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Pedagogia das Diferenças: Um Olhar sobre a Inclusão

Autor: Brena Samyly S. de Paula, Élida Mônica S. da Silva, Karlianne Sousa Silva
Falção e Marilia Moreira Pinho

Data: 13/05/2010

Resumo
Nosso trabalho não pretende só definir a educação especial, mas descrever toda a
sua evolução histórica e suas políticas sociais, afim de compreender melhor a
origem da inclusão e o processo que engloba essa ação social, além de melhor
entender como todo esse percurso acontece e o momento em que adquire o
equilíbrio necessário para que o portador de necessidades educativas especiais
adquira seu lugar no Sistema Educacional Brasileiro. Este trabalho é fruto de um
seminário, apresentado na disciplina de Estrutura e Funcionamento da Educação
Básica e de uma Pesquisa realizada na vasta literatura sobre este assunto. Depois
desse estudo, temos consciência que a inclusão é um verdadeiro desafio para a
escola brasileira em relação à qualificação de recursos humanos, que atendam as
necessidades desses alunos no sistema regular de ensino, tendo a escola como um
reflexo da vida social, a inclusão proporcionara o convívio com a diversidade, pois e
na escola que aprendemos a ser cidadãos e a conviver com as diferenças.
Promulgada em Setembro de 2008, o Decreto nº 6.571, determina que alunos com
deficiência deverão estudar em classes regulares, o que torna o Brasil pioneiro em
inclusão educacional.

Introdução
Como futuras educadoras, sempre houve em nós a preocupação em exercer um
bom atendimento aos educandos portadores de necessidades especiais. Por isso
começamos a observar a evolução da educação especial, a legislação e as políticas
educacionais voltadas ao movimento de inclusão, que tem por objetivo inserir esses
"alunos especiais" no sistema regular de ensino, a partir dessa observação
elaboramos nosso trabalho baseado em um seminário apresentado na disciplina de
Estrutura e Funcionamento da Educação Básica, semestre 2009.2, orientados pela
professora da disciplina.
Tivemos a oportunidade de conhecer melhor a estrutura da educação básica e
entender que a educação tem por objetivo o pleno desenvolvimento do educando
seu preparo para a cidadania e sua qualificação para o mercado de trabalho, a
educação especial é definida como uma modalidade de educação escolar, essa
modalidade de ensino visa oferecer recursos educacionais e estratégias de apoio a
alunos com necessidades especiais em todos os níveis de ensino (Educação Infantil,
Ensino Fundamental e Ensino Médio)
Percorrendo pelos períodos históricos notamos que os deficientes eram vistos como
doentes e incapazes, sendo alvo de assistencialismo e não sendo vistas como
pessoas dotadas de direitos sociais, inclusive do direito a educação. A LDB, lei de
diretrizes e bases da educação nacional, lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996,
traz orientações para as praticas pedagógicas, que orienta e regulamenta o aspecto
legal na educação Brasileira, entre eles encontramos o capitulo V, referente à
Educação Especial e que tem sua orientação nos artigos 58º à 60º.
O Ministério da Educação, trabalhando para assegurar a escola para todos,
integrou-se as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica,
instituídas pela Resolução nº 02/2001, da Câmara de Educação Básica do Conselho
Nacional de Educação, visando uma atenção a diversidade na educação Brasileira.
O Decreto-lei 6.571 de Setembro de 2008, coloca aos sistemas o desafio de
construir condições para a inclusão, onde todas as escolas têm até o fim de 2010,
para se adequar a atender todas as crianças e jovens com necessidades especiais
na escola regular.
Segundo Mantoan (2008) "a Educação Inclusiva tem por objetivo entender e
reconhecer o outro dentro de suas possibilidades", partindo desse ponto e
importante compreendermos a diferença entre inclusão e integração, que por muitas
vezes essas palavras são usadas como sinônimos. A inclusão obriga a se repensar
no sistema educacional Brasileiro.

Resultados e Discussão
A nossa grande preocupação com esta pesquisa esta relacionada com
desenvolvimento escolar dos alunos portadores de necessidades educativas
especiais e a sua integração no sistema regular de ensino.
De acordo com o artigo 208, Inciso III da Constituição Federal, que se refere ao
atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente, na rede regular de ensino. O direito à educação das pessoas
portadoras de deficiência é uma conquista recente em nossa sociedade, sendo
resultado de manifestações de grupos isolados, sendo seus direitos identificados
como partes pertencentes de políticas sociais voltadas para a construção de
alternativas na melhoria das condições de vida de tais pessoas.
Foi na Europa que surgiu os primeiros movimentos voltados ao atendimento aos
portadores de deficiência, se transformando em medidas educacionais, que foram
expandidas para outros países, inclusive o Brasil. Essas medidas Educacionais
utilizavam de varias expressões para referir-se ao atendimento dessas pessoas:
Pedagogia de Anormais, Pedagogia Teratológica, Pedagogia Curativa ou
Terapêutica, Pedagogia da Assistência Social, entre outras, baseadas no sentido de
Assistencialismo.
As primeiras manifestações sobre o atendimento a pessoas deficientes surgiram no
Brasil, inspiradas em experiências na Europa e Estados Unidos, O século XIX foi
caracterizado por algumas iniciativas oficiais e isoladas, A partir do século XX a
"educação de deficientes" passou a fazer parte da política Brasileira, na qual
podemos destacar três períodos o 1º de 1854 a 1956, caracterizado por iniciativas
oficiais e particulares isoladas, voltados a alguns indicadores de interesse da
sociedade, buscando atender a um beneficio em particular, o 2º de 1957 a 1993,
marcada por iniciativas oficiais de abrangência nacional, onde o atendimento aos
portadores de deficiência e assumido a nível nacional, pelo governo federal, com a
divulgação de algumas campanhas, visando o assistencialismo e o 3º de 1994 em
diante, tendo em foco movimentos a favor da inclusão de portadores de
necessidades educativas especiais na rede regular de ensino.
A partir de 1961, destaca-se o inicio da lei de diretrizes e bases da educação
nacional lei 4024, que no seu artigo 88º, reafirma o direito dos excepcionais à
educação, onde deverá se integrar utilizando as mesmas situações do ensino
comum. A lei 5692-71, em seu artigo 9º, reforça a existência das escolas especiais,
contrariando o artigo 88º da lei 4024. O Conselho Federal de Educação, esclarece
que a educação especial, não dispensa o tratamento regular, neste modo o
Conselho, assumiu uma postura, onde a educação especial é vista como uma linha
de escolarização.
Em 1977, o Ministério da Educação e Cultura (MEC) em conjunto com o Ministério
da Previdência e Assistência Social (MPAS), estabelecem diretrizes básicas para a
ação integrada no atendimento a excepcionais, pelos órgãos subordinados, como o
Cenesp (Centro Nacional de Educação Especial), a LBA (Fundação Legião Brasileira
de Assistência) e INSS, Serviços de Saúde da Previdência Social e dos Serviços de
Reabilitação Profissional, com o objetivo de aumentar o atendimento especializado
nos aspectos médicos, psicossociais e educacionais.
Em 1986, o Centro Nacional de Educação Especial (CENESP-MEC), define pela
portaria 69, apoio técnico e financeiro para instituições públicas ou particulares para
a educação especial. A educação especial começa a ser uma modalidade da
educação, que visa o desenvolvimento pleno do educando. No mesmo ano com o
decreto nº 93.613 o CENESP é transformado na SESPE, Secretaria de Educação
Especial.
A lei nº 7853, estabelece, 'normas gerais para o pleno exercício dos direitos
individuais e sociais das pessoas portadoras de deficiência e sua efetiva integração
social'. (Mazzotta, 2005,p. 80), essa lei garante que portadores de necessidades
especiais tenham seus direitos preservados e sejam integrados ao convívio social,
esta mesma lei, reestrutura a CORDE, Coordenadoria Nacional para a Integração da
Pessoa Portadora de Deficiência, como órgão autônomo, com recursos específicos
destinados.
No ano de 1990 , a SESPE é extinta e a sua função é assumida pela SENEB,
Secretaria Nacional de Educação Básica, a partir daí a educação especial passa a
ser responsabilidade da SENEB, com essa alteração a educação especial se integra
a estrutura de órgãos centrais da administração do ensino do MEC.
Em 1996, a nova LDB 9.394, estabelece as diretrizes e bases da educação nacional,
na qual o capitulo V, se refere à educação especial, nos artigos 58º a 60º. Em 2001 a
partir da Resolução CNE-CEB nº 02-2001, foram instituídas as diretrizes nacionais
para a educação especial na educação básica, com o objetivo de se construir
condições para a inclusão dos alunos que apresentam necessidades educacionais
especiais no ensino regular.
O programa de educação inclusiva: direito à diversidade do MEC, teve inicio em
2003, com o objetivo de integrar os alunos com necessidades educativas especiais
no sistema regular de ensino, e garantir meios para que essa inclusão aconteça,
tanto na formação de gestores e educadores, quanto em e equipamentos, materiais
pedagógicos e implantação de recursos.
A educação inclusiva teve inicio nos Estados Unidos, com a lei pública nº 94.142 de
1975. O movimento de inclusão visa integrar alunos com necessidades educativas
especiais na rede regular de ensino, a inclusão defende que nenhuma criança seja
separada da outra por apresentar alguma deficiência.
A inclusão surgiu aproximadamente em 1990, com base em documentos como a
Declaração Mundial de Educação para todos (1990), a Declaração de Salamanca
(1994), foi organizada pela UNESCO e pela Espanha, com o objetivo de organizar
novas políticas e praticas na área das necessidades educativas especiais. É
importante ressaltar a diferenciação de integração e inclusão, a visão integracionista
o aluno com deficiência, só poderia ficar na escola regular se acompanhassem o
ritmo da turma, já a inclusão defende que a escola regular se adapte a esse aluno e
busque meios de desenvolvê-lo. Segundo Mittler (2003, pág. 161):
"cada escola encontrará obstáculos diferentes no caminho, porem todas elas
acharão que as barreiras mais difíceis emergem de duvidas bastante arraigadas,
mas não necessariamente expressas sobre se essa jornada de fato é valida."
A escola é um reflexo da vida social, se os estudantes vivem a experiência da
diferença desde cedo, não terão muitas dificuldades de vencer os preconceitos, e o
processo inclusivo possibilita que todos tenham seu lugar na sociedade. O modelo
de escola inclusiva, precisa oferecer adaptações físicas, além de apoio pedagógico
individualizado em paralelo as aulas regulares, as praticas de aprendizagem
precisam ser reformuladas, para que todos os alunos aprendam ao seu modo, de
acordo com o seu tempo.
O professor não pode recusar a lecionar para turmas inclusivas, mesmo que a
escola não ofereça estrutura adequada, ele deve contar com uma equipe de
atendimento especializado.
Uma sala de aula inclusiva deve se adequar e criar condições para que todos
possam evoluir, moldando o conteúdo para o nível adequado de cada aluno, mas
para isso é necessário que o professor tenha o conhecimento prévio da turma,
levando em conta as particularidades de cada individuo.
É importante analisar as práticas de inclusão em sala de aula, que se baseiam em
flexibilizações necessárias e imprescindíveis para ajudar os alunos com
necessidades educativas especiais, as principais são: a flexibilização do espaço que
consiste em adequar o ambiente físico; a flexibilização do tempo, estabelece que os
alunos aprendem de formas diferentes por isso e importante que leve em conta o
tempo de realização de cada um; a flexibilização dos recursos, que consiste na
busca de novos materiais e estratégias pedagógicas, facilitando a aprendizagem; a
flexibilização dos conteúdos tem o objetivo de garantir que os alunos aprendam
dentro de suas possibilidades. Essas flexibilizações levam os professores a
estabelecer formas criativas de atuação, o que não beneficia só aos alunos com
necessidades educativas, mas a todos em conjunto.
'A inclusão implica melhor qualidade de ensino para todos', afirma a professora da
Unicamp Maria Tereza Égler Mantoan, fundadora do laboratório de estudos e
pesquisas em Ensino e Diversidade.
Promulgada no ano passado pelo governo federal, o Decreto nº 6. 571, de Setembro
de 2008, determina que alunos que apresentam alguma deficiência, terão que ser
acolhidas nas classes regulares, o que torna o Brasil pioneiro em inclusão
educacional. Esse progresso pode beneficiar alunos com alguma dificuldade de
aprendizagem, Além de beneficiar o convívio com a diversidade.

Considerações Finais
A educação é um direito de todos os indivíduos, entretanto e importante ressaltar o
novo papel da Pedagogia, voltada para 'educar as diferenças'. Segundo Mantoan
(2003, p.5) 'educar é empenhar-se por fazer o outro crescer, desenvolver-se,
evoluir'.
Precisamos trabalhar a educação, para que a escola construa um mundo melhor
para todos e que inclua no seu convívio todos, independentemente de padrões de
normalidade. Para que a escola seja base para uma verdadeira cultura de paz.
A presença do portador de necessidades educativas especiais na escola regular,
inclusive nas classes comuns e um verdadeiro desafio para a escola brasileira em
relação à qualificação de recursos humanos, que atendam as necessidades
educacionais desses alunos, em qualidade e acesso.
Os avanços da Inclusão transformam a concepção tradicional, alterando as idéias de
ensino especializado e exigindo mudanças na formação de professores e gestores,
buscando novas formas de planejamento e organização pedagógica de recursos e
propondo uma nova idéia do direito a educação.
A inclusão hoje está caminhando lentamente, mas essa transformação do sistema
educacional brasileiro e necessária para que todos tenham acesso à educação.
Referências

BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes nacionais para a educação especial


na educação básica / Secretaria de Educação Especial. MEC; SEESP, 2001.
CARVALHO, Rosita Edler. Educação inclusiva:com os pingos nos is. 5ª edição.
Porto Alegre. Editora Mediação, 2007.
MANTOAN, Maria Tereza Egler. Inclusão escolar- o que e? Por quê? Como
fazer?. Campinas.2003.
MAZZOTTA, Marcos José da Silveira. Educação Especial no Brasil:Historia e
Políticas Públicas.5ª edição. São Paulo. Editora Cortez, 2005.
MITTLER, Peter. Educação inclusiva:Contextos sociais. São Paulo. Editora
Artmed, 2003.
Revista Nova Escola. Inclusão: Como ensinar os conteúdos do currículo para
alunos com deficiência. Edição especial, nº 24. São Paulo. Julho de 2009.
STAINBACK, Susan & STAINBACK, William. Inclusão:um guia para educadores.
Porto Alegre:Artmed, 1999. Tradução Magda França.

Fonte: http://www.pedagogia.com.br/artigos/pedagogiainclusao/index.php?pagina=0

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