Sunteți pe pagina 1din 30

Olá!

Este curso foi elaborado com objetivo de informar você sobre os


benefícios e serviços previdenciários que podem contribuir com
a proteção do trabalhador e da sua família.

Ao longo da jornada, veremos alguns dos benefícios não


programados, solicitados diante de imprevistos, que acarretam
na incapacidade para o trabalho ou redução da capacidade
laboral, quais são:

1. Auxílio-doença;

2. Auxílio-acidente;

3. Auxílio-reclusão.

Bons estudos!
Aula 1 - Auxílio-Doença
Ao final do curso, você deverá ser capaz de:

1. Compreender o que é o auxílio-doença, o auxílio-


acidente e o auxílio-reclusão.

2. Identificar os requisitos e as condições básicas


necessárias para ter acesso aos benefícios.

Conceito

O auxílio-doença é um benefício por incapacidade


devido ao segurado do INSS acometido por uma doença
ou acidente que o torne temporariamente incapaz para
o trabalho.

Auxílio-Doença: Comum e Acidentário


Você sabia que há duas espécies de auxílio-doença?
Vamos conhecê-las?

Auxílio-doença comum:

 Identificado pela Previdência pelo código B31;

 Destinado ao segurado que desenvolva doença


incapacitante a atividade laborativa, sem nexo de
causalidade com a atividade exercida;

 Carência de 12 contribuições mensais.


Auxílio-doença acidentário:

 Identificado pela Previdência pelo código B91;

 Concedido ao segurado que ficou incapacitado por


algum evento obrigatoriamente relacionado a atividade
exercida (acidente de trabalho);

 Não é necessário o cumprimento de carência para


que o segurado faça jus ao benefício;

 Garantia da estabilidade de 12 meses após o término


do benefício e o retorno ao trabalho.

Como ter acesso ao auxílio-doença?

O auxílio-doença comum é o benefício mais solicitado nas


Agências da Previdência Social-APS, chegando muitas
vezes, a mais de 60% do total de requerimentos. Para ter
direito ao auxílio-doença, torna-se necessário o
cumprimento dos requisitos básicos estabelecidos na
legislação:

1. Cumprimento da carência;

2. Qualidade de segurado;

3. Incapacidade total ou parcial para o trabalho.

A carência exigida para a concessão do auxílio-doença


comum é, no mínimo, 12 contribuições mensais, sem
interrupção que determine a perda da qualidade de
segurado, ou cumprindo a carência suplementar, em se
tratando de doença comum.

Nos casos de perda da qualidade de segurado, o cidadão


deverá ter cumprido com no mínimo a metade da carência
exigida antes da ocorrência da incapacidade, ou seja, o
número de 6 contribuições.

Não será devido o auxílio-doença ao segurado que se filiar


ao Regime Geral de Previdência Social já portador da
doença ou da lesão invocada como causa para o benefício,
salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de
progressão ou agravamento dessa doença ou lesão. (Lei n°
8.213/91)

O segurado especial (produtor rural que trabalha em


regime de economia familiar) deve comprovar que exerceu
atividade rural por 12 meses ou, no caso de doença isenta
de carência, deve comprovar que exercia a atividade antes
de contrair a enfermidade.

Doenças que dispensam carência

O Auxílio-doença não é devido em decorrência de qualquer


doença.
O benefício somente é concedido em casos que
incapacitem o segurado temporariamente para o exercício
de atividade laborativa.
Há também o caso das doenças especificas em lei (DEL),
que dispensam carência, conforme disposição da Lei nº
8.213/91, artigo 151:

1. Tuberculose ativa;

2. Hanseníase;

3. Alienação mental;

4. Neoplasia maligna;

5. Cegueira;

6. Paralisia irreversível e incapacitante;

7. Cardiopatia grave;

8. Doença de Parkinson;

9. Espondiloartrose anquilosante;

10. Nefropatia grave;

11. Estado avançado da doença de Paget (osteíte


deformante);

12. Síndrome da deficiência imunológica adquirida –


AIDS. Contaminação por radiação, com base em
conclusão da medicina especializada.

Afastamento e Prazo de Espera


Para o segurado empregado é exigido o prazo de espera
de 15 dias, contados a partir do dia seguinte à data do
último dia de trabalho. Para concessão do auxílio-doença é
necessário observar as seguintes situações:

1. Se o segurado entrar em gozo de férias ou licença-


prêmio ou qualquer outro tipo de licença remunerada, o
prazo de espera para requerimento de benefício será
contado a partir do dia seguinte ao término das férias
ou da licença.

2. Durante os primeiros quinze dias consecutivos, ou


não, de afastamento da atividade por motivo de doença
ou acidente, incumbe à empresa pagar ao segurado
empregado o seu salário.

3. Quando o segurado não se afastar do trabalho no dia


do acidente, os quinze dias de responsabilidade da
empresa pela sua remuneração integral serão
contados a partir da data em que de fato ele se afastar.

4. Caso o acidente ocorra em período de aviso prévio,


haverá interrupção, sendo o restante do aviso prévio
cumprido quando o segurado retornar à atividade.

5. Se concedido novo benefício de igual espécie,


decorrente da mesma doença dentro de 60 dias
contados da cessação do benefício anterior, a empresa
fica desobrigada do pagamento relativo aos quinze
primeiros dias de afastamento, prorrogando-se o
benefício anterior e descontando-se os dias
trabalhados, se for o caso.

Perícia Médica- Concessão

O segurado da Previdência Social que ficar incapacitado


temporariamente para o trabalho, terá direito ao auxílio-
doença. Para isso, ele deverá realizar a Perícia Médica no
INSS que deverá ser agendada na Central de Atendimento
135 ou no site do INSS (www.inss.gov.br).

A empresa poderá requerer o auxílio-doença para seu


empregado ou contribuinte individual prestador de serviço
e, nesse caso, terá acesso às decisões referentes ao
benefício. As informações também estão disponíveis no site
do INSS.

Cabe à Perícia Médica do INSS, realizar a avaliação da


capacidade laborativa dos segurados para fins de
concessão dos benefícios decorrentes de incapacidade. O
exame médico pericial é realizado nas Agências da
Previdência Social.

O médico perito do INSS é responsável pela avaliação


técnica, que pode se basear também em pareceres
especializados e exames complementares, aos quais o
segurado já tenha se submetido. Por isso, sempre que
comparecer à perícia, o segurado deve apresentar os
exames e outros documentos médicos.
Perícia Médica - Concessão

O médico perito avalia cada caso individualmente. Muitas


vezes, o problema de saúde que incapacita uma pessoa
para uma atividade de trabalho não incapacita outra. Cabe
ao perito avaliar tais situações, levando sempre em
consideração o tipo de enfermidade, se a incapacidade é
temporária ou permanente, se há ou não existência de
sequelas e a natureza do trabalho exercido pelo segurado.

Por ocasião da perícia, o segurado pode apresentar ainda


informações detalhadas sobre as causas da incapacidade
para o trabalho, suas consequências, o tratamento indicado
e outras informações importantes fornecidas pelo médico
assistente (médico do segurado).

O segurado é obrigado a se submeter ao exame médico


pericial.

A Perícia Médica do INSS deve identificar se o segurado,


apesar dos problemas de saúde, tem capacidade para o
trabalho ou está incapacitado em caráter temporário para a
atividade que exerce habitualmente.

O período de duração do benefício é definido com base


nessa avaliação.

Caso não possa comparecer à Perícia Médica no dia


marcado, o segurado pode solicitar a remarcação, uma
única vez, até três dias antes da data agendada, por meio
da Central de Atendimento 135.

Valor do benefício - Quanto será devido?

A Lei 13.135, de 17 de junho de 2015 (conversão da


Medida Provisória 664, de 2014) determina que a Renda
Mensal Inicial (RMI) do auxílio-doença seja de 91% do
salário de benefício, não podendo exceder a média
aritmética das últimos 12 salários de contribuição.

O auxílio-doença será devido a partir do 16º dia do


afastamento do segurado empregado. Para os demais
segurados, será devido na data do início da incapacidade.

CÁLCULO DO AUXÍLIO-DOENÇA

O valor do auxílio-doença corresponde a 91% do


salário de benefício, caso não seja maior que a média
dos últimos 12 salários de contribuição. Por ser um
benefício substitutivo do salário, o auxílio-doença não
poderá ser inferior ao salário mínimo e nem superior ao
teto previdenciário vigente.
O período em que o segurado esteve recebendo o
benefício é contado como tempo de contribuição para
aposentadoria, entre períodos de atividade.
O segurado especial (trabalhador rural) terá direito ao
auxílio-doença no valor de um salário mínimo, se não
contribuiu facultativamente.
Cálculo da média, de acordo com a Lei 8.213/91, com
alteração da Lei n° 13.135, de 2015:
O auxílio-doença não poderá exceder a média aritmética
simples dos últimos 12 (doze) salários de contribuição,
inclusive em caso de remuneração variável, ou, se não
alcançado o número de 12 (doze), a média aritmética
simples dos salários de contribuição existentes.
Veja na Biblioteca do curso, exemplos de como calcular o
valor do auxílio-doença. Para sua melhor compreensão é
importante que você os conheça.

Quando deixa de ser pago?

O auxílio-doença deixa de ser pago quando o segurado


recupera a capacidade e retorna ao trabalho ou quando o
benefício se transforma em aposentadoria por invalidez.

Prorrogação

Segundo a Portaria Ministerial n° 152 de 25/08/2016 - o


segurado que não se considerar recuperado para o
trabalho no prazo estabelecido, poderá solicitar nova
avaliação de sua capacidade laborativa, para fins de
prorrogação do benefício.
O prazo para requerer a perícia de prorrogação se inicia 15
dias antes do término do auxílio e se estende até a data da
cessação do benefício.
Caso o segurado não concorde com o indeferimento
emitido pela Perícia Médica do INSS, poderá interpor
recursos à Junta do Conselho de Recursos do Seguro
Social.
O pedido de prorrogação poderá ser agendado por meio da
Central de Atendimento 135 ou no Portal do INSS
(www.inss.gov.br).

Finalizando

Chegamos ao término desta aula e esperamos que você


tenha conhecido um pouco mais sobre o auxílio-doença e
os requisitos necessários para ter acesso ao benefício.

Aula 2 - Auxílio-Acidente

Conceito
Nesta aula vamos conhecer o auxílio-acidente e suas
características.

Trata-se de um benefício que o segurado do INSS tem


direito quando desenvolve sequela permanente que reduza
sua capacidade laborativa, previsto no artigo 86 da Lei
8.213/91.

Características
É devido como forma de indenização em função do
acidente e, portanto, não impede o cidadão de continuar
trabalhando, sendo recebido pelo segurado
cumulativamente com o salário, pois não possui caráter
substitutivo da renda proveniente do trabalho.

A análise para concessão é realizada pela perícia médica


do INSS, no momento da avaliação pericial.

Quem tem Direito?


Tem direito de receber o auxílio-acidente:

1. Empregado urbano/rural (empresa);

2. Empregado doméstico;

3. Trabalhador Avulso (empresa);

4. Segurado Especial (trabalhador rural).

Quem não tem direito?


O Contribuinte Individual e Segurado Facultativo, não têm
direito de receber o auxílio-acidente!

Em se tratando de segurado empregado doméstico, o auxílio-


acidente só é devido para acidentes ocorridos a partir de
02/06/2015, data da publicação da Lei Complementar n°
150/2015.
Condições básicas
Quem tem direito?
É concedido como indenização ao segurado empregado,
empregado doméstico, trabalhador avulso e ao segurado
especial, após a consolidação das lesões decorrentes de
acidente do trabalho ou doença ocupacional ou acidente de
qualquer natureza ou causa, que resulte em sequelas que
impliquem redução da capacidade para o trabalho que
habitualmente exercia.

Quando inicia seu recebimento?


O auxílio-acidente tem início a partir do dia seguinte àquele
em que cessou o auxílio-doença, independentemente de
qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo
acidentado.

Exige carência?

Para concessão desse benefício não é exigido tempo


mínimo de contribuição, ou seja, carência.

Perícia médica

O trabalhador precisa comprovar a impossibilidade de


continuar exercendo suas atividades, por meio da Perícia
Médica da Previdência Social, e ainda, a qualidade de
segurado, ou seja, precisa estar em dia com suas
contribuições mensais ou no período de graça. Se o
segurado atender todas as condições necessárias, o
auxílio-acidente será concedido pela perícia médica.

A Perícia Médica do INSS poderá caracterizar


tecnicamente o acidente de trabalho, mesmo sem uma CAT
(Comunicação de Acidente de Trabalho) vinculada, por
meio do Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário –
NTEP que permite o reconhecimento do nexo entre o
trabalho e a doença.
O parecer contrário do médico perito do INSS não quer
dizer que o segurado goza de plena saúde. Ao emitir esse
parecer, com base na legislação, o perito apenas afirma
que, naquele momento, o segurado é capaz de realizar as
atividades habituais declaradas.

Valor do benefício

O valor do benefício corresponde a 50% do salário de


benefício que deu origem ao auxílio-doença corrigido até o
mês anterior ao do início do auxílio-acidente, podendo ser
inferior ao salário mínimo.

Cessação

O benefício deixa de ser pago quando o trabalhador se


aposenta, pois (nesse caso, o valor integra o salário de
contribuição para fins de cálculo da aposentadoria) ou
quando solicita Certidão de Tempo de Contribuição - CTC,
do tempo de vinculação ao Regime Geral de Previdência
Social para contagem em Regime Próprio de Previdência
Social.

Suspensão

Será suspenso quando da concessão ou da reabertura do


auxílio-doença, em razão do mesmo acidente ou de doença
que lhe tenha dado origem. Será restabelecido após a
cessação do auxílio-doença concedido ou reaberto.

Cumulação

Por ter caráter de indenização, o auxílio-acidente, pode ser


acumulado com outros benefícios pagos pela Previdência
Social exceto auxílio-doença decorrente da mesma lesão e
aposentadorias. Pode ainda se acumular com o seguro-
desemprego.

O auxílio-acidente sem auxílio-doença precedido é devido


para requerimentos efetivados a partir de 29/05/2013,
independentemente da data do acidente. O atendimento
ocorrerá direto na Agência da Previdência Social.

Requisição do auxílio-acidente

Para requerer auxílio-acidente o(a) segurado(a) precisará:

 Realizar o agendamento por meio dos canais


disponibilizados pelo INSS
 Central de Atendimento 135;

 Portal o INSS na internet


(www.inss.gov.br)

Ao comparecer à agência no dia e hora marcados, tenha


em mãos:

 Documento de identificação com foto e o número do


CPF;

 Documentos médicos que indiquem as sequelas ou


limitações de capacidade laborativa que justifiquem o
pedido, na ocasião da perícia médica.

Finalizando

Chegamos ao término da aula e esperamos que você tenha


conhecido um pouco mais sobre os principais requisitos e
as condições básicas para ter acesso ao auxílio-acidente.

Na próxima aula, você conhecerá o Auxílio-reclusão!

Esperamos por você.


Aula 3 - Auxílio-Reclusão

Conceito

Nesta aula, vamos abordar o auxílio-reclusão, um benefício


destinado à proteção da família que é pago aos
dependentes e às dependentes dos segurados e das
seguradas.

REFLEXÃO
"A Previdência Social desempenha um papel fundamental
na proteção de cada cidadão, bem como de sua família.
Assegura ao (à) contribuinte ou a seus (suas) dependentes,
com base no princípio da solidariedade, benefícios ou
serviços, quando está impossibilitado (a) de exercer suas
atividades laborais ou quando é atingido pelo evento de
morte ou reclusão." Adaptado de http://www.ambito-
juridico.com.br/

A quem se destina?

O auxílio-reclusão é um dos benefícios previstos


diretamente pela Constituição Federal e instituído pela Lei
n. 8.213/91.
É pago aos (às) dependentes, enquanto o segurado ou
segurada estiver preso (a) sob regime fechado ou
semiaberto e não receba qualquer remuneração da
empresa para a qual trabalha, nem auxílio-doença,
aposentadoria ou abono de permanência em serviço.
Os (as) dependentes do (a) segurado (a) o qual estiver em
livramento condicional ou em regime aberto perdem o
direito de receber o benefício.
Equipara-se à condição de recolhido (a) à prisão a situação
do (a) segurado (a) com idade entre 16 e 18 anos que
tenha sido internado (a) em estabelecimento educacional
ou congênere, sob custódia do Juizado de Infância e da
Juventude.

O princípio que fundamenta o auxílio-reclusão é o da proteção à


família: se o(a) segurado(a) está preso(a), impedido(a) de
trabalhar, a família tem o direito de receber o benefício para o
qual ele(a) contribuiu. Portanto, o benefício é regido pelo direito
que a família tem sobre as contribuições do(a) segurado(a) feitas
ao Regime Geral de Previdência Social.

Requisitos para concessão

De acordo com o disposto no artigo 80 da Lei 8.213/91 o


auxílio-reclusão será pago, no que couber, nas mesmas
condições da Pensão por Morte. Então, conclui-se que as
alterações promovidas pela Lei 13.135/15 quanto à Pensão
por Morte serão aplicadas ao Auxílio-Reclusão, no que
couber.

Para ter o direito ao benefício, é preciso comprovar a


qualidade de segurado do instituidor e a condição de
dependente, observando que a quantidade de
contribuições e o tempo de casamento ou união estável,
serão relevantes para fins de manutenção do benefício e
definição do tempo de duração deste.

O segurado deve, ainda, ser enquadrado como indivíduo


de baixa renda, tendo seu último salário de contribuição
tomado em seu valor mensal, sendo igual ou inferior ao
valor que é atualizado anualmente.

Manutenção

Após a concessão do benefício, os(as) dependentes devem


apresentar à Previdência Social, de três em três meses,
atestado de que o(a) segurado(a) continua preso(a),
emitido por autoridade competente. Esse documento será o
atestado de recolhimento do(a) segurado(a) à prisão.

Caso o(a) segurado(a) recluso(a) seja menor de 18 anos,


os(as) dependentes devem apresentar certidão do
despacho de internação e atestado de efetivo recolhimento
a órgão subordinado ao Juiz da Infância e da Juventude.
Não há carência mínima de contribuições para o auxílio-
reclusão, pois trata-se de um benefício de risco!
Valor do Benefício

A Lei 13.135/15 revogou a redução do valor da Pensão por


Morte, retornando a situação anterior à MP 664/14 quanto
ao cálculo do valor mensal do benefício.

Isto refletiu no cálculo do auxílio-reclusão que voltou a ser


cem por cento do valor da aposentadoria que o(a)
segurado(a) teria direito se estivesse aposentado(a) por
invalidez na data de seu recolhimento à prisão.

A renda mensal do benefício será sempre baseada no valor


da aposentadoria por invalidez que o(a) segurado(a) teria
direito, já que o aposentado(a), mesmo se for preso(a), não
poderá instituir auxílio-reclusão para os(as) seus(suas)
dependentes, pois é vedado acumular esse benefício com
a aposentadoria do(a) recluso(a).

Valor do Benefício: Exemplo Prático


O valor do auxílio-reclusão é rateado entre todos os(as)
dependentes legais do(a) segurado(a) . Se houver
cessação da cota de um(a) dependente (por maioridade,
emancipação, óbito, levantamento da interdição, cessação
da invalidez ou decurso de prazo de recebimento, no caso
de cônjuge), esta será revertida em favor dos(as)
dependentes remanescentes.
Para o(a) segurado(a) especial (trabalhador(a) rural), o
valor do auxílio-reclusão será de um salário mínimo, se o(a)
mesmo(a) não contribuiu facultativamente.
O valor global do benefício não poderá ser inferior ao
salário mínimo, nem superior ao salário de contribuição
do(a) segurado(a) , o qual é sempre inferior ao limite
máximo (teto do INSS).

A seguir temos exemplo prático que vai contribuir para sua


aprendizagem. Veja só:

Data da prisão: 25/06/2015.

Dependentes habilitados: 03, sendo 1 filho com 10 anos de


idade, uma filha de 19 anos de idade; e a esposa com 48
anos de idade.

DER: 30/06/2015.

Renda mensal do trabalho do instituidor: R$ 1.000,00.

Renda mensal inicial: será de R$ 1.000,00 (100%).

Cada dependente receberá: uma cota no valor de R$


333,33.

Quando a filha completar 21 anos de idade, deixará de


receber sua cota individual e esta será revertida em favor
dos outros 02 (dois) dependentes, os quais,
individualmente, passarão a receber R$ 500,00, caso o(a)
segurado(a) ainda esteja recolhido(a) à prisão.

Conforme vimos, caso a renda mensal do exemplo acima


fosse superior ao limite estipulado anualmente, ou, se o
segurado fosse aposentado, os dependentes não teriam
direito ao benefício.
O limite do último salário recebido pelo segurado,
estipulado pela legislação para o ano de 2018, corresponde
a R$ R$ 1.319,18. Os valores a cada ano são atualizados
através de Portaria Ministerial.

Cessação ou suspensão

Algumas situações levam ao cancelamento do recebimento


deste benefício. Vamos conhecê-las?

1. com a morte do(a) segurado(a) ( nesse caso, será


necessário requerer pensão por morte, lembrando que
não há conversão automática de auxílio-reclusão em
pensão por morte);

2. se os(as) dependentes não apresentarem o atestado


trimestral de permanência carcerária;

3. em caso de fuga, liberdade condicional, transferência


para prisão albergue ou cumprimento da pena em
regime aberto. Nesses casos, o(a) dependente deve
procurar Agência da Previdência Social para solicitar
cessação imediatamente do benefício.

4. se o(a) segurado(a) passar a receber aposentadoria


ou auxílio-doença, os(as) dependentes e o(a)
segurado(a) poderão optar pelo benefício mais
vantajoso, mediante declaração escrita de ambas as
partes;

5. ao(à) dependente que perder essa qualidade pelos


motivos definidos em lei;

6. com o fim da invalidez ou da deficiência do(a)


dependente;

7. morte do dependente.

Duração do benefício

A duração do auxílio-reclusão para cônjuges ou


companheiros(as) segue, no que couber, as regras
estabelecidas na Lei 13.135/15 referentes à duração da
pensão por morte. Com isto, o auxílio-reclusão poderá ser
concedido, conforme o caso, com ou sem limite máximo de
prazo.

O(a) segurado(a) com menos de 18 (dezoito)


contribuições mensais ou com tempo de casamento ou
união estável inferior a 02 (dois) anos, instituirá para
seu(sua) cônjuge ou companheiro(a) o auxílio-reclusão
com duração de apenas 04 (quatro) meses.

O benefício será concedido com ou sem limite máximo de


prazo aos(à) cônjuges ou companheiros(as) do(a)
segurado(a) que vier a ser recolhido à prisão, desde que
o(a) mesmo(a) tenha efetuado, o mínimo, de 18 (dezoito)
contribuições mensais e tenha mais de 2 (dois) anos de
casamento ou de união estável. O limite máximo de prazo
será fixado conforme a expectativa de sobrevida do(a)
dependente verificada no momento da prisão do(a)
segurado(a), obtida a partir da Tábua Completa de
Mortalidade - ambos os sexos - construída pelo IBGE.

Nesse caso, enquanto o(a) segurado(a) permanecer


recolhido à prisão, o benefício poderá durar:

a) 3 anos - se tiver menos que 21 anos de idade;

b) 6 anos - se tiver entre 21 e 26 anos de idade;

c) 10 anos - se tiver entre 27 e 29 anos de idade;

d) 15 anos - se tiver entre 30 e 40 anos de idade;

e) 20 anos - se tiver entre 41 e 43 anos de idade;

f) sem limite de prazo, se o(a) cônjuge ou companheiro(a)


tiver mais que 44 anos de idade;

g) sem limite de prazo, se inválido(a) ou com deficiência


o(a) cônjuge ou companheiro(a), enquanto permanecer
nessa condição, caso ocorra o decurso dos prazos acima.
Conforme vimos, os cônjuges ou companheiros mais
jovens, não inválidos nem com deficiência, passaram a
receber o auxílio-reclusão por prazo limitado, conforme sua
expectativa de sobrevida, ou até a soltura do preso, o que
ocorrer primeiro.

Suspensão do benefício

Em caso de fuga, após a recaptura do(a) segurado(a), o(a)


dependente deverá fazer novo requerimento do benefício.
Deverá também apresentar o atestado de recolhimento à
prisão para que se verifique se o(a) segurado(a) ainda
possui qualidade de segurado, ocasião em que serão
analisados novamente os critérios de concessão.

O benefício será reestabelecido quando for apresentado o


atestado de permanência carcerária, caso tenha sido
suspenso depois de decorrido três meses em que os(as)
dependentes deixaram de apresentar o referido
documento.

Informações Complementares

O(a) segurado(a) recluso(a) que exercer atividade


remunerada em cumprimento de pena em regime fechado
ou semiaberto e contribuir na condição de facultativo, não
acarretará perda do direito ao recebimento do auxílio-
reclusão pelos seus dependentes.
É devido abono anual ao(à) segurado(a) e ao(à)
dependente da Previdência Social que, durante o ano,
recebeu auxílio-doença, salário-maternidade, auxílio-
acidente ou aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-
reclusão.

O auxílio-reclusão não pode ser acumulado com: benefício


assistencial ao idoso e ao portador de deficiência;
aposentadoria do recluso; abono de permanência em
serviço do recluso; pensão mensal vitalícia de Seringueiro;
auxílio-doença do recluso.

O abono anual será calculado, no que couber, da mesma


forma que a gratificação natalina dos trabalhadores, tendo
por base o valor da renda mensal do benefício do mês de
dezembro ou do mês da alta ou da cessação do benefício
de cada ano.

Reflexão

"O auxílio-reclusão é um dos menos conhecidos e,


exatamente por isso, um dos mais polêmicos.
Este benefício, assim como a pensão por morte, é
destinado aos(às) dependentes do(a) segurado(a) –
esposa(o) ou companheira(o), filhos de até 21 anos ou
inválidos ou, na inexistência destes, os pais que sejam
dependentes economicamente – durante o período em que
o(a) segurado(a) está preso(a) em regime fechado ou
semiaberto.
Dessa forma, somente os(as) dependentes do(a)
segurado(a) preso(a), que esteja pagando o INSS antes da
prisão, é que poderão receber o auxílio. Um equívoco
frequente sobre o auxílio-reclusão refere-se ao valor do
salário pago aos(às) dependentes do(a) preso(a): não
importa quantos(as) dependentes ele(a) tenha, o valor
pago mensalmente é único, não é multiplicado pelo
número de dependentes, e é calculado pela média dos
salários do(a) preso(a) desde julho/94.
Mais ainda: se o último salário recebido pelo segurado
empregado ou contribuinte individual for maior que
estipulado na legislação anual, sua família não poderá
receber o benefício."
Rede de atendimento do INSS

Dada a extensão territorial brasileira, o INSS procura


atender a todos, de forma que ninguém fique sem a
proteção previdenciária. O cidadão poderá utilizar os
seguintes canais de atendimento:

 Central de Atendimento 135;

 Portal do INSS na internet (www.inss.gov.br); e

 MEU INSS
(https://servicos.inss.gov.br/central/index.html), onde
o(a) segurado(a) terá acesso a diversos serviços online,
sem precisar sair de casa. (exemplo de serviços
disponíveis: extrato CNIS; histórico de créditos -
HISCRE; carta de concessão; consulta revisão de
benefício; declaração de regularidade de contribuinte e
encontre uma Agência).

Central 135
Ao fazer uma ligação para a Central 135, dependendo da
solicitação, tenha em mãos o número de identificação do
Trabalhador (NIT/PIS/PASEP), o número do benefício (se
possuir) e/ou número do CPF do interessado. Após o
atendimento, será fornecido o dia, hora e endereço da
Agência onde realizar-se-á o atendimento. Anote essas
informações e compareça na Agência na data marcada.
O horário de atendimento na Central é de segunda a sexta-
feira, das 7h às 22h. A ligação é gratuita se realizada por
meio de telefone fixo e público. Tem custos de ligação local
quando realizada por celular.

Unidades de Atendimento Presencial

o Agências da Previdência Social;

o PrevMóvel;

o PrevBarco e PrevCidade.

Atendimento: Agências do INSS


O atendimento nas Agências da Previdência ocorre de
segunda a sexta-feira. Para saber o endereço e horário de
atendimento, basta ligar para a Central 135.
Finalizando

Chegamos ao término da última aula do nosso curso.

Realize agora a Avaliação de Aprendizagem.

Sucesso!

S-ar putea să vă placă și