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Breno Teixeira
Índice
Sobre o Autor - 03
Prefácio - 04
O Nome das Cordas - 05
As Partes da Guitarra - 05
As Partes do Violão - 05
Como Afinar a Guitarra ou Violão - 06
Representação dos Acordes no Braço do Instrumento - 06
A Tablatura - 08
Ritmos - 08
Tempos e Contratempos - 08
Compasso - 09
Outros Tipos de Compasso - 09
Andamento - 09
Exercícios de Ritmo - 10
Ritmo - 11
Ritmo 1 - 11
Acordes - 12
Cifras - 13
Mudanças de Acordes - 14
Sustenidos e Bemóis - 16
Intervalos - 16
As Notas no Braço - 17
Formação de Tríades ou Acordes Maiores - 17
Formação de Tríades ou Acordes Menores - 19
Progressões para Estudo de Acordes Maiores e Menores - 20
Formação de Power Chords ou Bicordes - 21
Progressões para Estudo de Power Chords - 23
Transporte de Acordes – Acordes com # ou b - 24
Progressões para Estudo de Acordes com # ou b - 26
Formação de Tétrades Maiores com Sétima - 27
Formação de Tétrades Maiores com Sétima Maior - 28
Formação de Tétrades Menores com Sétima - 30
Progressões para Estudo de Tétrades ou Acordes com Sétima - 31
Campo Harmônico ou “Tom” - 32
Dedução da Fórmula do Campo Harmônico - 32
Formação de Tríades ou Acordes Menores com Quinta Bemol (Tríade Meio Diminuta) - 33
Formação de Tétrades ou Acordes Menores com Sétima e Quinta Bemol (Tétrade Meio Diminuta) - 33
Campo Harmônico Maior em Tríades - 34
Campo Harmônico Maior em Tétrades - 34
Tabela de Campos Harmônicos Maiores Naturais em Tríades - 35
Tabela de Campos Harmônicos Maiores Naturais em Tétrades - 37
Campo Harmônico Menor - 37
Campo Harmônico Menor em Tríades - 38
Campo Harmônico Menor em Tétrades - 39
Tabela de Tons Relativos - 40
Progressões para Estudo de Campos Harmônicos - 40
Sobre o Autor
Breno Teixeira é guitarrista, compositor e professor de música em Curitiba - PR, desde 1995. Com seu trabalho de
música instrumental “Love in 3 Acts” (2001), foi destaque em várias revistas especializadas nacionais:
Guitar Player (...Destaca-se em seu trabalho uma economia de solos, privilegiando as linhas melódicas e riffs
poderosos...)
Guitar Class (...O ponto alto desta demo é o timbre das guitarras distorcidas...)
Rodie Crew (...As 10 faixas apresentadas mostram toda a versatilidade do músico, além do bom gosto na
timbragem do instrumento...)
Rock Brigade (...Breno toca pra cacete! Nem chega a espantar a informação de que ele começou a dar aulas
aos 17 anos, já que sua técnica é espantosa...)
Cover Guitarra (...O guitarrista não poupou criatividade e experimentação em seu CD demo...)
Metalhead (...Mais um guitarrista ganha destaque no Brasil...)
Em 2007:
Lançou seu primeiro trabalho oficial, o CD de rock instrumental “Ignited!”. Este foi destaque na revista Guitar Player
em fevereiro de 2008. (Teixeira é exemplo de que é possível tocar rock instrumental sem ser repetitivo.)
Em 2008:
Realizou o sonho de milhares de guitarristas do mundo ao fazer a abertura do show de Joe Satriani, em sua cidade
natal Curitiba - PR.
Em 2009:
Foi destaque na seção “Destaque do MySpace” da revista Guitar Player: (O guitarrista curitibano Breno Teixeira tem
um currículo respeitável, que inclui um show de abertura para ninguém menos que Joe Satriani. Sua técnica é muito
variada e seus timbres são incríveis, como se pode ouvir na música Paranoia, em que o peso da guitarra de sete
cordas se une ao tema marcante de uma composição muito bem elaborada.)
Em 2012:
Registrou sua primeira obra didática, voltada aos iniciantes da guitarra e, ou violão “Meu Primeiro Livro de Violão e
Guitarra” - Obra Registrada na Fundação Biblioteca Nacional, Número de Registro: 529.014 - Livro: 1005 - Folha: 87
Em 2013:
Registra mais duas obras, “Método Completo Para Guitarra e Violão por Breno Teixeira” e “Método Completo Para
Baixo Elétrico por Breno Teixeira”, desta vez abrangendo do básico ao avançado. Estas apostilas são parte do
material didático da Guitar Training sua escola de música.
Prefácio
Prezado amigo aspirante a músico, este livro foi escrito para você!
Por quê?
Porque não existe no mercado um método barato, atualizado e correto que sirva tanto para violão quanto para
guitarra. Que ensine sem rodeios respeitando o que realmente importa, deixando de lado conceitos que não vão
acrescentar em nada na sua vida com o instrumento.
A vontade de escrever...
Não me lembro de qualquer momento depois de ter começado a dar aulas em que não quisesse escrever um livro de
música, uma vez que escrevi todas as apostilas dos meus cursos de música particulares.
Dou aulas a mais de 15 anos na cidade de Curitiba – PR e após todo este tempo, finalmente, resolvi reunir todos os
conceitos e material acumulado destes anos e criar um método fácil, prático e correto que fosse acessível a qualquer
pessoa.
A necessidade de fazer...
É impressionante como existem métodos impressos, em CD-ROM e DVDs que prometem ensinar e só confundem o
iniciante. Isto acontece pelo excesso de nomes e conceitos que realmente são desnecessários se o aluno não desejar
ser um professor de música.
Para finalizar...
Gostaria de dizer que este Método visa instruir o estudante da forma mais simples e correta possível. Ele abrange o
que considero essencial para qualquer um que queira tocar, mesmo que de forma totalmente amadora, um
instrumento. Todos os conceitos apresentados aqui são realmente essenciais, você não deve pular nenhuma página
do Método, mesmo que algum assunto lhe pareça “mais para guitarra” ou “mais para violão”.
Hoje em dias estes dois instrumentos se fundem em várias ocasiões na música e no seu dia-a-dia. Por exemplo, você
deixaria de tocar uma música que gosta só porque esta é originalmente tocada na guitarra e você só tem um violão?
Leia, entenda e absorva o máximo que puder deste Método. Estarei esperando para conversarmos de novo nos
próximos volumes!
Breno Teixeira
O Autor
Contato:
www.guitartraining.com.br
btgtonline@gmail.com
(41) 3308-2849
O Violão e a Guitarra possuem seis cordas, em uma afinação padrão no sentido da corda mais grossa para a mais
fina, elas são representadas pelas seguintes notas:
As Partes da Guitarra
As Partes do Violão
No começo é muito difícil para o iniciante afinar seu instrumento de ouvido. A razão é que este não irá reconhecer o
som “afinado” ou “desafinado” das cordas.
Neste caso é aconselhável a compra de um aparelhinho chamado afinador eletrônico, que distinguirá a corda que
você estiver tocando e por meio de luzes e, ou, um ponteiro lhe dirá pela sua posição se você deve apertar ou soltar
uma corda.
Este aparelho se encontra a venda em qualquer boa loja de instrumentos musicais.
Uma vez que o estudante consiga distinguir entre o som desafinado ou não de uma corda, podemos usar os passos
abaixo para afinar a guitarra e, ou, o violão:
1) Aperte a sexta corda (corda mais grossa) na quinta casa e compare o som com a corda de baixo, afinando-a
por sua tarraxa.
2) Repita o mesmo com a quinta e quarta cordas.
3) Aperte a terceira corda na quarta casa e compare o som com a corda de baixo, afinando-a por sua tarraxa.
4) Por fim, repita o mesmo na segunda corda só que desta vez na quinta casa.
O modo mais comum de representação musical são os “quadrinhos”. Neles a linha vertical mais a esquerda
representa a corda mais grave (mais grossa), e, a linha vertical mais a direita a corda mais aguda (mais fina).
As linhas horizontais representam os trastes do instrumento. Veja o exemplo:
Os números colocados encima das cordas (da esquerda para a direita), nas cordas 5, 4 e 2 representam os dedos da
mão esquerda que serão usados para apertar as mesmas.
Ainda na figura acima, o X representa as cordas que você não deve tocar. O círculo (O) representa as cordas que
serão tocadas soltas (sem dedos apertando-as).
O diagrama abaixo mostra como os dedos de ambas as mãos serão representadas neste método:
A Tablatura
A tablatura é a forma mais fácil e moderna de se escrever música, sendo usada principalmente para a escrita de
melodias e solos. Ela consiste em seis linhas que representarão as cordas do instrumento. Nestas linhas
escreveremos números que representarão as casas a serem tocadas. Na tablatura a linha mais abaixo representa a
corda mais grossa e a mais acima a mais fina do instrumento:
Corda + grossa
Ritmos
Para entender o que é ritmo, primeiro você precisa saber do que ele é composto.
Tempos e Contratempos
Um exemplo fácil para se entender o conceito de tempo e contratempo é imaginar-se batendo seu pé no chão. Do
jeito que você faz quando ouve uma música que lhe agrade.
O momento em que o seu pé toca o chão será o que chamaremos de “tempo”, o momento que ele parar encima pra
descer será o “contratempo”.
Neste método os tempos serão representados por números “1 2 3 4” e os contratempos pela letra “e”.
Compasso
Compasso é uma junção de tempos. É a quantidade de tempos e contratempos que você usará para tocar
determinado acorde.
Para entender os ritmos, precisamos saber que eles são feitos destes tempos e contratempos acima, dependendo da
duração que você quiser para cada acorde ou batida. Veja abaixo:
Tipos de Compasso
- A duração padrão para um acorde na maioria das músicas de hoje em dia é de quatro tempos e quatro
contratempos.
A esta junção de tempos e contratempos damos o nome de Compasso 4/4. (Leia: Compasso quatro por quatro.)
Tempos: 1 2 3 4
Contratempos: e e e e
Veja:
- Os tempos são representados pelos números 1, 2, 3 e 4.
- Os contratempos são representados pela letra “e”.
Existem ainda outros dois tipos de compassos muito usados na música popular, são eles:
- Compasso 2/4:
Duração 2 tempos e contratempos. Contagem: 1 e 2 e
- Compasso 3/4:
Duração 3 tempos e contratempos. Contagem: 1 e 2 e 3 e
Andamento
Andamento é a velocidade em que você tocará uma música, um acorde ou os exercícios a seguir. A forma de
medirmos esta velocidade é por b.p.m. (Batidas por Minuto).
Para você ter uma idéia os ponteiros de um relógio se movem a 60 b.p.m., este tempo é considerado relativamente
lento. Já 120 b.p.m. que seria o dobro da velocidade dos ponteiros de um relógio é considerado um andamento
rápido.
Use um Metrônomo (instrumento de medição do tempo musical) para tocar os exercícios abaixo. Com ele você
poderá saber a velocidade em que estará tocando e estudar muito melhor. Você pode encontra este aparelho para
vender em qualquer boa loja de instrumentos musicais.
Treine os exercícios abaixo a seguir inicialmente em 60 b.pm. e vá aumentando a velocidade de 20 em 20 b.p.m. até
onde conseguir.
Exercícios de Ritmo
Usaremos para o exercício a seguir o compasso 4/4. As setas indicarão a direção em que você tocará as cordas. De
cima para baixo (↓), ou de baixo para cima (↑). Veja abaixo:
↓ = Tocar de cima para baixo com o dedo polegar (P). (Na direção da corda mais grave para a mais aguda.)
↑ = Tocar de baixo para cima com o dedo indicador (I). (Na direção da corda mais aguda para a mais grave.)
Agora fale a contagem 1 e 2 e 3 e 4 e, tocando as batidas na direção indicada pelas setas. Tente falar mantendo o
mesmo ritmo entre todos os tempos e contra tempos da contagem (treine cada exercício quatro vezes):
Ritmo
Veremos a seguir como a junção de batidas para cima e para baixo, tempos e contratempos virarão um ritmo:
Para começar, imagine que a sua mão direita é um pêndulo que vai para cima e para baixo, mantendo
sempre o mesmo intervalo de tempo entre as idas e vindas.
Agora, enquanto balança a sua mão fale mais uma vez a seqüencia 1 e 2 e 3 e 4 e, indo para baixo nos
tempos e para cima nos contra tempos.
Toque somente as setas que estão em preto. As setas em cinza servem somente para indicar que você irá
mover a mão para baixo ou para cima, sem tocar as cordas.
1 e 2 e 3 e 4 e
↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑
Como lemos a Tablatura de baixo para cima, ou seja, da corda mais grave para a mais aguda. As setas acima indicam
o seguinte:
Acordes
Os acordes, ou popularmente posições, são uma junção de notas pré-determinadas por uma regra ou fórmula.
Existem duas famílias principais de acordes formados por três notas diferentes (tríades): Acordes Maiores e Acordes
Menores.
1) Acorde de Dó Maior
1 e 2 e 3 e 4 e
↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑
2) Acorde de Lá Menor
1 e 2 e 3 e 4 e
↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑
Cifras
As cifras são letras do alfabeto utilizadas para representar as notas musicais ou acordes.
Um jeito fácil para decorá-las é começar pela nota Lá e memorizar esta como correspondente da letra A. Depois
disso continue a seqüência do alfabeto e acompanhe com a seqüência das notas musicais:
A – B – C – D – E – F – G
Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol
C = Dó Maior Am = Lá Menor
Repare que os Acordes Maiores são representados somente pela Cifra correspondente à nota, exemplo: Dó Maior =
C. Já os Acordes Menores recebem a letra “m” do lado direito da cifra para indicar sua família, exemplo Lá Menor =
Am.
Mudanças de Acordes
Um dos primeiros desafios que encontramos no violão e na guitarra é a mudança de acordes. Para resolver este
problema existe um macete muito simples que é tocar a última batida do ritmo sem a mão no braço do instrumento.
Esta última batida será uma “batida de transição”, para que haja tempo para você montar o próximo acorde.
Usaremos agora o mesmo ritmo visto anteriormente junto com dois acordes bem comuns e fáceis de executar no
seu instrumento. Siga as instruções abaixo:
C Am
C Am
1 e 2 e 3 e 4 e 1 e 2 e 3 e 4 e
↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑
Batida (BDT)
de Transição
(BDT)
G Em
G Em
1 e 2 e 3 e 4 e 1 e 2 e 3 e 4 e
↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑
Batida (BDT)
de Transição
(BDT)
A D
A D
1 e 2 e 3 e 4 e 1 e 2 e 3 e 4 e
↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑
Batida (BDT)
de Transição
(BDT)
E Dm
E Dm
1 e 2 e 3 e 4 e 1 e 2 e 3 e 4 e
↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑
Batida (BDT)
de Transição
(BDT)
Sustenidos e Bemóis
Os Sustenidos e Bemóis são “notas intermediárias” que acontecem (existem) entre as já conhecidas notas musicais.
Sustenido
É uma alteração feita de forma ascendente (para cima) a fim de subir o valor de uma nota em meio tom.
É uma alteração feita de forma descendente (para baixo) a fim de diminuir o valor de uma nota em meio tom.
Note que das notas, mi fá, e si dó, não existe #. Esta á uma regra que vale para qualquer instrumento. Para
ficar mais fácil, você pode pensar que as notas terminadas em ( i ),
não levam sustenido ( # ).
Com base nas afirmações acima é importante salientarmos que podemos tanto dizer que da nota dó para a nota ré
temos dó#, quanto réb.
A nomenclatura depende muitas vezes da posição em que você está. Por exemplo, se você está na nota ré e lhe
perguntarem qual a nota anterior a esta é muito mais fácil dizer réb do que dó#. Por outro lado se você estiver no
dó, e lhe perguntarem qual nota que vem depois desta é muito mais fácil dizer dó#, do que réb. Sequencia de
sustenidos e bemóis representadas em cifras:
C C# D D# E F F# G G# A A# B
= = = = =
Db Eb Gb Ab Bb
Intervalos
Intervalo é o nome dado a distância entre as notas musicais. Eles podem ser de ½ tom = 1 casa, ou, 1 tom = 2 casas.
C D E F G A B C
Dó → Ré → Mi → Fá → Sol → Lá → Si → Dó
(1tom) (1tom) (1/2tom) (1tom) (1tom) (1tom) (1/2tom)
Se pegarmos todas as notas musicais com seus respectivos sustenidos e, ou, bemóis teremos sempre intervalos de
meio tom entre as mesmas:
C C# D D# E F F# G G# A A# B
= = = = =
Db Eb Gb Ab Bb
(1/2 tom de intervalo entre todas as notas)
As Notas no Braço
C - Dó
D - Ré
E - Mi
F - Fá
G - Sol
A - Lá
B - Si
# - Sustenido
b - Bemol
A partir da
casa 12
as notas começam
a se repetir.
Tríades ou Acordes
Tríades são acordes formados por três notas, (tônica, terça e quinta) e serão a base para todos os acordes que virão
adiante.
C: dó mi sol
D: ré fá# lá
E: mi sol# si
F: fá lá dó
G: sol si ré
A: lá dó# mi
B: si ré# fá#
Um jeito fácil de sempre se lembrar da formação dos acordes maiores é contar nos dedos da sua mão da seguinte
forma: Polegar (dó), indicador (ré), médio (mi), anelar (fá), mínimo (sol).
Como a formação dos acordes maiores é T – 3 – 5 . Abaixe o dedo indicador e anelar da sua mão, as notas que
sobraram são: Dó – Mi – Sol, notas que formam o acorde C.
Para transpor este raciocínio para os outros acordes, você deve sempre respeitar o intervalo entre as notas de um
acorde maior, Tônica (2tons) Terça (1tom e ½) Quinta. Simplesmente contar desta forma nos dedos da sua mão
começando por outras notas não funcionará.
Acordes Maiores
C D E
F G A
As tríades ou acordes menores diferenciam-se das maiores por apenas uma nota, a terça, que neste caso é
diminuída em ½ tom.
Note que as tônicas e quintas dos Acordes Menores são as mesmas dos Acordes Maiores.
Como já foi dito, neste caso só a terça sofre alteração. (- ½ tom)
Acordes Menores
Cm Dm Em
Fm Gm Am
Bm
As progressões de acordes abaixo são compostas por quatro acordes cada uma e devem ser tocadas de
forma cíclica, ou seja, ao chegar ao final volte para o início repetindo pelo menos quatro vezes cada;
O ritmo usado é o mesmo visto anteriormente no Método;
Repita o mesmo ritmo para todos os acordes da progressão;
Não se esqueça que sempre a última batida do ritmo em cada acorde é a Batida de Transição e deve ser
tocada com os dedos da mão esquerda no ar, fazendo a transição para o próximo acorde.
Progressão 1:
| G | Em | C | D |- 4X
1 e 2 e 3 e 4 e
↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑
Progressão 2:
| C | Am | Dm | G |- 4X
1 e 2 e 3 e 4 e
↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑
Progressão 3:
| F | C | G | Am |- 4X
1 e 2 e 3 e 4 e
↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑
Progressão 4:
| D | Bm | G | A |- 4X
1 e 2 e 3 e 4 e
↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑
A razão é que os Power Chords ou Bicordes são em minha opinião uma abreviação dos acordes maiores e menores.
Visto que estes não possuem em sua formação a terça, nota que caracteriza um acorde como maior ou menor.
Estes acordes são muito utilizados na guitarra em músicas de rock pelo seu fácil uso com o efeito de distorção muito
presente neste estilo.
C5: dó sol
D5: ré lá
E5: mi si
F5: fá dó
G5: sol ré
A5: lá mi
B5: si fá#
Progressão 1:
| G5 | E5 | C5 | D5 |- 4X
1 e 2 e 3 e 4 e
↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑
Variação do ritmo:
1 e 2 e 3 e 4 e
↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑
Progressão 2:
| C5 | A5 | D5 | G5 |- 4X
1 e 2 e 3 e 4 e
↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑
Variação do ritmo:
1 e 2 e 3 e 4 e
↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑
Progressão 3:
| F5 | C5 | G5 | A5 |- 4X
1 e 2 e 3 e 4 e
↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑
Variação do ritmo:
1 e 2 e 3 e 4 e
↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑
Progressão 4:
| D5 | B5 | G5 | A5 |- 4X
1 e 2 e 3 e 4 e
↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑
Variação do ritmo:
1 e 2 e 3 e 4 e
↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑
Transporte de acordes é o ato de arrastar um determinado formato de acorde pelo braço do instrumento, a fim de
obter novos acordes com o mesmo posicionamento de dedos do anterior.
O Transporte de Acordes pode ser feito com qualquer formato de acorde, e é necessário para obtermos os acordes
Sustenidos (#) e, ou Bemóis (b).
Ritmo 1:
1 e 2 e 3 e 4 e
↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑
Variação do ritmo:
1 e 2 e 3 e 4 e
↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑ ↓ ↑
Progressão 4 – Toque: | A# | C | F | Dm |- 4X
Tétrades
Tétrades são acordes formados por quatro notas. Elas usam como base as tríades vistas anteriormente com o
acréscimo de uma nota, a Sétima que se encontra a 1 tom e ½ de distância (para frente) da quinta.
C7 D7 E7
F7 G7 A7
B7
Note que na formação dos acordes da página anterior mantivemos a T, 3 e 5 dos Acordes Maiores. A Sétima é
acrescentada sem que haja mudanças na tríade.
Um bom macete para descobrir a sétima de um acorde é pensar que ela se encontra a um tom antes da tônica do
mesmo. Por exemplo, se o acorde que você escolheu é o D (Ré Maior), sua tônica é a nota Ré, então sua sétima será
a nota Dó.
Como a tétrade anterior a tétrade Maior com Sétima Maior usará a tríade maior como base e terá acrescentada a
Sétima Maior que se encontra a dois tons de distância (para frente) da quinta.
C7M: dó mi sol si
D7M: ré fá# lá dó#
E7M: mi sol# si ré#
F7M: fá lá dó mi
G7M: sol si ré fá#
A7M: lá dó# mi sol#
B7M: si ré# fá# lá#
B7M
O macete para descobrir a Sétima Maior de um acorde é pensar que ela se encontra a meio tom antes da tônica do
mesmo. Por exemplo, se o acorde que você escolheu é o D (Ré Maior), sua tônica é a nota Ré, então sua sétima será
a nota Dó#.
As Tétrades Menores com Sétima usam com base para sua formação a tríade menor. A Sétima que é acrescentada é
a mesma do acorde Maior com Sétima por isso se encontra também a um tom e meio de distância (para frente) da
quinta.
Leia: (Tônica) (Terça (Quinta) (Sétima)
Menor)
Fórmula: T 3m 5 7
Intervalos: 1 tom e ½ 2 tons 1 tom e ½
Bm7
O macete para descobrir a Sétima de uma Tríade Menor é o mesmo usado para descobrir a Sétima da Tríade Maior.
As progressões abaixo são as mesmas que usamos quando aprendemos os Acordes Maiores, Menores e Transporte
de Acordes só que agora acrescidas de Sétimas em alguns casos. Pratique abaixo:
Progressão 8 – Toque: | A# | C7 | F | Dm |- 4X
Campo Harmônico ou Tom é o nome dado ao conjunto de sete acordes que combinam entre si de certa forma que
podemos usá-los para criar uma música ou progressão de acordes.
Podemos determinar a fórmula de um tom ou Campo Harmônico Maior sabendo as notas da sua escala.
Mas nós ainda não vimos nenhuma escala. Correto?
Sim, mas o que muitos não sabem é que a simples seqüência: dó, ré, mi fá, sol, lá, si. Já é um exemplo de Escala
Maior, no caso, são as notas da escala de Dó Maior.
Com esta seqüência podemos determinar a fórmula da Escala Maior escrevendo os intervalos presentes entre suas
notas:
Feito isso iremos criar sete seqüências, ambas com sete notas e seguir os passos abaixo:
sol lá si dó ré mi fá __________ G ou G7
T 3 5 7
*Acorde m/5b ou m7/5b – Menor com Quinta Bemol e Menor com Sétima e Quinta Bemol (Meio Diminuto).
Você deve ter notado que os acordes achados na última seqüência acima ainda não foram vistos neste método. O
motivo é que esta tríade e tétrade são pouco usadas nas músicas mais populares. O emprego desses acordes está
mais voltado para o Jazz e a MPB.
Formação de Tríades ou Acordes Menores com Quinta Bemol (Tríade Meio Diminuta)
A Tríade Meio Diminuta tem como base a Tríade Menor com a troca da quinta do acorde pela quinta bemol,
localizada meio tom antes da mesma.
Use os formatos acima e o conceito de Transporte de Acordes para obter os acordes em outros tons.
Formação de Tétrades ou Acordes Menores com Sétima e Quinta Bemol (Tétrade Meio Diminuta)
A Tétrade Meio Diminuta tem como base a Tétrade Menor com Sétima com a troca da quinta do acorde pela quinta
bemol, localizada meio tom antes da mesma.
Use os formatos acima e o conceito de Transporte de Acordes para obter os acordes em outros tons.
Fórmula: M m m M M m m/5b
Intervalos: 1T 1T 1/2T 1T 1T 1T
Acordes: C Dm Em F G Am Bm/5b
C Dm Em
F G Am
Bm/5b
Use a tabela abaixo para determinar o Campo Harmônico Maior em tríade de outros tons:
Fórmula M m m M M m m/5b
Tom C C Dm Em F G Am Bm/5b
Tom C# C# D#m Fm F# G# A#m Cm/5b
Tom D D Em F#m G A Bm C#m/5b
Tom D# D# Fm Gm G# A# Cm Dm/5b
Tom E E F#m G#m A B C#m D#m/5b
Tom F F Gm Am A# C Dm Em/5b
Tom F# F# G#m A#m B C# D#m Fm/5b
Tom G G Am Bm C D Em F#m/5b
Tom G# G# A#m Cm C# D# Fm Gm/5b
Tom A A Bm C#m D E F#m G#m/5b
Tom A# A# Cm Dm D# F Gm Am/5b
Tom B B C#m D#m E F# G#m A#m/5b
F7M G7 Am7
Bm7/5b
Use a tabela abaixo para determinar o Campo Harmônico Maior em tríade de outros tons:
O Campo Harmônico Menor é achado a partir do sexto grau (sexto acorde) do Campo Harmônico Maior.
Para chegar a este Campo Harmônico você deve começar o Campo Harmônico Maior pelo seu sexto grau, no caso do
tom Dó Maior, o acorde de Am ou Am7. Feito isso, continue a seqüência do C.H. Maior: Am, Bm/5b, C, Dm, Em, F e
G. Este é o Campo Harmônico de Lá Menor em tríades.
Repare que desta forma os Campos Harmônicos de Dó Maior e Lá Menor vão possuir os mesmos acordes. Lá Menor
é a Relativa Menor de Dó Maior, os dois são chamados de tons relativos;
(Relativa Menor - Todo tom maior tem um menor correspondente e vice-versa. O tom relativo menor é um tom
menor que possui exatamente os mesmos acordes de outro maior.)
Fórmula: m m/5b M m m M M
Intervalos: 1T 1/2t 1T 1T 1/2T 1T
Acordes: Am Bm/5b C Dm Em F G
Am Bm/5b C
Dm Em F
G7
Use a tabela abaixo para saber quais tons possuem os mesmos acordes na sua formação:
Tons Tons
Maiores Menores
C Am
C# A#m
D Bm
D# Cm
E C#m
F Dm
F# D#m
G Em
G# Fm
A F#m
A# Gm
B G#m
Ainda sobre o Campo Harmônico é interessante ressaltar que uma vez escolhido o Tom, você pode combinar os
acordes pertencentes a este da forma que quiser. É claro que algumas seqüências vão ficar melhor que outras, e
existem regras que podem lhe ajudar a escolher o melhor caminho, só que isto é assunto para um próximo livro.
Tente criar o maior número de progressões que conseguir dentro de determinado Tom e depois escolher quais
seqüências ficaram melhores.
Progressão 1 – Tom: C ou Am
Toque: | Dm7 | G7 | C7M | Em7 | Dm7 | G7 | Am7 | Am7 |- 4X
Progressão 2 – Tom: D ou Bm
Toque: | Em7 | A7 | D7M | F#m7 | Em7 | A7 | Bm7 | Bm7 |- 4X
Progressão 4 – Tom: F ou Dm
Toque: | Gm7 | C7 | F7M | Am7 | Gm7 | C7 | Dm7 | Dm7 |- 4X
Progressão 5 – Tom: G ou Em
Toque: | Am7 | D7 | G7M | Bm7 | Am7 | D7 | Em7 | Em7 |- 4X