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Semiologia .........................................................................................................2
Lâmpada de fenda .............................................................................................2
Conjuntiva ..........................................................................................................7
Córnea ..............................................................................................................10
Cristalino ..........................................................................................................13
Glaucoma..........................................................................................................15
Retina ...............................................................................................................19
Motilidade ocular extrínseca ..........................................................................22
Avaliação do Desvio ocular ............................................................................23
REFERÊNCIAS ................................................................................................27
ÍNDICE DE FIGURAS
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Módulo 04
Aulas 01 a 05
Semiologia Ocular
Lâmpada de fenda
Sistema de iluminação
É composto por lâmpadas,
espelhos, diafragmas e filtros.
Apresenta a possibilidade de rotação
da fenda, além de inclinação da
iluminação ou desacoplagem da
mesma em relação à imagem. Dois
espelhos compõem o sistema. Os
diafragmas têm como função mudar a
largura e o comprimento da fenda
Fonte: Livro Semiologia Básica, CBO.
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luminosa. A largura é modificada utilizando-se o parafuso na base do sistema de
iluminação.
Os filtros de uma lâmpada de fenda são: filtro de cobalto (ou luz azul),
utilizado nos exames com fluoresceína, como avaliação do epitélio corneano,
lágrima (BUT), ou tonometria; filtro red-free (luz verde) utilizado no estudo da
camada de fibras nervosas, lesões retinocoroideanas, vasos retinianos, corpo
vítreo; filtro de luz e calor, indicado para diminuir a fotofobia quando necessário.
Sistema microscópico
É composto por oculares, sistema de prismas, objetivas e canhões das
oculares, graduados em dioptrias. Pode proporcionar magnificações de imagem
de até 40x.
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Tipos de iluminação
1. Iluminação direta
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Figura 5 - Iluminação direta focal tipo paralelepípedo (à esquerda) e corte óptico (à
direita).
4. Iluminação indireta
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6. Iluminação indireta difusa
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Figura 10 - Campo amarelo Figura 11 - Campo branco
Fonte: Livro Semiologia Básica, CBO. Fonte: Livro Semiologia Básica, CBO.
Conjuntiva
Hipertrofias Papilares
As papilas são estruturas da conjuntiva normal. São separadas entre si
por estrias brancas e apresentam, em seu interior, um vaso nutridor
perpendicular, que se abre superficialmente emitindo diversos ramos vasculares.
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As hipertrofias papilares são encontradas principalmente na conjuntiva
tarsal e sobre o limbo. Elas são comuns nas conjuntivites alérgicas, conjuntivites
de origem bacteriana, blefarite marginal crônica, na irritação por medicamentos
tópicos e nas irritações provocadas por corpo estranho (incluindo lentes de
contato). Em casos de inflamações prolongadas, se coalescem formando papilas
gigantes (>1mm). Estas podem causar lesões crônicas e graves no epitélio
corneano.
Hipertrofias Foliculares
Pequenas elevações discretas, semelhantes a um grão de arroz
translúcido, mais proeminentes nos fórnices. A conjuntiva tem uma camada
adenoide normal, porém não é comum a presença de folículos nas placas
tarsais. As principais causas incluem conjuntivite viral, síndrome oculoglandular
de Parinaud, tracoma, Molluscum contagiosum, conjuntivite primária do herpes
simplex e hipersensibilidade a alguns medicamentos tópicos (por exemplo
pilocarpina).
Pseudomembranas
É um exsudato coagulado, aderido ao epitélio conjuntival inflamado. Elas
podem ser removidas facilmente, deixando o epitélio intacto. As causas são
conjuntivite adenoviral intensa, infecções gonocócicas, conjuntivite lenhosa e
síndrome de Stevens-Johnson.
Membranas Verdadeiras
Envolvem as camadas superficiais do epitélio conjuntival, infiltrando-se.
Ao se retirar a membrana, o epitélio se descama e há sangramento no local. As
causas são, dentre outras, infecções por S. pyogenes e difteria.
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Cicatrizes
Casos de lesões cicatriciais na conjuntiva são encontrados na difteria, no eritema
multiforme e em casos de severas irradiações. As cicatrizes do tracoma (Linhas
de Arlt), estão localizadas normalmente no tarso superior, enquanto as lesões
penfigoides benignas acometem o fórnice inferior.
Secreção
Pterígio
É uma proliferação de tecido fibrovascular da conjuntiva em direção à córnea,
podendo ser nasal e/ou temporal. Não se sabe a etiologia, mas estudos apontam
que existe influência de fatores ambientais (exposição crônica a poeira, pó,
fumaça e raios ultravioletas) e genéticos. Pode apresentar uma linha pigmentada
hemossiderínica na frente da cabeça do pterígio, chamada de linha de Stocker.
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Figura 13 - Pterígio
Tumores conjuntivais
São alterações da conjuntiva que podem estar relacionadas à
pigmentação (nevos, melanomas), vascularização (hemangioma) ou
proliferação tecidual (carcinoma epidermoide). Sinais de malignidade são:
aparecimento de sinais inflamatórios, dilatação vascular, aumento da
pigmentação, elevação, ulcerações e hemorragias. Quando há forte suspeita de
malignidade podemos utilizar o corante azul de toluidina, que possui afinidade
por células displásicas.
Córnea
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dependendo da anamnese. Histórico de visão ruim em um olho desde o
nascimento sugere lesão retiniana macular como toxoplasmose congênita. Se o
paciente adquiriu precocemente ptose ou estrabismo, a hipótese é ambliopia.
Durante a refração detecta-se se há alto astigmatismo, anisometropia, altas
ametropias e qual a visão atingida. Astigmatismo alto com refração muito
oscilante e sem muita melhora da visão sugere ceratocone em estágio
intermediário ou maior. A retinoscopia possibilita a detecção precoce de
irregularidades ou assimetrias corneanas. Através do achado de um reflexo
irregular, o médico consegue suspeitar ou até mesmo diagnosticar uma ectasia
corneana.
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Figura 15 - Hidropsia aguda no ceratocone
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O arco corneano senil ou gerontóxon é um depósito lipídico estromal
fisiológico em forma de halo periférico branco-acinzentado. Já o arco corneano
juvenil ou embriotóxon anterior pode estar relacionado a doenças sistêmicas.
Cristalino
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Figura 18 - Classificação de catarata - LOCS III
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Glaucoma
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Figuras 19 (A-E) - Teste de Van Herrick. (A > 100%, B = 75%, C = 50%, D = 10%, E = 5%). A
Figura D ilustra a profundidade da câmara anterior de um paciente suspeito de apresentar
um ângulo iridocorneano oclusível.
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antiglaucomatoso se baseia, primariamente, nos níveis da PIO. Assim, após
confirmar o diagnóstico da doença, inicia-se um tratamento com o objetivo de
reduzir a PIO a um determinado nível que se acredita ser suficiente para impedir
a progressão da neuropatia óptica glaucomatosa.
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1. Observar o anel escleral e identificar os limites do disco óptico,
avaliando o tamanho do disco óptico.
Figura 21 - Disco óptico com aparência normal (à esquerda) e com neuropatia óptica
glaucomatosa avançada (à direita)
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Retina
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- Drusas de retina: são depósitos extracelulares amarelados que ficam
entre a membrana basal do EPR e a membrana de Bruch. Podem ser
classificadas em duras (com as bordas bem definidas) e moles (com as bordas
mal definidas).
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de 1 a 4, onde 4 seria o de maior acometimento das camadas retinianas.
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Motilidade ocular extrínseca
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Figura 26 - Posições diagnósticas da motilidade extraocular
o No limbo – 45º.
- Cover test: para realizar o teste o paciente deve ter acuidade visual
suficiente em cada olho para enxergar o objeto mostrado, bem como estar com
a ametropia, se houver, corrigida com óculos. O teste deve ser realizado com
objetos de fixação pequenos e com detalhes, tanto a 6 m, assim como a 33 cm
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contralateral. Se novamente não houver movimento, conclui-se que o paciente é
ortotrópico e ortofórico. Caso haja movimento, este olho estava desviado.
Dependendo da direção do movimento classificamos o desvio.
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REFERÊNCIAS
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Oftalmol.. 2004; 67(1), 172-180.
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