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feliz
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Para ajudá-lo a conhecer o caminho da felicidade, preciso dizer que esse seu lindo sonho
provavelmente está sendo impedido de se realizar por esta ordem social, econômica e moral na
Ou, se não é negado completamente, está sendo severamente limitado. Ou seja, é principalmente por
viver num país capitalista que você não é tão feliz quanto gostaria de ser.
Para saber como alcançar a felicidade – ou melhor, incorporá-la à sua vida cotidiana -, você precisa
descobrir os obstáculos que separam você de uma vida realmente agradável, prazerosa e feliz. É
assim que você pode dar o primeiro passo para buscar driblá-los e pavimentar o caminho rumo a
Assim sendo, vamos te ajudar a saber quais são esses obstáculos impostos, direta ou indiretamente,
pelo capitalismo. Trazemos quinze meios – que, pelo visto, são parte de um conjunto ainda maior –
pelos quais esse sistema socioeconômico e moral está lhe inibindo ou negando o sagrado direito de
ser feliz.
1. O capitalismo impõe a você que trabalhe no que não gosta, muitas vezes sob
condições insalubres, a não ser que tenha privilégios que lhe permitam
trabalhar naquilo de que realmente gosta
O mesmo estudo nos revela que aqueles que possuem empregos na base da pirâmide
socioeconômica capitalista, como vendedores, operários, motoristas/maquinistas e encarregados de
serviços, tendem a ser menos engajados e mais desgostosos com seus trabalhos, havendo nessas
No mundo inteiro, o resultado é ainda pior. , revelou que apenas 13% dos
trabalhadores, num universo de 142 países, se engajam com gosto em seus empregos, enquanto os
87% desgostam ou odeiam o que fazem em troca de um salário.
Não é à toa que tanta gente deteste seus empregos, afinal, incontáveis deles
A pessoa precisa ser bastante privilegiada para passar a maior parte de sua vida trabalhando no
que gosta. Necessita de privilégios que consistem em ter:
Gosto profundo por um trabalho lucrativo ou bem remunerado que a sociedade prestigie;
Saúde física e psicológica em bom estado;
Pelo que se vê nas pesquisas do Gallup, essa combinação infelizmente é hoje um privilégio de
ou trabalhos informais nos quais estão por estrita obrigação e necessidade e a contragosto.
Acordar, café-da-manhã, ida no transporte precário (ônibus, trem, metrô, VLT) e/ou engarrafado
(carros e ônibus), trabalho cansativo e desagradável, almoço, mais trabalho cansativo e
desagradável, volta no mesmo transporte precário e/ou engarrafado, jantar, descanso com imersão
No transporte de ida e volta, uma cidade feia, poluída e barulhenta, um trânsito sufocantemente
congestionado, ônibus e trens lotados, risco de ser assaltado dentro ou fora do veículo…
Tudo isso em troca de um salário muito baixo, ou insuficiente para realizar muitos dos sonhos de
lazer, turismo e consumo do trabalhador.
Isso sem falar nas contas, dívidas, avisos de corte ou despejo, aumentos irrazoáveis de preços ano
após ano, entre outras maneiras de coerção econômica contra quem teve seus direitos convertidos
Esse é o dia-a-dia de muitas pessoas, que tanto sonham com a felicidade mas, no momento, estão
impedidas de almejá-la.
Muitas delas adorariam trabalhar em casa ou perto dela, longe de toda essa confusão urbana, com
aquilo que gostam. Mas não têm os privilégios necessários para realizar esse desejo.
O resultado é tanta gente vivendo infeliz, ou contente de menos, e querendo ter uma vida diferente
da que tem hoje.
Esses três meios aparecem, para muitos, como formas de se distrair e “ser feliz por uns momentos”.
Em muitos casos, como refúgios para quem está cansado de um dia-a-dia que “parece cada vez
pior”.
Só que os mesmos três, ao invés de trazer alegria, tendem a tornar as pessoas ainda mais infelizes.
É o que mostram notícias como essas, baseadas em pesquisas:
Mais um estudo indica que redes sociais fazem mais mal do que bem
Vício em seriados de TV pode causar depressão e solidão
O consumismo da elite é desespero” (Flávio Gikovate)
Ou seja, aqueles que podem ser considerados os meios mais capitalistas de distração em casa e no
shopping, para quem tem pouco tempo livre em seus dias úteis, são justamente aqueles que mais
impedem a felicidade das pessoas.
Vários autores, como David Niven (no livro 100 segredos das pessoas felizes) e ,
deixam claro que a felicidade se faz aqui e agora, em momentos como meditação, lazer,
Mas o tempo apertado que muita gente tem – e que o governo de Michel Temer e os empresários
querem diminuir ainda mais por meio da contrarreforma trabalhista – não permite que esses
pequenos prazeres da vida sejam desfrutados todos os dias e em tempo suficiente.
Muita gente acaba tendo só os fins de semana, ou o único dia de folga da semana, ou menos de duas
horas por noite, para dar aquela leitura gostosa, ir ao restaurante, curtir a vida na praia ou no
parque, ou pedir a Deus (ou aos Deuses, ou ao Universo) uma vida melhor.
Afinal, as horas de comer, transportar-se e trabalhar acabam ocupando a maior parte do dia, sendo
esse um dos motivos pelos quais a vida na cidade tem sido cada vez mais insalubre.
Essa falta de tempo de muitos para ser feliz, um pouco que seja, é um dos meios pelos quais o
capitalismo impede ou diminui a capacidade dos seres humanos de serem felizes.
5. Impondo que você pague caro para ter acesso a serviços básicos e mesmo a
direitos
O usufruto de alimentos, água, energia elétrica, transporte, lazer, leitura, internet e música depende
que a pessoa esteja trabalhando, ou sendo sustentada pelos pais ou responsáveis. Caso contrário,
não poderá pagar por nada disso, já que o acesso a esses que deveriam ser direitos são
condicionados a ter dinheiro para desembolsar em tarifas e contas.
A maioria da população, para poder acessar pelo menos alguns desses serviços, acaba tendo que se
submeter a trabalhos insalubres, mal-pagos e exaustivos que, muitas vezes, lhes roubam a
felicidade.
Ou seja, se a pessoa tem um trabalho ruim e mal remunerado, pouco dinheiro e pouco tempo de
sobra, tenderá a ser infeliz ou, no máximo, ser bem menos feliz com a vida do que poderia ser se
estivesse numa situação socioeconômica melhor.
Foi mencionado anteriormente que intelectuais como os já citados David Niven e Clóvis de Barros
Filho ressaltam que a felicidade é algo a ser alcançado já, por meio das pequenas coisas, de se
deleitar com os prazeres do momento – mesmo, no caso de quem trabalha, sentir como é gostoso
fazer aquilo que está fazendo em seu ofício.
O detalhe é que eles precisam lembrar disso em seus discursos e livros porque muitas pessoas,
talvez a maioria, estão condicionadas a acreditar que a felicidade é uma linha de chegada que só se
alcança depois de muitos anos estudando na escola e na universidade, trabalhando duro, sendo
promovido diversas vezes e/ou recebendo prêmios. Ou é algo que só se consegue depois de
conseguir ficar rico e ser famoso.
É o que a moral capitalista tem feito parecer por meio da mídia. Na televisão e na internet, vemos a
ilusão de que só pessoas ricas, famosas e bem-sucedidas, como CEOs de grandes corporações,
cantores superstars, modelos milionárias(os) e atores e atrizes repletos de prêmios e fãs, têm a
Muito pouco é revelado sobre quem consegue ser feliz sendo, por exemplo, gari, pedreiro,
vendedor de loja ou cozinheiro. Afinal, a imprensa tem o costume de tornar notícia a vida dos
famosos rodeados por riqueza, luxo e fama, não a dos cidadãos comuns de vida simples.
Acaba sendo um meio de induzir as pessoas ao trabalho duro e ao consumismo. Afinal, se elas
aprenderem a ser felizes aqui e agora sem serem opulentamente ricas, tenderão a comprar menos
e até mesmo poderão dar menos sangue pela empresa em que trabalham. E isso é ruim para os
capitalistas, por ser uma ameaça de lhes diminuir o lucro.
Ao mesmo tempo em que ensina que a felicidade está na riqueza, no luxo e na fama, a moral
capitalista tem condicionado os momentos de grande alegria aos grande marcos da vida das
pessoas.
É frequente os indivíduos crerem que ser feliz é concluir o curso universitário e ser uma das
estrelas da formatura, passar naquele concurso público tão concorrido e que paga cinco dígitos de
reais, ser promovido à diretoria da filial local daquela grande corporação, comprar aquela casa tão
linda e espaçosa, adquirir o carro zero quilômetro que a publicidade tanto tem divulgado…
Quando se pensa muito nos grandes momentos da vida, acaba-se deixando de lado mais de 99% dos
seus dias de vida. Deixa-se de curtir, ou curte-se bem menos, o prazer de tomar o cafezinho ou
chazinho da tarde, ler aquele livro de ficção fantástica depois do jantar, assistir aquele seriado (sem
fazer maratonas televisivas excessivas), passear no parque, tomar banho de mar na praia, namorar
com seu/sua companheiro(a)…
8. “Ensinando” que o prazer e a felicidade são algo que deve ser comprado,
muitas vezes a preços altos, para se poder sentir, e não um direito intrínseco
aos seres humanos
O consumismo consiste, em parte, na compra de muitos bens materiais para se saciar aquela
vontade voraz de comprar para aliviar a tensão do dia-a-dia, ou andar na linha da moda, ou sentir-
se bem por estar acumulando bens materiais e, assim, aparentando estar rumando à riqueza.
Alternativamente, muitas pessoas, mesmo se não são consumistas, creem que a felicidade está
naquela viagem à Europa, ou à praia badalada no Nordeste. Ou está no próximo Carnaval lá no Rio
de Janeiro, Salvador ou Recife, por meio de pacotes turísticos que custam quatro dígitos de reais.
É por esses e outros meios que a moral capitalista nos repete cotidianamente que a felicidade vem
por meio de produtos e serviços que custam caro, não por meio daqueles e-books divertidos que
se pode baixar de graça na internet, daquele joguinho em Flash também gratuito, daquele almoço
vegetariano delicioso, daquele momento de amor com o(a) namorado(a) ou esposo(a), daquela
conversa gostosa com os amigos…
E isso acaba afastando as pessoas daquilo que realmente pode fazê-las mais feliz: as pequenas
coisas do dia-a-dia, que muitas vezes são de graça. Esse afastamento é uma mão na roda para quem
busca o lucro por meio de realimentar nas pessoas a crença de que elas precisam pagar caro para
serem felizes.
Tudo isso converge para a crença de que, para ser feliz, é preciso:
Comprar o máximo possível daquilo que a propaganda diz (explícita ou sutilmente) que fará você
“mais feliz”;
A competição como valor moral capitalista e fator de desenvolvimento econômico tem sido algo
decisivo em tornar as pessoas infelizes, em especial aquelas que são tachadas de “perdedoras” e as
que são demasiadamente vidradas no competicionismo econômico e empreendedor.
Um artigo que ilustra isso de maneira muito apurada é o artigo de Gabriel Leite Mota
. Segundo ele:
Depressão;
Ansiedade;
Síndrome do Pânico;
Burnout;
Uma das maiores causas de toda essa infelicidade entre os seres humanos no mundo capitalista é a
degradação ambiental, dentro e fora das cidades.
Têm sido muitas as formas de depredação do meio ambiente, mesmo aquelas que destoam do senso
comum de ligar meio ambiente a florestas e áreas verdes, a degradar a qualidade de vida dos
moradores das cidades:
Acúmulo de lixo nas ruas, canais, rios e galerias pluviais, mesmo com todo o trabalho dos garis;
Derrubada indiscriminada de árvores, sem reposição, muitas vezes por parte da própria
prefeitura;
Desmatamento urbano nas áreas de preservação permanente, nos parques e nas áreas de
vegetação virgem ou reflorestada;
entre outras.
Para ser feliz, é necessário, antes de tudo, satisfazer necessidade básicas, como moradia,
alimentação, lazer, energia elétrica, saneamento básico, saúde, segurança, educação e transporte. Só
que esses direitos têm sido sistematicamente negados, ou “assegurados” na extrema má vontade e
de maneira muito precária, à maioria da população, em situação de pobreza ou miséria.
Aumento abusivo dos poderes das grandes empresas privadas sobre a sociedade civil e o próprio
Estado;
Como resultado, as desigualdades sociais têm aumentado absurdamente, ao ponto em que oito
homens possuem mais dinheiro do que 3,6 bilhões de pessoas juntas e a miséria no Brasil voltou a
aumentar depois do enfraquecimento das antigas políticas lulistas de empoderamento econômico
dos mais pobres e fomento ao emprego.
Assim fica muito difícil essa imensa parcela da população ter chances de ser feliz, se nem as
condições básicas de sobrevivência têm conseguido satisfazer plenamente.
O livro de David Niven 100 segredos das pessoas felizes conta, em dado momento, a triste história de
como a chegada da televisão degradou a cultura do povo Gwich’in, que habita o Alasca e o nordeste
do Canadá.
É possível perceber, entre outros prejuízos àquelas pessoas, como o meio ancestral delas de serem
felizes acabou sendo perdido com a chegada da TV e de todo o materialismo e consumismo que ela
lhes induziu.
Outra amostra de como o Ocidente capitalista tem destruído as culturas indígenas e suas maneiras
próprias de nutrir a felicidade é o texto do advogado terena Wilson Matos da Silva Extermínio
cultural dos povos indígenas.
Isso sem falar dos genocídios propriamente ditos, como tem ocorrido com os Guarani-Kaiowá no
Mato Grosso do Sul. Lá os nativos estão sob risco constante de serem assassinados pelos pistoleiros a
serviço dos latifundiários locais. Ou seja, vivem impedidos, sob um intenso medo, de buscarem a
felicidade, tanto pelos meios de sua cultura como por aquele que o capitalismo aponta como “único
meio verdadeiro” de ser feliz.
É aderindo a políticas neoliberais que governos como o brasileiro de Michel Temer tem:
Por meio de tantas políticas negativas, enchido os noticiários e o espírito de época de uma
negatividade e desesperança que não se via com tanta intensidade há muitos anos.
Em outras palavras, os governos neoliberais têm sido decisivos em impedir a maioria dos cidadãos
ao redor do mundo de serem felizes um pouco que seja. Afinal, muitos deles estão sendo privados
do atendimento a necessidades básicas e cada vez mais sufocados, com o aval do governo, em seus
empregos.
O psiquiatra Flávio Gikovate, em entrevista à revista Época em 2014, revelou como o consumismo
dos ricos é uma maneira de muito deles tentarem aliviar uma vida morna na qual o acúmulo de
riqueza não os tornou mais felizes.
Além disso, segundo revela o noticiário português Expresso, uma pesquisa de 2015, de autoria de
Kostadin Kushlev, atestou que “as pessoas mais ricas não desfrutam dos simples prazeres da vida,
Outro indício que relaciona uma posição socioeconômica alta e a carência de felicidade é uma
matéria da revista Trip de 2009, que revelou que, à época, 84% dos executivos brasileiros se
sentiam infelizes – mesmo numa época em que a economia do país ia bem e resistia à crise
internacional.
E para fechar essa comprovação de que riqueza não traz mais felicidade e, às vezes, pode até limitá-
la, eis uma palavra do recentemente falecido sociólogo Zygmunt Bauman, em entrevista dada em
2014:
É muito difícil encontrar uma pessoa feliz entre os ricos. […] O rico – cuja tendência obsessiva é
enriquecer mais – costuma meter-se numa espiral de infelicidade enorme. A grande perversão do
sistema dos ricos é que acabam sendo escravos. Nada os sacia, entram em colapso, uma catástrofe!
Considerações finais
São muitos os indícios, alguns dos quais você provavelmente sente na pele, de que a cultura moral
capitalista definitivamente não é uma cultura de felicidade, ao contrário do que as revistas de
celebridades, as propagandas publicitárias e os think-tanks pró-mercado vivem nos repetindo.
As tantas demandas psicológicas, físicas e sociais que esse sistema tão frenético, que nos exige
cargas horárias sufocantes, nos comprime em trens e ônibus lotados e engarrafamentos, nos provê
cidades degradadas cada vez menos respiráveis, nos exige submissão ao mercado, nos enche de
débitos e nos obriga a pagar e comprar cada vez mais, estão nos deixando mais e mais infelizes.
Aliás, as notícias ruins de 2016, muitas delas favoráveis ao capitalismo desregulado e ao império do
mercado, foram a apoteose desse esmagamento psicológico que nos tem roubado os sonhos e
possibilidades de sermos felizes, ou ao menos de podermos respirar um ar limpo que seja.
Então, se você quer a felicidade como um direito, ou pelo menos como algo que esteja a um fácil e
não custoso alcance, lhe será necessário ajudar a derrubar esses obstáculos à sua e nossa alegria de
viver. E isso começa, por mais que você atualmente ache que o capitalismo é “bom”, por questionar
aquilo nessa ordem econômica, social e moral que nos força a uma vida emocionalmente
precarizada.
Ou seja, uma das melhores maneiras de viabilizar a esperança da plena felicidade para você e a
maioria da população é contribuir para desmontar o capitalismo e suas negações e imposições
injustas.
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1 COMENTÁRIO voyager1.net
1 Iniciar sessão
"O usufruto de alimentos, água, energia elétrica, transporte, lazer, leitura, internet e música depende que a pessoa esteja
trabalhando, ou sendo sustentada pelos pais ou responsáveis. Caso contrário, não poderá pagar por nada disso" <<<< eu sempre
achei que essas cosias deveriam ser básicas, tipo, é sério que a gente tem que sair da cama de manhã, pra trabalhar em um
servicinho bosta, aguentar patrão escroto (todo patrão é, não existe essa de patrão bom, nem se vc trabalhar pra parente, talvez ai
seja até pior) tudo isso só pra ter: água, luz e internet.... se vc tá desempregado, vc fica SEM tudo isso! que porra é essa? lhe é
negado VIVER se vc não tiver emprego... isso em um país onde o desemprego só cresce! não parece uma filhadaputice
incomensurável isso? "ou trabalha, ou tem pais/parentes pra não te deixarem ficar na mão, ou vc vira mendigo!"
3△ ▽ Responder
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Charon — Eu redigi esse texto evitando os spoilers, apenais comentei
Imagem inicio pois é um rastilho de …
bem superficialmente …