Sunteți pe pagina 1din 132

Medicina

2017
Semana 10
17 ——— 20
março

Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a


cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por
escrito. Todos os direitos reservados.
Bio. Semana 10

Nelson Paes
(Rebeca Khouri)
(Hélio Fresta)

Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a


cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por
escrito. Todos os direitos reservados.
CRONOGRAMA
04/04 Exercícios: bioquímica

15:00

05/04 Revisão

13:30

07/04 Tipos celulares e


membranas

15:00

Citoplasma e
14/04 organelas

15:00

12/04
Respiração e
fermentação

13:30
18/04
Fotossíntese e
quimiossíntese

15:00

19/04 Exercícios:
membrana e
citoplasma

15:00

25/04 Anabolismo
nuclear e síntese
protéica

13:30

26/04 Mitose e meiose

15:00

28/04 Exercícios: síntese


protéica, núcleo e
divisão

15:00
18
abr
Fotossíntese
e quimiossínte-
se
01. Resumo
02. Exercício de Aula
03. Exercício de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
Os seres autotróficos são aqueles que produzem o ✓ Ciclo de Calvin-Benson: A partir da fixação de
próprio alimento a partir de substâncias inorgâni- moléculas de CO2 pela enzima rubisco, a cada duas
cas, e se encontram na base das cadeias alimenta- voltas deste ciclo, forma-se uma molécula de glico-
res. Esse processo pode ocorrer a partir da transfor- se.
mação de energia solar, como na fotossíntese, ou de
energia química, como na quimiossíntese, em maté- → Metabolismo CAM
ria orgânica.
As plantas com metabolismo CAM deixam seus es-
tômatos fechados durante o dia, e abertos durante a
Fotossíntese noite, quando sequestram gás carbônico, e o arma-
zenam em forma de ácido málico. De dia, as plantas
É dividida em fase fotoquímica e em fase enzimática. utilizam esse ácido málico para realizar a fotossín-
tese.

→ Fatores que Influenciam a Fotossíntese


Dentre os fatores que influenciam a taxa de fotos-
→ Fase fotoquímica ocorre nos tilacóides. síntese, podemos citar a variação de Temperatura,
a concentração de Gás Carbônico e a luminosidade.
É dividida em:
✓ Fosforilação cíclica: Forma ATP com liberação de → Relação Fotossíntese x Respiração

Bio. 6
energia dos elétrons. Ao perder a energia, os elé- A fotossíntese depende da luz para ocorrer, porém
trons voltam ao orbital de baixa energia, retornando a respiração ocorre independentemente da incidên-
ao fotossistema I. cia de luz.

✓ Fosforilação acíclica: Envolve o fotossistema I e


o fotossistema II. Os elétrons do fotossistema I são
capturados pelos NADP e são transportados elé-
trons do fotossistema II ao fotossistema I. Ocorre a
fotólise da água, para que o fotossistema II não fique
oxidado; há a liberação de O2.

→ Fase Enzimática ocorre no estroma, e há o con-


sumo de gás carbônico, ATP e de NADP2H. Como
ela utiliza produtos da fase fotoquímica, ela tam- ✓ A: Ponto de compensação fótica – taxa de fotos-
bém depende da luz para acontecer. síntese é igual a taxa de respiração.
✓ B: Ponto de saturação luminosa – cloroplasto em
sua atividade máxima

Quimiossíntese
A energia utilizada na
reação não vem da luz,
mas sim de reações quí-
micas, como a oxidação
de substância inorgâni-
cas.
EXERCÍCIOS DE AULA
1.
O gás carbônico e o oxigênio estão envolvidos no metabolismo energético das
plantas. Acerca desses gases pode-se dizer que:

a) o oxigênio é produzido apenas à noite;


b) o oxigênio é produzido apenas durante o dia;
c) o gás carbônico é produzido apenas à noite;
d) o gás carbônico é produzido apenas durante o dia;
e) o oxigênio e o gás carbônico são produzidos dia e noite.

2.
As bactérias quimiossintetizantes são capazes de viver em ambientes sem luz e
sem matéria orgânica. Isso é possível porque:

a) as bactérias quimiossintetizantes utilizam apenas glicose dos alimentos para


produzir energia.
b) as bactérias quimiossintetizantes realizam a oxidação de substâncias inorgâ-
nicas para obter energia.
c) as bactérias quimiossintetizantes utilizam apenas água e gás carbônico para
produzir energia.

Bio. 7
d) as bactérias quimiossintetizantes utilizam gás carbônico e glicose para produ-
zir energia.

3.
) Em uma experiência, mediram-se, em presença do ar atmosférico, o consumo e
a produção de oxigênio de uma planta em função da luminosidade a que estava
submetida.

A curva do gráfico abaixo indica os resultados da medição:

Identifique os dois pontos da curva que representam condições para o cresci-


mento dessa planta a partir do acúmulo de reservas energéticas. Justifique sua
resposta.
4.
Um estudante realizou um experimento utilizando duas câmaras fechadas, ilu-
minadas e com condições de luz e temperatura constantes. Detalhes do experi-
mento podem ser observados no esquema.

O estudante realizou medidas da concentração de CO2 em cada câmara no iní-


cio e no final do experimento. Além disso, analisou ao microscópio o grau de
abertura ou fechamento dos estômatos nas folhas de cada uma das plantas. De-
pois de realizar estas observações, qual deve ter sido o resultado encontrado
pelo estudante com relação à concentração de CO2 nos dois ambientes e com
relação à abertura dos estômatos das duas plantas? Explique o resultado encon-
trado.

Bio. 8
EXERCÍCIOS DE CASA
1.
A fotossíntese é importante para a vida na Terra. Nos cloroplastos dos organis-
mos fotossintetizantes, a energia solar é convertida em energia química que, jun-
tamente com água e gás carbônico (CO2), é utilizada para a síntese de compos-
tos orgânicos (carboidratos). A fotossíntese é o único processo de importância
biológica capaz de realizar essa conversão. Todos os organismos, incluindo os
produtores, aproveitam a energia armazenada nos carboidratos para impulsionar
os processos celulares, liberando CO2 para a atmosfera e água para a célula por
meio da respiração celular. Além disso, grande fração dos recursos energéticos
do planeta, produzidos tanto no presente (biomassa) como em tempos remotos
(combustível fóssil), é resultante da atividade fotossintética.

As informações sobre obtenção e transformação dos recursos naturais por meio


dos processos vitais de fotossíntese e respiração, descritas no texto, permitem
concluir que:

a) o CO2 e a água são moléculas de alto teor energético.


b) os carboidratos convertem energia solar em energia química.
c) a vida na Terra depende, em última análise, da energia proveniente do Sol.
d) o processo respiratório é responsável pela retirada de carbono da atmosfera
e) a produção de biomassa e de combustível fóssil, por si, é responsável pelo au-
mento de CO2 atmosférico.
2.
O gráfico abaixo representa o resultado de um experimento em que foi medida
a velocidade da fotossíntese em função da temperatura na folha de um vegetal
mantida sob iluminação constante.

Com base nesse gráfico e nos conhecimentos acerca do processo de fotossínte-


se, assinale a alternativa correta.

a) A temperatura atua como fator limitante da fotossíntese porque o calor desna-


tura as proteínas responsáveis pelo processo.
b) O aumento da temperatura ocasiona um aumento na velocidade de fotossín-
tese porque a entrada de oxigênio na folha torna-se mais rápida com o aumento

Bio. 9
da temperatura.
c) O aumento da temperatura faz com que a fotossíntese se acelere por conta do
aumento da fosforilação cíclica dependente de O2.
d) Num experimento em que a temperatura fosse mantida constante e a lumino-
sidade fosse aumentando, o resultado permitiria a construção de um gráfico que
seria igual ao apresentado.
e) Em temperaturas muito baixas, a velocidade da fotossíntese é pequena em
consequência da baixa produção de CO2 necessário ao processo.

3.
Analise as alternativas a seguir e marque aquela que melhor define o processo
de quimiossíntese.

a) A quimiossíntese é um processo em que há a produção de matéria orgânica a


partir da energia luminosa.
b) A quimiossíntese é um processo em que o ser vivo retira energia armazenada
nos alimentos.
c) A quimiossíntese é um processo anaeróbico em que a glicose dos alimentos é
quebrada de modo a oferecer energia para determinado organismo.
d) A quimiossíntese é um processo em que são produzidas moléculas de álcool
etílico.
e) A quimiossíntese é um processo em que energia é produzida a partir de rea-
ções oxidativas de substâncias inorgânicas simples.
4.
O vermelho de cresol é uma substância indicadora de pH, de bastante sensibi-
lidade, que se apresenta na cor amarela em pH ácido e púrpura em pH básico.
A partir de um experimento com duração de 24 horas, descrito pelo esquema
apresentado a seguir, responda:

a) Qual o resultado esperado no Tubo 1?


b) Qual o resultado esperado no Tubo 2?
c) Que processo está envolvido particularmente neste experimento?
d) Como se justificam os resultados obtidos?

Bio. 10
5.
Em vegetais, as taxas de fotossíntese e de respiração podem ser calculadas a
partir da quantidade de gás oxigênio produzido ou consumido num determinado
intervalo de tempo. O gráfico mostra as taxas de respiração e de fotossíntese de
uma planta aquática, quando se varia a intensidade luminosa.

a) Em que intensidade luminosa, o volume de gás oxigênio produzido na fotossín-


tese é igual ao volume desse gás consumido na respiração?
b) Em que intervalo de intensidade luminosa, a planta está gastando suas reser-
vas?
c) Se a planta for mantida em intensidade luminosa “r”, ela pode crescer? Justi-
fique.
6.
O esquema a seguir representa um tipo de processo energético utilizado por al-
guns seres vivos na natureza.

Esse processo é denominado:

a) fotossíntese.
b) quimiossíntese.
c) fermentação.
d) respiração.
e) putrefação.

Bio. 11
7.
Em 1977, cientistas a bordo do submarino de pesquisa Alvin foram os primeiros a
identificar, no oceano Pacífico, comunidades abissais vivendo em profundidades
superiores a 2,5 km, formadas por grande número de seres, alguns, inclusive, de
grande porte. Essas comunidades se desenvolvem em torno de fontes termais
submersas, constituídas por fendas do crosta terrestre que liberam gases, onde
a água do mar penetra e é aquecida.

A formação de matéria orgânica que mantém essas comunidades está associada


ao processo de:

a) fotossíntese realizada por algas


b) quimiossíntese de bactérias autotróficas
c) síntese abiótíca com uso de energia térmica
d) sedimentação de excretas de seres da superfície

8.
“...o efeito estufa também tem seu lado bom. A vegetação do Hemisfério
Norte está mais verde, mais exuberante e mais robusta que há vinte anos, de
acordo com dados divulgados pela NASA, agência espacial americana... A
constatação de que as matas do norte estão mais viçosas por causa do efei-
to estufa parece uma peça pregada pela natureza. Pois, quanto mais verde
uma planta, mais capacidade ela tem de absorver o vilão do efeito estufa,
o gás carbônico”.
(“Estufa do Bem”, Veja, 17.10.2001, p. 148.)

a) Qual a imprecisão contida no texto? Justifique.


b) De que forma os fatores que justificam a imprecisão do texto interagem com o
“vilão do efeito estufa” para a determinação da taxa de fotossíntese?
9.
O esquema representa um experimento em que plantas semelhantes foram co-
locadas em tubos, com igual quantidade de água, devidamente vedados para
evitar a evaporação. A planta do tubo A foi mantida intacta; a tubo mostra o nível
da água no início do experimento (Ni) e no final (Nf).

a) Por que os níveis da água ficaram diferentes nos tubos A e B?


b) Que estruturas da epiderme foliar tiveram seu funcionamento afetado pela
vaselina?
c) Qual o papel dessas estruturas da epiderme para que a planta realize fotos-
síntese?

Bio. 12
10.
Foi realizado um experimento com o objetivo de verificar o efeito da intensidade
luminosa sobre a massa de carboidratos produzida e armazenada por determi-
nada espécie de plantas, mantida em um ambiente com temperatura constante.
Os resultados obtidos foram os seguintes (unidades arbitrárias):

a) Desenhe um gráfico, com base no quadriculado abaixo, que mostre a relação


entre a intensidade luminosa e o armazenamento de carboidrato.

b) Indique a posição provável do ponto de compensação fótico, ou seja, o va-


lor de intensidade luminosa em que as taxas de fotossíntese e de respiração se
equivalem.
QUESTÃO CONTEXTO
Existem algumas superstições em torno de ter plantas no quarto, desde “dormir
com planta ao lado da cama te faz acordar passando mal” até as mais extremas,
onde “dormir com uma planta no quarto pode te matar”.

A partir dos seus conhecimentos sobre fotossíntese, diga se essa superstição é


verdadeira ou falsa.

Bio. 13
GABARITO
01.
6. a
7. b
Exercício de aula 8. a) A parte “quanto mais verde uma plan-
1. b ta, mais capacidade ela tem de absorver o vilão do
2. b efeito estufa, o gás carbônico”. A fotossíntese não
3. A planta só cresce quando a taxa de fotos- depende apenas da concentração de clorofila que a
síntese é maior que a taxa de respiração (consumo planta possui.
de reservas). No gráfico, os pontos A e B indicam b) A fotossíntese é um fenômeno influen-
um maior consumo de o2, ou seja, gasto de reservas ciado por vários fatores, entre eles: luz, CO2, tem-
através da respiração. Já C mostra o ponto onde as peratura, água, nutrientes minerais, concentração
taxas de consumo e produção são iguais. Já os pon- de clorofila, enzimas, entre outros. Todos esses fa-
tos D e E mostram uma maior produção de o2, ou tores agem independentemente um do outro, de tal
seja, maior taxa de fotossíntese, indicando o cresci- modo que o aumento na concentração de um fator
mento da planta. não significa necessariamente o aumento na taxa fo-
4. A planta B, por estar com restrição hídrica, tossintética.
tem seus estômatos fechados para evitar a transpi- 9. a) A diferença dos níveis indica que a plan-
ração e a perda de água. Com isso, a absorção de ta A teve um índice de transpiração maior que o da
CO2 fica reduzida e se acumula na câmara 2. A plan- planta B.

Bio. 14
ta A não possui restrições hídricas, e por isso nem b) A presença da vaselina afetou o funcio-
problemas de perda de água pela transpiração. Seus namento dos estômatos da epiderme das folhas.
estômatos ficam abertos e absorve o CO2 na fotos- c) Através dos estômatos ocorrem as trocas
síntese, fazendo com que sua concentração diminua gasosas da planta. É através deles que a planta ab-
na câmara 1. sorve CO2 para a realização da fotossíntese.

02.
10.

Exercício de casa
1. c
2. a
3. e
4. a) Cor púrpura (pH básico).
b) Cor amarela (pH ácido).
c) A fotossíntese
d) No tubo 1, como a planta está em um re-
cipiente com luz, ocorre a fotossíntese. Nela, a plan-
ta capta o CO2 do meio (responsável por deixar o
pH ácido). No Tubo 2 não houve fotossíntese, ape-
nas respiração, e é esperado que a solução mante-
nha o pH levemente ácido por não haver absorção
do CO2, apenas sua liberação.
5. a) O ponto entre N e O; isso indica que a
planta está em seu ponto de compensação fótico.
b) A planta gasta suas reservas no intervalo
entre l e n.
c) Sim, pois no ponto r a intensidade de luz
que recebe permite a produção de mais matéria or-
gânica, por fotossíntese, do que consome na respi-
ração. A planta está acima de seu ponto de compen-
sação fótico.
03.
Questão Contexto
Durante a noite, as plantas realizam respiração ape-
nas, sem fotossíntese, pois mesmo a fase enzimática
(chamada por alguns de fase escura) depende dos
produtos da fase clara (precisa da energia luminosa)
para acontecer; por essa ideia, alguns dizem que a
planta contamina todo o ar e pode “roubar” o oxigê-
nio do quarto causando mal para as pessoas. A su-
perstição é falsa, pois a quantidade de oxigênio que
a planta utiliza e gás carbônico que ela libera não é
suficiente para causar qualquer mal.

Bio. 15
19
abr
Exercícios
Citologia

01. Resumo
02. Exercício de Aula
03. Exercício de Casa
04. Questão Contexto
EXERCÍCIOS DE AULA
1.
A célula eucariótica é compartimentada, a procariótica não. Esta afirmação faz
sentido quando comparamos os dois padrões de organização celular sob o se-
guinte aspecto:

a) Dimensões celulares. A relação superfície/volume é maior na célula proca-


riótica que na eucariótica. Assim, a célula procariótica apresenta-se com uma
área superficial suficientemente grande para satisfazê-la em termos nutritivos.
Ao mesmo tempo, o seu espaço interno é adequado à ocorrência das reações
metabólicas num ambiente descompartimentado.
b) Relação nucleoplasmática. A relação nucleoplasmática varia de 1/1 a 1/3 na
célula eucariótica,mostrando-nos que, enquanto o núcleo varia de volume, o ci-
toplasma permanece com volume constante. Portanto, a compartimentação na
célula eucariótica aumenta a superfície citoplasmática para fazer face ao aumen-
to de volume do núcleo.
c) Presença de estruturas membranosas. A presença de mesossomo e nucléolo
nas células procarióticas dispensa a presença de outras organelas citoplasmáti-
cas.
d) Processo evolutivo. A compartimentação das células eucarióticas é decorrên-
cia do processo evolutivo desenvolvido no sentido da diminuição das suas su-

Bio. 17
perfícies internas,já que as superfícies externas crescem mais que o volume da
célula, na medida em que as dimensões celulares aumentam.

O colesterol é um esteróide, que constitui um dos principais grupos de lipídios.

2. Com relação a esse tipo particular de lipídio, é correto afirmar que:

a) na espécie humana, o excesso de colesterol aumenta a eficiência da passagem


do sangue no interior dos vasos sangüíneos, acarretando a arteriosclerose;
b) o colesterol participa da composição química das membranas das células ani-
mais e é precursor dos hormônios sexuais masculino (testosterona) e feminino
(estrógeno);
c) o colesterol é encontrado em alimentos tanto de origem animal como vegetal
(por ex.: manteigas, margarinas, óleos de soja, milho, etc.) uma vez que é deriva-
do do metabolismo dos glicerídeos;
d) nas células vegetais, o excesso de colesterol diminui a eficiência dos proces-
sos de transpiração celular e da fotossíntese.

3.
“A silicose é uma doença muito comum em trabalhadores que lidam com amian-
to. Um dos componentes do amianto é a sílica, uma substância inorgânica que
forma minúsculos cristais que podem se acumular nos pulmões. As células dos
alvéolos pulmonares afetadas por estes cristais acabam sofrendo autólise”. Essa
doença está relacionada com organóides citoplasmáticos denominados:

a) plastos.
b) lisossomos.
c) dictiossomos.
d) mitocôndrias.
e) centríolos.
4.
No esquema estão representadas etapas, numeradas de 1 a 3, de um importante
processo que ocorre no interior das células, e algumas organelas envolvidas di-
reta ou indiretamente com esse processo.

As etapas que correspondem a 1, 2 e 3, respectivamente, e algumas organelas


representadas no esquema, estão corretamente listadas em:

a) absorção de aminoácidos, síntese protéica e exportação de proteínas; retículo


endoplasmático, lisossomo e mitocôndria.
b) fagocitose de macromoléculas, digestão celular e egestão de resíduos; retícu-
lo endoplasmático, complexo de Golgi e lisossomo.
c) fagocitose de sais minerais, fotossíntese e exportação de compostos orgâni-
cos; cloroplastos e vacúolos.

Bio. 18
d) absorção de oxigênio, respiração celular e eliminação de dióxido de carbono;
mitocôndrias e vacúolos.
e) fagocitose de macromoléculas, digestão celular e exportação de proteínas;
mitocôndrias e lisossomos.

5.
Analise a ilustração que segue.

Com base na ilustração,

a) indique o tipo de célula representado, respectivamente, por I, II e III;


b) justifique a declaração que I faz para II;
c) apresente, sob o ponto de vista estrutural e funcional, as razões que levam III
a supor que possui algum grau de parentesco com II;
d) explique a dependência de IV em relação a I, a II ou a III.
6.
Certas doenças hereditárias decorrem da falta de enzimas lisossômicas. Nesses
casos, substâncias orgânicas complexas acumulam-se no interior dos lisosso-
mos e formam grandes inclusões que prejudicam o funcionamento das células.

a) O que são lisossomos e como eles contribuem para o bom funcionamento de


nossas células?
b) Como se explica que as doenças lisossômicas sejam hereditárias se os lisosso-
mos não são estruturas transmissíveis de pais para filhos?

7.
O esquema representa uma célula secretora de enzimas em que duas estruturas
citoplasmáticas estão indicadas por letras (A e B). Aminoácidos radioativos in-
corporados por essa célula concentram-se inicialmente na região A. Após algum
tempo, a radioatividade passa a se concentrar na região B e, pouco mais tarde,
pode ser detectada fora da célula.

Bio. 19
a) Explique, em termos funcionais, a concentração inicial de aminoácidos radio-
ativos na estrutura celular A.
b) Como se explica a detecção da radioatividade na estrutura B e, em seguida,
fora da célula?

8.
Analise a figura. O organóide mencionado é o vacúolo contrátil, presente em al-
guns seres protistas.

a) Quais as principais funções desta organela citoplasmática, e em que grupo de


protistas ela está presente?
b) Em quais condições ambientais esta organela entra em atividade?
GABARITO
01.
b) Doenças lisossômicas são hereditárias
não pelos lisossomos em si, mas pelo material ge-
Exercício de aula nético envolvido na transcrição e posterior tradução
1. a das enzimas lisossômicas. Considerando que en-
2. b zimas são proteínas, uma alteração ou falta de um
3. b gene pode desencadear um erro na formação da en-
4. b zima lisossômica e trazer essa doença.
5. a)Célula animal, célula vegetal, célula bac- 7. a) A: Retículo Endoplasmático Rugoso,
teriana e vírus. onde ocorre síntese e transporte de proteínas. Pro-
b) Porque a célula vegetal, com o proces- teínas são cadeias de aminoácidos, logo, a maior
so de fotossíntese realizado nos cloroplastos, pro- concentração de aminoácidos radioativos estaria
duz oxigênio, que será utilizado pela célula animal em A.
em seus processos aeróbicos. b) Como se trata de uma célula secretora,
c) A presença de parede celular em ambas, as proteínas sintetizadas em A serão transportadas
sendo a parede celular bacteriana composta por ao complexo golgiense (representado em B), onde
peptideoglicano e a parede celular vegetal de celu- serão preparadas para secreção através de vesícu-
lose. las secretoras. Sendo assim, a radioatividade cami-
d) Vírus não apresentam estrutura celular nha de A para B para fora da célula.

Bio. 20
própria, não apresentando metabolismo próprio, 8. a) O vacúolo contrátil tem como função a
sendo então parasitas intracelulares obrigatórios. regulação osmótica da célula, expulsando o excesso
6. a) Pequenas bolsas membranosas deri- de água presente na célula. Além disso, apresenta
vadas do Complexo Golgiense, contendo grande função excretora. Está presente em protozoários.
quantidade de enzimas digestivas. Realizam a di- b) Entra em atividade em condições de
gestão intracelular de partículas e nutrientes, bem meio hipotônicas, ou seja, a concentração do meio é
como reciclagem de organelas citoplasmáticas (au- menor que a do citoplasma, o que ocasiona entrada
tofagia) e morte programada da célula (autólise) excessiva de água na célula por osmose.
03.
Questão Contexto
Durante a noite, as plantas realizam respiração ape-
nas, sem fotossíntese, pois mesmo a fase enzimática
(chamada por alguns de fase escura) depende dos
produtos da fase clara (precisa da energia luminosa)
para acontecer; por essa ideia, alguns dizem que a
planta contamina todo o ar e pode “roubar” o oxigê-
nio do quarto causando mal para as pessoas. A su-
perstição é falsa, pois a quantidade de oxigênio que
a planta utiliza e gás carbônico que ela libera não é
suficiente para causar qualquer mal.

Bio. 21
Fís. Semana 10

Leonardo Gomes
(Arthur Vieira)

Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a


cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por
escrito. Todos os direitos reservados.
CRONOGRAMA

03/04 Principais forças da


dinâmica

13:30

05/04 Exercícios de leis


de Newton

15:00

10/04 Decomposição
de forças e plano
inclinado

13:30

12/04 Exercícios de
decomposição
de forças e plano
inclinado

15:00
17/04 Força de atrito

13:30

19/04 Exercícios de força


de atrito

15:00

24/04 Forças de
trajetórias
curvilíneas

13:30

26/04 Trabalho de uma


força

15:00
17
Força de abr
atrito
01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
A força de atrito é paralela ao plano – com sentido A força de atrito na roda dianteira é para trás, pois
contrário ao deslizamento ou à tendência de desliza- a roda apenas rola pelo chão. Agora a roda traseira
mento entre as superfícies. faz força no chão, empurra o chão para trás. O chão
reage fazendo uma força para frente que é a força
A expressão geral da força de atrito é de atrito.

Fat=µ.N → Obs.4: Para uma situação como um livro em re-


pouso sobre uma mesa horizontal, a força normal é
onde μ é coeficiente de atrito (depende do material a força do plano.
dos corpos em contato e do polimento das superfí-
cies) e N é a reação normal.

→ Obs. 1: Na equação entram os módulos da forças,


ou seja, seus valores absolutos, porque a força de
atrito e a normal não são vetores paralelos.
Em uma situação como a de um livro em repouso em
→ Obs.2: Uma superfície pode ter atrito, mas pode um plano inclinado, onde há normal e força de atri-
não ter força de atrito atuando. A força de atrito é to, a força do plano é a soma vetorial dessas com-
contrária ao deslizamento entre as partes ou à ten- ponentes.

26
dência do deslizamento entre as partes. Assim se
não há tendência de deslizamento, não há força de
atrito atuando. Por exemplo: não há força de atrito
atuando em um livro repousando sobre uma mesa

Fís.
horizontal.

→ Obs.3: A força de atrito não é necessariamente


contrária ao movimento. Assim, quando você faz
uma força no chão para andar, essa força é para trás.
Mas o chão não vai para trás. Seu pé agarra no chão
e o atrito é para frente. É o atrito que provoca o mo-
vimento.
→ Obs. 5: O μ é adimensional (não tem unidades por
ser o quociente entre duas forças µ = fat/N) e rece-
be o nome de coeficiente de atrito estático (μe) é
usado na iminência do deslizamento, e o de coefi-
ciente de atrito dinâmico (μd) será usado quando já
foi iniciado o movimento. A experiência mostra que,
para um mesmo par de superfícies, μe > μd.
Assim, em uma bicicleta, por exemplo, costuma-se
representar o atrito como na figura abaixo. Nos exercícios, se não for especificado μe ou μd,
utiliza-se simplesmente o coeficiente de atrito μ e
admite-se μe = μd.
EXERCÍCIOS DE AULA
1.
Um corpo de peso igual a 200 N está em repouso sobre uma superfície horizon-
tal em que os coeficientes de atrito estático e dinâmico valem, respectivamente,
0,4 e 0,3.

Calcule a intensidade da força paralela ao plano capaz de fazer o corpo:

a) entrar em movimento;
b) mover-se em movimento retilíneo uniforme.

2.
Um corpo de massa 4,0kg está sobre uma superfície horizontal com a qual tem
coeficiente de atrito dinâmico 0,25. Aplica-se nele uma força F constante, que
forma com a horizontal um ângulo de 53°, conforme a figura.

27
Fís.
Se o módulo de F é 20N e a aceleração local da gravidade é 10m/s², pode-se con-
cluir que a aceleração do movimento do corpo é, em m/s²,

a) 2,0
b) 1,5
c) 0,75
d) 0,50
e) 0,25

3.
Os freios ABS são uma importante medida de segurança no trânsito, os quais
funcionam para impedir o travamento das rodas do carro quando o sistema de
freios é acionado, liberando as rodas quando estão no limiar do deslizamento.
Quando as rodas travam, a força de frenagem é governada pelo atrito cinético.

As representações esquemáticas da força de atrito fat entre os pneus e a pista,


em função da pressão p aplicada no pedal de freio, para carros sem ABS e com
ABS, respectivamente, são:
a)

b)

c)

28
Fís.
d)

e)

4.
Uma pequena caixa está escorregando sobre uma rampa plana, inclinada de um
ângulo θ com a horizontal, conforme ilustra a figura. Sua velocidade escalar varia
com o tempo, segundo o gráfico dado.
Considerando que o módulo da aceleração gravitacional local é g = 10m/s²,
senθ = 0,60 e cosθ = 0,80, o coeficiente de atrito cinético entre as superfícies
em contato é:

a) 0,25
b) 0,50
c) 0,75
d) 0,60
e) 0,80

29
EXERCÍCIOS PARA CASA

Fís.
1.
Uma pessoa necessita da força de atrito em seus pés para se deslocar sobre uma
superfície. Logo, uma pessoa que sobe uma rampa em linha reta será auxiliada
pela força de atrito exercida pelo chão em seus pés. Em relação ao movimento
dessa pessoa, quais são a direção e o sentido da força de atrito mencionada no
texto?

a) Perpendicular ao plano e no mesmo sentido do movimento.


b) Paralelo ao plano e no sentido contrário ao movimento.
c) Paralelo ao plano e no mesmo sentido do movimento.
d) Horizontal e no mesmo sentido do movimento.
e) Vertical e sentido para cima.

2.
Um bloco de borracha de massa 5,0 kg está em repouso sobre uma superfície
plana e horizontal. O gráfico representa como varia a força de atrito sobre o blo-
co quando sobre ele atua uma força F de intensidade variável paralela à super-
fície.
O coeficiente de atrito estático entre a borracha e a superfície, e a aceleração
adquirida pelo bloco quando a intensidade da força F atinge 30 N são, respecti-
vamente, iguais a

a) 0,3; 4,0 m/s²


b) 0,2; 6,0 m/s²
c) 0,3; 6,0 m/s²
d) 0,5; 4,0 m/s²
e) 0,2; 3,0 m/s²

3. Uma xícara de 0,4 kg está sobre uma mesa horizontal.

30
O coeficiente de atrito entre eles é 0,20 para o estático e 0,15 para o dinâmico
.
a) Então, ao aplicamos uma força horizontal de intensidade igual a 0,5 N, qual é
o módulo da força de atrito que surge na xícara? Dado: g = 10 m/s².

Fís.
b) Qual seria a aceleração da xícara se a força motriz tivesse 1 N de intensidade?

4.
A prateleira inclinada onde são expostos os pães de forma nos supermercados,
geralmente faz com que, uma vez retirado o pão à mostra, o que está por trás
escorregue pela pequena rampa para tomar a posição daquele que foi retirado.
Em algumas ocasiões, no entanto, ao retirar-se o pão que está na frente, o de trás
permanece em repouso em seu local original.

Isso se deve à força de atrito que, nesse caso, tem seu módulo, em N, igual a
(Dados: massa do pão e sua embalagem = 0,500 kg; aceleração da gravidade lo-
cal = 10,0 m/s2; sen 10º = 0,17 e cos 10º = 0,98.)

a) 0,85.
b) 1,70.
c) 3,25.
d) 4,90.
e) 5,00.
5.
Dois blocos, A e B, com A colocado sobre B, estão em movimento sob ação de
uma força horizontal de 4,5 N aplicada sobre A, como ilustrado na figura.

Considere que não há atrito entre o bloco B e o solo e que as massas são respec-
tivamente mA = 1,8 kg e mB = 1,2 kg. Tomando g = 10 m/s², calcule:

a) a aceleração dos blocos, se eles se locomovem juntos;


b) o valor mínimo do coeficiente de atrito estático para que o bloco A não des-
lize sobre B.

6.
Um caminhão está parado com sua carga, que consiste em um grande bloco
apoiado sobre a sua carroceria, como representa a figura. Em seguida, o ca-
minhão arranca com uma aceleração constante de módulo 2,5m/s2. Adote g =

31
10,0m/s².

Fís.
Para que o bloco não se movimente em relação ao caminhão, o coeficiente de
atrito estático entre as superfícies em contato, do bloco e da carroceria, deve ter
um valor mínimo igual a:

a) 0,25
b) 0,40
c) 0,50
d) 0,15
e) 0,35

QUESTÃO CONTEXT0
Uma criança pequena, bem corajosa, resolve se desafiar e escorrega em uma
rampa com uma inclinação de 45º (íngreme o suficiente para causar um frio na
barriga) e leva o dobro do tempo que levaria se não houvesse atrito.

Qual é o coeficiente de atrito cinético entre a criança e a rampa. (Podemos mo-


delar, a princípio, a criança como um bloco em um plano inclinado e usar as aná-
lises já estudadas).
GABARITO
01. 03.
Exercícios para aula Questão contexto
1. a) F > 80 N. 0,75
b) F = 60 N.
2. b
3. a
4. b

02.
Exercícios para casa
1. c
2. a
3. a) 0.5 N.
b) 1 m/s²
4. a
5. a) 1,5 m/s²
b) 0,1

32
6. a

Fís.
19
Exercícios abr
força de
atrito
01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto

35
Fís.
RESUMO
A força de atrito é paralela ao plano – com sentido A força de atrito na roda dianteira é para trás, pois
contrário ao deslizamento ou à tendência de desliza- a roda apenas rola pelo chão. Agora a roda traseira
mento entre as superfícies. faz força no chão, empurra o chão para trás. O chão
reage fazendo uma força para frente que é a força
A expressão geral da força de atrito é de atrito.

Fat=µ.N → Obs.4: Para uma situação como um livro em re-


pouso sobre uma mesa horizontal, a força normal é
onde μ é coeficiente de atrito (depende do material a força do plano.
dos corpos em contato e do polimento das superfí-
cies) e N é a reação normal.

→ Obs. 1: Na equação entram os módulos da forças,


ou seja, seus valores absolutos, porque a força de
atrito e a normal não são vetores paralelos.
Em uma situação como a de um livro em repouso em
→ Obs.2: Uma superfície pode ter atrito, mas pode um plano inclinado, onde há normal e força de atri-
não ter força de atrito atuando. A força de atrito é to, a força do plano é a soma vetorial dessas com-
contrária ao deslizamento entre as partes ou à ten- ponentes.

36
dência do deslizamento entre as partes. Assim se
não há tendência de deslizamento, não há força de
atrito atuando. Por exemplo: não há força de atrito
atuando em um livro repousando sobre uma mesa

Fís.
horizontal.

→ Obs.3: A força de atrito não é necessariamente


contrária ao movimento. Assim, quando você faz
uma força no chão para andar, essa força é para trás.
Mas o chão não vai para trás. Seu pé agarra no chão
e o atrito é para frente. É o atrito que provoca o mo-
vimento.
→ Obs. 5: O μ é adimensional (não tem unidades por
ser o quociente entre duas forças µ = fat/N) e rece-
be o nome de coeficiente de atrito estático (μe) é
usado na iminência do deslizamento, e o de coefi-
ciente de atrito dinâmico (μd) será usado quando já
foi iniciado o movimento. A experiência mostra que,
para um mesmo par de superfícies, μe > μd.
Assim, em uma bicicleta, por exemplo, costuma-se
representar o atrito como na figura abaixo. Nos exercícios, se não for especificado μe ou μd,
utiliza-se simplesmente o coeficiente de atrito μ e
admite-se μe = μd.
EXERCÍCIOS DE AULA
1.
O corpo A, de 5,0 kg de massa, está apoiado em um plano horizontal, preso a
uma corda que passa por uma roldana de massa e atrito desprezíveis e que sus-
tenta em sua extremidade o corpo B, de 3,0 kg de massa.

Nessas condições, o sistema apresenta movimento uniforme. Adotando g = 10


m/s2 e desprezando a influência do ar, determine:

a) o coeficiente de atrito cinético entre o corpo A e o plano de apoio;


b) a intensidade da aceleração do sistema se colocarmos sobre o corpo B uma

37
massa de 2,0 kg.

2.
Um motorista está dirigindo seu ônibus em uma rodovia retilínea e horizontal a

Fís.
uma velocidade escalar constante de 90km/h. Sabendo-se que o coeficiente de
atrito estático entre os pneus e a estrada é 0,5, calcule a distância mínima para
ele parar completamente o ônibus, admitindo-se que o ônibus tenha freio nas
quatro rodas e que não haja derrapagem. Considere a aceleração da gravidade
com módulo igual a 10m/s2 e despreze o efeito do ar.

3.
Na figura, uma caixa de peso igual a 30 kgf é mantida em equilíbrio, na iminência
de deslizar, comprimida contra uma parede vertical por uma força horizontal F.

Sabendo que o coeficiente de atrito estático entre a caixa e a parede é igual a


0,75, determine, em kgf:

a) a intensidade de F ;
b) a intensidade da força de contato que a parede aplica na caixa.
4.
Na situação esquematizada na figura, o fio e a polia são ideais; despreza-se o
efeito do ar e adota-se g = 10 m/s2. (sen θ = 0,60, cos θ = 0,80).

Sabendo que os blocos A e B têm massas iguais a 5,0 kg e que os coeficientes


de atrito estático e cinético entre B e o plano de apoio valem, respectivamente,
0,45 e 0,40, determine:

a) o módulo da aceleração dos blocos;


b) a intensidade da força de tração no fio.

5.
Em um dia sem vento, ao saltar de um avião, um paraquedista cai verticalmente
até atingir a velocidade limite. No instante em que o paraquedas é aberto (ins-
tante TA), ocorre a diminuição de sua velocidade de queda. Algum tempo após

38
a abertura do paraquedas, ele passa a ter velocidade de queda constante, que
possibilita sua aterrissagem em segurança. Que gráfico representa a força resul-
tante sobre o paraquedista, durante o seu movimento de queda?

Fís.
a)

b)

c)
d)

e)

EXERCÍCIOS PARA CASA

39
1.
No arranjo experimental da figura, o homem puxa a corda para a esquerda e,
com isso, consegue acelerar horizontalmente a caixa para a direita:

Fís.
O módulo de aceleração da caixa varia com a intensidade da força que o homem
aplica na corda, conforme o gráfico.

Admitindo que o fio e a polia sejam ideais e desprezando a influência do ar:

a) esboce o gráfico da intensidade da força de atrito recebida pela caixa em fun-


ção da intensidade da força exercida pelo homem na corda;
b) calcule a massa da caixa e o coeficiente de atrito entre ela e o plano
de apoio (g = 10 m/s2).
2.
Conforme noticiou um site da Internet em 30.8.2006, cientistas da Universi-
dade de Berkeley, Estados Unidos, “criaram uma malha de microfibras sin-
téticas que utilizam um efeito de altíssima fricção para sustentar cargas em
superfícies lisas”, à semelhança dos “incríveis pelos das patas das lagarti-
(www.inovacaotecnologica.
com.br). xas”.

Segundo esse site, os pesquisadores demonstraram que a malha criada “conse-


gue suportar uma moeda sobre uma superfície de vidro inclinada a até 80º” (veja
a foto). Dados sen 80º = 0,98; cos 80º = 0,17 e tg 80º = 5,7, pode-se afirmar que,
nessa situação, o módulo da força de atrito estático máxima entre essa malha,
que reveste a face de apoio da moeda, e o vidro, em relação ao módulo do peso
da moeda, equivale a, aproximadamente,

40
a) 5,7%.
b) 11%.
c) 17%.
d) 57%.
e) 98%.

Fís.
3.
Uma força F = 100 N, inclinada de 30o em relação à horizontal, puxa um corpo
de 20 kg sobre uma superfície horizontal com coeficiente de atrito cinético igual
a 0,2.

A cada segundo o corpo sofre uma variação de velocidade igual a:

a) 2,80 km/h
b) 1,30 km/h
c) 4,68 km/h
d) 10,08 km/h
e) zero
4.
Um bloco de 300 kg é empurrado por vários homens ao longo de uma superfície
horizontal que possui um coeficiente de atrito igual a 0,8 em relação ao bloco.
Cada homem é capaz de empurrar o bloco com uma força horizontal, no sentido
do movimento, com intensidade de até 500N. Para mover o bloco, com veloci-
dade constante, são necessários X homens.

Considerando-se g = 10m/s2, o menor valor possível para X é:

a) 1
b) 3
c) 5
d) 7
e) 9

Na cidade de Sousa, no sertão paraibano, é comum agricultores subirem, sem

5.
ajuda de equipamentos, em coqueiros. Para descer, um determinado agricultor
exerce forças com suas mãos e pés sobre o coqueiro, de modo a descer com ve-
locidade constante. (Ver figura esquemática abaixo.)

41
Fís.
Considerando-se que cada membro (pés e mãos), desse agricultor exerce uma
força perpendicular ao tronco do coqueiro e que o coeficiente
de atrito entre os membros e o tronco do coqueiro é μ, identifique as afirmativas
corretas:

I. A força normal exercida pelo tronco em cada membro do agricultor tem mó-
dulo igual a F.
II. O atrito é estático, pois a aceleração é nula.
III. A força de atrito é paralela ao tronco e orientada para cima.
IV. O peso do agricultor é P = 4μF.
V. A velocidade escalar do agricultor, imediatamente antes de chegar ao solo,
diminuirá, se o coeficiente de atrito diminuir.

Estão corretas apenas:

a) II e V
b) I e III
c) I e IV
d) I, III e IV
e) II, III e V
6.
Um bloco colocado sobre um plano inclinado inicia o seu movimento de descida
somente quando o ângulo de inclinação do plano com a horizontal for de 45°. O
coeficiente de atrito estático entre o bloco e o plano é:

a) 0,45
b) 0,70
c) 0,86
d) 0,50
e) 1,00

7.
A figura mostra um plano inclinado, sobre o qual um corpo de massa 20 kg des-
liza para baixo com velocidade constante.

42
Fís.
Se o ângulo de inclinação é a, tal que sen a = 0,60 e cos a = 0,80, então pode-
mos afirmar que o coeficiente de atrito cinético entre as superfícies do corpo e
do plano vale: (Use g = 10 m/s2)

a) 0,40
b) 0,60
c) 0,75
d) 0,80
e) 1,00
GABARITO
01. 02.
Exercícios para aula Exercícios para casa
1. a) 0,60 1. a)
b) 2,0 m/s²
2. 62,5m
3. a) 40 kgf
b) 50 kgf
4. a) 0,40 m/s²
b) 48 N
5. b
b) 50 kg e 0,20
2. e
3. d
4. c
5. d
6. e
7. c

43
Fís.
Geo. Semana 10

Claudio Hansen
(Bruna Cianni)

Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a


cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por
escrito. Todos os direitos reservados.
CRONOGRAMA

04/04 Geopolítica
mundial e seus
conflitos

09:15

Geopolítica
06/04 mundial e seus
conflitos

19:15

Fontes de energia
11/04

09:15

Fontes de energia
13/04

19:15
18/04 Brasil e a situação
energética

09:15

20/04 Brasil e a situação


energética

19:15

25/04 Crescimento
e estrutura da
população

09:15

27/04 Crescimento
e estrutura da
população

19:15
18|20

Brasil e a abr
situação ener-
gética
01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
A energia, definida com a capacidade de produzir elétricos que utilizam energia ao invés de combustí-
trabalho, pode ser dividida em duas principais ativi- vel. O Brasil, contudo, aprovou uma lei em que 5% do
dades: energia para combustão e a energia elétrica. combustível brasileiro precisa vir de biocombustí-
No brasil e em muitos países do mundo as principais vel, ou seja, se você comprar combustível fóssil tipo
fontes dessa energia são o petróleo e as hidrelétri- petróleo tem que comprar uma parte de biocombus-
cas, respectivamente. Apesar do que o senso co- tíveis, afim de regular esse crescente mercado.
mum acredita, a fonte de energia mais utilizada no
Brasil é o petróleo, para combustão, e não às hi-
drelétricas para a eletricidade. As soluções ambien- Combustíveis fósseis no
tais, nesse sentido, usualmente vêm relacionadas a Brasil
matriz energética da eletricidade, como energia so-
lar e eólica. Porém o petróleo continua sendo a prin- → Petróleo – referência em pré sal e extração sub-
cipal matriz energética de uso no Brasil e no mundo. marina
O crescimento do nosso país foi muito relacionado
com a entrada da indústria automobilística, incenti- → Carvão – o carvão brasileiro é pouco coqueifi-
vando a construção de estradas e favorecendo se- cável, isto é, não queima bem, produzindo pouca
tores empresariais como a Petrobrás. Esse período energia. O Brasil compra 60% do carvão que utiliza.
foi o automobilístico de JK, cenário preparado por Apesar da termelétrica ser de petróleo e de gás para
Vargas. Foi na ditadura militar o momento mais im- fazer eletricidade, além de energia ele é matéria pri-

Geo. 48
portante de desenvolvimento do nosso potencial hi- ma para diversos produtos, principalmente utilizado
droelétrico. O Brasil se destaca também por apre- na siderurgia.
sentar uma alternativa a combustão do petróleo,
satisfazendo a necessidade de combustível, com o → Gás natural – dos fósseis é o menos poluente
etanol. Este é feito de biomassa e não de combus- e mais barato mas, para explorá-lo, é necessário
tível fóssil como o petróleo que é não renovável e a construção de gasodutos que são obras compli-
há um temor sobre seu esgotamento. O etanol, vem cadas e cara, o que caracteriza o transporte deste
da cana, e representa 15,7% da matriz energética do como difícil
Brasil enquanto a Hidráulica fica em 11,5%. O desen-
volvimento da tecnologia passa por criar motores → Xisto – o xisto é uma rocha formada pela sedi-
que recebem algum tipo de produto, transforman- mentação de matéria orgânica na natureza, dando
do-o em energia. O motor flex foi criado e funciona origem a rocha sedimentar com possibilidade de
também com etanol. Apesar desse desenvolvimen- extrair óleo ou gás dessa rocha. O produto químico
to o governo não incentiva o crescimento exagerado utilizado para fazer essa retirada pode contaminar
do etanol por alguns motivos. O país já sofre com aquíferos. Ele é betuminoso, e os EUAs acharam a
o problema do desmatamento oriundo da plantação maior reserva de xisto do mundo em seu território.
de soja e também da pecuária, que se dá de forma Este é muito poluente, por isso o Brasil, apesar de
ampla como base produtiva do Brasil. Além disso, se ter, não investe nesse setor.
houvesse investimento para produção do álcool por
meio da cana, seria muito lucrativo para quem tra-
balha com a cana vender para o etanol ao invés de Situação energética no Brasil
para o açúcar. Isso poderia também acarretar numa
crise alimentar, já que, quando se tira um produto → Eólica - compõem 2% da fonte de energia do Bra-
do mercado o preço dele sobe, de modo que todos sil, se concentrando no litoral nordestino e no Rio
os produtos que levam açúcar iam ficar mais caro. Grande do Sul
Até quem planta xuxu e amendoim poderia deixar de
vender isso para plantar cana, diminuindo a produ- → Solar – representa menos de 0,008% da energia
ção de outros alimentos do Brasil, sendo representativo em Santa Catarina,
e compondo um potencial de investimento em ener-
Algumas empresas estão fazendo soluções encon- gia renovável devido a alta taxa de potencial solar
tradas para o problema da combustão são os carros em partes do território brasileiro
→ Hidrelétrica – compõe 65,2%. A referência malefício ambiental se relaciona ao lixo e ao risco de
é Itaipu, a binacional Brasil e Paraguai. Belo Mon- acidentes que geraram grandes impactos ambien-
te, ainda em construção, promete superá-la como tais
maior usina brasileira, localizado na Amazônia Para-
ense no Rio Madeira e Xingu → Biomassa – compõem 7,3% da produção energé-
tica brasileira, tendo potencial de crescer
→ Nuclear - compõem 2,5% da energia do Brasil,
sendo representada por Angra I II e III. O principal

EXERCÍCIOS DE AULA
1.
O potencial brasileiro para gerar energia a partir da biomassa não se limita
a uma ampliação do Pró-álcool.

Geo. 49
O país pode substituir o óleo diesel de petróleo por grande variedade de óle-
os vegetais e explorar a alta produtividade das florestas tropicais plantadas.
Além da produção de celulose, a utilização da biomassa permite a geração
de energia elétrica por meio de termelétricas a lenha, carvão vegetal ou gás
de madeira, com elevado rendimento e baixo custo.

Cerca de 30% do território brasileiro é constituído por terras impróprias para


Desafios Internacionais para a agricultura, mas aptas à exploração florestal. A utilização de metade des-
o século XXI. Seminário sa área, ou seja, de 120 milhões de hectares, para a formação de florestas
da Comissão de Relações
Exteriores e de Defesa energéticas, permitiria produção sustentada do equivalente a cerca de 5 bi-
Nacional da Câmara dos
Deputados, ago./2002 (com lhões de barris de petróleo por ano, mais que o dobro do que produz a Arábia
adaptações).
Saudita atualmente.

José Walter Bautista Vidal.

Para o Brasil, as vantagens da produção de energia a partir da biomassa incluem

a) implantação de florestas energéticas em todas as regiões brasileiras com igual


custo ambiental e econômico.
b) substituição integral, por biodiesel, de todos os combustíveis fósseis deriva-
dos do petróleo.
c) formação de florestas energéticas em terras impróprias para a agricultura.
d) importação de biodiesel de países tropicais, em que a produtividade das flo-
restas seja mais alta.
e) regeneração das florestas nativas em biomas modificados pelo homem, como
o Cerrado e a Mata Atlântica.
EXERCÍCIOS DE CASA
1.
Uma fonte de energia que não agride o ambiente, é totalmente segura e usa um
tipo de matéria-prima infinita é a energia eólica, que gera eletricidade a partir da
força dos ventos. O Brasil é um país privilegiado por ter o tipo de ventilação ne-
cessária para produzi-la. Todavia, ela é a menos usada na matriz energética bra-
sileira. O Ministério de Minas e Energia estima que as turbinas eólicas produzam
apenas 0,25% da energia consumida no país. Isso ocorre porque ela compete
com uma usina mais barata e eficiente: a hidrelétrica, que responde por 80% da
energia do Brasil. O investimento para se construir uma hidrelétrica é de aproxi-
madamente US$ 100 por quilowatt. Os parques eólicos exigem investimento de
cerca de US$ 2 mil por quilowatt e a construção de uma usina nuclear, de apro-
ximadamente US$ 6 mil por quilowatt. Instalados os parques, a energia dos ven-
tos é bastante competitiva, custando R$ 200,00 por megawatt-hora frente a R$
150,00 por megawatt-hora das hidrelétricas e a R$ 600,00 por megawatt-hora
das termelétricas. Época. 21/4/2008 (com adaptações).

De acordo com o texto, entre as razões que contribuem para a menor participa-
ção da energia eólica na matriz energética brasileira, inclui-se o fato de

a)A haver, no país, baixa disponibilidade de ventos que podem gerar energia elé-

Geo. 50
trica.
b) o investimento por quilowatt exigido para a construção de parques eólicos ser
de aproximadamente 20 vezes
o necessário para a construção de hidrelétricas.
c) o investimento por quilowatt exigido para a construção de parques eólicos ser
igual a 1/3 do necessário para
a construção de usinas nucleares.
d) o custo médio por megawatt-hora de energia obtida após instalação de par-
ques eólicos ser igual a 1,2 multiplicado pelo custo médio do megawatt-hora ob-
tido das hidrelétricas.
e) o custo médio por megawatt-hora de energia obtida após instalação de par-
ques eólicos ser igual a 1/3 do
custo médio do megawatt-hora obtido das termelétricas.

2. A usina hidrelétrica de Belo Monte será construída no rio Xingu, no municí-


pio de Vitória de Xingu, no Pará. A usina será a terceira maior do mundo e
a maior totalmente brasileira, com capacidade de 11,2 mil megawatts. Os
índios do Xingu tomam a paisagem com seus cocares, arcos e flechas. Em
Altamira, no Pará, agricultores fecharam estradas de uma região que será
inundada pelas águas da usina.

BACOCCINA, D.; QUEIROZ, G.; BORGES, R. Fim do leilão, começo da con-


fusão. Istoé Dinheiro. Ano 13, n.º 655, 28 abr. 2010 (adaptado).
Os impasses, resistências e desafios associados a construção da Usina Hidrelé-
trica de Belo Monte estão relacionados

a) ao potencial hidrelétrico dos rios no norte e nordeste quando comparados às


bacias hidrográficas das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país.
b) à necessidade de equilibrar e compatibilizar o investimento no crescimento do
país com os esforços para a conservação ambiental.
c) à grande quantidade de recursos disponíveis para as obras e à escassez dos
recursos direcionados para o pagamento pela desapropriação das terras.
d) ao direito histórico dos indígenas à posse dessas terras e à ausência de reco-
nhecimento desse direito por parte das empreiteiras.
e) ao aproveitamento da mão de obra especializada disponível na região Norte e
o interesse das construtoras na vinda de profissionais do Sudeste do país.

3.
A Lei Federal n.º 11.097/2005 dispõe sobre a introdução do biodiesel na matriz
energética brasileira e fixa em 5%, em volume, o percentual mínimo obrigatório
a ser adicionado ao óleo diesel vendido ao consumidor.

De acordo com essa lei, biocombustível é “derivado de biomassa renovável para


uso em motores a combustão interna com ignição por compressão ou, conforme

Geo. 51
regulamento, para geração de outro tipo de energia, que possa substituir parcial
ou totalmente combustíveis de origem fóssil”.

A introdução de biocombustíveis na matriz energética brasileira

a) colabora na redução dos efeitos da degradação ambiental global produzida


pelo uso de combustíveis fósseis, como os derivados do petróleo.
b) provoca uma redução de 5% na quantidade de carbono emitido pelos veículos
automotores e colabora no controle do desmatamento.
c) incentiva o setor econômico brasileiro a se adaptar ao uso de uma fonte de
energia derivada de uma biomassa inesgotável.
d) aponta para pequena possibilidade de expansão do uso de biocombustíveis,
fixado, por lei, em 5% do consumo de derivados do petróleo.
e) diversifica o uso de fontes alternativas de energia que reduzem os impactos da
produção do etanol por meio da monocultura da cana-de-açúcar.

4.
Análise com atenção a tabela a seguir

Fonte: IBGE
Considerando a evolução dos dados, assinale a alternativa incorreta.

a) A base energética com maior crescimento no consumo no período é a hidro-


eletricidade. Algumas das razões são o aumento da urbanização e o processo de
substituição do óleo diesel por eletricidade nas indústrias. Esse fato repercute
no montante das emissões poluentes nas áreas de concentração industrial.
b) A lenha, proporcionalmente, deixou de ser a matriz energética mais utilizada.
O seu uso ainda elevado reflete uma modernização desigual do Brasil, segundo
as realidades regionais, mantendo-se como um fator de contínuo desmatamen-
to no país.
c) O uso dos derivados de cana-de-açúcar vincula-se ao Proálcool. Matriz ener-
gética limpa e sem impactos ambientais significativos, a cana pode ser cultivada
em qualquer tipo de solo, com a vantagem de, depois de colhida, melhorar a fer-
tilidade do solo e fornecer biomassa para uso energética alternativo.
d) Embora tenha perdido a posição de primazia enquanto matriz energética, o
petróleo ainda representa uma fonte de energia muito importante, associada ao
sistema de transportes do país. Seu uso contribui para a elevação dos níveis de
poluição atmosférica nas grandes cidades.
e) aumento do uso da eletricidade de origem hidráulica implica situações de con-
siderável impacto ambientar, visto que o modelo hidroelétrico adotado apoia-se
em obras de grande porte, com vastas áreas de alagamento e construção de bar-
ragens que alteram o regime hídrico dos rios.

Geo. 52
5.
A chamada camada pré-sal é uma faixa que se estende ao longo de 800
quilômetros entre os Estados do Espírito Santo e Santa Catarina, abaixo do
leito do mar, e engloba três bacias sedimentares (Espírito Santo, Campos e
Santos). O recurso natural encontrado nesta área está a profundidades que
superam os 7 mil metros, abaixo de uma extensa camada de sal que, segun-
Fonte: http://www1.folha. do geólogos, conservam a qualidade desse recurso. Vários campos já foram
uol.com.br/folha/dinheiro/ descobertos no pré-sal, entre eles o de Tupi, o principal. Há também os no-
ult91u440468.shtml. Acesso
em 24/01/2009. Adaptado meados: Guará, Bem-Te-Vi, Carioca, Júpiter e Iara, entre outros.

A notícia refere-se a qual recurso natural?

a) Bauxita.
b) Carvão.
c) Petróleo.
d) Salitre.
e) Urânio

6.
A criação da Petrobrás ocorreu no governo nacionalista de Vargas, em 1953,
quando o Estado fazia fortes investimentos no setor de infra-estrutura e indústria
de base para promover o desenvolvimento industrial do Brasil. Quando foi cria-
da, em 1953, a Petrobrás foi concebida como uma empresa
a) privada, detentora do monopólio sobre o refino de petróleo e a distribuição de
gasolina no Brasil.
b) privada, responsável pela pesquisa e extração das reservas petrolíferas bra-
sileiras.
c) privada, mas que devido à sua grande rentabilidade, foi estatizada pelo presi-
dente João Goulart.
d) estatal, mas que devido ao seu caráter deficitário, foi privatizada durante o
regime militar.
e) estatal, detentora do monopólio sobre a prospecção e o refino de petróleo no
Brasil.

7. O consumo nacional de derivados de petróleo acusa uma ascensão regular, que


traduz o desenvolvimento das atividades do país, não só quanto ao transporte,
mas também quanto à indústria. No entanto, […] essa ascensão constante do
consumo implica necessariamente um aumento das importações, com dispên-
dios crescentes de divisas, que poderão ser empregadas na compra de outras
utilidades estrangeiras, quando o permitir a produção brasileira de óleo mineral.
DEL PRIORE, Mary et al. (Orgs.). Documentos de História do Brasil: de Cabral
aos anos 90. São Paulo: Scipione, 1997. Esse texto é parte da mensagem envia-
da por Getúlio Vargas ao Congresso Nacional, em 1951, propondo a criação da

Geo. 53
Petrobras.

A leitura do texto permite concluir que o principal objetivo da Petrobras era o de:

a) ampliar a exportação de petróleo, obtendo mais divisas para a economia na-


cional.
b) aumentar a produção petrolífera, garantindo recursos para o desenvolvimen-
to industrial.
c) incentivar a construção de rodovias, objetivando o aumento do consumo de
petróleo e derivados.
d) desenvolver a pesquisa petroquímica, gerando autonomia para o setor de pro-
dução de petróleo.

8.
"Hoje o petróleo, amanhã o trigo. Quem sabe? Todos os recursos são ou po-
dem ser instrumentos de poder. Se é verdade que certos recursos - conforme
a sua capacidade de satisfazer as necessidades fundamentais - manifestam
uma grande permanência no papel que podem desempenhar, eles não dei-
Por uma Geografia do Poder.
Ática, São Paulo, 1993, p. 251). xam de se ligar ao contexto sócio-econômico e sócio-político (...)"

RAFFESTIN, Claude

Relacione as idéias do texto ao papel dos "recursos naturais" nas sociedades


contemporâneas, e considere as afirmativas:

I - Os "recursos naturais" não são bens livres. Estão indissociavelmente ligados às


relações de propriedade e de poder instituídas em cada sociedade.
II - Os "recursos naturais" não resultam do trabalho social, portanto não são pas-
síveis de se tornarem objeto de relações de poder.
III - Os "recursos naturais" determinam o desenvolvimento dos sistemas técnico-
-produtivos e a evolução das relações sócio-políticas.
Marque a opção correta:

a) Apenas a I e a II são verdadeiras.


b) Apenas a I é verdadeira.
c) Apenas a I e a III são verdadeiras.
d) Apenas a II é verdadeira.
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.

9.
A idade da pedra chegou ao fim, não porque faltassem pedras; a era do petró-
leo chegará igualmente ao fim, mas não por falta de petróleo". Xeque Yamani,
Ex-ministro do Petróleo da Arábia Saudita. "O Estado de S. Paulo", 20/08/2001.
Considerando as características que envolvem a utilização das matérias-primas
citadas no texto em diferentes contextos histórico-geográficos, é correto afir-
mar que, de acordo com o autor, a exemplo do que aconteceu na Idade da Pedra,
o fim da era do Petróleo estaria relacionado

a) à redução e esgotamento das reservas de petróleo.


b) ao desenvolvimento tecnológico e à utilização de novas fontes de energia.
c) ao desenvolvimento dos transportes e conseqüente aumento do consumo de

Geo. 54
energia.
d) ao excesso de produção e conseqüente desvalorização do barril de petróleo.
e) à diminuição das ações humanas sobre o meio ambiente.

10.
Os dados da tabela anterior mostram que, na América do Norte, o crescimento
do PIB ‘per capita’ foi acompanhado, no período 80/90, de um declínio no con-
sumo de energia por habitante, enquanto no Brasil esta relação segue um com-
portamento oposto.
Assinale a afirmativa que explica corretamente estas tendências.

a) Os países ricos da América do Norte passam atualmente por uma crise eco-
nômica que tem freado a produção industrial e, portanto, reduz o seu consumo
de energia
b) No Brasil, o consumo de energia é maior devido ao intenso uso residencial,
pois no plano econômico, as indústrias nacionais já utilizam tecnologias tão
energeticamente eficientes quanto as dos Estados Unidos e Canadá
c) Nos países desenvolvidos da América do Norte, o crescimento econômico
tem sido acompanhado de uma maior modernização tecnológica, responsável
por processos de produção e consumo de maior eficiência energética
d) Como o desenvolvimento industrial dos Estados Unidos se concentra no de-
senvolvimento da tecnologia de ponta, tem como base indústrias eletrointensi-
vas
e) Como os países ricos da América do Norte já se industrializaram há mais tem-
po, nos países pobres como o Brasil, de industrialização mais recente, o consu-
mo de energia é maior.

11.

Geo. 55
Ao analisar o gráfico da matriz energética brasileira, percebe-se que, nos últi-
mos tempos, o Estado vem direcionado a sua política energética para utilização
de fontes renováveis de energia com vistas a atingir a autossuficiência energé-
tica. Sobre a matriz energética brasileira e sua dimensão geopolítica, é correto
afirmar que

I. o desenvolvimento das tecnologias alternativas para obtenção de energia re-


novável torna-se uma exigência para colocar as economias mundiais a salvo de
futuras crises energéticas (como a crise do petróleo na década de 1970). No en-
tanto, observa-se o aumento dos efeitos poluidores da queima dos combustíveis
fósseis (petróleo e cana-de-açúcar) para o abastecimento da frota nacional de
veículos automotivos.

II. a inovação tecnológica vem possibilitando o amplo desenvolvimento do setor


de energia eólica no Brasil, com competitividade e eficiência energética, sendo
esse setor favorecido pela localização geográfica na zona de convergência inter-
tropical dos ventos alísios, assim como pela concentração espacial dos grandes
centros urbanos na faixa litorânea do oceano atlântico.
III. a tecnologia de fabricação dos biocombustíveis está em desenvolvimento
avançado no Brasil, possibilitando a produção e comercialização em larga escala
de combustível orgânico pela Petrobras. No entanto, o uso de grãos para a pro-
dução do biodiesel impõe a necessidade de expansão das fronteiras agrícolas o
que repercute no avanço do desmatamento das reservas florestais, assim como
no aumento do preço dos alimentos.

IV. a adesão do Brasil ao Programa de Combate aos Resíduos Radioativos da


ONU, criado após o acidente nuclear na Usina de Fukushima no Japão, em 2011,
ocasionou a desativação dos reatores nucleares das usinas brasileiras de Angra I
e Angra II, instaladas na cidade de Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro.

V. o desenvolvimento da técnica e da ciência e as mudanças na conjuntura eco-


nômica internacional intensificaram a corrida dos países desenvolvidos pela
procura por novas fontes de energia contrapondo lógicas antagônicas de apro-
priação da natureza que definem tensões e conflitos geopolíticos na contempo-
raneidade. Estão corretas as alternativas

a) I e III
b) I e IV
c) I e V
d) I, II e III

Geo. 56
e) I, IV e V

QUESTÃO CONTEXTO
Sabemos que a energia eólica e solar são fontes duráveis, seguras e limpas para
se investir. Aponte as regiões do brasil onde esse investimento poderia ser feito
de acordo com seus conhecimentos sobre a geografia física do Brasil. Depois
disso discorra sobre os motivos pelos quais esse investimento não acontece.
GABARITO
01. 03.
Exercícios para aula Questão contexto
1. c A energia eólica poderia receber mais investimen-
to no nordeste e nas áreas de litoral onde tem mais

02.
vento. A energia solar é feita em algumas casas do
Brasil mas poderia ser feita em larga escala na re-
Exercícios para casa gião Amazônica que recebe forte incidência solar
1. b e também no sudeste onde a variação dessa radia-
2. b ção não é tão abrupta de acordo com as estações
3. a como é no Norte do país por exemplo. Essas fon-
4. c tes de energia não recebem investimento pleno por-
5. c que o Brasil tem a questão do potencial hídrico que
6. e consegue abarcar a imensa necessidade por ener-
7. b gia da população. Também porque existem grupos
8. b que controlam a situação energética e investem am-
9. b plamente nas hidrelétricas por ser um investimento
10. c mais lucrativo. As tecnologias para desenvolver tais
11. b fontes mais sustentáveis também são mais caras e

Geo. 57
menos comuns em larga escala.
Mat. Semana 10

PC Sampaio
Alex Amaral
Rafael Jesus

(Roberta Teixeira)

Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a


cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por
escrito. Todos os direitos reservados.
CRONOGRAMA

06/04 Inequação produto Equação,


inequação e função
e inequação exponencial
quociente

08:00 11:00
18:00 21:00

07/04 Equação,
inequação e função
exponencial -
continuação

8:00
18:00

13/04 Exercícios de Logaritmos:


exponencial definição e
propriedades

08:00 11:00
18:00 21:00

20/04 Logaritmos: Função e inequação


definição e logarítmica
propriedades

08:00 11:00
18:00 21:00
27/04 Exercícios de Exercícios de
logaritmos revisão geral: 10
exercícios

08:00 11:00
18:00 21:00

28/04 Sequências: lei


de recorrência e
Fibonacci

08:00
18:00
20
Logaritmos abr
Definição e propriedades

01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
✓ logb ba = a.
Definição logb ba = x → ba = bx → x=a

Definimos como logaritmo de um número positivo a Ex: log3 81 = log3 34 = 4


na base b o valor do expoente da potência de base b
que tem como resultado o número a. Ou seja: ✓ blogba = a
logb a = X ⇆ bx = a
Fazendo bLogba = bx, temos que logb a = x e, da defini-
Chamamos a de logaritmando, sendo a > 0, e b de ção desse logaritmo, temos que bx = a.
base, sendo b > 0 e b ≠ 1
Portanto:
Ex: log2 8 = 3, pois 23 = 8. bLogba = x = a

Ex: 4log29 = (2²)log29 = (log29)² = 9² = 81


Propriedades
✓ logb (p.q) = logb p + logb q
✓ logb 1 = 0. ✓ logb (p/q) = logb p − logb q
logb 1 = x → bx = 1 → x=0 ✓ logb aa = a.logb a
✓ logbβ a = 1/β . logb a

Mat. 62
✓ logb b = 1.
logb b = x → bx = b1 → x=1 Ex: log27 81 = log33 34 = 4/3 log33 = 4/3

EXERCÍCIOS DE AULA
1.
Em 2011, um terremoto de magnitude 9,0 na escala Richter causou um devasta-
dor tsunami no Japão, provocando um alerta na usina nuclear de Fukushima. Em
2013, outro terremoto, de magnitude 7,0 na mesma escala, sacudiu Sichuan (su-
doeste da China), deixando centenas de mortos e milhares de feridos. A magni-
tude de um terremoto na escala Richter pode ser calculada por

E
M = (2 / 3) log( )
E0

sendo E a energia, em kWh, liberada pelo terremoto e E0, uma constante real po-
sitiva. Considere que E1, e E2, representam as energias liberadas nos terremotos
ocorridos no Japão e na China, respectivamente.
Qual é a relação entre E1, e E2?

a) E1 = E2 + 2
b) E1 = 10². E2
c) E1 = 10³. E2
d) E1 = 109/7. E2
e) E1 = 9/7. E2
2.
Admita que, em um determinado lago, a cada 40 cm de profundidade, a intensi-
dade de luz é reduzida em 20%, de acordo com a equação:

h
I = I 0 0,8 40

na qual I é a intensidade da luz em uma profundidade h, em centímetros, e I0 é a


intensidade na superfície. Um nadador verificou, ao mergulhar nesse lago, que a
intensidade da luz, em um ponto P, é de 32% daquela observada na superfície. A
profundidade do ponto P, em metros, considerando log2 = 0,3, equivale a:

a) 0,64
b) 1,8
c) 2,0
d) 3,2

3.
Em setembro de 1987, Goiânia foi palco do maior acidente radioativo ocorrido
no Brasil, quando uma amostra de césio-137, removida de um aparelho de radio-
terapia abandonado, foi manipulada inadvertidamente por parte da população.
A meia-vida de um material radioativo é o tempo necessário para que a massa

Mat. 63
desse material se reduza à metade. A meia-vida do césio-137 é 30 anos e a quan-
tidade restante de massa de um material radioativo, após t anos, é calculada pela
expressão:

M(t) = A . (2,7)kt,

Onde A é a massa inicial e k é uma constante negativa.

Considere log 2 = 0,3. Qual o tempo necessário, em anos, para que uma quanti-
dade de massa do césio-137 se reduza a 10% da quantidade inicial?

a)27
b)36
c)50
d)54
e)100

4.
Um lago usado para abastecer uma cidade foi contaminado após um acidente
industrial, atingindo o nível de toxidez T0, correspondente a dez vezes o nível ini-
cial. Leia as informações a seguir.

– A vazão natural do lago permite que 50% de seu volume sejam renovados a
cada dez dias.
– O nível de toxidez T(x), após x dias do acidente, pode ser calculado por meio
da seguinte equação:

T(x) = T0(0,5)0,1x
Considere D o menor número de dias de suspensão do abastecimento de água,
necessário para que a toxidez retorne ao nível inicial.

Sendo log 2 = 0,3, o valor de D é igual a:

a) 30
b) 32
c) 34
d) 36

5.
A Escala de Magnitude de Momento (abreviada como MMS e denotada como
Mw), introduzida em 1979 por Thomas Haks e Hiroo Kanamori, substituiu a Es-
cala de Richter para medir a magnitude dos terremotos em termos de energia
liberada. Menos conhecida pelo público, a MMS é, no entanto, a escala usada
para estimar as magnitudes de todos os grandes terremotos da atualidade. As-
sim como a escala Richter, a MMS é uma escala logarítmica. Mw e M se relacio-
nam pela fórmula:
2
−10, 7 + log10 ( M 0 )
Mw =
3

Mat. 64
Onde M0 é o momento sísmico (usualmente estimado a partir dos registros de
movimento da superfície, através dos sismogramas), cuja unidade é o dina·cm.
O terremoto de Kobe, acontecido no dia 17 de janeiro de 1995, foi um dos terre-
motos que causaram maior impacto no Japão e na comunidade científica inter-
nacional. Teve magnitude Mw = 7,3

Mostrando que é possível determinar a medida por meio de conhecimentos ma-


temáticos, qual foi o momento sísmico Mw do terremoto de Kobe (em dina.cm)?

a) 10 -5,10.
b) 10 -0,73.
c) 1012,00.
d) 1021,65.
e) 1027,00.

EXERCÍCIOS PARA CASA


1.
Um número N é obtido triplicando-se a base e o expoente de 2y, em que y ∈ ℝ.
Se N é igual ao produto de 2y por x y, qual é o valor de log x? (Use log 2 = 0,30 e
log 3 = 0,48)

a)2,04
b)2,08
c)2,12
d)2,26
e)2,28
2.
Ao longo de uma campanha publicitária pelo desarmamento, verificou-se que o
número de armas em poder das pessoas de uma comunidade decresceu à taxa
de 20% ao mês. Após um tempo t, o número de armas nessa comunidade foi re-
duzido à metade. Se log2 = 0,30, o valor de t é:

a) 3 meses
b) 2 meses
c) 137 dias
d) 80 dias
e) 57 dias

3.
Para melhor estudar o Sol, os astrônomos utilizam filtros de luz em seus instru-
mentos de observação.

Admita um filtro que deixe passar 4/5 da intensidade da luz que nele incide. Para
reduzir essa intensidade a menos de 10% da original, foi necessário utilizar n filtros.

Considerando log 2 = 0,301, o menor valor de n é igual a:

a) 9

Mat. 65
b) 10
c) 11
d) 12

4.
Quando ocorre um terremoto, o sismógrafo registra o tremor de terra em um
gráfico como o apresentado a seguir.

A altura máxima A, que aparece no desenho é chamada de amplitude da onda


sísmica e é medida em milímetros. A magnitude do terremoto a uma distância de
200 km do local onde ele ocorreu é um número calculado por
m = log10A + 2,5.

Notícia No dia 13 de agosto de 2011 foi registrado na costa sudeste do México,


um terremoto com epicentro a cerca de 200 km de Salinas Cruz, onde o sismó-
grafo mostrou ondas de amplitude máxima de 160mm.

Usando log2= 0,3, a magnitude desse terremoto foi de:

a) 4,6
b) 5,0
c) 5,4
d) 5,7
e) 6,1
5.
Seja β a altura de um som, medida em decibéis. Essa altura está relacionada com
a intensidade do som I, pela expressão a seguir:

I
β = 10.log
Io
Na qual a intensidade padrão, I0, é igual a 10 -12 W/m². Observe a tabela a seguir.
Nela, os valores de I foram aferidos a distâncias idênticas das respectivas fontes
de som.

Sabendo que há risco de danos ao ouvido médio a partir de 90 dB, o número de


fontes da tabela cuja intensidade de emissão de sons está na faixa de risco é de:

a) 1
b) 3

Mat. 66
c) 2
d) 4

6.
Em notação científica, um número é escrito na forma p.10q, sendo p um número
real tal que 1 ≤ p ≤ 10 e sendo q um inteiro.

Considerando-se log 2 = 0,3, o numéro 255, quando escrito na notação científica,


terá p igual a:

a)√2
b) √3
c) √5
d) √10

7.
A expectativa de vida em anos em uma região, de uma pessoa que nasceu a par-
tir de 1900 no ano x ( x ≥ 1900), é dada por:

=L( x) 12.(199.log x − 651)

Considerando log 2 = 0,3, uma pessoa dessa região que nasceu no ano 2000 tem
expectativa de viver:

a) 48,7 anos.
b) 54,6 anos.
c) 64,5 anos.
d) 68,4 anos.
e) 72,3 anos.
8.
Pode-se afirmar que log 18 é igual a:

a) log 20 – log 2
b) 3log 6
c) log 3 + log 6

d)
log 36
2
e) (log 3)(log 6)

QUESTÃO CONTEXTO
Mercado caipira tem crescimento de 20% ao ano

“Com o crescimento de 20% ao ano, o mercado de frango e ovos caipira tem


http://mais.uol.com.
se tornado uma boa alternativa para pequenos produtores. O custo de pro-
br/view/8tncj14f7l3t/ dução chega a ser o dobro do sistema industrial, mas a remuneração tam-

Mat. 67
mercado-caipira-tem-
crescimento-de-20-ao-ano- bém é bem maior. O sistema de criação das aves faz toda diferença.”

Suponha que essa taxa de crescimento se mantenha pelos próximos anos. Em


quanto tempo o mercado caipira dobrará? Use log 2 = 0,3 e log 3 = 0,48.
GABARITO
01. 03.
Exercícios para aula Questão contexto
1. c 3 anos e 9 meses
2. c
3. e
4. c
5. e

02.
Exercícios para casa
1. a
2. a
3. c
4. d
5. c
6. d
7. d

Mat. 68
8. c
His. Semana 10

William Gabriel
Renato Pellizzari
(Leonardo Machado)

Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a


cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por
escrito. Todos os direitos reservados.
CRONOGRAMA

05/04 Brasil: ouro e limites

09:15
19:15

12/04 Revoluções
francesas

09:15
19:15

19/04 Revoltas nativistas


e separtistas no
Brasil Colonial

09:15
19:15

26/04 A construção do
Estado brasileiro: o
Período Joanino

09:15
19:15
19
Revoltas nativis- abr
tas e separatistas
no Brasil colonial

01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
O Brasil Colonial, movido pela lógica Mercantilista sileiro, onde a intenção final seria a desvinculação
de mercado, movia todos os lucros majoritários da com o Estado e criação de outro, anexando o Rio de
Colônia para a Metrópole, Portugal. Isto caracteriza Janeiro, com o objetivo de ter um porto. Nem foi o
o famoso Pacto Colonial. Porém, há de se esperar principal líder do movimento, porém, Tiradentes ga-
conflitos diante desta situação, pois, gerava-se por nha um especial destaque neste movimento, muito
muitas vezes um elevado grau de inconformabilida- talvez pela exemplificação a que serviu sua pena de
de. morte.

Após 1808, com a chegada da Corte, o cenário No Nordeste Brasileiro temos a Conjuração Baiana,
muda, pois, o Brasil deixa de ser Colônia. Mas deve- muito conhecida como Revolta dos Alfaiates, onde
mos perceber que novos problemas surgiriam, por havia um cunho muito mais popular e, dentro outras
exemplo, a partir da insatisfação do sistema que se coisas, tinha como pauta de discussão o fim da es-
instaura após Independência, e revoltas continua- cravidão.
riam a acontecer.
A Guerra dos Emboabas, Guerra dos Mascates e Re-
De norte a sul do Brasil podemos destacar Revoltas volta de Filipe dos Santos também são movimentos
Nativistas e Separatistas. A Inconfidência Mineira a ser abordados neste cenário, dentre outros.
é uma clássica revolta que ocorreu no Sudeste bra-

His. 72
EXERCÍCIOS DE AULA
1.
Observe a imagem

No Brasil, a bandeira e o seu lema Liberdade ainda que tardia estão associados a
um movimento político que questionava o Pacto Colonial.

Eles simbolizavam a:

a) Revolta de Vila Rica de 1720;


b) Inconfidência Mineira de 1789;
c) Conjuração Baiana de 1798;
d) Revolução Pernambucana de 1817;
e) Confederação do Equador de 1824.
2.
A elevação de Recife à condição de vila; os protestos contra a implantação das
Casas de Fundição e contra a cobrança de quinto; a extrema miséria e carestia
reinantes em Salvador, no final do século XVIII, foram episódios que colabora-
ram, respectivamente, para as seguintes sublevações coloniais:

a) Guerra dos Emboabas, Inconfidência Mineira e Conjura dos Alfaiates.


b) Guerra dos Mascates, Motim do Pitangui e Revolta dos Malês.
c) Conspiração dos Suassunas, Inconfidência Mineira e Revolta do Maneta.
d) Confederação do Equador, Revolta de Felipe dos Santos e Revolta dos Malês.
e) Guerra dos Mascates, Revolta de Felipe dos Santos e Conjura dos Alfaiates.

3.
A Guerra dos Emboabas (1707-1709) e a Inconfidência Mineira (1789) foram revol-
tas ocorridas no Brasil. Sobre elas, assinale a alternativa correta:

a) Ambas tinham o objetivo de separar o Brasil de Portugal e ocorreram na região


da mineração.
b) A primeira e considerada uma revolução separatista e mais radical do que a
segunda, tendo ocorrido na região de São Paulo e liderada pelos Bandeirantes.
c) Tanto a primeira como a segunda foram influenciadas pelas ideias iluministas
e pela independência das Treze Colônias inglesas, mas só a segunda teve êxito

His. 73
nos seus objetivos.
d) A primeira foi bem-sucedida, garantindo aos paulistas a posse da região da
mineração, enquanto a segunda foi reprimida pela Coroa portuguesa antes de
acontecer.
e) Ambas ocorreram na mesma região do Brasil, contra a dominação portuguesa
na área da mineração, no entanto, somente a segunda teve influência das ideias
iluministas europeias.

4.
“A confrontação entre a loja e o engenho tendeu principalmente a assumir
a forma de uma contenda municipal, de escopo jurídico-institucional, entre
um Recife florescente que aspirava à emancipação e uma Olinda decadente
que procurava mantê-Io numa sujeição irrealista. Essa ingênua fachada mu-
nicipalista não podia, contudo, resistir ao embate dos interesses em choque.
Logo revelou-se o que realmente era, o jogo de cena a esconder uma luta
pelo poder entre o credor urbano e o devedor rural.”

Evaldo Cabral de Mello. A fronda dos mazombos, São Paulo, Cia. das Le-
tras, 1995, p. 123

O autor refere-se:

a) ao episódio conhecido como a Aclamação de Amador Bueno.


b) à chamada Guerra dos Mascates.
c) aos acontecimentos que precederam a invasão holandesa de Pernambuco.
d) às consequências da criação, por Pombal, da Companhia Geral de Comércio
de Pernambuco.
e) às guerras de Independência em Pernambuco.
5.
A Guerra dos Emboabas, a dos Mascates e a Revolta de Vila Rica, verificadas nas
primeiras décadas do século XVIII, podem ser caracterizadas como:

a) movimentos isolados em defesa de ideias liberais, nas diversas capitanias,


com a intenção de se criarem governos republicanos;
b) movimentos de defesa das terras brasileiras, que resultaram num sentimento
nacionalista, visando à independência política;
c) manifestações de rebeldia localizadas, que contestavam alguns aspectos da
política econômica de dominação do governo português;
d) manifestações das camadas populares das regiões envolvidas, contra as elites
locais, negando a autoridade do governo metropolitano.
e) manifestações separatistas de ideologia liberal contrárias ao domínio portu-
guês.

EXERCÍCIOS PARA CASA


1. Apesar das concessões liberais do Ato Adicional de 12 de agosto de 1834, os

His. 74
problemas sociais, políticos e econômicos que o Brasil herdou do período co-
lonial persistiram. Grande parte deles resultava da continuidade da escravidão,
do abandono em que viviam as populações do interior, das profundas desigual-
dades sociais, da má distribuição das terras e do crescimento da população ur-
bana. A partir de 1835, alimentada pela crise econômico-financeira decorrente
de arrecadações insuficientes, da queda das exportações e da elevação do cus-
to de vida, a insatisfação generalizada explodiu na forma de inúmeras revoltas
provinciais.

Assinale a alternativa em que são apresentadas as revoluções provinciais que se


destacaram:

a) Cabanagem, Balaiada e Sabinada.


b) Canudos, Contestado e Farrapos.
c) Cabanagem, Canudos e Contestado.
d) Revolta da Vacina, Revolta da Chibata e Canudos.
e) Sabinada, Balaiada e Revolta da Armada.

2.
Durante os séculos XVII e XVIII, o Brasil foi palco de motins, conspirações, revol-
tas e rebeliões. A Inconfidência Mineira é uma das expressões mais contunden-
tes desse período.

Em relação a esse período, assinale a alternativa correta:


a) O movimento inconfidente contra a metrópole manifestou-se em um momen-
to em que o próprio estado português afrouxava seu poderio econômico e polí-
tico sobre a colônia.
b) Houve repressão da corte portuguesa como resposta aos protestos contra a
instalação das casas de fundição, onde o ouro deveria ser quintado e transfor-
mado em barras.
c) Os inconfidentes eram homens sem posses, desesperançados com os rumos
do Brasil; por isso se rebelaram.
d) Os inconfidentes inspiraram-se nas idéias absolutistas, defendidas pelos pen-
sadores iluministas.
e) A Inconfidência Mineira não visava ao fim do colonialismo português.

3. “Ó vós, Homens cidadãos; ó vós, povos curvados e abandonados pelo Rei,


pelos seus despotismos, pelos seus ministros. Ó vós, povo que nascestes
para seres livres e para gozardes dos bons efeitos da liberdade... O dia da
nossa revolução está para chegar, animai-vos, que sereis felizes para sem-
pre.”

PANFLETO: Aviso ao povo Bahiense O fragmento acima se refere ao movi-


mento conhecido como “Conjuração dos Alfaiates”.

His. 75
Com relação a esse movimento ocorrido na Bahia em 1798, é correto afirmar que
os revoltosos pretendiam:

a) instalar uma República Provisória na cidade de São Salvador, com apoio da


elite burocrática e de alguns membros do alto clero;
b) defender o fim da dominação colonial garantindo, porém, a preservação do
regime monárquico e a manutenção da escravidão;
c) estabelecer um governo democrático na Capitania da Bahia de Todos os San-
tos, com igualdade de direitos, sem distinção de cor ou riqueza;
d) protestar contra a política mercantilista portuguesa, buscando conseguir o
apoio do governo norte-americano para por fim ao pacto colonial.

4.
Não existiu dominação colonial sem resistência política, que formava a base para
autonomia posterior dos povos colonizados. No Brasil, muitas rebeliões marca-
ram a luta contra Portugal.

Uma delas, foi a Revolução de 1817, em Pernambuco, que:

a) contou com a participação da elite, inclusive dos membros do clero da Igreja;


b) teve características semelhantes à Revolta dos Alfaiates na Bahia do século
XVIII, libertando os escravos;
c) não mostrou, em sua idéias, relações com o liberalismo europeu;
d) fracassou logo no início, embora seja muito exaltada pela historiografia.
5.
Acerca da “Conjuração Baiana”, movimento de caráter sedicioso, no século
XVIII, é correto afirmar que:

a) o movimento foi liderado pelos segmentos mais pobres e radicais da provín-


cia, reunidos na Sociedade Cavaleiros da Luz;
b) a Conjuração Baiana foi fundamentalmente pragmática, sem influência teóri-
ca, ao contrário da mineira em que predominavam os ideais iluministas;
c) o movimento foi influenciado por pensadores como Voltaire e por movimentos
como a rebelião negra do Haiti;
d) a Conjuração propunha a independência da Bahia, ao contrário da mineira que
postulava a imediata independência de toda a colônia.

6.
A Conjuração Baiana (1798) diferenciou-se da Conjuração Mineira (1789), entre
outros aspectos, porque aquela:

a) envolveu a alta burguesia da sociedade do Nordeste;


b) pretendia a revogação da política fiscal do Marquês de Pombal;
c) aglutinou a oficialidade brasileira insatisfeita com seu soldo;
d) teve um caráter popular, com preocupações sobretudo sociais;
e) ficou também conhecida como “revolta dos marinheiros”.

His. 76
7.
Sobre a Inconfidência Mineira (1789 ) e Baiana (1798) é correto afirmar que:

I- Claudio Manoel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga participaram da Inconfi-


dência Mineira.
II- Ocorrida em Vila Rica, a Inconfidência Mineira não contou com ampla parti-
cipação popular.
III- Ao contrário da Inconfidência Mineira, na Inconfidência Baiana, houve forte
participação popular, incluse escravos.

a) I, II e III corretas.
b) I, II e III incorretas.
c) Apenas a I está correta.
d) Apenas a II está correta.
e) Apenas a III está correta.

8.
O lema liberal “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, consagrado pela Revolu-
ção Francesa, influenciou, sobremaneira, as chamadas inconfidências ocorridas
em fins do século XVIII no Brasil Colônia.

Assinale a opção que apresenta informações corretas sobre a chamada Conju-


ração dos Alfaiates:
a) Envolveu a participação de mulatos, negros livres e escravos, refletindo não
somente a preocupação com a liberdade, mas também com o fim da dominação
colonial.
b) Esta inconfidência baiana caracterizou-se por restringir-se à participação de
uma elite de letrados e brancos livres influenciados pelos princípios revolucio-
nários franceses.
c) Em tal conjuração, a difusão das idéias liberais não acarretou crítica às contra-
dições da sociedade escravocrata.
d) Este movimento, também conhecido como Inconfidência Mineira, teve um
papel singular no contexto da crise do sistema colonial, revelando suas contra-
dições e sua decadência.
e) Um de seus principais motivos foi a prolongada crise do setor cafeeiro que se
arrastou durante a segunda metade do século XVIII.

9.
A Inconfidência Mineira foi o primeiro movimento político separatista, em que
se organizaram setores da elite e setores médios da sociedade colonial brasileira
para lutar contra o sistema colonial português e instaurar uma República.

Sobre esse movimento, podemos afirmar que:

a) a derrota da Inconfidência Mineira resultou do fato de as autoridades portu-

His. 77
guesas terem antecipado a derrama, o que possibilitou, à polícia e aos funcioná-
rios da Junta da Fazenda, surpreenderem os insurretos;
b) os inconfidentes, por meio de carta enviada por José Joaquim da Maia ao em-
baixador dos Estados Unidos em Paris, buscaram apoio dos Estados Unidos. Na
carta, o que chama atenção é um pedido de armas;
c) um dos fatores que concorreram para a criação do movimento da Inconfidên-
cia foi o fato de a Metrópole aumentar sua pressão fiscal sobre os mineradores,
em razão da queda da produção de ouro, a partir da segunda metade do século
XVIII;
d) o fracasso dos inconfidentes resultou da delação de Joaquim Silvério dos Reis
e da fragilidade política do movimento, pois os conspiradores foram além de
idéias e propostas genéricas, sem penetração e mobilização social;
e) a Inconfidência tinha como plano revolucionário: reunir homens e armas e bus-
car apoio dentro e fora de Minas para depor o governo, proclamar a República e
abolir a escravatura.

10.
Considere os textos.
I. Prevaleceu o tipo de motivação “mais colonial do que social”. A inquieta-
ção teve por base a coerção exercida pela metrópole através da cobrança
dos impostos sobre a produção aurífera. A revolução foi dirigida pelos pro-
prietários dessa região em plena decadência econômica.

II. Prevaleceu o tipo de motivação “antes social do que colonial”. A revolução


foi impulsionada pela participação de pequenos artesãos, militares de baixo
A idéia de revolução no Brasil
escalão, escravos e demais setores populares. Neste modelo, a ruptura se
colonial. Revista de História. dá em três níveis: separação da colônia, mudança das instituições políticas
FFLCH/USP, v. 42 (85), jan./
mar. 1971. p. 213) e reorganização da sociedade em novas bases.

Adaptação: Celso Frederico.


No Brasil, as contradições do sistema engendraram movimentos que colocaram
em xeque e exploração colonial.

Dentre esses movimentos, os textos identificam, respectivamente, a:

a) Inconfidência Mineira e a Confederação do Equador;


b) Revolta de Vila Rica e a Conjuração Carioca;
c) Conjuração Baiana e a Revolta de Vila Rica;
d) Revolta dos Alfaiates e a Revolta de Beckman;
e) Conjuração Mineira e a Conjuração Baiana.

QUESTÃO CONTEXTO
“Jurei morrer pela liberdade, cumpro a minha palavra”

Filipe dos Santos – Revolta de Vila Rica

Atualmente Cidade de Ouro Preto, em 1720, Vila Rica, a cidade do ouro. E junto
com este precioso metal vinham as revoltas. Comente e cite os principais pontos

His. 78
desta movimentação. 
GABARITO
01. 03.
Exercício de aula Questão Contexto
1. b Ocorrida por volta de 1720, a Revolta de Vila Rica ou
2. e Revolta de Filipe dos Santos, foi liderada pelo mes-
3. e mo e tinha como principal motivador a criação das
4. b Casas de Fundição e a consequente imposição do
5. c Quinto, imposto que representava 20% de toda arre-
cadação aurífera por parte dos mineiros. O governo

02.
também manipulava a entrada de mantimentos e in-
sumos dos mineiros, o que também foi pautado nas
Exercício de casa reivindicações.
1. a
2. b
3. c
4. a
5. c
6. d
7. a
8. a

His. 79
9. c
10. e
PARA Para ouvir o samba-enredo Chico Rei, acesse:

SABER
https://www.youtube.com/watch?v=7Ecfk5DO6d8

Para saber mais sobre Chico Rei

MAIS Filme: Chico Rei (1985)

His. 80
Por. Semana 10

Raphael Hormes
(Bruna Basile)

Este conteúdo
Este
Este conteúdo
pertence
conteúdo pertence
ao
pertence
Descomplica.
ao
ao Descomplica.
Descomplica.
Está vedada
Está
Está
a vedada
vedada aa
cópia ou acópia
cópia
reprodução
ou
ou aa reprodução
reprodução
não autorizada
não
não autorizada
autorizada
previamente
previamente
previamente
e por ee por
por
escrito. Todos
escrito.
escrito.
os direitos
Todos
Todosos os
reservados.
direitos
direitosreservados.
reservados.
CRONOGRAMA

06/04 Semântica das


palavras invariáveis

15:00

13/04 Semântica da
conjunção 1

15:00

20/04 Semântica da
conjunção 2

15:00

27/04 Análise de questões


no modelo ENEM

15:00
20
Semântica abr
da conjunção 2
01. Resumo
02. Exercício de Aula
03. Exercício de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
Exemplo: Eu estudo a fim de passar no vestibular.
Principais operadores argu-
mentativos Além disso, cabe ressaltar algumas diferenças se-
mânticas em relação às conjunções.
→ Operadores que somam argumentos: e, também,
ainda, não só… mas também, além de…, além dis- → A oração subordinada adverbial e a oração co-
so…, aliás. ordenada adversativa mantém uma relação de opo-
Exemplo: Além de ser muito inteligente, é ótimo sição entre duas ideias. Entretanto, apesar da se-
professor. melhança, elas apresentam diferenças entre si.
Enquanto a primeira apresenta a ideia menos impor-
→Operadores que indicam conclusão: portanto, tante da oposição, a coordenada apresenta a ideia
logo, por conseguinte, pois, consequentemente. mais importante. Veja:
Exemplo: João tira notas baixas e trata mal os
professores, portanto não é um bom aluno. ✓ O trabalho consome a pessoa por completo, mas
a dignifica.
→ Operadores que indicam comparação entre ele-
mentos a fim de uma conclusão: ...que, menos… ✓ O trabalho dignifica a pessoa, mas a consome por
que, tão… como. completo.
Exemplo: Vamos colocar Luisa no lugar de Joa-

Por. 84
na, uma é tão competente quanto à outra. → Algumas conjunções podem, no discurso, as-
sumir diversos significados de acordo com a re-
→ Operadores que indicam causa/explicação: por- lação que estabelecem entre as orações. A con-
que, que, já que, pois, por causa de… junção ‘e’, por exemplo, não possui apenas o valor
Exemplo: Estou triste, pois não fui bem na prova. aditivo, mas também:

→ Operadores que indicam oposição/idéias contrá- ✓ Valor adversativo: Tanto tenho aprendido e não
rias: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, em- sei nada.
bora, ainda que, posto que, apesar de…
Exemplo: Gabriel fez um bom trabalho, mas não ✓ Indicar uma consequência/conclusão: Embarco
foi aprovado. amanhã, e venho lhe dizer adeus.

→ Operadores que indicam o argumento mais forte ✓ Expressar uma finalidade: Ia decorá-la e transmi-
de um enunciado: até, mesmo, até mesmo, inclusi- ti-la ao irmão e à cachorra.
ve, pelo menos, no mínimo.
Exemplo: João era muito ambicioso; queria ser, ✓ Valor consecutivo: Estou sonhando, e não quero
no mínimo, o presidente da empresa onde tra- que me acordem.
balha.
✓ Introduz uma expressão enfática: Você ignora
→ Operadores que indicam uma relação de condi- que quem os cose sou eu, e muito eu.
ção entre um antecedente e um consequente: se,
caso. → Valor semântico da conjunção ‘’se’’:
Exemplo: Se você não for ao médico, não melho-
rará. ✓ Valor condicional: Se você estudar, conseguirá
seu intento.
→ Operadores que indicam uma relação de tempo:
quando, assim que, logo que, no momento em que… ✓ Valor causal: Se você sabia que era proibido, por
Exemplo: Assim que você chegar, me ligue! que entrou lá?

→ Operadores que indicam finalidade/objetivo: ✓ Valor concessivo: Se não ofendeu a todos, ainda
para, para que, a fim de… assim insultou os mais velhos.
✓ Valor temporal: Se fala, irrita a todos. → A conjunção alternativa “ou” pode ser empre-
gada tanto com valor de inclusão quanto de ex-
→ Valor semântico da conjunção “como”: clusão.

✓ Valor aditivo: Não apenas é dedicado, como in- ✓ Maria pode-se casar com João ou Antonio.
teligente. ✓ As plantas são prejudicadas pelo frio ou pelo ca-
lor excessivo.
✓ Valor comparativo: Simples e rápido como um
passe de mágica. Nos exemplos anteriores, o primeiro item, a conjun-
ção “ou” tem valor de exclusão, pois se João se casar
✓ Valor conformativo: Faço o trabalho como o re- com Maria, Antonio ficará excluído do processo, ou
gulamento prescreve. vice e versa. Enquanto o segundo item, a conjunção
“ou” tem valor de inclusão, pois tanto o frio, quanto o
✓ Valor causal: Como estava chovendo, não fui ao calor excessivo prejudicam as plantas e a ocorrência
trabalho. de um não impede a do outro.

EXERCÍCIO DE AULA
1.
Observe as formas sublinhadas em:

Por. 85
“Morava então (1893) em uma casa de pensão no Catete. Já por esse tempo este
gênero de residência florescia no Rio de Janeiro. Aquela era pequena e tranqui-
la.”

Esse, este e aquela são formas empregadas como recursos de coesão textual. In-
dique a classe gramatical a que pertencem essas palavras e justifique a escolha
de cada uma no trecho de acordo com a respectiva função textual.

2.
Em ensaio publicado em 2002, Nicolau Sevcenko discorre sobre a repercussão
da obra de Euclides da Cunha no pensamento político nacional.

“Acima de tudo Euclides exaltava o papel crucial do agenciamento histó-


rico da população brasileira. Sua maior aposta para o futuro do país era a
educação em massa das camadas subalternas, qualificando as gentes para
assumir em suas próprias mãos seu destino e o do Brasil. Por isso se viu em
conflito direto com as autoridades republicanas, da mesma forma como ou-
trora lutara contra os tiranetes da monarquia. Nunca haveria democracia
digna desse nome enquanto prevalecesse o ambiente mesquinho e corrupto
O outono dos césares e a
primavera da história. Revista
da ‘república dos medíocres’ (...). Gente incapaz e indisposta a romper com
da USP, as mazelas deixadas pelo latifúndio, pela escravidão e pela exploração pre-
São Paulo, n. 54, p.30 - 37,
jun-ago 2002.) datória da terra e do povo.

(...) Euclides expôs a mistificação republicana de uma ‘ordem’ excludente e


um ‘progresso’ comprometido com o legado mais abominável do passado.
Sua morte precoce foi um alívio para os césares. A história, porém, orgulho-
sa de quem a resgatou, não deixa que sua voz se cale.”

Nicolau Sevcenko
No último período do texto, há uma ocorrência do conectivo “porém”. Que argu-
mentos do texto são articulados por esse conectivo?

3.
Belo Horizonte, 28 de julho de 1942.

Meu caro Mário,

Estou te escrevendo rapidamente, se bem que haja muitíssima coisa que eu


quero te falar (a respeito da Conferência, que acabei de ler agora). Vem-me
uma vontade imensa de desabafar com você tudo o que ela me fez sentir.
Mas é longo, não tenho o direito de tomar seu tempo e te chatear.

Fernando Sabino.

No texto, o conectivo “se bem que” estabelece relação de:

a) conformidade.
b) condição.
c) concessão.
d) alternância.
e) consequência.

Por. 86
4.
Leia esta notícia científica:

Há 1,5 milhão de anos, ancestrais do homem moderno deixaram pegadas


quando atravessaram um campo lamacento nas proximidades do Ileret, no
norte do Quênia. Uma equipe internacional de pesquisadores descobriu es-
sas marcas recentemente e mostrou que elas são muito parecidas com as do
“Homo sapiens”: o arco do pé é alongado, os dedos são curtos, arqueados
e alinhados. Também, o tamanho, a profundidade das pegadas e o espaça-
mento entre elas refletem a altura, o peso e o modo de caminhar atual. Ante-
riormente, houve outras descobertas arqueológicas, como, por exemplo, as
feitas na Tanzânia, em 1978, que revelaram pegadas de 3,7 milhões de anos,
mas com uma anatomia semelhante à de macacos. Os pesquisadores acre-
ditam que as marcas recém-descobertas pertenceram ao “Homo erectus”.

Revista FAPESP, nº 157, março de 2009. Adaptado.

No texto, a sequência temporal é estabelecida principalmente pelas expressões:

a) “Há 1,5 milhão de anos”; “recentemente”; “anteriormente”.


b) “ancestrais”; “moderno”; “proximidades”.
c) “quando atravessaram”; “norte do Quênia”; “houve outras descobertas”.
d) “marcas recém-descobertas”; “em 1978”; “descobertas arqueológicas”.
e) “descobriu”; “mostrou”; “acreditam”.
5.
O “brasil” com b minúsculo é apenas um objeto sem vida, autoconsciência
ou pulsação interior, pedaço de coisa que morre e não tem a menor condi-
ção de se reproduzir como sistema; como, aliás, queriam alguns teóricos
sociais do século XIX, que viam na terra – um pedaço perdido de Portugal e
da Europa – um conjunto doentio e condenado de raças que, misturando-se
ao sabor de uma natureza exuberante e de um clima tropical, estariam fa-
dadas à degeneração e à morte biológica, psicológica e social. Mas o Brasil
com B maiúsculo é algo muito mais complexo. É país, cultura, local geográ-
fico, fronteira e território reconhecidos internacionalmente, e também casa,
pedaço de chão calçado com o calor de nossos corpos, lar, memória e cons-
ciência de um lugar com o qual se tem uma ligação especial, única, total-
mente sagrada. É igualmente um tempo singular cujos eventos são exclusi-
vamente seus, e também temporalidade que pode ser acelerada na festa do
carnaval; que pode ser detida na morte e na memória e que pode ser trazida
de volta na boa recordação da saudade. Tempo e temporalidade de ritmos
localizados e, assim, insubstituíveis. Sociedade onde pessoas seguem cer-
tos valores e julgam as ações humanas dentro de um padrão somente seu.
Não se trata mais de algo inerte, mas de uma entidade viva, cheia de autor-
reflexão e consciência: algo que se soma e se alarga para o futuro e para
o passado, num movimento próprio que se chama História. Aqui, o Brasil é
um ser parte conhecido e parte misterioso, como um grande e poderoso es-
pírito. Como um Deus que está em todos os lugares e em nenhum, mas que

Por. 87
também precisa dos homens para que possa se saber superior e onipotente.
Onde quer que haja um brasileiro adulto, existe com ele o Brasil e, no entan-
to – tal como acontece com as divindades - será preciso produzir e provocar
a sua manifestação para que se possa sentir sua concretude e seu poder.
Caso contrário, sua presença é tão inefável como a do ar que se respira e
dela não se teria consciência a não ser pela comparação, pelo contraste e
pela percepção de algumas de suas manifestações mais contundentes.

DAMATTA, Roberto. O que faz o brasil, Brasil? Rio de Janeiro: Rocco, 1986,
p. 11-12

Assinale a opção que não apresenta relações de comparação, que estejam lin-
guisticamente marcadas por conectivos comparativos:

a) “Como um Deus que está em todos os lugares e em nenhum, mas que tam-
bém precisa dos homens para que possa se saber superior e onipotente.” (linhas
33-36)
b) “É igualmente um tempo singular cujos eventos são exclusivamente seus, e
também temporalidade que pode ser acelerada na festa do carnaval” (linhas 18-
21)
c) “Aqui, o Brasil é um ser parte conhecido e parte misterioso, como um grande
e poderoso espírito.” (linhas 31-33)
d) “Onde quer que haja um brasileiro adulto, existe com ele o Brasil e, no entan-
to – tal como acontece com as divindades – será preciso produzir e provocar a
sua manifestação para que se possa sentir sua concretude e seu poder.”(linhas
36-41)
e) “Caso contrário, sua presença é tão inefável como a do ar que se respira e
dela não se teria consciência a não ser pela comparação, pelo contraste e pela
percepção de algumas de suas manifestações mais contundentes.”(linhas 41-45)
EXERCÍCIO DE CASA
1.
Viver ou sonhar?
Com esta dúvida você passa a vida sonhando.
Viver e sonhar.
Com esta decisão você começa a viver seus sonhos.

No que se refere aos termos em destaque, explique a relação de sentido estabe-


lecida por estes, tendo em vista o fato de se classificarem dentre a classe repre-
sentada pelas conjunções.

2.
Esparadrapo
Há palavras que parecem exatamente o que querem dizer. “Esparadrapo”,
por exemplo. Quem quebrou a cara fica mesmo com cara de esparadrapo.
No entanto, há outras, aliás de nobre sentido, que parecem estar insinuando
outra coisa. Por exemplo, “incunábulo* “.

QUINTANA, Mário. Da preguiça como método de trabalho. Rio de Janeiro,


Globo. 1987. p. 83.

Por. 88
*Incunábulo: [do lat. Incunabulu; berço]. Adj. 1- Diz-se do livro impresso até o ano
de 1500./ S.m. 2 – Começo, origem.

A locução “No entanto” tem importante papel na estrutura do texto. Sua função
resume-se em

a) ligar duas orações que querem dizer exatamente a mesma coisa.


b) separar acontecimentos que se sucedem cronologicamente.
c) ligar duas observações contrárias acerca do mesmo assunto.
d) apresentar uma alternativa para a primeira ideia expressa.
e) introduzir uma conclusão após os argumentos apresentados

3.
O mundo é grande
O mundo é grande e cabe
Nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe
Na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe
Poesia e prosa. Rio de
Janeiro: Nova Aguillar, 1983. No breve espaço de beijar.
ANDRADE, Carlos Drummond de.

Neste poema, o poeta realizou uma opção estilística: a reiteração de determi-


nadas construções e expressões linguísticas, como o uso da mesma conjunção
para estabelecer a relação entre as frases. Essa conjunção estabelece, entre as
ideias relacionadas, um sentido de:

a) oposição
b) comparação
c) conclusão
d) alternância
e) finalidade
4.
A tua saudade corta
como aço de navaia...
O coração fica aflito
Bate uma, a outra faia...
E os oio se enche d’água
Que até a vista se atrapaia, ai, ai...
Cuitelinho, canção folclórica. (Fragmento).

Nos dois primeiros versos há uma comparação. Reconstrua esses versos numa
frase iniciada por “Assim como [...]”, preservando os elementos comparados e o
sentido da comparação.

5.
Existe sempre um conceito por trás do que faço, só que nem sempre a mon-
tagem se completa. Os conceitos se escondem no subconsciente. Zigueza-
gues que atordoam.

Quando o xadrez funciona, o conceito é formado por encaixes eliminando


a importância exagerada que poderia ser dada a certas fotos mais formais.

Não são acasos felizes, pois, desde o começo de um projeto, uma ideia já
existe; apenas ela é flexível e se deixa impregnar pela existência das pes-

Por. 89
soas fotografadas. O interessante é fazer a matéria externa vibrar em toda
sua força de maneira que seja espelho de minhas intenções, sem deixar de
ser espelho da vida. CORAÇÃO ESPELHO DA CARNE.

Edward Weston diz nos “Notebooks” que “a câmera deve ser usada para
documentar a vida”. Documentar no sentido íntegro, não bater chapa auto-
mático de algum acontecimento mais importante histórico ou socialmente,
porém o documento de vida. Diria que revelar essa vida, essa força, é o es-
sencial, pois de qualquer forma documento sempre será a foto tomada. Ele
continua: “rendendo a verdadeira substância da coisa em si, seja ela aço
polido ou carne palpitante”.

MIGUEL RIO BRANCO, Notes on the tides.


Rio de Janeiro: Sol Gráfica, 2006.

"rendendo a verdadeira substância da coisa em si, seja ela aço polido ou carne
palpitante".

O emprego do conectivo grifado, no contexto, explica-se porque:

a) revela ideias excludentes entre si


b) expressa fatos em sequência cronológica
c) representa acontecimentos em simultaneidade
d) enfatiza a existência de mais de uma alternativa
6.
“Deboísta” é quem é adepto da filosofia do “ser de boa” – explica Carlos
Abelardo, 19 anos, estudante de Ciências Biológicas na Universidade Fede-
ral de Goiás e criador, ao lado da namorada, Laryssa de Freitas, da pági-
na no Facebook “Deboísmo”. – É aquela pessoa que não se deixa levar por
problemas bestas, que, mesmo discordando de alguém, não parte para a
agressão. É a pessoa calma, que escolhe o lutar em vez de brigar. Segun-
Adaptado de: http://oglobo. do Abelardo, o movimento é apartidário, mas político. E sobre a escolha do
globo.com/sociedade/
tecnologia/ conheca- símbolo, que é uma preguiça, ele diz que a calmaria natural do animal pas-
deboismo-nova-filosofia-de- sa uma sensação automática de “ficar de boas”. – É o animal mais de boa
boas-da-internet-17392121.
Acesso em 02 abr. 2016 – diz.

O emprego de “mas” em “o movimento é apartidário, mas político” permite afir-


mar que

a) aderir a essa filosofia de vida implica não pertencer a partido político algum.
b) participar das manifestações políticas do país faz parte das ações apoiadas
pelo movimento.
c) ser apartidário não significa eximir-se do envolvimento com a política.
d) não se envolver com partidos políticos é uma forma de negar a política.
e) discordar dos partidos políticos é uma das características do “Deboísmo”.

Por. 90
7.
Leia a fábula “O morcego e as doninhas” do escritor grego Esopo (620 a.C.?-564
a.C.?) para responder à questão.

Um morcego caiu no chão e foi capturado por uma doninha1 . Como seria
morto, rogou à doninha que poupasse sua vida.
– Não posso soltá-lo – respondeu a doninha –, pois sou, por natureza,
inimiga de todos os pássaros.
– Não sou um pássaro – alegou o morcego. – Sou um rato.
E assim ele conseguiu escapar.
Mais tarde, ao cair de novo e ser capturado por outra doninha, ele suplicou
a esta que não o devorasse. Como a doninha lhe disse que odiava todos os
ratos, ele afirmou que não era um rato, mas um morcego. E de novo conse-
guiu escapar. Foi assim que, por duas vezes, lhe bastou mudar de nome para
ter a vida salva.
(Fábulas, 2013.)

1 doninha: pequeno mamífero carnívoro, de corpo longo e esguio e de patas cur-


tas (também conhecido como furão).

“Como seria morto, rogou à doninha que poupasse sua vida.” (1° parágrafo)
Em relação à oração que a sucede, a oração destacada tem sentido de

a) proporção.
b) comparação.
c) consequência.
d) causa.
e) finalidade.
Os filhos de Anna eram bons, uma coisa verdadeira e sumarenta. Cresciam,
tomavam banho, exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais com-
pletos. A estouros. O calor era forte no apartamento que estavam aos pou-
cos pagando. Mas o vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara lem-
brava-lhe que se quisesse podia parar e enxugar a testa, olhando o calmo
horizonte. Como um lavrador. Ela plantara as sementes que tinha na mão,
não outras, mas essas apenas

LISPECTOR, C. Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

A autora emprega por duas vezes o conectivo mas no fragmento apresentado.

Observando aspectos da organização, estruturação e funcionalidade dos ele-


mentos que articulam o texto, o conectivo mas

a) expressa o mesmo conteúdo nas duas situações em que aparece no texto.


b) quebra a fluidez do texto e prejudica a compreensão, se usado no início da
frase.
c) ocupa posição fixa, sendo inadequado seu uso na abertura da frase.
d) contém uma ideia de sequência temporal que direciona a conclusão do leitor.
e) assume funções discursivas distintas nos dois contextos de uso.

Por. 91
QUESTÃO CONTEXTO

A empresa farmacêutica Bayer possui o seguinte slogan “Se é Bayer, é bom”.


Identifique o valor semântico do conectivo “se” e explique o sentido que ele pos-
sui na frase.
GABARITO
01.
5. d
6. c
Exercício de aula 7. d
1. Pronomes demonstrativos. Esse: refere-se 8. e
ao ano de 1893, mencionado no início do trecho;

03.
Este: refere-se a uma casa de pensão, mencionada
em seguida; Aquela: retoma uma informação: uma
casa de pensão no Catete. Questão Contexto
2. O operador argumentativo “porém” con- O conectivo “se” possui o valor semântico de con-
trasta dois enunciados: o anterior (“Sua morte pre- dição. Dessa forma, para o produto ser bom, é um
coce foi um alívio para os césares”) àquele em que condição que a marca seja Bayer. Logo, fica eviden-
se insere esse conectivo (“A história, orgulhosa de te que se o produto é da marca Bayer, ele é de boa
quem a resgatou, não deixa que sua voz se cale”). qualidade.
Assim, poderíamos compreender que a morte pre-
coce de Euclides da Cunha seria o alívio das preo-
cupações da elite governante, pois o falecimento
tende a atirar no esquecimento as ideias do fina-
do. No entanto, essa expectativa é quebrada pelo
movimento de resgate histórico da “voz” euclidia-

Por. 92
na. Cumpre ainda dizer que as vírgulas que isolam
a conjunção se devem ao seu deslocamento, já que
sua posição natural seria no topo da sentença.
3. c
4. a.
5. b

02.
Exercício de casa
1. Quanto ao primeiro enunciado, a relação
de sentido se atém a uma alternativa entre uma ati-
tude e outra. Já no segundo, se refere à ideia de co-
locar em prática ambas as atitudes: viver e sonhar.
2. c
3. a
4. Assim como o aço de navaia, a tua saudade
corta.
Os elementos relacionados nos dois primeiros ver-
sos da canção são “tua saudade” e “aço de navaia”.
Ambos são comparados em relação à capacida-
de que têm de cortar o emissor, o primeiro de for-
ma metafórica (fazer sofrer), o segundo literalmen-
te (cortar fisicamente). A frase “Assim como” o aço
de navaia, a tua saudade corta consegue manter os
elementos comparados e o sentido da comparação,
além de se iniciar com a locução assim como, con-
forme solicitado.
17
Grau de Pu- abr
reza e Rendi-
mento
Exercícios

01. Resumo 04. Questão


02. Exercícios contexto
para aula 05. Gabarito
03. Exercícios
para casa
EXERCÍCIOS PARA AULA!
1.
O bicarbonato de sódio é convertido a carbonato de sódio após calcinação, de
acordo com a reação não balanceada a seguir

NaHCO3 → Na2CO3 + CO2↗ + H2O↗

A calcinação de uma amostra de bicarbonato de sódio de massa 0,49 g, que con-


tém impurezas, produz um resíduo de massa 0,32 g. Se as impurezas da amostra
não são voláteis à temperatura de calcinação, pede-se:

a) os valores que tornam a equação balanceada;


b) por meio de cálculos, o percentual de bicarbonato na amostra original.

2. O teor de cálcio em uma amostra de conchas de massa igual a 5,0 g foi determi-
nado da seguinte maneira: – trituração das conchas; – aquecimento do material
triturado com HCℓ; – filtração; – precipitação de íons Ca2+ sob forma de oxalato
de cálcio monoidratado, CaC2O4.H2O, utilizando-se oxalato de amônio,
(NH4)2C2O4, como reagente; – filtração e secagem do oxalato de cálcio monoi-

Qui. 94
dratado; – calcinação em mufla, produzindo-se 2,0 g de CaO como único resí-
duo sólido.

a) Para cada uma das filtrações, indique o que é retido no filtro e o que constitui
o filtrado.
b) Escreva a equação da reação química que ocorre quando oxalato de cálcio
monoidratado é aquecido na mufla.
c) Admitindo que todo o cálcio presente nas conchas esteja sob a forma de
CaCO3 e que os outros componentes dessas conchas não interferem nos proce-
dimentos da análise, calcule a porcentagem em massa de carbonato de cálcio na
amostra de conchas analisada. Mostre os cálculos

3.
Uma moeda antiga de cobre estava recoberta com uma camada de óxido de co-
bre (II). Para restaurar seu brilho original, a moeda foi aquecida ao mesmo tempo
em que se passou sobre ela gás hidrogênio. Nesse processo, formou-se vapor
de água e ocorreu a redução completa do cátion metálico. As massas da moeda,
antes e depois do processo descrito, eram, respectivamente, 0,795 g e 0,779 g.
Assim sendo, a porcentagem em massa do óxido de cobre (II) presente na moe-
da, antes do processo de restauração, era

Dados: Massas molares (g/mol), H = 1,00; O = 16,0; Cu = 63,5.

a) 2%
b) 4%
c) 8%
d) 10%
e) 16%
4.
A composição média de uma bateria automotiva esgotada é de aproximadamen-
te 32% Pb, 3% PbO, 17% PbO2 e 36% PbSO4. A média de massa da pasta residual
de uma bateria usada é de 6kg, onde 19% é PbO2, 60% PbSO4 e 21% Pb. Entre
todos os compostos de chumbo presentes na pasta, o que mais preocupa é o
sulfato de chumbo (II), pois nos processos pirometalúrgicos, em que os compos-
tos de chumbo (placas das baterias) são fundidos, há a conversão de sulfato em
dióxido de enxofre, gás muito poluente. Para reduzir o problema das emissões
de SO2(g), a indústria pode utilizar uma planta mista, ou seja, utilizar o processo
ARAÚJO, R.V.V.; TINDADE, hidrometalúrgico, para a dessulfuração antes da fusão do composto de chumbo.
R.B.E.; SOARES, P.S.M.
Reciclagem de chumbo de Nesse caso, a redução de sulfato presente no PbSO4 é feita via lixiviação com
bateria automotiva: estudo
de caso.
solução de carbonato de sódio (Na2CO3) 1 M a 45°C, em que se obtém o carbo-
Disponível em: http://www. nato de chumbo (II) com rendimento de 91%. Após esse processo, o material se-
iqsc.usp.br. Acesso em: 17
abr. 2010 (adaptado). gue para a fundição para obter o chumbo metálico.

PbSO4 + Na2CO3 → PbCO3 + Na2SO4

Dados: Massas Molares em g/mol: Pb = 207; S = 32; Na = 23; O = 16; C = 12

Segundo as condições do processo apresentado para a obtenção de carbona-


to de chumbo (II) por meio da lixiviação por carbonato de sódio e considerando
uma massa de pasta residual de uma bateria de 6kg, qual quantidade aproxima-
da, em quilogramas, de PbCO3 é obtida?

Qui. 95
a) 1,7 kg
b) 1,9 kg
c) 2,9 kg
d) 3,3 kg
e) 3,6 kg

5.
A geração de lixo é inerente à nossa existência, mas a destinação do lixo deve ser
motivo de preocupação de todos. Uma forma de diminuir a grande produção de
lixo é aplicar os três R (Reduzir, Reutilizar e Reciclar). Dentro desta premissa, o
Brasil lidera a reciclagem do alumínio, permitindo economia de 95% no consumo
de energia e redução na extração da bauxita, já que para cada kg de alumínio são
necessários 5kg de bauxita. A porcentagem do óxido de alumínio (Aℓ2O3) extraí-
do da bauxita para produção de alumínio é aproximadamente igual a

a) 20,0 %.
b) 25,0 %.
c) 37,8 %.
d) 42,7 %.
e) 52,9 %.
6.
A hidrazina, N2H4, e o peróxido de hidrogênio, H2O2, têm sido usados como
combustíveis de foguetes. Eles reagem de acordo com a equação:

7H2O2 + N2H4 → 2HNO3 + 8 H2O

A reação de hidrazina com 75% de pureza com peróxido de hidrogênio suficiente


produziu 3,78 kg de ácido nítrico, com rendimento de 80%.
(Dados: massas atômicas: H = 1 u; O = 16 u; N = 14 u.)

a) Determine a massa, em gramas, de hidrazina impura utilizada


b) Determine a massa, em gramas, de água formada.

EXERCÍCIOS PARA CASA!


1.
O cálculo renal, ou pedra nos rins, é uma das doenças mais diagnosticadas por
urologistas. A composição do cálculo pode ser determinada por análises quími-
cas das pedras coletadas dos pacientes. Considere as análises de duas amostras
de cálculo renal de diferentes pacientes.

Qui. 96
Amostra I Análise elementar por combustão. Resultado: presença de ácido úrico
no cálculo renal.
Amostra II Decomposição térmica: massa inicial da amostra: 8,00 mg massa do
resíduo sólido final: 4,40 mg Resultado: presença de oxalato de cálcio, CaC2O4,
no cálculo renal.

a) Escreva a equação balanceada da reação de combustão completa do ácido


úrico, onde os produtos de reação são água, gás nitrogênio (N2) e gás carbônico
(CO2).
b) Determine o teor percentual, em massa, de oxalato de cálcio na amostra II do
cálculo renal, sabendo-se que os gases liberados na análise são CO e CO2, pro-
venientes exclusivamente da decomposição térmica do CaC2O4.
2.
A dolomita, CaMg(CO3)2, é um minério utilizado como fonte de magnésio e para
fabricação de materiais refratários. A figura apresenta a curva da decomposição
térmica de uma mistura de carbonatos de cálcio e magnésio e é o resultado de
medidas de variação da massa da amostra em função do aumento da temperatu-
ra. A decomposição desses carbonatos resulta na liberação de CO2 e na forma-
ção do respectivo óxido. Cada carbonato decompõe-se totalmente em diferen-
tes temperaturas, sendo que o carbonato de cálcio apresenta maior estabilidade
térmica.

Dados: massas molares (g/mol): CO2 = 44, MgCO3 = 84 e CaCO3 = 100. Po-

Qui. 97
de-se concluir que a mistura de carbonatos analisada contém a composição em
massa de carbonato de cálcio igual a:

a) 40%.
b) 45%.
c) 50%.
d) 55%.
e) 60%.

3.
Uma aliança de 10 g contém uma quantidade desconhecida de prata. Para se
determinar essa quantidade, a aliança foi tratada com solução aquosa de ácido
nítrico, de modo a transformar toda a prata presente em íons Ag+(aq). Em segui-
da, foi adicionado excesso de cloreto (Cℓ-) para precipitar o Ag+(aq) na forma
de cloreto de prata, AgCℓ(s), conforme equação a seguir: Ag+(aq) + Cℓ-(aq) →
AgCℓ(s) Sendo a massa de cloreto de prata igual a 2,87 g, após filtração e seca-
gem, é correto afirmar que a opção que mais se aproxima da percentagem de
prata na aliança é:

a) 10 %.
b) 22 %.
c) 48 %.
d) 75 %.
e) 99 %.
4.
O minério usado na fabricação de ferro em algumas siderúrgicas brasileiras con-
tém cerca de 80% de óxido de ferro (III).

Quantas toneladas de ferro podem ser obtidas pela redução de 20 toneladas


desse minério?

Fe2O3 + 3CO → 2 Fe + 3CO2

(Dadas as massas atômicas: Fe = 56 u; O = 16 u)

5.
Alguns metais sofrem risco de escassez na natureza, e por isso apresentam um
alto valor agregado. A recuperação dos metais de resíduos industriais e de labo-
ratórios torna-se importante porque associa dois fatores: o econômico e a redu-
ção do impacto ambiental, causado pelo descarte dos metais diretamente na na-
tureza. A figura representa um fluxograma para recuperação dos metais Aℓ, Mg
e Cu, de 88,0kg de resíduo de uma liga metálica utilizada na aviação.

Qui. 98
7.

Na recuperação dos metais desse resíduo, considera-se que a dissolução alcali-


na é empregada para dissolver somente o alumínio, não reagindo com os outros
dois metais, e a dissolução ácida, para dissolver o magnésio. Sabendo-se que o
resíduo da liga contém somente Aℓ, Mg e Cu e que não há perda de massa du-
rante o processo, a porcentagem, em massa,de magnésio nessa liga é igual a:

a) 9 %.
b) 16 %.
c) 25 %.
d) 66 %.
e) 75 %.

6.
A pirolusita é um minério do qual se obtém o metal manganês (Mn), muito utiliza-
do em diversos tipos de aços resistentes. O principal componente da pirolusita é
o dióxido de manganês (MnO2). Para se obter o manganês metálico com elevada
pureza, utiliza-se a aluminotermia, processo no qual o óxido reage com o alumí-
nio metálico, segundo a equação:

3MnO2(s) + 4Aℓ(s) → 2Aℓ2O3(s) + 3Mn(s)


Considerando que determinado lote de pirolusita apresenta teor de 80% de dió-
xido de manganês (MnO2), calculi a massa mínima de pirolusita necessária para
se obter 1,10t de manganês metálico:

QUESTÃO CONTEXTO!
Você acabou de receber uma amostra de CaCO3 e precisa determinar o grau de
pureza desta. Porém, o químico do laboratório apenas dispõe de uma mufa (uma
espécie de forno vedado) e uma balança, além de todos os equipamentos de se-
gurança para atuar em um ambiente laboratorial.

Dados: decomposição do CaCO3: 840oC

a) Como você trabalharia esse amostra para determianr a sua pureza?


b) Sabendo que a massa de CaO obtida após decomposição foi de 53,8g, calcule
a pureza da amostra recebida (massa da amostra: 120g

Qui. 99
GABARITO
01. 03.
Exercícios para aula! Questão contexto
1. a) 2NaHCO3 → Na2CO3 + CO2↗ + H2O↗ a) Pesaria a amostra, aqueceria esta a uma T maior
b) Aproximadamente 94 % que 840 (T de decomposição do CaCO3), pesaria a
2. e massa de óxido resultante e calcularia a massa de
a)Na primeira filtração, os resíduos sólidos CaCO3 presente na amostra conhecendo a reação
da concha ficam retidos e o filtrado é o CaCℓ2(aq). de decomposição do CaCO3
Na segunda filtração, o CaC2O4∙H2O(s) é retido e o
filtrado é o NH4Cℓ(aq). CaCO3 → CaO + CO2
b) CaC2O4∙H2O(s) → CaO(s) + CO(g) + b) 20%
CO2(g) + H2O(g)
c) 71,37% de CaCO3
3. d
4. c
5. c
6. a) 1600g de hidrazina

Qui. 100
b) 4320g de água formada

02.
Exercícios para casa!
1. a) C5H4N4O3 + 9/2O2 → 2H2O + 2N2 +
5CO2
b) 80% = teor de oxalato de cálcio
2. e
3. b
4. 11,2 ton
5. b
6. 2,18t

2) c
3) d
4) c
5) d
7) a
8) c
17
Casos parti- abr
culares de este-
quiometria
Grau de pureza e rendimento

01. Resumo 04. Questão


02. Exercícios contexto
para aula 05. Gabarito
03. Exercícios
para casa
RESUMO
Logo: R = quantidade obtida/ quantidade esperada
Grau de Pureza
→ Vamos entender melhor usando a seguinte rea-
Quando dizemos que uma amostra está 90% pura, ção:
estamos significando que 90% da quantidade usada
em determinado processo é de fato aquela amostra SO3(g) + H2O(l) → H2SO4(aq)
e o resto é impureza (uma outra substância “intru-
sa”). 80g (1SO3) produziria 98g de H2SO4 (1H2SO4) caso
nada fosse adicionado à questão, ou seja, quando
Assim, 100g de CaCO3 com 90% de pureza contem é subentendido que o rendimento da reação foi de
90g de CaCO3 e 10g de outros compostos. Para fins 100%. Porém, quando o rendimento é menor do que
práticos, quando uma amostra dessa é usada em 100%, devemos considerar ele ao final. Suponhamos
uma reação, usaremos 90g e não 100g em nossos que o rendimento seja 80%, então.
cálculos.
Nesse caso, ao adicionarmos 80g de SO3 não obte-
Exemplo: ríamos 98g (que seria 100% de rendimento), porém,
CaCO3(s) → CaO(s) + CO2(g) apenas 80% dessa quantidade.

Qui. 103
50g de CaCO3 50% puro sofreu decomposição, Logo, 80% ou 0,8 x 98 = 78,4g (essa é a quantidade
liberando certa massa de gás carbônico. Calcule produzida realmente no sistema, diferente do valor
e indique a massa referida no texto. esperado teórico)

50% de 50g = 25g (massa real de CaCO3, o resto Repare que, usando a equação acima, a quantidade
é impureza) esperada é 98g, a quantidade obtida é 78,4g e o ren-
dimento é 0,8 (80%).
100g de CaCO3 -------- 44g de CO2
(referente a um mol de CO2) → Obs. O rendimento não acontece apenas para
massa, mas também para volume ou número de en-
25g de CaCO3 -------- xg de CO2 tidades químicas.

x = 44 x 25 / 100 = 11g Nesses casos, R = Vobtido/Vesperado ou R = núme-


ro de entidades químicas obtidas (átomo, molécu-
→ Obs. Se usássemos os 50g de CaCO3, teríamos la ou íon)/ número de entidades químicas esperadas
cometido um erro de cálculo, porque dentro desses como produto.
50g, 25g são impurezas e 25, CaCO3.
Parece complicado, mas é apenas uma relação en-
→ Obs2. Observe que consideramos os cálculos de tre o que foi experimentalmente observado e o que
pureza antes de calcular a massa de CO2. era esperado nos cálculos estequiométricos. É mui-
to importante na indústria, muito conhecido como
balanço de massa.
Rendimento
O conceito de rendimento também envolve uma Exemplos de exercícios e di-
porcentagem, porém, devemos considerar o rendi- cas
mento após a realização de todos os cálculos.
→ Lembretes para resolução das questões
O rendimento indica a relação entre a quantidade ob-
tida e a quantidade esperada. A esperada se refere O rendimento deve ser considerado ao final dos cál-
aos cálculos teóricos, a partir da equação, e a obtida, culos, estes feitos considerando-se um rendimento
à quantidade proveniente do experimento prático. de 100% do produto.
O rendimento, R, é definido como a relação entre a ma na reação ou apenas esse é o rendimento natu-
quantidade de produto adquirida em uma determi- ral dela). E o H2? Obteríamos, considerando 50% de
nada reação e a quantidade calculada pela equação rendimento, apenas 1,5mol (dos 3 esperados pela
química (que seria a quantidade ‘esperada’). estequiometria da reação).

R = Quantidade Obtida / Quantidade Esperada Para finalizar esse trecho do resumo, uma analogia.
Lembre-se que estequiometria é sinônimo de pro-
Onde a quantidade pode estar em diversas unida- porção entre reagentes e produtos, assim como a
des, como: massa, mol, volume ou número de enti- proporção (“estequiometria”) dos ingredientes em
dades químicas (átomos, moléculas, íons). uma receita de bolo. Nesse contexto, poderíamos
comparar a equação química à receita, sem ela não
Exemplo: 80% teríamos as informações de quantidade para fazer
o bolo.
O que significa esse valor de rendimento? Que 80%
do esperado, pelos cálculos, na reação, foi obtido.

Pensemos pela reação abaixo, de decomposição da Pureza


amônia, para otimizarmos nossas concepções:
A pureza também tem uma ideia associada a por-
2NH3(g) ⇆ N2(g) + 3H2(g) centagem. É a quantidade que temos de substân-
cia dentro da amostra. Por exemplo, se temos uma

Qui. 104
Se soubéssemos que 2mol de NH3 reagiram, espera- amostra de 200g de carbonato de cálcio (CaCO3)
ríamos 1mol de N2 e 3mol de H2 como produto, cor- com 10% de pureza (ou 90% de impurezas), apenas
reto? A equação nos ‘diz’ isso. Estes dois valores se- 20g da amostra é, de fato, CaCO3. O resto é impure-
riam considerados 100% de rendimento da reação. za. Assim, se colocássemos esses 200g de amostra
Se convertêssemos esses valores para massa (usan- em um forno para decompor, apenas 20g participa-
do a massa molar como fator de conversão) ou nú- riam da reação, de fato.
mero de moléculas (usando o número de Avogadro
como fator de conversão) de N2 ou H2, teríamos a CaCO3(s) → CaO(s) + CO2(g)
quantidade esperada nessas duas unidades.
Assim, como 100g (equivalente a um mol do sal) pro-
Se tivéssemos, suponha, 50% de rendimento, enten- duz 44g de gás carbônico (1 mol de CO2), 20g pro-
demos que metade do esperado, de fato, foram pro- duziriam 1/5 (ou 20%) dessa massa, que é 8,8g. Po-
duzidos. Ou seja, de 1mol esperado de N2, obtemos rém, se considerássemos a massa total da amostra,
apenas 0,5mol (pode ter acontecido algum proble- de 200g, fatalmente, incorreríamos em erro.

EXERCÍCIOS PARA AULA!


1.
Hematita é um minério de ferro constituído de Fe2O3 e impurezas. Ao se mistu-
rar 4,0g de uma amostra deste minério com ácido clorídrico concentrado, ob-
têm-se 6,5g de cloreto de ferro III. A porcentagem em massa de Fe2O3 no mi-
nério é igual a

a) 80 %.
b) 65 %.
c) 70 %.
d) 75 %.
e) 85 %.
2.
Qual a massa de gás carbônico obtida na decomposição térmica do CaCO3, sa-
bendo-se que 90,9 g desse composto sofreram reação com um rendimento de
80%?

(Dadas as massas molares: CaCO3 = 100 g/mol, CO2 = 44 g/mol)

CaCO3(s) → CaO(s) + CO2(g)

3.
A composição média de uma bateria automotiva esgotada é de aproximadamente
32% Pb, 3% PbO, 17% PbO2 e 36% PbSO4. A média de massa da pasta residual de
uma bateria usada é de 6kg, onde 19% é PbO2, 60% PbSO4 e 21% Pb. Entre todos
os compostos de chumbo presentes na pasta, o que mais preocupa é o sulfato de
chumbo (II), pois nos processos pirometalúrgicos, em que os compostos de chum-
bo (placas das baterias) são fundidos, há a conversão de sulfato em dióxido de
enxofre, gás muito poluente. Para reduzir o problema das emissões de SO2(g), a
indústria pode utilizar uma planta mista, ou seja, utilizar o processo hidrometalúr-
gico, para a dessulfuração antes da fusão do composto de chumbo. Nesse caso, a
ARAÚJO, R.V.V.; TINDADE,
R.B.E.; SOARES, P.S.M. redução de sulfato presente no PbSO4 é feita via lixiviação com solução de carbo-
Reciclagem de chumbo de
bateria automotiva: estudo de nato de sódio (Na2CO3) a 45°C, em que se obtém o carbonato de chumbo (II) com

Qui. 105
caso. Disponível em: http:// rendimento de 91%. Após esse processo, o material segue para a fundição para
www.iqsc.usp.br. Acesso em:
17 abr. 2010 (adaptado). obter o chumbo metálico.

PbSO4 + Na2CO3 → PbCO3 + Na2SO4

(Dados: massas molares em g/mol Pb = 207; S = 32; Na = 23; O = 16; C = 12)

Segundo as condições do processo apresentado para a obtenção de carbona-


to de chumbo (II) por meio da lixiviação por carbonato de sódio e considerando
uma massa de pasta residual de uma bateria de 6kg, qual quantidade aproxima-
da, em quilogramas, de PbCO3 é obtida?

a) 1,7 kg.
b) 1,9 kg.
c) 2,9 kg.
d) 3,3 kg.
e) 3,6 kg

4.
Nas estações de tratamento de água, eliminam-se as impurezas sólidas em sus-
pensão através do arraste por flóculos de hidróxido de alumínio, produzidos na
reação representada por:

Aℓ2(SO4)3 + 3Ca(OH)2 → 2Aℓ(OH)3 + 3CaSO4

Para tratar 1,0 ∙ 106m3 de água foram adicionadas 17 toneladas de Aℓ2(SO4)3.


Qual a massa de Ca(OH)2 necessária para reagir completamente com esse sal?

(Dadas as massas molares: Aℓ2(SO4)3 = 342 g/mol; Ca(OH)2 = 74 g/mol)


5.
O gás hilariante, N2O(g), pode ser obtido pela decomposição térmica do nitrato
de amônio, NH4NO3(s), conforme mostra a reação a seguir:

NH4NO3(s) → N2O(g) + 2H2O(ℓ)

Se de 4,0 g do NH4NO3(s) obtivemos 2,0 g de gás hilariante, podemos prever


que a pureza do sal é de ordem:

a) 100%
b) 90%
c) 75%
d) 50%
e) 20%

EXERCÍCIOS PARA CASA!


1.
O elemento boro pode ser preparado pela redução do B2O3, segundo a equação
abaixo.

Qui. 106
B2O3 + 3Mg → 2B + 3 MgO

Partindo-se de 262,5g do óxido de boro em excesso de magnésio, obteve-se 33g


de B, o que significa que o rendimento percentual (%) da reação foi mais próxi-
mo de:

a) 30
b) 35
c) 40
d) 45
e) 50

2. O bicarbonato de sódio é convertido a carbonato de sódio após calcinação, de


acordo com a reação não balanceada a seguir

NaHCO3 → Na2CO3 + CO2↑ + H2O↑

A calcinação de uma amostra de bicarbonato de sódio de massa 0,49 g, que con-


tém impurezas, produz um resíduo de massa 0,32 g. Se as impurezas da amostra
não são voláteis à temperatura de calcinação, pede-se:

a) os valores que tornam a equação balanceada;


b) por meio de cálculos, o percentual de bicarbonato na amostra original.
3.
O clorato de potássio, KCℓO3, é uma substância bastante utilizada nos labora-
tórios didáticos para obtenção de gás oxigênio, a partir da sua decomposição
térmica, gerando ainda como resíduo sólido o cloreto de potássio. Uma amostra
de 12,26g de uma mistura de sais de clorato e cloreto de potássio foi aquecida
obtendo-se 9,86 g de resíduo sólido (KCℓ).

Considerando-se que todo o clorato de potássio contido na mostra de mistura


de sais foi decomposto, então a porcentagem em massa de KCℓO3 na amostra
era inicialmente igual a:

a) 20%.
b) 40%.
c) 50%.
d) 60%.
e) 80%.

4.
Na investigação forense, utiliza-se luminol, uma substância que reage com o fer-
ro presente na hemoglobina do sangue, produzindo luz que permite visualizar

Qui. 107
locais contaminados com pequenas quantidades de sangue, mesmo superfícies
lavadas. É proposto que, na reação do luminol (I) em meio alcalino, na presença
de peróxido de hidrogênio (II) e de um metal de transição (Mn+), forma-se o com-
posto 3-aminoftalato (III) que sofre uma relaxação dando origem ao produto final
da reação (IV), com liberação de energia (hv) e de gás nitrogênio (N2).
(Adaptado. Química Nova, 25, nº 6, 2002. pp. 1003-10)

Dados: massas molares (g/mol):


Luminol = 177
3-aminoftalato = 164

Na análise de uma amostra biológica para análise forense, utilizou-se 54g de lu-
minol e peróxido de hidrogênio em excesso, obtendo-se um rendimento final de
70 %. Sendo assim, a quantidade do produto final (IV) formada na reação foi de

a) 123,9.
b) 114,8.
c) 86,0.
d) 35,0.
QUESTÃO CONTEXTO!
Abaixo estão representadas as etapas de produção do alumínio a partir da bau-
xita.

O alumínio extraído por esse processo é muito consumido via latas de refrigeran-
te, utensílios domésticos ou embalagens de remédios.

Qui. 108
Imagine que cada mol de Aℓ2O3 (alumina) produz, em média, cerca de 20g de Aℓ,
pela seguinte reação:

2Aℓ2O3 + 3C → 4Aℓ + 3CO2

Pede-se para indicar o rendimento dessa reação considerando que a alumina


está 100% pura.
GABARITO
01. 03.
Exercícios para aula! Questão contexto
1. a 37% (20g de 54g esperado)
2. 32g
3. c
4. 11t
5. b

02.
Exercícios para casa!
1. c
2. a)2NaHCO3 → 1Na2CO3 + 1CO2↑ + 1H2O↑
b) Cálculo da perda de massa devido ao
CO2 e a H2O produzidos pela calcinação.

Qui. 109
0,49g – 0,32g = 0,17g

2NaHCO3 → CO2 + H2O

2(84,00 g) ------------- 44,00 g + 18,00 g


X------------------------------0,17 g
X = 0,46 g de bicarbonato

100 % da amostra ------------ 0,49 g


y ---------------------------------- 0,46 g
y = 94,00 %

3. c
4. d 2) c
3) d
4) c
5) d
7) a
8) c
18
Casos parti- abr
culares de este-
quiometria
Reagente limitante em excesso

01. Resumo 04. Questão


02. Exercícios contexto
para aula 05. Gabarito
03. Exercícios
para casa
RESUMO
Uma boa estratégia para tornar o exercício mais fácil
Reagente limitante e em ex- de resolver é visualizar a proporção entre as quan-
cesso tidades dadas na questão na unidade mol, ou seja,
converter as quantidades dadas de g para mol. As-
Estequiometria é um tema recorrente em vestibula- sim, podemos compará-las e decidir quem agirá
res e que sempre traz uma certa dose de apreensão. como reagente limitante e reagente em excesso. Fa-
Porém, podemos, com uma dose de treinamento, remos isso abaixo.
dominar relativamente bem o tema e conseguir êxito
em todas as questões. Começaremos essa aula com 356g de CO equivale a ~12,7mol (conversão feita di-
um exercício típico do tópico com o caso particular vidindo a massa de y por sua massa molar)
de reagentes limitante e em excesso.
65g de h equivale a 32,5mol (mesmo processo de
Veja o exercício abaixo para entender o contexto conversão)
que estamos inseridos
Pela teoria (equação química), cada 1mol de CO con-
some 2mol de H2. A Na reação real, temos 12,7mol
Exercício! de CO, o que demandaria 25,4mol de H2. Temos
32,5mol de H2 na situação, ou seja, temos 7,1mol

Qui. 112
de excesso de H2, que será nosso reagente em ex-
Metanol, CH3OH, que é usado como combustível cesso. O CO, por sua vez, será o reagente limitante,
em carros de corrida e em células de hidrogênio, porque é consumido completamente.
pode ser produzido a partir da reação entre monóxi-
do de carbono e hidrogênio. Para ficar mais claro, observe a tabela abaixo

1CO(g) + 2H2(g) → CH3OH(ℓ)

Suponha que 356g de CO e 65g de H2 são mistura-


dos com tempo para reagirem.

→ Que massa de reagente em excesso resta depois


que o regente limitante é consumido?

Neste problema, é possível perceber que temos as


quantidades dos dois reagentes e devemos decidir
qual dos dois será totalmente consumido (reagente Para guardar na memória
limitante) e qual sobrará, ou não reagirá completa-
mente (reagente em excesso). ✓ Receber quantidades de dois reagentes é um
grande indicativo de que a questão é de reagentes
→ Como conseguimos identificar os dois tipos de limitante e em excesso.
reagentes?
✓ Precisamos comparar a teoria (o que a na equa-
A resposta está na equação química, ou, mais espe- ção química “diz”) e as quantidade reais (o que o
cificamente, na proporção entre os reagentes. Nes- exercício nos fornece)
se caso, perceba, pela equação química, que cada
mol de CO(g) consome precisamente o dobro de ✓ O reagente limitante será 100% consumido, ao
mol de H2(g) (proporção de 1CO:2H2). contrário do reagente em excesso, que irá sobrar

→ Porém, a quantidade dada no exercício está em ✓ A massa que sobra é a diferença entre o que tinha
gramas, como compará-las? antes de o processo acontecer e o não foi consumi-
do (o que é intuitivo)
EXERCÍCIOS PARA AULA!
1.
O ácido acetilsalicílico (AAS), comumente chamado de aspirina, é obtido a partir
da reação do ácido salicílico com anidrido acético. Essa reação é esquematizada
do seguinte modo:

a) Qual é o reagente limitante da reação, partindo-se de 6,90g de ácido salicílico


e 10,20g de anidrido acético? Justifique sua resposta apresentando os cálculos.
b) Foram obtidos 5,00g de AAS. Calcule o rendimento da reação.

2.
A combustão incompleta de combustíveis fósseis produz monóxido de carbo-
no(CO), um gás tóxico que, quando inalado, penetra nos pulmões, reduzindo a
capacidade do sangue de transportar oxigênio através do corpo, pois o comple-
xo formado com a hemoglobina é mais estável que o formado com o oxigênio.

Qui. 113
Admitindo que a reação:

2 CO(g) + O2(g) → 2 CO2(g)

é completa, qual a quantidade de matéria de oxigênio presente no final da rea-


ção quando 9,0 mols de monóxido de carbono reagem com 6,0 mols de oxigênio
em um recipiente fechado? Dados: C = 12 e O = 16

a) 2,0
b) 3,0
c) 4,5
d) 6,0
e) 1,5

3.
O ferro metálico pode ser produzido a partir da reação do Fe2O3com CO de
acordo com a seguinte equação química não balanceada:

xFe2O3(s) + yCO(g) → wFe(s) + zCO2(g)

Considere a reação completa entre 1,60 g de Fe2O3 e 3,00 g de CO e assinale a


alternativa correta.

a) O reagente limitante dessa reação é o monóxido de carbono.


b) A quantidade máxima de ferro metálico produzida será de aproximadamente
1,12 g.
c) Após a reação se completar, restará 0,58g de monóxido de carbono no meio
reacional.
d) A quantidade máxima de dióxido de carbono produzida será de aproximada-
mente 4,60g.
e) Se o rendimento for de 80%, serão produzidos aproximadamente 2,50 g de
ferro metálico.
4.
Considere a reação de produção do metanol (álcool metílico)

CO(g) + 2H2(g) → CH3OH(ℓ)

Se 48,0 g de H2(g) são adicionados a 140 g de CO(g), e o rendimento da reação


é 100%, pede-se:

(Dados: H = 1; C = 12; O = 16)

a) a massa do reagente em excesso que resta no final;


b) a massa de álcool metílico obtida.

5.
Amônia gasosa pode ser preparada pela seguinte reação balanceada:

CaO(s) + 2NH4Cℓ(s) → 2NH3(g) + H2O(g) + CaCℓ2(s)

Se 112,0 g de óxido de cálcio e 224,0 g de cloreto de amônia forem misturados,


então a quantidade máxima, em gramas, de amônia produzida será, aproxima-
damente:

Qui. 114
Dados: massas moleculares - CaO = 56 g/mol; NH4Cℓ = 53 g/mol; NH3 = 17 g /
mol

a) 68,0
b) 34,0
c) 71,0
d) 36,0
e) 32,0

EXERCÍCIOS PARA CASA!


1.
Na indústria, a amônia é obtida pelo processo denominado Haber-Bosh, pela re-
ação entre o nitrogênio e o hidrogênio na presença de um catalisador apropria-
do, conforme mostra a reação não balanceada:

N2(g) + H2(g) → NH3(g)

Com base nessas informações, considerando um rendimento de 100% e saben-


do que as massas molares desses compostos são: N2 = 28 g/mol, H2 = 2 g/mol,
NH3 = 17 g/mol, calcule

a) a massa de amônia produzida reagindo-se 7 g de nitrogênio com 3 g de hidro-


gênio.
b) nas condições descritas no item a, existe reagente em excesso? Se existir, qual
a massa em excesso desse reagente?
2.
São colocadas para reagir entre si as massas de 1,00g de sódio metálico e 1,00g
de cloro gasoso. Considere que o rendimento da reação é 100%. São dadas as
massas molares, em g/mol: Na=23,0 e Cℓ=35,5.

Há:

a) há excesso de 0,153 g de sódio metálico.


b) há excesso de 0,352 g de sódio metálico.
c) há excesso de 0,282 g de cloro gasoso.
d) há excesso de 0,153 g de cloro gasoso.
e) nenhum dos dois elementos está em excesso

3.
O cloreto de alumínio é um reagente muito utilizado em processos industriais
que pode ser obtido por meio da reação entre alumínio metálico e cloro gasoso.

Se 2,70g de alumínio são misturados a 4,0g de cloro, a massa produzida, em


gramas, de cloreto de alumínio é: Massas molares (g/mol): Aℓ = 27,0; Cℓ = 35,5

a) 5,01

Qui. 115
b) 5,52
c) 9,80
d) 13,35
e) 15,04

4.
Que volume de CO2(g), nas condições ambiente de pressão e temperatura, é ob-
tido quando 1 mol de HCℓ reage com 0,5mol de Na2CO3?

Dados: Volume molar de gás nas condições ambiente de pressão e temperatu-


ra=25L/mol
QUESTÃO CONTEXTO!
A reação de combustão do metano tem importância para o contexto energético
mundial, bem como para a síntese de novos combustíveis.

CH4(g) + O2(g) → CO2(g) + H2O(g)

O gás metano e oxigênio combinam-se exotermicamente para produzir dióxido


de carbono e vapor de água.

Importância: O metano é o hidrocarboneto mais simples, e todos esses combi-


nam-se com O2 para se oxidar. Se a oxidação é completa, os produtos são dióxi-
do de carbono (um gás estufa) e monóxido de carbono (fuligem). O gás metano é
obtido de camadas rochosas subterrâneas a partir da decomposição de plantas
pré-históricas e outros materiais orgânicos. Os combustíveis fósseis são quei-
mados para produzir calor e produzir energia para muitas máquinas e para apli-
cações no cozimento de alimentos ou aquecimento. Existem sérios problemas
atualmente sobre o rápido aumento de dióxido de carbono na nossa atmosfera.

a) Usando a equação acima como base, calcule (a) o volume de gases produzido,

Qui. 116
nas CNTP, na queima de 24g desse gás com 22,4L de O2(g).
b) Mostre, por cálculos, quem age como reagente limitante ou em excesso.
GABARITO
01. 03.
Exercícios para aula! Questão contexto
1. a) Reagente limitante = ácido salicílico a)Devemos, inicialmente, balancear a equação.

CH4(g) + 2O2(g) → CO2(g) + 2H2O(g)

Agora sabemos que 16g de CH4 (equivalente a um


mol) precisam de 2 volumes molares de O2(g)
(2 x 22,4L), certo?

16g -------------- 44,8L


b) R = 55,56% 24g ------------ precisa de xL para reagir completa-
mente
x = 67,2L

Temos esse volume? Não, portanto, nessa altura po-


demos dizer que o oxigênio é o reagente limitante e

Qui. 117
o CH4, o excesso.

Vejamos quantos g de metano precisamos para con-


sumir todo o volume de 22,4L de O2.

16g ----------- 44,8L


2. e Y ----------------22,4L
3. b
4. 28g Y = 8g (só dividir por 2, como aconteceu na direita,
5. a de 44,8 para 22,4)

Se 8g reagiram (o que equivale a 0,5mol de CH4),

02.
0,5mol de CO2 e 2mol de H2O foram produzidos.
Um total de 2,5mol de gases nas CNTP. Se sabemos
Exercícios para casa! que 1mol, nas CNTP, tem 22,4L, 2,5mol equivaleriam
1. a) massa de NH3 = 8,5g a 56L de gases (H2O(g) e CO2(g))
b)Sim, existe excesso de gás hidrogênio,
que pode ser calculado da seguinte maneira: b) Temos 24g. Assim, ‘tirando’ 8g (massa de CH4
3g - 1,5g (massa que reage) = 1,5g em excesso consumida na reação) desses 24, temos (24 – 8) 16g.
Reagente Limitante = O2, sobra 0; Reagente em Ex-
2. b cesso = CH4, sobra 16g.
3. a
4. 12,5L
Red. Semana 10

Rafael Cunha
Eduardo Valladares
(Bernardo Soares)

Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a


cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por
CRONOGRAMA

04/04 Conclusão e
título: funções e
estratégias

19:15

Conclusão e
06/04 título: funções e
estratégias

09:15

11/04 Exercícios sobre


introdução e
desenvolvimento

19:15

13/04 Exercícios sobre


introdução e
desenvolvimento

09:15
18/04 Exercícios sobre
conclusão e título

19:15

20/04 Exercícios sobre


conclusão e título

09:15

25/04 Argumentação e
suas estratégias

19:15

27/04 Argumentação e
suas estratégias

09:15
18|20
Exercícios abr
de conclusão e
título

01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
Depois de trabalharmos a fundo a estrutura da con- as instituições de ensino, em parceria com as ONGs,
clusão e as estratégias de criação do título, chega- podem ajudar nisso, promovendo palestras, dis-
mos ao momento de, com muitos exercícios, treinar cussões e até projetos que envolvam a questão da
essas ferramentas. Antes de tudo, cabe fazer uma consciência na manifestação de ideias. Além disso,
rápida revisão, a fim de termos na mente, sem er- a mídia e o poder público, juntos, podem trabalhar a
ros, cada um dos passos da construção do parágra- temática e suas consequências em novelas, progra-
fo que fechará, com chave de ouro, o nosso texto. mas de TV e campanhas publicitárias. Assim, pode-
Vamos lá? remos, finalmente, educar sem precisar desarmar e
evitar que debates como os de 1989 e 2014 se repi-
tam no Brasil e no mundo.
Estrutura da conclusão
É fácil perceber, em uma análise rápida, que o pa-
O parágrafo de conclusão precisa cumprir, sem er- rágrafo dá conta das três partes mais importantes
ros, três partes muito importantes: em primeiro lu- da conclusão - e, é claro, cria propostas detalha-
gar, por ser o final do texto, é essencial que haja um das, como exigido pela prova. Usando os diferen-
conectivo conclusivo, evidenciando essa chegada tes agentes transformadores, o texto mostra como
ao fim. Assim, conectivos como “portanto”, “dessa o problema deve ser resolvido, quem deve resolver,
forma”, “nesse sentido”, “assim”, “então”, etc. são que recursos podem ser utilizados e outros pontos

Red. 123
muito bem-vindos. Além disso, é importante que, in- importantes das intervenções.
vestindo na circularidade textual, o aluno retome a
tese, ou seja, deve-se parafrasear, reescrever com
outras palavras o que já foi apresentado na introdu- Título
ção. Por fim, fechando a redação, é necessário criar
um desfecho mais original, o que, no ENEM, pode Como você já sabe, no ENEM, o título não é obriga-
ser feito por meio das propostas de intervenção - tório. Mas isso não significa que você não deva se
que, você já viu, precisam ser detalhadas, articula- preocupar com ele. Na redação, ele funciona como
das ao tema e à discussão. Vamos ver um exemplo? um perfume, uma forma de, com originalidade, tor-
nar o texto mais criativo e, é claro, circular. Deve-se,
Diante de uma sociedade que atira no outro sem porém, evitar fórmulas desgastadas, como “guerra
pensar nos efeitos desse tiro, é importante plane- x paz”, títulos repetindo o tema ou termos próximos
jar soluções que busquem não desarmar – o que se- à proposta, ideias muito amplas, etc. A dica, aqui, é
ria censura, ferindo os direitos de expressão –, mas tentar criar algo que, de certa forma, seja decifrado
educar, de forma que cada palavra seja consciente e durante o texto, como uma mensagem subliminar.
busque um debate produtivo. Em um primeiro plano, Que tal treinar isso?

EXERCÍCIOS DE AULA
1.
Utilizando os seus conhecimentos sobre o parágrafo de conclusão, identifique,
nos exemplos abaixo, as duas funções essenciais no trabalho de fechar o texto.
Tema: A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira

Fica claro, portanto, que agressões à mulher constituem uma grave mazela social,
que deve ser combatida. Para isso, a policia e o judiciário devem garantir a aplica-
ção e a fiscalização de leis como a Maria da Penha e a do Feminicídio - principal-
mente contra os companheiros. ONGs podem dar suporte às vítimas, oferecendo
atendimento psicológico adequado a mulheres violentadas. Por fim, a mídia deve
combater a cultura do assédio, não só com campanhas publicitárias, mas também
com engajamento ficcional, como o que ocorre nas novelas. Talvez assim consiga-
mos construir uma nação com igualdade real entre os gêneros.

Tema: A inclusão social do deficiente físico em questão no Brasil


Torna-se claro, portanto, que o meio esportivo e o campo educacional são de ex-
trema importância para a inclusão dos cidadãos com deficiência. Sendo assim, o
governo deve investir em projetos gratuitos para deficientes, por meio da criação
de centros esportivos e culturais, além de melhorar a acessibilidade urbana para
que todos desfrutem dos espaços sociais, garantindo o respeito e a igualdade de
direitos. Ademais, as escolas precisam capacitar os profissionais de educação,
por meio de cursos específicos, para que lidem de forma adequada com as crian-
ças debilitadas fisicamente. Por fim, a mídia deve cumprir plenamente sua função

Red. 124
social, desmistificando a deficiência física através de propagandas e ficção enga-
jada a fim de erradicar o preconceito e promover na sociedade uma consciência
inclusiva. Outras medidas devem ser tomadas, mas, como disse Oscar Wilde, “o
primeiro passo é o mais importante na evolução de um homem ou nação”.

Tema: A intolerância religiosa em discussão no Brasil


Fica evidente, portanto, que nenhuma religião é superior a outra e é papel do Es-
tado garantir a liberdade de escolha como forma indispensável no regime demo-
crático, fazendo valer a laicidade da nação, preservando os direitos fundamentais
dos cidadãos. Por sua vez, as escolas devem ampliar a discussão sobre a tolerân-
cia às diferenças, promovendo debates e palestras que tratem da pluralidade cul-
tural e religiosa existente em nosso país. Dessa maneira, inspirados pelos ideais
de liberdade e igualdade propagados pela geração condoreira do movimento ro-
mântico, honraremos o nosso título de povo miscigenado.

Tema: Fome no Brasil - como enfrentar esse problema?


Fica claro, portanto, que as políticas de promoção da segurança alimentar devem
ser pensadas como parte de um projeto alternativo de desenvolvimento, que tenha
como eixo central a promoção de um crescente processo de inclusão social. En-
tão, o Governo deve repensar projetos sociais a curto prazo, reformulando antigas
iniciativas, como o Fome Zero e o Bolsa Família, além de, a longo prazo, pensar
em outras formas de distribuição de renda e reforma agrária. Quanto à socieda-
de, cabe a solidariedade, principalmente por meio de campanhas de doações, em
parceria com a mídia e as ONGs. Só assim acabaremos com um problema que,
ainda no século XXI, mata pessoas diariamente.
2.
Identificadas as funções do parágrafo conclusivo, desenvolva, como em um
planejamento textual, uma tese a ser retomada e intervenções para o seguinte
tema: A mídia como espaço de debates na sociedade brasileira.

3.
Reconhecida a estrutura de um parágrafo de conclusão, identifique, em cada um
dos exemplos a seguir, a retomada da tese e as propostas utilizadas pelo autor.

Tema: A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira


Torna-se evidente, portanto, a necessidade de se entender esse problema e pro-
por medidas que, entre outras, tornem mais eficazes propostas já lançadas e ame-
nizem - ou até resolvam - essa questão. A mídia, grande difusora de informações,
pode trabalhar, em conjunto com o governo, a divulgação de tais leis já existen-
tes, de forma que as mulheres que sofram qualquer tipo de violência saibam que
podem denunciar os agressores e se manter seguras. Além disso, por meio de fic-
ções engajadas, podem promover debates que, levados à sociedade, trabalhem
a ideia na sua raiz. Por fim, ONGs que defendam os direitos das mulheres podem
continuar pressionando os três poderes, a fim de que, em pouco tempo, tenhamos

Red. 125
mais projetos que contemplem o sexo feminino. Assim, aos poucos, poderemos
encontrar na sociedade brasileira mulheres que mudem o mundo, que não sejam
mais morenas que têm medo apenas, que não sejam mais mulheres de atenas.

Tema: Os desafios da educação inclusiva no Brasil


Portanto, para que a LBI não seja apenas mais uma lei que não sai do papel, tor-
na-se necessário levar em consideração a sua aplicação e obstáculos. Fica claro
que é fundamental repensar, por meio da mobilização dos mais diversos setores
da sociedade, em especial das famílias em parceria com o Estado, a forma de
educar para incluir. Outra ação por parte deste deve ser a criação de associações,
o fornecimento de incentivos e subsídios para as instituições privadas e a garantia
de estabelecimentos bem equipados e preparados na rede pública. Por fim, é pre-
ciso, por parte das escolas, investir na contratação de profissionais qualificados
– parcerias com empresas especializadas sanariam a questão da manutenção
ociosa – e na capacitação daqueles que já integram seus quadros, além da adap-
tação do espaço físico. Assim, caminharemos para uma sociedade mais justa, na
qual direitos não são tratados como favores.

Tema: Os obstáculos na doação de sangue no Brasil


Deve-se, então, superar as barreiras que interferem na doação de sangue. Por-
tanto, a mídia tem papel imprescindível na exposição de dados informativos sobre
as campanhas de sangue, seja na televisão e internet, seja em áreas físicas, como
outdoors. Logo, os cidadãos seriam incentivados a exercerem a solidariedade.
Ademais, o governo, em parceria com a OMS, deveria alterar as leis que excluem
os homossexuais da doação e investir em aparatos tecnológicos que controlem
com maior rigor os grupos sanguíneos, para avaliar se o indivíduo é portador de
alguma doença e averiguar a qualidade do sangue. Dessa forma, o número de
voluntários aumentaria e ajudaria aos pacientes que carecem de transfusão san-
guínea.
Tema: O hábito da leitura
Torna-se evidente, portanto, que setor privado e instituições de ensino em nada
ajudam na resolução do problema, que só cresce, sendo necessário, então, que
se recorra a outros agentes sociais, de forma que estimulem uma ação por parte
dos omissos. Em primeiro lugar, o governo, em parceria com as ONGs, pode criar
campanhas de doação de livros, a fim de incentivar a adoção das leituras habitu-
ais sem custo por parte das escolas. Além disso, a mídia pode auxiliar as princi-
pais livrarias na divulgação de seus lançamentos, para que as vendas aumentem
e, então, seus preços sejam reduzidos. Só assim, estimulando o hábito de ler na
raiz, amor e felicidade na leitura pregados pelos dois grandes autores serão, final-
mente, características do leitor contemporâneo.

4.
Sabendo o valor do título na redação, leia o texto abaixo e sugira um que, de cer-
ta forma, crie a mensagem cifrada que daria o perfume a esta redação - já é con-
siderada nota mil, mas que poderia garanti-la com um bom título.

Brás Cubas, o defunto-autor de Machado de Assis, diz em suas “Memórias Póstu-


mas” que não teve filhos e não transmitiu a nenhuma criatura o legado de nossa

Red. 126
miséria. Talvez hoje ele percebesse acertada sua decisão: a postura de empresá-
rios e anunciantes em relação à publicidade para crianças é uma das faces mais
perversas de uma sociedade que se despe de valores éticos em nome do estímulo
ao consumo. Reverter esse quadro sem ferir a liberdade de expressão – eis a mis-
são de um país que se diz democrático.

É válido considerar, antes de tudo, o poder da propaganda no século XXI. A fim de


persuadir os consumidores, empresas utilizam-se de linguagem sugestiva e apelos
sensoriais – como trilhas sonoras temáticas e animações – para tornar mais efi-
caz a venda de seus produtos. As crianças, imaturas e desprovidas de senso críti-
co aguçado, acabam por se tornar alvos fáceis dessa estratégia de comunicação.
Marshall McLuhan afirmou que “o meio é a mensagem”, e os veículos de mídia
parecem ter aprendido muito bem essa lição quando trouxeram os personagens,
as cores e as músicas infantis para a sua publicidade.

Cabe apontar também o papel da família nesse processo. A sociedade patriarcal


do passado, centrada na figura do homem, cedeu lugar a relações mais flexíveis
entre pais e filhos, em que estes passaram a ter maior autonomia e poder de es-
colha. O mercado, sempre atento, percebeu a mudança e passou a investir em
atores-mirins para divulgar seus produtos. Prova disso são os recorrentes comer-
ciais de TV que usam crianças para vender eletrônicos e outros produtos “adul-
tos”. Nesse contexto, progenitores acabam por se descobrir reféns dos pequenos
influenciadores que habitam seus lares.

Fica evidente, portanto, que excessos na publicidade infantil devem ser comba-
tidos, sem que ocorra o retorno nefasto da censura. Para isso, o governo brasi-
leiro deve regular o setor, fiscalizando e criando leis que limitem os interessados,
seguindo as melhores práticas de referências democráticas como Reino Unido e
Suécia. A mídia precisa exercer de forma plena sua função social, denunciando e
coibindo abusos dos anunciantes por meio de campanhas que trabalhem a ques-
tão – sempre seguida de perto por ONGs e comissões de pais que levantem a ban-
deira. Assim, poderemos, aos poucos, abrir as cortinas do mundo capitalista para
nossas crianças, de modo que possam vir a se tornar consumidores realmente
conscientes no futuro – e um legado de que Brás Cubas pudesse se orgulhar.

EXERCÍCIOS PARA CASA


1.
A conclusão de um texto dissertativo-argumentativo precisa, necessariamente,
cumprir duas funções: a de retomar a tese e a de apresentar um desfecho cria-
tivo, normalmente, por meio de propostas de intervenção. Considerando essas
duas etapas e o seu conhecimento sobre a construção de cada uma, sugira, nos
temas abaixo, teses e retomadas para possíveis textos.

a) O valor dos animais de estimação na sociedade contemporânea


b) Os impactos da propaganda no Brasil contemporâneo

Red. 127
2.
Identifique, nas conclusão a seguir, as duas funções que não podem deixar de
aparecer nesse tipo de parágrafo e as estratégias utilizadas.

Tema: Efeitos e desafios da exploração do pré-sal no Brasil


Portanto, cabe à empresa estatal colocar em prática ações que superem esses de-
safios, visando combater a corrupção interna, como uma fiscalização necessária
para a transparência às negociações e a recuperação e confiança de sua imagem
reafirmadas. Ademais, o governo deve cumprir com o que foi assumido em rela-
ção à destinação dos royalties, visando melhorar esses setores, como também, a
participação mais efetiva dos cidadãos, a fim de assegurarem seus direitos.

Tema: Os efeitos de uma sociedade de padrões estéticos


É preciso, portanto, que se reflita sobre essa representação corporal que nos é
imposta a cada dia. O primeiro passo deve ser dado pelo próprio indivíduo, sendo
mais flexível consigo mesmo e libertando-se dessa visão limitada de beleza. Acei-
tar-se é um processo de evolução. Na esteira desse movimento, deve estar o apoio
dos agentes sociais. A escola precisa levantar esses questionamentos e debater
sobre os estigmas corporais. A mídia, por sua vez, deve assumir a sua responsa-
bilidade enquanto formadora de opinião e promover uma reflexão aprofundada
sobre o assunto. Quem sabe assim, a sociedade compreenda que a singularidade
da beleza está justamente no seu aspecto plural.

Tema: O valor da educação nas transformações sociais do Brasil

Fica claro, portanto, que, apesar de crucial, o papel transformador da educação


não tem sido aproveitado no Brasil, sendo necessário não só entender essa rele-
vância, mas também encontrar nas instituições ferramentas para essas ações.
Nesse sentido, o Governo e a mídia podem trabalhar difundindo valores. Campa-
nhas cobrando essa ação por parte da escola precisam ser divulgadas, evidencia-
das nos meios de comunicação. Além disso, ONGs e a própria família, em conjunto,
devem exigir o retorno de trabalhos sociais, de forma que, pouco a pouco, a fra-
se de Paulo Freire realmente faça sentido e a Campanha da Fraternidade saia do
cartaz, da própria Igreja e alcance todo o mundo.

Tema: O jeitinho brasileiro em discussão no Brasil


Fica claro, portanto, que a cultura negativa do ‘’jeitinho brasileiro’’ deve ser com-
batida. Para tanto, é primordial que haja, por parte do governo, maior rigor e puni-
ção àqueles que praticam atos ilícitos; cabe ao indivíduo lutar por uma sociedade
que privilegie a todos, sem nenhuma transgressão; à família propagar entre seus
membros valores como o respeito e a honestidade e à mídia promover discussões
que levem à reflexão de que uma sociedade justa somente será possível por meio
de comportamentos éticos. É preciso, cada vez mais, evitar que a Lei de Gérson,
que prega que “o importante é levar vantagem em tudo’’, se torne prática corri-
queira.

Tema: A questão do índio no Brasil contemporâneo


Essa é, portanto, uma situação que não podemos mais sustentar. Encarar os índios
como intrusos, negando-os terra, voz e identidade, não pode mais ser uma práti-
ca da nossa sociedade. É preciso que nós lutemos e agreguemos à luta dos povos
indígenas pela sobrevivência. Para tanto, é necessário que, primeiramente, o go-
verno impeça a agricultura e a pecuária de avançar para essas terras, garantindo

Red. 128
a vida e o sustento desses povos. Uma vez tendo esses direitos básicos garantidos,
fica mais fácil conservar e difundir sua cultura através dos trabalhos das ONGs
brasileiras. Assim, sanaremos a dívida dos nossos colonizadores, devolveremos a
casa aos inquilinos, e garantiremos que todo dia voltará a ser dia do índio.

3.
Identifique, nos parágrafos abaixo, a retomada da tese e as propostas de inter-
venção utilizadas por cada autor.

Tema: Os obstáculos na doação de sangue no Brasil


Deve-se, então, superar as barreiras que interferem na doação de sangue. Por-
tanto, a mídia tem papel imprescindível na exposição de dados informativos sobre
as campanhas de sangue, seja na televisão e internet, seja em áreas físicas, como
outdoors. Dessa forma, os cidadãos seriam incentivados a exercerem a solidarie-
dade. Ademais, o governo, em parceria com a OMS, deveria investir em aparatos
tecnológicos que controlem com maior rigor os grupos sanguíneos, para avaliar se
o indivíduo é portador de alguma doença e averiguar a qualidade do sangue. Des-
sa forma, o número de voluntários aumentaria e ajudaria aos pacientes que care-
cem de transfusão sanguínea.

Tema: Os limites da liberdade de expressão no mundo contemporâneo


Diante de uma sociedade que atira no outro sem pensar nos efeitos desse tiro, é
importante planejar soluções que busquem não desarmar – o que seria censura,
ferindo os direitos de expressão –, mas educar, de forma que cada palavra seja
consciente e busque um debate produtivo. Em um primeiro plano, as instituições
de ensino, em parceria com as ONGs, podem ajudar nisso, promovendo palestras,
discussões e até projetos que envolvam a questão da consciência na manifestação
de ideias. Além disso, a mídia e o poder público, juntos, podem trabalhar a temáti-
ca e suas consequências em novelas, programas de TV e campanhas publicitárias.
Assim, poderemos, finalmente, educar sem precisar desarmar e evitar que deba-
tes como os de 1989 e 2014 se repitam no Brasil e no mundo.
Tema: Os desafios da sexualidade na adolescência
O sexo em nossa sociedade é tratado de forma hipócrita: de um lado, há o apelo
ao erotismo, de outro, a mistificação e a impossibilidade de se tocar no assunto.
Portanto, para que as gerações futuras tenham mais responsabilidade sexual, é
impreterível que haja o diálogo entre pais e filhos sobre o tema, tocando em to-
das as nuances possíveis e respeitando a diversidade sexual. A escola, por sua
vez, deveria abrir espaço para o diálogo, tratar o assunto como tema transversal
e fazer campanhas constantes de conscientização dos alunos. Por fim, o governo
deveria tratar essa questão como caso de saúde pública e, assim, incentivar os
programas de escolas e ongs, bem como aliar-se aos veículos midiáticos para na-
turalizar o diálogo sobre sexo e sexualidade, para que assim se extingam a falta
de informação e de diálogo para os jovens que estão por vir.

4.
Sugira, nos temas abaixo, com base nas ideias de tese e retomada do primeiro
exercício, propostas para possíveis conclusões.

a) O valor dos animais de estimação na sociedade contemporânea


b) Os impactos da propaganda no Brasil contemporâneo

Red. 129
5.
Com base no texto abaixo, sugira algumas opções de título que possam fechar a
redação com chave de ouro.

A eleição presidencial de 1989 ficou marcada pelo fervoroso embate entre os can-
didatos Brizola e Maluf. As ofensas herdadas do período ditatorial permaneceram
ao longo de todos os encontros e chegaram à boca do povo. 25 anos depois, nada
foi diferente: os debates presidenciais mostraram o quanto as palavras podem
definir posições, e, desta vez, não chegaram só à boca do povo, mas também aos
dedos, às redes sociais. Diante da falta de respeito em qualquer assunto e local,
é válido refletir: há mesmo limites na liberdade de expressão no mundo de hoje?
Em primeiro lugar, para entender esse problema, é necessário analisar suas cau-
sas. Resultado de uma sociedade que dá espaço para a manifestação dos anô-
nimos, o que se pensa tem sido refletido na fala sem qualquer edição, ou seja, o
“pensar duas vezes antes de falar” já não faz mais sentido. A Internet e as redes
sociais têm alimentado o debate anônimo e, consequentemente, a manifestação
de ideias sem enxergar o respeito ao próximo chegou aos debates. Um exemplo
claro disso está nas próprias eleições presidenciais, quando amizades se desfize-
ram como resultado de opiniões divergentes. O problema, porém, não se resume
só ao espaço virtual.

Não se atendo à Internet, a opinião sem medições chegou às ruas. A campanha


dos adesivos, dos debates em universidades, das manifestações e os atentados a
jornais considerados desrespeitosos – e, com eles, uma chuva de mais opiniões e
posições ofensivas – provaram que o respeito ao próximo já não é mais limite para
a liberdade de expressão. Com isso, o posicionamento de grupos midiáticos se
tornou mais firme – e reconhecível – e as divisões de ideias ficaram mais claras.
Em um cenário de perda do respeito, é impossível não perceber que a liberdade
de opinião, nos dias de hoje, se tornou uma arma.
Diante de uma sociedade que atira no outro sem pensar nos efeitos desse tiro, é
importante planejar soluções que busquem não desarmar – o que seria censura,
ferindo os direitos de expressão –, mas educar, de forma que cada palavra seja
consciente e busque um debate produtivo. Em um primeiro plano, as instituições
de ensino, em parceria com as ONGs, podem ajudar nisso, promovendo palestras,
discussões e até projetos que envolvam a questão da consciência na manifesta-
ção de ideias. Além disso, a mídia e o poder público, juntos, podem trabalhar a
temática e suas consequências em novelas, programas de TV e campanhas pu-
blicitárias. Assim, poderemos, finalmente, educar sem precisar desarmar e evitar
que debates como os de 1989 e 2014 se repitam no Brasil e no mundo.

GABARITO
02. Fechamento (com propostas): O primeiro passo deve
Exercício de casa ser dado pelo próprio indivíduo, sendo mais flexível
1. a) Tese: Nos últimos tempos, porém, a mídia consigo mesmo e libertando-se dessa visão limita-
tem veiculado casos extremos de maus-tratos e até da de beleza. Aceitar-se é um processo de evolu-
morte de animais, o que nos leva a uma discussão ção. Na esteira desse movimento, deve estar o apoio

Red. 130
que precisa ser prioridade no coletivo: se esses seres dos agentes sociais. A escola precisa levantar esses
são tão importantes, por que não cuidar e respeitar? questionamentos e debater sobre os estigmas cor-
porais. A mídia, por sua vez, deve assumir a sua res-
Retomada da tese: Fica claro, portanto, que o valor ponsabilidade enquanto formadora de opinião e pro-
dos bichos de estimação na sociedade de hoje, ape- mover uma reflexão aprofundada sobre o assunto.
sar de grande, não é compartilhado por todas as pes- Quem sabe assim, a sociedade compreenda que a
soas. singularidade da beleza está justamente no seu as-
pecto plural.
b) Tese: Estimular o consumo, sem cons-
cientizar os consumidores, tem acarretado diversos Agentes utilizados: Indivíduo, Escola, Mídia.
problemas sociais e ambientais.
Parágrafo 3:
Retomada: Fica claro, portanto, que o consumo é Retomada da tese: Fica claro, portanto, que, apesar
um hábito enraizado. Mesmo que a publicidade te- de crucial, o papel transformador da educação não
nha aspectos positivos, é preciso educar a sociedade tem sido aproveitado no Brasil, sendo necessário não
quanto à questão do consumismo. só entender essa relevância, mas também encontrar
2. Parágrafo 1: nas instituições ferramentas para essas ações.
Retomada da tese: Embutida no seguinte trecho:
Portanto, cabe à empresa estatal colocar em prática Fechamento (com propostas): Nesse sentido, o Go-
ações que superem esses desafios, visando comba- verno e a mídia podem trabalhar difundindo valores.
ter a corrupção interna, como uma fiscalização ne- Campanhas cobrando essa ação por parte da escola
cessária para a transparência às negociações e a re- precisam ser divulgadas, evidenciadas nos meios de
cuperação e confiança de sua imagem reafirmadas. comunicação. Além disso, ONGs e a própria família,
Fechamento (com propostas): Conclusão, como um em conjunto, devem exigir o retorno de trabalhos so-
todo. ciais, de forma que, pouco a pouco, a frase de Paulo
Freire realmente faça sentido e a Campanha da Fra-
Agentes utilizados: Empresas, Governo, Sociedade. ternidade saia do cartaz, da própria Igreja e alcance
todo o mundo.
Parágrafo 2:
Retomada da tese: É preciso, portanto, que se reflita Agentes utilizados: Governo, Mídia, Escola, ONGs,
sobre essa representação corporal que nos é impos- Família.
ta a cada dia.
Parágrafo 4: os grupos sanguíneos, para avaliar se o indivíduo é
Retomada da tese: Fica claro, portanto, que a cul- portador de alguma doença e averiguar a qualida-
tura negativa do ‘’jeitinho brasileiro’’ deve ser com- de do sangue. Dessa forma, o número de voluntários
batida. aumentaria e ajudaria aos pacientes que carecem de
transfusão sanguínea.
Fechamento (com propostas): Para tanto, é primor-
dial que haja, por parte do governo, maior rigor e Parágrafo 2:
punição àqueles que praticam atos ilícitos; cabe ao Retomada: Diante de uma sociedade que atira no
indivíduo lutar por uma sociedade que privilegie a outro sem pensar nos efeitos desse tiro, é importan-
todos, sem nenhuma transgressão; à família propa- te planejar soluções que busquem não desarmar – o
gar entre seus membros valores como o respeito e a que seria censura, ferindo os direitos de expressão
honestidade e à mídia promover discussões que le- –, mas educar, de forma que cada palavra seja cons-
vem à reflexão de que uma sociedade justa somente ciente e busque um debate produtivo.
será possível por meio de comportamentos éticos.
É preciso, cada vez mais, evitar que a Lei de Gérson, Fechamento (com propostas): Em um primeiro pla-
que prega que “o importante é levar vantagem em no, as instituições de ensino, em parceria com as
tudo’’, se torne prática corriqueira. ONGs, podem ajudar nisso, promovendo palestras,
discussões e até projetos que envolvam a questão
Agentes utilizados: Governo, Indivíduo, Família, Mí- da consciência na manifestação de ideias. Além dis-
dia. so, a mídia e o poder público, juntos, podem traba-
lhar a temática e suas consequências em novelas,

Red. 131
Parágrafo 5: programas de TV e campanhas publicitárias. Assim,
Retomada da tese: Essa é, portanto, uma situação poderemos, finalmente, educar sem precisar desar-
que não podemos mais sustentar. Encarar os índios mar e evitar que debates como os de 1989 e 2014 se
como intrusos, negando-os terra, voz e identidade, repitam no Brasil e no mundo.
não pode mais ser uma prática da nossa sociedade.
Parágrafo 3:
Fechamento (com propostas): É preciso que nós lu- Retomada: O sexo em nossa sociedade é tratado de
temos e agreguemos à luta dos povos indígenas pela forma hipócrita: de um lado, há o apelo ao erotismo,
sobrevivência. Para tanto, é necessário que, primei- de outro, a mistificação e a impossibilidade de se to-
ramente, o governo impeça a agricultura e a pecu- car no assunto.
ária de avançar para essas terras, garantindo a vida
e o sustento desses povos. Uma vez tendo esses di- Fechamento (com propostas): Portanto, para que as
reitos básicos garantidos, fica mais fácil conservar e gerações futuras tenham mais responsabilidade se-
difundir sua cultura através dos trabalhos das ONGs xual, é impreterível que haja o diálogo entre pais e
brasileiras. Assim, sanaremos a dívida dos nossos filhos sobre o tema, tocando em todas as nuances
colonizadores, devolveremos a casa aos inquilinos, e possíveis e respeitando a diversidade sexual. A es-
garantiremos que todo dia voltará a ser dia do índio. cola, por sua vez, deveria abrir espaço para o diálo-
go, tratar o assunto como tema transversal e fazer
Agentes utilizados: Governo, ONGs. campanhas constantes de conscientização dos alu-
nos. Por fim, o governo deveria tratar essa questão
3. Parágrafo 1: como caso de saúde pública e, assim, incentivar os
Retomada: Deve-se, então, superar as barreiras que programas de escolas e ongs, bem como aliar-se aos
interferem na doação de sangue. veículos midiáticos para naturalizar o diálogo sobre
sexo e sexualidade, para que assim se extingam a
Fechamento (com propostas): Portanto, a mídia tem falta de informação e de diálogo para os jovens que
papel imprescindível na exposição de dados infor- estão por vir.
mativos sobre as campanhas de sangue, seja na te-
levisão e internet, seja em áreas físicas, como outdo- 4. a) Judiciário: fiscalizar as leis já existentes,
ors. Dessa forma, os cidadãos seriam incentivados aplicando a casos divulgados na mídia.
a exercerem a solidariedade. Ademais, o governo,
em parceria com a OMS, deveria investir em apa- Mídia: levar mais a discussão às TVs, com ficções
ratos tecnológicos que controlem com maior rigor engajadas.
ONGs: campanhas de assistência, procurando e 5. Sugestões:
oferecendo novos lares aos encontrados em más → Educar sem desarmar
condições. → Debatendo a tolerância
→ O tiro consciente
b) Família: controlar o gasto dos seus filhos → Educar para não censurar
desde cedo, não dando a eles o que não for neces-
sário.
Escola: introduzir discussões sobre a reciclagem e
hábitos de consumo.
Governo: investir em pesquisas de desenvolvimento
sustentável.
Governo e mídia: trabalhar a ideia de compra res-
ponsável, sem desperdícios.

Red. 132
Semana 10
TEMA DE REDAÇÃO
Com base na leitura dos textos motivadores seguin- apresentando proposta de ação social que respeite os
tes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo forma coerente e coesa, argumentos e fatos para de-
em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema fesa de seu ponto de vista.
O “jeitinho brasileiro” em discussão no século XXI,

Quase um em cada quatro brasileiros (23%) afirma que dar dinheiro a um guar-
Texto 1 da para evitar uma multa não chega a ser um ato corrupto, de acordo com uma
pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais e o Instituto Vox
Populi. Os números refletem o quanto atitudes ilícitas, como essa, de tão enraiza-
dos em parte da sociedade brasileira, acabam sendo encaradas como parte do
cotidiano.

“Muitas pessoas não enxergam o desvio privado como corrupção, só levam em


conta a corrupção no ambiente público”, diz o promotor de Justiça Jairo Cruz
Moreira. Ele é coordenador nacional da campanha do Ministério Público “O que
você tem a ver com a corrupção”, que pretende mostrar como atitudes que muitos
consideram normal são, na verdade, um desvirtuamento ético.

Red.
Como lida diariamente com o assunto, Moreira ajudou a BBC Brasil a elaborar
uma lista de dez atitudes que os brasileiros costumam tomar e que, por vezes,
nem percebem que se trata de corrupção.

✓ Não dar nota fiscal


✓ Não declarar Imposto de Renda
✓ Tentar subornar o guarda para evitar multas
✓ Falsificar carteirinha de estudante
✓ Dar/aceitar troco errado
✓ Roubar TV a cabo
✓ Furar fila
✓ Comprar produtos falsificados
✓ No trabalho, bater ponto pelo colega
✓ Falsificar assinaturas

“Aceitar essas pequenas corrupções legitima aceitar grandes corrupções”, afirma


o promotor. “Seguindo esse raciocínio, seria algo como um menino que hoje não
vê problema em colar na prova ser mais propenso a, mais pra frente, subornar um
Disponível em: http://www.
bbc.co.uk/portuguese/
guarda sem achar que isso é corrupção.” Segundo a pesquisa da UFMG, 35% dos
noticias/ 2012/11/121024_ entrevistados dizem que algumas coisas podem ser um pouco erradas, mas não
corrupcao_lista_mdb.shtml.
Adaptado. corruptas, como sonegar impostos quando a taxa é cara demais.
Texto 2

No Brasil, basta um escândalo de corrupção estampar as manchetes dos jornais


Texto 3
para que os comentaristas de plantão vociferem palavras de ordem na internet em
que exigem, até, a pena de morte para os corruptores. Mas esses mesmos gritos
raivosos aceitam, pacificamente, os pequenos crimes que eles próprios e muitos
conhecidos praticam no dia a dia, sem nem mesmo perceber que o “jeitinho” do
cotidiano também é uma forma de corrupção.

Red.
Na última semana, um cartaz colado em um muro de uma grande avenida de São
Paulo perguntava aos passantes: “Habilitação suspensa?”. O anúncio, que desres-
peitava a lei Cidade Limpa, legislação municipal que proíbe a colocação de car-
tazes em locais públicos, trazia um número de telefone e oferecia um serviço: dar
um “jeitinho” nos pontos obtidos na carteira de motoristas que tiveram suas licen-
ças para dirigir retiradas por causa do excesso de multas recebidas no trânsito.

O “jeitinho” brasileiro se estende para além do trânsito. Em pleno centro de São


Paulo, a maior cidade do país, é possível comprar diplomas falsos que permitem
a participação em concursos públicos e, mais comum ainda, atestados médicos,
para justificar ausências mais prolongadas no trabalho. Também é possível, sem
nem mesmo sair de casa, “roubar” o sinal da TV à cabo do vizinho, sem que ele
saiba, ou comprar um aparelho decodificador de sinal pela própria internet e usá-
-lo para sempre sem ter que pagar mensalidade às operadoras, que, afinal, “co-
bram muito caro”. A prática é tão institucionalizada que tem até nome: “o gato
net”.

Mas a corrupção diária pode ser ainda mais grave. A previdência social, uma das
áreas mais afetadas pelo “jeitinho”, descobriu, apenas em 2013, 56 fraudes que
causaram um prejuízo de 82 milhões de reais aos cofres públicos, afirma o Minis-
tério da Previdência Social. O dinheiro estava sendo destinado para pessoas que
passaram a receber benefícios depois de apresentarem documentos falsos, como
atestados médicos ou comprovantes de união estável.

Uma pesquisa feita pelo Centro de Referência do Interesse Público (CRIP) da Uni-
versidade Federal de Minas Gerais mostrou em 2009 que 77% dos entrevistados
acreditavam que a corrupção é um problema grave no país. Ao mesmo tempo,
35% delas concordaram que atitudes como sonegar impostos, quando eles são
Disponível em: http://brasil.
elpais.com/brasil/2013/12/04 caros, podem ser erradas, mas não corruptas.

S-ar putea să vă placă și