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Maputo

2019

INFLUÊNCIA DAS CONDIÇÕES DE CURA NA RESISTÊNCIA Á COMPRESSÃO DO


BETÃO
2019

Autor:

Hamilton Pedro
Com o apoio:

Universidade Pedagógica

Laboratório de Engenharia de
Moçambique
RESUMO

Na construção civil técnicas são adoptados para que os materiais e as práticas de execução conduzam
a resultados finais satisfatórios. Nessa perspectiva, o trabalho a seguir centra-se na análise do efeito
que a cura tem no processo de aquisição de resistência à compressão do betão. Com isso em
consideração, foi implementada uma metodologia que consistiu em submeter três lotes de amostras
à três condições de humidade diferentes, caracterizando assim três tipos de cura distintos. Com este
processo esperou-se determinar com algum grau de confiança como varia a resistência à compressão
dos diferentes provetes submetidos a condições de cura diferentes, e com base nisso tirar conclusões
sobre como varia a resistência do betão curado em campo em relação aos curados em ambiente
laboratorial, isto permitiu verificar que embora exista uma variação considerável entre os valores de
resistência à compressão medidos entre os provetes, essa variação por si só não torna os resultados
de laboratório incoerentes com a realidade de campo. No entanto, é importante realçar que em
elementos estruturais com dimensões relativamente próximas as dos cubos de ensaio os processos de
cura irão ser determinantes na resistência final do betão.

Palavras-chave: Betão, Cura, Resistência à Compressão, Conformidade.

ABSTRACT

In civil construction techniques are adopted for materials and implementation practices in order to
archive satisfactory results. From this perspective, the following work focuses on the analysis of the
effect that curing has on the process of acquiring compressive strength of concrete. With this in mind,
a methodology was developed, which consisted in submitting three batches of samples to three
different humidity conditions, characterizing three different types of cure. With this process it was
expected to determine with some degree of confidence how the compressive strength of the different
specimens under different curing conditions varies, and based on this, draw conclusions about how
the resistance of the concrete cured in the field varies with respect to the concrete cured in laboratory.
This allowed to verify that although there is a considerable variation between the values measured,
this variation by itself does not make the laboratory results incoherent with the field reality. However,
it is important to note that for structural elements with dimensions relatively close to those of the test
cubes the curing processes will be decisive in the final strength of the concrete.

Keywords: Concrete, Cure, Compressive Strength, Conformity.


Sumário
I. RESUMO .................................................................................................................................... 1
II. ABSTRACT .................................................................................................................................. 1
III. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 3
A. Contextualização .................................................................................................................... 3
1.1. Objectivo Geral ................................................................................................................... 3
1.2. Problema ............................................................................................................................ 3
IV. REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................... 4
A. 2.1. Betão de Cimento Portland .............................................................................................. 4
B. 2.2. Hidratação do Cimento .................................................................................................... 4
C. 2.3. Processo de Cura do Betão .............................................................................................. 4
III. CAMPANHA EXPERIMENTAL ................................................................................................... 7
.1. Caracterização dos materiais Usados .................................................................................. 8
3.2. Especificações do Betão ...................................................................................................... 9
3.3. Fabrico do betão ................................................................................................................10
3.4. Controle de Qualidade: Trabalhabilidade. ..........................................................................10
IV. ANÁLISE DE RESULTADOS ......................................................................................................11
3.5. Ensaio de Resistência à compressão dos provetes..............................................................10
4.1. Critério de conformidade para a resistência à compressão ................................................12
V. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ............................................................................................15
o Conclusões ............................................................................................................................15
o . Recomendações ..................................................................................................................15
VI. REFERÊNCIAS.........................................................................................................................15
1.2. Problema
De acordo com o LEM o ensaio de compressão de
INTRODUÇÃO
provetes de betão é o mais solicitado naquela
A. Contextualização instituição, sendo que os resultados fornecidos pela
Ao longo dos anos foram concebidas e aperfeiçoadas várias
instituição são usados para julgar se a classe de betão
técnicas de produção, controle e aplicação do betão, que
pretendida e produzida estão em conformidade.
permitam extrair o máximo das suas qualidades. A resistência a
Estes ensaios são realizados em provetes produzidos 3
compressão, que figura como a qualidade mais importante do
em laboratórios (da obra ou do laboratório de
betão depende em grande medida dessas técnicas envolvidas na
engenharia), sendo submetidos a condições de cura
produção e controle do betão, sendo que um dos condicionantes
especificadas pela norma NP_EN 12390-2 2009, que
mais importantes para garantir a boa qualidade e resistência do
além dos procedimentos de cura tanbém específica
betão é a cura. A cura permite que o processo físico-químico de
os procedimentos para o ensaio à compressão de
endurecimento do betão decora de forma lenta e progressiva,
provetes de betão. Os processos especificados pela
impedindo perda por evaporação da água de amassadura, crucial
norma garantem condições de “cura perfeita” do
para a obtenção da resistência e impermeabilidade exigidas ao
betão, em que os níveis de evaporação da água de
betão, visto que o processo de endurecimento do betão se dá
amassadura são mínimos o que irá levar a resultados
através de uma reacção química de hidratação (dependente de
diferentes de resistência a compressão desses
água).
provetes em relação ao betão de mesmo traço
A cura pode ser realizada através de diversos métodos, sendo
produzido e aplicado em obra. Desta forma, é justo
assim, importante analisar entre os diferentes tipos qual desses
refletir sobre a fidelidade que os resultados
proporciona melhores valores de resistência mecânica (Costa &
laboratoriais têm em relação aos resultados reais das
Santana, 2010).
estruturas em campo. Pode-se afirmar que se os
O que se apresenta a seguir é uma análise da influência dos
resultados laboratoriais que são influenciados pelo
processos de cura na
óptimo nível de controle de produção e cura irão
resistência a compressão do betão produzido com cimento
apresentar alguma diferença em relação aos que são
Portland, numa tentativa de estabelecer uma correlação entre
curados de forma convencional principalmente nas
as resistências a compressão do betão curados em laboratório e
obras de baixa complexidade estrutural, situação que
na obra. Visto que o maior ou menor controle dos processos
leva a seguinte pergunta de pesquisa:
envolvidos na produção deste material influenciam nas suas
 Será que os resultados da resistência à
qualidades gerais.
compressão dos provetes produzidos e/ou
curados em laboratório oferecem uma
1.1. Objectivo Geral representação fidedigna da resistência real do
 Avaliar em que medida as condições de cura influenciam betão aplicado na obra?
na resistência à compressão do betão

@Hamilton Pedro: Influência das condições de cura na resistencia á compressão do betão


REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA

A. 2.1. Betão de Cimento Portland


Nepomuceno (1999) define betão como um material constituído pela mistura devidamente proporcionada de
materiais inertes (finos e grossos), ligados entre si pela pasta de cimento (cimento + água) e eventualmente poderá
ainda conter adjuvantes e aditivos que entram na mistura em quantidades relativamente pequenas. No caso o material
aglomerante usado é o cimento Portland.

B. 2.2. Hidratação do Cimento e mais significativamente, da taxa de preenchimento dos


4
Tiboni (2007) descreve a reacção de hidratação( poros do betão por produtos hidratados. Por sua vez
ilustrado na Figura 1) como a reação entre os compostos Bauer (2012) entende por cura do betão, um conjunto de
presentes no cimento Portland com a água de medidas que têm por objectivo evitar a evaporação da
amassadura, libertando calor para o ambiente e água utilizada na mistura do betão e que deverá reagir
iniciando os processos que transformam uma mistura com o cimento, hidratando-o. Em climas frios, o que não é
fluida em um sólido. o nosso caso, a cura abrange também aquelas medidas de
proteção contra o congelamento dessa água. As várias
qualidades desejáveis de um betão- resistência mecânica à
rotura e ao desgaste, impermeabilidade e resistência ao
ataque de agentes agressivos, são extremamente
favorecidas e até somente conseguidas através de uma
boa cura.
Hoje em dia está estabelecido o facto de que, quanto mais
Figura 1: Esquema do processo de hidratação e
cuidada e demorada for a cura do betão, tanto melhores
endurecimento do betão (Dias, 2012).
serão as suas características (Bauer, 2012).
2.3.1. Métodos de Cura
C. 2.3. Processo de Cura do Betão Existe uma enorme variedade de métodos de cura,
São várias, porém não contraditórias as definições de
podendo estes passar pela manutenção da
cura do betão. Segundo Fonseca (2012, p.55) o termo
humidade, da temperatura, de ambas as referidas ou
“cura” é frequentemente utilizado para descrever o
mesmo nenhuma das duas. De um modo
processo pelo qual os betões adquirem a sua maturidade
geral, o controle da temperatura apenas assume uma
e desenvolvem as suas propriedades, sendo isto
importância fulcral em elementos de
resultado de uma contínua hidratação do cimento,
grandes dimensões, tais como barragens, devido às
desde que em presença de uma quantidade suficiente de
elevadas temperaturas resultantes da
água e uma temperatura adequada. Fonseca (2012)
hidratação do cimento, ou quando a temperatura ambiente
sublinha ainda que o desenvolvimento das propriedades
registar valores próximos de 0 °C ou
mecânicas e de durabilidade não dependem apenas da
negativos, pois estes não permitem um correcto
taxa de hidratação do cimento, mas também,
desenvolvimento do processo de hidratação.

@Hamilton Pedro: Influência das condições de cura na resistencia á compressão do betão


2.3.1. Métodos de Cura
 Película impermeável: recorrendo-se a capas plásticas
Existe uma enorme variedade de métodos de cura,
impermeáveis ao vapor de água, é possível evitar a
podendo estes passar pela manutenção da
evaporação da água de amassadura, cobrindo a superfície
humidade, da temperatura, de ambas as referidas ou
dos elementos de betão.
mesmo nenhuma das duas. De um modo
 Membrana de cura: este processo recorre a solventes
geral, o controle da temperatura apenas assume uma
altamente voláteis (à temperatura ambiente) ou a
importância fulcral em elementos de
5
soluções de produtos resinosos (naturais e sintéticos) ou
grandes dimensões, tais como barragens, devido às
parafínicos.
elevadas temperaturas resultantes da
2.3.1.2. Em laboratório
hidratação do cimento, ou quando a temperatura
A norma EN_NP:12390-2 especifica no seu ponto cinco (5) que
ambiente registar valores próximos de 0 °C ou
a cura dos provetes deve ser feita depois de pelo menos 16h
negativos, pois estes não permitem um correcto
do seu emolduramento até imediatamente antes do ensaio,
desenvolvimento do processo de hidratação.
em água à temperatura de 20 ± 2℃, ou em câmara a 20 ±
2.3.1.1. Em Campo
2℃ e a humidade relativa maior ou igual a 95%.
Fonseca (2012) descreve os métodos de cura mais
frequentes:
2.3.2. Influência da Cura na Resistência à Compressão
 Cura natural: caso as condições atmosféricas
A influência das condições de cura incide principalmente na
apresentem níveis de temperatura e de
camada superficial dos elementos de betão, pelo que os seus
humidade adequados, i.e. temperaturas moderadas
efeitos dependem das dimensões dos mesmos, assim como
(entre 15 e 25 °C) e elevada
do tipo de carga à qual se encontram submetidos (Fonseca,
humidade relativa, é possível dispensar qualquer
2012). Deste modo, é expectável que a resistência à
método de controle.
compressão seja menos afectada
 Cobertura húmida: neste tipo de cura, os elementos
comparativamente à resistência à flexão.
de betão encontram-se totalmente imersos em água
Citando Marsh & Ali (1994), é improvável que, para elementos
(e.g. pilares de pontes) ou parcialmente cobertos
de média e grande dimensão, a capacidade estrutural seja
por uma superfície líquida (e.g. lajes).
substancialmente afectada por curas inadequadas. Não
 Cobertura com palha, feno, serradura, algodão ou
obstante, elementos de dimensões reduzidas, e.g. provetes
terra: cobrindo as superfícies de betão com os
de ensaio, tendem a fornecer resultados pessimistas, em
referidos materiais e procedendo à humidificação
relação à influência de curas inadequadas.
dos mesmos.
Os níveis de humidade desempenham um papel fundamental
 Aspersão com água: recorrendo à humidificação,
nos
em intervalos frequentes, das superfícies de betão,
primeiros dias de cura. De sublinhar que, para níveis de
é possível manter uma humidade relativa elevada.
humidade elevados, a evolução da
 Manutenção dos moldes / cofragens: a manutenção
resistência é mais lenta (NEVILLE, 1981).
dos moldes / cofragens é aplicável para elementos
de betão com reduzidas áreas de exposição

@Hamilton Pedro: Influência das condições de cura na resistencia á compressão do betão


Cura em camara humida
55.00
50.00

Tensao [Mpa]
45.00
40.00
35.00
30.00
7 14 21 28 35 42 49 56 6

Idade [dias]

Figura 2: influência da cura húmida na resistência à Gráfico 2: Evolução da resistência à compressão com a idade
compressão (adaptado de Price, 1953). do betão – WCC (adaptado de Fonseca,2012).
Relativamente aos ambientes LCC (Gráfico 4) e WIC (Gráfico
Fonseca (2012) avaliou experimentalmente a influência
3), o andamento das curvas de resistência leva a supor que a
de condições de cura no desempenho mecânico do hidratação do cimento tenha sido mais lenta, pelo que o
betão, tendo desenvolvido uma campanha que incluiu a valor de fcm56 Poderá não corresponder à resistência final.
Isto era esperado para o ambiente WIC, pois, devido aos
avaliação da resistência a compressão de um betão de
provetes se encontrarem imersos em água, a evaporação
referência BR de classe C30/37 ou B35, com provetes desta é evitada, o que por norma conduz a resistências finais
cúbicos de aresta 150 mm submetidos a quatro (4) mais elevadas, mas a uma evolução mais lenta (Fonseca,
condições de cura, nomeadamente: cura em ambiente 2012).

de laboratório – LCC (laboratory condition curing), cura cura por imersão em água
em ambiente exterior – OEC (outter enviroment curing), 55.00
50.00
Tensao [Mpa]

cura em camara húmida – WCC (wet chamber curing) e


45.00
cura por imersão em água – WIC (water imersion
40.00
curing). 35.00
A análise gráfica da evolução da resistência à 30.00
compressão com a idade do betão é apresentada nos 7 14 21 28 35 42 49 56
gráficos 1 a 4, abaixo representados. Idade [dias]

cura em ambiente exterior Gráfico 3: Evolução da resistência à compressão com a idade


55.00 do betão – WIC (adaptado de Fonseca,2012).
50.00
Tensao [Mpa]

45.00 cura em ambiente de laboratório


40.00 55.00
35.00 50.00
Tensao [Mpa]

30.00 45.00
7 14 21 28 35 42 49 56 40.00
Idade [dias]
35.00
Gráfico 1: Evolução da resistência à compressão com a 30.00
7 14 21 28 35 42 49 56
idade do betão – OEC (adaptado de Fonseca,2012). Idade [dias]
Observando estes gráficos, constata-se que, após 28 dias
Gráfico 4: Evolução da resistência à compressão com a idade
de cura em ambiente OEC (Gráfico 1), a evolução da
do betão – LCC (adaptado de Fonseca,2012)
resistência à compressão é quase nula.

@Hamilton Pedro: Influência das condições de cura na resistencia á compressão do betão


Fonseca (2012) acrescenta que, no que toca ao ambiente provetes cúbicos que divididos em 3 lotes com seis (6) cubos
LCC, era esperado que este apresentasse um cada, dos quais metade foram destinados aos ensaios de
desenvolvimento análogo ao ambiente OEC, mas tal não
compressão aos 7 dias e a outra metade aos ensaios de
se verificou. Este facto pode ser justificado pelo tempo
húmido e chuvoso, alternado com períodos de grande compressão aos 28 dias. Assim, os 3 lotes foram submetidos a
intensidade solar, registado durante a fase de cura (final condições de cura diferentes, como especificado a seguir:
da estação de Inverno e início da Primavera). Assim
sendo, os provetes em ambiente OEC encontravam-se i. Cura Seca
completamente expostos a estes factores, enquanto os 7
Neste tipo de cura seis provetes cúbicos foram colocados em
seus análogos em LCC se encontravam praticamente
um local aberto sem grandes vibrações e sem exposição solar
protegidos das variações solares, mas ainda assim
susceptiveis às variações de humidade e temperatura directa, porém sujeita as condições naturais do ambiente e
exteriores. Deste modo, o elevado grau de humidade sem água durante todo o período até o ensaio. Ficaram
relativa, conjugado com as baixas temperaturas
sujeitos as condições atmosféricas características da cidade de
registadas, terão contribuído para a evolução mais lenta
dos provetes em ambiente LCC. Maputo do período de Julho a Agosto (2018), como ilustra a
figura 3.

CAMPANHA EXPERIMENTAL

Na primeira fase da campanha experimental, procedeu-


se à preparação de todo o material necessário para a
realização do estudo, ou seja, obtenção dos materiais
para o fabrico do betão.
A segunda fase da campanha experimental foi reservada
à caracterização dos agregados, (tanto grossos como
finos), que foram empregues no fabrico do betão.
Figura 3: provetes da cura seca e intermitente
Na terceira fase, pretendeu-se avaliar e corrigir a
composição de cada um dos betões, de forma a obter-se ii. Cura intermitente
Consistiu na submissão de um grupo de seis provetes a
uma trabalhabilidade correcta, garantindo-se assim uma
condições de saturação interrompida, ou seja, durante o
fluidez adequada do material, sem que exista
período integral de cura eles eram submetidos por duas
segregação dos materiais constituintes do mesmo.
vezes ao dia (no período da manha as 9 horas e no período
A quarta e última fase da campanha experimental, teve
da tarde as 15 horas) a saturação com água, esta saturação
por objectivo avaliar provetes de betão submetidos as
consistia no mergulho da amostra num tanque (figura 4) por
três condições pré-definidas de cura sob o ponto de
aproximadamente 5 minutos (tempo definido como tempo
vista do desempenho mecânico em relação a
de saturação aparente, que é o tempo medido desde a
compressão.
submersão do cubo ate ao momento em que este para de
Esta campanha foi realizada nas instalações do
libertar bolhas de ar).
Laboratório de Engenharia de Moçambique e consistiu
na produção de um betão de classe de resistência
C25\30 ou B30, ao qual serviu para a produção de 18

@Hamilton Pedro: Influência das condições de cura na resistencia á compressão do betão


b. Determinação da massa específica e absorção de água
da brita.

Figura 4: tanque de imersão de provetes.

iii. Cura saturada


O último lote de amostras na mesma quantidade das
outras foi colocado sob condições de cura “perfeitas” de
acordo com o definido na NP_EN 197-1, ou seja, em um
tanque com água à ±22℃ sem interferência de factores
externos (figura 5). Estas condições foram possíveis de
satisfazer colocando os cubos em um tanque numa sala
climatizada onde era feito o controle periódico da
temperatura da água com auxílio de um termómetro
durante todo o tempo de cura.

 Massa volúmica do material Impermeável


m1 6513
×ρ= × 997 = 2516.24 kg/m3
Figura 5: tanque de cura controlado m3 − m2 6307 − 3808
 Massa volúmica das partículas saturadas
m1 6513
×ρ= × 997 = 2400.54 kg/m3
.1. Caracterização dos materiais Usados m1 − m2 6513 − 3808

a. Cimento Portland
O cimento Portland utilizado nesse trabalho  Massa das partículas secas
m3 6307
experimental foi o CP IV 32.5 (cimento Portland ×ρ= × 997 = 2324.61 kg/m3
m1 − m2 6513 − 3808
Pozolânico). A composição potencial do cimento, assim  Absorção de água
como as características físicas da pasta estão detalhadas m1 − m3 6513 − 6307
× 100 = × 100 = 3.27%
m3 6307
na Tabela 1.

@Hamilton Pedro: Influência das condições de cura na resistencia á compressão do betão


c. Determinação da baridade dos inertes

 Para a areia grossa rolada:


Baridade Média:
2060.0 + 2080.0 + 2077.0
Bm = = 2072.33 kg/m3
3
 Para a brita:
Baridade Média:
𝟏𝟒𝟎𝟎. 𝟎 + 𝟏𝟑𝟖𝟎. 𝟎 + 𝟏𝟑𝟕𝟑. 𝟎
𝐁𝐦 = = 𝟏𝟑𝟖𝟒. 𝟑𝟑 𝐤𝐠/𝐦𝟑
𝟑
d. Determinação da Granulometria dos Inertes

Gráfico 5: curvas granulométricas dos inertes usados

3.2. Especificações do Betão  Água de amassadura: potável, retirada da rede de


 Classe de resistência: C25/30 ou B30; abastecimento pública;
 Classe de consistência: S2 (50 a 90 mm);  Local de Fabrico: Laboratório;
 Classe de exposição: XC3 moderadamente húmido;  Adjuvantes e aditivos: nenhum
 Ligante: CP IV 32.5-N; Quantidades:
 Tipo de agregado: Granito britado; Areia 2072.33 kg/m3
Brita 1 1384.33 kg/m3
 Máxima dimensão do agregado: Dmax = 25 mm; Cimento 3050 kg/m3
Água 9800 kg/m3
Vs 0.83 m3/m3

@Hamilton Pedro: Influência das condições de cura na resistencia á compressão do betão


3.3. Fabrico do betão

•Cimento •Pasta •Argamassa


Argama
Pasta • + • + Betão • +
ssa
•Água •Inerte Fino •Inerte Grosso

10

Introdução dos materiais na betoneira e


amassadura. Salienta-se que não existem regras
únicas para definir a ordem de introdução dos
materiais na betoneira, em geral aceita-se que
se introduza primeiro uma parte da água e
depois os sólidos, começando pelos inertes
grossos e ao longo da rotação adiciona-se o
resto da água. Deve-se no entanto evitar colocar
em primeiro lugar o cimento, pois isto pode
resultar na perda de alguma quantidade deste Figura 7: execução do ensaio de abaixamento de Abrams.
material devido ao movimento da betoneira, o
3.5. Ensaio de Resistência à compressão dos provetes
cimento pode também neste caso ficar agarrado
a betoneira. Atingida a idade esperada (7 e 28 dias) no seu ambiente de
cura, os provetes foram submetidos à derradeira etapa da
fase experimental que é a análise do seu desempenho
mecânico em relação a compressão.

sólidos

água
Figura 6: mistura dos materiais em betoneira de
eixo vertical.

3.4. Controle de Qualidade:


Trabalhabilidade.
A trabalhabilidade caracteriza a maior ou menor
facilidade com a qual o betão pode ser manipulado,
moldado e compactado. No caso do presente
estudo foi estabelecida uma trabalhabilidade de Figura 8: ensaio de resistência a compressão
classe S2 (abaixamento de 40 a 90 mm) o que

@Hamilton Pedro: Influência das condições de cura na resistencia á compressão do betão


constitui uma classe de resistência plástica que nos Tabela 4: resistência a compressão do betão aos 7 dias: cura
saturada
permite trabalhar de forma adequada com o betão.

ANÁLISE DE RESULTADOS
11
Tabela 1: resistência a compressão do betão aos 7
dias: cura seca
Pode levar-se em conta o efeito das vibrações que o grupo
com menor resistência sofreu devido aos processos
constantes de transporte e imersão no tanque de cura, que
podem ter afectado a estrutura interna do betão nos seus
primeiros dias.

Tabela 5: resistência a compressão do betão aos 28 dias: cura


seca
Tabela 2: resistência a compressão do betão aos 7
dias: cura intermitente

Tabela 6: resistência a compressão do betão aos 28 dias: cura


intermitente
Aos 7 dias é possível notar um valor inesperado de
resistência dos provetes provenientes da cura
intermitente, estes apresentam no geral e em
média valores ligeiramente inferiores aos medidos
para os provetes de cura seca de mesma idade. Este
fenómeno poderia ser justificado pelo facto da
evolução da resistência ser mais lenta em
ambientes com menor temperatura como A cura intermitente apresenta valores de “peso” (massa) dos

sustentam Newman & Choo (2003), este seria o provetes nos seus 28 dias ligeiramente maiores aos dos 7 dias
caso, considerando que os provetes que receberam embora isso pudesse se justificar pelo maior tempo de
água mantiveram seus níveis de temperatura mais absorção de água que os agregados tiveram, a não ocorrência
baixos. Contudo, os valores de resistência dos desse fenómeno na cura saturada refuta essa hipótese. Estes

provetes curados à temperaturas ainda mais baixas resultados podem conduzir a importantes constatações, visto
(±20o) e em contacto directo e permanente com que o peso específico do betão é uma propriedade bastante

@Hamilton Pedro: Influência das condições de cura na resistencia á compressão do betão


água, são significativamente maiores aos
39.0
apresentados pelos restantes métodos (tabela 7). 35.0
31.0

Tensao [Mpa]
27.0
importante do betão que é diretamente 23.0 cura seca
19.0
proporcional a sua massa. Entretanto a relação 15.0 cura intermitente

entre o peso específico do provete e a sua 11.0 cura saturada


7.0
resistência neste caso não se mostra um factor 3.0
12
0 7 14 21 28
determinante ou conclusivo para o estudo,
Idade [dias]
considerando que os exemplares da amostra de
provetes de cura saturada não estavam
completamente secos.
Tabela 3: resistência a compressão do betão aos 28 4.1. Critério de conformidade para a resistência à
dias: cura saturada
compressão

A NP_ENV220 estabelece, na sua cláusula 11.3.4.5:


Um critério que aplica-se quando a conformidade é verificada
através da consideração de três amostras cujas resistências
são X1 , X2 , X3 .

A resistência de uma amostra deve ser o resultado do ensaio


A priori é evidente que exista uma evolução no
de um provete ou a média dos resultados quando se moldam
ganho de resistência dos provetes ainda que de
dois ou mais provetes de uma amostra.
forma menos acentuada que nos seus primeiros 7
dias de vida, prosseguindo de forma lenta até aos
A resistência em Mpa deve satisfazer as seguintes condições:
28 dias. O gráfico abaixo ajuda a demonstrar a
dinâmica de evolução da resistência dos provetes
fcm ≥ fck + 5
com a idade dos diferentes métodos de cura.
Xmin ≥ fck − 1
É notável a grande discrepância entre os valores
apresentados pelos provetes da cura saturada em
relação aos demais, desde os primeiros dias a
Onde:
resistência por estes apresentada é
significativamente superior aos demais. Aos 28
fck − É a resistência característica do betão pretendido
dias essa diferença no ganho de resistência
fcm − É a resistência média das três amostras.
comparado com os provetes de cura a seco ronda
Xmin −É o valor de resistência min dentre os provetes.
os 21% e 15% em relação aos provetes da cura
intermitente. Estes resultados vão de acordo com
os resultados propostos por Fonseca (2012) e
Neville (1981), bem como com a teoria geral de

@Hamilton Pedro: Influência das condições de cura na resistencia á compressão do betão


que quanto menor for a exposição a evaporação
Cura seca
de água de amassadura maior será a resistência a
30.7
compressão que este betão apresentará. HPIII
25.02

a. Para provetes em condições de cura seca 31.1


HP I
25.69
fck + 5 = 30 + 5 = 35Mpa 32.0
fck − 1 = 30 − 1 = 29Mpa HP II
24.58

30.7 + 31.1 + 32 0.00 5.00 10.00 15.00 20.00 25.00 30.00 35.00 13
fcm =
3 28 dias 7 dias
fcm = 31.3 Mpa
Xmin = 30.7 Gráfico 6: Gráfico de resistência a compressão dos provetes
Verificações em condições de cura seca aos 7 e 28 dias
fcm < fck + 5 → k. O!
Xmin > fck − 1 → O. k! Cura Intermitente

HPII 30.7
24.18
b. Para provetes em condições de cura 33.8
HP II
23.56
intermitente
HP III 34.7
fck + 5 = 30 + 5 = 35Mpa 23.91
fck − 1 = 30 − 1 = 29Mpa 0.00 10.00 20.00 30.00 40.00

30.7 + 33.8 + 34.7 28 dias 7 dias


fcm =
3
fcm = 33.0 Mpa Gráfico 7: Gráfico de resistência a compressão dos provetes
Xmin = 30.7 em condições de cura intermitente aos 7 e 28 dias
Verificações
fcm < fck + 5 → k. O!
Cura Saturada
Xmin > fck − 1 → O. k!
37.3
HP I
26.09
c. Para provetes em condições de saturada
37.3
fck + 5 = 30 + 5 = 35Mpa HP I
26.80
fck − 1 = 30 − 1 = 29Mpa
40.0
HP III
29.64
37.3 + 37.3 + 40.0
fcm = 0.00 10.00 20.00 30.00 40.00 50.00
3
fcm = 38.2 Mpa
28 dias 7 dias
Xmin = 30.7
Verificações Gráfico 8: Gráfico de resistência a compressão dos provetes
fcm < fck + 5 → O. k! em condições de cura saturada aos 7 e 28 dias
Xmin > fck − 1 → O. k!

Embora todos os provetes testados tenham atingido a resistência mínima desejada ficando acima dos 30.0Mpa, nota-
se que os critérios de conformidade, só foram atendidos por completo apenas pelos provetes em condições de cura
saturada, o que reforça ainda mais este método como o que oferece o maior desempenho mecânico em relação a
resistência à compressão.

@Hamilton Pedro: Influência das condições de cura na resistencia á compressão do betão


Gráfico 9: conformidade dos provetes ensaiados (tensão requerida: fck+5=35Mpa)

50
cura- Cura - saturada

Tensao em Mpa
40 cura-seca Intermitente
30 Tensao requerida
20 Linear (Série1)

10

0 14

Considerando que os provetes curados de forma minimizadas conforme maior forem os tamanhos das
intermitente e seca tinham como finalidade criar uma peças betonadas, como referenciado por Fonseca
representação do betão curado em obra, os dados (2009), em um estudo análogo. No período em que foi
favorecem o pensamento de que existe um perigo em efectuado, o estudo o clima na região era em geral
considerar que os resultados que se obtêm a partir de ameno e de temperaturas razoáveis (com uma média
ensaio de provetes curados em condições perfeitas rondando os 21℃, mas com picos de até 35℃), essa
podem representar os resultados encontrados numa dinámica de efeitos climáticos como temperatura e
situação real. Assumindo que a representação aqui feita humidade do ar pode ser analisada no gráfico abaixo.
é fiel ao que realmente ocorre no terreno (embora no Por outro lado a humidade relativa fica em média na
terreno existam outras variáveis e de maior casa dos 51% bem abaixo dos 90% recomendados na
complexidade) é preciso considerar que as discrepâncias mesma norma NP-EN-197-1-2001. Estes factores
encontradas entre os valores dos provetes submetidos a associados a outros como vento e vibrações
diferentes processos de cura, serão influenciaram bastante no desenvolvimento da
resistência dos provetes.

75
70
Humidade relativa em %

65
60
55
50
45
40
35
30
25
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28
Dias

Humidade media diaria Linear (Humidade media diaria)

29
Temperarura em oC

27
25
23
21
19
17
15
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28
Dias

temperatura media diaria Linear (temperatura media diaria)

Gráfico 10: gráfico de temperaturas e humidades média diárias

@Hamilton Pedro: Influência das condições de cura na resistencia á compressão do betão


O mais importante é perceber como a dinâmica
implementada nos processos de cura influencia na
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES propriedade mais importante do betão, a resistência a
compressão.
o Conclusões
O estudo desenvolvido focou em um dos elementos mais o . Recomendações
sensíveis no processo de construção e que muitas vezes As pequenas obras de engenharia no geral caracterizam-

não recebe o cuidado que lhe é exigido. A cura do betão se pelo baixo controle de qualidade de construção, desta
forma um dos aspectos mais negligenciados é a cura, 15
constitui um processo importante para a aquisição da
uma sugestão seria o maior empenho dos pequenos
resistência requerida no próprio betão. Os resultados
obtidos nos permitem concluir que é grande a empreiteiros na prática de uma cura mais cuidada dos

importância que os processos de cura exercem na elementos de betão, considerando que por serem obras
de pequeno porte e consequentemente com elementos
resistência do betão, a maior ou menor exposição a
estruturais mais esbeltos a influência de uma má cura
humidade irá interferir no tempo necessário para atingir
pode ser significativa.
determinada resistência bem como na resistência final
Sugerir também mais estudos tendentes a descrição
em si. Pode-se notar a grande disparidade entre os
detalhada de fenómenos relacionados a hidratação do
valores medidos entre as curas seca e saturada, onde a
cimento e endurecimento do betão. É necessário criar
diferença entre as resistências finais aos 28 dias fica em
mecanismos que guiem futuras gerações no que diz
torno de 8Mpa cerca de 21%, isso demonstra a influência
respeito ao comportamento do betão no estágio de
que estes processos podem desempenhar em obra. As
condições de cura do laboratório mostraram-se muito cura.

mais eficiente no processo de evolução da resistência do


betão do que os processos convencionais de campo que REFERÊNCIAS
se centram na manutenção da humidade interna através
 Livros, folhetos, relatórios
de aspersão ou “rega” diária das superfícies do elemento  BAUER, L.A. Materiais de construção. 5.ed. Rio
estrutural em betão.Porém, embora ainda exista essa de Janeiro, editora LTC, Vol.1, 2012.
diferença de resistência entre os curados no laboratório  COUTINHO, A.S. Fabrico e Propriedades do
e os curados em situações precárias, considerando a Betão. 3º ed. Lisboa, Laboratório Nacional de
influência que o volume e forma dos elementos Engenharia Civil, Vol. 1 e 2, 1997.
estruturais têm na preservação da humidade interna  COUTINHO, A. Fabrico e propriedades do betão.
podemos assumir que os resultados fornecidos pelo Lisboa, Marsh e ali 1994, Vol. I, II e III,
laboratório embora sejam mais altos em relação ao que LNEC,1988.
se poderá encontrar para o mesmo betão aplicado em  GIL, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social.
obra, estes resultados ainda podem ser considerados São Paulo, Atlas, 1999.
representativos da classe de betão testada.  NEPOMUCENO, M. Estudo da composição de
betões, Provas de aptidão pedagógica
do Grau de Mestre em Engenharia Civil. Instituto
Superior Técnico, Lisboa, 2009.147p.

@Hamilton Pedro: Influência das condições de cura na resistencia á compressão do betão


 TIBONI, R. A utilização da cinza da casca de arroz
e capacidade científica. Universidade da Beira
de termoelétrica como componente do
Interior, Covilhã, 1999.
aglomerante de compósitos a base de cimento
 NEVILLE, A. Properties of concrete. London,
Portland. Dissertação de Mestrado.
Pitman International Text, 1981.
Universidade de São Paulo - USP, São Paulo,
 NEWMAN, J.; CHOO, B.Advanced concrete
2007.179p.
technology: Concrete properties. Oxford,
 Normas e especificações de ensaios 16
Butterworth-Heinemann, 2003.
 NP EN 206-1. Betão: Especificação, desempenho,
 MARCELLI, M. Sinistros na construção civil,
produção e conformidade. 2005
Causas e soluções para danos e prejuízos em
 NP_EN 197-1. Cimento. Parte 1: composição,
obras. São Paulo, PINI, 2007.
especificações e critérios de conformidade para
 SATO S. et al. A study on the influence of
cimentos corrente.2012
moisture curing on strength development of
 NP EN 933-1. Ensaios das propriedades
concrete. Innovation and developments in
geométricas dos agregados. Parte 1: Análise
concrete materials and construction:
granulométrica. Método de peneiração. 2000
Proceedings of the international conference held
 NP EN 933-2. Ensaios para a determinação das
at the University of Dundee. Scotland, Thomas
características geométricas dos agregados:
Telford, 2002. pp. 111-121
Determinação da distribuição granulométrica.
 YAZIGI, W. A técnica de edificar.8.ed. São Paulo,
Peneiros de ensaio, dimensão nominal das
PINI, 2007.
aberturas. 1999.
 Dissertações e Teses
 ALVES, F.. Betões com agregados reciclados,  NP EN 1097-5. Ensaios das propriedades
Levantamento do state-of-the-art experimental mecânicas e físicas dos agregados. Parte 5:
nacional. Dissertação de Mestrado Integrado em Determinação do teor de humidade por
Engenharia Civil. Instituto Superior Técnico, secagem em estufa ventilada. 2002.
Lisboa, 2007.156p.  NP EN 12350-2. Ensaios do betão frescam. Parte
 DIAS, V.G. Análise da resistência mecânica à 2: Ensaio de abaixamento.2002.
compressão do concreto submetido a diferentes
processos de cura. Projeto de Pesquisa
apresentado como pré- requisito para obtenção
do título de Bacharel em Engenharia Civil.
Campus Universitário de Sinop-MT, 2012.20p.
 FONSECA, N.M.S. Betões estruturais com a
incorporação de agregados grossos reciclados
de betão, Influencia das condições de cura no
desempenho mecânico. Dissertação para
obtenção.

@Hamilton Pedro: Influência das condições de cura na resistencia á compressão do betão

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