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2º LICENCIATURA
DISCIPLINA: TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
PLANO DE ENSINO
1. EMENTA
Tecnologia e tecnociência. A era da informação e do conhecimento. A evolução dos meios de
comunicação. Cibercultura. Os impactos das Tecnologias da Informação e Comunicação na
Educação. NTIC e a formação docente. Ambientes Virtuais de Aprendizagem. E-Learning,
Blended learning, Mobile learning. Comunidades de aprendizagem e comunidades de prática.
Unidade I
1 INTRODUÇÃO AO USO DA TECNOLOGIA NAS ESCOLAS
Que fique claro que não quero dizer que o uso de tecnologias
mais avançadas melhore o conteúdo de um texto.
Neste capítulo, vamos tratar sobre a força que a tecnologia tem exercido em
nossas vidas. Indiretamente, ela tem chegado e se integrado em nosso dia a dia, e
nem percebemos que isso está acontecendo. Como na charge abaixo, nos tornamos
tão dependentes dela que, às vezes, não conseguimos nem mesmo realizar tarefas
rotineiras, como armazenar ou anotar um simples telefone em um papel.
Isso é automático, e já deve ter ocorrido com você, não é mesmo? Faça o teste: você sabe
de cor todos os telefones que estão na sua agenda? Certamente não, um bom exemplo disso
é que, quando preciso falar com minha sogra, que coisa, nunca me lembro do número do
telefone dela; mas basta localizar o nome no celular e pronto, estarei falando com ela!
O mundo é da
tecnologia... É verdade...
Celulares, e-mail, então anota aí Xiii!
cartão eletrônico, meu número e Acabou a
carros... Tudo é meu e-mail! bateria!
tecnológico...
Na verdade, isso ocorre naturalmente com você, e também com os alunos, que tem mais
facilidade no uso desses recursos. Assim, nasce naturalmente que a tecnologia já está presente
na vida dos alunos, facilitando o ensino e o aprendizado com a utilização dos seus recursos.
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Unidade I
Tecnologia: teoria geral e/ou estudo sistemático sobre técnicas, processos, métodos,
meios e instrumentos de um ou mais ofícios ou domínios da atividade humana. A
origem da palavra tecnologia, na sua etimologia, está na palavra grega tekhnología,
que significa: “tratado ou dissertação sobre uma arte, exposição das regras de uma
arte”, pois é formada a partir do radical grego tekhno, que vem de tékhné, que
significa: “arte, artesania, indústria, ciência”, e do radical grego – logía, que vem de
logos, que significa: “linguagem, proposição”.
Lembrete
A Tecnologia
O papel do professor diante da tecnologia é estar devidamente capacitado e
promover o uso da ferramenta como apoio pedagógico; dessa forma, uma série
de fatores pode contribuir para seu uso e a melhoria da educação no País.
Desde a década de 1990, com a utilização em grande escala dos microcomputadores, passamos por
uma verdadeira revolução tecnológica. Os desafios impostos pela rápida evolução dessas novas
tecnologias e sua inserção em todos os ramos da atividade humana somam-se às contradições sociais.
Você já deve ter escutado que a sociedade está se construindo através da tecnologia. Perguntamos: será?
Não podemos nos esquecer também dos monitores de TV, das videoconferências, dos
vídeos interativos, dos treinamentos por meio de softwares e da distância, que, com softwares
específicos, tentava auxiliar e criar métodos de ensino via internet ou teleconferência.
Outra coisa interessante foram as unidades de armazenamento, antes os discos, CDs e DVDs, e
hoje estão migrando para os pen drivers. A resposta é: realmente a tecnologia tem-nos influenciado.
Por isso, a grande maioria das ações dos governos é direcionada à utilização de
tecnologias como fonte de apoio ao ensino-aprendizagem e como foco de inclusão
digital, daí vem a necessidade de envolver-se neste mundo novo.
Como citamos anteriormente, a tecnologia está presente em nosso dia a dia, em tudo que
fazemos, seja para se comunicar, alimentar, locomover, comprar e outras atividades rotineiras.
Você consegue identificá-la com maior facilidade nos computadores, nos equipamentos
eletrônicos e de comunicação, que têm invadido nossos lares e tomado parte de nossa vida.
O termo “tecnologia” refere-se a tudo que se inventou, tanto artefatos como métodos e técnicas,
para estender a capacidade física, sensorial, motora ou mental do homem, facilitando e simplificando o
seu trabalho, enriquecendo suas relações interpessoais, ou simplesmente lhe dando prazer.
As técnicas são formas, jeitos ou habilidades especiais em lidar com cada tipo
de tecnologia, que encontramos ao executar nossas atividades cotidianas, lidando
com vários equipamentos, produtos e serviços originados da tecnologia.
Algumas dessas técnicas são simples e de fácil aprendizado, transmitidas de geração para
geração, e se incorporam aos costumes e hábitos sociais de um determinado grupo de pessoas.
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Unidade I
A tecnologia educacional é um pouco diferente da tecnologia, pois ela pode ou não ser
utilizada, fica a cargo dos professores e da coordenação pedagógica essa decisão. Diferente
da sociedade, que tem de se adequar às novas formas de viver, ela simplesmente colabora e
permite novos caminhos e soluções para sanar as deficiências de ensino.
O governo federal instalou até 2010 cerca de 6,6 mil telecentros em 5,4 mil cidades brasileiras,
atingindo 98% dos municípios brasileiros, e em 2011 estará capacitando todos os monitores e professores
por meio de parceria entre o Ministério das Comunicações e da Educação. A previsão do governo federal
é que, até 2014, seja implantada uma rede com 100 mil telecentros. Esses telecentros serão
compostos por dez computadores, um servidor central, central de monitoramento com câmera
de vídeo, impressora a laser, projetor multimídia e todo mobiliário (cadeiras e mesas).
Não podemos esquecer dos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs, que são as
referências para a educação infantil, ensinos fundamental e médio do país. O objetivo é
propiciar subsídios para elaboração do currículo, tendo em vista os projetos pedagógicos
que tenham relação com os locais de convivência dos alunos e da escola.
Em 2008, cerca de 38,7% das crianças entre 4 e 6 anos que eram portadoras de deficiência não
frequentavam a escola, aponta o IBGE. Nessa visão, o Ministério da Educação tem colocado ações
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TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
Recentemente foi divulgado que cerca de 1,7 milhão de jovens brasileiros entre 15 e 17 anos
está fora da sala de aula, devido à falta de estímulo para o estudo. A evasão está direcionada
ainda à falta de estímulos na visão dos alunos, que consideram as aulas monótonas e cansativas.
Diante do avanço tecnológico, o professor não poderá ser apenas um técnico, mas um
profissional que desenvolve, implementa inovações, participando ativamente e criticamente do
processo, transformando-se em um agente dinâmico cultural, social e curricular que possa
tomar decisões educativas e elaborar projetos com os colegas controlado pelo coletivo.
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Unidade I
Devido à velocidade de renovação do saber e do fazer, baseados em tecnologia, a maior parte dos
conhecimentos adquiridos por uma pessoa no início de sua formação profissional será obsoleta ao
iniciar a carreira. A nova sociedade baseada na informação insere na educação o desafio de formar
continuamente indivíduos capazes de interagir com as tecnologias e apropriar-se delas.
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TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
Fonte: o Autor.
Para que ocorram essas mudanças, deveria ser levado em consideração o que
realmente a escola pretende com a utilização desses recursos, definindo-se qual é
o percurso didático a ser implementado e a metodologia a ser adotada.
Vale ressaltar que é necessário criar possibilidades para que o aluno encaminhe sua
própria produção, construção e desenvolvimento. A esses atos, aplica-se constantemente
a vivência das salas de aula, através do professor e do aluno, numa situação de abertura
às curiosidades, às perguntas e às inibições, construindo o conhecimento.
Mas, para desenvolver a construção de conhecimentos, Moran (2000) adverte que precisamos nos
envolver nos processos de aprendizagem, que podem estar em cada coisa que fazemos, cada pessoa, ou
ideia que vemos, ouvimos, sentimos, tocamos, experimentamos, lemos, compartilhamos e sonhamos.
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Unidade I
Para tanto, é necessário colaborar para que professores e alunos, nas escolas e
organizações, transformem suas vidas em processos permanentes de aprendizagem.
Deve-se levar em conta que apenas deter a tecnologia não é suficiente para
garantir a aquisição de conhecimentos. Não basta ter um laboratório de informática,
datashow, softwares ou internet de alta velocidade, é necessário construir esse
conhecimento. Essa construção necessita do envolvimento dos professores, que
analisam como utilizar a tecnologia no projeto pedagógico, determinando quais serão
as ferramentas e como utilizá-las em conjunto com seus alunos.
Piaget já afirmava que todo conhecimento é uma construção, uma interação, que apresenta
um aspecto de elaboração do novo. Não existe conhecimento resultante do simples registro de
observações e informações, ou seja, não basta visualizar, é necessário construir, pensar e
desenvolver conceitos permanentemente. O conhecimento procede de ações que se generalizam
por aplicação a novos objetos, gerando um esquema, uma espécie de conceito prático.
Além disso, há uma percepção clara das diferenças e das especificidades dos saberes
e das práticas; não no sentido de afastá-los uns dos outros ou de isolá-los, e sim de
realizar um trabalho coletivo e interdisciplinar que vai além de juntar simplesmente as
matérias. Falar em um corpo docente, como um coletivo organizado, atuante, buscando
um ensino de boa qualidade, sinônimo de atuação competente dos docentes.
Observação
Descrição de tecnologia:
• 1991 – Aprovado o 1º Plano de Ação Integrada (Planinfe), para desenvolver nos anos
de 1991 a 1993 um plano de ação integrada com objetivos, metas e atividades para o
setor da informática educativa; criou-se o Comitê Assessor de Informática Educativa.
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TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
• 1996 – Foi criada a Secretaria de Educação a Distância – SEED, e também foi apresentado o
documento básico “Programa Informática na Educação”, tendo como função básica promover o
uso da informática como ferramenta de enriquecimento pedagógico no ensino público médio.
• 2000 – Projeto Rede Telemática para Formação de Educadores a Distância. O projeto formava
professores, administradores, pesquisadores e membros das comunidades escolares em informática na
educação, analisando, estudando e programando as mudanças pedagógicas e de gestão da escola,
integrando a comunidade e a escola, envolvendo e formando continuamente os seus integrantes.
• 2010 – O governo federal instalou 6,6 mil telecentros em 5,4 mil cidades brasileiras. Os telecentros
são dotados de dez computadores, servidor central, central de monitoramento, impressora, mobiliário
e conexão internet. Parcialmente, o Estado de São Paulo promoveu a inclusão digital implementando
519 postos do Acessa São Paulo, atendendo a 464 municípios paulistas. Também foi criado o
programa Acessa Escola em 3.752 escolas da rede pública estadual. Esse programa tem um
diferencial ao utilizar estagiários, cerca de 13.086, que são os responsáveis pelo atendimento aos
alunos nas salas de informática, que ficam abertas o dia todo.
Saiba mais
Neidson Rodrigues
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Unidade I
Utilizar a tecnologia em sala de aula não é tão simples assim, temos uma série de fatores que
acabam promovendo sucesso ou fracasso na utilização do recurso. Como já abordamos
anteriormente, não basta colocar uma televisão, um vídeo ou um computador para que a tecnologia
seja empregada, é necessária a participação de todos, desenvolvendo um projeto de apoio
pedagógico que utilize os recursos como uma ferramenta de apoio, e não uma solução pronta.
A tecnologia sempre afetou o homem, desde as primeiras ferramentas, por vezes consideradas a
extensão do corpo, passando pela máquina a vapor, que mudou hábitos e instituições, até chegar ao
microcomputador, que trouxe novas e profundas mudanças sociais e culturais.
Diante desse fator, grande parcela da sociedade confunde a evolução social do homem com as
tecnologias desenvolvidas e empregadas em cada época. Historicamente, passamos pelos avanços
tecnológicos fundamentados na Idade da Pedra, do Ferro, do Ouro e do tratamento da informação,
gerando avanços científicos e ampliando o conhecimento sobre esses recursos cada vez mais
sofisticados. Paralelamente, ao assumir o uso de tecnologias nas escolas, precisamos requerer que
estas estejam preparadas para realizar investimentos em equipamentos, qualificação pessoal e,
sobretudo, na viabilização das condições de acesso e de uso dessas máquinas.
A escola, face à revolução tecnológica, sofre as mesmas influências que qualquer outra organização, ou
seja, não há como ignorar ou deixar de aproveitar os benefícios tecnológicos proporcionados. Mas
é necessário tomar cuidado, pois a escola não deve agir como as empresas, que procuram sucesso em
pequeno prazo. Com a tecnologia educacional, o sucesso pode vir de duas ou três intervenções realizadas
com alunos. O foco é identificar a dificuldade de ensino e buscar formas de melhoria do aprendizado.
Em uma de minhas pesquisas, contatei escolas ditas totalmente informatizadas, em que os alunos
enviavam semanalmente aos professores os exercícios extraclasse via e-mail. Numa dessas ações,
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TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
A charge acima ilustra bem o caso citado, diante da tecnologia podem surgir
imprevistos, por isso é necessário estar organizado e planejado.
]
Caminhando pela rua, recebi um panfleto que continha a propaganda de uma
escola particular. Observei que havia um destaque central, no qual estava escrito
“Escola totalmente informatizada”. Pergunto a você, o que é uma escola totalmente
informatizada? Há diversas formas de analisar se uma escola é ou não informatizada.
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Unidade I
Uma escola não pode ser chamada de informatizada pelo simples conteúdo dos
equipamentos, pelo boletim eletrônico, ou por dispor de laboratórios maravilhosos,
deve-se levar em conta como está planejada sua utilização.
É preciso enfatizar que o essencial não é a tecnologia, mas pode-se contar com
um novo estilo de suporte, que auxilie ambas as partes (aluno e Professor).
A construção coletiva dos conhecimentos não é uma tarefa fácil, principalmente no que diz respeito
ao confronto das expectativas dos sujeitos envolvidos. Trata-se de dificuldades que precisam de
condições especiais para serem superadas. O exercício de confrontar as expectativas de cada um dos
organizadores do projeto coletivo da escola implica tornar público o desejo de um princípio, de uma
convicção, exigindo um desprendimento com relação ao próprio desejo, desenvolvendo a ideia de que
algo que era de uma pessoa agora é também de muitos e poderá ser transformado.
A internet, por exemplo, pode ser uma ferramenta de integração para a multidisciplinaridade, pois permite
compartilhar projetos de diversas matérias. As pesquisas podem ser múltiplas e ainda servir como facilitadoras no
ato de compartilhar conhecimentos produzidos pela própria escola, disponibilizando os trabalhos dos alunos em
blogs, sites e ferramentas de redes sociais. Também é uma ferramenta importante para agendamento e
gerenciamento da comunicação entre direção, coordenação pedagógica e professores.
Ao disponibilizar os trabalhos escolares, projetos e ações da escola na internet, ela abre as portas
à comunidade, demonstrando o quanto são criativos os projetos, permitindo que toda a sociedade
passe a conhecer os trabalhos desenvolvidos pelos alunos e professores. Nessa construção, pode-se
gerar novos parceiros que venham da comunidade privada ou de órgãos governamentais.
Não estamos falando em dispor fotos de alunos, nem rede social de cada um,
mas dos seus trabalhos e atividades por eles criados.
Não há como deixar de lado o uso da tecnologia, ela nos envolve e sempre se adaptará para
atender às nossas necessidades. O importante, ao utilizá-la, é saber que se trata de um instrumento
de apoio pedagógico, tal como um livro ou um jogo. Apenas um instrumento a ser desenvolvido,
inacabado, pronto para ser integrado, o qual proporcione frutos para ambos os lados.
No estudo em questão, pôde-se observar que os professores tinham uma apostila chamada Tecnologia,
monitor nos laboratórios e que sempre, quando chegavam, os laboratórios já estavam prontos para uso.
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TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
A grande maioria dos professores respondeu que os alunos eram levados aos laboratórios para seguir o material da
apostila, onde eram executados os jogos dispostos nos micros e que estes eram repetitivos e monótonos.
Pôde-se perceber, pelas respostas dos professores, a grande insatisfação quanto à forma de
trabalho, principalmente que as apostilas não abordavam o que era trabalhado em sala de aula. É
importante que o trabalho desenvolvido com o recurso tecnológico seja o mesmo que se trabalha
em sala de aula, tenha a construção e permita a interação do mundo real com o da informática.
Ao procurar identificar as necessidades para a utilização da tecnologia como ferramenta pedagógica nas
escolas, criamos quatro pilares que são primordiais para o uso da tecnologia na escola. São eles: a estrutura
física, a participação da administração escolar, a participação dos professores e o contexto pedagógico.
Os pilares da tecnologia não são leis, não são obrigatórios, e sim pontos importantes,
norteadores para uma boa aplicação da ferramenta como apoio pedagógico.
Lembrete
O primeiro ponto a ser levantado é: será que as escolas estão preparadas fisicamente para receber a
tecnologia? Diante de um mercado complicado e de inúmeras ocorrências de furto e roubo, as escolas
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Unidade I
têm se fechado, e o acesso aos laboratórios acaba sendo dificultado. Em um dos meus
estudos, pude constatar essa dificuldade, eram 20 minutos para abrir a sala e ligar os
computadores. Grande parte da aula era perdida, alguns alunos até brincavam:
“Professor, estamos fazendo um curso intensivo de abrir e fechar laboratórios”.
A reorganização física dos prédios das escolas deveria ser tratada como ponto importante para que se
inicie o envolvimento tecnológico, pois sem a infraestrutura física aparentemente encontraríamos dificuldade
no acesso a esses recursos. Na maioria dos projetos de implementação da tecnologia, são criados
laboratórios de informática, rede de acesso aos dados e acesso à rede de pesquisas (internet).
É necessária atenção quanto às estruturas físicas das escolas, à facilidade de acesso aos
laboratórios, a torná-los mais acessíveis e organizados, à criação de salas de aula mais
funcionais, e até mesmo à disponibilização de conexões a redes locais em cada sala, ou em
diversos pontos da escola, permitindo assim que professores e alunos desenvolvam pesquisas
em diversos pontos da escola, utilizando os micros disponíveis ou seus próprios notebooks.
A melhoria do espaço físico das escolas poderia ser facilitada se fossem bem
planejadas. Escolas eficazes não são necessariamente grandes, mas sim aquelas que
utilizam de forma criativa seu espaço, transformando-o em um ambiente especial para
a leitura, para as representações, ou até mesmo para o convívio da comunidade.
Grande parte dessas melhorias do espaço físico já ocorreu em escolas onde houve a participação
da comunidade. Mas não basta às escolas simplesmente ter microcomputadores e programas para
uso em atividades de ensino, é preciso também que esses microcomputadores estejam interligados e
em condições de acessar a internet e todos os demais sistemas e serviços disponíveis nas redes,
multiplicando assim as possibilidades educativas. É necessário adequar a tecnologia ao alcance das
expectativas de seu uso: telecomunicações, por exemplo, facilitam a coleta de dados e o acesso às
informações da escola; o audiovisual favorece a apresentação explicativa e ilustrativa do real; e a
informática pode colaborar para classificação, seleção e simulação de situações.
Ao adequar o uso das tecnologias, segue uma sugestão iniciando um trabalho coletivo: alunos,
professores, especialistas, diretores e comunidades de pais, juntos, em um processo de construção, criem
uma equipe própria na escola, a qual, ao analisar a base tecnológica disponível (equipamentos e mídias),
tome as decisões quanto à escolha de ser ou não conveniente o uso de informática aplicada à educação, e
ainda sugira possíveis adequações no projeto pedagógico, contando com o apoio de universidades ou de
especialistas externos para assessoramento e suporte técnico voltado à tecnologia. Em conjunto, poderiam
também analisar os problemas relativos às cargas horárias, hoje constituídas de “aulas” de 50 ou 100
minutos, e aqueles ocasionados por turmas grandes de alunos. Notadamente nessas condições, o
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TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
Cada instituição de ensino deveria orientar, no seu próprio projeto pedagógico, a relevância a ser
dada quanto ao uso da tecnologia aplicada na educação, envolvendo professores, coordenadores
pedagógicos e diretores, os quais, através de reuniões permanentes, provocassem atualizações
nesses projetos, buscando acompanhar e melhorar todas as dificuldades encontradas no processo.
Os principais problemas encontrados nas escolas quanto à utilização das tecnologias são falta de
acesso, apoio técnico inadequado, tempo insuficiente para aprendizagem e planejamento. O envolvimento
da direção e da coordenação nos cursos de capacitação auxiliam na disseminação da ideia de utilização da
tecnologia como ferramenta de apoio no ensino-aprendizagem. Além de frequentarem os cursos de
capacitação em informática na educação, é de vital importância que os professores estejam dispostos a
colaborar nos aspectos de diminuição dos problemas de acesso à tecnologia, providenciando apoio técnico
necessário, mostrando interesse pelo assunto e pelos projetos que venham a surgir com o uso da
informática, e finalmente proporcionando tempo de aprendizagem aos professores.
Observação
Papel do diretor
É papel do diretor auxiliar no ingresso da tecnologia tanto
na parte administrativa como na inserção pedagógica. Com
seu apoio, as coisas se tornam mais fáceis.
A escola não pode ignorar as novas tecnologias de informação e da comunicação que afetam
o mundo, pois estas transformam as maneiras de comunicar, de trabalhar, de decidir e de pensar.
Para ele, o professor necessita utilizar os aplicativos para explorar todas as potencialidades
didáticas dos programas de computador em relação aos objetivos do ensino, adicionando-se as
formas de comunicação a distância por meio da telemática e as ferramentas multimídia no ensino.
Os avanços das ciências e das tecnologias fazem com que a educação assuma um caráter de
recomeço da renovação sempre, pois possui papel de transformar criticamente a realidade por
meio da construção e disseminação do conhecimento. A colocação do microcomputador na sala
de aula não garante um ensino inovador crítico e transformador: a sociedade do conhecimento
exige dos professores e dos alunos autonomia e produção própria, baseada na modernidade,
analisando a proposição metodológica do “aprender a ensinar”.
A tecnologia pode auxiliar, mas para que seu uso seja efetivo é necessário que os professores estejam
preparados ou capacitados. Atualmente o educador cria, organiza e promove o ambiente tecnológico
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TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
através de atividades que facilitam o processo de ensino-aprendizagem, fornecendo recursos para que
o aluno desenvolva ao máximo o processo de aprender. Há professores que resistem ao trabalho
realizado no laboratório de informática, não querem se envolver, e, mesmo quando aceitam o trabalho,
acreditam que este é independente das atividades curriculares, delimitam o uso como reforço,
enquanto outros procuram os laboratórios para realizar um trabalho integrado, inserindo-se em
projetos, de modo que a sua função passa de apenas “lecionar a incentivar os demais professores”.
Outro ponto a ser incluído nesta reflexão diz respeito à formação do professor. Simplesmente ter
um curso superior na área de educação e participar das matérias de informática na faculdade, quando
estas existem no currículo, não garante em nenhum momento que esses professores estão prontos
para realizar as tarefas de ensino de informática na educação. Daí a necessidade de um processo
permanente de capacitação, monitoramento e estruturas de apoio docente, em que possam ser
desenvolvidas as dimensões técnico-didáticas (campo científico específico), pedagógicas (campo das
teorias e práticas educacionais) e tecnológicas (campo das novas tecnologias).
A questão da qualificação e da carreira docente sempre precisou ser repensada e tratada com
base em uma perspectiva mais aberta, flexível. São necessários docentes qualificados, recursos
tecnológicos, clima intelectual sério e responsável, caracterizando o cotidiano do trabalho acadêmico.
É fundamental a valorização da atuação desse professor, ou seja, é preciso que os governos e os
sistemas de ensino invistam tanto na sua formação continuada (incluindo a sua capacitação) quanto na
promoção de condições adequadas de trabalho. José Manuel Moran, um dos maiores especialistas no
uso da internet em sala de aula, discorre em seus livros que esse investimento transforma o professor
no gerenciador do processo de aprendizagem, coordenando todo o andamento no ritmo adequado,
sendo o gestor das diferenças e das convergências do contexto de sua prática.
O professor precisa ter consciência de que sua ação profissional competente não será
substituída pelas máquinas, mas ampliada no seu campo de atuação para além da sala de aula.
Nessa perspectiva, ele passa a ser um incansável pesquisador, um profissional que se constrói a
cada dia, que aceita os desafios e a imprevisibilidade da época para se aprimorar cada vez mais,
gerando melhorias de desempenho tanto para si próprio quanto para os alunos.
Além disso, não é possível pensar na prática docente sem pensar na pessoa do professor e
em sua formação, que não se dá apenas durante os cursos de formação, mas em todo o caminho
profissional, dentro e fora da sala de aula. A diferença didática não está no uso ou não uso das
novas tecnologias, mas na compreensão das suas possibilidades, sabendo efetuar escolhas
conscientes sobre as formas mais adequadas ao ensino, optando ou não pelo uso da tecnologia.
Observação
Daí, perguntamos, mas e esse investimento, de onde virá? Para ser sincero, não sei, mas uma
boa sugestão seria aproveitar micros antigos, buscar parceiros, doações de pessoas físicas ou
empresas, ou até mesmo fazer rifas, o que importa é a ação, que certamente parceiros virão.
Saiba mais
< http://revistaescola.abril.com.br/avulsas/223_materiacapa_abre.shtml>.
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Unidade I
Um dos pontos levantados no estudo foi que muitas das escolas escondiam dos
professores os equipamentos de projeção com medo de que eles os danificassem. Os
laboratórios eram trancados com grades e cadeados, e a chave ficava com a direção;
assim, se houvesse algum problema no laboratório, o professor era o responsável.
Outro ponto importante é criar agendas cujo objetivo seja delimitar quem estará usando o
recurso tecnológico, evitando conflitos e problemas de uso coletivo. A Google fornece uma
agenda informatizada gratuita que pode ser distribuída a todos os professores, ou seja, ele
pode, de sua casa, visualizar quando e qual recurso estará sendo utilizado por ele nas aulas.
Levando em conta os recursos tecnológicos que grande parte das escolas dispõe, não se pode
deixar de lado a televisão e o vídeo, que também são recursos tecnológicos de apoio às aulas. Se a
escola possuir câmeras digitais, será possível trabalhar minivídeos de explicação das matérias e criar
uma videoteca no local. O papel da escola é observar esses meios de comunicação, interagir e colocar
novos caminhos para visão de professor e aluno para o avanço tecnológico.
A utilização de programas de vídeo como instrumento didático depende de uma seleção e avaliação
prévia do material disponível. Sejam filmes ou conteúdos pré-desenvolvidos, basta uma seleção por parte
dos professores ou da equipe pedagógica do que pode ser utilizado como material de apoio pedagógico.
José Manuel Moran descreve em seu artigo, O vídeo na sala de aula, que o
professor deve documentar o que é mais importante em seu trabalho:
... ter o seu próprio material de vídeo assim como tem os seus livros
e apostilas para preparar suas aulas. O professor estará atento para
gravar o material audiovisual mais utilizado, para não depender
sempre do empréstimo ou aluguel dos mesmos programas.
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TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
Segundo Mandarino (2002), os vídeos devem ser usados apenas quando adequados ao conteúdo e
que possam contribuir significativamente para o desenvolvimento do trabalho como ferramenta de apoio. A
autora ressalta que nem todos os temas e conteúdos escolares podem e devem ser explorados a partir da
linguagem audiovisual ou pelos vídeos. Ao verificar as potencialidades do vídeo no processo de ensino
aprendizagem, é necessário inicialmente construirmos os planos de aula. A seguir, são apresentados,
segundo a autora, os pontos a serem considerados no planejamento de uma aula com vídeo:
Com o advento da internet, hoje, há grande diversidade de sites que disponibilizam conteúdo através de
videotecas, as quais podem ser acessadas das bibliotecas escolares, ou mostrados em sala de aula.
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Unidade I
1) Tipo de mídia: selecione qual tipo de mídia deverá ser localizado (imagem, som, texto e vídeo).
2) Categoria: indique a categoria da mídia desejada, você pode localizar TV Escola, vídeos
de educação ambiental, conferência da FUNAG, programa de formação dos
professores, passeios virtuais, religião e diversas categorias de vídeos da TV Escola.
3) Clique sobre o botão pesquisar, automaticamente abrirá uma nova tela com
todos os vídeos disponíveis:
4) Selecione o vídeo desejado clicando sobre ele, será mostrada a tela para baixá-lo:
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TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
5) Basta clicar sobre o botão baixar e selecionar o local a ser baixado o vídeo
em seu computador. O vídeo está pronto para ser usado.
Saiba mais
<http://www.youtube.com/?gl=BR&hl=pt>
<http://video.google.com.br/?hl=pt-br&tab=wv>
<http://br.video.search.yahoo.com/video>
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Unidade I
Sabemos que a realidade educacional brasileira é complexa. Há escolas públicas onde nem
mesmo existem carteiras, e também escolas com laboratórios completos, às vezes abandonados.
Se sua escola possui um laboratório abandonado, proponha à direção mudanças.
Lembre-se: o professor é ponto-chave para mudanças na escola, não deve esperar que elas
venham somente da administração, e sim promover ações que possam trazer melhorias para todos.
Outro ponto importante é que às vezes tentamos, mas a direção não aceita as opiniões. É complicado,
mas você deve insistir, como diz o ditado: Água mole em pedra dura tanto bate até que fura. Conto com
vocês para que, juntos, possamos implementar a tecnologia nas escolas. Se precisar de apoio, não hesite
em me procurar, lembre-se: logo na primeira página desta apostila, você encontra meus contatos.
Levando em conta que grande parcela das escolas já conta com laboratórios de
informática, sugerimos implementar algumas mudanças que podem melhorar a forma de
acessibilidade à tecnologia de sua escola. Entre elas, destacamos os seguintes pontos:
1) Laboratório de Informática
– Crie uma agenda para seu laboratório de informática, a fim de que os professores possam realizar as
tarefas na escola ou em suas próprias casas. A sugestão é que no agendamento sejam informados a
data, o horário e quais serão os softwares necessários para utilização em laboratório.
3) Bibliotecas
Verifique a possibilidade de disponibilizar micros nas bibliotecas, com atalhos diretos para
museus, bibliotecas mundiais, digitais, câmeras em locais turísticos, históricos e culturais.
A biblioteca pode servir de fator para gerar a articulação entre as escolas e outras instituições
(como pesquisas de bibliotecas, museus, arquivos e outros). Mas, para isso, é necessária a existência
de micros conectados à internet. Na biblioteca convencional, os livros podem ser lidos e examinados.
Nesse caso, usa-se a mente humana para localizar e comparar conteúdos nos livros, constituindo uma
tarefa que pode ser demorada. Por outro lado, a tecnologia pode armazenar todos os livros de uma
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TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
As bibliotecas não se tornam virtuais nem digitais apenas por contar com um
microcomputador com alguns recursos à sua disposição; outros fatores são necessários
para que essa transformação ocorra, a biblioteca informatizada tem o objetivo de
acrescentar outras opções de acesso às informações registradas. A transformação dos
livros impressos em eletrônicos é algo esperado, da mesma forma que as bibliotecas
tradicionais devem passar a ser digitais, virtuais e eletrônicas, gradativamente.
Um estudo recente feito pela Digital Diaries Series com 2.200 mães com filhos na faixa etária
entre 2 e 5 anos de dez países (Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália,
Espanha, Japão, Austrália e Nova Zelândia) apontou que 58% das crianças sabem como jogar no
computador, enquanto 20% nadam e 25% sabem como andar de bicicleta. Outra conclusão
é que 69% delas sabem como usar o mouse; porém, apenas 11% amarram o
cadarço do tênis. A tecnologia já é parte da vida, daí a necessidade de integrá-la
no contexto educacional como ferramenta de apoio.
A grande maioria dos profissionais, que não estavam capacitados para utilizar a tecnologia, levava os
alunos ao laboratório e se “esqueciam” deles. Como os próprios alunos, alguns acessavam seus e-mails,
sites e até mesmo jogos. Outros abandonavam a sala e ficavam batendo papo com outros professores.
Portanto, a necessidade de saber o que, como e de que forma deve ser construído o uso da tecnologia.
Os trabalhos com tecnologia podem ser desenvolvidos de duas formas: a primeira, em que o
microcomputador e o software assumem o papel de ensinar o aluno, baseados em jogos ou instruções
sequenciadas, trabalhado e passando por fases e avaliações sem a presença do professor ou monitor;
nesse caso, o tutor é equipamento e em exercício e prática, jogos e simulações, busca passar o
conhecimento proposto ao aluno; a segunda, em que o microcomputador é utilizado como ferramenta de
construção, com a qual o aluno desenvolve algo, cria, pesquisa, participa e constrói o conhecimento.
Instrucionismo
Utiliza o computador para desenvolver a
instrução programada
Professor
Conteúdo
Resposta Resposta
Conteúdo errada correta Próximo
avaliação
Módulo 1 módulo
Estuda Almeida (2000)
aluno
Figura 10 – O Instrucionismo
38
TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
A atuação do professor no ensino instrucionista não exige muito preparo, pois ele tem
apenas de selecionar o software de acordo com o conteúdo previsto, propondo as
atividades para os alunos e acompanhando-os durante a exploração do mesmo. O
microcomputador funciona como uma máquina de ensinar otimizada, e o software como
um produto acabado, ensinado conforme a estrutura do pensamento de quem o elaborou.
Construcionismo
seria desenvolver, construir, aplicar, refletir e depurar o conhecimento utilizando o
microcomputador na escola
Rocha (2002)
Professor Conteúdo
Outra aplicação pedagógica é o Construcionismo, o qual, segundo Gómez (2004), diz que o
papel do educador se representa em função da necessidade de estimular processos cognitivos
dos estudantes, os quais, por sua vez, assumem o papel ativo em virtude desse desenvolvimento.
Cabe aos educadores experimentar novas formas conscientes e reflexionistas sobre as diversas
formas de aprender de seus alunos, muito particularmente dos mecanismos.
39
Unidade I
Um modelo ideal de capacitação a ser seguido consiste naquele que, promovendo as atitudes de
desmistificação do uso do microcomputador, diminui a resistência à informática e quebra o ceticismo em
relação às contribuições do microcomputador na educação, o que pode ser conseguido através de debates
e seminários. Também é recomendável que cada país, a exemplo do Brasil, pesquise formas próprias de
formação dos professores, ao invés de simplesmente importar soluções encontradas em outras culturas.
Lembrete
Uma vez definidos os métodos, vamos buscar quais são as formas possíveis de
aprendizagem com os recursos tecnológicos.
3. Aprender através da tecnologia (learning by), em que o aluno aprende ensinando o microcomputador
(programando o microcomputador através de linguagens como Basic ou o Logo);
Os materiais escritos têm um papel fundamental, seja através das clássicas propostas dos
impressos (papéis) ou das produções mais sofisticadas, que permitem integração em programas,
e professores e alunos não podem se apoiar exclusivamente apenas no virtual. Uma pesquisa de
um trabalho não deve se ater somente ao conteúdo proposto na disciplina e, para que essas
informações possam ser compreendidas e explicadas, devem identificar a construção de
conhecimentos, desenvolvendo atividades e projetos sob a orientação dos professores.
Outro ponto importante é realizar uma correta seleção de bibliografias e dos conteúdos, cujo objetivo
é assegurar que os materiais de leitura selecionados para o conteúdo trabalhado
respeitem os critérios básicos de compreensão dos alunos.
Seria interessante que no planejamento fossem inseridas, inicialmente aos alunos, as formas de
utilização dos recursos de informática dotados na escola, explicar conceitos básicos de sistemas
operacionais, usar os aplicativos de editor de textos e cálculos e pesquisar de forma mais rápida os
41
Unidade I
Para não correr riscos, Valente (2003) descreve que o uso da tecnologia
deveria seguir os seguintes pontos fundamentais:
O uso da tecnologia deve construir o conhecimento sobre técnicas computacionais e entender por
que e como integrar o microcomputador em sua prática pedagógica no contexto de trabalho dos
alunos. Essa atividade requer o acompanhamento e o assessoramento inicial do professor por um
especialista presencial ou a distância, alguém que já tenha vivenciado essas atividades de uso da
informática na educação e possa auxiliar o professor com suas atividades diárias, entendendo o que
ele faz e propondo novos desafios, até que o mesmo esteja apto para seguir sozinho.
4.2.1 Softwares
Um programa pode ser executado por qualquer dispositivo capaz de interpretar e executar as
instruções de que é formado, podendo ser um microcomputador, um notebook, um tablet, um palmtop
e até mesmo um celular. Os softwares podem ser adquiridos de duas formas: paga e livre.
O software pago, também conhecido como proprietário, é aquele que tem um dono, ou
seja, para utilizá-lo é necessário comprar a licença do produto para uso. É importante
destacar que cada microcomputador deve ter uma licença, não basta apenas ter um único
programa. Se você tem 10 micros, é necessário adquirir dez licenças. Lembrando que a
aquisição do produto deve estar identificada na nota fiscal, pois há um grande número de
pessoas que comercializam CDs com os programas, mas não detêm direitos sobre eles.
As atividades foram desenvolvidas apenas com o aplicativo de editor de textos. São simples e
podem ser trabalhadas como exemplo em um laboratório de informática, um recurso disponível
em todas as escolas e que pode ser adquirido gratuitamente pela internet como software livre.
Observação
Programas Aplicativos
Há uma série de programas aplicativos gratuitos que têm em grande
parte as funções do Excel, do PowerPoint e do Word. Eles podem ser
encontrados na internet e são de domínio público.
Lembrete
Google Docs
O Google Docs é computação em nuvem, isto é, os programas de aplicação
e seus documentos ficam na internet (por isso são chamados de nuvem).
Assim, a cada acesso ao documento é necessário estar conectado à internet.
O aplicativo de editor de textos pode auxiliar os professores e permitir que sejam criadas
inúmeras atividades com os alunos. Essas atividades podem ser impressas ou até mesmo
usadas no laboratório com a própria ferramenta. A seguir, alguns exemplos de propostas:
1) O professor pode abrir um texto e, no início, colocar uma frase inicial aos de uma história e solicitar
alunos que desenvolvam toda a história. Essas histórias serão lidas sala. e corrigidas uma a uma
Exemplo: “Ontem à noite estava em minha casa, na cozinha, com na meus dois irmãos...”.
44
TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
2) Outra forma é inserir um texto no editor com diversos erros de grafia. Os alunos terão de
apontar os erros, e o professor deverá corrigi-los em voz alta e indicar quais são os erros.
Pode-se, no final, ainda passar o corretor ortográfico para ver se não há mais erros;
3) Também é possível trabalhar com diário ou até mesmo com diário reflexivo; o professor
solicita aos alunos que abram o editor e indiquem um dia da semana, ou as minhas
férias e outros. Pede que os alunos leiam e, ao fim, deverá realizar as correções
ortográficas explicando quais foram os principais erros; se for diário reflexivo, a
sugestão é que a cada aula em laboratório o aluno anote quais são suas dificuldades;
4) Outra solução seria colocar um texto e, ao final, solicitar que o aluno responda às alternativas
corretas ou preencha as frases sobre o texto Exemplo: O cravo ________ com a rosa;
5) Trabalhar com Negrito e Itálico é outro recurso que pode ser utilizado; o professor
disponibiliza um texto para os alunos e pede que marquem em negrito as palavras
que desconhecem e em itálico as palavras que não são nacionais. Depois, pede que
os alunos leiam em voz alta quais foram as anotações, explicando uma a uma.
Com o recurso tabelas, é possível montar um caça-palavras, que pode ser impresso
ou mesmo utilizado no próprio editor de textos. Se utilizado no editor de textos, o
professor deve passar o texto para cada aluno. Na versão digital, basta solicitar que os
alunos utilizem o recurso de colorir a fonte marcando os itens selecionados.
W I E E R T Y U I O P A
S C S D F C V A A U L A
M A C F D I B S T Y U P
U S O G S O N D A L A S
I A L H A B M A E Q W E
O A A J J X O T Y U I O
B O L A N Z Q R M A E A
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Unidade I
S R D A
MÚSICA O PATO
LÁ VEM O _ _ _ _
_ _ _ _ AQUI PATA ACOLÁ
LÁ VEM O PATO
PARA VER O QUE É QUE HÁ.
4 LETRAS 6 LETRAS 8 LETRAS
BALA PETECA
CA BA RA RI OR TU PAL
MAS MEL SA PO CO TIA UM
LHER LA BIO BO CA PA CA
TO
É possível ainda trabalhar a música. Os alunos recebem em um texto impresso uma música
ou parlenda de seu conhecimento. São divididos em duplas, um deverá ditar e o outro copiar, e
vice-versa. Os alunos terão de anotar quais são as dificuldades e pedir ajuda ao professor.
46
TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
Figura 13
47
Unidade I
Tela do sistema
Figura 14
Para utilização do site, é necessário criar um login de acesso e uma senha, que se
encontra na parte superior direita do site; a partir daí, é possível desenvolver as histórias.
Para criar a charge, basta optar por “Criar uma nova história” (Create a new
strip). Inicialmente, você terá os seguintes menus:
– Titles (Títulos)
Ao final, basta inserir o título e seus formatos. Pronto, a história está criada!
48
TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
Exemplo:
Figura 15
Figura 16
Usabilidade: permite criar histórias com fundos diferentes e diálogos de um ou dois personagens.
Tela do sistema
Figura 17
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Unidade I
Para utilização do site, é necessário criar um login de acesso e uma senha, que se encontra
na parte superior direita do site, na cor azul; a partir daí, é possível desenvolver as histórias.
Após estar conectado com login e senha, basta digitar Make a comic para criar
a sua história. Ela pode ter de uma a três divisões, e o interessante é que todos os
dados já são mostrados na tela; daí, basta acertar o que escrever na história.
• Random comic layout: a cada click, são indicados novos personagens e fundos das tiras
• Background
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TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
Exemplo:
Figura 18
• Makebeliescomix.com: <http://www.makebeliefscomix.com/Comix>
Figura 19
Tela do sistema
Figura 20
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Unidade I
Lembrando: Para finalizar, basta digitar “Print”, o primeiro item superior do lado esquerdo.
Exemplo:
Figura 21
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TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
• Toonlet: <http://toonlet.com>
Figura 22
Tela do sistema
Figura 23
Figura 24
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Unidade I
Figura 25
Exemplo:
Figura 26
• Pikistrips: <http://www.pikistrips.com>
Figura 27
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TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
Tela do sistema
Figura 28
Para criar as histórias, basta se cadastrar com um login e uma senha. O início
da história é dado quando selecionado o item: Create your comic now.
– Step 2: Os formatos das tiras, desde as bordas, tamanho das bordas, cores,
cores de fundo e outros itens, como:
Para criar, você pode usar o preview para visualizar como ficou e o save para finalizar. Exemplo:
Figura 29
• Quadritiras: <http://www.quadritiras.com.br>
Figura 30
Vantagens: totalmente em português, mas o desenho é com o mouse, o que torna complicado
desenvolver os quadros; não há como inserir personagens, inviabilizando a produção.
Tela do sistema
Para criar as histórias, basta se cadastrar com uma nova conta informando:
Figura 31
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TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
Tela de utilização
Figura 32
<http://superherosquad.marvel.com/create_your_own_comic>
Figura 33
Vantagens: tem uma série de personagens e imagens de fundo que auxiliam o processo e
interagem com as crianças com maior facilidade. A qualidade dos desenhos também é muito boa.
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Unidade I
A seleção de quadrinhos é vasta e com apenas um clique do mouse podem ser utilizadas.
Tela do sistema
Figura 34
– Characters: personagens
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TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
Exemplo:
Figura 35
• Toondoo: <http://www.toondoo.com/createToon.jsp>
Figura 36
Para iniciar, você tem que realizar um registro; após, basta se logar que o
sistema já começa a desenvolver a história.
A seguir, a tela do sistema, que é bem prática e simples para uso; basta
selecionar o item no menu e arrastá-lo para a historinha.
Figura 37
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Unidade I
No menu inferior, você pode modificar o estado dos personagens, adicionar, duplicar e copiar.
Figura 38
Exemplo:
Figura 39
Figura 40
Também é possível criar enigmas e solicitar que os alunos escrevam sobre eles. Ex.: o professor coloca
no editor de textos alguns enigmas e as crianças devem decifrá-los; assim que terminar, o aluno chama o
professor para verificar. Ao final da aula, é interessante que o professor decifre todos os enigmas.
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TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
Figura 41
Além do editor de textos, temos inúmeros outros recursos. A pesquisa de conteúdo na internet também
é um recurso pedagógico fascinante, pois permite o intercâmbio de informações nas
mais diversas áreas, desenvolvendo no aluno a oportunidade de comunicar-se com
muitos receptores, trocar informações, desenvolver o senso crítico e contribuir para
aprimorar e facilitar o trabalho de interpretação e estudo dinâmico de outras línguas.
• Amigos do trânsito – O site Amigos do Trânsito foi desenvolvido por educadores da Secretaria
de Obras e Viação da Prefeitura Municipal de Mogi Guaçu com apoio de alunos da Universidade
Paulista de Limeira, é totalmente gratuito, não necessitando nem mesmo efetuar cadastro para
utilizar seus recursos. Nesse site, você encontra trabalhos desenvolvidos por alunos da
Universidade Paulista que podem ser impressos ou utilizados no próprio site, abordando ações
educacionais em prol do trânsito, desde a pré-escola até a 4ª série. Também há um minicurso de
educação de trânsito, com impressão de carteira mirim de habilitação, games para download,
para execução local, ligar pontos e colorir. O endereço do site é:
<http://www.amigosdotransito.com.br>
• Edumusical – Esse portal foi desenvolvido por cerca de 15 pessoas, entre profissionais e
estagiários da área de engenharia, computação, arquitetura, jornalismo, cinema e música, no
Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI) da Escola Politécnica da USP. O laboratório produziu
programas em site e em CD, sempre buscando um formato lúdico, com brincadeiras e gráficos,
desenvolvendo desde cedo o potencial artístico das crianças, alvo principal do projeto. No site, o
aluno pode compor utilizando escalas das notas na vertical e de tempo na horizontal, “pintando”
quadrinhos da tabela. As principais inovações no programa são que os alunos podem realizar
composição individual, composição colaborativa, desafio individual e desafio colaborativo. O
projeto conta ainda com módulos colaborativos, o aluno pode trocar ideias e compor uma música
em parceria com seus colegas em rede, cada um compondo para um instrumento, por exemplo.
É possível até usar recursos de bate-papo. O endereço do site é:
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Unidade I
<http://www.edumusical.org.br>
• Portal do Professor – Esse portal foi desenvolvido pelo MEC – Ministério da Educação e
Cultura, é totalmente gratuito e conta com diversos recursos para auxílio no trabalho de
educação e tecnologia. Nele, é possível inserir e pesquisar diversas aulas já desenvolvidas
pelos professores do país, tudo de domínio público. O endereço do site é:
<http://portaldoprofessor.mec.gov.br>
Saiba mais
Broffice–http://www.broffice.org/
Openoffice–http://br-pt.openoffice.org/
GoogleDocs–http://www.google.com/google-d-
s/hpp/hpp_pt-PT_ pt.html
Resumo
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TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
Saiba mais
<http://www.divertudo.com.br/quadrinhos/quadrinhos-txt.html>
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