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ENSAIO DE FLEXÃO E CISALHAMENTO

Eduardo Dünkel Silva – 151320781


Alexandre Garcia de Souza Martins – 141323795
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
Laboratório de Propriedades Mecânicas dos Materiais - Turma 322

Resumo: Os ensaios de flexão em três pontos e cisalhamento são importantes para a engenharia,
pois fornecem dados sobre a resistência mecânica dos materiais, como módulo de elasticidade e
tensão de ruptura. Nestes experimentos foram feitos tais ensaios para o aço 1020 e o alumínio e
comparados os resultados.

Palavras-chave: Flexão, Cisalhamento, Ensaio.

1. Introdução
As propriedades dos materiais podem ser divididas em físicas e químicas; entre as propriedades
físicas existem as propriedades mecânicas que podem ser determinadas através de ensaios
mecânicos, como o ensaio de flexão e o de cisalhamento, assim pode-se medir os esforços aos
quais o material é capaz de resistir ou transmitir [1].
O ensaio de flexão consiste em colocar um corpo de prova, o qual pode ter seção com forma
circular ou retangular, seguindo o método A-438 da ASTM, sob dois apoios distanciados entre si e
submete-lo a uma carga que inicialmente é zero e aumenta paulatinamente, até o rompimento da
peça. Esse ensaio pode ser feito usando três ou quatro apoios, sendo o primeiro mais explorado,
nesse, uma carga é aplicada a uma distância igual dos dois outros apoios; no segundo, é usada uma
barra com dois apoios com aplicação de carga em dois pontos [2]. Na figura 1 é ilustrado um ensaio
de flexão em três pontos.

Figura 1. Ensaio de flexão em três pontos [3].

A tensão de flexão é a tensão máxima na superfície do corpo de prova que passa pelo ensaio de
flexão. No ponto de aplicação da carga a peça sofrerá compressão, enquanto a superfície oposta à
essa aplicação de carga será tracionada, normalmente materiais frágeis têm como importante
propriedade mecânica maior resistência a compressão do que a tração, ou seja, a parte da peça com
maior tendência à fratura é a superfície tracionada. A partir do ensaio de flexão pode-se obter
propriedades do material como o módulo de ruptura do material, também o módulo de elasticidade,
de resiliência e de tenacidade [2, 3]. O módulo de elasticidade é possível de ser calculado pois este
ensaio trabalha dentro da região elástica do material, na Equação 1, o módulo de elasticidade é
colocado em função da força aplicada (F), da flecha medida para cada carga, da distância entre os
apoios (L) e das dimensões do corpo de prova (b, h) [4].

O ensaio de cisalhamento, por sua vez, consiste em um escorregamento paralelo de uma parte
da peça sobre a outra, por fim, separando-as. Neste ensaio o corpo de prova é, geralmente, um
produto acabado como parafusos, pinos e rebites, pois a forma do produto final influencia na
resistência ao cisalhamento. A figura 2 esquematiza como é feito este ensaio mostrando onde
ocorrem as regiões de cisalhamento no corpo de prova [5].

Figura 2. Ensaio de cisalhamento [5].

Na figura 2 é possível perceber que a força aplicada ao corpo de prova no ensaio de


cisalhamento é aplicada de forma perpendicular ao eixo longitudinal deste. Através deste ensaio é
possível calcular a tensão média na região de cisalhamento a partir da Equação 2, em função da
carga de ruptura (F), da área da face cisalhada (A) e do número de faces cisalhadas (n) [4,5].

2. Materiais e Métodos
2.1. Materiais
● Pinos e barras de aço 1020 e de alumínio;
● Paquímetro;
● Régua;
● Máquina de Ensaio universal, marca Mohr & Federhaff Losenhausen.

2.2. Métodos
Primeiramente, foram realizados os ensaios de cisalhamento no aço 1020 e no alumínio
comercial. Previamente ao ensaio, as dimensões dos corpos de prova foram medidas com auxílio de
um paquímetro, em três pontos diferentes a fim de se obter uma média e posteriormente utilizar este
valor para o cálculo da área. Em seguida, cada corpo de prova foi colocado e ensaiado
separadamente na Máquina Universal. O ensaio foi realizado com aplicação gradativa de carga com
velocidade de 1mm/min até a ruptura, encontrando a força de ruptura que, juntamente com a área,
foram utilizadas para calcular a tensão de ruptura ao cisalhamento.
Figura 3. Ensaio de cisalhamento.

Após o ensaio de cisalhamento, foi realizado o ensaio de flexão em três pontos, na mesma
máquina em que foi realizado o ensaio de cisalhamento. Assim como nos corpos de prova utilizados
para cisalhamento, os corpos de prova também foram medidos com auxílio de uma régua para se
determinar o comprimento (L) e um paquímetro para determinação da base (b) e da altura (h). As
barras foram apoiadas sobre dois pontos, sendo o terceiro ponto o que transmitia a força aplicada
pela máquina. Tal força aplicada foi pré estabelecida (100, 200, 300, 400 e 500 Kgf) e exercida a
uma taxa de 0,5mm/min e assim, foram anotadas as flechas correspondentes através do relógio
comparador.

Figura 4. Ensaio de flexão.

3. Resultados e Discussão
3.1. Ensaio de Cisalhamento

A partir do ensaio de cisalhamento, foram obtidos os valores de força de ruptura e calculados


os valores de tensão de ruptura ao cisalhamento, através da equação abaixo. Esses valores, assim
como suas áreas estão contidos na Tabela 1.

Onde: τ é a tensão de ruptura; Pr é a força de ruptura; A é a respectiva área e n, a


quantidade de faces cisalhadas (duas faces neste experimento).
Corpo de prova Área (A) [mm²] Força de ruptura (Pr) [N] Tensão de ruptura de por
cisalhamento (τ) [N/mm²]

Aço 1020 31,67 24712,76 390,16

Alumínio Com. 30,88 8629,85 139,73


Tabela 1. Parâmetros para o cálculo da tensão de ruptura por cisalhamento.

Analisando a Tabela 1, percebeu-se que a resistência do aço 1020 é maior em comparação


com a do alumínio, pois tanto a força quanto a tensão de ruptura foram superiores no aço, já que foi
aplicada uma carga maior para que ocorresse a ruptura do corpo de prova de aço.

3.2. Ensaio de Flexão


Para o ensaio de flexão, as dimensões dos corpos de prova em formato de barras foram
medidas e se encontram na Tabela 2.

Aço 1020 Alumínio Com.

Base [mm] 50,75 50,56

Altura [mm] 50,68 50,82

Comprimento [mm] 900 900


Tabela 2. Dimensões das barras de aço 1020 e alumínio utilizadas no ensaio de flexão.

Durante o ensaio, foram obtidos valores de flecha correspondentes às cargas aplicadas,


calculados duas vezes e retirada a média, afim de minimizar os erros (Tabela 3).

Aço 1020 Alumínio Com.

Força [kgf] Força [N] Flecha Média [mm] Flecha Média [mm]

100 980,665 0,140 0,335

200 1961,33 0,275 0,665

300 2941,99 0,405 1,025

400 3922,66 0,535 1,420

500 4903,32 0,665 1,800


Tabela 3. Forças aplicadas e suas respectivas flechas.

A partir da Tabela 3 foram plotadas as curvas de Força vs Flecha para o aço 1020 e alumínio
(Figuras 5 e 6).
Figura 5. Curva Força x Flecha para Aço 1020.

Figura 6. Curva Força x Flecha para Alumínio.

Através dos coeficientes angulares das curvas plotadas, obteve-se os valores da razão F/f (tg
α), os quais foram utilizados para o cálculo do módulo de elasticidade (E) de cada material. Tais
valores foram obtidos através das equações de linearização da reta seguido da Equação 5.

y(aço) = 7485,55 x – 82,17


y(alumínio) = 2658,20 x + 153,54

Onde: F/f é o coeficiente angular; L é o comprimento da barra; b e h são respectivamente os


tamanhos da base e da altura das barras.
Os valores encontrados utilizando a Equação 5 para o aço 1020 e o alumínio foram
respectivamente 206,51 GPa e 73,01 GPa.
De acordo com a literatura, os valores esperados para o aço e o alumínio eram
respectivamente 206,8 GPa e 69 GPa. Dessa forma, percebe-se que o resultado do ensaio foi muito
próximo do esperado. A divergência dos valores encontrados pode estar relacionada principalmente
com os diferentes métodos de obtenção do módulo de elasticidade e também com a procedência dos
materiais.
A partir dos valores calculados, pode-se concluir que o aço possui maior tensão de
escoamento em comparação ao alumínio, ou seja, é necessário aplicar mais força para deformar
elasticamente o aço 1020, a uma determinada deformação, do que o alumínio. De acordo com a
literatura, o aço 1020 é um aço com baixo teor de carbono, o que confere a ele baixas propriedades
mecânicas entre os aços.
Para determinar a τ f para a carga de 500 kgf, utilizaram-se as seguintes equações:

τ t = (Mt * c) / I
Mt = (F . L) / 4

Onde: M é o momento máximo de flexão, c é a distância da base até a linha neutral, I é o


momento de inércia inicial da seção transversal do corpo de prova em relação a seu eixo, F é a força
e L é o comprimento.

Onde: b e h são respectivamente a largura e altura do corpo de prova.

Aço 1020 Alumínio Comercial

τ t [MPa] 50,78 50,69

Tabela 4. Valores calculados para τ f (carga de 500 kgf), para o aço 1020 e o alumínio.

4. Conclusão
Com base nas discussões realizadas, conclui-se que o aço 1020 tem melhores propriedades
mecânicas em comparação ao alumínio comercialmente puro. Tal fato ocorre porque a adição de
carbono no aço afeta diretamente em suas propriedades mecânicas. Por isso, o aço 1020 seria o aço
mais indicado para um trabalho que exige resistência mecânica.

5. Referências Bibliográficas
[1] Callister Jr., W. D.; Rethwisch D. G. Ciência e Engenharia de Materiais: uma introdução. 8 ed., Rio
de Janeiro: LTC, 2013.

[2] Garcia, A.; Spim, J. A.; Santos, C. A. Ensaios dos Materiais. Rio de Janeiro: LTC, 2000.

[3] Souza, S. A. Ensaios Mecânicos de Materiais Metálicos. Fundamentos teóricos e práticos. 5 ed.,
São Paulo: Edgard Blucher, 1982.

[4] F. P. Beer; E. Russell. “Resistência dos Materiais” Pearson Makron Books, 3ªedição, 1995

[5] Norma NBR 8456/84.

[6] Norma ASTM E812 e ASTM E855.

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