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A JUSTIÇA INTERGERACIONAL

A justiça intergeracional, consoante Amaral Júnior (2011, p.116), “funda-se na


concepção de que a Terra é um bem que os nossos ancestrais nos legaram para ser usado
e transmitido aos que viverão no futuro”. Ou seja, conforme o autor, a geração presente
mantém relações jurídicas que criam direitos e obrigações para com as gerações anteriores
e posteriores. Nesse diapasão, os direitos intergeracionais são direitos de titularidade
coletiva, e que pertencem, consequentemente, às gerações no curso do processo histórico.

Nesse contexto, Kiss (apud Dornelas e Brandão 2010, texto digital), ensina que:

A preservação do meio ambiente está obrigatoriamente focalizada no futuro.


Uma decisão consciente para evitar o esgotamento dos recursos naturais
globais, em vez de nos beneficiarmos ao máximo das possibilidades que nos
são dadas hoje, envolve necessariamente pensar sobre o futuro. Entretanto o
futuro pode ter uma dimensão de médio ou longo prazo, enquanto a
preocupação relacionada ao interesse das gerações futuras é, necessariamente,
de longo prazo e, sem duvida, um compromisso vago.

De acordo com Dornelas e Brandão (2010), o compromisso das gerações presentes


com as futuras gerações, está diretamente relacionado com princípio da equidade
intergeracional, sendo que o suposto reconhecimento da solidariedade como elemento de
sustentação e numa nova ética, constitui o marco teórico do referido princípio.

O conceito de equidade intergeracional, conforme os autores, surgiu nos anos de


1980 e está diretamente relacionado com a ansiedade desencadeada pelas mudanças
globais que caracterizaram a segunda metade do século XX. Foi neste período que
acarretou-se o aumento do uso dos recursos naturais e passou-se a refletir sobre a escassez
destes. Nesse desiderato, sublinham Dornelas e Brandão (2010, texto digital) “ houve
uma crescente conscientização de que as mudanças globais podem ter como efeito a
redução da parte da riqueza global a que cada habitante do mundo tem acesso”.

Ainda, referem os autores, que esse novo discurso sinaliza para a construção de
uma nova ética ambiental, qual seja, uma ética pautada no respeito, no cuidado e na
conservação do interesse do outro. Essa suposta ética pode ser sintetizada em um único
principio, o da responsabilidade, que, nesse contexto, representa a atuação responsável
em face do outro ainda não existente, ou seja dos ainda não nascidos, dos titulares de
interesses sem rosto.
Nesse norte, complementa Amaral Júnior (2011), pois, segundo o doutrinador, a
preservação da biosfera pressupõe que não se regulem somente os valores e as situações
presentes, mas também aqueles que deverão ainda existir, uma vez que existe um vínculo
indissociável entre a proteção do meio ambiente e a equidade intergeracional.

Ainda, no que refere ao princípio da equidade intergeracional, destacam Dornelas


e Brandão (2010), que este está intimamente relacionado com o princípio do
desenvolvimento sustentável, tendo em vista que o desenvolvimento sustentável é aquele
que atende as necessidades das gerações presentes sem comprometer as possibilidades de
as gerações futuras atenderem suas próprias necessidades.

Tal conceito resultou dos trabalhos desenvolvidos em 1987 pela Comissão


Mundial para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas,
com a elaboração do documento denominado "Nosso Futuro Comum", conhecido
também como Relatório Brundtland, no qual os governos signatários se comprometiam a
promover o desenvolvimento econômico e social em conformidade com a preservação
ambiental.

No que pertine a outros documentos elaborados, consoante os autores, a


juridicidade da proteção das pretensões e dos interesses das gerações futuras podem ser
identificadas em diversos instrumentos internacionais de proteção dos direitos humanos,
tais como: no preâmbulo da Declaração de Estocolmo e no seu primeiro principio; na 29ª.
Sessão da Conferência Geral da Unesco realizada em l997 em Paris; na Declaração sobre
a Responsabilidade das Presentes Gerações em Torno das Futuras gerações..

Já as bases referentes à equidade intergeracional encontram-se em textos de


instrumentos internacionais, como por exemplo: Na Carta das Nações Unidas; Declaração
Universal Dos Direitos Humanos; 3) Convenção Internacional Sobre os Direitos Civis e
Políticos; 4) Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem; entre outros mas,
enfatizam Dornelas e Brandão (2010, texto digital) que:

[...] muito além de leis internas e diplomas internacionais, a efetivação do


princípio da equidade intergeracional e dos direitos das gerações futuras
perpassa pela conscientização das pessoas, governantes e instituições do
compromisso ético a ser travado na tutela ambiental e do desenvolvimento
sustentado, onde cada vez mais, com o desenvolvimento e tecnológico faz-se
necessário à adoção de medidas precaucionárias atreladas aos direitos dos que
ainda virão.

A título conclusivo, cabe referir os ensinamentos de Weiss (apud Dornelas e


Brandão, 2010), uma das autoras da teoria da equidade, a qual esclarece que, em qualquer
momento, cada geração será ao mesmo tempo guardiã ou depositária da terra e sua
usufrutuária, tendo em vista que é beneficiária de seus frutos, e isto nos impõe a obrigação
de cuidar do planeta e também nos garante certos direitos de explorá-lo.

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