Sunteți pe pagina 1din 9

MOTRICIDADE E PEDAGOGIA DO MOVIMENTO

João Batista Freire


www.decorpointeiro.com.br

“O homem sério é “do mundo” e já não tem qualquer recurso em si


mesmo; sequer encara mais a possibilidade de sair do mundo, pois
deu a si próprio o tipo de existência do rochedo, a consistência, a
inércia, a opacidade do ser-no-meio-do-mundo. É evidente que o
homem sério enterra no fundo de si a consciência de sua liberdade;
é de má-fé, e sua má-fé visa apresentá-lo aos próprios olhos como
uma conseqüência: para ele, tudo é conseqüência e jamais há
princípio; eis porque está tão atento às conseqüências de seus atos”
p. 710 (Jean-Paul Sartre, O Ser e o Nada)

Complexidade e motricidade

No filme O Ponto de Mutação, baseado na obra de Fritjof Capra, entre tantas passagens
perturbadoras, há uma em que um político e uma cientista conversam sobre os mistérios da
natureza. Intrigado com o que sua interlocutora falava sobre Física, o político pergunta-lhe qual
deveria ser o tamanho de um átomo para que ele pudesse enxergá-lo a olho nu. Ela responde
dizendo que, para ser percebido por nossa visão, um átomo deveria ter o tamanho do monte Saint
Michel, na França, algo como o Pão-de-Açúcar brasileiro. E se tivéssemos um átomo assim grande,
pergunta aquele personagem à professora, de que tamanho seria seu núcleo? Seria mais ou menos
como uma pedra minúscula, responde ela. E os elétrons, continua o político, de que tamanho
seriam então? Como pequeninos grãos de areia, ela explica. Bem, mas e o restante desse átomo
do tamanho do Monte Saint Michel?, prossegue o atônito personagem. Calmamente a professora
responde que o resto seria apenas vazio. Não haveria quase nada além de vazio. A calma resposta
da professora só deixou mais perplexo seu interlocutor. Sabendo que todas as coisas são feitas de
átomo, como poderiam elas ser feitas quase só de vazio? E, se uma mesa é feita de átomos, como
pode a mesa ser tão sólida, tão estável? Confuso, nosso político fez ainda uma última tentativa
para compreender os mistérios do átomo, pedindo à cientista para lhe mostrar a localização dos
elétrons em torno do núcleo. Para aumentar sua perplexidade, a professora responde que eles
estão em todos os lugares e em nenhum lugar ao mesmo tempo. A extraordinária dinâmica das
partículas torna isso possível. Mesmo havendo quase só vazio em um átomo, de tal magnitude é a
dinâmica de interações entre as partes que o compõem, que a estabilidade passa a ser sua
característica mais típica. E todas essas coisas só serão compreendidas se compreendermos o
conceito de interação.
Podemos ter uma idéia aproximada dessa dinâmica interacional que existe nos átomos que
formam a matéria que conhecemos, se imaginarmos uma explosão nuclear. Quando as ligações
atômicas são rompidas tal qual ocorre numa fissão nuclear, há uma fantástica liberação de energia,
a ponto de provocar horrores como os que aconteceram em Hyroshima e Nagasaki.
Desde o início do Século XX sabemos que todas as coisas do mundo decorrem dessa incrível
atividade sub-atômica. Apesar disso, continuamos a negar essa realidade e a querer explicar os
acontecimentos de maneiraa simplista, como se o fenômeno de constituição da matéria não fosse
tão absurdamente complexo.
Temos medo da complexidade, temos medo do caos e da desordem, apesar de já sabermos,
por mais de um século, que todas os fenômenos do universo e, entre eles, a vida, se constituem a
partir desse caos e dessa desordem que tanto nos assusta.
É difícil aceitar atualmente que qualquer ramo do conhecimento possa chegar à
compreensão de seus fenômenos partindo de idéias simplistas. Como dizia São João da Cruz, se
queremos chegar a um lugar desconhecido, temos que trilhar um caminho desconhecido. Ora, da
mesma forma, se queremos compreender um fenômeno complexo, temos que procurar soluções
complexas. A motricidade, um fenômeno exponencial da vida humana, não poderia ser diferente.

A Gênese da Motricidade

Apesar da complexidade do fenômeno motricidade, exaustivamente evidenciado por Manuel


Sérgio, por exemplo, continuamos a buscar compreensões simplistas para ele, como as ingênuas
teses sobre aprendizagem motora, a idéia dos padrões de movimento, as tímidas sugestões de
aprendizagem por seqüências pedagógicas e a lógica linear do movimento fitness.
Vou procurar neste texto, a partir destas idéias iniciais, abordar o fenômeno da motricidade
de maneira complexa, fazendo, portanto, uma tentativa de sugerir aproximações para uma melhor
compreensão desse fenômeno.
Tomemos como exemplo o caso do recém-nascido. Seus movimentos, exceto os reflexos
inatos, são desorganizados, caóticos, ou, dito de outra maneira, movimentos para nada, que para
nada se dirigem. Uma desorganização que torna a motricidade humana, comparada com a de
outros animais, aparentemente primitiva, desvantajosa, ineficiente. Mas, seria mesmo?
Aparentemente sim, pois um filhote de eqüino, poucos minutos após o nascimento está em pé e
andando, assim como um filhote de cachorro, que, assim que nasce, é capaz de arrastar-se sozinho
até a teta da mãe e alimentar-se. No entanto, se admitíssemos essa desvantagem, teríamos que
admitir que a natureza falhou no caso humano e que a lógica que vale para todas as outras coisas
não valeu para o Homem. Isso não faz sentido. De acordo com a inexorável lógica da natureza, se
o ser humano nasceu desprovido de uma motricidade organizada, isso tem todo o sentido para a
sua vida, é assim que deve ser. Senão vejamos.
Não podemos duvidar que um morcego, apenas para tomar um exemplo entre tantos
animais, tem sentidos e motricidade admiravelmente desenvolvidos. Usando seu aparelho de
orientação é capaz de voar a altas velocidades em lugares escuros. Porém, se observarmos bem, o
morcego tem uma motricidade excepcionalmente adaptada ao seu nicho ecológico, mas apenas a
ele. Se tirado de seu meio ambiente, não tem como sobreviver. Que dirá então do beija-flor, que
chega a ter bicos adaptados à forma de flores específicas? Ou seja, os animais nascem com
aparelhos motores mais ou menos prontos, porém, adaptados a meios ambientes específicos, de tal
forma que há um encaixe perfeito entre ambos, animal e meio ambiente. Nenhum dos dois pode
sofrer modificações, a não ser aquelas que se processam ao longo de centenas de milhares de
anos.
Continuando nossa discussão a respeito da lógica da natureza, que não pode ser diferente
no ser humano, não existe qualquer outra possibilidade que não seja a de que também tenhamos
nascido com uma motricidade adaptada a nosso meio ambiente. Resta perguntar que meio
ambiente é esse. Não é o das pradarias, como o dos felinos, não é o da floresta como o dos
macacos, nem o das montanhas, como o das grandes aves de rapina. Não nascemos
especificamente para a terra, para a água ou para o ar. O problema é que nosso meio ambiente
não é deste mundo. Quando nascemos, não encontramos um nicho ecológico à nossa disposição,
um meio natural. Se quisermos viver aqui, teremos que construir um meio tipicamente nosso, um
meio que constitua um intermediário entre nós e a natureza, ou seja, temos que fazer nossa
própria natureza. E essa segunda natureza é a cultura.
Passemos agora à questão de pensar nas características dessa segunda natureza, isto é, a
cultura humana. Sendo uma criação nossa para nós mesmos, é extremamente flexível, plástica,
mutável a cada instante. Criamos permanentemente nossa cultura, de modo que ela se altera o
tempo todo. A cultura que espera um bebê de hoje não é a mesma cultura que esperava o bebê de
cincoenta anos atrás. Portanto, se o bebê nascesse com uma motricidade pronta e acabada para
uma determinada cultura de tempos atrás, não haveria maneira de ele se adaptar à de hoje. Só há
uma solução, portanto: nascer sem uma motricidade organizada. Ao contrário da solução
encontrada para os outros seres vivos da Terra, que possuem habilidades inatas perfeitamente
encaixadas nos respectivos redutos naturais, o ser humano nasce sem habilidades inatas prontas,
porém, nasce também com uma motricidade perfeitamente de acordo com seu meio. Ora, para um
meio que se transforma a cada instante, só poderíamos nascer com uma motricidade em
desordem, portanto, aberta, ou seja, pronta para ser construída e modificada a cada instante.
Nesse sentido, somos animais sui generis. Nascemos e crescemos sob o risco de não
conseguir construir os recursos de que precisamos para proceder às adaptações durante nossa
vida. Isso quer dizer que nascemos com recursos para construir, para aprender, mas sem
construções ou conhecimentos à partida, a não ser alguns recursos inatos (os reflexos), que
servem como uma espécie de fagulha desencadeadora de todo o conhecimento. Em compensação,
nascemos com a única motricidade possível para nossa vida de adaptações, ou seja, um conjunto
motor caótico e desorganizado.
Esse caos inicial, indício de nossa inteligência primordial, representa que somos, talvez, os
únicos animais que nascemos com uma inteligência a construir. A desordem motora inicial é
sintoma de nosso desconhecimento, de nossa ignorância ao nascimento. Somos os animais que
quase nada sabem quando nascem, ao contrário dos outros seres vivos que, quando nascem,
sabem quase tudo. Por outro lado, poderíamos dizer também que os animais que sabem quase
tudo ao nascimento, podem aprender quase nada ao longo da vida. E o animal que sabe quase
nada ao nascimento, pode aprender quase tudo ao londo de sua vida.
A motricidade caótica, em aberto, é, dessa maneira, nossa forma de sermos inteligentes, de
podermos viver neste mundo em que não há nichos naturais correspondentes à nossa natureza.
Vamos viver no meio de culturas construídas por nós mesmos e temos que ter, para isso, dois
componentes básicos: o primeiro é a capacidade inata de sermos capazes de aprender, de se
adaptar a coisas novas, de criar, de construir recursos para viver; o segundo é a capacidade de nos
mantermos flexíveis, plásticos, de nunca fecharmos os mecanismos de aprendizagem, de modo que
nossas habilidades nunca estejam acabadas, mas, pelo contrário, estejam sempre disponíveis para
combinações e modificações.
A cultura constitui, dessa maneira, a natureza específica do ser humano, que está sempre
causando surpresas. A motricidade em desordem significa que, a cada surpresa ambiental, há a
possibilidade de constituição de uma nova ordem. Sendo assim, precisamos pensar o fenômeno da
motricidade como um fenômeno extremamente complexo, no qual a dinâmica das interações com o
meio ambiente é que decide as habilidades que deverão se constituir. Exemplos a respeito disso
são fartos e alguns bastante banais. Imaginemos uma pessoa, num determinado momento,
segurando um copo, e imaginemos que, em seguida ela quer segurar, com a mesma mão, uma
colher. Ora, a mão que segura o copo constituiu momentaneamente uma ordem para realizar esse
gesto, portanto, ela não pode realizar ao mesmo tempo o outro gesto. Para tanto, ela tem que
desmanchar, isto é, desordenar a coordenação atual para realizar outra, ou seja, a de segurar a
colher. De forma que essa nova ordem foi precedida de uma desordem. E essa capacidade humana
de estar disponível para realizar novas coordenações a partir da desordenação das anteriores é
excepcionalmente desenvolvida entre os humanos e constitui uma das características básicas de
nossa motricidade, especialmente quando o gesto requerido refere-se a uma situação desconhecida
(ao contrário da situação descrita de segurar o copo e a colher). Porém, se a pessoa que segura o
copo tivesse a intenção de enchê-lo com água, poderia muito bem, com a outra mão, abrir uma
torneira sem desmanchar a ordem da mão que segura o copo. Nesse caso, a constituição de uma
nova ordem (encher o copo com água), resultaria da combinação de duas outras ordens. Esse é o
jogo permanente da motricidade humana: por um lado ordens provisórias seguidas de desordens
provisórias e de novas ordens provisórias. De outro lado, combinações de ordens provisórias que
resultam também em novas ordens provisórias. Todos os jogos são possíveis portanto: ordens
seguidas de desordens e novas ordens; ordens diferentes combinando-se; e ordens combinando-se
com desordens.
Na literatura tradicional da Educação Física, observamos descrições intermináveis a respeito
do desenvolvimento da motricidade que são feitas como se houvesse uma pré-determinação
imutável das habilidades motoras. Lemos, por exemplo, que as habilidades são inicialmente
primárias, depois secundárias, etc. Lemos também, em outros casos, que as habilidades são
inicialmente naturais, depois construídas, e assim por diante. Essas descrições marcam um
determinado ponto a partir do qual o desenvolvimento é traçado, como se isso fosse igual para
todo mundo. São teorias que não consideram a gênese do desenvolvimento, muito menos sua
complexidade.
De qualquer maneira, ao observamos um indivíduo adulto, com facilidade constatamos que
suas condutas motoras organizam-se em torno de três grupos básicos: as habilidades de
manipulação, as de manutenção da postura, e as de locomoção. Isso parece constituir um
paradoxo com o que afirmei antes, isto é, que a motricidade parte de um estado inicial caótico e se
desenvolverá ao sabor das interações com o meio ambiente. Porém, é preciso lembrar que, no
mundo em que vivemos, algumas coisas mantêm-se inalteradas por séculos, e até por milhares ou
milhões de anos. Por exemplo, somos animais, portanto, seres vivos locomotores, ou seja, seres
que precisam se deslocar para garantir as adaptações com relação à reprodução, à alimentação e
ao abrigo, entre outras necessidades. Sendo assim, é inevitável que se desenvolvam habilidades de
locomoção. Mas isto é apenas um plano geral e cada ser vivo locomotor desenvolve suas
habilidades de locomoção de acordo com as interações estabelecidas com seu meio ambiente. Para
o guepardo, animal caçador, a enorme velocidade de deslocamento é uma forma de sobrevivência.
Para o ser humano, as formas de locomoção são tantas quantas forem as situações vividas em
cada cultura. Assim sendo, que formas de locomoção deveríamos ensinar aos nossos alunos?
Tantas quantas forem as experiências vividas na cultura de cada um, o que deve alterar
substancialmente nosso empenho em ensinar e, inclusive, nossos conceitos pedagógicos .
Um outro grupo visível de habilidades motoras é o de manutenção da postura, constituído
por habilidades de base presentes em todos os seres vivos. Para realizar qualquer ação motora, os
animais e as pessoas precisam estar equilibrados, bem postados, bem apoiados. Não há qualquer
novidade nisso, mas as posturas variam de acordo com as culturas e é isso que chama a atenção
em um estudo da motricidade a partir do ponto de vista da complexidade.
O terceiro grupo é o das habilidades de manipulação. Enquanto as habilidades dos dois
primeiros grupos incidem sobre outros seres viros, as de manipulação estão presentes apenas no
ser humano e, muito precariamente, em alguns outros animais. Pode-se dizer que são as
habilidades mais tipicamente humanas. Elas têm a ver com as atividades mais complexas de nossa
cultura, entre elas, a construção de abrigos, o amor, a escrita e a arte. Nenhum grupo de
habilidades é mais diversificado que o das manipulações. Não faz o menor sentido, considerando-se
a complexidade da natureza e do universo, pensar as manipulações como alguma coisa que pode
ser descrita de forma simplista, linear, previsível como pretendem várias das teorias sobre o
desenvolvimento motor.
Algum leitor deste texto poderia perguntar, com certa razão, se o problema pára na
motricidade, isto é, se há outras habilidades em outros planos, e se elas seguiriam a mesma lógica.
Sem dúvida que seguem, e podemos tomar como exemplo os planos da razão, da afetividade, da
sociabilidade ou o da moralidade. Autores que abraçaram, para realizar suas pesquisas, a idéia de
complexidade, como Piaget ou Wallon, entenderam que a atividade humana segue a mesma lógica
de desenvolvimento, quer seja na dimensão cognitiva ou na afetiva, não importa. Os escritos de
Piaget a respeito da formação da inteligência afirmam que as representações mentais e o
pensamento são tributários das coordenações inteligentes iniciais, que são as coordenações
motoras. A lógica que vale para a motricidade e para os sentidos valeria também para o intelecto.
Os inatistas (conscientes ou inconscientes disso), argumentariam ainda que o fato de todas
as pessoas do mundo sentarem para descansar definiria a habilidade de sentar como inata. Ora, a
coisa não é tão simples assim. Que bom se fosse, porque todos entenderíamos os fenômenos com
maior facilidade. De fato, todas as pessoas do mundo sentam ou deitam para descansar. Acontece
que temos uma configuração corporal que se ajusta bem ao modo de sentar ou de deitar quando
estamos cansados, e isso nos economiza energias, repondo nossas forças. No entanto, fosse outra
a nossa configuração corporal e outros os meios ambientes em que vivemos, e as coisas poderiam
ser diferentes. Além disso, se tomarmos as descrições das várias formas de sentar e deitar em
todo o mundo, veremos a incrível variedade de atitudes quanto a isso, e é a isso que me refiro: se
há, atualmente, uma conduta de sentar para descansar em todas as pessoas, de acordo com o
meio natural e social em que vivem essa conduta irá variar. Dá para dizer, inclusive, que não há
duas pessoas que se sentam da mesma maneira. O ato de sentar é tão diferente de uma pessoa
para outra quanto suas impressões digitais. Além disso, há um outro argumento que justifica o
desenvolvimento de três grupos de habilidades. Quando nascemos, herdamos como disposição
genética, alguns reflexos que constituem, como afirmei anteriormente, fagulhas que desencadeiam
o desenvolvimento. Assim, o reflexo de preensão, sem dúvida alguma, é um ponto de partida, uma
espécie de atrator, em torno do qual desenvolvem-se as habilidades de manipulação. São
manipulações para nada no início da vida, mas, aos poucos, vão se ajustando ao meio na relação
entre os impulsos, os desejos e as emoções de cada pessoa com o meio cultural e natural onde
vivem. Da mesma maneira, o reflexo de marcha anuncia as locomoções futuras, bem como o
reflexo dos braços em cruz anuncia as posturas de base que teremos ao longo de nossa vida.

Outros Indícios de Complexidade

Como afirmei em trabalho anterior, a complexidade das habilidades humanas é formada,


inicialmente, por elementos simples, que se complexificam na medida das interações estabelecidas
com o meio. Em termos motores, por exemplo, os músculos do corpo humano só podem realizar
duas ações básicas: relaxar e tensionar. O jogo de relaxamentos e tensionamentos, combinando-
se, vão constituindo os gestos e estes a motricidade que, por ser flexível, altera-se e diversifica-se
a cada instante. Essa propriedade de ser flexível, tem suas raízes na própria raíz da motricidade,
isto é, na sua desordem inicial. Portanto, não são as ações iniciais por si só que constituem a
complexidade, mas suas combinações. Nesse sentido, a natureza humana é tão econômica quanto
a natureza de todo o universo. Esse processo de combinações aparentemente simples, no ser
humano é infindável. Sintoma forte disso é o exemplo dos reflexos inatos verificados no
nascimento de cada um de nós. O de sucção, por exemplo, não é um gesto que serve, desde o
início, para sugar. Serve, quando muito, para abrir e fechar a boca diante de um estímulo
adequado. Quando a criança tem fome e é levada ao peito da mãe, esse abrir e fechar a boca terá
que se adaptar ao mamilo e construir o que chamamos de sucção de leite. Mas é também um gesto
de aproximação afetiva com a mãe, como também um gesto social de estar estabelecendo uma
relação com uma outra pessoa.
O reflexo de marcha, de sua parte, não passa, no nascimento, de um abrir e fechar
passadas, ao acaso, para nada. Quando a criança puder ter equilíbrio e força para se colocar em
pé, seu desejo de ir às coisas do mundo estabelecerá as interações que definirão as habilidades de
locomoção, isto é, as múltiplas formas de se locomover, extremamente variáveis de acordo com as
várias culturas. O mesmo se poderia dizer quanto ao reflexo de preensão e outro gesto inicial
qualquer.
Ser inteligente ao nascimento, para o ser humano, é ser desordenado. O mundo que nos
espera é um mundo de surpresas. Habilidades prontas e fechadas não podem conviver com
surpresas e cada um de nós sucumbiria a cada vez que o meio ambiente nos reservasse alguma
surpresa. Aí reside, portanto, nossa inteligência de base, inicialmente evidenciada pelas disposições
motoras: para um meio ambiente imprevisível, uma inteligência também imprevisível; para um
meio ambiente mutável, uma inteligência flexível. Não é à toa que nascemos prematuramente,
antes mesmo que se complete a gestação biológica. Ou alguém ainda tem dúvidas de que os bebês
quando nascem, após nove meses de gestação, vêm ao mundo antes do tempo? Caso a gestação
humana fosse completada, como ocorre nos outros animais, as coordenações teriam tempo de se
completar e seria impossível viver em um meio cultural, imprevisível, plástico. A solução
encontrada foi o nascimento precoce, para que, a meio do caminho, a motricidade tivesse seu
desenvolvimento interrompido e se apresentasse disponível para novas construções. Quanto à
interrupção da gestação biológica, isso não constitui problema, pois, no caso do ser humano, ela se
completa no meio social, de tal maneira que podemos dizer que ocorrem duas gestações:
inicialmente a biológica, insuficiente, que dura aproximadamente nove meses; em seguida a social,
que dura todo o resto da vida.

Pedagogia do Movimento: Conteúdos

Uma pedagogia do movimento fundada na idéia de complexidade, deveria definir como


conteúdos básicos, atividades que estivessem de acordo com o conceito de complexidade, isto é,
atividades que, ao contrário de estabelecerem padrões de movimento, de fecharem as
possibilidades de ação, criassem um leque imprevisível e ilimitado de possibilidades. Faz parte da
natureza cognitiva humana, e Piaget o demonstrou fartamente, e nós também descrevemos algo
semelhante em pesquisa recente, que, diante de um problema qualquer, isto é, um obstáculo ou
uma novidade, nosso organismo, antes de se lançar cegamente à ação, abre possibilidades. Nesse
momento, o caminho que vinha sendo seguido deságua em uma encruzilhada de possibilidades e
cria, conseqüentemente, hipóteses de escolha. A história de vida, as experiências anteriores do
sujeito orientarão, nesse momento, na direção da melhor ou das melhores hipóteses. Tudo leva a
crer, portanto, que, quanto mais diversificadas forem as situações novas, maior o leque de
possibilidades que se formará, o que equivale a dizer que mais ampla poderá ser a inteligência, não
importa se se trata de motricidade, de racionalidade, de afetividade ou outra dimensão qualquer.
A escolha dos conteúdos que realizarão os planos pedagógicos, nessa idéia de
complexidade, deve ser coerente, portanto, com os pressupostos teóricos das teorias que embasam
tais planos. Ora, que atividades podem ser mais abertas, mais desafiadoras, mais imprevisíveis,
que as de jogo? O jogo, como o demonstrei em trabalho recente, é um fenômeno que se manifesta
quando as ações da pessoa polarizam-se na direção da subjetividade. Ou seja, o jogo é sempre
pouco objetivo, o que quer dizer que ele tem menos compromisso com a realidade objetiva que
com o sujeito jogador. Dessa maneira, o jogo não está marcado pelo compromisso futuro, não será
cobrado objetivamente por alguma coisa externa, não tem que se conformar a alguma forma
previamente definida. O jogo é desejo de ser mais que de ter, sem que esses desejos sejam
excludentes. O jogo constitui, portanto, o conteúdo privilegiado da Educação Física quando o pano
de fundo de seu projeto pedagógico é uma idéia de complexidade.
Tradicionalmente, os conteúdos básicos da Educação Física são as atividades lúdicas e o
exercício corporal. Julgo que temos incorrido em equívocos quando definimos os conteúdos lúdicos
de nossa área, pois costumamos considerar que os conteúdos básicos da Educação Física são o
jogo, o esporte, a luta, a dança e a ginástica. O equívoco está em categorizar no mesmo nível
categorias de níveis diferentes. O esporte, a dança, a luta e a ginástica são manifestações do jogo
em diferentes contextos, de forma que o jogo é a categoria maior. O esporte, por exemplo, é o
jogo em seu cotexto mais social, porque universal, porque rigorosamente regrado para permitir a
convivência de muitos povos, etc. Além disso, a manifestação de jogo na infância, que acaba por
nos acompanhar pelo resto da vida, não tem sido mencionada; trata-se da brincadeira. Julgo
também que, dentre as manifestações possíveis do jogo, identifica-se facilmente na Educação
Física a brincadeira, o esporte, a luta, a dança e a ginástica, mas há outras manifestações em
outros contextos, menos familiares à Educação Física, que não devem ser descartadas. Sugiro,
portanto, que sejam considerados conteúdos da Educação Física, quaisquer manifestaçoes possíveis
de jogo.
O outro conteúdo clássico da Educação Física é, evidentemente, o exercício corporal, um
conjunto de tecnologias que objetivam fortalecer, corrigir, prevenir, aperfeiçoar as capacidades e
habilidades corporais.

a) O Exercício Corporal
A principal característica do exercício é sua familiaridade com o trabalho, com o
atendimento de uma necessidade localizada temporalmente, o que o distingue fundamentalmente
do jogo. O exercício em Educação Física atende a uma necessidade visível, prepara especificamente
para alguma finalidade. Por exemplo, um exercício de musculação não é uma atividade que se
basta por si só, e sim uma atividade que tem um objetivo externo, ou seja, é praticada para
atender a uma necessidade revelada pelo passado ou projetada no futuro. Uma pessoa pratica
musculação porque se sente fisicamente fraca ou porque pretende tornar-se mais forte. Outro
exemplo é o de um exercício de alongamento, que é feito porque uma pessoa se sente pouco
flexível ou porque pretende tornar-se mais flexível. Ou seja, a motivação do exercício está em
alguma coisa que ocorreu no passado ou que deverá ocorrer no futuro. Há, portanto, um
compromisso claro, que o exercício deve cumprir.

b) O Jogo
No caso do jogo, a atividade não se compromete com alguma coisa fora dele mesmo. Se
uma criança joga um jogo de Amarelinha, por exemplo, ela não o faz para preencher alguma falta
ou para cumprir algum compromisso futuro. O jogo não se localiza no passado ou no futuro; o jogo
é uma atividade de presente. Suas conseqüências futuras, inevitáveis, não são um problema do
jogador. O jogo se basta por si, não preenche faltas ou atende compromissos adiante. Por ser
assim, o jogo é uma atividade que não separa sujeito de objeto, que não separa a pessoa dos
objetos do jogo e cuja maior característica é uma polarização em direção à subjetividade. É a
imaginação, a emoção, o desejo, que torna o jogo possível, isto é, que cria o ambiente favorável à
manifestação do jogo. O jogo, repito, não é uma atividade de passado ou de futuro, mas uma
atividade de presente.
Temos, portanto, de um lado, como conteúdo privilegiado da Educação Física, o exercício,
de outro, o jogo. Esses conteúdos, mesmo sendo distintos, não podem ser praticados no ambiente
da Educação Física sem que se cruzem, de forma a se confundir. Se estou falando de uma idéia de
complexidade, seria incoerente afirmar que no ambiente da Educação Física podem ser descritas
formas puras de exercício e formas puras de jogo, sem que um e outro se interpenetrem. Durante
um treinamento de futebol, diversos exercícios para aperfeiçoar as habilidades possuem também
características de jogos. Assim como muitos jogos praticados durante a preparação esportiva
apresentam características de preparação para outras práticas, isto é, características de exercício.
De qualquer maneira, a idéia de jogo é mais coerente com a idéia de complexidade que a
idéia de exercício. Na cultura da Educação Física, ou da atividade física, manifestações de jogo são
o Esporte, a Luta, a Brincadeira, a Ginástica e a Dança, como tradicionalmente é aceito, mas
poderiam ser também quaisquer outras atividades lúdicas, as mais diversas possíveis.
Por ser coerente com o conceito de complexidade, o jogo será, neste trabalho, o conteúdo
que terá a maior porção de privilégio. Em uma organização curricular para a Educação Física, por
exemplo (ou para a aprendizagem esportiva), as práticas seriam, prioritariamente, lúdicas.
Considerando tudo o que foi dito a respeito do desenvolvimento da motricidade, as práticas
de uma pedagogia do movimento não poderiam limitar as possibilidades de interação. É evidente
que os exercícios corporais, por suas características, são limitadores, são determinadores, ao passo
que o jogo é aberto, não é compromissado com estruturas fechadas, não se dirige a um futuro
previsível. Isso não significa que um currículo de Educação Física deve desconsiderar as
possibilidades do exercício, mas não deve privilegiá-las sobre o jogo.

Pedagogia do Movimento: Áreas do Conhecimento


Durante o desenvolvimento de um currículo em Educação Física, sugiro distribuir as práticas
pedagógicas de modo que abordem três áreas distintas e complementares do conhecimento.

a) Conhecimento do Próprio Corpo


Trata-se do conhecimento voltado para si mesmo. No entanto, esse saber voltado para o
próprio sujeito, tem também uma outra direção, que é a direção do meio ambiente, do mundo
todo, pois não há conhecimento que não seja produzido numa relação dialética entre o sujeito e o
meio à sua volta. Apesar disso, podemos considerar a predominância dos investimentos
educacionais mais em uma direção que em outra, de tal forma que as atividades que objetivem o
conhecimento do próprio corpo sejam aquelas em que a atenção volta-se mais particularmente
para segmentos corporais ou para o corpo como um todo, como por exemplo, durante as atividades
de relaxamento.

b) Conhecimento do Meio Ambiente


Neste caso, o objetivo principal das atividades é fazer o aluno voltar a atenção para as coisas
fora dele, as coisas exteriores a ele. A intenção é fazê-lo conhecer a sociedade humana e a
natureza, mediado pelas atividades corporais de exercício e jogo.

c) Cultura da Educação Física


A cultura humana é uma cultura corporal, não importa a que se refira. É o corpo que realiza
as intenções humanas. Constituímos uma espécie que não estabelece uma relação direta com a
natureza; essa relação é intermediada pela cultura, que são as construções humanas que
compensam nossa fragilidade corporal, tornando possível essa relação com o mundo. Somos mais
que um corpo biológico; nossa natureza, e isto parece constituir um paradoxo, é cultural. Mais
particularmente, em relação à Educação Física, foram sendo incorporadas em seu acervo de
conteúdos as construções que dizem respeito especialmente ao exercício corporal e ao jogo.

Pedagogia do Movimento e Dimensões do Ensino

Definidos os conteúdos básicos da Educação Física e suas áreas de conhecimento, passemos


às dimensões que, no meu modo de entender, devem ser alvo de uma pedagogia do movimento.

a) Educação dos Sentidos


A educação dos sentidos de que falamos não objetiva dotar indivíduos de paladares ou audições
mais poderosos, pois a genética já definiu de antemão nossos poderes de sentir o mundo, mas sim,
de dotá-los de visões, paladares e olfatos internos poderosos. Se há uma fragilidade incontestável
nos nossos sentidos externos, nossa capacidade de sentir para dentro é ilimitada, na mesma
medida em que é ilimitada nossa consciência.
São absolutamente falsos os argumentos, de um lado, de que umas pessoas, por questões
naturais, genéticas, serão sempre mais capazes que outras de ver, ouvir, cheirar, tatear ou
saborear as coisas e, de outro, o que de que basta ter acesso aos meios de produção cultural para
apreciar essas coisas. Esquecem-se, os que assim argumentam, da educação. Se algumas pessoas
puderam aprender, de diversas maneiras, a saborear melhor que outras, todas as outras pessoas
também poderiam, se tiverem acesso à educação, ter a mesma habilidade. Diferenças sempre
ocorrerão entre os que puderem ser educados, mas isso será creditado sempre à genética e à
história particular de cada um e, sobre um e outro, pouco saberemos, dado que a genética
continuará sempre um dos mais caros segredos da vida, guardado a sete chaves, e a história
primordial de cada um de nós permanecerá por muito tempo um grande mistério.
Resta apenas ainda justificar a inclusão de uma modalidade educacional como essa descrita,
na disciplina Educação Física. Como fartamente expusemos anteriormente, as sensações são
atividade que estão à flor da pele, localizadas na camada mais exterior, tanto a cada um de nós,
como ao mundo. São atividade sensoriais, portanto, tipicamente corporais, tanto quanto a
motricidade, objeto básico e motivo da existência de uma disciplina chamada Educação Física.
Educação corporal é muito mais que educação das funções biológicas. Se fosse para lidar apenas
com isso, os limites dessa disciplina seriam por demais estreitos. Porém, se formos além disso, e
estendermos a atuação da Educação Física ao corpo cultural, seus limites serão amplidos de tal
forma que se estenderão a um universo ainda desconhecido.
Por tanto tempo a educação ignorou que ser inteligente é muito mais que ser capaz de fazer
cálculos ou raciocinar friamente sobre problemas isolados, que acabamos por formar gerações de
pessoas que se surpreendem permanentemente com problemas insolúveis. As pessoas são
incapazes de resolver os mais atuais e graves problemas universais, porque eles lhes escapam à
inteligência. Falta-nos a sensibilidade educada, falta-nos as emoções educadas, falta-nos a
sexualidade, a motricidade e a sociabilidade educadas.
Os currículos escolares constituem um enorme espaço de desenvolvimento de
conhecimentos ainda em branco. Só uma parte está preenchida. As outras, estão por preencher.

b) Educação da Motricidade
Julgo que a maior parte deste texto, uma vez que se refere à teoria da motricidade humana,
dispensa maiores comentários neste tópico. Restaria, talvez, acrescentar que a motricidade é a
maneira de realização da vida humana. Uma vez que nos situamos, entre os seres vivos, como
seres locomotores, sem dúvida alguma que nossa vida está fortemente presa à ação dinâmica, às
possibilidades de expressão corporal. Se pelo corpo marcamos nossa presença no mundo, pela
motricidade é que nos realizamos como seres vivos. Os recurso de educação da motricidade devem
contemplar, acima de tudo, o que está de acordo com uma idéia complexa de motricidade. Após
bilhões de anos de evolução, adaptamo-nos ao mundo como corpo que se move para se reproduzir,
se abrigar e se alimentar, entre outras coisas. A imobilidade corporal degrada nossas condições
naturais, portanto, mover-se é fator de saúde. Decorre disso que a educação da motricidade, além
de ser fator de saúde, constitui a base de todo o comportamento humano. Se pensarmos, por
exemplo, que, entre os direitos humanos mais fundamentais está o de se expressar, podemos ter
uma idéia da importância que representa a educação das expressões humanas, começando pela
expressão corporal.

c) Educação do Símbolo
Ganha maior dimensão, em uma Pedagogia do Movimento que contemple o jogo, sobre
todos os demais conteúdos possíveis, a educação do símbolo, isto é, de tudo aquilo que constitui o
espírito humano, mais particularmente, nossa imaginação, a habilidade humana por excelência.
Considerando nossa fragilidade corporal, conseqüentemente, nossa inabilidade natural para
interagir com a natureza, somente pela imaginação podemos superar os problemas daí
decorrentes. O aparelho biológico responsável pela produção de imagens em nada garante o
desenvolvimento dessas imagens coordenadas em ações internas, isto é, a imaginação. Resta aos
seres humanos, como conseqüência disso, a tarefa de dar significado a todas as coisas, isto é, de
representá-las mentalmente, incluindo-as na nossa história particular, de tal maneira que elas
passem a ser substituídas por símbolos ou signos, estes sim, constituintes do universo particular e
social de cada um de nós. Apropriar-se do mundo das coisas pela representação simbólica é, assim,
a grande tarefa humana ao longo de toda a nossa vida, e que deve constituir a principal
preocupação de qualquer sistema educacional.
É preciso que fique bem claro que, quando me refiro à educação do sentidos e à educação
da motricidade, faço-o tendo em vista as conexões entre essas dimensões educacionais e a
dimensão simbólica. A sensibilidade humana, bem como a motricidade, somente são fortes se
conectadas com nosso espírito, se interiorizadas, de forma que sejamos capazes de sentir as coisas
dentro de nós, de fazer as coisas dentro de nós. Se nossos movimentos corporais mostram-se
fracos na hora de superarmos distâncias ou pesos, esses movimentos frágeis, combinados com
nossa imaginação tornam-se fortes, como por exemplo, através das tecnologias de treinamento
para corridas ou lançamentos, ou mais, quando somos capazes de estender nossos braços e pernas
a equipamentos, através dos quais nos lançamos em velocidades imensas com nossos carros ou
erguemos pesos enormes com nossos guindastes.

Leituras Recomendadas

Freire, João Batista. Educação de corpo inteiro. São Paulo: Scipione 1989.
Freire, João Batista. De corpo e alma. São Paulo: Summus, 1991.
Freire, João Batista. Investigações preliminares sobre o jogo. Tese de Livre Docência. Faculdade de
Educação Física, Unicamp, Campinas, 2001.
Maturana, Humberto e Verden-Zöller, Gerda. Amor y juego: fundamentos olvidados de lo humano.
Morin, Edgar. O método, vol. I: a natureza da natureza. Lisboa: Europa-América, 1987.
Piaget, Jean. O possível e o necessário, vol. 1: evolução dos possíveis na criança. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1985.
Reeves, Hubert. A hora do deslumbramento. São Paulo: Martins Fontes, 1988.
Sartre, Jean-Paul. O ser e o nada. Petrópolis: Vozes, 1999.
Sérgio, Manuel. Um corte epistemológico: da educação física à motricidade humana. Lisboa:
Instituto Piaget, 1999.

S-ar putea să vă placă și