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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

Departamento de Ciências Biológicas


DISCIPLINA: Ecologia & Evolução
Prof. Afonso Pelli

Apostila abordando os aspectos considerados de maior relevância da disciplina Ecologia e


Evolução. Para maior clareza consulte os livros texto citados no programa da disciplina.

O conteúdo não está na íntegra. Essa apostila não dispensa o conteúdo apresentado nas aulas.

Textos destacados com sublinhado indicam apenas complemento.

SUJEITA A REVISÕES

SETEMBRO DE 2006

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NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO recursos e energia acima do esperado pelos
padrões biológicos, o que resulta em
Animais e plantas – Diferenças: produção de rejeitos que levam a:
fontes de energia; superfície para troca 1 – impacto ambiental - interrupção
(planta é a folha, homem pulmão 100 m2 e de processos ecológicos, e extinção de
intestino). Crescimento alométrico X espécies
modular e clonagem nas plantas. 2 – deterioração do ambiente
Conceito de habitat ou hábitat x humano
diversidade Ex.1: Explosão populacional mais
Escala de tempo e espaço – para tecnologia de pesca
nós dia e noite ao longo de um ano. Em um Lago Vitória no leste da África, perca do
inverno podemos ter um dia quente. Nilo onde peixes endêmicos da família
Freqüência e severidade são relativos. Cichlidae eram dominantes. A carne da
Folha pulgão e comedor de folhas. Árvores perca oleosa e defumação e não secagem
e insetos x incêndios. ao sol.
Ecologia é uma ciência, uma área As percas são maiores e a rede dos
de conhecimento. pescadores de subsistência não era
1. Conhecimento. adequada, após convivência tradicional por
2. Saber que se adquire pela milhares de anos
leitura e meditação; instrução, erudição, Ex. 2: Lontra do mar da Califórnia – desde
sabedoria. Japão até califórnia.
3. Conjunto de conhecimentos Entre 1700 e 1800 quase extinção –
socialmente adquiridos ou produzidos, em 1980 mais de 1.500 e pescadores
historicamente acumulados, dotados de irritados, pois comem peixe abalone,
universalidade e objetividade que ouriços do mar e lagostas; mas comendo
permitem sua transmissão, e estruturados ouriços, bancos de algas crescem e estas
com métodos, teorias e linguagens além de serem boas para larvas de peixes
próprias, que visam compreender e orientar são utilizadas na indústria de fertilizantes
a natureza e as atividades humanas. Os ricos ou ¼ da população
4. Campo circunscrito, dentro mundial gastam a maior parte da energia e
da ciência, concernente a determinada detêm 80% da riqueza do mundo, usam a
parte ou aspecto da natureza ou das maioria dos recursos naturais e geram a
atividades humanas, como, p. ex., a maior quantidade de dejetos; enquanto isso
química, a sociologia, etc. ¾ da população possuem menos de ¼ da
5. A soma dos conhecimentos riqueza do mundo.
humanos considerados em conjunto. É possível satisfazer as
necessidades das 6 bilhões de pessoas que
Ecologia é teoria independente do vivem hoje no mundo sem comprometer a
objeto de estudo. capacidade que gerações futuras, até
1 – observação e descrição de ambientes, mesmo mais populosas, terão de ter para
sistemas e fenômenos; distribuição e satisfazer às suas próprias necessidades?
abundância; relação organismos e fatores e A magnitude e o ritmo das
padrões. mudanças dependerá da decisão da
2 – Desenvolvimento de hipóteses e sociedade de agir para desacelerar o
explicação aumento atmosférico de dióxido de
3 – Testes dessas hipóteses carbono e de outros gases, reverter o
4 – Aplicação do conhecimento geral para desflorestamento e cortar a emissão de
resolver problemas específicos poluentes.
Ecologia Humana
Somos mais de 6 bilhões. Nosso
padrão de vida resultou em consumo de

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O que é vivo? Nos sistemas físicos, é tão grave quanto o desemprego
as transformações de energia sempre provocado pelas decisões arbitrárias dos
seguem o caminho de menor resistência, ao especuladores globais. Não podemos
contrário dos sistemas biológicos onde deixar que as reservas financeiras sirvam
corpos são mais quentes que o meio e para queimar países inteiros na volúpia da
plantas absorvem nutrientes contra especulação.
gradientes do solo. Antes mesmo da Amazônia, eu
gostaria de ver a internacionalização de
A opinião de Cristovam Buarque sobre todos os grandes museus do mundo . O
a Internacionalizacao da Amazonia (O Louvre não deve pertencer apenas á frança.
Globo (23/10/2000) – Opinião / O mundo Cada museu do mundo e quardião das mais
para todos.) belas peças produzidas pelo gênio humano.
Durante debate recente, nos Estados Não se pode deixar esse patrimônio
Unidos, fui questionado sobre o que cultural, como o patrimônio natural
pensava da internacionalização da amazônico, seja manipulado e destruído
Amazônia. O jovem introduziu sua pelo gosto de, a um proprietário ou de um
pergunta dizendo que esperava a resposta pais. Não faz muito, um milionário
de um humanista e não de um brasileiro. japonês, decidiu enterrar com ele um
Foi a primeira vez que um quadro e de um grande mestre. Antes
debatedor determinou a ótica humanista disso, aquele quadro deveria ter sido
como o ponto de partida para uma resposta internacionalizado . Durante o encontro em
minha. que recebi a pergunta, as Nações Unidas
De fato, como brasileiro eu reuniam o Fórum do Milênio, mas alguns
simplesmente falaria contra a presidentes de países tiveram dificuldades
internacionalização da Amazônia. Por mais em comparecer por constrangimentos na
que nossos governos não tenham o devido fronteira dos o EUA. Por isso, eu disse que
cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Nova York, como sede das Nações Unidas,
Respondi que, como humanista, deveria ser internacionalizada. Pelo menos
sentindo o risco da degradação ambiental Manhatan deveria pertencer a toda a
que sofre a Amazônia, podia imaginar a Humanidade. Assim como Paris, Veneza,
sua internacionalização, como também de Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília,
tudo o mais que tem importância para a Recife, cada cidade, com sua beleza
Humanidade. especifica, sua história do mundo, deveria
Se a Amazônia, sob uma ótica pertencer ao mundo inteiro.
humanista, deve ser internacionalizada, Se os EUA querem
internacionalizemos também as reservas de internacionalizar a Amazônia, pelo risco de
petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão deixá-la nas mãos de brasileiros,
importante para o bem-estar da internacionalizemos todos os arsenais
humanidade quanto a Amazônia para o nucleares dos EUA. Até porque eles já
nosso futuro. Apesar disso, os donos das demonstraram que são capazes de usar
reservas sentem-se no direito de aumentar essas armas, provocando uma destruição
ou diminuir a extração de petróleo e subir milhares de vezes maior do que as
ou não o seu preço. Os ricos do mundo, no lamentáveis queimadas feitas nas florestas
direito de queimar esse imenso patrimônio do Brasil. Nos seus debates, os atuais
da Humanidade. candidatos à presidência dos EUA têm
Da mesma forma, o capital defendido a idéia de internacionalizar as
financeiro dos países ricos deveria ser reservas florestais do mundo em troca da
internacionalizado. Se a Amazônia é uma dívida. Comecemos usando essa dívida
reserva para todos os seres humanos, ela para garantir que cada criança do mundo
não pode ser queimada pela vontade de um tenha possibilidade de ir à escola.
dono, ou de um país. Queimar a Amazônia Internacionalizemos as crianças tratando-

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as, todas elas, não importando o pais onde determinados habitats específicos. Além do
nasceram, como patrimônio que merece mais, áreas similares para humanos podem
cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do ser bem diferentes para insetos ou peixes;
que merece a Amazônia. ou ambientes diferentes para nós podem
Quando os dirigentes tratarem as ser semelhantes para aves!
crianças pobres do mundo como um Algumas espécies de insetos
patrimônio da Humanidade, eles não apresentam um comportamento
deixarão que elas trabalhem quando estereotipado, e as fêmeas de libélulas
deveriam estudar; que morram quando escolhem onde ovipor e com quais machos
deveriam viver. Como humanista, aceito copular.
defender a internacionalização do mundo. Sub-espécies diferentes podem
Mas, enquanto o mundo me tratar como apresentar habitats diferentes, assim um
brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja pequeno roedor Peromyscus maniculatus
nossa. Só nossa. apresenta uma sub-esopécie adapatada a
ambientes florestais com cauda longa e
O QUE DETERMINA A outra de cauda curta adaptada aos campos.
DISTRIBUIÇÃO DAS ESPÉCIES? Um indivíduo de cauda curta pode viver
Espécie ausente por causa de: Dispersão em florestas, mas escolhe os campos e o
(?) - sim inverso também é verdade.
não → Pode ser por Comportamento (?) - O meio físico varia sobre a terra,
sim assim temperatura, luz, substrato, umidade
não → pode ser por Predação, competição, e salinidade podem determinar a
parasitismo, alelopatia, doenças (?) -sim distribuição e abundância dos organismos.
Parâmetros físicos e químicos (?) - sim As zonas climáticas variam dentro do
Fatores físicos = temperatura, luz, estrutura cerrado, e dentro do cerrado variam
do solo, fogo, correntes, etc. tambéma geologia e fatores abióticos.
Parâmetros químicos = água, oxigênio, A estrutura do habitat está
salinidade, pH, nutrienes do solo, etc. diretamente relacionada a riqueza de
Por que dispersar? A dispersão é espécies, assim em ambientes diferentes
uma forma de colonizar novas áreas, encontramos faunas e floras típicas de cada
assegurando assim maior sobrevivência região.
dos descendentes. Darwin observou que Sabemos que a região tropical é
em ilhas oceânicas muitas espécies de aves mais úmida, não por possuir mais água,
e insetos abandonaram essa estratégia. mas sim em função da maior quantidade de
Também Carlquist (1974) relatou redução energia disponível para o ciclo da água que
da habilidade de dispersão para plantas em recicla mais rapidamente. Assim o ar
ilhas. Ao contrário, outras espécies se quente tropical retém mais água.
dedicam inteiramente a dispersão, sendo
denominadas por fugitivas. Se
especializam em colonizar ambientes
perturbados e temporários, reproduzem,
deixam descendentes e dispersam. As
espécies “pragas” normalmente são
espécies fugitivas.
No hemisfério norte as chuvas são
A ocorrência de espécies não
menos intensas que no hemisfério sul. O
parece, em escala local, ser determinada
fato é que no hemisfério sul os lagos e
pela dispersão, mas sim por outros fatores.
oceanos correspondem a 81% da superfície
Algumas espécies simplesmente
enquanto que no hemisfério norte as
preferem viver em alguns locais
superfícies cobertas por água
determinados, em função do
correspondem a 61%.
comportamento “deliberado de escolher”

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A circulação global determina a esgotam de água facilmente ( p. ex.
ocorrência de grande desertos como o epífitas)
Árabe (Saara), os Africanos (Kalahari e Mesófitas – plantas que crescem em
Namíbia), o Atacama na América do Sul, o ambientes mais ou menos úmidos
Australiano e os norte americanos. Além Adaptações de plantas xerófitas
desses a “sombra de chuva” determina a (xeromorfismo)
ocorrência do deserto de Gobis na Ásia e o Estas adaptações podem ser morfológicas
deserto da Grande Bacia nos EUA. ou fisiológicas.
Outro padrão geral quanto a Adaptações morfológicas:
precipitação se refere a maior estabilidade 1. Redução do tamanho do caule
térmica dos corpos d´água, assim as bordas 2. Aumento do tamanho do sistema de
continentais são mais estáveis quanto as raízes
oscilações de temperatura e apresntam 3. Células pequenas nas folhas que
maior preciptação que o interior do resultam em folhas pequenas ,
continente. estômatos pequenos e bem juntos,
diminuição das nervuras e mais pêlos
FATORES ABIÓTICOS - ÁGUA por unidade de área
Água - essencial para manutenção e 4. Cutícula e parede celular grossas, com
preservação de funções vitais; é o solvente mais lipídeos ( cera ) nas superfícies de
universal; responsável pelo movimento da transpiração
água nas planta sendo o ganho ou perda 5. Estômato em cripta e com pêlos
pelas células e tecidos, contribuindo para a 6. suculência
translocação de solutos. É responsável pela Adaptações fisiológicas:
estabilidade térmica das plantas 1. taxa fotossintética maior por unidade
Umidade relativa (UR) - capacidade do ar de área
de reter água duplica a cada 11o C. 2. grande resistência a seca
p. ex. o ar saturado 100% a 20o C perde 3. florescimento e frutificação precoce
50% da água, por condensação, se esfriado 4. grande longevidade
a 9o C. 5. aumenta a percentagem de água
1. Psicômetro – termômetro seco e úmido vertiginosamente por unidade de peso
2. Higrógrafo – cabelo humano ou de seco dos tecidos (raiz capta água
crina de cavalo rapidamente e acumula)
Florestas tropicais = 80%, desertos = 10% Formas em que a água se apresenta no solo
e Brasília = 40%. 1) Gravitacional
Se UR alta, teremos baixa taxa de 2) Capilar – preenche os poros entre as
evaporação e transpiração, partículas do solo; é a principal fonte
consequentemente, o vapor de água reduz de água para as plantas
fotossíntese e transpiração, retardando 3) Água higroscópica – água ligada
crescimento. superficialmente as partículas do solo;
Plantas higrófitas – são adaptadas a quanto menor a quantidade de água,
ambientes com elevados teores de UR. Ex. maior será a força de atração (é um tipo
samambaias no interior de florestas de água pouco disponível para as
Musgos (briófitas) e líquens (fungo plantas)
+ algas azuis) absorvem vapor de água, 4) Água combinada – ligações químicas
mesmo sem condensação prévia. fortes como a minerais
Orquidáceas e bromeliáceas 5) Vapor de água – preenche a porção do
somente se UR superior a 85%. poro que não é ocupada pela água
Plantas Hidrófitas – plantas aquáticas ou líquida.
que crescem em solos encharcados
Plantas xerófitas – plantas de habitats
secos ou que crescem em substratos que se

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Podemos ter, basicamente, três tipos atuantes sobre a rocha, suportando ou
principais de chuva. sendo capaz de suportar a vegetação. Atua
1- Precipitação frontal ou ciclônica é como reservatório de nutrientes permitindo
causada por redemoinhos de ar quente a reciclagem adequada para sustentação de
de centenas de quilômetros de fauna e flora.
diâmetro. Essa massa de ar ascendente Macronutrientes → nitrogênio, potássio,
se mistura com ar frio e provoca fósforo. Macronutrientes secundários →
chuvas. magnésio, cálcio e enxofre e “ferro” e
2- Precipitação orográfica ocorre quando Micronutrientes → zinco, iodo, cobre,
uma massa de ar com muita umidade molibdênio, manganês, boro, cloro e
encontra uma barreira geográfica de colbalto; além de alguns elementos
200 a 3.000 m de altitude. importantes para alguns grupos em
3- Chuvas de fim de tarde características especial como sílica para as diatomáceas,
do verão. vanádio para os tunicados (Urochordata
A água é um fator tão importante que como ascídeas) e selênio para bactérias
pode determinar germinação, abertura de fixadoras de nitrogênio.
frutos, ocorrência de agentes patogênicos e Para que a fotossíntese ocorra
mesmo distribuição geofráfica das naturalmente, é necessário além de CO2,
espécies. água, luz e calor que os elementos estejam
Capacidade de campo pode ser definida na proporção adequada. Caso um destes
como a quantidade de água retida em um estiver ausente ou presente em menores
solo, medida depois de 24 horas, quando proporções, ele limitará o crescimento das
praticamente cessa a percolação após a plantas mesmo que os restantes estejam em
saturação por excesso de água de chuva ou quantidades adequadas. Esta é a lei do
de irrigação, expressa em percentagem de mínimo de Justus Von Liebig de 1840.
peso de solo seco, a 150o C. É um As rochas são sólidas, não
parâmetro importante, pois uma irrigação armazenam água e oferecem impedimento
mal feita pode determinar salinização, físico a penetração de raízes. O solo se
compactação, erosão e desertificação. forma pelo intemperismo da rocha mãe. O
intemperismo é a destruição física e
Temperatura decomposição química do substrato (dia-
A temperatura é um fator decisivo noite; inverno-verão; insolação-
para desenvolvimento e distribuição dos preciptação; erosão eólica ou hídrica;
organismos. cristalização de sais nas fendas; sub
As plantas vasculares terrestres são produtos de seres biológicos como ácidos
euritérmicas, suportando ampla variação de orgânicos e nitratos...)
temperatura. Algumas plantas aquáticas Pero Vaz de Caminha disse a
são estenotérmicas, ou seja, se primeira grande mentira do Brasil.....
desenvolvem em uma pequena faixa, mas Em se plantando tudo dá!...
por vezes extrema.
Toda espécie possui uma E as queimadas promovem perda de M.O.,
“temperatura ótima”, mas a qual processo N e S.
estamos nos referindo. O ótimo para
germinação provavelmente será diferente
do ótimo para frutificação ou fotossíntese.

Solo
Solo é a coleção de corpos naturais
que contém matéria viva, compõe a
superfície da Terra, sendo resultado da
ação do clima e dos fatores bióticos

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Biologia do Solo cupins e minhocas manipulam, ingerem e
excretam material de solo formando
As comunidades de organismos microagregados e construindo poros.
micro e macroscópicos que habitam o solo, Os microorganismos são as
realizam atividades imprescindíveis para a bactérias, fungos e algas. A microfauna são
manutenção e sobrevivência das protozoários, rotíferos, nematóides. A
comunidades vegetais e animais. No solo mesofauna é constituída pelos ácaros,
as principais atividades dos organismos Collembolas e outros. A macrofauna é
são, a decomposição da matéria orgânica, representada por minhocas, cupins,
produção de húmus, ciclagem de nutrientes formigas, coleópteros, arachnídeos,
e energia, fixação de nitrogênio Myriapoda, entre outros.
atmosférico, produção de compostos Os prinicpais fatores que afetam os
complexos que causam agregação do solo, microorganismos do solo são: substratos e
decomposição de xenobióticos e controle fontes de energia, fatores de crescimento,
biológico de pragas e doenças, nutrientes minerais, composição e força
proporcionando assim, condições ideais iônica da solução do solo, pH, composição
para uma biodiversidade extremamente e pressão atmosférica, umidade, potencial
elevada. redox, temperatura e radiação solar,
profundidade e cobertura vegetal,
interações entre organismos e impactos
antropogênicos.
A diversidade biológica é definida
como a variabilidade entre os organismos
vivos. Os organismos edáficos apresentam
alta diversidade metabólica e fisiológica o
Com base em seu tamanho, a biota que os torna extremamente versáteis para
do solo pode ser dividida em ocupação dos diversos nichos ecológicos.
microorganismos, micro, meso e macro, Dependendo da fonte de carbono utilizada
tanto de fauna e flora. A densidade de (CO2 ou substâncias orgânicas), da fonte
todos os grupos de organismos varia em de energia (luminosa ou química) e fonte
função de características edáficas e de elétrons (inorgânica, orgânica ou água),
climáticas específicas de cada ambiente. os organismos são classificados em:
As bactérias representam o grupo mais • Autotróficos e heterotróficos,
numeroso. Os fungos, bactérias e minhocas respectivamente organismos que
são aqueles que geralmente apresentam assimilam carbono de fontes
maior biomassa. Em termos de biomassa inorgânicas ou orgânicas;
os organismos do solo podem exercer mais • Fototróficos e quimiotróficos
de 10 toneladas por hectare, quantidade respectivamente organismos que
esta equivalente ou até maior que as obtém energia da luz solar ou, da
melhores produções de certas culturas oxidação de moléculas orgânicas
agrícolas. ou inorgânicas;
A atividade biológica do solo é • Litotróficos e organotróficos,
uma denominação genérica para a ação dos respectivamente organismos que
organismos vivos do solo, tanto animais derivam equivalentes de
quanto vegetais. Esses organismos têm materiais inorgânicos ou
forte influência na gênese e manutenção da orgânicos.
organização dos constituintes do solo,
principalmente nos horizontes superficiais.
As raízes das plantas, por exemplo, alteram
o pH do solo ao seu redor e, ao morrer e se
decompor, deixam canais. Formigas,

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Os organismos do solo podem ser:
Biófagos
Organismos biófagos alimentam-se de seres vivos, constituindo uma das bases do
controle biológico - a predação. São classificados em:
• Microbióvoros (que se alimentam de micróbios) tendo como exemplo amebas,
ácaros, nematóides).
• Fungívoros (que se alimentam de fungos) tendo como exemplos ácaros, nematóides.
• Fitófagos (que se alimentam de plantas) tendo como exemplos insetos e, com
destaque, nematóides que são importantes parasitas vegetais) e carnívoros
(nematóides, aranhas).
Saprófagos
Organismos saprófagos alimentam-se de matéria orgânica morta. Também podem ser
chamados de onívoros, ou seja, que alimentam-se de tudo. Os saprófagos formam a base da
quimiorganotrofia, como já mencionado, relacionada com a decomposição da matéria
orgânica e podem ser classificados em:
• Detritívoros - se alimentam de detritos vegetais em vários estágios de decomposição
(vários tipos de organismos macro e microscópicos).
• Cadaverícolas - se alimentam de carne podre/animais mortos (larvas de insetos).
• Coprófagos - se alimentam de excrementos (bactérias, fungos e pequenos
artrópodes).
Simbiotróficos
Organismos simbiotróficos se nutrem de substâncias oriundas da simbiose com
organismos vivos. As simbioses se dividem em mutualistas e parasísticas. No primeiro caso,
os dois organismos são beneficiados e no segundo um deles é beneficiado e o outro
prejudicado. Importantes organismos simbiotróficos são os rizóbios e os fungos micorrízicos.
Microambiente do solo é uma situação físico-química na qual a célula, populações ou
comunidades microbianas em particular se encontram num dado momento. Diversos fatores
físicos e químicos atuam, simultaneamente determinando as condições ambientais que não
são estáticas, mais dinâmicas, devido à interação dos diversos fatores. Para entender melhor a
biologia do solo é importante ressaltar alguns dogmas:
• A comunidade reflete seu hábitat.
• Um organismo se multiplica até que limitações bióticas ou abióticas sejam impostas
contrabalançando a taxa de crescimento.
• Quanto maior a complexidade da comunidade biológica maior é sua estabilidade.
• Para qualquer mudança de um fator, um ótimo diferente passa a existir para todos os
outros fatores.
O equilíbrio biológico de um ecossistema é baseado nas seguintes premissas: uma
elevada complexidade biológica garante relações diversas, as quais limitam a explosão
populacional gerando assim, condições de equilíbrio biológico do sistema. Uma comunidade
em equilíbrio com seu ambiente sofre menor efeito de fatores externos e está sob estado
denominado tampão biológico. Por outro lado, solos com comunidade diversa de organismos
são mais resilientes, ou seja, se recuperam melhor dos estresses.
A presença de um microorganismo em determinado solo é função das condições
ambientais dominantes e dos limites da sua bagagem genética. O sucesso de um organismo
em qualquer hábitat é função da extensão e rapidez de suas respostas fisiológicas às condições
ambientais extremas de salinidade, temperatura, pressão e pH sendo, portanto, encontrados
em quase todos os ecossistemas terrestres, incluindo solos.
Os microorganismos, por sua vez, participam da gênese do hábitat onde vivem. Nos
estágios iniciais de formação do solo, carbono e nitrogênio são elementos deficientes, deste
modo, espécies fotossintéticas e fixadoras de nitrogênio (cianobactérias, líquens) são
importantes colonizadoras primárias de rochas.

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Luz - a riboflavina e β - caroteno são anti
oxidantes impedindo a fotodestruição
Fontes de luz – sol, lua, estrelas e da clorofila em intensidades excessivas
organismos luminescentes. A luz intervém de luz.
em numerosos fenômenos fisiológicos, dos - as antocianinas ocorrem na época do
quais a fotossíntese é o mais importante. ano relacionado ao amadurecimento
Seu papel ecológico reside na dos frutos
manutenção de ritmos biológicos de Tropismo são movimentos
períodos variáveis, como diários, lunares orientados que ocorrem em partes da
ou estacionários. planta, resultantes do crescimento desigual,
O espectro da radiação emitido pelo como resposta ao estímulo. Geralmente, as
sol é composto por ondas de comprimento partes aéreas exibem fototropismo positivo
inferior a 1 nm até ondas de comprimento e as partes subterrâneas fototropismo
superiores a centenas de metros, de raio x negativo. As respostas nem sempre são
de alta energia até ondas de rádio de baixa simples. Coleóptilos exibem fototropismo
energia. A maior parte consiste das regiões positivo a 0,1 J/m2, negativo a 10 J/m2 e
ultravioleta (10%), infravermelho (45%) e novamente positivo a 100 J/m2. Após a
visível (45%). decaptação uma nova área no final do
A maior parte do conteúdo coleóptilo torna-se sensível à luz e forma-
ultravioleta é absorvida pelo ozônio. A se novo ápice fisiológico.
região ultravioleta é constituída por As plantas podem ser:
comprimentos de onda inferiores a 3800 Ao - heliófila – é a planta que se desenvolve
(ou 400 nm - violeta). A região do normalmente ao sol.
infravermelho é composta por - umbrófila – são vegetais que vivem à
comprimentos de ondas superiores a 7.600 sombra ou luz difusa (como nas
Ao (ou 800 nm - vermelho). A região florestas), podendo não tolerar o sol
visível, constitui a parte do espectro de (obrigatória) ou podem ser facultativas.
radiação eletromagnética que fica entre Em alguns insetos a luz determina o
3.800 e 7.600 Ao, esta é a fonte de energia ciclo circadiano. A Periplaneta americana
utilizada pelas plantas e animais. inicia suas atividades uma hora após o sol
A eficiência fotossintética de um se por, apresenta um pico com três horas e
vegetal recebe influência de três depois cai atividade com 6 horas. Alguns
propriedades da luz: intensidade, duração e insetos obedecem ritmos lunares, com
espectro. Para as plantas, a luz determina a maior atividade na lua nova e minguante.
orientação, o ritmo estacional ou diário de O pulgão Megoura viciae produz formas
crescimento vegetal, o período de floração, sexuadas em dias longos. A luz também
além de outros fatores. influencia a emergência em Ephemeroptera
A clorofila é o pigmento e o dimorfismo sexual na borboleta
responsável pela captura da energia européia Araschnia levana, que produz
luminosa necessária para que ocorra a forma clara em dias curtos e forma escura
fotossíntese. Existem vários outros em dias longos. Em alguns grupos de
pigmentos não envolvidos na insetos determina fertilidade, longevidade,
transformação de energia, como p. ex.: dispersão e reprodução (vaga-lume).
- o fitocromo está relacionado com a
permeabilidade da membrana e com a
ativação ou regressão dos genes –
chave que influenciam a síntese de
proteínas relacionadas com a floração.
- as flavinas e carotenóides se
relacionam com o fototropismo pelo
azul.

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sol

topo da atmosfera

2 cal / cm2 / minuto 6% bate no topo da atmosfera e se perde para espaço

17% são absorvidos pela atmosfera e permanecem na forma de calor latente


23% passa da atmosfera para o espaço
16% provenientes da atmosfera e 31% que vem do sol
representam
energia convertida em calor (*)

1,34 cal cm2 / min. 7% é refletido pelo chão

verão, dia claro, sem nuvem e ao meio dia lago

36% são perdidos para o espaço ( 6 + 7 + 23 )

(*) alguns autores sugerem que 22% seja absorção da radiação solar direta e 25% absorção do
clima difuso e radiação das nuvens.

PEIXES ABISSAIS
No fundo do oceano, a 4000 metros, onde a luz do sol não desce e a temperatura
média é de 2 graus, vivem estranhas espécies de peixes escuros e de aspecto horroroso aos
olhos humanos, que fascinam porém os cientistas por sua adaptação a vida sob pressões
praticamente insuportáveis, pouco alimento e reprodução difícil.
São os peixes abissais, formas de vida extremamente peculiares. Alguns têm boca e
estômago capazes de engolir e digerir presas com o dobro do seu tamanho. Nas condições do
que seja talvez o mais inóspito dos ambientes, por sinal o maior hábitat do mundo, muitos
desses peixes desenvolveram bioluminescência para atrair as presas: possuem luzes no
próprio corpo, que acendem e apagam como lanternas quando necessário.
Para pescarem usam frequentemente as suas hastes luminosas. Estes órgãos produtores
de luz são na verdade uma espécie de lâmpada: uma glândula de pele que compreende uma
lente, um refletor e duas substâncias químicas, a luciferina (o combustível) e a luciferase (o
catalisador), que aí são lançadas, provocando uma combustão e a libertação de uma viva luz
fria. É a emissão de luz sem produção de calor.
Hoje se sabe que essa classe de vertebrados, a mais antiga que existe, vive em
qualquer lugar onde haja água - dos tenebrosos abismos oceânicos até a superfície do mar
aberto. Não existe limite de profundidade para a vida. Há peixes que nadam a 300 ou 400
metros, mas também mergulham em profundidades de 4000 metros ou mais ainda. Há cerca
de vinte anos, os cientistas que estudavam um hábitat submarino nas ilhas Virgens, no Caribe,
ficaram surpresos ao ver, numa noite escura, o que parecia um grupo de peixes piscando sem
parar no meio de um recife de corais. Descobriu-se que eles pertenciam à família dos
ceratióides, chamados pelos americanos lanterneye fishes (peixes-de-olho-de-lanterna) porque
possuem embaixo do olho uma cavidade que abriga bactérias fosforescentes. Durante o dia,
esses peixes mergulham a grandes profundidades.

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A noite, ausente a luz solar, sobem à superfície para se alimentar de plâncton,
microorganismos que vivem em suspensão na água. Os cientistas observaram desde então que
tais espécies inventaram sistemas próprios de iluminação absolutamente únicos. O
Kryptophanaron, que vive nas águas do Caribe, tem sob os olhos uma cavidade que emite luz
e que fica coberta por um tipo de persiana escura quando não deseja ser visto. Outras
espécies, Anomalops e Photoblepharo, têm uma forma de haste com um farol na ponta, que
projetam para a frente e para trás da cabeça e também escondem embaixo do olho.
O Pachystomias, um peixe predador chamado peixe-dragão, faz jus ao nome. Não
solta fogo, é claro, mas tem uma série de células fosforescentes espalhadas na boca, ao longo
do corpo e debaixo do olho. Muitos desses peixes nunca foram encontrados no Oceano
Atlântico. Os peixes abissais não costumam cair nas redes dos pescadores e as missões
científicas nacionais trabalham mais nas águas rasas da plataforma continental.
Mesmo assim, existe no Museu de Zoologia da USP um exemplar de peixe-dragão
encontrado na costa do Rio Grande do Sul a cerca de 800 metros de profundidade. Possui o
que os ictiólogos chamam barbilhão, um fio que sai por baixo da mandíbula do peixe, com um
farol na ponta. Outra espécie conhecida, a dos Chauliodus, ou peixes víboras, tem uma haste
que é uma extensão dos primeiros raios da nadadeira dorsal e também luzes dentro da boca
para atrair a presa direto ao estômago.
Os dragões-pretos têm a peculiaridade de emitir luz vermelha. Como a maioria dos
peixes não enxergam essa cor, tais membros da espécie Pachistomias microdon usam as suas
lanterninhas vermelhas para se aproximar sem serem percebidos dos animais que lhes servirão
de alimento. Outros peixes se distinguem pelos olhos projetados para a frente, o que lhes
permite aproveitar toda a pouca luz existente. Estima-se que essas criaturas são capazes de
enxergar no lusco-fusco de quinze a vinte vezes melhor do que os humanos. Os olhos
tubulares do Asgyropelecas, assim como do Stentoptyx, do Gigantura e ainda do Stylephora,
sempre voltados para cima, enxergam contra a luz que vem da superfície a silhueta de seus
inimigos e da refeição em potencial. O Asgyropelecus paciftecus emite luz verde e azul na
mesma intensidade da iluminação procedente da superfície; portanto tornam-se invisíveis.
O hábitat desempenha um papel importante na cor dos peixes. Os que vivem mais
perto da superfície apresentam um tom azulado ou esverdeado. Os que vivem no fundo são
em geral escuros no dorso e nos lados. Os camarões das profundezas e os peixes da família
dos Rondeletiidae são vermelhos porque essa cor não aparece nas águas abissais. Mas, além
da cor, também a forma e a estrutura desses peixes são influenciadas pelo meio e pelo tipo de
alimento. Muitos se dirigem à noite à superfície para apanhar plânctons. Filtrando grandes
quantidades de água através da boca e das brânquias, os órgãos da respiração. Outros,
carnívoros, desenvolveram dentes avantajados, boca articulada e enorme estômago para o seu
pequeno tamanho, finos e compridos, não crescem mais de 30 centímetros. Os peixes da
espécie Saccopharynx, parecidos com serpentes, têm a cabeça grande e uma boca que abre e
fecha como uma tampa de lixo para engolir a presa. Há pequenos tubarões com grandes
dentes embaixo da boca e pequenos em cima.
No mundo aquático, a reprodução costuma ser simples: quando chega o momento,
basta que o macho e a fêmea soltem esperma e ovos na água para que, da combinação desses
elementos, resulte a fecundação. Mas os peixes-pescadores de profundidade são relativamente
raros e muito distribuídos por todos os oceanos. Estima-se que, para cada fêmea sexualmente
amadurecida existam de quinze a vinte machos. Portanto, não é de estranhar que vivam menos
e tenham praticamente uma única função em toda a sua existência: encontrar uma fêmea e
fertilizá-la. Estes solteirões afoitos têm olhos especiais para captar a luz das companheiras a
distância. Supõe-se também que, dotados de grandes órgãos olfativos, sejam capazes de seguí-
las pelo feromônio, o cheiro que elas emitem nas correntes marítimas.
Ao encontrar uma fêmea, o macho da espécie Linophryne inica, vinte vezes menor, a
ela se liga pela boca. Seus corpos se fundem, a circulação torna-se comum aos dois e o macho

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fica reduzido à condição de escravo sexual vivendo exclusivamente para produzir e armazenar
esperma a serviço da companheira.
Essa incrível simbiose atrai o interesse dos pesquisadores não apenas por tratar-se de
uma exótica técnica de reprodução, mas porque talvez venha a ter grande utilidade nos
negócios humanos no tratamento da rejeição em transplantes. O sexo no fundo do mar não
cessa de surpreender, em certos casos, a masculinidade ou a feminilidade é apenas uma
questão de idade. Entre os Gonostoma gracile, o indivíduo amadurece sexualmente como
macho com um ano. Mas em dado momento do segundo ano de vida transforma-se em fêmea.
Na família dos Paralepidídeos, os indivíduos são hermafroditas, com ovários e testículos ao
mesmo tempo. Quando não encontram um parceiro, fecundam-se a si mesmos.
Os peixes abissais podem parecer grotescos, bizarros. Alguns são imbatíveis em
matéria de feiúra. Finos, pequenos, gelatinosos, não têm nenhuma armadura de proteção,
como escamas, e freqüentemente se desfazem quando estudados. Comendo pouco, gastam
também pouca energia e nadam apenas ao sabor das correntes.
Tudo indica que seriam seres primitivos, que não evoluíram durante milhares de anos.
A estrutura óssea desses peixes estão no auge da evolução. Como outras espécies, que
passaram a viver em praias rasas, ou em baías lamacentas, rios caudalosos ou lagoas, estas
mudaram-se da superfície dos mares, seu hábitat original, por motivos desconhecidos. Nos
abismos profundos onde foram parar, desenvolveram as estranhas características que os
transformaram em senhores das trevas.
Sabemos que existem padrões distintos de bioluminescência que permitem o
reconhecimento da espécie e do sexo. No caso dos peixes ceratióides (Melanocetus
johnstonii), apenas as fêmeas apresentam a isca bioluminescente, que parece ser usada
também para atrair machos da mesma espécie durante o período reprodutivo. Como na região
batipelágica a luz é praticamente ausente, esta estrutura se torna de grande importância nessas
ocasiões.

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