o interior da
mina.
Lapa (footwall) próxima da zona de

E posteriormente o analises e resultado de lavra, compreendendo rochas localizadas a
classificação geomecanica dos alguns metros de distância do contato com
testemunhos de furos de sondagem de a zona mineralizada, sendo constituídas
acordo com a localização das zonas de por rochas muito afetadas por
lavra e desenvolvimento da mina cisalhamento. A estabilidade da capa é
importante para as rampas de acesso e
2. DOMÍNIOS GEOMECÂNICOS travessas, e subsidiariamente para o
controle da diluição na lavra e para a
Conforme metodologia adotada por Lima e estabilidade de longo prazo dos realces
Messias (2011), para o tipo de corpo após a lavra.
mineralizado em estudo (veio estreito), na
avaliação dos maciços rochosos devem ser Lapa distante da zona de lavra,
considerados os seguintes domínios compreendendo rochas localizadas a mais
geotécnicos / operacionais: de 10 metros de distância do contato com a
zona mineralizada, constituídas
Zona de lavra, ou zona mineralizada, principalmente por rochas pouco afetadas
compreendendo rochas miloníticas, por cisalhamento. Essa zona é importante
contendo filitos, veios de quartzo auríferos, para a estabilidade de travessas e rampas
e em contato com os veios de quartzo de acesso, bem como para a estabilidade da
encontra-se filito carbonoso com rochas infraestrutura permanente da mina (rampa
alteradas. Nessa zona são desenvolvidas as principal e chaminés de ventilação).
galerias de lavra e serão deixados os
pilares para estabilização dos realces. Nessa fase de avaliação inicial não foi
possível ainda diferenciar as características
207
geotécnicas da capa e da lapa, por isso as L - Comprimento corpo de prova 9,62

mesmas foram denominadas coletivamente (cm)
de encaixantes. Os maciços distantes da W - Largura corpo de prova (cm) 9,20
zona de falha foram também avaliados de L/D (deve ser maior que 1) 2,31
forma genérica, sendo denominados de W/D (deve estar entre 1 e 3,3) 2,21
zona da rampa. Pressão (MPa) 3,80
Área (cm2); A= W*D 38,36
2.1 Resistência à Compressão do Diâmetro equivalente (cm), 6,99
Filito Carbonoso De=Raiz (D2
Is=P*9,48/De^2 (MPa); (9,48 é 0,73
Para a realização de ensaios de carga área do
pontual foram coletadas amostras de filito I50=Is*(De/5)^0,45 (MPa) 0,86
carbonoso, com cerca de 10 cm de aresta Resistência Compressiva Estimada 21,40
cada, conforme mostrado na Figura 1. A Escore RMR 2,00
amostra foi serrada, conforme indicado na
Figura , Plano de corte para preparação de Comparando os valores médios das três
corpos de prova e direções de aplicação amostras verifica-se pequena variação
das cargas (31,30 a 33,01 MPa), indicando
homogeneidade da litologia filito
carbonoso, com respeito à resistência
compressiva. Por outro lado, verifica-se
alta variação dos valores das resistências
dos corpos de prova em cada amostra, o
que é indicativo de anisotropia.
2.2 Estimativa Geral de Índices
Geomecânicos
A partir das observações no subsolo dos

maciços rochosos e da observação de
testemunhos de sondagem, bem como da
análise de relatórios anteriores, foi
realizada uma avaliação preliminar dos
maciços, com base nos sistemas de
classificação geomecânica RMR
Figura 1 Amostras e planos de corte para (Bieniawski, 1989) e Q (Barton, 2002).
preparação de corpo de prova
Para uma avaliação preliminar dos índices
O resultado dos ensaios de carga pontual
geomecânicos, os maciços rochosos de
no corpo de prova da amostra 1 é mostrado
maior interesse para análises de
na Tabela 1. Os índices de carga pontual
estabilidade foram subdivididos em:
(Is50) obtidos situam-se entre 0,64 e 2,04
MPa, com um valor médio igual 1,25 MPa.
Filito carbonoso, que representa o veio de
Multiplicando os índices de carga pontual
rochas brandas em contato com o veio de
pelo fator 25 (ISRM, 1981) são obtidas
quartzo mineralizado em ouro.
resistências compressivas entre 16,0 e 50,9
Veio de quartzo, rocha mineralizada
MPa, com valor médio igual a 31,30 MPa.
extraída durante as operações de lavra.
Encaixantes, rochas encaixantes na capa e

Parâmetro 1-1
na lapa, afetadas pela Zona de
Cisalhamento do Araés (Silva, 2010) e
D - Altura corpo de prova (cm) 4,17
208
próximas da zona de lavra. Maciço na para o veio de quartzo. Foi apurado Q =

rampa principal, rochas distantes da zona 2,5 e RMR = 51 (Classe III). Para
de lavra, pouco afetadas pela zona de verificação, aplicando a equação de
cisalhamento. correlação para o valor de Q (2,5) obtém-
se RMR igual a 52,2, indicando boa
Os resultados foram condenados na Tabela correlação com o valor apurado (51), da
2 que é apresentada a continuação. Foram mesma forma é mostrada a planilha de
avaliados independentemente os índices Q avaliação do índice Q e do índice RMR
e RMR (versão 1989), e em seguida foi para as rochas encaixantes. Foi apurado Q
realizada uma verificação utilizando a = 2,6 e RMR = 52 (Classe III). Para
equação: verificação, aplicando a equação de
correlação para o valor de Q (2,5) obtém-
RMR = 9 ln Q + 44 (Bieniawski, 1989). se RMR igual a 52,7, indicando boa
correlação com o valor apurado (51),
Na Tabela 2 é mostrada a planilha de Finalmente, é mostrada a planilha de
avaliação do índice Q e do índice RMR avaliação do índice Q e do índice RMR
para o filito carbonoso. Foi apurado Q = para o maciço na rampa principal. Foi
0,11 e RMR = 27 (Classe IV). Para apurado Q = 5,0 e RMR = 59 (Classe III).
verificação, aplicando a equação de Para verificação, aplicando a equação de
correlação proposta por Bieniawski (1989) correlação para o valor de Q (5,0) obtém-
para o valor de Q (0,11) obtém-se RMR se RMR igual a 58,4, indicando boa
igual a 24,1, indicando boa correlação com correlação com o valor apurado (59),
o valor apurado (27), conforme mostrado. conforme mostrado na Tabela a seguir.
Também é mostrada a planilha de
avaliação do índice Q e do índice RMR
Domínio Geomecânico Q' Q RMR Classe Resistencia Assumida(Mpa)

1.- Filito carbonoso 0,28 0,11 27 IV 30
2.- Veio de quartzo 6,2 2,5 51 III 80
3.- Encaixantes 6,6 2,6 52 III 60
4.- Maciço na zona da 12,4 5,0 59 III 80
rampa
2.3 Classificação Geomecânica dos incompleto nas caixas de testemunhos. Na

Testemunhos nos Furos de Sondagem Tabela 3 são dados os valores dos cinco
parâmetros que compõem o índice RMR,
Nesta seção é apresentado o resultado da tendo sito o parâmetro referente à água
classificação geomecânica dos subterrânea fixado em 4,0, que
testemunhos de sondagem dos furos sendo corresponde à condição “pingando”.
o índice Q aqui obtido comparado com os
resultados da classificação realizada. O valor médio do RMR do furo, obtido
com ponderação dos comprimentos, é igual
Na Tabela 3 é mostrado detalhe do cálculo a 51,8; e o valor médio de Q é 2,39, tendo
do índice RMR para os intervalos sido calculado usando a equação de
indicados. correlação (Bieniawski, 1989).
A classificação geomecânica teve início a
partir de 37,96 m, pois o intervalo de 0 a Na Tabela 3 os valores de RMR estão
27,56 m consiste em solo/saprolito, e o separados por quatro litologias
intervalo 27,56 a 37,96 m estavam
209
identificadas nos testemunhos de

sondagem do furo estudados.
Litologia Comprimento (m) RMR médio / Classe Q médio

Metavulcânicas - MTV 139,56 55,9 / III 3,74
Filito carbonoso - FLC 24,28 33,9 / IV 0,33
Veio de quartzo - VQZ 5,58 46,0 / IV 1,25
BRX 2,93 18,5 / V 0,06
A comparação entre os valores médios de

RMR avaliados no furo de sondagem Por precaução, o valor menor do RMR
(Tabela 3) e aqueles estimados a partir de (27,0) poderá ser utilizado provisoriamente
observações de ordem geral é a seguinte: para estimativa de sistemas de suporte /
reforço, até que sejam compilados e
• Filito carbonoso: RMR = 33,9 (furo); tratados dados mais detalhados. Para as
RMR= 27 (estimativa). demais litologias os valores de RMR
• Veio de quartzo: RMR = 46,0 (furo); estimados e avaliados nos testemunhos de
RMR= 51 (estimativa). sondagem encontram-se dentro da margem
• Metavulcânica: RMR = 55,9 (furo); de variação aceitável para esse índice, e
RMR= 52 a 59 (estimativa). poderão ser utilizados provisoriamente em
projetos.
Observa-se que o RMR filito carbonoso Nas Figuras 2 são mostradas fotos de
avaliado nos testemunhos de sondagem testemunhos de sondagem para as quatro
(33,9) é superior ao valor estimado por litologias presentes no furo descrito. Foi
observação geral (27,0). Isso é devido à escolhida uma foto representativa do
presença nos testemunhos de três maciço em cada um dos intervalos listados
intercalações de filito carbonoso um pouco na Tabela 3).
afastadas da zona de cisalhamento.
210
Figura 2 Testemunhos amostrados das quatro litologias presentes na mina Araes
2.4 Classificação Geomecânica dos

Testemunhos nos Furos de Sondagem
com a nova metodologia
Na presente metodologia, foi elaborado um

modelo de descrição geomecânica com
resultado de três parâmetros: RMR, Q e o
grau de fragmentação do maciço rochoso.
Pretende-se com estes dados, uma vez
apurados e finalizados, fazer um
modelamento geomecânico com o
programa de mineração Datamine Studio 3
, que nos ajudará principalmente no melhor
planejamento de médio a longo prazo.
Figura 3 Curva de Laubsher
Para um controle paralelo, foi
implementado inspeções de tetos e laterais
com enfoque na descrição Geomecânica
RMR, a partir desde dados preliminares
pode se estimar a situação de estabilidade
da mina como um todo. Para cada trecho
da mina foi levantado uma Tabela
checklist. A partir dos dados levantados no
mapa da mina e utilizando as Curvas de
Laubcher (figura 3) separamos os trechos
analisados o que nãos permitira mapear a
mina nos pontos principais (figura 4)
211
Figura 4 Croqui: Demonstrativo dos trechos verificados pela Inspeção Geomecânica e os pontos de
monitoramento
212
Como se observa no gráfico anterior. também para verificação dos índices

Todos os trechos plotados se encontram na avaliados através de testemunhos de
porção superior (região estável); estes sondagem. Os danos causados pela
parâmetros são calculados com base na detonação e pela concentração de tensões
classificação geomecânica das galerias em no maciço podem ser estimados
função do MRMR (Modified Rock Mass comparando os índices obtidos por
Rating) e o raio hidráulico (área do vão avaliação direta com aqueles obtidos pela
dividido pelo perímetro). análise dos testemunhos de sondagem.
Também é observado que a Rampa Já na próxima fase de estudos, as

Principal e a GTE 155 apresentam melhor resistências compressivas das litologias
estabilidade em relação aos outros acessos. presentes nas áreas de interesse deverão ser
Estes parâmetros vão modificando em avaliadas utilizando ensaios de laboratório
função da abertura das galerias, rampas e e equipamento de carga pontual (PLT).
travessas, em função do tempo.
Este gráfico reflete a condição de Em especial deverão ser realizados ensaios
estabilidade do maciço rochoso como um de compressão simples e triaxiais na
todo, mas não tem sensibilidade de detectar litologia filito carbonoso, por apresentar
geração de choco ou blocos menores. resistência inferior às demais litologias e
por estar sempre presente nas zonas de
CONCLUSÕES lavra. A degradação do filito carbonoso
com o tempo na presença de umidade
É recomendado que os testemunhos de deverá ser investigada, tendo em vista a
sondagem produzidos durante a pesquisa existência de mecanismos de ruptura
geológica da Mina do Araés sejam predominantemente nessa litologia.
utilizados para uma melhor caracterização
geotécnica dos maciços rochosos nas zonas É importante que a variação das
de lavra e de desenvolvimento. características geotécnicas dos maciços
Inicialmente recomenda-se a descrição rochoso com a profundidade seja
geotécnica com avaliação do índice investigada, no sentido de orientar a
RMR em pelo menos 3.000 m de seleção de métodos de lavra e sistemas de
perfuração, devendo os furos ser suporte / reforço nas fases futuras da mina.
selecionados criteriosamente para abranger
as zonas de maior importância (Lima e Em uma segunda fase, após a coleta e a
Schuster, 2011). sistematização de dados e geotécnicos,
modelos numéricos de análise de tensões
Os dados resultantes da classificação em geometrias bi e tridimensionais deverão
deverão ser tratados estatisticamente, para ser utilizados para estimativa das
a obtenção de valores médios concentrações de tensões em torno das
característicos dos domínios geomecânicos aberturas, e para a avaliação dos métodos
e litologias existentes, e deverão ser de lavra e dos sistemas de suporte/reforço
representados graficamente para facilitar a mais apropriados para a mina do Araés
separação espacial dos domínios (Lima e
Messias, 2011).
O mapeamento geotécnico e a classificação

geomecânica nas frentes de avanço
deverão ser implementadas de forma
sistemática, com o objetivo de subsidiar a
seleção de sistemas de suporte / reforço, e
213
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Barton, N. R., Lien, R. and Lunde, J. (1974) Engineering classification of rock masses for the design
of tunnel support. Rock Mech. 6(4), 189-239.
Barton, N. (2002) Some new Q-value correlations to assist in site characterization and tunnel design,
Int. J Rock Mech. Min. Sci., 39, 185–216.
Bieniawski, Z.T. (1989) Engineering Rock Mass Classification, Wiley, New York, 251 p.
BVP Engenharia (2010) Mina de Ouro do Araés, Relatório de Visita, CA 009-10, 10 p.
Cavalcante, P.R (2011) Relatório de Visita Técnica à Mina de Ouro do Araés no Período 21 a
27/09/2011, Apresentação, Mineração Caraíba S/A.
Hoek, E., Kaiser, P.K. and Bawden, W.F. (1997) Support of Underground Excavations in Hard
Suman, D. (2011) Relatório: Aspectos geotécnicos das galerias produtivas da Mina de Ouro do Araés,
Relatório, Mineração Caraíba S/A, 7 p.
214
QUANTIFICAÇÃO ABSOLUTA E RELATIVA das vibrações causadas por cirulação

ferroviária em túneis urbanos
QUANTIFICACIÓN ABSOLUTA Y RELATIVA DE LA PROPAGACIÓN DE

VIBRACIONES CAUSADAS POR LA CIRCULACIÓN DE TRENES EN TUNELES
URBANOS
GUSTAVO PANEIRO
CERENA/DECivil, Instituto Superior Técnico, Universidade Técnica de Lisboa, gustavo.paneiro@ist.utl.pt
RESUMEN: Los estudios de impacto ambiental (EIA) son hoy en dia una componente esencial en la mayoría de
los campos de las actividades de ingeniería como un pre-requisito para la implementación de los principios de
desarrollo sostenible. Muchas obras geotécnicas causan vibraciones, originadas por la aplicación de técnicas de
voladura; pero no menos importante, por la aplicación de equipos mecánicos utilizados para realizar las
excavaciones, y también en la fase de la explotación del proyecto, por nel desarrollo de las actividades a que se
destina. En este artículo, es descrito um criterio de cuantificación de las vibraciones ambientales en la situación
de obra y durante la explotación un túnel ferroviario, enfatizando los métodos a ser desarrollados para los
estudios de caracterización de la situación de referencia de EIA, de manera a identificar, prever, analizar y
comunicar los impactos ambientales causados por este descriptor ambiental.
PALABRAS CLAVE: vibraciones, situación de referencia, índice de afectación ambiental,

factor de ponderación ambiental
RESUMO: Os Estudos de Impacte Ambiental (EIA) são hoje em dia uma componente essencial na maioria dos
domínios das atividades de engenharia como um pré-requisito para a implementação dos princípios do
Desenvolvimento Sustentável. Muitas obras geotécnicas são fonte de vibrações, originadas pela aplicação de
técnicas de desmonte com explosivos ou, em menor escala, mas não menos importante, pela aplicação de
equipamentos mecânicos utilizados para realizar as escavações, ou até, já na fase de exploração do projeto, pelo
desenvolvimento das atividades a que se destina. Neste artigo, é descrito um critério de quantificação das
vibrações ambientais na situação de obra e na situação de exploração de infraestruturas subterrâneas ferroviárias,
enfatizando os métodos a serem desenvolvidos para os estudos de caracterização da situação de referência de
EIA, por forma a identificar, prever, analisar e comunicar os impactes ambientais causados por este descritor
ambiental.
PALAVRAS CHAVE: vibrações, EIA, situação de referência, índice de afetação ambiental,

fator de ponderação ambiental
215
afetadas pelas vibrações geradas na

1. INTRODUCCIÓN obra, determinando o nível das
vibrações que suportam antes do
A maioria das obras geotécnicas envolvem início da construção, nomeadamente
a formação de vibrações provenientes de com o tráfego de veículos;
várias fontes. Todos estes processos 4. Caracterização ambiental, fase
caracterizam-se pela transmissão de que deve compreender a
vibrações, geradas pelas fontes de vibração identificação das ações do
e que se propagam através dos meios projeto potencialmente
vizinhos, podendo incluir uma grande impactantes (uso de
variedade de alvos tais como edifícios equipamentos mecânicos, de
sensíveis, populações vizinhas, e muitos perfuração e de escavação,
outros. seguidos dos equipamentos de
carregamento e de transporte de
Os Estudos de Impacte Ambiental têm terrenos escavados),
como objetivo diagnosticar e avaliar as identificação dos fatores
consequências que a realização das potencialmente afetados
atividades inerentes às obras geotécnicas (atmosfera, água e terrenos
possam ocasionar na envolvente geográfica vizinhos) e identificação de
onde se desenrolará o projeto. relações causa - efeito entre
ações e fatores de projeto;
Para o descritor vibrações, nos EIA, 5. Definição dos impactes
pretende-se predizer, avaliar e corrigir as ambientais ligados às vibrações,
consequências ou efeitos ambientais que as aplicando-se aos efeitos
ações de construção de uma obra podem esperados dos sistemas de
causar sobre a qualidade de vida das escavação de construção, quer a
populações e sua envolvente. Desta forma, nível dos trabalhadores, quer no
aplica-se a seguinte metodologia: ambiente em geral. As
correspondentes ações e efeitos
1. Análise do projeto, com o serão determinados pela sua
objetivo de conhecer intensidade, extensão,
detalhadamente os aspetos persistência, reversibilidade e
relativos à localização, recuperabilidade no ambiente
envolvendo a geologia dos superficial e subterrâneo;
terrenos, as suas características 6. Definição das medidas
geotécnicas, as zonas corretivas, identificando os
construídas anexas, as procedimentos tecnológicos
infraestruturas urbanas e demais mais adequados para a
informações afins; atenuação das vibrações (quer
2. Definição dos métodos de índole ambiental, quer
construtivos, considerando a ocupacional), que sejam
utilização de tecnologias económica e tecnicamente
limpas, com adequada limitação viáveis de aplicar;
dos seus efeitos, nomeadamente 7. Monitorização e controle,
vibrações transmitidas aos planificação da etapa que
terrenos e aos trabalhadores; permitirá verificar na futura
3. Determinação da situação de obra como se comporta a
referência às vibrações, com descrição avaliação da magnitude de
detalhada dos edifícios e outras vibrações verificadas na prática
infraestruturas suscetíveis de serem
216
e a efetividade da aplicação de A quantificação da velocidade vibratória

medidas corretivas; que atinge as edificações próximas em
resultado das ações típicas de obra (Vo) é
A quantificação proposta pretende não só obtida através de dados bibliográficos ou
realizar uma previsão e avaliação dos por medições de campo, ou até mesmo por
impactes ambientais associados à ambos os processos.
implantação do projeto, como também
realizar uma seleção entre alternativas de
projeto, associados às vibrações.
2. DEFINIÇÃO DO FACTOR DE
PONDERAÇÃO PARA AS VIBRAÇÕES
O facto de ponderação proposto é definido

através de um zonamento da área de
implantação do projeto, que é realizado de
acordo com a constância dos valores dos
parâmetros que intervêm no cálculo do
fator de ponderação, sob a forma de áreas
e/ou segmentos homogéneos. Após a
realização deste zonamento, procede-se à
respetiva quantificação.
No estudo das situações de referência, o

fator de ponderação é calculado através do
Figura 1 – Velocidade vibratória de acções
quociente entre o valor da velocidade características, em função da distância, segundo
vibratória esperada que atingirá as Sarsby, 2000.
edificações próximas em resultado de
ações típicas de obra (Vo) e a Observa-se na Figura 1 um gráfico
correspondente velocidade vibratória bilogarítmico que mostra a ordem de
admissível pela Norma Portuguesa 2074 grandeza das vibrações oriundas das
(Va), ou seja: principais obras civis, o qual é originário
da norma inglesa BS 5228, Part 4, 1996,
Vo citada por Sarsby, 2000.
Fv = (1)
Va
Tabela 1 - Limites da velocidade de vibração admissível pela Norma Portuguesa 2074 (em mm/s)
217
3. DEFINIÇÃO DOS ÍNDICES DE

AFECTAÇÃO AMBIENTAL PARA AS
Desta forma, utilizando a Norma VIBRAÇOES
Portuguesa 2074 para os tipos de terrenos
onde se dá a propagação de vibrações No capítulo anterior foi definido um
(factor α), para as três classes de método de seleção entre várias hipóteses
construções em que dividiram as estruturas de projeto, mediante aplicação de um fator
afectadas pelas vibrações (factor β) e para de ponderação para as vibrações que
a aplicação de uma fonte vibratória relaciona as velocidades de vibração que
permanente ou quase (factor γ), é possível eventualmente serão verificadas em obra e
estimar as ordens de grandeza das a velocidade máxima admissível permitida
velocidades admissíveis (ver Tabela 1). pela normativa portuguesa.
Se cada segmento tiver um comprimento Os Índices de Afetação Ambiental para as

Li, o comprimento total de uma vibrações têm por objetivo analisar os
determinada linha com n segmentos (com i impactes ambientais provenientes das
= 1, 2, 3, ..., n), será: vibrações que seriam geradas durante a
construção e exploração dos segmentos (ou
i=n áreas) consideradas num projeto de uma
L t = ∑ Li (2) obra geotécnica. Tal como foi realizado
i =1
para o fator de ponderação para as
vibrações, é essencial efetuar um
Analogamente, se forem consideradas
zonamento dos segmentos (ou áreas) em
áreas e não segmentos:
que se pode subdividir a linha (ou área
i =n
total), de acordo com o critério de serem
A t = ∑ Ai (3) homogéneos em termos das vibrações.
i =1 Além disso, será necessário determinar a
velocidade vibratória da situação de
Define-se então como fator de ponderação referência quer pela realização de
total para as vibrações dessa linha (ou área medições in situ, quer pela utilização de
total), o seguinte: equações de regressão.
Ao nível de cada zona homogénea, se se

FVt =
∑ FV i
⋅ Li
(4) designar por Vref a velocidade vibratória
Lt
determinada na situação de referência,
poder-se-á avaliar os impactes ambientais
para o caso de segmentos, e: dos descritor vibrações através dos
quocientes entre os valores esperados na
FVt =
∑ FV ⋅ A i
i
(5)
fase de construção (Vo) e de exploração
At (Ve).
para o caso de áreas. Desta forma, podem-se definir duas

relações matemáticas simples denominadas
Desta forma, este factor pode ser utilizado por Índices de Afetação Ambiental, com as
também como critério de decisão ou de seguintes expressões:
escolha entre alternativas, que preconiza a
adoção de uma alternativa que possua Vo
I Vo = (6)
menor valor do factor de ponderação total Vref
para as vibrações.
218
Ve
I Ve = (7)
Vref
onde a expressão (6) corresponde ao Índice

de Afetação Ambiental na situação de obra
e a expressão (7) à situação de exploração.
Consequentemente, pode dizer-se que

quanto maior for o Índice de Afetação
Ambiental, maior serão os impactes
ambientais relativos ao descritor vibrações,
causados pela realização do projeto. Outras Figura 2 – Traçado de um possível projeto de
vantagem deste índice é a sua intenção em construção de túneis ferroviários
análises multicritério, envolvendo outros
descritores ambientais (ambiente sonoro, Considere-se, então, um projeto de
qualidade do ar, qualidade das águas, sócio construção que contemple duas hipóteses
economia, património cultural, etc.) a fim para a construção de um túnel de
de permitir tomar decisões integradas sobre metropolitano (ver Figura 2).
a qualidade ambiental.
O projeto contempla duas hipóteses, a
primeira desenvolve-se numa extensão de
4. EXEMPLO DE APLICAÇÃO 3,17 km, contemplando a construção de
4.1. Considerações Gerais
três estações (E1, E2 e E3), uma bifurcação
após a estação E1, incluindo um ramal com
2,78 m de extensão e a construção de mais
A aplicação da quantificação proposta duas estações (E4 e E5). A segunda
anteriormente pode ser aplicada, por hipótese contempla a construção de quatro
exemplo à quantificação dos impactes estações (E1, E6, E7 e E3), apresentando
ambientais gerados pela construção de uma extensão de 4,66 km e uma bifurcação
túneis urbanos ferroviários mas também após a estação E6, permitindo a construção
para infraestruturas subterrâneas que de um ramal até à estação E5, com uma
apresentem outros destinos(linhas de extensão de 2,15 km.
metropolitano, túneis rodoviários, etc.)
4.2. Zonamento
Para este tipo de obras geotécnicas,
aplicando os métodos quantitativos Após a realização da análise do projeto,
apresentados anteriormente podem-se obter realiza-se o zonamento de cada uma das
os seguintes resultados: hipóteses, de acordo com a constância dos
valores dos parâmetros que intervêm no
1. Seleção de várias hipóteses cálculo do fator de ponderação e dos
contempladas num projeto, Índices de Afetação Ambiental, que
utilizando uma metodologia correspondem à distância às construções
multicritério;
(D) e os fatores α, β e γ.
2. Quantificação dos impactes
ambientais gerados na situação
de obra;
3. Quantificação dos impactes
ambientais gerados na situação
de exploração.
219
Depois de realizado o zonamento e a

caracterização de cada zona, calculam-se
os correspondentes fatores de ponderação
para as vibrações. Considerou-se α igual a
1 (solos coerentes muito duros, duros e de
consistência média, solos incoerentes
compactos; areias e misturas areia-seixo
bem graduadas, areias uniformes) e γ igual
a 0,7 (aplicação de uma fonte vibratória
permanente ou quase) para a realização dos
cálculos.
Figura 3 – Representação da divisão em segmentos
e do zonamento para a hipótese 1. Tabela 4 – Valores dos fatores de ponderação
totais, ponderado pelas extensões dos segmentos,
para cada segmento relativo à primeira hipótese,
Desta forma, para ambas as hipóteses, com base no gráfico da Figura 1.
procede-se à divisão do traçado em
segmentos e estes em zonas. A título de
exemplo, apresenta-se na Figura 3 uma
representação da divisão em segmentos e o
zonamento efetuado para a hipótese 1 do
traçado da linha de metropolitano.
Os resultados serão analisados
Nas Tabelas 2 e 3 encontra-se um resumo separadamente para cada uma das
das zonas definidas em cada segmento para hipóteses. Na Tabela 4 encontram-se os
as hipóteses 1 e 2, respetivamente. valores do fator de ponderação total para
cada segmento, para a hipótese 1,
Tabela 2 – Resumo das zonas definidas em cada calculados com base no gráfico da Figura
segmento, na hipótese 1 do traçado do túnel de 1.
metropolitano, incluindo os respetivos
comprimentos.
Serão adotados, para as vibrações de obra
típicas da construção, intervalos de valores,
tipicamente em torno de 5 mm/s para 10
metros de distância, por forma a realizar
uma análise mais conservadora.
Quadro 3 – Resumo das zonas definidas em cada Pode observar-se ainda que o Segmento 1,
segmento, na hipótese 2 de traçado de relativo à primeira hipótese, apresenta um
metropolitano, incluindo os respetivos
importante agravamento do valor do fator
comprimentos.
de ponderação devido ao facto de se situar
numa zona de prédios de habitações
antigos, em ruas estreitas, obrigando a que
estas construções sejam tratadas como
construções sensíveis. O Segmento 3 desta
hipótese, embora apresente um valor do
fator de ponderação para as vibrações
semelhante ao do Segmento 2, coincide
4.3. Cálculo dos fatores de ponderação também com construções de carácter
para as vibrações sensível e com uma grande densidade de
construções correntes. Desta forma, o valor
220
do fator de ponderação total para a zonamento efetuado para o calculo anterior

hipótese 1 é de 0,54. e assim, adotam-se os valores para as
velocidades de vibração em obra e em
Relativamente à segunda hipótese, no exploração em função das vibrações
Tabela 5 encontram-se os valores do fator medidas em outras obras similares.
de ponderação total para cada segmento, Também contribuíram para o
calculados com base no gráfico da Figura estabelecimento de tais valores, os dados
1. numéricos apresentados na Norma Inglesa
BS 5228, Part 4, 1966 que acrescentam as
Tabela 5 – Valores dos fatores de ponderação variações com a distância dessas
totais, ponderado pelas extensões dos segmentos e grandezas.
não ponderados, para cada segmento relativo à
Hipótese 2, com base no gráfico da Figura 1.
Como resultados dessa análise apresentam-
se abaixo as Figuras 5 e 6 que
correspondem a plantas esquemáticas dos
traçados das linhas com indicação dos
respetivos valores obtidos para os Índices
Pode observar-se novamente que o de Afetação Ambiental criados pelas
Segmento 1 (que corresponde ao mesmo vibrações em cada uma das zonas
segmento na hipótese anterior) apresenta homogéneas em que se dividiram os
um importante agravamento do valor do segmentos considerados.
fator de ponderação devido ao facto de se
situar numa zona de prédios de habitações Para obter os valores globais relativos aos
antigos, em ruas estreitas, obrigando a que índices característicos de cada hipótese,
estas construções sejam tratadas como calcularam-se as médias ponderadas a
construções sensíveis. O Segmento 3 desta partir das distâncias de cada zona
hipótese, apresenta um valor do fator de elementar e obtiveram-se os resultados
ponderação para as vibrações menor que o constantes no Tabela 6. Através deste
do Segmento 2, na medida em que último quadro numérico, explicitam-se as
coincide com maior frequência com informações pretendidas com o cálculo dos
construções de carácter reforçado, tais Índices de Afetação Ambiental para as
como a parques industriais e prédios de vibrações.
habitações de construção recente e
reforçada. Desta forma, o valor do fator de
ponderação total para a hipótese 2 é de
0,49.
4.4. Cálculo dos Índices de Afetação

Ambiental
Como foi referido anteriormente, os

Índices de Afetação Ambiental para as
vibrações têm como objetivo analisar os
impactes ambientais provenientes deste
descritor ambiental que serão geradas
durante a construção e exploração dos
segmentos das linhas previstas em projeto.
Para isso, será necessário dispor dos dados
de monitorização correspondentes à
situação de referência. Considerar-se-á o
221
vibrações apresentado anteriormente, pode

concluir-se que, em relação do descritor
vibrações, a hipótese 2 é mais vantajosa
que a hipótese 1, na medida em que
apresenta um valor global mais baixo.
No entanto, não se pode deixar de referir

que esta diferença se baseia quase
exclusivamente na diferença do fator de
ponderação existente entre o segmento 3
da hipótese 1 e o segmento 3 da hipótese 2,
Figura 5 - Valores dos Índices de Afetação já que os segmentos n.º 2 possuem fatores
Ambiental das vibrações na situação de obra e
exploração, para a hipótese 1.
praticamente idênticos e o segmento 1 é o
mesmo nas duas hipóteses.
Relativamente ao cálculo dos Índices de

Afetação Ambiental para as vibrações, é
possível extrair duas conclusões principais:
2. A situação de exploração é
menos penalizadora do
Ambiente que a situação de
construção;
3. A hipótese 2 é preferível à
hipótese 1, seja na situação de
construção seja na de
exploração.
Conclui-se ainda que o fator de ponderação

para as vibrações constitui um critério de
seleção aplicável à seleção de traçados
alternativos, incluindo a sua integração em
metodologias multicritério.
Figura 6 - Valores dos Índices de Afetação Os Índices de Afetação Ambiental

Ambiental das vibrações na situação de obra e fornecem uma quantificação realista do
exploração, para a hipótese 2. descritor vibrações, e pela sua facilidade de
Tabela 6 – Valores dos Índices de Afetação cálculo e podem ser aplicados sem
Ambiental criados pelas vibrações na situação de
obra e na situação de exploração para ambas as dificuldades em grande parte de Estudos de
hipóteses. Impacte Ambiental de obras geotécnicas.
5. CONCLUSÕES
Da análise dos resultados obtidos para o
Fator de Ponderação Total para as
222
REFERENCIAS
[1] KOLSKY, H. (1963) – Stress Waves in Solids. Dover Publications, Inc. New York.
[2] KRAMER, S. (1996) – Geotechnical Earthquakes Engineering. Prentice Hall, Inc.
[3] Norma Inglesa BS 5228, Part 4, 1996
[4] Norma Portuguesa 2074 (1983) – Avaliação da Influência em Construções de

Vibrações Provocadas por Explosões ou Solicitações Similares.
[5] SARSBY, R. (2000) – Environmental Geotechtonics. Thomas Telford Books,

London, UK.
[6] DINIS DA GAMA, C. (2002) – Environmental Baseline Studies of Vibrations in

Urban Areas. ISRM, International Symposium on Rock Engineering for Mountainous
Regions, EUROCK 2002.
223
HUNDIMIENTO EL TREBOL
“RESPUESTA A LA EMERGENCIA”
AUTOR:
NELSON EDUARDO ARIAS JIMÉNEZ
INGENIERO GEOLOGO
EMPRESA PÚBLICA METROPOLITANA DE AGUA POTABLE Y SANEAMIENTO DE QUITO
e-mail: nelsonarias1959@gmail.com
“RESPUESTA A LA EMERGENCIA”
INTRODUCCIÓN
El 31 de marzo de 2008, aproximadamente a las 14h:00, se produjo un hundimiento de grandes

proporciones ( aproximadamente 25.000 m3 de tierra), en el principal intercambiador del sur de la ciudad
de Quito, en el sitio denominado El Trébol. Esta obra vial de notable importancia para el
descongestionamiento del tráfico de vehículos que se trasladan desde el norte hacia el sur de Quito y al
Valle de Los Chillos o viceversa, se construyó hace 25 años.
El hundimiento, tiene como principal protagonista la acción hídrica del río Machángara, principal sistema
de drenaje de la Ciudad de Quito.
El hundimiento, se inició con la formación de una forma cratérica de aproximadamente 30m de diámetro
(ver figura N. 2.2), el mismo que se ampliaba de manera constante debido a la inestabilidad que
presentaban los taludes por la saturación del suelo causado, por las fuertes precipitaciones que se
producían durante esos días en la zona, a esto se sumó, la presencia de agua subterránea en el talud sur,
dando lugar a la formación de un cráter de aproximadamente 120 m de diámetro y una profundidad desde
la corona hasta el río de 40, esto se debió al colapso de un tramo de 20m del embaulado de hormigón que
encausa al río. Éste fenómeno provocó un estado de emergencia para la ciudad de Quito, aspecto que
obliga al Municipio a buscar soluciones integrales urgentes al sistema de tránsito local y encontrar
alternativas adecuadas y seguras para la conducción del río Machángara en ese sector, evitando de ésta
manera que se ponga en riesgo a la población y cualquier obra que se construya en lo posterior.
224
Características Geológicas-Geotécnicas generales del sitio
Dentro de la zona de influencia del intercambiador de El trébol se puede observar aspectos geológicos
importantes que son característicos del Valle Intermontano de Quito.
Los principales afloramientos del sector, corresponden a depósitos cuaternarios que se describen a
continuación:
(Cangahua),
Son tobas alteradas, típicamente de colores amarillentos a marrones, generalmente intercaladas con caídas
de cenizas, pómez, paleosuelos y algunas veces flujos de lodos y canales aluviales. Generalmente la
cangahua tiene una textura limo-arenosa. El material es muy consolidado, de baja permeabilidad , muy
estable en estado seco, cuando se saturan cambian radicalmente sus características geomecánicas,
produciendo problemas de inestabilidad de los taludes; generalmente se desprenden en forma de grandes
bloques, este tipo de material se encuentra conformando los taludes de la margen izquierda y derecha del
río Machángara y alcanza una potencia aproximada de 50 m.
(Conglomerados)
Afloran en los cortes al inicio de la autopista al valle de los Chillos, están constituidos por bloques y
gravas subredondeados a redondeados, en una matriz limo arenosa bien consolidada, estos materiales no
aparecen en ninguno de los taludes del hundimiento.
(Aluviales)
En la parte baja y asociado a los cauces antiguos del río machángara se puede apreciar depósitos de
aluviales compuestos por bloque subredondeados hasta de tamaños métricos, en una matriz arenosa
(conforman terrazas), el depósito se encuentra bien consolidado y presenta alta resistencia al
desprendimiento. La potencia media de éste depósito se calcula en 15 m.
(Relleno compactado)
Para crear el espacio suficiente que permita la construcción del intercambiador diseñado para ese sitio, se
realiza el embaulamiento del río Machángara en un tramo de aproximadamente 300 m y sobre ésta
estructura se realiza un relleno compactado con material seleccionado (limos-arenosos), de 30 a 40 m de
potencia y que corresponde al material involucrado en el hundimiento, De acuerdo a los estudios de
suelos realizados en la parte noreste del relleno, sector que no sufrió ninguna afectación, se pudo
establecer un compartimiento geomecánico bueno, llegando a valores N de entre 17 y 28, datos obtenidos
en las perforaciones realizadas, No se detectó nivel freático, al contrario de lo que sucede en el talud sur
y sur occidental del hundimiento en donde a una profundidad de 18 m aparecen afloramientos de agua
que fueron motivo de un análisis particular.
PALABRAS CLAVE: Hundimiento, El Trébol, río Machángara, embaulamiento, emergencia
225
HUNDIMIENTO EL TREBOL al río. Éste fenómeno provocó un estado

de emergencia para la ciudad de Quito,
“RESPUESTA A LA aspecto que obliga al Municipio a buscar
EMERGENCIA” soluciones integrales urgentes al sistema de
tránsito local y encontrar alternativas
1.- INTRODUCCIÓN adecuadas y seguras para la conducción del
río Machángara en ese sector, evitando de
ésta manera que se ponga en riesgo a la
El 31 de marzo de 2008, aproximadamente población y cualquier obra que se construya
a las 14h:00, se produjo un hundimiento de en lo posterior.
grandes proporciones ( aproximadamente
25.000 m3 de tierra), en el principal FIGURA N. 2.2 FASE INICIAL DEL
intercambiador del sur de la ciudad de HUNDIMIENTO EL TREBOL
Quito, en el sitio denominado El Trébol.
Esta obra vial de notable importancia para
el descongestionamiento del tráfico de
vehículos que se trasladan desde el norte
hacia el sur de Quito y al Valle de Los
Chillos o viceversa, se construyó hace 25
años, cuyo diseño se aprecia en la figura
siguiente (figura N. 2.1).
FIGURA N. 2.1 DISEÑO ORIGINAL

DEL INTERCAMBIADOR EL TREBOL
FIGURA N. 2.3 CONFORMACIÓN FINAL

DEL CRÁTER
El hundimiento, se inició con la formación FIGURA N. 2.4 VISTA DEL TRAMO DEL
de una forma cratérica de aproximadamente EMBAULAMIENTO COLAPSADO
30m de diámetro (ver figura N. 2.2), el
mismo que se ampliaba de manera
constante debido a la inestabilidad que
presentaban los taludes por la saturación del
suelo causado, por las fuertes
precipitaciones que se producían durante
esos días en la zona, a esto se sumó, la
presencia de agua subterránea en el talud
sur, dando lugar a la formación de un cráter
de aproximadamente 120 m de diámetro y
una profundidad desde la corona hasta el río
de 40 m (ver figura N. 2.2, 2.3 y 2.4); esto
se debió al colapso de un tramo de 20m del 3.- OBJETIVOS
embaulado de hormigón que encausa
226
3.1 General
Realizar un análisis sobre los aspectos
constructivos del embaulamiento del río
Machángara, el sistema de relleno,
establecerse de una manera bastante certera,
la causa o causas que fueron las que
ocasionaron el presente problema y
recomendar acciones preventivas, que serán
de gran utilidad en esta y otras obras
similares.
3.2. Específicos coordenadas: 777.899.66E, 9´974.315.72N

Cota: 2.758 m.s.n.m.
1 Establecer las condiciones del
terreno antes de la ejecución del 4.2 Características geológicas-
relleno geotécnicas generales del sitio
2 Realizar un análisis de los aspectos
hidrológicos e hidrogeológicos del Dentro de la zona de influencia del
sector y determinar su grado de intercambiador de El trébol se puede
influencia en sobre el colector observar aspectos geológicos importantes
3 Establecer hipótesis sobre la causa que son característicos del Valle
o causas del colapso del Intermontano de Quito.
colector
4 Realizar una descripción y Los principales afloramientos del sector,
análisis de las acciones y corresponden a depósitos cuaternarios que
trabajos ejecutados y propuestas de se describen a continuación:
los organismos competentes para
la solución del problema. (Cangahua),
5 Plantear alternativas de solución
6 Realizar una evolución del riesgo Son tobas alteradas, típicamente de colores
asociado a las intervenciones en los amarillentos a marrones, generalmente
cauces de los ríos o quebradas. intercalada con caídas de cenizas, pómez,
paleosuelos y algunas veces flujos de lodos
4.- CARACTERÍSTICAS GENERALES y canales aluviales. Generalmente la
cangahua tiene una textura limo-arenosa. El
4.1 Ubicación material es muy consolidado, de baja
permeabilidad , muy estable en estado seco,
Se ubica en centro oriente de la ciudad de cuando se saturan cambian radicalmente sus
Quito, capital de la república del Ecuador, características geomecánicas, produciendo
en el sector conocido como el Censo, sobre problemas de inestabilidad de los taludes;
el cauce del Principal sistema hidrográfico generalmente se desprenden en forma de
de la ciudad, denominado río Machángara: grandes bloques, este tipo de material se
(ver figura siguiente) encuentra conformando los taludes de la
margen izquierda y derecha del río
Machángara y alcanza una potencia
aproximada de 50 m.
(Conglomerados)
Afloran en los cortes al inicio de la

FIGURA N.- 4.1 PLANO DE UBICACIÓN
227
autopista al valle de los Chillos, están el valle de Cumbayá y Tumbaco. Otro

constituidos por bloques y gravas drenaje de importancia es la quebrada
subredondeados a redondeados, en una grande, que se origina en las estribaciones
matriz limo arenosa bien consolidada, estos noroccidentales del volcán Atacazo y en un
materiales no aparecen en ninguno de los tramo corre paralelo al río Machángara y
taludes del hundimiento. después se convierte en su afluente.
(Aluviales) Los caudales del río Machángara a la salida

del valle oscilan entre unos 3 m3/seg en
En la parte baja y asociado a los cauces periodo seco, hasta más de 170 m3/seg en
antiguos del río machángara se puede periodos de lluvia. El Río Machángara es el
apreciar depósitos de aluviales compuestos principal receptor de las aguas servidas de
por bloque subredondeados hasta de la ciudad de Quito.
tamaños métricos, en una matriz arenosa
(conforman terrazas), el depósito se La distribución temporal de la precipitación
encuentra bien consolidado y presenta alta durante el año, muestra que existen dos
resistencia al desprendimiento. La potencia períodos con lluvia abundante durante los
media de éste depósito se calcula en 15 m. meses de febrero a mayo y octubre a
noviembre, mientras que los períodos de
(Relleno compactado) menor lluvia ocurren de junio a septiembre
y diciembre a enero (Informe Técnico Final
Para crear el espacio suficiente que permita Proyecto RLA/8/023 (EMAAP-Q, serie de
la construcción del intercambiador diseñado datos desde el año 1962), ver gráfico N.- 1
para ese sitio, se realiza el embaulamiento
del río Machángara en un tramo de GRÁFICO N.-1 VARIACIÓN MENSUAL
aproximadamente 300 m y sobre ésta DE LA PRECIPITACIÓN
estructura se realiza un relleno compactado
con material seleccionado (limos-arenosos), 220
Precipitación Promedio (mm)
de 30 a 40 m de potencia y que corresponde 200

al material involucrado en el hundimiento, 180
160
De acuerdo a los estudios de suelos
140
realizados en la parte noreste del relleno, 120
sector que no sufrió ninguna afectación, se 100
pudo establecer un compartimiento 80
geomecánico bueno, llegando a valores N 60
40
de entre 17 y 28, datos obtenidos en las 20
perforaciones realizadas, No se detectó 0
nivel freático, al contrario de lo que sucede ENE FEB MAR ABR MAY JUN JUL AGO SEP OCT NOV DIC
en el talud sur y sur occidental del Meses
hundimiento en donde a una profundidad
de 18 m aparecen afloramientos de agua
que son motivo de análisis en el numeral
4.4. De la información obtenida, se puede
determinar que el valor de la precipitación
4.3. HIDROLOGÍA E es mayor en el extremo Suroccidental y el
HIDROGRAFÍA flanco Suroriental de la cuenca
hidrográfica, con valores entre 2000 a 1300
La red hidrográfica de valle sur de Quito, es mm, mientras que hacia el Norte,
de tipo dendrítico, teniendo como curso disminuye entre 1200 y 1100 mm. (ver
principal el río Machángara que nace en las cuadro N.- 1)
estribaciones del volcán Atacazo y
atraviesa el valle de sur-oeste a nor-este
paralelo a la dirección de la cuenca, hasta CUADRO No.- 1 PRECIPITACIONES Y
cerca del Panecillo, en donde toma un giro TEMPERATURAS MEDIAS ANUALES
hacia el este, se profundiza y se dirige hacia
228
FIGURA N.- 4.2 AFLORAMIENTOS DE

PRECI TEMP
PER AL PITAC ERAT AGUA TALUD SUR Y
ÍOD LON LAT TU INST IÓN URA SUROCCIDENTAL
ESTACIÓ CÓDI
Nº O GIT ITU RA ITUC MEDI MEDI
N GO
(Año UD D (ms IÓN A A
s) nm) ANUA ANUA
L (mm) L (ºC)
1962
IZOBAMB - 7724 9959 305 INA
1 A M003 2005 63 896 8 MHI 1410.8 11.8
QUITO - 1981
OBSERVA - 7782 9976 282
2 TORIO M054 1989 75 643 0 EPN 1186.8 13.2
LA 1977
CHORRER - 7743 9977 316 INA
3 A M335 2005 77 689 5 MHI 1328.0 10.8
SAN JUAN
DE 1970
CHILLOG - 7660 9968 334 INA
4 ALLO M354 2005 86 397 0 MHI 2002.0 9.2
1982
- 7671 9965 386 EMA Luego de las observaciones de campo y
5 ATACAZO P23 2005 95 170 5 AP-Q 1315.2 4.5 3 perforaciones realizadas, se pudo
2000 determinar la existencia de un acuífero,
- 7759 9963 314 EMA
6 EL TROJE P25 2005 10 490 5 AP-Q 1075.5 11.0 cuyo nivel freático se encuentra entre 12
a 15 m de profundidad y que
Es importante resaltar que el invierno del corresponde a materiales granulares con
año 2008, ha sido uno de los más fuertes de una matriz limo arenosa, el estrato tiene una
los últimos 20 años, Reportes de prensa potencia de aproximadamente 18 m y se
(Diario El Comercio, 1 de abril de 2008), configura bajo la explanada que se ubica al
recoge datos del INAMHI que señalan que sur del hundimiento. La recarga
el 31 de marzo de 2008 se produjo una posiblemente se produce en la quebrada de
lluvia violenta equivalente a 21 l/m2. Luluncoto, unos 200m al suroccidente del
hundimiento, la dirección del flujo es
4.4 Características Hidrogeológicas suroeste-noreste, con dirección hacia el río
Machángara (ver figura N. 4.3 “Modelo
Luego de producido el hundimiento, en el Conceptual”)
talud sur y suroccidental, aparecen
afloramientos de agua subterránea Del bombeo que se realiza en los pozos, los
(vertientes), a una profundidad de 20 m mismos que funcionan
medidos desde la cresta del talud (ver figura ininterrumpidamente, más los aforos de los
N. 4.2), que aportaban un caudal total de ojos de agua permanentes del talud sur del
aproximado de 6 l/s., caudales que como se hundimiento, se obtiene un caudal
verá más adelante fueron disminuidos en un aproximado de 10 l/s que se extrae del
50% con la perforación de pozos de acuífero (ver cuadro No. 3, en el numeral
bombeo estratégicamente ubicados. 8.3):
La aparición de estas vertientes, evidencia Los pozos, desde el mes de mayo,

la presencia de un nivel acuífero, hacia la mantienen un nivel estático entre 24 a 28 m
parte sur del hundimiento. de profundidad. El comportamiento del
acuífero durante éste tiempo, nos permite
establecer la existencia de una recarga
superior a los 10 l/s, que es el caudal que
actualmente se descarga del acuífero a
través de pozos y vertientes.
229
FIGURA N.- 4.3 MODELO (FUENTE EMAAP-Q)

CONCEPTUAL DEL ACUÍFERO
15
18 FIGURA N. 5.2 VISTA DEL PORTAL DE

SALIDA DEL TUNEL Y RELLENO DEL
CAUCE PRINCIPAL DEL RÍO
(FUENTE EMAAP-Q)
15
5.- RESEÑA HISTÓRICA
En el sitio conocido actualmente como El

Trébol (sector El Censo), para el cruce del
río Machángara existía un puente colonial
construido de piedra (ver figura N. 5.1), el
mismo que debido al desarrollo de la ciudad RELLENO
Debido al crecimiento del tráfico vehicular
y el incremento del tráfico vehicular, perdió y la construcción de la autopista COMPACTADO
al valle de
funcionalidad y se tornaba urgente la los Chillos, hace 25 años, se construyó el
construcción de una estructura adecuada intercambiador denominado El Trébol. La
sobre el río Machángara, que permita construcción de ésta facilidad vial,
satisfacer las necesidades del tráfico que demandaba un espacio físico muy amplio y
desde el norte de Quito se dirigía hacia el la única alternativa consistía en construir un
sur de la ciudad y hacia el valle de Los embaulamiento del río Machángara desde el
Chillos y viceversa. portal de entrada del túnel construido hace
25 años, hasta unos 150 m aguas arriba, con
Con estas perspectivas, hace 4 décadas, se la misma sección del túnel (26 m2), (ver en
construye un túnel de 60 m de longitud de 5 la figuras N. 5.3, 5.4)
m de ancho x 5 m de alto, por donde se
desvía al río y se procede con el relleno de
su cauce natural (como se puede apreciar en
las figuras N. 5.2). Concluido el túnel y el
relleno, se construye la vía de prolongación
de la Av. Oriental.
FIGURA N. 5.1 PUENTE DE PIEDRA

SOBRE EL RÍO MACHÁNGARA
230
FIGURA N. 5.3 EMBAULAMIENTO ilustran en la figura N. 5.6

DEL RÍO MACHÁNGARA
(FUENTE EMAAP-Q) FIGURA N. 5.6 DISEÑOS DEL
INTERCAMBIADOR EL TREBOL
CAUCE (FUENTE EMAAP-Q)
NATUR
AL DEL
PORTA
6.- HIPÓTESIS SOBRE LAS

FIGURA N. 5.4 DISEÑO ESTRUCTURAL CAUSAS DEL HUNDIMIENTO
DEL EMBAULAMIENTO
(FUENTE EMAAP-Q) Luego de producido el hundimiento el 31
de marzo de 2008, se vierten las primeras
hipótesis sobre las causas que podarían
haber provocado este fenómeno y posterior
a esto se desarrollan varias hipótesis que
veremos a continuación:
6.1. Caudal extremo.
La primera hipótesis que se surge, la

plantea un consultor particular (CALLE,
Florencio, Informe Técnico Hundimiento
en el Colector de Tránsito “El Trébol”,
abril 14/ 2008).
“El probable detonante de éste problema,

sobre ésta estructura, se realiza un relleno fue el gran caudal y material flotante que
compactado con materiales limo arenosos, transporta el río, debido a una lluvia
como se puede ver en las figuras N. 5.5. violenta de 21 litros por metro cuadrado1 ,
que rompió la zona más débil de la bóveda,
FIGURA N. 5.5 PROCESO DE RELLENO ubicada a 145 m del portal de entrada, los
SOBRE EL EMBAULADO DEL RÍO vecinos del río Machángara, señalan que el
(FUENTE EMAAP-Q) agua alcanzó una altura de 2 metros de
carga sobre el punto más alto del portal de
entrada del túnel, lo que indica que el canal
estaba trabajando a presión.
El desprendimiento del recubrimiento de

hormigón de la bóveda del embaulamiento,
produjo el arrastre de material de relleno,
que en pocas horas formó una chimenea de
Una vez que se contó con el espacio físico aproximadamente 30 metros de diámetro
adecuado, realizaron la construcción del en la superficie, para luego seguir
intercambiador en base los diseños que se extendiéndose”.
231
etc.), es decir se convierte en un agua

6.2. Proceso erosivo y acción química menos agresiva. Entonces, el agua en estas
del agua condiciones químicas no causa una
afectación importante a los elementos que
Como se describe anteriormente, el río conforman el colector, más bien la
Machángara tiene un compartimiento afectación esta directamente relacionada a
variable en el tiempo, con disminución las grandes velocidades del agua y los
notable de caudales en épocas de estiaje sedimentos que arrastra el río (bloques de
llegando a un mínimo de 3 m3/s y roca de gran tamaño, chatarra, madera, etc),
aumentos bruscos en épocas húmedas, los cuales al chocar con las estructuras
alcanzando crecidas de hasta 170 m3/s. producen debilitamiento, fracturamiento y
erosión (ver figura N. 6.1).
Esta dualidad que presenta el río, a mi
criterio fue la causa principal para el En base al análisis realizado sobre el
deterioro de los elementos estructurales comportamiento del río en época seca y
(hierro y hormigón), con los que está húmeda, se puede plantearse la hipótesis
construido el embaulado, por los siguientes que el colapso del embaulamiento se
aspectos: produjo por una alteración sistemática de
los elementos estructurales, por la acción
6.2.1. afectación del río a las estructuras química del agua y procesos erosivos
en época de estiaje producidos a las estructuras por el arrastre
de sedimentos de gran tamaño. Esta
Si consideramos que el Río Machángara, es hipótesis considero que tiene muchos
el principal receptor de las descargas de elementos a su favor, como por ejemplo, el
aguas servidas y efluentes industriales de la hecho de que en el tramo colapsado del
ciudad de Quito y que el consumo de agua colector en la margen izquierda, no se
en la ciudad es del orden de los 7 m3/s y un encuentra vestigios de la solera y esto
40% de este caudal (2,8 m3/s), corresponde tendría mayor peso, si tomamos en cuenta
al consumo de la parte sur de Quito, que el embaulamiento en ese sitio realiza un
entonces estamos hablando que en épocas pequeño quiebre y la fuerza del agua
secas, prácticamente el caudal que circula chocaba directamente en la unión del
por el río Machángara corresponde a las hastial derecho con la solera, provocando su
aguas servidas y efluentes industriales que debilitamiento y fallamiento.
se producen en el sur,
FIGURA N. 6.1 VISTA DEL INTERIOR
Vemos claramente que no es el agua DEL COLECTOR AGUAS ARRIBA DEL
común, es una agua con altas SITIO COLAPSADO
concentraciones de ácidos, que al ponerse (FUENTE EMAAP-Q)
en contacto permanente con el hormigón y
hierro, pueden causar una alteración y
deterioro sistemático de los elementos y el
debilitamiento de las estructuras en su
conjunto.
6.2.2. Afectación de las crecientes del río

a las estructuras
Al Contrario de lo que sucede en épocas

secas, el río en invierno tiene caudales
altos, como se vio anteriormente llegan
hasta 170 l/s, es decir existe una capacidad
suficiente para receptar las aguas servidas y
provocar una dilución de los elementos,
cambiando notablemente la química del
agua (disminuye la conductividad, el PH, El agua provocó la erosión de la solera,
232
dejó sin sustento al hastial derecho e inició

un proceso de arrastre de los sedimentos del
relleno que cubría el embaulamiento,
produciéndose el fenómeno denominado
como tubificación, proceso que se aceleró
debido a la presencia de flujos subterráneos RELLENO
18 m.
de agua, tal como se ilustra en las figuras COMPACTADO
No. 6.2, 6.3 Y 6.4 . Como efecto de este
fenómeno, se conforma una caverna, el
terreno pierde sustentabilidad y se produce
el colapso del relleno, dando lugar a la
40 m.
NIVELFLUJOS DE
conformación del cráter. Como se ACUÍFERO
AGUA
EROSIÓN
manifestó anteriormente en un inicio el
15m.
DE LA
cráter tenia un diámetro aproximado de PROCESO DE SOLERA
TUBIFICACIÓN Y
30m y 40 m de profundidad, el mismo que MIGRACIÓN DE
debido a los constantes deslizamientos MATERIALES
producidos por acción de la fuerte lluvia y
la presencia de agua subterránea, alcanzó
SUELO
un diámetro de 120 m y 40 m de NATURAL
profundidad, ver figura 6.4. (CANGAHUA)
FIGURA 6.2 VISTA ESQUEMATICA DEL

EMBAULADO DEL RÍO,
CARACTERÍSTICAS DEL TERRENO NATURAL Y
RELLENO
FIGURA 6. 4 CONFORMACIÓN DEL CRATER

LUEGO DEL COLAPSO Y ARRASTRE DE
MATERIALES POR ACCIÓN DEL RÍO.
RELLEN
COMPACTADO 120 m
18 m.
18 m.
FLUJOS DE
AGUA
40 m.
NIVEL
ACUÍFERO NIVEL
15m.
15m.
ACUÍFE
EMBAULADO SUELO
DEL RÍO NATURAL
233
No debe descartarse la hipótesis, que la Esto sucedió en un populoso barrio de

modificación del curso del río con el Ciudad de Guatemala, capital de
embaulamiento haya sido un factor que Guatemala. Realmente impresionante Dos
influyó en el colapso, debido a que el río personas murieron y un millar más fue
buscaba su cauce natural, vale el viejo evacuado de un populoso barrio capitalino,
adagio “tarde o temprano el río vuelve a su luego de que un hundimiento del terreno
cauce” provocó una gigantesca grieta que se tragó
cerca de una decena de casas. El
6.3. Acción del agua subterránea. hundimiento ocurrió el jueves por la noche
en un barrio popular del norte de la capital
Una hipótesis que también debe analizarse, guatemalteca. El agujero tiene un diámetro
es la acción que produce el agua de 35 metros y la profundidad es aún mayor
subterránea y que estaría directamente aunque no han podido medirla todavía,
relacionada con el proceso constructivo. informó el jefe de la Coordinadora
Nacional para la Reducción de Desastres
Para la construcción del embaulamiento y (Conred), Hugo Hernández.
posterior relleno del mismo, los diseños de
ésta obra no contemplaron un sistema de “De acuerdo con el subgerente de la
drenaje para el agua subterránea que aflora Empresa Municipal de Agua, Hugo
en el talud sur, para evitar la saturación del Vásquez, el boquete fue causa de la
material de relleno y controlar la presión filtración de agua de un tubo que sirve de
de poros, que como es conocido, alcanza desagüe para toda el agua de lluvia y
valores muy altos. Existen muchos aguas negras del norte de la capital. ''Se
ejemplos en donde se observa la capacidad había taponado pero ya quedó liberado y
de éste fenómeno físico para fracturar no será necesario dinamitar'', dijo en una
muros de alta resistencia en obras improvisada rueda de prensa en el lugar
hidráulicas como: presas, túneles, del desastre el director de desarrollo social
reservorios, viaductos, etc. de la municipalidad, Álvaro Hugo Rodas.”
7.- SIMILITUD CON OTROS 8.- ACTIVIDADES EJECUTADAS

HUNDIMIENTOS
PRODUCIDOS EN EL La principal acción que se ejecutó fue la de
PLANETA. realizar un acceso hasta el sitio de ruptura
del embaulado (ver figura N. 8.1), para
Investigando en el Internet, existen pocos efectuar una inspección visual del sitio,
casos de hundimientos que se asemejen al planificar un cruce en bote por el interior
producido en el Trébol, el caso más del túnel y realizar observaciones del estado
parecido es el ocurrido en Guatemala el 24 de la estructura.
de febrero de 2007, ver siguiente nota de
prensa:
FIGURA 8.1 CONSTRUCCIÓN DE
ACCESO AL SITIO DE COLECTOR
Febrero 24, 2007 Diario El Heraldo, COLAPSADO
Guatemala
Hundimiento En Guatemala
234
hundimiento, se centra en establecer las

8.1 Inspección del interior del condiciones físico mecánicas de la parte
embaulado restante del relleno que no sufrió afectación
por el colapso del embaulamiento y utilizar
El 9 de abril de 2008, un equipo especial ésta área para la circulación de vehículos.
del cuerpo de bomberos de Quito,
utilizando un bote de goma, realizan el Con éste cometido se ejecutaron tres
cruce desde la entrada del colector, hasta el perforaciones en seco, con SPT (ensayos de
sitio colapsado, aproximadamente 150 m. penetración estandar), cada metro,
obtienen varias fotografías y videos del determinándose el número de golpes de
estado de los hastíales y solera, ver figuras acuerdo a la norma ASTM D 1586 – 99, las
N. 6.1, 8.2 y 8.3, en donde se aprecian muestras obtenidas fueron descritas de
fisuras y filtraciones que deben ser manera visual en el
analizadas detenidamente, para ver el
riesgo que representan estas alteraciones, en CUADRO NO.- 2 RESUMEN DE
el funcionamiento estructural del PERFORACIONES
embaulado.
P
FIGURA 8.2 Y 8.3 CONDICIONES DE LA E
R
ESTRUCTURA F
O
R UBIC
LITOLO COMENTAR
A ACIÓ PROFm) (N/SPT)
GÍA IOS
C N
I
Ó
N
N
.-
Al Limo
norte arenoso
No existe
del eje color café
nivel freático,
del amarillent
la
1 colecto 20.50 12-23 o
compactación
r a 20
aumenta con
m de
la profundidad
distanc
ia
A4m
de No existe
Limo
distanc nivel freático,
arenoso
ia al la
2 21.50 11-28 color café
sur del compactación
amarillent
eje del aumenta con
o
colecto la profundidad
r
No existe
nivel freático,
la
42 m al
compactación
sur del
aumenta hasta
eje del Limo
los 20 m,
colecto arenoso
luego aparece
3 r ya 23.70 12-18 color café
un nivel
100 m amarillent
húmedo,
del o
suelto con
hundi
materia
miento
orgánica y
valores N de 5
a8
8.2 Estudio de suelos.
La inquietud principal que surge

inmediatamente después de producido el
235
De los resultados de las investigaciones, se de 6 a 3 l/s., ver cuadro

puede colegir que el relleno se presenta La reducción del caudal de agua en los
estable, sin embargo es necesario afloramientos de los taludes, disminuyó el
profundizar las investigaciones en el sector riesgo de deslizamientos y permitió
del pozo 3 en donde las condiciones a partir continuar los trabajos para la construcción
de los 18 m se notan desfavorables (valores del acceso hasta el sitio del colector
N bajos, presencia de humedad y contenido colapsado, realizar perforaciones
de materia orgánica), fenómenos que horizontales de 12 m para colocación de 29
pueden influir directamente en la drenes y descargar el agua subterránea
funcionalidad y resistencia del relleno. directamente al río Machángara, como se
ilustra en las figuras siguientes N. 8.6 y 8,7
8.3. Control de afloramientos de agua .
en los taludes sur y suroccidental
Una de las tareas a la que se dio mayor

importancia, corresponde al control de los FIGURA N. 8.4 PROCESO DE EROSIÓN
afloramientos de agua subterránea en los Y DESLIZAMIENTO DEL TALUD SUR,
POR ACCIÓN DEL AGUA
taludes sur y sur occidental del
SUBTERRÁNEA
hundimiento, cuyo caudal era del orden de
los 6 l/s, el mismo que provocaba una
TALUD
continua erosión, arrastre de materiales y
el consecuente desprendimiento de los
INICIAL 1 PROCESO
taludes, este fenómeno impedía la ejecución 2
de los trabajos para acceder hasta la zona
colapsada y realizar una evolución del
estado del colector, ya que ponía en riesgo AFLORA
inminente, al personal, equipos y MIENTOS
maquinaria (ver figuras N.- 8.4, donde se DE AGUA
aprecia el proceso de erosión por acción del

agua subterránea (fotos 1, 2 y 3), hasta que
se produce un gran deslizamiento (foto 4) DESLIZAM
CONFOR IENTO
que cubrió una retroexcavadora y produjo MACIÓN
un taponamiento del río, que duró 4
aproximadamente 45 minutos (foto 5) y
3 4
luego se produce el destape violento del río
(fotos 6).
La inestabilidad de los taludes sur y

suroccidental debido al efecto del agua
subterránea, era un aspecto que debía RETROEX CAUCE
controlarse de inmediato para no poner en CAVADOR DEL RÍO
EL RÍO SE
DESTAPA
riesgo la vida de los trabajadores, se A TAPONA
VIOLENT
CUBIERTA
imposibilitaba el acceso hasta el sitio de los
5 6
afloramientos para realizar perforaciones
horizontales y colocar un sistema de
drenaje, entonces la alternativa era la
perforación de 3 pozos perimetrales en la
zona de acumulación del acuífero (ver
figura No. 4.3 “Modelo Conceptual del
Acuífero”
La perforación de los pozos y el bombeo

continuo de los mismos con un caudal total
de 7 l/s, permitió la disminución notable del
caudal en los afloramientos de los taludes,
236
precipitaciones en Quito eran muy fuertes,

CUADRO N. 3 CARACTERISTICAS DE aspecto que coadyuvaba para que se
POZOS Y VERTIENTES produzcan más deslizamientos en los
taludes del cráter, por lo tanto, era necesario
PROFU
PR
DIÁ PROF.
PROF. NDIDA CA
canalizar adecuadamente las aguas lluvias y
MET NIVEL evitar que éstas escurran por los taludes,
DESCRI O NIVEL D DE UD
RO PIEZO
PCIÓN F.
(pulg MÉTRI
ESTÁTI LA AL para esto, fue necesario la construcción de
m CO (m) BOMBA l/s.
adas) CO (m)
(m) zanjas perimetrales revestidas, tanques
receptores y desde aquí el agua por medio
POZO 1 32 8 12 20 25 1.2
de tuberías, se descargaba directamente al
río (ver figura 8.8).
POZO 2 37 8 15 22 24 2.0
FIGURA N. 8.8 CONSTRUCCIÓN DE
ZANJAS PERIMETRALES
POZO 3 38 8 15 23 27 4.0
VERTIE
20 - - - 3.0
NTES
TOTAL 10.2
FIGURA N. 8.6 PERFORACIÓN PARA

DRENES
8.5 Estabilización de taludes
Precautelar la seguridad del personal es el

principio fundamental, bajo esta premisa,
no se podía correr ningún riesgo y había
que dar todas las garantías, para esto y
obviamente para evitar que se produzcan
FIGURA N. 8.7 COLOCACIÓN DE más deslizamientos, se planificó como
DRENES principal acción, un trabajo de
alivianamiento y tendido de taludes (ver
figura N. 8.9).
FIGURA N. 8.9 ALIVIANAMIENTO Y

TENDIDO DE TALUDES
8.4 Control de escurrimientos

superficial
Terminado el tendido de taludes, se realizo
Luego de producido el hundimiento, las la protección y fortalecimiento de éstos,
237
mediante mallas, hormigón lanzado de 210 colector, en el tramo desde la entrada hasta
Kg/cm2 y 5 cm de espesor y la colocación el sitio de la ruptura, este trabajo permitió
de pernos de anclaje de 3 m de largo x 14 tener una visión bastante buena del estado
mm de diámetro (ver figura 8.10). de estos dos componentes del embaulado,
quedando la incertidumbre sobre el estado
FIGURA N. 8.10 PROTECCIÓN Y de la solera, por lo que los técnicos de la
FORTALECIMIENTO DE TALUDES CON EMAAP-Q consideraron necesario conocer
HORMIGÓN LANZADO cual era la situación de este estructura, para
lo que se definió la construcción de un
baipás de 12 m2 de sección x 81,.21 m. de
largo, cuyo portal de acceso está ubicado 45
m aguas arriba del colapso y el portal de
salida 30 m aguas abajo, como se ilustra en
la figura N. 8.12.
FIGURA N.- 8.12 BAIPAS

(FUENTE EL COMERCIO 2 DE AGOSTO DE
2008)
El proceso de hormigonado se lo realizó en

todo los taludes del hundimiento, que en
total suman un área de 4200 m2. (Ver
figura 8.11)
FIGURA 8.11 VISTA DE TALUDES

LUEGO DE CONCLUIDO EL
HORMIGONADO
Los trabajos correspondientes a ésta obra se

concluyeron el día martes 29 de julio de
2008 y el día miércoles 30, se desvió el río
y se realizó una inspección del estado del
colector en los tramos aguas arriba, hasta el
sitio de entrada del baipás y aguas abajo
hasta el sitio de salida del mismo, esta
inspección permitió verificar con mayor
claridad, el estado del embaulamiento en
estos tramos y profundizar los resultados
de la primera observación realizada por el
equipo especial del cuerpo de bomberos,
que fue descrita en el numeral 8.1.
8.6. Desvío del río Machángara
Los reportes técnicos, hacen hincapié en el
Como se detalló anteriormente, una vez pésimo estado de la solera en el tramo
que se pudo acceder hasta el sitio del inspeccionado y la presencia de procesos de
colector colapsado, con la ayuda del cuerpo socavación lateral, resaltan además un
de bomberos se logró realizar una hecho muy importante, que llamo la
inspección de los hastíales y bóveda del atención, es el observar que la solera del
238
colector había sido construida con FIGURA 8.13 VISTA DE LA SOLERA

hormigón ciclópeo (sin refuerzos de acero), DESTRUIDA
ver figura N. 8.12, es decir no tenia un
comportamiento estructural y la resistencia
suficiente para soportar los embates
erosivos de las fuertes crecidas y el
arrastres de sedimentos río.
FIGURA N.- 8.12 VISTA DE UN A

MUESTRA DE LA SOLERA,
CONSTRUIDA CON HORMIGÓN
CICLOPEO
9. ALTERNATIVAS DE SOLUCION
A LA CONDUCCIÓN DEL RÍO
Las autoridades del Municipio de Quito,

plantean dos soluciones al problema del
hundimiento y colapso del colector que
son:
En otro lugar, unos 5 m aguas arriba del 1 Una solución emergente que
sitio del colapso, se puede ver que el consiste en la reconstrucción del
embaulado, forma un resalto de casi 1.5 m colector colapsado y el relleno del
de altura, aspecto que también habría tenido orificio formado por el
una fuerte influencia en la destrucción de la hundimiento,
solera, debido la caída y el impacto que 2 y una solución definitiva, para 150
producen los sedimentos gruesos sobre ésta. años, corresponde a la construcción
de un túnel de aproximadamente
Respecto a los hastíales y bóveda existen 420 m de largo, para desvió del río
fisuras y filtraciones que no revierten Machángara.
mayor peligro y que ameritan un 3 Por otro lado, mi propuesta como
tratamiento correctivo. aporte a la solución de este
problema, se manifiesta en el
En lo que se refiere al tramo colapsado, la sentido de recuperar para el río su
solerá prácticamente desapareció, se detectó cauce natural, eliminando
boquetes en el cauce, de hasta tres metros embaulamientos, desvíos o rellenos
de profundidad, ver figura 8.13 y cualquier solución vial debería
Estás anomalías encontradas, refuerzan la basarse en la construcción de
hipótesis del efecto erosivo y acción sistemas de puentes , túneles o
química de las aguas del río Machángara, viaductos.
como la principal causa para el colapso del
embaulamiento y el posterior hundimiento 9.1 Reconstrucción del colector
del relleno, a la que se debe añadir las colapsado y relleno del cráter
evidentes fallas constructivas.
Una vez que se logró desviar el río y
observar in situ las condiciones de las
estructuras del colector en la parte no
afectado y las del tramo que sufrió el
colapso, se iniciaron los trabajos de
239
reparación y reconstrucción de las

estructuras bajo la siguiente prioridad: FIGURA N. 9.2 RECONSTRUCCIÒN DEL
TRAMO COLAPZADO DEL COLECTOR
1.- Reforzamiento de las estructuras en
los tramos aguas arriba, hasta la
entrada del baipás y aguas abajo
hasta la salida del mismo.
2.- Reconstrucción del tramo
colapsado
3.- Relleno del cráter formado por el
hundimiento
Las actividades correspondientes al punto

uno, comprende el reforzamiento de la
solera, reparación de los fisuras, control de
filtraciones e inyecciones de contacto, ver
figura N.9.1.
FIGURA N. 9.1 RECONSTRUCCIÒN

DE SOLERA
Para controlar los afloramientos de agua

subterránea y no afectar a las estructuras
reconstruidas, los drenajes del talud sur y
suroccidente, son conducidos por ductos
que trasladan el agua hasta una cámara
filtrante construida con grava seleccionada,
la misma que desagua directamente al río,
luego se procedió con el relleno
compactado del orifico que dejó el
hundimiento ver figura N. 9.3.
FIGURA N. 9.3 PROCESO DE

RELLENO DEL CRATER
Para la reconstrucción del tramo colapsado,

la solución planteada por los técnicos de la
EMAAP-Q, consiste en la conformación de
una nueva solera, con condiciones
estructurales que soporten la acción erosiva
del río y un encajonado que inicia con el
hincado de pilotes de 8” de diámetro, en las
dos márgenes del río, los mismos que
sirven de soporte para la conformación de
la estructura metálica, como se aprecia en la
figura No.- 9.2. La estructura, es la parte
de soporte de las laminas de acero que
servirán de base para las losas y muros que
conformarán el nuevo embaulamiento del
río en un tramo de 20 m, corresponde a la
parte destruida del antiguo embaulado .
240
Para el relleno se está utilizando el material río

producto del descapote y peinado de taludes
que fue acopiado en sitios aledaños al trébol Conocemos que los ríos, sean estos de
(aproximadamente 40.000 m3), el material montaña o de llanura, tienen un
restante para reponer la parte que fue comportamiento impredecible y una
arrastrada por el río, será extraído de zonas tendencia a cambiar su cauce de manera
de préstamo cercanas, en un volumen intempestiva y en función de las
aproximado de 80.000 m3. condiciones morfológicas de la zona y la
intensidad de las precipitaciones.
Para esta explotación, es necesario, que se
establezca claramente los sitios de Los aspectos anotados, nos llevan
préstamo, y realizar el plan de explotación, reflexionar sobre cualquier obra que se
dentro del cual se debe incluir el Estudio quiera realizar sobre ríos o quebradas.
del Impacto Ambiental y la Gestión del Antes de planificar cualquier infraestructura
Riesgo, en donde se identifiquen se debe realizar un estudio hidrológico,
claramente las acciones de prevención y hidrodinámico con datos confiables, del rió
mitigación de manera prioritaria. y la cuenca de aporte, estableciendo bases
históricas del comportamiento de estos
Los trabajos de reconstrucción del tramo de sistemas, que permitan hacer un modelo lo
colector colapsado y el relleno del boquete más cercano a la realidad del
ascenderían a la suma de 2 millones de comportamiento del río en el tiempo y el
dólares (Fuente EMAAP-Q) espacio, sobre ésta base realizar los diseños
hidráulicos de embaulamiento, desvió o
9.2 Construcción de un túnel de conducción.
desvió
Una vez que se cuente con toda la
Como alternativa definitiva, las autoridades información hidrológica y los diseños
del Municipio y el señor alcalde, plantean hidráulicos, se debe realizar estudios
la construcción de un túnel de desvió del río amplios y precisos, sobre las condiciones
de 400 m de longitud y con capacidad para geológicas, geotécnicas, estructurales e
conducir un caudal de 300 m/s ( sección hidrogeológicas locales e incluso
144 m2), superando en un 150% al actual, regionales, para establecer las condiciones
que tiene una capacidad de conducción de de cimentación de las estructuras, rellenos y
119 m3/s, cuyo costo aproximado sería del área de influencia del proyecto.
orden de los 7 millones (Fuente EMAAP-
Q). Según los técnicos, esta obra tendrá una Estos son parámetros básicos que deben
vida útil de 150 años, ver figura N. 9.4 cumplirse para realizar obras de
(VER ANEXO N. 2) intervención en cauces de quebradas o ríos.
Los organismos seccionales, gremios
FIGURA N. 9.4 TRAZADO DEL profesionales, etc., son los entes llamados a
PROYECTO DE TÚNEL velar por el cumplimiento de los estudios y
validar los mismos.
TÚNEL Si un proyecto de esta naturaleza no cuenta

con todos los estudios revisados y avalados,
ENTRADA SALIDA simplemente no debe ejecutarse, en este
caso siempre será mejor dejar que el río
siga su cauce.
“Cualquier proyecto o acción que se

ejecute, debe estar en armonía con el
comportamiento natural del planeta,
pasaron cientos, miles y millones de años
para lograr un equilibrio, procuremos no
9.3 Recuperar el cauce natural del modificarlo”.(Nelson Arias)
241
colector.
En el caso del rió Machángara, a pesar de • No se estableció un sistema de
ser un sistema hídrico muy estudiado, no se drenajes del agua subterránea del
cuenta con un histograma de su talud sur, para evitar la supresión
comportamiento, razón suficiente para de poros y el efecto de la presión
abstenerse de realizar cualquier sobre las estructuras.
intervención o relleno, por lo que desde mi • El sitio donde falla el colector es
punto vista, tanto por seguridad de los justo en el empate del tramo de
usuarios, garantía de las obras y costos, túnel y el embaulamiento realizado
recomiendo, que se rehabilite el cauce para construir el relleno que
original del río y se deje libre curso de las albergaría al intercambiador de El
aguas. Trébol, esto evidencia que para el
empate entre éstas dos estructuras
no se tomaron las debidas
10. CONCLUSIONES Y seguridades en las juntas de
RECOMENDACIONES construcción
• El desvió del río mediante el
10.1. Conclusiones. baipas, permitió acceder al sitio del
• Es común que en ciertos sectores embaulamiento colapsado y
debido a la morfología del terreno, corroborar la hipótesis, que el
se realicen rellenos de quebradas o fallamiento de la estructura se
ríos para crear espacios físicos que debió a la acción directamente
permitan el desarrollo de parques, relacionada a las grandes crecidas,
áreas de recreación, terminales velocidades altas del agua y
terrestres, intercambiadores, arrastre de sedimentos con
estaciones de transferencia, sin tamaños superiores a 1 m. (bloques
embargo si estas no cuentan con de roca de gran tamaño, chatarra,
estudios completos y validados, que madera, etc), los cuales al chocar
abarque aspectos hidrológicos, con las estructuras producen
hidrodinámicos, hidrogeológicos, debilitamiento, fracturamiento y
geológicos, geotécnicos y este erosión, principalmente en la
inmersa la Gestión del Riesgo, son solera.
obras vulnerables, que en cualquier • Quito por su ubicación geográfica,
instante podrían generar desastres. para su desarrollo y expansión ha
• De los aspectos que se han podido realizado rellenos de unas 56
observar hasta el momento en el quebradas, rellenos que tienen
caso del hundimiento de El Trébol, varios años y no han tenido un
se puede evidenciar que el tanto el monitoreo adecuado.
túnel construido en la primera fase, • Un aspecto importante que resaltar
el embaulado y relleno posterior, en este caso, es la ausencia de
no contaban con estudios victimas, esto se debe a dos
adecuados. aspectos, uno que el percance se
• Se evidencia una falta de control y suscito en horas del día y la
seguimiento constructivo de la oportuna reacción de las
obra. Existieron fallas de tipo autoridades Municipales.
técnico, en los diseños, • Es importante destacar también las
especialmente de la solera, al no acciones técnicas y trabajos
prever la construcción de una ejecutados por la EMAAP-Q,
estructura con hormigón armado, mismos que permitieron controlar
que resista la acción agreste del rió. la emergencia y precautelar la
• El haber dejado un resalto de casi seguridad ciudadana.
1.5 m de altura en la conducción, es • El caso de El trébol, ha sido un reto
una falla en el diseño hidráulico del para los técnicos ecuatorianos, en
embaulamiento, que influyó donde se ha demostrado que existe
notablemente en el colapso del
242
la capacidad suficiente para atender

éste tipo de emergencias y
encontrar soluciones oportunas y
seguras.
• Dentro del trabajo, por parte del
Departamento de seguridad de la
EMAAP-Q, se tomaron todas las
precauciones, para salvaguardar la
integridad de los trabajadores, lo
que se evidencia en la ausencia de
victimas, a pesar de la complejidad
de los trabajos.
10.2. Recomendaciones
• La principal recomendación es la
de no intervenir o realizar acciones
que alteren el equilibrio natural de
los sistemas hídricos, mucho más
cuando no se cuente con estudios
completos y esté inmersa en estos
la Gestión del Riesgo.
• Desde mi punto de vista, considero
que en el caso de El Trébol, es
mejor rehabilitar el cauce natural
del río y realizar un sistema de
puentes y túneles para la solución
del tráfico.
• Es necesario que se realice un
inventario de los rellenos
realizados en quebradas y ríos de
la ciudad, emprender una campaña
de monitoreo, para determinar el
estado de las estructuras.
• Realizar una Gestión del Riesgo,
para todos y cada uno de los
rellenos realizados sobre
quebradas o ríos.
Para la solución tráfico, se realice reformas

viales, sistema de puentes, túneles, etc,
cuyos diseños deben cumplir con las
exigencias de las normas y estar acordes a
las condiciones de la zona y en base a los
estudios técnicos de tráfico.
243
UTILIZAÇÃO DE EXTENSÔMETROS E TELEVISIONAMENTO DE FUROS

PARA ESTUDO DE ESTABILIDADE DO HANGING WALL - REALCE 10.2
FONTE GRANDE SUL, MINA CUIABÁ – SABARÁ/MG
REUBER COTA
Geólogo-geotécnico, Anglogold Ashanti Córrego do Sítio Mineração – mina Cuiabá, chefe de mecânica
das rochas, rfcota@anglogoldashanti.com.br
Dr. RODRIGO FIGUEIREDO

Universidade Federal de Ouro Preto, Escola de Engenharia, professor adjunto,
rpfigueiredo@yahoo.com.br
RESUMEN: En los últimos años problemas de estabilización del hangingwall ocurrieron en algunas
excavaciones de producción en la mina Cuiabá, Sabará-MG. Con el objetivo de estudiar y prever los
problemas de estabilidad del hangingwall fue instalado un plan de instrumentación compuesto por
televisamiento de sondeos y extensómetros. En este trabajo es presentado un ejemplo de identificación
con el monitoreo de una área con indicios de instabilidad en el hangingwall. El conocimiento en tiempo
hábil de quiebras, cizalles y movimientos que indicaron el principio de instabilidad, permitió que medidas
hubiesen hechas para la recuperación de la área. Un acompañamiento confirmó la estabilización del sitio
después de las medidas ejecutadas. En la tentativa de validar un método simples de evaluación de
estabilidad fue realizado un estudio de estabilidad utilizando la analogía de voussoir.
Palabras clave: mecánica de rocas, televisamiento de sondeos, extensómetros, voussoir beam.
RESUMO: Nos últimos anos problemas de instabilização do hanging wall (capa) ocorreram em algumas
escavações de produção na mina Cuiabá, Sabará-MG. Com o intuito de estudar e antever os problemas de
instabilização do hanging wall, foi implementado um sistema de monitoramento constituído por
televisionamento de furos e extensômetros. Neste trabalho é apresentado um exemplo de identificação,
pelo monitoramento, de uma área com indícios de instabilidade no hanging wall. A percepção em tempo
hábil de quebras, cisalhamentos e deslocamentos, que indicaram o início de instabilização, permitiu que
medidas fossem realizadas para a recuperação da área. Um acompanhamento confirmou a estabilização
do local após as medidas executadas. Na tentativa de validar um método simples de avaliação de
estabilidade, foi realizado estudo de estabilidade utilizando a analogia de voussoir.
Palavras-chave: Mecânica das Rochas; televisionamento de furos; extensômetros; voussoir beam.
244
1. INTRODUÇÃO
A mina Cuiabá, de propriedade da A mina Cuiabá está localizada na cidade de

Anglogold Ashanti Córrego do Sítio Sabará-MG (Figura 1), distante cerca de 35
Mineração, atualmente com escavações a Km de Belo Horizonte. Os acessos
mais de 1000m abaixo da superfície, é uma principais a partir de Belo Horizonte são
das mais importantes minas subterrâneas do por meio da BR-381 – Caeté – MG-262
Brasil. Após o aumento de produção, mais (sentido Sabará-MG), ou pela avenida José
acentuado no ano de 2007, problemas de Cândido da Silveira – Sabará – MG-262
instabilidade, principalmente relacionados (sentido Caeté-MG).
ao hanging wall2(HW), começaram a surgir
nas escavações de lavra. Com o intuito de
estudar e antever os problemas de
instabilidade do hanging wall, foi
implementado o monitoramento constante
com televisionamento de furos e
extensômetros tipo MPBX (Multi Point
Borehole Extensometer) e SMART (Stretch
Measurement to Assess Reinforcement
Tension) cabos.
O estudo realizado, aqui apresentado, é

referente a um estudo de caso, realizado na
escavação de produção do corpo de minério
Fonte Grande Sul, nível 10.2, localizado
entre 692m e 667m abaixo da superfície,
que demonstra como a utilização conjunta
dos dados coletados pelos extensômetros e
pelo televisionamento de furos, pode ser
uma ferramenta poderosa para reconhecer,
em tempo hábil, os indícios de instabilidade
do hanging wall, propiciando que medidas
mitigadoras possam ser executadas para a
estabilização da área novamente.
Após o tratamento dos dados,

principalmente relacionados ao
televisionamento de furos, foi possível
reconhecer as espessuras das vigas
formadas pelas quebras e cisalhamentos
identificados nos furos em rocha xistosa
que constitui o hanging wall. Assim, em
conjunto com a identificação de outros
parâmetros, foi realizado um estudo sobre a
aplicabilidade da analogia de voussoir para

o estudo de estabilidade do hanging wall
para a área de estudo.
2.2 Localização
2
O termo em inglês hanging wall, capa, será
utilizado neste artigo devido à sua ampla
divulgação na mineração no Brasil.
245
Figura 1. Mapa de localização da mina Cuiabá.
2.2 Objetivos A metodologia realizada para o

desenvolvimento deste trabalho pode
Os objetivos do desenvolvimento deste
ser resumida em:
trabalho podem ser listados a seguir:
• Estudar a evolução da piora nas • Revisão bibliográfica,
condições de estabilidade do hanging abordando temas relacionados com
wall ao longo da evolução das extensômetros tipo MPBX e SMART
atividades minerárias; cabos, televisionamento de furos e
• Avaliar a eficácia dos anologia de voussoir para estudo de
monitoramentos utilizados, estabilidade em escavações
extensômetros e televisionamento de subterrâneas;
furos, como instrumentos de
identificação, em tempo adequado, de • Aquisição das imagens pelo
indícios de instabilidade do televisionamento de furos, além da
instalação dos extensômetros e coleta
hanging wall; dos dados dos mesmos;
• Avaliar a efetividade das
metidas
• Realização de caracterização
mitigadoras para a estabilização de área geológica-geotécnica da área de estudo.
com apresentação de indícios de Classificação do maciço rochoso do
instabilidade; hanging wall pelo sistema Q - Rock
• Estudar a aplicabilidade da Tunnelling Quality Index (Barton et al.,
analogia de voussoir, como mecanismo 1974) [1] e RMR89 - Rock Mass Rating
de estudo de estabilidade, para área com (Bieniawski, 1989) [2];
apresentação de indícios de
instabilidade. • Classificação das quebras e
cisalhamentos, utilizando escala visual,
e descrição litológica, quando possível,
2.3 Metodologia por meio das gravações realizadas pelo
246
televisionamento de furos;
• Avaliação da aplicabilidade da
analogia de voussoir como ferramenta
• Localização de todos os de estudo de estabilidade do hanging
extensômetros e furos para wall na mina Cuiabá.
televisionamento ao longo do painel;
• Análise de todos os gráficos 2. CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL

gerados pelos dados de leitura dos DE ESTUDO
extensômetros com identificação das Para uma melhor compreensão de todos
detonações ocorridas na área; os mecanismos envolvidos neste estudo,
uma caracterização do local é
apresentada, englobando localização,
• Análise de resultados originados caracterização geométrica do painel de
de extensômetros aterrados, ao longo da lavra, além das características
evolução da lavra, para a determinação geológico-geotécnicas.
da altura, abaixo do piso, de eliminação
de deslocamentos no interior do maciço 2.1 Localização
rochoso do hanging wall. Esta
informação possibilitará o O realce 10.2 Fonte Grande Sul (FGS)
conhecimento do vão efetivo a ser está localizado no nível 10.2 do corpo
considerado nos cálculos utilizando a de minério FGS. O piso do início do
analogia de voussoir; realce está na cota, em relação ao nível
do mar, 327m e o piso final na cota
• Determinação das espessuras das 352m, localizado, respectivamente, a
vigas formadas por quebras e cerca de 692m e 667m abaixo da
cisalhamentos identificados nos furos; superfície (Figura 2).
• Estudo da anologia de voussoir 2.2 Geometria da escavação de produção

por meio das espessuras obtidas pelo
televisionamento de furos; O realce 10.2 Fonte Grande Sul possui
altura vertical de painel de cerca de
35m, 460m de comprimento e com
• Avaliação do sistema de mergulho predominante das camadas, e
monitoramento, composto por de lavra, de 30º. O método de lavra
extensômetros e televisionamentos de aplicado é de corte e aterro, sendo o
furos, para identificação de aterro constituído por intercalações
instabilidade em tempo hábil; irregulares de estéril rochoso,
proveniente dos trabalhos do
desenvolvimento, e backfill,
• Avaliação da eficácia das proveniente do rejeito gerado do
medidas mitigadoras realizadas para a beneficiamento do minério.
estabilização do maciço rochoso,
particulamente no hanging wall, onde
foram identificados indícios de
instabilização;
247
Poço
Poços de
ventilação
10.2 FGS
Área a ser lavrada Área lavrada Projeto Executado Entrada N3

Elev. 781,5m
Figura 2. Seção vertical com localização do realce 10.2 Fonte Grande Sul.
2.3 Caracterização geológica-geotécnica Um mapa litológico simplificado e um

corte vertical podem ser visualizados na
O corpo mineralizado Fonte Grande Sul figura 3.
está localizado no flanco normal da
dobra tubular regional que delimita o Foram identificadas duas famílias
arcabouço geológico-estrutural da mina. principais de descontinuidades, no
realce em estudo. Uma família é
Nos corpos localizados no flanco definida pela xistosidade S1 e S2, que
normal, em geral, a geologia é são praticamente paralelas e formam a
constituída, da base para o topo, de estrutura mais importante da mina; a
meta-basaltos (Man) e meta-andesitos outra família é definida por
xistosos (Manx), compondo o foot wall; descontinuidades com mesma direção
formação ferrífera bandada com da xistosidade, mas com diferença de
sulfetos, definindo o minério (espessura sentido de mergulho de praticamente
entre 7 e 8m); uma camada de filito 180º. Um gráfico de projeção de polos
grafitoso (FG) e sericita xisto (X2), das atitudes das descontinuidades
ambos formando o hanging wall. identificadas no realce 10.2 FGS pode
ser visualizado na figura 4.
248
Figura 3. Mapa litológico do realce 10.2 FGS e seção vertical ao longo do bloco 7.
Família 1 – Xistosidade 142/32 (dip dir./dip)
Família 2 – Fratura 326/50

Aleatória – Fratura local 60/85
Figura 4. Gráfico de projeção estereográfica com densidade dos polos das atitudes de descontinuidades,
identificadas no realce 10.2 FGS, com definição das principais famílias.
Foi realizada a classificação

geomecânica do hanging wall para o
realce 10.2 FGS utilizando a
classificação RMR - Rock Mass Rating
249
Q (Modificado de Barton et al., 1974) - (Bieniawski,

BL-131989) [2] e Q – Rock
Descrição
BL-12 Index - (Barton et
Valores de Q
Péssimo < 0,01 Tunnelling Quality
RMR
Extremamente ruim
Muito ruim
0,01 - 0,1
0,1 - 1,0
al., 1974) [1]. OBL-11
mapa pode ser
Ruim
Regular
1,0 - 4,0
4,0 - 10,0
visualizado na figura 5.
BL-10B
Bom 10,0 - 40,0
Muito Bom 40,0 - 100,0 N
Ótimo 100,0 - 400,0 BL-10A Q
Excelente > 400,0
8 BL-13
RMR (Modificado de Bieniawski, 1989)
Classe I II III IV V BL-9
Rocha Rocha Rocha Rocha Rocha
BL-12
Descrição Muito Boa Boa Média Regular Muito
Ruim BL-11
100-81 80-61 60-41 40-21 < 21 BL-8
7 BL-10B
BL-7
6 BL-10A
5 8
PILAR BL-9
BL-6B
4 BL-8
BL-1A BL-2 1 3 BL-6A 7
BL-1B 2
BL-3 BL-7
BL-4 BL-5 6
5
PILAR
BL-6B
4
BL-1A BL-2 3
BL-1B 1 2 BL-6A
BL-2 – Identificação do bloco BL-3
Figura 5. Mapa de classificação geomecânicaBL-4 BL-5
do hanging wall do realce 10.2 FGS.
Pela figura apresentada anteriormente, wall, com exceção do ponto 5, foi

pode-se notar que não existe muita classificado em maciço rochoso ruim,
variação da qualidade do maciço com pontuação entre 1 e 4.
rochoso ao longo do hanging wall.
Todo o maciço rochoso, referente ao A caracterização da rocha do hanging
hanging wall do realce, foi definido wall em laboratório foi realizada por
pelo sistema RMR como maciço ensaios uniaxiais, dos quais os
rochoso médio, com pontuação obtida resultados estão apresentados na tabela
entre 60 e 41. Pelo sistema Q todo o 1.
hanging
Tabela 1. Resultado de ensaios de compressão uniaxial de amostras do hanging wall.

PROPRIEDADES DE
PROPRIEDADE DE RESISTÊNCIA
ELASTICIDADE
Número Resistência à Compressão Uniaxial Número Módulo de
Poisson
Litologia de – RCU (MPa) de Elasticidade
(ν)
Amostras Mínimo Média Máximo amostras E (GPa)
FG 9 12 63 149 8 0,13-0,25 12-51
X2, 11
MANX e 52 36 66 141 (somente 0,15-0,26 39-78
MAN para X2)
2.4 Caracterização dos suportes

utilizados
250
Os suportes utilizados para reforço do cabos é de 1,5m. Devido à inclinação do

maciço rochoso no realce 10.2 FGS são minério, e consequentemente da
constituídos por cabos de aço, com sete escavação, cerca de 30º, os cabos de aço
tranças, com resistência axial à ruptura utilizados para contenção são instalados
entre 25 e 27tf. O comprimento dos apenas no hanging wall. Em alguns
cabos é de 9,6m e a malha de locais os cabos de aço recebem chapas e
espaçamento entre clavetes, como pode ser visualizado na
figura 6.
Hanging wall
Minério
Chapa e
clavete
Foot Wall
Cabos de aço
Figura 6. Visualização do realce 10.2 FGS com destaque para os suportes utilizados.
2.5 Televisionamento de furos – escala

visual de quebras/cisalhamentos identificados pelo televisionamento.
Atualmente todas as quebras e
Quando o televisionamento de furos foi cisalhamentos são classificados por esta
iniciado na mina Cuiabá, foi escala visual.
identificada a necessidade de classificar
as quebras e cisalhamentos O televisionamento de furos no maciço
visualizados. Após muitos rochoso do hanging wall, ao longo da
televisionamentos com identificação de evolução da lavra, possibilitou o
quebras e cisalhamentos, uma escala conhecimento do cisalhamento intenso
visual foi criada (Figura 7). Esta escala que ocorre entre os planos de
visual de quebras e cisalhamentos xistosidade, principalmente, quando os
permite, de forma simples, a distinção furos estão mais afastados da face do
entre magnitudes diferentes das quebras minério.
e cisalhamentos
251
Figura 7. Escala visual de quebra/cisalhamento de televisionamentos na mina Cuiabá.
3. ESTUDO DE CASO cronologia dos fatos ocorridos no local

de estudo, desde a identificação dos
A caracterização do local de estudo, indícios de instabilidade até a
realizada anteriormente, possibilitou o reabilitação da área com medidas
conhecimento geométrico da escavação, mitigadoras. A evolução da
sua localização, identificação das investigação e das intervenções
características geológico-geotécnicas, realizadas está listada a seguir:
além do conhecimento do suporte
utilizado no maciço rochoso. Foi • 15/11/2007 – instalação de um
também apresentado, no item anterior, SMART cabo (9.5m de comprimento) e
como é realizada a classificação de um extensômetro MPBX-Multi Point
quebras e cisalhamentos identificados Borehole Extensometer (15m de
pelo televisionamento de furos, da qual comprimento), distante cerca de 2m um
o entendimento prévio é necessário para do outro (ao longo da direção da
a compreensão adequada do trabalho camada), no hanging wall do bloco 7.
aqui apresentado. A seguir será Neste momento, a altura vertical do
apresentado um estudo de caso painel de lavra era cerca de 15,5m. A
demonstrando como o monitoramento geometria do realce pode ser
com extensômetros e televisionamento visualizada na figura 8.
de furos pode ser mecanismo
importante de identificação, em tempo • 05/12/2007 – significante
hábil, de regiões instáveis no hanging deslocamento foi registrado (2,8 -
wall. 2,5cm, próximo da face do hanging
wall) após a detonação para produção
3.1 Evolução da investigação e das neste local. O comportamento dos
intervenções deslocamentos registrados pelo SMART
cabo e MPBX foi semelhante (Figura
Para o entendimento mais adequado do 9).
estudo de caso, é preciso conhecer a
252
O gráfico de força do SMART cabo, 29/01/2008 – investigação com micro-

relativo ao carregamento da força entre câmera permitiu registrar imagens por
os nódulos de medição, detectou um meio de televisionamento de furo
pico de força de cerca de 21tf (Figura realizado na parede do HW. O furo
10), após a detonação, entre os nódulos inspecionado tinha 15.5m de
localizados a 2 e 3,5m no interior do comprimento e estava praticamente
hanging wall (medidos a partir da face). perpendicular à xistosidade (70º de
Considerando que a resistência axial inclinação com relação à horizontal).
máxima do cabo de aço é de 25tf, tinha- Foram identificados cisalhamentos nível
se um fator de segurança, nesta área, de 1 localizados a cerca de 7.0, 1.1, 0.5 e
cerca de 1,19. 0.05m, medidos a partir da face do HW
(Figura 11).
Figura 8. Seção vertical ao longo do bloco 7, do

realce 10.2 FGS, com localização do
extensômetro MPBX e do SMART cabo.
A identificação de deslocamento
abrupto após a detonação é comum nos
extensômetros instalados na mina. Este
deslocamento é esperado após a retirada
de cerca de 3m de minério a partir da
face, ao longo do mergulho do corpo,
após a detonação. Há uma acomodação
do maciço rochoso do hanging wall,
para adaptação ao novo cenário de
geometria da escavação.
Pôde-se constatar por meio da
interpretação de muitos resultados de Figura 9. Gráfico de deslocamento do (A)
extensômetros instalados no hanging SMART cabo e (B) MPBX.
wall, ao longo do tempo, que o maior
deslocamento, geralmente detectado
entre a face e 2m para dentro do
hanging wall, após a detonação, é de
cerca de 1,5cm para áreas que não
indicam problemas de estabilidade.
Assim, o primeiro indício de
instabilidade, detectado neste local, foi
identificado devido à magnitude dos Figura 10. Gráfico de força do SMART cabo.
deslocamentos referentes aos nódulos
próximos à face do hanging wall.
253
0.05m
7m
29/01/08
Furo 1
MPBX (15m)
SMART CABLE (9,6m)
30°
0.5m 17m 1.1m
8,8m
Minério
Aterro
Figura 11. Seção com quebras e cisalhamentos identificados em filmagem do furo 1.
• 07/02/2008 - outro importante proximidades da face do HW –

deslocamento foi registrado pelo Figura 12). É importante salientar que
SMART cabo e MPBX (cerca de 3cm não havia atividade, neste local, neste
nas período.
Figura 12. Gráfico de deslocamento dos nódulos de medição do (A) SMART cabo e (B) MPBX após o
segundo deslocamento abrupto.
254
Destaca-se que este último hanging wall. O gráfico de força do

deslocamento abrupto, o qual ocorreu SMART cabo (Figura 13) indica que,
sem atividades minerárias no local de após este último evento, a força no cabo
estudo, indica, mais uma vez, que esta de aço alcançou 25tf, ou seja, o fator de
área, realmente, estava com sérios segurança para a estabilidade do HW
problemas de estabilidade no passou a ser 1.
Figura 13. Gráfico de força do SMART cabo após o segundo deslocamento abrupto.
O SMART cabo é um instrumento para cisalhamentos, todos nível 1, situados a

avaliação da contenção de cabos. Por cerca de 8.0, 7.5, 7.0, 6.1, 4.5, 4.0, 3.5,
meio do conhecimento do módulo de 3.0, 2.5,1.1, 0.8, 0.75, 0.6 e 0.5 m
Young do aço (200 GPa) e através da medidos a partir da face do HW (Figura
medição do deslocamento, a tensão para 14).
pontos médios entre as ancoragens de
medição de deslocamento é calculada. Após a detecção da piora nas condições
Este cálculo da tensão só é válido para do maciço rochoso, reforços com cabos
esforços e deslocamentos axiais. Como foram instalados neste local, além da
relatado anteriormente, existem muitos instalação de chapas e clavetes. O aterro
cisalhamentos transversais ao com enchimento hidráulico também foi
instrumento, assim, o resultado realizado neste local. Estalidos
originado pelo SMART cabo, com provenientes do maciço rochoso foram
relação à tensão, não possui identificados e as atividades foram
confiabilidade adequada temporariamente paralisadas.
• 14/02/2008 – foi realizado outro

televisionamento do furo 1. Nas
imagens registradas foram identificados
255
Figura 15. Seção com quebras e cisalhamentos

Figura 14. Seção com quebras e cisalhamentos identificados no furo 1 no dia 14/03/08. Podem-
identificados em filmagem do furo 1 após o se visualizar os cisalhamentos identificados a 8,
segundo deslocamento abrupto. Podem-se 7.5 e 7m no interior do HW. A parte mais
visualizar os cisalhamentos identificados a 8, escura das fotos correspondente ao óleo que
7.5 e 7m para dentro do HW. escoou desde o final do furo.
• 15/02/2008 – o SMART cabo • 29/03/2008 – foi realizada

apresentou problemas na leitura, detonação no minério no local de
possivelmente chegando no limite de estudo.
medição.
• 09/04/2008 – outro
• 14/03/2008 – outro televisionamento foi realizado para
televisionamento de furo foi efetuado. avaliar a condição do HW depois da
Progressos nos cisalhamentos detonação. Intenso cisalhamento foi
identificados na filmagem anterior identificado a 7m (medido a partir da
foram detectados (Figura 15). Devido à face) impedindo à passagem da
possibilidade de rotação da microcâmera, assim, a filmagem foi
microcâmera no momento da realização realizada apenas de 7m para a face
da filmagem, não é possível identificar (Figura 16). O extensômetro MPBX
a direção e sentido dos cisalhamentos. aparentemente chegou ao limite de
Para identificar a direção e o sentido medição, não detectando mais
dos cisalhamentos, foi lançado óleo no deslocamentos (Figura 17). O não
final do furo. O escoamento do óleo, funcionamento adequado do
juntamente com a direção e sentido do extensômetro pode ser explicado,
furo, identificados por bússola, também, pela ruptura das varetas de
possibilitou o conhecimento da parte fibra de vidro, que o constituem, devido
inferior do furo no momento da ao intenso cisalhamento.
filmagem. É importante destacar que
cisalhamentos foram identificados tanto
ao longo do mergulho da xistosidade
como ao longo da direção da camada,
onde este foi predominante.
256
realização de televisionamento com a

microcâmera. Concomitantemente a
malha para cabos de aço, com
comprimento de 9,6m, foi reduzida para
1,0 x 1,0m2.
O equipamento scaler, utilizado para a

retirada de material rochoso quebrado
no teto, trabalhou bastante no local, uma
irregularidade de pouco mais de 2m
para dentro do HW foi formada em área
de cerca de 10m de comprimento, ao
Figura 16. Seção com quebras e cisalhamentos
longo da direção da xistosidade, e 13m
identificados em filmagem do furo 1 no dia ao longo do mergulho (Figura 19). Foi
09/04/08. Podem-se visualizar os cisalhamentos realizado televisionamento do furo 2,
identificados a 7, 5.1, 1.5, 1 e 0.9m para dentro executado na irregularidade formada no
do HW. A filmagem foi realizada desde 7m até HW, no dia 04/06/08. Apenas quebra
à face do HW.
nível 2 a 2,2m e cisalhamento nível 1 a
14m para dentro do HW foram
identificados (Figura 19).
Figura 17. Gráfico de deslocamento dos

nódulos de medição do MPBX. É possível a
identificação das filmagens realizadas antes do
limite do funcionamento inadequado do
aparelho.
O registro com a microcâmera permitiu

captar a evolução gradual dos
cisalhamentos ao longo do tempo.
Algumas imagens da evolução de
cisalhamentos podem ser visualizadas,
em função do tempo, para determinadas
posições no interior do maciço rochoso
na figura 18.
Com o objetivo de continuar o Figura 18. Evolução, ao longo do tempo, de

monitoramento neste local, foram cisalhamento a 7 e 1,1m para dentro do HW.
realizados outros furos destinados à
257
realizada pelo televisionamento de furos

e pelos deslocamentos detectados pelo
novo extensômetro MPBX, a malha dos
cabos de aço, de 9,6m de comprimento,
retornou para 1,5 x 1,5m2 nos cortes
seguintes.
A evolução de quebras e cisalhamentos

identificados pelo televisionamento de
furos nos furos 1, 2, 3, 4, 5 e 6, podem
ser visualizados na figura 20. É
importante destacar o aumento dos
espaçamentos entre as
quebras/cisalhamentos, além da
diminuição da magnitude dos mesmos,

após o reforço com cabos de aço e
Figura 19. Seção com quebras e cisalhamentos instalação de chapas e clavetes. Este é o
e foto de irregularidade no HW. indicador mais importante, com relação
ao televisionamento de furo, que indica
É importante salientar que muitas das a melhora geomecânica do maciço
quebras e cisalhamentos identificados rochoso do HW.
no furo 1 não foram identificados no
furo 2. Nem mesmo o cisalhamento,
nível 3, visualizado a 7m da face do
HW no furo 1 tinha continuidade no
furo 2. Apenas o cisalhamento, nível 2,
visualizado a 5,1m, a partir da face do
HW, no furo 1, foi identificado como
quebra a 2,2m no furo 2. Esta diferença
de profundidade foi gerada pela
irregularidade formada no HW. Este
fato pode ser explicado, em parte, pela
eliminação dos cisalhamentos e quebras
identificados no furo 1, até cerca de 2m,
com a formação da irregularidade do
HW.
Outro MPBX (MPBX 2) foi instalado

no dia 24/10/08, próximo ao furo 2 de
filmagem, com o objetivo de monitorar
a eficácia dos reforços instalados como
agentes de estabilização do maciço
rochoso.
Após a comprovação da melhoria nas

condições geomecânicas do HW,
258
29/01/08
Furo 1 14/02/08 Furo 1 14/03/08 Furo 1
MPBX (15m) MPBX (15m) MPBX (15m)
SMART CABLE (9,6m) SMART CABLE (9,6m) SMART CABLE (9,6m)
30° 30° 30°

Minério
17m 17m 17m
8,8m Aterro 8.8m 8.8m
Reforços foram instalados Reforços foram instalados Reforços foram

04/06/08
Furo 2
instalados 11/08/08
Furo 2
18/08/08
09/04/08 Furo 1 Furo 3 Furo 1 Furo 3 Furo 1 09/04/08
30° 30°
18.4m 20m 12m 21.5m13.5m

10.5m
19/09/08 14/10/08 08/01/09

Furo 2 Furo 2 Furo 2 MPBX 2 (15m)
19/09/08 14/10/08 08/01/09
Furo 3 Furo 1 09/04/08 Furo 3 Furo 1 09/04/08 Furo 3 Furo 1 09/04/08
15m
21.5m13.5m 21.5m13.5m 23m
20/10/09 19/01/10
05/02/09 Furo 4 Furo 4
Furo 3 20/10/09 05/02/09 20/10/09 05/02/09
05/02/09 Furo 3 05/02/09 Furo 3 05/02/09
05/02/09 Furo 2 MPBX 2 (15m) Furo 5 Furo 2 MPBX 2 (15m) Furo 5 Furo 2 MPBX 2 (15m)
Furo 4 Furo 1 09/04/08 Furo 1 09/04/08 Furo 1 09/04/08

21m
19.5m
15m
23m 27.5m 29m
20/10/09
Furo 5
13/05/10 13/05/10
Furo 6 Furo 4
05/02/09
Furo 3 05/02/09
Furo 2 MPBX 2 (15m)
Furo 1 09/04/08
MPBX (15m)
Minério SMART CABLE (9,6m)

21m
Aterro
30.5m
Figura 20. Visualização da evolução das quebras e cisalhamentos ao longo da lavra. O primeiro
monitoramento com a microcâmera foi realizado, no furo 1, no dia 29/01/08 e o último, no furo 6, no dia
13/05/10. Na última filmagem não foi identificada quebra/cisalhamento.
Uma comparação entre os reforços com cabos de aço e instalação

deslocamentos coletados pelo primeiro de chapas e clavetes, pode ser
MPBX, na fase de instabilização do visualizada na figura 21.
HW, e o MPBX instalado
posteriormente, depois da instalação de
259
Por meio da análise da figura 21, pode- indícios de instabilidade, a instalação

se identificar significativa diferença de de reforços e o monitoramento
deslocamento entre os extensômetros. constante, utilizando extensômetros e
Vale ressaltar que o tempo de medição televisionamento de furos, esta área não
do MPBX 2 é muito maior do que o apresentou mais características que
primeiro MPBX, além da quantidade de indicassem problemas de estabilidade
do HW.
detonações ocorridas, na área de estudo,
ser maior. O MPBX instalado após a
aplicação de reforço apresenta
deslocamento típico de áreas sem
indícios de instabilidade.
Atualmente a lavra neste local já foi
finalizada. Após a identificação dos
A)
B)
Figura 21. (A) Visualização dos dados de deslocamentos obtidos do MPBX na fase de instabilização do
HW; e (B) do deslocamento obtido do MPBX 2 instalado após a aplicação dos reforços.
260
3.2 Estudo de estabilidade utilizando a

analogia de voussoir
Figura 22. Visualização das quebras e
A seguir é apresentado um estudo de cisalhamentos identificados nos furos 1 e 2, e
vigas com espessuras de 2,5 e 4,7m.
estabilidade, aplicando as informações
coletadas, utilizando a anologia de
Para a análise do estudo, o
voussoir, proposta por Diederichs e
conhecimento de alguns parâmetros
Kaiser (1999a) [3].
devem anteceder os cálculos. A
primeira pergunta a ser feita deve ser
Pela análise das quebras e
relativa ao vão, pois o cálculo de
cisalhamentos em todos os furos ao
voussoir considera as extremidades
longo do HW, pôde-se constatar que
rígidas. Quanto se deve considerar
nem sempre as quebras e cisalhamentos
abaixo do backfill/estéril para um
identificados em um furo, mesmo os de
comportamento rígido do aterro? Para
nível elevado, possuem continuidade
responder a esta pergunta, com a
em direção à face do minério. Como o
minimização do erro, gráficos dos
furo 2 de filmagem foi realizado após a
extensômetros MPBX´s e dos SMART
instalação de reforços e, principalmente,
cabos, instalados no HW do realce 10.2
depois da formação de irregularidade na
FGS, que foram monitorados mesmo
face do HW, ocasionada pelo trabalho
após serem soterrados foram analisados.
do equipamento scaler, uma
simplificação deverá ser realizada para
Ao total foram analisados 6 gráficos,
a utilização da analogia de voussoir. A
originados dos dados coletados de 3
espessura da viga a ser utilizada será de
SMART cabos e 3 MPBX´s. Estes
2,5m, relativa ao filito grafitoso que foi
equipamentos foram instalados em datas
retirado com o equipamento scaler.
distintas e em localizações diferentes.
Outra simulação utilizará uma espessura
Um exemplo do gráfico analisado pode
de viga de 4,7m, relativo à interpolação
ser visualizado na figura 23.
da quebra nível 2 identificada no furo 1
a 5,1m, e a quebra nível 2 visualizada
Para o cálculo do módulo de
no furo 2 a 2,2m. Considerando a
elasticidade do maciço rochoso foi
irregularidade formada no HW e o erro
utilizada a fórmula empírica
do posicionamento ao longo do furo das
apresentada por Hoek et al. (2001) [4]
quebras e cisalhamento (cerca de
para rochas com resistência à
20cm), estas duas quebras identificadas
compressão uniaxial menor do que
em furos diferentes podem ser
100MPa:
consideradas relativas à formação da
mesma viga. As espessuras das vigas a
Em (GPa) = (1 – D/2) x ((σci/100)1/2) x
serem consideradas no estudo podem
10((GSI – 10) / 40)
ser visualizadas na figura 22.
Onde D (fator de distúrbio por
detonação) é considerado 0,
considerando uma boa detonação; σci é a
resistência à compressão da rocha
intacta, considerada 63 MPa para o
filito grafitoso. O GSI (índice de
261
resistência geológica), segundo Hoek, FGS. O RMR89 encontrado,

pode ser obtido a partir do RMR89 desconsiderando o fator de
(Bieniawski, 1989) [2] por meio da orientação, é 64.
relação GSI = RMR89 -5. Assim, o GSI
= RMR89 (desconsiderando o fator de Um resumo dos parâmetros utilizados e
orientação) -5. Para o cálculo do GSI foi os resultados para cada simulação
utilizada a média do RMR do HW podem ser visualizados na tabela 2.
obtido para o bloco 7 do realce 10.2
Bloco 8
Figura 23. Visualização do deslocamento, com o tempo, do MPBX do bloco 8.
Parâmetros Simulação 1 Simulação 2

Vão (S) 25 m 25 m
Espessura da viga (T) 2,5 m 4,7 m
Módulo de elasticidade do maciço rochoso (Em) 13,3 GPa 13,3 GPa
Peso específico (ϒ) 28 KN/m3 28 KN/m3
Ângulo de mergulho do Hanging wall (φ) 30o 30o
Resistência à compressão uniaxial (σi) 63 MPa 63 MPa
Tensão de suporte (P) 87,1 Kpa 109 Kpa
Peso específico efetivo 24248,71 N/m3 24248,71N/m3
Tensão triangular de suporte 1022,04 N/m3 8787,72 N/m3
Tensão compressiva máxima (F'm) 170,42 KPa 779,522 KPa
N' 0,75 0,75
Braço de alavanca (Z') 1249,43 mm 2348,59 mm
Braço de alavanca inicial (Z'o) 1250 mm 2350 mm
Limite de flambagem 2% 2%
Fator de segurança para esmagamento 369,7 80,8
Deflexão no centro do vão (δ) 0,57 mm 1,41 mm
Deslocamento no colapso (0.25T) 625 mm 1175 mm
Deslocamento no início da plastificação (0.1T) 250 mm 470 mm
Tabela 2. Parâmetros utilizados no cálculo da analogia de voussoir, para a simulação 1 e 2, além dos
resultados obtidos.
262
ferramentas importantes na
4. CONCLUSÕES minimização do risco de desarticulações
do hanging wall na mina Cuiabá.
O estudo apresentado, com
monitoramento iniciado no final de Foi possível identificar, por meio de
2007 e finalizado em meados de 2010, extensômetros instalados no hanging
trabalhou, com detalhe, os dados wall que foram soterrados no realce
obtidos por meio de extensômetros e 10.2 Fonte Grande Sul, que o aterro,
televisionamento de furos no realce hidráulico e mecânico, inibe de maneira
10.2 Fonte Grande Sul, além de avaliar eficiente o deslocamento do maciço
a analogia de voussoir como ferramenta rochoso após cerca de 3m de coluna
de estudo de estabilidade. vertical de aterro, ou, para o caso em
estudo, cerca de 6m ao longo do
Por meio do televisionamento dos furos mergulho da camada.
foi possível estudar o comportamento
do maciço rochoso ao longo da lavra, A análise realizada pelo cálculo
classificando os níveis de quebras e utilizando a analogia de voussoir, para a
cisalhamentos identificados. Foi área estudada com extensômetros e
possível detectar que o mecanismo de televisionamento de furos, indicou uma
cisalhamento, entre a xistosidade, é situação bastante estável do hanging
bastante significativo, principalmente wall. Este resultado é discordante com
em áreas com indícios de instabilidade. os dados obtidos pelo monitoramento.
A direção do cisalhamento é variada, A diferença entre as análises de
podendo ocorrer ao longo do mergulho estabilidade, voussoir e monitoramento,
e ao longo da direção da xistosidade. pode estar associada às frequentes
intercalações de rochas com diferentes
Por meio dos dados obtidos pelos propriedades elásticas e de resistências
extensômetros, instalados ao lado dos do hanging wall, além da possibilidade
furos de filmagem, foi possível associar de escolha inadequada das espessuras
quebras e cisalhamentos aos das vigas estudadas.
deslocamentos detectados. A distinção
entre deslocamentos ocasionados por A análise realizada por meio da
cisalhamentos e os ocorrido ao longo do analogia de voussoir, considerando os
eixo do extensômetro não foi possível, dados utilizados, não demonstrou ser
mas uma comparação de magnitude dos eficiente para o estudo de estabilidade
deslocamentos em área instável e do hanging wall da área de estudo. Esta
estável foi realizada, como pode ser ineficiência pode, ainda, estar
visualizada na figura 21. relacionada à simplificação de cálculos
do método que não leva em
A identificação em tempo hábil, pelos consideração as tensões paralelas às
extensômetros e pelas imagens obtidas vigas.
pelo televisionamento de furos, da área
com indícios de instabilização, permitiu
que medidas fossem realizadas para a
estabilização do local. O sucesso
alcançado após a execução das medidas
de estabilização, atestado pelos
monitoramentos, comprovam a
eficiência dos extensômetros e
televisionamentos de furos como
263
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Barton, N.; Lien, R.; Lund, J. (1974) Engineering classification of rock masses for
the design of tunnel support. Rock Mechanics. v.6, n.(4), p.189-236.
[2] Bieniawski, Z.T. (1989) A Complete Manual and Geologists in Mining, Civil, and
Petroleum Engineering. Engineering Rock Mass Classifications. John Wiley & Sons,
New York, USA: 251p.
[3] Diederichs, M.S., Kaiser, P.K. (1999a). Stability of Large Excavations in Laminated
Hard Rock Masses: The Voussoir Analogue Revisited, International Journal of Rock
Mechanics and Mining Sciences, Canada, v. 36, 97-117p.
[4] Hoek, E. (2001). Rock Mass Properties for Underground Mines, Underground
Mining Methods: Engineering Fundamentals and International Case Studies, Colorado,
USA, 20p.
264
Avaliação da argamassa utilizada no cabeamento do hangingwall nos realces da

mina Cuiabá - Contribuições para a resistência de aderência
ISABELA RIBEIRO TRÓPIA, Geóloga-geotécnica, Anglogold Ashanti Mineração Córrego do Sítio,

irtropia@anglogoldashanti.com.br
EDVALDO SANTOS BARBOSA, Geólogo-geotécnico, Anglogold Ashanti Mineração Córrego do

Sítio, esbarbosa@anglogoldashanti.com.br
REUBER FERREIRA COTA, Geólogo-geotécnico, Anglogold Ashanti Mineração Córrego do Sítio,

rfcota@anglogoldashanti.com.br
MAURÍLIO PEREIRA DE FREITAS, Técnico Mineração, Anglogold Ashanti Mineração Córrego

do Sítio, mpfreitas@anglogoldashanti.com.br
CHRISTIANO ALVES NOGUEIRA, Geólogo-geotécnico, Anglogold Ashanti Mineração Córrego

do Sítio, canogueira@anglogoldashanti.com.br
RESUMEN: La mina Cuiabá es hoy una de las más importantes minas subterráneas de Brasil, de
propiedad de la empresa AngloGold Ashanti Córrego do Sítio Mineração. Su principal método de
explotación es corte y relleno (Cut and Fill). En sus excavaciones se utiliza como soporte del hangingwall
cables con 9,60m de largo en una malla regular de 1,5x1,5m.
El soporte con cables es considerado un dispositivo ancorado por atrito fricción y continuamente
ajustado, o sea, la adherencia entre el cable y el macizo rocoso es seguida por el uso de una argamasa
(grout). La buena actuación de la argamasa en la resistencia de adherencia depende en gran parte de su
composición, forma de empleo y el tiempo de mescla.
En los últimos años, fueron realizados ensayos de arrancamiento en cables después de 24h de inyección.
Estos indicaron resultados para la resistencia de adherencia entre el cable y la argamasa abajo del
recomendado. Investigaciones en la literatura técnica recomiendan que la composición de la argamasa
sea solo agua y cemento, y la proporción entre ellos (agua/cemento) es la principal condicionante en la
resistencia de adherencia. Nuevos ensayos fueran realizados cambiándose la proporción de agua y
cemento y los resultados para la proporción 0,42 e 0,45 fueron muy positivos, alcanzándose valores de
resistencia de 21 hasta 24t para 1m de largo de cable.
Con base en el trabajo hecho, muchas mejorías en el soporte usado en la mina Cuiabá fueran logrados con
el cambio en la composición de la argamasa, la más importante fue mejorar la resistencia de adherencia
entre el cable y la argamasa e en consecuencia, un aumento del factor de seguridad.
PALABRAS CLAVE: Cable, argamasa, resistencia de adherencia.
RESUMO: A mina Cuiabá é hoje uma das mais importantes minas subterrâneas do Brasil, de
propriedade da AngloGold Ashanti Córrego do Sítio Mineração. Seu principal método de lavra é o Corte e
Enchimento (Cut and Fill). Nos seus realces de lavra, utiliza-se como suporte da capa (hangingwall)
cabos de aço com 9,60m de comprimento numa malha regular de 1,5x1,5m.
O suporte com utilização de cabos de aço é classificado como dispositivos ancorados por atrito e
continuamente acoplados, ou seja, a aderência entre cabo e maciço rochoso é contínua através do uso de
argamassa (grout). A boa atuação da argamassa na resistência de aderência depende em grande parte da
sua composição, forma de instalação e tempo de mistura.
Nos últimos anos, foram realizados testes de arrancamento em cabos após 24h da injeção. Estes testes
forneceram valores para a resistência de aderência entre o cabo e a argamassa abaixo dos valores
recomendados. Após pesquisa bibliográfica, verificou-se que o traço para a argamassa considerado era
apenas de água e cimento, sendo a relação entre eles (proporção agua/cimento) o principal condicionante
da resistência de aderência. Novos testes foram realizados variando-se a relação água/cimento e o
resultado dos novos testes com a relação água/cimento de 0,45 e 0,42 foi bastante satisfatório, alcançando
valores de resistência de 21 e 24 t para 1m de comprimento de cabo de aço.
A partir do trabalho realizado, diversas melhorias para o cabeamento na mina Cuiabá foram alcançadas
com a mudança do traço da argamassa, a principal delas foi o aumento da resistência de aderência entre o
cabo e a argamassa e consequentemente, o aumento do fator de segurança.
PALAVRAS CHAVE: Cabo de aço, argamassa, resistência de aderencia.
265
1. INTRODUÇÃO
A mina Cuiabá está localizada no setor NW do de Sabará, nas margens da rodovia MG-050 que
Quadrilátero Ferrífero, a 5,5 km do centro da cidade liga essa à cidade de Caeté, Figura 6.
Figura 6. Localização da mina Cuiabá.
O principal método de lavra utilizado em Cuiabá é limite de tolerância aceitável cujo prazo de cura é
o Corte e Enchimento (Cut and Fill) em que o de 24h. Após mudanças na taxa de produção da
minério é retirado em fatias sucessivas, paralelas à mina e consequentemente, redução no tempo
foliação da rocha. A partir do ano de 2011 em mínimo de espera entre a injeção da argamassa dos
alguns realces, está sendo testado o método de lavra cabos e a atividade detonação (cada vez mais
por sublevel stoping. próxima do limite de 24h), verificou-se a
Na mina Cuiabá, o suporte do teto (hangingwall) necessidade de se intensificar os ensaios de
em seus realces de lavra utiliza cabos de aço com capacidade de carga.
9,60m de comprimento numa malha regular de Os resultados dos ensaios obtidos nos anos de 2008,
1,5x1,5m, sendo este atualizado a cada ciclo de 2009 e início de 2010 foram abaixo dos valores
detonação. esperados. Os valores obtidos estavam entre 5-12
Mensalmente, nas escavações para produção de t/m e eram até 4 vezes menores que os valores
minério, são aplicados entre 10.000 e 15.000 m de encontrados em estudos bibliográficos que se
cabos de aço com trama de sete fios e com diâmetro situam entre 15-20 t/m.
de 15,2 mm. Estes atualmente são fixados com Em setembro de 2009, foram iniciadas
argamassa (cimento e água) e instalados investigações sobre a causa da baixa qualidade dos
manualmente, sendo o diâmetro de todos os furos resultados dos ensaios de arrancamento do
para instalação dos cabos de aço de trança simples cabeamento. Todo o processo de investigação foi
de 51 mm. acompanhado pela equipe de mecânica de rochas da
Em 2008, iniciaram-se testes de arrancamento em mina Cuiabá. Nessa identificou-se uma série de não
cabos de 1, 2 e 3m de comprimento após 24h da conformidades relacionadas à atividade de
atividade de injeção de argamassa. Este tipo de cabeamento (controles operacionais) que
ensaio fornece valores da resistência de aderência influenciavam diretamente a qualidade da
entre o cabo e a argamassa (bond strength). Em argamassa.
anos anteriores, também havia sido realizados testes Após a identificação das não conformidades que
de arrancamento, mas em sua maioria, o intervalo influenciavam negativamente os resultados dos
de tempo esperado para o teste estava acima do ensaios e com o intuito de eliminar e/ou minimizar
266
suas causas, um treinamento com todos os O objetivo deste trabalho realizado pela equipe de
trabalhadores envolvidos no processo de instalação mecânica de rochas em conjunto com a equipe da
e injeção de cabos foi realizado pela equipe de lavra da mina Cuiabá consistiu em identificar as
mecânica de rochas no mês de fevereiro de 2010. não conformidades que comprometiam a qualidade
Após o treinamento, a resistência de aderência entre da argamassa, tomar medidas para minimizar e/ou
o cabo e a argamassa melhorou para 10-12t/m, mas eliminar as mesmas, apresentar os resultados
não o suficiente para atender aos valores esperados obtidos após as melhorias implementadas e propor
e praticados em outras minas que utilizam cabos de uma mudança do traço da argamassa utilizado na
aço como suporte. mina.
Novos ensaios foram então realizados com
mudanças no traço da argamassa, baseando-se nos 2. TRABALHOS REALIZADOS
traços utilizados em outras minas e recomendados
em bibliografias reconhecidas internacionalmente. O trabalho aqui apresentado iniciou-se com os
Os testes mostraram uma melhoria significativa da resultados obtidos nos ensaios feitos com 24h (+/-
resistência de aderência cabo/argamassa, com 2h) após a injeção de argamassa em cabos com
valores entre 18-25t/m. Todos os turnos de trabalho comprimentos de 1, 2 e 3m entre os anos de 2009 e
que realizaram a injeção da argamassa com o novo 2010. Os resultados podem ser visualizados na
traço confirmaram a sua aplicabilidade operacional. Figura 7 a seguir:
Figura 7. Testes de arrancamento realizados entre os anos de 2009 e 2010.
Os resultados dos testes de arrancamento acima atividade, descrevendo e identificando os passos

apresentaram valores para a resistência de aderência que estariam influenciando nos resultados
da argamassa abaixo daqueles esperados e insatisfatórios da resistência cabo/argamassa.
utilizados em modelos geomecânicos (realizados
internamente na AngloGold Ashanti). Para o cabo
de aço com comprimento de 1m os valores obtidos 2.4 Identificação dos problemas no
variaram de 5 a 13t, enquanto que os valores processo de injeção de cabos
esperados deveriam estar entre 15 a 20t.
De acordo com o gráfico da Figura 7, os valores
Após a constatação da baixa qualidade da
de resistência obtidos foram na sua maioria
argamassa por meio dos ensaios de arrancamento,
inferiores a 25 t para os cabos com 2m de
realizaram-se acompanhamentos das atividades do
comprimento, enquanto que os valores esperados
cabeamento na mina, com verificações desde a
para os cabos com 2 e 3m deveriam ter valores para
preparação do material utilizado, como separação
resistência de aderência maiores do que 25t. A
de cabos, mangueiras de suspiro e material para
partir desses resultados foi identificada uma
injeção, até a injeção propriamente dita. Nessa fase
deficiência na
nenhuma intervenção foi realizada, pois a intenção
era identificar os fatores (não conformidades) que
qualidade da argamassa utilizada no cabeamento da
poderiam estar influenciando os baixos resultados
mina. Iniciou-se então uma verificação dos
dos ensaios de arrancamento. Os principais itens
procedimentos operacionais realizados para essa
267
observados e as não conformidades identificadas cimento com a água é irreversível, assim, após a
são listados a seguir: absorção da umidade ter ocorrido, as “pedras”
-Armazenamento dos sacos de cimento em pilhas deveriam ser totalmente descartadas. Este
com alturas superiores a 1,5m, podendo causar procedimento contribuiu bastante para os
endurecimento do cimento por compactação; problemas de entupimento das mangueiras de
-Armazenamento do cimento eventualmente em injeção e, consequentemente, no inadequado
contato direto com o piso do realce de lavra. Este desempenho das bombas de injeção;
procedimento catalisa a absorção da umidade pelo -Treinamento inadequado ou insuficiente para
cimento, causando a petrificação do mesmo; alguns membros da equipe de injeção. Em alguns
-Maior quantidade de cimento do que o necessário casos o traço da argamassa não era devidamente
em alguns locais de injeção. Este procedimento era conhecido;
responsável pela permanência do cimento em um -Cabos eram dispostos no realce sobre o piso (com
intervalo grande de tempo nos realces, aumentando backfill), nas proximidades do local onde a
a probabilidade da absorção de umidade pelo atividade de instalação iria ser realizada. A lama do
cimento e conseqüentemente possibilitando o backfill impregnava o cabo podendo interferir na
processo de petrificação do mesmo; resistência de aderência entre o cabo e a
-Traço da argamassa recomendado apresenta argamassa.
margem para erros (muito variável), como pode ser -Alguns cabos com excesso de oxidação também
visualizado na Tabela 1. foram identificados localmente. A oxidação
quando em estado evoluído pode prejudicar a
Tabela 1. Traço da argamassa utilizado no resistência do cabo;
cabeamento -Falta de controle de qualidade da areia utilizada na
TRAÇO DA ARGAMASSA argamassa.
1 – SACO DE CIMENTO ARI PLUS DE
Alguns procedimentos acompanhados da
40Kg
respectiva fundamentação técnica merecem
2 – 20 LITROS DE AREIA LAVADA E
destaque, pois influenciam muito na qualidade da
PENEIRADA (PENEIRA DE ARROZ)
argamassa e na diminuição da capacidade de
3 – QUANTIDADE DE ÁGUA NÃO bombeamento das bombas:
DEFINIDA (APROXIMADAMENTE 20L) -Falta de controle na quantidade de água
4 – 1L DE INTRAPLAST (N) considerada na preparação da argamassa. Como
5 – 100ML CARBOXIMETHILCELULOSE –
pode se verificar na Figura 8, a relação
C.M.C
água/cimento (W/C, water and cement) é
fundamental e inversamente proporcional à
A quantidade de água utilizada era resistência de aderência entre argamassa e cabo.
aproximadamente 20L, com isso cada equipe de - A diminuição do diâmetro da mangueira de
cabeamento considerava valores diversos que injeção no furo e do engate pelo aquecimento
podiam chegar até 30L de água na preparação da exagerado da mangueira ao ser encaixada no
argamassa. engate. Falta de limpeza adequada dos engates
-Utilização da mangueira com água para lavagem reutilizados. A significante influência do diâmetro
do compartimento do misturador após a descida da interno da mangueira de injeção na capacidade de
massa para o compartimento de bombeamento. bombeamento do equipamento.
Esta água de lavagem misturava-se com a massa já De acordo com Hutchinson and Diederichs, (1996)
preparada para o bombeamento baixando ainda [1], ao se examinar alguns princípios básicos de
mais a viscosidade da argamassa. A água acrescida hidráulica, é possível entender por que isso se
com este procedimento de lavagem foi mensurada aplica. Considere um fluido com uma viscosidade
e verificou-se que poderia acrescentar cerca de 2L µ, sendo bombeado através de um tubo de diâmetro
para cada Kit de argamassa preparado; (interno) D a uma vazão de Q (por ex., litros/s). O
-Engates reutilizados nas mangueiras de injeção aumento da pressão mínima de bombeamento para
estavam parcialmente fechados pela argamassa de a argamassa por unidade de comprimento do tubo,
injeções anteriores. A limpeza dos engates não ∆p/L, é:
estava acontecendo adequadamente;
-Alguns engates estavam parcialmente obstruídos
pela mangueira de injeção. Isto ocorria pelo
aquecimento exagerado da mangueira de injeção
no momento da montagem com o engate;
-O recipiente utilizado para medição da quantidade
de areia não possuía graduação de volume.
- Porções de cimento semi-petrificado eram
utilizados na preparação da argamassa. A reação do
268
Figura 8 - Gráfico da relação entre a resistência de aderência (argamassa e cabo) e a relação água/cimento
da argamassa. (Modificado de Hutchinson and Diederichs, 1996 [1]).
Os gráficos teóricos apresentados na Figura 9 de argamassa e a eficiência da bomba são

Goris (1990) [2], demonstram a contribuição do responsabilizadas pelo desempenho ineficaz de
diâmetro interno para o aumento da pressão de bombeamento, no entanto tal problema se deve em
bombeamento. grande parte ao diâmetro menor da mangueira do
De acordo com os autores Hutchinson and sistema de bombeamento ou do tubo de suspiro
Diederichs, (1996), geralmente a consistência da utilizado.
Figura 9 – Influência da pressão mínima necessária para o bombeamento por metro e o diâmetro interno da
mangueira do sistema de bombeamento. É possível analisar a influência da relação água/cimento (W/C) com
269
relação à vazão, diâmetro interno (D) e a pressão mínima de bombeamento por metro. (Modificado de
Hutchinson and Diederichs, 1996 [1]).
2.5 Controle das não conformidades
Após o reconhecimento das não conformidades

citadas acima que influenciavam a qualidade da
argamassa e o seu processo de injeção, medidas que
minimizaram e/ou eliminaram estes fatores foram
realizadas como:
- Utilização de paletes de madeira para a disposição
e o transporte de cimento (Figura 10Figura 10 );
Figura 11 – Utilização de recipientes com graduação

volumétrica.
- Não utilização de cimentos já petrificados e

descarte dos mesmos.
Em relação à qualidade da areia utilizada na

argamassa do cabeamento, não foram realizados
ensaios de laboratório para sua caracterização já
que a mesma nem sempre provém do mesmo
Figura 10 - Utilização de paletes de madeira na fornecedor e jazida. A análise da areia utilizada no
disposição dos sacos de cimento no realce onde será cabeamento não envolve apenas sua caracterização
realizada a atividade de injeção. granulométrica, mas também sua composição
mineralógica. Foi possível identificar a grande
-Treinamento das equipes responsáveis pelo variabilidade mineralógica e proporção de minerais
cabeamento na mina destacando a importância da micáceos na mesma. Outra questão de difícil
atividade e as não conformidades identificadas; avaliação é a possibilidade de existir ou não uma
- Redução do tempo de exposição do cimento no capa de óleo envolvendo os grãos de areia, esta
realce até a sua utilização; película é comum em rios poluídos e a mesma pode
- Proibição da limpeza com a mangueira de água no diminuir consideravelmente a capacidade de coesão
momento da injeção; entre os grãos com o cimento, e consequentemente
-Determinação de um limite máximo para o volume podendo comprometer a qualidade da argamassa.
de água (22L) a ser utilizado no traço da argamassa;
-Recipientes com graduação volumétrica adequada
começaram a ser utilizados, Figura 11;
270
2.6 Melhorias com o controle inicial das

não conformidades
Após as intervenções para minimização e/ou

eliminação dos fatores que influenciavam
negativamente nos ensaios de arrancamento da
argamassa (areia + cimento + aditivos), realizaram-
se novos testes de arranchamento variando a
quantidade de água (
Figura 12). A quantidade de água foi inicialmente
diminuída para 20L, pois foi com esta medida seria
possível chegar aos resultados esperados. Devido a
problemas freqüentes com os estatores das bombas
esta medida de 20L foi suspensa, retornando ao uso
máximo de 22L até que o problema fosse
solucionado.
Figura 12 – Gráfico da resistência de cabos de 1, 2 e 3m de comprimento com variação na quantidade de água.
2.7 Proposta no traço da argamassa Em todos os testes foram utilizados no traço apenas
cimento CPV ARI e água (sem aditivos ou areia).
Após pesquisa bibliográfica, verificou-se que a Os testes foram iniciados com relação de
maioria das minas que utilizam o sistema de suporte água/cimento de 0,45, que é a recomendação
com cabos de aço utilizam como traço da máxima encontrada na literatura, Hutchinson and
argamassa apenas água e cimento. Nesse sistema, a Diederichs, (1996). Para 40 Kg de cimento foram
principal condicionante da resistência de aderência utilizados 18L de água e, posteriormente, foram
entre argamassa e cabo é a relação água/cimento. testados traços com 17 e 16L. A argamassa com
Com o intuito de propor a mudança no traço da 16L apresentou problemas durante o processo de
argamassa do cabeamento, foram realizados novos bombeamento, chegando a obstruir as mangueiras
testes de arrancamento na mina sem areia e com de injeção. As misturas com 17 e 18 L de água não
quantidades variadas de água. Estes testes tiveram o apresentaram problemas operacionais. Os
objetivo de se determinar a quantidade mínima resultados dos testes podem ser visualizados na
ideal de água que poderia ser utilizada e que Figura 13.
atenderia tanto as premissas de mecânica de rochas
como as da operação da mina.
271
Figura 13 – Resumo dos testes realizados com traço da argamassa modificado com cerca de 24h após a injeção.
Os resultados dos testes com argamassa cujo

traço considerava apenas água e cimento foram A)
satisfatórios, conforme visto na Figura 13. Os
resultados com valores baixos para resistência
de aderência se devem ao baixo ângulo de
instalação dos cabos injetados que não permitiu
a saída de água remanescente e
consequentemente, gerou uma argamassa com
menor viscosidade e resistência.
Os testes realizados com água e cimento com 18
e 17L de água, com uma relação água/cimento
de 0,45 e 0,42 respectivamente, foram bastante
satisfatórios, o último chegando a alcançar B)
valores de 21 e 24t para 1m de comprimento de
cabo.
Para verificar a viabilidade operacional da
utilização da argamassa com traço de água e
cimento foram realizados testes em que em três
turnos trabalhou-se apenas com água e cimento,
utilizando 17 e18L de água. Não foram
detectados problemas operacionais, pelo
contrário, a injeção foi mais rápida em
comparação à argamassa com areia e aditivos.
Mesmo com os resultados positivos dos testes
de arrancamento, ainda existia uma preocupação
com relação à possível diminuição da C)
viscosidade com a retirada da areia. A
viscosidade é essencialmente comandada pela
relação água/cimento, e a relação máxima
aceitável tecnicamente é de 0,45. Com esta
relação, tem-se uma viscosidade muito maior do
que aquela referente à argamassa com areia e
aditivos. A Figura 14Erro! Fonte de
referência não encontrada. mostra a grande
diferença de viscosidade entre os dois tipos de
argamassa, com e sem areia.
272
D) 3. CONCLUSÃO
Este trabalho compila as informações adquiridas
desde o final do ano de 2009, onde foram
iniciadas as investigações sobre as possíveis
causas dos valores inadequados da resistência
de aderência entre o cabo e a argamassa para o
cabeamento dos reslces de lavra da mina
Cuiabá. Por meio da observação e pesquisa
técnica puderam-se identificar essas causas,
eliminando-as e/ou minimizando-as. Através de
uma pesquisa técnica foi identificada uma
Figura 14 – A) Consistência da argamassa grande oportunidade de melhoria que
(viscosidade) apenas com água (18L) e cimento culminaram com ensaios práticos buscando
após 5s da retirada do recipiente; B) promover a mudança no traço da argamassa
Consistência da argamassa (viscosidade) apenas atualmente usado na mina Cuiabá.
com água (18L) e cimento após 10s da retirada A argamassa composta apenas por água e
do recipiente; C) Consistência da argamassa cimento tem como principais pontos positivos: o
(viscosidade) com água (22L), cimento, areia e aumento no fator de segurança, devido a uma
aditivos após 5s da retirada do recipiente; D) maior capacidade de aderência entre
Consistência da argamassa (viscosidade) com cabo/argamassa e a minimização do risco da
água (22L), cimento, areia e aditivos após 10s fuga da argamassa por entre as
da retirada do recipiente. descontinuidades, devido ao aumento da
viscosidade do material, sem comprometer o
Durante o processo de instalação de cabos já equipamento de bombeamento.
foram identificadas várias ocasiões em que Os estudos realizados levaram à recomendação
devido a quebras no interior do maciço rochoso de substituir a argamassa em uso na mina (areia
(por efeito da sua deformação) a argamassa + cimento + água + aditivos) por cimento CPV
consegue escapar (fluir) por essas aberturas. ARI e água. O novo traço foi padronizado para
Percebe-se nas fotos da Figura 14 que a ter 17L de água para 1 saco de cimento de 40Kg
probabilidade de escapar argamassa por entre as com uma tolerância de adição de mais 1L de
descontinuidades diminui com a mudança água na massa se necessário.
apenas para água e cimento.
Além dessa contribuição, podem ser listados
vários pontos positivos com a alteração do traço
da argamassa para água e cimento como:
- Aumento da resistência de aderência entre o
cabo e a argamassa e conseqüente aumento do
fator de segurança.
- Aumento da disponibilidade de tempo da
pessoa responsável pelo peneiramento e
ensacamento da areia. Atividade que antes era
necessária para o processo de cabeamento;
- Aumento da velocidade da injeção dos cabos,
melhorando a produtividade desta atividade;
- Redução dos problemas relacionados com os
estatores, pois o seu desgaste excessivo era
causado, principalmente, pela abrasão da areia;
O principal ponto negativo que pode ser listado

com a alteração do traço da argamassa para
água e cimento é:
- Maior consumo de cimento e
conseqüentemente, aumento do custo dessa
atividade para a mina.
273
REFERÊNCIAS
[1] HUTCHINSON, DOUGLAS JEAN, DIEDERICHS MARK STEPHEN.

Cablebolting in underground mines. Richmond: BiTech Publishers, 1996, 406p.
[2]Goris J.M. (1990) apud HUTCHINSON, DOUGLAS JEAN, DIEDERICHS MARK

STEPHEN. Cablebolting in underground mines. Richmond: BiTech Publishers, 1996,
406p.
274
Capítulo 3
Avanços na geotecnia de aberturas subterrâneas

Avances en la geotecnia de aberturas subterráneas
275
APLICAÇÃO DA TEORIA DOS MEIOS CONTÍNUOS GENERALIZADOS DE

COSSERAT NO DIMENSIONAMENTO DE CÂMARAS E PILARES EM
CAMADAS INCLINADAS
ALCIDES ELOY CANO NUÑEZ

E-mail: canonunez@demin.ufop.br
RODRIGO PELUCI DE FIGUEIREDO

Professor Associado ao Departamento de Engenharia de Minas, UFOP.
Departamento de Engenharia de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP - Brasil.
E-mail: rpfigueiredo@yahoo.com.br

RESUMO
Um dos problemas mais importantes no dimensionamento do arranjo de lavra por Câmaras e Pilares é
achar a seção ótima, na qual não pode ser avaliado com a aplicação de modelos que simplificam muitas
variáveis ou pressupõem procedimentos, para avaliar um problema cuja particularidade defere das
soluções via modelos clássicos, é preciso adotar técnicas e teorias, cuja logica avaliação não baseiem
soluções numa concepção simples. Para tanto, é necessário avaliar os esforços atuantes nos pilares e
estratos dos tetos tão acuradamente quanto possível.
Segundo a teoria clássica da mecânica dos meios contínuos, em um plano qualquer atuam tensões
normais e cisalhantes, as quais podem ser determinadas a partir de um tensor de tensões simétrico. Na
mecânica dos meios contínuos generalizados de Cosserat, além das tensões clássicas, considera também
tensões-momento e o tensor de tensões deixa de ser simétrico, isto é, as tensões cisalhantes em planos
perpendiculares entre si podem ser diferentes (não conjugadas).
Em pilares numa camada inclinada, o pilar fica submetido a um esforço de compressão devido ao peso da
coluna de rocha sobrejacente, e o plano em contato com o teto estará sujeito a uma tensão cisalhante
diferente de zero, enquanto as paredes têm tensões nulas. Isso gera um tensor de tensões não-simétrico
que não se pode contemplar adequadamente via mecânica clássica, a qual pressupõe as tensões
cisalhantes conjugadas. Em contrapartida, na mecânica de Cosserat essa condição é perfeitamente descrita
pela formulação teórica. Assim, com a aplicação dos conceitos da mecânica de Cosserat poder-se-á
dimensionar pilares com maior acurácia, já vez que estará sendo considerado o verdadeiro estado de
tensões nos mesmos, que, pelo exposto, seria mais bem representado por um tensor de tensões não-
simétrico.
Por outro lado, o dimensionamento do arranjo de lavra será confiável, quando o método aplicado avalie
todos os esforços, ao mesmo tempo em que são consideradas as características geotécnicas que governa a
resistência dos pilares e dos estratos sobrejacentes. Nesse trabalho, o dimensionamento será colocado na
forma de um problema cuja solução é realizada com envasamento na teoria dos meios contínuos
generalizados de Cosserat. No qual o problema é achar todos os esforços que atuam num pilar de mina em
camadas inclinadas.
Considerando a mecânica de Cosserat para achar o estado de tensões nos pilares de uma maneira mais
correta, poder-se-ia ter a certeza que os esforços no pilar ficam quantificados em relação á teoria clássica
e os métodos empíricos. Com o presente estudo, espera-se contribuir de maneira significativa para que
projetos mais racionais de Câmaras e Pilares em camadas inclinadas possam vir a ser feitos futuramente.
Palavras-chave: Câmaras e Pilares, Mecânica de Cosserat, Programação Matemática Não-linear
276
RESUMEN
Uno de los problemas en el dimensionamiento de minado por el método de cámaras y pilares es optimizar
las dimensiones lo que no es posible alcanzar al aplicar modelos que simplifiquen muchas variables o
presuponen procedimientos, para evaluar un problema cuya particularidad difiere de las soluciones vía
modelos clásicos es preciso adoptar técnicas y teorías, cuja evaluación lógica no este basada en
soluciones de una concepción simple. Por lo tanto, es necesario evaluar los esfuerzos actuantes en los
pilares y estratos de los techos de la mejor manera posible.
De acuerdo a la teoría de la mecánica clásica de los medios continuos, en cualquiera de los planos actúa
esfuerzos de compresión y esfuerzo cisallante, los mismos que pueden ser determinados a partir de un
tensor de tensión simétrico. En la mecánica de medios continuos generalizados de conserrat, además de
las tensiones clásicas, se considera también tensiones momento y el tensor de tensiones deja de ser
simétrico.
En pilares en camadas inclinadas, en la zona de contacto del pilar con la roca sobreyacente, ocurren dos
tipos de esfuerzos, una tensión cisallante, entre tanto que las paredes tendrán tensiones nulas. Esto
generará una matriz de esfuerzos no simétrico el mismo que no se puede contemplar adecuadamente vía
mecánica clásica, la misma que presupone tensiones cizallantes conjugadas. Por otra parte con la teoría de
Conserrat esa condición es perfectamente descrita en su formulación teórica. Así al aplicar esta teoría
seria posible encontrar con mayor precisión los esfuerzos que actúan en el pilar, por tales motivos su
dimensionamiento sería mas confiable, debido a que será considerado los estados de tensión presentes,
que por lo antes mencionado seria mejor representado por una matriz no simétrica.
Por otra parte, el dimensionamiento determinado será confiable, cuando el método aplicado evalúe todos
los esfuerzos, al mismo tiempo en que son consideradas las características geotécnicas que gobiernan la
resistencia de pilares y de los estratos subyacentes. En este trabajo el dimensionamiento será colocado en
la forma de un problema y cuja solución será realizada en base a la teoría de medios continuos
generalizados de Conserrat, cuyo objetivo será determinar los verdaderos esfuerzos que actúan en un pilar
de mina en camadas inclinadas.
Al utilizar la teoría de conserrat para determinar el estado de tensiones presente en los pilares, frente a los
métodos clásicos y empíricos, será posible cuantificar los esfuerzos actuantes en el pilar, con el presente
estudio se espera contribuir a que nuevos proyectos sean realizados con aplicaciones de teorías correctas.
Palabras-clave: Teoría de medios continuos de Conserrat, Pilares, geotecnia Subterránea,
277
INTRODUÇÃO fornecem resultados que na maioria das

vezes sua aplicação não se ajusta a um
O esgotamento dos recursos naturais valor próximo do verdadeiro.
nas últimas décadas ate nossos dias Isto se deve as particularidades e
vêem sendo um problema das complexidades presentes nos trabalhos
sociedades no mundo inteiro, a de engenharia nas aberturas
demanda de minério é maior e vai subterrâneas, já que no maciço rochoso
ligado ao desenvolvimento das estão presentes variáveis controláveis e
indústrias e firmas que requerem este outras fixas, como a forma da abertura,
recurso para a continuidade da profundidade, geometria. Da mesma
produção. maneira se tem variáveis complexas que
precisa de estudos e análises detalhados,
Percebe-se que nos últimos anos as para criar uma modelagem própria. As
jazidas a céu aberto cada vez foram características do maciço rochoso,
diminuindo em volume e quantidade, já estabilidade, competência, esforços
que desde sempre elas forneciam atuantes que agem à determinada
facilidade e rapidez do recurso mineral, profundidade, variáveis dinâmicas,
além do retorno econômico que oferecia definirão a escolha para o método de
a lavra a céu aberto. Devido à escassez lavra.
e novos horizontes de pesquisa mineral,
a mineração subterrânea foi tomando A finalidade deste estudo é aplicar a
relevância, as pesquisas de geotecnia mecânica de Cosserat para pilares em
não estavam prontas o indo camadas inclinadas, na qual, sua
concomitantemente com o aplicação vai permitir achar o valor
desenvolvimento dos projetos, de certo dos esforços solicitados ao pilar,
maneira que possa ajudar como fonte de consequentemente dimensionar o pilar
pesquisa, porem ainda assim isso não que possa resistir ao carregamento
tem sido problema para o seu aplicado.
desenvolvimento.
PROBLEMA
As formas na que se apresentam os Um dos problemas mais importantes no
corpos de minério na natureza são dimensionamento do arranjo de lavra
variados, dependem de fatores como a por Câmaras e Pilares é otimizar a
solução mineralizante, disponibilidade recuperação. Para tanto, é necessário
da rocha para receber soluções avaliar os esforços atuantes nos pilares e
magmáticas as quais são funções da estratos dos tetos tão acuradamente
textura, tipo de composição quanto possível.
mineralógica, posicionamento espacial, Um pilar numa camada inclinada, o
etc. A abordagem deste estudo será topo fica submetido a esforços de
sobre corpos de minério cujo método de compressão e tensão cisalhante devido à
lavra é Câmaras e Pilares. rocha sobrejacente, sendo estes valores
diferentes de zero, porem nas paredes os
Atualmente na indústria mineral, valores para o esforço de compressão e
referente a lavra subterrânea se utilizam a tensão cisalhante é zero, isto gera um
técnicas de avaliação e estimativas tensor de tensões não simétrico, numa
determinísticas , assim também, as avaliação via mecânica clássica fica
ferramentas computacionais utilizadas restrita, isto devido a que sua aplicação
com formulação em teorias é validada para um tensor de tensões
conservadoras e dados determinísticos simétrico. Como opção alternativa, na
278
mecânica dos meios contínuos -Difundir a aplicação da mecânica de

generalizados de Cosserat, essa Cosserat na aplicação para projetos
condição fica perfeitamente definida no futuros, na que envolve aplicações
postulado teórico, na qual existe um complexas não resolvidas pela mecânica
tensor não simétrico definido como clássica.
esforços antissimétricos, as quais geram
momento, essa diferencia é defendida MECÂNICA DE COSSERRAT
na formulação teórica da mecânica de O presente estudo estará baseado na
Cosserat. aplicação da mecânica de Cosserat para
Assim, com a aplicação dos conceitos Pilares inclinados normais á camada,
da mecânica dos meios contínuos presentes em aberturas subterrâneas.
generalizados poder-se-á dimensionar
pilares com maior acurácia, já vez que TEORIA DOS MEIOS
estará sendo considerado o verdadeiro CONTÍNUOS
estado de tensões nos mesmos, que,
pelo exposto, seria mais bem
GENERALIZADOS
apresentado por um tensor de tensões Na teoria dos meios contínuos
não simétrico. generalizados considera os esforços
normais e tensões cisalhantes não
simétricas, a qual é responsável pela
OBJETIVOS.
-Dimensionar o arranjo de lavra via deformação, originando uma rotação
aplicação da mecânica dos meios angular. Assim, também existe uma
contínuos generalizados de Cosserat. diferencia dos esforços cisalhantes, cuja
Tendo como finalidade achar as resultante é conhecido como esforço
dimensões da seção do pilar, a partir de antissimétrico, a qual provoca rotação
uma avaliação certa dos esforços que sim deformação, este valor de esforço
agem no pilar. antissimétrico esta associado com o
tensor momento.
-Contribuir de maneira significativa,
Então, na mecânica de Cosserat, não
para que projetos mais racionais de
existe esforços cisalhantes conjugados,
Câmaras e Pilares em camadas
esta situação é diferente da mecânica
inclinadas possam vir a ser feitos
clássica. Veja a figura # 1, uma situação
futuramente, considerando teorias mais
na que existem momentos associados às
apropriadas.
diferenças dos esforços cisalhantes. No
quadro # 1 (veja pagina #6) se apresenta
JUSTIFICAÇÂO.
um resumo das equações deduzidas da
-Avaliar com maior acurácia o
figura 2(a)- e 2(b).
verdadeiro estado de tensões que agem
num pilar em camadas inclinadas.
279
YX XY Deformação Elemento
Rotação Deformado e Rotado
Y Y Y Y s
M YZ s
YX YX
M XZ a
XY M a
X XY X X X
Estado inicial Estado final

(a) (b) (c) (d)
MECÂNICA CLÁSSICA TEORÍA DOS MEIOS CONTÍNUOS GENERALIZADOS DE COSSERAT
Na figura 1(a), refere a mecânica antissimétrica definida pelo τa , sendo

Figura1: Mecânica Clássica - Meios Contínuos Generalizados de Cosserat
clássica, caracterizado pela igualdade um valor que atua como esforço que
das tensões cisalhantes para planos gera momento. Das formulações de
ortogonais, na qual pode avaliar Cosserat podem ser deduzidas as
esforços num plano qualquer, conhecido equações, na qual uma partícula é
os esforços que atuam em dois planos. submetida a esforços e momentos.
Por em quanto à figura (b), (c) e (d), A continuação veja o seguinte gráfico
existe diferencias no valor das tensões na pagina # 5.
cisalhantes, existindo assim um valor
simétrico com uma parcela
Y Y
Y' Y'
A A
x'y' x'y'
xy X' X'
Mxz
Mxz x'y'
xx Mx'z xx Mx'z
O' O'
Acos
2
Acos X X
Ponto O yx Ponto O yx
Asen yy
yy
Myz
Myz
Asen
2
OO' : Asen cos OO' : Asen cos

(a) (b)
Figura2: Esforços normais, cisalhantes e tensor momento.
Um análises da solução teórica de Cosserat, permite concluir em equações dos esforços

e momentos que atuam num corpo.
QUADRO # 1
280
TIPO EQUAÇÕES
2 2
x cos y sen yx sen cos
Teoría dos meios contínuos
x' xy
generalizados de Cosserat
2 2
Esforços 2D y' x sen y cos xy yx sen cos
2 2
x'y' xy cos yx sen x y sen cos
2 2
y sen x cos
Momento 2D M x'z M xzcos M yz sen A a sen cos
2 2
ESFORÇOS ATUANTES NO PILAR.

Y' Y
Z
Altura média com
relação a superfície
Pilar
Limite da região de influência
Estado Estado
Inicial Final Pilar
M
Y' Pilar X'
A X
Y'X' Vão
ilar
ro P
Futu Minério
X'
X'Y'
Figura 3: Analises do estado de tensões num pilar de mina
Da figura anterior se conclui duas Na figura # 3, para um estado inicial

coisas, na primeira corresponde a um onde não existe escavação alguma, é um
estado inicial, com esforços cisalhantes sistema com forças equilibradas, depois
conjugados, e um estado final, quando de um processo de lavra na qual só fica
os esforços são diferentes o um deles é o pilar e vãos (estado final), não existe
zero, vai existir um valor antissimétrico mais sólido que faça equilíbrio nessa
e um simétrico. Voltando à figura # 1(b) região vazia, então tanto as forças de
e 1(c), as parcelas τs e τa na definem a confinamento e as cisalhantes que
deformação e rotação respetiva no pilar. atuam no plano X’, não existem mais.
Esta situação de “estado final” é a
mesma que ocorre num ensaio à
281
compressão simples. Para os valores valores de compressão e tensão na área

σPillar e τPillar , vamos a apresentá-los contato, para simplificar tais condições,
como “σP” e “τP” respectivamente, as assumimos um valor de compressão e
quais corresponde a valores afetados tensão cisalhante média, para um valor
pela razão Atotal /Apilar. de altura média “Z”, existe uma pressão
uniforme atuante num plano RR’. Veja
MOMENTOS ATUANTES NO PILAR seguinte figura.
Um pilar de mina normal à camada
inclinada fica submetido a diferentes
Ao longo do plano correspondente á situação vai acontecer uma tensão
área de influencia do pilar atuam antissimétrica.
pressões normais diferentes, cujo valor As analises da formulação teórica dos
de esforço varia em todo o meios contínuos generalizados permite
comprimento do vão, e a ordem de quantificar por meio de equações estes
grandeza é uma gradiente de esforços esforços e momentos, cuja característica
normais que esta em função do é um pilar de mina com eixo normal à
mergulho da camada, a diferencia de camada inclinada.
altura é proporcional à amplitude do vão
e ângulo da inclinação, e induze um DETERMENINAÇÃO DOS ESFORÇOS
momento no pilar, e atua em sentido E MOMENTOS QUE AGEM NO
anti-horário, gerando compressão no PILAR
lado esquerdo do pilar, e tração no Esforços in situ
direito. Para estimar as tensões nos faremos uso
Depois do processo de escavação, para das hipóteses básicas. As tensões
uma situação final, no contato do pilar verticais σV, é a tensão principal maior.
com o teto, vai acontecer esforços O valor de σH, é a tensão principal
normais “σP” e uma tensão cisalhante menor, isto pode ser considerado para
“τP”, os valores de esforço normal e topografia plana e profundidades
tensão nas paredes do pilar somem, pelo relativas.
exposto na mecânica de Cosserat, nesta Para achar o valor de K, aplicando a
teoria de Sheorey (1994).
 1 1
Κ = 0.25 + 7Ε +  ................................(1)
 1000 z 
σ Y = σ 1 = γz
σ X = σ 3 = Κ γz = Κ σ Y
Esforços no pilar
Aplicando as equações para achar esforços num plano qualquer.
σY + σ X  σY −σ X 
σY '= 
2
+
2
(
 cos 2α = cos 2 α + Κsen 2α γΖ ) ...................................(2)
   
σ X − σY   Κ −1 ...................................(3)
τY X = 
' '  sen2α =  γΖsen2α
 2   2 
Esforços Gradiente
Esta em função das diferencias de altura que existe entre os pontos RS (veja o gráfico #
4)
282
-Diferencia de altura, corresponde a uma altura RS.

 W + WP 
∆Z =  O  senα ...................................(4)
 2 
-Esforço vertical, responsável de provocar o par conjugado de tração – compressão,

região AR’S’ e ARS.
 W + WP 
∆σ Y = γ∆Ζ = γ  O  senα ...................................(5)
 2 
-Esforço horizontal, analogamente tem-se a região ONA’ e MAM’

 W + WP  ...................................(6)
∆σ X = Κ∆σ V = Κγ∆Ζ = Κγ  O  senα
 2 
Tensores momento
a) Tensor momento no eixo Y
(W + WP )3 senα cos 2
γ O
M TENSOR (YZ ) = 12 =γ
(WO + WP )2 senα cos α ...................................(7)
(WO + WP )cos α 12
b) Tensor momento no eixo X
Κγ
(WO + WP )3 sen3α
M TENSOR( XZ ) = 12 = Κγ
(WO + WP )2 sen2α ...................................(8)
(WO + WP )senα 12
c) Esforço antissimétrico.
τ X Y −τY X
' ' ' ' ( K − 1) ...................................(9)
τa = = γ (WO + WP ) sen 2α cos α
2 4
Momento tensor atuante na area que corresponde ao vão

Existe um momento geral e atua no plano Y em relação a Z, ele surge devido a:
-Momentos dos esforços normais, devido à diferencia de altura, (Momento tensor em X
e Y)
-Momentos devido ao esforço antissimétrico “τa”
Para um ângulo de α+π/2, a formula para achar o momento num plano qualquer é:
 ∆σ Y cos 2 α ∆σ X sen 2α 
M Y ' Z = M YZ cos α − M XZ senα + A − + τ a senα cos α  ...................(10)
 2 2 
Momento TENSOR no TOPO DO Pilar

O Valor do tensor momento MY’Z, depois da escavação é afetado pela ração At/Ap, a
equação # 10 deve ficar acrescentada da seguinte maneira. Assumindo um pilar se
seção quadrada.
283
2
At  W + WP 
M P = M Y 'Z = M Y ' Z  O  ...................(11)
Ap  WP 
O valor MP é o tensor momento já concentrado e atua na parte superior num ponto

central da área do pilar. Este valor ainda segue sendo um momento tensor.
MOMENTO EM RELAÇÃO à metade da altura do pilar
Z Altura média
com relação à superfície
Coluna de rocha
X'
Hp
p
p Zona de tração
X
A
M O'
P
Zona de compressão
Hp : Altura do pilar
AO' : Hp/2
Figura # 5: Momentos tensor MP, e esforço cisalhante τp.
O valor de MP, um tensor momento, sentido anti-horário, tal como se

atua provocando uma rotação do pilar. apresenta na figura #5.
Assim também a tensão cisalhante atua -Calculo do valor de momento atuante
no contato do pilar com a rocha no topo do Pilar devido a MP, Para isto
sobrejacente produze rotação em vamos a considerar a área da influencia
que corresponde ao pilar.
2
2  W + WP 
MO
MP
= M P (WP ) = M Y ' Z  O  WP 2 = M Y ' Z (WO + WP )2 ...................(12)
 WP 
-Calculo do valor momento gerado pela tensão cisalhante “τP”, em relação à metade da
altura do pilar, no ponto O’, veja figura #5.
2 Κ − 1
= (WO + WP ) 
τP
MO σ Y sen2α ...................(13)
 2 
-Momento total em relação à metade da altura do pilar
O' 2  2  Κ − 1 H
MO = M Y ' Z (WO + WP ) +  (WO + WP )  σ Y sen2α  P ...................(14)
  2   2
284
No seguinte gráfico se apresenta os momentos que agem no pilar
Y'
EIXO
p
p X'
Hp
p A
Mo
X
O' t
Tensor Mp
Mo c
Zona de
tração
Zona de
compressão
p
Mo : Momento devido à tensão cisalhante
Tensor Mp
Mo : Momento gerado pelo momento tensor
Figura # 5: Pilar submetido a um momento tensor e esforços que geram momento.
Esforços de tração e compressão gerado pelo momento

Aplicando a formula da flexão tem se.
MyC
σ=
I C .G
Onde:
O'
M : momento máximo aplicado ( Nossa situação corresponde a MO )
yC: Distancia do eixo do pilar ao ponto lateral
ICG: Momento de inercia com relação ao eixo neutro
  Κ −1  HP 
 M Y ' Z (WO + W P )2 +  (WO + W P )2  σ Y sen2α   ...................(15)
 2 
    2
σ= 3

WP
6
Este valor de σ, tem que ser

acrescentado no esforço de compressão
285
devido ao peso da rocha sobrejacente, direita do eixo do pilar, os esforços de

para assim obter o verdadeiro valor que compressão estão diminuídos pela
age na seção do pilar. tração induzida devido ao momento. A
continuação se apresenta o seguinte
Voltando a figura # 5, na zona esquerda gráfico que relaciona o ângulo e o
da seção do pilar acontecem esforços de esforço
máxima compressão, porem na zona
20
15
σ ( Wo , Wp , γ , K , α , Z )10
0
0 10 20 30
α
Gráfico # 1: Relação mergulho da camada e esforços gerados no pilar
No gráfico anterior, mantendo fixo as quantidades de Wo,Wp,γ,K, os valores os

esforços varia proporcionalmente com o mergulho da camada.
Esforços efetivos num pilar de mina

Conhecida a formula de Obert & Duvall (1967), que estima os esforços da resistência
num pilar, a mesmas que também tem sido demostrada por William G. Pariseau.
 WP 
σ c = σ c1  a + b 
 H P  ...................(16)
a : 0.64
b : 0.36
-Esforço Máximo.
  Κ −1 H 
 M Y ' Z (WO + WP )2 +  (WO + WP )2  σ Y sen2α  P 
 W    2 
  2 
σ Máximo = σ c1  a + b P  +  3
...................(17)
 HP  WP
6
Estes esforços agem no lado esquerdo do eixo o pilar

-Esforço Mínimo.
  Κ − 1 H 
 M Y ' Z (WO + WP )2 +  (WO + WP )2  σ Y sen2α  P 
 W    2 
  2 
σ Mínimo = σ c1  a + b P  −  3 ...................(18)
 HP  WP
6
286
Estes esforços agem no lado direito do eixo o pilar
apropriada, já que considera todos os

Conclusões esforços, momentos.
-A Mecânica clássica não considera os -Num pilar de mina acontecem esforços

momentos gerados pela diferencia de induzidos de tração e compressão, como
altitude, devido ao mergulho da consequência do momento.
camada.
-A grandeza da diferencia dos esforços
-A aplicação da teoria da mecânica de máximos e mínimos, é função da
Cosserat, na aplicação para achar os resistência e os esforços induzidos.
esforços num pilar inclinado, é a mais
287
BIBLIOGRAFÍA.
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& Francis , London.
Figueiredo e Curi (2007):”DIMENSIONAMENTO ÓTIMO DE PAINÉIS,CÂMARAS

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Figueiredo e Curi (2005), “OTIMIZACÃO DE RECUPERACÃO EM LAVRA POR

CÂMARAS E PILARES UTILIZANDO PROGRAMAÇÃO NÃO LINEAR”, 1°
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Ferdinand P. Beer & Russell Johntons Jr (1995): ”RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS”,

3ra Edição. São Paulo: Pearson Makron Books.
Instituto Geológico Minero de España (1991): “MECÁNICA DE ROCAS APLICADA

A LA MINERÍA METÁLICA SUBTERRÁNEA”, 1ra Edición.
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Edition, Library of Congress Cataloging in Publication Data.
William A. Nash (1982): ”RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS”; 2da Ed. São Paulo:
McGraw-Hill do Brasil.
OTROS.
Rodrigo Pelucci (2011): ANÁLISES DE TENSÕES DE COSSERAT, Notas e

Manuscritos de Aula.
288
Nuevas tecnologías en Sistemas de calidad aplicados a la Geotécnia: Utilización de

la Georrefenciación, mapeado GPS y códigos GeoQR - GeodataMatrix en una red
subterránea de posicionamiento global subterránea
Rafael Barrionuevo Giménez
Prof. Dr. Ingeniero de Minas. Responsable de Área de Tecnología del

Medio Ambiente de la Universidad de Vigo. rbarrio@uvigo.es
RESUMEN: Basado en anteriores exposiciones, la ponencia y artículo refleja cómo se

pueden combinar la tecnología para mejorar nuestro sistema de gestión de la calidad
total en geotécnia. Para ello se hará una referencia práctica de cómo se hace una
georreferenciación geológica tanto a nivel de litografía como a nivel tectónico. Esto
constituye la base de la geotécnia. A continuación el mapa geológico se traslada a un
GPS y en caso de existir red subterránea GPS*, se tiene la geología “in situ” lo que
mejora sensiblemente los parámetros de seguridad y permite definir índices geotécnicos,
de calidad del macizo, planificación de sostenimiento, detección de áreas problemáticas
en estabilidad, incorporación de imágenes de georradar en GPS, etc. También se
pueden aplicar los códigos de respuesta rápida para la obtención de información sobre
servidores de intranet.
(* Leer artículos anteriores)
PALABRAS CLAVE: Calidad total. Sistemas de Gestión. Sistema de calidad total en geología, Sistema
de calidad total en geotécnia, GPS en geología y geotecnia. Administración sin papeles.
289
INTRODUÇÃO
1. INTRODUCCIÓN
En este siglo XXI, resulta impensable mallas o ámbitos cada vez más pequeños
afrontar la minería sin un marcado y exactos.
camino que tienda hacia la calidad total. - Se introduce la posibilidad de
Los recursos que recibimos deben ser interconectar mapas y planos para la
explotados lo más racionalmente mejora en la toma de decisiones. Incluso
posible de forma que nuestro paso la administración puede pedir una gran
resulte desapercibido y no se produzcan parte de los planes de labores en formato
daños a la naturaleza. pre-GPS.
- El mapa, además de “no mojarse”, es
Una vez estudiado el planteamiento sobre decir que permanece inalterable, puede
la instauración del sistema de calidad total, en muchos casos tomar fotografías,
medir una temperatura, recibir variables
visto en el artículo anterior, voy a intentar
biométricas, calcularme un área, darme
explicar cómo se lleva crea un sistema el valor de una longitud o darme la altitud
digital de cartografía GPS aplicado en los a la que nos encontramos. Se puede decir
siguientes puntos que hacen referencia a la que el GPS será nuestro “super mapa”
geotécnia con los siguientes beneficios: casi inteligente.
- Reducción en un 90% de la utilización de - Ayuda al trabajo de campo, y evita
mapas geológico-geotécnicos en formato errores de transcripción, realizando una
papel. Esto mejora la salud de los labor de puente entre la toma y consulta
bosques y disminuye sensiblemente las de datos y la organización de los mismos
emisiones. En España se consumen al año dentro de una computadora, eliminando
una media de 160 kg de papel por errores humanos y acelerando
persona. Cada tonelada de papel que se muchísimo los largos, tediosos y costosos
recicla evita que se talen 3,14 toneladas procesos de introducción de datos.
de árboles y se consuman algo más de 0,5 - Mejora de la seguridad pasiva por
toneladas equivalentes de petróleo. A conocimiento más preciso de la geología
modo de resumen, se producen 1,6 veces y geotécnia del lugar. Así mismo se
menos emisiones de gases con efecto pueden establecer y portar mapas de
invernadero si usamos papel reciclado y riesgos asociados.
muchísimo más marcado resulta la - Potencial aplicación masiva en el exterior
diferencia si nuestro sistema pasa a ser y restringida a normativa de seguridad
digital. Respecto a ciertos agentes intrínseca en el interior. Vertederos,
altamente contaminantes como las tintas trazados de túneles, viales, carreteras,
de impresión y tóner se produce también canales hidráulicos, oleoductos,
un importante efecto de disminución y la mineroductos, líneas eléctricas y todo
electricidad asociada, etc. también tipo de aplicaciones que requieran algún
decrece. tipo de obra civil.
- Toma de datos y replanteos geológicos y - Generación de información en formato
geotécnicos. La naturaleza es grande, estándar para el ciudadano o empresas,
muy grande; así como sus parámetros a favoreciendo su uso y carga en
escala geológica-geotécnica. Los nuevos dispositivos de telefonía móvil y GPS. La
sistemas GPS nos permiten mejorar la ingeniería (planos, etc), los juzgados y el
exactitud en la toma de datos y aportar papel higiénico acaparan valores de
muchísimos más, mejorando de esta consumo muy elevados. Sirva como
manera, la geología y la geotecnia en ejemplo, y con el ánimo de romper este
estructurado esquema que, sólo el
290
juzgado de la ciudad de Barcelona,

generó 27 millones de fotocopias en un - Puntos: Representan elementos
pequeño apartado que son los tramites puntuales. Generalmente en geología
de separación matrimonial y divorcios no se suelen utilizar, pero podrían
por lo que el paso a una administración definirse sin problemas por ejemplo en
sin papeles es básica en nuestros días. la toma de datos tipo sondeo, métodos
o puntos de control como por ejemplo
2.PROCEDIMIENTO en un examen con georradar,
Dado que gran parte de los surgencias, puntos de sostenimiento,
dispositivos GPS actuales incorporan etc.
sensor de temperatura, cámara
fotográfica e incluso sensores
biométricos (pulsómetro) ; como A partir de aquí se conocerán cuantos
punto de partida se tomarán los tipos (tramas para polígonos, líneas y
ficheros en formato .shp de SIG. diseño de iconos) se van a emplear.
A continuación es muy importante que Cada litografía tendrá asociado su tipo
para cada litografía (supuestamente (polígono), y de forma análoga cada
una capa de nuestro Sistema de línea tectónica tendrá también su tipo
Información Geográfico), se asocie un (de línea) y por último cada punto
fichero .shp; Básicamente se trata de tendrá asociado un icono representativo.
separar elementos:
- Polígonos: un rectángulo que defina el

área o región de encuadre de mi mapa y
todos polígonos (lito-estratigrafía) que
tengamos en esa zona separados por
tipos.
Ejemplo de grupos de polígonos
separados por su litografía:
Ejemplo de tipo para polígono
7234_Paleogeno_Areniscas y limonitas rojas

930_Gravas con matriz areno-arcillosa
950_Dep-fluvioglaciales-morrenicos
O de cualquier otro tipo:
Zonas con un determinado tipo de

sostenimento
Zonas de calidad de macizo Ejemplo de tipo para poli-línea
Distribuciones de leyes
- Polilíneas: representan principalmente

la tectónica, como ejemplos:
Cambio de facies
Cabalgamientos
Sinclinales
Anticlimales
Contactos Ejemplo de tipo para punto
291
Con este arduo trabajo realizado, se 3.08634),(42.33864,-3.08563),(42.33856,-

3.08499),(42.33848,-3.08415),(42.33848,-
convierten por separado todos los 3.08400),(42.33848,-3.08336),(42.33850,-
ficheros de extensión .shp a formato 3.08287),(42.33867,-3.08222),(42.33880,-
3.08188),(42.33922,-3.07948)
ASCII (formato polaco), con el objeto [END]
de tener la información intercambiable,
editable y de rápido acceso. Tal y como se puede apreciar, tanto para
polígonos como líneas cada uno de ellos
El aspecto del fichero es semejante a: contiene su tipo definido y creado
;130 Secundario. Triásico Keuper
anteriormente para él. Esto, permite por
[POLYGON] ejemplo, cambiar un tipo rápidamente a
Type=0x000d
Label=Arcillas y yesos. Arcillas abigarradas
todos los elementos que se
y yesos correspondan con una litografía
Data0=(42.34060,-3.08566),(42.34015,-
3.08407),(42.34013,-3.08403),(42.33974,-
determinada usando un simple editor de
3.08272),(42.33961,-3.08212),(42.33957,- textos.
3.08179),(42.33918,-3.08392),(42.33946,-
3.08611),(42.33963,-3.08759),(42.33966,-
3.08842),(42.33966,-3.09001),(42.33948,- También me permite hacer rápidos
3.09132),(42.33942,-3.09181),(42.33931,- replanteos sobre cualquier litografía al
3.09222),(42.33912,-3.09299),(42.33910,-
3.09372),(42.33905,-3.09452),(42.33905,- tenerlas todas separadas.
3.09480),(42.33916,-3.09559),(42.33918,-
3.09583),(42.33933,-3.09664),(42.33935,-
3.09772),(42.33933,-3.09849),(42.33929,-
3.09902),(42.33922,-3.09952),(42.33916,-
3.09969),(42.33905,-3.10010),(42.33899,-
3.10070),(42.33860,-3.10117),(42.33835,-
3.10143),(42.33818,-3.10184),(42.33802,-
3.10231),(42.33792,-3.10274),(42.33787,-
3.10295),(42.33783,-3.10317),(42.33761,-
3.10372),(42.33732,-3.10439),(42.33708,-
3.10493),(42.33702,-3.10546),(42.33697,-
3.10608),(42.33704,-3.10668),(42.33706,-
3.10673),(42.33702,-3.10789),(42.33837,-
3.10913),(42.33854,-3.10870),(42.33899,-
3.10825),(42.33979,-3.10819),(42.33987,-
3.10774),(42.34000,-3.10729),(42.34019,- Listado de litografías separadas
3.10699),(42.34025,-3.10683),(42.34045,-
3.10643),(42.34060,-3.10593),(42.34066,-
3.10568),(42.34077,-3.10473),(42.34079,- Llegados a este punto comienza la fase
3.10413),(42.34079,-3.10405),(42.34086,- de ensamblado para conformar el futuro
3.10321),(42.34088,-3.10252),(42.34086,-
3.10160),(42.34069,-3.10093),(42.34054,- mapa GPS.
3.10038),(42.34047,-3.10016),(42.34024,-
3.09917),(42.34028,-3.09847),(42.34058,-
3.09778),(42.34064,-3.09621),(42.34054,-
3.09542),(42.34043,-3.09480),(42.34036,-
3.09452),(42.34030,-3.09420),(42.34024,-
3.09368),(42.34030,-3.09304),(42.34034,-
3.09274),(42.34054,-3.09235),(42.34066,-
3.09211),(42.34090,-3.09149),(42.34111,-
3.09046),(42.34114,-3.08915),(42.34105,-
3.08823),(42.34090,-3.08707)
[END]
Para una línea por ejemplo sería algo

así:
[POLYLINE]
Type=0x0
Label=Contacto concordante o normal
Data0=(42.33905,-3.09452),(42.33888,-
3.09415),(42.33864,-3.09342),(42.33864,-
3.09323),(42.33864,-3.09143),(42.33873,-
3.09027),(42.33882,-3.08982),(42.33899,-
3.08836),(42.33884,-3.08731),(42.33873,-
292
Los mapas suelen llevar los siguientes

identificadores:
- FID (Family ID). Identifica la familia. Por

ejemplo para dispositivos Garmin el FID
2216 representa la familia Topografía
España v4.0 Proceso de carga en GPS
- PID (Product ID). Identifica el producto.
Garmin para sus productos utiliza un 1,
otros pueden llevar otro número (0).
Para que un producto sea
potencialmente considerado como
Garmin y poder así emplear su
software, se deberá asignar el valor 1
mencionado anteriormente.
- Número de mapa. Suele ser un número
de 8 dígitos. Se supone que cada mapa
gps se podrá montar como un conjunto
de mapas o regiones más pequeñas. Por
ejemplo, el mapa geológico nacional de
España MAGNA se compone de hojas
geológicas a diferentes escalas
(1:25.000; 1:50.000).
- UNL (Unlock Code). Algunos mapas de
tipo comercial requieren un código de
desbloqueo que obliga a comprar el Proceso de compilación de mapas
mapa para recibir dicho código para
utilizar los mapas. En la actualidad suele Una vez instalados los mapas en el
ir asociado a un dispositivo GPS y un dispositivo; éste se podrá emplear ya
software. para navegar tal y como se muestra a
- Mapset Name. Es el nombre de nuestro continuación.
conjunto de mapas.
- Niveles de zoom. Se suelen admitir
entre 8 y 10 niveles de zoom entre 500
km hacia abajo. Esto permite la
escalabilidad del grado de detalle del
mapa.
Con estos datos se pasa ahora a la fase

de compilación, que es específica para
cada dispositivo GPS y por ese motivo
tiene menos interés desde el punto de
vista técnico dentro de nuestro sistema
de calidad total en geotecnia al que
estamos incorporando como mejora o
innovación la tecnología GPS.
293
3.INTEGRACIÓN EN ESPACIOS Definimos como georreferenciación al acto

SUBTERRÁNEOS. de dar las coordenadas de posición
geográfica de un objeto respecto a un
Después de haber descrito con detalle, formato de posición, un datum de mapa y
tanto en el evento de Lisboa como en el de un esferoide.
Quito el funcionamiento de la red La georreferenciación puede ser “grosera”
subterránea GPS y que se podría recordar o “fina”, entendiendo la primera como “no
con el correspondiente dibujo, demasiado precisa” y la segunda como
“con precisión”, independientemente de la
calidad o valor alcanzado. Lo
anteriormente expuesto, desde el punto de
vista topológico tiene un significado mucho
más llamativo. Por ejemplo: una catedral
puede georreferenciarse por un punto, sin
embargo, todo el mundo entiende que las
dimensiones de la misma exceden
ampliamente del concepto punto. Se
podría decir entonces que un punto podría
no se perderá más tiempo en su representar de forma grosera una catedral.
descripción física. De análoga forma un punto puede
representar también de forma grosera una
Por otra parte, en Ayacucho (Perú), expuse ciudad.
en dos conferencias la georreferenciación y Cuando hablo de georreferenciación “fina”
normalización de capas de información o con precisión haré referencia a entidades
para un sistema minero así como la con cierto tamaño (pequeño), volumen y
utilización de códigos datamatrix y QR. dimensiones físicas a cuya abstracción
puntual se le pueda asignar ciertas
Dado que los GPS modernos incorporan características. La palabra precisión no
cámaras de fotos, e incluso algunos que tiene sentido cuando se habla de entidades
llevan sistema operativo tipo Windows de grandes dimensiones, pero sí la tiene
Pocket PC (e.g.: Trimble); pueden cuando se habla de pequeñas entidades o
incorporar un módulo SIM telefónico que elementos, como son las señales, el
permite incluso la conexión a internet, se mobiliario urbano, un punto de interés, un
debe pensar en otra mejora de nuestro mojón, hito kilométrico, una fuente, un
sistema de geología y geotécnia. Es portal de una casa, etc.
entonces cuando aparece un nuevo Por ese motivo se define la clase de
elemento que introduce el concepto de precisión o error en la toma y lectura de
calidad en la georrefenciación. Se trata de datos de la siguiente manera:
los GeoQR© y GeoDataMatrix©.
- Clase 0. El error ɛ del punto referenciado
es menor de 10 mm
4.GEOQR© y GEODATAMATRIX© - Clase 1. El error del punto referenciado es
10 mm < ɛ < 1 m
294
- Clase 2. El error del punto referenciado es objetos. Se deberán emplear otras clases
1m<ɛ<5m descriptoras (definibles por el usuario y
- Clase 3. El error del punto referenciado es normalizables) que me permitan
5 m < ɛ < 10 m identificar el objeto de forma unívoca y
- Clase 4. El error del punto referenciado es sin lugar a errores de definición.
10 m < ɛ < 50 m
- Clase 5. El error del punto referenciado es Clases de Objeto
> 50 m Por ejemplo se pueden establecer las
“Clases de Objeto”. Entiéndanse éstas a
Con esta división por clases, se podría decir modo de ejemplo como un descriptor del
que casi todo lo que nos rodea se podría objeto a georreferenciar (objeto punto se
localizar con facilidad dentro de estas seis sondeo, objeto línea de de contacto,
clases. También habrá que tener en cuenta objeto surgencia de agua, objeto señal
que la densidad de objetos (muchos viaria, objeto marquesina de autobús,
objetos de dimensiones análogas objeto mojón del camino, objeto punto
colocados muy cerca podrían inducir a kilométrico, objeto fuente, objeto farola,
error), por ello aparecerán otras clases etc.)
descriptoras del objeto a georreferenciar. Así mismo, para la clase definida se
pueden añadir subclases que me
Ejemplo 1. Para un vértice geodésico se permitan una mayor precisión descriptiva
deberá emplear una clase 0. Se necesita del objeto.
mucha precisión, puesto que nuestros
cálculos geodésicos y topográficos se Ejemplos:
basarán en ellos. En estos casos, el punto Clase de Objeto: señal viaria.
indicado puede venir dado por la Subclase: limitación de velocidad a 90
intersección de lados para DataMatrix km/h, que se podría representar como
(DM) y de la marca central de referencia o (90).
el empleo de un clavo o marca tradicional
como referente. Clase de Objeto: Cabalgamiento.
Subclase: supuesto. O lo que sería lo
Ejemplo 2. Para una fuente en un camino, mismo “falla inversa supuesta”
probablemente con una clase de precisión
de clase 3, sería más que suficiente para Clase de Objeto: Cabalgamiento.
que pudiésemos encontrarla aún Subclase: dúplex.
encontrándose ésta semioculta.
Clase de objeto: Cuaternario
4.1. Clases descriptoras Subclase: 950 Depósitos fluvioglaciales
Aunque ya se ha comentado en la Clase morrénicos
de precisión, pudieran darse situaciones
de ambigüedad a la hora poder Clase de objeto: RMR del macizo rocoso
diferenciar un objeto de otro con Subclase: tipo de sostenimiento asociado
coordenadas muy parecidas, cuando la al RMR y/o empleado.
Clase de precisión es baja o cuando la
densidad de objetos es tal que dentro del Clase de objeto: RQD del macizo rocoso
error o precisión puede haber varios
295
Subclase: tipo de sostenimiento asociado intranet/internet donde sse encuentra la

al RQD y/o empleado. política de calidad de la empresa.
Clase de Símbolo. ClaseURL_Simbol

Cada clase y subclase, llevará asociado su La Clase símbolo (URL), sería también una
tipo, tal y como se vio en el punto 2 de clase de definición para la concreción de
este artículo. objetos donde un icono, símbolo
particular o general, trama para
Algunas de las Clases URL polígonos o tipo de línea podría ir
Las Clases URL se caracterizan por llevar asociado a nuestro objeto a referenciar.
asociado un enlace URL. Dicho enlace Esto no es otra cosa, que los
puede ser local o no. Un enlace local es denominados tipos que van asociados a
un enlace al propio dispositivo móvil nuestros objetos. Por ejemplo un símbolo
(PDA, teléfono, GPS, etc.) almacenándose icónico de “fuente de agua potable”
la información en ficheros internos. Se podría ser:
trata así de un comportamiento tipo
“localhost” dirección
http://127.0.0.1:numero_puerto
El caso de comportamiento local lo hace
perfecto en situaciones de revisión, Y un símbolo icónico para una fuente no
replanteos o de falta de cobertura de red potable o de la cual se desconocen las
WIFI, o 3G, pudiéndose descargar la características respecto a la potabilidad
información previamente de otros podría ser:
servidores.
En caso de conexión o comportamiento
remoto el dispositivo cliente con el que
se lee el QR se conecta a un servidor
remoto cercano o no, a través de una Otros ejemplos de tipos a emplear:
WIFI, un sistema de radio o un operador
de telefonía con 3G o GSM.
Clase de Calidad. ClaseURL-Q

Esta clase sirve para el control de calidad.
En todo sistema de gestión de calidad es
muy importante que la política de la
empresa sea pública, también es
importante tener constancia de la
persona que realiza las operaciones de
referenciación y otra serie datos. Debería Clase: Terciario. Paleógeno.
existir entonces un acceso a la Subclase: 7234 Areniscas y limonitas rojas
Tipo: [0x002b]
información sobre calidad. Básicamente
se traduce como en un enlace dentro de
La ventaja de utilizar tipos (símbolos)
nuestro código GeoQR© o GeoDM© con la
asociados a mapas de bits es que tienen
representación ASCII y por lo tanto es
296
factible su portabilidad. Así, para el

ejemplo anterior, el fichero de texto
correspondiente será:
[_polygon]
Type=0x2B00
;16C2 DBlk:&5B49
;polygon type: 8
String1=0x8,7234 Terciario.
Paleogeno. Areniscas y limonitas
rojas
ExtendedLabels=Y
FontStyle=Default
Xpm="32 32 2 1"
"0 c #F3CC72" Clase: RMR 90
"1 c #FF0000" Subclase: No necesita sostenimiento
"10000000100000001000000010000000" Tipo: [0x56]
"00000000000000000000000000000000"
"00000000000000000000000000000000" Para una línea, por ejemplo un anticlinal
"00000000000000000000000000000000"
"00001000000010000000100000001000"
con indicación de vergencia:
"00000000000000000000000000000000"
"00000000000000000000000000000000"
"00000000000000000000000000000000"
"10000000100000001000000010000000"
"00000000000000000000000000000000"
"00000000000000000000000000000000"
"00000000000000000000000000000000"
"00001000000010000000100000001000"
"00000000000000000000000000000000" Donde el color “morado o magenta
"00000000000000000000000000000000"
reprenta un “color transparente”, y el
"00000000000000000000000000000000"
"10000000100000001000000010000000" fichero ASCII correspondiente es:
"00000000000000000000000000000000"
"00000000000000000000000000000000" [_line]
"00000000000000000000000000000000" Type=0x11A
"00001000000010000000100000001000" SubType=0x09
"00000000000000000000000000000000" String1=0x08,Anticlinal con
"00000000000000000000000000000000" indicacion de vergencia
"00000000000000000000000000000000" 09;7757
"10000000100000001000000010000000" ;typ=6
"00000000000000000000000000000000" UseOrientation=Y
"00000000000000000000000000000000" ExtendedLabels=Y
"00000000000000000000000000000000" FontStyle=Default
"00001000000010000000100000001000" Xpm="32 10 2 1"
"00000000000000000000000000000000" "0 c #0F0F0F"
"00000000000000000000000000000000" "1 c none "
"00000000000000000000000000000000" "11111111111011111110111111111111"
;12345678901234567890123456789012 "11111111110001111100011111111111"
[end] "11111111100000111000001111111111"
"11111111111011111110111111111111"
;generated by Rafael Barrionuevo "11111111111011111110111111111111"
"00000000000000000000000000000000"
Otro ejemplo: "11111111111011111110111111111111"
"11111111111011111110111111111111"
297
"11111111111101111101111111111111" Permite representar gráficamente un

"11111111111110000011111111111111"
GeoQR©, GeoDM©, QR o Data Matrix
[end]
sobre un servidor de mapas.
;generated by Rafael Barrionuevo Puede actuar como servidor de mapas
una aplicación determinada que lea por
La Clase símbolo URL quedaría definida ejemplo formatos .gpx o .kmz (de
como un símbolo con su nombre y un Google).
lugar donde se encuentra alojado:
- URL o dirección web donde se Un fichero .kmz no es otra cosa que un
encuentra alojado. Esto permitiría que fichero .kml comprimido en formado .zip;
un GeoQR© o un GeoDM© esté Esto quiere decir que tanto la generación
actualizado por una simbología o
como la edición se basa en formato
señaléptica que lo representa. Aunque
el símbolo mejore o se cambie; el abierto de texto.
GeoQR© o un GeoDM© siempre Por ejemplo, la referenciación grosera de
remitirá a un lugar actualizado sin la catedral de Tui (Pontevedra. Galicia.
necesidad de cambiarlo físicamente y España) podría definirse por las
por lo tanto existe una perdurabilidad coordenadas geográficas en decimal de
en el tiempo y un menor
grado:
mantenimiento por cambio físico del
GeoQR o del GeoDM. N42.04601 W8.64487 (Norte 42.04601
- Interno. Todos los símbolos se compilan Oeste 8.64487)
al hacer un mapa GPS y figuran dentro El fichero correspondiente .KMZ contiene
de ese mapa. el documento texto y la foto siendo el
primero
Las Clases de información bidimensional.
ClaseURL_QR_DM <?xml version="1.0" encoding="iso-
La clase URL_QR_DM consiste en un 8859-1"?>
<kml
anidamiento de información vía QR, o
xmlns="http://earth.google.com/kml/2.
Data Matrix (DM), o GeoQR© o GeoDM© 2">
a través de un servidor web o localhost. <Document>
Básicamente se trata de poder acceder a <name>StaMariaTui_KML</name>
<Region>
una información que se encuentra <LatLonAltBox>
almacenada internamente o en un
servidor web y que además está en <north>42.04607211004638900</north>
formato bidimensional. Esto conlleva por
<south>42.04594411004639200</south>
ejemplo la posibilidad de descargarla y <east>-8.64480294335937490</east>
leerla sobre dispositivos móviles. Esta <west>-8.64493094335937510</west>
información descargada me puede </LatLonAltBox>
</Region>
remitir enlazar con otros lugares o si se
<GroundOverlay>
trata de otro GeoQR© o GeoDM© me
puede remitir a otros puntos cercanos <name>StaMariaTui_KML_kmz_L1_0_0</nam
(por ejemplo indicar el punto siguiente de e>
<Icon>
un itinerario, o cuales son otros GeoQR©
y GeoDM© más cercanos. <href>StaMariaTui_KML_kmz_L1_0_0.jpg<
/href>
</Icon>
La Clase URL_MapServer
298
<LatLonBox> - Permite por primera vez la utilización de

firmas con certificado digital, dado que se
<north>42.04607211004638900</north>
proporciona acceso vía URL a la clave
<south>42.04594411004639200</south> pública personal.
<east>-8.64480294335937490</east> - Permite la modificación de simbología y
<west>-8.64493094335937510</west>
</LatLonBox>
señaléptica sin necesidad de cambiar o
<Region> modificar un GeoQR© y/o GeoDM©. Para
<LatLonAltBox> ello bastará con cambiar el símbolo o
icono en el servidor manteniendo el
<north>42.04607211004638900</north>
nombre. En el caso de almacenamiento
<south>42.04594411004639200</south> interno por compilación de mapas,
<east>- bastará con recompilar el mapa cogiendo
8.64480294335937490</east>
los nuevos tipos.
<west>-
8.64493094335937510</west> - Permite la creación de clases y subclases
</LatLonAltBox> - Permite la identificación a través de
<Lod> fotografía
<minLodPixels>64</minLodPixels>
</Lod>
- Permite la modificación de un objeto
</Region> (sustitución) manteniendo válido el
</GroundOverlay> código GeoQR y/o GeoDM. Para ello
</Document>
bastará con cambiar la/s foto/s en el
</kml>
servidor sin modificar la clase nombre.
- Permite la creación de GeoQR© y
Descripción de GeoQR© y GeoDM©
GeoDM© emisores. Una unidad de este
El GeoQR© y el GeoDM© son datos
tipo se considera emisora cuando
matriciales en formato QR y DataMatrix
dispone de algún sistema que lo alimente
(DM) para la georreferenciación de
energéticamente para que se pueda
objetos. La peculiaridad del sistema
emitir una señal, enviar un mensaje,
consiste en:
enviar QR/DM, enviar un GeoQR© y
- Permite establecer una norma para la
GeoDM©.
georreferenciación.
- Utiliza estándares reconocidos: QR y
Resumen de los campos
DataMatrix
ID_ Define un código de 25 caracteres. Los
- Sirve para georreferenciar e inventariar
3 primeros dígitos son el código de país, los 6
objetos, lugares e incluso sucesos,
siguientes obedecen al código postal o de la
eventos y datos de auditorías.
provincia, estado. Los 7 siguientes son códigos
- Proporciona información sobre la calidad alfanuméricos definibles por el usuario
de la georreferenciación (datos (pueden ser clases) y los nueve siguientes son
registrados del evaluador y valores de numéricos o alfanuméricos.
error, así como un índice de clase de xxx-xxxxxx-xxxxxxx-xxxxxxxxx
calidad (precisión). Sirve por lo tanto en
sistemas de calidad, seguimiento y Codificación Define la codificación del
control. GeoQR/GeoDM. Por ejemplo: UTF8
- Permite el anidamiento de información
QR y/o DataMatrix a través de Posición UTM Posición cartesiana en WGS84
direcciones URL UTM.
299
Formato: HH L xxxxxx yyyyyyy - Clase 3. El error del punto referenciado

huso hemisferio coordenada_X coordenada Y. es 5 m < ɛ < 10 m
Ejemplo: - Clase 4. El error del punto referenciado
Bocamina sur Valvorraz
es 10 m < ɛ < 50 m
29T 684170,4684491
- Clase 5. El error del punto referenciado
es > 50 m
Posición Geográfica Posición geográfica
Latitud, longitud en WGS84. Formato decimal
de grado LATxx.xxxxxx LONy.yyyyyy Tipo de referenciación Hace referencia al
tipo y tamaño del objeto. Una bocamina, una
Ejemplo:
surgencia de agua, etc.
Bocamina sur Valborraz: N42.290896,
W6.766042
(*) El envío de posiciones permite la Fecha de referenciación o inventario. Es
visualización en mapas la fecha en la cual realiza la colocación del
GeoQR/GeoDM. El formato puede ser variado
recomendándose uno estándar dia/mes/año:
Precisión: Es la precisión de la medida.
xx/xx/xxxx
En caso de no conocerse con exactitud se
puede tomar el valor del error que suministra
el GPS o la estación de topografía Fecha de revisión Es la fecha en la cual
el objeto o bien deberá someterse a revisión o
mantenimiento. El formato puede ser:
Datum del mapa Es el datum del
Semanal, quincenal, mensual, bimensual,
mapa. Ejemplos: WGS84, Zanderij, Tokyo,
trimestral, cuatrimestral, semestral, anual, nº
South Asia, NAD83, NAD 27, Europeo 1950,
de años o sin mantenimiento.
etc.
Esferoide del mapa Es el esferoide del Estado conservación. Para casos de

mapa. Ejemplos: WGS84, Internacional, etc. inventario, define el estado de conservación
del objeto o bien georreferenciado con un
GeoQR o GeoDM: Excelente, Muy bueno,
Fecha revisión: Control de Calidad.
Bueno, Normal, Deteriorado, Muy deteriorado
Última fecha de revisión de del inventario
Observaciones: Sirve como control de

Clase y subclase objeto o nombre. Es
Calidad. A añadir por la persona que realice el
la clase y subclase del objeto.
inventario o la referenciación
Ejemplos:
Clase: Terciario. Paleógeno.
Subclase: 7234 Areniscas y limonitas rojas
Descripcion de la clase Definición de
Tipo: [0x002b] la clase. Ej.: Bocamina
Bastaría para reconocimiento poner 7234
País: País donde está ubicado el bien o el
Calidad Georrefenciación elemento a referenciar. Ej.: España, Portugal,
Francia, Suiza, Alemania, Brasil, Chile, Perú,
- Clase 0. El error ɛ del punto
Bolivia, etc.
referenciado es menor de 10 mm
Provincia Provincia o estado donde se
es 10 mm < ɛ < 1 m
encuentra el bien inventariado o el elemento
a referenciar. Ej.: Pontevedra, Lugo, etc.
es 1 m < ɛ < 5 m
300
Ayuntamiento: Ayuntamiento, Tipo: [0x002b]

entidad menor, parroquia o lugar donde se
encuentra el bien o el elemento a referenciar. ClaseURL_info URL informativa o de
Ej.: Caldas de Reis accesibilidad. Por ejemplo supongamos una
bocamina referenciada con un GeoQR o
Inventariado/Referenciado Control de GeoDM. En la URL o internamente se podrían
Calidad. Nombre de la empresa que realizó el ver las diferentes líneas (galerías), enlaces
inventario o la referenciación. Ej.: Universidad (nudos), pozos de ventilación, zonas seguras,
de Vigo, IGME, etc. etc.
Área/Dpto.: Control de Calidad. Área o ClaseURL_Certif Seguridad PGP.

Departamento que realiza el inventario o la Certificados digitales. A través de acceso local
referenciación. Ej.: Tecnología del Medio o remoto, permite el acceso a la clave pública
Ambiente privada para certificados de seguridad
Nombre: Control de Calidad. Persona ClaseURL_Descarga Permite acceder a un

que realiza el trabajo. Ej.: Rafael Barrionuevo servidor de datos en formato GPX (GPS
Exchange format). Los datos deberán cumplir
el esquema estándar GPX
ClaseURL-Q Control de Calidad (Q).
http://www.topografix.com/GPX/1/1/gpx.x
Dirección URL de la empresa que realiza el
sd
servicio. Puede ser una página WEB
corporativa y/o de control de calidad.
Ejemplo: http://caminodesantiago.uvigo.es ClaseURL_QR_DM Permite acceder a un
servidor exclusivo para ver o recuperar
correo-e: Control de Calidad. Correo información bidimensional tipo QR, Data
electrónico de referencia para comunicar Matrix, GeoQR o GeoDM
eventos, fallos, deterioros, etc.
ClaseURL_MapServer Permite enlazar con
Antigüedad: Datación o antigüedad del un servidor de mapas propietario o no para
bien u objeto referenciado. Ej.: siglo XIV, año ver la ubicación del GeoQR y GeoDM. Los
1910 formatos más comunes o normales pueden
Fechas exclusivamente referenciales para ser tipo .kmz o .kml. Otros formatos (.gpx,
geología .gdb, .shp, etc.) podrían ser abiertos por otro
software.
ClaseURL_foto1 Descriptor del bien,

Un ejemplo podría ser para el siguiente
objeto o situación mediante foto
contenido:
UTF8
ClaseURL_foto2 Descriptor del bien, 29 T 529394 4654944
objeto o situación mediante foto N42.046104,W8.644407
± 6 m
WGS84
ClaseURL_simbol Descriptor del bien, WGS84
objeto, lugar, situación o fenómeno mediante 17/02/2010
Iglesia
símbolo (tipo). Clase 3
Ejemplo de tipo para las areniscas y limonitas grosera
rojas : 13/01/2010
sin mantenimiento
Clase: Terciario. Paleógeno.
Bueno
Subclase: 7234 Areniscas y limonitas rojas Sin observaciones
301
Iglesia gotica El Logotipo incorpora parte de la notación

Spain
Pontevedra QR (Quick Read) en cuanto a los controles de
Tui posición y los ejes de control de posición
Universidad de Vigo
Tecnologia del Medio Ambiente
para Data Matrix.
Rafael Barrionuevo También la marca fiducial se ha
http://ambiental.uvigo.es
representado con un punto rojo sobre
rbarrio@uvigo.es
1120 D.C.(ss XII) blanco simbolizando la bandera de Japón
http://193.147.83.199/GeoQR- como homenaje al país que le dio origen.
GeoDM/URL_Fotos/Tui1.jpg
http://193.147.83.199/GeoQR- Ambos colores, blanco y rojo, son además de
GeoDM/URL_Fotos/r_catedral_tui_t3600190a.j la base de la bandera del país del sol
pg
http://193.147.83.199/GeoQR-
naciente los colores de la empresa japonesa
GeoDM/URL_Simbol/grifo.jpg DENSO creadora de los códigos QR. También
http://es.wikipedia.org/wiki/Catedral_de_S
anta_Mar%C3%ADa_de_Tuy
se recogen las letras de QR y DM.
http://193.147.83.199/GeoQR-
GeoDM/URL_Certif/apus.cert.fnmt.es.crt
http://193.147.83.199/GeoQR-
GeoDM/URL_Descarga/StaMariaTui.gpx
http://ambiental.uvigo.es
http://193.147.83.199/GeoQR-
GeoDM/URL_MapServer/StaMariaTui_KML.kmz
Símbolo de calidad
Este nuevo símbolo de calidad en la

georreferenciación ha sido desarrollado por
mi persona por lo que quedo a disposición
de aquellas que quieran saber más al
respecto.
El Logotipo de GeoQR y GeoDM
302
(calidades de macizo, sostenimientos, etc.),

5. CONCLUSIONES debería también incorporarse e integrarse
Resulta evidente, que añadir elementos con otros: seguridad y atmósferas
como los aquí sugeridos en un sistema de explosivas, mapas de explotación, mapas de
calidad aplicado a geotecnia requiere la leyes, etc.
aplicación de las nuevas tecnologías. Por una
parte esto significaría una “progresión” de la
minería en cuanto a una mejora en la 6. INTEGRACIÓN EN SOFTWARE
seguridad, en la calidad de datos y su
gestión, así como una modernización que Se trata ahora del proceso de ingeniería
debe llegar en este siglo, después de un inversa, es decir:
estancamiento importante. - Descomponer el mapa tal y como se
comento.
Lo que se puede reiterar es que los países - Ponerlo en una aplicación de usuario final
- Añadir los valores añadidos: (URL,
“mineros” deben de aprender de los errores
fotografía –puede ser un geoQR-, otros
cometidos en el pasado y en el presente que datos y comentarios, etc.)
refleja la historia de la minería y mejorar no
solo los sistemas de explotación, sino
también la parte de seguridad y medio
ambiente donde las nuevas tecnologías
pueden mejorar las condiciones antes
descritas y recordar que siempre es más
barato invertir en seguridad que pagar las
consecuencias de un accidente.
Por ese motivo las auditorias de techo y
hastiales con georradar deberían ser “casi
obligatorias” en las explotaciones mineras y
excavaciones subterráneas. Los nuevos
mapas GPS de geología y geotécnica
303
REFERENCIAS
[1] ISO/IEC 15418:1999 – Symbol Data Format Semantics
[2] ISO/IEC 15434:1999 – Symbol Data Format Syntax
[3] ISO/IEC 15415 – 2-D Print Quality Standard
[4] GS1 DataMatrix . An introduction and technical overview of the most advanced GS1
Application Identifiers compliant symbology.
304
Utilização da Microsísmica para Estimativa do Estado de Tensão in situ em

Escavações Subterrâneasneas
MICROSÍSMICA PARA LAS ESTIMACIONES DEL ESTADO DEL

ESFUERZO IN SITU EN ESCAVACIONES SUBTERRÁNEAS
GUSTAVO PANEIRO, CARLOS DINIS DA GAMA

CERENA/DECivil, Instituto Superior Técnico, Universidade Técnica de Lisboa
RESUMEN: As emissões acústicas correspondem a um fenómeno percecionado diariamente, seja por

uma questão de integridade dos objetos manuseados, seja por questões de segurança. Neste trabalho
efetua-se a abordagem histórica das Emissões Acústicas e a forma como a temática tem vindo a ser
abordada no período designado como pré-tecnológico e durante o período tecnológico, até aos dias de
hoje. Dá-se então ênfase à sua aplicação no âmbito da mecânica das Rochas em partícula, para estimar o
estado de tensão in situ, a partir de ensaios não destrutivos sobre provetes de rocha, aplicando o efeito de
Kaiser.
PALABRAS CHAVE: Emissões acústicas, estado de tensão, maciço rochoso, efeito de Kaiser, ensaios
laboratoriais.
RESUMO: Las emisiones acústicas corresponden a un fenómeno concebido al día, ya sea como una
cuestión de integridad de los objetos manipulados, sea por razones de seguridad. Este trabajo constituye el
enfoque histórico de la emisión acústica y cómo el tema ha sido abordado en el período designado como
pre-tecnológico y tecnológico hasta el día de hoy. Entonces se da énfasis en su aplicación en la mecánica
de las rocas para determinar el estado del esfuerzo in situ a partir de ensayos no destructivos en las
muestras de roca, utilizando el efecto Kaiser.
PALAVRAS CLAVE: Emisiones acústicas, estado del esfuerzo, macizo rocoso, efecto de Kaiser,
ensayos de laboratorio.
1. INTRODUÇÃO
Segundo Muravin (2009), a história da fratura (provém) da terra dos Caldeus”
aplicação das emissões acústicas pode (Jeremias 51:54).
ser dividida em dois principais períodos,
o período pré tecnológico e o período A emissão acústica (EA) foi também
tecnológico, sendo que o primeiro se utilizada pelos artesãos, com o
encontra associado a fenómenos desenvolvimento das suas habilidades,
acústicos que se percecionam na vida para controlo da qualidade da sua
quotidiana. produção, tendo sido esta,
provavelmente, a primeira utilidade das
Desde os primórdios da humanidade, emissões acústicas.
observavam-se fenómenos de emissão
acústica quando se ouvia a fratura de Nos metais, o termos “choro do
pedras e de ossos, o crepitar da madeira estanho” (sons audíveis produzidos pela
a arder, etc. Uma das primeiras citações germinação mecânica de estanho puro,
que associa o som à fratura, consta da durante a deformação plástica) foi
Bíblia: “O som de um choro da cunhado por volta de 3700 A.C. pelos
Babilónia e o som de uma grande fundidores na Ásia Menor.
305
As primeiras observações emissões acústicas geradas durante

documentadas acerca das emissões transformações martensíticas (processo
acústicas parecem ter sido feitas pelo aplicado aos aços que se caracteriza
alquimista árabe Jabir ibn Hayyan pela transformação da austenite em
(também conhecido pelo nome latino martensite que confere maior resistência
"Geber"), no século VIII. Num dos ao aço ).
livros que escreveu, Gebber refere que
Júpiter (estanho) emite um “som Os primeiros estudos publicados acerca
áspero” quando trabalhado, enquanto do fenómeno das emissões acústicas,
que Marte (ferro) “soa muito” quando nos anos 40, referiam-se ao problema da
forjado. previsão de golpes de terreno em
explorações mineiras. Esta técnica é
Muitos textos dos finais do século XIX ainda utilizada na mecânica das rochas,
referem-se às emissões audíveis em estudos quer laboratoriais, quer de
provenientes de vários materiais, tais campo.
como o ferro, estanho, cádmio e zinco.
Uma das correlações notáveis entre os
diferentes materiais e as 2. O EFEITO DE KAISER
correspondentes emissões acústicas foi
efetuada por Czochralski, em 1916, que A primeira investigação significativa
testemunhou a relação entre os sons das emissões acústicas nos metais (aço,
emitidos pelo estanho e pelo zinco com zinco, alumínio, cobre e chumbo) foi
a germinação. Mais tarde, em 1923, efetuada por Kaiser. Dentro de muitas
Albert Portevin e Francois Le Chatelier outras coisas, Kaiser observou o que
observaram pequenos sons audíveis de desde então se designa por efeito de
alta frequência durante a deformação de Kaiser: “A inexistência de emissões
uma liga Al-Cu-Mn (Alumínio-cobre- acústicas detetáveis num nível de
manganês). Em 1924, P. Ehrenfest e A. sensibilidade fixo, até que sejam
Yoffe observaram que o processo de excedidos níveis de tensão
deformação por corte do sal e do zinco é anteriormente aplicados”.
acompanhado por alguns efeitos
sonoros. O efeito de Kaiser tem sido aplicado
para a determinação das condições
Perante estas constatações e tendo a iniciais de tensão dos materiais
partir destas constatações sido iniciadas rochosos (Yoshikawa e Mogi, 1989).
as investigações científicas sobre os
fenómenos acústicos. Foram assim efectuados alguns ensaios
de flexão em amostras de xisto, sobre
O primeiro desenvolvimento e três pontos (Qiang, Dinis da Gama,
utilização de instrumentação para Xianbin, 2008), conforme
deteção das emissões acústicas foi esquematizado na Figura 1.
efetuado pelo sismologista F.
Kishinouye durante os seus ensaios em
madeiras em 1933.
Em 1936, na Alemanha , F. Forster e E.

Scheil criaram e aplicaram
instrumentação para o registo de
306
40 40
Figura 3 – Resultados dos ensaios de registo de

EA no ensaio compressão uniaxial sobre uma
rocha granítica.
4. O EFEITO DE KAISER
120
Figura 1 – Representação esquemática do 4.1. Fundamentos do método EA
ensaio de flexão sobre três pontos (Qiang, Dinis
da Gama, Xianbin, 2008)
O método EA para determinação das
tensões in situ baseia-se no princípio do
Efetuando o registo das emissões efeito de Kaiser. A análise deste
acústicas obtidas durante o ensaio e fenómeno supõe que uma tensão
comparando com a curva de carga previamente aplicada pode ser detetada
aplicada (Figura 2), verifica-se
através da aplicação de uma carga numa
notoriamente o efeito de Kaiser
amostra de rocha a um ponto onde se
verifique um aumento substancial da
atividade microsísmica.
Caracterizando-se o efeito de Kaiser

pela obtenção de atividade microsísmica
quando se atinge o nível de tensão
preexistente, na melhor das hipóteses,
não existirá quaisquer EA’s abaixo da
Figura 2 – Resultados dos ensaios de registo de
EA no ensaio de flexão sobre uma rocha xistosa tensão máxima anteriormente aplicada
(Qiang, Dinis da Gama, Xianbin, 2008). de valor σm (Figura 4a).
Da mesma forma, foi aplicado o mesmo

sistema de monitorização de emissões
acústicas, desta feita para um provete de
secção circular, sob um ensaio de
compressão uniaxial, obtendo-se os
resultados representados graficamente
na Figura 3.
a)
307
rocha de natureza xistosa, provenientes

de uma sondagem realizada nas minas
de Neves Corvo (Sul de Portugal). Esta
preparação seguiu as recomendações da
Sociedade Internacional de Mecânica
das Rochas (ISRM) para ensaios de
compressão uniaxial (Tabela 1 e Figura
5).
Tabela 1 – Descrição dos provetes ensaiados

Amostra Prof. (m) Descrição
b) 15 71.58-71.75
Figura 4 - Tensão s, em função do número 17 80.17-80.34
Xistos siliciosos cinzentos
cumulativo de eventos (hits), N∑, no segundo
19 97.95-88.15 Xistos verdes
ciclo de carga do ensaio de compressão
31 125.15-125.32 Xistos púrpuros (vermelhos
uniaxial, sendo que no primeiro ciclo de carga a escuros))
32 129.07-129.31
tensão máxima atingida é sm. No segundo ciclo,
58 227.64-228
a actividade acústica poderá ser zero (a) ou
58A 227.64-228 Xistos cinzentos
diferente de zero (b) para valores baixos de
58B 227.64-228
tensão.
82 347.88-348.1
Xistos grafíticos negros
82A 347.88-348.1
No entanto, por vezes, a atividade 112 437.02-437.30
microssísmica poderá estar presente em 112A 437.02-437.31
Xistos negro/cinzento
níveis de tensão abaixo da tensão

máxima previamente aplicada, sendo
tanto maior quanto maior a alteração do
maciço rochoso que representa. Esta
situação encontra-se muito
provavelmente associada a movimentos
de fricção ao longo das fraturas
existentes, enquanto que quando σ > σm
a atividade acústica é devida à
propagação de fraturas. Neste caso, o
efeito de Kaiser pode ser reconhecido
como a inflexão na curva tensão vs.
número cumulativo de eventos (Figura
4b). Para determinar com maior
precisão o valor de σm, poder-se-á
efetuar uma regressão bilinear, através
da aproximação da curva a dois Figura 5 – Amostras preparadas para ensaio
segmentos de reta, resultando um ponto
de interseção que corresponde, no eixo Depois de cortadas com comprimento
das abcissas, ao valor de σm. adequado, todas as amostras estiveram
sujeitas a um ambiente controlado para
secagem, durante 24 horas. Para além
4.2. Caracterização das amostras e sua disso, foram tomadas várias medições
preparação
do diâmetro e da altura de forma a
controlar todas as variáveis que poderão
Foram preparadas 12 amostras intervir nos resultados do ensaio a
cilíndricas, com 5 cm de diâmetro, de desenvolver.
308
por uma placa PCMCIA, instalada num

computador.
4.3. Equipamentos de ensaio
Todos os dados coligidos, quer do
Para a monitorização das emissões sistema de Emissões Acústicas, quer do
acústicas, foi acoplado um sensor sistema de aplicação de cargas, foram
PXRw de banda alargada, sobre a gravados através do software PXWAE,
superfície do provete rochoso. Foram com capacidade de gravar todos os
aplicado ganhos entre 50 kHz e 900 parâmetros microssísmicos.
kHz, para uma frequência de resposta
do sistema entre 10 kHz e 2 MHz. Apresenta-se na Figura 6, o sistema
utilizado para os ensaios
Os sinais provenientes dos eventos
acústicos sofreram uma amplificação de
40 dB, através da instalação de pré-
amplificadores e uma segunda
amplificação de 10 a 20 dB no sistema
de amplificação principal. Estes sinais
são assim enviados para um conversor
analógico digital, traduzido fisicamente
por uma placa PCMCIA instalado num
computador pessoal.
Figura 6 – Aparato para realização dos ensaios
Os dados listados em computador com monitorização das emissões acústicas.
apenas consideraram os eventos
superiores a 60 dB, permitindo este 4.4. Resultados alcançados
valor por um lado excluir as emissões
acústicas provenientes dos contactos Após a realização dos ensaios, foram
entre a amostra e os pratos da prensa, realizadas relações entre o número
por outro, as emissões acústicas geradas cumulativo de eventos e o nível de
pelo funcionamento dos sistemas tensão aplicada, tal como se apresenta
hidráulicos. nos gráficos da Figura 7.
Amostra 15
As cargas foram aplicadas através de 80
uma bomba hidráulica manual, evitando 70
assim os ruídos provenientes dos 60

Cumulative AE events
50
sistemas hidráulicos automáticos da

(count)
40
prensa. Os valores das cargas aplicadas

30
2.51MPa
20
forma obtidos através da instalação de 10
uma célula de carga de 500 kN de 0

0 2 4 6 8 10 12
capacidade máxima e uma resolução de Stress (MPa)
Amostra 17
25 N. Os sinais analógicos produzidos
por este equipamento foram transferidos
para um sistema dinâmico de
amplificação de seis canais que, por sua
vez os transfere para um conversor
analógico/digital, traduzido fisicamente
309
300 300
250 250
200
200
2.44MPa
(count)
150
(count)
150
100
100 7.72MPa
50
50
0
0 2 4 6 8 10 12 14 0
Stress (MPa) 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18
Stress (MPa)
Amostra 19
160
140
Amostra 82
120
80
100
70
(count)
80
60
60 2.75MPa
50
40
(count)
40
20
30 6.35MPa
0
0 1 2 3 4 5 6 7 20
Stress (MPa) 10
0
0 2 4 6 8 10
Amostra 31 Stress (MPa)
80
70
Amostra 82A
60
50
50
45
(count)
40
40
30 2.61MPa 35
20 30
(count)
25
10
20 2.75MPa
0
15
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Stress (MPa)
5
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Amostra 32 Stress (MPa)
20
18
16 Amostra 112
14
12
12
(count)
10 2.23MPa 10 6.00MPa
8
6 8
4
(count)
6
2
0 4
0 1 2 3 4 5
Stress (MPa) 2
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Amostra 58A Stress (MPa)
35
30
6.28MPa Amostra 112A
25
12
20
(count)
10
15
10.10MPa
8
10
(count)
5 6
0 4
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Stress (MPa) 2
0
0 2 4 6 8 10 12
Amostra 58B Stress (MPa)
310
Figura 7 – Gráficos tensão versus número

cumulativo de eventos de emissão acústica
obtidos para as amostras ensaiadas.
A Tabela 2 resume os valores de tensão

para os quais se verifica o efeito de
Kaiser.
Conforme se verifica pela análise dos

gráficos, encontra-se indicado o valor
de tensão (σAE) para os quais se verifica
o início da emissão acústica.
Figura 8 – Curva tensões-deformações
Tabela 2 - Valores de tensão a partir dos quais unitárias, com indicação do diferencial de
se verifica emissão acústica deformação unitária entre cada ciclo.
Amostra σAE
15 2.51 Efetuando-se a relação entre ∆ε e a
17 2.44
19 2.75 tensão aplicada, σ, verificar-se-á que, a
31 2.61 partir de um determinado valor σ0,
32 2.23 existe um inflexão da curva (Figura 9),
58 / correspondendo esta ao valor da tensão
58A 6.28 in situ.
58B 7.72
82 6.35
82A 2.75
112 6.00
112A 10.10
5. ESTIMATIVA DA TENSÃO
IN SITU ATRAVÉS DO
MÉTODO DRA
5.1. Princípios do método DRA Figura 9 – Gráfico tensões-deformações
unitárias diferencial.
O método DRA (Deformation Rate
Analysis) foi originalmente proposto do 5.2. Equipamento de ensaio
Yamamoto (Yamamoto et. al 1991) e
utiliza as propriedades inelásticas das O ensaio DRA foi efetuado em
rochas sobre compressão para simultâneo com o ensaio de emissão
determinação da tensão in situ a partir acústica.
de amostras de rocha.
Assim sendo, resta referir que, para a
Nesta metodologia, são aplicados dois determinação das deformações unitárias
ou mais ciclos de carga e descarga na axiais, foram instalados extensómetros
amostra (Figura 8), sendo que, no elétricos de resistência em faces
gráfico tensões-deformações unitárias, diametralmente opostas das amostras
contabilizando-se os diferenciais de cilíndricas (Figura 5), ligados a um
deformações unitárias (∆εij) entre cada braço da ponte elétrica de Wheatstone.
ciclo. Dois outros extensómetros foram
311
instalados em amostras idênticas às 9
ensaiadas e ligados à um outro braço da 8

7
mesma ponte de Wheatstone, 6
Differential Strain
funcionando estes como compensadores 5
4
(µε)
de temperatura. 3
2
1 2.23MPa
Os sinais elétricos provenientes destes 0
Stress (MPa)
sensores foram processados pelo já -1 0 1 2 3 4 5 6 7
referido sistema dinâmico de

amplificação, ligado ao conversor Amostra 32
analógico digital PCMCIA, permitindo 14
12 7.20MPa
processar as relações tensão- 10
deformação unitária. 8
Differential Strain
6
(µε)
4
5.3. Resultados 2
Stress (MPa)
0
A Figura10 apresenta os resultados dos -2 0 2 4 6 8 10 12 14 16
-4
ensaios sobre os provetes descritos na
Tabela 1, sob a forma gráfica de
Amostra 58
relações entre a tensão e o diferencial da 14
deformação unitária. 12 7.20MPa
Amostra 15 10
15 8
Differential Strain
6
10
(µε)
4
5 2
Differential Strain
Stress (MPa)
Stress (MPa) 0
0
(µε)
-2 0 2 4 6 8 10 12 14 16
0 2 4 6 8 10 12
-5 -4
2.61MPa
-10
-15
Amostra 58A
12
Amostra 17 5.76MPa
10
20
8
10
Stress (MPa)
Differential Strain
6
0
-10 0 2 4 6 8 10 4
(µε)
Differential Strain
-20 2
Stress (MPa)
(µε)
-30 0
-40 0 2 4 6 8 10 12 14 16
-2
-50 2.72MPa
-4
-60
Amostra 82
-70
5
Stress (MPa)
Amostra 31 0
0 1 2 3 4 5 6 7
Differential Strain
-5
(µε)
-10
-15
3.87MPa
-20
Amostra 82A
312
25 de sondagens verticais, sendo que, será

Stress (MPa)
20 possível estimar, teoricamente, a tensão
15 in situ a que estariam sujeitas, através
Differential Strain
10 da seguinte relação:
(µε)
5
2.75MPa
0
0 2 4 6 8 10 12
σ Theo = γ h
-5
-10
Amostra 112 onde σTheo corresponde à tensão

15
vertical, γ à densidade média do maciço
10 rochoso (27 kN/m3) e h à profundidade.
5
Differential Strain
0
Stress (MPa)
A Figura 11 apresenta graficamente os
(µε)
-5
0 1 2 3 4 5 6 7 8
resultados correspondentes à tensão
4.58MPa
teórica in situ calculada através da
-10
expressão anterior, os resultados
-15
atingidos pelo método EA e pelo
Amostra 112A
20
método DRA.
10
Stress (MPa) 14.0
0
σ-AE
Differential Strain
12.0
0 2 4 6 8 10 12
-10 σ-DRA
10.0
(µε)
σ-Theo
-20 8.0
σ (MPa)
-30 6.0
4.0
-40
7.96MPa 2.0
-50
0.0
Figura 10 – Resultados do ensaio DRA com 0 100 200 300 400 500
h (m)
indicação das tensões in situ.
Figura 11 - Tensão in situ determinada pelos
métodos EA e DRA e a correspondente curva
A Tabela 3 resume os valores da tensão teórica
in situ alcançados pelo método DRA.
Tabela 3 - Resultados alcançados pelo ensaio
Como se pode verificar, os valores
DRA.
Amostra σDRA obtidos pelo método DRA e EA são
15 2.61 muito consistentes com os resultados
17 2.72 teóricos para profundidades inferiores a
19 2.25 450 m
31 2.23
32 3.83
58 7.20
58A 5.76 3. CONCLUSIONES
58B /
82 3.87 Os ensaios efetuados sobre as 11
82A 8.34 amostras mostram que as tensões in situ
112 4.58 determinadas experimentalmente por
112A 7.96
dois métodos que utilizam as
propriedades inelásticas dos materiais
6. DISCUSSÃO rochosos coincidem, na sua maioria,
com as determinações teóricas.
Refere-se novamente que as amostras
ensaiadas correspondem a testemunhos
313
Não obstante , a correlação entre

resultados não é uniforme para todas as
profundidades, sendo que, a partir de
450 m, os valores experimentais
afastam-se dos valores teóricos.
Este facto poderá estar relacionado com

perturbações do estado de tensão in situ
a partir dessas profundidades. Tal
situação foi de facto verificada mais
tarde, em campo.
Conclui-se assim que a utilização do

Efeito de Kaiser constitui uma
ferramenta muito útil para a
determinação do estado de tensão in situ
dos materiais rochosos, principalmente
porque se baseia em ensaios não
destrutivos.
Refere-se, no entanto, que estes

resultados deverão ser confirmados não
só para profundidades superiores mas
também utilizando materiais rochosos
de diferente natureza.
314
REFERENCIAS
[1] Hardy, H. R. Jr., Zhang, D. and Zelanko, J.C. (1989). Recent studies of the Kaiser
effect in geologic materials, Proceedings, Fourth Conference on Acoustic
Emission/Microseismic Activity in Geologic Structures and Materials, Trans Tech
Publications, Clausthal-Zellerfeld, Germany.
[2] Hardy, H. R. Jr. (2003). Acoustic Emission / Microseismic Activity, Volume 1 —

principles, Techniques, and Geotechnical Applications. A.A. Balkema Publications,
Swets & Zeitlinger B.V., Lisse, The Netherlands.
[3] Carpinteri, A., Lacidogna, G. (2008). Acoustic Emission and Critical Phenomena –
From Structural Mechanics to Geophysics. Taylor & Francis Group, London, UK.
[4] Grosse, C., Ohtsu, M. (2008). Acoustic Emission Testing. Basics for Research –
Applications in Civil Engineering. Springer – Verlag Berlin Heidelberg.
[5] Qiang, X., Dinis da Gama, C., Xianbin, Y. (2008). Acoustic emission of shales
under bending tests. 11º Congresso Nacional de Geotecnia.
Coimbra. Portugal
315
Dimensionamento de blocos em maciços rochosos fraturados a partir de métodos

analíticos e estatísticos
Paulo Filipe Trindade Lopes1; Milene Sabino Lana2

1: Graduando em Engenharia de Minas, UFOP, pf_paulo_filipe@hotmail.com
2: Professora Associada, DEMIN/UFOP, milene@demin.ufop.br
RESUMEN: El cálculo de los volúmenes de bloques en macizos rocosos fracturados en la minería

subterránea es fundamental para el diseño y dimensionamiento de sistemas de retención, tales como
varillas, cables y pantallas. Los métodos son ampliamente reportado en la literatura sobre este problema,
pero son muy limitados, tanto en la aplicabilidad y la flexibilidad de entrada de datos. En este trabajo se
presentan una solución analítica a los bloques de cálculo global de volumen de varias formas y un
enfoque probabilístico para definir los bloques de función de la población a partir de datos de mapas
geotécnicos, así como una aplicación informática de la misma, y los programas Excel y Mathcad. Los
bloques en forma de cuña, prismáticos o tabulares pueder ser considerados. Como un producto final de
este trabajo, se obtiene una curva de distribución volumétrica de la población de los bloques formados
dentro de la masa. A partir de estos resultados, es posible calcular contención óptima, tanto desde un
punto de vista económico, minimizando la contención de costes innecesarios, y para la seguridad
operacional de la mina, haciendo que el hecho de que las restricciones efectivo aplicado a la situación real
se encuentra en el campo.
PALABRAS CLAVE: Volúmenes de bloques; Elaboración de modelos matemáticos.
RESUMO: O cálculo do volume de blocos em maciços rochosos fraturados na mineração subterrânea é

fundamental para o projeto e dimensionamento de contenções, tais como tirantes, cabos e telas. Existem
métodos amplamente divulgados na literatura que analisam este problema, mas são extremamente
restritos, tanto na aplicabilidade, quanto na flexibilidade da entrada de dados. Neste trabalho são
apresentadas uma solução analítica geral para o cálculo de volumes de blocos de várias formas e uma
abordagem probabilística para definir a população de blocos característica, utilizando dados de
mapeamento geotécnico, bem como uma implementação computacional das mesmas nos programas
Mathcad e Excel. Blocos em forma de cunha, tabulares ou prismáticos podem ser considerados. Como
produto final deste trabalho, obtém-se uma curva de distribuição volumétrica da população de blocos
formados no interior do maciço. A partir destes resultados é possível calcular contenções otimizadas,
tanto do ponto de vista econômico, minimizando custos desnecessários com contenção, quanto para a
segurança operacional da mina, tornando as contenções aplicadas de fato eficientes para a situação real
encontrada em campo.
PALAVRAS CHAVE: Volume de blocos, Modelagem matemática.
316
1. INTRODUÇÃO
A ocorrência de blocos rochosos interior do maciço rochoso. A solução
potencialmente instáveis em escavações envolve a construção da projeção do
é um fenômeno muito comum na bloco na face da escavação. O método é
mineração subterrânea. Esses blocos são bastante trabalhoso, mesmo se utilizado
delimitados por descontinuidades e com o auxílio de uma ferramenta
podem ocorrer em diversas formas computacional, como o AutoCad, o que
geométricas, dependendo da orientação representa um obstáculo à sua utilização
dos planos de descontinuidades que os na rotina de engenharia. Além disso,
definem. permanece a restrição da forma
O cálculo do volume destes blocos é geométrica do bloco e da disposição
fundamental, tanto para as análises de espacial das descontinuidades.
estabilidade, quanto para a proposição A solução analítica geral proposta por
de soluções de contenção. Entretanto, Lopes & Lana[4] é válida para blocos de
nem sempre este cálculo é trivial. Hoek diversas formas geométricas. Ela se
& Bray[1] apresentam uma solução baseia em fundamentos de álgebra
analítica para análise de estabilidade de linear e cálculo vetorial, é uma solução
blocos rochosos instáveis em taludes, exata e depende apenas da orientação
mas a solução é restrita a blocos em das descontinuidades, forma do bloco e
forma de cunha. Priest[5] propôs uma de uma dimensão linear do bloco,
solução gráfica para cálculo do volume escolhida de acordo com a conveniência
de blocos, aplicável a blocos do usuário e a facilidade de medição em
tetraédricos, também com a restrição de campo.
que o vértice do bloco convirja para o
2. SOLUÇÃO ANALÍTICA PARA O CÁLCULO DE VOLUMES

Seja um plano , com atitude , Seja , e , a
seu vetor “máximo declive”, pode ser equação cartesiana do plano é dada
escrito, em coordenadas esféricas, na por:
forma:
Onde é um termo desconhecido.

Onde: Impondo-se a condição de que o
espaçamento entre os planos, seja a
distância deste à origem, temos:
Por relações trigonométricas, pode-se

provar que o mergulho do plano é
igual ao ângulo polar do vetor diretor de
, portanto também pode
representar o vetor diretor de .
317
Daí obtemos a equação geral do plano: Seja , e vetores diretores dos

planos , e , com seus respectivos
espaçamentos , e , a
transformação destes vetores para
Dados 3 planos , e , a interseção coordenadas cartesianas é obtida por:
entre estes nos dá o vértice ,
que pode ser calculado pelo sistema de
equações :
Assim temos:
Que pode ser escrito na forma matricial:
Seja a aresta de um bloco ou sólido no

espaço o vetor deslocamento entre dois
de seus vértices, e , formando o Sendo:
segmento de reta , este pode ser
parametrizado vetorialmente na forma:
Onde:
Agora, o bloco a partir desses 3 vetores,

Usualmente, a atitude de um plano é e seu volume é dado por:
dada por um vetor da forma
, em coordenadas
esféricas. Este vetor possui módulo
igual a 1 unidade, mas ao aplicar-se o Onde:
espaçamento como módulo de ,
criamos um vetor da forma
.
Esta substituição é feita, pois a face do
bloco sobre um plano é delimitada
Para se determinar a área da face
pelos outros planos que a interceptam,
sobre um plano , deve-se utilizar os
com seus respectivos espaçamentos.
planos que a delimitam, assim, seja a
Assim, ao substituirmos o espaçamento
face e um plano interceptado
em todos os vetores diretores dos
por e , com seus respectivos
planos, podemos construir todas as
espaçamentos, temos:
faces do bloco.
318
Onde:
3. ABORDAGEM ESTATÍSTICA
A partir da metodologia analítica mínimos e máximos medidos em
proposta, foi elaborado um processo de campo.
cálculo combinatório entre os valores de O modelo de distribuição uniforme
atitudes de cada família de tende a ser mais conservador do que os
descontinuidades, com seus respectivos modelos exponenciais e log-normais,
espaçamentos. visto que nestas distribuições, a
O procedimento consiste em se obter frequência de ocorrência de valores
uma atitude média para cada família de menores de espaçamento é
descontinuidade, e variar-se o consideravelmente maior do que a
espaçamento segundo uma faixa de frequência de ocorrência de grandes
ocorrência, quer seja por uma valores, gerando uma população total de
distribuição estatística, ou apenas pelos blocos com volume médio menor do
dados pontualmente mapeados. Wyllie que aquela gerada por uma distribuição
& Mah[8] atribuem genericamente uniforme.
distribuições exponenciais para a Optou-se por utilizar-se a atitude média
ocorrência do espaçamento, e em alguns das famílias de descontinuidades, pois a
casos, distribuições log-normais. Um variação volumétrica que pequenas
dos maiores problemas em assumir distorções da atitude média de cada
essas distribuições estatísticas para os família produzem na população de
valores de espaçamento é a blocos gerados pelo método
comprovação desses modelos de combinatório é desprezível, se
distribuição, já que seriam necessários comparada à variação gerada por
mapeamentos extensos, que na maioria alterações nas dimensões lineares (no
das vezes são impraticáveis na rotina caso o espaçamento) que determinam os
operacional de uma mina. blocos. Esta conclusão se justifica
Desta forma optou-se pela utilização de levando-se em conta que alterações
uma distribuição uniforme para a unidimensionais, ou seja, medidas
geração de volumes de blocos a partir lineares, em sólidos, são cubicamente
de as combinações dos espaçamentos de proporcionais à alteração volumétrica
cada família de descontinuidades, total gerada no sólido.
mediante a adoção de uma faixa de Desta forma, o método combinatório
ocorrência, obtida a partir dos valores para a geração dos volumes utiliza 4
319
planos em cada família (4³ = 64

combinações volumétricas).
Assim é possível gerar uma curva de
distribuição volumétrica acumulada, Assim, a frequência acumulada dos
com base num modelo exponencial para volumes gerados, é calculada por:
densidade de probabilidade:
Onde o parâmetro corresponde ao

inverso da média dos volumes gerados
pelo método combinatório:
4. ESTUDO DE CASO
A AngloGold Ashanti é uma empresa desafios de ordem geomecânica, em seu
mineradora de ouro sul-africana, e é processo de reabilitação.
uma das maiores produtoras de ouro do Foi realizado, para fins de estudo de
mundo. O Complexo Córrego do Sítio, novas metodologias para
localizado no município de Santa dimensionamento de blocos, e
Bárbara, Minas Gerais, é uma das consequentemente, de sistemas de
principais operações da AngloGold contenção, um mapeamento
Ashanti no Brasil, e em particular, a geológico/geotécnico, no nível 23, da
mina Córrego do Sítio II, antiga São mina Córrego do Sítio II (tabela 1):
Bento Mineração, passa por grandes
Tabela 1. Mapeamento geotécnico - Mina CdS II - AngloGold Ashanti

Orientação Cálculo do espaçamento
Família Azimute do Comprimento da Linha Número de Espaçamento
Mergulho
mergulho base (m) pontos (m)
s2 45 130 5 35 0,143
s2 50 125 6,1 37 0,165
s2 45 123 5,7 21 0,271
s2 50 125 4,2 31 0,135
s2 47 130 5,3 30 0,177
s2 40 120 6,9 48 0,144
s2 50 123 7 4 1,750
s2 45 120 - - 0,100
s3 55 280 9 16 0,563
s3 57 280 1,3 11 0,118
s3 60 285 1,4 14 0,100
s3 58 290 1,2 12 0,100
s3 69 290 - - 0,100
s3 70 280 1,3 7 0,186
s3 65 270 1,5 11 0,136
320
s3 66 277 2,1 20 0,105

s4 85 15 7 17 0,412
s4 85 5 8,5 9 0,944
s4 80 15 8 12 0,667
s4 85 20 6,5 7 0,929
s4 80 10 5,8 5 1,160
s4 80 20 5,1 16 0,319
s4 87 20 - - 0,200
sn 38 160 5 7 0,714
sn 53 165 6,4 7 0,914
sn 75 180 6,5 7 0,929
A partir dos dados mapeados, foi o mapeamento realizado, a célula

alterada a célula de contagem usada adotada foi de 4%, dados os 26 polos
para cálculo da frequência de pólos, de mapeados.
modo a se estabelecer um diagrama de O cálculo da orientação média de cada
densidade de polos mais coerente com a família, bem como seus parâmetros
situação real de campo, possibilitando estatísticos (Tabela 2) foi feito em
um melhor agrupamento das famílias de planilha eletrônica. Os valores
descontinuidades. encontrados para a orientação média são
Conforme discutido em Lana et al[6], semelhantes aos encontrados pelo
propõe-se como célula de contagem programa Dips (Figura 1).
adequada o valor 100/n, onde n é o
número de polos mapeados. Assim, para
Tabela 2. Agrupamento de famílias pelo método analítico

Azimute do Espaçamento Desvio Padrão Coeficiente de variação
Famíla Mergulho
mergulho (m) (Espaçamento) (Espaçamento)
s2 46,5 124,5 0,361 0,527204078 146,19%
s3 62,5 281,5 0,176 0,148643699 84,47%
s4 83,143 15 0,661 0,336524499 50,88%
321
Orientations
ID Dip / Direction
3 m 62 / 281
4 m 83 / 015
2 m 46 / 125
2m
W 3m 4m E
3m
2m
Equal Angle
Lower Hemisphere
26 Poles
4m 26 Entries
Figura 1. Definição das famílias por projeção estereográfica (Dips, v. 5.1)
Aplicando-se a metodologia analítica geológico/geotécnico realizado, é

proposta, e implementando estas possível representar o bloco
equações em Mathcad, atribuindo tridimensionalmente (Figura 2), a partir
valores numéricos as variáveis, de um processo de parametrização
baseados no mapeamento vetorial:
Figura 2. Representação tridimensional do bloco característico, em escala (Mathcad 15.0).
A partir dos métodos estatísticos padrão de distribuição exponencial para

propostos, foi possível construir o os dados agrupados, então a partir dos
histograma com a frequência simples da métodos estatísticos propostos, foi
população de blocos geradas pelas possível gerar as curvas de densidade de
combinações, segundo 10 classes de probabilidade, e de frequência
volumes (Figura 3). Foi constatado o acumulada, para a população de blocos
322
gerada pelo método combinatório implementado (Figuras 4 e 5):
Figura 3. Histograma das frequências simples dos volumes de blocos.
Figura 4. Modelo exponencial de densidade de probabilidade.
323
Figura 5. Curva de distribuição volumétrica acumulada.
Desta forma, obtém-se um modelo contenção compatíveis com o tamanho

detalhado de como a população dos de blocos obtido.
potenciais blocos existentes no interior Conforme a necessidade do projeto de
do maciço, se distribuem ao longo de contenção faz-se necessário também o
diversas faixas volumétricas, conforme cálculo das áreas das faces dos blocos,
a necessidade da análise de estabilidade como foi demonstrado anteriormente,
a ser realizada, e das medidas de neste trabalho.
5. CONCLUSÕES
O uso de novas metodologias, bem para quaisquer tipos de blocos
como o aprimoramento dos métodos já delimitados por superfícies de
existentes para análise de mecanismos descontinuidades, de diversas formas
de ruptura em maciços rochosos, são de geométricas.
extrema importância na mineração Outra vantagem do método proposto
subterrânea, dada a ocorrência de nesse trabalho, é que ele permite uma
diversos acidentes desta natureza na entrada de dados bem flexível. Qualquer
história da mineração, e o potencial para escalar relacionado ao bloco possível de
a ocorrência de acidentes futuros, caso ser medido em campo pode ser usado
não hajam estudos adequados e precisos no método proposto.
que permitam a proposição de medidas A partir destes resultados é possível
mitigatórias para a contenção de blocos, calcular-se contenções otimizadas, tanto
e de outros mecanismos de ruptura. do ponto de vista econômico,
O método analítico para o cálculo de minimizando custos desnecessários com
volumes de blocos apresentado nesse contenção, no caso de projetos de
trabalho é absolutamente geral, válido contenção superestimados, quanto para
324
a segurança operacional da mina, fato eficientes para a situação real

tornando as contenções aplicadas de encontrada em campo.
325
REFERÊNCIAS
[1] HOEK E. & BRAY J. W. (1981). Rock Slope Engineering, The Institution of
Mining and Metallurgy, 357p.
[2] LIMA, E. L. Geometria analítica e álgebra linear, 2ª ed., Rio de Janeiro: IMPA,
2006, 324 p.
[3] LOPES, P. F. T., Relatório de estágio curricular supervisionado - Mecânica de

Rochas, AngloGold Ashanti, v.1, 2012, 61p.
[4] LOPES, P. F. T.; LANA, M. S. Uma solução analítica geral para cálculo de volumes
de blocos em maciços rochosos fraturados. CILAMCE XXXII Congresso Ibero Latino
Americano de Métodos Computacionais em Engenharia. v. 1, 2011, 11p.
[5] PRIEST, S. D. Hemispherical projection methods in rock mechanics, Allen &

Unwin, London, 1985.
[6] LANA, M. S.; LEITE, L. F.; CABRAL, I. E. Aplicação de métodos de agrupamento

para definição de famílias de descontinuidades, Revista Brasileira de Geociências. v 39,
2009, p. 657-667.
[7] STUART J. Calculus Early Transcendentals, McMaster University, 6e, Thomsom

Brooks/Cole, 2008, 1308p.
[8] WYLLIE D. C. & MAH C. W. (2007).Rock Slope Engineering – Civil and Mining,
Spon Press, 431p.
[9] PARAMETRIC TECHNOLOGY CORPORATION (PTC), Mathcad 15.0, 2010.
[10] ROCSCIENCE INC., Dips Version 5.1, www.rocscience.com, Toronto, Ontario,

Canadá.
326
AVALIAÇÃO DO RISCO GEOTÉCNICO PELA ANÁLISE TRIDIMENSIONAL

DE PILARES
aVALIACIÓN DE LO rIESGO GEOTÉCNICO POR LA ANÁLISIS

TRIDIMENSIONAL DE PILARES
GUSTAVO PANEIRO, CARLOS DINIS DA GAMA

CERENA/DECivil, Instituto Superior Técnico, Universidade Técnica de Lisboa,
gustavo.paneiro@ist.utl.pt
RESUMEN: Los programas geotécnicos computacionales disponibles en el mercado

permiten obtener la respuesta de los macizos rocosos para llevar a cabo una excavación,
especialmente cuando se compone de varios elementos, resultando en un modelo
complejo (Brown y Brady, 1985). En este trabajo se efectúa un análisis de la estabilidad
de un pilar de una explotación subterránea de mármol. Para este fin, se han realizado
varias pruebas de campo y de laboratorio que condujeron a la aplicación de un análisis
numérico tridimensional. Para este fin, se utilizó el software FLAC 3D que se basa en el
método de diferencias finitas. Por tanto, se verifica una aproximación real de los
resultados obtenidos a partir de la aplicación del análisis numérico y las pruebas
desarrolladas
PALABRAS CLAVE: Diferencias finitas, análisis numérico, pilar, subterráneo.

RESUMO: Os programas computacionais de índole geotécnica existentes no mercado permitem a
obtenção da resposta dos terrenos à realização de uma escavação, principalmente quando a mesma é
constituída por vários elementos constitutivos, obtendo-se um modelo complexo (Brady & Brown, 1985).
Efetua-se neste trabalho a análise de estabilidade de um pilar de uma exploração subterrânea de
mármores. Para tal, foram desenvolvidos vários ensaios de campo e laboratoriais que conduziram à
aplicação de uma análise numérica tridimensional. Para o efeito, foi utilizado o programa computacional
FLAC 3D que se baseia no método das diferenças finitas. Verifica-se assim a real aproximação dos
resultados obtidos entre a aplicação da análise numérica e os ensaios desenvolvidos.
PALAVRAS CHAVE: Diferenças finitas, análise numérica, pilar, subterrâneo
327
1. INTRODUÇÃO
Os programas computacionais de índole redução unitária na ordem dimensional
geotécnica existentes no mercado do problema, constituindo vantagem
permitem a obtenção da resposta dos significativa na eficiência
terrenos à realização de uma escavação, computacional, comparativamente com
principalmente quando a mesma é os métodos diferenciais.
constituída por vários elementos
constitutivos, obtendo-se um modelo As diferenças existentes na formulação
complexo (Brady & Brown, 1985). do problema entre os métodos
Indubitavelmente, a utilização destes diferenciais e os métodos de integração
métodos tem aumentado, à medida que conduzem a várias vantagens e
se ampliam as capacidades de cálculo e desvantagens operacionais entre os
decresce o custo dos computadores. métodos. Para o método dos elementos
finitos, por exemplo, as propriedades
Os métodos computacionais da análise não lineares e heterogéneas dos
de tensões e deformações podem ser materiais poderão ser prontamente
divididos em duas grandes categorias acomodadas, no entanto, o domínio do
(Brady & Brown, 1985): métodos problema para além das condições de
diferenciais e métodos de integração. fronteira é definido arbitrariamente,
Nos métodos diferenciais, o domínio do podendo dar origem a erros de
problema é dividido (discretizado) num discretização no domínio. Por outro
conjunto de subdomínios ou elementos. lado, os modelos de elementos de
Assim, o procedimento a tomar para a fronteira realizam um modelo com
obtenção de uma solução poderá ser condições de fronteira mais realísticas,
baseado em aproximações numéricas reduzem os erros de discretização e
das equações diferenciais de equilíbrio, asseguram a variação contínua da
das relações entre deformação tensão e tensão e deslocamento através do meio.
deslocamento e das equações de No entanto, estes métodos são de
tensão-deformação, tal como nos melhor aplicação para materiais com
métodos clássicos de diferenciação comportamento linear.
finita. Alternativamente, o
procedimento poderá originar O método das diferenças finitas consiste
aproximações para a conectividade de na aproximação de operadores
elementos e para a continuidade dos diferenciais pela substituição de
deslocamentos e tensões entre derivadas na equação, utilizando
elementos, tal como acontece no quocientes diferenciais.
método de elementos finitos.
Na modelação numérica tridimensional
A principal característica dos métodos utilizando o método das diferenças
de integração da análise de tensões finitas, os materiais são representados
encontra-se relacionada com a por poliedros elementares numa malha
especificação e solução do problema em tridimensional que é ajustada elo
termos dos valores das variáveis de utilizador à forma do objeto a modelar.
campo de tensão e deslocamento. Desde
que as condições de fronteira do Cada elemento comparta-se de acordo
problema se encontrem definidas e com uma lei tensão/deformação
discretizadas, os chamados métodos de preestabelecida de acordo com forças
elementos de fronteira fornecem uma
328
aplicadas ou com as condições de

fronteira estabelecidas.
Apresenta este trabalho uma modelação

numérica tridimensional da estabilidade
de uma exploração subterrânea de
mármores na região Sul de Portugal,
tendo sido, para tal, necessário levar a
cabo um conjunto de ensaios de campo
e laboratoriais, com o fim da Figura 1 – Zona de exploração subterrânea de
mármores com câmara e pilar onde se
caracterização mecânica do maciço realizaram os ensaio SFJ.
rochoso e do estado de tensão in situ.
Foram realizados três ensaios SFJ: um
no pilar e dois no hasteal da câmara.
2. DETERMINAÇÃO DO ESTADO
DE TENSÃO IN SITU PELO MÉTODO
SFJ 2.1. Equipamento e metodologia do
ensaio
O ensaio para determinação de tensões O equipamento de ensaio constou,
in situ e do módulo de deformabilidade essencialmente, de máquina elétrica de
com macacos planos de pequena área corte, sistema transmissor de pressões e
(SFJ - Small Flat Jack) consiste na aparelhagem medidora de
abertura de um rasgo com a forma de deslocamentos.
um segmento circular e contido num
plano normal à direção daquelas A máquina de corte destina-se à
determinações, na medição dos abertura do rasgo e está equipada com
deslocamentos resultantes da abertura, um disco diamantado de 35cm de
na aplicação de pressões nas paredes do diâmetro.
rasgo e na medição dos deslocamentos
motivados por essas pressões (Rocha et.
al, 1966). O sistema transmissor de pressões é
formado por macaco plano de paredes finas,
uma bomba hidráulica, tubagem para altas
Estes ensaios tiveram por objetivo pressões e transdutor de pressão com
determinar os valores das tensões respetivo medidor digital. O macaco plano
verticais instaladas no pilar, os valores (Figura 2), com 4mm de espessura, tem a
das tensões verticais e das tensões forma de um segmento circular de raio
horizontais instaladas no hasteal igual ao do disco da máquina de corte e
esquerdo da câmara e, também, o 12cm de flecha.
módulo de deformabilidade da rocha
que constitui o maciço rochoso,
naquelas zonas (Figura 1).
Figura 2 – Macaco plano de pequena área (SFJ)
329
Para a medição dos deslocamentos

utilizou-se um elongâmetro equipado
com um comparador digital com a
precisão de 0,001mm e campo de
medida 12mm, e um padrão de ínvar
(Figura 3). Os dois apoios do
elongâmetro são tronco-cónicos, com
calotes esféricas côncavas, para perfeita
adaptação às esferas cravadas nos
varões de aço que constituem a base de Figura 4 – Ensaio SFJ no Pilar (rasgo
medição dos deslocamentos. horizontal)
O ensaio para determinação de tensões

“in situ” e do módulo de
deformabilidade pelo método SFJ,
consiste, fundamentalmente, na abertura
de um rasgo com a forma de um
segmento circular e contido num plano
normal à direção daquelas
determinações, na medição dos
deslocamentos resultantes da abertura,
Figura 5 – Ensaios SFJ no Hasteal (rasgo
na aplicação de pressões nas paredes do horizontal e rasgo vertical)
rasgo e na medição dos deslocamentos
motivados por essas pressões. Foram inicialmente efetuadas as leituras
entre os pontos que definem a base de
medição dos deslocamentos e
seguidamente procedeu-se à abertura do
rasgo até à profundidade de 12cm.
Concluído este rasgo, e decorrido o
tempo considerado suficiente para a
estabilização dos deslocamentos
Figura 3 – Elongâmetro e padrão resultantes dessa operação, efetuaram-se
novas medições para quantificar os
A realização do ensaio foi precedida de deslocamentos ocorridos.
alguns trabalhos preliminares, tais como Posteriormente, introduziu-se o macaco
a execução do rasgo necessário à plano no rasgo e iniciou-se a aplicação
introdução do macaco plano e a da pressão nas paredes do rasgo
aplicação de bases de apoio do (Figuras 4 e 5).
elongâmetro. Estas últimas possuem um
comprimento de 8 cm e foram Para a determinação da tensão instalada
embebidas cerca de 4 cm na rocha e no maciço segundo direção normal ao
solidarizadas com esta por meio de uma rasgo, sujeitaram-se as paredes do rasgo
resina tipo epóxi, sendo a sua aplicação a cargas crescentes até ao anulamento
feita simetricamente e de forma a total dos deslocamentos motivados pela
constituírem uma base de medição de abertura do rasgo (restituição do estado
deslocamentos com 22,5 cm, centrada e inicial). Para tal, aquelas cargas foram
perpendicular ao rasgo (Figuras 4 e 5). aplicadas por incrementos (patamares) e
em cada um desses patamares foram
330
medidos os deslocamentos relativos das os macacos utilizados). A partir das

paredes do rasgo pressões aplicadas no macaco plano,
medidas no sistema instalado no
circuito hidráulico, calcularam-se as
Já para a medição do módulo de
tensões efetivas transmitidas às paredes
deformabilidade do maciço rochoso,
dos rasgos ensaiados.
depois de retirada toda a pressão
existente no interior do macaco plano e 2.2.1. Tensões “in situ”
de efetuada nova leitura sobre a base de
medição de deslocamentos, sujeitaram-
Os valores obtidos na fase do ensaio
se as paredes do rasgo a, pelo menos,
para a determinação das tensões
um ciclo de carga e descarga e
instaladas no maciço rochoso, são
mediram-se os deslocamentos
apresentados na Tabela 1 e nas Figuras
correspondentes. Tanto as cargas como
1 a 3. Os valores das tensões inscritos
as descargas foram efetuadas por
naquela Tabela correspondem às
incrementos de pressão (patamares) e
tensões transmitidas às paredes de cada
em cada um desses patamares foram
rasgo ensaiado e que restabeleceram o
medidos os deslocamentos relativos das
estado existente antes da sua abertura
paredes do rasgo.
(cancelamento dos deslocamentos
resultantes da operação de corte), ou
A cada série de leituras sobre as bases seja, equivalem aos valores das tensões
de medição de deslocamentos de compressão instaladas no maciço,
correspondeu uma outra leitura sobre segundo direções perpendiculares aos
um padrão de invar com 22,5 cm de planos que contém os rasgos. Nas
base de medição. Esta leitura permitiria Figuras 6 a 8 traçaram-se os diagramas
corrigir, se necessário, eventuais erros deslocamentos relativos das paredes dos
introduzidos nos valores medidos no rasgos versus pressões transmitidas
ensaio, resultantes de variações de àquelas paredes.
temperatura no elongâmetro. Como é
sabido, o coeficiente de dilatação Naquelas mesmas figuras indicam-se os
térmica do ínvar é 10 vezes inferior ao valores das pressões que restabeleceram
coeficiente de dilatação do aço inox, o estado inicial (tensões internas).
material de que é constituído o
Tabela 1 – Tensões internas obtidas pelo
aparelho. método SFJ
2.2. Resultados e respetiva análise
Devido à rigidez dos macacos planos, a

pressão introduzida no seu interior não é
integralmente transmitida às paredes do
rasgo, pelo que, para se conhecer o
valor da tensão efetivamente transmitida
ao material em ensaio, é necessário
multiplicar o valor da pressão lida no
sistema incorporado no circuito
hidráulico pela constante indicada pelo
fabricante dos macacos planos e obtida
em ensaios de calibragem (0,872 para
331
4
y = 0,1895x
R2 = 0,9777
ciclos de carga e descarga efetuados em
3,5
---------Tensão interna
cada um dos rasgos ensaiados.
3
9
PRESSÕES, (MPa)
2,5
8
2
7
1,5 6
PRESSÕES, (MPa)
1 5
0,5 4
3
0
0 5 10 15 20 25 2
DESLOCAMENTOS, (µ
µm)
1
Figura 6 – Determinação da tensão interna
0
vertical pelos ensaios SFJ no pilar, referente ao 0 5 10 15 20 25 30 35 40
rasgo horizontal (R1) DESLOCAMENTOS, (µ

µm)
Figura 9 – Determinação do módulo de

6
y = 0,1855x deformabilidade pelos ensaios SFJ no pilar
R2 = 0,9978
5--------Tensão interna
(rasgo horizontal R1)
PRESSÕES, (MPa)
7
3
6
2
5
PRESSÕES, (MPa)
1
4
0 3
0 5 10 15 20 25 30 35
DESLOCAMENTOS, (µ
µm) 2
Figura 7 – Determinação da tensão interna 1

vertical pelos ensaios SFJ no hasteal, referente
ao rasgo horizontal (R2) 0
0 5 10 15 20 25 30 35
DESLOCAMENTOS, (µ
µm)
3
2,5 y = 0,1225x
deformabilidade pelos ensaios SFJ no hasteal
------------Tensão interna
R2 = 0,96 (rasgo horizontal R2)
PRESSÕES, (MPa)
3
1,5
2,5
1
2
PRESSÕES, (MPa)
0,5
1,5
0
0 5 10 15 20 25 1
DESLOCAMENTOS, (µ
µm)
0,5
Figura 8 – Determinação da tensão interna

horizontal pelos ensaios SFJ no hasteal, 0
0 5 10 15 20 25
referente ao rasgo vertical (R2) DESLOCAMENTOS, (µm)

deformabilidade pelos ensaios SFJ no hasteal
2.2.2. Deformabilidade do maciço (rasgo vertical R3)
Nos diagramas pressões-deslocamentos, Com base nas pressões transmitidas às

traçados nas Figuras 9 a 11, estão paredes dos rasgos na carga do 1º ciclo
representados os resultados obtidos nos (4,36 MPa para os rasgos R1 e R2 e
2,62 MPa para o rasgo R3) e nos
332
deslocamentos motivados por essas • Os valores das tensões verticais

mesmas pressões, calculou-se, para cada instaladas no pilar e no hasteal,
rasgo ensaiado e segundo direção apresentam diferenças
normal ao rasgo, o valor do módulo de significativas: 3,49 MPa no pilar
deformabilidade secante, mediante a (R1) e 5,01 MPa no hasteal (R2).
seguinte expressão: Tendo em conta o comprimento
dos vãos em cada uma daquelas
σ zonas e a redistribuição das
E= k tensões devidas ao peso próprio,
δ
quando da abertura da câmara, os
valores determinados
em que:
experimentalmente não se afastam
E – módulo de deformabilidade;
muito dos valores teóricos
σ − tensão aplicada nas paredes calculados para aquelas zonas;
do rasgo; • Tendo presente o valor da tensão
δ − deslocamento relativo das vertical determinado no hasteal
paredes do rasgo, (5,01MPa) e o valor do coeficiente
correspondente à tensão σ; de Poisson da rocha (da ordem de
K − constante dependente das 0,23), constata-se que o valor
dimensões do macaco plano e da • da tensão horizontal determinada
localização das bases de experimentalmente para aquele
medição do deslocamento, local (2,18 MPa), é concordante
relativamente ao rasgo (k = com o correspondente valor
17,11 cm, no caso presente). teórico;
• Nas zonas ensaiadas o maciço
Na Tabela 2 indica-se, para cada rasgo rochoso, quando submetido a
ensaiado e segundo direção cargas e descargas, apresenta um
perpendicular ao rasgo, o valor do comportamento que não se afasta
módulo de deformabilidade secante muito do tipo elástico-linear
determinado. (Figuras 9 a 11). Os deslocamentos
permanentes registados após os
Tabela 2 – Módulos de deformabilidade do ensaios não são muito
maciço, obtidos através dos ensaios SFJ significativos e processam-se,
quase na totalidade, durante o
primeiro carregamento (Figura 6);
• Os valores do módulo de
deformabilidade segundo a direção
vertical, determinados no pilar e
Analisando os resultados obtidos nos no hasteal, são da mesma ordem
ensaios (Tabelas 1 e 2 e Figuras 6 a 11) de grandeza (34 GPa); o módulo de
deformabilidade segundo a direção
verifica-se que:
horizontal (22,4 GPa), determinado
no hasteal, é um pouco inferior.
• As Figuras 6 a 8 mostram que
Isto, certamente, devido a uma
existem fortes correlações entre
menor tensão segundo a direção
tensões transmitidas às paredes
horizontal e, também, a ligeira
dos rasgos e deslocamentos
fissuração sub-vertical;
provocados por essas mesmas
• Quer segundo a direção vertical
tensões;
quer segundo a direção horizontal,
333
o maciço rochoso apresenta foram aplicados, transversalmente,

excelentes características de extensómetros elétricos de resistência
deformabilidade nas zonas no centro de duas geratrizes opostas,
ensaiadas. para medição das extensões
transversais.
3. ENSAIOS LABORATORIAIS Para a determinação do módulo de
PARA CARACTERIZAÇÃO DO deformabilidade e da resistência à
MATERIAL ROCHOSO
rotura, a técnica do ensaio consistiu em
sujeitar o provete a um ciclo de carga e
De amostras colhidas na zona dos descarga (Figura12), seguido de uma
ensaios “in situ”, foram preparados, por segunda carga continuamente crescente
meio de caroteadora rotativa e de serra até se verificar a rotura do provete; quer
de disco diamantado, doze provetes. as cargas quer a descarga foram
Seis dos provetes foram submetidos a aplicadas por escalões (patamares) e
ensaio de compressão uniaxial e os nesses patamares foram medidas as
outros seis a ensaio de flexão. Quando deformações correspondentes. Nos
da preparação dos provetes, verificou-se ensaios a força axial foi aplicada com a
que umas amostras eram constituídas taxa de variação de 0,5 kN/s.
por mármore róseo e outras por
mármore branco e mais cristalino do Quer na preparação dos provetes, quer
que aquele. Assim, para se averiguar se na realização dos ensaios, seguiram-se
as características mecânicas dos dois as normas recomendadas pela
tipos de mármore apresentavam Sociedade Internacional de Mecânica
diferenças significativas, de cada tipo das Rochas (ISRM).
foram preparados três provetes para
ensaio de compressão uniaxial e três
provetes para ensaio de flexão.
3.1. Ensaios de compressão uniaxial
O equipamento de ensaio foi constituído

por extensómetros elétricos de
resistência, por indicador de extensões e
por uma prensa com capacidade de Figura 12 – Ensaio de compressão uniaxial
carga até 1500kN. As deformações
axiais foram medidas por intermédio de Na Tabela 3 e nas Figuras 13 a 18
dois extensómetros elétricos de apresentam-se os resultados
resistência com base de medida 15 mm, correspondentes aos seis provetes
aplicados longitudinalmente segundo ensaiados em compressão uniaxial.
duas geratrizes opostas. A prensa
utilizada para aplicação das forças de Tabela 3 – Ensaios de compressão uniaxial
ensaio está equipada com sistema
rotulado, que garante a axialidade da
carga aplicada, e com sistema de
controlo de velocidade de aplicação da
força. Nos três provetes em que se
determinou o coeficiente de Poisson
334
MÁRMORE RÓSEO - PROVETE 1 Figura 16 – Curva tensão-extensão para o

80 provete 4 de mármore branco cristalino.
TENSÕES DE COMPRESSÃO, σ a (MPa)
70
MÁRMORE BRANCO CRISTALINO - PROVETE 5
60 45

50 40
40 35
30
30
25
20
20
10
15
0
-1500 -1000 -500 0 500 1000 1500 2000 2500 10
-6
EXTENSÕES, ε (10 )
5
Extensões longitudinais Extensões transversais 0

0 200 400 600 800 1000 1200
Figura 13 – Curva tensão-extensão para o

-6
Extensões longitudinais
provete 1 de mármore róseo.
MÁRMORE RÓSEO - PROVETE 2
provete 5 de mármore branco cristalino.
45 MÁRMORE BRANCO CRISTALINO - PROVETE 6
70
40

35 60
30
50
25
40
20
15 30
10
20
5
10
0
-400 -200 0 200 400 600 800 1000
0
-6
EXTENSÕES, ε (10 ) -1000 -500 0 500 1000 1500 2000
-6
Extensões longitudinais Extensões transversais EXTENSÕES, ε (10 )
Extensões longitudinais Extensões transversais

provete 2 de mármore róseo. Figura 18 – Curva tensão-extensão para o
provete 6 de mármore branco cristalino.
60 Os resultados obtidos nos ensaios de
compressão uniaxial mostram que:
50
40
30
• Quando submetida a um estado de
20
compressão simples, o
comportamento dos dois tipos de
10
mármore ensaiados não se afasta
0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 excessivamente do do tipo
-6
elástico-linear. De uma maneira
geral, observa-se taxa decrescente
Figura 15 – Curva tensão-extensão para o de deformação com a tensão, até
provete 3 de mármore róseo.
níveis de tensão da ordem de 75%
60 do valor da resistência à rotura
(Figuras 13 a 18);
50
40
• A deformação residual exibida pela
rocha após o ciclo de carga e
30
descarga a que foi submetida, não
20
é muito significativa;
10
• Dentro dos diferentes provetes
0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
referentes a cada tipo de
-6
mármore, os valores de módulo de
deformabilidade e de resistência à
rotura apresentam dispersões
335
significativas. Em termos médios, por uma prensa com capacidade de

os valores de módulo de carga até 50kN.
deformabilidade e de resistência à
rotura do mármore róseo e do As extensões longitudinais de tração
mármore branco, são da mesma foram medidas por meio de
ordem de grandeza; extensómetros elétricos de resistência
• Quer em termos de ligados a indicador de extensões. Os
deformabilidade quer em termos extensómetros elétricos foram aplicados
de resistência, a rocha ensaiada no centro da superfície inferior, segundo
apresenta boas características o eixo dos provetes.
quando sujeita a solicitações de A prensa utilizada para aplicação das
compressão simples; valores da forças de ensaio está equipada com
ordem de 45 GPa e de 55 MPa, sistema rotulado, que garante a
respetivamente, para o módulo de axialidade da carga aplicada, e com
deformabilidade e para a sistema de controlo de velocidade de
resistência à rotura.
aplicação da força. As forças aplicadas
no ensaio foram medidas com a
3.2. Ensaios de determinação da
precisão de 3 N e a velocidade de
resistência à tração por flexão
aproximação dos pratos da prensa foi de
0,25 mm/min.
De amostras colhidas na zona dos
ensaios in situ, foram preparados, por
Para a determinação do módulo de
meio de serra de disco diamantado, seis
deformabilidade e da resistência à
provetes com a forma prismática,
rotura, a técnica do ensaio consistiu em
secção quadrada 25 cm2 e 18 cm de
sujeitar o provete a um ciclo de carga e
comprimento, para serem submetidos a
descarga, seguido da aplicação de uma
ensaio de flexão (Figura 19).
segunda carga continuamente crescente
até se verificar a rotura do provete.
Estes ensaios tiveram por objetivo Tanto as cargas como a descarga foram
determinar o módulo de aplicadas por escalões (patamares) e
deformabilidade e a resistência à rotura nesses patamares foram medidas as
da rocha ocorrente na pedreira, quando deformações correspondentes.
sujeita a solicitações de tração por Os ensaios foram realizados segundo as
flexão. normas recomendadas pela Sociedade
Internacional de Mecânica das Rochas
(ISRM).
Na Tabela 4 e nas Figuras 20 a 25

apresentam-se os resultados
correspondentes aos seis provetes
ensaiados em flexão.
Tabela 4 – Resultados dos ensaios de flexão

Figura 19 – Ensaio de flexão
O equipamento de ensaio foi constituído

por extensómetros elétricos de
resistência com 15 mm de base de
medida, por indicador de extensões e
336

10
MÁRMORE RÓSEO - PROVETE 1 9
TENSÕES DE TRACÇÃO, σ t (MPa)

10
8
9
7
8
6
7
5
6 4
5 3
4 2
3 1
2 0
0 100 200 300 400 500 600 700
1
-6
0
"Extensões longitudinais"
0 100 200 300 400 500 600 700 800
-6
Extensões longitudinais Figura 23 – Curva tensão de tração-extensão
Figura 20 – Curva tensão de tração-extensão para o provete 4 de mármore branco cristalino.
para o provete 1 de mármore róseo.
8
7
8

6
7
5
6
4
5
3
4
2
3
1
2
0
1
0 50 100 150 200 250 300 350 400
-6
0 EXTENSÕES, ε (10 )
0 100 200 300 400 500 600 "Extensões longitudinais"
EXTENSÕES, ε (10-6)
Figura 24 – Curva tensão de tração-extensão
7
9 6
8 5
7
4
6
3
5
4 2
3
1
2
0
1 0 50 100 150 200 250 300 350
-6
0 EXTENSÕES, ε (10 )
0 100 200 300 400 500 600 700 Extensões longitudinais
-6
Figura 25 – Curva tensão de tração-extensão
Os resultados obtidos nos ensaios de
flexão mostram que:
• Quando submetido a solicitações

de tração por flexão, o mármore
ensaiado exibe comportamento
que não se afasta muito do tipo
elástico-linear. Os diagramas das
Fig. 20 a 25 indicam uma taxa
337
crescente de deformação com a

tensão;
• É pouco relevante a deformação
permanente exibida pela rocha
após o ciclo de carga e descarga a
que foi submetida;
• Os provetes correspondentes a Figura 26 – Esquema de cálculo do FLAC 3D.
cada tipo de mármore ensaiado
apresentam valores de módulo de Geralmente, o método de diferenças
deformabilidade com dispersões finitas só pode utilizar elementos com
pouco acentuadas, ao passo que os forma retangular. O FLAC aplica o
valores da resistência à rotura por método de Wilkins (1964), permitindo
tração apresentam dispersões utilizar equações diferenciais para
significativas. Os valores médios de elementos de qualquer forma com
módulo de deformabilidade e de quaisquer tipos de propriedades.
resistência à tração são da mesma
ordem de grandeza, para os dois No que diz respeito à simulação
tipos de mármore ensaiado; numérica feita sobre o desmonte em
• Quer em termos de causa verificou-se que após a aplicação
deformabilidade quer em termos do programa FLAC-3D se obtiveram as
de resistência à tração, a rocha distribuições de tensões e de
ensaiada apresenta razoáveis deformações que ocorrem nas
características quando sujeita a imediações do pilar e da câmara
solicitações de tração por flexão; adjacente.
valores da ordem de 24 GPa e de 8
MPa, respetivamente, para módulo Destacam-se três representações
de deformabilidade e para gráficas das tensões segundo os três
resistência à tração. eixos do espaço, sendo XX e YY na
horizontal e ZZ na vertical (ver Figura
27 e 28). Por razões óbvias, as tensões
4. ANÁLISE TRIDIMENSIONAL DO verticais interessam principalmente ao
RISCO GEOTÉCNICO DO
pilar, em cuja parte central se
PILAR
concentram os maiores valores, ao
passo que as tensões segundo o eixo YY
Para a realização da análise numérica revelam as concentrações no interior do
tridimensional utilizou-se o programa pilar (compressões) e também no tecto
FLAC 3D (Fast Lagrangian Analisys of de uma das câmaras, à esquerda do pilar
Continua) que se baseia no método das (trações). Observam-se valores
diferenças finitas para a equação de próximos dos medidos com o método
equações diferenciais, correspondendo a SFJ.
um método cíclico que se pode
sintetizar no diagrama apresentado na
Figura 26.
338
Figura 27 - Estado de tensão tridimensional na

superfície do pilar.
Figura 28 - Estado de tensão tridimensional na

no interior do pilar.
3. CONCLUSÕES
Face aos resultados da experimentação
e das interpretações subsequentes
conclui-se que a estabilidade atual do
pilar e teto da câmara são
inquestionáveis.
No entanto, a remoção do pilar, poderá

introduzir importantes riscos adicionais
ao nível da segurança do teto com um
vão substancialmente superior.
Comprova-se assim, mais uma vez, que

a aplicação de métodos numéricos
tridimensionais constitui uma boa
ferramenta para a análise de
estabilidade e do risco geotécnico
associado a infraestruturas subterrâneas.
339
REFERENCIAS
[1] Brady, B.H.G, Brown, E.T. (1985), “Rock mechanics for underground mining”.
George Allen & Unwin (Publishers) Ltd., London, UK.
[2] Dinis da Gama, C., Reis e Sousa, M. (2008). Aplicação do Método SFJ Na Medição
do Estado de Tensão In situ e da deformabilidade de pilares na Mina da Panasqueira.
Actas do XI Congresso Nacional de Geotecnia. 8-11 de Abril, Coimbra. Portugal. Pp.
489-496
[3] Franklin, J. A., Dusseault, M. B. (1989). Rock Engineering. McGraw-Hill

Publishing Company
[4] ISRM (1979). Suggested Methods for Determining in situ deformability of Rock.
Int. J. Rock Mechanics. Min. Sci. Geomech Abstracts, 16(3). Pp. 195-214
[5] Rocha, M., Lopes, J. B., Silva, J. N. (1966). A New Technique for Applying the
Method of the Flat Jack in Determination of Stress inside Rock Masses. 1st Int.
Congress in Rock Mechanics. Lisbon. Vol. 2. Pp. 57-65.
340
ANÁLISIS DE LA ESTABILIDAD DE MINADO POR CÁMARAS Y PILARES

EN VETAS SUB-HORIZONTALES DE TUNGSTENO
STABILITY ANALYSES OF ROOM AND PILLAR MINING METHODS FOR

SUB-HORIZONTAL TUNGSTEN VEINS
VIDAL NAVARRO TORRESa AND MATILDE COSTA E SILVAb

a: Universidade Técnica de Lisboa, Portugal - Universidade Federal de Goiás, Brasil, vntorres@ist.utl.pt
b: Universidade Técnica de Lisboa, Portugal, matilde.horta@ist.utl.pt
ABSTRACT: Narrow sub-horizontal quartz veins with tungsten have been exploited in Panasqueira mine
over a century ago with the room-and-pillar method, by using 3mx3m pillars, 5m room widths and 2m
stopping height. These dimensions provided a 86% of total ore recovery, that for an average vein
thickness of 0.3 m is composed of 13% ore and 73% of waste rock, with consequent high production
costs, ore reserves reduction and environmental impacts.
In order to reduce those effects an alternative selective exploitation method was chosen by using 4 m
room’s width, 4mx4 m pillar sections with further selective 0.5 m cuttings on the quartz veins of the
remaining pillars.
Stability analysis of both options was performed by means of 3D numerical modeling method,
complemented by the Mohr-Coulomb failure criterion and considering the schistose rock mass with an
elastic-plastic behavior. Results indicated that the proposed selective method grants a higher pillar safety
factor (4.3) compared to the current method (1.1) and has lower maximum vertical displacement (13 mm)
compared with the current method (17 mm).
Moreover, with the proposed selective method it is possible to obtain higher production indicators
(extraction ratio of 0.78, selective ratio of 0.17 and ore grade of 12.47kg of WO3/m3) comparatively with
the current method (extraction ratio of 0.86, selective ratio of 0.15 and ore grade of 11.34kg of
WO3/m3), thus recommending the new selective mining method.
KEY WORDS: Room and pillar, stability, stresses and displacements, shallow veins, selective
exploitation
341
1. INTRODUCCIÓN
2. MATHEMATICAL MODEL OF
STABILITY ASSESSMENT AND
PRODUCTION INDICATORS
The objective of the study is to assess a
comparative stability analysis of traditional
and selective room and pillar exploitation 2.1. Natural stresses and equilibrium
methods for sub-horizontal narrow veins in situation
the Portuguese Panasqueira wolfram mine.
To perform the room and pillar model, it is
In addition to performing the stability accepted that the stresses are function of
analysis, a comparative study of natural stresses and the equilibrium
production indicators, to select which equation (0, 0, σ 1) are valid for each pillar
method provides more advantages in terms element in equilibrium (1).
of safety and production aspects is also
addressed. ∂σ x ∂τ yx ∂τ zx
+ + = 0;
The room and pillar stability analysis is ∂x ∂y ∂z
applied to the 3rd and final phase of the ∂τ xy ∂σ Y ∂τ zy
+ + =0;
stopping process: in the current ∂x ∂y ∂z
exploitation method, using 5m rooms
∂τ xz ∂τ yz ∂σ z
width and 3mx3m pillars while in the + + =σz (1)
proposed selective method rooms will be ∂x ∂y ∂z
4m wide, and 4mx4m pillars are left, but
with a subsequent selective cutting of the In this condition the initial vertical stress
quartz veins approximately in the middle σ z is determined by the density of the
of the pillar with height of 0.5 m for finally rock mass and the depth H (Equation 2).
obtaining a pillar with a cut zone with 3m Horizontal stress σ x and σ y are a function
x3m section.
of σ z and Poisson ratio ν (equation 3).
The stability analysis of the room and
pillar stopes of these two situations was The underground opening caused the
carried out by using finite elements and stresses unbalance and rock mass
Mohr-Coulomb failure criterion, and displacements, can be reach failure in this
applying the FLAC3D software. area [1,2] . The strain u is function of the
tension acting σ and Young's modulus E
Upon those simulations a comparative (equation 4).
discussion about room and pillar stability
using safety factors and other production σ z = ρH (2)
indicators such as extraction ratio and vρH
selectivity ratio have been performed. σx =σy = (3)
1− v
σ
u= (4)
E
342
for selective method of sub-horizontal

2.2. Safety factor for stability assess narrow veins (equation 10) based in the
pillar height h, narrow venin thickness h´
The pillar strength σ p are usually and central pillar selective cutting wide p´.
expressed by an empirical power relations
(equation 5), based in Gaddy factor K p2
e =1− (9)
(equation 6), pillar wide p and height h, a (c + p ) 2
and b are empirical parameters. The K
factor expressed in function the uniaxial hp 2 − h´´( p 2 − p´2 )
compressive strength σ c and core diameter e´= 1 − (10)
h (c + p ) 2
D.
For selectivity basement developed
pa equation (11) and equation (12) for the
σp =K b (5)
h current method s and selective method s´,
respectively, when the central pillar
K = σ c D 0.5 (6) selective cutting height is h´´.
The pillar load or average pillar stress h´

s= (11)
[3,4] can be calculated by equation (7) h
based in the virgin vertical pressure γH ( γ
rock mass density and H depth), pillar s´=
{
h´ (c + p ) 2 − p´ 2 } (12)
wide p and room wide c. { }
h (c + p) 2 − p 2 + h´´( p 2 − p´ 2 )
 p+c
2
In the present research using assumed that
S p = γH   (7) rock masses (material of the roof and floor
 p  of the stope) have an elastic behavior.
However it can be considered not elastic
The pillar safety factor F is calculated by (being the pillars in a stable equilibrium),
equation (8), based in pillar strength and if there is no additional convergence
pillar load or the average pillar stress Sp. induced by the increase of the works.
σp
F= (8)
Sp 3. DATA COLLECTION FOR
STABILITY ANALYSIS
The safety factor should be F = 1.5 for
short term pillars (in the stopping area) and 3.1. Geotechnical and operational
conditions of Panasqueira wolfram mine
F = 2.0 for long term pillars [5,6] .
The World’s tungsten concentrate
producer, China has long been the worlds
leading tungsten. In recent years, most of
the remaining tungsten production took
2.3. Extraction and selectivity ratio for place in Austria, Bolivia, Canada, Portugal,
production assess
Russia, and North Korea [7].
The extraction ratio formula based in pillar
wide p and room wide c (equation 9) and The Panasquera Wolfram mine in Portugal
the extraction ratio expression developed which is world’s largest single tungsten ore
producer and demonstrate gradually
increase in the recent years. This mine

located at 250 Km NE Lisbon, about 34
km west of Fundão in the central
Portuguese province of Beira Baixa, and
exploits sub-horizontal quartz veins Figure 4 – Room and pillar methodology stopping
situated above a granitoid batholith with in Panasqueira mine 1 []
320000 t/year ore production.
3.2 Laboratorial data collection
The mine is composed by a series of sub
horizontal co-planar veins where (Fe, Mn) The data used for room and pillar models
WO4 is disseminated (Fig 3) at depths was obtained in several studies developed
between 150 and 800m. The veins roof and by CEGEO research group that largely
floor are formed by metamorphic schist. contributed to several publications [1,8,9] .
The Panasqueira Mine uses room and pillar
method in three phases (Fig.4).
A large amount of experiments have been
performed in geotechnical laboratory.
Results are presented in Table 1.
Table 1 – Metamorphic schist geotechnical

properties
Geotechnical Average
properties values
Uniaxial 75.5
Compression
Figure 3 - Sub horizontal co-planar narrow quartz
Strength σ c (MPa)
[ ]
veins 1,7
Tensile Strength σ t 7.6
st
In 1 phase, drifts of 5m wide and 2m of (MPa)
height are excavated creating pillars of Young Modulus E 33.3
11x11m. In 2nd phase, pillars are excavated (GPa)
in NS direction and a new drift of 5m is Poisson ratio µ 0.25
open, leaving then pillars of 3x11m. Again, Friction angle φ (º) 40º
in 3rd phase, drifts of 5m wide are Dilatation angle (º) 4º
excavated, in transversal direction WE, Density ρ (kN/m3) 27.8
leaving 3x3m pillars. In order to increase
the recovery rate and minimized the waste
extraction, a new phase is considered: the 4. NUMERICAL MODELS OF
process is similar but the excavation of 4x4
CURRENT AND PROPOSAL
m room wide leaves 4x4m pillars. Then, in
a 4th phase, pillars crossed by rich veins SELECTIVE ROOM AND PILLAR
(veins having an average thickness of METHODS
0.30m and 4.2kg of WO3/t or 11.34kg of
WO3/m3) [1] .
4.1. Problem statement and modeling
The room and pillars stability analysis is

held for 3rd phase of stopping process and
for two different following conditions:
a) The initial condition corresponds to the

current method exploitation, using 5m
rooms wide and 3x3 m pillars (Fig 6a);
b) The proposed selective method

condition consist in used 4 m rooms wide,
4x4 m pillars and posterior selective
cutting of the quartz shallow vein
approximately in the middle of the pillar Figure 7 – Modeling of actual and proposal
with height of 0.5 m for finally obtained in selective methods
the Pillar middle 3x3m with 0.5 m height
and in the superior and inferior pillar zones The boundary conditions for the initial
4x4 m with 0.75 m height, respectively response are roller boundaries along the
(Fig.6b). These superior and inferior pillars sides and bottom of the model and
are waste material and they are not assigned Mohr-Coulomb material model
recovery. based in bulk modulus 2.22x104 MPa
(equation 7), shear modulus 1.33x104 MPa
(equation 8), friction angle 40º, dilation
angle 4º, cohesion 75.5 MPa, tensile
strength 8 MPa and density 27.8 kN/m3.
The model contains 3448 zones and

requires approximately for complete run
takes roughly 60 minutes on a 3.0 GHz
Pentium 4 computer.
Figure 8 show the contour of result of vertical
stress of numerical modelling at 0 m above the
Figure 6 – Current room and pillar stopping
roof and a room and pillar layout located at
method (a) and proposed selective method (b) 300 m depth and the figure 9 show of vertical
The study the stability conditions of the room and section along A-A and B-B in figure 8, both
pillar exploitation was carried using finite elements results are relative for 3st stopping phase.
and the the failure criterion used for FLAC3D
software was Mohr-Coulomb criterion with tension The modelling result in current method
cut off situation (Fig. 8a and Fig. 9a) the results sows
that the vertical stress in the central pillar (77
For the gridded generation used in superior MPa) is smaller than the surrounding pillars
and inferior zones 7 grids in X and Y (84 – 95 MPa), and the failure is near to
directions and in Z direction 60 grids and critical.
10 grids in superior and inferior zones
respectively, and the stopping zone gridded The effect of proposal selective method is
by one grid in X, Y and Z directions (Fig. particular and very different (Fig. 8b and Fig.
7). 9b), why the vertical stress in the surrounding
pillars is much smaller (13 MPa) than current
The computer model was used to study method and in the central pillar the vertical
tributary area for nine pillars and respectively stress behaviour is particular because in the
rooms for actual situation and selective inferior pillar zone (0.75 m )and superior pillar
method. The grid generation is based on three zone (0.75 m) is similar to the peripheral area
rock mass zones: superior zone between 0 and of room an pillar(13 MPa), but in the
-300, stopping zone between -300 and -302, surrounding pillar central cutting for selective
and inferior zone between -302 and -350. narrow vein (0.5x0.5 m)reaches relatively
height values (53 - 67 MPa), but inferior
compared to current method situation, and the method causes less displacement compared
failure in this area is not critical. to the current method.
The displacement in the stopping zone

bottom in both situations is small (1.0 mm)
and in the pillars is similar (10 and 11
mm).
5. DISCUSSION OF STABILITY AND

PRODUCTION INDICATORS
Figure 8 – Plan view of numerical model results Compared the predicted vertical pillar
showing contours of vertical stress 0 m above the
stress modelling results with calculated
roof of a room and pillar layout located at 300 m
depth for current method (a) and proposal selective results (Table 2) is approximately similar,
method (b) but the modelling method is more detailed
and specify and shows better the stress
In the roof and bottom surrounding of stopping distribution.
area the vertical stress in current method (Fig.
8a and Fig. 9a) reaches 12 MPa around the Table 2 – Summarized vertical pillar stress
central pillar and gradually decreases in modelling results and calculated by equation (7)
horizontal and vertical directions areas (3
MPa), and the effect of the selective method Current stopping Proposal selective
Pillar method (MPa) method (MPa)
(Fig.8b and Fig.9b) expressed in apparent localization Equation Equation
increase of the vertical stress in these similar Modelling Modelling
(7) (7)
areas ranging from 13 MPa to 4 MPa. Central
77 53 - 67 45.41
pillar
59.29
Surrounding 84 - 95 13 33.36
pillars
-15.8 mm
-17.7 mm
-13.7 mm
-16.9 mm
-11 mm
-13 -1.0 mm
-1,0 mm
Figure 9 – Vertical section along A-A and B-B in a)

0 5m 0 5m
b)
figure 8 showing vertical stress distribution for
current method (a) and proposal selective method Figure 12 – Vertical section along A-A and B-B in
(b) figure 8 showing vertical displacement for current
method (a) and proposal selective method (b)
4.3 - Maximum rock mass displacement
surrounding room and pillar stopping Using the general equations (5) and (6), we
area can calculate the pillars strength for four
recommended methodologies: Salamon
In the current method the rock mass and Munro, Greenwald, and Holland and
displacement in the room and pillar roof Graddy [10] . The results of K factor using
varies from 16.0 to 17.7 mm and in the the uniaxial compressive strength (75.5
proposal selective method the MPa) and 54 mm of core diameter, the
displacement vary of 13.7 to 15.8 mm (Fig. pillars strength we can see the results in the
12a and Fig 12b), clearly the selective Table 3.
this fact is important indicative for

Table 3 – Predicted square pillar strength for validation the modelling method used.
current and selective methods
Predicted
Pillar Applying the equations (9) and (10)
Author Equation assessment the extraction coefficient, in
Strength
(MPa) the current stopping method the extraction
Salmon
p 0.45 ratio is 0.86 , than in the selective method
and σ p = K 0.66 115.64 is only 0.78 (Table 5).
Munro h
p 0.5 Using equations (11) and (12) calculated
Greenwald σ p = 0.67 K 71.97
h 0.83 the selectivity radio and for the current
Holland method result 0.15 and for the selective
p 0. 5
and σp = K 95.47
Graddy h method 0.17, that means the selective
method allows you to turn better targeting
Generally, the computer modeling of the safety and therefore recover more vein quartz.
factor results is relatively smaller compared Consequently, the selective method
with deterministic method (Table 4), but the
reduces the waste removal in 16.8% and
utmost importance is that with proposal
selective method is greater safety factor and
increasing in 10% the wolfram ore grade
therefore a greater stability. (Table 5), optimizes the operation process
and improvement of environmental
Table 4 – Compared safety factor results of protection.
modelling and calculated by equation (7)
Current stopping Proposal selective

Pillar method (MPa) method (MPa)
localization Equation Equation
Modelling Modelling
(7) (7)
Salamon and
1.2 - 1.5 1.9 1.7 - 8.9 2.5 - 3.5
Munro
0.76 - 1.2 1.1 - 5.5 1.6 - 2.2
Greenwald
0.93
Holland and 1.0 – 1.2 1.6 1.4 – 7.3 2.1 - 2.8
Graddy
Vert. 17 13
displacement
(mm) Figure 13 - Convergence in situ measurement after
the second mining phase
The vertical displacements modelling
result is smaller in the selective method
than the current method. Figure 13 shows 6. CONCLUSIONS
the results of the cumulative convergence
measure in stope AW30 in the pillar Numerical modelling is an excellent tool to
besides P31 was excavated earlier when forecast the underground stope stability
the convergence value is as high as under different excavation geometries. In
21.8mm. this case study, stope safety factors for
both the current and selective methods
In fact, it is found from observation in situ were determined and it was shown that in
that a lot of the cracks have been found at the last one it is slightly higher than in the
the pillar beside P31. The convergence current method, so the selective
measures in besides P35, P37, P39 and P38 exploitation of narrow sub-horizontal veins
will not involve stability problems.
are earlier measurement points [11] . The
vertical displacement modelling result In terms of waste rock removal the
(Table 4) compared with the measure selective method is also more convenient,
result (P31 in figure 13) is very similar; for it leads to a recovery of 78% against
86% in the present current method. On the

other hand, the selectivity rate is lower
(15%) compared to the proposal selective
method (17%).
Table 5 – Compared room and pillar production
indicator of current and elective methods
Production room Proposal

Current
and pillar selective method
method
indicators Values %
Total waste and 110.0 99.9 90.8
ore extraction
(m3)
Waste extraction 93.5 83.4 89.2
and processing
(m3)
Ore quartz with 16.5 16.5 100.0
wolfram (m3)
Extraction radio 0.86 0.78 90.7
Room wide (m) 5.0 4.0 80.0
Pillar (m) 3x3 4x4 wide -
selective
cut
Central pillar - 0.5 -
selective width
(m)
Room an pillar 2.0 2.0 100.0
height (m)
Sub-horizontal 0.3 0.3 100.0
narrow vein
height (m)
Selectivity radio 0.15 0.17 113.3
Ore grade (kg of 11.34 12.47 110,0
WO3/m3)
Therefore, the selective method reduces

the waste rock removal in 16.8% and
increases tungsten ore grade in 10%.
Thus geotechnical research with

computing applications to underground
mining may lead to the prediction of
instabilities, to operation optimization and
cost reduction, besides contributing to
additional environmental protection.
7. BIBLIOGRAPHY
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pillar stopes by means of convergence. 8º Geotechnical National Congress, Lisbon,
pp.10.
GEOMECANICA APLICADA AL DIMENSIONADO DEL METODO DE

MINADO POR SUB LEVEL STOPING
Roberto Cabrera (*) Ing. de Minas

e-mail : roberto_cabrera27@hotmail.com
Osvaldo Aduvire (*) Dr. Ing. de Minas

e-mail : oaduvire@svs.com.pe
Antonio Samaniego (*) Dr. Ing. Minas

e-mail : asamaniego@svs.com.pe
RESUMEN:
El presente trabajo tiene por finalidad proveer una metodología práctica de diseño
geomecánico para la explotación subterránea por el método sub level stoping con
aplicación de criterios empíricos y numéricos, cuya finalidad es de optimizar las
dimensiones de las excavaciones y pilares, en relación al método de explotación y a las
condiciones geomecánicas del proyecto, así mismo mantener la estabilidad del equilibrio
del macizo rocoso. Cabe mencionar que la aplicación de un adecuado dimensionamiento
de tajeos en el método de explotación por sub level stoping, permite alcanzar una alta
productividad a bajos costos de explotación y con alto grado de seguridad, debido a que no
es necesario el ingreso del personal en los tajeos durante la producción.
En base a la información geológica provista por Minera Cuzcatlan S.A. de C.V., y
luego complementada con la información recopilada en las visitas a terreno por SVS
Ingenieros S.A.C., se realizó el presente trabajo con el fin de definir las condiciones
geotécnicas del proyecto de explotación subterráneo, que permitan definir las dimensiones
estables de los tajeos de explotación en estructuras mineralizadas de potencia. Para la
clasificación geomecánica del macizo rocoso se utilizaron los sistemas de clasificación
RMR, Q y GSI, la resistencia del macizo rocoso fue estimada con el criterio de falla de
Hoek y Brown (2002).
El dimensionamiento de las cámaras de los tajeos de explotación se realizó
mediante el método gráfico de Mathews (1980) en su versión más reciente, el cual fue
actualizado por C. Mawdesley y R. Trueman (2000). Los pilares costilla fueron diseñados
mediante el método empírico que consiste en diseñar pilares inclinados basados en los
esfuerzos inducidos actuando sobre el pilar por el método empírico de Obert y Duvall, la
resistencia de los pilares fueron calculados por el método de Lunder y Pakalnis (1997). En
la determinación del espesor del pilar entre niveles de mina se empleó el método de
Carter, ampliamente usado en la industria minera canadiense para el diseño de pilares
corona. Finalmente, como un complemento a la metodología empírica utilizada, se realizó
el análisis de esfuerzos y deformaciones a través de los programas geotécnicos Phases 2 y
Examine 3D.
1.INTRODUCCION la meteorización y desintegración de la

roca, compuesto por arena y finos con
La mina San José de Compañía materia orgánica, que cubren
Minera Cuzcatlan está ubicada en la
parcialmente a las rocas con un espesor
llanura del valle del rio Atoyac del
de 1 a 2 m. Los tipos litológicos más
distrito de Ocotlán, estado de Oaxaca en
México, emplazado en un yacimiento de importantes en el yacimiento son los
vetas de mineral de plata y oro. El identificados como Flujos Andesíticos
estudio está orientado a evaluar las Porfiríticos. En la Tabla 1 se presenta la
condiciones geológicas y geotécnicas columna estratigráfica de la mina.
para determinar dimensiones de tajeos
estables que impliquen una explotación
2.2. Estructuras
segura y una máxima recuperación del
mineral. A partir de los datos registrados en
terreno y por las validaciones realizadas,
2. MODELO GEOMECANICO se puede concluir que el modelo geológico
del yacimiento se encuentra asociado a un
2.1. Geología patrón estructural conformado por fallas
La litología típica consiste
normales de alto ángulo de buzamiento y
predominantemente de derrames lávicos
con los bloques occidentales levantados y
de naturaleza andesítica y piroclásticos,
los bloques orientales descendidos. Las
los cuales fueron depositados durante el
fallas buzan con más de 80° hacia el Este,
terciario medio-superior. El depósito
llegando algunas de ellas a ser
cuaternario (cobertura) es el producto de
subverticales.
Tabla 1. Sistema de ponderación de las propiedades del macizo rocoso.
IDENTIFICACIÓN DES CRIPCIÓN

Suelo orgánico gradando LITOLÓGICA
en el bas amento rocos o meteorizado y
DEPOSITO CUATERN. des compues to.
Secuencia volcánica efus iva andes ítica compues to por flujos
P AF-10
coherentes y con bandeamiento de flujo.
Volcanoclás tico marrón-rojizo de grano fino. Es pes or varía de 0 a 5
VCL-10
MIEMBRO m de es pes or.
Secuencia volcánica efus iva andes ítico a dacítico afanítico a
A débilmente porfirítico, compues to de facies autoclás ticas y
P AF-20 coherentes ; incluye brechas hialoclas tita bien des arrolladas con
matriz de color marrón-rojizo a verde claro.
VCL-20 Volcanoclás tico marrón-rojizo y grano muy fino.
P A-2 Secuencia volcánica efus iva andes ítico porfirítico compues to de
MIEMBRO VCL-21 flujos de facies coherentes y brechas autoclás ticas ; incluye
B localmente volcanoclás ticas dis continuas y delgadas ; textura
PA porfirítica grues a bien des arrollada; es pes or aproximadamente 300 m
P AF-30 de es pes or.
MIEMBRO
VCL-40 Volcanoclás ticos marrón-rojizos
Secuencia volcánica de grano
efus iva andes fino, es pes or 7.00de
ítica; dominantemente m. flujos
C P AF-40 de facies coherentes ; localmente brechas autoclás ticas ; es pes or
LP T -10
AT
Piroclás ticos intercalados compues to dominantemente de tobas
MIEMBRO
D P AF-50
lapille y cenizas tobáceas de grano fino; incluye localmente
LP T -20
volcanoclás ticos re-s edimentados .
Existe una falla principal que ligeramente meteorizadas y planas

coincide con el alineamiento de la veta rugosas a onduladas rugosas.
Trinidad, que tiene un salto de 160 m en Las orientaciones medidas en las
el sector sur y 300 m en el sector norte. litologías PAF 30 y PAF 40, fueron
La segunda falla en importancia es la analizadas con proyecciones
falla que coincide con la veta Bonanza, estereográficas y con la ayuda del
de tipo normal y que tiene un salto de programa DIPS v.5.1 de RocScience
100 m. En el sector norte, ambas fallas (2002). En el tipo litológico PAF 30 se
se unen. Al este de la falla principal determinó la presencia de dos familias
existe un sistema de fallas menores, de discontinuidades con las
paralelas, espaciadas de 5 a 20 m y con orientaciones de: 78/349 (familia 1) y
saltos menores a 20 m. 77/068 (familia 2). En el tipo litológico
En diferentes labores antiguas de la PAF 40 se identificó las siguientes
mina se han identificado fallas en la familias: 44/304 (familia 1), 83/156
caja techo de las vetas Bonanza y (familia 2) y 83/113 (familia 3), ver las
Trinidad con orientación N-S/70-85°E a Figuras 1 y 2.
N10°O/70-85°NE, con presencia de
relleno de roca triturada con arcilla y
halos de fracturamiento.
La mayoría de las juntas tienen
superficies de onduladas rugosas a
planas rugosas y como relleno capas
delgadas de arcilla menor a 1 mm de
espesor. Se ejecutaron ensayos de corte
directo de las discontinuidades naturales Figura 1: Familias de
y se obtuvieron ángulos de fricción que Discontinuidades
van desde 30 a 50º, valores que están Tipo Litológico PAF 30.
ligeramente por debajo de los ángulos
de fricción interna de la roca intacta, los
cuales indicarían que las superficies de
las discontinuidades están de sana a
resumen los parámetros del macizo

rocoso utilizado en los análisis.
Tabla 2: Propiedades Físico-

Mecánicas
Tipo γ c
φ σc σt
3
Litolog. (kN/m ) (MPa) (MPa) (MPa)
(°)
PAF30 25.60 54.10 10.77 95.72 15.44
PAF40 25.60 53.53 14.62 82.12 12.32
Figura 2: Familias de
Discontinuidades
Tabla 3: Propiedades Elásticas y de
Tipo Litológico PAF 40.
Deformación
2.3. Roca Intacta y Macizo Rocoso ν mi

Litología E (GPa)
Para determinar las propiedades
PAF30 23.13 0.18 26.24
físicas y mecánicas de la roca intacta, se
PAF40 16.57 0.24 21.42
efectuó una campaña de muestreo en los
Tabla 4: Propiedades del Macizo
testigos de perforaciones diamantinas.
Rocoso
En total se realizaron 150 ensayos de
laboratorio de mecánica de rocas, para
Item PAF30 PAF40 Mineral
la determinación de propiedades físicas,
compresión simple, tracción indirecta, Módulo
9014 12996 12996
Young (Pa)
compresión triaxial, determinación de
Cohesión
propiedades elásticas, carga puntual y 2.81 3.49 3.49
(MPa)
corte directo. Angulo
50.7 53.9 53.9
fricción (°)
Los resultados obtenidos en los mb 4.35 7.49 7.49
diferentes ensayos de laboratorio fueron s 0.0129 0.0384 0.0384
realizados para los dominios principales a 0.501 0.501 0.501
denominados PAF 30 y PAF 40. En la

2.4. Hidrogeología
Tabla 2 y Tabla 3 se resumen los
Tras las evaluaciones de terreno
resultados de ensayos de laboratorio de
realizadas en los diferentes niveles de la
la roca intacta y en la Tabla 4 se
mina, se ha observado presencia de
agua subterránea en forma de goteos
esporádicos en sectores localizados de 75-

T-CP 60 65 15 80
la rampa principal 891N, así como en 75-
VT 70 68 11.7 80
algunas labores antiguas de los niveles 5 Mineral 75-
VB 75 68 12.5 80
(1426 m) y 6 (1398 msnm). Las
filtraciones de agua se presentan
generalmente por las infiltraciones en
las temporadas de lluvia.
2.5. Dominios Estructurales

De acuerdo a las características
y posición geométrica de las vetas, el
yacimiento mineral ha sido dividido en
tres sectores: sector Norte, sector Centro
y sector Sur.
El Sector Centro, caso del
presente trabajo, está ubicado entre los
Niveles 930 y 1450, limitado por las
Figura 3: Esquema del Modelo
coordenadas 1847025 N y 1847300 N.
Geomecánico
Conformado por dos cuerpos
3. ANÁLISIS DE ESTABILIDAD Y
mineralizados, denominados como veta DIMENSIONAMIENTO DE LOS
Trinidad (al Oeste) y veta Bonanza (al TAJEOS DE EXPLOTACIÓN
Este). Ambas vetas separadas por Se ha determinado que los
material estéril de 20 a 40 m métodos de minado más apropiados
para la mina San José son: el Sub Level
Tabla 2: Clasificación Geomecánica Stoping y Corte y Relleno Ascendente.
del Macizo Rocoso En el presente trabajo se realizarán los
Dominios
Indices de Calidad de análisis de estabilidad y
Zona Macizo Rocoso
Estructurales dimensionamiento de tajeos para
RQD RMR Q GSI
60-
B-CT 75 68 12.5 70
potencias de mineral de 20 m mediante
PAF 30 65- el método de explotación Sub level
B-CP 80 69 13.3 70
55- Stoping, caso típico del Sector Centro.
PAF 40 B-CT 85 65 7.08 60
B-CP, 70- Para menores potencias de mineral es
T-CT 60 63 15 75
apropiado el método de minado de corte N = Q’ x A x B x C

y relleno ascendente. Donde:
Para el análisis de estabilidad y Q’: Rock Tunnelling Quality Index de
dimensionamiento de las unidades de Barton (1974) con SRF=1
explotación se consideraron como A: Factor de condición de esfuerzos
herramientas empíricas, la aplicación B: Factor de orientación de estructuras
del método gráfico de estabilidad de C: Factor de componente gravitacional
Mathews para el dimensionamiento de
cámaras, el método “Scaled Crown
Pillar Span de Carter para el El parámetro N representa la
dimensionamiento de puentes, y el calidad de macizo y condición
método de Lunder-Pakalnis y de Obert- geotécnica del área a explotar. Una vez
Duvall, para el dimensionamiento de calculado, se ingresa a la gráfica de
pilares. Para el análisis tenso- Mathews y se evalúa la condición de
deformacional se utilizó el programa estabilidad para un determinado valor
geotécnico de elementos finitos Phases de radio hidráulico (Área/Perímetro) de
y el programa de elementos de borde las paredes de la caja techo, caja piso,
Examine 3D. techo y paredes laterales del tajeo.
Una metodología ampliamente El rango “estable” corresponde a
usada en el proceso de diseño de las dimensiones de tajeos que no
cámaras de tajeos para la explotación de presentan daños significativos por
cuerpos tabulares es mediante el método estabilidad. Las dimensiones de mayor
gráfico de Mathews (1980), modificado probabilidad de falla presentan
por Potvin (1989). Para este estudio se condiciones de inestabilidad local hasta
utilizó la versión más reciente, condiciones de falla mayor. Figura 4.
actualizado por C. Mawdesley y R. La estimación de los factores de
Trueman (2000), el cual permite estimar ajuste A, B y C se realizó en base a la
la probabilidad de falla para un información geotécnica y en base a la
determinado diseño de tajeo. El método experiencia de SVS, considerando una
consiste en la determinación del condición de esfuerzos gravitacionales.
“stability number (N)”, el cual se Dado que el modelo geotécnico indica
obtiene de la ecuación: que las paredes de los tajeos
corresponden principalmente a rocas

andesíticas, cuyas propiedades se
utilizaron para la estimación del
parámetro N.
AU
ME
NT
O
DE
PR
DE
OB
FA
AB
LL
A
IL I
DA
D
Figura 4: Gráfico Método de

Estabilidad de Mathews
(C.Mawdesley y R. Trueman, 2000)
En la Tabla 5 se resume los

resultados hallados de dimensiones de
cámaras para probabilidad de falla de
5% a 10% (en las paredes de la caja Figura 5: Gráfico Método de
techo), los cuales representan Estabilidad de Mathews
condiciones estables. En la figura 5 se (caso tajeo: w=20m, h=30m y L=35m)
presenta el gráfico de estabilidad de El criterio de aceptabilidad para
fallas mayores para el caso de un tajeo definir la condición de estabilidad
de 30 m de altura, que operativamente considera que el techo y paredes son
se determinó viable. estables (para tajeos abiertos sin ingreso
de personal). Este último asume que los
Tabla 5: Resultados de Aplicación del volúmenes de desprendimiento
Método Gráfico de Mathews (N´) asociados son menores y no implican
Ancho Altura Largo RH riesgos ni inconvenientes operacionales.
Nº Pared N´
(m) (m) (m) (m) Para dimensionar los pilares
1 20 40 30 Caja 8.57 14.90 costilla, es decir, aquellos pilares que
Techo van de nivel a nivel entre las cámaras.
2 20 30 35 Caja 8.08 12.37 Para este cálculo se empleó el método
Techo que consiste en diseñar pilares
3 20 20 50 Caja 7.14 9.86 inclinados basados en su resistencia,
Techo Utilizando el método empírico

de Obert y Duvall se estima el campo de
esfuerzos inducidos actuando sobre el
pilar. A partir del cual, es posible
calcular la presión normal de roca en los
pilares tipo costilla en estructuras
mineralizadas inclinadas de acuerdo a la
siguiente aproximación (Prakash R.
Sheorey).
 wo
σp = γ .z1 +  (cos2 α + m.sen2α)
 wp
En donde, Wo es el ancho de la Sp = Kσ c (C1 + C 2k )
cámara o longitud de pilar, Wp el ancho Sp = Resistencia del pilar

del pilar, z la altura de columna σc = Resistencia Compresiva
litostática, γ la densidad del material, m uniaxial
es igual a la constante k de los esfuerzos K = Factor de resistencia debido a
in situ y  es el ángulo de buzamiento fricción
de la estructura mineralizada (Figura 6). C1, C2 = Constantes empíricas de
masa rocosa.
σp
El confinamiento promedio del pilar
Cpav está dado por la siguiente
γz
expresión:
1.4
 w  w/ h
C pav = 0.46 log( + 0.75)
o
 h 
W
m.γz
W
p
[
k = tan a cos((1 − C pav ) / (1 + C pav )) ]
α
En la Figura 7, se representa el
Figura 6. Esfuerzos Sobre un Pilar
ábaco de resultados de anchos de pilares
Inclinado (P. R. Sheorey)
Wp para factores de seguridad de 1.2
m; para diferentes alturas de pilar Hp
Para el cálculo de la resistencia
(ancho de minado) y ancho de cámara
de pilares mineros se utilizó la
Wo (longitud de cámara).
metodología de Lunder y Pakalnis
(1997), que relaciona el ratio del pilar
(ancho/altura) y la resistencia del
macizo rocoso, e introduce el criterio de
confinamiento que combina dos
aproximaciones para desarrollar una
resistencia hídrida, la “fricción del
pilar” (K) y las constantes empíricas de
resistencia (C1 y C2).
Donde,
S = luz de pilar puente (placa)
L = largo de pilar puente
T = espesor de pilar puente
Figura 7: Ábacos de Ancho de Pilares
Costilla vs Ancho de Cámara para En la Figura 5 se muestran los
Diferentes Anchos de Minado ábacos de resultados de espesores de
pilar puente con factores de seguridad
Para la determinación del de 1.2 y probabilidad de falla de 10%,
espesor del pilar entre niveles de mina para diferentes potencias de mineral
se empleó el método de Carter, (ancho de pilar puente) y longitud de
ampliamente usado en la industria tajeo (largo de pilar puente).
minera canadiense para el diseño de El resumen de los resultados de
pilares corona. Para nuestro caso se dimensionamiento de cámaras, pilares y
consideró apropiado utilizar esta técnica puentes (placas) para el caso del Sector
para dimensionar los pilares puentes
que son de carácter temporal. El método
consiste en estimar dos factores: Sc o
“Maximum Scaled Span”, factor
representativo de la calidad del macizo
rocoso expresada a través del parámetro
Q de Barton y Cs o “Scaled Crown
Pillar Span”, factor representativo de la
condición geométrica y fábrica de la
roca. La condición de inestabilidad se
presenta cuando Cs es mayor a Sc.
Centro se muestran en las Tablas 7 y 8.
Sc = 3.3Q 0.43
γ Figura 5: Ábaco Espesor de Puente vs

Cs = Sc
T (1 + S / L)(1 − 0.4 cos θ ) Largo de Puente
y de esfuerzos en el entorno de una

Tabla 7: Resultado de
excavación subterránea, teniendo en
Dimensionamiento de Pilares
cuenta las secuencias de explotación.
Dimensiones Pilares Estabilid
Estas configuraciones fueron evaluadas,
Cámaras ad
considerando los criterios de diseños,
Ancho Altur Largo Ancho F.S. = que consisten en generar cámaras de
(m) a (m) (m) Wp (m) 1.2 explotación autosoportadas para el
20 40 30 9 Estable método sub level stoping.
20 30 35 11 Estable Los parámetros geomecánicos
20 20 50 13.2 Estable requeridos para el modelamiento han
sido obtenidos a partir de los ensayos de
Tabla 8: Resultado de laboratorio de mecánica de rocas
Dimensionamiento de Puentes llevados a cabo para este proyecto
(Tabla 3 y 4). El criterio de falla
Dimensiones de Puentes Estabilidad
Ancho Largo Espesor F.S.=1.2 empleado en el presente análisis fue el
(m) (m) puente criterio empírico de Hoek-Brown
(m)
20 30 10.3 Estable modificado (Hoek, 1992). Dentro del
20 35 11 Estable análisis se consideró relleno detrítico.
20 50 12.3 Estable
En la Figura 8, se muestra el modelo
20 70 13.4 Estable
utilizado para los análisis de estabilidad
7. MODELAMIENTO Y ANALISIS para un tajeo típico de dimensiones: 20
ESFUERZOS Y m de ancho, 30 m de altura y 35 m de
DEFORMACIONES
largo que es el más apropiado desde el
punto de vista operativo en este caso.
Como un complemento a la
En las Figuras 9, 10, 11 y 12 se
metodología empírica utilizada, se
muestran los isocontornos de factores
realizó el análisis de esfuerzos y
de resistencia y desplazamientos
deformaciones a través de los
obtenidos con el programa Phase2 para
programas geotécnicos de elementos
diferentes geometrías y etapas de
finitos en 2D Phase2 y elementos de
minado. En las Figuras 13, 14, 15, 16 y
borde en Examine 3D, los cuales
17 se muestran los gráficos de
permitieron realizar análisis para
resultados de esfuerzos y
calcular los campos de desplazamientos
desplazamientos obtenidos con el

programa Examine 3D.
Caja PAF 40 Figura 10: Desplazamiento Máximo

vvssstechoddd1te de 4.72 cm
Mineral
PAF 30
Tajeo
Caja Piso
Figura 8: Modelo del yacimiento para

diferentes etapas de excavación
Figura 11: Factores de resistencia con
uso de relleno detrítico y
MODELAMIENTO 2D CON EL PROGRAMA
PHASES2
recuperación intercalada de puentes
Figura 9: Isocontornos de factores de

resistencia Figura 12: Desplazamiento Máximo
en la Caja Techo 4.48 cm (relleno
detrítico y recuperación intercalada
de puentes)
MODELAMIENTO 3D CON EL PROGRAMA
EXAMINE 3D
cuando permanecen vacíos y no se

utiliza relleno se presentan factores de
resistencia en el límite de la estabilidad.
Sin embargo al utilizar relleno
detrítico, los factores de resistencia
incrementan notablemente su
estabilidad hasta alcanzar valores del
orden de 1.2, lo cual posibilitará la
recuperación de los pilares y puentes de
Figura 13: Vista transversal, factores mineral de manera alternada. Las
de resistencia de 1.2 en las paredes y
techos de cámaras deformaciones máximas alcanzadas en
las paredes colgantes, yacentes y techo
están en el orden de 0.2 a 0.3 %,
indicando niveles de daños menores
según la clasificación de Beck (2005).
Del análisis se desprende que el relleno
detrítico trabaja como buen elemento de
confinamiento de las paredes de los
tajeos, con lo cual es posible obtener
condiciones de estabilidad para la
recuperación de parte de los pilares y
Figura 14: Vista longitudinal de puentes.

cámaras y pilares, factores de
resistencia de 1.2 en las paredes de las
cámaras (factores < 1 en sitios
puntuales del techo).
En todas las condiciones de

estabilidad simuladas los resultados
obtenidos muestran factores de
resistencia por encima de la unidad.
Para anchos de minado de 20 m,
Figura 15: Vista isométrica de
explotados por el método sub level
factores de resistencia de 1.2 en los
stoping en la zona de los puentes puentes.
de tajeos que permitan flexibilidad

operacional.
En el presente análisis de
estabilidad y dimensionamiento de
tajeos de explotación, se consideraron
las herramientas empíricas y numéricas
más recientes, utilizadas ampliamente
en la minería subterránea
Los potenciales mecanismos de
Figura 16: Vista transversal de inestabilidad que pueden presentarse en
isocontornos de máximo los tajeos abiertos, pueden ser
desplazamiento de 1.5 cm en el techo
de cámaras. controlados manteniendo un radio
hidráulico (área/perímetro) adecuado
que permita que el macizo rocoso de las
cajas del tajeo se autosoporte.
En la etapa final de minado se
recomienda un diseño que alterne
cámaras y pilares, manteniendo el radio
hidráulico, que permita un máximo de
recuperación y un tamaño mínimo
estable de los pilares.
El método considera el uso de relleno
no como condicionante del ciclo de
Figura 17: Vista isométrica de
isocontornos de máximo minado, sino al final del proceso de
desplazamiento de 1.5 cm en el techo
minado para la recuperación de pilares
y cajas.
si se prevee, sin exponer a grandes
8. CONCLUSIONES cavidades inestables al personal.

El relleno a utilizar en el método
El método sub level stoping es puede ser detrítico y/o semicementado,
apropiado para cuerpos mineralizados para lo cual es recomendable realizar
subverticales y potentes, paredes de una evaluación geomecánica y
rocas encajonantes estables, accesos de
rampas entre subniveles y dimensiones
económica sobre la viabilidad de su uso

en el método.
REFERENCIAS
Brady B.H. and Brown E.T.1993. Rock Mechanics for Underground mining.
Carter, T.G. and Miller, R.I. 1995. Crown pillar risk assestment – planning aid for
cost-effective mine closure remediation. Trans. Inst. Min Metl, vol 104, pp. A41-A57.
Hustrulid W.A. and Bullock R.L.2001. Underground Mining Methods. Society for
mining, metallurgy, and exploration, Inc.
Lunder P.J. and Pakalnis R.C. 1997. Determination of the strength of hard rock mine
pillars. Bull. Inst. Min. Metl., 90(1013): 51-55.
Mawdesley C., Trueman R., and Whiten W.J. 2000. Extending the Mathews stability
graph for open stope design. IMM transactions section A, Volume 110, Number 1, pp.
27-39.
Sheorey, P.R. 1993. Design of coal pillar arrays and chain pillars, Central mining
research station, Dhanbad, India.
Villaescusa E. 2008, Underground Rock Mechanic Course, Master of Mining

Geomechanic, Curtin University of Technology.
CRITÉRIOS DE SUSTENTABILIDADE QUANTITATIVA EM TRABALHOS

GEOTÉCNICOS SUBTERRÂNEOS
CRITERIOS DE SOSTENIBILIDAD CUANTITATIVA EN TRABAJOS

GEOTÉCNICOS SUBTERRÁNEOS
VIDAL NAVARRO TORRES

Universidade Técnica de Lisboa, Portugal - Universidade Federal de Goiás, Brasil, vntorres@ist.utl.pt
RESUMO: Actualmente são cada vez mais importantes as interacções entre a sustentabilidade (ST) das
actividades humanas e o desenvolvimento sustentável (DS). Nesta conformidade qualquer obra
geotécnica tem de ser realizada em equilíbrio com os quatro componentes do ambiente (ar, água, seres
vivos, solo/rocha), o qual é possível conseguir através da aplicação de tecnologias limpas, dos princípios
da eco-eficiência e uma adequada gestão ambiental, que garantam que a obra tenha elevada permanência
no tempo para o benefício da humanidade, no presente e no futuro. Neste trabalho aborda-se a ST da
componente ambiental solo/rocha através dos índices de sustentabilidade geotécnica (ISG) com aplicação
a aberturas subterrâneas.
PALABRAS CHAVE: Sustentabilidade, Indicadores, Geotécnica, Obras, Subterrâneas.
RESUMEN: Actualmente, son cada vez más importantes las interacciones entre la sostenibilidad (ST) de
las actividades humanas y el desarrollo sostenible (DS). En esta conformidad cualquier trabajo geotécnico
tiene que ser realizado en equilibrio con los cuatro componentes del ambiente (aire, agua, seres vivos,
suelo/roca), el cual es posible conseguir mediante la aplicación de tecnologías limpias, de los principios
da eco-eficiencia y una adecuada gestión ambiental, que garanticen que el trabajo tenga elevada
permanencia en el tiempo para el beneficio de la humanidad, en el presente y en el futuro. En este trabajo
se aborda la ST del componente ambiental suelo/roca a través de los índices de sostenibilidad geotécnica
(ISG) con aplicación a aberturas subterráneas.
PALAVRAS LLAVE: Sostenibilidad, Indicadores, Geotécnica, Trabajos, Subterráneas.

1. INTRODUCCIÓN
sendo esta avaliação possível através dos
Os três principais suportes do DS são Índices de Sustentabilidade (IS), quer no
constituídos pela rentabilidade campo económico, quer no ambiental ou
económica, a protecção ambiental e a no social.
responsabilidade social, que são
determinantes na aplicação prática dos Para o caso específico da componente
seus princípios fundamentais. ambiental solo/rocha utilizam-se os
Índices de Sustentabilidade Geotécnica
Concordantes com os princípios das (ISG), que a seguir se descrevem.
Nações Unidas, muitos países,
organizações e instituições vêm
trabalhando no sentido de
operacionalizar o ansiado DS. Assim, a 2. ÍNDICES DE SUSTENTABILIDADE
DAS OBRAS GEOTÉCNICAS
nível da
União Europeia (EU) existe uma
Comissão denominada European A operacionalização do DS é uma tarefa
Commission on Sustainable muito complexa, sendo uma importante
Development e a nível das Nações ferramenta que pode ser utilizada para a
Unidas a denominada Division for gestão baseada nos critérios da ST que,
Sustainable Development, que vêm através dos IS, dão origem a critérios de
implementando estratégias do DS a nível decisão muito importantes.
regional e global.
Com efeito, os IS permitem obter
O termo sustentabilidade (ST) é informação sobre a sustentabilidade de
resultante do conceito de DS e, em qualquer sistema e, neste caso, sobre as
termos gerais, pode-se definir como a obras geotécnicas. Os IS permitem ainda
condição ou característica referida à verificar como o objectivo de obter
permanência no tempo de qualquer resultados positivos em termos de
actividade ou empreendimento e dos produto “per capitae” se arrisca à
benefícios deles derivados. degradação precoce dos recursos
naturais, do ambiente e da sociedade.
A ST procura uma harmonia ou Sabe-se que todos os tipos de
equilíbrio entre os aspectos económicos, desenvolvimento implicam riscos, pelo
ambientais e sociais para uma melhoria que é necessário controlá-los através da
da qualidade de vida humana, fixação de limites admissíveis. Logo, os
respeitando o direito das próximas IS devem ser relevantes, compreensíveis
gerações em beneficiar, pelo menos, da e confiáveis.
mesma qualidade de vida. Logo, a ST de
qualquer actividade humana faz sentido Estudos que se vem realizando no
sempre que exista a relação necessária Centro de Geotecnia do Instituto
entre os sistemas económicos, Superior Técnico permitem propôr um
ambientais e sociais, tendo como núcleo modelo para avaliar a ST de uma obra
central o Homem. geotécnica através do Índice de
Sustentabilidade Ambiental (ISA), do
Para uma real e eficaz gestão do DS é Índice de Sustentabilidade económico
necessário usar modelos ou processos (ISE) e o Índice de Sustentabilidade
que permitam avaliar a ST das diversas social (ISS) (Fig. 1).
actividades que o Homem desenvolve,
3. MODELO MATEMÁTICO PARA

A QUANTIFICAÇÃO DO ÍNDICE
DE
SUSTENTABILIDADE
GEOTÉCNICA
3.1 Modelo geral
Considerando os três sub-indicadores do

DS das obras geotécnicas subterrâneas,
pode-se definir um Índice de
Figura 1 – Indicadores de Sustentabilidade em Sustentabilidade Geotécnica (ISG)
Obras Geotécnicas mediante a equação (1) em função do
Índice de Sustentabilidade Geotécnica
Cada um dos 15 indicadores devido à Estabilidade (ISGe), do Índice
apresentados na Fig. 1, podem ter muitos de Sustentabilidade Geotécnica
mais sub-indicadores, dependendo do relacionado com a Subsidência (ISGs) e
tipo, dimensão, localização e outras do Índice de Sustentabilidade
características da obra, podendo atingir Geotécnica devido a vibrações (IGv).
até mais de uma centena. Matematicamente tem-se:
Por (1)
outro
lado,
cada um dos IS pode-se expressar e é possível caracterizar mediante níveis
através de índices que variam de 0 a 1, de sustentabilidade (Tabela 1).
sendo o nível da ST caracterizável por
meio de uma escala apropriada, como a Para calcular o índice de sustentabilidade
indicada na Tabela 1. de cada sub-indicador deve-se usar a
condição de sustentabilidade de cada
Tabela 1 – Níveis de sustentabilidade sugeridas elemento baseada no padrão de
para as obras geotécnicas
admissibilidade. Três critérios são
0≤ISG 0.25<ISG 0.5<ISG 0.75<ISG ISG=1 possíveis, considerando a condição local
≤0.25 ≤0.5 ≤0.75 <1 dos elementos ou variáveis ambientais
Muito Baixa Moder Boa Muit (xi) e quando a sustentabilidade se
baixa ada o
boa
obtém com:
Obs.: ISG= Índice de Sustentabilidade
Geotécnica 1) Quando a sustentabilidade é com
xi ≤X, onde X é o máximo valor
admissível
No presente artigo aborda-se apenas o 2) Quando a sustentabilidade é com
indicador da qualidade geotécnica xi ≥ Y, onde Y é o mínimo valor
aplicada a uma obra subterrânea, admissível
composto por três sub-indicadores que 3) Quando a sustentabilidade é com
são: estabilidade das aberturas, Y≤ xi ≤X, onde Y e X são mínimo e
subsidência e dinâmica de vibrações. máximo valores admissíveis.
Considerando as condições do critério 1,

o IS pode-se calcular usando a equação
(2), onde a classificação dos indicadores
é baseada na condição xi ≤X. Neste 1) Se Y<xi<X ou xi = Y → SI = 1

critério quando os valores de xi são 2) Se xi = Y1 → SI = 0
baixos a sustentabilidade alta, neste caso
X é um padrão máximo. 3.2 Índice de sustentabilidade geotécnica
devido à estabilidade (ISGe)
xi
SI = 1 − O ISGe está relacionado com a qualidade
X
geotécnica do terreno ou maciço onde é
(2) realizada a obra geotécnica, a geometria
da abertura e os fins para os quais será
Com duas condições: destinada a obra e, em termos gerais, o
1) Se xi = X ou xi>X → SI = 0 modelo matemático proposto é o
2) Se xi = 0 → SI = 1 expresso mediante a equação (6).
Com as condições do critério 2, o IS
(6)
pode-se calcular usando a equação (3)
baseado na condição xi≥Y onde para
valore altos de xi se obtém altos valores onde n é a quantidade de trechos da
de sustentabilidade. Neste caso Y abertura subterrânea com características
corresponde ao valor mínimo admissível. geotécnicas similares.
A estabilidade duma abertura

xi
SI = (3) subterrânea ao longo do tempo pode-se
Y avaliar considerando a necessidade ou
não de suporte.
Com duas condições:
1) Se xi = Y or xi>Y → SI = 1 3.2.1 Estabilidade de aberturas
2) Se xi = 0 → SI = 0 subterrâneas sem suporte
Considerando o critério 3 para intervalos

mínimo y máximo admissíveis, o IS
pode-se quantificar usando a equação (4)
quando xi ≥X e quando xi=X1 é Aplicando a equação (2) e o critério de
insustentável e também considerando o impacte ambiental geotécnico de
critério 3, o IS pode-se calcular o IS, Navarro Torres et al., 2005, a
com a equação (5) onde xi≤Y e xi=Y1 é sustentabilidade de uma abertura
insustentável. subterrânea que permanecerá estável ao
longo do tempo sem necessidade de
xi − X suporte (ISGe1) será:
Se xi ≥ X → SI = 1 − (4)
X1 − X
(7)
Com duas condições
1) Se Y<xi<X ou xi = X → SI = 1 onde A é a dimensão geométrica da
abertura (m), ESR (Excavation Suport
2) Se xi = X1 → SI = 0
Ratio) é o índice Q (Tunnelling Quality
Index) [1].
Y − xi
Se xi < Y → SI = 1 − (5)
Y − Y1 3.2.2 Estabilidade de aberturas
subterrâneas com suporte
Com duas condições:
Aplicando a equação (3) e para a rotura

de um maciço que envolve uma abertura (12)
subterrânea, que sucede quando a
pressão de suporte pi é inferior à pressão
crítica do suporte Pcr [3], nesta condição, Na equação (12) δv é o deslocamento
a sustentabilidade geotécnica ISGe2 será: vertical transversal acima do túnel, que
pode ser calculado com a equação (13),
zo é a distância da superfície ao eixo
(8)
central do túnel, x é a distância
horizontal desde o eixo do túnel e ix é a
onde K é o factor calculado em função distância do eixo á inflexão máxima da
do ângulo de atrito do maciço φ curva de Gauss (ix=0.43zo+1,1) (Fig. 2)
(Equação 9), Po é a tensão in situ no de deslocamentos (Fig. 3) que
maciço, σcm é a resistência à compressão influenciam o ISGs.
simples do maciço, calculada em função
da coesão c e do ângulo de atrito.
(9)
(10)
Figura 2 – Curva de Gauss de deslocamento na
3.2 Índice de sustentabilidade geotécnica secção transversal
relacionado com a subsidência (ISGs)
Os danos a edificações devidos a obras

geotécnicas subterrâneas (túneis) em
zonas urbanas devem ser controlados
considerando como limite o Nível 2
(Tabela 2) na escala de danos devidos a
subsidências causadas pela construção
de túneis [2].
Figura 3 – Parâmetros que influenciam o ISGs
Tabela 2 – Limites admissíveis na subsidência
(13)
onde VL é a denominada perda de

volume (%) que se calcula com a
equação (14) baseada na equação
No caso de εh>0.15 (> do nível 2) proposta por Borms and Bennemark
existe risco de provocar danos nos [5,6], onde D é a largura do túnel.
edifícios, neste caso de edifícios de
betão. Portanto, aplicando a equação (2)
(14)
o ISGs pode-se calcular com a equação
(11).
onde εh é a deformação horizontal (%) Nesta equação Pt é a pressão total do
calculada com a equação (12) e εh(L) é a terreno no nível do eixo central do túnel
deformação horizontal limite admissível (inclui carga superficial), Ps é a pressão
(0.15%).
do suporte e σt é a resistência à tracção Gardunha (Fig. 5), Metro de Lisboa (Fig.

do terreno. 5) [4].
3.1 Índice de sustentabilidade geotécnica Os resultados dos cálculos indicam que

devido a vibrações (ISGv) na Mina da Panasqueira o índice de
sustentabilidade geotécnica da
O ISGv pode-se exprimir através da estabilidade é boa (0.98), na mina de
equação (2), resultando para Neves Corvo (Rampa CRAMS03) é
incomodidade humana residencial diurna também boa (0.56 a 0.81), no Túnel da
a equação (15) e para danos nas Gardunha resulta boa (0.78 a 1.00),
estruturais a equação (16): numa das estações da Linha Amarela do
metro de Lisboa a sustentabilidade
devido as vibrações resulta boa (0.61) e
(15)
na reabilitação do Túnel do Rossio
(aplicação do suporte primário) na zona
do Centro das Taipas [4] a
(16)
sustentabilidade foi muito baixa (0.13).
onde Vx é a componente longitudinal da

vibração, Vy é a componente transversal
e Vz é a componente vertical, o
coeficiente 5 é resultante do padrão
definido pela Norma
ISO2631-2:1989 (0.2 mm/s) e VL é a Tabela 3 - Resultados da aplicação dos
velocidade limite admissível pelas modelos matemáticos a casos práticos.
normas (mm/s), no caso de Portugal a
NP 2074.
4. ALGUNS CASOS DE ESTUDO
Como parte aplicativa do modelo

desenvolvido, apresentam-se, na Tabela
3, resultados de valores médios de vários
casos de estudo da sustentabilidade
geotécnica de diversos trabalhos
geotécnicos subterrâneos baseados nos
estudos realizados por Navarro Torres
[3].
Inclui-se também, simulação da

variabilidade dos Índices de
Sustentabilidade em função da qualidade
do maciço rochoso, da profundidade da
abertura subterrânea, da velocidade de
vibração, pressão de suporte e da
resistência do maciço rochoso, para
exemplos das Minas da Panasqueira
(Fig. 4), de Neves Corvo, Túnel da
suporte para o tipo de terreno, de forma a

atingir uma boa sustentabilidade.
5 CONCLUSÕES
O sector das obras geotécnicas apresenta

um carácter de grande importância para
o desenvolvimento da humanidade, pelo
que os projectos se devem desenvolver
com um bom índice de sustentabilidade,
Figura 4 – Índices de Sustentabilidade
Geotécnica ISGe1 na Mina da Panasqueira ou seja, estes empreendimentos devem
ser economicamente viáveis com a
protecção ambiental e responsabilidade
social.
Através do exposto no presente artigo,

verifica-se que o Desenvolvimento
Sustentável das Obras Geotécnicas pode
ser quantificado através de um Índice de
Sustentabilidade adequado.
Este modelo matemático abre o caminho
para uma avaliação e análise do
Figura 5 – Índices de Sustentabilidade Desenvolvimento
Geotécnica ISGe2 no Túnel da Gardunha
Sustentável das Obras Geotécnicas de
forma pragmática, deixando de lado as
abordagens puramente teóricas.
INTRODUCCION
La mina San José de Compañía

Minera Cuzcatlan está ubicada en la
llanura del valle del rio Atoyac del
distrito de Ocotlán, estado de Oaxaca en
Figura 6 – Índices de Sustentabilidade
Geotécnica ISGv no Túnel Linha Vermelha do México, emplazado en un yacimiento de
Metro de Lisboa Ponto E19 vetas de mineral de plata y oro. El
estudio está orientado a evaluar las
Os índices de sustentabilidade
elaborados indicam que a obra condiciones geológicas y geotécnicas
geotécnica poderá ser utilizada ao longo para determinar dimensiones de tajeos
do tempo sem maiores riscos, mas que
estables que impliquen una explotación
precisam de uma adequada manutenção.
Os índices de sustentabilidade segura y una máxima recuperación del
moderados, baixos a muito baixos mineral.
indicam a necessidade de tomar medidas
de aplicação de sistemas operativos e de
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PARTICULARIDADES DEL PROCESO DE DESTRUCCIÓN DE LOS

PILARES INTERCAMERALES
***JOSÉ OTAÑO NOGUEL
* Doctor en Ciencias Técnicas. Ingeniero en Minas. Profesor Titular del Departamento de Minas del Instituto
Superior Minero Metalúrgico de Moa “Dr. Antonio Núñez Jiménez”. Las Coloradas S/N. Moa. Holguín. Cuba. CP:
83329. Telef.: (53) (24) 60- 8190. Fax. (53) (24) 60-8190. e-mail: rblanco@ismm.edu.cu
** Doctor en Ciencias Técnicas. Ingeniero en Minas. Profesor Auxiliar del Departamento de Minas del Instituto
Superior Minero Metalúrgico de Moa “Dr. Antonio Núñez Jiménez”. Las Coloradas S/N. Moa. Holguín. Cuba. CP:
83329. Telef.: (53) (24) 60- 6678. Fax. (53) (24) 60-8190. e-mail: dguerrero@ismm.edu.cu;
dguerrero2006@yahoo.es
*** Doctor en Ciencias Técnicas. Ingeniero en Minas. Profesor Titular Consultante del Departamento de Minas del Instituto
Superior Minero Metalúrgico de Moa “Dr. Antonio Núñez Jiménez”. Las Coloradas S/N. Moa. Holguín. Cuba. CP: 83329.
Telef.: (53) (24) 60- 6678. Fax. (53) (24) 60-8190. e-mail: joseot@ismm.edu.cu
RESUMEN
En el trabajo se hace un análisis de aspectos que caracterizan el proceso de deformación-destrucción, de
los pilares intercamerales. En primer término se examinan las formas más frecuentes en que se produce la
destrucción de los pilares, tanto en el caso de cuerpos minerales con yacencia horizontal, como para el
caso en que esta sea inclinada. Se analiza el proceso de deformación-destrucción del pilar para la
situación de trabajo en la que la carga actuante sea mayor que la resistencia a largo plazo del pilar, pero
menor que la instantánea; o sea, en esta situación el proceso de destrucción ocurre gradualmente y en
varios estadios. Además, se trata sobre las condiciones en que tiene lugar el proceso de destrucción de los
pilares en condiciones más allá del estado límite, situación ésta en que tanto la resistencia como la
capacidad portadora del pilar disminuyen.
Palabras claves: destrucción de pilares, estado límite.

PARTICULARIDADES DOS PROCESSOS DE DESTRUIÇÃO DOS PILARES

INTERCAMERAS
RESUMO
Os trabalhos fazem-se umas análises de aspectos que caracterizam o processo de formação-destruição,
dos pilares intercameras, em primero termo examinam-se as formas más frequentes em que se produzem
a destruição dos pilares, tanto em caso de corpos minerales com jacencia horizontal, como para o caso em
que esta seja inclinada.
Analizam-se o processo de formação-destruição de pilar para a situação de trabalho em que a carga
actuante seja maior que a resistencia a longo prazo de pilar, mas menor que a instantanea o seja esta
situação, o processo de destruição ocorre gradualmente e em vários estados.
Además, trata-se sobre as condições em que tem lugar o processo de destruição dos pilares em condições
más de estado, limite, situação, esta em que tanto la resistencia como la capacidades portadora de pilar
diminue.
Palavras chaves: destruiçao dos pilares,estado limite.

INTRODUCCIÓN 1. FORMAS EN QUE SE

PRODUCEN
HABITUALMENTE LAS
Tanto en el diseño de trabajos de DESTRUCCIONES DE LOS
explotación subterránea con el empleo de
cámaras y pilares, como durante su PILARES INTERCAMERALES
construcción es de gran importancia
conocer, para diferentes situaciones, Para el caso de yacencia horizontal o
como puede ocurrir el proceso de muy poco inclinada (2 ó 3 grados) del
destrucción de los pilares. cuerpo mineral, la sección de cálculo de
los pilares intercamerales para un
Del análisis realizado con el empleo de la material considerado caso homogéneo,
literatura existente y por investigaciones es una sección horizontal, que divide al
hechas por los autores en minas de pilar en dos partes iguales según la altura.
diferentes países (Ucrania, Rusia,
Ecuador, Venezuela, Cuba, etc.) se puede Cuando el material es homogéneo o el
afirmar que la forma de destrucción de cuerpo mineral inclinado, la posesión de la
los pilares intercamerales es muy variable sección de cálculo, dependerá de las
y que son múltiples los factores que condiciones concretas que se analicen.
inciden en su proceso de deformación-
destrucción, entre ellos: las En dependencia de las condiciones existente
características mecánico-estructurales del en los contactos pilar-macizo, el proceso de
pilar y macizo rocoso, el estado tensional destrucción, puede ocurrir de forma muy
existente, las condiciones en los variable. A continuación se analizan algunas
contactos pilar-macizo rocoso y las de estas formas consideradas las más típica.
características geomecánicas del pilar
entre otros. Para el caso de un cuerpo mineral con
yacencia horizontal [1,2,3,4]
Otros aspectos de interés, que no se
contemplan en este trabajo y que pueden ser a) La destrucción se produce según las
tratados en el contexto del análisis del superficies de deslizamiento
proceso de destrucción de los pilares (debilitamiento), con la formación de una
intercamerales son: lo referente a las forma característica de destrucción “en
características de la redistribución de las forma de un reloj de arena” (ver figura1a).
tensiones, que se produce a causa de la En este caso existe una cohesión total con el
destrucción de los pilares y el desarrollo de macizo rocoso.
la zona de presión reforzada, por todo el área
del frente de trabajo, a causa de la pérdida b) Por la separación de bloques por planos
de capacidad portadora del pilar que se sub-verticales, en el caso en que no haya
destruye, lo que motiva una nueva cohesión y la fricción sea muy débil en los
concentración de las cargas actuantes. contactos (ver figura1b).
Entre los aspectos principales que se c) Cuando existe en uno de los contactos una
tratan en la presentación se encuentran:
capa de material plástico, se produce una
condición de asimetría y entonces como
1. Análisis de las formas en que se produce sección de cálculo del pilar se debe tomar la
la destrucción del pilar. de este contacto, a partir del cual se
2. El estudio del proceso de deformación- desarrollan grietas inclinadas, produciéndose
destrucción del pilar con el tiempo (para desprendimientos de sectores del pilar,
acciones de cargas a largo plazo). tendiendo el pilar a adquirir una forma
3. El desarrollo del proceso de destrucción semejante a un obelisco (ver figura1c)
del pilar más allá del estado límite.
d) Cuando el mineral (pilar) contiene desprendimiento de partes del pilar (al

inclusiones de material muy débil, entonces
la posición de la sección de cálculo del pilar igual que en el caso anterior) y al
está determinada por la ubicación de estas
inclusiones. La destrucción de estos pilares cortante por la acción de las fuerzas
heterogéneos se inicia con la deformación de
estas inclusiones y su gradual proceso de tangenciales.
separación del pilar intercameral (ver
figura1d)
• Como se muestra en la figura 2a, un
e) Una forma muy corriente de la caso muy frecuente es cuando
destrucción del pilar al cortante es la que se actúan los esfuerzos al cortante,
nuestra en la figura 1c. según la diagonal del pilar (desde
arriba hacia abajo)
• Cuando existe en el cuerpo mineral
intercalaciones plásticas paralelas al
buzamiento, la destrucción del pilar
puede ocurrir directamente por la
separación según las superficies de
debilitamiento (ver figura 2b).
• Una forma muy característica de la
destrucción de los pilares
intercamerales, para yacencia
inclinada, se produce cuando el
macizo rocoso es poco resistente. En
este caso si el mineral tiene
suficiente resistencia, la capacidad
portadora del pilar se debe
determinar a partir del estado límite
de la base del pilar (techo o piso).
En esta situación, el sistema pilar-macizo se

representa como el caso de una estampa
Figura 1. Formas de destrucción de los pilares
rígida de sección cuadrada o circular que
intercamerales durante la explotación de los penetra en la base débil (macizo rocoso).
cuerpos minerales con yacencia horizontal: a) Surgiendo en esta condición las tensiones
Existe cohesión total entre el pilar y el macizo,
b) No existe cohesión en los contactos y la
fricción es pequeña, c) Existe una capa
plástica en el contacto pilar-macizo, d) Existen
intercalaciones plásticas en el pilar, e) Pilar
afectado por rupturas tectónicas.
Para el caso de cuerpos minerales

inclinados
normales y tangenciales (tensiones de
contacto).
En estos casos en dependencia de las
condiciones geólogo-mineras existente, Figura 2. Formas de destrucción de los pilares

intercamerales para cuerpos minerales
la destrucción del pilar intercameral inclinados: a) Al cortante, b) Existen
intercalaciones en el pilar, c) Caso de macizos
puede ocurrir, por la separación y rocosos poco resistente.
Para el caso que se produzcan altas tensiones Figura 3. Forma de destrucción del pilar
horizontales (λ>1), puede ocurrir que la base para el caso en que se trabaje próximo a una
pierda su estabilidad debido al giro del pilar cantera.
ver figura 2c). En este caso, como
consecuencia de la acción de grandes La causa de la destrucción del pilar, situado
tensiones tangenciales, se produce un en la zona de influencia del borde de la
momento de giro (Mg) y el prisma de apoyo cantera, es la desviación de la vertical de la
se forma solo en un lado del pilar. dirección de la tensión principal, vinculado
esto a la variación del campo natural de
En forma orientativa se puede decir que el tensiones, por la realización de los trabajos a
giro del pilar, puede ocurrir si se cumple la cielo abierto.
siguiente condición:
τ c ≥ σ cTgα En esta situación el plano de corte se
(1)
produce paralelo al talud de la cantera y
Y la zona de influencia de la cantera se
γ HS (1− λ) sen 2α puede prolongar a varias filas o pilares

τc =
SP (por lo común de dos a tres, (ver figura
3).
σc =
(γHS cos 2
α + λsen α )
2
SP II) PROCESO DE DESTRUCCIÓN DEL

PILAR CON EL TIEMPO
Siendo:
En dependencia de las magnitudes de las
α: Ángulo de buzamiento del tensiones actuantes (σa) y del tiempo que
cuerpo mineral ellas actúan, se pueden presentar tres casos:
[1, 2, 3, 4, 5,6]
S: Área de techo que soporta el
pilar t = 0 Para el caso en que σa ≥ σi
SP: Área de la sección transversal t = t1 Para el caso en que σ∞< σa < σi

del pilar
t→ ∞ = Para el caso donde σa < σ∞
Condiciones especificas, en el proceso de
destrucción de los pilares a causa de la
Siendo:
acción de tensiones al cortante, se
producen cuando se trabaja cercano a los
bordes de una cantera (ver figura 3) [2,3]. σa :Tensión actuante
σi : Tensión instantánea
σt : Tensión a largo plazo
El caso que nos ocupa tiene un gran interés

practico y comprende a la situación en que
la magnitud de la tensión actuante (σa)
sobrepasa el límite de resistencia a largo
plazo (σ∞), pero es menor que la resistencia
de la roca para una carga instantánea (σi). concentración de los defectos acumulados
Esta situación es frecuente y puede conducir no llega a un determinado límite critico para
a la perdida de capacidad portadora del pilar el desarrollo del micro-agrietamiento), se
con el tiempo. separa del totalmente destruido (para Mc =
0) por un determinado límite; que se
La situación en que la tensión actuante denomina por algunos autores “frente de
sobrepasa la correspondiente a la de destrucción frágil”. [2, 3,4, 5,6]
destrucción instantánea es poco frecuente y
se debe habitualmente a errores de Por la acción de las fuerzas externas este
proyectos, o al no cumplimiento de lo frente de destrucción frágil se desplaza, lo
especificado en ellos; por ejemplo en el caso que produce, con el transcurso del tiempo, el
de Mina Merceditas (mina de cromo de aumento de la zona de destrucción frágil y la
Cuba Oriental), que en ocasiones, debido a disminución de la sección portadora efectiva
la extracción inadecuada de pilares se llega del elemento constructivo (pilar), que
al caso, antes mencionado de σa ≥ σi [2, 7,8]. conserva una determinada continuidad.
Para el caso de estudio se examinan dos El proceso de acumulación de los micro-

estadios de la destrucción frágil: En un defectos y pérdida de la continuidad de la
primer estadio, que transcurre en un periodo continuidad del macizo rocoso, durante su
de tiempo (t1), se produce una acumulación carga, aproximadamente se puede dar por la
de defectos estructurales (micro- expresión diferencial dada por G.G.
agrietamiento), que es la base para la Litvinsky. [3,6]
aparición del macro-agrietamiento; en el
segundo estadio se desarrolla el macro-
agrietamiento y se produce la afectación de dµ R µ (σ a − σ ∞ )
la continuidad.
= K (2)
dt M c
Para describir el proceso de destrucción que Siendo: µR: Parámetro reológico que
ocurre con el tiempo, se introduce el depende de las características
concepto de “medida de perdida de la estructurales y propiedades del
continuidad del material para cargar más allá macizo, su humedad y temperatura.
de su límite de resistencia a largo plazo” [2, σa , σ∞ : Tensiones efectivas de destrucción
3,4]. k: Indicador de la intensidad de
agrietamiento
El grado de destrucción del material se
puede caracterizar por la magnitud de su Los valores de µ y k se deben obtener
continuidad (Mc), que varia de 1 a 0. Un experimentalmente para el macizo
estado inicial, para el cual las tensiones estudiado.
actuantes no sobrepasan el límite de
resistencia a largo plazo y no se produce la En dependencia de la forma y del
acumulación de micro-defectos (micro- mecanismo de destrucción de los pilares
grietas) corresponde a un valor Mc,= 1. En intercamerales, varia el sentido físico de la
tanto que para un estadio en que se produce tensión efectiva de destrucción dada en la
el desarrollo del proceso de micro- expresión anterior.
agrietamiento (pilar), la continuidad del
macizo va ir disminuyendo y para el caso Mc Para el caso de pilares, en que su destrucción
= 0 se produce la perdida total de su se produzca a causa de la separación de
continuidad y la formación de macrobloques, por el aumento de la acción de los
agrietamiento. esfuerzos a tracción, la magnitud (σa- σ∞) es
la diferencia entre la tensión a tracción
En este caso el material (pilar, macizo actuante y su límite de resistencia a largo
rocoso) cuya continuidad ha sido plazo; en tanto que, cuando la destrucción
parcialmente afectado (Mc > 0); (o sea la
del pilar, es al cortante la tensión efectiva se

valora por las tensiones tangenciales que
actúan por los planos de cortante.
Cosϕ  2λ (3 − µ ) Aλ (2µ −
C= +
Para el caso de cohesión total del pilar con el 2π (3λ − 3 − 2 µ − λµ )  5 + 2λ 4
macizo circundante, cuando la destrucción D = 0 , 5 δ T cos ϕ
del pilar ocurre en forma de un reloj de
arena (ver figura 1a), la tensión tangencial δ = 2µ 2
− 5µ − 3
efectiva de destrucción se puede calcular por
la expresión: q: Presión uniformemente distribuida que
actúa en el techo de la cámara.
τ e = 0,5(σ1 − Aσ3 − σc∞ ) cosϕ (3)
Siendo: El tiempo para el cual se inicia la
destrucción frágil del contorno del pilar (t0)
σ1 y σ3: Tensiones normales principales en se determina por la expresión:
el pilar
σc ∞ : Límite de resistencia a compresión a  

largo plazo del material del pilar = µ (k + 1)(B + C ) p 2 
 R p − D (5)
A: Parámetro, que se determina por la A medida que transcurre el tiempo, el frente
relación: A = Tg 2 (π / 4 + ϕ / 2 ) de fragilidad formado en el pilar, se desplaza
hacia su interior. La posición de este frente
Si se tiene en cuenta la distribución de las de destrucción frágil se caracteriza por la
tensiones principales, obtenidas de la coordenada variable ro (t), y la velocidad de
resolución de una tarea de la teoría de desplazamiento de la zona de destrucción en
elasticidad, para la sección media del pilar, el pilar se determina por la expresión:
según su altura, la expresión se puede
escribir:   3
p
( B + C ) 2  r (6)
τe = (B + C )(P / R p − D) (4 vp =  Rp − D 
) (2 B + 4C ) pt 0
Siendo: Lo analizado, es válido para el caso en que
la tensión en el contorno del pilar sea mayor
P: Carga sobre el pilar, se determina que la resistencia a largo plazo.
por: P = 2λµ − 5λµ 2 − λε + 6λ
Del análisis de lo expresado se puede decir
Rp: Radio del pilar. que para el caso de estados tensiónales
homogéneos en los pilares, el frente de
B, C y D: Constante que determinan el destrucción frágil se desplaza en forma
estado tensional del pilar instantánea; en tanto que para campos
tensiónales heterogéneos, la velocidad de
propagación de la zona de destrucción
µ: Coeficiente de Poisson.
aumenta a medida que se incrementa la
destrucción del pilar. Esto explica la
λ: Coeficiente de empuje lateral.
concentración de tensiones que ocurre a
medida que se disminuye la sección del
Los valores de B, C y D se determinan por pilar. Además el desarrollo de la zona de
las siguientes expresiones: destrucción en el pilar ocurre más rápido a
medida que es mayor la magnitud de las
Cos
ϕ  q δ  tensiones actuantes.
B= −
2π[3λ−3−2µ−λµ) 4(µ+1)(2−µ) (1+µ)(5+2µ)

La completa destrucción del pilar ocurre Figura 4. Diagrama esquematizado del

cuando “el frente de destrucción frágil llega proceso de deformación total
a su zona central, o sea cuando Rp = 0. El
tiempo necesario (Tp) para que se produzca
esta destrucción total del pilar se puede
calcular por la expresión:
 
 
  (7)

Tp = t 0 1 +
(2 B + 4 C )P 

   
  (B + C ) P  R p 0 ,5 
 2 
  Rp − D 
Con la expresión anterior se puede

determinar “la durabilidad del pilar”, en
dependencia de sus dimensiones y de las
condiciones minero-geológicas existentes,
esto permite proyectar los pilares teniendo
en cuenta su vida de servicio. Para describir el proceso de destrucción, más
allá del estado límite, se propone la
siguiente expresión: [3’5]
III DESARROLLO DEL
PROCESO DE DESTRUCCIÓN σ 1 (ε ) = σ c + σ 3tgω
DE LOS PILARES (8)
INTERCAMERALES MÁS
ALLÁ DEL ESTADO LÍMITE Siendo:
σ1 (ε): Resistencia del macizo (pilar) más

El comienzo del proceso de destrucción, en
el pilar significa, que parte de su contorno allá del estado límite
pasó del estado límite. Desde el punto de
vista geomecánico el estado más allá del σc: Límite lineal de resistencia a
límite se caracteriza por una disminución de compresión
la resistencia que ofrece el material (pilar,
macizo) a su ulterior deformación y por un σ3: Presión lateral
intenso proceso de dilatancia, como
resultado de la abertura de las micro y macro ω : Coeficiente; ω = π 4 +ϕ 4
grietas. [1,5]
Esta expresión representa en forma lineal la
Para el estudio de este proceso, se puede parte descendente del diagrama σ - ε de
emplear el diagrama de deformación total deformación total.
en forma esquematizada (ver figura 4).
La expresión anterior describe el proceso de
Como se conoce en este estadio del proceso disminución de la resistencia del macizo
de deformación (más allá del límite de (pilar) como resultado de la formación de
resistencia) se utiliza el modulo de caída macro y micro grietas.
(M) y el coeficiente de deformación
transversal (β), que son equivalentes al Cuando se alcanza una magnitud de la
modulo de elasticidad (deformación) y al deformación longitudinal más allá del límite,
coeficiente de Poisson (µ), para un medio ε1’ igual εR (magnitud de la deformación
elástico y se puede determinar para el estado ruinoso), el pilar pasa a un
experimentalmente con el empleo de prensas estado de destrucción ruinoso y la
rígidas.
resistencia que él posee alcanza su mínimo En condiciones de un estado tensional

valor posible σ 1 = σ R = const triaxial, la dependencia de la dilatación (D)
de la presión lateral se puede escribir:
La resistencia residual (σR), y la
deformación en la zona de destrucción
D=
(ηβ 1
0 )
− 1 (σ C − σ R ) (12)
ruinosa (εR), son también parámetros del η µ0
macizo rocoso, que se determinan
experimentalmente y pueden ser usado como
criterios para valorar estabilidad. Siendo:
Generalizando la expresión 8 y considerando η y µ0:Coeficientes empíricos que

la parte descendente del diagrama de dependen respectivamente de las
deformación total como lineal, se puede características del estado tensional y de la
plantear la siguientes expresiones para el orientación de las superficies de
estadio de deformación ruinosa [2,3,6]. destrucción.
σ 1 = σ c + σ 3Tg 2ω − Mξ11 Para ε1’ < Cuando la magnitud de la presión lateral es

εR (9) muy grande (σ3→ ∞), prácticamente el
aumento de volumen del macizo destruido
y tiende a cero y el coeficiente de deformación
transversal a uno.
σ 1 = σ R + σ 3Tg 2ω Para ε1’ ≥ εR
(10) Para el caso más general se considera que en
un pilar puede existir: una zona de
El fenómeno de dilatancia (aumento del destrucción ruinosa, en el sector del
volumen) en el macizo (pilar) que se contorno del pilar; una zona intermedia en
manifiesta en la parte descendente del donde se producen deformaciones más allá
diagrama total de deformación, tiene su del límite de resistencia y se desarrolla el
máximo valor (DMax) para el caso en que denominado “frente de destrucción frágil” y
actúe un estado lineal de compresión [5,6] una zona central, donde se manifiesta un
estado elástico. Esta situación ha sido
DMax =
(β 1
0 )
− 1 (σ c − σ R ) (11) estudiada en varias minas de carbón de
M0 Rusia y Ucrania, en minas de la región
Siendo: Portovelo-Zaruma de Ecuador y en minas de
cromo de la región oriental de Cuba, y se
β01 y M0: Parámetros de un estado más allá produce debido a la extracción (liquidación)
del límite para la compresión lineal indebida de pilares [2, 3,4 y 7].
En el sector de resistencia residual (B C), La zona de estado límite ∆EL, que se

para el caso de una deformación ulterior, se manifiesta en el contorno del pilar, durante
llega a cumplir la condición ∆ε1 = -∆ε3, lo el proceso de su deformación se puede
que corresponde a un estadio en que la determinar por la expresión:
dilatancia no crece más.
2σc h
La acción de la presión lateral, como se ∆EL =
conoce, contrarresta la manifestación de la E(13)
deformación transversal del macizo (pilar) al
destruirse y por ende tiende a minimizar el Al desarrollarse por las superficies laterales
efecto de la dilatación. de los pilares, sectores en que la
deformación llega más allá del estado límite,
la resistencia que ofrece el pilar ante la
acción de fuerzas externa será una función
de su deformación límite y alcanzará su

máximo valor (RPM), para el caso en que en
el contorno del pilar se produzca una zona
de deformación ruinosa (∆ER)
2 σ c h (ξ + 1 ) (14)
∆ E R =
E + ξ
Siendo:
ξ: Un coeficiente que tiene en

cuenta que el cálculo se realiza por la
sección transversal más débil del pilar.
Su valor se puede estimar por la relación:
2λ f T
ξ=
h
fT: Fuerza de fricción
Una posterior destrucción del pilar conduce

a la propagación de la zona de destrucción
ruinosa hacia su interior, con la consecuente
disminución de su capacidad portadora,
hasta su valor residual (CPR) correspondiente
a un estado de destrucción total:
 b2 
C PR = σ R   (15)
 8h + b 
CONCLUSIONES
• Se realiza el análisis de las principales
formas en que se produce el proceso de
destrucción de los pilares en distintas
situaciones de trabajo.
• Se describe el proceso de destrucción que
se produce en el pilar con el transcurso del
tiempo, empleándose en los análisis los
conceptos de “medidas de perdida de
continuidad” y “frentes de fragilidad”.
• Se valora el proceso de destrucción que
se experimentó en los pilares, para
situaciones “más allá del estado limite” e
incluso para casos de destrucción ruinosa.
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y su Influencia en la Sustentabilidad de la Explotación de la Mina Merceditas de Cromo.
Memoria Curso Iberoamericano de Aplicaciones Geomecánicas al Desarrollo Sustentable de la
Minería Pág. 311-320. Editorial Panorama Minero – Argentina. 2003 as ajustado.
Utilização de Rejeitados de Mina como Elementos Estruturais e de

Sustentabilidade nas Explorações Subterrâneas
MATILDE COSTA E SILVA, PAULA FALCÃO NEVES

CERENA/DECIVIL, Instituto Superior Técnico, Universidade Técnica de Lisboa. matilde.horta@ist.utl.pt,
pfalcaoneves@mail.ist.utl.pt
RESUMEN: El depósito de los relaves de la mina a la superficie en el espacio exterior, en particular,

crea condiciones favorables para la contaminación del aire, el suelo y el agua más allá de la inevitable
degradación del paisaje circundante.
El objetivo principal de las empresas mineras es trabajar con la máxima seguridad, con una alta
rentabilidad, buena recuperación del yacimiento y preservar el medio ambiente circundante.
La minería presenta fuertes limitaciones en la capacidad de carga de los macizos rocosos donde se
desarrollan los trabajos mineros, es imposible de evitar sistemas de colocación de sostenimiento.
Los relaves son así fuertes candidatos para apoyar a los elementos de sostenimiento, que absorbe gran
parte de la energía elástica disponible proveniente de la deformación debido al aumento en el tamaño de
las excavaciones, lo que garantiza la sostenibilidad de los trabajos subterráneos.
Los relaves se consideran suelos, aunque artificial, por lo se consideran válidos los principios de la
mecánica de suelos para estudiarlos. Para indicar las propiedades mecánicas requeridas para caracterizar
la deformabilidad y resistencia de los relaves, que se obtiene a través de pruebas de laboratorio. En el
trabajo, se presentan algunas consideraciones finales sobre el uso de información de laboratorio en la
práctica de la minería.
PALABRAS CLAVE: Relleno, relaves de las minas, minería subterránea, sostenibilidad.

El Uso de Relaves Mineros como Elementos Estructurales y de Sostenibilidad en

Exploración Minera Subterránea
RESUMO: A deposição dos rejeitados de lavaria no espaço exterior às explorações mineiras, cria
condições particularmente favoráveis para a contaminação do ar, solos e água para além da inevitável
degradação da paisagem envolvente.
Às explorações Mineiras interessa a máxima segurança dos trabalhos com a maior economia possível,
visando sempre o bom aproveitamento do jazigo e preservando tanto quanto possível o ambiente
envolvente.
A exploração mineira introduz fortes limitações na capacidade portante dos maciços rochosos onde se vão
desenvolvendo os trabalhos mineiros, sendo por isso inevitável a colocação de elementos de suporte.
Os rejeitados constituem-se assim como fortes candidatos a elementos de suporte, absorvendo grande
parte da energia elástica de deformação disponível resultante do aumento da dimensão das escavações,
garantindo a sustentabilidade dos trabalhos.
Os materiais rejeitados são considerados como solos, ainda que artificiais, assume-se por isso como
válido o seu estudo à luz da mecânica dos solos. Indicam-se as propriedades mecânicas necessárias à
caracterização da deformabilidade e resistência dos materiais de enchimento, obtidas através de ensaios
laboratoriais com rejeitados. Por fim, tecem-se algumas considerações finais sobre a utilização desta
informação laboratorial na prática mineira.
PALAVRAS-CHAVE: Enchimento, Rejeitados de mina, Explorações Subterrâneas,

Sustentabilidade
1. INTRODUÇÃO
Não parece haver grandes dúvidas sobre
Às explorações Mineiras interessa a a diminuição da capacidade portante
máxima segurança dos trabalhos com a dos maciços rochosos onde se vão
maior economia possível, visando desenvolvendo os trabalhos mineiros,
sempre o bom aproveitamento do jazigo sendo por isso inevitável a colocação de
e preservando tanto quanto possível o elementos de suporte.
ambiente envolvente.
Os rejeitados constituem-se assim como
Apesar das atividades mineiras fortes candidatos a elementos de
provocarem localmente impactes suporte, absorvendo grande parte da
negativos, também podem originam energia elástica de deformação
impactes positivos, contribuindo para o disponível resultante do aumento da
desenvolvimento sustentável da região. dimensão das escavações, garantindo a
A ligação entre a sustentabilidade e a sustentabilidade dos trabalhos.
performance financeira de um projeto
mineiro é reflexo da qualidade da gestão Na mecânica das rochas mais avançada,
dessas atividades mineiras. exploram-se os aspetos ligados ao
controlo do excesso de energia elástica
Destaca-se como principal causa de armazenada nos maciços em
impactes ambientais a deposição de consequência da abertura de escavações
estéreis e de rejeitados à superfície. A mineiras. Esta análise energética baseia-
degradação dos ecossistemas e dos se no estudo da deformabilidade quer
sistemas aquíferos, envolvendo uma dos maciços rochosos quer dos
redução significativa da qualidade da materiais que se utilizem como
água, pode ser um dos mais severos elementos estruturais (suportes).
impactos da extração mineira. A
poluição dos aquíferos pode ser Por controlo da convergência de
provocada por aumento da concentração cavidades entende-se a ação,
de sedimentos nas águas, contaminação desempenhada pelo entulho, de
por drenagem ácida e deposição de contrariar os movimentos de
metais pesados. aproximação de faces opostas dessas
cavidades, resultante da expansão da
Os custos ambientais que atividade zona circundante do maciço para o
mineira apresenta, assim como a vazio criado pela exploração mineira.
dificuldade de os estimar, leva à procura Nos casos, que especialmente serão
de soluções como aquelas que o método tratados neste trabalho, de jazigos
de corte e enchimento proporciona, ou bastante inclinados, interessa
seja, o aproveitamento dos rejeitados principalmente a convergência entre os
como material de enchimento das hasteais das cavidades, tetos e muros
cavidades subterrâneas. O custo dos jazigos.
acrescido ao custo total de produção,
devido ao transporte e colocação destes Uma vez que o presente trabalho, tratará
materiais no interior da mina, é especificamente das aplicações do
compensado pela diminuição ou até entulhamento aos métodos de desmonte
eliminação dos custos de reabilitação e subterrâneo por corte e enchimento em
manutenção dos locais de deposição à jazigos pouco espessos, nas notas que se
superfície, necessários para uma seguem será dado especial realce as
proteção ambiental sustentada. finalidades do entulhamento neste tipo
de desmontes.
enchimento. Esta observação justifica a

necessidade de uma avaliação criteriosa
2. A UTILIZAÇÃO DO das características de compressibilidade
ENCHIMENTO COMO ELEMENTO dos entulhos.
ESTRUTURAL
O papel estrutural desempenhado pelo

enchimento de cavidades mineiras é
bem conhecido e pode ser explicado
pela equação do balanço energético (1)
onde ∆Wt é a variação do trabalho de
expansão no sentido do vazio, de uma
cavidade mineira, pelo aumento das Figura 1 - Variações de energia no controlo da
convergência: a) Desmonte sem qualquer
suas dimensões, ∆Wd é o acréscimo da suporte; b) Desmonte com suporte por entulho
energia de deformação armazenada no compressível, c) Desmonte com colocação
maciço rochoso por aumento das suas tardia do entulho; d) Efeito da
dimensões, ∆WS é a energia absorvida compressibilidade do entulho. Adaptado de [1]
pelo sustimento e ∆Wk é a energia
disponível para se libertar. Do que foi dito, ressalta claramente o
contributo dos enchimentos mineiros
∆Wt =∆Wd + ∆WS + ∆Wk (1) para a redução da energia armazenada
em torno das cavidades mineiras e
consequentemente, para a diminuição
Se a energia ∆Wk for libertada de forma de probabilidade de libertações bruscas
descontrolada pode dar lugar a golpes desta energia, devidas a situações de
de terreno com condições mais ou instabilidade global dos desmontes.
menos gravosas de acordo com o grau
de fracturação do maciço rochoso e a Descrevem-se resumidamente as
dimensão dos vãos abertos. Parece finalidades do enchimento mineiro na
assim evidente a necessidade de ótica dos desmontes por corte e
minimizar este valor. enchimento.
A parcela ∆Wk , pode ser diminuída 2.1. Controlo da convergência de

aumentando a parcela ∆WS que cavidades
corresponde à deformação dos suportes,
neste caso do entulho (Fig.1). Este Na lavra mineira, as cavidades não são
aproveitamento da energia pode ser imediatamente preenchidas após a sua
maximizado, com a colocação o mais abertura. Este facto permite distinguir
rápido possível do enchimento (Fig.1c), dois momentos com especial
a fim de utilizar imediatamente a importância quanto à atuação do
convergência das cavidades na enchimento. O primeiro corresponde à
compressão do mesmo. abertura da cavidade onde é dada ao
maciço rochoso possibilidade de se
Repare-se ainda (Fig. 1d), na descomprimir no sentido do vazio,
importância, em termos energéticos do alterando-se em consequência o estado
aumento substancial da energia de tensão na vizinhança do respetivo
armazenada suscetível de ser libertada, contorno (Fig. 2).
com o aumento da compressibilidade do
podem considerar-se iguais e

correspondentes, em valor, à tensão
principal mínima instalada.
A colocação do enchimento deve, na

boa prática mineira, ser tão próximo
quanto possível da abertura da cavidade.
Desse modo, por um lado, compromete-
se minimamente a segurança, reduzindo
a importância dos comportamentos do
maciço resultantes da descompressão e,
Figura 2 - Comportamento dum maciço na por outro, aproveita-se da melhor
vizinhança duma cavidade de desmonte
maneira o efeito da convergência da
cavidade para a compressão do
No segundo momento, após a abertura
enchimento, aspeto este fundamental
da cavidade, procede-se à colocação do
para a sua boa atuação como suporte
enchimento começando-se a verificar a
passivo.
compressão deste em resultado da
pressão exercida pelos contornos do
É importante considerar que, para o
vazio que se estão deformando. Admite-
melhor aproveitamento da compressão
se assim, no enchimento, na vizinhança
dos enchimentos, não contribui apenas a
imediata da respetiva superfície de
rapidez na sua colocação também a
contacto com o maciço rochoso, a
anelasticidade dos maciços rochosos
instalação de uma tensão principal
que se traduz por atrasos nas
máxima, σ1, na direção da pressão
redistribuições de tensões e
exercida pelo contorno rochoso e, nas
deformações em relação aos instantes
duas direções perpendiculares a essa, de
de abertura desses vazios [2]. Há que
outras duas tensões principais, σ2 e, σ3, notar também que, colocando o
(Fig. 3). enchimento pouco depois de se originar
o vazio correspondente a uma dada fase
de abertura de uma câmara, se criam
condições para que esse entulho venha a
ser comprimido mais fortemente
quando, em fases de abertura
subsequentes, as dimensões da câmara
forem maiores e, consequentemente, as
convergências forem mais importantes,
como esquematicamente se mostra na
Figura 4.
Figura 3 - Tensões principais no enchimento
Em termos práticos, como a tensão

resultante do peso próprio do
enchimento, colocado numa câmara de
desmonte, é em regra desprezável em
face da motivada pela pressão exercida
pelo contorno dessa câmara, σ2 e σ3,
Figura 4 - Fases sucessivas de compressão do

enchimento numa cavidade de desmonte Quer os tetos quer os hasteais das
No momento de aplicação os cavidades de desmonte encontram-se
enchimentos devem ser considerados em geral afetados por fracturação:
como materiais bastante soltos. diaclasamento natural do maciço, juntas
Todavia, logo após a realização de sedimentação ou planos de
daquela, devido não só à ação do seu xistosidade mais ou menos abertos,
peso mas também às pressões exercidas fracturações de corte ou de tração
pela convergência do contorno, o originadas nos maciços circundantes
entulho começa a ser comprimido pela abertura das cavidades, sobre-
passando a exibir índices de vazios cada fracturações resultantes do arranque
vez menores, em consequência da com explosivos.
expulsão do ar e/ou da água existentes
nesses vazios. Devido a este processo Nos tetos e nos hasteais das cavidades, a
de consolidação, vai adquirindo uma associação de fraturas com atitudes
certa compacidade, transformando-se diferentes pode originar
num material mais denso. individualização de blocos suscetíveis
de cair, por simples ações de peso. Tais
Na realidade, os módulos de blocos encontram-se muitas vezes auto-
deformabilidade e as resistências dos sustidos pelos atritos nas superfícies de
entulhos colocados nas cavidades são contacto entre eles, atritos esses,
sempre bastante inferiores aos dos favorecidos pelo estado de compressão
minérios que das mesmas se retiraram. natural dos maciços. A expansão do
Pode assim afirmar-se que os entulhos material rochoso no sentido dos vazios
não repõem, nos contornos das pode, no entanto, em diversos locais dos
cavidades abertas nos maciços, os respetivos contornos, provocar alívio
estados de tensão pré-existentes, das tensões de compressão tangentes
embora possam fornecer contribuições aos mesmos, favorecendo a queda de
importantes no que respeita a contrariar alguns blocos.
as ações de compressão devidas as
convergências [3]. No caso dos jazigos bastante inclinados,
cuja exploração origina cavidades
Foi contudo bem evidenciado, por meio tabulares com as maiores dimensões
de experimentação, recorrendo a segundo os pendores, é nos hasteais de
entulhos de rigidez cada vez maior, tais cavidades que os fenómenos de
obtidos à custa de crescentes adições de alívio de tensões, associados à expansão
cimento [4], que a tensão máxima do terreno, mais se costumam
exercida na parede tende para um valor manifestar.
constante, da ordem de 60% do estado
de tensão inicial no contorno do vazio; 0 enchimento das cavidades, origina
esta observação mostra também que, a reações que, decompondo-se normal e
partir de determinado valor do tangencialmente aos planos das fraturas,
coeficiente de rigidez, não tem qualquer que limitam blocos suscetíveis de cair,
interesse prático melhorar a qualidade podem criar nestes planos condições
do entulho. adicionais de atrito que contrariam tal
queda (Fig.5).
2.2. Redução da importância de
quedas de blocos quer de tetos quer de
hasteais
cavidade, deslocam-se não só para os

extremos do vazio, como acabou de ser
descrito, mas também para o pilar, que
passa a constituir local de transmissão
de tensões entre o teto e o piso, como se
mostra esquematicamente na Figura 7.
Figura 5 - Ação do entulho contra a queda de

blocos
2.3. Reforço de pilares abandonados
Como é sabido, é prática corrente, na

exploração mineira subterrânea, o
Figura 7 - Concentração de tensões verticais
abandono de pilares. De resto, os pilares num pilar abandonado numa cavidade [3]
naturais abandonados no interior das
cavidades de desmonte constituem Desde que sejam suficientemente
muitas vezes o sistema de sustimento a importantes as cargas transmitidas pelos
que se recorre para garantia da pilares, estes tem tendência para fraturar
estabilidade dos maciços rochosos em por corte a meio das respetivas alturas,
torno das cavidades. uma vez que ali, horizontalmente sobre
Uma vez aberta a cavidade, como o respetivo contorno, as componentes
através de um vazio não podem do estado de tensão têm que ser nulas.
transmitir-se quaisquer forças, as Estas fracturações fazem com que os
componentes σz do estado de tensão no locais das seções dos pilares onde se
teto da cavidade transferir-se-ão para os situam os máximos de tensão vertical se
extremos desta, onde darão origem a desloquem para o respetivo interior
importantes concentrações de tensões (Fig. 8).
(Fig.6).
Figura 8 - Localização do máximo de tensão

Figura 6 - Concentração de tensões verticais vertical num pilar, após início da respetiva
nos extremos duma cavidade [3] fracturação [3]
Abandonando-se um pilar, as Na prática mineira, a resistência dos

componentes do estado de tensão, que pilares é estabelecida em função da
atuavam no maciço rochoso nos locais tensão média, na direção axial, que
onde depois se definiu o teto da podem suportar, majorada por um
determinado fator de segurança. Tal desmonte, as quais, por sequências pré-

resistência, que em regra se pretende determinadas (dependentes das
que corresponda ao início da rotura dos características geométricas da massa a
pilares, decresce de maneira por vezes desmontar, da qualidade mecânica do
significativa não só com as dimensões minério e das formações encaixantes, da
das respetivas seções mas também com distribuição de teores, da
o aumento das suas relações disponibilidades quanto aos materiais
altura/largura. que possam vir a ser utilizados como
enchimento, etc.), vão sendo abertas e
No respeitante à melhoria da resistência eventualmente entulhadas de modo a
dos pilares abandonados por efeito do tornar possível, na medida em que for
respetivo confinamento lateral economicamente justificável, a
provocado por enchimento, tem sido recuperação de pilares.
desenvolvida diversa experimentação
laboratorial, simulando as condições Há que notar que neste caso as câmaras
reais por meio de provetes cilíndricos de a abrir e a encher têm normalmente
rocha rodeados por materiais suscetíveis grandes dimensões, podendo atingir
de ser usados como enchimentos [5, 6]. comprimentos, alturas e larguras de
Esta experimentação leva a concluir que largas dezenas de metros.
a ação de confinamento exercida pelo
entulho sobre um pilar abandonado no É, frequente, nestas situações que haja a
seu interior reflete-se sobretudo na necessidade de assegurar a estabilidade
mobilização da resistência residual do de superfícies verticais expostas de
pilar não sendo tão notória no aumento entulho não só de grandes alturas como
da tensão de pico destes. com comprimentos apreciáveis. Para
garantir a estabilidade destas paredes
Uma das explicações deste mecanismo há, geralmente, a necessidade de
corresponde provavelmente à passagem recorrer a entulhos de características
de uma solicitação de compressão resistentes melhoradas (com a adição de
uniaxial para uma solicitação triaxial agentes ligantes, sendo o mais corrente,
pelo efeito do confinamento do o cimento Portland, cuja presa confere
enchimento que se encontra a rodear o coesão aos agregados).
pilar.
3. A UTILIZAÇÃO DO
2.4 - Constituição de pilares artificiais ENCHIMENTO COMO
ELEMENTO DE
Quando se trata de explorar jazigos SUSTENTABILIDADE
maciços, com grande desenvolvimento
tridimensional, torna-se geralmente A procura crescente de recursos requer
impossível a sua exploração com prospeção e exploração continuadas de
sequências únicas de arranque que depósitos minerais que ainda nem
acabariam por originar vazios com sequer foram descobertos. No entanto,
dimensões e formas incomportáveis uma variedade cada vez maior de
com a respetiva estabilidade dos obstáculos começou a restringir a
contornos. disponibilidade desses recursos por
questões políticas e ambientais.
Procede-se à subdivisão desses jazigos
de maneira a definir grandes câmaras de
A mineração sustentável é, circulação de pessoal e para o trabalho

essencialmente, uma questão de da maquinaria durante as várias fases do
economia do desenvolvimento de uma ciclo que se seguem à de entulhamento.
forma socialmente e ambientalmente
responsável. As condições de piso necessárias terão
que ser criadas durante o intervalo de
O possível aproveitamento de rejeitados tempo decorrente entre a aplicação do
da lavaria ou de estéreis das explorações entulho e o disparo da pega de fogo
mineiras subterrâneas como materiais seguinte, intervalo esse que tem também
de enchimento pode contribuir em larga que ser o suficiente para que não se
escala para o desenvolvimento verifiquem, por deficiente consolidação
sustentável das empresas mineiras. do entulho, os inconvenientes, atrás
referidos, relacionados com a perda ou
Descrevem-se resumidamente as diluição do minério arrancado.
melhorias introduzidas pela aplicação
do enchimento para o reforço da Para que um equipamento móvel possa
sustentabilidade das escavações por trabalhar sobre uma plataforma criada
corte e enchimento. pelo enchimento é necessário que não se
enterre no piso e que a resistência ao
3.1 Melhoria das condições de rolamento oferecida por este não seja
trabalho dentro das câmaras de muito elevada. A qualidade dos pisos de
desmonte trabalho dos desmontes por corte e
entulhamento dependem do tipo de
A utilização do enchimento como entulho utilizado.
plataforma de trabalho é comum no
método de corte e enchimento. Neste Nos desmontes com utilização de
método os sucessivos ciclos de trabalho materiais de enchimento grosseiros,
compreendem as fases de perfuração, estes são na maior parte dos casos
carregamento dos explosivos, disparo escombros provenientes de arranque
dos explosivos, saneamento dos tetos e com explosivos realizados quer no
hasteais, remoção dos escombros interior das minas quer no exterior.
provenientes dos disparos e o Estes materiais, aplicados no estado tal-
entulhamento cas câmaras. qual ou após uma britagem primária,
apresentam granulometrias graúdas com
Uma plataforma de trabalho deverá ter as dimensões dos maiores blocos (40
características tais que, quando do cm ou mesmo 50 cm) limitadas apenas
disparo da pega de fogo subsequente, o pelas possibilidades de manuseamento e
material útil projetado não se disperse de introdução nos locais de aplicação;
facilmente no entulho colocado e que, devido à sua composição, oferecem
quando da remoção dos escombros resistências relativamente elevadas mas
úteis, estes não se misturem facilmente proporcionam maus pisos de trabalho.
com o material de entulhamento; estes Sobre estes pisos, a mecanização das
factos darão origem a perda ou a operações de perfuração é praticamente
indesejável diluição do minério impossível, a menos que se utilizem
arrancado. perfuradoras sobre lagartas, mesmo
assim em más condições de trabalho.
Por outro lado, a plataforma deverá
oferecer condições adequadas para a
A generalização do emprego de outros ao peso de uma ou duas camadas de

tipos de materiais, nomeadamente dos entulho. Logo que as ações de
rejeitados de lavaria e das areias, convergência começam a atuar de
permitiu melhorar muito a qualidade maneira significativa, conseguem-se
dos pisos proporcionados pelos condições de auto sustimento pelas
entulhos. Os calibres inferiores forças verticais de atrito geradas.
(caracterizadas por calibres máximos de
5 mm, a forma angulosa dos grãos) Sendo assim, os sucessivos tetos falsos,
originam agregados bastante densos, que se vão criando com a deposição das
pelo que, com tais materiais, podem camadas de enchimento aplicadas sobre
obter-se pisos relativamente lisos e os estrados, apenas têm a função de
razoavelmente resistentes. Com os proteger o pessoal e os equipamentos,
chamados entulhos hidráulicos contribuindo ainda para a sustentação
constituídos por rejeitados de lavaria das camadas suprajacentes.
corrigidos granulometricamente, os
calibres máximos são ainda menores 3.2. Diminuição dos efeitos
mas as frações mais finas encontram-se negativos da deposição de rejeitados à
ausentes, para garantia da boa superfície
permeabilidade desses agregados. Estes
materiais têm correspondido bem no A deposição, no exterior, dos produtos
que respeita à constituição de pisos de rejeitados pelas explorações, para alem
trabalho, uma vez que, com eles, se de agredir a paisagem cria condições
conseguem consolidações naturais particularmente favoráveis para a
bastante razoáveis. contaminação dos cursos de água e da
atmosfera da região.
Atualmente é prática corrente, o
emprego de entulhos hidráulicos A contaminação dos cursos de água e
cimentados. Com esta técnica podem dos solos resulta da percolação, através
utilizar-se, nos desmontes, veículos das entulheiras, das águas pluviais que,
LHD que, quando carregados, pesam assim, podem sofrer alterações nocivas
cerca de 40 t. muito significativas na sua composição
e no seu pH.
Outra contribuição para a melhoria das
condições de trabalho dentro das Em relação à contaminação da
cavidades subterrâneas é a criação de atmosfera, esta resulta essencialmente
tetos falsos nos desmontes descendentes da ação do vento, a qual pode ser
por corte e entulhamento. Após o especialmente gravosa no caso do
arranque de cada fatia de minério, material depositado conter rejeitados de
coloca-se no piso um estrado (de lavaria com calibres muito finos.
madeira apoiado sobre pontaletes, de
tela assente sobre malha metálica a Em casos especiais, pode haver ainda
suspender, por ancoragens, ao entulho outros riscos a considerar, tais como os
que se vai colocar, etc.), sobre o qual é de incêndios de finos de sulfuretos, os
depois lançado o entulho, que sobe até à de contaminação radioativa, etc.
parte inferior do estrado colocado no
ciclo anterior. Estes apenas terão por A colocação, em subterrâneo, dos
finalidade suportar uma carga vertical rejeitados das explorações, utilizando-os
relativamente reduzida, correspondente como enchimentos, é suscetível de dar
uma contribuição válida para a redução variabilidade de vários fatores: jazigos

dos efeitos citados. No entanto, esta irregulares ou com uma distribuição
contribuição tem como limitação o facto heterogénea do teor de minério;
de, para a sua utilização como entulhos, características geomecânicas do minério
os rejeitados de lavaria necessitarem de e da rocha encaixante pouco favoráveis
ser corrigidos granulometricamente, à escolha de métodos sem a utilização
retirando-se-lhes a fração mais fina, a de sistemas artificiais de suporte;
qual continuará a exigir deposição a necessidade de produção de volumes
superfície. diários de minério com teores
constantes; entre outros.
Qualquer área em que se realize uma
exploração subterrânea é O método por corte e enchimento
potencialmente apta para sofrer permite uma flexibilização na
fenómenos de aluimento. Na realidade, sequenciação das operações de
resultando o aluimento da propagação, produção assim como no planeamento
até à superfície, das consequências da de curto, médio e longo prazo.
convergência dos contornos das
cavidades, os efeitos dessa propagação Apesar da necessidade de aplicação
acabam sempre por manifestar-se, com intensiva de mão-de-obra especializada,
maior ou menor desfasagem em relação de operações acrescidas de transporte e
à atividade mineira que lhes deu lugar. colocação dos materiais de enchimento,
o valor global dos custos operacionais
Como consequências principais dos (produção, processamento e ambientais)
aluimentos podem apontar-se: alteração é menor.
da rede de drenagem local, o que pode
conduzir a inundações do terreno onde o Comparativamente com outros métodos
nível freático seja elevado ou, pelo de desmonte, a utilização do corte e
contrário, a rebaixamento muito enchimento permite um aumento até
significativo desse nível por infiltração cerca de 15% do teor médio recuperado
de água para os trabalhos mineiros; e uma redução na diluição até cerca de
danos em estruturas e equipamentos 40%. Este facto tem como consequência
instalados à superfície (edificações, imediata a diminuição dos custos de
reservatórios de agua, estradas, remoção, de transporte e de
caminhos de ferro, etc.). processamento de minério, para
produzir as mesmas quantidades de
Em consequência, os aluimentos são concentrado final.
considerados como um dos aspetos mais
nocivos da atividade mineira, com A diminuição de volumes de estéreis e
reflexo muito importante no impacto de rejeitados da lavaria depositados à
ambiental a que esta dá lugar. superfície também tem também como
consequência a diminuição dos custos
3.3. Diminuição dos custos de ambientais (custos de construção,
produção e aumento da recuperação do manutenção, conservação de barragens
jazigo de rejeitados) por diminuir a
probabilidade do aparecimento de
Os custos de desenvolvimento e de impactos negativos causados pela
produção de um desmonte subterrâneo poluição do meio envolvente.
podem ser afetados pela possível
Outra grande vantagem da utilização do determinação da coesão e ângulo de

enchimento das cavidades subterrâneas atrito).
é a possibilidade de recuperação de
pilares verticais e horizontais assim A caracterização geomecânica do
como a mineração de zonas de difícil material compreende a caracterização
acesso. Este facto permite uma maior física e mecânica do mesmo.
recuperação dos jazigos.
4.1 Caracterização Física
4. PROPRIEDADES
GEOMECÂNICAS DOS A caracterização física do material
ENCHIMENTOS rejeitado, tal como num solo, é feita
com base na determinação do seu peso
Refere-se em 2., a influência das volúmico, da densidade das partículas,
características de compressibilidade no da porosidade, do índice de vazios e da
desempenho do enchimento como sua granulometria, utilizando as normas
elemento de suporte nos desmontes com para os Solos EN 1097-6.
corte e enchimento.
No Laboratório de Geomecânica do IST
Por comportamento mecânico do (LGEOM) têm sido feitas algumas
enchimento entende-se a sua resposta caracterizações físicas destes materiais,
em termos deformacionais a quaisquer a título exemplificativo, para se ter uma
alterações do estado de tensão impostas ideia da variação destes parâmetros,
por todos os tipos de solicitação apresenta-se um caso de estudo
existentes na câmara entulhada. Um (Tabela1).
aspeto particularmente importante desse
comportamento é a resistência, que Tabela 1- Resultados das determinações de
permite estabelecer os estados de tensão massas volúmicas (seca e saturada), densidade
das partículas, porosidade e índice de vazios do
para além dos quais o material entra em rejeitado.
cedência (rotura ou deformação
excessiva).
O material rejeitado pode ser

considerado um solo artificial,
possuindo deste modo duas fases, a fase A granulometria de um material é
sólida (partículas resultantes da definida como a distribuição da
cominuição do minério), e a fase fluida percentagem em peso total das
(água e/ou ar), assim o seu partículas do solo, de acordo com as
comportamento mecânico pode ser suas dimensões.
estudado à luz da Mecânica dos Solos.
A granulometria tem influência ao nível
No que concerne à caracterização da percentagem de vazios, ou seja,
mecânica, para o estudo deformacional quanto mais bem graduada for a
dos enchimentos nas diferentes etapas granulometria do material, mais
da sua colocação, consideram-se facilmente as partículas de menores
fundamentais os ensaios edométricos dimensões podem arrumar-se nos
(para o conhecimento do coeficiente de espaços vazios entre as de maiores
consolidação e grau de consolidação) e dimensões, promovendo assim uma
os de resistência ao corte (para a baixa percentagem de índice de vazios.
Um material com uma elevada

percentagem de finos (silte ou argila),
apresentará baixas permeabilidades e
consequentemente baixas taxas de
percolação, sendo este material apto
para utilizações onde seja adequada a
impermeabilização.
Nos solos naturais, aqueles que se

apresentem com preponderância de Figura 10 – Curva granulométrica de um
calibres grosseiros, o método utilizado rejeitado estudado no LGEOM/IST.
para a determinação da granulometria é
a peneiração; para aqueles, que tenham Da observação da curva granulométrica
sobretudo calibres mais finos, utiliza-se pode concluir-se que 85% do material
o método de sedimentação. pertence à classe dos siltes, estando os
restantes 15% compreendidos na classe
No caso em apreço, em que estamos a das argilas.
lidar com rejeitados que resultaram de
processos de cominuição e Estas percentagens relativas aos
concentração, os calibres são de diferentes materiais, aplicadas no
reduzida dimensão (no caso que se Triângulo de Feret, permitem classificar
apresenta o material passou todo no o material rejeitado como um Silte (Fig.
crivo 350 µm), optou-se pela utilização 11, a vermelho).
de um granulómetro (Fig.9).
Figura 9 - Granulómetro
Figura 11 - Classificação do rejeitado com o
A curva granulométrica que se obteve triângulo de Feret
para uma das frações do caso de estudo
que apresentamos é a que se representa Os resultados deste ensaio mostram que
na Figura 10. se trata de um material extremamente
fino, comprovando que, só com
granulometrias baixas, se conseguem
atingir os calibres de individualização
do minério e a sua concentração. Pode
dizer-se que o material rejeitado
apresenta grande variabilidade
granulométrica temporal, ou seja,
consoante o teor de corte do minério,
que varia com alguma frequência, sendo e0 e h0, respectivamente o índice

diferentes calibres de fracturação vão vazios inicial e a espessura inicial da
ser adotados na lavaria. amostra.
4.2. Caracterização mecânica Para a determinação do coeficiente de

consolidação (Cv), adotou-se o Método
4.2.1. Ensaio Edométrico de Taylor, que consiste na representação
gráfica dos assentamentos com a raiz
O ensaio edométrico serve para quadrada do tempo. Este método segue
determinar a velocidade e a amplitude uma série de etapas específicas,
final do assentamento por consolidação permitindo determinar o ponto da curva
de um solo saturado. A consolidação de consolidação a que corresponde um
consiste na redução do volume de um grau de consolidação de 90%. O
material, pela libertação da água contida coeficiente de consolidação resulta
nos seus vazios, em consequência da assim da seguinte equação (3):
aplicação de uma carga vertical.
(3)
Os ensaios edométricos consistem no
carregamento por escalões (tipicamente
24h) de uma amostra indeformada e onde d corresponde à maior distância
saturada, impedida de experimentar que uma partícula de água tem de
deformações horizontais, período esse, percorrer para abandonar o estrato em
em regra suficiente, para que se possa consolidação até uma fronteira
considerar como concluído o drenante, t90 é o tempo que o solo
assentamento por consolidação para demora a atingir os 90% consolidação e
cada carga. A execução deste ensaio o valor 0.848, corresponde ao fator
torna possível também o cálculo do tempo (Tv) correspondente a um grau de
coeficiente de consolidação e do grau de consolidação Uz = 90%.
consolidação, partindo das leituras da
variação da espessura do provete, Por fim, o grau de consolidação (Uz)
efetuadas no defletómetro vertical que representa, em cada ponto e
instalado, em intervalos de tempo pré- instante, o quociente do incremento de
estabelecidos. Com estes dados, é tensão efetiva vertical, já instalado, e o
possível determinar com alguma incremento correspondente ao fim da
precisão o grau de consolidação, ou consolidação, calculou-se através da
seja, conhecer a deformabilidade do variação do índice de vazios. A equação
material ao longo do tempo. (4) traduz este raciocínio:
A variação do índice de vazios (∆e) é

(4)
obtida a partir da variação da espessura
(∆h) da amostra por meio da equação em que ei é o índice de vazios inicial, ef
(2): é o índice de vazios final e (e) é o índice
de vazios no instante t.
(2)
Os ensaios de consolidação e os ensaios
de corte direto do rejeitado foram
efetuados com o equipamento
Motorised Direct/Residual Shear
Apparatus EL26-2111 Series, equipado aproximada de 24h, sendo duplicado o

com uma unidade de aquisição peso a cada incremento. É percetível,
automática de dados (Fig. 12). analisando o gráfico, o grande
assentamento da amostra na altura da
colocação de um novo peso. Este
comportamento tende a estabilizar ao
longo do ensaio, até que, ao fim das 24h
a variação é incipiente, dando mostras
que o provete se encontra praticamente
consolidado.
Figura 12 - Equipamento utilizado na

realização do ensaio de corte directo
(LGEOM/IST).
As forças normais de ensaio são

aplicadas por sistema de alavanca e
avaliadas com a precisão de 1 N,
enquanto as forças tangenciais são
avaliadas por meio de anel
dinamométrico, com a precisão de 3 N. Figura 13 - Assentamentos vs. Tempo de
Os deslocamentos, quer normais quer ensaio
tangenciais, foram medidos com a
precisão de 1 µm, por meio de O valor médio do coeficiente de
deflectómetros instalados. consolidação obtido para o rejeitado em
estudo foi de 78,16 m2/ano.
Os provetes foram sujeitos a quatro
incrementos sucessivos de carga De acordo com a equação [4] e
normal, sendo o valor da carga de cada considerando o fim da última carga
um dos incrementos mantido constante (96h), como correspondendo a 100% da
durante um período de tempo de 24h, consolidação, calcularam-se os valores
nestes intervalos de tempo foram médios de Uz para os diferentes grupos
efetuadas medições periódicas dos de ensaios para as 52h (correspondente
deslocamentos normais à terceira carga), e 76h (correspondente
(assentamentos). O intervalo de tempo à carga final). Os resultados
entre medições de deslocamentos, em apresentam-se na Tabela 2.
cada incremento de carga, é crescente
do início da fase para o fim da fase do Tabela 2 - Valores médios do Grau de
ensaio, de acordo com os períodos Consolidação (Uz) para os diferentes grupos de
especificados pela Norma Britânica (BS ensaio.
1377: Part5 : 1990): 0s, 10s, 20s, 30s,
40s, 50s, 1min, 2min, 4min, 8min,
15min, 30min, 1h, 2h, 4h, 8h, 24h.
Na Fig. 13, mostra-se um dos gráficos

obtidos num ensaio de consolidação. O
provete é sujeito a 4 incrementos de
carga, cada uma com a duração
Os valores do grau de consolidação de metodologias e ensaios disponíveis,

reforçam o exposto sobre a os ensaios de laboratório mais comuns
estabilização do assentamento ao longo são o ensaio de corte direto e o ensaio
do tempo, verificando-se que às 76h já triaxial. Optou-se neste trabalho pelo
se verificava praticamente todo o ensaio de corte direto, uma vez que a
assentamento 98-99% e que as 76h grande dispersão de valores de
traduzem satisfatoriamente os 100% da resistência ao corte encontrados na
consolidação para o caso estudado. bibliografia da especialidade
desaconselhava a seleção de uma
4.2.2 Ensaio de Resistência ao Corte bateria de ensaios muito complexa.
Neste ensaio, cuja montagem se
Quando um solo é carregado, a rotura apresenta na Figura 14, para além das
nunca se processa por esmagamento das forças tangenciais, medem-se os
suas partículas constituintes, estas deslocamentos tangenciais (∆t) e
apresentam em geral grande resistência normais (correspondentes à variação da
a este fenómeno, sofrendo apenas espessura, ∆h) do provete, através de
variações volumétricas, devidas ao seu defléctometros.
rearranjo. A rotura ocorre devido ao
escorregamento das partículas umas em
relação às outras, segundo superfícies
específicas e que se devem à
suplantação das componentes
tangenciais das tensões aplicadas
relativamente à resistência ao corte do
solo.
Figura 14 - Equipamento de corte direto
A resistência ao corte de um solo é a utilizado no LGEOM/IST.
resistência interna por unidade de área
que este pode oferecer até atingir a Os resultados obtidos e expressos na
rotura, com consequente deslizamento Figura 15 mostram um material muito
ao longo do plano de rotura, que no deformável, de um modo geral, até ser
caso do ensaio em apreço, é imposto atingida a rotura por corte, o solo regista
pela geometria da caixa de corte. deslocamentos tangenciais da ordem
dos 3 a 4mm, não evidenciando assim
A rotura destes materiais pode ser uma rotura brusca como ocorre
explicada pela teoria de Mohr-Coulomb frequentemente nos materiais frágeis.
, através da equação (5) Nos provetes sujeitos à carga de 600
kPa, este comportamento não foi tão
τ = c + σ tanφ (5) evidente, chegando a precisar de
deslocamentos tangenciais de 7mm para
onde c é a coesão (resistência devida às garantir que a rotura fosse atingida. As
forças que tendem a manter unidas as cargas verticais elevadas obrigam à
partículas de uma massa sólida) e φ o aplicação de tensões horizontais mais
ângulo de atrito interno (resistência elevadas para romper o provete. Os
devida à interpenetração das partículas). valores determinados pelo ensaio de
corte direto para coesão dos rejeitados
Para o cálculo das características de após consolidação para os grupos
resistência ao corte, existem vários tipos ensaiados (1, 2, 3 e 4) foram
respetivamente, 9,685 kPa, 18,39 kPa,

18,77 kPa e 19,58 kPa. Estes valores
são coerentes, uma vez que aumentam
ligeiramente de grupo para grupo com o
aumento da carga de consolidação
previamente aplicada. Pode assim
afirmar-se, que as diferentes cargas de
consolidação vão influenciar as
características de resistência do
material, ou seja, quanto maior a carga
de consolidação, maior será a coesão.
Os resultados indicam que o rejeitado é

um material pouco coesivo e com
elevado atrito entre as partículas.
Na tabela 4 apresentam-se alguns dos

resultados encontrados na literatura da
especialidade para os parâmetros de
corte de rejeitados de cobre.
Tabela 4 -Valores típicos de parâmetros de

Figura 15 - Curvas de tensão vs deslocamento corte de rejeitados de cobre
tangencial.
Os valores do ângulo de atrito para os

diferentes grupos de ensaio, não
apresentam diferenças acentuadas.
Registaram-se para os vários grupos os
valores de 38,8˚, 36,24˚, 39,89˚ e 36,8˚,
demonstrando que esta propriedade é
intrínseca do material, e que não é
influenciada pelas diferentes condições Observando a Tabela 4, verifica-se que
de consolidação testadas. existe uma enorme variabilidade nos
valores da coesão e do ângulo de atrito,
Apresenta-se na Tabela 3 a síntese dos indiciando comportamentos mecânicos
resultados dos ensaios de corte direto muito distintos conforme a proveniência
realizados: do material.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tabela 3 - Resultados dos ensaios de corte
direto.
No método de desmonte por corte e
enchimento a duração do ciclo de
trabalho determina o momento da
colocação do material de enchimento.
Este condicionalismo operacional deve
atender aos mecanismos geomecânicos
decorrentes da abertura de escavações São ensaios comuns com procedimentos

mineiras. bem definidos com um longo historial
de aplicações bem-sucedidas para os
Realça-se a este propósito a necessidade solos naturais e que se têm provado, nos
de consumir de forma útil o incremento casos estudados laboratorialmente,
de energia elástica de deformação como adequados ao estudo dos
resultante da criação de vazios ou do rejeitados.
alargamento destes. Este excesso de
energia é consumido em parte na
deformação do maciço mas pode ser
sobretudo gasto na deformação do
enchimento. O material de enchimento
precisa de se deformar para desenvolver
um ação resistente e assim desempenhar
a sua função de suporte passivo.
Os materiais utilizados nos enchimentos

devem, por isso, apresentar
características de deformabilidade e
resistência que garantam a sua
eficiência enquanto suportes.
A granulometria está dependente do

processo de concentração do minério
que por sua vez é condicionado pelo
teor de corte; como as características de
deformabilidade e de resistência
dependem da granulometria, criam-se
assim, singularidades para cada caso de
estudo que não permitem comparações
entre parâmetros de deformabilidade ou
resistência, mesmo para materiais
rejeitados do mesmo minério.
Urge assim implementar uma bateria de

ensaios expeditos e económicos que,
para cada situação, permitam simular as
condições de carregamento in situ.
Destacam-se o ensaio edométrico que

permite estudar a deformabilidade dos
rejeitados ao longo do tempo, quando
complementado com o ensaio de corte,
é fácil determinar o comportamento
resistente em função do grau de
consolidação.
REFERÊNCIAS
[1] SALAMON, M.D.G.- Rock Mechanics of Underground Excavations. Proceedings
of the International Society for Rock Mechanics. Vol. I, Part B. Theme 4. General
Reporter. Denver. 1974.
[2] MELLO MENDES, F.- Geomecânica Aplicada à Exploração Mineira Subterrânea.

Instituto Superior Técnico. Univ. Técnica de Lisboa. Hidromineira, Consultores de
Minas e Geomecanica, Lda.. Lisboa. 1985.
[3] GUANG-XU, T. e MAO-YUAN, H.- Assessment on Support Ability of the Fill

Mass. Proc. Int. Symp., Mining with Backfill, Univ. of Lulea, June 1983, ed. por S.
Granholm, Univ. of Tecnology. Lulea. 1983.pp 433-442.
[4] HILL, J.R.M., McDONALD, M.M. e McNay, L.M. - Support Performance of

Hydraulic Backfill - A Preliminary Analysis. Report of Investigations 7830. U.S.
Bureau of Mines. Washington. 1974.
[5] Costa e Silva, M. - Entulhamento com Rejeitados para a Melhoria do
Comportamento de Pilares Esteios. Istituto Superior Técnico. Universidade Técnica de
Lisboa. 1995.
[6] Costa e Silva, M.; Falcão Neves, P.; Torres, V.-.Aumento da resistência de pilares
por efeito de confinamento. Medio ambiente subterráneo y sostenibilidad:ISBN: 978-
987-26200-2-8, Ministério de Indústria, Comércio y Trabajo de Córdoba, CYTED,
2011.pp 327-339 2011.
Los nuevos desafíos estructurales de Chuquicamata subterráneo
JUAN CÉSPEDES (1) , MARIO SÁNCHEZ (1), FROILÁN VERGARA (2) ,

FERNANDO PARADA (2).
(2) Escuela de Ciencias de la Tierra, Facultad de Ingeniería, Universidad Nacional Andrés Bello – Chile
juan.cespedes@unab.cl, mario.sanchez@unab.cl
Salvador Sanfuentes 2357, Santiago-Chile
Tel. 56-2-7703622
(2) Departamento de Ingeniería Metalúrgica, Universidad de Concepción-Chile.

fvergar@udec.cl, fparada@udec.cl
Edmundo Larenas 285, A.P.407-0371, Concepción-Chile
Tel. 56-41-2204241
RESUMEN
El Proyecto Mina Chuquicamata Subterráneo (PMCHS) es un proyecto estructural y estratégico que

representa el futuro de la División CODELCO Norte de la Corporación Nacional del Cobre. Esta decisión
estratégica es una opción técnica y económicamente viable, para la explotación por minería subterránea,
de los recursos minerales remanentes bajo el rajo final de la Mina Chuquicamata, al menor costo posible,
optimizando el uso de los activos en forma sustentable y actuando en un ámbito de pleno respeto por la
seguridad de las personas y el resguardo del medio ambiente, lo que permitirá maximizar los excedentes
que aporta al Estado de Chile.
Consiste en la transformación del rajo abierto más grande del mundo en una operación subterránea
gigante que permitirá explotar parte de los recursos que quedarán bajo el actual yacimiento, el que -tras
haber entregado riqueza a Chile por casi 100 años- dejará de ser rentable dentro de la próxima década.
Bajo el rajo se han cuantificado cerca de 1.700 millones de toneladas en reservas de mineral de cobre (ley
0,7%) y molibdeno (499 ppm), que representan más de 60% de lo explotado en los últimos 90 años. La
opción técnica y económica aconseja explotar esas reservas a través de la construcción de un complejo de
mina subterránea, que será una de las más grandes, modernas y eficientes del mundo.
Este megaproyecto tendrá una infraestructura de clase mundial que considera un barrio industrial para
personal de operaciones, un túnel de acceso de doble vía, un túnel para la extracción de mineral a través
de cinta transportadora, cinco aerovías para inyección de aire, dos piques de profundidad para la
extracción de aire viciado, entre otros. El proyecto contempla también la explotación de cuatro niveles, de
los cuales, dos se operarán en forma simultánea.
En el presente trabajo se hace una descripción general y exploratoria sobre los criterios y definiciones que
en gran medida configurarán el diseño general de la mina, de diversas infraestructuras, de labores y de las
operaciones mineras en su conjunto.
Palabras claves: Minería subterránea, Concepción estructural, Geotecnia.

1. INTRODUCCIÓN hormigón, entre otros. Toda la etapa de

construcción cuenta con un budget de
inversión inicial sobre los US$ 2800
El Proyecto Mina Chuquicamata millones con un horizonte de tiempo al año
Subterráneo planea convertir a una de las 2018.
minas a rajo abierto más grande del mundo
en una mina con 1500 kilómetros de túneles Durante su operación subterránea serán
subterráneos que comenzó a desarrollarse extraídas 1700 millones de toneladas de
en el año 1992. mineral de cobre durante los 42 años de
proyección operacional. Se espera
producir, a régimen, un promedio de 340
Una vez terminada la fase de exploración, mil toneladas de cobre fino al año y 20 mil
está en plena construcción, un túnel de 12 de molibdeno, aproximadamente. Este
kilómetros de largo que permitirá “estudiar” proyecto contempla la explotación de
la mina por dentro. cuatro niveles, de los cuales dos se operarán
en forma simultánea para lograr el régimen
de producción de 140 kt por día.
En el año 2013, se dará inicio a la etapa de
construcción de la mina bajo superficie, de
tal manera, que en un periodo de plazo de 2. DESARROLLO
cinco años, se proceda a la primera
extracción de mineral, situación que 2.1 Los principales criterios
permitirá poner fin a las operaciones del geomecánicos en los cuales se estableció
circuito tradicional de operación a cielo emplazamiento y diseño de
abierto. Es decir, ambos métodos de infraestructura, son:
explotación, no pueden operar en forma
paralela. a) Falla Oeste
Actualmente, en el método de explotación a La Falla Oeste restringe la ubicación de

cielo abierto tradicional de Chuquicamata, cualquier infraestructura o excavación del
la razón de estéril mineral es de tres a uno; proyecto, en todos sus niveles, a una
es decir, de 600 mil toneladas extraídas de distancia no menor del rango entre 40 a 60
material, sólo se obtienen 180 mil toneladas m. al Este de esta estructura principal, por
de mineral útil. Además, las campañas de lo tanto, no se podrá proyectar
sondajes realizadas hasta la cota 1.400 excavaciones de ningún tipo, a una
indican la existencia de reservas de interés distancia de la falla oeste menor a la
hasta por lo menos el año 2060, lo que indicada, ni que atraviesen esta estructura,
permitirá seguir siendo competitivo al ni tampoco al oeste de la falla.
desarrollar un sistema de explotación
subterránea. b) Pit Final
De lo anterior, se ha planificado desarrollar A partir de la topografía de pit final del rajo

un proyecto de extracción de mineral en Chuquicamata, se establece un halo de
una profundidad cercana a los 790 metros. seguridad de 100 m en profundidad, que
Para este efecto, se construirá una red de define una envolvente de roca dentro de la
túneles y cuatro niveles a distintas cual no se podrá proyectar excavaciones
profundidades, que por tamaño e permanentes ni infraestructura para el
infraestructura, sólo posee precedentes, proyecto, debido que se proyecta un
pero a distintas escalas en Sudáfrica y desmedro en la calidad geotécnica de la
Suecia. Esta “ciudadela” subterránea, de 60 roca, producto de las operaciones mineras
mil metros cuadrados útiles, contará con: de explotación del rajo.
oficinas, comedores, salas de control, de
monitoreo, bombas de bencina, planta de
c) Calidad de la Roca
Dentro de las Unidades Geotécnicas

Básicas identificadas en el modelo
geotécnico del proyecto, se reconoce la
unidad Roca Cuarzo- Sericita (RQS), la
cual se clasifica a su vez, en tres grupos,
según la relación entre Cuarzo y Sericita
que se presente en la roca, esto es:
1) Q>S, es decir, la cantidad de Cuarzo en La zona de influencia se construye a partir

la roca, es mayor a la de Sericita; de un margen de 50 m, medidos desde el
extremo o borde inferior de la envolvente
2) Q=S, ambos minerales se encuentran en de subsidencia, denominado zona de
la misma proporción en la roca; abutment stress. A partir del borde superior
o de superficie de la subsidencia, se
3) Q<S, con la proporción de Cuarzo en la establece un margen de 200 m de extensión,
roca, menor a la de Sericita. denominado zona de influencia de
subsidencia en superficie. La unión de estas
Las características propias de estos dos líneas de restricción, genera una nueva
minerales, sumado a la proporción en que envolvente de subsidencia, la cual
se encuentren en la Unidad Geotécnica incorpora las zonas de influencia descritas.
Básica, condiciona el comportamiento de
esta unidad, el cual supone una roca de baja Finalmente, se establece un pilar de
calidad cuando Q<S. Dada la característica protección de 50 m de espesor, en todo el
especial de esta unidad litológica, se adoptó entorno de la zona descrita en el párrafo
la determinación de restringir el anterior, el cual configura el límite final del
emplazamiento de Infraestructura del cono de influencia generado por la
Proyecto en áreas donde se presente esta subsidencia final de la explotación (ver
Unidad Geotécnica Básica. Figura N° 1).
d) Subsidencia para Ubicación de

Infraestructura Permanente
Toda infraestructura permanente, entendida

ésta como aquella que debe permanecer
operativa durante toda la vida del Proyecto,
deberá ser ubicada fuera del cono de
influencia generado por la subsidencia final
de la explotación, el cual se genera a partir
de la envolvente de explotación de
extensión máxima (certidumbre 25%)
proyectada desde el Nivel de Hundimiento
del último nivel de explotación del proyecto e) Subsidencia para Ubicación de
(cota 1193), con los ángulos indicados en la Infraestructura de Nivel.
Tabla N° 1, más la adición de una zona de
influencia y un pilar de protección. Toda la Infraestructura de Nivel,
entendiendo ésta como aquella que presta
servicios durante el período limitado a la
vida útil del nivel de explotación al cual se
encuentra asociada, deberá ser emplazada
fuera del área de influencia de la Figura N° 3), mientras que para los dos
subsidencia generada por el nivel niveles restantes la técnica del Hundimiento
inmediatamente inferior, proyectada a la Avanzado (Ver Figura N° 4). Con ello se
cota de emplazamiento de la Infraestructura busca minimizar el efecto de la
de Nivel. La proyección de esta área de concentración de esfuerzos sobre las
influencia se construye a partir de la excavaciones de la mina.
proyección del cono de subsidencia, desde
el Nivel de Hundimiento del nivel de
explotación inmediatamente inferior, con
un ángulo de 50° en todas direcciones.
Adicionalmente, se ha considerado una
zona de influencia, construida a partir de un
margen de 50 m en torno del polígono de
base de proyección de la subsidencia (en el
nivel inferior) y un margen de 100 m
entorno del polígono proyectado en el Nivel
de Ubicación de Infraestructura (ver Figura
N° 2).
h) Tamaño Mínimo Macrobloque
El radio hidráulico corresponde al valor

resultante de la división entre el área de
corte, que corresponde al área mínima que
asegura la hundibilidad del macizo rocoso,
f) Distancia entre niveles y el perímetro de corte. A continuación, en
Tabla nº 2, se lista los radios hidráulicos y
A objeto de minimizar el efecto del la estimación del área mínima necesaria
abutment stress sobre la infraestructura para que se produzca la hundibilidad, para
minera de los niveles que conforman un cada nivel de explotación del PMCHS:
macro bloque, se estableció una distancia
mínima de 18 m entre los niveles de
Hundimiento, Producción y Ventilación.
Para las salas de chancado, se estableció
una distancia mínima de 80 m. entre su cota
de emplazamiento y el Nivel de
Hundimiento.
g) Variante Método de Explotación
Un análisis de los niveles de esfuerzos in Desde el punto de vista de la explotación de

situ y su incremento esperado a medida que los macro bloques, se ha estimado que la
se profundiza la explotación de la mina, propagación del caving propiamente tal
estableció que para los primeros dos niveles comenzará sólo una vez que se haya
de explotación del proyecto, se aplicará la completado el proceso de socavación del
técnica de Hundimiento Convencional (Ver mismo, ya que los procesos de socavación y
producción no coexistirán en un macro que se aprovechan las labores de los niveles

bloque. Como consecuencia de los valores de producción y hundimiento para hacer
resultantes del cálculo del área mínima para perforaciones ascendentes, tanto para
hundibilidad en los cuatro niveles y del aplicar la técnica de Debilitamiento
criterio expresado en el párrafo anterior, se Dinámico con Explosivos (DDE), como la
definió que el área mínima de los macro de Fracturamiento Hidráulico (FH).
bloques será de 15.000 m2.
b) Definición de Envolvente de
i) Distancia entre Macrobloques explotación:
A partir de simulaciones con modelos Con el objeto de obtener una definición

numéricos, se estableció la zona de de reservas extraíbles, más estable
abutment stress se extiende entre 30 y 35 m frente a las variaciones de precios,
delante del frente de hundimiento e costos y cargos de tratamiento, en el
incrementa de 2 a 2,5 veces el esfuerzo proceso de integración de reservas
vertical in situ. A partir de esta información fueron generadas funciones de
y a objeto de minimizar el efecto de los distribución de probabilidad asociadas a
esfuerzos de borde en la infraestructura
minera de macro bloques adyacentes, se
estas variables del Proyecto y se
estableció que la distancia mínima entre establecieron rangos de variación para
calles de dos macro bloques vecinos, debe los parámetros económicos relevantes
ser de 50 m, medidos entre los ejes de las que participan en la definición de
calles. envolventes de los recursos explotables.
Al aplicar el Método de Certidumbre a una

2.2 Descripción General de Criterios de valorización tradicional de un modelo de
Planificación y Diseño Minero: recursos, se determina las reservas
extraíbles en función del indicador de
a) Uso de Pre-acondicionamiento: certidumbre de la columna mineralizada,
que corresponde a la proporción de veces
En el Proyecto Mina Chuquicamata que esta columna genera un beneficio
Subterráneo (PMCHS), se incorporará la económico positivo. En tal sentido, se
tecnología de Pre-Acondicionamiento definieron polígonos de explotación con un
Mixto (DDE+FH) como una forma de 90% de certeza para el nivel 1.841, con un
favorecer la hundibilidad al inicio de la 60% de certeza para el nivel 1.625 y con un
explotación, la propagación del 50% de certeza para los niveles 1.409 y
hundimiento en altura y la tasa de 1.193 para el plan minero de 140 ktpd.
propagación del quiebre del macizo rocoso
en la vertical. c) Altura de Columnas:
Adicionalmente, el Pre-Acondicionamiento Se adoptó restricciones a los valores

aporta una mayor flexibilidad, o cobertura mínimo y máximo de la altura de columna
al diseño, frente a posibles ajustes en la económica. El mínimo, equivalente a 100
información geomecánica base, asumiendo m, se encuentra condicionado por la
una disminución del P80 de la restricción geomecánica del halo de
granulometría in situ de 30%, seguridad desde la topografía de pit final
considerándose beneficios sólo por este del Rajo Chuquicamata. El valor máximo,
último impacto. de 400 m, fue establecido en función de
estudios de benchmark y experiencias
El diseño del Pre-Acondicionamiento para exitosas en faenas mineras con condiciones
el PMCHS no considera obras especiales similares a las que presenta el PMCHS.
para la implementación de éste, debido a
d) Velocidad de Extracción: extracción de la columna de roca, en el cual

aparece la primera piedra de material
El criterio adoptado para determinar la diluyente en el punto de extracción. La
Velocidad de Extracción de mineral en un condición del primer nivel, respecto de los
punto, corresponde a un valor diferenciado tres niveles restantes, difiere en la ausencia
según la condición en la que se encuentra la de material diluyente por sobre la columna
columna respectiva. Así, durante el período in situ donde se ubica el macro bloque, al
de hundimiento, es decir, lo primeros dos momento del inicio de la explotación. Se
años, la velocidad se estableció en un estima que una vez que las columnas de
máximo de 0,2 t/m2-día, período en el que mineral del primer nivel conecten a
principalmente se realizan faenas de superficie, es decir, a un 25% de extracción,
extracción del esponjamiento del mineral se comience a producir el derrame de
socavado del macro bloque. A material sin ley desde las paredes del rajo,
continuación, y hasta lograr el 25% de la para alojarse por sobre el bloque de
extracción de la columna, la velocidad de mineral. Ante esta característica se
extracción máxima se estableció en 0,39 concluye que la dilución del mineral del
t/m2-año. Se estima que al lograr la primer nivel se retardará respecto de la
extracción del 25% de la columna se condición de los otros tres niveles, los
produce la conexión del caving a superficie cuales presentan al inicio de su explotación
o al material quebrado del nivel superior, material diluyente por sobre el macro
según corresponda. Finalmente, para los bloque resultante de la explotación del nivel
puntos de extracción conectados, es decir, superior, ya agotado.
con una altura de columna extraída superior
al 25%, la velocidad de extracción máxima Estudios de benchmark en faenas de
se estableció en 0,60 t/m2-día. En general, condiciones similares de tipo de roca,
estos valores obedecen a estudios de indican que el punto de entrada de dilución
benchmark de experiencias exitosas en se encuentra entre un 40% y un 60% de la
faenas mineras de características similares columna de roca extraída.
al PMCHS.
Para el PMCHS, se ha establecido un 50%
e) Ramp Up: como punto de entrada de dilución para el
primer nivel y un 40% para los tres niveles
El Ramp-Up corresponde a un período de restantes. Para la caracterización del
incrementos progresivos de producción, es material diluyente, se realizó una
decir, queda definido por el período estimación de las leyes promedio
comprendido entre el inicio de producción contenidas en un cuerpo definido por la
de un macro bloque hasta el momento que proyección de la subsidencia hasta
alcanza su régimen. Para la determinación superficie, con un ángulo de subsidencia de
de estos incrementos se consideraron 50°, a una envolvente de explotación
estudios de benchmark asociados a definida en la cota 1.550 m.s.n.m.
experiencias exitosas en faenas mineras,
cuyas características se asemejan a las En términos de seguridad, PMCHS quiere
condiciones del macizo rocoso y de mantener un permanente compromiso con
explotación del PMCHS. Así, se estableció la vida y la seguridad de sus trabajadores,
que el crecimiento anual promedio de la especialmente ante situaciones de
producción de un macro bloque durante el emergencia. Para estos casos ha
ramp-up no debe superar las 7.000 tpd. incorporado tecnología de última
generación en refugios mineros,
f) Punto de Entrada de la Dilución: que son unidades herméticas y equipadas
con los elementos necesarios para la
El Punto de Entrada de Dilución, supervivencia, con tecnología de última
corresponde al porcentaje estimado de generación. Actualmente, existen tres
refugios dispuestos al interior de los túneles
de exploración de la mina subterránea.

Todos con los más altos estándares de
seguridad y las más modernas tecnologías
al servicio de la supervivencia, además
cumplen con las exigencias de la
legislación vigente en materia minera.
El refugio más grande existente en las

instalaciones, está ubicado a casi 500
metros de profundidad desde el punto cero,
tiene capacidad para 50 personas,
autonomía para 48 horas y cada uno de los
trabajadores que ingresa a esta zona está
capacitado para su uso. Los otros dos, con
capacidad de ocho y 12 personas, tienen la
característica de ser móviles lo que permite
desplazarlos a lugares estratégicos del
yacimiento, con el propósito que los
trabajadores puedan llegar a ellos en forma
rápida y expedita en caso de una
emergencia.
3. CONCLUSIONES FINALES
En resumen, conceptualizar, diseñar,
desarrollar y ejecutar el Proyecto Mina
Chuquicamata Subterráneo (PMCHS) es un
desafío ingenieril y operacional de gran
envergadura, que sin duda, representa el
futuro de la División CODELCO Norte y
de la comunidad vecina, que esperan seguir
aportando a Chile, otros 100 años de
desarrollo y prosperidad económica y
social.
Los desafíos en el campo de la geotecnia

son visibles y será también la oportunidad
de que profesionales de esa área
contribuyan con su conocimiento y
experiencia.
REFERENCIAS
[1] Aguilar Aguilera, Juan Carlos. Caracterización Geotécnica y Estructural de la Rampa de
Exploración y del Túnel de Drenaje, Mina Chuquicamata, Memoria de para optar al Tíítulo de
Geólogo Universidad de Chile. Santiago Chile: Año 2002.
[2] CODELCO Chile. Vice Presidencia Corporativa de Proyectos. Estudio de Prefactibililidad,

Proyecto Mina Chuquicamata Subterránea, División CODELCO Norte. Santiago Chile: Año
2009.
[3] Tecnología de punta en Chuquicamata

Subterránea.http://www.solucionesavanzadas.c/blog/gestion/91gestion/1838tecnologi
a-depunta-en-chuquicamata-subterranea. Santiago Chile.
[4] Chuquicamata alista su transformación a

minasubterránea,http://www.geonavitas.com.ar/noticias/mineria/latinoamerica/9763c
huquicamata-alista-su-transformacion-a-mina-subterranea-.html

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