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Rhema Brasil

VIDA DE LOUVOR

Cristiane Stefani

Solânea – PB

2009

1
Apostila Vida de Louvor
Professora Cristiane Stephanie
Para o período de 21 de setembro a 07 de outubro de 2009
Destinada aos alunos da Sala Avançada do Centro de Treinamento Bíblico Rhema
Brasil os quais cursam seu 2º ano.

2
Apresentação

A presente apostila é um material complementar e norteador dirigido

aos alunos do 2º ano do Rhema os quais cursam a matéria Vida de Louvor.

Para elaboração deste singelo trabalho nos utilizamos da orientação da Bíblia

Sagrada, do Espírito de Deus – pessoa influenciadora do ensino “hagiano”1 -

das explanações de outros professores gravadas em Cd’s, de artigos da

internet, bem como das recentes literaturas publicadas por ministros do nosso

ministério.

Neste momento estaremos estudando a Vida de Louvor. Como o

próprio nome da matéria já diz, há uma amplitude no tema “vida”, razão pela

qual não pretendemos esgotá-la. Nossa abordagem tratar-se-á de esclarecer a

expectativa de Deus encerrada na dispensação da graça ou da plenitude dos

tempos para receber a verdadeira adoração. Pretendemos ainda, até onde

podemos, fazer o aluno compreender o plano deixado por Deus para neste

tempo vivermos em constante adoração a Deus. Não esqueceremos ainda de

falar sobre o reflexo da vida de louvor do cristão quando em congregação, ou

seja, reunidos como igreja.

Cremos que será um excelente tempo de aprendizado o qual nos

acompanhará no nosso cotidiano.

1
Referindo-se aos ensinamentos do irmão Kenneth E. Hagin, fundador do Rhema Bible Center.

3
1.COMPREENDENDO ADORAÇÃO

1.1. Aspectos Gerais

O objeto de estudo da matéria é uma vida de louvor e adoração, todavia, para


melhor entendê-la precisamos cercá-la de alguns conceitos para contextualizá-la
melhor, e compreendê-la na perspectiva esperada, isto é, a adoração neotestamentária.
Esta é razão pela qual introdutoriamente situaremos nosso estudo em dois pontos
Dispensação e Hermenêutica.

a) DISPENSAÇÃO

Às vezes não estamos fazendo o que Deus quer porque não conseguimos entender
o que Ele deseja que seja feito, pois para cada tempo – Aliança - Deus tem um plano
específico – Dispensação. 2DISPENSAÇÃO é o governo [gestão, condução] de Deus,
pelo qual, conforme seu propósito soberano, Ele revela sua vontade à humanidade (os
destinatários) que tem a responsabilidade de cumprir regras desta revelação. Esta
compreensão é um dos fatores que nos ajudará a entender melhor o assunto objeto das
aulas seguintes.

Note como Paulo compreendeu o que lhe fora dispensado e como ele sempre fazia
questão de deixar isso claro para as pessoas. Paulo fala que a dispensação da graça lhe
fora confiada; e ainda que era um trabalhador (ministro), segundo a dispensação (
responsabilidade) que Deus lhe conferira. Ou, de outra maneira, que não basta receber
a dispensação ora confiada mas também envolver seu coração para cumpri-la.
 Ef. 1.10; Ef. 3.2; Cl.1.25, I Co 9.17.

Portanto não sejais insensatos,


mas procurem compreender
qual é a vontade de Senhor. Ef.5.17

Observe a presença deste assunto também nos evangelhos:


Lc. l2:47-48 ( níveis de responsabilidade) conforme a revelação que se tem se
requererá;
Lc. l6; I Co. 4:l-5 ( responsabilidade de trabalhar para Cristo e juízo); e I Pe. 4:l0.
Nestas passagens encontramos a palavra grega “oikonómos” ou uma pessoa
encarregada com responsabilidade específica.
Unindo as idéias nos parágrafos já estudados descobrimos que a palavra
“dispensação” tem a significação de “distribuir” e “despenseiro” ou “administrador”,
temos o significado da pessoa que tem a responsabilidade de administrar aquilo que é
distribuído. Nas Escrituras, a noção que se deve adotar é que uma dispensação é o ato
de Deus dispensar ou distribuir sua vontade para uma administração específica. Isto
dirigirá nossa atenção àquilo que Deus está dispensando em vez de uma época de
anos.
Não devemos confundir aliança e dispensação, apesar desta dar conteúdo àquela.
Note que, estamos na dispensação da graça, mas quando vier o fim, estaremos na
dispensação da ira de Deus - tempo que não se encontrará o favor de Deus para achá-
lo - mas ainda estaremos na Nova Aliança.

2
Dispensar: dar; conferir;

4
E o que isto tem haver com ADORAÇÃO? Observe que o texto de João 4: 23-24
Jesus estabelece a DISPENSAÇÃO DA ADORAÇÃO, a palavra dispensação não
aparece, tampouco a palavra aliança, mas Jesus esta falando de duas coisa de forma
indireta e distinta.

(...) Mas virá o tempo, e de fato já chegou, [ NOVA ALIANÇA] em que os


verdadeiros adoradores vão adorar o pai em espírito e em verdade [
DISPENSAÇÃO]. Pois são esses que o Pai quer que o adorem. Deus é espírito, e
por isso os que o adoram devem adorá-lo em espírito e em verdade agora é. [
Tradução na linguagem de hoje].

Quando Jesus diz que virá o tempo e que de fato chegou está falando que uma
nova aliança estava se concretizando com a sua vinda a terra e que o procedimento
para adorar seria diferente, sem rituais ou lugares certos, mas em espírito e em
verdade. Isto nos indica que a forma como Deus entende, hoje, que estamos adorando
e cumprindo o seu plano dentro desta aliança é a que ele estabeleceu em seu encontro
com a mulher samaritana, a saber: em espírito e em verdade.

b) HERMENÊUTICA

Antes de terminar esta introdução, devemos abordar outro assunto que é pedra
considerada peça fundamental na interpretação correta da Palavra de Deus, podendo-
se dizer até determinante para a nossa visão de adoração.
A maneira ou ciência de interpretação de modo geral chama-se hermenêutica,
sendo esta mesma usada também para as escrituras.
Existem dois conceitos, em geral, que os teólogos usam para interpretar a
Palavra de Deus. O primeiro conceito é o sentido figurado ou uma significação
simbólica. Estes intérpretes estão desviando o uso literal ou normal da palavra ou
frase e, como substituto, estão promulgando uma interpretação simbólica ou
alegórica. Usando um exemplo escatológico que não trata da nossa abordagem
vejamos:
O Salmo 22:28 (e em outras várias referências) ensinam claramente
que o Senhor Jesus voltará à terra para reinar. O alegorista ensina que
Cristo não vai voltar verdadeiramente à terra mas que estas profecias
são cumpridos hoje com Cristo reinando no coração do Crente, (veja
Zacarias l4:9).

Esta maneira de interpretar chama-se também o método acomodatício. O


problema com este sistema é que ele sujeita a interpretação a qualquer capricho ou
fantasia do intérprete com a possibilidade de poderem tentar esclarecer o mesmo
versículo ou texto, o aluno ficaria perplexo, com dificuldade para descobrindo o
ensino certo.

A interpretação simbólica tem o perigo de produzir várias extravagâncias que


podem conduzir mal o aluno e terminar em conclusão incerta. O segundo conceito é o
sentido literal ou chama-se a maneira gramática e histórica ou, em outras palavras,
o uso normal.

Uma citação que Dr. J.Dwight Pentecost tem incluído no seu excelente
livro (Things to Come, p.40) nos ilumina sobre este princípio; “Sendo
que o literal (normal) é o significado mais comum de uma palavra, e

5
consequentemente ocorre mais frequentemente do que o figurativo,
qualquer vocábulo será interpretado literalmente até que exista uma
boa razão para usar num sentindo diferente. O sentido literal ou
habitual de uma palavra, se consistente, será utilizado acima de tudo
como sentido literal e não como no sentido figurado.”

A hermenêutica literal ou exata quer dizer que a significação da palavra ou


frase será a mesma que era entendida para os destinatários a quem a Escritura
foi dirigida.

S. Craig MacDonald (Understanding Your Bible, página 9) sumaria


estas idéias: “Deste modo, sua hermenêutica em grande parte
determina como você entende a Bíblia. Se quando encontrar certos
trechos, você abraçar a interpretação figurativa, você entenderia o
plano e o programa de Deus muito diferente do que se tomasse uma
interpretação literal ou normal”.

Como temos visto somente o método literal ou normal de interpretação é


totalmente adequado para entender corretamente as Sagradas Escrituras.

Observação: Sem dúvida, a Bíblia tem muitos exemplos de linguagem figurativa


como a 3metáfora, parábola, alegoria e a símile. Mas o explicador tem que ser
cuidadoso ao usar o sentido acomodatício somente quando o autor indica que a
linguagem figurada é certa e justa. Exemplos:

Rm 11. 17-24 exemplo de metáfora


Rm 11. 25-32 exemplo de linguagem claramente literal.
Tg 3. 3-6 exemplo símile
Nm 21.8-9/Jo. 3.14-15 exemplo de alegoria

O uso da hermenêutica literal é muito importante. S. Craig MacDonald


(Understanding Your Bible, p.9) escreve: “Um dos resultados mais significantes de
usar uma hermenêutica literal é a distinção entre Israel e o Corpo de Cristo. Visto que
o vocábulo Israel, quando é usado nos livros históricos do Velho Testamento, designa
lúcidamente os descendentes de Jacó. Assim, o literalista percebe que este vocábulo
designa a mesma coisa (Israel, a nação) por toda parte nas Escrituras. Isto é, a não ser
que o escritor indique, sem dúvida que o vocábulo (Israel) deva ser entendido, num
sentido “não normal”, então devemos entender como os leitores originais,
incontestávelmente, entenderam Israel como uma referência à nação física.”

Torna o questionamento: e o que tudo isto tem haver com ADORAÇÃO? O uso
de uma correta hermenêutica elucida que a adoração deve ser oferecida à altura da
revelação que Deus fez de si mesmo no Filho. Assim, que a prática da adoração cristã
deve corresponder ao padrão do Novo Testamento. Se não for entendido o que Deus
nos DISPENSOU neste tempo que se chama últimos dias, não estaremos seguindo

3
Metáfora: A metáfora é uma figura de linguagem que consiste na alteração do sentido de uma palavra ou expressão, pelo acréscimo de um
segundo significado; Parábola: fato natural que exemplifica uma realidade espiritual; Alegoria: Consiste na representação de um conceito abstrato
como um ser concreto e animado, uma imagem de grande valor pictórico, geralmente humana.. Símile: Consiste numa comparação explícita, com a
presença do elemento comparativo: como, tal qual, igual a, feito, que nem (coloquial), etc., entre duas palavras ou expressões.

6
ritmo da visão de Deus. Nesta Aliança, Deus nos dispensa a responsabilidade de
sermos igreja e Corpo de Cristo. Mas, se pelo contrário, entendemos que somos o
Israel de Deus, então adoraremos com o plano dispensado a Israel na Aliança que eles
se encontravam, e não estaremos agradando ao Senhor, estaremos usando o recurso
natural, não mais aceito, uma vez que agora somos espirituais adorando o Deus que é
espírito. O exemplo de uma adoração que não agradou a Deus está em II Cr.26.16, em
que um rei decidi fazer o papel de um sacerdote e colhe a conseqüência do seu erro.
Por outro lado houve quem fez correto nos moldes que Deus queria na antiga aliança
(II Cr.29)

2. COMPREENDENDO A ADORAÇÃO

I) Parte:

Podemos observar que com a queda de Adão não foi mas, possível para Deus e
para o homem manter o relacionamento, antes tão íntimo, com confiança. A
essência do que aconteceu no Éden e separou o homem da plena comunhão com
Deus não foi comer ou deixar de comer algo, mas a incredulidade do homem no
que seu amigo Deus, havia dito. O homem desconfiou que não era verdade o que
Deus havia dito, quanto a morrer no caso de desobediência, e já não podia
permanecer na presença de Deus. A partir daí, Deus passa a empenhar esforços
para manter comunhão (comunicação) com o homem no nível em que este se
encontra (sentimentos, alma) para traze-lo ao estado anterior (espiritual). É
notável que a Biblia possui vários temas mas o tema maior é adoração. É esta
temática que encontramos de Gênesis à Apocalipse: quem deve ser adorado e
como deve ser adorado. De maneira progressiva Deus vem mostrando isto ao
homem: a fim de ter comunhão com ele. Só no período da Velha Aliança Deus
sinalizou de quatro formas diferentes como a restauração daquilo que era, antes do
homem cair. Assim o Senhor institui estruturas palpáveis mas, com propósitos
eternos, para que o homem natural começasse a ter uma idéia da completa
redenção e restauração do homem a adoração. Por isso vieram a construção dos
Tabernáculo de Moisés (Ex 25.8), Tabernáculo de Davi(I Cr.16.1, tenda),
Tabernáculo de Salomão(revelação dada a Davi Hb 10.11; 13.14), o “Tabernáculo
Homem”(onde hoje o Espírito Santo de Deus habita) para enfim se concretizar no
Tabernáculo Celestial( onde hoje Deus habita).

a) Tabernáculo de Davi(I Cr.16.1, tenda)


- a promessa a Judá: Gn 49:10;
- Davi reina sob Judá, de onde não se afastaria o cetro (Sl 89.3-4) (quando
contava com 30 anos de idade), e a principio não reina sob Israel (onde
Saul, que era da tribo de Benjamim, reinava). Assim. Davi foi ungido
como profeta, rei e sacerdote. Igualmente a igreja hoje as três unções
profética (minis. da palavra e dons do espírito. Ef 4.9-11/I Co 14.1);
real (autoridade, governo, reino e poder sobre o inimigo Ap1.6/IPd
2.5-9/Mt.16.16-18); unção sacerdotal (mins. de reconciliação,
intercessão,oração e louvor a Deus I Pd 2.5-9 )
- O Senhor autoriza a Davi a ser rei e sacerdote, (I Cr.15.27; 16.1-13) este
já era profeta (At.2.29-30)
- a forma como a presença do Senhor retornou para o meio do seu povo

7
- promessa de estabelecer o reino de Davi para sempre (I Cr. 17.11-14
linguagem de hoje)
- Cristo é o cumprimento da Aliança Davídica Hb 13.20/ Sl 110.4/ Hb
7.20-22,28/ Ap 5.5/ Hb. 3.1-6, I Tm 3.15.

No decorrer da história mais recente, porque não dizer contemporânea do


evangelho houve muitos movimentos doutrinários que se infiltraram no evangelho
genuíno e minaram alguns dos ensinamentos de Cristo. Ensinamentos como purgação
de pecados, guerra espiritual, cura interior, a Igreja sendo o Israel de Deus e agora
mais recentemente a adoração “judaisante” e adoração apaixonada ou extravagante.

Em um paralelo vemos quantas religiões que não professam Cristo ou não têm
apenas Ele como único Deus adotam os rituais do V. T., trazendo assim misticismo,
religiosidade e fantasia para seus cultos. De outra mão, a Igreja que deveria está
situada em seu papel de adoradora, assimila tudo o quanto faz sucesso e se diz ser
adoração.

A religiosidade, ou aquilo, que em nossa mente – se não for renovada – pensamos


ser adoração encobre a essência do enunciado de Jesus em João 4.23-24

“Mas a hora vem, e agora, é em que os


verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em
verdade, por que o Pai procura a tais que assim que assim o
adorem.
Deus é espírito, e importa que os que o adoram o
adorem espírito e em verdade”

A mulher samaritana4 tinha desejo de fazer o certo. Ao que se propunha, parecia


querer até adorar onde os judeus adoravam, só pra agradar a Deus. Todavia seu
espírito não tinha condições para tanto, haja vista está morta em seus delitos e
pecados, pois ainda não nascera de novo.

A mulher samaritana exemplifica claramente a existência humana auto-suficiente,


vivida nos recursos da alma – pensamentos, vontades, emoções – que se não
renovada, bloqueiam a inspiração divina proveniente do espírito recriado.

Quando o espírito humano está numa condição de morte não há como tocar Deus
ou penetrar em sua dimensão. Por isso, Deus muda essa realidade colocando a vida
zoe dentro do homem para que sua existência humana vivida nEle resulte em
adoração.

Se o homem acha-se no entendimento natural ele sempre busca adequar a


adoração a Deus a sua carne (João 4.19-20). O homem natural não entende quem ele é
em Cristo e passa a limitar a sua adoração a ações as quais ele acha serem espirituais.
Tal procedimento ENCAIXOTA Deus em espaços físicos, em limites de tempo ou
ações físicas.

A mulher samaritana perguntou a Jesus onde seria o lugar da adoração. Esta


mesma pergunta nós fazemos a Deus, não diretamente, mas afirmamos dentro de nós:

4
Com a palavra samaritano os judeus significavam um homem irreligioso, sem respeito pelas leis de Moisés ou que tenha uma visão laxa das mesmas e que não se preocupava com elas no dia a dia..
Por isso chamar alguém de samaritano era o mesmo que denominá-lo de herege ou idólatra (Jo 8, 48).

8
“é tão bom quando chego na igreja, só aqui encontro a presença de Deus; só no meu
quarto tenho paz; quando canto aquela música apaixonada para Deus tenho tanta
paz”. Assim que, a adoração não pode ser limitada a ações determinadas: cantar, orar,
evangelizar, dizimar, ofertar, vida sacrificada na obra, etc.

2.1. CONCEITUAÇÃO

Como bem vimos, não há uma expressão única na adoração por não tratar-se de
ação específica que a defina desta forma temos que ADORAÇÃO É:

 Toda existência humana realizando o potencial da própria vida de Deus em


caráter (sendo a justiça de Deus), em poder ( sobrenatural) e em propósito
(glorificando-O em tudo).

 Estilo de vida idealizado por Deus para o homem, mesmo antes de fazê-lo e
existir. Efésios 1.4.

 Diz respeito ao poder divino espiritual, isto é, poder invisível realizando


práticas e ações visíveis.

 É o potencial divino se tornando ação por intermédio do homem, ou seja,


mente, sentimentos, vontade humana, realizando a beleza de uma vida que
começa por dentro, no espírito humano inspirado no Espírito de Deus. João
4.24

 É a resposta da vida do homem para Aquele e segundo Aquele que a


originou.

 É a prática vital, essencial da nossa realidade em Cristo, a qual proporciona


prazer ao coração de Deus.

 É a expressão plena do homem recriado, em Deus, em toda a sua maneira de


ser e viver aqui na terra.

 É um estilo de vida em que o homem recriado ama a Deus espontaneamente


em cada ação e em cada gesto pelo fato de ser dEle uma continuidade.

3. ALMA E LOUVOR

A semelhança de Deus o homem foi criado um espírito, possuindo uma alma e


habitando em um corpo. (Hb 4.12; I Tess 5.23). Todavia, a queda do homem trouxe
morte ao seu espírito, restando o seu verdadeiro eu obscurecido pela alma
(pensamentos, vontades e emoções). Desta forma, o homem já não compreende Deus,
pois este é espírito, e só quem está no espírito pode falar-LHE. Sendo assim, a parte
do homem que pode CONHECER Deus é nosso espírito.
A alma é a dimensão do homem que trata do âmbito mental, envolvendo o
intelecto do homem. O sentimento e a vontade, sozinhos, nada comunicam a Deus
Espírito.
Isso não significa que devemos desprezar alma, pois Deus a fez com um
propósito: Sua Glória. Quando nascemos de novo, somos recriados no espírito ( a

9
capacidade influenciadora que deve atingir nossa alma e corpo). Faz-se então
necessário DISCIPULAR nossa alma para que esta aprenda adorar, praticando a
vontade espiritual de Deus e a torne no corpo, ação e prática. Portanto, EDUQUE sua
alma em JUSTIÇA II Tm 3.16 para que as realidades do seu espírito afete sua alma ao
ponto dela ceder para as coisas espirituais. Quando a alma é ENSINADA pelo espírito
FRUTIFICA LOUVOR. Exemplo: Domínio próprio.

3.1. Adoração Apaixonada e Judaisante

Dentro os muitos sentimentos humanos que florecem na alma, a “paixão por


Deus” vem sendo enfatizada, de tal forma que as pessoas querem fazer uma adoração
sensitiva. A paixão proclamada por Deus faz da adoração a Ele momentos de êxtase,
que aguçam muito mais os sentimentos que o espírito. Neste turbilhão de sentimentos
“desesperados” e “extravagantes”, totalmente apaixonados, geralmente se atribui a
Deus ações e características do Deus da Velha Aliança. O adorador que acolhe tal
doutrina, não poucas vezes, se porta como se na Nova Aliança não estivesse.
Existe um conteúdo de algo temporal, ou passageiro na paixão, discernido até pelo
conhecimento humano o qual faz um paradoxo com a Eternidade de Deus. De outra
sorte, a palavra paixão sempre aparece nas cartas de Paulo em um sentido negativo
(Gl.5.23; Cl.3.55). Por mais que seja intensa, a paixão não passa de sentimento,
aspecto claramente da alma humana. Desta forma, se a paixão é uma produção
independente da alma, não inspirada pelo Espírito de Deus, e nós nos utilizamos dela
como veículo da adoração, fugiremos do plano de Deus exposto João 4 no tocante a
verdadeira adoração neotestamentária. Segundo o Dicionário da Bíblia Almeida
PAIXÃO é “inclinação emocional intensa e descontrolada”(Rm 1.26; 7.5).

I Co 7.36
Aos que ficaram noivos, mas resolveram
não casar mais, eu digo o seguinte: se o rapaz sente que
assim não está agindo certo com a sua noiva e acha que a
sua paixão por ela ainda é muito forte e que devem casar,
então que casem. Não existe pecado nisso. 37 Mas se, pelo
contrário, o rapaz não se sente na obrigação de casar, se está
mesmo resolvido a ficar solteiro e se é capaz de dominar a
sua vontade e já resolveu o que deve fazer, então faz bem em
não casar com a moça. 38 Assim quem casa faz bem, mas
quem não casa faz melhor ainda.(NTLH)
Ct 8.6(a)
O amor é tão poderoso como a morte;e a
paixão é tão forte como a sepultura. (NTLH)
Hb 2.9
não na paixão de concupiscência, como os
gentios, que não conhecem a Deus (ARC)

Nesta primeira acepção o original grego tem os significados a seguir:


3806 παθος pathos
do substituto de 3958; TDNT - 5:926,798; n n
1) tudo o que acontece a alguém, quer o que seja triste ou alegre
1a) espec. calamidade, infortúnio, mal, aflição
2) sentimento experimentado pela mente
2a) aflição da mente, emoção, paixão
2b) ato apaixonado
2c) usado pelos gregos num sentido positivo ou negativo

5
A palavra paixão neste versículo também ganha a tradução de apetite desordenado.

TDNT TDNT corresponde à obra de Gerhard Kittel, Theological Dictionary of the New Testament. Ao lado da sigla TDNT, o primeiro número (ex.: 1:232) remete ao volume e ao verbete a ser consultado
na coleção de 8 volumes da obra de Kittel; o segundo número remete ao verbete da obra condensada em um único volume por G. W. Bromiley.

10
2d) no NT, num sentido mau, paixão depravada, paixões vis6

A menção que se faz de paixão em sentido que nos traz proveito espiritual, ou
em sentido positivo é a de Hb 2.9, a qual é traduzida pelo Léxico Hebraico, Aramaico e
Grego de Strong na forma a seguir:
Hb 2.9 vemos, porém, coroado de glória e de
honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor g do que os
anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de
Deus, provasse a morte por todos.7

3804 παθεµα pathema


de um suposto derivado de 3806; TDNT - 5:930,798; n n
1) aquilo que alguém sofre ou sofreu
1a) externamente, sofrimento, infortúnio, calamidade, mal, aflição
1a1) dos sofrimentos de Cristo
1a2) também as aflições que cristãos devem suportar pela mesma causa que Cristo pacientemente sofreu
1b) de um estado interno, aflição, paixão
2) ato de suportar, sofrer, aturar8
Se a paixão fosse um termo que expressar-se o que moveu Deus a entregar
seu Filho, Ele, certamente o diria. O amor fala de caráter, a paixão fala de
sentidos. E de bom grado lembrarmos que nem sempre que a Bíblia fala da
palavra “sensual” está referindo a algo “sexual”, mas fala de tudo quanto
informa algo aos cinco sentidos, como até os próprios dicionários explicam. Ou
ainda está tratando de carnalidade que se opõe a tudo quanto é feito em espírito
e em verdade.(Cl 2. 16-23; Jd 19)

Vale salientar, que não estamos questionando aqui se os “adoradores


apaixonados” são ungidos ou não, ou se são sinceros ou não, apenas estamos
localizando a proposta de Deus para esta aliança e seu plano de nós o adoramos em
espírito e em verdade. O que não se pode adequar a isto, não é plano [dispensação] de
Deus para este tempo [aliança].
Já a adoração judaisante, como o próprio nome diz, busca mesclar com a adoração
do N. Testamento, práticas dos ritos do Tabernáculo Judaicos, dentre os quais falamos
das danças. A doutrina que baseia tal prática afirma que este é o nível mais alto de
adoração, pois transcende a alma e espírito, atingindo O CORPO. Contudo, no N.
Testamento não conseguimos encontrar um contexto para firmar tal doutrina – haja
vista que toda verdade é confirmada por duas ou três testemunhas ( Jo 8.17, Mt
18.16). A abordagem que pode se localizar o corpo expressando adoração a Deus é
quando este é subjugado pelo espírito. Note que, Paulo ao falar do corpo dizia que o
esmurrava e o subjugava, bem como o apresentava a Deus como sacrifício vivo, e
ainda mortificava as obras do corpo ( Rm.12.1; I Co 9.27; Cl 3.5; I Co 2.7) – ao
contrário do que dizem os defensores do “ministério de dança”, Jesus estabeleceu os
dois pilastres da adoração: EM ESPÍRITO E EM VERDADE.

a) Bater Palmas certo ou errado

6
Strong, J., & Sociedade Bíblica do Brasil. 2002; 2005. Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong . Sociedade Bíblica do Brasil
g
g 2.9: Fp 2.7; At 2.33; Jo 3.16
7
Sociedade Bíblica do Brasil. 1995; 2005. Almeida Revista e Corrigida . Sociedade Bíblica do Brasil
TDNT TDNT corresponde à obra de Gerhard Kittel, Theological Dictionary of the New Testament. Ao lado da sigla TDNT, o primeiro número (ex.: 1:232) remete ao volume e ao verbete a ser consultado
na coleção de 8 volumes da obra de Kittel; o segundo número remete ao verbete da obra condensada em um único volume por G. W. Bromiley.
8
Strong, J., & Sociedade Bíblica do Brasil. 2002; 2005. Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong . Sociedade Bíblica do Brasil

11
Antes de mais nada precisamos entender as palmas como uma expressão
extintiva provocadas por estímulos sensoriais ao que vemos, ouvimos e sentimos.
Veja que a criança, sem muito discernimento, ao se alegrar bate palmas, os povos não
civilizados fazem o mesmo em suas festas, sem que ninguém os tenha ensinado.
Como a vida de louvor e de adoração não cabe dentro do conteúdo de uma única
palavra ou ato, bater palmas não foge a regra e também em si mesma jamais será
louvor a Deus. Em uma das manifestações do Espírito em que Jesus aparece ao irmão
Hagin ele fala que aplaudir não é louvor nem adoração. Aplaudir é bater palmas.
Observe o trecho extraído do livro Planos, Propósitos e Práticas:

“Quando um menino ganha um presente de aniversário do seus pai,ele


pode bater palmas e pular para cima e para baixo. Mas ele não está louvando ou
adorando seus pai – está expressando sua própria euforia e se alegrando com
aquilo que acabou de receber. Em outras palavras, seu aplauso é apenas para seu
próprio benefício. É uma demonstração exterior das próprias emoções dele. Em
nossos cultos, às vezes podemos bater palmas apenas por que estamos eufóricos ou
estamos alegres, mas isso não é louvar a Deus.
(...) Não há um único texto, Jesus me falou, na Nova Aliança à respeito de
alguém batendo palmas.
Entretanto, temos no Novo Testamento textos que falem de levantarmos as
mãos em adoração ao Senhor. Na verdade a única instrução que temos no Novo
Testamento do que devemos fazer com nossas mãos, é levantá-las! Lembre-se do que
disse Paulo – ou como gosto de dizer – o Espírito Santo através de Paulo, disse:
Quero, portanto, que os varões orem em todo o lugar, levantando mãos santas, sem
ira e sem animosidade( I Tm 2.8).
(...)Veja bem, o mundo bate palmas, mas você não o ver levantando as
mãos para louvar ou celebrar. Não, a Igreja do Senhor Jesus Cristo deve levantar
mãos santas para louvar ao Senhor!
O mundo bate palmas Jesus me disse. Os santos louvam.”

Precisamos ter um equilíbrio acerca deste assunto de forma que não fiquemos
extremistas. A verdade é que o mundo sempre estará batendo palmas por qualquer
coisa que aprovem, ainda que de forma leviana, e isto é uma expressão natural deste
mundo. Contundo, nós os crentes precisamos manter conosco a expressão bíblica e
neotestamentária para agirmos a altura da Palavra, na dimensão que estamos. Bater
palmas nem seque exige fé, levantar as mãos sim, porque quando fazemos isto
estamos dizendo ao Senhor que nossas mãos ou consciência estão limpas sem ira e
nem contenda. O levantar as mãos dá um sinal para Deus que estamos rendidos a Ele
e que estamos fazendo o que Ele quer. Sl 141.2; 47
Não estamos com tal ensinamento condenando as palmas quando cantamos as
canções de júbilo, o queremos frisar é que as palmas têm o seu lugar, cabe a nós
identificar quando bater palmas e quando levantar as mãos me louvor. Desta forma, se
as palmas que você bate estão em consonância com o momento do culto nada errado –
o momento da música – todavia se feita para chamar atenção para si e para atrapalhar
o mover do Espírito, servirá apenas de atrapalho para unção. É de grande importância
não perdermos a reverência, não mantendo uma atitude religiosa, mas uma
sensibilidade para entender o mover do Espírito.

3.1.2. CARACTERÍSTICAS DAS EXPRESSÕES APAIXONADAS E


JUDAISANTES:

O conteúdo das canções apaixonadas e judaisantes sempre dão um encargo a Deus


que ele já cumpriu, tirando das pessoas a sua responsabilidade. Geralmente tratam das

12
profecias do V. Testamento as quais apontavam para a realização da N. Aliança como
se a “hora ainda não tivesse chegado”.
Dentro do contexto apaixonado e judaisante, a imagem tangível do que se quer
sentir e tocar, sempre é construída para formar um cenário no culto ou nas canções,
procurando-se ao máximo mostrar os sentimentos que contradizem a realidade
espiritual de Deus. Isto, quando não se adota expressões com tantas reticências que
qualquer mente fértil preencherá seu sentido com o que quiser. Não se esquecendo das
muitas fantasias, coisas que Deus nem fez nem fará.
Podemos exemplificar, algumas expressões apaixonadas ou judaisantes,
lembrando que, algumas delas podem ter um sentido diferente, dependendo do
contexto em que se encontrem:

4. ADORAÇÃO E SERVIÇO

O nosso serviço para Senhor jamais deve ser utilizado como sacrifícios para uma auto-
justificação, santificação, ou mesmo para substituir o relacionamento da adoração. A diferença
do que um adorador verdadeiro realiza para Deus está na motivação certa, na percepção exata
do que dever ser feito. (I Co 10.31). Fomos restaurados como adoradores, não como servos. Ser
servo é uma atitude do nosso coração adorador em que deliberamos incondicionalmente
realizar o serviço.
Deus entende que as nossas obras de justiça nEle que é que soam como uma adoração
(Ef. 2.10/ II Co. 10.18)

ADORAÇÃO PERFEITA POR MEIO DE CRISTO, CONSISTE NAQUILO QUE


SOMOS E FAZEMOS NELE POR AMOR A ELE

5. ADORAÇÃO E LOUVOR

Existem correntes teológicas que afirmam que louvor é o reconhecimento por aquilo Deus
faz e adoração é o reconhecimento por aquilo que Ele é. Tal afirmação só fará sentido se
acolhermos a idéia que adoração trata-se de um momento, ou se entendermos as palavras
apenas com o conteúdo da adoração. Entretanto não é assim. Quando exaltamos ao Senhor com
nossa boca fazemos calar circunstâncias e pensamentos como nos ensinou Davi.
O louvor está intimamente ligado a adoração. “O louvor é um reconhecimento visível da
capacidade e intenção de Deus para fazer o bem e o melhor”. Veja, se Deus não está mais na
terra, onde as pessoas vêem a capacidade e intenção de Deus? Certamente que na vida dos
adoradores que fazem o bem e o melhor provocando as pessoas louvarem a Deus. Perceba que
qualquer pessoa ao notar a vida de um adorador consegue extrair um louvor a Deus, mas eles
não podem adorar, porque não têm o potencial da vida de Deus dentro deles.
O homem foi criado para ser um louvor a Deus. No Novo Testamento, mais precisamente
nas cartas de Paulo, a palavra LOUVOR geralmente aparece não no sentido do homem dizendo
algo a Deus – como no V. Testamento – mas no sentido de que um procedimento justo gerado
por um espírito recriado dando louvor ou glória a Deus. I Co 11.2;1;II Co 10.18;Ef 1.12; Ef
2.10. Veja, sua vida de fé é sua vida de adoração e agrada a Deus. O resultado da sua fé traz
proveito para você e origina louvor a Deus.
Na Antiga Aliança Israel louvava a Deus com base nos seus feitos, pois o povo não
conhecia realmente quem era Deus. Todo conceito que tinham de Deus advinha de seu
entendimento não renovado. Todos os nomes Redentivos que Israel conhecia de Deus ligava-se

13
as suas ações específicas e não a plenitude dEle (Cl 2.7-9). Logo, Israel adorava
imperfeitamente por está imperfeito em sua condição espiritual.

“EM CRISTO, A HORA CHEGOU EM QUE OS VERDADEIROS ADORADORES


EXPERIMENTAM O POTENCIAL REALIZADOR DE DEUS EM REALIDADE
ESPIRITUAL PRÁTICA”. (I Pe 1.7; I Co 10.31)

6. ADORAÇÃO NA ANTIGA ALIANÇA

6.1. A Lei Mosaica

6.2. Breve histórico

Todo o desenrolar do Antigo Testamento é a preparação para vinda do Deus humanizado à


terra. Moisés foi levantado como um tipo de Cristo. Praticamente, todos os seus passos
prefiguravam o que Cristo faria. Assim como Jesus, ele livrou seu povo da escravidão, tirando-
os do Egito (trevas), livrando-os da mão de Faraó (Satanás), guiando-os para uma terra
prometida a fim de receberem uma herança (novo nascimento).
Assim, o propósito da promulgação a lei mosaica foi para mostrar ao homem que ele não
tinha capacidade de restabelecer a adoração a Deus e por si mesmo. Ela significa o homem na
sua CARNALIDADE tentando alcançar Deus. Com o advento da lei mosaica Deus declara Seu
caráter de retidão e o que pensava, no intuito de se dar a conhecer. Tal período retrata a
condição espiritual do homem. Neste período o homem não vivia na dimensão espiritual de
Deus, então Deus revela-se na dimensão dos sentidos em que este se encontrava. Igualmente a
Jesus, Moisés inaugura uma nova fase, ou uma aliança nova, pois nele Deus deu suas leis e
preceitos dentre os quais se acha o Tabernáculo.
A razão de estudarmos o Tabernáculo de Moisés é que ele é o inicio da revelação da volta
do homem à comunhão com Deus mostrado entre os homens. Deus o quis estabelecer na terra a
fim de habitar no meio de seu povo. Era um lugar de ministração, sacrifício e adoração a Deus,
um lugar sagrado, um veículo da adoração no nível em que o homem se encontrava, mas que
não era perfeito, era apenas uma sombra.
Este foi o ponto de partida, através de Israel, pelo qual Deus obteve legalidade para instituir
o princípio da Sua obra de redenção do homem.

6.2.1. O TABERNÁCULO - Êxodo 36

O Tabernáculo foi um plano de Deus dado a Moisés, instituído com propósito eterno visto
que era um modelo do Tabernáculo celestial bem como uma figura do homem redimido.
O Tabernáculo Mosaico era composto pro três compartimentos, a saber, ÁTRIO, SANTO
LUGAR e SANTO DOS SANTOS, sobre os quais passaremos a explanar.

 ÁTRIO – parte externa do tabernáculo; lugar onde toda humanidade se encontrava excluída
do propósito da criação.

 Altar de bronze – lugar onde o sacerdote oferecia o sangue dos animais inocentes
Significado – figura do sacrifício de Cristo, como Cordeiro inocente.
 Lavatório de bronze – peça polida como um espelho, cheio de água, na qual os
sacerdotes ao se lavarem depois do sacrifício viam-se a si mesmos.

14
Significado - a perda de identidade do homem com Deus e sua incapacidade de
expressá-lo. Ex.38.8

 SANTO LUGAR – parte intermediária do tabernáculo, que simboliza a condição em que o


homem buscava comunhão com Deus, na alma.

 Mesa do banquete – móvel com doze pães9 dispostos em duas fileiras de seis.
Significado – simbolizam a vontade do homem a qual deveria ser uma
expressão da vontade de Deus.
 Candelabro – com sete lâmpadas alimentadas com óleo.
Significado – tipifica a mente, centro de ações e decisões humanas
 Altar do incenso – objeto com brasas sobre as quais o sumo sacerdote borrifava incenso
e provocava uma nuvem de fumaça que atravessava o véu e impregnava as vestes
sacerdotais.
Significado – prefigurava as nossas emoções criadas para exalar o perfume e a
glória da presença de Deus.

 SANTO DOS SANTOS – parte final do tabernáculo, que simboliza o lugar onde Deus
retinha sua glória.

 Véu – cortina grossa que separava o Santo Lugar do Santo dos Santos
Significado – simbolismo da culpa do homem; sua consciência das obras
mortas e impossibilidade de achegar-se a Deus; inconsciência do espírito
humano por achar-se este obscurecido na alma.
 Arca da Aliança – caixa revestida em ouro onde se guardava o Maná, Vara de Arão,
Tábuas da Lei, fechadas com uma tampa chamada propiciatório.
Significado – criação do homem para ser uma exata expressão de Deus e
Sua glória.
- Significado da peças da Arca:

• Maná: Deus é um Deus de Provisão


• Vara de Arão: Nova Criação que floresce
• Tábuas da Lei: Caráter e conhecimento de Deus ensinado em
nosso homem interior
• Propiciatório: a justiça de Deus (após a ressurreição Jesus subiu
ao Santo dos Santos celestial como Seu próprio sangue, para
aspergi-lo sobre o propiciatório10

 HEBREUS 
ÁTRIO SANTO DOS SANTOS
Aspectos Legais da Redenção Aspectos Vitais da Redenção
Expectativa do Direito Conquistado na Exercício do Direito Conquistado na

9
As interpretações tradicionais apontam o pão do santo lugar como sendo Jesus o pão da vida, mas não há
correspondência em tal simbologia. Todavia quando em Jo 4.31-34 os discípulos falaram para Jesus matar a fome,
isto é, fazer a vontade do corpo em saciar a fome, ele respondeu que sua vontade ou sua mente ou seu pão era
fazer a vontade de quem O tinha enviado.
10
Propiciar; mediar

15
Cruz Cruz
1. Ícone da obra legal 1. Salvação
2. Não é mais o lugar do adorador 2. Em Cristo
3. O sangue do homem Jesus pagou o pecado 3. Substituição
4. Altar do Holocausto – sacrifício que Jesus 4. Justiça de Deus – II Co 5.21/Hb.
padeceu/ausência de comunhão com Deus 6.19,20/Rm. 8.29,30

Findamos esta parte, concluímos que só há duas realidades hoje em que o homem pode está
inserido espiritualmente falando, ou no Átrio, com expectativa de direito ao que fora
conquistado, sem usufruir de tal direito por não obedecer a condição para tanto: nascer de
novo. Ou, no Santo dos santos, vivenciado o direito da justificação em Cristo; reconciliado
como o Pai com habilidade para adorá-lO; vivendo o direito de filho na categoria que Jesus
viveu.

7. O SANTO DOS SANTOS NA NOVA ALIANÇA

7.1. Conceituação do Santo dos santos:

 É o ambiente espiritual do Reino de Deus11


 É a presença de Deus disponível no espírito humano
 É o âmago da presença de Deus
 É JESUS a plenitude da divindade
 É a experiência da realidade de Deus habitando no homem, refletida em todos
os aspectos da vida humana. Neste lugar se conquista uma mente iluminada
pelo candelabro do espírito o qual expressa adoração

Em relação ao Santo dos santos :

 JESUS é o Sumo Sacerdote – morreu como Cordeiro e quando substituto


ressuscitou como sacerdote. Jo 20.17
 A Igreja (enquanto indivíduo) é o templo; o lugar sagrado; o santíssimo
onde Deus habita e onde sua glória é manifesta.
 A Igreja (enquanto Corpo) constitui o Tabernáculo onde Cristo manifesta
toda sua plenidude. I Co3.16/ Ef. 2.19-22
 O Culto prestado é o racional – ações da alma por meio dos membros do
corpo sendo influenciados pelo espírito recriado em Cristo.

“ENTRAR E CHEGAR NO SANTO DOS SANTOS”

 Hebreus 4.16
 Hebreus 10.19-20

É comum que usemos textos fora do contexto que não contradizem fundamentos da
Bíblia, mas que são aplicados a várias realidades espirituais de forma geral. Dentre vários
exemplos tomemos os textos que falam em dar e receber em Lc 6.38, e Filipense 4 quando
Paulo fala o Senhor supre cada uma das necessidades em glória por Cristo Jesus. O primeiro
contexto não está dirigido a ofertas, contudo, usamos para esta aplicação, e o segundo trata-se
de um resultado após ser cumprida uma condição que seria ofertar para um missionário,
11
Romanos.14.17 – define Reino de Deus.

16
contudo usamos para todos que dizimam e semeiam. A aplicação não contraria a idéia geral da
Bíblica, contudo é importante que nunca esqueçamos o que originalmente o contexto nos quer
dizer.
Quando falamos em contexto estamos dizendo não só os textos antecentes e precedentes,
mas que precisamos considerar quem falou, para quem se falou, onde se falou e em que época.
De igual modo, nos textos de Hb 4.16 e 10.19-20 acima mencionados, se estudados de
forma isolada, desconsiderando o grupo de pessoas as quais fora dirigido, e ainda o contexto
em que está inserido, será um terreno fértil para semearmos o entendimento de que o Santo dos
santos é algum lugar que precisamos “chegar” ou “entrar”. Para melhor entendermos os
termos dentro do que propõe a adoraçao na Nova Aliança precisamos fazer algumas
considerações:
Cerquemos os versículos acima com a seguinte circunstância histórica para melhor
entendermos o sentido da carta: Apesar de ser um grupo maduro (Hb 5.14) os cristãos de
origem judia ainda guardavam as festas, seguiam sacrificando como em anos anteriores e
continuavam em seu zelo pela lei cerimonial. Não compreendiam que seus sacrifícios eram
inúteis devido ao grande sacrifício do Calvário. Tinha chegado o tempo quando os olhos dos
cristãos de origem judia deviam abrir-se às realidades celestiais. O templo ainda de pé era uma
tentação para suas almas (Hb 10.38-39). Quando seu templo fora destruído, ser-lhes-ia
necessário que sua fé se apoiasse em algo seguro e firme que não falhasse. Se sua atenção
pudesse fixar-se no Sumo-Sacerdote celestial, no santuário e nos sacrifícios melhores que os de
bezerros, não desfaleceriam quando desaparecesse o santuário terrestre. Mas se não, tinham
esta esperança, se careciam de uma visão do santuário do céu, sentiriam-se confundidos e
perplexos quando vissem a destruição do templo em que tanto acreditavam.(...), apesar das
Boas Novas do Evangelho.
Hebreus foi escrito para cristãos indecisos que estavam pensando em abandonar a fé e
voltar ao judaísmo. Resumidamente, o escritor ao Hebreus falou: “Não abandonem a Jesus.
Pois se o abandonarem, o que sobrará? Não há significado nenhum no ritual do santuário se ele
não apontar para Cristo.”
É por este motivo que o escritor por toda epístola procura fortalecer os cristãos hebreus,
com palavras de exortação e ânimo como: atentar com mais diligência; considerai; esforcemo-
nos, cheguemos; prossigamos; entremos; aproximemos. Consideremos que o autor da carta até
o capítulo 12 não fala de qualquer pecado senão o de desconsiderar a nova forma de adoração
inaugurada por Jesus, dentro da Nova Aliança.
Consideremos que o empenho de toda Bíblia é explicar quem é que deve ser adorado e
como deve ser adorado, e que esta verdade parte de um plano tangível para o invisível, fase em
que estamos iniciando.
Consideremos que no capítulo 9.1 o Autor fala em culto divino e no capitulo 10. 2 de
Hebreus o Autor fala dos adoradores, e toma vários capítulos para explicar o quanto não se faz
necessário o ritual (do culto) do Velho Testamento, falando com grande freqüência sobre o
sacerdócio levítico (cuja função também era a música, e tentava unir o homem a Deus).
Considerando que no capítulo 4 o Autor fala em forma mandamental para que os leitores
da carta se esforçassem por entrar no descanso e que eles discerniriam este lugar pela Palavra
(ou pelo Filho, por quem Deus hoje fala) e mediante isso, e saberiam se o que faziam era da
alma ou do espírito (já que Deus é Espírito, o que lhe agrada é fé). Ou seja saberiam se manter
a pratica do culto levítico era alma ou espírito, incredulidade ou fé.
Consideremos, ainda, o que afirma Myer Pearlman, em sua obra Conhecendo as
Doutrinas da Bíblia:
“Os sacrifícios mosaicos eram meios pelos quais os israelitas rendiam aos seu Criador a primeira obrigação do homem, a saber,
adoração. Tais sacrifícios eram oferecidos com objetivo de alcançar comunhão com Deus e remover todos os obstáculos que impediam essa
comunhão. (...)O propósito desses sacrificios cruentos cumpre-se em Cristo, o sacrifício perfeito”.

17
Apesar de já estarem dentro da realidade vital, as realidades nas quais os cristãos hebreus
criam eram tangíveis, contudo, o escritor anima seus leitores a considerarem realidade
invisível, e a manterem firme sua confissão de Cristo até o fim, permeando toda a carta com
EXORTAÇÃO. É dentro deste contexto e por esta razão que o escritor exorta os leitores a
chegarem-se com confiança ao trono da graça. De igual modo nos versos 19 e 22 do capítulo
10 nos quais se fala sobre entrar no Santuário e chegarmos novamente. O verbete chegar
aqui, usando em dado momento de forma reflexiva, não se trata de ir para algum lugar -
porque àqueles a quem a Epistola se dirigia estavam na presença de Deus em razão de seu
novo nascimento - mas se tratava de acolher uma realidade vital disponível e manter esta
consciência justiça (Hb 10.2). Há de se considerar ainda, quanto a estes últimos versículos o
medo que estava impresso no coração de qualquer judeu de saber que a presença de Deus
poderia fulminar qualquer que sem ser sacerdote entrasse no Santíssimo Lugar, quanto mais se
estes tivessem este livre acesso como dizia o escritor de Hebreus:

“Voltar ao templo e ao seu sacerdócio e sacrifico seria desprezar a substancia preferindo a sombra, o perfeito pela imperfeição. O
argumento é o seguinte: o Antigo Concerto era bom, na medida de sua finalidade e para o seu determinado propósito ao qual foi constituído;
mas o Novo Concerto é melhor”.[p.125,126.PEARLMAN, Myer.1999]

Considerando todo esse contexto, precisamos entender que quando estamos reunidos
como congregação, às vezes nossa consciência de justiça não está tão forte e tudo do Reino de
Deus não está tão real. Isso ocorre porque nossa atenção está voltada para as coisas dessa vida,
tangíveis. Quando começamos o momento de música na igreja precisamos nos manter numa
posição de nos deixarmos guiar para a consciência do que realmente é verdadeiro, ancorando
nossa alma na palavra(Hb 6.19 ). Era o que os irmãos da epístola de Hebreus não conseguiam
fazer, não conseguiam entender que a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do
que qualquer espada alguma de dois gumes, e penetra até a divisão alma e espírito, juntas e
medulas e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. Um outro ponto
importante é que essas pessoas não eram recém-convertidas como demonstrado no capítulo 6.
Observe, como disse o escritor aos Hebreus que nós não entramos na presença de Deus
ou passamos por degraus para estarmos em adoração na Sua presença, nos já adoramos
enquanto vivemos para Cristo, e já chegamos ao monte Sião(...), e a Deus (...)e a
Jesus(...)(Hb12.22-24).Veja, chegamos a Jesus o Santo dos Santos!!!O que se dá no momento
de música na igreja é que, se consideramos a Sua obra de amor, o Reino, o Espírito, a vida
eterna, isto é, tudo o que o Santo dos Santos é não chegamos a nenhum lugar, tampouco
entramos, e isso porque já estamos (assentados com Cristo nos lugares celestiais), estamos no
Santo dos Santos. A expressão Entrar dá idéia de dois ambientes espirituais; e chegar dá idéia
de uma caminhada para um ponto específico. É bem possível estarmos na presença de alguém e
não considerá-la. Deixar a pessoa falar sem darmos atenção. Quando consideramos Deus em
nosso cultos deixando que seu poder nos transforme cada vez mais, estamos cultuando, estamos
adorando, precisamos que ele a pessoa que merece atenção no culto. Não sei quanto as outras
pessoas, mas, quando canto algo busco fazer a mesma coisa que faço quando leio a Bíblia: eu
penso e considero aquilo que leio, então rapidamente aquilo volta pra mim com mais
entendimento, com mais luz, com poder e glória e posso influenciar ou guiar pessoas naquela
consciência do Reino que se levanta dentro de mim, não importa se no púlpito ou não, o que
importa é que seja misturado com fé, pois é impossível agradar-Lhe sem fé (Hb 11.6).

Esse compreensão de que Hebreus não fala só das alianças mas também da adoração é
algo que só percebemos se nos propusermos a ler a carta como uma carta. Daí entenderemos
que quem guia não leva, e quem se deixa guiar não entra, tão somente já está (no Santo
dos Santos). E entenderemos que a exortação de Hebreus se dirige aos que não estão adorando
em fé. A vida de fé é o culto verdadeiro a Deus.

18
8. SETE PRINCÍPIOS PARA A ADORAÇÃO

8.1. Conhecer 12 a natureza e o caráter de Deus ( Tg1.17/ Jô. 10.10)


 Diferenciar o homem em Moisés e o homem em Cristo
 O louvor jamais pode ser ações que deturpem a imagem de Deus
 Por isso, o louvor se baseia no conhecimento de Cristo ( Cl. 3. 16,17)
 Correspondência do caráter do potencial de Deus
 Adoração espontânea e voluntária

8.2. Conhecer o propósito Divino para o homem. Sl48.11;Sl.8:3-8; Hb2.5-9; Rm1.18-19


 O caráter de Deus restaura o homem e o Seu propósito no homem (Fl.2.15)
 O homem governante (leão)13, o homem servo um do outro (novilho), o homem
inteligente (homem) e o homem divino (águia) (Ap. 4.7)
 O louvor se estende por toda a terra a partir do conhecimento de Deus (Sl.48.10)
 Adoração e louvor se estabelecem à medida que o domínio e o governo humano
segundo Deus é estabelecido (Sl. 8.3-8; Hb.2.5-9)
 O louvor do homem atrai a aprovação de Deus.

8.3.Conhecer a Cristo Jo.1:1-14/ Hb 1.1-4; I Co 15:45/I Jo1:1-4

 Cristo é a Palavra, o primogênito de toda criação


 Jesus Cristo é o segundo Adão justificador dos homens.
 Cristo desvenda o mistério divino para a existência humana
 Cristo é o padrão para uma vida de louvor a Deus

8.4.Conhecer a redenção( Ap. 5:6-14; Is.59;Cl 1: 13-14)

 Os sete selos : a justiça satisfeita


 Substituição e redenção completa: espírito, alma e corpo
 Redenção que é, foi e será cumprida

8.5.Conhecer que somos filhos de Deus ( I Jo 3.1-3/ Rm 8:15/Jô 316,21)

 Deus criou o homem a Sua imagem e semelhança e o chamou de filho


 Fomo recriados na categoria do Filho Unigênito Jesus, que se tornou o primogênito
entre muitos irmãos.

8.6.Conhecer que somo a justiça de Deus ( II Co 5.21/ Rm 3.25/ Rm 5.1-2/I Tm 3.16)

 Deus não apenas nos perdoou, Ele fez a Sua justiça em Cristo.
 Se tornou justoe o justificador dos o homens
 O louvor se estende por toda terra a partir do conhecimento de Deus

8.7.Conhecer a presença de Deus no espírito humano recriado ( Pv. 20.27/ I Co 6.19/ Ef 4.25-
32

12
Esta palavra no original grego significa ser íntimo.
13
Jesus é o homem Deus que dominou com o louvor, Ele é o Leão de Judá

19
 A habilidade da vida de Deus é a plataforma para o nosso descanso
 A presença de Deus se estabelece por meio da Palavra revelada e praticada

9. O ESPÍRITO DA ADORAÇÃO

O Espírito da Adoração é o Espírito Santo. Ele é quem nos ensina adorar a Deus, nos
mostra a vontade do Pai e como agradá-lo. Na velha Aliança Ele apenas achava-se sobre três
classes de pessoas específicas para que estas realizassem funções específicas, as quais eram
reis, profetas e sacerdotes. Hoje, na Nova Aliança, o Espírito de Deus ou a Presença de Deus
habita dentro dos reis, profetas , e sacerdotes nascido de novo, isto é, todos nós somos reis
porque através de Jesus nos foi dado o domínio. De uma forma geral, somos profetas, ou seja,
pessoas que proclamam as verdades de Deus. E somos sacerdotes, por termos o ministério da
reconciliação, somos nós que apresentamos às pessoas o Cordeiro de Deus e seu poder
salvador. Para fazermos isso com excelência o Espírito Santo, está dentro de nós.

9.1. A Linguagem do Espírito da Adoração

Antes de ter ascendido aos céus, Jesus disse que nos deixaria um outro Consolador: O
ESPÍRITO SANTO. Ele é a pessoa de Deus em nós. Ele é a terceira pessoa da Trindade. Como
pessoa, Ele possui uma voz e uma linguagem, a saber, as línguas estranhas. As línguas são uma
marca exclusiva desta Aliança, jamais antes experimentada, reservada para nós neste tempo. As
línguas estranhas tratam-se da evidência da Plenitude do Espírito Santos. At 2.1-4;; At 9.3-18;
At 10. 44-46; At 19.1-7.

9.1.1. O Propósito de falar em outra línguas

• Falar com Deus em mistérios I Co 14.2


• Engradecr a Deus At.10.45,46
• Edificar a nós mesmos I Co14.4;Jd 20
• Orar no Espírito Ef 6.18
• Ficar cheio do Espírito Ef 5.18
• Deixar o nosso espírito em contato com o Pai dos Espíritos Hb
12.9
• Refrigério Espiritual Is.28.11,12

9.2. Os dons do Espírito

São nove os dons do Espírito presente nesta Aliança, sobre os quais não falaremos a miúde
por ser assunto próprio de outra disciplina, salvo quanto ao dom da profecia por achar-se ligado
de uma certa forma ao louvor enquanto expressão vocal. Assim relacionamos:

a) Dons de Revelação – que revelam alguma coisa, geralmente


fatos que estão na mente de Deus sobre o futuro ou presente
- palavra de sabedoria
- palavra de conhecimento
- discernimento de espíritos
Usados na Nova e Velha Aliança
b) Dons de Poder – que fazem alguma coisa

20
- dom da fé
- operação de milagres
- dons de curar

c) Dons de inspiração – que falam alguma coisa


- profecia

- variedade de línguas
- interpretação de línguas Exclusivas da Nova Aliança

9.2.1. Dons de inspiração ou expressão vocal

Dentre os dons de inspiração ou expressão vocal a profecia é a mais importante,


pois são necessários os outros dons inspiracionais para equiparar a esse único dom.
Profecia é a expressão vocal sobrenatural num idioma conhecido.
As variedades de línguas são a expressão vocal sobrenatural num idioma
desconhecido.
As interpretação de línguas é uma exposição vocal sobrenatural daquilo que foi
dito em língua desconhecida. Não se trata de tradução, mas de revelação.

Esta profecia aqui se trata da profecia pura, nada tem haver com predição,
característica do V. Testamento. Paulo nos exorta a não sermos ignorantes acerca dos dons I Co
12.1. A ignorância a respeito de algo faz com que não saibamos o que fazer quando aquilo está
diante de nós. Assim acontece com a igreja ou com aqueles que fazem parte do ministério de
música, Deus deseja usá-los, mas eles não sabem o que fazer com a mensagem que Deus lhes
confia.
O original grego que é traduzido significa sair fluindo. Transmite também o
pensamento de borbulhar como uma fonte, jorrar.

Nem sempre quem profetiza é profeta. Mas todo profeta profetiza, pois o cargo de
Profeta envolve mais do que dizer simples profecia. O profeta do Novo Testamento,ou a
pessoa que esta chamada neste ofício, o qual pertence aos cinco dons ministeriais tem as
seguintes características:1) opera numa base habitual na sua vida e ministério em pelo menos
dois dos dons de revelação, além do dom da profecia; 2) e ainda é um pregador ou mestre da
Palavra, seguindo assim o modelo de Jesus que era profeta.

A profecia pura se encaixa em I Co14.3, para consolar, exortar, edificar.Quando


traz algum elemento de predição ou revelação envolverá o dom de revelação.

O Espírito de Deus manifesta-se em meio a adoração e de louvor, onde Deus está


sendo glorificado ( I Co 14.26). Quando nos reunimos adorando a Deus e ensinado a Palavra,
muitas vezes, ficamos numa atitude espiritual muito melhor para crermos em Deus e para
recebermos da parte dEle. E há mais probabilidade de os dons serem manifestados numa
atmosfera de louvor e de adoração. Veja ainda o exemplo de At. 13.1-4, note que foi enquanto
ministravam ao Senhor e jejuavam que o Espírito Santo se manifestou.

A profecia é algo que pode ser usada na nossa vida particular de oração. No livro
de Salmos, por exemplo, a profecia era usada na oração e louvor a Deus. A pura verdade é que
grande parte do livro de Salmos foi dada pelo espírito de profecia. Os Salmos eram o livro de

21
oração e o hinário de Israel. Alguns dos Salmos são orações que foram dadas mediante a
expressão vocal inspirada. No N. T., a profecia também é usada na vida de oração do crente,
como em Ef.5.19, onde se tem o dom da profecia em operação. Assim que, esta marca deve
está presente nas devocionais de todo crente Mc.16.17.
Quando oramos em línguas geralmente encontramos um trampolim para a
profecia. É através das línguas que todos os outros dons se manifestarão.

9.2.3. Salmos, Hinos e Cânticos Espirituais mediante o dom da Profecia

Salmos, hinos e cânticos espirituais não são aqueles que são cantados
seguindo hinário. São cânticos dados pela inspiração do Espírito de Deus.
Um Salmo é um poema ou ode espiritual. Pode ser recitado, entoado ou
cantado.
O hino e cântico espiritual são expressões vocais com melodia. Todavia,
aquele que tende a cantar provavelmente cantaria os salmos e hinos dado a ele mediante a
inspiração do Espírito.
Os salmos e hino advêm do espírito de profecia14 como uma expressão vocal
inspirada e, portanto, podem também vir através das línguas e da interpretação. Tal
manifestação é decorrência das línguas devocionais (Ef.518). Ademais, esse tipo de
manifestação se presta a nos consolar em tempos de testes e provações (I Co 14.26).
Veja a observação que o apóstolo Paulo faz escrevendo a igreja de Colossos
quanto ao precedente que precisamos abrir para a manifestação deste dom em nós:

A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda


sabedoria, ensinando e admoestando aos outros, com salmos hinos e cânticos
espirituais, cantando ao Senhor com gratidão em vossos corações. CL 3.16.

Outro ponto interessante a ser notado, é que a ordem dos cultos da Igreja primitiva
era, claramente, diferente da nossa, sendo que os crentes iam à igreja porque tinham algo para
levar, e não somente para obter algo. Por que tinham um salmo para compartilharem uns com
os outros ? Porque tinham falando em salmos com o Senhor; tinham edificado a si mesmos em
sua casas.

10. FALANDO E CANTANDO COM AÇÕES DE GRAÇA

O culto a Deus na Nova Aliança não está limitado às reuniões semanais em templos. Se
estes estão sendo os nossos únicos momentos de oração, cânticos, meditação, quão miseráveis
estamos diante da ilimitada comunhão com o Pai!
O culto coletivo, a congregação dos adoradores, deve ter o objetivo de estabelecer,
fortalecer e expandir a visão de Deus para o Corpo, e o compartilhar mútuo de uma vida cristã,
vivida em espírito. Para edificação mútua, crescimento para os que são novos na fé e
proclamação de Cristo por meio do ensino, pregação e demonstrações no Espírito.
O falar e cantar para o Senhor, no espírito, deve ser o nosso estilo de vida, e
consequentemente em nossas reuniões teremos admoestações, consolo e edificação mútua.
Quando falamos as expressões proféticas que brotam de nosso espírito, ou seja, o simples
dom da profecia que edifica, exorta e consola, deixamos que a Palavra de Cristo que habita
ricamente em nós, e se trazemos isto para os cultos congregacionais certamente terá um fim
proveitoso.

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O espírito de profecia tem um conteúdo de exortação, consolação e edificação

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Se a PALAVRA DE CRISTO estiver RICAMENTE HABITANDO em nós falaremos e
cantaremos o que o que é certo à luz do N. Testamento e teremos um fim proveitoso. Deus
deseja ouvir de nossos lábios cânticos e hinos que declaram o nosso amor e consagração a Ele,
que declarem nossa fé na Sua Palavra, musicas que dissertem a nossa suficiência nEle, o nosso
entendimento de Suas verdades, a nossa experiência de adoração.
Ele ama a música que é gerada em nosso espírito, as mensagens que brotam da nossa fé e
confiança nEle, Ele ama nos ver parar em silêncio para ouvi-lO cantando para nós.
Por fim consideremos aqui o louvor de gratidão, seja por meio de qual expressão for –
salmos, hinos, cânticos espirituais, etc. – em Ef. 5. 19-20. Vale a pena considerar que a gratidão
sempre nos deixa cheios de Deus e de sua alegria, e que precisamos entender que Paulo faz
referência a sermos gratos a tudo quanto ele enumera na carta e não por tudo que nos acontece
na vida. Quando você recebe um presente de alguém você agradece a quem te deu o presente e
não ao dono da loja onde foi comprado. Assim que, se você já conhece o caráter de Deus saberá
pelo que dever ser grato a Ele, você sabe e reconhece que Deus faz o bem e não o mal.

CONCLUSÃO

Do nosso estudo chegamos a mais simples conclusão que nossa

interpretação determinará onde situaremos a nossa adoração, isto é, qual aliança

(tempo) usaremos como parâmentro para cumprirmos o plano (dispensação)

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estabelecido por Deus. Podemos com o estudo entender o desejo de Deus para

cada tempo no que concerne a adoração. Na verdade, nossa adoração não será

verdadeira, no sentido de verdade neo testamentária, para Deus – por mais

sinceros que sejamos – se não fizermos de acordo com o que Deus estabelece na

dispensação ora explicada em João 4.

Ainda trazemos a compreensão de que a adoração não tem uma definição,

mas uma conceituação, haja vista não tratar-se de uma ação específica mas de um

estilo de vida. E que o Tabernáculo é a “sombra de bens futuros”, sabendo que

hoje vivemos e desfrutamos destes bens que é “Cristo em nós”.

Compreendemos que a adoração não possui uma aparência específica,

mas trata-se de uma vida toda expressa em vários momentos específicos, como

disse Paulo, o apóstolo, “quer comais quer bebais, ou façais qualquer outra coisa

fazei tudo para a glória de Deus” I Co 10.31.

Ademais toda a música que cantamos deve condizer como que pregamos

para que sejamos coerentes no agir e no cantar e em toda nossa maneira de adorar

a Deus.

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BIBLIOGRAFIA

ARAÚJO, Manasses Guerra. O DESVENDAR DA ADORAÇÃO.

Editora Betânia.

HAGIN, Kenneth. PLANOS, PROPÓSITOS E PRÁTICAS. Graça

Editorial;

HAGIN, Kenneth. O DOM DA PROFECIA. Graça Editorial;

HAGIN, Kenneth. O ESPÍRITO HUMANO. Graça Editorial

HAGIN, Kenneth. O HOMEM EM TRÊS DIMENSOES. Graça Editorial

HAGIN JR., Kenneth. O PODER DISPONÍVEL NO LOUVOR. Graça

Editorial;

PENTENCOST, J. DWGHIT. MANUAL DE ESCATOLOGIA. Editora

Vida;

PEARLMAN, MYER . CONHECENDO AS DOUTRINAS DA BÍBLIA.

Editora Vida.

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