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1 INTRODUCAO
No Direito Fiscal, vigora a regra de territoriedade, isto é, as normas fiscais aplicam-se apenas
dentro do território em que o rendimento é tributável ou seja em que as normas foram aprovadas.
Também para a aplicação da lei fiscal no território nacional exige-se a existência de elementos de
ligação reveladoras da capacidade contributiva. Algumas vezes existe a presença no território
nacional da matéria colectável (rendimento) e outras vezes é necessária a presença física no
território nacional a pessoa do titular desta matéria colectável.
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2 Fontes do Direito Fiscal
2.1.1 A Lei
Em sentido material, a Lei é toda disposição provinda de uma autoridade competente, e, a
Constituição da República – é indiscutivelmente a primeira das fontes ou modos de revelação
das normas jurídico-fiscais. É uma fonte imediata. A nossa CRM consagra aquilo a que
chamamos de constituição fiscal que consiste no conjunto de princípios jurídico-constitucionais
que se destinam a ser aplicadas ao mais alto nível de quem, como, quando pode tributar bem
como o que tributa e quanto se tributa.
Assim sendo, a lei vai desde a Constituição da República até aos assentos do tribunal supremo,
passando pelas leis ordinárias e os regulamentos. Deste modo, lei em sentido material abrange a
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Lei propriamente dita da Assembleia da República, o Decreto-Lei do Conselho de Ministros, o
Decreto Presidencial e o Decreto do Conselho de Ministros e o Diploma Ministerial. Como se
denota, embora varie o órgão que faz a lei e a forma porque a faz, permanece idêntica a matéria,
isto é, o conteúdo da lei é sempre o mesmo, que é no caso, uma regra jurídica geral e abstracta
emanada do Estado em sentido amplo, abrangendo qualquer pessoa colectiva de direito público.
São normas corporativas as regras ditadas pelos organismos representativos das diferentes
categorias morais, culturais, económicas ou profissionais, no domínio das suas atribuições, bem
como os respectivos estatutos e regulamentos (n.º 2, do artigo 1 do Código Civil).
Em sentido formal, a lei designa aquilo que se chama a actividade legislativa propriamente dita,
ou seja, a actividade exercida por determinado ou determinados órgãos oficialmente qualificados
e segundo forma solene estabelecida na Constituição.
2.1.2 O Costume
Material ou corpus
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Traduz-se na observância generalizada e uniforme, com certa duração, de determinado padrão de
conduta em que está implícita uma norma. Assim, ocostume deve ser geral, uniforme e dotado de
certa estabilidade no tempo.
O costume pode dividir-se tendo por base a sua extensão. Assim, teríamos:
a) Costume nacional, quando se alarga a todo território do Estado, e,
b) Costume local, quando é restrito acerta região. Ainda tendo por base a sua extensão, haverá
costume que se estende a uma generalidade de relações ou se limita num ramo particular de
actividades. No entanto, a classificação mais importante é aquela que assenta na relação entre o
costume e a lei.
2.2 A Jurisprudência
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Em Moçambique, quando falamos de jurisprudência como fonte de direito, quer significar o
conjunto das decisões do Tribunal Supremo, mas nem todas as decisões, apenas as que têm o
nome de Assentos.
Portanto, os Assentos são decisões do Tribunal Supremo que fixam doutrina com força
obrigatória geral, ou seja, passam a ser lei de cumprimento obrigatório para todos os tribunais
subordinados ao Supremo. Assim sendo, os Assentos constituem o único acto normativo que não
provém dos órgãos do Estado (órgãos da função legislativa ou executiva), mas sim dos tribunais.
2.3 A Doutrina
2.3.1 Conceito
A doutrina é representada pela literatura jurídica produzida pelos grandes juristas, que em suas
obras fazem elucidações direccionadas de forma especial ao estudo dos institutos e pressupostas
jurídicos, sempre articulados a dogmática jurídica e, assim, escrevem de forma brilhante, de
cujos tratados, compêndios e obras, se produzem no sentido do enriquecimento do saber, tanto
daqueles que operam odireito (advogados e magistrados), quanto aqueles laboram com o
processo legislativo.
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decorre da fiel interpretação por parte do jurista, de um texto legal, sem manifestar contradições
ao que expressa o seu conteúdo, de cunho esclarecedor daquilo a que se propõe na norma.
Haverá doutrina praeter legem, quando as obras dos juristas oferecem uma luz ao operador do
direito no sentido de solucionar quando da regra confusa ou omissa. Por fim, a doutrina contra
legem, pelo seu carácter, tem eficácia para o legislador, indicando, tanto reformas a serem
introduzidas ao direito positivo, quanto mudanças na interpretação do direito.
A construção do Direito Fiscal carece das normas do Direito Civil (Direito Português mais velho)
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3.4 Relação entre Direito Fiscal e o Direito Comercial
Direitos Especiais:
Direito do Urbanismo
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Direito do Ambiente
Direito Ecológico
Direito Marítimo
Em Suma:
O Direito Fiscal é um Direito autónomo, mas por si só não funciona, precisa de absorver a
informação dos outros direitos para exercer convenientemente as suas normas.
A relação jurídica fiscal é o vínculo que nasce entre o particular, obrigado a pagar imposto e o
estado. E os requisitos fundamentais que os sujeitos fiscais devem reunir para o cumprimento das
suas obrigações são:
• Determinar e identificação do sujeito sobre o qual recai a obrigação dos impostos.
• Facilitar a determinação do objecto do imposto;
• Garantir a cobrança do imposto;
• Fiscalizar o cumprimento dos deveres que incidem sobre as obrigações fiscais.
O principio da unidade orçamental, segundo o qual o estado deve ter um único orçamento, por
isso tanto a receita como a despesa pública devem constar de um único orçamento.
Principio da especificação, segundo este principio a receita e a despesa devem ser claramente
especificadas e bem identificadas como forma de permitir o seu conhecimento sua
implementação o seu registo nos classificadores orçamentais.
Principio da publicidade, segundo este principio o OGE após aprovado pela AR deve ser
publicado no BR como forma de valor do instrumento legal e para produzir os efeitos de direitos.
Neste contexto não vale a publicação do OGE em qualquer outro meio de informação publica.
Principio de não consignação, este principio tem sido largamente discutido por vários
doutrinários, em virtude de que o mesmo suscitar algumas polemicas do ponto de vista técnico
legal e de procedimentos. Segundo este principio a receita arrecada pelo o estado não pode ser
consignado a uma despesa especifica por outras palavras, uma receita especifica não pode cobrir
uma despesa especifica( uma receita arrecadada não pode ser distinada previamente ou
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exclusivamente a uma despesa). Esta pretende salvaguadar o principio da unidade orçamental,
pois entende a doutrina que toda a receita arrecadada deve cobrir toda a despesa fixa e sem
qualquer descriminação.
Não aprovação do orçamento
Atentendo que algumas necessidades colectivas são imperiosas nos casos em que as propostas
pelas assembleia continua a vigorar o orçamento do exercicio anterior ( ano enterior) , a fim de
assegurar a continuidade do funcionamento da administração publica ( principio da continuidade
administrativa ) . significa em outras palavras que são respeitados que os limites respectados os
limites bem como o principio de duodécimos ( 12 anos ) em que outras principais constam no art
27 da lei 9/02 .
https://pt.scribd.com/doc/86184885/Apontamentos-de-Direito-Fiscal
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