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18.9.

E desprezavam os outros12 (Kai éÇouOsvoüvTaç xouç À,oi7ioúç), um verbo éÇouOevsco, como


oúôsvéoo, do negativo onôév, “considerar ou tratar como nada”. É encontrado na lxx (Septua- ginta) e
principalmente em Lucas e Paulo, no Novo Testamento.
18.11. O fariseu, estando em pé (ó Oapiaaíoç oxaOsíç), primeiro particípio passivo aoristo de ícttuii.
Ele teve uma atitude ostensiva, onde podia ser visto. Ficar em pé é a posição costumeira para o
judeu, em oração (Mt 6.5; Mc 11.25).
Orava [...] desta maneira13 (xaúxa Trpocnpxexo), imperfeito intermediário/passivo deponente, estava
orando estas coisas.
Consigo'4 (npoq sauxóv). Este foi um solilóquio com a sua própria alma, um recital complacente das
suas próprias virtudes para sua própria autossatisfação, e não comunhão com Deus, embora ele se
dirija a Deus.
Graças te dou (eu^aptaxcí) aoiDeus (ó 0sóç). A forma nominativa do artigo é comum com o uso
vocativo de 0sóç (veja v. 13 e Jo 20.28).
Roubadores15 (áprcaysç), de apnaÇoi, “roubar”. Este é um adjetivo de um único gênero, usado a
respeito de ladrões e salteadores, pessoas que aceitam subornos, como os publicanos (Lc 3.13),
sejam lobos (Mt 7.15) ou homens (1 Co 5.10-11). O fariseu cita os crimes dos quais ele não é
culpado.
Nem ainda (f| kou). Como o clímax da iniqüidade,16 ele aponta para “este publicano”.
Zaqueu admite, pelo menos, a possibilidade de que algumas das suas tratativas tivessem sido
desonestas (Lc 19.8).
18.12. Jejuo duas vezes na semana (vriaxsúct) ôiç xou caPPáxou). Jejuar uma vez por ano era
exigido pela Lei (Lv 16.29; Nm 29.7). Os fariseus acrescentavam outras, duas vezes por semana,
entre a Páscoa e o Pentecostes, e entre a Festa dos Tabernáculos e a festa que comemorava a
consagração do templo.

De tudo quanto possuo (7távxa óca Kxcó|j,ai), presente do indicativo intermediário/passivo deponente,
não perfeito intermediário/passivo KéKiri(j,ai (“eu possuo”). Ele dava o dízimo da sua renda, e não da
sua propriedade.
18.13. De longe11 (|a,aKpó08v saxéç), segundo particípio ativo perfeito de ícm]jii, intransitivo como
oxaGsíç acima. Mas não há ostentação, como com o fariseu no versículo 11. Ele estava a alguma
distância do fariseu, e não do santuário.
Nem ainda queria levantar os olhos ao céu”1* (oúk f|0sÀ£V ODÔé xouç ocp0aA,ja,oúç 87iápai siç xov
oúpavóv19). Duplas negações são aqui usadas com o imperfeito de 0sÀ,a>, “não queria nem mesmo
erguer, se recusava a erguer” (s7tápai, primeiro infinitivo ativo aoristo do verbo composto líquido, éxx-
aípco).
Mas batia no peito {aÚC éxuxxxsv20 xo axr|0oç aúxoü), imperfeito ativo de xíotxco, “continuava
ferindo ou batendo”. Os adoradores normalmente erguiam seus olhos para Deus.
Tem misericórdia de mim21 (Ráa0r|ií fxot), primeiro imperativo passivo aoristo de íXáaKopai,
encontrado também na lxx e em várias inscrições.22
Pecador23 (xco áfiapxw^co). O adjetivo articular é uma justaposição ao pronome jioi e assim requer o
artigo, embora não na tradução, “pecador”.24
18.14. Este (oúxoç): Este publicano desprezado é mencionado de modo desdenhoso no versículo 11,
como “este” (ouxoç) publicano.
E não aquele (rcap’ eiceívov25), em comparação com (colocado ao lado) daquele. Trata-se de um
idioma grego apropriado, depois do particípio perfeito passivo Ô8ÔiKaico|iévoç.
Porque (óxi). Esta máxima moral, Cristo já tinha usado em
14.11. Plummer pergunta, de modo pertinente: “Por que se supõe que Jesus não repetisse as suas
mensagens?”26

a) A oração do fariseu orgulhoso – Lc 18.9-12


9 – Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e
desprezavam os outros:
10 – Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano.
11 – O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou
como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano.
12 – Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho.
As palavras introdutórias da parábola “Falou, porém, também a alguns” caracterizam os ouvintes aos quais Jesus
se dirige. Não se trata nem dos fariseus (Lc 17.20s) nem dos discípulos para os quais valia o exposto de Lc 17.22
a 18.8.
distinta, separada, do fariseu. Conseqüentemente ele postou-se de tal forma que chamava a atenção e atraía sobre
si todos os olhares dos presentes (cf. Mt 6.5).
Mais simples é a explicação de que ele falava em relação a si próprio. Pode-se comparar a isso a expressão usual:
“Ele arrazoava consigo mesmo” (Lc 20.5,14; 12.17; 3.15; Mc 11.31; 12.7). Orar silenciosamente “para si
próprio” contrariava o costume de oração daquele tempo. Com base em 1Sm 1.13, os escribas defendiam a
exigência de que se orasse em tom de sussurro. Não era permitido orar em voz alta, porque a reverência a Deus o
proibia. A partir deste ponto entendemos Rm 8.15, onde Paulo usa o termo kragomen devido à alegria pelo
presente da graça da filiação divina, i. é, exclamando em voz alta “Abba, querido Pai”.
11 A oração do fariseu começa com as palavras: “Deus, eu te agradeço!” Ele não perde nenhuma palavra para
agradecer a Deus pelo que este lhe fez ou lhe deu, e pelo que deve a ele, mas, falando imediatamente dos pecados
e vícios das demais pessoas que se encontram muito abaixo dele, faz na verdade uma autoprojeção de sua
religiosidade. O fariseu enaltece suas próprias obras meritórias. Começa a classificar a grande multidão dos
pecadores em grupos especiais. Ele próprio, que ao contrário das outras pessoas não se designa como pecador,
condena com muito desdém todos os demais, chamando-os de injustos, ladrões, adúlteros. A essa glorificação
geral ele acrescenta ainda uma comparação pessoal: “Ou também como esse publicano!” Olha com especial
desprezo para o publicano, a quem considerava injusto e ladrão.
A oração do fariseu mostrou inicialmente quem ele é. Na segunda parte de sua oração ele passa a destacar as
obras excedentes que ele realiza. Excedia o jejum anual prescrito na lei (cf. Lv 16.29ss) com mais dois jejuns
semanais, de acordo com o costume farisaico, no segundo e quinto dia da semana, ou seja, nas terças e sextas-
feiras. A lei prescrevia que se entregasse o dízimo do produto da terra e dos rebanhos para o sustento dos levitas
(Lv 27.30,32; Nm 18.21,24). O fariseu, porém, pagava o dízimo de todas as receitas. Para não correr o risco de
consumir algo de que não pagara o dízimo, ele dava o dízimo de tudo o que comprava, embora muitas vezes os
produtos agrícolas já tivessem sido tributados pelo produtor. Excedendo o preceito da lei, ele dava o dízimo de
todas as hortaliças, como a hortelã, o endro e o cominho (Mt 23.23) e da arruda (Lc 11.42). O fariseu agradece no
começo de sua oração não apenas por “quem ele é”, mas também pelo que ele faz para Deus.
b) A oração do publicano e sua justificação – Lc 18.13s
13 – O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito,
dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador!
14 – Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será
humilhado; mas o que se humilha será exaltado.
Não é sem razão que se descreve a atitude de oração do publicano. Fica parado ao longe, para que o fariseu
pudesse vê-lo e apontar para ele. Ao contrário do fariseu, que se projetou do grupo dos demais devotos, o coletor
de impostos permanece solitário no fundo. Lá um presunçoso destacar-se e projetar-se, aqui um temeroso
encolhimento.
O publicano, que não possuía direitos honoríficos civis e era evitado por todas as pessoas de bem, não ousava
erguer os olhos ao céu. Erguer os olhos ao céu significava na pessoa que orava a postura em que a alma se
elevava para Deus. Em contrapartida o publicano baixa os olhos, porque se sente culpado perante Deus. O
motivo de não orar de olhos levantados é evidenciado também pelo fato de que golpeava o peito. O termo grego
aqui utilizado, typtein, é uma expressão forte e definida para uma contrição dolorosa e arrependida (Lc 23.48).
Nessa contrição ele bate no peito, de olhos e cabeça abaixados. O publicano tampouco consegue formular muitas
palavras. Nem mesmo com asserções e promessas ele conseguiria obter quaisquer direitos. O publicano tem
consciência disso. Pode apenas render-se inteiramente às mãos de Deus. Com profunda dor ele exclama: “Deus,
tem misericórdia de mim, o pecador!” Nessa breve, porém, séria oração a ênfase recai sobre as duas palavras “o
pecador”. É desse modo que também se deve entender seu gemido. Ele não intercede em favor de si no sentido
de que, afinal, é um pecador como são também os demais, mas em favor de si como alguém bem definido e
especialmente sobrecarregado. Visa distinguir-se daqueles que não são pecadores na mesma proporção como ele.
Nesse sentido o artigo antes de “pecador”, ou seja “o” pecador”, e a brevidade da oração correspondem à posição
peculiar do orador que, acabrunhado, deseja isolar-se de todos os devotos e, cabisbaixo, golpeia o peito com
profunda dor. Segundo as
palavras do fariseu todos os humanos eram pecadores, somente ele era justo. Segundo a confissão do publicano,
porém, todos eram justos, e somente ele era o pecador. Ao expressar gratidão pela avaliação positiva que faz de
si mesmo, a oração do fariseu foi somente um enaltecimento de si mesmo. A breve e significativa confissão do
publicano, no entanto, era uma prece que subia das profundezas de um coração dilacerado pela dor. Ele, o
pecador, implorava a condescendência do favor divino, ao qual não tinha direito, pelo qual no entanto rogava
como livre dádiva da misericórdia divina.
Assim se encerra a narrativa no que diz respeito aos processos exteriormente constatáveis. Na realidade não seria
necessário mencionar a descida e o retorno para casa depois de proferida a oração. Porém, o fator decisivo desse
relato de voltar para casa não é o ato terreno, mas divino, que permanece oculto às evidências. Jesus assevera
inicialmente: “Digo-vos que este desceu para casa justificado!” O que o Senhor afirma significa inequivocamente
nesse contexto: Ele, o pecador, foi para casa na certeza de que Deus havia atendido sua oração por clemência.
A justiça concedida ao publicano é comparada com a justiça do fariseu. Na locução par„ ekeinon trata-se da
reprodução de um min comparativo aramaico. Conseqüentemente o significado é: “mais justificado que aquele
outro”. A justiça que o publicano alcançou por meio da graça que perdoa pecados era uma justiça melhor que a
justiça farisaica, que se gloriava da realização pessoal (Cf. o comentário a Mt 5.20 no Comentário Esperança,
Mateus, p. 84s).
Nas demais passagens do evangelho de Lucas (Lc 7.29,35; 10.2,9; 16.15) em que ocorre o termo dikaioun, ele
significa “declarar justo”, e não “tornar justo”. Aqui a declaração da justificação constitui a resposta de Deus à
oração do publicano, em contraposição à confiança farisaica na justiça própria. Quando muitas vezes se destaca
que Lucas teria planejado preparar, pela atividade de pregação de Jesus, a base histórica para a doutrina da
justificação em Paulo, essa parábola condiz de forma muito especial com esse objetivo. Esse aspecto destacado
na parábola evidencia uma concordância harmônica com a doutrina da justificação, já proclamada no AT (Is
50.8; 53.11; Sl 143.2; Gn 15.6; Hc 2.4).
Usando um ditado da sabedoria popular, Jesus fundamenta no final da parábola a inversão escatológica da
situação. A respectiva superioridade e subordinação que os dois oradores atribuíam a si mesmos perante Deus
são invertidos por Deus. A sabedoria popular, diversas vezes repetida por Jesus (Mt 23.12; Lc 14.11), de que
todo aquele que a si mesmo exalta será rebaixado, mas quem a si próprio se rebaixa será exaltado, representa
uma lei típica do reino de Deus.
Algumas idéias práticas acerca da parábola do fariseu e do publicano: Não será o coração de cada ser humano
por natureza um fariseu? Vê severamente os pecados de outras pessoas, porém olvida os próprios. O fariseu
deixou o templo da mesma maneira como havia entrado nele. Nada havia sido mudado dentro dele. É assim
que muitos permanecem, apesar de todas as orações, apesar de toda a leitura da palavra de Deus, sempre as
velhas pessoas não-quebrantadas, das quais Deus não se agrada. “Ele salva os homens de olhos baixos” (Jó
22.29 – TEB). Quem se curva ao pó será amorosamente atraído por Deus ao coração do Pai (Sl 51.19). “Das
ruínas Deus constrói templos.” “Deus somente consegue trabalhar com pessoas falidas” (von Rothkirch).

Provavelmente não se tratava nem dos fariseus e nem dos discípulos

São caracterizados como:

1) Pessoas que estavam cheias de autoconfiança

2) que estavam muito convictas de sua própria justiça

3) que olhavam todos os demais com desprezo, de cima para baixo


Uma oração nas horas costumeiras; ás 9 h da manhã e às 3 h da tarde), contudo, fora dos horários regulares
sempre havia pessoas orando no templo.

A primeira parte da oração do farizeu mostra quem ele é. Na segunda, o que ele realiza (as obras excedentes).

Excedia o jejum anula prescrito na Lei (Lv 16:29) com mais dois jejus semanais, de acordo com o costume
farisaico e no segundo e quinto dia da semana (terça e sexta). A lei prescrevia que se entregasse o dizimo do
produto da terra e dos rebanhos para o sustento dos levitas. O fariseu porém pagava o dizimo de todas as
receitas e para não correr o risco de consumir algo que não pagara o o dizmo, ele dava o dizimo de tudo o que
compraza. Excedendo o preceito da lei, ele dava o dzimo de todas as hortaliças, como hortelã, o endro e
cominho e da arruda. O fariseu agrade no começa de sua oração não apenas por “quem ele é”, mas também
pelo ele faz para Deus.

O publicano, que não possuía direitos honoríficos civis e era evitado por todas as pessoas de bem, não ousava
erguer os olhos ao céu. Erguer os olhos ao céu significava na pessoa que orava a postura em que a alma se
elevava para Deus. Em contrapartida o publicano baixa os olhos, porque se sente culpado perante Deus. O
motivo de não orar de olhos levantados é evidenciado também pelo fato de que golpeava o peito. O termo
grego aqui utilizado, typtein, é uma expressão forte e definida para uma contrição dolorosa e arrependida (Lc
23.48). Nessa contrição ele bate no peito, de olhos e cabeça abaixados. O publicano tampouco consegue
formular muitas palavras. Nem mesmo com asserções e promessas ele conseguiria obter quaisquer direitos. O
publicano tem consciência disso. Pode apenas render-se inteiramente às mãos de Deus. Com profunda dor ele
exclama: “Deus, tem misericórdia de mim, o pecador!” Nessa breve, porém, séria oração a ênfase recai sobre as
duas palavras “o pecador”. É desse modo que também se deve entender seu gemido. Ele não intercede em
favor de si no sentido de que, afinal, é um pecador como são também os demais, mas em favor de si como
alguém bem definido e especialmente sobrecarregado. Visa distinguir-se daqueles que não são pecadores na
mesma proporção como ele. Nesse sentido o artigo antes de “pecador”, ou seja “o” pecador”, e a brevidade da
oração correspondem à posição peculiar do orador que, acabrunhado, deseja isolar-se de todos os devotos e,
cabisbaixo, golpeia o peito com profunda dor.

Algumas idéias práticas acerca da parábola do fariseu e do publicano: Não será o coração de cada ser humano
por natureza um fariseu? Vê severamente os pecados de outras pessoas, porém olvida os próprios. O fariseu
deixou o templo da mesma maneira como havia entrado nele. Nada havia sido mudado dentro dele. É assim
que muitos permanecem, apesar de todas as orações, apesar de toda a leitura da palavra de Deus, sempre as
velhas pessoas não-quebrantadas, das quais Deus não se agrada. “Ele salva os homens de olhos baixos” (Jó
22.29 – TEB). Quem se curva ao pó será amorosamente atraído por Deus ao coração do Pai (Sl 51.19). “Das
ruínas Deus constrói templos.” “Deus somente consegue trabalhar com pessoas falidas” (von Rothkirch).

"Deus, sê
propício a mim – o pecador", como se não fosse meramente pecador, e
sim o pecador por excelência. Jesus disse: "E foi sua oração penitente,

depreciativa, a que ganhou a aceitação de Deus."


E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e
desprezavam os outros:
Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro, publicano.
O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou
como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano.
Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo.
O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas
batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!
Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si
mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.

Lucas 18:9-14

Os ouvintes aos quais a parábola é dirigida são caracterizados


de três formas:
1) como pessoas que estavam cheias de autoconfiança,
2) que estavam muito convictas de sua própria justiça, e
3) que olhavam todos os demais com desprezo, de cima para
baixo.

Os judeus de Jerusalém costumavam fazer sua oração nas


horas costumeiras (às 9 h da manhã e às 3 h da tarde). Contudo,
fora dos horários regulares de oração (Lc 1.10; At 3.1) também
sempre havia pessoas orando no templo (Lc 2.37; At 22.17). Um
fariseu e um coletor de impostos subiram ao templo para esse
fim à mesma hora. No aspecto religioso e moral reinava no
judaísmo daquele tempo a maior distância concebível entre
essas duas classes do povo. O fariseu era tido como homem de
cumprimento exemplar rigoroso e inatacável da lei. Já o outro, o
publicano, era considerado pela opinião geral como uma pessoa
que vivia em flagrantes pecados e vícios, e era equiparado aos
gentios.
Inicialmente a narrativa se detém no fariseu, a fim de dizer como
ele formulava sua oração. O versículo (Lc 18.11) é traduzido e
entendido de diversas maneiras. De acordo com uma das
interpretações o fariseu postou-se em local isolado e orou.
Segundo outro manuscrito lemos: “Colocou-se de pé e orou para
si próprio como segue”. A primeira explicação enfatiza uma
posição

Versiculo 1: O fariseu é mencionado em primeiro lugar. Ambos


sobem, mas quando chega a hora de descer, o publicano vem
em primeiro lugar.
O fariseu:
1) O Fariseu e seus hábitos religiosos
2) Era membro de um grupo de muita influência
3) Fazia mais do que a Lei Pedia
4) Orou para sim mesmo
5) O Publicano e sua indgnidade
6) Os ouvintes:

Orar silenciosamente “para si próprio” contrariava o costume de oração daquele tempo. Com base em 1Sm 1.13,
os escribas defendiam a exigência de que se orasse em tom de sussurro. Não era permitido orar em voz alta,
porque a reverência a Deus o proibia. A partir deste ponto entendemos Rm 8.15, onde Paulo usa o termo
kragomen devido à alegria pelo presente da graça da filiação divina, i. é, exclamando em voz alta “Abba, querido
Pai”.
11 A oração do fariseu começa com as palavras: “Deus, eu te agradeço!” Ele não perde nenhuma palavra para
agradecer a Deus pelo que este lhe fez ou lhe deu, e pelo que deve a ele, mas, falando imediatamente dos pecados
e vícios das demais pessoas que se encontram muito abaixo dele, faz na verdade uma autoprojeção de sua
religiosidade. O fariseu enaltece suas próprias obras meritórias. Começa a classificar a grande multidão dos
pecadores em grupos especiais. Ele próprio, que ao contrário das outras pessoas não se designa como pecador,
condena com muito desdém todos os demais, chamando-os de injustos, ladrões, adúlteros. A essa glorificação
geral ele acrescenta ainda uma comparação pessoal: “Ou também como esse publicano!” Olha com especial
desprezo para o publicano, a quem considerava injusto e ladrão.

A oração do fariseu mostrou inicialmente quem ele é. Na segunda parte de sua oração ele passa a destacar as
obras excedentes que ele realiza. Excedia o jejum anual prescrito na lei (cf. Lv 16.29ss) com mais dois jejuns
semanais, de acordo com o costume farisaico, no segundo e quinto dia da semana, ou seja, nas terças e sextas-
feiras. A lei prescrevia que se entregasse o dízimo do produto da terra e dos rebanhos para o sustento dos levitas
(Lv 27.30,32; Nm 18.21,24). O fariseu, porém, pagava o dízimo de todas as receitas. Para não correr o risco de
consumir algo de que não pagara o dízimo, ele dava o dízimo de tudo o que comprava, embora muitas vezes os
produtos agrícolas já tivessem sido tributados pelo produtor. Excedendo o preceito da lei, ele dava o dízimo de
todas as hortaliças, como a hortelã, o endro e o cominho (Mt 23.23) e da arruda (Lc 11.42). O fariseu agradece no
começo de sua oração não apenas por “quem ele é”, mas também pelo que ele faz para Deus.
O fariseu rasgou a mascara da sua própria espiritualidade.
O Publicano:
Não é sem razão que se descreve a atitude de oração do publicano. Fica parado ao longe, para que o fariseu
pudesse vê-lo e apontar para ele. Ao contrário do fariseu, que se projetou do grupo dos demais devotos, o coletor
de impostos permanece solitário no fundo. Lá um presunçoso destacar-se e projetar-se, aqui um temeroso
encolhimento.
O publicano, que não possuía direitos honoríficos civis e era evitado por todas as pessoas de bem, não ousava
erguer os olhos ao céu. Erguer os olhos ao céu significava na pessoa que orava a postura em que a alma se
elevava para Deus. Em contrapartida o publicano baixa os olhos, porque se sente culpado perante Deus. O
motivo de não orar de olhos levantados é evidenciado também pelo fato de que golpeava o peito. O termo grego
aqui utilizado, typtein, é uma expressão forte e definida para uma contrição dolorosa e arrependida (Lc 23.48).
Nessa contrição ele bate no peito, de olhos e cabeça abaixados. O publicano tampouco consegue formular muitas
palavras. Nem mesmo com asserções e promessas ele conseguiria obter quaisquer direitos. O publicano tem
consciência disso. Pode apenas render-se inteiramente às mãos de Deus. Com profunda dor ele exclama: “Deus,
tem misericórdia de mim, o pecador!” Nessa breve, porém, séria oração a ênfase recai sobre as duas palavras “o
pecador”. É desse modo que também se deve entender seu gemido. Ele não intercede em favor de si no sentido
de que, afinal, é um pecador como são também os demais, mas em favor de si como alguém bem definido e
especialmente sobrecarregado. Visa distinguir-se daqueles que não são pecadores na mesma proporção como ele.
Nesse sentido o artigo antes de “pecador”, ou seja “o” pecador”, e a brevidade da oração correspondem à posição
peculiar do orador que, acabrunhado, deseja isolar-se de todos os devotos e, cabisbaixo, golpeia o peito com
profunda dor. Segundo as
palavras do fariseu todos os humanos eram pecadores, somente ele era justo. Segundo a confissão do publicano,
porém, todos eram justos, e somente ele era o pecador. Ao expressar gratidão pela avaliação positiva que faz de
si mesmo, a oração do fariseu foi somente um enaltecimento de si mesmo. A breve e significativa confissão do
publicano, no entanto, era uma prece que subia das profundezas de um coração dilacerado pela dor. Ele, o
pecador, implorava a condescendência do favor divino, ao qual não tinha direito, pelo qual no entanto rogava
como livre dádiva da misericórdia divina.
Assim se encerra a narrativa no que diz respeito aos processos exteriormente constatáveis. Na realidade não seria
necessário mencionar a descida e o retorno para casa depois de proferida a oração. Porém, o fator decisivo desse
relato de voltar para casa não é o ato terreno, mas divino, que permanece oculto às evidências. Jesus assevera
inicialmente: “Digo-vos que este desceu para casa justificado!” O que o Senhor afirma significa inequivocamente
nesse contexto: Ele, o pecador, foi para casa na certeza de que Deus havia atendido sua oração por clemência.

O publicano está longe, não afastado. Está longe não porque se considera de alguma forma mais santo que os
outros presentes, mas porque se sente realmente o “pior dos pecadores”. Bate no peito. Um sinal de extrema
angústia, tristeza e dor. Era geralmente praticado pelas mulheres em situações de lamento, quase nunca por
homens. ...é se coração, em seu peito, a fonte de todos os seus maus pensamentos; por isso ele estava batendo
nele como evidência

Mas a sua gratidão para com Deus é pelas suas próprias virtudes e não pelas misericórdias de Deus
para com ele. Um dos rabinos oferece uma oração como esta, de gratidão, por ser um judeu e não um
gentio, um fariseu e não uma pessoa comum, e por ser um homem e não uma mulher.

A atitude de cada um desses personagens manifesta o que


“pensavam acerca de si mesmos, dos outros e de Deus”.
Primeiro: Manifestou o que pensavam acerca de si mesmos:
O Fariseu,tinha um alto conceito acerca de si mesmo e da sua
própria justiça.
O Publicano: Se considerava não um pecador, mas “o pecador”,
um pecador de espécie virulenta, totalmente imerecedor da
misericórida de Deus.
Segundo: Manifestou o que pensavam acerca dos outros:
Para o fariseu, todos os outros eram “pecadores”, inferiores a ele
e ninguém se assemelhava a ele em justiça. Olhava todos de
cima para baixo.
O Publicano: Para o publicano todos eram Santos em
comparação com ele, ninguém se assemelhava a ele em
pecado. Não tinha simplesmente um “baixo conceito” acerca de
si mesmo, tinha um conceito realista acerca de sua indignidade.
Tinha um coração quebrantado e sentia suas misérias.
Terceiro: Manifestaram o que pensavam acerca de Deus:
O Fariseu tinha um conceito mercantilista e legalista acerca de
Deus. Tinha um falso conceito acerca da Misericóridia e da
Justiça de Deus. Acreditava que aquilo que não era e aquilo que
fazia, o justificava.

Nessa parábola, percebemos que o fariseu estava enganado:


Primeiro: A respeito de Deus, pois orava a si mesmo, dizendo a
Deus (e a qualquer um que estivesse ouvindo) como era bom. (O
fariseu usava a oração como forma de obter reconhecimento
público, não como exercício espiritual para glorificar a Deus)
Em segundo lugar: Ele estava enganado a respeito de si
mesmo, pois acreditava ser aceito por Deus em função do que
fazia ou deixava de fazer. Os judeus deveriam jejuar apenas
uma vez por ano, no dia da expiação (Lv 16:29), mas ele jejuava
duas vezes por semana. Dava o dizimo de tudo o que adquiria,
até mesmo das ervas de seu jardim (Mt 23:23)
Em terceiro lugar: O fariseu estava enganado quanto ao
publicano, que também se encontrava no templo orando. O
fariseu acreditava que o publicano era um grande pecador, mas
o publicano voltou justificado por Deus, enquanto ele apenas
voltou .
Podemos extrair, além disso, tudo algumas lições:
Primeiro: Essa parábola nos ensina que “o orgulho nos impede
de orar verdadeiramente”. A porta do céu é tão baixa, disse
alguém, que ninguém pode entrar a não ser ajoelhado. A
verdadeira oração nos faz confessar nossa indignidade, nossa
impotência, nossa culpa e nossa necessidade de Cristo.Tudo o
podemos dizer é: Não outro Cordeiro, e nenhum outro nome,
nenhuma outra esperança no céu, na terra ou no mar, nenhum
outro Esconderijo da culpa e da vergonha a não ser tu Senhor
Jesus.
Segundo: Essa parábola nos ensina que ninguém que
menospreza seus semelhantes consegue orar verdadeiramente.
Na oração, não nos elevamos acima de nossos semelhantes,
pelo contrário – somos lembrados que assim como todos os
outros seres humanos precisamos da misericórdia,da graça e do
perdão de nosso Deus.
Terceiro: A verdadeira oração brota da aproximação de nossas
vidas a de Deus. Sem dúvida tudo o que o fariseu dizia era
verdade. Jejuava; dava meticulosamente, o dízimo; não era
como os outros homens; sem dúvida não era como o coletor de
impostos. Mas a pergunta não é: "Sou tão bom como meus
semelhantes?" A pergunta é: "Sou tão bom como Deus?" Aliás,
podemos melhorar essas questões: Podemos até dizer “Sou
melhor do que meu próximo”. Mas será que podemos dizer: “Sou
melhor que Cristo? O fato é que diante dele toda justiça própria,
é como trapo de imundícia.

Essa parábola levanta uma pergunta:


Porventura, não seria o coração de cada ser humano por
natureza um “fariseu”? É fato que podemos ver severamente os
pecados de outras pessoas, porém não conseguimos enxergar
os nossos.
O fariseu deixou o templo da mesma maneira como havia
entrado. Nada mudou dentro dele. E é assim que muitos
permanecem, apesar de todas as orações, apesar de toda a
leitura de ouvirem a palavra de Deus, cantarem os cânticos e
orarem. Mesmo assim continuam as mesmas velhas pessoas
não quebrantadas; endurecidas.
Em última instância essa parábola nos fala algo sobre o que
ocorre no processo de salvação, ainda que não fale
especificamente sobre isso.
O homem só pode ser salvo ao reconhecer a justiça e a graça de
Deus, somos salvos pela graça de Deus e não pelas nossas
obras ou justiça própria.
A atitude do publicano nos ensina como deve o pecador deve se
achegar a Deus – arrependido e confiando na sua graça em
grande amor. As religiões do mundo ensinam uma salvação
meritória, através da obra, mas não é o que o Cristianismo
verdadeiro prega. Deus não quer sacrifícios, não se deleita em
holocaustos. Os sacrifícios para Deus são o espírito
quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não
desprezarás, ó Deus. E isso nos falar do caráter da salvação,
que é um dom gratuito, um presente.
E o pecador que se curva diante de Deus, será justificado. Pois é
das reinas que Deus constrói templos. Alguém aliás disse que
Deus trabalha com pessoas falidas.

Salmos 51:16,17

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