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Índice de tabelas

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1 INTRODUCAO

1.1 DIREITO FISCAL

É o ramo do direito ligado especialmente a Actividade Financeira do Estado.


Entende-se o Direito Fiscal como o conjunto de normas que disciplinam as relações que se
estabelecem entre o estado e outros entes públicos por um lado e os cidadãos pelo outro por via
do imposto. Também regula as infrações, as normas fiscais e das conseguintes penalidades, ou
seja, trata do Direito Penal Fiscal e do Direito Processoal Fiscal. De igual modo, o Direito Fiscal
regula o exercício da Soberania Financeira e da formulação de leis fiscais, normas que informam
a constituição fiscal e por último o Direito Fiscal disciplina os conflitos internacionais, por
exemplo a dupla tributação.

1.1.1 Alguns conceitos:


Actividade Financeira do Estado: É a procura ou obtenção de meios financeiros indispensáveis
(obter, despender, gerir e criar dinheirosuficiente) para a satisfação das necessidades públicas
(que é a falta de alguma coisa) e também asseguraro correr do emprego desses meios obtidos.
Acção que este desenvolve no sentido de promover a obtenção de meios indispensáveis para a
realização das despesas públicas através das Receitas Públicas.
Receitas Públicas: São os meios financeiros obtidos pelo estado, que são usadas para a
satisfação das necessidades públicas. Estas são geralmente de natureza diversa com
classificações por vezes complexas.

1.2 APLICAÇÃO DA LEI FISCAL NO ESPAÇO

No Direito Fiscal, vigora a regra de territoriedade, isto é, as normas fiscais aplicam-se apenas
dentro do território em que o rendimento é tributável ou seja em que as normas foram aprovadas.
Também para a aplicação da lei fiscal no território nacional exige-se a existência de elementos de
ligação reveladoras da capacidade contributiva. Algumas vezes existe a presença no território
nacional da matéria colectável (rendimento) e outras vezes é necessária a presença física no
território nacional a pessoa do titular desta matéria colectável.

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2 Fontes do Direito Fiscal

A República de Moçambique baseia-se no sistema jurídico de inspiração romano-germânica,


onde a lei é a principal fonte de direito. Por isso, a jurisprudência dos tribunais resultante do
julgamento de casos não tem valor vinculativo tal como acontece nos sistemas Anglo-saxónicos.
As fontes de direito fiscal são os modos de formação e revelação das normas jurídicas que
contenham regime/legislação fiscal. Fonte é ainda o diploma do que o legislador e o aplicador se
serve para criar, alterar ou aplicar as normas fiscais. As fontes podem ser imediatas e mediatas.
a. Fonte imediata – A fonte é imediata quando é obrigatória para toda gente.
b. Fonte mediata – A fonte é mediata quando não obriga, no entanto influencia.

2.1 Quais as Fontes do Direito Fiscal?

A República de Moçambique baseia-se no sistema jurídico de inspiração romano-germânica,


onde a lei é a principal fonte de direito. Por isso, a jurisprudência dos tribunais resultante do
julgamento de casos não tem valor vinculativo tal como acontece nos sistemas Anglo-saxónicos.
Em Moçambique, o legislador estabeleceu nos artigos 1º a 4º do Código Civil disposiçõessobre
Fontes de Direito. Segundo os referidos dispositivos do Código Civil são fontes:

2.1.1 A Lei
Em sentido material, a Lei é toda disposição provinda de uma autoridade competente, e, a
Constituição da República – é indiscutivelmente a primeira das fontes ou modos de revelação
das normas jurídico-fiscais. É uma fonte imediata. A nossa CRM consagra aquilo a que
chamamos de constituição fiscal que consiste no conjunto de princípios jurídico-constitucionais
que se destinam a ser aplicadas ao mais alto nível de quem, como, quando pode tributar bem
como o que tributa e quanto se tributa.
Assim sendo, a lei vai desde a Constituição da República até aos assentos do tribunal supremo,
passando pelas leis ordinárias e os regulamentos. Deste modo, lei em sentido material abrange a

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Lei propriamente dita da Assembleia da República, o Decreto-Lei do Conselho de Ministros, o
Decreto Presidencial e o Decreto do Conselho de Ministros e o Diploma Ministerial. Como se
denota, embora varie o órgão que faz a lei e a forma porque a faz, permanece idêntica a matéria,
isto é, o conteúdo da lei é sempre o mesmo, que é no caso, uma regra jurídica geral e abstracta
emanada do Estado em sentido amplo, abrangendo qualquer pessoa colectiva de direito público.
São normas corporativas as regras ditadas pelos organismos representativos das diferentes
categorias morais, culturais, económicas ou profissionais, no domínio das suas atribuições, bem
como os respectivos estatutos e regulamentos (n.º 2, do artigo 1 do Código Civil).
Em sentido formal, a lei designa aquilo que se chama a actividade legislativa propriamente dita,
ou seja, a actividade exercida por determinado ou determinados órgãos oficialmente qualificados
e segundo forma solene estabelecida na Constituição.

2.1.2 O Costume

O costume é um conjunto de normas de conduta social, criadas espontaneamente pelo povo,


através do uso reiterado, uniforme e que gera a certeza de obrigatoriedade, reconhecidas e
impostas pelo Estado. O costume que deve ser objecto do estudo do direito é o costume jurídico,
como seja, aquele capaz de gerar direitos e obrigações. O costume sem esta essência, é o
costume apenas de convivência social, sem nenhuma repercussão no mundo jurídico. Podemos
definir o costume como normas de direito que surgem por motivos práticos da sociedade,
quando, na ausência da norma legal específica a determinada situação, a necessidade de
disciplina leva o povo a criar regras não escritas que, assimiladas de forma geral e por grande
período de tempo, ganham carácter de efectividade e passam a merecer o respeito daqueles que a
utilizam, o que conduz a serem prestigiadas e observadas pelo Estado. Numa definição simples,
podemos dizer que o costume é uma prática reiterada com convicção de obrigatoriedade.

2.1.2.1 Elementos do costume

Material ou corpus

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Traduz-se na observância generalizada e uniforme, com certa duração, de determinado padrão de
conduta em que está implícita uma norma. Assim, ocostume deve ser geral, uniforme e dotado de
certa estabilidade no tempo.

2.1.2.2 Espécies de costume

O costume pode dividir-se tendo por base a sua extensão. Assim, teríamos:
a) Costume nacional, quando se alarga a todo território do Estado, e,
b) Costume local, quando é restrito acerta região. Ainda tendo por base a sua extensão, haverá
costume que se estende a uma generalidade de relações ou se limita num ramo particular de
actividades. No entanto, a classificação mais importante é aquela que assenta na relação entre o
costume e a lei.

2.2 A Jurisprudência

Etimologicamente, a palavra jurisprudência, de origem latina, significa: júris (direito) +


prudentia (sabedoria).
Pode-se definir jurisprudência como o entendimento dos magistrados, exteriorizados em
sentenças ou acórdãos, no qual manifestam, de forma harmónica, conhecimento acerca do direito
aplicado a um caso concreto, cujos fundamentos das decisões são colocados à disposição da
comunidade jurídica através de publicações, servindo como base a pesquisa em contribuição ao
saber jurídico.

2.2.1 A jurisprudência como fonte de produção da norma


De um modo geral, em face ao princípio fundamental da "tripartição de poderes" em legislativo,
executivo e judicial, os tribunais não tem função normativa, e, assim, jamais haver-se-á de
conceber que as suas decisões se equivalham ao imperativo de uma lei, daí pode se dizer que, em
sua acepção técnica, "jurisprudência não é norma". Entretanto, ocorre que a interpretação dos
tribunais, pela sua natureza científica, pode servir de base ao legislador, tanto para a instituição
do direito ainda não contemplado pela ordem, quanto ao melhoramento desta.

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Em Moçambique, quando falamos de jurisprudência como fonte de direito, quer significar o
conjunto das decisões do Tribunal Supremo, mas nem todas as decisões, apenas as que têm o
nome de Assentos.
Portanto, os Assentos são decisões do Tribunal Supremo que fixam doutrina com força
obrigatória geral, ou seja, passam a ser lei de cumprimento obrigatório para todos os tribunais
subordinados ao Supremo. Assim sendo, os Assentos constituem o único acto normativo que não
provém dos órgãos do Estado (órgãos da função legislativa ou executiva), mas sim dos tribunais.

2.3 A Doutrina

2.3.1 Conceito
A doutrina é representada pela literatura jurídica produzida pelos grandes juristas, que em suas
obras fazem elucidações direccionadas de forma especial ao estudo dos institutos e pressupostas
jurídicos, sempre articulados a dogmática jurídica e, assim, escrevem de forma brilhante, de
cujos tratados, compêndios e obras, se produzem no sentido do enriquecimento do saber, tanto
daqueles que operam odireito (advogados e magistrados), quanto aqueles laboram com o
processo legislativo.

2.3.2 Origens da doutrina


Surge na Roma antiga, quando o Imperador Augusto concedeu a uma classe de intelectuais,que
tinham o jus publice respondendi, a tarefa de responder as questões jurídicas, cujos pareceres se
tomavam vinculativos. Desse modo, na época de maior esplendor do direito romano, a opinião
dos juristas foi a fonte mais importante do direito. Valia sobretudo a opinião de cinco juristas:
Caio, Papiniano, Paulo, Ulpiano e Modestino. Em caso de critérios diferentes, prevalecia a
opinião da maioria, mas se nem todos se haviam pronunciado sobre o caso e havia empate,
prevalecia o parecer de Papiniano, na ausência do qual, podia o juiz seguir a doutrina que lhe
parecia mais justa. Com o movimento da codificação, oficialmente a doutrina veio a perder a sua
obrigatoriedade, sendo substituída por textos, quando entra em cena o legislador.

2.3.3 Espécies de doutrina


Tendo por base a relação entre a doutrina e a lei, a doutrina como fonte do direito, pode ser
secundum legem, praeter legens e contra legem. Teremos doutrina secundum legem, se ela

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decorre da fiel interpretação por parte do jurista, de um texto legal, sem manifestar contradições
ao que expressa o seu conteúdo, de cunho esclarecedor daquilo a que se propõe na norma.
Haverá doutrina praeter legem, quando as obras dos juristas oferecem uma luz ao operador do
direito no sentido de solucionar quando da regra confusa ou omissa. Por fim, a doutrina contra
legem, pelo seu carácter, tem eficácia para o legislador, indicando, tanto reformas a serem
introduzidas ao direito positivo, quanto mudanças na interpretação do direito.

2.3.4 Influência da doutrina na legislação e na jurisprudência


Embora não admitindo ser a doutrina uma fonte imediata do direito como a lei, tal como a ela,
reconhece-se a importância do seu papel no melhoramento do direito. Na realidade, a sua função
é de outra natureza, como se depreende do confronto entre o que é produzido pelas fontes e o que
é revelado pela doutrina. A doutrina exerce a sua influência pelo ensino ministrado nas
faculdades de direito, pois são os juristas que formam os magistrados e advogados, preparando-
os para o exercício dessas profissões pelo reconhecimento dos conceitos e teorias indispensáveis
a compreensão do ordenamento jurídico. No que tange a influência da doutrina na
jurisprudência, é de salientar que é comum os magistrados fundamentarem suas decisões fazendo
colações aos doutrinários do direito, ao dar solução aos problemas que lhe são apresentados.
5. Acordos e Convenções - fonte a partir da sua ractificação pela AR

3 Relações do Direito Fiscal com os outros Direitos


3.1 Relação entre Direito Fiscal e o Direito Constitucional

O Direito Fiscal deve obediência ao Direito Constitucional.


O legislador quando cria uma lei tem de conhecer bem as leis constitucionais.

3.2 Relação entre Direito Fiscal e o Direito Administrativo

Direito Administrativo – Regula toda a actividade pública do Estado.


As acções dos agentes da administração fiscal são regulamentadas em função do Direito
Administrativo.

3.3 Relação entre Direito Fiscal e o Direito Civil

A construção do Direito Fiscal carece das normas do Direito Civil (Direito Português mais velho)

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3.4 Relação entre Direito Fiscal e o Direito Comercial

O Direito Comercial é imprescindível para o Direito Fiscal.


O Direito Fiscal usa vários conceitos do Direito Comercial para a sua aplicação
do direito.

3.5 Relação entre Direito Fiscal e o Direito Penal

Regime Geral das Infracções Tributárias (RGIT)


Ver art. 87 do RGIT – Crimes Tributários

3.6 Relação entre Direito Fiscal e o Direito Processual

Direito Processual – Direito que trata da regulamentação de como vamos até


tribunal. Conjunto de normas que regulamentam os nossos direitos em sede de tribunal.
Exemplo: como devemos reclamar, onde devemos reclamar, a quem devemos
efectuar a reclamação, o que devemos entregar, etc.
Código do Processo e do Procedimento tributário (CPPT) – O Direito Processual
Tributário, muitas vezes remete para o Direito Processual Civil. Ver art. 2º al. d)
Professor: Dr. Sebastião Oliveira 4
Direito Fiscal 2008/2009

3.7 Relação entre Direito Fiscal e o Direito Internacional

O Direito Internacional é composto por Acordos, Tratados, Convenções,


celebradas entre dois Estados. Temos que conhecer estes regulamentos para aplicar
convenientemente a lei Fiscal.

3.8 Relação entre Direito Fiscal e o Direito Comunitário

O Direito comunitário é constituído pelas Directrizes Comunitárias que se


aplicam à norma jurídica portuguesa. Temos que conhecer o Direito comunitário em
matéria fiscal. Directiva Comunitária 90/436/CEE.

3.9 Relação entre Direito Fiscal e os Outros Ramos Especiais

Direitos Especiais:
 Direito do Urbanismo

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 Direito do Ambiente
 Direito Ecológico
 Direito Marítimo

Em Suma:
O Direito Fiscal é um Direito autónomo, mas por si só não funciona, precisa de absorver a
informação dos outros direitos para exercer convenientemente as suas normas.

4 Princípio do Direito Fiscal


O princípio de legalidade diz que a lei tende a regular os chamados elementos essenciais do
imposto ou seja determinar a incidência, fixar a taxa e enunciao, as isenções. E no caso do
imposto seja criado por um outro diploma que não a lei é uma inconstitucionalidade.

A relação jurídica fiscal é o vínculo que nasce entre o particular, obrigado a pagar imposto e o
estado. E os requisitos fundamentais que os sujeitos fiscais devem reunir para o cumprimento das
suas obrigações são:
• Determinar e identificação do sujeito sobre o qual recai a obrigação dos impostos.
• Facilitar a determinação do objecto do imposto;
• Garantir a cobrança do imposto;
• Fiscalizar o cumprimento dos deveres que incidem sobre as obrigações fiscais.

O principio da unidade orçamental, segundo o qual o estado deve ter um único orçamento, por
isso tanto a receita como a despesa pública devem constar de um único orçamento.
Principio da especificação, segundo este principio a receita e a despesa devem ser claramente
especificadas e bem identificadas como forma de permitir o seu conhecimento sua
implementação o seu registo nos classificadores orçamentais.
Principio da publicidade, segundo este principio o OGE após aprovado pela AR deve ser
publicado no BR como forma de valor do instrumento legal e para produzir os efeitos de direitos.
Neste contexto não vale a publicação do OGE em qualquer outro meio de informação publica.
Principio de não consignação, este principio tem sido largamente discutido por vários
doutrinários, em virtude de que o mesmo suscitar algumas polemicas do ponto de vista técnico
legal e de procedimentos. Segundo este principio a receita arrecada pelo o estado não pode ser
consignado a uma despesa especifica por outras palavras, uma receita especifica não pode cobrir
uma despesa especifica( uma receita arrecadada não pode ser distinada previamente ou

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exclusivamente a uma despesa). Esta pretende salvaguadar o principio da unidade orçamental,
pois entende a doutrina que toda a receita arrecadada deve cobrir toda a despesa fixa e sem
qualquer descriminação.
Não aprovação do orçamento
Atentendo que algumas necessidades colectivas são imperiosas nos casos em que as propostas
pelas assembleia continua a vigorar o orçamento do exercicio anterior ( ano enterior) , a fim de
assegurar a continuidade do funcionamento da administração publica ( principio da continuidade
administrativa ) . significa em outras palavras que são respeitados que os limites respectados os
limites bem como o principio de duodécimos ( 12 anos ) em que outras principais constam no art
27 da lei 9/02 .

Por: Momade Aboo Bacar


FONTES DE DIREITO; Maputo; 2008. (https://pt.scribd.com/doc/27319149/Fontes-de-Direito)

https://pt.scribd.com/doc/86184885/Apontamentos-de-Direito-Fiscal

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