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DIÁLOGOS SOBRE A SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA

Mitos, verdades, riscos e métodos de prevenção


Cibele Cruz DANTAS - belinhacd@usp.br
Sexualidade - Adolescência – Prevenção

A sociedade brasileira bem como todas as sociedades estabelecidas no mundo globalizado está
suscetível a mudanças e evoluções cada vez mais rápidas, com o advento das redes sociais esta
interação entre os indivíduos que compõem estas sociedades se torna mais dinâmicos e frenéticos.
O acesso as informações tornaram-se facilitada, e este mesmo acesso pode trazer tanto
benefícios quanto malefícios no que se diz respeito a qualidade das informações recebidas, sendo
assim, nem sempre estas mesmas trazem os esclarecimentos necessários para quem os procuram e
de acordo com Moran (2001) isso se dá pelo alto grau de consumismo dos jovens desta geração.
E isso se repete em diversos tipos de informações que vai de temas comuns de convívio ao
acesso de conteúdos de cunho sexual, a superexposição e principalmente a pornografia.
Na maior parte do século XX, a sexualidade humana foi largamente ignorada como uma questão
de reflexão. Talvez porque a experiência da sexualidade pareça tão intimamente conectada ao corpo
e a existência biológica, tornando fácil relegar esses estudos aos domínios das ciências biológicas (DA
SILVA, 2009).
Em nossa sociedade, o sexo ainda é um tabu e os problemas relativos à sexualidade são muito
frequentes, e isso possui raízes que perpassam desde o núcleo familiar, valores adquiridos até as
crenças religiosas que nos acompanham por toda a vida. Toda essa carga acaba resultando na
dificuldade de abordagem do tema em qualquer âmbito causando ainda o distanciamento das pessoas
em obter uma vida mais saudável, pois nos deparamos com a imaturidade em relação ao assunto
expressada através do silêncio e do constrangimento ao se depararem com este conteúdo (FERREIRA,
2013) além de o sexo ser sempre associado a ideias negativas de “coisa feia”, pecado, erro, vergonha,
imoralidade e sujeira (SUPLICY, 2000).
Fundamentado nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), em sua segunda edição, tem a
proposta de auxiliar e estimular o trabalho de educadores na escola quanto às questões relacionadas
à sexualidade, de acordo com a nova Lei de Diretrizes e Bases (LDB 0.394/96), que regulamenta todo
o processo educacional no país, e seguindo as orientações traçadas pelo MEC (BERALDO, 2002).
Na escola, porém, mais exatamente na disciplina de Ciências, e direcionado aos estudantes do
8º ano do Ensino Fundamental II compreendendo o eixo temático Vida e Ambiente, este assunto é
abordado em sua maioria de maneira genérica ou quase sempre ignorado pela ausência ou até mesmo
falta de preparo adequado para sua discussão, a apresentação dos componentes e das funções
estruturais de cada órgão que compõe os sistemas reprodutores masculinos e femininos são por
diversas vezes desconsiderados.
Lembrando que é neste período, que de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS)
corresponde boa parte da adolescência (10- 19 anos) e é onde são observadas as principais mudanças
físicas e emocionais, caracterizadas pelo processo de puberdade, onde ocorre o amadurecimento
sexual que possibilita a reprodução (BRILHANTE, 2011).

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Acompanhar desde cedo o processo de desenvolvimento pode ajudar o adolescente a prevenir
problemas futuros como abuso sexual, gravidez não desejada, DST’s, promiscuidade ou dificuldades
sexuais propriamente ditas como frigidez, impotência sexual, ejaculação precoce, etc. (TAQUETTE,
2008).
Como pontua pertinentemente Brilhante (2011), compreender a sexualidade nos adolescentes
permite situá-los no contexto social, o que implica ir além das questões biológicas e epidemiológicas.
Na adolescência, o jovem precisa de compreensão e informações claras.
Em total acordo com esta linha de pensamento, desde o ano 2014, vem sendo desenvolvido um
trabalho integrado entre a EE. Profa. Maria de Lourdes Almeida Sinisgalli, situada a Av. Prof.
Hermógenes de Freitas Leitão Filho- Jd. São Norberto, São Paulo-SP e a Unidade Básica de Saúde
(UBS) Jd. São Norberto, por meio da docente Cibele Cruz Dantas, de orientação, conscientização e
acompanhamento dos dilemas enfrentados pelos discente nesta fase tão decisiva e permeada por
tantos mitos e equívocos.
1. Justificativa
No decorrer dos anos anteriores, através dos relatos da equipe gestora e do corpo docente sobre
a incidência exagerada de adolescentes gestante durante o período escolar, principalmente nos 8ºs e
9ºs anos, despertou a partir de conversas entre os docentes, responsáveis e estudantes a necessidade
de abordagens diretas sobre o assunto.
Sendo assim, aproveitando o conteúdo programático previsto para esta faixa etária, o qual
aborda conceitos sobre os sistemas reprodutores e reprodução humana, a docente Cibele Cruz Dantas
aproveitou a oportunidade para desenvolver o presente trabalho, onde de maneira fácil e clara buscou
sanar as mais diversas dúvidas que permeavam o ambiente escolar sobre este assunto.
Com linguagem adaptada ao público e facilitando a compreensão dos processos envolvidos nas
mudanças corporais e no amadurecimento sexual e reprodutivo inerentes ao período da puberdade, o
trabalho surtiu o efeito esperado de forma mais do que satisfatória e em um curto espaço de tempo.
2. Nível de Ensino
8º Ano do Ensino Fundamental
3. Tempo Utilizado
8 aulas (50 minutos cada)
4. Atividades Desenvolvidas
- Divulgação
Foram disponibilizados em locais de fácil acesso, o folder (Figura 1 e 2) abaixo destacado, com
as datas de quando aconteceriam, durante as aulas com o público alvo escolhido também foram
enfatizadas a importância da participação dos alunos das turmas neste trabalho.
Por se tratar de um assunto que aguça a curiosidade discentes, o público tanto na primeira edição
em 2014 quanto na segunda em 2015, mostraram-se bastante frequentes e participativos.

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Fig. 1: Folder de divulgação dos encontros e palestras sobre a sexualidade na adolescencia.

- Materiais e métodos
Finalizada a etapa de divulgação, dada após a conclusão da abordagem dos assuntos
relacionados a composição estrutural e funcionalidades dos sistemas reprodutores masculinos e
femininos, bem como da reprodução humana em linhas gerais, deu-se a etapa de realização das
atividades destinadas a conscientização e orientação sobre os desafios da sexualidade na
adolescência, que iniciou com uma palestra ilustrativa, que teve como objetivo definir todos os conceitos
relacionados:
- O que é adolescência?
- O que é Sexo e Sexualidade?
- Conhecendo os Sistemas genitais Masculinos e Femininos.
- Período Fértil;
- Gravidez na adolescência e perspectivas para o futuro;
- Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST’s);
- Métodos de prevenção e contraceptivos.
Todos abordados de maneira clara e precisa, passando pela etapa de socialização de
dúvidas e dinâmica de grupo “ A Batata Quente” (onde ao som de uma música bem animada um balão
de borracha era passado entre os integrantes e quando a música parava, o integrante deveria dizer um
método contraceptivo, caso errasse, deveria permanecer com a bexiga sobre a roupa como se fosse
sua barriga até o final da dinâmica, isto serviria tanto para meninas quanto para meninos).

Fig. 2: Etapas do projeto (Palestra, socialização/roda de conversa e dinâmica de grupo)

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Resultados e Comentários
Verificamos que após o início destas atividades, direcionadas a este público alvo específico,
o índice de gestante no período escolar referente aos 8ºs e 9ºs anos caiu drasticamente, de acordo
com o observado no gráfico a seguir:

Quantidade média de gestantes em


idade escolar (8º e 9º Ano)
15 12

10
5
5 3

2013 2014 2015

Sendo assim, concluímos que atividades desta natureza devem ser aprimoradas ao longo do
tempo para que seus resultados sejam mais abrangentes, alcançando assim maiores efeitos, uma vez
que o retorno ocorre de maneira realmente rápida e conclusiva, no diz respeito a conscientização e a
apropriação de conhecimentos adequados e verdadeiros sobre a sexualidade nesta faixa etária,
desmistificando possíveis equívocos e contribuindo para uma vida plenamente saudável em todos os
sentidos.
5. Referências
BERALDO, Flávia Nunes de Moraes. Sexualidade na escola. Psicol. esc. educ., Campinas,
v. 6, n. 1, p. 85-86, jun. 2002.
BRILHANTE, Aline Veras Morais; CATRIB, Ana Maria Fontenelle. Sexualidade na
adolescência. Femina, v. 39, n. 10, 2011.
DA SILVA, Raquel Moraes et al. Sexualidade Na Adolescência. Anais do Salão
Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão, v. 1, n. 1, 2009.
FERREIRA, Jose Robson Mendes. Sexualidade na escola: a importância do psicólogo na
instituição escolar. Caruaru: FAVIP, 2013.
MORAN, José Manuel. Novos desafios na educação: a internet na educação presencial e
virtual. 2001. Hallado em: http://www. eca. usp. br/prof/moran/novos. htm. [Acesso em
23/10/16]. 2016.
SILBER, T. J. & WOODWARD, K., 1985. Enfermidades de transmissión sexual durante la
adolescencia. In: OPAS, La salud del adolescente y el joven en las Americas, Washington,
93- 99
SUPLICY, Marta. Conversando sobre sexo. 21ª edição atualizada. Vozes: Petrópolis/Rio de
Janeiro, 2000.
TAQUETTE, Stella R. Sexualidade na adolescência. Ministério da Saúde (BR). Secretaria
de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Saúde do
adolescente: competências e habilidades. Brasília: MS, p. 205-12, 2008.

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