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BANANA
Fitossanidade
CENAGRI
Esplanada dos Ministérios
Bloco D - Anexo B - Térreo
Caixa Postal: 02432
CEP 70849-970 - Brasília-DF
Fone: (61) 218-2615/2515/321-8360
Fax: (61) 225-2497
cenagri@agricultura.gov.br
1ª edição
1ª impressão (2000): 3.000 exemplares
CIP-Brasil. Catalogação-na-publicação.
Embrapa Comunicação para Transferência de Tecnologia.
Inclui bibliografia.
ISBN ????????????
1 FITOSSANIDADE NA
EXPORTAÇÃO DE
BANANA
Jairo Ribeiro da Silva
Zilton José Maciel Cordeiro
Tabela 1. Evolução das exportações brasileiras de bananas frescas e secas no período de 1996 a
1998.
portados. Com isso, protegem sua agricul- da mesma data. Por esses mesmos instru-
tura das pragas inexistentes no seu territó- mentos, foram criadas e adotadas pelo Bra-
rio. A partir de 1º de janeiro de 1995, as sil, as Diretivas para o Reconhecimento de
medidas quarentenárias têm sido Áreas Livres de Pragas.
estabelecidas com base em evidência bioló-
Para a bananicultura, brasileira, são as
gica e jamais por razões políticas ou econô-
seguintes as pragas quarentenárias e respec-
micas, conforme determina o Acordo de
tivos tipos:
Marrakesh, do qual o Brasil é signatário, e
que criou a Organização Mundial do Co- No caso específico da banana, a Secre-
mércio, da qual este país é membro. taria Nacional de Defesa Agropecuária -
SDA do Ministério da Agricultura e do
Pragas quarentenárias
Abastecimento, pela da Portaria n.º 128 de
Segundo o texto da Convenção Inter- 18 de julho de 1994, publicada no Diário
nacional para a Proteção das Plantas apro- Oficial da União de 22 de julho de 1994,
vado em Roma em 1979 — referendado proibiu a importação de mudas, rizomas,
pelo Governo Brasileiro pelo Decreto pseudocaules, outros materiais de propaga-
Legislativo n.º 12 de 1985 —, define-se ção e frutos de bananeira, para quaisquer
como praga quarentenária para um deter- fins, produzidos em países onde esteja pre-
minado país, todo organismo de natureza sente o fungo M. fijiensis, organismo causa-
animal ou vegetal que não estando presente dor da sigatoka-negra.
no país apresenta características de serem
potenciais causadoras de graves danos eco- Erradicação
nômicos se introduzidas. A introdução de uma nova praga e ou
Existem dois tipos de praga doença nos países tem em geral forte reper-
quarentenária: cussão social e econômica. Cite-se, por
exemplo, a da mosca-do-mediterrâneo (uma
• Praga quarentenária A1 é aquela que
praga de frutos) no estado da Califórnia,
ainda não está presente no país;
Estados Unidos da América, no período de
• Praga quarentenária A2 é aquela que 1980 a 1982, que representou para aquele
já está presente no país, porém não país perdas de 100 milhões de dólares nas
se encontra amplamente distribuída, vendas de frutas e o dispêndio de outros
ou seja, existem áreas e/ou regiões 100 milhões para erradicá-la.
geográficas em que a praga não está
estabelecida e, além disso, possuem O processo de erradicação consiste na
programas oficiais de controle. eliminação total de uma praga por diversos
métodos como, por exemplo, o de induzir
Por exemplo, para que uma praga seja
a morte de bananeiras afetadas pelo moko
considerada quarentenária A2 para o Brasil,
(Ralstonia solanacearum - raça 2) com o uso de
há necessidade de obter esse reconheci-
mento por parte dos demais países que, herbicida específico.
com o Brasil, compõem a região da Améri- Inspeção
ca do Sul conhecida como Cone Sul (Ar-
gentina Chile, Paraguai e Uruguai), por Como o trânsito de plantas ou de suas
meio do seu Comitê de Sanidade Vegetal - partes, por meio de turistas ou do comércio
Cosave. Tal procedimento foi acordado internacional e regional, representa uma
pela Resolução Única da V Reunião do ameaça para qualquer país ou região, são
Conselho de Ministros desse Comitê, em necessários atos normativos e pessoal qua-
12 de junho de 1995 e adotado pela Portaria lificado para a fiscalização e inspeção inte-
Ministerial n.º 641, de 10 de outubro de restadual ou internacional desses produtos.
1995, publicada no Diário Oficial da União Os profissionais desta área atuam geral-
12 Banana Fitossanidade Frutas do Brasil, 8
Tabela 2 . Fungicidas registrados para uso no controle de patógenos que ocorrem em frutos e/ou
em pós-colheita de banana.
Grupo
Produto Dose (prod.
Nome técnico Indicação químico
Comercial com.)
Deigthoniella/Fusarium/
Benzimidazol
Thiabendazol Tecto 600 Thielaviopsis/Verticilium/
Gloeosporium
Fusarium roseum/
F.oxysporum/ F. moniliforme/ 41- 92 ml/100 L Benzimidazol
Thiabendazol Tecto SC*
Thielaviopsis paradoxa/ de água
Gloeosporium musarum
Ditiocarbamato
Mancozeb Persist SC Thielaviopsis paradoxa 4,5 L/ha
90 g/100 L de Ditiocarbamato
Mancozeb Frumizeb Colletotrichum musae
água
EXIGÊNCIAS PARA
PARA possam representar risco para a agricultura
EXPORTAÇÃO
EXPORTAÇÃO do país importador. Outra restrição impor-
tante diz respeito aos agrotóxicos utilizados
As exigências para a exportação de na fase de produção das frutas e a seus
bananqas dependem de cada país importa- resíduos, os quais são objeto de vigilância
dor, mesmo para os países que compõem o permanente. Ainda com respeito a restri-
Mercosul, pois os produtos não estão har- ções, a última informação são sobre as
monizados. No caso da Argentina, por exigências feitas com relação a embalagens
exemplo, um dos principais importadores de madeira, pois muitas delas podem servir
da banana brasileira, o Serviço Nacional de de veículo para introdução de importantes
Sanidade e Qualidade Agroalimentar - pragas, como o besouro-chinês (Anoplophora
Senasa exige que no Certificado glabripennis). Esse besouro, recentemente
Fitossanitário que acompanha a partida estabelecido nos Estados Unidos, nos esta-
deverá constar de uma declaração adicional dos de Nova Iorque e Illinois preocupa as
assegurando que a banana provém de área autoridades de sanidade vegetal daquele
livre de Ralstonia solanacearum - Raça 2. Por
país por constituir uma ameaça concreta às
outro lado, de acordo com a Resolução
regiões americanas produtoras de madeira.
SAGyP nº 99/94, a banana não poderá
Nesse particular já existem restrições no
ingressar na Argentina pelas províncias de
Chile, e, em novembro de 1999, os Ministé-
Jujuy, Salta, Tucumán e Catamarca. Na che-
rios da Fazenda, da Agricultura e do Abas-
gada do produto na Argentina, a partida será
submetida à inspeção de rotina e serão colhi- tecimento do Brasil editaram a Portaria
das amostras do material para sua posterior Interministerial n.º 499, de 3 de novembro
análise em laboratório. Além disso, a merca- de 1999, publicado no Diário Oficial da
doria deverá cumprir o estabelecido nas União do dia 5 de novembro de 1999.
normas de qualidade comercial, agrotóxicos Assim sendo, é muito importante que
e condições para o seu consumo. o exportador em potencial verifique as
Sabe-se que somente a alta qualidade exigências do país importador para evitar
de frutos produzidos, livres de pragas e de problemas no momento da colocação da
distúrbios fisiológicos, é capaz de conquis- fruta no país de destino. Para tanto, é
tar novos mercados. Existem, entretanto, recomendável que se assegure de todas as
exigências específicas por parte dos países informações quanto às exigências do adido
importadores que devem, necessariamen- agrícola na embaixada ou consulado do país
te, ser atendidas. Em primeiro lugar, são para onde se deseja exportar. Tais informa-
feitas rigorosas restrições à entrada de fru- ções podem ser complementadas por meio
tas portadoras de organismos exóticos, que de contatos com exportadores de banana.
Frutas do Brasil, 8 Banana Fitossanidade 15
2 MANEJO INTEGRADO
DAS PRAGAS,
DOENÇAS E PLANTAS
DANINHAS
Zilton José Maciel Cordeiro
nível do lençol freático seja mantido abaixo cia das doenças fúngicas, principalmente a
de 1,80 m. Cultivos estabelecidos em solos sigatoka- amarela e a sigatoka-negra.
mal drenados proporcionam o crescimento
de plantas estressadas e, conseqüentemen- ESCOLHA E AQUISIÇÃO
AQUISIÇÃO DE
te, mais suscetíveis à maioria dos proble- MATERIAIS
MATERIAIS PROPA
PROPAGATIV
GATIVOS
OS
mas de doença.
As mudas constituem um dos itens
No que diz respeito às necessidades mais importantes na implantação de um
hídricas, as maiores produções estão asso- pomar, seja ele de qualquer espécie vegetal.
ciadas a uma precipitação anual de 1.900 Na bananicultura, da qualidade das mudas
mm, bem distribuídos durante todo o ano. depende, em grande parte, o sucesso do
Isto significa ausência de deficiência hídrica, empreendimento. Além de influenciar de
ou seja, ausência de estação seca. Para aten- forma direta no desenvolvimento e produ-
der a essa exigência, os plantios devem-se ção do bananal, sobretudo no seu primeiro
localizar em áreas com índice pluviométrico ciclo, as mudas têm papel fundamental na
maior ou igual a 1.900 mm, bem distribuído sua qualidade fitossanitária, uma vez que
durante o ano, ou estar localizados em áreas várias doenças, pragas e ervas daninhas
que possibilitam o uso da irrigação. podem ser levadas pela muda, comprome-
tendo totalmente o sucesso do novo plan-
A luz e a temperatura são também tio. Dentre estes problemas podem-se ci-
fatores indispensáveis para a obtenção de tar: nematóides, broca-do-rizoma, mal-do-
boas colheitas. A intensidade luminosa afe- panamá, moko, podridão-mole e vírus.
ta diretamente o ciclo vegetativo e produti-
vo da bananeira. A temperatura ótima para De acordo com as tecnologias atual-
um desenvolvimento normal da bananeira mente disponíveis, as mudas podem ser
situa-se na faixa de 28oC, considerando-se a obtidas por quatro métodos diferentes. Não
faixa de 15ºC a 35oC de temperatura, como há método que apresente apenas vanta-
os limites extremos para a exploração raci- gens, por isso, em qualquer deles é preciso
onal da cultura. Constatou-se que tempera- tomar os devidos cuidados, para reduzir os
turas de 22oC são ideais para a iniciação riscos que podem estar embutidos na pro-
floral e as de 31oC, para a emissão das dução da muda. Assim, podem-se obter as
folhas. Em temperaturas abaixo de 15oC, seguintes mudas para utilização no plantio:
ocorre paralisação das atividades da planta. Mudas convencionais
Como se pode observar, as condições São mudas obtidas pela separação de
climáticas ótimas para produção comercial brotos a partir do rizoma-mãe, normal-
de banana são também ótimas para o de- mente retiradas de um bananal já estabele-
senvolvimento de doenças, como é o caso cido, tomando-se os seguintes cuidados:
da sigatoka-negra. Outro aspecto impor-
• Se possível, implantar um viveiro es-
tante para o desenvolvimento das doenças,
pecífico para este fim, tomando-se os cuida-
principalmente de parte aérea, é a umidade
dos necessários para evitar problemas como:
relativa do ar. Em muitos casos, a simples
broca-do-ramo, mal-do-panamá, moko, po-
manutenção de altos níveis de umidade
dridão-mole, nematóides e vírus. Veja reco-
relativa é suficiente para o desenvolvimen-
mendações contidas nos capítulos sobre
to da doença. O melhor desenvolvimento
doenças, nematóides, vírus ervas danihas.
da bananeira é obtido com média de umida-
de relativa anual superior a 80%. Essa con- • Caso a retirada das mudas ocorra
dição acelera a emissão de folhas e prolonga em bananal comercial, fazê-la em plantios
a sua longevidade. A associação de alta com até 4 anos de idade, certificando-se de
umidade relativa, chuvas e temperaturas que esteja livre dos problemas citados
elevadas é condição básica para a ocorrên- inicialmente.
Frutas do Brasil, 8 Banana Fitossanidade 17
dos clamidósporos de Fusarium oxysporum f. precoce de focos como nos casos de moko,
sp. cubense, causador do mal-do-panamá. podridão-mole, vírus e até mesmo do mal-
Bactérias e nematóides sobrevivem, princi- do-panamá. Como exemplo, pode-se citar
palmente, por intermédio de hospedeiros que a convivência com o moko na América
alternativos, que podem ser plantas dani- Central tem como base a identificação pre-
nhas presentes no próprio bananal ou nas coce dos focos e a sua rápida erradicação.
suas proximidades. A colocação em prática desse tipo de
- Utilizar a adubação orgânica na épo- monitoramento é possível desde que os
ca do plantio e, se possível, durante o trabalhos de observação sejam realizados
crescimento das plantas. Essa prática ele- por uma pessoa bem treinada e em condi-
va a diversidade de vida no solo, aumen- ções de recorrer às ilustrações e às in-
tando a competição entre as espécies e, formações dos capítulos referentes a
conseqüentemente, reduzindo a severida- pragas e doenças, para consubstanciar
de das doenças causadas por patógenos de seu diagnóstico.
solo e também de folha, como é o caso do A evolução do dano constatado e as
mal-de-sigatoka, uma vez que a adubação informações sobre as condições climáticas
orgânica poderá imprimir mais taxa de cres- e a variedade da planta afetada, entre outros
cimento às plantas. dados, permitem que se trace uma estraté-
- Executar as obras de engenharia como gia de controle, incluindo a aplicação de
a construção dos canais de drenagem, de agrotóxicos, se necessária. Neste caso, as
modo que o solo, mesmo em ocasiões de recomendações precisarão do parecer de
muita chuva, mantenha-se bem drenado, um técnico especializado no assunto.
evitando a ocorrência de problemas como As inspeções periódicas e o
a podridão-mole e de estresse nas plantas, monitoramento das populações de broca-
tornando-as mais suscetíveis aos proble- do-rizoma, mediante a utilização de iscas
mas fitossanitários. atrativas, e dos nematóides no solo ou nas
- Construir carreadores, formando qua- raízes, pela extração e a determinação das
dras de largura adequada, para facilitar o populações, permitem a indicação do con-
trânsito dentro do bananal e as operações trole de uma forma segura, evitando, as-
de controle químico do mal-de-sigatoka, sim, a aplicação sistemática de defensivos
principalmente quando ele for realizado e tornando, conseqüentemente, o contro-
por via tratorizada. le mais racional.
- No início do desenvolvimento das Para as doenças mais devastadoras da
plantas, tomar cuidados especiais com a cultura, que são a sigatoka-amarela e a
ocorrência da broca-do-rizoma que, quan- sigatoka-negra, é possível mediante a reali-
do ocorre nessa fase, costuma atingir o zação de inspeções e medições semanais do
meristema apical das plantas, levando-as estádio de desenvolvimento das lesões nas
à morte. folhas 2, 3 e 4, e do ritmo de emissão de
folhas, colocar em prática um sistema de
MONITORAMENT
MONITORAMENTO
O DO pré-aviso, para indicar o momento ideal
BANANAL para se fazer o controle químico. O método
conhecido como pré-aviso biológico foi
A vistoria permanente ou desenvolvido pelos franceses e, posterior-
monitoramento do pomar é uma prática mente, modificado e adaptado para as
fundamental para a detecção e prevenção condições da Costa Rica, possibilitando a
de problemas fitossanitários. Assim, com a redução do número de aplicações de
realização de inspeções periódicas, é possí- fungicidas. Sua utilização, no entanto, deve
vel controlar doenças mediante a erradicação ser precedida de ajustes locais.
Frutas do Brasil, 8 Banana Fitossanidade 19
3 PRAGAS
Marilene Fancelli
Antônio Lindemberg Martins Mesquita
BROCA-DO-RIZOMA
BROCA-DO -RIZOMA
Cosmopolites sordidus (Germ.)
(Coleoptera: Curculionidae).
INTRODUÇÃO
Dentre as pragas que atacam a cultura,
a broca-do-rizoma (Cosmopolites sordidus
(Germar)) é a mais severa, em função dos
danos que causa e da sua ampla distribuição
Foto: A. L. M. Mesquita
Ingrediente
Produto comercial Indicação Dose (prod. com.) Grupo químico
ativo
Aldicarb Temik 150 Cosmopolites sordidus 15-20 g/cova carbamato
Aldicarb Temik 100 Cosmopolites sordidus 30 g/cova carbamato
Carbaryl Sevin 480 SC Antichloris eriphia 225 ml/ 100 l água
Caligo illioneus 340 ml/ 100 l água
carbamato
Opogona sacchari 225 ml/ 100 l água
Opsiphanes invirae 340 ml/ 100 l água
Carbaryl
Carbaryl Opogona sacchari 10-15 kg/ha carbamato
Fersol Pó 75
Carbaryl Sevin 75 Opogona sacchari 10-15 kg/ha carbamato
Carbaryl Agrivin 850 PM Opogona sacchari 1,0-1,3 kg/ha carbamato
Carbofuran Ralzer 50 GR Cosmopolites sordidus 3-5 g/isca queijo carbamato
Carbofuran Furadan 50 G Cosmopolites sordidus 3-5 g/isca carbamato
Carbofuran Furadan 350 SC1 Cosmopolites sordidus 400 ml/100 l água carbamato
Carbofuran Furadan 350 TS Cosmopolites sordidus 400 ml/100 l água carbamato
Carbofuran Diafuran 50 Cosmopolites sordidus 50-80 g/cova carbamato
Ethoprophos Rhocap Cosmopolites sordidus 2,5 g/isca organofosforado
60 g/cova2
Terbufos Counter 50 G Cosmopolites sordidus 40 g/cova 3 organofosforado
25 g/isca queijo
Trichlorfon Dipterex 500 Opogona sacchari 0,3 l/ 100 l água organofosforado
da tanto como fonte alimentar como local Ainda que em fase de laboratório,
para a sua reprodução. Dessa forma, resul- estes estudos de agregação mostram que há
tados obtidos por meio de pesquisas relaci- perspectivas de utilização dessa técnica no
onadas com a resistência de plantas a inse- combate à broca-do-rizoma, constituindo-
tos podem esclarecer determinados padrões se, no futuro, em mais uma alternativa
comportamentais do inseto. dentre as várias recomendações existentes
Com o objetivo de identificar os para o manejo integrado da praga.
cairomônios de rizomas e pseudocaules de PULGÕES -
duas cultivares, uma resistente e outra sus-
Pentalonia nigronervosa Coq.
cetível ao C. sordidus, utilizando a técnica do
olfatômetro para discriminar as respostas (Homoptera: Aphididae)
de indivíduos, de ambos os sexos, aos volá- Aphis gossypii Glover
teis extraídos das plantas, verificou-se que (Homoptera: Aphididae)
machos e fêmeas responderam de maneira Myzus persicae (Sulzer)
similar aos dois genótipos e aos voláteis (Homoptera: Aphididae)
coletados, indicando que as respostas de
orientação observadas são, preferencialmen- INTRODUÇÃO
te, direcionadas à procura do alimento e
Apesar de a colonização da planta ser
não para a busca de locais para oviposição.
realizada somente pelo pulgão da bananei-
Entretanto, as respostas à cultivar suscetí-
ra, Pentalonia nigronervosa Coq., outras espé-
vel foram mais intensas, embora a mistura
cies como Aphis gossypii Glover e Myzus
dos voláteis que ocorreram em maior quan-
persicae (Sulzer) também serão citadas devi-
tidade nessa cultivar não tenha provocado
do à sua importância como transmissoras
respostas, sugerindo que outros compos-
da virose conhecida como mosaico-da-ba-
tos presentes em menor proporção sejam
naneira (CMV).
os responsáveis pela atratividade. Utilizan-
do técnica semelhante, em estudos visando O comportamento para seleção da
determinar respostas olfativas do inseto em hospedeira dos pulgões é caracterizado pelas
relação à amostra de etanol, pseudocaule e picadas de prova e, nesta etapa, se uma
rizoma de Musa acuminata, abacaxi e cacau, planta encontra-se infectada pelo vírus,
observou-se que o inseto foi atraído so- ocorre a contaminação da parte anterior do
mente para partes da bananeira. Além dis- intestino do inseto, o que possibilita a trans-
so, tecidos sadios foram mais atrativos do missão de viroses mesmo para plantas não
que aqueles infestados pela broca e, no hospedeiras dos referidos insetos. Como
campo, odores de tecidos do rizoma atraí- evidenciado por microscopia eletrônica, as
ram mais do que aqueles liberados pelo viroses que apresentam relação não-persis-
pseudocaule. tente com o vetor estão altamente concen-
tradas nos protoplastos de células
Uma substância (1,8-cineole) eletro-
epidérmicas de plantas hospedeiras
fisiologicamente ativa foi identificada entre
sistemicamente infectadas.
os componentes voláteis de cultivares sus-
cetíveis à broca-do-rizoma. Também de- Recentemente, com a expansão do
monstrou-se que essa substância foi atrati- uso de plantas in vitro, tem-se registrado
va ao inseto. Nas cultivares resistentes, ela maior dispersão do CMV do que no passa-
esteve ausente. Por outro lado, outra subs- do. Sua ocorrência é maior nas cultivares do
tância (b-felandrena) que exibiu atividade subgrupo Cavendish, mas também foi cons-
eletrofisiológica, mas não foi atrativa ao C. tatada em variedades do subgrupo Prata e
sordidus, esteve presente somente na culti- Terra. Os bananais são atacados na fase
var resistente. vegetativa, isto é, antes do florescimento.
Frutas do Brasil, 8 Banana Fitossanidade 27
Casos de 100% de plantas infectadas têm Caladium spp, Arum maculatum, Hedychium
sido reportados na Índia. No Brasil, estima- coronarium, Languas speciosa e Colocasia spp.,
se que 10% das bananeiras encontram-se dentre outros.
infectadas por essa doença, apesar da
Aphis gossypii Glover
inexistência de levantamentos. Além de
transmitir o mosaico-da-bananeira, P. Também chamado de pulgão-do-al-
nigronervosa é também vetor do bunchy top godoeiro, encontra-se distribuído no mun-
(BBTV), virose ainda não constatada no do todo, mas em regiões temperadas, fica
Brasil restrito a casas de vegetação. É particular-
mente abundante e de ocorrência generali-
DESCRIÇÃO E CICLO DE VIDA zada nos trópicos. Os insetos ápteros são
Pentalonia nigronervosa Coq. variáveis na cor. Os espécimes grandes, de
modo geral, são verde-escuros, quase pre-
Conhecido como pulgão-da-bananei-
tos, mas os adultos produzidos em colônias
ra (Figura 6), é um inseto sugador de seiva,
populosas podem ter menos de 1 mm e
cujas colônias localizam-se na porção basal
apresentar a coloração amarelada, quase
do pseudocaule, protegidas pelas bainhas
branca. São extremamente polífagos, ata-
foliares externas. Mede cerca de 1,2 mm a
cando algodão, cucurbitáceas, citros, café,
1,6 mm de comprimento, sendo que as
cacau, berinjela, pimenta, quiabo e muitas
formas adultas apresentam variação na co-
plantas ornamentais, como hibisco. Trans-
loração, de avermelhada a marrom-escura,
mite mais de 50 viroses, tanto com relação
enquanto que as formas jovens, originadas
não-persistente (feijão, ervilha, crucíferas,
por partenogênese, possuem cor mais cla-
aipo, caupi, cucurbitáceas, Dahlia, alface,
ra. O período de desenvolvimento ninfal é
cebola, pimenta, soja, morango, batata doce,
de 10 dias, com 5 a 6 ecdises, sendo a
fumo e tulipa) quanto com relação persis-
longevidade de 11 dias. Nesse período, a
tente (algodão, lírio e ervilha). Por não se
fêmea produz até 18 descendentes. Os hos-
desenvolver em bananeira, dados biológi-
pedeiros alternativos desses afídeos são
cos não foram apresentados.
Myzus persicae (Sulzer)
Essa espécie, vulgarmente chamada
de pulgão-verde, pode ser confundida com
A. gossypii, pois ambas são amarelo-claras.
Entretanto, podem ser diferenciadas pela
forma do corpo, mais alongada em M.
persicae, além do sifúnculo escuro e cilíndri-
co em sua extensão e proporcionalmente
menor. Também apresentam coloração
muito variável. Suas plantas hospedeiras
primárias são Prunus persicae, P. nigra, P.
tanella e, possivelmente, P. serotina. Hospe-
deiros secundários englobam 40 diferentes
Foto: A. L. M. Mesquita
enation mosaic, pea leaf roll, potato leaf roll, radish vírus são recomendadas para o controle do
yellows, tobacco vein distorting e tobacco yellow bunchy top e do CMV. Entretanto, como esse
veinbanding, etc. (Blackman & Eastop, 1984). vírus não ocorre no Brasil, severas barrei-
Os dados biológicos são ausentes para ba- ras quarentenárias devem ser respeitadas
naneira, pela mesma razão apresentada no para evitar a sua introdução.
item anterior.
Com relação ao CMV, as medidas a
A polifagia em afídeos pode ser com- serem tomadas para reduzir os danos são
preendida com base em uma extensão do controlar as plantas daninhas hospedeiras
conceito de hospedeiro-reserva e significa, do vírus e evitar plantas cultivadas na vizi-
preferencialmente, a capacidade de alimen- nhança com alto potencial de infecção.
tação em muitas famílias diferentes de plan- Dentre os hospedeiros do vírus, destacam-
tas e não a ausência de especificidade ali- se as cucurbitáceas, tomate, milho, Canna
mentar. indica, Panicum colonum, Paspalum conjugatum,
DANOS E CONSEQÜÊNCIAS Digitaria sanguinalis, Musa spp. e Commelina
ECONÔMICAS spp. A data de plantio pode ser ajustada
para períodos nos quais a população dos
Pentalonia nigronervosa Coq. afídeos seja reduzida.
Os danos diretos são devidos à sucção Coleópteros da família Coccinelidae,
de seiva das bainhas foliares externas (pró- Cryptogonus orbiculus e Diomus oportunus foram
ximo ao nível do solo) por adultos e ninfas, relatados como inimigos naturais de P.
levando à clorose das plantas e deformação nigronervosa, respectivamente. É provável
das folhas. que, em função da predação exercida por
Em altos níveis populacionais, podem esses inimigos naturais, populações do pul-
ser encontrados no ápice do pseudocaule, gão da bananeira sejam mantidas em níveis
no qual provocam o enrugamento da folha que não prejudiquem diretamente a cultura.
terminal. O honey-dew excretado favorece o
desenvolvimento de fungos saprófitas. TRIPES -
Frankliniella spp.
Conforme mencionado anteriormen-
te, os danos indiretos são devidos à trans- (Thysanoptera: Aelothripidae)
missão das viroses bunchy top e CMV. Plan- Thrips spp.,
tas jovens de bananeira, oriundas de mudas Chaetanaphothrips spp.,
in vitro mostraram mais sintomas de CMV Caliothrips bicinctus Bagnall,
do que as plantas convencionais aos 5 me-
Tryphactothrips lineatus Hood,
ses de idade. Os sintomas das viroses são
descritos no capítulo VI. Hercinothrips spp.
(Thysanoptera: Thripidae)
Aphis gossypii Glover e Myzus
persicae (Sulzer) INTRODUÇÃO
Como a bananeira não é hospedeira Os tripes são insetos pequenos, com
desses pulgões, os prejuízos referem-se ampla distribuição geográfica, mas com
somente à transmissão do CMV, efetuada preponderância de espécies tropicais, que
de maneira não-persistente em breves pica- se caracterizam pela presença de asas
das de prova, após a aquisição a partir de franjadas, o que conferiu o nome
plantas infectadas.
Thysanoptera à ordem na qual se encon-
CONTROLE tram classificados.
A eliminação das plantas doentes e a O aparato alimentar é único entre os
manutenção do material de plantio livre de insetos. Somente a mandíbula esquerda está
Frutas do Brasil, 8 Banana Fitossanidade 29
Figura 7. Pontuações na casca do fruto provocadas pelo tripes da erupção dos frutos.
Frutas do Brasil, 8 Banana Fitossanidade 31
Foto: A. L. M. Mesquita
cachos pelo ensacamento foi eficiente con- midade dos frutos e os ovos podem ser
tra C. bicinctus. Também, um segmento de colocados de maneira agrupada ou isolada.
faixa tratada com inseticida medindo 2 cm A lagarta, em seu último estágio de desen-
por 1,5 cm controla a praga quando cachos volvimento, mede cerca de 25 mm. Em
jovens foram ensacados. bananais do litoral paulista, verificou-se
que o aumento da precipitação determinou
TRAÇA-DA-BANANEIRA
TRAÇA-DA-BANANEIRA - uma redução na infestação da praga. Em
Opogona sacchari (Bojer) Santa Catarina, sua ocorrência é mais fre-
(Lepidoptera: Lyonetiidae) qüente no norte do Estado.
DANOS E EFEITOS ECONÔMICOS
INTRODUÇÃO
O inseto pode atacar todas as partes da
No Brasil, sua ocorrência é restrita ao planta, exceto as raízes e as folhas. A lagarta
estado de São Paulo e de Santa Catarina. penetra no fruto, constroe galerias na pol-
Provocou grandes perdas à bananicultura pa, que resultam no seu apodrecimento
paulista na década de 70. Provavelmente, (Figura 9), o que inviabilizando a sua
foi introduzida, clandestinamente, no Bra- comercialização. Somente um indivíduo
sil por meio de mudas de bananeira ou em pode ser encontrado em cada galeria, pois
outros hospedeiros alternativos (cana-de- ocorre o canibalismo nessa espécie. Não
açúcar, gladíolo, dália, inhame, bambu e obstante, pode ser encontrada mais de uma
tubérculos de batata). lagarta no fruto, mas em galerias diferentes.
DESCRIÇÃO E CICLO DE VIDA O produto também é recusado para expor-
tação. A presença do inseto no bananal
O ciclo de desenvolvimento (ovo a pode ser verificada pelo acúmulo de resídu-
adulto) é em torno de 55 dias no estado de os na extremidade apical dos frutos e pela
São Paulo. As mariposas medem 13 mm a sua maturação precoce.
14 mm de comprimento e 30 mm de enver-
gadura, apresentam coloração marrom-cla-
CONTROLE
ra com as asas posteriores acinzentadas. A Práticas culturais como a despitilagem
oviposição é realizada geralmente na extre- e autilização de cultivares cujas extremida-
Foto: A. L. M. Mesquita
LAGART
LAGARTASAS-DESFOLHADORAS
-DESFOLHADORAS
- Caligo spp., Opsiphanes spp.
Foto: A. L. M. Mesquita
(Lepidoptera: Nymphalidae),
Antichloris spp. (Lepidoptera:
Arctiidae)
INTRODUÇÃO
Figura 10. Lagarta desfolhadora da bananeira, Caligo
Os desfolhadores podem causar da-
brasiliensis.
nos à bananeira por reduzir a área foliar da
planta, com reflexos negativos na quantida-
de de fotossintatos elaborados. Há vários
gêneros associados com danos foliares em
banana, embora somente três sejam signi-
ficativos: Caligo, Opsiphanes e Antichloris. As
espécies C. beltrao (Illiger), C. illioneus (Cr.),
Foto: A. L. M. Mesquita
lagartas também permanecem isoladas du- de alimentar pode destruir a folha inteira,
rante o desenvolvimento larval. Elas po- exceto a nervura central. Tal afirmativa não
dem ser encontradas na face inferior das se aplica ao gênero Antichloris, cujas lagartas
folhas, ao longo da nervura central. No apenas perfuram o limbo foliar. Em expe-
último estágio de desenvolvimento, podem rimento de simulação dos danos de desfolha
atingir cerca de 8 cm e apresentam colora- por lagartas, verificou-se que a remoção de
ção verde com estreitas faixas longitudinais 20% da área foliar não provocou redução
amarelas e brancas. Os adultos são borbo- na produtividade da cultura.
letas de coloração marrom com uma faixa
CONTROLE
alaranjada nas asas anteriores. A enverga-
dura do inseto é em torno de 8 cm. Com Em geral, as lagartas são mantidas em
relação ao gênero Antichloris (Figura 12), no equilíbrio por seus inimigos naturais. O
último estádio de desenvolvimento, as la- controle químico dessas espécies, quando
gartas medem 3 cm de comprimento e são necessário, deve ser realizado com insetici-
amarelas com uma densa pubescência. São das seletivos, para evitar a destruição dos
encontradas na face inferior das folhas. No inimigos naturais. Surtos de lagartas-
estádio adulto, elas se transformam em desfolhadoras, quando relatados, normal-
mariposas muito semelhantes a vespas. Os mente estão relacionados com o uso
adultos são escuros, com uma coloração indevido de inseticidas.
preta brilhante.
OUTRAS PRAGAS
PRAGAS
DANOS E CONSEQÜÊNCIAS
ECONÔMICAS Abelha-arapuá - Trigona spinipes
As lagartas pertencentes ao gênero (Fabr.) (Hymenoptera: Apidae)
Caligo e Opsiphanes iniciam sua alimentação Conhecida também como abelha-ca-
nas margens das folhas e com a sua ativida- chorro, apresenta coloração preta, mede
Foto: A. L. M. Mesquita
4 DOENÇAS
FÚNGICAS E
BACTERIANAS
Zilton José Maciel Cordeiro
Aristóteles Pires de Matos
Conídio Ascósporo
água sobre a folha e com níveis mínimos de pseudotécos em plantações comerciais. Por
temperatura, já que temperaturas máximas outro lado, nos locais onde o controle é
raramente são limitantes se houver água bem feito, os conídios são provavelmente a
livre sobre as folhas. maior fonte de inóculo contínuo. Durante
Os aspectos epidemiológicos mais a estação seca diminui sensivelmente a
importantes para cada tipo de esporo pro- produção de conídios, embora estes se
duzido são: encontrem presentes em lesões foliares e
sejam produzidos em noites com 10 a 12
Produção e disseminação dos horas de orvalho.
ascósporos
Na ausência de período chuvoso fa-
A formação dos pseudotécios (estru- vorável à produção de ascósporos, os
tura reprodutiva de M. musicola onde se conídios tornam-se a maior fonte de inóculo
formam os ascósporos) ocorre em ambas responsável pelo manchamento, por serem
as faces da folha, porém com maior con- menos exigentes que os ascósporos em
centração na face superior. A produção é relação à ocorrência de chuva. A produção
maior nas folhas que ocupam as posições de conídios é muito sensível a temperaturas
de números 5 a 10 e na prevalência de abaixo de 22 °C.
períodos chuvosos combinados com tem-
peraturas superiores a 21°C. O pique de Os sintomas iniciais da doença apare-
produção ocorre no início da estação cem como uma leve descoloração em for-
seca. A água da chuva é essencial para a ma de ponto entre as nervuras secundárias
liberação dos ascósporos; estes são disse- da segunda à quarta folha, a partir da vela.
minados principalmente pelo vento. A contagem das folhas é feita de cima para
baixo: a folha da vela é a zero e as subse-
Produção e disseminação dos
qüentes recebem os números 1, 2, 3, 4, e
conídios assim por diante. Essa descoloração au-
Admite-se que os esporodóquios (es- menta, formando uma estria de tonalidade
truturas onde se formam os conídios) são amarela. Com o tempo as pequenas estrias
produzidos em maior número que os amarelas passam para marrom e, posteri-
38 Banana Fitossanidade Frutas do Brasil, 8
excesso de água no solo reduz as possibili- provocadas pela doença com a manutenção
dades de formação de microclimas adequa- de uma área foliar fotossintetizante adequa-
dos ao desenvolvimento dessa doença. da às necessidades da planta. Em plantas
Combate às plantas daninhas mal nutridas, o lançamento de folhas é
lento e, conseqüentemente, as lesões serão
No bananal, a presença de altas popu- visualizadas em folhas cada vez mais novas.
lações de plantas daninhas não só incrementa
a ação competitiva que elas exercem, como Sombra
também favorece a formação de microclima Plantas mantidas sob condições som-
adequado aos patógenos, devido ao au- breadas apresentam pouca ou nenhuma
mento do nível de umidade no interior do doença. As razões podem ser duas: redução
bananal. ou não formação de orvalho, importante
Desfolha fator no processo de infecção e, ainda,
redução na incidência de luz, que também
A eliminação racional das folhas ataca- é importante no desenvolvimento dos sin-
das ou de parte delas é de suma importân- tomas da doença. O cultivo de banana em
cia, uma vez que com isso se reduz a fonte sistema agroflorestal, certamente é uma
de inóculo no bananal. É preciso, entretan- boa opção para a região amazônica, princi-
to, que tal eliminação seja feita com bastan- palmente pelo seu caráter preservacionista.
te critério, para não provocar danos maio- Logicamente, plantas sob condições som-
res que os causados pela própria doença. breadas sofrem alterações de ciclo, tornam-
No caso de infecções concentradas, reco- se mais estioladas e perdem em produção.
menda-se a eliminação apenas da parte afe-
tada. Quando, porém, o grau de incidência O adensamento do plantio tem sido
for alto e a infecção tiver avançado extensa- muito utilizado em fruticultura. No caso de
mente sobre a folha, aconselha-se que esta bananas tipo Plátanos esta prática funcio-
seja totalmente eliminada. Não há necessi- nou bem na Colômbia, reduzindo a inci-
dade de retirar as folhas do bananal. Embo- dência de sigatoka. As razões da redução
ra as folhas infectadas continuem produ- foram as mesmas já comentadas. Entretan-
zindo esporos por algum tempo após o to, o sistema colombiano foi trabalhado
corte, os esporos liberados concentram-se como cultura anual, ou seja, no sistema
em torno de um metro de altura, não atin- convencional não se pode afirmar que o
gindo conseqüentemente as folhas sadias aumento de densidade populacional con-
para causar novas infecções. Elas servirão, corra para a redução da sigatoka.
por outro lado, como cobertura morta,
Controle químico
retornando após a decomposição, na forma
de nutrientes para as plantas. É uma prática Os fungicidas ainda são a principal
auxiliar utilizada por grandes empresas pro- arma para o controle da sigatoka-amarela,
dutoras de banana. principalmente quando se tratar das varie-
dades do subgrupo Cavendish. Entre as
Nutrição
recomendações para a aplicação de
Plantas adequadamente nutridas pro- fungicidas estão as seguintes:
piciam um ritmo de emissão de folhas mais
Horário
acelerado, ocorrendo nesta condição o apa-
recimento de folhas em intervalos meno- Os fungicidas devem ser aplicados nas
res. A conseqüência imediata é o apareci- horas mais frescas do dia, no início da
mento das lesões de primeiro estádio e/ou manhã e/ou no final da tarde. Somente em
manchas em folhas mais velhas da planta. dias frios ou nublados as aplicações podem
Verifica-se nessa situação o que se pode ser feitas a qualquer hora do dia. Quando
chamar de compensação das perdas se aplicam fungicidas sob condições de
Frutas do Brasil, 8 Banana Fitossanidade 41
temperatura elevada, além de haver maior do nível das folhas, a fim de que seja depo-
risco para o aplicador, as pulverizações sitado nas folhas da vela, 1, 2 e 3, as quais,
perdem em eficiência, em virtude, princi- desse modo, ficarão protegidas da infecção.
palmente, da evaporação do produto. Percebe-se que as pulverizações mais efici-
Condições climáticas entes são as realizadas via aérea.
Tabela 6. Principais características dos fungicidas com registro, para uso no controle
do mal-de-Sigatoka da bananeira.
Concentração
Classe
Nome comercial Princípio ativo Formulação de princípio
toxicológica
ativo
Bayfidan Triadimenol Granulado 60 g/kg IV
Concentrado
Bayfidan Triadimenol 250 g/L II
Emusionável
Benlate Benomyl Pó molhável 500g/kg III
Suspensão
Cercobin Tiofanato metílico 500 g/litro IV
concentrada
Cobre Sandoz BR Óxido cuproso Pó molhável 560 g/kg IV
Cupravit verde Oxicloreto de cobre Pó molhável 840 g/kg IV
Cupravit azul Oxicloreto de cobre Pó molhável 588 g/kg IV
Suspensão
Dacostar Clorotalonil 500 g/L I
concentrada
Dithane Mancozeb Pó molhável 800 g/L III
Concentrado
Folicur Tebuconazole 200 g/L III
emulsionável
Fungiscan Tiofanato metílico Pó molhável 700g/kg IV
Concentrado
Juno Propiconazole 250g/L III
emulsionável
Manzate Mancozeb Pó molhável 800 g/kg III
Suspensão
Opus Epoxiconazole 125 g/L II
concentrada
Concentrado
Tilt Propiconazole 250 g/L III
emulsionável
Vanox Clorotalonil Pó molhável 750 g/kg II
SIGAT
SIGATOKA-NEGRA O desenvolvimento de lesões de
(Mycosphaerella fijiensis = sigatoka e a sua disseminação são forte-
mente influenciados por fatores ambientais
Paracercospora fijiensis)
como umidade, temperatura e vento. O
DISTRIBUIÇÃO esporo, uma vez depositado sobre as folhas
de variedades suscetíveis, germinará na pre-
A sigatoka-negra surgiu em 1963, nas sença de um filme de água. A duração desse
Ilhas Fiji, distrito de Sigatoka, como agente processo depende da temperatura. O perí-
causal da doença conhecida como raia- odo de incubação tem se mostrado extre-
negra. Atualmente está presente nas princi- mamente variável, dependendo do ambi-
pais regiões produtoras de banana do mun- ente. Na sigatoka-negra, a produção de
do, abrangendo Ásia, África, América e esporos é mais precoce, ocorrendo ainda na
Oceania. Em 1972, foi constatada em fase de estrias. A presença de maciça infec-
Honduras, disseminando-se, posteriormen- ção induz conseqüentemente, uma maior
te, por toda a América Central e do Sul. Foi produção de esporos, imprimindo, por
constatada no Brasil em fevereiro de 1998, conseguinte, maior taxa de progresso da
no estado do Amazonas e, depois, no Acre, doença, em comparação com a sigatoka-
Rondônia e Mato Grosso. A rapidez com amarela, razão pela qual esta desaparece
que a doença vem-se disseminando pelo em cerca de três anos, após o surgimento
país está acima da expectativa, podendo, da sigatoka-negra.
num futuro não muito distante, atingir to-
dos os estados produtores. O vento, juntamente com a umidade,
principalmente na forma de chuva, são os
AGENTE CAUSAL E SINTOMAS principais responsáveis pela liberação dos
O fungo causador da sigatoka-negra é esporos e disseminação da doença. No caso
um ascomiceto conhecido como específico da sigatoka-negra no Brasil, ou-
Mycosphaerella fijiensis Morelet (fase sexuada) tras vias importantes para sua disseminação
ou Paracercospora fijiensis (Morelet) Deighton têm sido as folhas doentes utilizadas em
(fase anamórfica). A primeira descrição foi barcos e/ou caminhões bananeiros, para
em 1963 nas Ilhas Fiji, distrito de Sigatoka, proteção dos frutos durante o transporte, e
causando a doença conhecida como raia- as bananeiras infectadas levadas pelo rio
negra. Em 1972, foi descrita em Honduras, durante o período de cheia nos rios amazô-
a doença denominada sigatoka-negra, cau- nicos (Figura 18).
sada por M. fijiensis var. difformis (Stover,
1980). Somente mais tarde descobriu-se
que M. fijiensis é a mesma M. fijiensis var.
difformis, ou seja, sigatoka-negra é sinônimo
de raia-negra (Carlier et al., 1994). A fase
assexual (P. fijiensis) está presente durante a
Foto: Zilton José Maciel Cordeiro
Conidióforos
Presença de halo
Comum Nem sempre aparece
amarelo
Freqüência relativa
de lesões/área Baixa Alta
foliar
te morte do tecido foliar antes mesmo de as entre as aplicações, a adaptação dos equipa-
lesões atingirem o estádio adulto ou de mentos com a finalidade de atingir maior
lesões maduras. Em plantas atacadas, o eficiência na aplicação, e a busca de novas
impacto visual é bastante forte devido à moléculas fungicidas e/ou formulações.
queima precoce das folhas, que adquirem Tais ajustes foram necessários ao esquema
tonalidade escura a preta. de controle da doença na Costa Rica, quan-
do ela foi introduzida no país. A Costa Rica
CONTROLE é provavelmente um dos países onde a
As recomendações formuladas para a sigatoka-negra tem ocorrido com maior
sigatoka-amarela são válidas para a sigatoka- intensidade. As dificuldades encontradas
negra, até mesmo em relação aos produtos no controle dessa doença são devidas, prin-
utilizados. Porém, a depender do ambiente cipalmente, à queda na eficiência de produ-
a ser enfocado, ajustes poderão ser necessá- tos químicos que já foram muito importan-
rios tendo em vista que esta é uma doença tes, como por exemplo, o propiconazol. A
de maior agressividade que a sigatoka-ama- prática do controle químico tem exigido a
rela e, por conseguinte, deverá requerer aplicação de até 56 pulverizações ao ano, o
maior número de aplicações de defensivos que significa a utilização de intervalos entre
e, conseqüentemente, maior atenção no pulverizações, menores que uma semana.
que diz respeito ao manejo do controle No momento, produtos de contato como
químico, quanto a aspectos de surgimento mancozeb, com nova formulação, têm
de formas do patógeno, resistentes aos ganhado espaço no controle da doença,
produtos em uso. Esses ajustes poderão devido aos problemas de resistência que se
exigir, por exemplo, a redução do intervalo agravaram em relação aos triazóis.
48 Banana Fitossanidade Frutas do Brasil, 8
MAL-DO
MAL-DO-P -PANAMÁ
ANAMÁ Pouco se conhece a respeito da influ-
(Fusarium oxysporum f. sp.. ência de parâmetros climáticos como luz,
temperatura e umidade no desenvolvimen-
cubense)
cubense) to de sintomas do mal-do-panamá na bana-
DISTRIBUIÇÃO neira. Sabe-se, porém, que o solo influi
fortemente na incidência da doença, com-
O mal-do-panamá é uma doença parável à do próprio hospedeiro. Como o
endêmica em todas as regiões produtoras F. oxysporum f. sp. cubense é um fungo de
de banana do mundo. Já as raças têm distri- solo, qualquer alteração nesse ambiente
buição relativamente restrita. A raça 4, por poderá influenciar positiva ou negativa-
exemplo, que é preocupante para a mente no avanço da doença. Há quem
bananicultura de exportação do tipo acredite que a resistência e a suscetibilidade
Cavendish, apresenta distribuição restrita, a esse fungo devem ser definidas tendo
sendo encontrada em plantações das Ilhas como referencial as condições do solo.
Canárias, África do Sul, Austrália e Taiwan. As principais formas de disseminação
Os casos de mal-do-panamá em variedades da doença são o contato dos sistemas
Cavendish, aqui no Brasil, têm sido conse- radiculares de plantas sadias com esporos
qüência de estresse sofrido pelas plantas, liberados por plantas doentes e, em muitas
que perdem sua capacidade de reação à áreas, o uso de material de plantio contami-
infecção, sendo infectadas pela raça 1 do nado. O fungo também é disseminado por
patógeno. A doença está distribuída por água de irrigação, de drenagem, de inunda-
todo o país, mas causando problemas prin- ção, assim como pelo homem, por animais
cipalmente nas variedades AAB dos tipos e equipamentos.
Prata e Maçã, que têm sido afetadas pelas
A disseminação de esporos pelo ven-
raças 1 e 2. Não há relato da ocorrência da
to, embora citada por alguns autores, não
raça 4 no Brasil.
deve ser considerada como uma forma
AGENTE CAUSAL E SINTOMAS eficiente, uma vez que os esporos não tole-
ram mais de 20 horas de dessecação ao ar.
O mal-do-panamá é causado por
Na realidade, após quatro horas sua viabili-
Fusarium oxysporum f. sp. cubense (E.F. Smith)
dade já é grandemente comprometida. Além
Sn e Hansen. É um fungo de solo, onde
disso, a infecção ocorre sempre pela raiz,
apresenta alta capacidade de sobrevivência.
tornando pouco provável que espóros leva-
Pertence à classe dos Deuteromycetos ou
dos pelo vento atinjam o sistema radicular.
fungos imperfeitos, não se conhecendo o
seu estádio sexuado. Entre as raças do As plantas infectadas por F. oxysporum
patógeno, as devastadoras são a 1, 2 e 4. A f. sp. cubense exibem externamente um
raça 3 é importante para a Heliconia, porém amarelecimento progressivo das folhas mais
não o é para a bananeira. velhas para as mais novas, começando pe-
los bordos do limbo foliar e evoluindo no
O fungo sobrevive no solo por longos sentido da nervura principal (Figura 22).
períodos, na ausência do hospedeiro, fato Posteriormente, as folhas murcham, secam
que provavelmente se deve à formação de e se quebram junto ao pseudocaule. Em
estruturas de resistência denominadas conseqüência, ficam pendentes, o que dá à
clamidósporos. Existe, também, a hipótese planta a aparência de um guarda-chuva
da sua sobrevivência em estádio saprofítico, fechado (Figura 23). É comum constatar-
formando heterocários com linhagens não se que as folhas centrais das bananeiras
patogênicas de F. oxysporum. Nesses casos, permanecem eretas mesmo após a morte
o núcleo presente em hifas dessas linhagens das mais velhas. Além disso, pode-se obser-
voltaria a atuar na presença do hospedeiro var ainda em plantas infectadas: estrei-
suscetível. tamento do limbo das folhas mais novas,
Frutas do Brasil, 8 Banana Fitossanidade 49
DANOS E EFEITOS
ECONÔMICOS
O mal-do-panamá está entre os pro-
blemas fitossanitários mais sérios que afli-
gem os produtores de banana no mundo.
Seu destaque é cada vez maior, diante das
mudanças radicais já impostas à
bananicultura mundial na década de ses-
senta e, mais recentemente, pelo apareci-
mento de uma nova raça do patógeno cau-
sador do mal-do-panamá capaz de atacar as
variedades resistentes do subgrupo
Cavendish. Isso mostra a necessidade do
avanço da pesquisa na busca de novas alter-
Foto: Zilton José Maciel Cordeiro
Os sintomas aparecem como man- das variedades Cavendish. Ela também ocor-
chas marrons, surgidas sobre a ráquis, que re sobre Gros Michel, embora em menor
progridem atingindo a coroa e os dedos. grau. Ocorrência relativamente severa foi
Variam de páleas a pardo-escuras e apre- também observada em plantios de Mato
sentam margem irregular circundada por Grosso do Sul.
um halo de tecido encharcado. Também Os sintomas no início e no final do
variam em tamanho, geralmente em torno desenvolvimento da mancha-losango são
de 5 mm a 6 mm de comprimento. As bastante característicos. Entre essas duas
manchas só aparecem em frutos com idade fases, entretanto, ela pode ser confundida
igual ou superior a 50 dias. Em contraste com Pitting. O primeiro sintoma é o apare-
com a pinta de P. grisea, não ocorre aumento cimento sobre a casca do fruto verde de
da freqüência ou do tamanho das manchas uma mancha amarela imprecisa medindo 3
na maturação. mm a 5 mm de diâmetro. Como as células
Mancha-losango (Cercospora
( Cercospora hayi; infectadas não se desenvolvem e o tecido
roseum)
Fusarium solani; Fusarium roseum) sadio em torno da lesão cresce, surge uma
rachadura circundada por um halo amarelo.
Esta mancha de fruto foi primeira- Esta aumenta de extensão além do halo e se
mente descrita, em 1968, como sendo cau- alarga no centro. O tecido exposto pela
sada por Fusarium roseum, possivelmente em rachadura e o halo amarelo tornam-se
conjunção com outro fungo secundário necróticos, entram em colapso e escure-
comum sobre casca de banana. Estudos cem. A mancha aparece então como uma
posteriores mostram que o invasor primá- lesão em forma de losango, preta, deprimi-
rio é Cercospora hayi, seguido por Fusarium da, com 1,0 cm a 3,5 cm de comprimento
solani, F. roseum e, possivelmente, outros por 0,5 cm a 1,5 cm de largura (Figura 27).
fungos. A mancha-losango tem sido a causa As manchas pequenas raramente se esten-
comum da perda de frutos em Honduras e dem além da casca; já no caso de manchas
na Guatemala desde a expansão do cultivo grandes, a polpa fica eventualmente expos-
Foto: Sebastião de oliveira e Silva
Figura 27. Mancha-losango: lesões em forma de losango preto, deprimindo a casca do fruto.
Frutas do Brasil, 8 Banana Fitossanidade 53
ta. As manchas começam a aparecer quan- xam grandes quantidades de folhas pendu-
do os frutos estão aproximando-se do radas, ou cuja drenagem é deficiente. Como
ponto de colheita. Um aumento do núme- a pinta se manifesta quando as bananas
ro e do tamanho das manchas pode, entre- estão desenvolvidas e como muitos frutos
tanto, ocorrer após a colheita. A mancha- apresentam incidência tão baixa que sua
losango só se manifesta em períodos chu- aparência não chega a ser afetada, esta
vosos prolongados. doença é quase mascarada pela cor amarela
dos frutos amadurecidos. Todas as varieda-
Pinta-de-Deightoniella
des de banana são afetadas pela pinta.
(Deightoniella
Deightoniella torulosa)
torulosa
Os sintomas podem aparecer sobre
A pinta não é um defeito grave da
frutos em todos os estádios de desenvolvi-
casca da banana, exceto de forma ocasional,
mento. Consistem em manchas diminutas,
após períodos de chuvas que se prolongam
geralmente com menos de 2 mm de diâme-
além do normal ou quando os frutos são
tro, de coloração que vai do marrom-
colocados em sacos de polietileno insufici-
avermelhado ao preto. Um halo verde-
entemente perfurados. O problema é cau-
escuro circunda cada mancha. As pintas
sado pelo fungo Deightoniella torulosa, que é
aumentam quando o fruto se acerca do
um habitante freqüente de folhas e flores
ponto de colheita (Figura 28). Os frutos
mortas. Tem sido reportado como um
velhos são mais resistentes à infecção; os de
patógeno fraco de folhas velhas e
10 a 30 dias de idade são infectados mais
danificadas, bem como de pontas de frutos.
prontamente que os de 70 a 100 dias. As
A doença sucede em períodos de chuvas
pintas não devem ser confundidas com as
prolongadas.
manchas causadas por choque e com as
As pintas tendem a ser severas nas resultantes de oviposição de tripes nas flo-
plantações mal conduzidas, em que se dei- res, as quais podem ser removidas.
Foto: Zilton José Maciel Cordeiro
Ponta-de-charuto Controle
(Verticillium theobromae; As doenças de fruto na fase de pré-
Trachysphaera fructigena) colheita apresentam características de so-
Na literatura são citados vários fungos brevivência e ocorrência que permitem o
como os causadores da podridão das pon- seu agrupamento com recomendações ge-
tas dos frutos, porém os mais consistente- rais de controle. Tais medidas são relacio-
mente isolados das lesões são Verticillium nadas a seguir e visam, basicamente, à redu-
theobromae e Trachysphaera fructigena. A ocor- ção do potencial de inóculo pela eliminação
rência da doença em variedades do subgrupo de partes senescentes e redução do contato
Cavendish tem sido associada a períodos de entre patógeno e hospedeiro.
alta umidade. No Brasil, além do subgrupo • Eliminação de folhas mortas ou em
Cavendish, o problema aparece com fre- senescência.
qüência em variedades do subgrupo Terra.
• Eliminação periódica de brácteas, prin-
Os sintomas da ponta-de-charuto ca- cipalmente, durante o período chuvoso.
racterizam-se por uma necrose preta que
começa no perianto e atinge a ponta dos • Ensacamento dos cachos com saco
frutos ainda verdes. O tecido necrótico de polietileno perfurado, tão logo ocorra a
corrugado cobre-se de fungos e faz lembrar formação dos frutos.
a cinza da ponta de um cigarro (Figura 29). • Implementação de práticas culturais
A podridão se espalha lentamente e, raras adequadas, orientadas para a manutenção
vezes, afeta mais que dois centímetros da de boas condições de drenagem e de densi-
ponta do fruto. dade populacional, bem como para o con-
trole de plantas daninhas, a fim de evitar um
ambiente muito úmido na plantação.
• Proteção dos frutos, antes do
ensacamento, com fungicidas tais como
Dithane e Manzate.
DOENÇAS DE PÓS-
PÓS-COLHEITA
COLHEITA
Podridão-da-coroa
(Fusarium roseum;
Verticillium theobromae e
Gloeosporium musarum/
Colletotrichum musae)
A prática do despencamento, necessá-
ria à comercializando dos frutos em pencas
ou buquês, eliminou o problema da podri-
Foto: Zilton José Maciel Cordeiro
coroa, ainda que, eventualmente, possa es- apressório e penetram neles. Não há, entre-
tender-se ao pedicelo e aos frutos. O pro- tanto, o desenvolvimento de sintomas em
blema normalmente resulta da atividade frutos verdes. Ocorrida a penetração, a
combinada de vários fungos. Os mais infecção permanece quiescente até que o
freqüentemente associados à podridão-da- fruto entre em maturação. Duas formas
coroa são: Fusarium roseum (Link) Sny e distintas da doença são observadas: a
Hans., Verticillium theobromae (Torc.) Hughes antracnose de frutos maduros, originária de
e Gloeosporium musarum Cooke e Massel infecção latente da casca verde e que per-
(Colletotrichum musae Berk e Curt.). Uma manece dormente até o início da maturação;
série de outros fungos também têm sido e a antracnose não latente, produzida pela
isolados, porém, com menor freqüência. invasão do patógeno em ferimentos ocorri-
Os sintomas se manifestam pelo dos sobre frutos verdes em trânsito. Com
escurecimento dos tecidos da coroa, sobre os modernos sistemas de embalagem e o
a qual pode-se desenvolver um micélio transporte em caminhões ou navios frigorí-
branco-acinzentado (Figura 30). A ocor- ficos, os frutos estão agora menos sujeitos
rência da podridão-da-coroa é uma anoma- às injúrias. As variedades Cavendish são
lia capaz de causar sérios prejuízos na fase mais suscetíveis à antracnose de ferimento
de comercialização da banana, razão pela de frutos verdes do que a Gros Michel. Por
qual exige cuidados especiais, iclusive com sua vez, os frutos maduros são mais susce-
adoção, do controle químico. Caso contrá- tíveis que os verdes.
rio, as chances de que a doença possa se Os sintomas caracterizam-se pela for-
instalar durante as fases de transporte e mação de lesões escuras deprimidas. Estas,
comercialização são muito grandes. sob condições de alta umidade, cobrem-se
de frutificação rosada, que são acérvulos de
Colletotrichum. As lesões aumentam de tama-
nho com a maturação do fruto e podem
coalescer, formando grandes áreas
necróticas deprimidas (Figura 31). Geral-
mente, a polpa não é afetada, exceto quan-
Foto: Zilton José Maciel Cordeiro
Antracnose (Colletotrichum
(Colletotrichum musae)
musae)
As lesões de antracnose em frutos de
banana representam o mais grave problema
na pós-colheita desta fruta. Embora se
manifeste durante esse período, o proble-
ma tem início no campo, ocasião em que os
esporos dispersos no ar são depositados Figura 31. Antracnose: necrose preta e deprimida da
sobre os frutos, germinam, formam casca, mostrando frutificação rosada do fungo.
56 Banana Fitossanidade Frutas do Brasil, 8
cal de muito calor e umidade. Entretanto, alta umidade. Quando boas práticas cultu-
não causa danos ao crescimento e à produ- rais e o controle da sigatoka são aplicados,
ção das plantas. É causada pelo fungo as manchas de Deightoniella são raras. Elas
Cloridium musae Stahel, que produz conídios aparecem, principalmente, ao longo dos
somente na face inferior da folha, ocorren- bordos do limbo foliar e sobre as folhas
do com maior freqüência em ambientes mais velhas e inferiores. É comum, ainda, a
com muita umidade, em condições de som- sua ocorrência sobre a nervura principal
bra de árvores e margens úmidas de flores- das folhas mais velhas da planta. Há infor-
tas. Em meio de cultura, cresce prontamen- mações de que a ocorrência desse patógeno
te sobre um grande número de substratos, na bananeira está associada com sintomas
produz colônias cinza-escuras e esporula de deficiência de manganês na planta. Os
facilmente sobre meio de batata-dextrose- primeiros sintomas aparecem como peque-
ágar (BDA). Os sintomas caracterizam-se nas lesões necróticas pretas com 1 mm a 2
pelo aparecimento de diminutas lesões den- mm de diâmetro (Figura 34). As manchas
samente agrupadas, formando manchas podem aumentar em tamanho, tornando-
marrom-escuras, as quais ocupam uma con- se ovais, com dois ou mais centímetros em
siderável área da folha (Figura 33). diâmetro, e bordos pretos.
MANCHA-DE-DEIGHTONIELLA LESÕES-DE-PHYLLOSTICTINA
(Deightoniella torulosa = (Phyllostictina musarum)
musarum)
torulosum)
Helminthosporium torulosum) São pequenas lesões que podem ser
O fungo causador desta doença, observadas sobre folhas e frutos verdes,
Deightoniella torulosa, é um saprófita colo- causadas pelo fungo Phyllostictina musarum
nizador de folhas secas da bananeira e um (Macrophoma musae, Phoma musae), facilmen-
fraco parasita sobre folhas velhas, especial- te identificado pela formação de picnídios
mente onde estão ocorrendo senescência, pretos sobre as lesões. Os sintomas apare-
injúria, pobres condições de crescimento e cem nas folhas como pequenas lesões mar-
58 Banana Fitossanidade Frutas do Brasil, 8
muito similar à Cloridium musae; e a mancha Raça 1: afeta solanáceas e outras plantas;
de Cladosporium, causada por Cladosporium Raça 3: afeta solanáceas.
musae. São normalmente lesões escuras a
pretas, muito pequenas, que ocorrem em Segundo informações disponíveis, nas
geral sobre folhas velhas, sem causar danos Filipinas a raça 1 causa murcha leve em
econômicos importantes na maioria das bananeira, embora aparentemente apenas
regiões produtoras do mundo. plantas que crescem sob condições desfa-
voráveis sejam afetadas.
DOENÇAS BACTERIANAS
BACTERIANAS As três raças de R. solanacearum podem
As doenças bacterianas na bananeira ser diferenciadas pela reação em folhas de
constituem um grupo menos numeroso de fumo (Nicotiana tabacum) infiltradas com
que as fúngicas e, numa escala de importân- suspensão bacteriana. A raça 1 não produz
cia, pode-se afirmar que apresentam me- sintomas visíveis após 24 horas, mas causa
nor significado econômico, apesar dos da- murcha e necrose após oito dias; a raça 2
nos que uma doença como o moko pode causa reação de hipersensibilidade; a raça 3
causar em uma plantação. Assim como os provoca, apenas, descoloração amarela da
fungos, as bactérias podem afetar todas as área infiltrada, 48 horas após a inoculação.
partes da planta, causando severos danos.
A raça 2 apresenta linhagens com ca-
Neste item, serão abordadas em maiores
racterísticas patogênicas e epidemiológicas
detalhes o moko e a podridão-mole, por se
diferentes, das quais pelo menos estas cinco
tratar de problemas mais graves para a
são reconhecidas na bananeira:
cultura, fazendo-se referências rápidas so-
bre outras bacterioses conhecidas. • Linhagens D ou distorção - Origi-
nária de Heliconia selvagem, provoca subde-
MOKO
MOKO senvolvimento e distorção de plantas jo-
(Ralstonia solanacearum,
solanacearum, raça 2) vens. Tem baixa virulência sobre bananei-
ras e baixa capacidade tanto de invadir
DISTRIBUIÇÃO brácteas florais como de sobreviver no solo
Existem informações de que a do- (menos de seis meses). Em meio de
ença surgiu na Guiana por volta de 1840 e, tetrazólio, forma colônias irregulares, bran-
posteriormente, causou problemas em plan- cas e fluidas.
tios de Trinidad e Tobago. À exceção das • Linhagem B ou banana - Provavel-
Filipinas, a doença está restrita ao hemisfé- mente originária da linhagem D por muta-
rio ocidental, abrangendo o México, a ção, é altamente virulenta sobre a bananei-
América Central, a Colômbia, o Peru, o ra. Apresenta pouca ou nenhum exsudação
Suriname, o Brasil, entre outros países. Nas de pus bacteriano pelas brácteas florais,
condições brasileiras, a doença está presen- sendo moderada a sua capacidade de inva-
te em todos os estados da região Norte, di-las. Sobrevive no solo por 12 a 18 meses
com exceção do Acre. Surgiu também no e é indistinguível da linhagem D em meio
estado de Sergipe, em 1987, onde vem de cultura.
sendo mantida sob controle, mediante
erradicação dos focos. • Linhagem SFR, de small, fluidal, round
(colônias pequenas, fluidas e redondas) -
AGENTE CAUSAL E SINTOMAS Originária de B ou D, é altamente virulenta
A doença é causada pela bactéria sobre a bananeira. Possui alta capacidade
Ralstonia solanacearum Smith (Pseudomonas invasora de brácteas florais, sobre as quais
solanacearum), raça 2. Além dessa raça, a forma abundante exsudação de pus
bactéria causadora da murcha ou moko da bacteriano. Sua sobrevivência no solo é de
bananeira, apresenta outras duas: três a seis meses.
60 Banana Fitossanidade Frutas do Brasil, 8
Figura 36. Moko: intensa descoloração vascular dos tecidos centrais do pseudocaule.
Foto: Aristoteles Pires de Matos
Figura 37. Moko: podridão seca, de coloração parda na polpa dos frutos.
62 Banana Fitossanidade Frutas do Brasil, 8
Para um teste rápido, destinado a de- • Nas plantas adultas, na fase de de-
tectar a presença da bactéria nos tecidos da senvolvimento final do cacho ou durante a
planta, utiliza-se um copo transparente com colheita, pode-se observar o desenvolvi-
água até dois terços de sua altura, em cuja mento anormal dos filhos, caracterizado
parede se adere uma fatia delgada da parte pela distorção ou desembainhamento e
afetada (pseudocaule ou engaço), cortada morte destes.
no sentido longitudinal, fazendo-a pene-
DANOS E EFEITOS
trar ligeiramente na água. Dentro de apro-
ECONÔMICOS
ximadamente um minuto ocorrerá a desci-
da do fluxo bacteriano, tal como mostra a O moko ou murcha-bacteriana-da-
Figura 38. bananeira, constitui permanente ameaça aos
cultivos dessa planta. Apesar de incluir-se
no rol das principais doenças da bananeira
no hemisfério ocidental, provoca maiores
perdas entre as culturas de plátanos do que
nos cultivos comerciais. A distribuição do
moko é restrita, pois não obstante a presen-
ça de seu agente em muitas áreas produto-
ras de banana no mundo, as linhagens que
atacam essa cultura só incidem no hemisfé-
rio ocidental e nas Filipinas. A confirmação
oficial no Brasil ocorreu em 1976, no então
Território Federal do Amapá. Por vários
anos, o Ministério da Agricultura e do Abas-
tecimento manteve um programa de
erradicação da doença na região Norte, sen-
do posteriormente abandonado. Sua ocor-
rência em Sergipe, em 1987, levou a Defesa
Sanitária Vegetal a fazer novas erradicações
nesse Estado e os focos foram controlados.
Algumas características da doença,
Figura 38. Moko: teste do copo, mostrando o fluxo
como disseminação por insetos, morte rá-
bacteriano a partir dos vasos infectados.
pida das plantas afetadas, ausência de vari-
Os sintomas mencionados a seguir edades resistentes, deixam sempre os pro-
foram observados em bananais da região dutores em alerta, devido aos riscos de
Norte: perda que normalmente acompanham os
• Murcha da última bráctea do coração, casos de ocorrência do moko nas planta-
a qual cai sem se enrolar. Neste estádio a ções de banana.
ráquis já mostra os sintomas da doença, quan- CONTROLE
do cortada, porém os frutos são normais.
Os pontos principais do controle do
• Seca do coração e da ráquis. Neste moko são a detecção da doença e a rápida
estádio os frutos já podem apresentar sinto- destruição tanto das plantas infectadas como
mas típicos, como os descritos anterior- das que lhes são adjacentes, as quais, embo-
mente. ra aparentemente sadias, podem ter contra-
• Nas plantas jovens, uma ou mais ído a doença. Para tanto, é indispensável
folhas, a partir geralmente do ápice, se que um esquema de inspeção dos plantios
dobram no pecíolo ou na nervura principal, seja cumprido por pessoas bem treinadas e
mesmo antes de amarelecerem. repetido a intervalos regulares de 2 a 4
Frutas do Brasil, 8 Banana Fitossanidade 63
OUTRAS DOENÇAS BACTERIANAS ção na ponta do dedo, que avança por toda
A literatura cita a ocorrência de outras a polpa.
bacterioses na bananeira, tais como: Podridão-mole de frutos verdes
Podridão da ponta do fruto A infecção inicia no perianto de frutos
Foi descrita em Honduras com o nome jovens, penetra na polpa gradualmente,
de mokillo, devido à semelhança com frutos avançando para o final. Os frutos afetados
infectados por Pseudomonas solanacearum. podem ou não amadurecer prematuramen-
Acredita-se que a causa principal seja uma te e exibir uma área preta na casca. A polpa
bactéria do gênero Pseudomonas (Ralstonia) tende a deprimir-se, mas a podridão varia
que foi consistentemente isolada da lesão. de uma simples descoloração amarela a
Ocorre alteração da forma do fruto, que, uma liquefação escurecida do tecido. Dois
freqüentemente, torna-se mais estreito na tipos de bactérias predominaram entre os
ponta e menor do que os outros dedos. materiais doentes, não sendo, entretanto,
Internamente, pode-se observar descolora- confirmado o agente causal primário.
66 Banana Fitossanidade Frutas do Brasil, 8
5 DOENÇAS
CAUSADAS POR
NEMATÓIDES
Dilson da Cunha Costa
INTRODUÇÃO
NEMATÓIDE
NEMATÓIDE CAVERNÍCOLA
CAVERNÍCOLA
A bananeira é uma das fruteiras em (Radopholus similis, raça
que os danos às raízes são bastante eviden- bananeira)
ciados por ataques de fitonematóides. Os
mais prejudiciais estão envolvidos na des- OCORRÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO
truição das raízes primárias e do sistema de
Apesar de o primeiro relato oficial ter
apoio da planta, resultando na diminuição
sido realizado por Carvalho, em 1959, no
da eficiência de absorção de água e nutrien-
Vale do Ribeira, estado de São Paulo, é
tes pelas raízes e no acamamento de plantas
impossível precisar a época de sua introdu-
à medida que os cachos se aproximam da
ção no Brasil, havendo indicações de sua
colheita. Danos nas raízes e nos rizomas,
causados pela invasão de nematóides segui- presença em bananais infestados nessa re-
dos por certos fungos e bactérias, são os gião, pelo menos desde a década de 40. No
mais sérios problemas nas variedades do estado de São Paulo, encontra-se dissemi-
subgrupo Cavendish depois da sigatoka- nado no litoral paulista, causando maiores
negra. Na 0cultura da banana são relatadas danos no chamado litoral sul, onde se situa
146 espécies de nematóides parasitas ou a região do Vale do Ribeira. Muitos bana-
associadas ao cultivo, distribuídas em 43 nais localizados nos municípios de Regis-
gêneros (Gowen & Quénéhervé, 1990), tro, Cajati, Jacupiranga, Eldorado Paulista,
dos quais 28 já foram relatados em territó- Juquiá, Miracatu, Pedro de Toledo, Itariri,
rio nacional. Entre as espécies, Radopholus Pariquera-Açu, Iguape, Peruíbe e Itanhaém,
similis, Pratylenchus coffeae e Meloidogyne spp. entre outros, encontram-se infestados.
destacam-se pelos danos causados e pela Assim, também, no interior paulista, na
ampla distribuição nas principais regiões região chamada de Planalto, embora exis-
produtoras de banana do mundo. No Bra- tindo uma portaria legal do Instituto Bioló-
sil, diversas espécies têm sido identificadas gico de São Paulo, que proibia o trânsito de
em associação às raízes e ao solo da rizosfera mudas de banana do litoral para o planalto
de bananeiras, entretanto, apenas R. similis paulista e para outras regiões do país, a sua
é tida como de maior importância econô- disseminação infelizmente não pode ser
mica, embora outras como Meloidogyne evitada, por meio do comércio de mudas
javanica e M. incognita, Helicotylenchus contaminadas. Zem & Lordello,1983, re-
multicinctus, Pratylenchus coffeae e Rotylenchulus forçam tal hipótese, ao listarem os estados
reniformis também ocorram, causando da- onde R. similis foi verificado parasitando a
nos expressivos na cultura (Ferraz, 1995; bananeira (Bahia, Ceará, Espírito Santo,
Costa et al., 1997; Gonzaga, 1997). A Goiás, Distrito Federal, Maranhão, Mato
espécie H. multicinctus é encontrada com Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio
freqüência em infestações mistas com R. de Janeiro.
similis e/ou Meloidogyne spp., porém pouco
AGENTE CAUSAL E SINTOMAS
se sabe a respeito da extensão dos danos
causados por H. multicinctus. A ocorrência Esta espécie é vulgarmente chamada
de Pratylenchus coffeae em áreas de produção de nematóide cavernícola, designação que
nacional de banana é esporádica. se deve ao sintoma por ela causado no
Frutas do Brasil, 8 Banana Fitossanidade 67
Figura 42. Danos no rizoma: Necroses escuras causadas por Radopholus similis.
Foto: Dilson da Cunha Costa
Figura 44. Rachaduras nas raízes: infecção severa por Radopholus similis e patógenos
oportunistas.
e animais, o escoamento de água em áreas regiões do país onde ocorreu a expansão da
de declive e as águas de rega. Embora mais cultura. R. similis tem sido encontrado pra-
restrito do que o da raça citros, o círculo de ticamente em todas as áreas cultivadas com
hospedeiros da raça banana pode atingir bananeiras Cavendish, causando severos
plantas de diversas famílias botânicas. danos, especialmente em solos arenosos,
onde as perdas em produção atingiram até
DANOS E EFEITOS ECONÔMICOS
100%. Na região produtora do norte de
Algumas estimativas dos efeitos de R. Minas Gerais que, na década de 1990 surgiu
similis na produção de banana em alguns como grande pólo de desenvolvimento de
países são listadas na Tabela 9. O nematóide bananicultura irrigada, a produção de espé-
cavernícola, no momento com ampla disse- cies do subgrupo Cavendish foi inviabilizada
minação no Brasil, tem causado bastante em poucos anos. As lavouras foram, inici-
prejuízos, não somente nos estados de São almente, estabelecidas com material
Paulo e Rio de Janeiro, como nas demais propagativo contaminado de procedência
Tabela 9. Perdas causadas por R. similis do Vale do Ribeira (SP). Os solos arenosos,
na cultura da banana (Musa spp.). associados às altas temperaturas predomi-
nantes na região, provavelmente favorece-
Perdas do ram a rápida multiplicação do nematóide.
Local
Rendimento Atualmente, predomina naquela região a
África 20 a 80% monocultura de Prata-anã, que mostrou-se
tolerante ao nematóide e substituiu rapida-
Brasil 80 a 100% mente as cultivares do subgrupo Cavendish.
Entretanto, em poucos anos, a maioria dos
Colômbia 30 a 60% bananais dessa cultivar localizados na re-
gião encontra com níveis altos de infestação,
Costa Rica 6,2%/ha/ano sendo necessária, em alguns casos, a elimi-
nação completa dos mesmos. A alta
Filipinas 60%
infestação do nematóide na região pode
México 50 a 58% estar associada a áreas severamente ataca-
das pelo mal-do-panamá (Fusarium
70 Banana Fitossanidade Frutas do Brasil, 8
oxysporum f. sp. cubense), o que não é relata- cem unidos por meio de uma matriz gelati-
do em outras regiões produtoras dessa cul- nosa secretada pela própria fêmea durante
tivar. Com a migração da bananicultura a oviposição. O sintoma característico do
brasileira dos estados de São Paulo e Santa ataque desse nematóide é o engrossamento
Catarina, para a região Nordeste, sobretu- localizado nas radicelas e raízes denomina-
do para os projetos de irrigação implanta- do de galhas (Figura 46). O desenvolvimen-
dos pelo governo ao longo do Vale do Rio to das galhas radiculares se dá pela hipertrofia
São Francisco, essa espécie de nematóide e hiperplasia de células do parênquima
tem encontrado condições de solo e clima
favoráveis para a sua multiplicação. Na
região de Petrolina, vários bananais de
Pacovan, com poucos anos de estabeleci-
dos, apresentam-se com altos níveis de
infestação e baixa produtividade, sendo
necessárias aplicações de nematicidas de
NEMATÓIDES
NEMATÓIDES-D -DAS
AS--GALHAS
(Meloidogyne spp.)
OCORRÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO
F i g u r a 4 5 . Fêmea adulta de
Os nematóides formadores de galhas, Meloidogyne javanica ovopositando no
principalmente as espécies Meloidogyne exterior da raiz.
arenaria, M. hapla, M. incognita e M. javanica,
ocorrem em todas as regiões onde se culti-
vam bananeiras. Dentre as espécies de
Meloidogyne relatadas em associação às raízes
de bananeiras, em diferentes partes do
mundo, até o momento, apenas M. incognita
e M. javanica são as de maior ocorrência e
mais amplamente distribuídas.
AGENTE CAUSAL E SINTOMAS
As espécies do gênero Meloidogyne ca-
racterizam-se por acentuado dimorfismo
sexual; a fêmea apresenta o corpo globoso,
periforme ou em forma de saco, e imóvel;
o macho tem corpo vermiforme e é inativo.
A penetração nas raízes ocorre no
Foto: Dilson da Cunha Costa
vascular da raiz. As células hipertróficas as, serem comparáveis aos de R. similis. Alta
multinucleadas são chamadas de células infestação de M. incognita causa em bananei-
gigantes; funcionam como verdadeiros ar- ras do subgrupo Cavendish redução de
mazéns no suprimento alimentar dos perfilhamentos, do tamanho e do peso,
nematóides sedentários. além de atrasar a maturação dos cachos. Os
danos causados nos cultivos de banana são
Quando a infestação é severa, o sistema diretamente proporcionais ao aumento de
radicular apodrece facilmente (Figura 47) e suas populações. O incremento ou o de-
as plantas não absorvem água e nutriente do créscimo da população dependerão de fa-
solo de forma adequada, reduzindo o seu tores ambientais que atuem direta ou indi-
tempo de vida; crescem menos, mostran- retamente sobre o nematóide ou sobre a
do-se amareladas, com menor produção e hospedeira, bem como de fatores inerentes
frutos pequenos. A disseminação desses à biologia do próprio nematóide.
nematóides por seus próprios meios é mui-
Com relação aos fatores ambientais, o
to pequena, sendo facilitada por meio de teor de umidade no solo é considerado
mudas infectadas destinadas ao plantio, pelo como o de maior importância, seguido de
solo aderido às ferramentas e às máquinas outros, como as condições edáficas, a
agrícolas, pelas enxurradas e pela água de situação fisiológica da planta e a presença
irrigação, além dos pés ou dos excrementos de outros organismos (fungos, bactérias,
de animais. outros nematóides etc.) no mesmo nicho.
DANOS E EFEITOS Entre os fatores diretamente associados à
ECONÔMICOS biologia dos nematóides que afetam a
dinâmica populacional está a ação da densi-
Devido à sua ampla distribuição nos dade populacional da própria espécie regu-
cultivos de banana, Meloidogyne incognita e M. lando o tamanho da população. Outro
javanica têm sido grande destruidoras de fator endógeno que afeta a dinâmica
raízes nas regiões mais áridas do Brasil, populacional é a presença de variações
podendo seus danos, em determinadas áre- patogênicas dentro das espécies.
Foto: Dilson da Cunha Costa
OUTROS NEMATÓIDES
NEMATÓIDES parasitismo por R. similis (Figura 48). Seve-
ras perdas provocadas por H. multicinctus
Helicotylenchus multicinctus foram observadas em Israel, onde esse
Esta espécie pertence ao grupo dos nematóide ocorre na ausência de R. similis.
nematóides espiralados (família As lesões por H. multicinctus também po-
Hoplolaimidae), apesar de não apresentar dem ser colonizadas por fungos como
essa característica. Após a morte lenta em Fusarium, Rhizoctonia e Cylindrocarpon.
água quente, esses nematóides assumem H. multicinctus tem sido a espécie mais
formas que variam de retilíneas até um “C” freqüentemente associada à bananeira em
aberto. Tanto as juvenis como os adultos levantamentos realizados nas principais re-
dos dois sexos são vermiformes; aparente- giões produtoras do Brasil, porém pouco se
mente inexiste dimorfismo sexual. conhece sobre os danos por ela causados,
H. multicinctus é uma espécie sendo necessários estudos mais detalhado
ectoparasita e endoparasita migratória. Ju- sobre sua patogenicidade isoladamente e
venis e adultos dos dois sexos se alimentam sua interação com diferentes agentes
de citoplasma no parênquima cortical em patogênicos. Sua disseminação é feita de
que penetram. A exemplo do que ocorre maneira semelhante à de R. similis.
no parasitismo por R. similis, dá-se o
Pratylenchus coffeae
necrosamento das células com as paredes
danificadas e desprovidas de citoplasma. Esta espécie pertence ao grupo dos
chamados nematóides das lesões radiculares.
Os sintomas do ataque por H.
Os estágios juvenis e adultos dos dois sexos
multicinctus consistem em pequenas lesões
são vermiformes; tampouco se verifica em
acastanhadas sob a forma de mini-
P. coffeae a presença de dimorfismo sexual.
pontuações superficiais localizadas, princi-
palmente, nas raízes mais grossas. Quando O parasitismo por P. coffeae é seme-
o ataque é muito severo, as lesões podem lhante ao de R. similis, embora as lesões
coalescer, dando às raízes um aspecto causadas pelo primeiro sejam menos exten-
necrosado semelhante ao produzido pelo sas e de evolução mais lenta (Figura 49).
Foto: Dilson da Cunha Costa
Registra uma distribuição mais restrita que sem boa aceitação dos consumidores. A
a de R. similis e H. multicinctus, sendo verifi- forma mais segura de combate aos
cado em levantamentos realizados nas prin- nematóides é sem dúvida a utilização de
cipais regiões produtoras de banana do mudas de biotecnologia, produzidas em
Brasil, em apenas 2,5% das amostras. A laboratório de comprovada idoneidade téc-
disseminação se processa de maneira seme- nica e comercial, e plantadas em solos nun-
lhante à de R. similis. ca utilizados para o cultivo de bananeiras.
Na Embrapa Mandioca e Fruticultura, a
MEDIDAS GERAIS DE CONTROLE
combinação de tratamentos (descor-
A primeira medida de controle a ser ticamento do rizoma e a obtenção de mu-
adotada em relação aos fitonematóides da das por fracionamento de rizomas + imersão
bananeira é evitar a sua introdução na área dos pedaços de rizomas em solução de
de cultivo. Quando, porém, eles já se en- hipoclorito de sódio a 1% + semeio em
contram estabelecidos nos cultivos, outras canteiros com aplicação de Nemacur 400CE
medidas de controle tornam-se indispensá- - 5 ml/ 100 l de água) é prática considerada
veis, devendo fundamentar-se nas estimati- segura na obtenção de mudas sadias. Quan-
vas dos danos causados. A avaliação de tais do as mudas convencionais apresentam
danos pode ser feita tomando-se por base alta infestação, o tratamento pela combi-
alguns parâmetros, como, por exemplo, a nação dos métodos físico, químico e me-
contagem dos nematóides nas raízes e cânico não elimina totalmente os
rizomas, o índice de lesões nas raízes e nematóides. Em Janaúba/MG e Petrolina/
rizomas e a contagem mensal de plantas PE essa prática não tem sido eficiente,
tombadas pela ação dos nematóides. ocorrendo altos níveis de tombamentos
A seguir estão relacionadas algumas de plantas em poucos anos de plantio. O
práticas recomendadas para o controle dos descorticamento visa à eliminação ou à
fitonematóides de bananeira. redução do inóculo contido na muda, me-
diante a supressão das raízes e dos tecidos
Mudas livres de nematóides
afetados no rizoma, com a ajuda de faca ou
O ideal seria plantar mudas de cultiva- facão. As mudas descorticadas devem ser
res resistentes aos nematóides e que tives- acondicionadas de forma que evite a sua
74 Banana Fitossanidade Frutas do Brasil, 8
6 DOENÇAS
CAUSADAS POR
VÍRUS
Paulo Ernesto Meissner Filho
Paulo Sérgio Torres Brioso
dicação das plantas infectadas. A cultura in cias e no pecíolo (Figura 53), morte das
vitro de meristemas, associada com bainhas foliares, mosqueado no pseu-
termoterapia, tem permitido a obtenção de docaule, má formação dos frutos e diminui-
plantas sadias. ção no tamanho do cacho.
DANOS E EFEITOS ECONÔMICOS
Nas Filipinas provoca perdas superio-
res a 40%. Nas plantas afetadas, os frutos
podem ficar chochos, ou então apresenta-
rem estrias, causando redução do seu valor
Foto: INIBAP, 1996
comercial.
Foto: Kenneth Sherpherd
CONTROLE
Figura 52. Sintomas do vírus do topo- Adotar medidas quarentenárias para
em-leque em bananeira. evitar a introdução da virose em regiões
onde ela não existe. Erradicar as plantas
MOSAICO-D
MOSAICO -DASAS-BRÁCTEAS
-BRÁCTEAS infectadas. Utilizar para o estabelecimento
(banana bract mosaic virus,
virus, de novos plantios mudas sadias e indexadas
para viroses.
BBrMV)
VIROSES EXISTENTES NO BRASIL
DISTRIBUIÇÃO
Até o momento já foram relatados no
Até o momento somente foi registra- Brasil, o vírus do mosaico-do-pepino
da a sua presença na Ásia. (cucumber mosaic virus, CMV) e o vírus das
AGENTE CAUSAL E SINTOMAS estrias-da-bananeira (banana streak virus,
BSV). Mesmo para as viroses já presentes
O vírus do mosaico-das-brácteas-da-
no país é importante o seu monitoramento,
bananeira (banana bract mosaic virus, BBrMV)
uma vez que em diferentes regiões podem
possui partículas flexuosas com 700 nm a estar presentes estirpes com diferente viru-
750 nm é uma espécie do gênero Potyvirus e
lência e epidemiologia.
infecta bananeiras e plátano. O vírus é
transmitido por material de propagação MOSAICO-DO
MOSAICO -DO-PEPINO
-PEPINO
vegetativa e pelos afídeos Rhopalosiphum (cucumber mosaic virus, CMV)
maidis, Aphis gossypii e Pentalonia nigronervosa
de modo não-persistente. DISTRIBUIÇÃO
As plantas infectadas apresentam ris- Este vírus é cosmopolita e ocorre em
cas descontínuas nas brácteas da inflorescên- todo o território brasileiro
80 Banana Fitossanidade Frutas do Brasil, 8
7 PLANTAS
DANINHAS
José Eduardo Borges de Carvalho
INTRODUÇÃO MAT
MATOCOMPETIÇÃO NA
A bananeira é uma planta muito sensí- CULTURA
CULTURA DA
DA BANANA
vel à competição de plantas daninhas pelos A cultura da banana é muito sensível à
fatores de produção como nutrientes e, competição de plantas daninhas pelos fato-
principalmente, por água, resultando na res de produção no período de formação do
redução do vigor e na produtividade, razão bananal, exigindo limpas mensais, por pro-
pela qual o seu controle dessas ervas é porcionarem crescimento mais rápido da
fundamental para o sucesso da cultura. planta e produção mais elevada (Chambers,
Ao definir um programa de controle 1970). Estes resultados foram confirmados
de plantas daninhas na cultura da banana, é em outros trabalhos, nos quais se observa-
importante levar em consideração que o ram que as capinas mensais, ao longo do
sistema radicular é bastante superficial, ano, proporcionaram resultados de cresci-
sendo, freqüentemente, danificado pelas mento e produção mais próximos aos do
capinas mecânicas ou manuais, podendo cultivo mantido sempre no limpo (Seeyave
agravar a ocorrência de doenças como & Phillips, 1970, citados por Durigan ,
moko, mal-do-panamá e podridão-mole, 1984).
que penetram pelo sistema radicular. Além Avaliando o efeito das plantas dani-
desse aspecto, a maioria dos plantios no nhas sobre o peso do cacho da cultivar
Brasil está situada em áreas com declive Prata em áreas declivosas do estado do
acentuado, exigindo assim um manejo ade- Espírito Santo, Gomes (1983) observou, na
quado do mato e coberturas vegetais, como planta-mãe, que o peso do cacho foi preju-
prática conservacionista. dicado quando a primeira capina foi realiza-
As plantas daninhas podem favorecer da após 30 dias do plantio, tendo atribuído
a ocorrência de pragas e servir como hospe- à competição por nutrientes a principal
deiras de vírus ou de nematóides, graves causa da queda do peso do cacho.
patógenos que atacam a bananeira. Por Apesar da necessidade de limpas cons-
outro lado, é possível explorar a convivên- tantes, os primeiros cinco meses da instala-
cia harmônica entre plantas daninhas e a ção são os mais limitantes para a cultura,
cultura da banana, permitindo tê-las como requerendo, segundo Alves & Oliveira 1997,
aliadas num manejo mais ecológico do cinco a seis capinas. Nessa etapa, o controle
bananal, como fonte de alimento e abrigo das plantas daninhas deve ser realizado
de inimigos naturais de pragas e doenças, adequadamente para que o crescimento das
conforme já observado na cultura dos citros. bananeiras não seja afetado e sua recupera-
Nesse capítulo, será abordada a inter- ção não seja excessivamente lenta.
ferência das plantas daninhas com o desen- Após esse período a cultura é menos
volvimento da cultura, os métodos mais sensível à competição do mato (Belalcázar
utilizados para seu controle e as relações Carvajal, 1991). Com esse conhecimento,
com o combate de pragas e doenças. as plantas daninhas podem ser utilizadas
84 Banana Fitossanidade Frutas do Brasil, 8
como fonte de alimento e abrigo de inimi- dos bananais estabelecidos com densidade
gos naturais de pragas e doenças, favore- baixa e média, e dispostos em linhas parale-
cendo o manejo ecológico do bananal. las, não é uma prática muito recomendada
Apesar disso, não deve ser descartada a por acarretar problemas de compactação e
possibilidade de algumas plantas daninhas endurecimento da camada superficial do
servirem, também, como hospedeiras de solo e cortes no sistema radicular, apesar de
nematóides e de agentes causais de doenças ser um método eficiente de controle. O uso
como viroses, sendo necessário eliminá-las desses equipamentos fica limitado até o
totalmente ou mantê-las ceifadas, evitando segundo mês após o plantio.
sua convivência com a cultura da banana.
Cinco meses depois da instalação do
É preciso considerar, ainda, que a pos- bananal, o uso da roçadeira manual é um
sibilidade de convivência da bananeira com método viável, apresentando grande rendi-
o mato, sem prejuízo na produção, é uma mento de trabalho, sem as limitações da
prática conservacionista, atuando na redu- capina manual. Outra vantagem dessa prá-
ção significativa das perdas de solo e água tica cultural é a manutenção da integridade
por escoamento nas áreas declivosas e que, do solo, pois evita a sua manipulação, não
portanto, deve ser buscada desde que não causa danos ao sistema radicular das plantas
interfira negativamente no controle de pra-
e, conseqüentemente, reduz os riscos de
gas e doenças.
abrir portas para doenças como o mal-do-
MÉTODOS
MÉTODOS DE CONTROLE panamá, moko e podridão-mole, além de
ser também uma prática preservacionista.
Capina Em áreas afetadas pelo moko, na região
O controle de plantas daninhas, com Norte, o uso deste sistema de controle de
enxada, utilizado pelos pequenos produto- plantas daninhas reduziu drasticamente a
res, deve ser realizado com critério para incidência da doença (Pereira, 1990). O
evitar danos ao sistema radicular superficial rendimento do trabalho pode ser ainda
da bananeira, evitando, também, a penetra- maior com a utilização da roçadeira
ção de patógenos de solo nos ferimentos motomecanizada (Souto et al. 1997, citado
causados às raízes. por Souto et al. 1999).
Esse método de controle tem um efei- Controle químico
to muito curto, com o rápido resta-
Na Tabela 11 são apresentados os
belecimento do mato nos períodos chuvo-
herbicidas registrados e recomendados para
sos, além do baixo rendimento e dos custos
a cultura da banana no Brasil. Observa-se
elevados, já que são necessários, em média,
que há herbicidas pré-emergentes ou resi-
15 homens/dia para capinar um hectare de
duais que são aplicados ao solo logo após o
um bananal com densidade de 1.300
plantio do bananal e antes da emergência
touceiras (ITAL,1990, citado por Alves &
das plantas daninhas, para inibir seu cresci-
Oliveira, 1997; Souto et al., 1999). Assim,
para evitar a competição de plantas dani- mento, e os pós-emergentes (de contato e
nhas nos primeiros cinco meses da instala- sistêmicos), para o controle das plantas
ção do bananal são necessárias cinco a seis daninhas já desenvolvidas, provocando a
capinas, com um custo total, aproximado, sua morte. A escolha do herbicida ou da
de R$ 720,00 por hectare. Dessa forma, a mistura de herbicidas a ser utilizada vai
capina manual é impraticável nos grandes depender da composição matoflorística
cultivos de banana e plátano. presente na área e da seletividade da cultura.
Em virtude da facilidade de manuseio, do
Controle mecânico menor impacto ambiental e da formação de
O uso da grade de discos e da enxada uma cobertura morta, que possibilita a con-
rotativa para o controle de do mato nas ruas servação da umidade do solo por um perí-
Frutas do Brasil, 8 Banana Fitossanidade 85
Gramocil 300 g/l 2,0 - 3,0 0,6 - 0,9 Pós (jato dirigido)
Roundup 360 g/l 0,5 - 6,0 0,18 - 2,16 Pós (jato dirigido)
Roundup W.G. 720 g/l 0,5 - 3,5 0,36 - 2,52 Pós (jato dirigido)
Gramoxone 200 g/l 1,5 - 3,0 0,30 - 0,60 Pós (jato dirigido)
Zapp 480 g/l 1,0 - 6,0 0,48 - 2,88 Pós (jato dirigido)
odo mais longo, existe, atualmente, forte herbicida glifosate nas doses compreendi-
tendência de usar, em área total, os das entre 0,72 a 1,08 kg/ha do i.a., apresen-
herbicidas pós-emergentes sistêmicos em tou controle do mato superior a 80%, du-
substituição aos pré-emergentes, além de rante um período observado de 60 dias
apresentarem um custo de controle muito após aplicação, sem causar fitotoxidade à
menor que as capinas manuais. Segundo bananeira (Schmidt, 1988; Carvalho et al.,
Mesquita et al., 1983, o controle químico de 1990).
plantas daninhas contribuiu para a redução
Controle integrado com manejo de
de Cosmopolites sordidus capturados no bana-
nal, em comparação à utilização de cober-
coberturas vegetais
tura morta formada por partes da própria Controle integrado é a combinação de
bananeira. métodos que, de forma eficiente, promo-
vem o combate às plantas daninhas na
O efeito de capinas regulares e de
bananicultura, reduzindo custos e uso de
alguns herbicidas mais utilizados na
herbicidas; possibilitam um ambiente mais
bananicultura, sobre o peso do cacho e o
ecológico no bananal; melhoram e preser-
ciclo de produção da bananeira Prata, foi
vam os recursos naturais, como solo e água,
estudado por Gomes et al.,1984, que ob-
proporcionando maior competitividade e
servaram que nenhum dos herbicidas e
sustentabilidade ao produtor, mas acima de
misturas utilizadas foi superior à roçadeira.
tudo, ajudando no controle de pragas e
Entretanto o glifosate (1,23 kg/ha do ingre-
doenças da bananeira.
diente ativo) e a mistura de paraquat +
diuron (0,3 + 1,6 kg/ha do i. a.) apresenta- O controle cultural, abordado por
ram resultados idênticos a essa mistura, no Belalcázar Carvajal,1991, enquadra-se per-
controle das plantas daninhas presentes. O feitamente nesse conceito, pois, ao garantir
86 Banana Fitossanidade Frutas do Brasil, 8
8 PROBLEMAS DE
CAUSA ABIÓTICA E
ANORMALIDADES DE
CAUSA DESCONHECIDA
Zilton José Maciel Cordeiro
Ana Lúcia Borges
do do fruto.
Machiamento
A denominação de machiamento é
Foto: Zilton José Maciel Cordeiro
9 USO DE
AGROTÓXICOS EM
BANANEIRA
Luadir Gasparotto
sumidores de banana, dos animais de cria- limitações, quando atribuída a sua significa-
ção, de abelhas, peixes e, tanto quanto ção toxicológica ao homem.
possível, de organismos predadores e para- Assim, para fins de prescrição das
sitas, enfim, do meio ambiente. medidas de segurança contra riscos para a
Os cuidados devem ser adotados no saúde humana, os produtos são enquadra-
transporte, no armazenamento, no manu- dos em função do DL50, inerente a cada um
seio (preparo, aplicação, descarte de emba- deles.
lagens etc.) e quando ocorrem acidentes. I- Extremamente tóxicos (DL50 < 50
Além disso, é importante conhecer a mg/kg de peso vivo);
toxicidade dos produtos e como decidir na
II-Muito tóxicos (DL50 – 50 a 500 mg/
escolha do defensivo para determinada pra-
kg de peso vivo);
ga ou doença.
III-Moderadamente tóxicos (DL50 –
TOXICIDADE
XICIDADE DOS 500 a 5000 mg/kg de peso vivo);
DEFENSIVOS
DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
A GRÍCOLAS IV-Pouco tóxicos (DL50 > 5000 mg/
A toxicidade da maioria dos defensi- kg de peso vivo).
vos é expressa em termos do valor da Dose De acordo com a toxicidade dos de-
Média Letal (DL50), por via oral, represen- fensivos agrícolas, o rótulo da embalagem
tada por miligramas do produto tóxico por apresenta na parte inferior uma faixa com
quilo de peso vivo, necessários para matar uma das seguintes cores: vermelha, amare-
50% de ratos e outros animais testes. la, azul ou verde.
Conquanto adotado universalmente, Vermelho vivo: para os produtos da
esse índice de toxicidade dos componentes classe toxicológica I;
básicos dos defensivos é considerado de Amarelo intenso: para os produtos da
precisão relativa, uma vez que, em função classe toxicológica II;
da espécie, do sexo, da idade, do estado
nutricional do animal, do tipo da formula- Azul intenso: para os produtos da
ção e da via de penetração da substância, classe toxicológica III;
variam os valores apurados. De outra parte, Verde intenso: para os produtos da
sob condições comparáveis da toxicidade classe toxicológica IV.
inerente, da forma física, da concentração,
da dosagem, da freqüência da aplicação, da EQUIPAMENT
EQUIPAMENTOS
OS DE
persistência dos resíduos, podem ocorrer PROTEÇÃO
PROTEÇÃO INDIVIDUAL
INDIVIDUAL – EPIS
metabólitos mais funestos que o produto
O avanço dos trabalhos na área de
original, como no caso do Fenthion, que
higiene e proteção do trabalhador rural
dobra seu DL50 no organismo, passando a
vem gerando novos conceitos referentes à
sulforido ou sulfona etc.
aplicação de defensivos agrícolas. Acima
Um produto altamente tóxico, aplica- de tudo é preciso proteger o trabalhador de
do em baixa concentração do seu princípio possível exposição aos defensivos e res-
ativo ou menor dosagem, pode ser de me- guardar a salubridade da atividade agrícola.
nor risco para a saúde humana do que
Os EPIs mais comumente utilizados
outros menos tóxicos, usados em altas con-
são: macacão de manga comprida, másca-
centrações ou em dosagem mais elevada.
ras protetoras, óculos e avental, luvas,
O DL50 tem sido de utilidade como botas e chapéu de abas largas impermeá-
mero fator de comparação dos referidos veis. Os EPIs a serem utilizados são indica-
compostos químicos, estando a interpreta- dos via receituário agronômico e nos rótu-
ção de seus valores condicionada a certas los dos produtos.
98 Banana Fitossanidade Frutas do Brasil, 8
forem esvaziadas por completo, ou que • Deve ser efetuado um controle per-
foram contaminadas externamente por manente das datas de validade dos produ-
escorrimentos durante o uso. Esses vapo- tos, evitando que caiam no vencimento. As
res ou gases podem colocar em risco a vida pilhas devem ser montadas para facilitar
de pessoas ou animais da redondeza. essa verificação;
Recomendações gerais • As embalagens para líquido devem
ser armazenadas com o fecho para cima;
• Colocar em lugar coberto de maneira
a proteger os produtos contra as intempéries; • Os tambores ou embalagens de for-
ma semelhante não devem ser colocados
• Como um incêndio em depósito de verticalmente sobre os outros que se en-
defensivos agrícolas traz riscos excepcio- contram horizontalmente, ou vice-versa;
nais, a construção deve ser de alvenaria,
incombustível; • Deve haver sempre disponibilidade
de embalagens vazias, como tambores, para
• O piso deve ser revestido de mate- o recolhimento de produtos vazados;
rial impermeável, liso, fácil de limpar;
• Deve haver sempre um adsorvente
• Não deve haver infiltração de umi- como areia, terra, pó de serragem ou calcário
dade pelas paredes, nem goteiras no telhado; para absorção de líquido vazados;
• Funcionários que trabalham nos de- • Deve haver um estoque de sacos de
pósitos devem ser adequadamente treina- plástico, para envolver adequadamente
dos. Devem receber equipamento indivi- embalagens rompidas;
dual de segurança e ser periodicamente
submetidos à exames médicos; • Nos grandes depósitos é interes-
sante haver um aspirador de pó industrial,
• Junto de cada depósito devem ha- com elemento filtrante descartável, para se
ver chuveiros e torneiras, para higiene dos aspirar partículas sólidas ou frações de pós
trabalhadores; vazados;
• Um chuveirinho voltado para cima, • Se ocorrer um acidente que provo-
para a lavagem de olhos, é recomendável. que vazamentos, tomar medidas para que
• As pilhas dos produtos não devem os produtos vazados não alcancem fontes
ficar em contato direto com o chão, nem de água, não atinjam culturas, e que sejam
encostadas na parede, pois pode haver contidos no menor espaço possível. Reco-
perigo de umedecimento ou corrosão na lher os produtos vazados em recipiente
sua base; adequado. Se a contaminação ambiental for
significativa, avisar as autoridades, bem
• Deve haver amplo espaço para mo- como alertar moradores vizinhos.
vimentação, bem como arejamento entre as
pilhas; Pequenos depósitos
• Estar situado o mais longe possível Na fazenda, menores quantidades de
de habitações ou locais onde se conservem defensivos tendem a ser armazenadas. Po-
ou consumam alimentos, bebidas, drogas rém, algumas regras devem ser observadas:
ou outros materiais, que possam entrar em • Não guardar defensivos agrícolas
contato com pessoas ou animais; ou remédios veterinários dentro de resi-
• Contar com facilidades necessárias, dências ou de alojamentos de pessoal.
para que, no caso de existirem diferentes • Não armazenar defensivos nos mes-
tipos de produtos para uso agrícola, pos- mos ambientes onde são guardados ali-
sam ficar separados e independentes; mentos, rações ou safras.
100 Banana Fitossanidade Frutas do Brasil, 8
• forma em que estava o produto resultados medianos, sendo mesmo mais pro-
quando ocorreu a contaminação, se puro vável um fracasso completo na operação.
ou diluído em calda; • Aplicação de defensivos deteriora-
• há quantos dias vinha trabalhando o dos. O defensivo pode deteriorar-se pelas
paciente com esse produto; condições de armazenagem e preparo.
• que outros produtos o paciente ma- • Uso de máquinas e técnicas de apli-
nipulou ou aplicou nas últimas semanas; cação inadequadas.
• forma de contaminação; • Não observância dos programas de
tratamento, tanto no que diz respeito à
• se ingerido: volume aproximado da
época, intervalo, como ao número de apli-
ingestão, hora da ingestão e quantas horas
cações.
depois começaram a aparecer os sintomas;
• Escolha errônea dos defensivos. É
• contaminação corporal: a que horas muito comum a apresentação de “equiva-
ocorreu e quanto tempo depois começa- lentes” pelo distribuidor.
ram a aparecer os sintomas;
• Início do tratamento depois que
• se não houver contaminação grande parte da produção já está seriamente
significante, em que hora o paciente come- comprometida.
çou a aplicar o produto e quanto tempo
depois começaram a aparecer os sintomas; • Confiança excessiva nos métodos
de controle químico.
• tipos de sintomas;
• medidas de emergência tomadas; MANUTENÇÃO E LAV
LAVAGEM
DOS PULVERIZADORES
PULVERIZADORES
• se o paciente já teve outros aciden-
tes com defensivos; A manutenção e a limpeza dos apa-
• se vinha apresentando sintomas de relhos que aplicam defensivos devem ser
intoxicação ultimamente; realizadas ao final de cada dia de trabalho
ou a cada recarga com outro tipo de produ-
• se o paciente tem algum tipo de to, tomando os seguintes cuidados:
doença, sofre de algum problema em algum
órgão (coração, rins, fígado etc.). • colocar os EPIs recomendados;
• após o uso, certificar-se de que toda
CAUSAS
CAUSAS DE FRACASSOS
FRACASSOS NO a calda do produto foi aplicada no local
CONTROLE FITOSSANITÁRIO
FITOSSANITÁRIO recomendado; deve-se evitar o desperdí-
cio, preparando a quantidade suficiente para
Equipamentos e defensivos associ- as suas necessidades;
am-se, mutuamente, para a obtenção de
resultados satisfatórios. Na realidade, exis- • junto com a água de limpeza, colo-
tem muitos outros fatores envolvidos, mas car detergentes ou outros produtos reco-
considerando apenas as máquinas e os pro- mendados pelos fabricantes;
dutos, diríamos que o resultado da opera- • repetir o processo de lavagem com
ção seria antes um produto desses dois água e com o detergente por, no mínimo,
fatores do que uma média de suas eficiênci- mais duas vezes. Evitar respingos;
as individuais. • desmontar o pulverizador, remo-
Isto significa que o melhor defensi- vendo o gatilho, as molas, as agulhas, os
vo, aplicado com uma máquina inadequada filtros e as pontas, colocando-os em um
ou mal regulada não dá nem ao menos balde com água;
108 Banana Fitossanidade Frutas do Brasil, 8
ASSOCIAÇÕES
ABANORTE
10 – ASSOCIAÇÃO DE
ENDEREÇOS ÚTEIS
ANÁLISE DE RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS
AGRICONTROL QUÍM. E BIOL. IMP. EXP. BAYER DO BRASIL LTDA. DINAGRO AGROPECUÁRIA LTDA.
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114 Banana Fitossanidade Frutas do Brasil, 8
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Frutas do Brasil, 8 Banana Fitossanidade 115
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118 Banana Fitossanidade Frutas do Brasil, 8
12 GLOSSÁRIO
Abortamento - ação de não vingar, de morrer antes de
desenvolver-se.
Ação sistêmica - que se movimenta internamente na planta.
Ácaros - artrópodes aracnídeos da ordem acarina, de corpo não
Casulos - invólucro filamentoso construído pela larva de
insetos.
Cochonilhas - nome vulgar e genérico usado para designar
insetos da ordem dos homópteros pertencentes à família dos
segmentado, abdome soldado ao cefalotórax com quatro coccídeos.
pares de patas de seis a sete segmentos, cuja respiração se faz Coleóptero - ordem de insetos formada pelos besouros.
por traquéias ou através da pele, podendo ter vida livre ou Comensalismo - associação entre organismos de espécies
parasitária. diferentes sem prejuízo para as partes envolvidas.
Adesivo - é um adjuvante que auxilia o defensivo ou agrotóxico Compatibilidade (de agrotóxicos) - propriedade que dois ou
a aderir na superfície tratada. mais agrotóxicos apresentam ao serem misturados sem que
Adjuvante - qualquer substância inerte adicionada a uma a eficiência de cada um seja alterada ou diminuída.
formulação de defensivo, para torná-lo mais eficiente. É o CONFEA - Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e
caso dos adesivos, emulsificantes, penetrantes, espalhantes Agronomia.
umidificantes etc. Controle biológico - controle de uma praga, doença ou erva
Aeração - ato ou efeito de arejar, renovar o ar; ventilação, daninha pela utilização de organismos vivos.
circulação do ar. Convexa - de saliência curva, externamente arredondada,
Agressividade – capacidade de um microrganismo causar bojuda.
doença numa dada ????? ou variedade. Corpo reticulado - que tem linhas e nervuras entrecruzadas
Agrotóxicos - defensivo agrícola; substância utilizada na como a rede.
agricultura com a finalidade de controlar insetos, ácaros, Crescimento pulverulento - aparecimento de uma cobertura
fungos, bactérias e ervas daninhas. de pó sobre a epiderme das plantas.
Alvo (de pulverização) - é a parte da planta a ser protegida Cúprico - grupo químico de agrotóxicos derivados de produtos
pelo defensivo, por ser preferencialmente atacada pela à base de cobre.
praga ou moléstia que se visa combater ou por ser o local Cutícula - camada de material de natureza cerosa (cutina),
preferido pela praga ou doença para se instalar. Ele pode se pouco permeável à água, que reveste a parede externa de
encontrar mais externa ou internamente na planta, conforme células epidérmicas.
o hábito da praga ou a localização dos tecidos mais sujeitos Dano - estrago, deterioração, danificação, lesão.
ao ataque do fungo ou bactéria. Assim, em cada pulverização De vez - no tempo adequado de ser colhido, entremaduro.
é necessário definir com propriedade o alvo, para que ela Deficiências nutricionais - carência de algum elemento
possa ser corretamente executada. químico fundamental ao desenvolvimento da planta.
Ambiente - que cerca ou envolve os seres vivos ou as coisas Definhado - enfraquecido, debilitado, consumido.
por todos os lados. Desinfetar - destruir os micróbios vivos.
Análise foliar - exame laboratorial das folhas com o fim de Deriva - é o fenômeno de arrastamento de gotas de pulverização
determinar o teor dos elementos fundamentais ao pelo vento.
desenvolvimento da planta. Desintegração da polpa - amolecimento da polpa.
Análise de solo - exame laboratorial do solo, com a finalidade Dispersão - ato ou efeito de fazer ir para diferentes partes.
de determinar o teor dos elementos fundamentais ao Disseminar - espalhar por muitas partes; difundir, divulgar,
desenvolvimento da cultura a ser plantada ou existente. propagar.
Anomalia - irregularidade, anormalidade. Distúrbio hormonal - perturbação ou anomalia causada pela
APHIS - Animal and Plant Health Inspection Service. variação indesejável das quantidades de hormônios na planta.
Arar - lavrar, sulcar, revolver a terra. Distúrbios fisiológicos - problema ou anomalia na planta de
causa abiótica.
Áreas cloróticas - sintomas que se revelam pela coloração
Ditiocarbamato - grupo importante de fungicidas derivados
amarela das partes normalmente verdes.
do ácido ditiocarbônico; ex.: Mancozeb, Maneb, Zineb.
Bactérias - organismos microscópicos unicelulares que podem
Dominância apical - Crescimento predominante das gemas
parasitar vegetais. meristemáticas.
Benzimidazóis - grupo de fungicidas sistêmicos abrangendo Dorso - parte posterior, reverso.
os fungicidas Thiabendazol, Benomyl ( ou benomil? Eclosão - emergência do imago ou inseto perfeito da pupa; ato
aparecem as duas formas em todos os textos da coleção, qual ou processo de nascimento do ovo; saída do ovo pela larva
a correta) e Tiofanato metílico, entre outros. ou pela ninfa.
Bico - é a parte final do circuito hidráulico de um pulverizador, Encarquilhado - cheio de rugas ou pregas, rugoso, enrugado.
que tem as funções de transformar a calda em pequenas Entomopatogênico - capaz de produzir doenças ou parasitar
gotas, espalhando-as no alvo e controlar a saída de calda por insetos.
unidade de tempo. No caso do combate às pragas e às Eriofídeos - ácaros alongados pertencentes à família
doenças de um pomar, só são utilizados bicos tipo cone Eriophydae.
aberto, ou seja bicos cujo jato tem o formato de um cone Erosão - movimentação do solo causada pela água das chuvas
vazio no seu centro. e pelo vento.
Bráctea - folha da inflorescência quase sempre de forma Escama - designação vulgar da secreção, em geral escamiforme,
modificada, dimensões reduzidas e coloração viva. dos insetos homópteros da família dos coccídeos
Brocado - furado ou atacado por insetos adultos ou suas larvas (cochonilhas), sob a qual estes permanecem durante toda a
e lagartas. sua existência ou parte dela.
Brotação - o mesmo que brotamento, isto é, saída de novos Espalhantes adesivos - produtos adicionados em pequena
brotos, que darão origem a ramificações, folhas e flores. proporção à solução de agrotóxicos com o fim de melhorar
Calagem - método que consiste em adicionar substâncias a dispersão e adesão do produto sobre a planta.
cálcicas (cal, calcário) à terra para corrigir a acidez. Espécie - conjunto de indivíduos que guardam grande
Cálcio - elemento químico de número atômico 20, pertencente semelhança entre si e com seus ancestrais, e estão aptos a
aos metais alcalino-terrosos. produzir descendência fértil; é a unidade biológica
Calda - solução composta por água e agrotóxico. fundamental; várias espécies constituem um gênero.
Calo - formação mais ou menos dura, originada dos tecidos Esporos - estrutura, geralmente unicelular, capaz de germinar
vegetais, sobretudo, em seguida a ferimentos. sob determinadas condições, reproduzindo vegetativa ou
Castas - conjunto de uma espécie animal ou vegetal com assexuadamente o indivíduo que a formou; corpúsculo
origem comum e caracteres semelhantes. reprodutivo de fungos e algumas bactérias.
120 Banana Fitossanidade Frutas do Brasil, 8
Plantas daninhas - o mesmo que ervas invasoras; mato que Saprófita - organismo capaz de se desenvolver sobre matéria
cresce no pomar e compete por água, luz e nutrientes com a orgânica.
cultura principal. Seletividade (de agrotóxicos) - é a propriedade que um
Poda sanitária - corte de folhas mortas ou afetadas por alguma agrotóxico apresenta quando, na dosagem recomendada, é
praga ou doença. menos tóxico ao inimigo natural do que à praga ou doença
Pólen - pequenos grânulos produzidos nas flores, representando contra a qual é empregado, apesar de atingi-los igualmente.
o elemento masculino da sexualidade da planta, cuja função Severidade – intensidade de ocorrência de doença.
na reprodução é fecundar os óvulos das flores. Subsolagem - operação de rompimento das camadas
Polífaga - que se nutre de vários tipos de alimento; parasito que compactadas de solo abaixo de 30 cm, por meio de um
ataca vários hospedeiros. implemento chamado subsolador, tracionado por um trator.
Polpa - parte carnosa dos frutos. Substrato - o que serve como suporte e fonte de alimentação
População - conjunto de indivíduos da mesma espécie. de uma planta.
Pós-colheita - período que vai da colheita ao consumo do Suscetibilidade - tendência de um organismo a ser atacado por
fruto. insetos ou a contrair doenças.
PPQ - Plant Protection and Quarentine. Tecido corticoso - tecido da casca.
Precipitação pluvial - fenômeno pelo qual a nebulosidade Tórax - segunda região do corpo dos insetos, caracterizada
atmosférica se transforma em água, formando a chuva. pela presença de pernas e em geral também de asas.
Predador - organismo que ataca outros organismos, geralmente Transmissor - organismo (inseto, nematóide, ácaro) que passa
menores e mais fracos, e deles se alimenta. uma doença de uma planta para outra.
Tratos culturais - conjunto de práticas executadas numa
Pulverização - aplicação de líquidos em pequenas gotas.
plantação com o fim de produzir condições mais favoráveis
Pulverização de pistola - sistema empregado na aplicação de
ao crescimento e à produção da cultura.
agrotóxicos sob a forma líquida, com equipamentos que
Tubo polínico - expansão tubulosa do pólen que possibilita a
possuem bombas capazes de comprimir a calda a grandes
fecundação da oosfera por um de seus núcleos que funciona
pressões e assim expeli-la através da pistola, onde é fracionada
como gameta masculino.
em numerosas gotas de tamanho variável em função da
Turbo-atomizador - equipamento de pulverização que produz
regulagem feita.
gotas diminutas que são lançadas nas plantas através de um
Pupa - estádio dos insetos com metamorfose completa; estágio
turbilhão, para atingir as partes superiores e inferiores da
normalmente inativo em que ele não se alimenta; precede planta.
a fase adulta. Turgidez - inchação, dilatação.
Quadro sintomatológico - conjunto de sintomas que as pragas Tutoramento - colocação de uma vara ou estaca com a
ou doenças causam nas plantas (murcha, seca, podridão). finalidade de amparar uma muda ou árvore flexível.
Quebra-ventos - cortina protetora formada por árvores, Urticantes - que queima ou irrita; que produz a sensação de
arbustos de diversos tamanhos e telas, com a finalidade de queimadura; pêlos urticantes das taturanas.
diminuir os efeitos danosos do vento sobre um pomar. USDA - United States Department of Agriculture ( traduzir,
Regiões semi-áridas - regiões semidesérticas com um período ver o que foi feito com o verbete FAO)
mínimo de seis meses secos e com índices pluviométricos Variedade - subdivisão de indivíduos da mesma espécie que
abaixo de 800 mm anuais. ocorrem numa localidade, segundo suas formas típicas
Regiões subtropicais - regiões que apresentam um inverno diferenciadas por um ou mais caracteres de menor
pouco rigoroso e temperaturas médias em torno de 30°C. importância.
Regiões superúmidas - regiões com umidade relativa nunca Ventilação - circulação de ar.
inferior a 70% e temperaturas superiores a 25°C. Vetor - organismo capaz de transmitir uma doença de uma
Regiões tropicais - regiões onde não ocorre inverno e as planta a outra.
temperaturas médias são sempre superiores a 20°C. Vírus - agente infectante de dimensões ultramicroscópicas
Regurgitar - expelir, vomitar, lançar. que necessita de uma célula hospedeira para se reproduzir e
Rendilhado - que tem pequena renda. cujo componente genético é o DNA ( ácido
Resistência varietal - é a reação de defesa de uma planta, desoxirribonucleico) ou o RNA( ácido ribonucleico).
resultante da soma dos fatores que tendem a diminuir a Virulência (variabilidade) – capacidade de causar doença em
agressividade de uma praga ou doença; esta resistência é uma variedade específica.
transmitida aos descendentes. Volátil - diz-se de uma substância, geralmente um líquido,
Rija - que não é flexível; dura, rígida, resistente. que evapora à temperatura ambiente normal se exposta ao ar.
República Federativa do Brasil
Presidente
Fernando Henrique Cardoso
Ministro Ministro
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Diretor-Presidente
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