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PLANEJAMENTO, MANEJO DE TRILHAS E IMPACTOS NA FAUNA.

Jorge Antônio Lourenço Pontes

Laboratório de Ecologia de Vertebrados


Departamento de Ecologia, IBRAG / Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
São Francisco Xavier, 524. Maracanã, Rio de Janeiro, RJ. CEP 20.550-011.
pontesjal@hotmail.com

Eixo 03 – A Flora e a Fauna

Introdução

O uso adequado dos recursos naturais, a preservação dos componentes bióticos e


a integração do visitante com a natureza, estão previstos na Lei Federal 9.985/2000 –
Sistema Nacional de Unidades de Conservação (BRASIL, 2000; GATTI et al., 2003).
Entretanto, a crescente procura por parte do mercado do ecoturismo e inclusive do turismo
de aventura, com abordagens desviadas de seu objetivo principal, pode levar a uma
descaracterização e a diminuição da função ambiental de áreas naturais. O uso inadequado
destas áreas pode ser um reflexo da falta, ou da abordagem metodológica dos planos de
manejo e de outros planos de ação para as áreas naturais protegidas (BRASIL, 1994; BRAUN,
1995; DOUROJEANNI, 2003; PONTES et al., 2003).
As trilhas ecológicas, os caminhos e as estradas são as principais formas de
acesso que conduzem os visitantes aos pontos mais atrativos dentro de áreas naturais
brasileiras, geralmente áreas de proteção integral. O crescente uso destes acessos,
especialmente de trilhas, pode levar a um aumento de sua capacidade de carga (PRATO,
2001), gerando impactos sobre as comunidades locais, especialmente a fauna (COLOMBO &
VINCIPROVA, 2003; GATTI et al., 2003), enquanto que a fragmentação de hábitats pode levar
ao desaparecimento de espécies animais ou interferir na sua reprodução (FARIA et al., 1995;
MAGRO, 2003; MAURO et al., 2003).
Atualmente, não existem estudos ecológicos específicos que abordem os
problemas ligados a fauna, gerados pela implantação e pelo uso de trilhas ecológicas. Este
tema, ainda pouco investigado, é discutido neste trabalho.
Objetivos

Devido ao escasso conhecimento sobre os impactos causados na fauna,


decorrentes da implantação e do uso de trilhas ecológicas, especialmente em unidades de
conservação, o presente estudo tem como objetivos:
1. Listar os principais impactos antrópicos que afetam as comunidades animais,
após a implantação de uma trilha.
2. Disponibilizar informações sobre os distúrbios ambientais decorrentes do uso de
trilhas.
3. Propor medidas efetivas para a redução dos efeitos negativos gerados pelo uso
de trilhas ecológicas.

Metodologia

O presente estudo foi realizado através de visitas a 16 unidades de conservação


(seis nacionais, quatro estaduais e seis municipais). As trilhas, demais tipos de acessos e
áreas de lazer destas unidades de conservação foram percorridas a pé por uma equipe que
variou entre duas e quatro pessoas, perfazendo um total de 650 horas/homem de esforço
amostral.
Durante o trajeto a equipe procurava identificar visualmente os principais problemas
relacionados ao impacto da visitação humana sobre a fauna. Também foram obtidas
informações adicionais, nos órgãos responsáveis por algumas das unidades de conservação
visitadas (IBAMA, Instituto Estadual de Florestas do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal
de Meio Ambiente do Rio de Janeiro), em entrevistas com administradores, funcionários e
visitantes das unidades de conservação visitadas e através de revisão bibliográfica.

Resultados

A própria construção de uma trilha pode provocar a fragmentação de hábitats,


especialmente de microhábitats. Desta forma, uma trilha pode dificultar a dispersão de
pequenos animais que possuem uma reduzida capacidade de locomoção, como os anfíbios
anuros do folhiço das florestas (e.g. espécies das famílias Bufonidae e Brachycephalidae)
(Fig. 01).
Ao se implantar uma trilha, mesmo que bem planejada, e permitir o seu uso público,
podem ser gerados diversos tipos de impactos sobre a fauna, decorrentes do excesso de
visitação (FARIA et al., 1995; ANDRADE, 2006). Porém, muitos destes impactos não são
percebidos pelos administradores e demais responsáveis pelas unidades de conservação,
uma vez que algumas espécies animais são mais tolerantes a presença humana (SCHELHAS,
1986; PRESENTE ESTUDO) (Fig. 05). Neste trabalho foi possível identificar alguns dos
principais impactos relacionados com a implantação de trilhas, especialmente em unidades
de conservação de proteção integral.
A superutilização dos locais destinados como balneários naturais (córregos,
cachoeiras e poços de rios) e situados ao longo de trilhas, especialmente durante os meses
com temperaturas mais elevadas, provocam diversas alterações ambientas tais como: o
aumento da turbidez da água, a poluição e a modificação do leito dos corpos hídricos
(PRESENTE ESTUDO). Estes locais podem ser microhábitats que abrigam espécies animais
aquáticas raras ou pouco conhecidas e que não toleram alterações da água, tais como
macroinvertebrados aquáticos (ROQUE & TRIVINHO-STRIXINO, 2000), determinadas espécies
de peixes (OYAKAWA et al., 2006) e de outros vertebrados (PONTES et al., 2006) (Fig. 02).
O trânsito de veículos nas estradas de acesso aos parques brasileiros provoca o
atropelamento de diversos animais (FARIA & MORENI, 2000; MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE /
IBAMA, 2000), além de destruir importantes hábitats utilizados por pequenos animais, como
a lagartixa-da-praia (Liolaemus lutzae Mertens, 1938) (Fig. 03). Mesmo o uso de trilhas por
pedestres pode provocar a morte de pequenos vertebrados terrestres, como no caso do
sapinho-de-barriga-vermelha (Melanophryniscus moreirae (Miranda-Ribeiro, 1920)), no
planalto do Parque Nacional do Itatiaia, Rio de Janeiro (PRESENTE ESTUDO).
Encontros diretos com animais de determinadas espécies ou grupos taxonômicos,
como as serpentes, freqüentemente geram medo ou um excesso de curiosidade no
visitante. Estes encontros podem levar à morte do animal por falta de informação ou
representar risco de acidente ofídico (PONTES, 2005) (Fig. 04). Além disso, a constante
oferta de alimento pelos visitantes durante os encontros com a fauna nativa, pode alterar o
comportamento natural de muitas espécies (GUILLAUMON & SING, 1977; PRESENTE ESTUDO)
(Fig. 05).
É comum o uso ilegal de trilhas ecológicas pelos caçadores, para terem acesso aos
pontos onde os animais vivem. Esta atividade ilegal provoca grandes danos às populações
de animais, especialmente nos de maior porte ou de elevado valor comercial como os
mamíferos e as aves (PRESENTE ESTUDO) (Fig. 06).
O lixo gerado pela visitação e não descartado adequadamente e no tempo devido,
pode trazer diversos problemas para a fauna, tais como a poluição de hábitats, a ingestão
de materiais não digeríveis, como o plástico e a intoxicação alimentar. As próprias lixeiras
instaladas podem vir a constituir fontes de alimento fácil de ser obtido, alterando o
comportamento natural de algumas espécies, e até mesmo armadilhas fatais para outras
(PRESENTE ESTUDO).
Os incêndios que ocorrem nas unidades de conservação podem estar diretamente
ligados ao uso inadequado das trilhas e das demais áreas de visitação. Estes incêndios
podem ter como causa as fogueiras ou a prática de ritos com oferendas religiosas
(PRESENTE ESTUDO).
A presença de animais domésticos foi observada em unidades de conservação
próximas a áreas mais urbanizadas (PRESENTE ESTUDO). Animais domésticos, especialmente
cães e gatos, muitas vezes foram levados ou abandonados pelos visitantes nas unidades de
conservação. Estas espécies podem transmitir zoonoses ou se tornar predadoras das
espécies silvestres nativas.

Discussão

Os efeitos antropogênicos diretos, como a perda e a fragmentação de hábitats,


estão entre os principais problemas enfrentados pela fauna, levando diversas espécies ao
declínio, especialmente os anfíbios (HERO & RIDGWAY, 2006). Algumas espécies de
vertebrados terrestres, especialmente pequenos anfíbios, mamíferos e aves, constituem
bons bioindicadores da qualidade ambiental de uma área natural (ROCHA et al., 2003).
Porém, nem todas as espécies de animais são afetadas da mesma maneira pela
fragmentação de hábitats. Muitas têm suas populações reduzidas ou abandonam as áreas
de reprodução, enquanto que outras podem ser favorecidas por estes impactos
(GUILLAUMON & SING, 1977; ANDRADE, 2006; OLIFIERS & CERQUEIRA, 2006; PRESENTE
ESTUDO) (Fig. 07 e 08). Um bom exemplo onde à fragmentação de hábitats e uso de
acessos em unidades de conservação chegou ao extremo foi à abertura com a Estrada do
Colono, no Parque Nacional de Nova Iguaçu, PR (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE / IBAMA,
2000).
Durante a elaboração dos planos de manejo das unidades de conservação,
especialmente em relação ao planejamento e na implantação de trilhas ecológicas, dados
ecológicos não são utilizados, seja pelo desconhecimento da informação ou pela falta de
estudos científicos locais. Comumente, a sinalização de trilhas segue padrões apenas para
alertar o visitante sobre os cuidados com o ambiente físico, os regulamentos internos ou
para indicar pontos de belezas cênicas, mas raramente trazem informações sobre as
características ecológicas das espécies animais locais (e.g. AMBIENTAl, 1996; GORELL, 1987;
MENEZES & CHEVALIER, 1998; OLIVEIRA & BLOOMFIELD, 1999). Normalmente, o visitante
encontra como forma de orientação e informação, apenas recomendações padronizadas,
observadas em folders, guias e na sinalização de trilhas (EMPRESA DAS ARTES, 1999;
MENEZES & CHEVALIER, 1998; PRESENTE ESTUDO). A maioria das trilhas utilizadas por
excursionistas, mesmo dentro das unidades de conservação implantadas, carece de um
sistema adequado de placas informativas e educativa, voltadas para a preservação da fauna
e de um programa de monitoramento e avaliação.
GRAEL et al. (1995), propuseram um plano de interpretação da Trilha do Alto
Mourão, no Parque Estadual da Serra da Tiririca, Niterói, RJ, onde elementos da fauna
foram contemplados com indicações de sua ocorrência e de outras características
ecológicas, servindo como forma de atrair e informar o visitante. Uma forma de
minimizarmos os impactos decorrentes de uso de trilhas e de outros acessos em áreas
naturais, seria uma constante reavaliação de estratégias para a conservação e para o uso
adequado de trilhas, através do Visitor Impact Management Method – VIM (FREIXÊDAS-
VIEIRA et al., 2000).
As lixeiras utilizadas em áreas naturais, em geral, são modelos urbanos e que
facilitam a manipulação pelos funcionários. Galões altos e sem tampas podem ser
facilmente escalados durante a noite por marsupiais como os gambás e as cuícas, que
depois não conseguem sair. Estes animais podem morrer afogados se houver chuvas fortes
(PRESENTE ESTUDO). As lixeiras usadas em trilhas e em outros locais nas unidades de
conservação devem ser projetadas para impedir o acesso de animais silvestres ao seu
interior.
A alteração do comportamento animal e a tolerância à presença humana induzida
pela oferta constante de alimento (GUILLAUMON & SING, 1977; PRESENTE ESTUDO) podem
prejudicar a capacidade de um ou mais indivíduos de procurar ativamente por alimentos na
natureza ou de fugir diante de ameaças, facilitando a ação de caçadores. Poderá também
criar problemas aos próprios visitantes, que podem ter alimentos e objetos subtraídos, como
no caso de excursionistas que são abordados por grupos de quatis (Nasua nasua (Linnaeus,
1766)) no Parque Nacional da Tijuca, Rio de Janeiro, RJ. Casos similares ocorrem em
parques africanos, americanos e asiáticos com algumas espécies de primatas e ursos.
Os incêndios provocados por fogueiras, velas e outras ações indesejáveis nas
unidades de conservação causam profundas alterações nos microhábitats e podem destruir
grandes extensões de áreas naturais. Além disso, podem destruir abrigos e ninhos e
eliminar muitas formas animais, especialmente aquelas que possuem uma menor
capacidade de deslocamento como artrópodos não-alados, anfíbios e lagartos (PRESENTE
ESTUDO).

Indivíduos de espécies exóticas, especialmente os domésticos, devem ser mantidos


fora das trilhas e de outros acessos pela equipe de fiscalização e pela administração das
unidades de conservação. Estes competem com as espécies autóctones pelos recursos
naturais, tornam-se predadores ou podem introduzir doenças nas áreas naturais. A inspeção
dos veículos que entram nas áreas, o contínuo treinamento de funcionários e a adoção de
programas de educação ambiental para os visitantes e para os moradores do entorno de
áreas protegidas reduziriam estes impactos sobre a fauna.
Ações de fiscalização e programas de educação ambiental são de grande
importância para a preservação de espécies ameaçadas de extinção (BERGALLO et al.,
2000). Entretanto, para garantir a preservação de espécies animais é prioritária a
conservação de seus hábitats, mesmo com a escassez de informações ecológicas (ROCHA
et al., 2000). As trilhas ecológicas, se implantadas corretamente com base em estudos
científicos, poderão se tornar aliadas em um amplo processo de preservação das
populações animais, servindo como salas de aula ao ar livre, onde o visitante não apenas
visualiza mais uma beleza cênica, mas terão a oportunidade de compreender a função
ecológica das diferentes espécies animais.

Conclusões

As espécies animais silvestres brasileiras podem ter um maior ou um menor grau


de tolerância à presença humana em seu ambiente natural. Seguir as recomendações de
guias e manuais, e aquelas que estão presentes na sinalização ecológica de trilhas,
contribuem para a preservação da fauna local.
A falta de informações sobre a fauna local, de lixeiras adequadas e de fiscalização
nas trilhas e nos demais pontos de visitação contribui negativamente para a preservação de
espécies animais, mesmo no interior de unidades de conservação de proteção integral.
As trilhas ecológicas devem ser implantadas e abertas ao público de forma correta
após o conhecimento científico da fauna regional, juntamente com a implantação de um
programa de educação ambiental e de um programa de monitoramento e fiscalização.
Porém, quando os impactos de uso gerarem prejuízos para a fauna, as trilhas devem ser
fechadas até a resolução; caso contrário, deverão ser eliminadas.

Bibliografia Citada

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Agradecimentos

Ao Prof. Dr. Carlos Frederico Duarte da Rocha, ao Dr. Davor Vrcibradic e a Profa.
Dra. Mara Cíntia Kiefer (Laboratório de Ecologia de Vertebrados, Depto. de Ecologia /
IBRAG / UERJ) pelas críticas, sugestões e revisão do texto, aos autores das fotos cedidas
para este estudo, e ao organizador do evento Flávio “Zen” Mello pelo convite.
Anexos

Fig. 01. O sapinho-dourado (Brachycephalus ephippium (Spix)), é uma espécie sensível às


alterações ambientais. Não consegue transpor pequenas barreiras como estradas, áreas
com baixa umidade e sem folhiço. A implantação e o uso intenso de trilhas pode representar
problemas para a sua conservação. Parque Estadual da Pedra Branca, Rio de Janeiro, RJ
(Foto J.A.L. Pontes).

Fig. 02. O cágado-pescoço-de-cobra (Hydromedusa tectifera Cope, 1870) foi registrado pela
primeira vez em uma região serrana. O exemplar da foto foi encontrado no Poço Verde (Rio
Soberbo), uma área de uso intensivo que recebe fortes impactos com a visitação. Parque
Nacional da Serra dos Órgãos, Rio de Janeiro, RJ (Foto J.A.L. Pontes).
Fig. 03. A lagartixa-da-praia (Liolaemus lutzae Mertens, 1938), espécie endêmica das
restingas do Estado do Rio de Janeiro, tem seus hábitats destruídos pelo uso inadequado
das praias, com o trânsito intenso de automóveis e de turistas. Restinga de Maricá, Maricá,
RJ (Foto J.A.L. Pontes).

Fig. 04. Cobra-dágua (Liophis miliaris (Linnaeus, 1758)) com ovos em formação. O exemplar
foi morto por um grupo de visitantes, após ser encontrado na margem de um córrego que
era proibido à visitação. Parque Natural Municipal da Serra do Mendanha, Rio de Janeiro,
RJ (Foto J.A.L. Pontes).
Fig. 05. A capivara (Hydrochaeris hydrochaeris (Linnaeus, 1766)) é uma espécie que se
habitua a presença humana, indicando tolerar um maior impacto com a implantação de
trilhas e a visitação intensa. Parque Natural Municipal do Bosque da Barra, Rio de Janeiro,
RJ (Foto Gustavo de Paula).

Fig. 06. A presença de caçadores nas trilhas de unidades de conservação de proteção


integral representa um fator de elevado impacto sobre a fauna, devido a falta de ações de
manejo e da fiscalização, também oferece risco para visitantes e pesquisadores. Parque
Natural Municipal da Serra do Mendanha, Rio de Janeiro, RJ (Foto J.A.L. Pontes).
Fig. 07. A falta de orientação aos visitantes e a ausência de fiscalização nas trilhas, podem
ocasionar encontros perigosos e reações diversas diante de animais silvestres (Bothrops
jararacussu Lacerda, 1884). Parque Nacional da Tijuca, Rio de Janeiro, RJ (Foto Carlos G.
Kisling).

Fig. 08. O tucano-de-bico-preto (Ramphastos vitellinus ariel Vigors) é uma espécie que
necessita de locais com baixo nível de impacto para sua nidificação e reprodução. Jardim
Botânico, Rio de Janeiro, RJ (Foto Ruy Salaverri).
CITAÇÃO:

PONTES, J.A.L. 2006. Planejamento, manejo de trilhas e impactos na fauna. In CD:


I Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas.
GEA/UERJ/TECHNOGAIA, Rio de Janeiro.

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